luís eduardo machado - aprimoramento.com.br · espero que este livro lhe seja útil. trata-se de...
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Luís Eduardo Machado
O CAMINHO
DE CRISTO
“Descubra a verdade sobre a eternidade”
5a. edição: 2018
3
© 2018, Luís Eduardo Machado
Primeira edição: 2006
Segunda edição: 2007
Terceira edição: 2008
Quarta edição: 2014
Quinta edição: 2018
Todos os direitos reservados e protegidos pela lei 9.610, de
19/02/1998. É expressamente proibida a reprodução total ou
parcial deste livro, por quaisquer meios (eletrônicos, mecânicos,
fonográficos, gravação e outros), sem prévia autorização, por
escrito, do autor.
Diagramação:
Conceição Milagres (31) 3482-6086
Capa: Media Eyes Comunicação
Autor: Luis Eduardo Machado
Site: www.aprimoramento.com.br
E-mail: [email protected]
Machado, Luís Eduardo.
O caminho de Cristo - Luis Eduardo Machado
Bragança Paulista - SP - Brasil: Ed. do Autor, 2018.
68 p.
ISBN 978-85-915035-0-6
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Dedicatória
Dedico este livro a todos os homens e mulheres que fazem das
verdades expressas nesse livro, as verdades das suas próprias vidas.
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SUMÁRIO
Dedicatória
Introdução
Capítulo 1
O nosso mundo tão complicado
Um pouquinho de Brasil...
E a sua vida...
Capítulo 2
À procura de um caminho
Capítulo 3
Jesus: o caminho de Deus
O projeto inicial de Deus para os seres humanos: convivência e
dependência
Todos pecaram, por isso todos deveriam morrer
Nós precisamos de ajuda...
O grande engano de achar que as minhas “obras” me justificarão
diante de Deus
A obra redentora de Jesus Cristo: a culpa já foi totalmente paga
Podemos ignorar esse amor?
A importância da fé...
Descobrindo o sentido da vida...
6
Então, agora é com você...
Capítulo 4
As dúvidas...
1. Eu já tenho a minha religião.
2. Todas as religiões buscam o mesmo Deus e por isso não há
melhor ou pior, o importante é buscar; como dizem alguns: o
importante é ter uma religião – qualquer uma.
3. Eu não sou mau (nunca matei, nunca roubei etc. etc. etc.).
4. Esse negócio de “Jesus pra lá e Jesus pra cá” é coisa de
fanático e eu não quero ser um deles.
5. A minha família e os meus amigos não aceitarão se eu me
“converter”.
6. Como diz o ditado: “futebol, política e religião não se
discute”.
7. Eu conheço alguns cristãos que falam uma coisa e fazem
outra.
8. Eu não “sinto” que esse seja o caminho para a minha vida.
9. Eu não acredito em Deus, pois se ele existisse o mundo não
seria tão ruim, não haveria tantas crianças abandonadas,
doenças etc.
10. Eu não acredito que um Deus bom mande alguém para
sofrer no inferno.
11. O Cristianismo é coisa de gente ignorante que não
raciocina.
7
12. Já está cientificamente comprovado que o homem veio do
macaco e que a Terra surgiu do nada, então Deus não criou
coisa alguma.
13. Já está provado que a Bíblia é um livro humano comum
como outro qualquer, além de conter erros.
14. Eu não preciso disso! Já tenho os meus cristais, meus
gnomos da sorte, meus anjos, minhas correntinhas benzidas,
minhas imagens, etc. etc. etc.
15. Eu acredito na reencarnação, então, esse papo de céu e
inferno é conversa fiada.
16. Mesmo diante disso tudo, eu ainda prefiro seguir
sozinho(a), do meu jeito.
Sobre o autor
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Introdução
Bem-vindo(a)! Espero que este livro lhe seja útil. Trata-se de um
livro simples, de linguagem simples, mas não de um livro raso.
Sou pretensioso quanto a esse livro. Espero que ele mude
totalmente a sua vida.
Não há nada de mágico no livro em si, é que eu realmente acredito
nas verdades expressas aqui.
Você verá que essas verdades que podem mudar a sua vida não
foram criadas por mim, mas por alguém “único”!
Você verá que o Caminho de Cristo é a melhor opção para a sua
vida. Uma opção necessária, única e eterna...
Luís Eduardo Machado
9
Capítulo 1
O nosso mundo tão complicado
Vivemos em um mundo complicado. A maioria das pessoas não
percebe, mas as coisas estão ficando muito difíceis por aqui. Nós
acabamos não percebendo a gravidade da situação porque
estamos, quase sempre, muito ocupados com a nossa
sobrevivência diária.
É como aquela conhecida história do sapo: você sabe como se faz
para cozinhar um sapo? Dizem que se você colocá-lo direto numa
água fervendo, ele pula; então, a solução é colocá-lo numa água
fria e ir esquentando devagar; dizem que o bicho fica lá quietinho
até virar cozido. Acho que a nossa sociedade contemporânea está
igual ao sapo, estamos todos sendo cozidos, mas sem
percebermos.
Para perceber, é só parar um pouco a correria e dar uma olhada à
sua volta, é só assistir ao jornal da televisão e você vai ver que as
coisas estão muito feias. Por exemplo: nunca se viu tanta violência,
há medo em todo lugar. Nunca se viu tanta fome no mundo (apesar
de as ciências dos alimentos estarem mais evoluídas do que nunca).
As famílias estão sendo dizimadas por uma televisão irresponsável
(dentre outras coisas), as cadeias estão cheias e a corrupção está
aumentando dia-a-dia. As crianças e os jovens não têm mais
perspectivas de futuro. Vislumbram o amanhã e sentem o peso da
ausência de bons empregos, de amigos verdadeiros, da família, etc.
Pais matam filhos e filhos matam pais! Enfim, está tudo “de cabeça
para baixo”.
10
O homem nunca evoluiu tanto no seu conhecimento, mas também
nunca retrocedeu tanto, moralmente falando. Como explicar a
fome do mundo? Como explicar tanta riqueza e tantos pobres ao
mesmo tempo? Como explicar tanta festa, tanto entretenimento e
tanta angústia e solidão nos corações? Cada dia que passa, há mais
pessoas depressivas, há mais pânico, há mais solidão e angústia!
Isso aconteceria num mundo justo e bom?
É a miséria humana elevada ao último grau. Para mim, claramente,
é a “prova viva” de que os seres humanos são absolutamente, por
si só, incapazes de construir a sua própria felicidade.
Tenho ouvido muitos falarem a respeito do brilhante futuro a ser
criado pelos seres humanos; tenho ouvido falar que os nossos
jovens serão o futuro desse país, mas pergunto a mim mesmo e aos
otimistas de plantão:
Se as pessoas continuam as mesmas, isto é, muito preocupadas
com o seu próprio umbigo e pouco preocupadas com os outros,
quem vai mudar o quê?;
Se, historicamente, as coisas estão piorando, as guerras e conflitos
aumentam a cada dia, por que agora “tudo vai melhorar”; como?;
Se a população do mundo continua a aumentar e o desequilíbrio
também, quem vai organizar o caos?;
Se pais perderam a autoridade sobre os filhos, que por si
consomem-se em drogas, vícios e imoralidades, quem é que vai
mudar a sociedade?
11
Se os valores se perderam e agora “a verdade é relativa”, quem vai
ter moral de defender alguma coisa? (se nada é verdade e “tudo
depende”, quem é que tem razão então?).
Precisamos encarar essas coisas e parar de fingir que tudo vai ficar
bem, quando tudo à nossa volta parece indicar o contrário.
Penso que haveria muito que falar da desgraça humana, mas esse
não é o objetivo desse livro. Deixo para você a análise do seu
mundo. O meu propósito com essas poucas palavras é chamar a
sua atenção sobre o fato de que, historicamente, a situação
humana só vem piorando, isto é, já estamos falidos na gerência do
nosso próprio mundo. É só olhar as estatísticas que você chegará
rapidamente a essa conclusão.
A essa altura, você poderia até estar pensando que estou
exagerando, mas não estou! Não precisa ir muito longe, ligue hoje
a sua televisão no telejornal da noite e conte quantas notícias boas
você verá versus quantas notícias ruins. Depois pense consigo
mesmo a seguinte questão: se eu tivesse que dar uma nota para o
ser humano como “gerente do mundo”, que nota eu daria?
12
Um pouquinho de Brasil...
E o Brasil, continua, como diz tão bem o nosso hino: “deitado
eternamente em berço esplêndido!”. É um sonolento país, que
apesar das múltiplas riquezas concedidas por Deus continua
afundado nas suas crendices e perigosos valores invertidos. Por
exemplo, só tolo não vê que o aumento abusivo na sensualidade
televisiva e musical é danoso ao país. Enquanto os “traseiros
desnudos” balançam ao som de músicas de gosto muito duvidoso,
o índice de estupros aumenta consideravelmente (inclusive,
aqueles terríveis casos de pais que estupram filhos).
