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NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.552
BELO HORIZONTE, 27 DE ABRIL DE 2017.
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“Lute com determinação, abrace a vida com paixão, perca com classe e vença
com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito bela
para ser insignificante.”
Charles Chaplin
PREÇOS AO PRODUTOR SOBEM EM 17 SETORES ........................................................................................................... 2
'PEJOTIZAÇÃO' CONTINUA VEDADA, DIZ O GOVERNO ................................................................................................... 2
O CUSTO DE MUDAR A META DE INFLAÇÃO .................................................................................................................. 3
JUROS FUTUROS LONGOS ZERAM ALTA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS ......................................................................... 5
DESAFIOS DA GERAÇÃO DE ENERGIA INTERMITENTE .................................................................................................... 6
EIRELI COM TITULAR PESSOA JURÍDICA ......................................................................................................................... 8
PIS/COFINS – IMPOSSÍVEL CRÉDITO EM DESPESAS COM AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE ......................................... 10
BDMG ANUNCIA REDUÇÃO DAS TAXAS DE FINANCIAMENTO PARA AS EMPRESAS EM MINAS GERAIS ....................... 10
PUBLICADA VERSÃO 2.3.4 DA EFD ICMS IPI ................................................................................................................. 12
Sumário
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PREÇOS AO PRODUTOR SOBEM EM 17 SETORES
Fonte: Valor Econômico. O Índice de Preços ao Produtor (IPP) avançou 0,09% em março, com
alta de preços espalhada entre 17 das 24 atividades pesquisadas pelo IBGE para cálculo do
indicador. Esse movimento reflete principalmente a valorização do dólar no mês, de 0,8% frente
ao real. O aumento das cotações do minério de ferro no mercado internacional também ajudou
o IPP a subir. Em fevereiro, apenas dez ramos tinham registrado aumento de preços. Naquele
mês, o indicador caiu 0,45%.
"Por um lado houve uma depreciação do real e com isso os preços de alguns setores muito
diretamente ligados ao câmbio, que exportam, aumentaram. Mas não é só o dólar, o movimento
do minério de ferro e da indústria química também ajudam a contar a história de março", disse
o gerente do IPP do (IBGE, Alexandre Brandão.
Na indústria extrativa os preços subiram 3,44%, a maior alta entre as atividades. Em grande
parte, explicou Brandão, por causa do avanço dos preços no minério de ferro. Em fevereiro, os
preços na indústria extrativa haviam caído 5,06%. O minério de ferro também foi importante
para a alta da inflação na metalurgia, que cresceu 1,4% no mês passado.
O dólar mais valorizado também influenciou altas nos preços de papel e celulose (1,69%), fumo
(0,87%) e madeira (0,73%). Além da indústria extrativa, houve aumentos expressivos em
vestuário (2,96%) e impressão (1,78%).
Por outro lado, duas atividades importantes seguraram o avanço da taxa de variação do IPP em
março. Alimentos e derivados de petróleo e biocombustíveis, que juntos representam quase um
terço do indicador, mostraram preços em queda.
'PEJOTIZAÇÃO' CONTINUA VEDADA, DIZ O GOVERNO
Fonte: Valor Econômico. A reforma trabalhista aprovada pela Câmara não estimula as empresas
a demitir trabalhador com carteira assinada e contratar outro, como pessoa jurídica, para fugir
de encargos previdenciários e trabalhistas, em prática conhecida como "pejotização". Esta é a
interpretação do Ministério do Planejamento, cuja área técnica sustenta que o texto aprovado
não põe em risco a receita da Previdência Social, ao contrário do que dizem alguns especialistas
em direito do trabalho.
A reforma não alterou os artigos 3º e 9º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O artigo
3º estabelece que toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a um
empregador, sob a dependência deste e mediante salário, tem vínculo empregatício. Já o artigo
9º prevê que são "nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir
ou fraudar a aplicação dos preceitos" da CLT.
