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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.552 BELO HORIZONTE, 27 DE ABRIL DE 2017. www.bhauditores.com.br www.bornsolutions.com.br “Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito bela para ser insignificante.” Charles Chaplin PREÇOS AO PRODUTOR SOBEM EM 17 SETORES ........................................................................................................... 2 'PEJOTIZAÇÃO' CONTINUA VEDADA, DIZ O GOVERNO ................................................................................................... 2 O CUSTO DE MUDAR A META DE INFLAÇÃO .................................................................................................................. 3 JUROS FUTUROS LONGOS ZERAM ALTA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS......................................................................... 5 DESAFIOS DA GERAÇÃO DE ENERGIA INTERMITENTE .................................................................................................... 6 EIRELI COM TITULAR PESSOA JURÍDICA ......................................................................................................................... 8 PIS/COFINS – IMPOSSÍVEL CRÉDITO EM DESPESAS COM AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE......................................... 10 BDMG ANUNCIA REDUÇÃO DAS TAXAS DE FINANCIAMENTO PARA AS EMPRESAS EM MINAS GERAIS ....................... 10 PUBLICADA VERSÃO 2.3.4 DA EFD ICMS IPI ................................................................................................................. 12 Sumário

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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.552

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“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença

com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito bela

para ser insignificante.”

Charles Chaplin

PREÇOS AO PRODUTOR SOBEM EM 17 SETORES ........................................................................................................... 2

'PEJOTIZAÇÃO' CONTINUA VEDADA, DIZ O GOVERNO ................................................................................................... 2

O CUSTO DE MUDAR A META DE INFLAÇÃO .................................................................................................................. 3

JUROS FUTUROS LONGOS ZERAM ALTA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS ......................................................................... 5

DESAFIOS DA GERAÇÃO DE ENERGIA INTERMITENTE .................................................................................................... 6

EIRELI COM TITULAR PESSOA JURÍDICA ......................................................................................................................... 8

PIS/COFINS – IMPOSSÍVEL CRÉDITO EM DESPESAS COM AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE ......................................... 10

BDMG ANUNCIA REDUÇÃO DAS TAXAS DE FINANCIAMENTO PARA AS EMPRESAS EM MINAS GERAIS ....................... 10

PUBLICADA VERSÃO 2.3.4 DA EFD ICMS IPI ................................................................................................................. 12

Sumário

NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.552

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PREÇOS AO PRODUTOR SOBEM EM 17 SETORES

Fonte: Valor Econômico. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) avançou 0,09% em março, com

alta de preços espalhada entre 17 das 24 atividades pesquisadas pelo IBGE para cálculo do

indicador. Esse movimento reflete principalmente a valorização do dólar no mês, de 0,8% frente

ao real. O aumento das cotações do minério de ferro no mercado internacional também ajudou

o IPP a subir. Em fevereiro, apenas dez ramos tinham registrado aumento de preços. Naquele

mês, o indicador caiu 0,45%.

"Por um lado houve uma depreciação do real e com isso os preços de alguns setores muito

diretamente ligados ao câmbio, que exportam, aumentaram. Mas não é só o dólar, o movimento

do minério de ferro e da indústria química também ajudam a contar a história de março", disse

o gerente do IPP do (IBGE, Alexandre Brandão.

Na indústria extrativa os preços subiram 3,44%, a maior alta entre as atividades. Em grande

parte, explicou Brandão, por causa do avanço dos preços no minério de ferro. Em fevereiro, os

preços na indústria extrativa haviam caído 5,06%. O minério de ferro também foi importante

para a alta da inflação na metalurgia, que cresceu 1,4% no mês passado.

O dólar mais valorizado também influenciou altas nos preços de papel e celulose (1,69%), fumo

(0,87%) e madeira (0,73%). Além da indústria extrativa, houve aumentos expressivos em

vestuário (2,96%) e impressão (1,78%).

Por outro lado, duas atividades importantes seguraram o avanço da taxa de variação do IPP em

março. Alimentos e derivados de petróleo e biocombustíveis, que juntos representam quase um

terço do indicador, mostraram preços em queda.