O índice de gravidez na adolescência aumenta assustadoramente,
a promiscuidade moral e social (que sempre andam de braços
dados com a promiscuidade sexual) vai devorando pessoas,
famílias e a nação. Você já parou para perceber que os grandes
impérios da Terra foram destruídos no auge da promiscuidade
sexual.
Seria coincidência?
As mulheres são, continuamente, transformadas em objeto de
desejo masculino, como se fossem “coisas descartáveis”. Os
relacionamentos humanos são cada vez mais fúteis e superficiais,
as amizades cada vez mais condicionadas ao dinheiro e às
aparências.
Pergunte-se: você nunca foi magoado ou traído por uma pessoa
que você acreditava ser alguém especial?
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É a sociedade do dinheiro acima de tudo (isso não é privilégio do
Brasil), dos valores morais “à moda da casa”, isto é, cada um faz o
que quer porque “a vida é minha e ninguém tem nada com isso!”.
Esse é o país da mansão e da sarjeta convivendo lado a lado diante
do próximo capítulo da novela preferida. É o país da mistura
religiosa (sincretismo), das muitas religiões, mas da mais profunda
miséria espiritual.
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E a sua vida...
E você? É, você? A não ser que seja uma pessoa “especial”, você
também está no mesmo barco que todo mundo está. Pergunte a si
mesmo (seja honesto. Na maioria das vezes conseguimos enganar
os outros e fingir que “está tudo bem”, mas bem lá no fundo...):
Eu sou feliz? O que é felicidade? Seria algo que eu tenho, mas posso
perder, por isso tenho medo? Ou seria algo muito distante da
minha vida de hoje?
Eu estou bem resolvido espiritualmente? Isto é, sei de onde vim,
tenho uma boa razão para viver, e, principalmente, sei o que vai
acontecer comigo depois da minha morte (onde eu passarei a
eternidade)?;
Estou satisfeito? Ou há um certo vazio dentro de mim?
Tenho bons motivos para viver? Meus motivos são motivos que
duram para sempre ou são motivos que se perderão com o tempo?
Eu daria a minha vida por isso? Esse é um bom teste: se não temos
um bom motivo para morrer, possivelmente não temos bons
motivos para viver!
Tenho muitos amigos confiáveis ou estou sozinho? Quando deito a
cabeça no travesseiro qual a sensação a respeito da minha vida?
Vivo uma vida equilibrada e feliz ou estou sempre à procura de
novas emoções para que a vida tenha alguma graça? Preciso de
festas, badalações, aventuras, novos fins de semanas ou a minha
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vida é suficiente para me fazer feliz independente das
circunstâncias externas?
Tenho valores “seguros” para educar meus filhos? Ou não tenho
certeza de nada e por isso não posso contribuir com muita coisa
para o futuro deles, a não ser com dinheiro, posses etc.;
Tenho certeza de que o meu futuro está garantido?
Enfim, espero que você tenha passado no teste, porque a maioria
absoluta das pessoas não passa, isto é, não são felizes,
independente de terem consciência disso ou não.
Qual a solução então?
16
Capítulo 2
À procura de um caminho
A vida está repleta de caminhos. Quer tenhamos consciência ou
não, estaremos sempre escolhendo caminhos. Escolheremos
caminhos profissionais, escolheremos caminhos relacionais e
também escolheremos caminhos espirituais.
Todas as pessoas escolhem caminhos espirituais. Até o ateu
escolhe o caminho da descrença em Deus e passa a crer em outra
coisa como centro da sua vida. A verdade é que todos nós temos
algo em que cremos e todos nós estamos procurando respostas
para as questões mais essenciais da nossa existência: de onde eu
vim? Para que serve a vida? Para onde vou quando morrer? Existe
eternidade?
As questões existenciais batem a nossa porta. Podemos até nos
distrair com outras coisas no nosso cotidiano, mas a verdade é que
nosso ser anseia por respostas e por um sentido mais profundo
para a nossa vida.
Se a vida se resumir somente a correria do dia a dia, se não houver
algo além que faça mais sentido do que o caos dos nossos dias,
então somos as mais miseráveis das criaturas que habitam a Terra.
Diferente dos animais, nós seres humanos, ansiamos pela
eternidade.
O Rei Salomão, após viver com plenitude todas as conquistas
humanas, mesmo rico e poderoso, chegou à conclusão de que sem
a perspectiva da eternidade, nada aqui vale a pena!
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Muitos são os caminhos quando o assunto é espiritualidade. Muitas
são as opções no “mercado da fé”. Nesse livro, gostaria de
apresentar-lhe a opção de Jesus Cristo.
Jesus Cristo nasceu numa cidade chamada Belém, há mais de 2000
anos e viveu mais de 30 anos entre nós.
A primeira coisa que devemos encarar sobre a pessoa de Cristo é
que ele realmente existiu! Não há nenhuma dúvida histórica séria
sobre a existência de Jesus. E, diante dos seus feitos
impressionantes não há como ignorá-lo.
Atente bem: diante dos feitos de Jesus e diante da sua proposta de
vida, nós temos apenas duas opções: ou o aceitamos ou o
rejeitamos! Com relação ao caminho que Cristo propôs não há
terceira via, ou você está dentro do caminho ou você está fora!
Muitas coisas distinguem a opção de Cristo das outras muitas
opções religiosas.
Gostaria de lhe chamar a atenção para uma coisa muito importante
sobre Cristo.
Os Evangelhos registram uma frase central dita por Jesus. Ele disse:
“Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai a não
ser por mim”1. Note bem isso: Jesus não disse que ele era um
caminho, uma das opções de verdade e uma das opções para a sua
vida. Jesus disse que ele era o único caminho, a única verdade e a
única opção possível e necessária para a sua vida.
1 Conforme João 14:6
18
Uma coisa que temos de encarar é o seguinte: Jesus tem uma
proposta única que exclui todas as outras propostas religiosas. Não
há como conciliar a proposta cristã com nenhum outro sistema
religioso qualquer.
Não há possibilidade de ecumenismo nem de inclusivismo. Jesus
disse que o caminho dele era o único caminho.
Diante disso, temos apenas duas opções: ou Jesus é realmente o
único caminho e a solução completa para a sua vida, ou ele é (era)
apenas um louco religioso que se dizia filho de Deus.
Como você se posiciona com relação à proposta de Cristo? Para
você Ele é o Filho de Deus ou é um louco religioso? Creio que diante
do que ele disse e propôs não há uma terceira forma de encará-lo.
E diante da relevância da sua pessoa, não há como adiar essa
resposta.
Mas, por que Jesus disse que Ele era o único caminho para os seres
humanos?
Por que Jesus existiu?
Capítulo 3
Jesus: o caminho de Deus
19
Você acredita que Deus existe? Parece uma pergunta tola, mas é
desta resposta que depende todo o resto.
A maioria das pessoas acredita na existência de Deus, mas por
incrível que pareça, não faz nada a respeito disso. Acreditam na
existência de Deus, mas ignoram a sua vontade.
Com relação à existência de Deus, falando simplificadamente, há
três tipos de pessoas:
Há pessoas que não acreditam em Deus (são os ateus). Quanto a
esses, o que eu gostaria de saber é se eles realmente não acreditam
em Deus ou se é mais prudente ignorá-Lo como se Ele não existisse,
para não ter que mudar de vida em função d’Ele;
Há outros que acreditam em Deus (são a maioria), mas não fazem
nada a respeito disso;
O terceiro grupo é de uma minoria que acredita em Deus e
considera a vontade normativa d’Ele na sua vida.
Gostaria de falar um pouco sobre a situação mais comum, que é a
de acreditar em Deus e não fazer nada a respeito.
Isso é muito estranho: como alguém pode acreditar num ser que
assume para si a criação de tudo que existe e mesmo diante disso
não se perguntar:
Se Deus existe, o que Ele quer de mim?
Parece absurdo dizer que acreditamos numa autoridade qualquer,
mas nem nos importamos com as coisas que ela exige de nós.
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Imaginem quanto a Deus, que é o maravilhoso Criador e ordenador
de todas as coisas.
Como saber que alguém dessa magnitude existe e não fazer nada a
respeito? Não lhe parece absurda tal proposição?
A questão elementar é: se Deus existe (e Ele existe mesmo!), o que
é que Ele quer de mim? E mais, será que diante de alguém tão
importante, a minha vida deva ser vivida desconsiderando as suas
exigências?
Parece-me perigoso desconsiderar as exigências (leis) de qualquer
autoridade humana (isso leva a sérias consequências: multas,
punições e até mesmo a prisão). Imagine que algumas pessoas
fazem isso com relação ao ÚNICO Deus e Criador de todas as coisas.
Isso, definitivamente, é muito arriscado!
Resumindo: Deus existe e sobre Ele (conforme Ele mesmo nos
ensina através da sua Palavra), podemos dizer que:
Deus não é uma força cósmica impessoal, que não se importa
conosco; é um Ser pessoal que se importa e interage;
Deus não é a natureza nem o cosmos;
Deus não é uma criação humana;
Deus é o único criador de todas as coisas. Ele criou o homem e
todas as demais coisas com um propósito;
Deus se importa com os seres humanos; apesar de muitos seres
humanos não se importarem com Deus!
