m malinataqfh, d» imperador li'memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1876_00903.pdf · 2012. 5....

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'.>.. !:\. '^ti W. Anno V f ASSIGNATURAS (Recife) 3?hmesire„......... 8$Ò00 Anuo-., . 12$000 (Inte)iore Províncias) Trimestre Y4 $500 Anno......;........ 18$000 Ae assign-turas come- çam ^ein qualquer tempo e termina no ultimo de Mar- ço, Junho, Setembro e De* zembro. Publica-se to- dos os dias, PAGAMENTOS ADIANTADOS Recife -Quarta-feira 28 de Junho de 1876 r.áo3i I ir0 I Edigão de hoje_2500 íeeting liberal"- Theatro Santo Antônio Domingo 2 de Ju- l|;| pelas 7 horas da tarde, terá lugar no theatro Santo Anto- nioa segunda das reu- niões promovidas pe- Io Club Popular, afim de se tratar dás pro- ximas eleigões. O Glub Popular es- pera o compareçimen- ' de iodos os liberaes residentes nesta cida- de e seus arredores. A PROVÍNCIA Recife, 28 de Junho dei .876. Os fundamentos da sentença do Dr. Juiz- de Direito da Victoria que deu provimento ao reourso interposto pelo cidadão Alexan- dre José Maria de Hollanda Cavalcanti da decisão da Junta Municipal acerca da ya- lidade do sua organisação, não podem resis- tir a uma analyse seria; cahem á mais ligeira critica. As suppostas nullidades em que se fnn- dou o Dr. Juiz de Direito da Victoria nos especificados no art. 86 § 2 n. 1 e 2 das Inst. Regulamentares de 12 de Janeiro do corrente anno. Da sentença do Dr. Juiz de Direito ve se quo esses casos de nullidade realisaram-se por terem sido convocados e concorrido para eleição da Junta Munioipal os vereado res e supplentes José Maria de Carva- lho, Obristovam Dionizio de Queiroz Bar- ros e Bernardino Teixeira de Sena Oaval- cante, os quaes segundo a mesma sentença, não estavam nas condições estabelecidas pela lei: O primeiro porque sendo commissario de policia, e esse cargo sendo incompatível com o de vereador, não podia ser convocado por estar «omprebendido na exoepção da disposição 'da primeira parte do art. 45 das Iustrucções resrnlamentares; O segundo porque tendo mudado de resi- denoia para a Comarca de Pau d'Alho está igualmente na segunda parte do mesmo art. 45; O terceiro, finalmente, porque sendo Juiz de Paz e estando noefectivo exercício deste emprego não podia ser validamente convo- cado pela incompatibilidade desse cargo com o de vereador. O Dr. Juiz de Direito da Victoria, per- mitta-nos S. S. que lhe digamos, guardadas as deferencias que lhe possam ser devidas, aceitou sem exame as allegações do reoor- rente, eivadas dos caprichos partidários, ressumbrando o interesse político da occa- sião. A imparcialidade, do magistrado foi empanada, triumpbando a trioa eleitoral. ^^Jíersando a nullidade sobre a convocação i^S^ereadores o supplentes para a eleição : ÒRGAO DO PARTIDO LIBÍIIl Vejo por todaipai te um symptoma, qne me assusta rela liberdadedasnaçõesedaigreja:acentealisação. Um dia os: povos despertarão clamando:—Owde noFgas liberdades? P.FEMX-Z?MC.noOOIVrM. de* MalinatAQfH, m dos Membros da Junta Municipal, temos o dever de deolarar ao publico, e consta da acta elaborada por occasião da mesma elei- ção, que a oonvocação dos vereadores e sup- plentes foi feita segundo uma certidão do seoretario da Câmara Municipal, pessoa apta para conhecer a idoneidade dos que deviam ser eonvooados. Os motivos, porem, que levaram o Dr. Juiz de Direito a julgar incompatíveis os cidadãos José Maria Marques de Carvalho, Christovam Dionisio de Queiroz Barros e Bernardino Teixeira de Sena Cavalcanti Bão uns improcedentes, e outros inexactos. Demonstraremos: A incompatibilidade entre, o cargo de oomnrissario ;de policia e o de vereador é supposta, e não assenta em lei. A matéria de incompatibilidade é strictijuris, e não pode ser ampliada. As disposições legaes citadas pelo Dr. Juiz de Direito, da Victoria, e pelas quaes deduz a incompatibilidade, versam expres- samente sobre offiçiaes militares, e offioiaes da guarda nacional destacada. Para que essas disposições se appliquem aos commis- sarios ó necessário um acto do poder com- petente. A mudança de residência para a comarca de Pau d'Alho do oidadão Christovam Dio- nisio de Queiroz Barros é supposta, como se do attestado do juiz de paz—Tibur- tino Pinto de Sousa Moreno (1). Tanto o oidadão Christovam Dionisio não mudou a sua residência que tendo sido con vooado pelo Dr. Juiz Munioipal da comarca da Victoria para tomar parte na eleição da Junta Munioipal respondeu por oflieio não poder comparecer por se achar doente. Quanto á incompatibilidade do vereador Bernardino Teixeira de Sona Cavalcanti ella é ainda falsa. E' exacto que o cargo de vereador é incompatível com o de Juiz de Paz, mas jomente no oaso de dar-se simultaneidade de exercício de ambos os cargos como posi- tivameL.te declaram os Avisos n. 121 de 18 de Abtil e 837 de lf.de Setembro de 1872 e Aviso n. 427 de 19 de Novembro de 1878. Que o cidadão Bernardino de Sena Ca- valcanti não exercia o cargo de Jniz de Paz para se poder inoompatibiíisar como verea- dor não pode-se duvidar, uma vez que sendo incompatíveis os cargos de Juiz de Paz com o de Subdelegado', exercia elle este ultimo eargo no terceiro districto da comarca da Victoria, e tanto o exercia que no dia 26 de Abril, quinze dias antes da convocação, processou o inquérito policial instaurado contra João Bento da Silva e Antônio Bi- zerra da Silva, è no dia 5 de Maio prendeu a João Gomes de Sousa, por crime de deso- bedienoia (2). Accresce que sendo o oidadão Bernardino de Sena, Cavalcanti o terceiro votado do seu districto, e o anno no qual lhe competia o exercício sendo o transacto, podia incom- patibilisar se com o cargo de vereador, uma vez què a incompatibilidade resulta da simultaneidade de exeroioio, se os dois Jui- zes de Paz mais votados dessem-se por im- pedidos, uma vez que sendo o oorren';e anno o quinto depois da eleição—ou o primeiro depois do quatriennio—o exercício de Juiz de Paz competia ao mais votado;—o que não se realisou. Não estando o cidadão Bernardino de Sena Cavalcanti no exeroioio do cargo de Juiz de Paz, oomo hemos provado, a incom- patibilidade que lhe attribuiu o Dr. Juiz de Direito da comarca da Victoria ó supposta, tendo por unioo fundamento a allegação do recorrente. Achatido-se provado, pois, que o cidadão José Maria Marques de Carvalho, que con- correu á eleição da Junta Municipal, não se achava inoompatibilisado pelo cargo de commissario de policia, e aohando-se pro- vado igualmente que os cidadãos Christo- vam Dionisio de Queiroz Barros e Bernar- dino de Sena Cavalcanti, que não compa- receram á eleição e nella não toma*. ..m parte, ¦v- . ,:.*?¦.. OOBBEgPONDENÜIAS "$ l '. tf\. AEedaçüo acceita e ãg.V deoea oóUabaracçâo.j ...jÁ cótrespondenci» poliiJ será dirigida á rua Dnque â» Caxiasu. 