'PEJOTIZAÇÃO' CONTINUA VEDADA, DIZ O GOVERNO

Fonte: Valor Econômico. A reforma trabalhista aprovada pela Câmara não estimula as empresas

a demitir trabalhador com carteira assinada e contratar outro, como pessoa jurídica, para fugir

de encargos previdenciários e trabalhistas, em prática conhecida como "pejotização". Esta é a

interpretação do Ministério do Planejamento, cuja área técnica sustenta que o texto aprovado

não põe em risco a receita da Previdência Social, ao contrário do que dizem alguns especialistas

em direito do trabalho.

A reforma não alterou os artigos 3º e 9º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O artigo

3º estabelece que toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a um

empregador, sob a dependência deste e mediante salário, tem vínculo empregatício. Já o artigo

9º prevê que são "nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir

ou fraudar a aplicação dos preceitos" da CLT.

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"Se uma empresa contratar uma empresa individual ou jurídica com o intuito de descaracterizar

vínculo empregatício, os auditores da Receita Federal e do Trabalho poderão autuar e multar os

referidos empregadores e a Justiça do Trabalho poderá reconhecer o vínculo, garantindo ao

empregado todos os direitos a ele inerentes, com base nos artigos 2º, 3º e 9º da CLT", diz nota

do Ministério do Planejamento enviada ao Valor.

O CUSTO DE MUDAR A META DE INFLAÇÃO

Fonte: Valor Econômico. Há bons argumentos para o Conselho Monetário Nacional (CMN)

manter em 4,5% a meta para a inflação de 2018. Talvez o mais forte seja que para reduzir a

meta estabelecida há dois anos o Comitê de Política Monetária (Copom) teria que rever de

imediato a sua política de flexibilização monetária.

As decisões de agora já afetam a inflação do próximo ano e, muito provavelmente, para

perseguir uma inflação menor no ano que vem - como chegou a ser cogitado pelo governo -, o

Copom não estaria considerando intensificar o ritmo de cortes da taxa básica de juros (Selic).

Ou seja, nesse caso ele poderia estar pensando em baixar menos, em parar o ciclo de

afrouxamento monetário ou, até mesmo, em recomeçar mais adiante uma política de aperto,

com elevação dos juros.

Assim, quando se reunir em junho para definir a meta de inflação de 2019, o CMN vai confirmar

4,5% para o próximo exercício, mesmo com a perspectiva de uma variação efetiva do IPCA neste

e no ano que vem abaixo da meta. As expectativas do Focus apontam para uma inflação de

4,04% em 2017 e de 4,32% em 2018.

Embora o regime de metas seja flexível, não é visto como uma boa prática mudar o termômetro

porque a inflação efetiva vai ficar abaixo ou acima da meta. Melhor, segundo os especialistas, é

o Banco Central avaliar qual é a política monetária mais adequada para levar a inflação em

direção à meta.

No ano passado, quando Ilan Goldfajn assumiu o comando do BC, chegou-se a discutir no

governo se não seria mais prudente adotar uma meta ajustada para 2017 e fazer a convergência

para 4,5% em dois anos. A inflação estava muito alta e seria custoso conduzi-la para o intervalo

da meta, principalmente tendo em vista que era preciso começar a cortar os juros para tirar o

país de uma recessão profunda e prolongada. Olhando para trás, foi acertada a decisão de

manter a meta em 4,5%, com intervalo de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo (teto

de 6,5% e piso de 2,5%). A inflação que começou o ano em 10,71% cedeu para 6,29% no fim

do exercício e isso foi importante para a convergência das expectativas.

O Conselho Monetário deve, na reunião de junho, sancionar a redução da meta para 2019, que

será submetida antes à apreciação do presidente da República. Se isso se confirmar, o governo

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estará finalmente retomando o processo de desinflação, que está estacionado em 4,5% desde

2005. Essa é uma decisão que não compromete a queda da Selic para cerca de 8,5% ao ano

neste exercício, conforme os prognósticos do mercado, porque 2019 ainda não está ao alcance

da política monetária - cujos "lags'' são de 18 a 24 meses. Além do mais, ao reduzir a meta de

inflação, as expectativas também caem.