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"Se uma empresa contratar uma empresa individual ou jurídica com o intuito de descaracterizar
vínculo empregatício, os auditores da Receita Federal e do Trabalho poderão autuar e multar os
referidos empregadores e a Justiça do Trabalho poderá reconhecer o vínculo, garantindo ao
empregado todos os direitos a ele inerentes, com base nos artigos 2º, 3º e 9º da CLT", diz nota
do Ministério do Planejamento enviada ao Valor.
O CUSTO DE MUDAR A META DE INFLAÇÃO
Fonte: Valor Econômico. Há bons argumentos para o Conselho Monetário Nacional (CMN)
manter em 4,5% a meta para a inflação de 2018. Talvez o mais forte seja que para reduzir a
meta estabelecida há dois anos o Comitê de Política Monetária (Copom) teria que rever de
imediato a sua política de flexibilização monetária.
As decisões de agora já afetam a inflação do próximo ano e, muito provavelmente, para
perseguir uma inflação menor no ano que vem - como chegou a ser cogitado pelo governo -, o
Copom não estaria considerando intensificar o ritmo de cortes da taxa básica de juros (Selic).
Ou seja, nesse caso ele poderia estar pensando em baixar menos, em parar o ciclo de
afrouxamento monetário ou, até mesmo, em recomeçar mais adiante uma política de aperto,
com elevação dos juros.
Assim, quando se reunir em junho para definir a meta de inflação de 2019, o CMN vai confirmar
4,5% para o próximo exercício, mesmo com a perspectiva de uma variação efetiva do IPCA neste
e no ano que vem abaixo da meta. As expectativas do Focus apontam para uma inflação de
4,04% em 2017 e de 4,32% em 2018.
Embora o regime de metas seja flexível, não é visto como uma boa prática mudar o termômetro
porque a inflação efetiva vai ficar abaixo ou acima da meta. Melhor, segundo os especialistas, é
o Banco Central avaliar qual é a política monetária mais adequada para levar a inflação em
direção à meta.
No ano passado, quando Ilan Goldfajn assumiu o comando do BC, chegou-se a discutir no
governo se não seria mais prudente adotar uma meta ajustada para 2017 e fazer a convergência
para 4,5% em dois anos. A inflação estava muito alta e seria custoso conduzi-la para o intervalo
da meta, principalmente tendo em vista que era preciso começar a cortar os juros para tirar o
país de uma recessão profunda e prolongada. Olhando para trás, foi acertada a decisão de
manter a meta em 4,5%, com intervalo de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo (teto
de 6,5% e piso de 2,5%). A inflação que começou o ano em 10,71% cedeu para 6,29% no fim
do exercício e isso foi importante para a convergência das expectativas.
O Conselho Monetário deve, na reunião de junho, sancionar a redução da meta para 2019, que
será submetida antes à apreciação do presidente da República. Se isso se confirmar, o governo
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estará finalmente retomando o processo de desinflação, que está estacionado em 4,5% desde
2005. Essa é uma decisão que não compromete a queda da Selic para cerca de 8,5% ao ano
neste exercício, conforme os prognósticos do mercado, porque 2019 ainda não está ao alcance
da política monetária - cujos "lags'' são de 18 a 24 meses. Além do mais, ao reduzir a meta de
inflação, as expectativas também caem.
Um segundo argumento, também importante, é que não se deve projetar a inflação dos
próximos anos com base na atual ociosidade da economia. Parte da queda da inflação, que saiu
de dois dígitos no primeiro bimestre de 2016 para 4,57% em março, é estrutural, mas uma outra
parte decorre da imensa ociosidade da economia após dois anos de recessão. As pressões
inflacionárias de hoje, portanto, não serão as mesmas de quando a atividade estiver recuperada.
