m a ris ste lla - hemeroteca digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/obras/brasilportugal/1905...doa...

16
BRASIL- PORTUGAL 1 OE OUTUBRO DE 1905 N. 0 161 Ma ris St e ll a O novo paJhabol.e r eal

Upload: others

Post on 13-Feb-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

BRASIL- PORTUGAL

1 OE OUTUBRO DE 1905 N.0 161

M a ris Ste lla

O novo paJhabol.e r eal

Page 2: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

BRASIL- PORTUGAL

CHRONICA IPO"' alarga & eu& eaphera de acção e desdobra·

e.e c1da vea mais em manifea:taçõae varlu. Pol·M •u*atl&it.ndo o tormo, o 1.ae~1hlu n.J~· ptos. o ho e o ;port. t\meaoa invadir a proprla. caaa. do e d,.dào qoo pela. lei runda..montal do

J " Estado 6 ln•lola11t\l f,port é a. e.qollaçlo, a pe.11 .. ca., a caça. e eobre elita ba até obra.a prhnas de pint.orea «lebres, desde os muaea• arama·

'-e ;J/

.:._ doe até '11 h1xuo11$& as.tu do jogo de Monte __ Cario. Alta o 'flMI nlo a.l hm1ta a ea&a8 d1atrao

Q6ee: por Y&rio. moU'fOI e multo espec1a.l01eni.e ~la tendencta natural da humanidade orn M ariatocrauur. q11er eeja. comprando um Utulo.

<1ue-r comprando apenas um auto1nu•el St e-a6 a um ~mpo com mrindador e 1portJ111J11, u duu 1norc~1 maia tulgar1s.ada.e. um•. pela 11rodlgahd•do bonachc1rona dOA ieOV6rnanlA!8 o a outra. pola bonf\ cheirice prodig:a doa jornalbtt101, O dh•L1nc10 A/>(lrt~Nan ve1u isu1;11it1· tulr o antigo 1r-. Cor11t1ttn.1l,11lor quo hoje ó apona.• rescrv:.do a doh1 ou lrotJ 01nproia.rfoa fohioe. S1>ort1Na11 6 hoje toda~ gontie; mota.do porquo ª"ª'm ao apeUida, a outr11 mctado porque a log1c~ lho dd. direito o. ui o. Se um homcrn 1•orque d rico o adquire urn ou dol .. •uiomove1a, passa a &er um cooh~ldo "l)Or-t•(IJt, porque o não ha·do 1er uni outro qae -.e mett.e n·um trtm de praça e ga.ata c~nco tOA· tõea n•uma corneta? O •JK>f'C nlo tem fronteiras, e ta.nto abr1n1e o •mador que galga serras e ulle., de .. pln:an!a "" bombro como o eonqalal&dor qae se pavoneia pelu roaa o 1tvenidu. de charuto na b6c&. Ca~r lebres é um genero de •{Nlrt, caçar çC>taçôu J e•O

Em Cau1e• J."&Att:t.d~ IL tr.41'*'!Jt1ÍO, r;. PlnNll,,, ,,.,,,.,,,, D • • .W1111M, lL llllllu•,

t'orlOI Co.n-Jho, Jor~ IJJtt"t t W414•••t Jtmnro 1'11tlo

Mr outro. & a gontrah.Nçào do &.ermo che90u a ponto de eer eur. tlcfont.e enfiar uma calça b ... nca o par na oa:ioeça um bofld do pala, para IO pU8a.r logo a pertoncer • c1a"'4 qu& veiu sub8Ut.uír, e6l"I· nbal toda.o ao out.ra.a om quo 110 d1vhll•u1 ~ IM.l'Ciudades. Com o do· 1n1n o d& burguezla nos goternos d1u1 nações daaappt1reccriun a RrJ1tiocracl11. o a plebe, 1niiia ;i. hul'guoita oclip&c>u-so L.'lmbon1 dc11olt1, perdendo e> caracLer proprlo a t.ran8Corinando-se pouco a pouco. o ellro, HObrua e poN de outro• lompoa, ~ hojo apenas um& phrase antfgll, 1om a.pphcaçlo. O anglfcl1mo citado Invadiu a •ida da cac1a um com a bycfclet.a. e oe rr«iloa pntumat.lcoa. O ••pôr mudou o vt ver da humanldad~ galgou rcontolru. atraveaou regiôea lonajn quu, uniu naçõea o bomerui. enalobou coeumes. e bojo nlnruem. nem m .. mo boça.1. pára jt d1ant.e de om con:bo10. ou deeconbec. a força do canio. Ma.a o automo•tl que vetu e.ncurtar diAt.t.nc.IQ. a capncbo de cada u.m, 6 &inda para mutl4l. o desconhecido. um pc>oto de 1nterrogaçlo. Lcg1t .• u h1 que p.&.Q&tn do &nL1go ch1rrilu puxado ••ga.rosament.e por uma Junt. de bOl&, para. o carro •oador quo oort.a o oapaç.o, na 1ua c.arroira. vertiginosa.. e caaa tranale· çlo tlo inoeperadament.a bru11ta n&o podo deixar de accordar o 1n1tfncto aol•agem do bomom. Asahn ae explica. da part.o doa que Andam de aatomo•ol a deaenfroada ve1oe1:1ade quo daaconhMo at.trlctoa o perigos. o da parto do• que nndn.m a. pé, a. roacçdo bar· bara quo aasume proporçcje& crlmfno&a11.

A(nda nlo ba multi<> tempo, uma. noite quente de agosto.alguM frequont..adores de umas therm1u1 afamadu, foram dar um puaelo do automo•el. A' toltA, tinham do pusar um• ponto AObro u1n rio o a lua forte das 1.antemu chai:nou a attençlo do cA<tw8tM~ que''ª rou logo De lado a lado da pont.e eatata atra•easado um graod• pinheiro. O tltafl/lnu agarrou n'elle e delt.oU·C ' 1gu.a., o ..,..t.aodo a lant«ima na d1recçi0 de uma du marcena do no. descobriu dole vul«>e. Trata•a·so e•tdeat.emente do um au.enudo; 1odagou·so e

oe dois curiosos especladorea do uca tragedia qao o acuo Impediu Coram preso&. lnterroa&do., roepotderam com a maior naturali· dado d'este mundo :

- Bra para "º'o quo auccodia1 A ignorancia tem d 'Oltu cruett catiosid&dea.. Bra alnda para

•er o qo& auocedia quo a uma outra familia, n'uma •lagom polo Douro, ospera•a. o garroto : um ara.mo esticado de lado & lado do

Viod1maa - l 'm fM'P o ln!J<1.r

uma •roa. o a determinada alturL Se nào lõra um& occaalonat pa· rageÔl que fez deacobrlr o arame, Ot passageiros d'~e aut.omovel ticar1am garrotados, porque a l>oçal.dado popular queria ver o que auccedariall •• •

A vida d3 co.p1t.al O!jpalha. . .. o a;orll enLre aa senAaQÕeM da. rt\lt1ta nas praias o o resultado das vlndimllfl no eampo. A objtictlvA dos co11aboradores phot.ogro.phlcoe do IJro1il·Portugal grava o'oaLne pl'l· glnns algun& kodQ.Chs e1n flagranLo, emquaot.o out.ro& acontoclmen· r.ofl nlo aurgem & animar o Jlllfz, com os primeiros pronuncio& do ouLOnc>. O encerramento rorç"'do das cõrtes, constit.ue ainda ma· t.eria politica para con•en111 e arl1gos, mas sen1 maior inter•w~e, o por carlo a ChroH.tca lho nào faria referencia ae nlo rora a extra· vagancia de um argumento qao 1pparece na diacoaalo do facto. !elle argume.nto dec.t1l•o apreuntldo como defeza do acto ao•er· nam~nta.I nlo é DOTO, e allrae 1empre que se trata de encerr•mtnto ou dinolaçào de oõrtAIL

- Fecharam.s.e ou dlaaol•eram.10.. porque a oppoaiçlo provo· e&Ta tumu1toa.

Em todo& os parla1nentoa ha. t.amu1t.os, e seuõea t.empcstuoKaa. o teriam realmente que fator oe go•crnoa se houvceec1n do fD<:har a porLa eempre qt1e nll~ camnrllS do doputadoa, a.a dlac1u1•õe.a do· correm mais barulhonta.11 . ..

Compcehon4Je·88 o adh,u1onlo, q'u1.ndo os govarnoa ctt.reeom do Oftludar o preparar 133u111pL011 paru a apreciação do p1Lrlamonto: ad1n1tlo·ee a d1asoluçlo <1uando os governofJ, não tendo maioria. ou t.endo 1mmioento um confheto parlamentar, prech1em do con 1ultar o paw. Mas adi•r. fechar, ou dissolver, apen&e porque uma. du.1ia do depot.ados - e '8 •eaea rrenoe- perturbam a ordem, 6 uma verdadeira. poerilld&de. r\o . pt6prio ttgtmcnt.o ba mil mane•· rude a re&L&belecer. O. que dehnqauem t.eem cuugo, e na ~çad.a doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O wulgarca. 1nu que entre nós, dada a brandura dM

VlndlmoJ. AtJ /(,rgtr rln trnb(l/110

nOM.Ott costumes. nunca, nem uma t6 •M, cremoa mesmo, em •6· unti. annos de •ida parlarnentar, Coram poa«>s em prad,.a.

$6 para 86 conur•ar aberto o parlamento portuguea 6 necMll• rio eatar todo do acoordo o toJol mçlto quieúnboe, enU.o adultera· .., º/apel do tep.Jador que paaaa a eer o de uma crea.oça a quem ... d dois açoites qu•ndo º'º ru ludo qaanlo a gani.e quer.

Page 3: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

Carta a um amigo ausente

Voe~ t1ue eu lhe conte c:o1110 o quo o nosso Theoclorico -eito 1yn11>athico bollornlo que, ha &eis annos ainda. por

aqui andava cscreverido pc1l1.1t ga1~1a11 para cng:11111r ;1 ron111- te encontra hoje director politico d 'u111 jorn11l oftli:ioso, dtpu· l;ido, 1alve1 futuro mini.slro. Poia tudo i110 o dc,·e elle aos olhos oegro1 d"•quella •u• 1don•el •i•iob• da rua de S. llart•l,jholól>causa pro­sima ou rem011 de mais de melade dos •h11u que o Theodorioo di•· riamente lbe raaia.

Poi tonibem ba seis anno1 - como o 1e1npo paua ! - que Vor!! taiu de Lbbo11 para esse voluntario e app~lccido desterro no norte tio Uroail, onde, U10 dii;tinctame11to c11d e:h:acmpcnbando os seoa de· Vf'rc11 con~ulares, como dirin o no1u10 outSJ.!O João C.or1e1 que, nn 'º11 c1o•ll<ladu d• 8l•gundo oOlclal no rnlniswlo dos e!lrnngoiros, uto aeu11•rc. d·u1nn lingu::igeo1 lJrunida a poli 1nen10, cbeh1 rle apertos de m:.o ,. de ft'\'er~ncias.

u,,._., pori'n,, ltmb~r-!f' d'tolla. Aha, grtcio~itt!hna,. o callt'UO t"J·

ruro "1noldurando-lhe o f'Ofllo prquf'nino, 1 fieira do! dentei muito t.raneo. cle1u1rando na race mo~na, t'D' qut: un• •:ingue rico de 1au1I(•

r•unha ton• lert-mtnle rotadot, Oi olholl 11ua1i prelO!, ora meipo• t>

liulnidot, ora foico vi"o faiscando l!IU 1ccnl~lhas luminosai, o n11riJ:

fino e brc\C, a bõcra ri::.onba e fretru, 11 ~ lod.l l'llll $1.1 e!<balo''ª u1n "ª"º ~errume de ey1npntbin1 que lrreai11ivcluuinle nos prendia n "l1t11, Rrll) 1101 fo•cr pulst>r mais d~pn•ua o coracno 1 llaig do 11ue " bcll•tll tiuba a graça, a graça ingenun e 1lruhh1, qut1 se não e!ltu1la, nen1 lt<

nnge. O TI1t'odorico, coa10 Vt'lfi' tlll.tf, '-''" un• d'aquell ... s tt>tnr~rao1enl(l-J

1ypicamen1t• portugutzç.S, qoc lado delx1cu teoipre para o dia de im•· nbi. T1IY~1 efei10 do clima, tahc1 proJutlo d1 nossa condif-lo ~na morada, n1ais prorupla a TÍVt!r de ph1n111ti 1.s do que a luctar contra a troei re11lidade, agora enaltecendo o pa.u1do, logo idtralisando o fu. turo, como quo abandonando 1ompre A oortc aqulllo que'º do pro· prfo esforço advirá, qu~ eacimulos, quo rn11rgia1, quu poderosa u le· 11111 força dê vonuulu pode1n bnter, 1>or \tt,111ur111 noooraç(jo d'urn povo, quu hn pouco ainda acreditava no Encoberto, que tem. corno ran10 nacional, ai Padu, illo é, o 0~11íno !