60 1- andar. '¦¦'&'¦' ¦". •¦ Toda a domai3 oj.,;espon" dencia, annuncios e publica- çóes serão dirigidos para o es- oriptorio d a typographia ara» IMPERADOR li' 77. PAGAMENTOS ADIANTADOS ) Publica Forma—Illm. Sr. Dr, Juiz Muni- cipal—Diz o Dr. Pedro da Cunha Beltrão que precisa que V. S. se digne de mandar aos esorivães Silva Costa e Santos Bolcão que lhe certifiquem ao desta:—primeiro quantos inquéritos policiaes tem processa» do o subdelegado do terceiro districto Ber* nardino de Senna Teixeira Oavaloante des* de o principio do anno próximo findo :—- segundo qual o subdelegado do mesmo ter- ceiro districto que. prendeu e remetteu, ten« do feito o respectivo inquérito, a João Ben- to da Silva, suspeito de crime de roubo na Escada, e em que data teve lugar a dili- gencia—Nestes termos requer e pede a V. S. defevmento—Espera receber mercê— Sim—Victoria vinte oito de Maio de mil oitocentos setenta e seis—Cunha Lima Estava sellada em uma estampilha do va- lorde duzentos réis e dividamente inutilí- sada—Em observância ao respeitável des» pacho supra, ctriifico ao primeiro, que de meu cartório riffconstá quantos inquéritos policiaes processou o subdelegado do ter- ceiro districto desta comarca, Bernardino de Senna Teixeira Cavalcante, desde o principio do anno próximo passado, porque instaurados os respectivos processos são estes remettidos para o\ cartório do jury, na forma da lei da reforma judiciaria— Certifico ao segundo que o subdelegado do mesmo terceiro distriotôjque prendeu João Bento da Silva, Antonios Bezerra da Silva, pelo crime de roubo em Frexeiras da co- maroa da E soada, processou o inquérito policial e remetteu com os presos ao Dr. Juiz Munioipal, foi o dito Bernardino de Senna Teixeira Cavalcante, ouja diligencia teve lugar no dia vinte e seis (26) de Abril do corrente anno, como tudo oonsta da co- pia dos autos archivada em meu cartório— O referido é verdade—Cidade da Victoria vinte nove de Maio de mil oitocentos seten- estavam no oaso de-ser convocados, uma t vez ,que o primeiro é residente ijaa «omarca e o segundo não se acha impedido çpr ef- feitos legaes toda a argumentação contida na sentença do Dr. Juiz de Direito da to- marca da Victoria oahe por terra, tornan- do-se assim injuridioa a mesma sentença, e carecedora de reforma. Publica Forma—tAttesto por me ser pedido e ter certeza que o Illm. Sr. Ohristovâo Dionizio de Queiroz Barros, é residente n'esta comaroa no engenho Redemoinho, sendo certo que arrendou o engenho Antas de Páo d'Alho, para onde tem de mudar- se no fim do corrente mez por diante, e sei que se acha oom alguns membros de sua família doentos de seeões—Vinte e nove de Maio de mil oitocentos setenta e seis—Ti- burtinò Pinto de Souza Morenoj juiz de paz quarto votado do segundo districto, não estando em exeroioio—Numero oito— Reis duzentos— Pagou duzentos réis de verba por não haver digo réis de sello de verba por não haver adhisivo na oceasião-r- Colleotoria das Rendas Geraes da Victoria triuta e um de Maio de mil oitocentos se- tenta e seis—Souza Moura—Carvalho— Reconheço verdadeira a firma de Tiburtino Pinto de Souza Moreno—Dou fé—Victoria trinta e um de Maio de mil oitocentos se- tenta e seis—Em testemunho de verdade estava o signal publico, o tabellião publioo Belarmino dos;Santos Bolcão—E mais se não oontinha em dito papel de attestado, sello, e reconheoimento, que eu tabellião bem e fielmente aqui copiei em publica forma, sendo me apresentado pela parte, è fazendo entrega ao mesmo do mesmo pa- pel, e vai na verdade sem con «a que duvida faça, nesta cidaàe da Victoria aos dons dias do mez de Junho de mil oitocentos setenta e seis. Victoria, 2 de Junho de 1876. Em testemunho de verdade—B. S. B., tabellião publico. Belarmino dos Santos Bolcão. ta e seis—O escrivão, Antônio Ludgero ala Silva Costa—Certifico que em virtude da petição e respectivo despacho, pelo meu cartório, em quanto ao primeiro ponto, não «onsta quantos inquéritos "policiaes proce- de,u ^^ubde^gado do terceiro districto ^ernaromo.VBenna Teixeira Cavalcante, porque sendo instado,, os processos dis- tnbmdos f o meu oarto^, foram remettidos para o^cartono do jury—Ce.^co mais que deixo de resionder ao segundo^onto, por não constar nada em meu cartório—o refe- rido ó verdade— Victoria vinte nove de Maio de mil oitocentos setenta e seisXQ escrivão do orime, Belarmino dos Santos Bolcão— Grátis Bolcão —E mais se não continha em .dito. documento que bem e fi* elmente mandei extrahir por publica forma do próprio original, do qne dou fe, e vai na ryerdadesem.oousa que duvida faça, entre- gando^a parte o próprio original, nesta ei* dade da Victoria aoa dons dias do mez de Junho de mil oitocentos setenta e seis. Subscrevo e assigno Victoria, 2 de Junho de 1876. Em testemunho de verdade—B. S. B., tabellião' publioo. Belarmino dos Santos Bolcão. ;r: u/.f. IIIIIII Telegramina— Da folha official transcrevemos o seguinte: Roma, 26 de Junho. O Sr. Roncetti foi nomeado arcebispo, e o Sr. Bruschetti bispo in partibus infide» lium. "~. - * (Havas-rbuter.) ReTlsta de Jornaes: Jornal do Réou-e. Cãronica nacional, em que se relatam acontecimentos referentes aosannos de|1697,1817 e 1824; os dois nlti- mos sobretudo de importância para ahisto- ria politica do paiz. Nos actos ojjíciaes uma publicação de tra- balhos da policia. Gazetilha—abundante de noticias locaes, algumas do exterior, actos do poder execu- tivo.e duas transcripções sobre o café do Brasil, e um artigo sobre George Sand, no- tavel esoriptor, ha pouco fallecido. Sob o titulo Collaboração, uma extensa e curiosa correspondência de Lisboa. Publica depois os trabalhos do Tribunal da Relação do districto. Nas solicitadas diversos escriptos de puro interesse particular, e uma transcripção da Provincia, sobre o inoéndio da rua de Santa Rita. Tempo. Artigo de fundo em resposta ao que hontem dissemos sobre a projectada violência da policia de Ourioury, na pessoa de nosso amigo e alliado Conego Francisco Pedro. Violência, é bom repetir, que não se rea« lisou, por aquelle nosso amigo em tempo obteve uma ordem de habeasseorpus preven- tiva pelo respectivo juiz de direito da co- marca. O Tempo não contesta o facto, e nem de« centemente podia fazel-o; mas diz que ali não andavam |os inoonfessaveis interesses partidários da sua grey; protesta que o Sr. Manoel Clementino saberia fazer justi« ça. Felizmente não houve mister da justiça do Sn Manoel Clementino d'esta vez. Depois o Sr. .Mello Rego respondendo ao que temos esoripto sob a rubrica—A junta municipal do Recife. Mas o que diz o Sr, Mello Eego? Não faz mais do que extanar aquella co- ragem e impavidez com que tem sabido en- carar as situações as mais imbaraçosas, quando se traota dos interesses de seu par- tido, que a fallar a verdade nem sempre se eequeoe dos interesses do Sr. Mello Rego. Mas é sempre admirável a verdade, a can- dura e ar de innocenoia oom que falia S. S.I Nada se recusou ao partido liberal, na- "V.\ rA K

