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MA752- História da Matemática Profª Laura Rifo Júlia Queiroz Maria Carolina Ramalho Nathalia Diazzi Arrelaro

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MA752- História da MatemáticaProfª Laura Rifo

Júlia Queiroz

Maria Carolina Ramalho

Nathalia Diazzi Arrelaro

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Ética a Nicômaco

Aristóteles

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Contexto histórico● Período Clássico Grego (séc. V e IV a.c.): é marcado pelo desenvolvimento

de Atenas (democracia) e Esparta (aristocracia). ● Atenas dominava sobre as demais cidades gregas, liderando a Liga de

Delos, que derrotou os persas nas Guerras Médicas.● Boa parte do dinheiro da Liga de Delos foi destinado a Atenas para

reconstruir a cidade, o que permitiu que ela atingisse máximo esplendor e se tornasse um império comercial e marítimo.

● O período se encerra pouco depois de Atenas perder para Esparta na Guerra do Peloponeso.

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Contexto histórico

● O livro é escrito por Aristóteles em Atenas durante o governo de Péricles e debate assuntos de moral e caráter.

● O objetivo principal de Péricles era que a democracia servisse para o benefício do maior número possível de atenienses, tendo como princípio a igualdade.

● A democracia ateniense não permitia a participação política de escravos e mulheres.

● O desenvolvimento da cidade se deu pela escravização dos próprios atenienses e dos demais povos da Grécia obrigados a permanecer na Liga de Delos após a derrota dos persas.

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Sobre o autor

● Origem: Estagira (atual Stavros) - Grécia (384-322 a.C.)● Atenas (17/18 anos)

"Minha Academia se compõe de duas partes: o corpo dos alunos e o cérebro de Aristóteles".● Atarneus, Ásia Menor- se tornou conselheiro de estado do filósofo político Hermias.● Macedônia- Alexandre● De volta à Atenas, em 335 a.C.- “Liceu”, no ginásio do templo dedicado ao deus Apolo, Lício.● Morte de Alexandre -> revolta do povo -> exílio, adoeceu. ● Desiludido com a ingratidão dos atenienses decidiu pôr fim à vida bebendo, como Sócrates,

uma taça de cicuta.● Aristóteles morreu em 322 a.C., em Cálcide, na Eubéia, Grécia. Em seu testamento determinou a

libertação de seus escravos. Foi essa talvez, a primeira carta de alforria da história.

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Sobre o autor

A sabedoria de Aristóteles chegou até nós através de alguns escritos, mas que representam em si mesmo, uma enciclopédia inteira, pois contêm praticamente o começo de todas as nossas modernas artes e ciências.

● Pai da Lógica: ensinou a todos os que vieram depois dele a pensar com clareza.● Fundador da Biologia: ensinou ao mundo como observar e classificar corretamente os seres

vivos.● Organizador da Psicologia: mostrou à humanidade como estudar a alma cientificamente.● Mestre da Moral: demonstrou como é possível amar e odiar racionalmente.● Professor de Política: ensinou os governantes a governar com justiça.● Deu origem à Retórica: foi o primeiro a demonstrar a arte de escrever com eficiência.

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Composição Geral do Livro

Anotações de Nicômaco(filho de Aristóteles)

Ideias Centrais da Filosofia Ocidental

Faz referência ao livro a República, de Platão

Ética é algo prático e palpável

Postura de Pedagogo

Felicidade é o objetivo supremo da vida

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Visão Geral do Livro

Estudo da Condutado Homem

Acima da condição de animal

Não é puramente racional

O que entendemos por Virtudes?

Como ser feliz por meio destas?

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Livro I

O bem e a felicidade

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O que é o bem?

É aquilo a que todas as coisas tendem.

Admite-se que tudo têm em mira um bem qualquer

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Livro I

● Fins das artes fundamentais e fins subordinados ● Este bem acima de nossos fins é o sumo bem (absoluto), bem para todos

Arte médica -> saúdeConstrução naval -> navioEstratégia -> vitóriaEconomia -> riquezaMatemática -> ?

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Livro I

● Embora valha bem a pena atingir esse fim para um indivíduo só, é mais belo e mais divino alcançá-lo para uma nação ou para as cidades-estados. (ciência política)

● Começa a discussão: Tanto a plebe como os homens de cultura superior dizem ser esse fim a felicidade e identificam o bem viver e o bem agir como o ser feliz.