Outro ponto que não pode ser esquecido é o do choque positivo dos alimentos, cuja
contribuição é de 0,3 a 0,4 ponto percentual a menos no IPCA deste ano. Isso significa que a
inflação, sem a queda dos preços dos alimentos, estaria na meta e não nos 4,04% estimados
pelo mercado, o mesmo ocorrendo com o próximo ano.
O Banco Central menciona quatro blocos de riscos e incertezas que orientam o debate interno
sobre a aceleração do ritmo de corte da taxa Selic. São eles o avanço dos ajustes e reformas; a
recuperação da atividade econômica; os riscos externos; e o choque de alimentos.
Apesar dos bons ventos vindos da recuperação das economias desenvolvidas, há muitas
incertezas que podem mudar o cenário externo, com impacto sobre a taxa de juros. As
preocupações do BC vão desde o tamanho do corte de impostos que o governo Trump pretende
propor ao Congresso americano, ao crescimento do protecionismo, a imigração e as tensões
geopolíticas.
No tocante às reformas - e todas as atenções se concentram na PEC da previdência social - a
autoridade monetária não se envolve nas negociações de varejo. Para ela o relevante é se
assegurar de que as reformas serão suficientes para garantir a desinflação e vão contribuir para
a redução da taxa de juros neutra da economia.
Quanto à performance do PIB, o que se pode dizer neste momento é que há sinais de
estabilização no primeiro trimestre e que o ano vai experimentar uma recuperação gradativa da
atividade econômica. Os juros reais, que nos anos 90 eram de 20% ao ano, caíram para a casa
dos 10% na década seguinte e hoje estão por volta de 4,7%. Ainda altos, mas próximos das
mínimas dos últimos anos, e com as expectativas de inflação ancoradas até 2021.
Na visão do BC, detalhada no Relatório de Inflação de março, o mercado de trabalho será o
último a reagir no processo de retomada da atividade, assim como foi o último a sofrer as dores
da recessão. Economistas do setor privado estimam que o desemprego pode cair mais antes de
a oferta de emprego começar a melhorar.
Há, porém, duas fontes de impulso ao consumo que não devem ser desconsideradas: o aumento
do salário real por causa da queda acentuada e rápida da inflação; e a dissipação do temor do
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desemprego por parte dos trabalhadores que permaneceram empregados mas contiveram os
gastos.
Há, também, indicações de que o mercado de crédito esteja reagindo depois de longo período
de retração. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, houve em março um pequeno
crescimento, de 0,2%, do volume de operações frente a fevereiro juntamente com queda dos
juros e dos spreads bancários. Tudo ainda incipiente, é verdade, mas são as primeiras colheitas
da queda de 300 pontos básicos da taxa de juros e da redução do patamar de endividamento
das famílias. Do lado das empresas, o alto endividamento não é um problema superado. "A cobra
ainda vai ter que digerir o mamute", como ilustrou uma autoridade do governo.
JUROS FUTUROS LONGOS ZERAM ALTA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS
Fonte: Valor Econômico. SÃO PAULO - A pressão de compra no mercado de DI perdeu fôlego
perto do fim do pregão regular desta quinta-feira, o que levou os juros futuros mais longos para
perto da estabilidade. Operadores relataram alguma realização de lucros, que se seguiu a um
“stop” de posições vendidas no começo da tarde, movimento que catapultou as taxas a partir
de janeiro de 2019 a máximas.
Esse movimento chamou a atenção dos investidores. Uma demanda por “hedge” após a venda
de todos os 10,5 milhões de títulos públicos prefixados pelo Tesouro Nacional foi citada como
catalisador do fluxo de compra. “Foi um leilão bem demandado, então acaba gerando alguma
pressão na ponta mais longa”, diz Luis Laudisio, operador de renda fixa da Renascença.
Um profissional de uma gestora também atribui a alta das taxas do começo da tarde à notícia
do adiamento para 3 de maio da votação do parecer da reforma da Previdência, elaborado pelo
deputado Arthur Maia (PPS-BA). O mercado se ressente por ainda estar sob impacto de ruídos
recentes em torno da capacidade do Palácio do Planalto de conseguir a aprovação da proposta.