Sen1pre apaixonado. ou an1e1 na IUJJllOdlit!lo de que o estava, po,.. qoe u p•i~Oe• g'elle PQl!cq maia dura,•m do qu• duram u ro.11,

lào dt'pf\>s.a esquecendo orna, como lojro ''uhando outra, o no.1•0 TbeoJoriro p11••~'ª o tt!mpo colfaborando em jomaes, di!futiodo lit· ler.atura t arl'! ptlos c:afés, fn-qot•111an1lo 01 lhrarias e <ts tbt.'atro~, •cn1pr~ no enca.1~'0 d'11lguma con11u í~ 1 111, eo111111ic11da t! diflicil. Por rãiE' ten1ro, ni11d.i elle nlio prnf'ava 1•1n ll(llillca. ,\ pul1lkaç:io d'u1n no"o livro t•au1111\•a-lba uuiis ah·oroço rlo tllh' 11 tjUt·du do rniniiul!rio~ u nrio IJU\'ill dlscul"IO de OJ)J>OSit:.O qu~ pur.1 ··lht '' lllt.'~$4\ lllll rugltÍ\'O \•olvt•r de olho1, utn rapido s.orriso trocado de ~11•~·1~1·111.

01 a1noro&-0s profissiooaes s~o 01 qor rnenot µrofunda1n"nlt! CU· r1becem o 11nor, porque apenas lbe roçarato pt.'111 aias. lias: se• ''f'r· iadtiro cbamnia., 100: .. logo a 1ran10go,,.po o'elle• .e oper>, como •111 qualquer e.1udaotinho de quinze annoo, lns•noo • all'ecti•o. Bu· t•rn dui1 olhos exprelsivos, dois olhos •Ili que posmnos ler 1lgurna rouaa, quo 10 para os nossos olbot at•ja dita.

Por~1ur todos tenlO!, n'eite rnundo, umo alma gernl!a da nos&a, a uuiea t.~1111111 du CC)lll clla 1e ir1nanor o ronruudir lulcgralcnenle Por 1nal11 c1uu n 11rocureui, poucos a ~nt'011tror11; e poucos lhe 1:1t!lllOOl a lnha, chcaaudo •UI por l'ett• 4 illuooo du aup11or que a eocontriraru. lias, quando realmente se dà um d"tn<• encontro• que o AealO -

fcli1 A cago! - tão raro )lroporciona ª°' mortae.s, una siin p1ea olhar batia 1>;;ir~ os prender indi11soluvol11u.111te1 1,;1ra os ligar para aernprc J>t.·111 ('Xllli!!ncia. rora, COIUO lilO o Octllno 01 tivcss.e ram1menro guardado u1n par.- o outro!

Assim :i.conteceu conl o Tfieodurico. A· n11neira d'aqoetle1 1cnorc1 tOedit\'ll"I, de que (alam h\f'OI du cavaJlaria

1 O fJriUleiro Olhar que

trocou com a !na vi.linha, rol corno qae uma fulmioan1e re,relat~. Piro muitu mulbeh!s linha elle olh1do, muila• até eolão julgara Hr. Ma•, aa reaJidade, 1ó •gora lia pela primeira vez. Por iuo, n'u1u graC'ioso trocadilho, o Tboodorico lh~· eba1na .. ;i :i vcrdadeír11 lut ,101 S.l'Utl olhos, pois Lu1 era o non1e d'ella.

De fntnilia pobra e 1nodl•1u111 noo pudcrt1 :i sua ''isinh.a ter uma larl(n l'tlucaçáo. Apt1u1s Opfu1•114'orn n. ler e escre,·er. Bra, porem, til' lt'U natural Uio iolelli~enlc, tamonlao o seu desejo de aaber, quu n11al ~e arrt"tlilari1 titt.lrse a1>11rl'1utido t'1o J.IOUCO. Em 1oda1 a1 mulllrret ha ucna dieposiçfl:o1 uni lilt•nto t1tptri1I pira bem escrever e1rt11. At da L.u1-algumas mt." mtl:-trou o TI1todorioo- tn.m um moJtlo dt' 1impliridade e de candura, d" COt'nmo\'1Ja e booes1a sioceridadf'.

O an1or, que dt'Sde logo 01 subjugara., mai• se 10innoo na 1yn1. l•:llbia e!piritual que, irreti1IÍYt'llJltllle, UOJ3 para a OUlrn atltlÍll li\ ilu;r, 111111111. Elle procurou cduc01l·a1 af(•içoar, d<'spertar D aua inlt'IH .. Qtnda. P.lln, nada conli!!Ctilldo d:1 Vida, ludo ignorando, ntai tudo ndvlnl111111lo i:unb1:111 p.,10 1eu an1or, J)re>rurou taier d'elle u1n ho1nl1111, dando il sua "'Onlade a rorcn para luctnr, â sua energia a conftancu p:irA ~11istir, ao seu carartt"r a 1enncida1tc para vencer!

llais do que amanle, Luz foi pera Theodorico um amigo, 1 mala leal t a mais dedicada d11 11nig1•. Nos 1eu3 es.mol'êeimea1011ui· mava·o~ CODJOlafa-o nos seoJ dttftOlt.ol; ex altiva os seu.s trjumpboa : habilmente dis:simol3:•a e de1eulpava a.J auu coatrariedad01. Auim lbe roí l'llueaod~ • von!4de, donJo relevo e ellicacia 6s qualidade., que u'clle dormiam latente•. lntclligcnci• solida e robusta, prolunda e lirilbantc ert1diç40, 1ublil ogU<lrta de espirilD, pcrmillindo-lbo vur rapldnn1eotll a appurenci11 o a rc11lld11de dns cousas, todos catai CI· 1cnclaet condicÇOC! de exilo reunia Tl1oodorico. Faltava-lho a6 • ílr· 1nc1a no drJíberar e a con111nci11 no querert incapa1 de impór A fJro· pria M'solucao resolueõee contrarlu • 101.

Pouco a pouco. Joctaodo 1e1nprt'1 umpre animado por 1quella tu• tojo an1ot e.Ue eocootra,·a altnto e tilimulo, a ma ,·ontade rortale­ceu ae, o lt'u caracter affirmou·te, a tua teoacid.ide 1'eaceu. B foi 11.sim que en1 breves anno,. d·uut talenloao, mas qua.si desconhecido plun11tivo, cujo reaJ valor •ó aprcclu•1rn 011 raros que o conbecian1, o Tii.01lorico •• lornou O pollti1•0 cllseulillo e in vcjado, quo Voe~ 111e pureun1n corno oni 1.~o pouco h:1111,o su~iu t:rnto.

l!ff"ilos do arnor, do nn1or que 6 u 1erd 1cn1pre u1na dlle grundl1a fort11 do Uni .. erso, do 111nor int<'grahuente cortespoodido. en, que dois tou11ç.6es -!e fundem, tP. co1nbin11m o'uma ~ó e ardente llJIÍMI·

tlo 1 Por i•so o Tbeodorico lh• chama a •ua llUC<111e, pondo 01 ••ftl· ca('il do seu arftclo lanta de\'O(lo e tanta fé, como um telho pescador 1leili100 no aruulelo contra o mau olhado ou o mal de in••J•· B 0 ••u amor continua OorfJo e "ifoso como nos primeiros trmpos, 1lncl'1t1 11orqul1 1' •rnt1 do, con0111lo porqul' é leal, rorte porque 6 reciproco J

Aqui 1~111 :1 historia simpll'1 e verhliea do nosso Tbeodo;rioo. Nrio \'IL cllu tnu1ur-llte agora invoja, e cleintar Voe~ por ahi c111 rah1 •h· olgum• 11 .. co11e. Deixe eu• runcçao ao Aen10 ••.

43-'··t~ li

Page 4: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

Mattoalnhos - P orto

Page 5: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

A prnla da Nozoroth

.. ---

U ma vlet a 1do V llla, do C onde

Page 6: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

]VIonumentos de liisboa

• -

M.onumonto1 doJ ReaL1uradote1-1 na A•enlda

ara a eerie da. monumenlôl do Lisboa. figuram hoje ma.ia dol11. amboa •••OC•ndo duu dia da· tu ma.ia gJorloeu d& no88a historia: á. lndopon­danei• • a llbartaçlo d• Portui:al. O primeiro celebra a data momora•e: do t.• de Dezembro de 16",Q, em que um punbadt do bra•os o de loaea 1.ortugu .. es. aoeendidoo ro rogo do mala acriao· la.do patrlot.lemo, conseguiu 1acudir o jugo t.yranno dol!I PhiUppcs a mostrar a.o mundo inteiro como. apee.ar de tantos anno• de martyrio, é ainda (acil a um po•o quo tem a 8Ua. hn1ua o a aua historia çhol11. do tradlQ668 o rie& do gloriaa, hnpor-ae o llberlar·so. O &ogundo celebra. o termo da& ln·

ct11e civis no noao pai11 a vlc.torl1. da liberdade .obro o do•r..o· tismo. Um completa o outro: em UWO, liberl&·ao Portugal do jugo e:ut..olhano, e eecornça os quo t.ent.a•a.m apaaar-tbe o nom• o a bietor1& do entre •• n&(IÕe• Uvre.1 i em 1m. llbcrt.a-ae Port.-uQ•l do jugo do nm doapota, o efl,COrrAç~ o ueurp1ulor quo pai'& eorvlr aa saa.!J ambfções lonura. espalhar a rodo pelo palz 1. guerra entre homen1 da mesma raça. enlro 1rmloel

Sio doi1 ft.et.ol lmport.ante1 da •ida portuilJoz.a que ahl oatJ.o e•~UIJ1ldos, ' entrada d& a•enfda. da. l...lbordado, 6 ao centro da. praÇ• do Roclo.

Foi Antonio Thomaz: da FonMea, o mesa.o arLlsta nac1ona.I que merecClra. o 2." premlo no CODCw'IO para o mo1umontoa D. Pedro IV. quem rca o projecto do monumento a.os Reat.auradores em 1H77, o cuja conetrucção foi dada. a 4 do "'808th d'ee•o •nno ao er. Sorglo Augusto do BarroH, na part& do t.raba.lho em pedra o erocçAo, pela quanLia de vinte dolt conto. o novece.nt06 oll rola. Medo JM!rtO do :-.. metrOfl eu.e monume.nt.o, lendo o podostal Mil metro• e no•enta e o obelieco une quat.orso motro1 e aessent.a. Ouu ealatuu em bron.1e, bem lanç~aa o grandlot.a& mesmo, ornam o p&<los t&l naa lacee nort<1 e eul: a oet.a~aa d• lndopendeocl., obra de Alberto Nu­nes e o Genio da Vtci.oria. do S1mõoa d' AI.me da..

Catatua do O. Pedro IV, no Roclo

Eote monumento foi erigido por eubocripçào o loldall .. da Commlnlo 1.• de Dezembro. que or• prealdld• pelo grando eat.a.· dlata Pontos Porolr• do Mollo.