Um segundo argumento, também importante, é que não se deve projetar a inflação dos

próximos anos com base na atual ociosidade da economia. Parte da queda da inflação, que saiu

de dois dígitos no primeiro bimestre de 2016 para 4,57% em março, é estrutural, mas uma outra

parte decorre da imensa ociosidade da economia após dois anos de recessão. As pressões

inflacionárias de hoje, portanto, não serão as mesmas de quando a atividade estiver recuperada.

Outro ponto que não pode ser esquecido é o do choque positivo dos alimentos, cuja

contribuição é de 0,3 a 0,4 ponto percentual a menos no IPCA deste ano. Isso significa que a

inflação, sem a queda dos preços dos alimentos, estaria na meta e não nos 4,04% estimados

pelo mercado, o mesmo ocorrendo com o próximo ano.

O Banco Central menciona quatro blocos de riscos e incertezas que orientam o debate interno

sobre a aceleração do ritmo de corte da taxa Selic. São eles o avanço dos ajustes e reformas; a

recuperação da atividade econômica; os riscos externos; e o choque de alimentos.

Apesar dos bons ventos vindos da recuperação das economias desenvolvidas, há muitas

incertezas que podem mudar o cenário externo, com impacto sobre a taxa de juros. As

preocupações do BC vão desde o tamanho do corte de impostos que o governo Trump pretende

propor ao Congresso americano, ao crescimento do protecionismo, a imigração e as tensões

geopolíticas.

No tocante às reformas - e todas as atenções se concentram na PEC da previdência social - a

autoridade monetária não se envolve nas negociações de varejo. Para ela o relevante é se

assegurar de que as reformas serão suficientes para garantir a desinflação e vão contribuir para

a redução da taxa de juros neutra da economia.

Quanto à performance do PIB, o que se pode dizer neste momento é que há sinais de

estabilização no primeiro trimestre e que o ano vai experimentar uma recuperação gradativa da

atividade econômica. Os juros reais, que nos anos 90 eram de 20% ao ano, caíram para a casa

dos 10% na década seguinte e hoje estão por volta de 4,7%. Ainda altos, mas próximos das

mínimas dos últimos anos, e com as expectativas de inflação ancoradas até 2021.

Na visão do BC, detalhada no Relatório de Inflação de março, o mercado de trabalho será o

último a reagir no processo de retomada da atividade, assim como foi o último a sofrer as dores

da recessão. Economistas do setor privado estimam que o desemprego pode cair mais antes de

a oferta de emprego começar a melhorar.

Há, porém, duas fontes de impulso ao consumo que não devem ser desconsideradas: o aumento

do salário real por causa da queda acentuada e rápida da inflação; e a dissipação do temor do

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desemprego por parte dos trabalhadores que permaneceram empregados mas contiveram os

gastos.

Há, também, indicações de que o mercado de crédito esteja reagindo depois de longo período

de retração. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, houve em março um pequeno

crescimento, de 0,2%, do volume de operações frente a fevereiro juntamente com queda dos

juros e dos spreads bancários. Tudo ainda incipiente, é verdade, mas são as primeiras colheitas

da queda de 300 pontos básicos da taxa de juros e da redução do patamar de endividamento

das famílias. Do lado das empresas, o alto endividamento não é um problema superado. "A cobra

ainda vai ter que digerir o mamute", como ilustrou uma autoridade do governo.

JUROS FUTUROS LONGOS ZERAM ALTA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS

Fonte: Valor Econômico. SÃO PAULO - A pressão de compra no mercado de DI perdeu fôlego

perto do fim do pregão regular desta quinta-feira, o que levou os juros futuros mais longos para

perto da estabilidade. Operadores relataram alguma realização de lucros, que se seguiu a um

“stop” de posições vendidas no começo da tarde, movimento que catapultou as taxas a partir

de janeiro de 2019 a máximas.

