24/8/2014 Lubrificao Wikipdia, a enciclopdia livre

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Exemplo de lubrificao num motor a vapor.

Lubrificao

Origem: Wikipdia, a enciclopdia livre.

Lubrificao o processo ou tcnica utilizada na aplicao de uma camada chamada lubrificante com afinalidade de reduzir o atrito e o desgaste entre duas superfcies slidas em movimento relativo, separando-asparcialmente ou completamente. Alm de separar as superfcies, a camada tambm tem a funo de retirar dosistema o calor e detritos gerados na interao das superfcies. Esta camada lubrificante pode ser constitudapor uma variedade de lquidos, slidos ou gases, puros ou em misturas.

ndice

1 Regimes de lubrificao1.1 Lubrificao hidrodinmica1.2 Lubrificao marginal1.3 Lubrificao Elastohidrodinmica1.4 Lubrificao mista

2 Ver tambm3 Referncias

Regimes de lubrificao

Quando existe um movimento relativo entre duas superfcies prximas entre si pode existir um atrito. Omecanismo deste atrito assume caractersticas distintas em funo da rugosidade das superfcies e da distncia entre elas. Para definir o tipo de regime delubrificao usa-se a razo entre a distncia entre as superfcies de deslizamento e a rugosidade combinada das superfcies de deslizamento.

Lubrificao hidrodinmica

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A lubrificao hidrodinmica considerada uma das reas mais importantes da tribologia. Este tipo de lubrificao ocorre quando duas superfcies em movimentorelativo so separadas por uma pelcula de um fluido lubrificante. O regime de lubrificao hidrodinmica acontece quando a espessura do filme de fluidolubrificante entre as superfcies deslizantes maior que trs vezes a rugosidade combinada das duas superfcies. Sua conceituao e caracterizao atribuda atrs pesquisadores: Nicolai Petrov (1836-1920), Beauchamp Tower (1845-1904) e Osborn Reynolds (1842-1912). Eles perceberam que o mecanismo queexiste neste tipo de lubrificao no era devido interao mecnica de superfcies slidas, como se acreditava na poca, mas sim devido ao filme de fluido que asseparava - este o aspecto fundamental da lubrificao hidrodinmica. Os fundamentos tericos e experimentais foram firmemente estabelecidos num curtoperodo de tempo, entre 1883-1886. Todavia, foi o fsico britnico Osborne Reynolds (1842 - 1912) que traduziu os resultados experimentais em linguagemmatemtica, desenvolvendo uma equao de derivadas parciais (tambm chamada de equao de Reynolds em sua homenagem) que tem sido a base para agrande maioria dos desenvolvimentos nesta rea, gerando um grande nmero de pesquisas at os dias de hoje.

Lubrificao marginal

a forma mais extrema de lubrificao. Isto acontece quando a espessura do filme de fluido lubrificante entre as superfcies deslizantes menor que a rugosidadecombinada das duas superfcies. Neste caso existe contato metal/metal e a fora de sustentao da carga suportada pelo contato entre as asperezas lubrificadas.Neste caso no existe presso hidrodinmica, mas sim presso devido ao contato entre as asperezas das duas superfcies. Neste regime o comportamento da juntalubrificada no completamente governado pela equao de Reynolds e aplica-se os conceitos de contato mecnico as interaes entre as asperezas. Este tipo deregime de lubrificao acontece devido a dois motivos: Carga excessiva ou uma baixa velocidade relativa entre as superfcies. Geralmente causa danos ssuperfcies e falha prematura da pea em questo.

Lubrificao Elastohidrodinmica

Para o contato entre corpos no conformes ou altas presses de contato o filme hidrodinmico no suporta todo o carregamento da junta lubrificada. Os corposem contato deformam-se dentro da zona elstica, como em contato Hertziano, e a carga parcialmente suportada tambm pela material. Nestas condies, aviscosidade do fluido tende a aumentar significativamente. A condio de lubrificao elastohidrodinmica pode gerar a separao completa entre as superfcies,provendo filmes de espessura entre 0.025 e 1.25 m, entretanto muitas vezes relacionada com uma condio de lubrificao mista, onde existe contato entreparte das asperesas.

O mecanismo de lubrificao EHD normalmente encontrado em sistemas mecnicos sujeitos a maiores esforos e maiores velocidades, como mancais derolamento, engrenagens, mecanismos came-seguidor, CVTs toroidais, entre outros.

Lubrificao mista

comum classificar os modos de lubrificao como marginal ou hidrodinmico. Porm, sabido que uma considervel proporo de mancais pode trabalhar comuma mistura de ambos os mecanismos ao mesmo tempo. Um mancal hidrodinmico pode ter algumas regies de suas superfcies de deslizamento muito prximas,onde interaes superficiais e lubrificao marginal contribuem para o atrito total do mancal e as caractersticas de desgaste das mesmas so superpostas s das

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regies de lubrificao hidrodinmica. Este modo de lubrificao encontrado em engrenagens, mancal de esferas (rolamento), retentores e at mesmo emmancais de deslizamento convencionais. Hoje reconhecido que difcil eliminar os efeitos da lubrificao hidrodinmica em experimentos com lubrificaomarginal e efeitos 'marginais' ocorrem em experimentos de lubrificao hidrodinmica mais frequentemente do que geralmente reconhecido. Isto indica aimportncia crescente do reconhecimento e estudo do regime de lubrificao mista. Este regime de lubrificao acontece quando a espessura do filme lubrificante entre uma e trs vezes maior que a rugosidade combinada das duas superfcies. Neste caso parte da pea (mancal) opera no regime hidrodinmico e parte noregime marginal.

Ver tambm

Chimia

Lubrificante

Tribologia

Contato mecnicorea de contato

Referncias

1. Duarte Junior, D. (2005). Tribologia, Lubrificao e Mancais de Deslizamento

2. Duarte Junior, D. (2005). Tribologia, Lubrificao e Mancais de Deslizamento

3. Duarte Junior, D. (2005). Tribologia, Lubrificao e Mancais de Deslizamento

4. Bhushan, B. (2000). "Modern Tribology Handbook"

5. Hamrock, B., et al. (2004). "Fundamentals of Fluid Film Lubrication"

6. Norton, R. (2010). "Projeto de Mquinas"

7. Duarte Junior, D. (2005). Tribologia, Lubrificao e Mancais de Deslizamento

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