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LUCIANE NERIS CAZELLA
A TECNOLOGIA NO EMPREGO DOS GÊNEROS TEXTUAIS EM LÍNGUA INGLESA
Cascavel – PR
2012
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
LUCIANE NERIS CAZELLA
A TECNOLOGIA NO EMPREGO DOS GÊNEROS TEXTUAIS EM LÍNGUA INGLESA
Cascavel – PR
2012
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
Trabalho de conclusão de atividades do Programa de Desenvolvimento Educacional do Governo do Estado do Paraná – PDE 2010.
Orientadora: Professora Ms. Rose Maria Belim Motter
A TECNOLOGIA NO EMPREGO DOS GÊNEROS TEXTUAIS EM LÍNGUA INGLESA
Luciane Neris Cazella¹
Rose Maria Belim Motter²
Resumo
O artigo apresenta o resultado de uma proposta de implementação do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, com pesquisa sobre a utilização da tecnologia como ferramenta mediadora nas atividades com gêneros textuais em Língua Inglesa para uma aprendizagem significativa. Durante o processo os alunos realizaram atividades práticas no laboratório de informática, utilizando a rede para pesquisa, produção e interação, por meio dos gêneros e-mail, biografia, história em quadrinhos e tirinhas. Nesse ambiente mediado pela tecnologia, rico em possibilidades, característico da sociedade da informação e do conhecimento, além de motivar e trabalhar os conteúdos da disciplina, foi possível focar nas necessidades individuais dos alunos, seus interesses, ritmos e estilos de aprendizagem, desenvolvendo a autonomia, a criatividade e a iniciativa, construindo o conhecimento de forma colaborativa, em cooperação com os demais. Mas, é necessário enfatizar que a obtenção de bons resultados requer clareza dos objetivos, dos benefícios pedagógicos, das habilidades que se pretende desenvolver, trabalhando a concentração no assunto previsto, a compreensão intercultural e a autodireção, selecionando e orientando o que é bom para o estudo, em concordância com o projeto pedagógico da escola e a teoria de aprendizagem adotada.
Palavras-chave: tecnologia; gêneros textuais; ensino e aprendizagem
_____________¹Professora PDE – 2010 / UNIOESTE, Colégio Estadual Jardim Interlagos – Ensino Fundamental e Médio, do Núcleo Regional de Cascavel-PR²Professora Orientadora da UNIOESTE – PDE.
1 Introdução
Este artigo é a síntese de uma pesquisa mais ampla, desenvolvida no
Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, do Governo do Estado do
Paraná, através da Secretaria de Estado da Educação, com início em agosto de
2010 e término em julho de 2012. O Projeto de Pesquisa inicial resultou na
publicação de um material didático, disponibilizado para os professores da Rede
Pública Estadual. O qual foi implementado em uma intervenção pedagógica, no
segundo semestre do ano letivo de 2011, nas aulas de Língua Inglesa (LI), no
Colégio Estadual Jardim Interlagos, do Município de Cascavel – PR, com alunos das
séries finais do Ensino Fundamental. No mesmo período, também foi discutido e
compartilhado no Grupo de Trabalho em Rede (GTR).
Desde a elaboração do Projeto de Intervenção Pedagógica até sua
aplicação em sala de aula, foi desenvolvido com base no documento das Diretrizes
Curriculares Estaduais para a Educação Básica (DCE), da disciplina de Língua
Estrangeira Moderna, cujos pressupostos teóricos se fundamentam na corrente
sociológica e nas teorias do Círculo de Bakhtin (PARANÁ, 2008). Além disso, está
baseado nos trabalhos sobre utilização de tecnologia e gêneros textuais para a
aprendizagem e o ensino de LI como língua internacional (CRISTÓVÃO; GAMERO,
2009; GASPARETTO, 2007; PAIVA, 2004; RAMOS, 2007; RAJAGOPALAN, 2005;
ROCKENBACH; MOTTER, 2010).