21
Porque Deus existe, é que nós devemos ter esperança com relação
ao nosso futuro (sobretudo o “eterno”). Não estamos mais
“entregues a nós mesmos”; temos alguém especial para nos ajudar
a vencer os desafios da vida.
Infelizmente, algumas pessoas preferem desconsiderar a existência
de Deus (apesar de crerem nela), mas isso é perfeitamente
explicável. Assumir a existência de um Deus traz consigo o dever (por
questão lógica) de assumir também as suas características e
petições.
Então, para muitos, é muito melhor negar a existência de Deus do
que ter de se submeter aos seus mandamentos morais.
Então, Deus existe, e daí?
22
O projeto inicial de Deus para os seres humanos:
convivência e dependência
A Bíblia ensina2 que Deus criou o ser humano e o colocou para viver
na Sua presença. Deus deu aos seres humanos três incumbências:
O ser humano deveria constituir família, formar sociedades; enfim,
conviver com outros seres humanos;
O ser humano deveria dominar sobre todos os animais e sobre a
terra criada, deveria cultivá-la e fazê-la dar frutos. O ser humano
fora constituído como gerente de Deus, para tomar conta das
coisas criadas;
O ser humano deveria conviver na total dependência de Deus. Do
Deus Pai viria o sustento de cada dia, e a glória deste Deus deveria
ser expressa em todos os atos desse ser humano.
Acontece que o ser humano preferiu (da mesma forma como as
pessoas fazem hoje) negar a Deus e seguir o seu próprio caminho.
A Bíblia conta que o inimigo de Deus e dos homens (Satanás),
enganou os seres humanos, que por si, também optaram por
enfrentar a Deus e viver “do seu próprio jeito” e conforme o “seu
próprio coração”.
2 Se você não acredita na Bíblia como sendo a “Palavra de Deus” eu
tentarei argumentar com você, no final desse livro. Por enquanto, tomemos como certas as afirmações bíblicas, ok?
23
Apesar da grandiosidade de Deus e da maravilha da criação, o ser
humano (ontem e hoje) ainda prefere negá-Lo. Então, houve a
queda e o pecado entrou no mundo.
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Todos pecaram, por isso todos deveriam morrer
Agora, é importante definir a palavra pecado. Pecado é tudo aquilo
que o ser humano faz em desobediência aos padrões morais de
Deus. Como Deus é o único criador de todas as coisas,
consequentemente, Ele tem autoridade legítima acima de todas as
coisas.
Tudo o que O contraria é chamado de pecado.
Como não há ninguém maior que Deus na face do universo,
desobedecê-Lo ou mesmo desconsiderá-Lo torna-se grave afronta.
A Bíblia ensina que todo pecador merece a morte. Veja o que diz o
texto bíblico3:
“pois o salário do pecado é a morte” (Romanos 6:23)
Então, quando nós fazemos alguma coisa que desagrada a Deus já
somos contados entre os pecadores.
Veja bem uma coisa: qualquer delito perante Deus nos torna
pecadores e merecedores de punição eterna (morte).
A morte é a separação da criatura (nós) do seu Criador (Deus).
Longe do nosso criador e mantenedor não temos vida; por isso,
quem peca (desobedece a Deus) colhe para si a morte (separação).
3 Todas as citações bíblicas deste livro são da versão Bíblia Viva.
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Bastaria um só erro (é claro que todos nós temos muito mais que
um erro diante de Deus!).
Então a Bíblia ensina que:
“Sim, todos pecaram, todos fracassaram, e não puderam alcançar
o glorioso ideal de Deus” (Romanos 3:23)
Veja: não há um só inocente! Todos estão separados de Deus por
causa das suas próprias transgressões.
É fácil compreender a lógica da coisa: Deus é perfeito, e,
absolutamente, não pode conviver com imperfeições, sejam elas
do tamanho que forem.
Pense num copo de água 100% limpa (“esse” seria Deus). Agora
pense na minha vida e na sua, nós não somos um copo de água
100% limpo, temos sempre alguma “sujeirinha” (pecado). Poderia
a minha água suja se misturar com a água pura de Deus? De jeito
nenhum! Deus é 100% puro e perfeito e não quer conviver com
gente “suja”.
O que eu estou querendo lhe mostrar? Uma coisa simples e muito
triste: se você já pecou uma vez sequer na vida já está eternamente
separado de Deus.
Deus decretou um lugar de habitação eterna, para todos aqueles
que não aceitaram o projeto de salvação de Deus (é isso mesmo, há
um projeto de salvação que você verá na sequência); esse lugar
chama-se inferno.
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Segundo mando do próprio Deus (que é Senhor de todas as coisas),
vão para o inferno todas as pessoas que não poderão morar com
Deus (no Céu), por causa dos seus pecados.
Observe o ensino das Escrituras Sagradas:
“E, portanto eu quero dizer a vocês que estão sofrendo: Deus lhes
dará alívio juntamente conosco quando o Senhor Jesus aparecer
subitamente, descendo do céu em fogo ardente, com seus
poderosos anjos. Trazendo o julgamento sobre aqueles que não
querem conhecer a Deus, e que se recusam a aceitar o seu plano de
salvá-los por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Eles serão
castigados num inferno perene, expulsos para sempre da face do
Senhor, para não verem jamais a glória de seu poder quando Ele
vier para receber louvor e admiração por causa de tudo quanto fez
por seu povo, os seus santos. E vocês estarão com Ele, porque
creram na palavra de Deus que nós lhes demos.” (II Tessalonicenses
1:7-10)
Sobre o inferno, a Bíblia ensina que é o lugar onde Deus não
habitará. E, porque Deus não estará, lá haverá choro e sofrimentos
eternos. No inferno as pessoas estarão separadas de Deus por toda
a eternidade. Longe da fonte de vida (Deus) não há vida, mas sim
sofrimento e dor. O inferno é o lugar para os inimigos de Deus.
É simples, o sujeito passa a vida inteira querendo ficar longe de
Deus, quando ele morrer Deus vai lhe conceder a sua vontade por
toda a eternidade!
Quanto ao Céu, a Bíblia diz que é o lugar da morada do Altíssimo,
lugar de morada eterna a todos os que tiverem os seus pecados
27
perdoados. No Céu, haverá felicidade eterna porque Deus estará lá
eternamente. Sem choro, nem dúvida, nem medo, nem dor, nem
morte!
Mas, se para morar com Deus e escapar do inferno eu preciso ser
perdoado dos meus pecados, como faço isso?
28
Nós precisamos de ajuda...
Todos nós precisamos desesperadamente da ajuda de Deus,
porque sem ela, como já discutimos, estamos todos em pecado,
totalmente destituídos da presença eterna de Deus e totalmente
condenados ao sofrimento eterno (nunca se esqueça: por nossa
culpa!).
Então, eu e você precisamos de ajuda para que os nossos pecados
sejam perdoados e para que possamos ser limpos diante de Deus,
para nos livrarmos do castigo eterno e ganharmos, desde já e até a
eternidade, a presença maravilhosa do Senhor Deus.
Antes de demonstrar o maravilhoso plano de salvação de Deus,
conforme a Palavra de Deus ensina, deixe-me chamar a sua atenção
para um terrível e fatal engano: tem gente que pensa que chegará
ao Reino de Deus através dos seus próprios méritos e esforços
pessoais.
29
O grande engano de achar que as minhas “obras” me
justificarão diante de Deus
Isso aqui é muito importante! Há algumas religiões “cristãs” que
ensinam esse grande erro. Há também outros credos religiosos que
dizem que a “salvação” dependeria do meu esforço pessoal em
fazer “coisas boas”.
O Cristianismo verdadeiro (me refiro àqueles que realmente
seguem ao Senhor Jesus) é a única religião do mundo que prega o
contrário: a salvação não depende de obras humanas, e sim, da
ação redentora do próprio Deus, através de Jesus Cristo.
Entenda-me bem, não há nenhuma pessoa no mundo que seja justa
diante de Deus (lembre-se do exemplo da água), e nada do que o
ser humano possa fazer por sua conta poderá apagar os seus
pecados já cometidos. Não adianta tentar ser “bonzinho” daqui
para frente.
Vou repetir para você me entender bem: não há nenhuma obra,
nenhuma caridade, nenhum sacrifício pessoal ou coisa parecida
que seja capaz de levar-nos ao Reino de Deus, pois nada do que
fizermos será capaz de apagar os nossos pecados e de elevar-nos à
estatura de Deus.
Não tem jeito! Deus é perfeito, eu não! E isso cria um abismo
intransponível entre mim e Deus.
Ou Deus dá um passo em minha direção para me salvar ou estou
perdido, pois não tenho como alcançar a Santidade de Deus. Nada
30
do que eu faça pode revogar o decreto condenatório de Deus e
nem pode me fazer “alcançá-lo”.