Por outro lado, a aprovação ontem da reforma trabalhista na Câmara dos Deputados ajudou a
amenizar tensões em torno do encaminhamento das reformas, mas não as eliminou. Num sinal
disso, mesmo com a realização de lucros, as taxas mais longas não voltaram às mínimas. A greve
geral marcada para esta sexta-feira em todo o país contra as reformas trabalhista e
previdenciária também colaborou para manter a cautela nos negócios.
Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro/2021 tinha taxa de 10,080% ao ano (10,070%
no ajuste da véspera), após oscilar entre 10,140% e 10,010%. O DI janeiro/2019 mostrava
estabilidade, a 9,410%. O DI janeiro/2018 recuava a 9,505% (9,515% no ajuste de ontem).
Os vencimentos de curtíssimo prazo - mais associados à política monetária - foram influenciados
pela perspectiva de continuidade do cenário benigno para a inflação, reforçada hoje pelo IGP-
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M de abril. O índice registrou a leitura mais baixa desde junho de 1989, em queda de 1,10%. O
DI julho/2017 caía a 10,645% (10,650% no ajuste anterior).
DESAFIOS DA GERAÇÃO DE ENERGIA INTERMITENTE
Fonte: Valor Econômico. A geração de energia elétrica a partir de fontes primárias intermitentes
vem assumindo importância crescente. A energia eólica e a solar, por serem renováveis, têm
utilização prioritária num contexto em que se deseja reduzir o consumo de combustíveis fósseis,
para atender aos acordos climáticos de redução da emissão de gases do efeito estufa.
Essa geração, que inicialmente constituía apenas acréscimos marginais à capacidade geradora
do país, agora já é expressiva e suas características exigem importantes alterações nos critérios
de planejamento e operação do sistema interligado no qual se insere. A expansão racional da
utilização dessas fontes de energia deve considerar os custos de sua inserção nos sistemas
elétricos e no contexto econômico-financeiro do setor elétrico evitando prejudicá-las ou o
próprio setor e seus consumidores.
Em recente artigo, The Economist trata da inserção da geração de fontes intermitentes em
sistemas geradores de base térmica. Mostra como o custo marginal nulo dessas geradoras vem
deslocando a geração de outras usinas, cuja rentabilidade fica prejudicada, mas cuja
disponibilidade é necessária para a continuidade do suprimento e para a própria expansão do
parque eólico e solar, além daquela do sistema como um todo.
A baixa previsibilidade das reduções ou aumentos da contribuição dessas fontes e sua forte
variação horária exigem novos modelos de simulação do sistema, novos critérios de operação
do parque gerador e sobretudo importantes custos de provisão de reserva, ou "backup". Assim,
embora o custo marginal do funcionamento dessas usinas seja nulo, o custo de compensar sua
falta é significativo. Transparece de forma crescente nos encargos do sistema, no uso não
programado dos reservatórios, na geração termelétrica intempestiva, no aumento da reserva
girante e nas perturbações do fornecimento. Exige, para sua avaliação e mitigação, novos
critérios de estimativa dos seus custos de geração, atualmente baseados no custo nivelado, que
apenas reflete sua contribuição anual esperada, desconsiderando os efeitos da intermitência.
A mitigação dos efeitos da intermitência tem sido objeto de diversas propostas. Algumas apenas
transfeririam o problema para outras modalidades de geração, embora a economicidade e a
competitividade de qualquer usina seja função de seu fator de utilização, sobretudo para usinas
de baixo custo operacional. Recorrer a turbinas a gás natural, para uso eventual, normalmente
envolveria custo de combustível bem superior àquele que se teria em contratos de elevado nível
de "take or pay". Também seria difícil justificar a instalação de usinas de alta eficiência, mais
caras, para utilização eventual.