O monumento do Roclo, Lili qw.J se a.dmlra boja, é projocto do dol1 Mlr•ngeiroe~ oe qum.es obtl•era.m o ptJmoiro premlo, entre oe 87 conconente11 que t.a,nt.ot toram oa modelot apreseot..adoe o 't'in4

doit do quaal todu aa caph . .f.C--t. Este premlo er" de dole contoa o couho aois er". Da.•iod, o.rchttoct.4, o Elias Robert., osculptor, am­bot CrAnce.zee. OuLroa quatro premias ha.•la, um de cont.<> e os rea· lant.ea de quinbent.oa mil rela cada Os cootornplado.a lor•m. atem de Antonio Tbomu da Ponaeca., 011 it.a.Hano A. Bezzi, um rrancez Gilbort. e dola llallanoe quo rormara_m o projecto n.• &11 Paganl o llargaghl.

O mooumont.O compõe-ee de qoo.tro parl""" enwaA-acatnc.o, pe.. dOILal, columoa o OILatua lilodo p<irt<> do 29 metros do alto. O onn. aamento e.em duu partes quadradu e com angulos chanfrados: na primeira reaall•m dos anguluo quatro pequonoa podestaos rectan. gule.ree, sobro o• quaea e.atào ecntadas quatro eet.at.ua•t allogorlas ' l'rudeocia, 4 Justiça., 11 Port.ale1& e i Modoraçlo; na 1egonda par~. ba 16 braaUea do armu du p:iccipae1 cidades do re1no, qua­tro em cada rt.u.

O pedestal 6 tombem quadrado; nu quatro racee tem almora. d•• com lnscrlpç~ ...

Sobre o caplt.el, de ordem Coryut.hia e decorado com eecodos du arma.a do Portugal nu quatro lace~ o1o'f&46 um pequeno pe­dett.a1 redondo, 4 ma.neiT& de poanh1 e a que aene de remato me· t.t\dõ do um globo. E' flObre C'l8tO que a.seont.a a. eaLtltua do rei sol­dado trajando o eou uniforme do general. Doe hombroe ponda-lho comprido maot.o e clnge·lhe a fronte uma coroa de loiro. Na mlo direita um a Cana Conetiiuclonal qqe olle outhorgou e appoia a eequerda nos oopoa da espada Blori«IL

Ambo11 e11L08 1t1onnmontoa rorarn inaugurados nos reinado do lil ·llel D. Luiz 1, o d• Praça de P.,1ro cm 1008 e o d• l'raÇA doa Reatauradorea em 1!!86.

Page 7: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

BRASIL - PORT UGAL 263

11 praia da Trafarfa So nJgama. ve?.:se conseguisse ligar as duas margens do Tejo,

:t.ln.rg11ndo,1ai:ca.pita.J at6 os arredores de Almad~. tar·se-ia attin· gido pa.r:a. J1lsboa o 8upremo melhoi:amor.to.

bojo habitada a.penas por pese&doroK, é suseoptlvel da melhor () maus commod a transrormaçào. Basta dizer quo perto de Lia boa é a unlca praia ondo pódo haver bllnho do ondl'. Mas fica por ora muito longo; ba muita fnlt.a de transportes. nào abundllm os attro­ctivos...

Por iaao, s população que debanda para. aquello lado, deixa· Ele ficar na Tr-a(ar1n. que pouco a póuco tem progredido, onde não

Prai1 a ponte

Desenvolver-so·fa rspidarncnte a. encantadora margem diroit{I. do rio ó transrormar·t1e-iam 1.\8 pra.itt.s da Tr:ifa.r-i~ e do Ca.paric• na. mais l>ella concorrida praia, perLO de [1iebo:i. Traíad11 á

ha ondas, o ondo a pequenada. Lraqu1naa p6de eonfil'ldnimen te brin· e.ar na praia, a:em perigo do banhos ro1çiados • •

E' om rrenC.o d'cst.a praia que est.tl nncorada. a escola do na ta.·

No banho

hojo u1n roeanlo pn.cat.o o b•rU.to, aonde não chegou ainda nem 0 luxo da.fJ t,r,ileltt• nem o luxo d11s rolet.as. E' espaçosa a praia, mas a populaçlo balnea.r encontra-se n'u.m espaço reduzido. O vi· &itant.e, sempro junto do mar; percorro uns pouco& do kUometroa

Eu1 dJa. d.e fesla

•ornpre peta aroi11, di1 a. volta ao chamado bico - um bico do areia quo tica. em front.o do Bugio - e cnc11minha·!).C ent.ào p11ra. l'l. cost~. onde o mar bramo já com rugidos an11)açidorce. Todn 08Sll costa,

çào dirigida polo flr. Abb.n.ta. proíeaaor dCI Gyrnnaeio Club. o cujaA lições conatit.u~m todas as mt\nhàa o gra.nde a.tt.ractivo do,. ba. nhist•&. Na gravura que dnmos acima, 1''o ba11lln, vemos a.o long~,

E:m dia de ras.la

no mllr, a en1bn.ró;tQ{lo escola para os arroja.doa galtos pymnasticos qao faziam mordot de invejn. os mala destomi11o1' ncrobatas do Colyseu.

Page 8: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

UMA VISITA INESPERAD,A

(CONT O MUDO)

(1) (2)

'(3) (4)

(6) (8)

Page 9: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

BllASIL-PORTUGAL z65

O pottto de l!isboa eiliuaçã.o geogrnphica. do porto do Liaboa. G ver­dadeiramente previlegüt.d:t... Va.sto, abrigado dos tiemporaes do Atlo.nt1co, accessivel a qualquer hora do dit\ ou da. noito, o porto de úlaboa. sorve simultaneamente o AtJanLlc:o o o Mediterraneo. ~ Amerlca Central e Alerldjonal, oo Estados-Unido• e a Mriea. Em belleza.1 em atgur-anQa., em facflidades de accosao só Cons· tantlnopl:.t lhe leva. a. plllma; em eituaçào, n11. rota. do todu N

); .,, gmnde'S vias do trafcgo euro· pou, excede muitos dl)S seus ri· vaes o a nenhum 4 interi9r. Para

0 tnovimentio aul a.merleano não tem competidor; e~n relação aoa Esta.dos-Unidos d dos mais bem éa lua.dos. A.e au.as escaJas de Cabo Verde. Madeira º· AÇores <!JSLão onde devia.m e•tar o parece Lerem etdo collocadaa alli, de proposito, pllra. a s carreí~ ras da Africa 0- da 1\merica. A na.1.<ure2H1 deu·noi:s ~udo ~unnLo ertt preciso va.ra convcrt.er:1nos o porc..o

o Lisboa em «ru da A,Rtrie4'1, entreposto de com ~ mcrcio internauiooa.1 e ~nerudo do distrlbaiçào ruropeia. Deu.nos tambo1n homeni:, capa2ea de ver Onge o claro. do coneebor a ideia inicial d'cste

Plano gfganteeco, trllduzll-o em formulas e.onere taH o oxeeuttll•o. Nào nos deu, por ora, o resto, isto é, uma cult.urn. geral e urna. o.ivllit:1açito. um ambiente, onde ae grandes ideias· e os plA-nOS gi­gantescos J>l)SSam des:i.Cogadarncnte me<I rar.

Dois homens, um já morto, outro a.tndt\ vívo. Previram, ''" <'t&c.•11.01--e <"º'º"· que o futuro economl­co O financeiro do Portuga 1 deµend ia. cm gran­de p:irto, da. franquia do porto de T,,lsboa e da sna. adaptação a entreposto do commerclo 111t.ernacio· ~ai ll mer .. do de distríbuiçào onropl)ia. Emygd10

a•arro e N.a.rianno de Carvo.lho, duatt cerobra.·

doe: noeot. do puu1dos. sempra ao par da.e graodoa qu.e1Jtaes na.oio­naee, como G notorio o publico. Eu1 conclusào: do plnno verd11dei­ramenle recundo dos doht 01Stadhst..as resultaram as obra& do porto de LisboA.~ gr:ando passo, é certo, no caminho da adaptação do porto 118 necessidades prooenLea o !aturas do tra.logo, m•s earlMLum do vasto pia.no primitivo. Marfanno de Carva.lho e Emygdio Navarro sa.iram da Jucti completamente arrw.a.do8 e a.em grande vontade de recomeçar .. Convencidos do quB nlio podiam remar contr" a maré capitulara.m. Tudo quanto dopois ffl'-era m na.o valo uma. pagina'. d'.c.sso csrorço hercolco. Pode dizor·ae Que ali acaba a sua acçào autonoms. e s.aperior. Picou 3 inLalligencla. brilhante, mas tora-m.8 0 a. cronça e a esperança. O re.et.ô pertence á poliUca, e :a politlca portugueza. não é uma seienc.la; nào ó aequer uma. ar~; á am Jogo

~~es absoluta.ment-o superloroa, posterlorrnonte •8aolvide$ e escravisadae pelo meio. t1v-eram. em

1886, a ideia do porto franco do Llsbo:t, divldfndo 146 a. bahla de Caso3es e o O-$tuar~o do Tejo até f_.hsboa. em trca aeC(:Õ68: a. mai& exterior pn.ra o grande commorcio rntornaoion&I, n intecrnodi& Para o com me reio inWr·pon!ns':J.la r, o a_ maia ~o.­terna Pllra o n"cional. Bram 1dou's doma.is e mu1t.o

Um lrecbo da muralha de Alcant..ara. - P"rh'da '10 •Ghili• para o Bratn1

gr!'ndca para um paiz tão pequeno. Nlnguem ª" compre~en~oo. Nao &3 comprohenderam preçisamente'"•quo11ee a quem ma1s d1ree­tamente int.ero.ttaavam. O commorclo, que a.gora chora la.gr1m(I,,.' de 8angue doanle da. perepect.ivo., nada ri6011ha, do futuro portio franco de Vigo, abriu violenta campanha. contra o project.o. A ill11stroda claase dos c"tiraeiros, qae o oxtrangeiro quo dcmo.ndll o porto de

1 1

Outro tre~bo da mural.ha. - A$ptcrto do 1~jo

Lisboa conhece bem pela. culturl\ d-as suv.8 ta.lo.e, a urbanidade doa sous modos, a modicldado dos seus preços e a sua lníluenol• pro­funda n& economia da nação, t.a mbem posou rortement.e no animo

de expedientes. Rechelien e Colher~ teriam sido em Portugal ins-pectores do ae11o.

1 • . • •

Quem vlu bem o viu ~laro roi a Ueet>l'nha. que, aeja dito de pa.s· sagem - está aendo muito bom governada.. A .Hupanha previu, de

longe, a importancin. eeonom1ca.. poHtfça. e moral que a e.xecuçA.o do projccto fJi:sboa port.o·íranco t.rariu. ao nO!!iSO paiz 6 t.r-at.oa de projudlca.r·noe em proveit.o proprio, Nào lhe queirnmos mal por Isso 1'1ez o que devia. .

)· O oncB.rrogado de lsolar·noa, do eegreg.ar·nos do

t.ra.rego munaial, foi D. José Bchoga.ray. tão bri· lhanto ho1no1n de lettras qua.nt.o estadista emfncn· te. A aoa. r~unoaa ciHta clt Jtrro ara uma obra prima de maldade pat.riot.ica.. o tale a pena. cons;agrar·lhe algumas Unhas.

A ci111a·d" /erro do Echegaray, segundo a descrevo o sr. Marianno do Carvs lho, era 11um c11.minho do (orro que de Huelva , por Ca.corets, Bojar, SaJa.mu.n· ca., Zamora e Ast.orgl\, torneja.ndo d'a..hi outra vez para. o mar, a té á. fQ.mosn, babla. de Vigo coat.ea.580 eempre t\ curta distancia. a fronteira po~lugueza. o rosso como uma espeoio do enorme canal de dre· o agem, que, sangrando toda.a as correntes cornmcr· ci~c•. a.s leva;ase ao sul part\ Huelva., a.o nort-o para Vigo, nã.o deixando que nenhurn11 viesse fecundar os port.os o a.li> linhaa ferrea.s pOrtugne2a41. Ao abrl­g:o da c-i11t~ àt (tr.ro runecionariam as linbns he.sp&· nholas, de um lado paro os portos do Medilerranoo o do out.ro lado para. o Cantabrico 01n Santander e GlJon.