À escola cabe desenvolver habilidades comunicativas em seus alunos por
meio da prática de ensino ao explorar gêneros discursivos e ao inserí-los em
diferentes atividades sociais (MEURER; MOTTA-ROTH, 2002). A aplicação de
propostas de trabalho com gêneros textuais na aula de LI visa desenvolver um
trabalho que, partindo das necessidades dos alunos, propicie a realização de
atividades socialmente relevantes, nas quais conhecimentos linguísticos e sociais
são construídos (RAMOS, 2004).
Em uma sociedade marcada pela diversidade linguística e cultural, como
também pelo constante surgimento de novas tecnologias e meios de comunicação,
os quais redimensionam a relação entre pessoas e povos, intensifica-se a busca por
diversificados tipos de conhecimento, dentre eles, a aprendizagem de pelo menos
uma nova língua, evidenciando-se o papel da LI na atualidade (ARAÚJO, 2009;
KURY, 2007; RAJAGOPALAN, 2005; ROCHA, 2008 ).
Para DelliCarpini (2012), em razão dos benefícios que podem ser obtidos no
ensino e na aprendizagem de línguas, não é mais uma questão de escolher usar ou
não a tecnologia na educação, ou algo a se acrescentar no currículo, ou em
ocasiões especiais em sala de aula. E, para definir a importância do uso da
tecnologia no ensino de LI, assim como os tipos de habilidades que os professores
de línguas precisam desenvolver para se adequarem às necessidades de seus
alunos, a autora menciona os padrões elaborados pela associação TESOL
(Teachers of English to Speakers of Other Languages): fins profissionais; melhoria
do ensino e da aprendizagem, integrando o conhecimento pedagógico e habilidades
em tecnologia; aplicação da tecnologia para registros, feedback e avaliação;
melhoria da comunicação, da colaboração e da eficiência do processo educacional.
Nesse sentido, foram trabalhados com os alunos, os gêneros biografia, e-
mail, história em quadrinhos e tirinhas, buscando desenvolver atividades no ensino
de LI, contemplando o discurso como prática social. Assim como, utilizar a
tecnologia como ferramenta mediadora nas atividades com gêneros textuais para
uma aprendizagem significativa; e, analisar o resultado obtido em uma
implementação da proposta de trabalho com a aplicação dos recursos tecnológicos
disponíveis na escola.
2 A utilização da tecnologia como ferramenta mediadora nas atividades com gêneros textuais em Língua Inglesa
As DCE concebem a língua como discurso, construtora de significados,
tendo como princípios o atendimento às necessidades da sociedade brasileira; o
resgate da função social e educacional do ensino desta disciplina; e, o respeito à
diversidade linguística e cultural. Para que os alunos compreendam que os
significados são sociais e historicamente construídos, podendo ser transformados na
prática social. E possam analisar as questões sociais, políticas e econômicas,
desenvolvendo uma consciência crítica sobre o papel das línguas na sociedade.
Desse modo, além de servir para a progressão no trabalho e estudos posteriores, a
aprendizagem de LI incentiva a pesquisa e a reflexão, e contribui para formar alunos
críticos e transformadores, através do estudo de textos que permitam explorar as
práticas de oralidade, leitura e escrita (PARANÁ, 2008).
De acordo com Bakhtin (1988), o discurso se constrói no processo de
interação em função de outro. Os sujeitos se constituem socialmente no
engajamento discursivo, dando forma ao que dizem e ao que são. Como a variedade
da atividade humana é inesgotável, a variedade de gêneros do discurso é infinita.
Caracterizando-se os gêneros do discurso como formas específicas de uso da
língua, ligadas às várias esferas de atividade humana. Cada palavra é resultado das
trocas sociais por membros de grupos determinados sócio-historicamente.