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Além disso, o aproveitamento de fontes renováveis não deveria ser indutor de consumo de
combustíveis fósseis. Mesmo se fossem utilizados combustíveis renováveis, como a biomassa
de florestas homogêneas plantadas, seria uma solução precária, pois se deixaria de aproveitar a
vantagem da contínua disponibilidade desse combustível e a baixa utilização aumentaria o custo
da energia gerada.
A interligação elétrica com outras regiões pode mitigar os problemas da intermitência
importando eventuais excedentes para compensar reduções de geração local e evitar outros
recursos de "backup", mais onerosos. Porém haveria necessidade de aumentar a capacidade das
interligações acima dos níveis previstos para efeito dos intercâmbios sazonais de energia.
Um recurso, crescentemente adotado em diversos países, é o do armazenamento da energia
mais barata disponível no sistema, eventualmente parte daquela gerada por fontes
intermitentes, a ser utilizada na falta dessa geração. Assim, parte da geração intermitente ou de
outras fontes teria seu consumo adiado para momentos de maior carência, podendo então
auferir preços mais elevados, que compensariam perdas incorridas no enchimento e
esvaziamento dos reservatórios de energia, sejam estes hidráulicos, baterias ou outros, menos
usuais. Outra vantagem da acumulação é que pode ser feita com energia gerada pelas usinas
baseadas em fontes renováveis, portanto sem emissões de carbono e ensejando uma avaliação
mais clara do custo global do atendimento do mercado.
A geração distribuída intermitente, com predomínio da geração solar, conectada às redes de
baixa tensão, afeta diretamente a rentabilidade das empresas distribuidoras, sobretudo quando
a cobrança é feita por "net metering" sobre tarifas monômias (R$/kWh), que reduz
significativamente a remuneração do investimento nas redes dessas empresas. Consumidores
que possuam geração própria dessa natureza deveriam ser cobrados mediante tarifas binômias
(R$/kW + R$/kWh) que reflitam sua contribuição em termos de energia gerada e eventualmente
cedida à rede, mas assegurem a remuneração das instalações cujo apoio lhes é indispensável
para a continuidade de seu consumo.
Mecanismos de hedge e contratos de backup análogos àqueles que os consumidores livres
firmam com as distribuidoras às quais estão conectados, porém voltados para os geradores
intermitentes (ou sazonais), poderão regular o relacionamento financeiro e operacional entre
esses geradores e os provedores de armazenamento. Porém ajustes nas atuais regras de
mercado deveriam ser realizados para que a contratação de energia pelos agentes de demanda
seja do conjunto usina intermitente e sua mitigação, devidamente avaliada e certificada pelos
agentes setoriais, de modo a identificar os custos incorridos e permitir maior amplitude de ação
a esses agentes.
Para assegurar a economicidade da expansão e da operação do sistema elétrico, o planejamento
setorial deverá avaliar o custo de complementar a instalação de usinas intermitentes com
instalações de armazenamento no sistema interligado, novas interligações regionais e inter-
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regionais e outras formas de mitigação da intermitência. Tais custos envolvem, além dos
investimentos iniciais, o de operá-las e de manter grandes quantidades de energia armazenada.
Naturalmente, este último variaria em função daquele da energia consumida para realizar a
acumulação, além do custo das novas instalações e da alteração do uso de reservatórios de
regularização existentes.
Estas considerações levam à necessidade de repensar o modelo de operação do sistema elétrico
brasileiro passando do atual "parque gerador hidrelétrico complementado por termelétricas"
para um sistema multiofertas com custos de operação extremamente flexíveis e características
díspares entre as usinas geradoras. Este é o desafio que se coloca para o planejamento da
expansão da oferta, para a coordenação da operação interligada e para os agentes setoriais,
atuantes num novo ambiente muito mais dinâmico, criativo e exigente.