Veja o que diz a Palavra de Deus sobre a tolice humana de achar
que pode alcançar a salvação através de “obras”:
“Somos podres e imundos por causa do pecado. As nossas boas
ações, que pensamos ser um lindo manto de justiça, não passam de
trapos imundos. Nós murchamos como as folhas no outono; os
nossos pecados nos levam sem destino, como o vento faz com as
folhas” (Isaias 64:6)
“Devido à bondade de Deus é que vocês foram salvos, mediante a
confiança em Cristo e até a própria fé em Jesus não vem de vocês
mesmos; é uma dádiva de Deus também. A salvação não é uma
recompensa pelo bem que fizemos, portanto nenhum de nós pode
obter qualquer mérito por isto” (Efésios 2:8-9)
Mas, se não posso alcançar a salvação através das minhas “obras
de justiça”, e se eu sou pecador e eternamente apartado de Deus,
o que me resta então?
31
A obra redentora de Jesus Cristo: a culpa já foi
totalmente paga
Deus é amoroso e misericordioso. Diante da nossa arrogância em
acharmos que somos “donos do nosso próprio nariz” e diante da
nossa incapacidade de alcançá-lo, Ele nos alcançou.
Eis que Deus enviou ao mundo o Seu próprio Filho, para que Ele
mesmo pagasse o preço pelos pecados da raça humana. Isso
mesmo: havia uma dívida do ser humano com relação a Deus (por
causa do pecado), e como Deus é absolutamente justo, teria de
cumprir a sentença contra nós. Era a dívida da arrogância e da
desobediência.
Veja: alguém teria de pagar o preço da nossa desobediência. E para
que eu não tivesse de pagá-lo (apesar de merecer), Deus enviou
Jesus para morrer numa cruz e levar sobre si todos os nossos
pecados.
Não é maravilhoso para nós?! Jesus toma sobre si a minha culpa e
paga o meu preço para que eu possa, através da fé n’Ele, ser
justificado diante de Deus.
Olhe a seguinte história: era uma tarde ensolarada num tribunal de
justiça num país distante. Lá estava ele, o juiz, diante de uma jovem
que acabara de ser pega dirigindo embriagada. Como houve um
delito e a justiça teria de ser feita, o juiz decretou uma pesada multa
à jovem. Depois que acabou o julgamento, o juiz saiu e foi até o
caixa pagar o valor referente àquela multa, porque aquela moça
embriagada não podia pagar.
32
Assim fez Deus conosco, apesar do nosso delito contra o próprio
Deus e da necessidade de justiça, Ele “pagou sobre si” (Jesus Cristo)
o preço e, assim, nos deu a oportunidade de sermos
verdadeiramente livres.
Que amor!
Pergunto a você: alguém que você considera e trata bem, aceitaria
morrer em seu lugar para livrá-lo? Pior: e alguém que você
desconsidera (vira as costas como se não existisse), morreria no seu
lugar?
Pois é, encare esse fato: Jesus escolheu morrer no seu lugar para
livrá-lo da condenação eterna. Alguém nesse mundo já lhe amou
desse jeito?
Mas, por que Jesus teve de pagar? Por que Deus não perdoou todo
mundo de uma vez? Sabe por quê? Porque havia um delito, uma
perda, e como Deus é justo, a justiça teria que ser feita. É como se
alguém batesse no seu carro. Vamos supor que você seja muito
misericordioso e perdoe a pessoa que fez o ato contra você; então
tudo estaria resolvido? Não! O seu carro ainda estaria amassado
porque houve uma perda. Então você mesmo resolve pagar para
consertar o carro. Entendeu? É isso mesmo que Deus fez. Como
havia um dano (desobediência voluntária), alguém teria de pagar,
mas por grande misericórdia e amor, ele preferiu levar sobre si o
preço do delito que era nosso, pois não haveria como pagarmos
pela nossa culpa!
Veja o que a Palavra de Deus fala sobre Cristo e o seu sacrifício na
cruz:
33
“Nós O desprezamos e rejeitamos: Ele era um Homem que
conhecia, por experiência própria, a dor e o sofrimento. Achamos
que Ele não merecia nem ser olhado por nós; não demos a menor
importância a Ele.
Apesar disso, Ele colocou sobre Si mesmo as nossas dores, Ele
mesmo carregou nosso sofrimento. E nós ficamos pensando que Ele
estava sendo castigado por Deus por causa de Seus próprios
pecados!
A verdade, porém, é esta: Ele foi ferido por causa de nossos
pecados; seu corpo foi maltratado por causa de nossas
desobediências. Ele foi castigado para nós termos paz; Ele foi
chicoteado - e nós fomos curados!
Nós andávamos perdidos e espalhados como ovelhas! Nós
abandonamos os caminhos de Deus e seguimos os nossos próprios
caminhos; apesar disso Deus jogou sobre Ele a culpa e os pecados
de cada um de nós.
Ele foi maltratado e humilhado, mas não disse uma única palavra!
Foi levado para a morte como um cordeiro vai para o matadouro;
como a ovelha fica muda diante de quem corta a sua lã, Ele não
disse nada aos seus juízes e acusadores!
Foi condenado num julgamento injusto e mentiroso; entre o seu
povo ninguém foi capaz de imaginar por que Ele foi morto - o
castigo dos pecados deles! ” (Isaias 53:3-6)
“No dia seguinte, João viu a Jesus aproximando-se e disse: Vejam!
É o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29)
34
“Eu digo sinceramente que todo aquele que ouve a minha
mensagem e crê em Deus, que Me enviou, tem a vida eterna, e
jamais será condenado pelos seus pecados, mas já passou da morte
para a vida” (João 5:24)
“Porque também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o
justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus” (I Pedro 3:18)
35
Podemos ignorar esse amor?
A história de Jesus é a seguinte: desde a Antiguidade, o povo judeu
já vinha esperando pelo Messias (o Ungido que redimiria o povo
dos seus sofrimentos).
Há muitas profecias sobre a vinda de Cristo. Chegado o tempo,
Deus enviou Seu filho, Jesus Cristo, nascido sob forma humana para
viver entre nós.
Jesus viveu entre nós, fez grandes milagres e maravilhas (curou,
ressuscitou mortos, expulsou demônios, etc.). Por causa da inveja
e da intriga de alguns judeus, Jesus foi condenado à morte de cruz
(a morte de cruz era o pior tipo de morte e era destinada a bandidos
terríveis). Lá foi ele, absolutamente sem nenhuma culpa.
Mas não era um julgamento humano, era um julgamento divino.
Era Deus que estava exercendo a Sua justiça e exigindo a pena dos
seres humanos em Jesus. Jesus morreu, a Bíblia fala com detalhes
sobre o seu sofrimento na cruz (lembre-se que aquela cruz era para
nós, pois era nossa aquela dívida).
Mas Deus não O abandonou e ressuscitou-O ao terceiro dia de
forma assombrosamente maravilhosa.
Aliás, deixe-me ressaltar que a ressurreição de Cristo é um fato
histórico!
O renomado professor Thomas Arnold, da Universidade de Oxford,
é o autor do famoso livro “A história de Roma”. Ele declara, sobre
a ressurreição de Jesus:
36
“Durante anos tenho estado acostumado a estudar a história de
outras épocas, e a examinar e avaliar as provas daqueles que
escreveram a respeito, e não conheço qualquer outro fato na
história da humanidade que seja confirmado por provas de todo
tipo, melhores e mais evidentes, do que o grande sinal que Deus nos
deixou de que Cristo morreu e ressuscitou dos mortos”4
Recomendo que você assista ao debate sobre as evidências acerca
da ressurreição de Cristo em:
http://www.aprimoramento.com.br/verdade2.html
O certo é que há evidências históricas importantes sobre o fato, o
que nos leva à seguinte conclusão: ainda que a vida e os feitos de
Jesus pudessem ser comparados a qualquer dos outros líderes de
outras religiões, a ressurreição é um fato determinante na
diferenciação entre eles.
Hoje, praticamente todos os outros líderes religiosos (candidatos a
“messias”) têm os seus túmulos conhecidos, isto é, estão mortos e
enterrados! Mas Jesus não!
Ele não está morto e enterrado, Ele ressuscitou e agora vive para
sempre!
Veja o que a Palavra de Deus fala sobre a ressurreição de Jesus:
4 SMITH, Wilbur M. Therefore Stand: Christian Apologetics. Grand
Rapids: Baker Book House, 1965. p.426.
37
“Toda a honra dada a Deus, o Deus e Pai do nosso Senhor Jesus
Cristo; porque é a sua misericórdia ilimitada que nos deu o privilégio
de nascer de novo, de maneira que agora nós já somos membros da
própria família de Deus. E agora vivemos na esperança da vida
eterna, porque Cristo levantou-Se novamente dentre os mortos.
E Deus reservou para os seus filhos o dom inestimável da vida
eterna; este dom está guardado no céu para vocês, puro e
imaculado, sem perigo de sofrer alteração ou de estragar-se.
E Deus, em seu grandioso poder, garantirá que vocês cheguem até
lá em segurança para recebê-lo, porque vocês estão confiando nele.
Este dom lhes pertencerá naquele último dia vindouro, para que
todos o vejam.