A linguagem se constrói a partir das interações estabelecidas entre sujeitos,
em um processo histórico de socialização (BRONCKART, 2003). Seu uso é uma
prática social, um modo de ação culturalmente desenvolvido, historicamente
construído e em constante transformação (RESENDE; RAMALHO, 2005;
CRISTÓVÃO, 2008; ROCHA, 2009). É um meio de agir no mundo (BRONCKART,
2008). Ela desempenha um papel fundamental no desenvolvimento, regula o agir e
as interações humanas, onde são reproduzidos ou reelaborados os fatos sociais e
psicológicos (CRISTÓVÃO, 2008). É na língua e pela língua que ocorre a expressão
da identidade de quem dela se apropria. As questões de identidade são como
precárias e mutáveis, tudo é provisório e inacabado porque as pessoas renegociam
na interação com o outro de forma dialógica (RAJAGOPALAN, 2003).
Para Bakhtin (1992), o texto é a materialização de um enunciado e é
entendido como unidade contextualizada da comunicação verbal. As pessoas não
trocam orações, palavras, ou combinações de palavras. Mas sim, enunciados
constituídos com a ajuda das unidades da língua. O texto se organiza em formas
relativamente estáveis, determinadas pelas condições materiais de produção,
denominadas de gêneros do discurso. Para esse teórico, os gêneros se
desenvolveram através do tempo e correspondem a formas típicas criadas por
esferas de atividades humanas.
Bronckart (2006), retoma essa concepção de gênero, propondo a
terminologia gênero de texto. Esse autor salienta, que a linguagem é constituída de
práticas situadas, denominadas por ele de agir linguageiro, que se traduz em um
texto. O falante de uma língua adota um modelo textual, mais apropriado a
determinada situação, dentre uma série de modelos, construídos pelas gerações
anteriores. Dessa forma, o texto tem características de um modelo e de escolhas
individuais (BRONCKART, 2008).
Conforme Marcuschi (2002), quando dominamos um gênero textual,
dominamos a forma de realizar linguisticamente objetivos específicos em situações
sociais particulares. Assim, podemos afirmar que "a apropriação dos gêneros é um
mecanismo fundamental de socialização, de inserção prática nas atividades
comunicativas humanas" (BRONCKART, 2003, p. 103).
Paiva (2004, p. 69), define gêneros textuais como:
[…] sistemas discursivos complexos, socialmente construídos pela linguagem, com padrões de organização facilmente identificáveis, dentro de um continuum de oralidade e escrita, e configurados pelo contexto sócio-histórico que engendra as atividades comunicativas. (PAIVA, 2004, p. 69).
As propostas didáticas devem contribuir efetivamente para o
desenvolvimento das capacidades de linguagem do aluno para contextos
localizados. Para tanto, a identificação dos gêneros discursivos mais relevantes do
ponto de vista do aluno e das práticas sociais vigentes determina o que é
significante ser trabalhado em sala de aula (CRISTÓVÃO, 2002). Como afirma
Bentes (2005, p. 121), “o domínio dos diferentes gêneros pode auxiliar o aluno a ser
o legítimo 'dono' de sua fala”, ou seja, pode torná-lo mais consciente quanto ao uso
da linguagem.
O objetivo principal da aprendizagem de uma nova língua, é o de apropriar-
se dela para interagir com outras culturas, a fim enfrentar variados desafios (KURY,
2007; ROCHA, 2008). Ao estudar uma língua estrangeira, ao conhecer e ser capaz
de usá-la, concebendo-a como discurso, o aluno percebe-se como integrante da
sociedade e participante ativo do mundo. No confronto com a cultura do outro, torna-
se capaz de definir e reconstruir sua própria identidade, como agente social
(PARANÁ, 2008).
A LI alcançou o status de língua internacional nesta era da informação
(KURY, 2007; PAVANATI et al., 2010; ROCHA, 2008; SIQUEIRA, 2008). De acordo
com Rajagopalan (2005, p. 45), o objetivo do ensino de LI, a qual conquistou o
status de língua franca, que se tornou global, uma língua de todos, é fortalecer o
aluno como cidadão crítico do mundo, respeitando-se valores locais:
[...] Em outras palavras, a língua inglesa precisa passar a ser ensinada com o intuito de formar cidadãos do mundo e não aqueles capazes de interagir com turistas estrangeiros, de trabalhar como intérpretes, etc. (...) O importante é, contudo, não esquecer que, em última análise, os nossos alunos precisam adquirir domínio da língua estrangeira para o seu próprio bem e para se tornarem mais aptos a enfrentar os novos desafios que o mundo coloca no seu caminho. São eles que têm que aprender a dominar a língua inglesa, jamais deixando que a língua inglesa comece a dominá-los. (RAJAGOPALAN, 2005, p. 45).