O aba.el.egimonto de Nadrld não poderia. nunca. eer feito por f,,1iuboa. ai.tendendo ' enorme exlf)n­&io por 13n.dajox a C1udad Real, Viste que os bo~ roens do ~lado portuguetea tinham, ~ob rutois pra­Lextos m1llt.are:a, concordado n'esLe absurdo tratado do uma linha intornacUona.l. Reciprocamente todo o movimento do r .. isboa p&.ra a Buro-pa cent..."l'&l havia do Ir inía.llivelmento com gra.ndB diBJ>Ondió de tem­po • dinheiro aliment.ar a vida arllficial de Madrid

Ao sul não ficava a HHpanha. menos bem dorondlda porque a. linh~ do suest.e, ou não. se ligaria á. rede hespa~h~la, oa,' descendo pa.rn Paymogo, collocar1a. Boja e at.á Cuba. o a. V1d1gucira mala proxima.-

Page 10: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

BRASIL- PORTUGAL

A doka dt Santo•

do porto de Haelta, que de Llàboa. Ao nort.e.a hnba do DourCJ e.\,a.r. rana noa rra;uedoe do rio em Barca d'Atwa., e ainda que d'ahi MI prolongasse atravea de m1I d1fftculdadu. ina etbarrar na rii.t(J ti(' ,,,.ro, em Salamanca.. O mesmo euccedoria á que t.cnt..•&KO aeguir J?Ot Brar;~nça, quo tllmbem enooot.rarJll :i. Jinh11i do drenllgom e1n Z urtora. ou 11 dl\ Beira. AlL& quo lOfil\rlll com ella ainda em Sala· 1nan 1.. O bloqueio do 1·ortog11.1 era completo. e LOdo o"º"'*º ruLuro commer<:iaJ Rc&t"- arritkadua•uuo. aento pecdido .•

Echegaray n&o u.-e eo~M>rett dignos do &eu poderoJM> enge-­nho o est.es deram tempo a que tompenemoe a n•tca de (&to. ao norte com u hnbaa de Sala..tnan a ' rrunteiD port1.11uexa.. ao cen· lro com o r&fn&I do Ca.cere. que metf.hu pela He:epan""ha dentro um braço de (IUatroeent.oa & t.a.nto11 k1lrun~tr~" dA via f11rr11f'. •t1Jeito• á direcção porlugneza.

Bra ainda proJect.o da. Con1 pn11hl" lle&11iga.r Cllcerefll I\ Sll11lmttn· ca. a.ggouhorca1uto·•o assim de uu\ largn trtcho tlR. ri"'" ""' frr-ro. Para. tno Lrab 1 lhou. chegando a obter a. reapectlva conce•io. Ve1u., J>Orém, a eta.u de 189l com oe atutt uul dNaai.ru., com1•hç.a.çtfes o panrcos: perderam ee a bnha de Cac:eru e a deC.act'.rt'I a $2.laman· ...a: pe.rdou H tudo; ftcou de p6 a nlillA fk/trro; e a llo,panha roeu· peroa pelo elmp10t' jogo da tncapac1dado e da 1>ua1tlan1mid&de alhelae todu •• w1nt.agen.1J qae A OU\ltl.& do eoormca ttacr1flei03 h.,. v1amoa contJaguldo annula.r.

l)o LiabolL porLO·íranco ninguo1.n mala ª" ocou1)ou. Oo ve-~ em qua.ndo um ou out.ro artigo do1.11 tf'I. Bmygdlo Navarro o Marianno do Ca.rvalho. Nem merecia. a. pena rop11ar o a.uumpto, O c.ommer· e.lo coot.1nu •Vt. a nlo e.omprob1nder u v:uugena e o al··aneê da grand1oea ideia A altitude du rragate1ros e catraeiro1 tambem nf.o mu.d.atL •fa.ntJnba. ao imperc.emta contn. M&a rnon~truoe.a in· 'fulo du 1uu au.ribu.iQGes.

• • lia. um a.nno, pouco maia ou inonoa. correu com lnf'ftltencia o

boA\.O de qoo entro oa governos hottp:lnhol e bra.aUolro h1.v1a nego · c:la.Q6e.s ent..aboladas parll converter Cad1z om porto rra.nco. rece· bendo eete porto em franqnia todo o e.a.fé. trullelro Rm troca.. o aotemo brudetro daria aos productoe hMpanhoea vaniaa:ena adoa· nona.a de t.a.1 eorte que a noeu. export.açlo para o Braaal ficana 'flrtualmente redaa1da ' sombra do que mra e 6.

Simolt.anoamen· to. cou.eçou t.am· bem A Íalar·SO do

c:Lisboa

commcrclal i Argentina .. om con· c:sluôc: mexer•1n-se.

& nóa? Nós demos ao uaumpt.o dez n1lnut.01J de reflexão. Nào po<lla &or 01al1 IJOrquo havia pondon1.o eo· bre o pa.ra a rr1.ve queatlo do accor· do ele11.0ral em Tortozendo. Dopole ... depol• reduzimos o nouo crtlerio proCundo o aabto a eau. ronna Japi· dar, COl)OCIWoa& e bibhea.. 'Nunc-• baYeri portoa rranco1t ern lleapanha por cauaa d1u' rivalidade1t J)tOVin· c1aertl,

l>o11.c 1u111•l rorno diria o Poraln 1 Pola h", ou 'íào haver. •caundo

t.0dafl a.a probablltdadu. E1uquanto & noua l>Ohtu.;a mesqu1nha e irruante. sem 1Je&t• e Aem nobreu, 1e e1t.e· nh~ extenua e dteaolve em preoe-. cupaç9et' 1nff'qu1nhas, oe he•vanhoea esiudtndo, luctando e t.rahathando con.sesuc11n llÍl\Star do no~o 1>0tto do LtKbOn, porttJ adu'l1ravel, cn80lld" 11em par, c11ea.t1 oorrent.ets de r1quaztl quo do o aanguo e a vida daa naçõea 1no· derna1.

em 1842 'Príncipe .S.:.khnows~y ' 1nn ordo1n da en1bnix11dn. l\.11"Lug:uoi1t. 0111 IA>ndres

11our1ou em r.1~bO• 11 m11thll ht\gagorn ao exn.me mu1Ui\"1mo 1ncommudo do ~tume: o ti.c:a.ler do 1neJW1ctor dl'& l\trandrg-a. ro1.me orrerecldo, e 1prtua1-me a det.~rnbarcar

O que deve &u·5Jtehender immediatameni.e a todo o eet"-nge1ro. é encontrar 1Klrt.0da • pan..o n'e&t..e p~tz uma gr"nde eleganc1a e111 tudo que df10 ro11peit.o :t.O ierv1ço 11ubllco. a1Jeznr do OB• Lnflo dOCl\dente daa tlnançna. Oa 08C1ilcres dl\ Alfandega estavam aeoAdamcnto plnt.adol!I, os Ul(.Ontoa coberto• de almofadas, e llObr• oa tol do. pendiam a.s armaa Portugoezu Ulu1n1nad&a com Ti• aa cores.

U. re1netroa tra1u1m c.am1!i01u brancu de neve. com colle1n· nho1 a.aoea, c1nt.a1 •ermelhae.. ' hapétit de coaro envernizado, com o nome do eatabe.lechnen1.o em ínic1ae-s douradu. Tabalhl'lw1t.m com a. oadcncin. ingle.t.a, o puzeram·mo raplth11nante no c.n~ dit Praça. do Corn1nerc10. A• prhneir~ vista d'eala praça grande o regular, du l"lULA quo d'olla decorrem parallel,..n1onto entre ai. 6 crn geral dA. rnoflerna. parte tlA c1di..de. :acretu • .a M poder a.Megurar que 6 l.11boa a mai9 brilhante das captl-tS da. Europa mesmo em rel•oàO ll fllltgane1a.. lm•g1nem &e trtnt.a a quarenta mil cua• ed1tludu 1M1bre a encosta do Sill do eeto r1sonhu onlhnaa, e que como uma orla bordam o Tejo, dOldo Beltm até Xabrega•otn um compnmenlo

' negocia~Qee entro o. llcspa.nha e a Ar· gent.ina. t.endentea a.o eatabelecamento do cacrelrq d1rec· lU entre oe ponoa da ftoreec.ent.e ro vubhca e o porto do Vigo, sen1Jo o~to tranalorml.\t.lo, µ011. Cranquía,. 0111 entro· po1tu de u1na. parte do commorc10 1n· tero.a.cionaJ ara:en uno. ~·- pro,ec· to, os be&panhOt'•, com rara 1ntelll gencia o penisien ela, nào &a voupa· ra1n a esroroo& o 111acr-1ficioe:. Ora:anl· ••ratn a Unulo Jbo· ro·Amenean.a, pro moteram confertn· c.íu: eacro•oram hrochut11 de pro· paganda; manda· r1L111 uma 1nl1aiLo Entrada do entreposto de Sanr.a Apolonla

Page 11: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

BRASIL - PORTUGAL

~!11seis mUha.tJ inglc?.as; fonnosau praças. uv os o grandes odiHcloa pubHeoa, um aqueduc1,0 ogual ás obra.e doK Romn.noa:. J b:a.nco zimborio o torre& do Coraç.ào d(!

1 esus, o gothico mourisco convento <le B&-

~Em fl{l grfl a te - ~as<:aes etn fo<:o ~

dem, e o 1Lgr11..d1tvo.l térraK~O de S. l"'edro e AJcaotl\ra. Esta ~ ll vu:1la. que hojé

apresenta. Lisholl: da veJba., Sombria .. e angulosa. cidade, que existia antes do t.er-. rcmo~o de 1755, já. rnuito pouco se vG hoja_ Prlnc1palmont.o nos bairros baixos. A mu­~alha, que ant.igiLnont.e clreumdava a ei-

a.de, era flanquon.da por 'T1 tOl'rtU!, quG todas cablra1n por terrt1.; act.-un.lmPnto a \,cidade defendida po1as hnha11 de Torrett

edraa., eont.ra as qu11es a.o baldarllm LO doa o:a e.srorço" de Massena, o por rneio ~os reductoa dtl planicio do Ourique. que

· Pedro e levou cm 1838 O velho pa.lacio reaJ I?ª n:i0irgem do Te.jo, cuja figura. ori­gl!'Jan::i. 811~dZL 80 Vê Oltl elant.a8 0 JJG~pO• ~llVtts anlfga.s - fO I 1nlo1r:u:nente VIOtll'rHl ? as com1noções lerre.atres 12) , o e1t1 A:Cll 0g•r prolongam·so c.1es elegantes. O eo­~lrito euergfcameot.e cread9r do ed1 riei~-or da Liaboa act.ual. o grande Mmrquez

do Pombal, toconhece·se immediat..'lmeole em toda.a as tJut\s obrrut: &.oda.e oll11s teen1 0 cunho de um genio podoroso, e é a prova maior da. docadencia moral d'esla naçi\o. ~conteeor que u1n doe i::ous hornon~ mAis 1Hu.strce, havendo 1rpenA.1:170 Rnnos quedes .. ~pparecoo da. ecen" politica. cada vet en .. ~ntNL menog roconhechnentO. :$61oonte nta.