Esse movimento chamou a atenção dos investidores. Uma demanda por “hedge” após a venda

de todos os 10,5 milhões de títulos públicos prefixados pelo Tesouro Nacional foi citada como

catalisador do fluxo de compra. “Foi um leilão bem demandado, então acaba gerando alguma

pressão na ponta mais longa”, diz Luis Laudisio, operador de renda fixa da Renascença.

Um profissional de uma gestora também atribui a alta das taxas do começo da tarde à notícia

do adiamento para 3 de maio da votação do parecer da reforma da Previdência, elaborado pelo

deputado Arthur Maia (PPS-BA). O mercado se ressente por ainda estar sob impacto de ruídos

recentes em torno da capacidade do Palácio do Planalto de conseguir a aprovação da proposta.

Por outro lado, a aprovação ontem da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados ajudou a

amenizar tensões em torno do encaminhamento das reformas, mas não as eliminou. Num sinal

disso, mesmo com a realização de lucros, as taxas mais longas não voltaram às mínimas. A greve

geral marcada para esta sexta-feira em todo o país contra as reformas trabalhista e

previdenciária também colaborou para manter a cautela nos negócios.

Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2021 tinha taxa de 10,080% ao ano (10,070%

no ajuste da véspera), após oscilar entre 10,140% e 10,010%. O DI janeiro/2019 mostrava

estabilidade, a 9,410%. O DI janeiro/2018 recuava a 9,505% (9,515% no ajuste de ontem).

Os vencimentos de curtíssimo prazo - mais associados à política monetária - foram influenciados

pela perspectiva de continuidade do cenário benigno para a inflação, reforçada hoje pelo IGP-

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M de abril. O índice registrou a leitura mais baixa desde junho de 1989, em queda de 1,10%. O

DI julho/2017 caía a 10,645% (10,650% no ajuste anterior).

DESAFIOS DA GERAÇÃO DE ENERGIA INTERMITENTE

Fonte: Valor Econômico. A geração de energia elétrica a partir de fontes primárias intermitentes

vem assumindo importância crescente. A energia eólica e a solar, por serem renováveis, têm

utilização prioritária num contexto em que se deseja reduzir o consumo de combustíveis fósseis,

para atender aos acordos climáticos de redução da emissão de gases do efeito estufa.

Essa geração, que inicialmente constituía apenas acréscimos marginais à capacidade geradora

do país, agora já é expressiva e suas características exigem importantes alterações nos critérios

de planejamento e operação do sistema interligado no qual se insere. A expansão racional da

utilização dessas fontes de energia deve considerar os custos de sua inserção nos sistemas

elétricos e no contexto econômico-financeiro do setor elétrico evitando prejudicá-las ou o

próprio setor e seus consumidores.

Em recente artigo, The Economist trata da inserção da geração de fontes intermitentes em

sistemas geradores de base térmica. Mostra como o custo marginal nulo dessas geradoras vem

deslocando a geração de outras usinas, cuja rentabilidade fica prejudicada, mas cuja

disponibilidade é necessária para a continuidade do suprimento e para a própria expansão do

parque eólico e solar, além daquela do sistema como um todo.

A baixa previsibilidade das reduções ou aumentos da contribuição dessas fontes e sua forte

variação horária exigem novos modelos de simulação do sistema, novos critérios de operação

do parque gerador e sobretudo importantes custos de provisão de reserva, ou "backup". Assim,

embora o custo marginal do funcionamento dessas usinas seja nulo, o custo de compensar sua

falta é significativo. Transparece de forma crescente nos encargos do sistema, no uso não

programado dos reservatórios, na geração termelétrica intempestiva, no aumento da reserva

girante e nas perturbações do fornecimento. Exige, para sua avaliação e mitigação, novos

critérios de estimativa dos seus custos de geração, atualmente baseados no custo nivelado, que

apenas reflete sua contribuição anual esperada, desconsiderando os efeitos da intermitência.