As DCE orientam que, nas aulas de LI, o aluno use a língua em situação de
comunicação oral e escrita; vivencie formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; reconheça e compreenda a
diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento
cultural do país. Inserindo-os na sociedade como participantes ativos, capazes de se
relacionar com outros conhecimentos e comunidades (PARANÁ, 2008).
Em razão das mudanças provocadas pelo avanço tecnológico, o professor
passou a ser mediador no processo de construção do conhecimento, com o desafio
de usar as mídias pedagogicamente. E, assim, possa proporcionar um aprendizado
contextualizado e participativo (ROCKENBACH; MOTTER, 2010; RUSTICK;
MOTTER, 2010). O professor deve ser um construtor consciente de sua
metodologia, baseando-se em seu contexto de atuação e e em seu conhecimento
em atualização. E, o aluno, deve ser atuante e mediador de sua própria
aprendizagem. Pois, ambos estão “em processo de desenvolvimento, mudança e
coadaptação” (BORGES; PAIVA, 2011).
Karakas (2011) afirma que a inclusão da tecnologia e seus inúmeros
recursos tornou-se inevitável no ensino de LI. E, desde a introdução de
computadores, o ensino de LI tornou-se mais prático e divertido para os alunos. O
uso da tecnologia, principalmente computadores, facilita o ensino e a aprendizagem,
pois ajuda o aluno a progredir em seu próprio passo, sem depender de ninguém,
com imediato feedback, correções e análise de erros.
Conforme este autor, o professor deve ser qualificado quanto ao uso dos
computadores e suportar seu ensino com materiais relevantes, considerando as
constantes inovações que ocorrem nessa área e as necessidades dos alunos.
Dal Molin e Fialho (2010), enfatizam que a educação deve ser abrangente,
“preparando-se para ampliar o espírito planetário da compreensão mútua e da paz
universal”, considerando a totalidade dos seres humanos, compreeendo o diferente,
o outro. Ação esta que pode ser propiciada e aprimorada pelo diálogo e o respeito a
outras culturas em conexões com estudantes de outros locais :
Acreditamos em uma forma de educação que desenvolva as capacidades naturais do espírito humano para situar todas as informações em um contexto e um conjunto articulado. Para tanto se faz necessário ensinar métodos que levem ao estabelecimento de relações mútuas, de influências recíprocas entre as partes e o todo, em um mundo complexo de relações facilitadas, tornadas possíveis e potencializadas pelo emprego da tecnologia digital. (DAL MOLIN; FIALHO, 2010).
Com base em tais considerações, desenvolveu-se este trabalho para o PDE,
em ambiente mediado pela tecnologia na escola, fazendo-se uso de material
didático elaborado para esta implementação. Pois, é primordial a busca constante
por inovações que garantam melhorias no ensino e aprendizagem, que promovam,
criem e disseminem o conhecimento. Assim, considerando-se que a tecnologia e os
recursos por ela oferecidos, estão presentes no cotidiano dos alunos, sendo
consumidores ativos das mídias (RUSTICK; MOTTER, 2010; PAIVA, 2010), durante
as aulas de LI, utilizou-se essa ferramenta no processo educativo, com uma
fundamentação teórica e metodológica, para trabalhar com gêneros textuais.
As atividades eram inicialmente organizadas e orientadas em sala de aula, e
a seguir os alunos se dirigiam ao laboratório digital. A proposta foi trabalhar com os
os gêneros biografia, e-mail, história em quadrinhos e tirinhas, navegando por sites
previamente selecionados, tais como Farlex (2011); Merriam-Webster (2011);
Produções (2011); ToonDoo (2011); UK (2011) e You Publish (2011), onde a LI
pudesse ser encontrada para a aprendizagem on-line e, como suporte para
produções dos próprios alunos com o objetivo de implementar atividades que a
estes fossem significativas.