cca do povo tem sempre aldo acatado C) ~e~ nome. e ha muitos indivldnos da c1a1usen n 10111, que aind:\ hoio so lembra.1n fe t.n.1-~e:z com hnenção ,.·uusivaJ. do epigramma.,c1ué andava na1J boc· cius do todos por ooMaiào do. quedn de Pomhml; .-Mal por mal, melhor Pornbal , . Quando "º lé cotn att.ençlo :a hisLOrill d'e.st.e hO· inem admirnvc1, devo aurprehcnder a su~ nolaveJ se1nelhnn()llCOm llcchelieu; Reria ditficil pre8tRr áO ultuno urn elogio aem r~trle· Çào ; contLudo era1n ns ,:ircurnsl:.neftr1il llo.s dois pruiea 1nnito d1tle· rentes, o o que pnderia ser oxprob:-do a Rk-holteu, deva tttlvez n. respeito de l;'()mbal ser conslderndo como 11 oxigenei& de uma hn· Perroaa neccRsidade Uo qualquer rnodo que 8ej~m julçttdas - ll tsun tseverith1.de contra a. prepotente e Ooamoralhu1dn. nobroz~. ll oxecuçll.o dos dez: conJorados (Aveiro. 'J'n\!Or11, etc.) e pdncipn.I •nen~ a expul~ào dos Jtu:,uitas todas 11& opiniões devem (tizer jUR· tiça :is grandes 1nstslt11çõe1J q'uo el1e poa e1n vigor ti beneficio da

,.f Jjrts• â sombra

~U~L pa.tria; e a. SU1' incan~vel acUvidado e sabias providoncí!lR do· u o1s do téri-amoLo 6oa1n ttcima de todo o louvor, o lhe auoguri.m rn rn brllhanL& log-a'r nn. hiet0ria. T~isbo,, no . aeu osta~o ~ctN~· é ~ p Orrt1rnent.o que Olle proprio eJevOIJ i( 8Ut1- 1mmort.11hda 6:· 1 tLO 8 t:siugabl, tnuitos: oui.ros pBize11t, mos1n~ som .t.ercmb ~adde:·~~ ~.~~: qu .rop 01de um terra1noto necosslt.ari•1n atndlt · OJO

ez do PombtLI. '

Na praia.-0 eas-lno

.. Dirigi·mo por liaixo da& nr~adas que circumrtnm 1\ prAça e lho d:lO uma engiraçada appart'inc1a.; os eeu• edHlcfoa, quo l!i\o todo" r~partiçôoa pu.~lieas, e.l\o uniformes, porsados. e no est.ylo dos colh~· ::tio~ dos jesu~tM. No fne1o ~eha·sc urna estatua cc1uieNtro do O . . l~$é J~ b~All'tnt.emcnto de"tttuid<"- de goflto; no seu ~oçco tinha a pr1ncip10 sido collocado o l111ec..o ern brontc de Pombal· , ointndo ro1 AtrADC&dO 1)8108 80Ufl 1nirnigos na Vetipern. da. co:oaçàO ·da D. Mnriti r e ~ubstilllido pela-A armas da cid:oidu. n~ Praça. do 'co.-n. mercio, sego1n<lo a laq~a e beHa rua~() A1'8C11fll, v11.e-sodar á Prnca <lo Pelourfnho. no melo da qual éx1ste u1n íonnoso obc1llJQO ein íórma. do colnmna e que mttis t.R.rde me dissornm t-0r eerv·ido anli· gamonta partt /orca ilos Ji<ln19ott. Ainda chegou 11. ruucci(lnnr no tern· po de O. Miguel, e6ment.e cotn o rest.abeteclmento da Conslltuiçi\o

(luede:gtruiu ntui: lot preriJegios da. nobreirga., per· dou nquellu. pro­rogaliva fonebro.

fi'ui receb ido no. rutt d • .. .• c1n uma hoepeda.~ ria. .. . A dona. da. OA.$11. U n'l a CÍ ~ <l<ct.rnt bella mo· lher com ainda aloHlcos vc&tl­gios do dopostoe enctintoa, esteve :1.nl.lgRmonte na posRe de to rnaare-­laçõe11 com D. Ali· guel: ha. mesmo alguem nssa~ at.-rc,ido par:a.cho· gar a assegurar que axhtt.em pro· vas vjvaR<l'a.quel .. ln p r edi lecção real. Creio quo ella depois d•O$i:ia cpo· chn. nunca mllfa rol lào eixigcnt.o :lcerca. da. gern.r· chla dos g .. ua ado· radoree. Condg . zio·mo para Üm sofTdvel q u a r tio com a mal& en .. cantadora vist a para. n praça. dos RemolRres, para o on.ca do Sodr·é e par:.. o beUo TQjO,

qno eu sompr-e ~e alogra.va do poder ver. Oa quart.ofll eram espa .. ÇOAOS, &\tos. ;t._reJttdo11, e llnham cama.a largaa, de quo eo poderiam t.lllhar qaat.ro C)U cinuo dos denom1n~dos loH.os do uma só pe&soa se.s-undo n. escala das hospodarios provineiaca da PruAJ:Jl:a Para. mim MSaf:I Aper.t4lda.s tu1nba.e eào abominavefs · e por leeo ~podo· rol mo eom regosijo da mínba. nova habitaçào: O chlo, eomo 80 usa. om t.odo o Porluga.1, oni. ooborto com eat-Oiru tinu, d'nm ama.

Page 12: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

BRASIL - PORTUGAL

reHo claro, que são tecidas de junco e aão Wlult.o elegantes e agrtt.· daveia. Bst.a eapecfo de aJcatiías seria muito para reeommendar noe noseos pe..vilhõee e cas1a de campo, e sómente se nlo costuma

.. 11.crovl Lou nom•_)la 1roia .•. •

eatendel·a.s nas 8alas de baile. Por experiencin. propria. conheci o genoro de martyrlo que ó 1.er de valsar sobro tacs tapotes

Logo que Coram íeiLOe os meus primeiros &rtnnjos, eoo.a..rrc1:;1.1ci tu.do do que tinha neceteidade!a um corpolento g:illego, ospecie de

\ /

~

quando eomemos o rruclo de casca groBS~ agro o filamentoso que é cultivado oas nossas esturas soptentrionnea, ent re a geada e o eet.ru1ne1 em arvores enoarcerad\l!S i ou as donomln:idalJ tangerinas it11.liaoas das Jojns de conreiteiro dn Allem11nha do Norte, ae quaes por causa do transporte teem de ser colhidas antes de est.are1n mnduras.

Em contraposição d'cst.u mngnlficenclaa~ o leite e Lodos os ln· ct.icinios silo muito mauft. As vaccaa1 como em Heepanba, são or­denhadas co1n pareimonla o aóinente. no monte, com o receio que ha. gel'3Jment.e do prejudicar oa v1telloa obrando d'ontro modo; o por isso bebo-se maiLO leiLe de cabra e cóme·se manlciga volh:\ e rançosa.. A prodllecoào pelo ranço' quasi geral entre os portuguo­zes; e por í.aso go&lam isó do azeit.e que t.ern adquirido pelo decor­rer do tempo u1n travo deBJJgradavel Quando, h11 algum Lompo, o embaixador d'Auetria recebeu de Hespanha. uma. remessa. do azeilo novo do mers3, provaram-no os empregados d• Alít\ndega. de L18· bo" para conhecerem o conte(1do dll8 vasilhas o l\dmiraram-e:o a.1· tamente do extraordlnarlo paladar do diplomata. do Norte. que çosla.va. do azeit.e sem cheiro e que nào requeimasse a língua. A's loucuras ga.stronornn3 que leem em p:i.rticular todllifS as nações e que conaiatem ae mllis das vezea em mandarem vir do longoe terras o por um preço elevado objecLos quo no paiz ee encontro.m e de 1nuit.o melhor qualidade, a celas loucura& pe.rLence o fa.cto do, em quaal todo o Portugal o prJncipalment.e nas grandes cidades, con· eumlr-so exclusivnmen1.o o queijo hollande~ em grande quantida­de, ao passo que na. serra da. 8$trelll.' se preparam excellcntcs queijo• por um preço modico, somelhanteff ao ltilto,. ingle:ie muito prcler1vo1a ao <Jueijo pra.to .

Depois do J'antar n.provoit.ei a noilo dirigindo-me ao the11tro iLa· Hano. Nas mu ta.a viagens qae tenho (eito, os thoatro15 psrecem·me som pro um meio rapido de receber em groaso o.$ lmpreSRõcs sobre as dUl'erent.ee crassos da sociedade. quando ainda se não ha tido to.mpo p11ra indagar os pormenores. O Thcatro de S. Carlos em Lhsboa. 6 um doe mais bollors o mais eonaJderavols editicios d'esta. cidade; :C Pem tontest•ç!o podo aer eolloea.do a pa.r do• primeiros

Uma largada

fa.ct-Otum ma~ semelhante R um golDnbo do que a um homom. Te· nho para m1m que quem \r1aja em um palz qualquer. o maie razo•vel do tudo é abraçar o modo mat.orl21l do vh•er doa seus ba.­bltantes; aUits se vae figurar na categoria. d'a.queUes liberta.dores da pa~tJa brandaburgoezes, quo na Champagne apaleavam oa&oufS estalaJ&deiros, porque estes lhe111 apresenh.vam o eeu beUo vinho gazoso e nem ac.<1uer uma çotln. de cerveja. branca,

Quando domina o terrJvel ciilor, que durante o dfa. paraJysn. no verão a todo o hC?mem. quom olo 6 negro nem aguadeiro deve, lllnto quanto poss1vol tratar dos seus negocio$ moli,o cedo, muito tarde, ou de nottc. O 1nesmo acontece com o comer, ctltt ma1utre o.grlnble d1 MUU/a:ire a un bu.oiH i111ptrit,a_ como disso uma. 1nuther gastrono1na muito lnetruidt\ e e6pirltooaa., Q\1& eempro roi multo amarei pa.m commfgo o que devo :iqul reeonhecer·ee do novo, ao tiver tempo paro. ler cate humíldo bosquejo. A alLa. soeiedado e as claue.e ociosa• jantam em E"ortug,.1 porto du oito hora.s da. noit.o. Acccftal Lambem 0388 hora e devorava. ontào um jantar eofTrivel· ment.e tnfn1gu1blt, ainda que em geral o modo do cosinha.r cm Por­t.ug&I seja pesado e gordurO'JO e os homen& deteriorem o que a terra e o ma.r 1hes off'erecem doWLdo d11.s melhorea que.tidades; polo contr11.rio toda.IS M rruet.as cruas ou do consorvtL são optlmaa, oe vinhos preciosos, m•a muit.<> rorUJs mesmo os que em Lfsbo!l ao usam como vinhos de mesa, - o tinto Cofiares e o br11nco de Ar1n­t.o. No lnt.etlor do p•iz o vinho d mau em mui tios logares: no dis­lrfato do Porto o vinho 6 fraco. que ee ex port a pouco, é ngradavel, chama-aa '1iuho mt1d11ro do Alto Dotiro om contraposição do ciNhO .:erd~, quo t.em um sabor det.eat.a.vol. Como t.odoa os mcrldionaoa, os portaguc~oe dào multo apreço 4 aobreme.a&; nlo necessito men­cionar as (rncttts do todas as zonas e priB:lipalment.o ne laranjas eolebrea no mundo Inteiro, de cu}o eabo.r rorr.n:Lmos pequena ldét.1

da Europa. Foi edificado no espaço de cinco mezea por um ita.lfti.no cha.mado Jos.é da. Costa. e l'i éxchutl7amenle rtr.Rt.1n1uto :l ('ll''ll'#. i tl'-· lia.na e á. dançf.., (1.0 que inlelizmente nos ultimoa tomp06 fJe reunl·