Portanto, alegrem-se verdadeiramente! Há uma felicidade
maravilhosa no futuro, embora durante algum tempo a caminhada
aqui na terra seja tão dura” (I Pedro 1-3:6)
“Quando vocês morrem para o pecado, libertam-se de todos os seus
atrativos e do seu poder sobre vocês.
E visto que a velha natureza pecaminosa “morreu” com Cristo,
sabemos que vocês participarão da sua vida nova.
Cristo ressuscitou dentre os mortos e nunca mais morrerá de novo.
A morte não tem mais poder algum sobre Ele.
Ele morreu de uma vez por todas, a fim de acabar com o poder do
pecado, mas agora vive para sempre em contínua comunhão com
Deus.” (Romanos 6:7-10)
38
Com o nascimento, a vida, a morte e a ressurreição de Jesus, Deus
cumpre a sua obra de redenção humana.
Que maravilha! Jesus ressuscita e vence a morte, leva sobre si todos
os nossos pecados e oferece a vida eterna a todos aqueles que
creem em seu nome.
Creem???
39
A importância da fé...
Agora, o verbo é crer. Sim, Deus envia o Seu filho para morrer pelos
meus pecados e me dar a salvação. Mas é preciso que eu creia
nisso. A salvação chega à minha vida no exato momento em que eu
me arrependo e creio.
Mas, arrependo-me de quê?
Arrependo-me de ter vivido arrogantemente “do meu jeito”, sem
considerar os ensinos e a vontade de Deus;
Arrependo-me de ter ganhado tantas coisas na minha vida e nunca
ter dado a Deus o devido agradecimento, louvor e adoração (não
estou falando daquela oração automática de agradecimento a
Deus, mas de uma vida totalmente dedicada à glória de Deus acima
de todas as coisas);
Arrependo-me de todos os meus pecados e delitos contra Deus e
contra o próximo (pois, por causa deles é que Jesus teve que sofrer
tanto e morrer na cruz).
Mas, creio em quê?
Creio que Deus existe e criou todas as coisas com um propósito
para cada uma delas.
Creio que Deus enviou Jesus para viver nesta terra e morrer pelos
meus pecados;
Creio que Jesus ressuscitou, venceu a morte e hoje vive ao lado do
Deus Pai.
40
Creio que o sacrifício de Jesus na cruz é única e exclusivamente
suficiente para perdoar todos os meus pecados e me salvar da
condenação eterna.
Mas, se é só isso, então é simples?
Infelizmente, não!
É simples e maravilhoso com relação à obra que já foi feita (a obra
redentora de Jesus), mas é complexo e difícil no caso do coração
humano.
Acontece que para “se arrepender e crer” o nosso egoísta coração
precisa ser “quebrado” e assumir publicamente que fracassou na
condução da sua própria vida e que agora suplica a ajuda de Deus.
Esse é o grande drama da existência humana: aceitar a sua própria
falência e assumir que precisa da intervenção de Deus, através de
Cristo, na sua vida.
Só um milagre mesmo! Uma obra sobrenatural proveniente de um
chamado celestial para que isso aconteça.
Então, diante disso, a minha oração é que você seja movido pela
graça de Deus e também aceite o maravilhoso convite que Jesus faz
a você agora mesmo: arrependa-se e creia!
Veja o que o próprio Jesus ensina a respeito:
“Finalmente chegou o tempo!” anunciava Ele. “O Reino de Deus
está próximo! Afastem-se dos seus pecados e ajustem sua vida e
esta gloriosa mensagem!” (Marcos 1:15)
41
“Só se pode entrar no céu pela porta estreita! A entrada para o
inferno é larga, e sua porta é bastante ampla, para todas as
multidões que escolherem esse caminho fácil”.
Mas a Porta da Vida é pequena e a estrada é estreita, e só uns
poucos a encontram” (Mateus 7:13-14)
“Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para
que todo aquele que n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.
Deus não enviou o Filho d’Ele para condenar o mundo, mas para
salvá-lo.
Não há condenação eterna reservada para aqueles que confiam
n’Ele como Salvador. Mas aqueles que não confiam n’Ele como
Salvador, já foram julgados e condenados por não crerem no Filho
único de Deus.
A sentença deles está baseada neste fato: a Luz do céu veio ao
mundo, porém eles amaram mais a escuridão do que a Luz, porque
as obras deles eram más.
Eles odiaram a Luz celeste porque queriam pecar na escuridão.
Ficaram longe daquela Luz, com medo dos seus pecados serem
revelados e eles castigados” (João 3:16-20)
Preste muita atenção neste último texto. O próprio Jesus resume a
obra maravilhosa de Deus, e ainda explica porque as pessoas se
recusam em aceitá-Lo.
42
Segundo Jesus, não se trata de opinião pessoal divergente, nem de
religião divergente, nem problemas culturais divergentes, nem
tradição familiar divergente.
Em primeira instância, as pessoas que não “aceitam” o senhorio de
Cristo sobre a sua vida, o fazem porque estão em pecado, gostam
dos seus pecados e não querem deixá-los. Que triste! Veja como o
ser humano é: prefere os seus prazeres terrenos e finitos à vida
eterna ao lado de um Deus maravilhoso que os ama tanto.
43
Descobrindo o sentido da vida...
Na verdade, a nossa discussão aqui é sobre a coisa mais profunda
da existência humana: qual é o verdadeiro sentido da vida? Por que
razão devo continuar vivendo? Seria a vida uma brincadeira de mau
gosto do “acaso”?
Estaríamos condenados apenas a oitenta ou noventa e poucos anos
de vida (nem sempre do jeito que queremos)? Será que não há
nada além da sobrevivência diária? Essas questões inquietam o
nosso ser, e enquanto não as respondemos, não sossegamos.
Muitas pessoas têm dedicado a sua vida a muitos
empreendimentos na busca de sentido para viver, mas continuam
com aquela terrível sensação de que “está faltando um pedaço”.
Um acha que, quando ficar rico, aí sim, vai ser plenamente feliz.
Outro acha que, quando tiver a companhia correta (a alma gêmea),
vai ser plenamente feliz.
Outro acha que, quando tiver uma profissão (sucesso) e for
respeitado, aí, então será plenamente feliz.
Outro busca felicidade nas “baladas”, nas drogas, no álcool ou
noutra forma de alucinação.
Outro acha que o seu sistema religioso o fará plenamente feliz.
No que você aposta? Pelo quê você vive?
O grande problema é que o dinheiro vem e não traz felicidade. Veja
os inúmeros casos de executivos e empresários estressados e
44
infelizes, com suas famílias destruídas e vidas vazias. Quanto
dinheiro dariam por um pouco de paz verdadeira e duradoura!
O amor (companhia) também chega, mas o vazio continua. As
pessoas são falhas e a decepção, quer seja pequena ou grande,
sempre vem.
O sucesso vem e é no mesmo instante que os problemas começam.
Vida difícil, amigos e amores interesseiros, drogas, álcool e toda
forma de fuga e alívio. Vejam os artistas, por exemplo. Quantos
deles serviriam de exemplos de vida para seus filhos?
Os que apostam nas “loucuras da vida”, logo percebem que
precisam de mais. Então, a ansiedade aumenta e com ela a angústia
da dependência e da escravidão. Já não é mais o que quero, mas o
que preciso, desesperadamente. O que veio com a proposta de
trazer liberdade, trouxe mais prisão e alienação.
Alguns encontram um sistema religioso na sua busca sincera de
“respostas”. Mas elas não vêm, pois os seus “deuses”, dominados
por seres humanos e submissos a eles, não têm poder de responder
às questões mais essenciais da vida. Muitas vezes, cria-se aquela
perigosa sensação de alívio, mas logo se percebe que outro
sacrifício pessoal é preciso para aplacar a ira divina ou para ganhar
as bênçãos, continuando assim a prisão!
Alguns outros nem sequer tem projeto de vida e tristemente
vegetam, enquanto esperam pela “sorte do acaso” (sic!) ou pela
morte!
Enfim, tenta-se de tudo. Mas nada de achar um sentido para a vida,
um caminho certo para seguir.
45
O que acontece é que muitas pessoas procuram no lugar errado. Não
há sentido para vida longe de Deus, e não há aproximação de Deus
sem Jesus! Prove e verá, nunca mais você será o mesmo. Longe das
coisas de Deus, faça o que você fizer, sempre faltará algo!
46
Então, agora é com você...
A proposta de Deus é clara e você não pode alegar ignorância. Ou
você se arrepende e crê em Cristo ou você já está condenado e
eternamente longe de Deus.
Em Deus, eu espero que você aceite essa proposta de Jesus,
compreenda que ninguém nunca o amou e nem o amará assim.
Aliás, lembre-se sempre disso: JESUS O AMA, a ponto de dar a vida
por você. Quando as coisas ficarem difíceis na sua vida e você não
tiver mais a quem recorrer, lembre-se disso!
Ninguém nunca o amará desse jeito.
Espero que você não adie essa decisão, pois ela será a maior e mais
importante decisão da sua vida, pois o que está em jogo aqui não é
apenas oitenta ou noventa anos de vida na Terra, mas o seu destino
eterno.