EIRELI COM TITULAR PESSOA JURÍDICA
Fonte: Por Paulo Shigueru Yamaguchi para Valor Econômico. A Instrução Normativa do
Departamento do Registro Empresarial e Integração nº 38 de 2 de março de 2017 (IN DREI
38/2017) alterou os Manuais de Registro dos diversos tipos societários. Dentre as alterações,
o Anexo 5 da IN DREI 38/2017 trouxe nova redação ao Manual de Registro da Empresa
Individual de Responsabilidade Limitada - Eireli, para finalmente constar expressamente a
possibilidade de se constituir uma Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - Eireli -
tendo pessoa jurídica como sua única sócia titular. A IN DREI 38/2017 entrará em vigor em 2
de maio.
A Eireli é uma sociedade constituída com um único sócio (ou sócia), e cuja responsabilidade por
suas dívidas é limitada ao valor do seu capital social. Foi introduzida por lei no Brasil, tornando-
se efetiva em 9 de janeiro de 2012.
O Item 1.2.2 (b) e (c) e o item 1.2.5 (c) do Manual de Registro da Eireli apontam especificamente
a possibilidade de qualificar como titular da Eireli a pessoa jurídica com sede no Brasil ou no
exterior.
Na redação anterior do Manual de Registro da Eireli, os dispositivos acima citados não faziam
referência à possibilidade de pessoa jurídica ser titular da Eireli.
É grande a expectativa para ver a aplicação prática, funcionamento dos cadastros do registro do
comércio e administração tributária na constituição de novas Eireli's e a transformação de outras
sociedades neste tipo.
Trata-se de reparo tardio de situação que há muito se aguardava. Com 5 anos de atraso...
O assunto já foi objeto de intenso debate, dado que a previsão legal da Eireli jamais apontou
qualquer limitação da pessoa jurídica de ser titular de sociedade constituída sob este tipo
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societário. Aplicando-se o princípio da legalidade, como não havia proibição, a pessoa jurídica
estava autorizada a ser titular de Eireli. O impedimento não poderia valer, ainda mais por norma
infralegal.
Na época de sua entrada em vigor, uma versão do Manual do Registro da Eireli foi publicada e
continha a previsão do titular poder ser pessoa jurídica. Todavia, o normativo foi rapidamente
republicado "por incorreção" e, no novo formato, acabou excluída a titularidade da Eireli por
pessoa jurídica.
Neste ínterim, pessoas jurídicas pleitearam judicialmente liminares para verem arquivados os
atos constitutivos da Eireli de titularidade de pessoa jurídica ou de transformação de outras
sociedades neste tipo, com pessoa jurídica como sua titular. As liminares foram concedidas sob
o argumento da inexistência da proibição legal e mantidas nos tribunais. Em razão das ordens
judiciais, as juntas comerciais realizaram o arquivamento dos atos societários destas Eireli's.
Agora, com o advento da redação ajustada do Manual de Registro da Eireli, o investidor brasileiro
ou estrangeiro poderá finalmente constituir uma sociedade fazendo uso deste tipo societário. E
dispensado de guarida judicial para tanto.
As limitações contidas na lei permanecem vigentes: (i) obrigatoriedade de imediata integralização
do seu capital social de no mínimo 100 salários mínimos (para os fins deste cálculo, deve-se
considerar o valor do salário mínimo nacional), (ii) possibilidade do único sócio ser titular de
somente uma única Eireli e (iii) o final do nome empresarial deve conter a expressão Eireli.
Para grupos estrangeiros, a transformação de suas subsidiárias em Eireli pode servir para facilitar
a operação e evitar o preparo de documentos de empresa estrangeira necessários para formar
a pluralidade de sócios no quadro societário. Dispensa-se, assim, o cumprimento de
formalidades para dar validade aos documentos de adicional empresa estrangeira no Brasil
(notarização, apostilamento ou legalização, tradução juramentada e registro em cartório de
títulos e documentos), obrigações, cadastros e futuras atualizações (Receita Federal - CNPJ,
Banco Central do Brasil e juntas comerciais).