A mitigação dos efeitos da intermitência tem sido objeto de diversas propostas. Algumas apenas

transfeririam o problema para outras modalidades de geração, embora a economicidade e a

competitividade de qualquer usina seja função de seu fator de utilização, sobretudo para usinas

de baixo custo operacional. Recorrer a turbinas a gás natural, para uso eventual, normalmente

envolveria custo de combustível bem superior àquele que se teria em contratos de elevado nível

de "take or pay". Também seria difícil justificar a instalação de usinas de alta eficiência, mais

caras, para utilização eventual.

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Além disso, o aproveitamento de fontes renováveis não deveria ser indutor de consumo de

combustíveis fósseis. Mesmo se fossem utilizados combustíveis renováveis, como a biomassa

de florestas homogêneas plantadas, seria uma solução precária, pois se deixaria de aproveitar a

vantagem da contínua disponibilidade desse combustível e a baixa utilização aumentaria o custo

da energia gerada.

A interligação elétrica com outras regiões pode mitigar os problemas da intermitência

importando eventuais excedentes para compensar reduções de geração local e evitar outros

recursos de "backup", mais onerosos. Porém haveria necessidade de aumentar a capacidade das

interligações acima dos níveis previstos para efeito dos intercâmbios sazonais de energia.

Um recurso, crescentemente adotado em diversos países, é o do armazenamento da energia

mais barata disponível no sistema, eventualmente parte daquela gerada por fontes

intermitentes, a ser utilizada na falta dessa geração. Assim, parte da geração intermitente ou de

outras fontes teria seu consumo adiado para momentos de maior carência, podendo então

auferir preços mais elevados, que compensariam perdas incorridas no enchimento e

esvaziamento dos reservatórios de energia, sejam estes hidráulicos, baterias ou outros, menos

usuais. Outra vantagem da acumulação é que pode ser feita com energia gerada pelas usinas

baseadas em fontes renováveis, portanto sem emissões de carbono e ensejando uma avaliação

mais clara do custo global do atendimento do mercado.

A geração distribuída intermitente, com predomínio da geração solar, conectada às redes de

baixa tensão, afeta diretamente a rentabilidade das empresas distribuidoras, sobretudo quando

a cobrança é feita por "net metering" sobre tarifas monômias (R$/kWh), que reduz

significativamente a remuneração do investimento nas redes dessas empresas. Consumidores

que possuam geração própria dessa natureza deveriam ser cobrados mediante tarifas binômias

(R$/kW + R$/kWh) que reflitam sua contribuição em termos de energia gerada e eventualmente

cedida à rede, mas assegurem a remuneração das instalações cujo apoio lhes é indispensável

para a continuidade de seu consumo.

Mecanismos de hedge e contratos de backup análogos àqueles que os consumidores livres

firmam com as distribuidoras às quais estão conectados, porém voltados para os geradores

intermitentes (ou sazonais), poderão regular o relacionamento financeiro e operacional entre

esses geradores e os provedores de armazenamento. Porém ajustes nas atuais regras de

mercado deveriam ser realizados para que a contratação de energia pelos agentes de demanda

seja do conjunto usina intermitente e sua mitigação, devidamente avaliada e certificada pelos

agentes setoriais, de modo a identificar os custos incorridos e permitir maior amplitude de ação

a esses agentes.

Para assegurar a economicidade da expansão e da operação do sistema elétrico, o planejamento

setorial deverá avaliar o custo de complementar a instalação de usinas intermitentes com

instalações de armazenamento no sistema interligado, novas interligações regionais e inter-

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regionais e outras formas de mitigação da intermitência. Tais custos envolvem, além dos

investimentos iniciais, o de operá-las e de manter grandes quantidades de energia armazenada.

Naturalmente, este último variaria em função daquele da energia consumida para realizar a

acumulação, além do custo das novas instalações e da alteração do uso de reservatórios de

regularização existentes.