E, se você compreende a proposta de Deus, reconhece os seus
pecados e se arrepende, então é só buscá-lo e Jesus virá até você e
transformará a sua vida, pois Ele mesmo disse:
“Venham a mim, todos os que estão cansados e oprimidos, e eu lhes
aliviarei. Tomem sobre vocês o meu jugo, e aprendam de mim, que
sou manso e humilde de coração; e encontrarão descanso para as
suas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”
(Mateus 11:28-30)
“Se você confessar com a boca que Jesus é Senhor e crer em seu
coração que Deus o ressuscitou dos mortos, será salvo” (Romanos
10:9)
47
Aceite o convite de Jesus e faça desta oração a sua oração, com um
coração sincero diante de Deus:
“Senhor Deus, eu procuro a Sua presença e busco o Seu perdão.
Entendo que sou pecador e suplico pela Sua misericórdia.
Arrependo-me do que fiz e suplico a Sua maravilhosa graça. Confio
que somente Jesus pode me salvar e que, daqui para frente, o
Senhor dirija totalmente a minha vida. Em nome de Jesus, o único
Salvador. Amém!”
Se essa foi sua oração, o próximo passo (muito importante!) é
procurar uma Igreja que ensine os preceitos de Deus unicamente
através da Bíblia, para que você possa aprender a dar os próximos
passos para uma vida mais plena. Não há discípulo de Cristo sem
Igreja. Se você é cristão (seguidor de Jesus), precisa ser membro
atuante de uma igreja que seja verdadeiramente seguidora de
Jesus.
48
Capítulo 4
As dúvidas...
Este capítulo será dedicado a responder algumas perguntas que são
muito comuns sobre a obra da salvação de Deus através de Cristo.
Tenho certeza que muitas das suas dúvidas serão respondidas nas
linhas que se seguem...
Motivos para não aceitar o Caminho de Cristo
1. Eu já tenho a minha religião.
Então, saiba que o que Jesus propõe excede, em muito, o conceito
de religião. A proposta de Cristo não é de uma religião, mas de
projeto para uma vida totalmente nova.
E, se você “já tem uma religião”, por favor, responda as duas
questões abaixo (e veja se a sua “religião” lhe dará a salvação ou
não):
A sua religião ensina que você é pecador ou ensina que você é
“bom”?;
A sua religião defende que a salvação vem de quem? Qualquer
religião que ensine outra forma de salvação que não Jesus Cristo,
está absolutamente errada!
49
E tem mais: se a sua “religião” ensina algo mais além da graça de
Cristo, saiba que ela está contra a Palavra de Deus.
Cristo disse que Ele era o único caminho, a única verdade e a única
vida e que ninguém iria até Deus a não ser, única e exclusivamente,
através d’Ele.
Se só Jesus salva, então Maria não salva (nem participa da
salvação), Nossa Senhora não salva, Alan Kardec não salva, o pastor
não salva, o Papa não salva, Gandhi não salva, os mortos não
salvam, o pai de santo não salva, o guru não salva, o dinheiro não
salva, a igreja não salva etc. etc. etc.
Ninguém é suficiente para nos salvar, porque nenhum ressuscitou
e venceu a morte, como somente Jesus o fez.
Deixe-me aproveitar a oportunidade e dar uma palavra aos
Católicos Romanos. Por favor, prestem muita atenção nas palavras
do apóstolo Pedro (aquele que supostamente teria sido o primeiro
Papa). Pedro disse (referindo-se a Jesus):
“Não há salvação em nenhum outro mais! Debaixo do céu inteiro
não existe nenhum outro nome para os homens chamarem a fim de
serem salvos” (Atos 4: 12)
Se não há outro nome, então não há outro intercessor além de
Jesus Cristo. Ninguém mais pode ir ao Deus Pai senão o Deus Filho.
Então, nenhum “santo” pode interceder pela sua salvação, certo?
Portanto, a questão não é: “qual a sua religião”, mas “para onde
você vai depois que morrer”.
50
2. Todas as religiões buscam o mesmo Deus e por isso não
há melhor ou pior, o importante é buscar; como dizem
alguns: o importante é ter uma religião – qualquer uma.
Com todo respeito, mas esse tipo de afirmação indica um sério
problema de lógica.
A questão é: o Deus defendido pela Bíblia e pelo Cristianismo é
absolutamente diferente do “deus” defendido pelo Budismo, pelo
Islamismo, pelo Hinduísmo, pelo Espiritismo, pelo Candomblé etc.
São conceitos absolutamente excludentes e diferentes, que jamais
podem ser misturados entre si.
Dizer que “é o mesmo Deus” é absurdo.
Também dizer que “todos procuram a mesma coisa” não significa
nada, pois procurar não significa achar. Quem procura no lugar
errado, nunca vai encontrar nada!
Tome a Via Dutra com sentido a São Paulo e queira de todo o
coração chegar ao Rio de Janeiro! Não vai conseguir nunca. Querer
não é suficiente.
Veja: se o próprio Deus é quem define qual é o caminho d’Ele e
define isso claramente, logo, o que é diferente disso não é de Deus.
Não é lógico?
Resumindo: há um só caminho e este se chama Jesus Cristo.
51
3. Eu não sou mau (nunca matei, nunca roubei etc. etc. etc.).
Acho que já respondi esta indagação neste livro quando discuto
que nenhum esforço humano pode nos aproximar de Deus. Por
favor, se tem dúvidas a respeito disso, reveja. Não há um só justo
diante de Deus, não importa quão bom você acha que seja.
4. Esse negócio de “Jesus pra lá e Jesus pra cá” é coisa de
fanático e eu não quero ser um deles.
Você chamaria de fanático alguém que descobriu um imenso
tesouro no jardim da sua casa e agora passa a maior parte do seu
tempo cavando para achar mais?
E, também, acharia que este sujeito que encontrou tal tesouro é
fanático se o procurasse insistentemente para que você também
descubra o grande tesouro no seu quintal, pois ele está lá bem
pertinho de você?
5. A minha família e os meus amigos não aceitarão se eu me
“converter”.
Você corre esse risco, sobretudo se você faz parte de uma família
com fortes tradições religiosas. As tradições religiosas familiares
são quase sempre algemas invisíveis que nos prendem a uma
religiosidade que nós mesmos nunca escolhemos, mas somos
pressionados a seguir, sob pena de sermos vistos como os hereges
da família.
Mas, não tema.
52
Primeiro, nenhuma tradição religiosa pode salvá-lo, e, segundo o
próprio Jesus advertiu se “alguém amasse mais os seus parentes do
que Ele, não seria digno de d’Ele” (conforme Mateus 10:37).
Quanto aos amigos, se eles realmente gostam de você, vão saber
respeitar uma escolha que fará tão bem para sua vida. E se não
respeitarem, lembre-se, mais uma vez, das palavras de Jesus.
Uma decisão como esta nunca é fácil, mas depois de tomada, traz
benefícios que valem qualquer custo.
6. Como diz o ditado: “futebol, política e religião não se
discute”.
Bem, quanto ao futebol e à política, você é quem sabe. Mas, com
relação à sua vida eterna, será que a discussão não vale?
Lembre-se que é mais cômodo não discutir sobre as coisas de Deus,
porque discuti-las implicaria em tomar posição e decisão sobre
elas.
7. Eu conheço alguns cristãos que falam uma coisa e fazem
outra.
É verdade, eles existem (infelizmente!). Aliás, se você olhar bem,
vai ver que todos eles, sem exceção, têm defeitos.
O que isso mostra?
53
Mostra a graça de Deus: Ele nos ama apesar do que nós somos. E
também mostra que ninguém fica perfeito quando se converte a
Jesus; mas sim, que é perseverantemente aperfeiçoado a cada dia.
Outra coisa muito importante: se alguém diz que é cristão, isso não
significa necessariamente que ele o seja. Pergunto: o fato de eu
apenas dizer que sou médico torna-me médico?
Tem mais, não é porque alguém frequenta uma igreja cristã que é
cristão, assim como o fato de frequentar a escola não torna
ninguém inteligente somente por estar lá de corpo presente.
Jesus ensinou que, aquele que o amasse deveria cumprir os seus
mandamentos (não simplesmente “falar” que cumpre).
Se você quer olhar para alguém como referência, olhe somente
para Jesus.
Nem eu (coitado de mim!), nem nenhum outro cristão pode ser
exemplo, pois todos estamos em fase de aperfeiçoamento por
parte de Deus.
8. Eu não “sinto” que esse seja o caminho para a minha
vida.
Cuidado! Esse é o grande engano dos nossos dias: sentir.
Se você já entendeu e aceitou conscientemente o apelo de Cristo,
não perca tempo.
54
Veja: não vemos nem “sentimos” o oxigênio, mas ele existe e faz
bem, não é? Eu também não preciso enfiar o meu dedo na tomada
para “sentir” se dá choque, eu já sei disso.
Cuidado! Razão e emoção não são excludentes (não são
necessariamente separadas).
O Cristianismo envolve a razão e a emoção, mas não depende de
sensações nem de sentimentos para se manifestar.
Lembre-se do ensino de Jesus: “quem crer será salvo” (Ele não disse
“quem sentir que crê será salvo”).