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O que é a felicidade?

O mesmo homem pode identificar como diferentes coisas

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Livro I

● Três tipos principais de vida:1. Vida dos gozos (prazeres)- prazer sustentado, atividade contínua2. Vida política (finalidade: honra/virtude)- ninguém jamais considerará feliz

um homem que vive de tal maneira3. Vida contemplativa - de reflexão (auto-suficiente)● Honra: depende mais de quem a confere que de quem a recebe, enquanto o

bem nos parece ser algo próprio de um homem e que dificilmente lhe poderia ser arrebatado

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Livro I

● Vários categorias e sentidos da palavra “bem”, em função dessas diferenças, não pode haver uma única ciência que possa englobar uma ideia de bem universal, como forma abstrata

● Se só existe um fim absoluto, será o que estamos procurando; e, se existe mais de um, o mais absoluto de todos será o que buscamos.

● Chamamos de absoluto e incondicional aquilo que é sempre desejável em si mesmo e nunca no interesse de outra coisa. (justiça, prazer, honra, divindades)

● A felicidade é, portanto, algo absoluto e auto suficiente, sendo também a finalidade da ação

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O ser humano tem uma função? Qual?

A função do homem é uma atividade da alma que segue ou que implica um

princípio racional

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Livro I

● O homem que pratica sua função (razão) é levado à uma vida contemplativa (reflexão, meditação)

● Como atingiremos a felicidade? Pela aprendizagem, pelo hábito, ou por alguma espécie de adestramento, ou mesmo crer que ela seja uma dádiva dos deuses?

● A felicidade necessita igualmente dos bens exteriores; pois é impossível, ou pelo menos não é fácil, realizar atos nobres sem os devidos meios○ Condições materiais○ Amizades○ Prazer○ Excelência intelectual e moral

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A felicidade é permanente ou

transitória?

Construímos ela a partir do nosso modo de vida, através da razão, de

uma vida contemplativa

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Livro 1- Seção 9

● Conclui-se portanto que a felicidade não é um estado natural, mas fica a mercê de superar muitas vicissitudes da vida.

● Toda vez que o homem pratica algo com virtude, excelência, ele alcança a felicidade.

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“O valor fundamental da vida depende da percepção e do poder de contemplação ao invés da

mera sobrevivência.”

Aristóteles

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Livro II

O que é virtude?

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Livro II - Virtude

● Há duas espécies de virtude: moral e intelectual

Virtude intelectual: Gera-se graças ao ensino, por isso requer experiência e tempo.

Virtude moral: É resultado do hábito. Nenhuma virtude moral surge em nós por natureza.

“Somos adaptados por natureza a recebê-las [as virtudes] e nos tornamos perfeitos pelo hábito. [...] tornamo-nos justos praticando atos justos e assim

também com a temperança, bravura e etc.”

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Livro II - Virtude

● O objetivo de investigação do livro não é o conhecimento teórico, mas sim saber como nos tornarmos bons e, para isso, devemos examinar a natureza dos atos, isto é, como devemos praticá-los, pois é dos atos que surge o caráter.

● A medida dos casos particulares deve ser examinada por quem os pratica.

“Devemos tomar como sinais indicativos de caráter o prazer a dor que acompanham os atos.”

“Está na natureza dessas coisas [virtudes] o serem destruídas pela falta e pelo excesso.”

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Livro II

● Para Aristóteles, na alma se encontram três espécies de coisas: paixões, faculdades e disposições de caráter.

“[…] a virtude do homem será a disposição de caráter que o torna bom e que o faz desempenhar bem a sua função.”

● “[…] a virtude deve ter o atributo de visar o meio-termo.”

Não existe meio termo do que, em qualquer circunstância, é mau como, por exemplo, adultério, furto, assassinato, injustiça, covardia, etc.

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Livro II: Conclusão

● “Aquilo para que mais tendemos por natureza nos parece mais contrário ao meio-termo.”

● “Do que acabamos de dizer, segue que não é fácil ser bom, pois em todas as coisas é difícil achar o meio termo”.

● “É preciso forçar-nos a ir à direção do extremo porque chegaremos ao estado intermediário afastando-nos o mais que pudermos do erro.