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Anno V

f

ASSIGNATURAS(Recife)

3?hmesire„......... 8$Ò00Anuo -., . 12$000

(Inte)iore Províncias)Trimestre 4 $500Anno......;........ 18$000

Ae assign-turas come-çam ^ein qualquer tempo etermina no ultimo de Mar-ço, Junho, Setembro e De*zembro. Publica-se to-dos os dias,PAGAMENTOS ADIANTADOS

Recife -Quarta-feira 28 de Junho de 1876 r.áo3i

I

ir0

I

Edigão de hoje_2500íeeting liberal"-

Theatro Santo Antônio

Domingo 2 de Ju-l|;| pelas 7 horas datarde, terá lugar notheatro Santo Anto-nioa segunda das reu-niões promovidas pe-Io Club Popular, afimde se tratar dás pro-ximas eleigões.

O Glub Popular es-pera o compareçimen-' de iodos os liberaesresidentes nesta cida-de e seus arredores.

A PROVÍNCIARecife, 28 de Junho dei .876.

Os fundamentos da sentença do Dr. Juiz-de Direito da Victoria que deu provimentoao reourso interposto pelo cidadão Alexan-dre José Maria de Hollanda Cavalcanti dadecisão da Junta Municipal acerca da ya-lidade do sua organisação, não podem resis-tir a uma analyse seria; cahem á maisligeira critica.

As suppostas nullidades em que se fnn-dou o Dr. Juiz de Direito da Victoria nosespecificados no art. 86 § 2 n. 1 e 2 dasInst. Regulamentares de 12 de Janeiro docorrente anno.

Da sentença do Dr. Juiz de Direito ve sequo esses casos de nullidade realisaram-sepor terem sido convocados e concorrido paraeleição da Junta Munioipal os vereadores e supplentes José Maria de Carva-lho, Obristovam Dionizio de Queiroz Bar-ros e Bernardino Teixeira de Sena Oaval-cante, os quaes segundo a mesma sentença,não estavam nas condições estabelecidas pelalei:

O primeiro porque sendo commissario depolicia, e esse cargo sendo incompatívelcom o de vereador, não podia ser convocadopor estar «omprebendido na exoepção dadisposição 'da

primeira parte do art. 45 dasIustrucções resrnlamentares;

O segundo porque tendo mudado de resi-denoia para a Comarca de Pau d'Alho estáigualmente na segunda parte do mesmoart. 45;

O terceiro, finalmente, porque sendo Juizde Paz e estando noefectivo exercício desteemprego não podia ser validamente convo-cado pela incompatibilidade desse cargocom o de vereador.

O Dr. Juiz de Direito da Victoria, per-mitta-nos S. S. que lhe digamos, guardadasas deferencias que lhe possam ser devidas,aceitou sem exame as allegações do reoor-rente, eivadas dos caprichos partidários,ressumbrando o interesse político da occa-sião. A imparcialidade, do magistrado foiempanada, triumpbando a trioa eleitoral.

^^Jíersando a nullidade sobre a convocaçãoi^S^ereadores o supplentes para a eleição

:

ÒRGAO DO PARTIDO LIBÍIIlVejo por todaipai te um symptoma, qne me assustarela liberdadedasnaçõesedaigreja:acentealisação.Um dia os: povos despertarão clamando:—Owde

noFgas liberdades?P.FEMX-Z?MC.noOOIVrM. de*

MalinatAQfH,mdos Membros da Junta Municipal, temos odever de deolarar ao publico, e consta daacta elaborada por occasião da mesma elei-ção, que a oonvocação dos vereadores e sup-plentes foi feita segundo uma certidão doseoretario da Câmara Municipal, pessoaapta para conhecer a idoneidade dos quedeviam ser eonvooados.

Os motivos, porem, que levaram o Dr.Juiz de Direito a julgar incompatíveis oscidadãos José Maria Marques de Carvalho,Christovam Dionisio de Queiroz Barros eBernardino Teixeira de Sena CavalcantiBão uns improcedentes, e outros inexactos.

Demonstraremos:A incompatibilidade entre, o cargo de

oomnrissario ;de policia e o de vereador ésupposta, e não assenta em lei. A matériade incompatibilidade é strictijuris, e nãopode ser ampliada.

As disposições legaes citadas pelo Dr.Juiz de Direito, da Victoria, e pelas quaesdeduz a incompatibilidade, versam expres-samente sobre offiçiaes militares, e offioiaesda guarda nacional destacada. Para queessas disposições se appliquem aos commis-sarios ó necessário um acto do poder com-petente.

A mudança de residência para a comarcade Pau d'Alho do oidadão Christovam Dio-nisio de Queiroz Barros é supposta, comose vê do attestado do juiz de paz—Tibur-tino Pinto de Sousa Moreno (1).

Tanto o oidadão Christovam Dionisio nãomudou a sua residência que tendo sido convooado pelo Dr. Juiz Munioipal da comarcada Victoria para tomar parte na eleição daJunta Munioipal respondeu por oflieio nãopoder comparecer por se achar doente.

Quanto á incompatibilidade do vereadorBernardino Teixeira de Sona Cavalcantiella é ainda falsa.

E' exacto que o cargo de vereador éincompatível com o de Juiz de Paz, masjomente no oaso de dar-se simultaneidadede exercício de ambos os cargos como posi-tivameL.te declaram os Avisos n. 121 de 18de Abtil e 837 de lf.de Setembro de 1872 eAviso n. 427 de 19 de Novembro de 1878.

Que o cidadão Bernardino de Sena Ca-valcanti não exercia o cargo de Jniz de Pazpara se poder inoompatibiíisar como verea-dor não pode-se duvidar, uma vez que sendoincompatíveis os cargos de Juiz de Paz como de Subdelegado', exercia elle este ultimoeargo no terceiro districto da comarca daVictoria, e tanto o exercia que no dia 26 deAbril, quinze dias antes da convocação,processou o inquérito policial instauradocontra João Bento da Silva e Antônio Bi-zerra da Silva, è no dia 5 de Maio prendeua João Gomes de Sousa, por crime de deso-bedienoia (2).

Accresce que sendo o oidadão Bernardinode Sena, Cavalcanti o terceiro votado do seudistricto, e o anno no qual lhe competia oexercício sendo o transacto, só podia incom-patibilisar se com o cargo de vereador, umavez què a incompatibilidade resulta dasimultaneidade de exeroioio, se os dois Jui-zes de Paz mais votados dessem-se por im-pedidos, uma vez que sendo o oorren';e annoo quinto depois da eleição—ou o primeirodepois do quatriennio—o exercício de Juizde Paz competia ao mais votado;—o quenão se realisou.

Não estando o cidadão Bernardino deSena Cavalcanti no exeroioio do cargo deJuiz de Paz, oomo hemos provado, a incom-patibilidade que lhe attribuiu o Dr. Juiz deDireito da comarca da Victoria ó supposta,tendo por unioo fundamento a allegação dorecorrente.

Achatido-se provado, pois, que o cidadãoJosé Maria Marques de Carvalho, que con-correu á eleição da Junta Municipal, nãose achava inoompatibilisado pelo cargo decommissario de policia, e aohando-se pro-vado igualmente que os cidadãos Christo-vam Dionisio de Queiroz Barros e Bernar-dino de Sena Cavalcanti, que não compa-receram á eleição e nella não toma*. ..m parte,

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Toda a domai3 oj.,;espon"dencia, annuncios e publica-çóes serão dirigidos para o es-oriptorio d a typographia ara»d» IMPERADOR li'77.PAGAMENTOS ADIANTADOS

)