Estas considerações levam à necessidade de repensar o modelo de operação do sistema elétrico

brasileiro passando do atual "parque gerador hidrelétrico complementado por termelétricas"

para um sistema multiofertas com custos de operação extremamente flexíveis e características

díspares entre as usinas geradoras. Este é o desafio que se coloca para o planejamento da

expansão da oferta, para a coordenação da operação interligada e para os agentes setoriais,

atuantes num novo ambiente muito mais dinâmico, criativo e exigente.

EIRELI COM TITULAR PESSOA JURÍDICA

Fonte: Por Paulo Shigueru Yamaguchi para Valor Econômico. A Instrução Normativa do

Departamento do Registro Empresarial e Integração nº 38 de 2 de março de 2017 (IN DREI

38/2017) alterou os Manuais de Registro dos diversos tipos societários. Dentre as alterações,

o Anexo 5 da IN DREI 38/2017 trouxe nova redação ao Manual de Registro da Empresa

Individual de Responsabilidade Limitada - Eireli, para finalmente constar expressamente a

possibilidade de se constituir uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - Eireli -

tendo pessoa jurídica como sua única sócia titular. A IN DREI 38/2017 entrará em vigor em 2

de maio.

A Eireli é uma sociedade constituída com um único sócio (ou sócia), e cuja responsabilidade por

suas dívidas é limitada ao valor do seu capital social. Foi introduzida por lei no Brasil, tornando-

se efetiva em 9 de janeiro de 2012.

O Item 1.2.2 (b) e (c) e o item 1.2.5 (c) do Manual de Registro da Eireli apontam especificamente

a possibilidade de qualificar como titular da Eireli a pessoa jurídica com sede no Brasil ou no

exterior.

Na redação anterior do Manual de Registro da Eireli, os dispositivos acima citados não faziam

referência à possibilidade de pessoa jurídica ser titular da Eireli.

É grande a expectativa para ver a aplicação prática, funcionamento dos cadastros do registro do

comércio e administração tributária na constituição de novas Eireli's e a transformação de outras

sociedades neste tipo.

Trata-se de reparo tardio de situação que há muito se aguardava. Com 5 anos de atraso...

O assunto já foi objeto de intenso debate, dado que a previsão legal da Eireli jamais apontou

qualquer limitação da pessoa jurídica de ser titular de sociedade constituída sob este tipo

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societário. Aplicando-se o princípio da legalidade, como não havia proibição, a pessoa jurídica

estava autorizada a ser titular de Eireli. O impedimento não poderia valer, ainda mais por norma

infralegal.

Na época de sua entrada em vigor, uma versão do Manual do Registro da Eireli foi publicada e

continha a previsão do titular poder ser pessoa jurídica. Todavia, o normativo foi rapidamente

republicado "por incorreção" e, no novo formato, acabou excluída a titularidade da Eireli por

pessoa jurídica.

Neste ínterim, pessoas jurídicas pleitearam judicialmente liminares para verem arquivados os

atos constitutivos da Eireli de titularidade de pessoa jurídica ou de transformação de outras

sociedades neste tipo, com pessoa jurídica como sua titular. As liminares foram concedidas sob

o argumento da inexistência da proibição legal e mantidas nos tribunais. Em razão das ordens

judiciais, as juntas comerciais realizaram o arquivamento dos atos societários destas Eireli's.

Agora, com o advento da redação ajustada do Manual de Registro da Eireli, o investidor brasileiro

ou estrangeiro poderá finalmente constituir uma sociedade fazendo uso deste tipo societário. E

dispensado de guarida judicial para tanto.

As limitações contidas na lei permanecem vigentes: (i) obrigatoriedade de imediata integralização

do seu capital social de no mínimo 100 salários mínimos (para os fins deste cálculo, deve-se

considerar o valor do salário mínimo nacional), (ii) possibilidade do único sócio ser titular de

somente uma única Eireli e (iii) o final do nome empresarial deve conter a expressão Eireli.