Além dos aspectos linguísticos, foram trabalhados, a saber: o uso das
ferramentas do BrOffice.org Writer, BrOffice.org Impress e Windows Movie Maker;
comunicação textual, interação e viabilização do trabalho, utilizando o gênero e-mail
e downloads de anexos; pesquisa em sites de busca; uso de dicionários on-line; uso
de ferramentas de sites; apresentação em TV multimídia; reconhecimento de
vocabulário em LI, específico dos recursos utilizados.
A princípio, pretendia-se realizar o projeto apenas com uma turma do sexto
ano/quinta série (5ª E). Como outras turmas, de diferentes anos, demonstraram
grande interesse, foram desenvolvidas várias atividades com elas. Os resultados
foram bastante satisfatórios. Havia sempre uma grande cobrança, por parte dos
alunos para ir ao laboratório de informática.
Por essa razão, foram elaboradas atividades que pudessem ser trabalhadas
com diferentes faixas etárias, tendo como suporte sites que oferecessem recursos
para que os alunos atuassem com criatividade e entusiasmo, utilizando o
conhecimento linguístico correspondente ao ano em que estivessem estudando.
Com a 5ª E, além das aulas em horário regular, à tarde, também foram
desenvolvidas atividades pela manhã, com a participação de um número menor de
alunos, em razão de já estarem participando de outros projetos. Como o tempo de
trabalho foi maior com esse grupo, os resultados foram excelentes. O processo de
aprendizagem ocorreu significativamente, os alunos tornaram-se cada vez mais
independentes e seguros.
A principal dificuldade encontrada foi quanto à manutenção dos
computadores e à conexão. Como, por exemplo, não foi possível criar e-mails para
os alunos na escola e, nem todos conseguiam acessar suas contas ao mesmo
tempo para enviar suas produções. Pois, dependendo do que é acessado, o sistema
fica lento. Nos horários regulares, como as turmas eram numerosas, foi necessário
trabalhar atividades diversificadas, visto que alguns sites demandam melhor
conexão. Nesse contexto, enquanto alguns produziam histórias em quadrinhos,
outros realizavam pesquisas, leituras, jogos de memória, vocabulário e gramática
em sites específicos para o ensino de LI (ATIVIDADES EDUCATIVAS, 2011;
CHILDREN'S STORYBOOKS, 2011; MONICA'S GANG, 2011; PAIVA, 2011).
Para viabilizar a interação social e o trabalho com a LI através de um recurso
tecnológico, os alunos fizeram uso de dicionários on-line e enviaram as atividades
por eles realizadas através do gênero e-mail, utilizando o correio eletrônico como
recurso para a comunicação textual e para melhoria da escrita na língua alvo.
Buscando integrar a tecnologia nas aulas de LI, foi proposto aos alunos da
5ª E, que estavam aprendendo o presente simples, que treinassem as estruturas
desse tempo verbal por intermédio de uma apresentação em slides com imagens da
internet, que lhes ajudassem a falar do seu presente. Em seguida, escreveram um
texto baseado no seu cotidiano. Após esta etapa foram orientados como usar as
ferramentas do Windows Movie Maker para concluir a produção. Por fim,
apresentaram os trabalhos na TV multimídia.
Tratou-se de uma atividade para alcançar uma competência oral em LI. O
convite a usar os recursos tecnológicos para elaborar uma apresentação multimídia,
teve o objetivo de combinar imagens que se aproximassem de suas experiências,
conjugando o aprendizado de LI com as vivências em língua materna.
Os alunos criaram uma apresentação, fixando uma forma verbal no jogo de
encontrar palavras-chave em LI que revelassem elementos da sua experiência
pessoal. Ao procurarem uma palavra em LI que sintetizasse a imagem escolhida,
imaginaram, combinaram e modificaram representações do seu presente. Deste
modo, participaram da aquisição de novas palavras como inventores numa tarefa
que exigiu deles critério e criatividade para expor representações sobre suas vidas,
confrontando-se com suas histórias.