Publica Forma—Illm. Sr. Dr, Juiz Muni-cipal—Diz o Dr. Pedro da Cunha Beltrãoque precisa que V. S. se digne de mandaraos esorivães Silva Costa e Santos Bolcãoque lhe certifiquem ao pé desta:—primeiroquantos inquéritos policiaes tem processa»do o subdelegado do terceiro districto Ber*nardino de Senna Teixeira Oavaloante des*de o principio do anno próximo findo :—-segundo qual o subdelegado do mesmo ter-ceiro districto que. prendeu e remetteu, ten«do feito o respectivo inquérito, a João Ben-to da Silva, suspeito de crime de roubo naEscada, e em que data teve lugar a dili-gencia—Nestes termos requer e pede a V.S. defevmento—Espera receber mercê—Sim—Victoria vinte oito de Maio de miloitocentos setenta e seis—Cunha LimaEstava sellada em uma estampilha do va-lorde duzentos réis e dividamente inutilí-sada—Em observância ao respeitável des»pacho supra, ctriifico ao primeiro, que demeu cartório riffconstá quantos inquéritospoliciaes processou o subdelegado do ter-ceiro districto desta comarca, Bernardinode Senna Teixeira Cavalcante, desde oprincipio do anno próximo passado, porqueinstaurados os respectivos processos sãoestes remettidos para o\ cartório do jury,na forma da lei da reforma judiciaria—Certifico ao segundo que o subdelegado domesmo terceiro distriotôjque prendeu JoãoBento da Silva, Antonios Bezerra da Silva,pelo crime de roubo em Frexeiras da co-maroa da E soada, processou o inquéritopolicial e remetteu com os presos ao Dr.Juiz Munioipal, foi o dito Bernardino deSenna Teixeira Cavalcante, ouja diligenciateve lugar no dia vinte e seis (26) de Abrildo corrente anno, como tudo oonsta da co-pia dos autos archivada em meu cartório—O referido é verdade—Cidade da Victoriavinte nove de Maio de mil oitocentos seten-

estavam no oaso de-ser convocados, uma tvez ,que o primeiro é residente ijaa «omarcae o segundo não se acha impedido çpr ef-feitos legaes toda a argumentação contidana sentença do Dr. Juiz de Direito da to-marca da Victoria oahe por terra, tornan-do-se assim injuridioa a mesma sentença,e carecedora de reforma.

Publica Forma—tAttesto por me ser pedidoe ter certeza que o Illm. Sr. OhristovâoDionizio de Queiroz Barros, é residenten'esta comaroa no engenho Redemoinho,sendo certo que arrendou o engenho Antasde Páo d'Alho, para onde tem de mudar-se no fim do corrente mez por diante, e seique se acha oom alguns membros de suafamília doentos de seeões—Vinte e nove deMaio de mil oitocentos setenta e seis—Ti-burtinò Pinto de Souza Morenoj juiz depaz quarto votado do segundo districto,não estando em exeroioio—Numero oito—Reis duzentos— Pagou duzentos réis deverba por não haver digo réis de sello deverba por não haver adhisivo na oceasião-r-Colleotoria das Rendas Geraes da Victoriatriuta e um de Maio de mil oitocentos se-tenta e seis—Souza Moura—Carvalho—Reconheço verdadeira a firma de TiburtinoPinto de Souza Moreno—Dou fé—Victoriatrinta e um de Maio de mil oitocentos se-tenta e seis—Em testemunho de verdadeestava o signal publico, o tabellião publiooBelarmino dos;Santos Bolcão—E mais senão oontinha em dito papel de attestado,sello, e reconheoimento, que eu tabelliãobem e fielmente aqui copiei em publicaforma, sendo me apresentado pela parte, èfazendo entrega ao mesmo do mesmo pa-pel, e vai na verdade sem con «a que duvidafaça, nesta cidaàe da Victoria aos dons diasdo mez de Junho de mil oitocentos setentae seis.

Victoria, 2 de Junho de 1876.Em testemunho de verdade—B. S. B.,

tabellião publico. — Belarmino dos SantosBolcão.

ta e seis—O escrivão, Antônio Ludgero alaSilva Costa—Certifico que em virtude dapetição e respectivo despacho, pelo meucartório, em quanto ao primeiro ponto, não«onsta quantos inquéritos "policiaes

proce-de,u ^^ubde^gado do terceiro districto^ernaromo.VBenna Teixeira Cavalcante,porque sendo instado,, os processos dis-tnbmdos f o meu oarto^, foram remettidospara o^cartono do jury—Ce.^co mais quedeixo de resionder ao segundo^onto, pornão constar nada em meu cartório—o refe-rido ó verdade— Victoria vinte nove deMaio de mil oitocentos setenta e seisXQescrivão do orime, Belarmino dos SantosBolcão— Grátis Bolcão —E mais se nãocontinha em .dito. documento que bem e fi*elmente mandei extrahir por publica formado próprio original, do qne dou fe, e vai naryerdadesem.oousa que duvida faça, entre-gando^a parte o próprio original, nesta ei*dade da Victoria aoa dons dias do mez deJunho de mil oitocentos setenta e seis.

Subscrevo e assignoVictoria, 2 de Junho de 1876.Em testemunho de verdade—B. S. B.,

tabellião' publioo. — Belarmino dos SantosBolcão.

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IIIIIIITelegramina— Da folha official

transcrevemos o seguinte:Roma, 26 de Junho.O Sr. Roncetti foi nomeado arcebispo, e

o Sr. Bruschetti bispo in partibus infide»lium. "~. - *

(Havas-rbuter.)ReTlsta de Jornaes:Jornal do Réou-e. Cãronica nacional, em

que se relatam acontecimentos referentesaosannos de|1697,1817 e 1824; os dois nlti-mos sobretudo de importância para ahisto-ria politica do paiz.

Nos actos ojjíciaes uma publicação de tra-balhos da policia.

Gazetilha—abundante de noticias locaes,algumas do exterior, actos do poder execu-tivo.e duas transcripções sobre o café doBrasil, e um artigo sobre George Sand, no-tavel esoriptor, ha pouco fallecido.

Sob o titulo Collaboração, uma extensa ecuriosa correspondência de Lisboa. Publicadepois os trabalhos do Tribunal da Relaçãodo districto.

Nas solicitadas diversos escriptos de purointeresse particular, e uma transcripção daProvincia, sobre o inoéndio da rua de SantaRita.

Tempo. Artigo de fundo em resposta aoque hontem dissemos sobre a projectadaviolência da policia de Ourioury, na pessoade nosso amigo e alliado Conego FranciscoPedro.

Violência, é bom repetir, que não se rea«lisou, por aquelle nosso amigo em tempoobteve uma ordem de habeasseorpus preven-tiva pelo respectivo juiz de direito da co-marca.

O Tempo não contesta o facto, e nem de«centemente podia fazel-o; mas diz que alinão andavam |os inoonfessaveis interessespartidários da sua grey; protesta que oSr. Manoel Clementino saberia fazer justi«ça. Felizmente não houve mister da justiçado Sn Manoel Clementino d'esta vez.

Depois o Sr. .Mello Rego respondendo aoque temos esoripto sob a rubrica—A juntamunicipal do Recife.

Mas o que diz o Sr, Mello Eego?Não faz mais do que extanar aquella co-

ragem e impavidez com que tem sabido en-carar as situações as mais imbaraçosas,quando se traota dos interesses de seu par-tido, que a fallar a verdade nem sempre seeequeoe dos interesses do Sr. Mello Rego.

Mas é sempre admirável a verdade, a can-dura e ar de innocenoia oom que falia S. S.I

Nada se recusou ao partido liberal, na-

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da^jUnta, isto é, o Sr. Mello e o seu com- !¦^a nada se oppuseram, conoed-ram tu-*o que se reclamou l

E' engraçado vel-o e ouvil-o dizer que,nela só reclamação de um dos membros da..mmissão liberal, o Sr. Dr. Autonio de,Siqueira, qualificou a um tal Sr. Lima mo-rador em Santo Amaro.

O tal Sr. Lima, de que falia o tal Sr.Mello Rego, é um homem de posição na so-oiedade pernambucana, com fortuna legiti-mamente adquirida, e visinho do Sr. Mello,• quem a junta paroohial não havia quali-ficado. •

Em presença do tal Sr. Lima, o Dr. Si-queira não fez mais do que apresental-o aonl Mello Rego, qne prontamente disse queo conhecia e estava no caso de ser^ qualifi-oado, pois tem de sobra e em subido gráotodos os requisitos legaes.

E onde-está aqui o favor, a honanoia dotal Mello Rego.