9. Eu não acredito em Deus, pois se ele existisse o mundo
não seria tão ruim, não haveria tantas crianças
abandonadas, doenças etc.
Deixe-me começar com uma estória: certa vez, um cristão estava
cortando o seu cabelo num barbeiro e tentava convencê-lo acerca
da existência de Deus. O barbeiro, muito desconfiado, fez a
seguinte indagação:
- Se existisse Deus, o mundo não seria tão ruim. Se o mundo é mau
é porque não existe Deus.
No mesmo momento que o barbeiro disse isso, passou pela porta
da barbearia um mendigo muito sujo e cabeludo. Então o cristão
disse ao barbeiro:
- Como estou vendo que existem pessoas barbudas e cabeludas no
mundo, então, seria correto afirmar que não existe barbeiro?
55
Intrigado com a provocação, o barbeiro respondeu:
- Claro que existe, se esse sujeito barbudo e cabeludo me
procurasse, se viesse até mim, eu cortaria a sua barba e o seu
cabelo de graça. Ele é assim porque quer!
Entendeu? O mundo não quer o plano de Deus, por causa disso se
destrói a cada dia.
Alguns pedem para Deus resolver o problema da fome no mundo e
o problema das crianças abandonadas. Acho isso perigoso: quem é
culpado pela fome e pelas crianças abandonadas? O ser humano,
não é? Então para Deus resolver o problema tinha que acabar com
a causa (raiz do problema): o ser humano.
Muitos querem que Deus resolva o “efeito” (fome, desigualdades
etc.) sem mexer na “causa” (ser humano). A desgraça do mundo é
nossa culpa! Deus apenas diz “colham os frutos do que plantarem”
10. Eu não acredito que um Deus bom mande alguém para
sofrer no inferno.
Primeiramente, foi o próprio Jesus quem ensinou acerca do
inferno. Segundo, gostamos muito de lembrar que Deus é amor (e
realmente Ele o é), mas esquecemos que Deus também é justiça. E
a justiça de Deus implica em punição eterna (desista do
“purgatório”, isto não existe na Bíblia) para todos os que não
aceitam a misericórdia de Deus demonstrada através de Cristo.
Veja que Deus nos dá muita chance.
56
Uma outra estória. Duas vacas estavam conversando no pasto.
Uma disse para a outra:
- Você tem visto a Mimosa?
A outra respondeu:
- Não tenho não! Estão dizendo por aí que ela foi lavada para o
matadouro para virar bife!
- Matadouro? - respondeu a outra vaca. - Isso não existe!
Matadouro é conversa de algumas vacas religiosas para ficarmos
com medo e aderirmos à religião delas.
O inferno é real, e o céu também.
11. O Cristianismo é coisa de gente ignorante que não
raciocina.
Discordo. Dê uma olhada nas pessoas e declarações que estão em:
http://www.aprimoramento.com.br/verdade3.html.
Foram grandes cientistas, físicos, matemáticos e doutores, que
tinham uma coisa em comum: a confiança na Bíblia e na salvação
de Cristo.
57
12. Já está cientificamente comprovado que o homem veio
do macaco e que a Terra surgiu do nada, então Deus não
criou coisa alguma.
Como esse livro não trata diretamente desse assunto, não vou fazer
aqui um tratado sobre o mesmo, apenas vou citar que a maioria
das coisas que as pessoas acham que são “cientificamente
comprovadas”, não passam de especulações humanas acerca da
criação do mundo.
Por exemplo, sobre a questão da criação versus a evolução sem
Deus, é correto dizer que:
Não é verdade que todos os cientistas não creem em Deus, porque
a “fé não seria compatível com a ciência”;
Não é verdade que todos os grandes cientistas são ateus
evolucionistas. Há, no mundo, muitas sociedades criacionistas e
cada vez mais adeptos do Design Inteligente5.
Veja o que diz o estudioso Michael Rose:
“O criacionismo é um movimento intelectualmente sofisticado, com
alguns defensores brilhantes. Não se trata de um bando de
insatisfeitos analfabetos”6.
5 Para saber mais sobre o assunto, visite
www.universocriacionista.com.br e www.raciociniocristao.com.br 6 ROSE, Michael. O Espectro de Darwin. Princeton: Princeton
University Press, 1998.
58
Não é verdade que a ciência nega a fé e nega a existência de Deus.
Um dos maiores cientistas de todos os tempos foi Isaac Newton.
Ele disse que “a ciência ajudaria as pessoas a crerem em Deus”.
Não é verdade que o evolucionismo ateu é cientificamente
comprovado e indiscutível.
O Dr. Edgar H. Andrews é um famoso professor da Universidade de
Londres, que fala sobre o evolucionismo ateu:
“Em termos científicos, a evolução não é uma boa teoria. Trata-se
de uma teoria muito débil, pois é difícil de testar ou de provar”7.
Outro famoso professor é o Bioquímico Dr. Duane Gish, do Institute
for Creation Research. Sobre a falácia (engano) do evolucionismo
ateu, ele diz:
“Os evolucionistas jamais foram capazes de encontrar a evidência
científica que Darwin afirmou que eles acabariam encontrando.
Charles Darwin previu que seriam encontradas muitas formas de
transição no registro fóssil, mas os vestígios descobertos até hoje
não lograram comprovar estas formas de transição. É muito
comum ouvir-se falar dos elos perdidos, mas o problema é que até
hoje eles continuam perdidos. Há uma grande variedade de
criaturas invertebradas complexas cujos restos aparecem
subitamente no registro fóssil, aí incluídos moluscos, caracóis,
esponjas, águas-vivas, trilobitas e muitos outros invertebrados.
Muitos bilhões de fósseis destas criaturas têm sido encontrados,
mas nunca ninguém encontrou um único exemplo de ancestral
7 ANDREWS, E. H. No princípio... São José dos Campos: Ed. Fiel, 1991.
59
fossilizado de qualquer um desses seres. Os evolucionistas creem
que um destes invertebrados evoluiu para os peixes, o que teria
ocorrido ao longo de 100 milhões de anos. Se isso é verdade, nós
teríamos de ter uma multidão de formas de transição mostrando
que uma dessas criaturas invertebradas de fato evoluiu para os
peixes. Nenhuma jamais foi encontrada. Cada um dos tipos
principais de peixes aparece no registro fóssil completamente
formado, sem a evidência de formas de transição conectando os
diferentes tipos. Nós acreditamos que essa evidência, por si só, já é
suficiente para nos mostrar que a evolução nunca ocorreu neste
planeta”8.
Há inúmeras dúvidas que pairam sobre o evolucionismo ateu.
Veja que interessante, e para mim definitiva, é a declaração do
cientista David R. Klein:
“Quem puder contemplar o olho de uma mosca, o mecanismo do
movimento do dedo humano, a camuflagem de uma mariposa ou a
formação de todas as espécies de matéria graças a variações na
arrumação dos prótons e dos elétrons e ainda afirmar que todo esse
planejamento aconteceu sem um Planejador, aconteceu por puro e
cego acaso – uma pessoa assim acredita num milagre muito mais
espantoso do que qualquer que se encontre na Bíblia”9.
8 Veja o autor no site http://nwcreation.net 9 No site www.criacionismo.com
60
Para argumentos detalhados e profundos sobre estas questões e
sobre a racionalidade dos pressupostos cristãos, veja o livro “Em
Guarda” do Dr. William Lane Graig10
13. Já está provado que a Bíblia é um livro humano comum
como outro qualquer, além de conter erros.
Toda a fé cristã é baseada na Bíblia. Sem a Bíblia não há referências
para o Cristianismo.
Os cristãos creem que a Bíblia é a Palavra de Deus, dada aos
homens para instruí-los na verdade.
Há muitas opiniões sobre a Bíblia, mas infelizmente (e de novo),
fala-se muita besteira.
Alguns dizem que já está provado que a Bíblia é um livro comum e
que contém erros. Quando alguém disser isso, peça-lhe que traga
as tais provas.
É fácil perceber que a Bíblia é um livro singular (único), por
exemplo:
A Bíblia é o livro mais lido e mais publicado de todos os tempos;
Não há contradições internas na Bíblia que possam comprometer
as suas ideias fundamentais;
10 GRAIG, William Lane. Em Guarda. São Paulo: Vida Nova, 2011.
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Os testes de evidências internas mostram relações impressionantes
entre os 66 livros que compõem a Bíblia;
Os testes de evidências externas mostram a incrível e sobrenatural
ação de Deus, sustentando um livro escrito num período que
compreende mais de 1.500 anos. Escrito (humanamente falando)
por mais de 40 autores diferentes.
O que isso prova? Somente Deus poderia sustentar tal obra
magnífica.
Há algumas décadas, foram descobertos os Manuscritos do Mar
Morto, e qual não foi a surpresa quando os estudiosos viram que
aqueles documentos antigos confirmam os escritos bíblicos. Veja:
A arqueologia tem, sistematicamente, confirmado as afirmações
bíblicas. Inúmeras descobertas arqueológicas confirmam muitas
afirmações bíblicas, que antes eram vistas pelos céticos (aqueles
que duvidam), como provas de erros bíblicos.