A possibilidade de simplificar a estrutura societária das subsidiárias brasileiras surge em
momento oportuno. A partir de 1º de julho de 2017, haverá alterações quanto às informações
e documentos das sociedades estrangeiras exigidos para a inscrição ou atualização dos
cadastros no CNPJ (necessário para sociedades estrangeiras que detenham participação
societária em sociedades brasileiras). Será obrigatório informar o beneficiário final da sociedade
estrangeira, apresentar os documentos de lista atualizada e em formato específico, por dossiê
digital, conforme disposto na Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº 1.634/2016.
Enfim, aguarda-se a entrada em vigor em definitivo da nova redação do Manual de Registro da
Eireli e grande desenvolvimento deste tipo societário. Apresenta-se para o mundo dos negócios
um novo paradigma societário viável. As empresas e empresários poderão se libertar do
factótum então necessário para compor a pluralidade de sócios, muitas vezes despropositada.
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PIS/COFINS – IMPOSSÍVEL CRÉDITO EM DESPESAS COM AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE
Fonte: Valor Econômico.
Solução de Consulta 99054 Cosit
DOU de 27/04/2017
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – COFINS
EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA. CRÉDITOS. DESPESAS COM AVALIAÇÃO DA
CONFORMIDADE DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. IMPOSSIBILIDADE.
No caso de pessoa jurídica que se dedica à atividade industrial, os gastos incorridos a título de
aquisição de serviços ligados à avaliação da conformidade de produtos industrializados realizada
por exigência da Portaria nº 371, de 29 de dezembro de 2009, do Inmetro, não permitem a
apuração de crédito da Cofins no regime de apuração não cumulativa, pois tais serviços não são
considerados insumos para fins de creditamento da contribuição. Vinculada à Solução de
Divergência Cosit nº 07, de 23 de agosto de 2016, publicada no Diário Oficial da União (DOU)
de 14 de outubro de 2016. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.833, de 2003, art. 3º, inciso II; IN
SRF nº 404, de 2004, art. 8º, inciso I, alínea “b”, § 4º, inciso I, alínea “b”.
ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS/PASEP EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO CUMULATIVA.
CRÉDITOS. DESPESAS COM AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE PRODUTOS
INDUSTRIALIZADOS. IMPOSSIBILIDADE.
No caso de pessoa jurídica que se dedica à atividade industrial, os gastos incorridos a título de
aquisição de serviços ligados à avaliação da conformidade de produtos industrializados realizada
por exigência da Portaria nº 371, de 29 de dezembro de 2009, do Inmetro, não permitem a
apuração de crédito da Contribuição para o PIS/Pasep no regime de apuração não cumulativa,
pois tais serviços não são considerados insumos para fins de creditamento da contribuição.
Vinculada à Solução de Divergência Cosit nº 07, de 23 de agosto de 2016, publicada no Diário
Oficial da União (DOU) de 14 de outubro de 2016. DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei nº 10.637, de
2002, art. 3º, inciso II; IN SRF nº 247, de 2002, art. 66, inciso I, alínea “b”, § 5º, inciso I, alínea
“b.
BDMG ANUNCIA REDUÇÃO DAS TAXAS DE FINANCIAMENTO PARA AS EMPRESAS EM MINAS GERAIS
Fonte: JUCEMG. O presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Marco
Crocco, anunciou nesta quarta-feira (26/4) a redução de taxas de financiamento para as
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empresas no estado. A iniciativa tem o objetivo de estimular a economia por meio da atividade
empresarial, além de contribuir para a geração de emprego e renda.
A medida faz parte do Programa Mais Investimentos, criado pelo Governo de Minas Gerais
visando movimentar a economia do Estado e gerar novas oportunidades de emprego. As
primeiras ações no âmbito do programa foram anunciadas em março último pelo governador
Fernando Pimentel. Entre elas, está a criação de fundos estaduais, por meio de projetos de lei
já enviados à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para captar recursos destinados a
investimentos, e a renegociação de dívidas de contribuintes com o Estado.