Quanto ao Sr. Frederico Mqutiaho, man-temos ainda tudo quanto,dWsemos, e o talSr. Mello Rego não..*«"atreveu, e nem seatreverá a negòv^ue mauteu o seu despa-oho auterip< juáo obstante a presença najunta>'rfquelle Sr.

Sé"o Sr. Moutinho justificara todos osregaisitos legaes, se couimercia por contaprópria, se a commissão liberal apresentoua junta um recibo de aluguel de seu arma-zeni, se elle justifica que è casado, que temmais a junta de mandar informar a polioia?

Como justifica a manutenção de seu des-pacho á junta, o Sr. Mello Rego ?

Quanto aDeodato: poderia a junta legal-mente duvidar de um attentado do Sr. con-selheiro Silveira de Souza ?

Ninguém o dirá!O Sr. Manoel Gonçalves não pedia a in-

clusão dos notnes d'aquelles, por quem re-clamara, pois que pretende em juizo oom-petente justificar Jhea a capacidade ; o queaquelle nosso prestimoso amigo e aluadopretendia, era que se mencionasse na aotados trabalhos do dia a sua reclamação, queo tal Sr. Mello Rego deaattendeu.

Onde estão, pois, os favores, as attençõesque o Sr. Mello Rego despendeu para ooma commissão liberal ?

E ainda appella para o Dr. Costa Ribei-ro, depois da resposta que teve pelo Jamaldo Recife e pela Provincia de hontom ?

Conolue o Sr. Mello Rego o seu artigo—impossível, chamando a athoria dos nossosescriptos pata o nosso collega de redação,Dr. Antônio de Siqueira; mas isto é sim"

FOLHETIMOS JDtt-A.2s/LA.S

(85)

DA

INTERNACIONALPOR

PIJBRRB ZACCONESEGUNDAPARTE

o g-j^llo -v_3R^^_3ii_=a:o

VIII

Tentativa de Evasão

( Continuação)

Maurício não teve tempo de dizer mais.Joanna acabava de chegar, e sem pro-nnnciar uma única palavra fizera cor-rer a lingueta dá fechadura e abrira aporta.--'- Maurício! exclamou ella ao mesmotempo.

Eis-me aqui, respondeu o jovensargento.

E voltando-se para Villeron, accres-centou:

Até breve, coronel, o pôde estarcerto que, succeda o que succeder, seamanhã eu estiver são e salvo, e o não ti-ver visto ainda, nada me poderá impedirde vir salval-o.

Até á vista, meu amigo! disse Vil-leron. í

-- Até á vista, até á vista! respondeuMaurício, deixando-se arrastar immedia-tamente por Joanna.

O coronel ficou só.A porta estava aberta. — Joanna es-

quecera-se de a fechar.Villeron teve por um momento a idéa

de se aproveitar deste esquecimento parase apoderar da chave da porta que dava

,.<v-~...-

plesmente o péssimo habito em que está depresonalisar a discussão, .mas para o qualnão lhe demos autorisaçâo.

f A vista, pois, do que -fica dito, em quese funda todo o furor da Provincia ?

Funda-setalvez em não ter eu prestadoao Sr. A. de Siqueira attenções e oortesiasde que não o supuz merecedor ? >

Eis um pedacinho de ouro 1...Pois o Sr. Mello Rego suppõe que a falta

de suas attenções- e cortesias pode chocar aalguém, que o conheça t

Não dá honra, quem não tem honra, Sr.Mello Rego.''¦ Assumptos políticos—um sobre a Escada.

Noticias diversas, ellas mesmas, trabalhodo Tribunal, e lista dos não qualificados.

E foi o Tempo.Dubio_,»e Pernambuco.! Telegrammas,

além do de Roma, com referencia a nomea-ção para cargos eclesiásticos, todos os maisde interesse commercial:

Sob a rubrica instrução popular, umartigo,—elementos de astronomia, que estábom, e em estylo aoommodado ao fim a queparece ser destinado.

Expediente do governo e de sua seoreta-ria.

Uma transcripção do Jornal do Commercioda Corte sobre febre amarella, digna de at-tenção.

Revista Diária fértil e de interesse.Trabalhos da Relação e câmara munici-

pai.Nos a pedido um eseripto ássignado pelo

Sr. Herculano Cavalcanti de Sá e Albuquer-que sobre o direito de exportação.

Depois...o Diário a Bervir de fundo paraum doido atirar pedras...

Na 8. pagina, folhetim, e outros diversosescriptos litterarios de gosto e interessan-tes, sobre tudo o que se inscreve sob a epi-graphe Phisionomia de New-York.

Carneiro Tllella — JPo* cartasparticulares, chegadas hoje do norte; sabe-se que chegou no dia 17 ao Pará, o nossocomprovinciano o Sr. Dr. Carneiro Vi-lella.

Algumas commissões de diversas lojasmaçonicas fretaram um rebocador, e o fo-ram receber a bordo; dizembarcando nomeio dò uma multidão que o recebia de bra-ços abertos, e com verdadeiro enthusiasmo.' As lojas maçonicas e o theatro estavamembandeirados, a noite houve illuminaçâoe espectaculo, subindo á scena os Maçons eJesuítas, perante uma numerosa conourren-oia do oavalhohoa o ocj-hora*-, sendo n HflO

para os terrenos incultos do caminho deferro.

Mas, para onde havia de ir ? como eque caminho devia seguir atravez dasespessas trevas que o cercavam ? paraque se havia de expor a dar alarme aosinimigos, quando tinha a probabilidadede que Joanna viria salval-o ?

Esperou, com o olhar attento e o ou-vido á escuta...

Assim permaneceu algum tempo.Rodeava-o o mais profundo silencio;

nenhum ruido, nenhum murmúrio lhechegava aos ouvidos.

De repente estremeceu.Alguém caminhava na direcção do lo-

gar em que elle estava.De certo era Joanna.Villeron julgou ouvir pronunciar o seu

nome.Finalmente a rapariga, anhelante ãe

cansaço e commoção, chegou ao limiarda porta.Venha! venha! disse ella com vozquasi desfalecida; não temos um mo-mento a perder!Mas, não correrá» tu algum peri-go ? perguntou o coro™.

Que lhe iáportam os perigos queeu possa correr? replicou impetuosa-mente a rapariga. Não ha perigos queeu não esteja disposta a affrontar para osalvar.

Então conheces-me ?Conheço! Maurício contou-me tu-

do... E' um amigo de meu pae e um pro-tector da minha infância. Venha ! Ve-nha! não espere que voltem esses mise-raveis.

E ao mesmo tempo agarrava a mãode Villeron com autoridade e arrastava-oatravez do subterrâneo, do mesmo modoque fizera a Maurício.

Durante alguns minutos caminharamsem trocarem uma palavra.

Afinal Villeron rompeu o silencio.Pobre e querida Joanna! disse elle

autor chamado a scena por muitas vezes efrenetioamente aplaudido.

No fim do uliimV acto foram-lhe offere-cidos 18 boqnets, com ricas fitas bordada aouio e uma caneta e pena de ouro.

O Sr. Vicente eraprezario da companhia,offerecenlhe uma rica cadeia e caçoleta,de ouro, tendo gravadas as suas iniciaesJ. M. C. V.

Foi uma verdadeira festa.Para o dia 21 preparava a maçonaria

uma graude festa em que lhe offerece umbaile.

Asylo demeiidicidade-Ama-nhã, as 11 horas do dia, terá lugar, emSanto Amaro das Salinas, a inauguração daparte do edifício construída para asylo demendicidade, assim como á transferenciapara alli dos mendigos existentes no antigoedifício.

As obras deste edifício foram feitas poradministração da Santa Casa, sob as vistase direcção de seu membro o Dr. GorvasioÇampello, que desinteressadamente tomoua si essa tarefa e que desempenhou-a demodo a só merecer encomios.