Para o trabalho com histórias em quadrinhos, em duplas, pesquisaram na
internet, sobre a Inglaterra – características, hábitos, costumes, alimentação,
vestuário, pontos turísticos. Depois, foram convidados a imaginar uma cidade
fictícia, criando um nome a esta cidade, diferentes estabelecimentos, habitantes e
profissões. E, a escreverem frases, relembrando as situações imaginadas. Deste
modo, foram solicitados, pelo contexto, a pensar em um vocabulário básico e a
criarem o perfil de três habitantes da cidade. Cada habitante deveria ter nome,
idade, profissão, características físicas, personalidade e outras informações que
considerassem necessárias.
Posteriormente, elaboraram uma história em quadrinhos, usando o ToonDoo
(TOONDOO, 2011), o qual oferece inúmeras ferramentas e recursos que
possibilitam o desenvolvimento da criatividade dos alunos. Pois, além de usar
personagens e cenários do próprio site, o aluno pode desenhar, montar, transformar
ou utilizar fotos e imagens. Nesse momento foi aplicada a pesquisa realizada sobre
a Inglaterra, bem como os personagens e suas características. Esta atividade teve
como objetivo empregar os conhecimentos adquiridos, desde o início do ano letivo,
em uma produção textual, bem como conscientizar os alunos de que a LI pode ser
empregada para sua comunicação e para produções textuais, nas mais diversas
situações.
A próxima atividade foi a organização de um jornal da cidade criada, usando
o BrOffice.org Writer, com entrevistas, informações jornalísticas, previsões do tempo
vídeos e músicas ouvidas pelos habitantes, buscando informações e imagens na
internet. Através do exercício, além de ter possibilitado a aprendizagem de LI, os
alunos puderam resignificar as representações que tem do mundo.
Em outra etapa, os alunos foram orientados sobre o site ISSUU (YOU
PUBLISH, 2011), e então convidados a ler uma história sobre a Turma da Mônica,
“Cebolinha: em Internetês” no referido site, a qual trata sobre o uso da linguagem
para a web. A seguir foi solicitado a eles para irem ao site Máquina de Quadrinhos
(PRODUÇÕES, 2011) para elaborarem uma história em quadrinhos, empregando
emoticons usados para a comunicação no ciberespaço.
Para tratar sobre boas maneiras e a discutir a respeito, os alunos assistiram
vídeos disponíveis no site Hoops & Yoyo UK (UK, 2011). Em seguida, leram e
comentaram sobre as biografias dos personagens do site. A qual serviu como base
para elaborarem suas próprias biografias. Outra atividade neste espaço, foi a
elaboração e o envio de e-cards para os colegas. Então, assistiram um dos vídeos
com histórias e participaram de um dos jogos.
Na intervenção, com o uso das tecnologias digitais aliado ao ensino da
linguagem, o aprendizado tornou-se prático e acessível. Os alunos aprenderam os
conhecimentos linguísticos e tecnológicos de forma lúdica. Pois, a motivação
interfere na aprendizagem de uma lingua estrangeira ou de uma segunda língua. E,
o valor motivacional no ensino e na aprendizagem é verificado em suas quatro
habilidades, especialmente na escrita (KARAKAS, 2011).
O ensino e a aprendizagem tornam-se mais atrativos, quando o aluno tem a
oportunidade de investigar, decidir, trabalhar em grupo e colaborar, relacionando “o
que está estudando aos conhecimentos anteriores ou às experiências de seu
cotidiano” (ROCKENBACH; MOTTER, 2010).
O material utilizado demonstrou ser útil e estimulante para os alunos que
interagiram com textos, imagens, áudio e vídeo na aprendizagem da LI,
desenvolvendo habilidades de pesquisa e navegação, de leitura de textos, escrita de
e-mails e pequenos textos, tais como biografias e diálogos. Oportunizou o
engajamento em comunicação e a familiarização com recursos on-line, usando-os
de forma independente. Tal como afirma Moran (2012), “a internet favorece a
construção cooperativa e colaborativa, o trabalho conjunto entre professores e
alunos, próximos física ou virtualmente”.