Nessa nova frente, anunciada nesta quarta-feira, serão 30 produtos com redução de juros, que
alcançarão todos os segmentos de atuação do BDMG: micro, pequenas, médias e grandes
empresas. Estão estimados, para este ano, mais de R$ 1 bilhão para financiamento de itens com
queda nas taxas, sendo R$ 772 milhões com recursos próprios do BDMG. A previsão é atingir
cinco mil clientes do banco, especialmente nas linhas de inovação, modernização tecnológica,
economia verde, desenvolvimento regional, micro e pequena empresa.
Representando o governador Fernando Pimentel durante o lançamento, o secretário de Estado
de Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, destacou ser esta mais uma boa notícia dada
pela atual gestão para o desenvolvimento econômico do Estado. “É uma medida que foi
articulada pelo comitê de desenvolvimento, que foi uma iniciativa do governador Fernando
Pimentel, e tem a participação de vários órgãos estaduais. Não são medidas de curto prazo, mas
para destravar processos internos, atrair investimentos, ampliar empresas em Minas Gerais,
melhorar o ambiente de negócios. Essas medidas coexistem com o conjunto de ações
apresentadas e que já estão em tramitação na Assembleia Legislativa”, afirmou. O secretário de
Estado da Fazenda, José Afonso Bicalho, também participou do anúncio.
Em média, a redução das taxas será de 4,5 pontos percentuais ao ano para os novos contratos.
Destaca-se a diminuição de taxas de produtos como o Geraminas Social, destinado a regiões
com baixo IDH-M, que foi de 1,69% para 1,55% ao mês, o Geraminas, com foco em capital de
giro, que foi de 1,89% para 1,71% ao mês, além do Minas Criativa, para o fomento da economia
da cultura e conhecimento, que terá a partir de agora taxa de 1,60% ao mês.
De acordo com o presidente do BDMG, Marco Crocco, os principais fatores que permitiram a
redução das taxas foram a priorização de produtos relacionados à estratégia do banco – e,
consequentemente, alinhados à política de desenvolvimento do Estado; as captações feitas pelo
banco com custos mais baixos; a redução de despesas internas e o aumento da previsão de
desembolso para este ano, tornando possível a redução do spread, além da queda na Selic, cuja
redução está sendo integralmente repassada pelo BDMG.
“Nós tomamos uma atitude de reduzir nossas taxas de juros em função dos ganhos de eficiência
que tivemos, além de uma melhor captação no mercado. Estamos repassando isso integralmente
ao mercado porque entendemos que, nesse momento em que o nível de atividade econômica
NOTÍCIAS FISCAIS Nº 3.552
BELO HORIZONTE, 27 DE ABRIL DE 2017.
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está baixo, cabe ao Estado gerar maior facilidade para que o setor empresarial venha ao BDMG,
pegue financiamento e invista em Minas Gerais, propiciando assim uma geração de renda e
emprego”, ressaltou Crocco. Segundo o presidente da instituição, o desembolso do banco este
ano deverá chegar a R$ 1,55 bilhão, ante R$ 1,4 bilhão em 2016.
PUBLICADA VERSÃO 2.3.4 DA EFD ICMS IPI
Fonte: Receita Federal do Brasil
Publicado em 26/04/2017
Versão 2.3.4 da EFD ICMS IPI
Disponibilizada a versão 2.3.4 do programa da EFD ICMS IPI com as seguintes principais
alterações:
- Inclusão do CT-e OS (modelo 67);
- Otimização no processamento da validação dos arquivos;
- Inclusão do campo "ORIGEM" na chave do Registro K270;
- Inclusão de regra de validação do CFOP no Registro C190;
- Alteração do Registro 1100 para inclusão da Declaração Única de Exportação - DU-E.
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