A repartição das Obras Publicas ha-via orçado a parte do edifício oouoluidaem 168:988$000

Despendeu-se apenas 182:000$000

Realisando-se a economiade 8l:988$00O

De vendo-se ainda aooresoentar a estaeconomia as seguintes despezas consagra-das n'aquelle otçamento :

Compra de um terreno... 1:700$000Camas e colxões 1:660$000Madeiras e oantarias que

sobraram para a oonolus&odo edifício 2:000$000

_*otal 5:360$000Que faz com os 81:888$000

A economia de.... 87:298$000sem prejuízo da mão de obra e do materialempregado na oonstruoção, oomo terão dereconhecer todos os que forem visitar oedifício.

A Junta da Santa Casa resolveu fran-quear a visita do edifício a todas as pessoasque ali comparecerei.

Meetiog—No domingo próximo, ás 7horas da noite, terá lugar no theatro SantoAntônio, á tua da Florentina, o segundomeeting promovido pelo Club Popular, pavao qual são-convidados todos os liberaes.

com voz affectuosa. Quanta gratidão tedevo pelo que fazes neste momento! Nãoé de hoje que conheço o teu bom cora-ção. Vi-te quando eras ainda criança, emuitas vezes te fazia dançar sobre osmeus joelhos; já nessa epocha eras bo-nita, affectuosa e pura.

Joanna escutava sem nada responder.De quando em quando deixava esca-

par do peito um suspiro que mais pare-cia um soluço.

Não dizes nada ? perguntou Ville-ron parando; serei por acaso tão infeliz,que não conserves no teu espirito a me-nor recordação desse tempo ?

Oh! cale-se, cale-se, Sr. Augusto!respondeu Joanna, não me recorde essaépoca da minha vida. E' o meu re-morso, a minha vergonha Se sou-besse!

O que?Nada, venha, não me falle mais esobretudo tenha muita cautella.

Mal Joanna acabava de pronunciarestas palavras, quando parou repentina-mente gelada de susto.

Que éisso? perguntou Villeron.-:-.- São elles, respondeu a rapariga.

Quem ?Sem duvida, Mathon e os compa-

nheiros.Perseguem-me ?

--- Creio que sim.E ha algum meio de lhes escapar ?Um só.Pois é esse que devemos aprovei-

tar, custe o que custar. ¦Tem razão.

Joanna deu ainda alguns passos e pa-rou de novo.

Ha ahi, a seus pés, um poço quetem apenas alguns pés de profundidade.Metta-se depressa dentro delle, e oecul-te-se o melhor que poder..'.Mas, se me descobrem ?

Eu me encarrego de lhes desviaras suspeitas.

Bllftliotheca Provincial —Freqüentaram a Bibliotheca durante a se-mana finda 258 pessoas, sendo de dia 188e a noite 120, consultando as seguintesobras e jornaes:Jornaes... 289Litteratura 75Direito .*.... 81Historia ... 22Política 11Enoycopledia 6Mathematica. 21'Philosophia..... 12Geográphia... 1

Estas consultas foram feitas em 102obras portuguezas, 47 franoezas ei latina.

liOteria—Eis o resumo dos prêmiosmaiores da loteria (192*) extrahida hoje abenefíoio da Casa dos Expostos.8759 3:000$0002049 900$000286.. 400$0Ó08844 ;.. 200$0Q0918 100&0001216 100$0008782 100$0002468 40&0001884 40$0002948 40$000614..374449.....8293766896644424518168987880922810088590398324181101148...:.225954982082682..11821902..1086141788808084.3992

40$00040$000 §20$00020$00020$00O20$00020$00020$00020$00020$00020$00020$00020$000 ,2OÍ00O8$0008$0008$000 18$000 f|8íí;ooo /,3$\)Q£L I,êpmé8$000 M8$000 Ji8$000 w\8Í>000 I8$000 I8$000 j8$000

Como ?Eil-os ahi, se deseja salvar a vida,

faça o que eu lhe digo.Villeron não hesitou mais tempo.Quando Mathon chegou acompanhado

de alguns homens munidos de archótes,apenas encontrou Joanna que tinha jádado alguns passos para lhes sahir aoencontro.

Terrível expressão de ódio selvagemlhe contrahio as feições dando-lhe umaspecto medonho.

Mathon parecia o gênio da vingança.

IX

Uma Idéia de Robert

Até que afinal! exclamou o minei-ro com acento feroz. Até que em fimte encontramos em flagrante delicto, enão poderás agora negar o auxilio queacabas de dar aos prisioneiros!E quem lhes disse que eu procuronegal-o ? replicou Joanna com voz seccae desdenhosa.

Então, confessas ? , \De certo; 'Foste tu que lhes abriste a porta 2'

--:- Fui eu.Foste ainda tu que lhes ensinaste

o caminho ?Também ó verdade.

E não receaste o castigo de que tetomavas merecedora ?

Nada receio, alem disso sabia bemo que tinha a esperar de miseráveiscomo tu.

Ah! desgraçada !Mathon levantou o braço com furor e

ia descarregar a cólera que o dominavasobre a infeliz rapariga, quando se sen-.tio agarrado por mão vigorosa.

Voltou-se desesperado.Robert Linley estava atraz delle.

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i

Continuai *-»"¦

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Page 3: m MalinatAQfH, d» IMPERADOR li'memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1876_00903.pdf · 2012. 5. 6. · d» IMPERADOR li' 77. PAGAMENTOS ADIANTADOS) Publica Forma—Illm. Sr. Dr, Juiz

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A Província.

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290..2283..2521..

661..1653..1828..411....

1341 ......;.;..:

8425 ....;..1104..80052619 ...........\

lt^BB«l«i para Sanf<» Aftiaro-^-0 Sr. gerente da Companhia Ferro-Gar-ril resolvou mandar bonda amanhã até afrente do Asylo de Mendicidade, para maioroomkodidade das pessoas, que quizerem irassis|r a inauguração do novo edifício e vi-sital-o.

Jl«»i8 ^esteados — Por ordem idomedico do matadouro publico foram hojeinutilisadas as carnes de duas rezes abtidaspara o consummo, por não se acharem emcondicções de servir para alimentação. Per-tenciam a Sociedade de Carne Verdes.

$»aBSSa!feiroS — Seguiram para onorte no vapor nacional Espirito Santo :

Dr. Francisco Gomes Parente e 2 esora-vos, Manoel de Oliveira Amorim, barão deTacaruna e 2 escravos, Francisco Gouçal-ves de Monva, Justino Gomes de Souza,Belinira F.t»uaisca Pacheoo, Franoisco Tei-xeira Bastos.

OotBiario—A mortalidade do dia 24foi de 6 pessoas:

As moléstias que ocoasionaram estes fal-leciraentos foram as seguintes:Amolecimento cerebralBbeumatismo oerebralHepatiteEspasmoEnteriteNão determinada

A do dia 25 foi^de 7 pessoas :Gastro hepatiteAbcessoPenumonia chronicaFebre amarellaDiarrhéaVermesFebre typhica

A do dia 26 foi de 6 pessoas:Meningite.....fleraorrhagiaCongestão cerebral.....Tuberculos pulmonaresAsoite

Frei CaiBeca— Acha-se á venda iem todas as livrarias, o primeiro volumedas obras políticas e litterarias deste mar-tyr pernambucano, contendo a historia desua vida e dos soffrimentos a que foi con-demnado por amor da causa da liberdadeem 1824.

Escriptorio «le a«lv«»jgacia—Os bacharéis José Julião Regneira e JoséMarianno, tem seu escriptorio de advoga-cia, á rua do Imperador n. 79, 1* andar,funto á typographia da Provincia, sala dedetraz.. '

Oflirlvesarfa — Ursulino Torreãomudou sua officina e estabelecimento deourívesaria para a rua do Visconde de In-haúma n. 18, onde pôde ser procurado.

Preceptor — Um estrangeiro, deidade, de conducta que pôde ser attestadapor pessoas desta cidado, offerece-se paraencarregar-se da educação de algumafami-lia, fora da cidade. Ensina as principaeslínguas, historia, geometria, piano, canto;ernfira, tudo quanto pôde tornar completae esmerada uma educação.