● “Se não dermos ouvido ao prazer, correremos menos risco de errar”.

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Livro III

Como distinguir o voluntário do involuntário?

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Virtudes

PaixõesAções

InvoluntáriasVoluntárias

PiedadePerdãoCensuraLouvor

Mas o que é voluntário/involuntário?

Pensamento Inicial

Compulsão ignorânciaPrincípio motor em nós

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“Se um tirano ordenasse a alguém um ato vil e esse alguém, tendo os pais e filhos em poder daquele, praticasse o ato para salvá-los de serem mortos.”

Isso é voluntário, involuntário ou um misto das duas coisas?

Voluntárias Involuntárias

O ato motor está na pessoa; Ela toma a decisão e age por si só; Tem conhecimento dos fatos.

Ninguém por si só escolheria tomar essa ação.

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Os fins justificam os meios ?

Atos nobres Atos vis

Honras

“ Eu fui obrigado.”“ Eu escolhi fazer.”

“ É absurdo responsabilizar as circunstâncias exteriores e não a si mesmo, julgando-se facilmente arrastado por tais atrativos, e declarar-se responsável pelos atos nobres enquanto se lança a culpa dos atos vis sobre os objetos agradáveis.”

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Agir por ignorância(não sabe o que faz)

InvoluntáriasNão voluntária Agir na ignorância(embriaguez)

SofreNão sofre

“ Ninguém é voluntariamente mau, nem involuntariamente feliz.”

AtosNossos princípios motores

MausBons

Nosso poder

Voluntário

Punições Censuras

RecompensasHonrarias

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Escolhas

Voluntários Apetite Cólera Desejo OpiniãoImpulsos de

momento nem sempre são escolhas.

É incontrolável;Sentir

fome/vontade.

É incontrolável;Sentir dor/raiva.

Relação com o fim;

Coisas impossíveis.

Certo ou errado

“ A escolha envolve um princípio racional e o pensamento.”

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Deliberação(escolha sábia)

Coisas que estão ao nosso alcance

e podem ser mudadas.

Coisas que acontecem de

certo modo mas o resultado é

desconhecido.

A respeito dos meios não dos

fins.

Deliberação sobre coisas

inconstante/ movimento/

eternas.

Sujeito Meios Finalidade

Deliberação Ação

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Objeto de Desejo

Bem Bem Aparente

Se desejado pelo homem que não

escolhe bem, não é garantido que

aquilo de fato o é.

Deseja o que parece bom a cada homem.

Geral Particular

São inconstantes

PrazerEngano

AgradávelBem

DorMal

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Homem

Virtudes Deliberação Escolhas Objeto de Desejo

Desejar

Nunca são perfeitas

“A escolha é um desejo deliberado das coisas que estão ao nosso alcance.”

“A virtude também está em nosso poder, do mesmo modo que o vício, pois quando depende de nós agir, também depende o não agir, e vice-versa; [...]

Logo, depende de nós praticar atos nobres ou vis, e se é isso que se entende por ser bom ou mau, então depende de nós sermos virtuosos ou viciosos.”

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Virtude x Vícios“Como será a virtude mais voluntária do que o vício?”

Virtude

Fim Natural Fim não Natural

Dependem do homem para serem atingidos

Vícios

Único fim

Dependem do homem para serem atingidos

“ Se, pois, como se afirma, as virtudes são voluntárias (pois, nós próprios somos em parte responsáveis por nossas disposições de caráter, e é por sermos pessoas de certa espécie que concebemos o fim como sendo tal ou tal), os vícios também serão voluntários, porque o mesmo se aplica a eles. “

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Medo ConfiançaCoragem

Prestes a ser morto;Contra um oponente mais forte;

Irresponsáveis.

Pobreza;Doenças.

Covarde

Morte; Situação de guerra; Situação de dor e sofrimento;

Abster-se do agradável.

Bravura

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Bravura:“ O homem que enfrenta e que teme as coisas que deve e pelo devido motivo, da maneira e na ocasião devidas, e que mostra confiança nas condições correspondentes, é bravo.”

“Falta-lhe igualmente confiança, mas faz-se notar principalmente pelo excesso de medo em situações difíceis. O covarde é, por isso, um homem dado ao desespero, pois teme todas as coisas.”

“ O homem que excede na confiança com respeito ao que é realmente terrível é temerário.”