A lonocenota da roleta

Page 13: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

BRASIL- PORTUGAL

ra.m peças poH.tic.as deoo1ninadas- representações patriot.icas ­Q.ue part..icula.rmente são exploradas n-oa di3.8 de gal:L, quttndo as· s1ete 110 espect.aculo a eõrt.e e tudo o que lho perwll.ce em gra.ndo uniforme, PAra u1n cepe<:taçu19 <l_'cat~ especio são tra~ido~ sobre o palco ors 1nais importantes aconc.ccim-enws e as m1us dist..lncla.a

personagens dn. his~ori,a con· tempora-nell c:om o 1nd1~pen· ea.tel Acompanhamento de huno de polvora.. de musica t.-urca., do colophonia e de (1>gos de Bengala; n•uma pa· lavra, é como uma. peça ao eEJtabeleclmento de Prauco· ni • e pare\:eu·me isso hu.ei­ramcnte indi(.(nO de um lhOA· tiro ti.úrio o da pres.ooça da rnmilin. real. No dia d& minha. chegada a Li11boa., fo i dada. a R11i''''" d~ Golc<n1da, que ai· t.ernando·se onicamcntiecom a.8 f'riW a de Etlimb11rgo, me pereegolu constant.emonte durante os dois mezee da minh~ reaidencl~ n'aquolla cidade. O palco é elevado e &mplo. as decorações medlo· c.res o o gua.rda·roupa pobro e. deflcfenu~; p0rám o. com~ p11nhia Italiana pare~eu me

Pdmoiros pauos a.dmirllvelmcnto boa; podo e:oqrer pn.rallelo eo1n l\S datJ c:Jdade-s Italianas do segun·

da ordem. A ss.la é grAnde e pompo:&a. ; tem cento e vinte ca· ma.roles rochados d1apoe.ws em cinco ordena desde :i acena até 4 tl'.'ibuna da RaiÓba., qoo é rront.air:i. o.o palco, .sus~ent:ida sobre ~lumnas e que alo.ança em nlt.ura deitdO a primotrti. ordem aW Junto do t.ect.o. No proscenio acba.·B& de um la~o o pçque.no ca· msrote real. onde Suas Magcstades 9'ilO nos dias ord1na.noa; no lado opposto adereços eguaes distinguem o camflrolo do conde de Parrobo - Hnllnceiro. cujo pae no fim .do seculo passado ~leançou urn:.. grande tortun& e :lO qual. 0 1n consequencl~ dos <!f~he1ro8 que adaa.ntou para a construeçã.o do thcatro, ao concedeu r1dlt1Jl1Jmonlo •9uel!o lnaolonto privilegio. Nunç• em cidade al1.1uma ~·Europa v! C<?isn que mait:s t.ivMso o ca.racLer da oslenta.çào dn. a1uvez pocu· nutria ~ afoda quo to.lvez pudessem uun.bom sor cltadofl como racto a.nalogo os doi& camarotes torrados do vermelho. dos A.; ~omtudo ê-Sl'le&, segundo mo dJaseram, n:to são cn.mllrotes hott'~ita.rtos eo1no O do condo de .Fnrrobo. Uma diapoaiçt\i.o muH..o vn.nt~J~Sa no lhoa· tro de S. Carlos são afl cha.vea, do quo se dá uma pMt1cul1.1.r1nento Para cada. ca.mn.rote. Teom o seu numero n'uma c.ha.pa do metal e sómento abroin a rospeotl\'t\ porta. Quo.ndo so aluga. u1n cama.roto reeebo ao, em vez de nin bilhete immu.ndo ou do uma senha um, chavo, que sómente eo pede de noYo quand,o acaba o le"lpo do aluguer ou a aesignatura. Bm compons.3ç..\.o d eatil boa mod1ctt\ Q interior do!:f ca.mA.rotcs é muito míacraveli p:iredes nuns.sem um tapete, bn.ncoa eomprldoe aom almorada.s. com toda ª·dureza. d$ madeira de que são feitos, e n. faltn. t.ot.al de commod1daôes. Q.ue deve ser muí1.o extrsnhsdl\ por quem eetd. •coaLuma.do á. requtn· tada oleganci& 0 confort.O da Opora. de Paris ou de Londres. Tod:i· via acontece em Lisboa que sendo os camarotes rochados e tendo I>a.tedea latorael!I no togar q'ue se pnçou c.stá.·Be 3 vont.~do e como 01n casa poprht,' livre da curJosid11de indiscreta dos v1e:1nho1J, ao cont.rn.rio do qtie l!empre suoeode éâ\ tant.oa theatros meamo doe COrtae de Allemanhll· Seria 1.ambem cc:>nveniente que d'eet.es ullí·

A' hora do banho·

moa: fosf!.e·tranaportada pa.r3 Lisboa algama eois11 da. severa. poli· eia qne n'ellos 80 emprêgt. contra. o ruma.r. Ourl\nt.o todo o t.~~po do ebpectaculo 6 me3ino quando a corte está, presente, o sa o o todos os corredores estiilo sempro cbciO<S do fumo como em omd café dos ma.is frequontados conversando·sB em voz alta e corren 0·8& -Pa.ra. um e. ou tiro ln.do..! com essa manla. puseadora que 6 tlo pro-

prla doa po'#O'S da. penlnaola. il>erie.., Não eeria de eerl o posaivel 1alo no& corredore.!J estreitos e cavernosos do thoatro de Vienna · os do Lisboa porém eAo 11!1 rgos, altos o aboba.dadoa. A representa.~ çlo dura mu.ilo tempo; e 5egundo o coslu1no ilahano, sendo a mu. d:tnça do peças muito pouca. acont-eee que, &. excepçà.o doa boca­dos mai" val~doa ou da ontra(,la do prlnclpl'l1 aetor - todos conver· sam noa camarotes, ra?.om·ao vlaíta.s e Afllnha·SO 0013 co'tredoros a. gente da platéa.

O ornato da a11la. 6, so bem mo lombro, branco e dourado e no tecto ellyptlco eaiào represente.doa Ofl corpos eelestes e o ayalêmn. p1anotar10; sobro o p roecenio e.std. fJOstenLado um gI"&nde relogio quo á eost.enLado ií direita p0r Siu,urno e.da esquerda. pelae Musas e aobre a caixa d'elle e6ti Cnto$t11do u1n Cupido ba.t;to.nlemAntÕ gra.ndo quo o lha par~ baixo1 t.alvez com repug,nancia1 tto broas bel fu dll.1nas lisbonense& que se eníoilan1 pouco para apparceor dellnu1 d'elle. Eeta,s vão ao theat.ro as maia d&s vczea com eha.péos e com vcsLidos tn nepligt, e oa ho·mens com sobrtca&aà de passeio o com luvas detesta veis .. As eenhoras t irl\m cntào ordinnrinmente os e:eua chapéos, como costumam fa:i:el...o Olf homens em muito• plli1.:Cfl qoa.ndo entram om u1n qua.r-to. o &-cnt1un ·ae ali com o Ca· bello deacobt1rto & com leques co1npridoa, nào ae voltando seni\o o. met•de parai o publico o entretidas ern act.lva con'lers:tçà.o para dentro dos c.:;amaroteo; no$ quao1:1, por vía. de regra. o ulu1no 1ndi· viduo que cheg3 dot•lo)., 11egulldo o uRO da Jtalia, ovlsit.anUI an· toriori e isto cont.in\ia 11ssln1 a.t6 perto da me1a noltOI cm que o pa.nno ca..e pela ulthr.a vez . . .

fl ) Eito (M'lnci11t- allemào dtixou da •ittl vl•itA 110 uouo l'*ia t1111 livro muito in1ucc11llat• rnl!iha Ado P<Jrl11gc1l - lt«.otdt'~' do ruuto dl! 184'l. E" etirio10 cG-· "bectr " ptimt-lrii it1111rtouií.o q_ue tUe le.'l'e de Li1bOa.

Dat belleu .. do. Vt:t1iio, rubHcsdn CIUI 18·1~. lll\'f1U10• •• "'ªº'· ·'" ''" u.

J\s íflUlheres e a politica ogo que Sê rcst:1beléceu n ord<un rorm•r:un 40 dh'orsos 1>nrlidt)f q ue .se g uerrtll\'Jln), óu nberlAu1u111e, ou ás t!ie-OnlHtl!i.IJ. A cnus~ dn di11t."Ordil\ º" t'tirtl! do lllnh~I erit n polilitl\ eat.t,run. l .. estl.'U!IL

4!Xtrti:'l graude i11flu.,11t'in 11:1 41obcrJ1u1t, orn frunc.ea ., 11or iaiJo " fa\•or dn Pr1111.ai1tJ A.O J)l\MO que. l3ut1111tr t'S·

t1H•fl do lado dntt puti•dcias 1nArhimn• ~ d:\ Au&1rin.. Au1l>C\1 rrocumvnu1 11ar1iditrlo11 na.'I p~s1101u1 Ía\•orila• dn l%•rinn.

A eondes.s11 $u\1llloí1 dt-poit1 de nomcadA damR de honor. couaeguiu AI boa!I grft~flt de l t1."1J~I. Elia~ o aro1u1to, ~unfui1n11 Vorouztif, 1, 11r;e• rii111•ii! do Indo dtt. Ue1ru1c.f, ao J'tRttõ (íüt'.: L~il6c<11li1punha du 11r1mt!ii r{I miriittro dA ~usiin1 do grn11dú a11n11celler l.11che1koki.

o~ d~i.lJ p:nrthl~ procur:n•11m. Cllplrtr o eoudí! Suval_of por OllU$1' d1l• 1u1u1. •nhmA• rchlCVCil co1n a tzal'~n", tobre que1n e1erc11n g r1111nrl\l asct·n~ denc1n. Lc11COt.:<h tnbedor da nvulez do tondc, enveredou 1t0r çR1niuho ae-guro, aoona.eH11uHlo o marque& do ln Chertadío 1\ obter pArll o eondfl UJ11fl re:nda nnnunl p"ga 1>elfl eôrtc. rraucuzn.

O cu~odo dera bocu reaullado. Oa ini1níg;o. do 1 .. e.11 tocq ficnr1un in quiPtos e Q \' ire·chn1t\:!cll1•r ícic

todRa :li di l igeu~iat pllrA cha.11u1r ao seu gf"('Luio este pC>demso itllindo. A eonch!••a Su\•nlor. eoeantndnrn como cr", nilo tinh"' iu tlue.ncin ai·

t;tunn no Ull\rido, O c1n L:tl.'$ eire111n&taneiAt 1& uma n1uU1\lt' i ncelligcnt" e ror1noaa po-d~rin riu:e.t pe.nd~r lt b~h111ça p:u·a o 1~ulo dt> p 1n1ido 1\111• triaco, porque Suvalot, não obstante gostar muito de dinhe.iro, nlndJl apreciR\'A 111aJt11 oa entl\OIOt llO bello •exo.

Page 14: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

BRASIL- PORTUGAL

Be•hlllf"Í JIOndou .. fhe º" pt"11 'nmrntf'll f' t'i tou 1od11t 1111 d11111•11 do llf'U coubtcinw1Hn, mllt aó J4' lernbr A\'" d'uma que fo•at! c:npai de clornl1111r o eoudt'1 e e••1' era a'º" Jiropr.A nu1lht1r.