Quem desejar fallar-lhe, pôde deixar avi-so n'esta typographia.

Vap«»res e§»|»era<Ios f Tire»Queen, da Europa, á 28; Elbe, do Sul, á29; e Teniers, âo Rio da Prata, á 2.£

A«lv«»ga«los— O Conselheiro JoãoSilveira de Souza e o Baoharel LourençoAugusto de Sá e Albuquerque, tem o seuescriptorio de advogacia na rua do Impe-rador n. 41, D andar: onde podem serprocurados das 10 horas da manhã, ás 8 datarde.

Propagadora «Ia InstrBBOção PBlblIca—-A commissão encarre-gada pelo Conselho Director da Propaga-dora da Instrucção Publica da freguezía deN. S. da Graça de manter nas escolas, comroupa e livros, os meninos ^esvalidos damesma freguezía, avisa aos pais ou proteo-tores dos mesmos que se dirijam para estefim ao Dr. Livino Pinto Brandão, thesou-reiro da mesma commissão, em Belera,onde encontrarão, para seus filhos ou pro-tegidos, que não podem freqüentar as esco-Ias por falta de meios, todos ob recursosnecessários. .

diz quéaos amigos do governo tudo é licito, | nhecidas, o que não podem m«Ís anroveit*cora tanto que s* consiga os fins, que se e deve nor «L^míL mnÍ£ *íl-Il Tcom tanto que ss consiga os fins, que se

tem em, vista.E com effeito, só assim, isto é, por meio

da frauda e da violência podem aqui oaamigos do poder fazer qualificação e o elei-torado, inas nunca pelos meioa legaes.

E' preciso criar influencias; e como opretenso senhor d'aqui não tem confiançanos senhores Leoneis, pretende levantar osGranjas, nos. quaes suppõe achar mais ga-rantias j)ara um eleitorado verdadoiramen-te especmes, que ò façam senador.,

O ganso, oomo outr'ora se denominouaquelle-pretendente, não recua déante daillegalidade dos meios, com Haío que con-siga seus fins.

Eu nunca, como insinua o tal nvf,icjaris.ta da revista do Diário de Pernambuco >0er-segui a'p3 Srs. Granjas, e nem tão pouc0partido liberal.

e deve por conseguinte niudk. u turno._-• Peço desculpa ao publico, e a rt Voção dojornal—-Provincia—a publicação do c \e levodito com o que muito obrigará. v >

Ouricury, 29 do Maio de 1876 ) *O vigário Francisco Pedro mfSilva.

Aga*a«leci auesBii»Felix Paes da Silva Pereira, sua mulherfilhas e mais parentes, vêem testemunhar ásua eterna gratidão aos Illms. Srs. ManoelMelquiades Cavalcanti de Albuquerque, An-tomo Francisco de Moura, Salvador Bar-balho Uchôa Cavalcante, Revm. Fr. Anto-nio das Dores Tartaruga, Domingos NunogFerreira Filho, Pedro Papias Nunes Ferrei-ra, Francisoo Timotheo Cavalcanti de Ai-buquerque, João Canoio Cavalcanti de Aí-buquerque, Henrique de Holianda Chaoou,

Foi no domínio conservador que aquelles ^içente de Holianda Çhacon.e ao digno d-USrs. viram*âe corridos e perseguidos pela ^*or e alumnos do collegio S. Thomaz de

1

AVISOSJLoterâa—Na thezouraria das loterias e

loja de calçado n.oa 87 e 89 dos Srs. Porto& Bastos, á praça da Independência,acham-se á venda os bilhetes, meiosequartos da loteria, 192.» que corre no dia28, á beneficio da Casa dos Expostos.Sociedade tachygraphica

—Pede se enoarecidamente a todos ps so-cios o seu comparecimento ásessão de sex-ta-feira próxima, visto eer de tratár-se deassumptos transcendente e de interessepara os mesmos.

Advogado—O advogado FranciscoAmyntas de Carvalho Moura, mudou suaresidência para a cidade da Escada e tem oseu escriptorio á rua ia Matriz.

Sociedade União Scientifl-cab e Jjitterarirt—Haverá sessão or-uinaria d'esta sociedade quarta-feira 28 docof.ente, ás 4 horas da tarde, á rua daUnião X 67.—O D secretario, Nabuco de

•¦ Araújo. „HToV«* JSIlind«*—Distnbue-se os ns.

67 e.68 abril'e maio, chegado por JohnBrammal, muito interessantes sobre a—Exposição Universal de Philadelphia—As-Bignatura do semestre abril e maio de 1876—7$500 ra.—Livraria Franceza..

 «5-iBerriiha—Acha-se a vendaesse semanário no Pateo de Terço n. 42 epelas ruas d'esta cidade, a 40 réis.

No prelo o 5* numero.A J&epBBfolaCta—Sahirá brevemente

á luz este periódico político e litterario, re-digido por alguns academicoe.

Recebe se assiguaturas nesta typogra-i^v phia.

Advogado —O advogado ArminioTavares, mudou o seu escriptorio para árua do Imperador n. 14.

MOFINAQue escândalo, que inaudito

escândalo!As Juntas não teem querido

publicar as listas de qualifica-ção que organisaram, e o go-vemo não teve, nem tem poderde effectuar essa publicação pe-Ia imprensa, coagindo á quemdeve cumprir a lei!

Ora, assim fica provado demais que se executa a reformaeleitoral com animo despreveni-do, ecom o mais severo—em-penho de honra !

nüm illitliwisO viaario Francisco Pedro

ila Silva e «b «Diário depernaBnlBBic.ô »Felizmente já não ó desconhecido o modo

selvático porque me tem tratado os meusraivosos inimigosdiomens em geral sem me-recimento, além das posições officiaes, queimpolgazam, depois de haverem despido ogibão de vaqueiros, transformando-se em

juizes, embora o anathema de quasi todosos habitanteB d'este termo.

Tranqnilisa«me ainda o facto de serem osescriptos publicados contra mim assignadosuns por criminosos notoriamente conheci-dos como taes, outros por aventureiros eréus de policia, verdadeiros instrumentosde ódios e paixões alheias. i

Entretanto não quero deixar sem respos-ta uma intitulada noticia de Salgueiro,que o Diário de 8 d'este mez publicou emsua revista a respeito da qualificação d'estafreguezía, na qual se involve minha pessoa.

De toda aquella arenga arranjada n'essacapital só transparece o desejo de se meoffender. <

O que aqui se passou com relação a Ior-mação da junta parochial foi fielmente nar-rado na— Provincia de 18 de Abril; dizer ocontrario é negar um facto presenciado por

i todos; e só o pôde fazer quem abertamente

justiça publica, por causa do assassinato doinfeliz capitão Alves Branco, que a elles foiattribuido.

Era chefe de policia d'esta provincia oSr. Tristão Araripe, e para esta comarcaveio o Sr. Lucena no caracter de delegadopara prendel-oa e prooessal-os.

Se perseguição houve, foi toda ejle movi-da pelos próprios conservadores, em favordos quaes se pretende agora que elles appa-reçam.

Ao tempo em que eram presos, processa-dos e condemnados o Sr. Granjas, estavaeu na assemblea provincial, e não os podiaperseguir.

Admira, porém, que só agora o ganso selembrasse da rehabihtação dós Granjas,querendo fazel-o oom prejuízo meu.

No seio do partido conservador é que oganso podia achar os perseguidores dosGranjas, cujo estigma peza até sobre aquel-les que com sua familia se acham entelaça-dos.

Ha bem pouco tempo foram nomeadospara delegados e supplentes d'este termo otenente-coronel João Marinho Falcão e Al-buquerque e Bens filhos Antônio Pedro Ma-rinho, e foram demettidos antes de toma-rem posse de seus cargos—pela razão de se-rem parentes da familia Granja; o que suo-cedeu também com o capitão Zeferino, epela mesma razão.