Para grupos estrangeiros, a transformação de suas subsidiárias em Eireli pode servir para facilitar

a operação e evitar o preparo de documentos de empresa estrangeira necessários para formar

a pluralidade de sócios no quadro societário. Dispensa-se, assim, o cumprimento de

formalidades para dar validade aos documentos de adicional empresa estrangeira no Brasil

(notarização, apostilamento ou legalização, tradução juramentada e registro em cartório de

títulos e documentos), obrigações, cadastros e futuras atualizações (Receita Federal - CNPJ,

Banco Central do Brasil e juntas comerciais).

A possibilidade de simplificar a estrutura societária das subsidiárias brasileiras surge em

momento oportuno. A partir de 1º de julho de 2017, haverá alterações quanto às informações

e documentos das sociedades estrangeiras exigidos para a inscrição ou atualização dos

cadastros no CNPJ (necessário para sociedades estrangeiras que detenham participação

societária em sociedades brasileiras). Será obrigatório informar o beneficiário final da sociedade

estrangeira, apresentar os documentos de lista atualizada e em formato específico, por dossiê

digital, conforme disposto na Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº 1.634/2016.

Enfim, aguarda-se a entrada em vigor em definitivo da nova redação do Manual de Registro da

Eireli e grande desenvolvimento deste tipo societário. Apresenta-se para o mundo dos negócios

um novo paradigma societário viável. As empresas e empresários poderão se libertar do

factótum então necessário para compor a pluralidade de sócios, muitas vezes despropositada.

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PIS/COFINS – IMPOSSÍVEL CRÉDITO EM DESPESAS COM AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE

Fonte: Valor Econômico.

Solução de Consulta 99054 Cosit

DOU de 27/04/2017

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS

EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA. CRÉDITOS. DESPESAS COM AVALIAÇÃO DA

CONFORMIDADE DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. IMPOSSIBILIDADE.

No caso de pessoa jurídica que se dedica à atividade industrial, os gastos incorridos a título de

aquisição de serviços ligados à avaliação da conformidade de produtos industrializados realizada

por exigência da Portaria nº 371, de 29 de dezembro de 2009, do Inmetro, não permitem a

apuração de crédito da Cofins no regime de apuração não cumulativa, pois tais serviços não são

considerados insumos para fins de creditamento da contribuição. Vinculada à Solução de

Divergência Cosit nº 07, de 23 de agosto de 2016, publicada no Diário Oficial da União (DOU)

de 14 de outubro de 2016. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, inciso II; IN

SRF nº 404, de 2004, art. 8º, inciso I, alínea “b”, § 4º, inciso I, alínea “b”.

ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA.

CRÉDITOS. DESPESAS COM AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE PRODUTOS

INDUSTRIALIZADOS. IMPOSSIBILIDADE.

No caso de pessoa jurídica que se dedica à atividade industrial, os gastos incorridos a título de

aquisição de serviços ligados à avaliação da conformidade de produtos industrializados realizada

por exigência da Portaria nº 371, de 29 de dezembro de 2009, do Inmetro, não permitem a

apuração de crédito da Contribuição para o PIS/Pasep no regime de apuração não cumulativa,

pois tais serviços não são considerados insumos para fins de creditamento da contribuição.

Vinculada à Solução de Divergência Cosit nº 07, de 23 de agosto de 2016, publicada no Diário

Oficial da União (DOU) de 14 de outubro de 2016. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de

2002, art. 3º, inciso II; IN SRF nº 247, de 2002, art. 66, inciso I, alínea “b”, § 5º, inciso I, alínea

“b.

BDMG ANUNCIA REDUÇÃO DAS TAXAS DE FINANCIAMENTO PARA AS EMPRESAS EM MINAS GERAIS

Fonte: JUCEMG. O presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Marco

Crocco, anunciou nesta quarta-feira (26/4) a redução de taxas de financiamento para as

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empresas no estado. A iniciativa tem o objetivo de estimular a economia por meio da atividade

empresarial, além de contribuir para a geração de emprego e renda.