A con•lc-ua Seatw." p• ... aava. <'Otn4 a LMrir.A l•abc-l ~a t.enhora de f.apuat1hin0 PM ur UHlll daa 1na1berfJ 1oai. forao.aa da Ru.si.a; u trf'a podiam 1ubar a qualqufr b<rra o rnonte ld11 pa.ra toHt'i1ar de l'Arb • •rutrnç.a

A rondi·•••, aléo1 110 bonita, po11ni• a m•ia d1" 1u,111 dul\1 rh•lllf'll g raçA ti finhsi 111A edut1u;ilo. 'l'inbn o ar d'um111 l(!lh1nto 1nar4ul"1• d11 t:!"t"' rlti Verta.ili~ a .. ojn• P•~• •Jl)•lh.v1u11 '*'"º poe••• e piHt •1n4 ~•..o hUuli11u e hf't<H'•

O cu•mto d.4 lm~ratria ~la Mllf'u c1 .. sua uulh•·r 1odieou a Ue·tU M"f o Murunha a ~•uir. U político ulo b~hou i'1t1 C"011liar • t1UA dipla. 1n1u.ri 111 ' iutC'ltigt!nd" d" 1•11>01ta 1n11a t'"lll"r Suv•luí ,\ C'(Htdl'""" Ot'CU• t'llVll•lkt " dnr d~ c:o1111•r 11 11111 p f\ JJAEf11io c111Antlo H1~111011.:1r U1n Ítl• CIJIA ntvell\Ç'JO,

i'.:ri• dt" mAnhtui; " (1lnno.a aenhnra 1i11h11 oi t"•lff'llM aoh~ t~ t·n\·ol­Y-ia-lhtt IU f'.t.cUlplUnlf'• Íorm.a'f Ufn l'll't"aUh• lnj• 1naht1i1t0

Olhc,11 para o m.rido •brrn.to llUlÍlO 04 ol'°9 • dt>poi• princ111i\>U a rir ,

- B u111 grl\t-o-ju 1ln hlfl 111\rcc ! t•Jt••IAinou 1•1111. - Nilo. 1111nhn fill'"· t•·•1>011tlt>u U1•111u11er. l;-Alo •1·~io, 8••1 <11u• '111

l>iut1u1ltt ronnet•a I! i11tt"llígeuct pi.rt do11li11ar "'"''"'º' f' h•ol10-111 vcir b1Ul•11lr< Orjru.lbota pAra 111lo rtt~•r •IUf' O to~.JI!' h .• jQ,.IU'l no 11umf't0 du •u•• eoonqui·t••·

- f.: mu110 li~·nJeiro par• mun, rf'1poude11 " forn.ou co.ndf'•••· Lit011j('i• " minliti v111d1ulf' e A 1nl11ha ,·irtt;dt•, 1,orque Su' '"lof f.

p~• rhi m11i1 podt•roa11 11111lbcr dn ltu11i111 da mull1er t1tte te clO\'OU ftClmi\ do todo• oa teu• l'Omp•triou~a.

Nu,•lo( eonven••tu·tê de quti l t•btl w&udarll • encautad•lra b.ac· ch.-ntt p•r• ri~runf'ntllt a sua Gdelld'lde e ria·•e d~ eilad"-

- A tniuba i•l<t11uri• pt-1• t.1.1lri1• au11ca a f'.ttiendi, ~pondea. 8iin. li 't:rdadc. alforo ... a1 e ao p6 d'tlla não ha 0111ra 1nulhet que 1ne f1H('hll'.

-Oh l tf)1n quu df'11e•r::11neu1u 1nentcsl co11111\l'iulou n b1,c<1l1Ante 11 1ir ('011lu .. -ce1n•l4' m"lhor, bt'lll• ruAririo••, e ""'"m-1e u1e1mo 11eudo v.:>lu, .. I,

Am•m·mt"'I inquiriu ~u,a1('1( pt'p•do-lhe n• 1nJl.o. (.º11idado? 1nunnurou ell.a .A l&llrina ob.f!rWa uo ... Patf't'(O tjHt n.iio

i.·111 tau1111 C!t'rl.f:a.a da tua fidelid;tdi! cono tu. - I~ 111 '1 11t:rgunto11 o \,.'(111do.

- J•:u 't 81•i que l l' \'Utl'i 111. 111(1111 pf• logo q11i1 11111•ír,_, mur1111u·ou tt b1tc••l11u1tt'.

N lo 1n~ eo11httt1 ! 0 1nhtt0 te, unuto bem~ inh.·rr-011..,eu a tuca1uadora mul11l'r ~u•A

íorui-.11 da \'t:nu•: rna• 14' ffl j111ga• tlo fl<-rh•, dt"-11JifiO-tfl para a lu<'I"· ·rrAira-te .;41110 du u111.i11 bell" dlp 01mUll.

- AgorA uilo 1u ro1npreau•11do. P1•r1 t•r1ce• A IXA.11111, é 11or lf80 ll llU etlti• IAC> enu11•llo•o? - perJ{uucou A barehantt! 1atca111icauu.:nh:1.

- t-:.1ou ..,; i.o at'rVifO do 11u!u 1.-'0r1atllo, 14ul:l ttrA t<"H, !!!! u eou,,,rgui-re. l"•nhar.

- l>~·me W-M'jo 1••ra ia..so. - (./uaudo t õ! •~1rftU\'tr. - Aiudra hoj1' 111\ 11uitu•re-;:; 84-'l(Ut\ o 11H•u l rt11f1.

Suv11loí r()uWtClll n r1•l11•c1ir - IJcpreaaa l tt 111coh!"lrll1'•. ,1th>r""Í•Jau

+ EM FLAGRANTE -- C I N T RA ·t-ht-rcw (•• 1d~11' •~ ! ir:ombou 1t 111 .. t":ii ra 1n•l.-,olanse111~.

- Poi• at>J•: atguir tc~i ... J• r1ara oudo íi'•r, rtaJ)()ní1eu .-.lle porfi1n.

Nos Se1eac1

'"" bfllo <1 pcrib"OJO ho•nrtn • .\o in'"uo11 \•ejo ajto"' " e-o11fi11ut11i c1ue 1t·n1 ,.n u1hn. - Mt1u n eu1 ! o .,uu nilo "ª (11• fl1HA con1t.guir111os º' llO!lllJI fin1

politir-01 t dilJe o minilJro •tu1pirandu - Pt-1111-A be10 no qun 1no pedir-•. i1ul11iu a ÍOr-1tMl\ 1oulhe.r. Slo du·

~ido •un -4 inomtnlO d~ c'ue alcanfe o objteli,·o dipk>4n1tico a tcY c~11· ttnlo, 1n•• o que •uctf'd('ri dcpoi1 n lo f;•ranto, •H!U caro.

- 'f4•11ho confiane" r111 ti. - M•• f'u nl'to te11l10 c:o1161u1\'ª t•111 111i1n1 d(leli\rou " co11dt'3•1' d 111lo.

Sim ! Shn ! m .. u l!aro ! - i'ilu1 ! hlm ! llU! U l"IH'"' rtlJM"t•u o P"l•~io. - •;•pt'tÍmt.t1tf1r~ •coa1iclhou UtaituJ.ef. St" 1~11\'l!'r puigo p•r• ti

ba tl"tnpo de parar. A ~oudt<UA eneolllt'u u• hombro1 t-otR iroDia..

._\lgun• di11 dtpoãt b4>11 .. e um b•Ur 1le matitAta• na r&te. -.\• dAm•• d• at1<it~JAua proe1tf'1'\'AJft rivali••r oo. \e-tidMi oric;-1nlllid:itdt t M"O•to .\ 111riua aprt-tcntou 11111 e .. pfeud1do lf'ajo d~ du\u'"ª"' do )Joeto\·Ja1 dt).f tl'm\>011 d11 lvan o 'l'rf'tl1vl; • co11dt':fll\ de ::)u1••lor iA d" c bhlC'lliA • A eouc et•a ' l'rubcu:kol •llr•la A :.UcuQ>~O de toclot 11elo aeu ''eatuArl~ A moda de l<•1t11.6cbaka. n'um Jrf'u6 puiu1.do por doi1 tA.-1 br•neOI

f'icar•m. por.!:r_n, cod.\• oft'utcail•• por a:ma ht',•ha11te Vtali·I• tom om m1~nifico tnJe autigo, que iao.tnwa ar:nu linda• t-ottaa e traaia no opulento ca1'e.llo 11>t11ltado \'"1teolft fulhu d~ vinlt•

A 11Ari1111. enruS{OU a tt1t-a vendo flita •in~ll\r aJIJJArit;iio e ord~uou n 8 u "'"'º' 1aua iuda~"''" 1.turrr1 crn.

~·u1n ln•u1ou.•,. s,n,•lf)f unoo111 rou~11e ao lrAdo d tl t11eant11.11or11. bt1e-chAnl~ qu• o aura11.

_ toino e1tú? di'IMI ella f!lt~ndtndo·lhe a •lo. Et~rava·lfl ! _A cnirn? escl1.a11oa o int.rf'fh•lo thular. - l:iu.n a ti! c<1utinoou a ma.Rara. Se aqu; fllt>u ~ ac.i 1,,,,. lua

caut"· o Otympo en,·lou-n1e • eate lf~ lado p1i& e.o norte p:tra 10 e11,., ..

rirnent"r 1 ' -ln qut" modo? pergunto!' ~u"a Oi. -O teu coraçlo l.llo e•t• h"re, d«la.rou a ba,~h•ate. t:..i.&• aoa

..... ~,.. \\

- IJ'a(1ui 11 111na l1orit C!llJ l lir•>Í 1•1n

(r.•uC!.! cio Almir111111ulo. - IA uu: t'neontrarú. () l:'Olldt voltou para o ladr1 d-. •••rina

fl ~<turo.-lhe qu .. a attnenlf! h•<'t:l11u11" rra " "•lhA dut11.11·xa de )1t"11L"cl1iC"off'. 'I"" •4' dl11-f"rt"' " jK>r C.56R roruut 111u•11. lll! jlflUM' :1 j U\'(l l U'Ul u gllhu11c.

l11-Ah·•I th:ou trl.\ 11t'p1illa. A' h•ia C'0111b1111ula ~U\'41oí •1>tou ,,,

tlc> 1r~11; ~rn frtul .. do .Alttor•11t•1lo r .,,,.111fou~ ~mbor• Slo ~li-f'rou 1111uto: d'a1i a pouw c:-114•,,:1+11 outro f~t·h,1tlo o JHUtOI i•ll ÍttU h! tl'ell~ .

1\ l.i1fo-~o n pOrtn ,, " ""' 11lvill•u111\ e fl11A mllo cli.1wou ·O 111\rst d~utM St1,1iu f" lanço1t o bn1~0 t1n Vt>ha d" <'•nlura J .. f\•OIMU uaulh""' •o paSioo qttt' 1) lrir'.DÓ \Oa\'A !

,\ (aiieinada IJUUlt'an• que 0 rllJ)larft l11~i•1iu ('m 1l1e ' 't111d1tr º'olhos <1 Hu v1doí ''"''ª"" j~ dt'1111u1llldo intr1g11dv JUtrtll re c11•ar.

l'apcu.-lbe o. olb.0t com o 1•nço e an t~ do oonde podf'r (a&.:;r qu•lqutr 1no­v11111•11to amarnn1•ll1e ta.ml.it"m •• 1nloa.

t-:r" •C'l.I pritio11,1ro. l>1tJJOiA ff u11111 longa i:nr n•irn 1J111 ' re.11ó1 R l t!il>l<tra t'.! mRcin 11d\o cfo

15llfl c•o111pa11l1eirA guiou o eonllt~ 11or uma e•<:JHIB adm": Rt rA'/t'11.au1.r:tin u1n corredor cotnpri1lo to eutrar1111n n'uA11 qu1r10 ata~cado, oudt" ha\Í• uma tt'111pt"n.tura d,tieiftfl..

Ahi tirou.lhe a ' "f'QJa !iuvaloí 'Tiu se 11'u1na pcqut.oA 1111" lus.uo11.1u11(lt1t6 mobH11.da, onde•

hAefh11,11u~ 1e1; reco,.t t1vR n'o1na óttou11111a. - 1'. uluito i111pr1uh"Ht", 1n('u ~1'rO Su\'alofl 1•xdn111011 A 111A1U•Arfl

l11111fri11tt c1ue eu tUl creatura d11 t icariRa. 011 •1u1l11uer ruieeravel eu111· plic_,, d" aaHeadortt, ·~rqul!' de'\ f tabtT qu~ ('tlA agora t'QI u•tl.I 1i+cl"r.

O conde. utrt'.oltf'tU1 mu nlo o dtu • P':tte~r. - Que111 podf! •t'lr c11utcU010 <1uando iodo1 01 uo..o• •e.ntidot vibr11m?

diasa liuv1fo( a rir. - Ah! eatt 11111ito di1po1to a ap1i.tooar· •c por 1ni1n ?- int1ueriu •

íotuln!IR 1naaçara l."<H" Ironia. - \ r t'neieg-1ne ! f .tf"IAU'IOU o (a\·t>rito d• l&.anna.. Coníeuo qu~ •• - Ainda alo m• \'lu a ean. .• ditt.e a batthante c:ocn 1nalit1~ -1·111 corpo eotn o seu h" df! 1er1 por forç•, uru rollCl d., hi"ll.-JUI.

ineornpar-av~I.