Esta implementação foi também, uma oportunidade para os alunos
observarem o emprego da LI como forma de comunicação no ciberespaço. Como
afirmam Motter et al. (2010, p. 4):
“[...] o ciberespaço assume papel piramidal na formação do indivíduo: na reprodução cultural, na informação de diferente visões de mundo, na proposição e criação de habilidades, adoção de atitudes, valores e, principalmente em relação ao acesso e uso de uma língua estrangeira”. (MOTTER et al., 2010, p. 4)
Os resultados obtidos corroboram Rockenbach e Motter (2010), quando
afirmam que a tecnologia integra o cotidiano dos alunos, devendo-se integrá-la
também ao conteúdo, proporcionando situações de construção do conhecimento:
[…] usá-la para motivar a aprendizagem fará com que eles busquem, pesquisem e interajam cada vez mais com os colegas e com o professor. Aos poucos o sistema escolar fundamentado nos materiais impressos vai se modificando e dando espaço aos ambientes interativos de aprendizagens, nos quais o educando atua interpretando informações, aprendendo a usar as ferramentas de sua cultura e usando os recursos de comunicação e informação para conhecer mais sobre os conteúdos propostos. Temas abstratos e difíceis tornam-se mais atraentes se trabalhados em ambientes interativos de aprendizagem. (ROCKENBACH; MOTTER, 2010).
Araújo (2009, p. 445) adverte que, antes de utilizar materiais disponíveis na
internet, o professor deve examiná-los com critérios baseados na teoria de
aprendizagem adotada. E, para que saiba implementar atividades para a web ou
“selecionar materiais educacionais adequados para desenvolver as habilidades de
leitura e escrita dos alunos”, deverá ter amplo conhecimento de “teorias de
aprendizagem de línguas e habilidades para uso do ambiente Web”.
A autora ressalta que é importante desenvolver uma consciência crítica por
parte dos professores, sendo capazes de avaliar softwares e outros recursos
tecnológicos na escolha dos materiais adequados para seu alunos. Eles precisam
saber usar tais recursos e criticá-los para contribuir na transformação de práticas
sociais quando julgarem adequado.
Pavanati et al. (2010), reforçando a ideia das novas relações que a
cibercultura demanda, observa:
A arquitetura do ciberespaço cria a oportunidade para que os estudantes deixem de ser contemplativos e imirjam em diferentes contextos construindo novas realidades, novas funções cognitivas, novas identidades e novos espaços de aprendizagem. Espaços de agenciamentos que são conservadas ou geradas as formas de conhecer, de aprender, de constituir novos saberes, que não podem ser ignorados pela escola. Nesse referencial a aprendizagem é um processo de metamorfose, na qual se respeita à identidade cognitiva desse novo sujeito e a construção/produção do seu conhecimento como ato criativo e coletivo, sendo sempre transformado por intermédio do outro. (PAVANATI et al., 2010).
Zorko (2007) recomenda que, as atividades para aprendizagem na internet
devem possibilitar a autonomia, a construção livre do conhecimento pelo próprio
aluno, encorajando-o a desenvolver suas visões pessoais sobre os tópicos
estudados. A motivação aumenta com o ensino contextualizado e relacionando o
material às experiências dos alunos.
De acordo com DelliCarpini (2012), os benefícios são recebidos diretamente
quando os professores integram efetivamente a tecnologia ao programa, de forma
contextualizada. A utilização da tecnologia ajuda o professor a diferenciar o
conteúdo, o processo e o produto nas questões de proficiência, trabalhando a
motivação, o interesse, o conhecimento prévio e as preferências individuais dos
alunos, no ensino de habilidades linguísticas e de informática nesta sociedade cada
vez mais tecnológica.