Os testes bibliográficos demonstram a superioridade da Bíblia
(como literatura), frente a qualquer outra obra literária do mundo.
Há muitos argumentos e provas a favor da veracidade bíblica em
sua inteireza, mas mesmo assim, alguns ainda querem afirmar
coisas infundadas e não provadas.
O Dr. Clarck H. Pinnock, do Regent College, afirma:
“Não existe nenhum outro documento do mundo antigo apoiado
por um conjunto de testemunhas textuais e históricas com a mesma
excelência, e oferecendo um mais soberbo agrupamento de
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informação histórica sobre a qual uma decisão consciente possa ser
feita. Uma pessoa honesta não pode ignorar uma fonte deste
calibre”11.
O renomado arqueólogo Prof. Dr. W.F. Albright, professor emérito
da Universidade John Hopkins, diz: “Uma descoberta após a outra
tem confirmado a exatidão de incontáveis detalhes e tem feito com
que a Bíblia receba um reconhecimento cada vez maior como fonte
histórica”12.
Outro, dentre muitos, que fala sobre a veracidade bíblica é o
arqueólogo judeu Nelson Glueck:
“Pode-se afirmar categoricamente que até hoje nenhuma
descoberta arqueológica contradisse qualquer informação dada
pela Bíblia”13.
Muitas linhas deste livro seriam necessárias para descrever os
argumentos favoráveis à Bíblia como sendo um livro único e
especial, mas prefiro argumentar sobre uma outra coisa.
Mesmo diante das muitas provas arqueológicas e históricas, para
provar que a Bíblia vem do próprio Deus, prefiro falar de evidências
práticas do dia a dia.
11 McDOWELL, Josh. Mais que um carpinteiro. Belo Horizonte: Betânia,
1989. p.57-8. 12 ALBRIGHT, William F. The Archaeology of Palestine.
Harmondsworth: Pelican, 1960.p.128. 13 McDOWELL, Josh. Evidência que exige um veredito: evidências
históricas da fé cristã. 2ª ed. São Paulo: Candeia 1992. p.83.
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Por exemplo: você conhece algum livro capaz de mudar totalmente
uma vida? Vejo isso todos os dias: viciados são libertos, casamentos
destruídos são reconstituídos, angustiados encontram a paz,
solitários e desesperados encontram sentido para a vida,
“perdidos” são “achados” etc. etc. etc. Tudo isso através da leitura
de um livro.
Seria este livro um livro comum? De onde viria este poder para
transformar vidas, a não ser pelas mãos do próprio Deus?
Parece-me que nenhuma prova científica é melhor do que a prova
viva das muitas pessoas que foram absoluta e radicalmente
transformadas pela leitura desse livro.
Mais uma outra coisa importante: você acha que um livro
”humano” descreveria tantos defeitos e falhas humanas como a
Bíblia o faz?
Os próprios coautores humanos da Bíblia são descritos com seus
medos e falhas. Você escreveria um livro acerca de si mesmo,
demonstrando sua fragilidade e mostrando os seus defeitos para
todo mundo ver? Entende onde quero chegar?
Realmente a Bíblia é a Palavra Viva de Deus, capaz de transformar,
ensinar e dirigir a nossa vida.
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14. Eu não preciso disso! Já tenho os meus cristais, meus
gnomos da sorte, meus anjos, minhas correntinhas
benzidas, minhas imagens, etc. etc. etc.
Com todo respeito, mas prefiro ter ao meu lado, para me garantir,
a presença real e constante de um Deus verdadeiro.
Na hora do aperto, sei que serei ouvido e que o Senhor Deus
cuidará de mim. Aliás, sei que estarei dependendo de Alguém
poderoso e vivo eternamente (não feito por mãos humanas).
E você, quando a dificuldade chega, depende de quê para vencer?
Algo vivo ou algo morto? Seria algo feito pelas mãos de um outro
ser humano ou algo criado pela sua imaginação?
Eu fico com o Deus Vivo e ninguém mais!
15. Eu acredito na reencarnação, então, esse papo de céu e
inferno é conversa fiada.
Se você crê na reencarnação, então, pode ser adepto das doutrinas
espíritas. Falemos um pouco sobre o assunto (há muito mais a
dizer, mas o espaço é curto).
Objetivamente: não é possível conciliar Cristianismo e Espiritismo.
Repito: se você crê na reencarnação não pode ser cristão, pois a
Bíblia nega a existência da reencarnação. Veja o que ela diz:
“E tal como está determinado que os homens morram só uma vez,
e depois disso vem o julgamento” (Hebreus 9:27)
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Mas, o Espiritismo aceita a Jesus, não é?
Gostaria de rever melhor essa ideia (dita pelos adeptos do
Espiritismo). Allan Kardec fala sobre Jesus:
“Um dia, Deus, na sua caridade inesgotável, permitiu ao homem ver
a verdade dissipar as trevas; esse dia foi o advento do Cristo”14.
“Jesus é para o homem o modelo da perfeição moral que a
Humanidade pode pretender sobre a Terra. Deus no-lo oferece
como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a mais pura
expressão da sua lei, porque estava animado de espírito divino e foi
o ser mais puro que apareceu sobre a Terra”15.
A princípio, parece que Kardec aceita o Cristo, e que então, Jesus
concordaria com as doutrinas espíritas. Lembre-se, Kardec diz que
Jesus tem o “modelo da mais perfeita doutrina”.
Mas há um sério problema: Jesus nega a reencarnação e também
nega a salvação através da “caridade”.
Jesus ensina que o homem vai ser julgado por Deus quando morrer,
e que será condenado se antes não O aceitar como Senhor e
Salvador da sua vida (independente das suas “caridades”). Disse
Jesus sobre o julgamento final e sobre a salvação:
“Como os espinhos são separados e queimados, assim será no fim
do mundo. Eu enviarei meus anjos e eles separarão do Reino toda a
14 KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 158ª ed. Araras:
Instituto de Difusão Espírita. 1993. p. 39. 15 KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 77ª ed. Araras: Instituto de
Difusão Espírita. 1992. p. 258.
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tentação e todos os que são maus, que serão lançados na fornalha,
onde se queimarão. Ali haverá choro e ranger de dentes.
Então os piedosos brilharão como o sol no Reino do Pai deles. Quem
tem ouvidos, ouça!”. (Mateus 13:40-43)
“Disse-lhes Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém
vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6)
Então, estamos diante de um impasse: ou Jesus disse a verdade
(sobre a não existência da reencarnação e o consequente
julgamento final de Deus), ou mentiu!
Se Jesus disse a verdade, então, Kardec está errado (com relação às
suas doutrinas), e o Espiritismo tem um sério problema de
fundamentos.
Se Jesus mentiu (sobre Ele ser o único salvador), então Ele é uma
farsa e nunca poderia ser o que Kardec afirma sobre ele. Se ele foi
um mentiroso, então ele não poderia ser “o mais perfeito modelo
moral” (como disse Kardec).
Temos, como consequência, um terrível impasse, ou o Espiritismo
mostra alguma prova que Jesus defendeu a reencarnação, e disse
que as “caridades” salvam, ou então, o Espiritismo está diante de
uma contradição insolúvel.
Como o único documento histórico sobre Jesus é a Bíblia, e a
mesma nega totalmente as doutrinas espíritas, então só me resta
crer, definitivamente, que nunca poderíamos ser adeptos de Cristo
e espíritas ao mesmo tempo.
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16. Mesmo diante disso tudo, eu ainda prefiro seguir
sozinho(a), do meu jeito.
Se essa for a sua resposta final, então eu realmente sinto muito.
Porque, diante das dificuldades e dos muitos gigantes da sua vida,
você estará sozinho(a) na jornada.
E, sobretudo, diante do julgamento de Deus, no dia da sua morte,
você vai ter que explicar por que preferiu andar sozinho e negar a
sua proposta de salvação em Cristo.
Veja o que a Bíblia diz, de forma definitiva:
“Se alguém pecar deliberadamente rejeitando o Salvador depois
de ter conhecido a verdade do perdão, este pecado não é coberto
pela morte de Cristo; não há meio de livrar-se dele.
Não restará mais nada para aguardar, a não ser um terrível
castigo e a tremenda ira de Deus, que consumirá todos os seus
inimigos”. (Hebreus 10:26-27)
Tenha total consciência disso!
Chegamos ao fim desse livro, mas espero em Deus, que ao início da
sua carreira ao lado de Jesus Cristo.
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Gostaria de dizer que qualquer dúvida, opinião ou sugestão que
você tiver sobre esse livro, terei prazer de receber e responder.
Também gostaria de discutir as divergências (que você venha a
ter)...
É só mandar uma mensagem para:
Que Deus o(a) abençoe, em Jesus Cristo...
Sobre o autor
O autor é professor doutor na área de Administração de Empresas,
professor na Fundação Getúlio Vargas, membro da Igreja Batista de
Bragança Paulista e miserável pecador, alcançado pela maravilhosa
Graça de Cristo.