A medida faz parte do Programa Mais Investimentos, criado pelo Governo de Minas Gerais

visando movimentar a economia do Estado e gerar novas oportunidades de emprego. As

primeiras ações no âmbito do programa foram anunciadas em março último pelo governador

Fernando Pimentel. Entre elas, está a criação de fundos estaduais, por meio de projetos de lei

já enviados à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para captar recursos destinados a

investimentos, e a renegociação de dívidas de contribuintes com o Estado.

Nessa nova frente, anunciada nesta quarta-feira, serão 30 produtos com redução de juros, que

alcançarão todos os segmentos de atuação do BDMG: micro, pequenas, médias e grandes

empresas. Estão estimados, para este ano, mais de R$ 1 bilhão para financiamento de itens com

queda nas taxas, sendo R$ 772 milhões com recursos próprios do BDMG. A previsão é atingir

cinco mil clientes do banco, especialmente nas linhas de inovação, modernização tecnológica,

economia verde, desenvolvimento regional, micro e pequena empresa.

Representando o governador Fernando Pimentel durante o lançamento, o secretário de Estado

de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, destacou ser esta mais uma boa notícia dada

pela atual gestão para o desenvolvimento econômico do Estado. “É uma medida que foi

articulada pelo comitê de desenvolvimento, que foi uma iniciativa do governador Fernando

Pimentel, e tem a participação de vários órgãos estaduais. Não são medidas de curto prazo, mas

para destravar processos internos, atrair investimentos, ampliar empresas em Minas Gerais,

melhorar o ambiente de negócios. Essas medidas coexistem com o conjunto de ações

apresentadas e que já estão em tramitação na Assembleia Legislativa”, afirmou. O secretário de

Estado da Fazenda, José Afonso Bicalho, também participou do anúncio.

Em média, a redução das taxas será de 4,5 pontos percentuais ao ano para os novos contratos.

Destaca-se a diminuição de taxas de produtos como o Geraminas Social, destinado a regiões

com baixo IDH-M, que foi de 1,69% para 1,55% ao mês, o Geraminas, com foco em capital de

giro, que foi de 1,89% para 1,71% ao mês, além do Minas Criativa, para o fomento da economia

da cultura e conhecimento, que terá a partir de agora taxa de 1,60% ao mês.

De acordo com o presidente do BDMG, Marco Crocco, os principais fatores que permitiram a

redução das taxas foram a priorização de produtos relacionados à estratégia do banco – e,

consequentemente, alinhados à política de desenvolvimento do Estado; as captações feitas pelo

banco com custos mais baixos; a redução de despesas internas e o aumento da previsão de

desembolso para este ano, tornando possível a redução do spread, além da queda na Selic, cuja

redução está sendo integralmente repassada pelo BDMG.

“Nós tomamos uma atitude de reduzir nossas taxas de juros em função dos ganhos de eficiência

que tivemos, além de uma melhor captação no mercado. Estamos repassando isso integralmente

ao mercado porque entendemos que, nesse momento em que o nível de atividade econômica

NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.552

BELO HORIZONTE, 27 DE ABRIL DE 2017.

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está baixo, cabe ao Estado gerar maior facilidade para que o setor empresarial venha ao BDMG,

pegue financiamento e invista em Minas Gerais, propiciando assim uma geração de renda e

emprego”, ressaltou Crocco. Segundo o presidente da instituição, o desembolso do banco este

ano deverá chegar a R$ 1,55 bilhão, ante R$ 1,4 bilhão em 2016.

PUBLICADA VERSÃO 2.3.4 DA EFD ICMS IPI

Fonte: Receita Federal do Brasil

Publicado em 26/04/2017

Versão 2.3.4 da EFD ICMS IPI

Disponibilizada a versão 2.3.4 do programa da EFD ICMS IPI com as seguintes principais

alterações:

- Inclusão do CT-e OS (modelo 67);

- Otimização no processamento da validação dos arquivos;

- Inclusão do campo "ORIGEM" na chave do Registro K270;

- Inclusão de regra de validação do CFOP no Registro C190;

- Alteração do Registro 1100 para inclusão da Declaração Única de Exportação - DU-E.

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