3 Conclusão
A tecnologia é um suporte para a transmissão do conhecimento. São
inúmeras as facilidades oferecidas pela rede na comunicação e no acesso à
informação, incluindo a instrução de línguas, a disponibilidade e acesso a materiais
autênticos.
A utilização de tecnologias, em especial, da rede, e a produção de materiais
didáticos podem contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e da
aprendizagem de LI. Estes conduzem o aluno à aquisição de diversas habilidades e
competências, contribuindo para a realização de trabalhos em equipe, para o
desenvolvimento da capacidade de iniciativa e pelo interesse pelo novo (PAVANATI
et al., 2010).
Contudo, como a internet propicia um amplo acesso ao conhecimento, exige
planejamento, compromisso e responsabilidade, sabendo selecionar o que de fato
fará diferença, fazendo uma leitura crítica do que está na mídia. Neste sentido,
demanda novas práticas e metodologias, com a revisão da relação professor/aluno
no processo de ensino e aprendizagem (RUSTICK; MOTTER, 2010). Afinal, os
métodos sempre precisam ser repensados, reconstruídos e adaptados às
mudanças.
A implementação desta proposta foi produtiva e os objetivos estabelecidos
foram alcançados. Os sites acessados facilitaram a interação entre leitores e textos
e estimularam a compreensão e o desenvolvimento de habilidades de leitura crítica
e escrita. Em todo o processo, confirmou-se o interesse dos alunos, o que
aprenderam, pesquisaram, produziram e apresentaram.
Embora o projeto descrito neste estudo não resolva todos os desafios para
integrar o uso de tecnologias como ferramenta mediadora nas atividades com
gêneros textuais nas aulas de LI, ele evidencia os efeitos positivos e o quanto ainda
deve ser inovado nas escolas – refazendo, continuando, propondo novas
perspectivas. Pois, além da oportunidade de estudo e pesquisa, houve um desejo de
continuidade dos alunos, com solicitação de mais atividades que lhes permitissem
avançar na construção do conhecimento.
O laboratório digital é o espaço mais disputado da escola. Mas, há
necessidade de adoção de medidas que venham facilitar seu uso, tais como melhor
conexão, manutenção e renovação de equipamentos. Sendo que o número de
computadores é ainda pequeno. Seria ideal não ter que ir a outro espaço da escola
para poder ter acesso à tecnologia, para que se pudesse, então, ir de uma atividade
à outra, sem ter que preencher formulários, agendar e disputar horários.
Faz-se necessário ressaltar a importância da formação e atualização para
professores quanto ao uso significativo das novas tecnologias no ensino e na
aprendizagem (PAIVA, 2010), para que se saiba, como destaca Moran (2007),
gerenciar com qualidade toda a grande quantidade de informação que se tem
acesso – profissionais humanistas, criativos e inovadores, para a implementação de
novos projetos e desafios.
Agradecimentos
Gostaria de agradecer a Deus. Também agradeço aos meus familiares. Aos alunos
do Colégio Estadual Jardim Interlagos que participaram do projeto descrito neste
artigo e à Equipe Pedagógica do colégio pelo imprescindível suporte. Às amigas,
igualmente participantes do PDE 2010, Rosângela Morvan e Beatriz Stadler, por
suas valorosas contribuições nas versões iniciais. À representante PDE do NRE
Cascavel, Silvana Aparecida Portes Becker, pelas experiências e ideias
compartilhadas. E, em especial, à nossa orientadora Professora Ms. Rose Maria
Belim Motter.
Referências
ARAÚJO, A. D. Computadores e ensino de línguas estrangeiras: uma análise de sites instrucionais. In: Linguagem em (Dis)curso. Palhoça, SC, v. 9, n. 3, p. 441-461, set./dez. 2009. Disponível em: <http://www3.unisul.br/paginas/ensino/pos/linguagem/0903/090301.pdf>. Acesso em: 18 jan. 2012.
ATIVIDADES EDUCATIVAS. Disponível em: <http://www.atividadeseducativas.com.br/index.php?lista=ingl%EAs>. Acesso em: 10 fev. 2011.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.
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