A Í1t)C1inttdor11 rnullll'r erg um1·t1t1 det ligou-lho "' rni.01 o d1'ÍllOU cftir a ml\JIC'llrll,

- A ttnhor-a <'011det•a ! - 1nurmurou Su\ alof enea.utado. Era a liodi..,i1na f'•J>OU de BttlU-it:f quo o abratou e ft& U•tntat

ao p6 de •i. - Qu~ qut r df' 1nl1n? p'rguutuu o t<ude. - Qu~ aejR uu,•u tilt' rt"'º· -'1'f"4n rn1.1lo1 11.Riru1ou S1n11tor. })i111o·me t!omple1n111('1Hc l:'•t>ra ''"'

dR •"" vontllde ., cio tt-u eaf richo. ub co111(1 ~ \>rlla? OJ:l'u1ta túdaJ a• da111u da córtf', <'OnlO o to oft"u11<• u Hlr~ll•"-

- l'ui• qat ! T1mbf'm rsabrt - 'l'ambem " tl"IÍna! E niloidft't'r•me·ba 10 nio tiver pitdadc

da 111i11bn paix•o, t"Ontinuou lljodll• ndo cun (rt'hlC dn cood""-" Uc• · IUl(IÍ ,

g11a íll<>u·O eou• l11tiino co11te11tno1enli}. - t-;ra 111hn qu.., o qal'ria •tr Qui& C'4!rtlÍl('lr•1ne até qu• ponto

chega' a • PA fidelidade para eom Jaakl e te toca enuito ••hf(th• eua

Page 15: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

BRASIL- PORTUGAL

ler P.or c11~ravo um homcrn cão poderoso COinO o 1J.cnl1or é, m~a piedl\dé e<>m•1go ""º P<tt•o t (lr,

- O que ! Nilo acccítn o meu 1unor? 1t1unnnl'ou Stl\'t1!0(. O •n•to e o desApont-Ameoco que se lho pintnrnm no f"Ollto di\'(•rri·

r:un 1nuito a ecnde.1J1.. . - Não, niio1 re111>onclcu. Pelo contrl\ri<>, ttm de aml\r•rne : $Orá nnln

d istri.eçiio, 111a,!I' nilo cor1te t()11l n r~eiproci.dAdu. - 1\li.seric.ordin ! - X'ào n H~rci. E parR Jll'o provnr permilto-lhó que 111e \•ejn ftm11-

nba u '- carda quatido der o 1ncu paNeio h11bitual um frente do Alinirnn­tn.do . ••

- PAra n "t'o1np:lnl1llr? - ~ilo, Jl4rs. vnr-mc, deal•rou n co11d••a1ut, que 1J1hía q uo i.rat:iiudo-o

t>or e,;10 modo o dominaria m1tia íKcihuenlé. Agorn deixe-nus 5Ó. Su"nloí quíx abra~Ml-a, rn lUJ o M'll Alti~r!> olhnr não lh'.o .ccinHenliu. - ~o rne11os penuiUa·mõ quê lhe be•L)e a cnào - 11ollc1tou o conde. -B 1nuito. - ~111lio o JJ ~. - t<: nintlf\ 1uuito. t-; n cond"t16ã dcJllitOU R l"ir. • ~ Pcrmit.lO- lhu qnc beije o cib1lo onde ngor:. pouséi os p6&- rlu1ae :l

Gf'nttlissi1nn fêit.ic-eil'n, reeunndo um pft1110. t-: O r:1vorlt~ da.11 111nlheres rormOs1t•1 0 :tul:UH(! d:i lllAÍ.I df'$hnnbr-.n.nte

ilc;>bt>rn1u\ do u1undo" njoell1(1u humildo1ne1He e beijou o tn.peto que éllA p1a:ara.

1...evAnlOU·te, ~umprhnentou A gnrridA diviud .. de e 11ain. O trenó recli"do dn co11de.A1A .Bet·tusef le,·ou-o n 101L caiu\. No rlí" .teguiute Suvalof espera.VI\ i• encnnu1dorl'l da1111\1 1..-om o eorl\·

tilo _J>1t.l1, itnote, n11s prrndinidrulea fio A11nirn11t.ado. Com o 1riurnpt10 c1ue oblÍ\'C!ra podil\ cc11u1ider1tr·1h1 S$;ii&(eitu; nunl'A

fi nt>t'edern :io condi• •·Ul'OnlrAr unu' 111ulh ftr que lhu rCi!iJlti !Jito: ct."flíam l~<h1-S ll!4 pri1noi1•fl <'ulrl'\'Í• ta e 111.111be1u él~pr~11&A Suvlllt~( s.e e1quo<:i1• d ell,.s.

~ prim .. ~ra <ine o rt1>cllirn e A.tê te r~r11 d'cllc, enco1!1r~rn m".io de. o t OÍt!lht"r, :St'nti!\•81~ i••n fr1•nlo d'c>ll11, n:io como um leno dA íloeu~d~d11, ClOmo o ' 'Í<'lnrioita ron•lu rht 81n•nlof, tnA~ conH~ 11111 11implt!11 N>ll<•einl.

H:t JJ 4.'rim~'l1 lou umn \'entu rn f'CHl limih•e qunud4'1 I\ c.:011tlt'Sit11 re@pnnrleu <'O•n tunl'I l igeir11 incli1111tilo du cnbe.ça :to 11cu lnunihlu c u111prinwnio, º11'.11 e.i..11~ •implt:11 fliuidll\'"º inuu1nr1011·0 tl'u1na tal fclicidnde c1u1.: 11uuc11 ~ou1r-n o ut1•1"1 e,::u"I no• br ... çt1s dll • UA bell:1. 11obl'rRna.

J~ 01gull11\"Q. (riet.a .ln t.'ODll'™ln dumiuav11-o, ·~nl;•ll\'A-n, dR\'a· lht Vt-rt1go1111", l"oi "iiit!\l·n n't'l!.!lct 111e&1no din~ m1t• n aenhorroi BllMlnscf n1lo o reecb~u.

Uc~c11 l,10 11.A1' dil.(omlt1 qnn l!!ll\\'ft c110~11d1t . No ditt i1111n(!diAlO r oa· f>?11deu.fhe ttue nintil\ uíl.o estavA ''dlitll\ e rt-0rfinl rnr111dou- lbu conunu­ruc:nr \JUl' 1140 o qut.:riR r:l.!Céb('r .

. ,\ tu~ l!.ll\hR~·1io ioe:i.,.11 o11ug~ qurultl<> tm~utrou n trtlf"I n'um M>r~­terto ~ e1nqt1t1nlo " t JCArinR ou\•in 11f1'1a :u•in iH1litu1ri. S11\i:dor :.ppro.:rt· •nou.li13 d i, c;_;'d"irA da condc11$A e murmlll'O'U fu11d1unf'ntu eomm0\1ido nl­gumnll fll\ ln,•r;u~. .

- J\ilirwn quo inu :unn? JH1rf!Unto11 n eondctsirn rindo. Oc.sconho

Pa lhabo\.G •LiJ•

0//e,.tcitlo pct .~. j1f. ,; wrµorario di>I P:'totD'. 'l ç1n hujt t> ~•Omc! (/e JJ, 1)(,,,.;11 .. ·I md1a

•11 1Ai 10 J • . t' lól Qu11r ~011Ym1c.er~mo do con-trnrio"' 11 8111c~r1dAdO doJJ 8éu8 1c n 11n1•n . ·

-- it 1 t ltl- r)CÇA 1nur111urou Su· VRlof. •1l lOU ))ro1nptO 1\ Ínzet tut O ((tl flll O U •

1 - g •e eu me le!llhrAüe de: rai('r um A f'l,.i:per-ionc.iA? inainuou a cou­

l e1u" ern "º" 1).;&ixA. - M., h r 'u { •cr:.. 1 •gn. dt1sa. A111rgur11.·10 - ~111, leoho t1 1u11 pnlnvrn 1 õJCl).l11mou " ('Ou •1 r-d • 0 0 d

tlUb n h:Ariun . u~r Rlliflr·S4' eom n P t'llMhl e nomear 11f!tt ."~ N.r , u· f:lue Pedro de lrols1 iri t."'l'ls"' proj \!.ClOJJ meli11d r111n o roeu JHl.tno,1•11'1.0. Como ll3b ,1 ..: • ,.~, .e. rnís du8 el\beJIOll- ÍÚ de en1prcj{Rr :.ind b'.t e, <:011,..e, iou rul!-l!a ntu A • tl"ir. pnrn modificllr os

,.. o,,e toda " $ua inllueneln , obre n 1inpera •eus fJl~nos F'Ar4 o q11e exii'o? J S V1'1;t A •enliorA ordf~nl\ e éll 5(Í teuho qlila obcdeecr, re11pnn '"º • u ..

- E1pero~o A.mn11hA.n-nccire1eentou 11 conde11111.. - Vonlta ioíormA.t· 1ne do resul ta.do quo ob1eNo.

-T0Ml1t·o1c o l1omcm 1n1i• felhr. do mundo. - Oh! Aind11 1ulo 1 - rctor11uiu ll .11agR~ diplonult.n n rir.

• • • Â0

~1Ú;1;1ç~· ;ll~~ ·~~ r~; ·~ s·~~A·l~r·,;itõ ~~~ .. l~U • ~i~t~~i~::: • • • •' • •' • •. • s. )1.

Jules C 3rdon ne

S«rela.rio da rCillll:Çii.o do Jo'igaro, ile f'•ri•

F:tt~ ill••"''~ jor11pli.Stt' Jrflfll'C: fJ•«l iJdtl t/Mttrlo uz t~,·,,, VurlNgttl t f1oje O ltCr(tf11't'o 1fO jornn{ 9 f~ J•1911ro>, 0 MrgO qict t/lt Utl't:t! b(1,.t(I 1JOra "'!~ll<tl' O teu n1l()r como jr,,•1ur1;,vt(I e wmo l1-0mcm. IJ<rtmr>~·l/lt I Dt.IOJf Ht4 JIOff.lf!J!ft.tU tONR gr<u1d~ it.!flh/Kllhiâ (_}_li( U tr11(luz ~rUIJ)"t H(> t1'~ tfu1S1asw10 com 1111~ u .""Í~ 4'Í-' "º'"~ª tol4sa~, e na j11~l 1'çn que! ,,.ibutu aoa ~10.qos lu>m~"*- O •Rratt'l-ItJrtu911/• nprt1t.nlt1·0 /lo.it a ON ""-"' ki'tot'tt! <'f>IHO ttm ttr(f<•cltfro nmir10 de l 'i>rl4t!J«l. '

Dese1-ito '-

V cm uma vaga e, logo após, ligclrn, Vem outr.a vnga e outra •. e outra. c m seguimento. Passa uma vê.la e. após, ru·_. mcs1na cstcir;i, Pa$53 o u t:ra vt:Ja.1 lrcmuJando ao \'Coto.

E., afin;iJ - no horisontc nevoento, Outras pJag-as buiicando, aventureira -Do derr.tdciro b3rco somnoJcnto, Dcs~pparecc a vêla derradeira.

Depois . . mais nada ... solid!io, •rlstcta . • • Ocscc a noitc. Na niulca profundez.a, De vc:z c m quando, surge um a.suo Incerto ..•

Como ns vélas - após a ntocidndc -Uma. saudade segue outra saudade, E o cora.çào - depois-• • . flc.a dc.scrto.

l~1t111.tnbll«'.

Page 16: M a ris Ste lla - Hemeroteca Digitalhemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/BrasilPortugal/1905...doa que cbngem oa trabalboa eat.à a applicaçào d'esaee caallgOI que I' f6ra •à.O

- ,..,. . -t"h\\'\\

T#Nllll/ 1

~VI' ' 14

·' ~ Q.) r;S o PJ ~ (V ,__. ~

o (j)

·~

"O

,.) ·{9 ':'\ o.i

M

..... 8 O.l (V

p. o r;S

~ ~ ~ CÍJ () ~ (\) Cf1