Em vista destes factos, como se pode di-zer que eu é que tenho intrigado a familiaGranja, de modo a perdel-a ?

Outro rumo, pois, deve seguir o ganso;que com a rehabihtação dos Granjas pro-oura segurar votação para a senatoria.

Sou nervoso, e naturalmente medroso ;tenho na verdade muito medo de phantas-mas; mas fique sabendo o ganso que não to-nho tanto medo do phautasma branco, ape-zar de não ter o annoi mágico, como tenhodo phantasma furta-côres do Panellas.

O ganso é por demais injusto em trazerem seu calculado enredo o Dr. Silva Barros,juiz de direito desta comarca; elle é inca-paz de combinações eleitoraes, e de pro-messas que comprometiam a sua dignidadede magistrado. Nesta comarca sempre temprocedido com energia, intelligencia e pro-uiâade, só por isto não tem agradado aosaventureiros e réus de polioia, que nas po-»sições officiaes tudo faziam, fosse ou nãototpe e criminoso. Chegando a comarca,quando ainda não tinha parado a torrentede processos por sonhados orimes, o juiz dedireito Silva Batros procurou por meiosamigáveis e suasorios que os homens do po-der conhecessem seu dever, e puzessem pa-radeiro a tantos erroa e violências; mas de-balde, obrigando-o finalmente a dura ne-ceseidade a uzar do rigor da lei, e rospon-sabilisal-os.

Levantou-se a celeuma e qualquer dellesse molPou um heróe assignando denunciaspara o Tribunal da Relação contra elle comfuteis e banaes; aceusações, como so o egre-gio Tribunal estivesse ao serviço dos capri-chos insensatos de politica de aldeia. Per-elidas taes tentativas ultimamente o leva-ram ao Tribunal como criminoso de lesanação, porque nutre relações de amizade

peladispensa*""" prova. d? «*«»ae que lheslebrar mís^11*soa Justa ?°.r *™dando °«-passamento ^^f0. J ^¦Tc** d?Oanuto da Silva ^olatrado

filho SamQelReoife, 28 de JanTra^ 187g

———— H;

]Jfeg«>cios delV-.^-Senhores Redactores da «Pr™"™0.

do o jornal o Tempo de 19 de Maü,;~1^n'parei oom um artigo que diz que or*pondente do Triumpho conta sempre ie8"historias. ^

O illustre redaofor do Tempo está mal in-formado defenda quando tiver logar, masnesta que promoveio não tem razão; a no-tioia que o correspondente do Triumphoremetteu e ioi publicada na Provincia de 17de Maio, é verdadeira; não ha nenhnm oom»meroiante de Triumpho que não reconheça)que a feira do Triumpho está reduzida aum terço, por causa de impostos que espan-tam o povo; também ninguém do Trinm»pho por mais parcial que seja, poderá ne-*gar que no dia 29 de Abril houve o reoru-tamento no meio da feira, em pleno dia 29de Abril, que causou uma indignação geralem todos os semblantes.

Estou prompto a provar que o noticiadoxdo Triumpho não faltou á verdade, podendoaté designar o nome do que foi arrastado, ode outro que foi solto por pedido de Ray-mundo Florentino, o de outro, por pedidodo tenente-coronel Braz Nunes de Maga-IhAes, o ob outros soltos a pedido do Sr.Antônio Francisco Xavier.

Estou prompto para provar, sem ser como testemunho dos liberaes, que na epochapresente não tem razão nem direito; pro-varei com o testemunho dos conservadoreique mais se distinguem nesse lugar esses ter-mos visinhos, como o juiz de direito de Fio-res, que nesse dia tinha vindo a este lugarcom o tenente-coronel Braz que ó conser.vador e com popularidade n'essa locali-dade.

Aguardo me para resposta do Tempo; en-tão dessa vez terei mais o que dizer.

Tnompho, 20 de. Junho de 1876.Clementino de Souza Diniz.

comigo.Tenho também relações de amizade com

o tenente Raymundo Leonel, chefe do p>r-tido conservador deste termo, cujos servidosa este partido ja forciori se quer esquecerapresentando-se para ser 6ncachotado pelaforça do poder a quem não lhe pôde caber.

. Tenho ainda com o Sr. Raymundo Leo-nel umas combinações aoerca da eleição pro-xima, eisso semtrazerdezar ánossos prin-cipios políticos, j Sirva, por tanto tudo istode mais uma fonte de exploração.

Ao concluir devo também dizer ao ganso,uma ve/ portodas.que suas tricas já são co-

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Paulo CigaiiòESTA FUO-IIDO

Avisa se aos senho-es oapiUes de Cam-po que fugio do engenho Penanduba.terraode Muribeca, o escravo Paulo, conhecidopor Cigano, com os signaes seguintes : èreforçado do corpo, estatura regular, acabo-ciado, cabellos e barba corridos, um poucocalvo, pés grandes, e todos os dedos grandesabertos visivelmente, que parecem defeitu-oss, idade 40 annos, falia mansinha, dentescurtos, olhos pequenos. Esse mulato foi dePajeú e esteve em uma fazenda dò capitão-mór Francisco Manoel Gaineiioda Curba, •vendendo em eguida ao Sr. Manoel Cie-mentino, da Serra do Coité. Foi. visto nosAfogados no dia 1. do corrente com trêstangedores de gado.e de suppor qne seguis-sem com elles. Seráâonerosameule recom.pensado quem o aprpenhender e trouxer aoreferido engenho, d'onde ausentou-se desdeo dia 28 do mez próximo passado.

Professor de lingoasCharles Chiguerra, mudou-se para á

rna do Duque de Caxias n. 11, 1* andar.Continua com o curso de francez, nas

seganda-feiias e sexta-féiras, ás 7 lp2 danoite.

SamuelESTA' FUGIDOO mulato Samuel, idade 40 annos,baixo,

magro, cabellos crespos.e pretos.poucabar-ba, beiços o nariz grossos.Toca viola, canta e diz ser livre : pede-se as autoridades poüciaes sua captura.

Quem o appieuhender leve a rua Formosa*n. 88 que será recompensado.

Silveira, advogado81—RUA DO IMPERADOR-81

Primeiro andar.

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MathematicasNa rua do Cotovello n. 12 ensina-ce Ari.

tbemetioa Geomelria e Álgebra pata exame-A mesma pessoa encairega*se de dar

estas aulas em Collegios, casos particuhiesou de ensmo.Quem precisar de seus serviços ou deiija-

se a ma do CotoveHo n. 12, ou deixe cawanesta typographia com as inicio es M. M.M. D. :

üosariãEsta' fugida!No dia 11 de Fevereiro do corrente anno

de 1876, teve fo-^a a escrava Rosaa-iu,do engenbo Burralba, pe? tencenie ao abai-xo assignado, tendo os seguintes signaes:idade de SO annos pouco mais eu menos,côrfula, é bastante alta, c?cca do coipo,cara redonda^ c^hos g.andes, redondos escinJillante, cabellos carpiohcs, inda.comvestido de cbHa. Teoho toda cei.^a qnea d'ia escrava anda abi na praçk ffer rersido abi compraüa: roga-se as moi-dUúpo)\cia?3eacB se^bcies capines de campo*a captura da diía escrava, re fôr jrc:a abina praça, esrá entregue so Sr. Be^aróinode tíena Pontual no C6U e(ci>)'.ciio na iajda Cruz, e sa fôr pieza fora da piaça, seráentregue no enge u ao Eancp^;a d ar e^aezhde S. Lourenço da Malta, petií ucenle aomesmo abaixo assinado, de quem Berá re-compensado:

S. Lourenço, engenho Bu\/alho, 16 deFevereiro de 1876.

AvisoNa roa Nova n. 28, 1- andar, entrada pe-Ia roa do Cnjú n. 13, precisa-ee de vendo,dei ras de dooe.Paga-se bem.

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