Temeridade:

Covarde:

Covarde BravoTemerário

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Espécies de Coragem

Coragem do Cidadão Soldado

Coragem pelo conhecimento

Coragem e Paixão

Coragem dos otimistas

Enfrentam os perigos por

medo das leis e das censuras;

Buscam honrarias.

Baseados em experiências de como agir e nas consequências de suas ações.

Atos impulsivos com mira na honra

mas auxiliados pela paixão.

Baseados no passado

acreditam que tudo que deu certo continuará dando.

Coragem ignorante

São movidas por emoções, porém sem confiança em si mesmos, desistem com

facilidade.

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Medo ConfiançaCoragem

Fim agradável

“ Aquele que permanece imperturbável e se porta como deve em face dessas coisas é mais genuinamente bravo do que o homem que faz o mesmo diante das coisas que inspiram confiança.”

“ A morte e os ferimentos serão dolorosos para o homem bravo e contrários à sua vontade, mas ele os enfrentará porque é nobre fazê-lo e vil deixar de fazê-lo.”

“Nem de todas as virtudes, portanto, o exercício é agradável, salvo na medida em que alcançam o seu fim.”

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Temperança

Deficiência Excessos

Intemperança IntemperançaTemperança

Prazeres compartilhados com os animais

Não sofre; Nem anseia.

"A intemperança [...] parece ser justamente motivo de censura porque nos domina não como homens mas como animais."

Prazeres do corpo

ApetiteIncontrolável.

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“Em um ser irracional o desejo do prazer é insaciável; [...] Quando os apetites são fortes e violentos, chegam ao ponto de excluir a

faculdade de raciocinar.”

“Os apetites devem ser poucos e moderados, e não se oporem de modo algum ao princípio racional. [...] Estes devem subordinar-se ao princípio racional.”

Intemperança - Apetites

Homem Temperante

Apetite Razão

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Livros IV, V, VI e VII

Livro IV e Livro VContinua-se discutidos os meio-termos.

Dar Liberalidade Obter Riquezas Riquezas

MagnificênciaVulgaridade Mesquinhez

JustiçaHonra Desonra

Livro VIDiscute-se sobre as partes racionais, às virtudes e às suas partições.

Partes Racionais

Variação/Invariação

VirtudesAção Verdade

-Sensação -Arte -Razão -Conhecimento Científico -Deseja -Sabedoria Prática

-Sabedoria Filosófica -Razão Intuitiva

Livro VIIDiscute-se sobre os males:

VíciosIncontinência Bestialidade

Chegando a conclusão que virtudes como essas devem ser censuradas.

E defende ainda, que o prazer é uma forma de bem.

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Livros VIII, IX e X

Livro VIII e IXO discurso dentro destes livros gira em torno da amizade.

“Sem amigos ninguém escolheria viver.”

Espécies de amizades; Foco em buscar o agradável e evitar o doloroso.

Amizade

Igualdade Semelhança

Livro XPor fim, ele define que o prazer, não é meio-termo por ser antagônico ao sofrimento.E conclui: Felicidade

Virtudes Amizades Prazer

A Felicidade está nasAtividades Virtuosas e Contemplativas

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As três dimensões

Teoria Ética Sabedoria

Como aprendemos a ser felizes?

A amizade e o prazer, paixões da alma, são da

natureza humana.Já as virtudes são

adquiridas por meio do ensino teórico e do hábito.

A ética é um saber prático e pressupõe três elementos fundamentais da filosofia

aristotélica: o uso correto da razão, a boa conduta e a

felicidade.

“A dúvida é o princípio da sabedoria”

Sabedoria Prática

Sabedoria Filosófica

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Referências bibliográficas

https://www.todamateria.com.br/aristoteles/

https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/aristoteles/

https://www.ebiografia.com/aristoteles/

https://www.filosofiaparatodos.com.br/resumos/etica-a-nicomaco-livro-i/

https://studyhelp.com.br/categories/ensaios/filosofia/aristoteles-afirma-que-a-vida-contemplativa-e-o-maior-ensaio-de-filosofia

https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/a-etica-em-aristoteles/

https://www.studocu.com/en/document/universidade-federal-do-espirito-santo/filosofia-e-etica/summaries/resenha-do-livro-etica-a-nicomaco-de-aristoteles/4392677/view