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Durante la campaña se detectaron grandescantidades de la medusa Pelagia noctiluca.

Durante a missão foram detectadas grandesquantidades da medusa Pelagia noctiluca.

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O Mediterrâneo se acidifica

El Mediterráneose acidifica

SI NADA CAMBIA PRONTO SERÁ UN MAR CORROSIVO CONESCASA BIODIVERSIDAD

SE NADA MUDAR, MUITO EM BREVE SERÁ UM MAR CORROSIVO COM ESCASSA BIODIVERSIDADE

Los científicos recuperan las redes de plancton tras elmuestreo. Unos limpian las redes con una manguera

para empujar todo lo muestreado a los colectores y otroanota las vueltas que ha dado una pequeña hélice que

permite saber el volumen de agua que se ha filtrado

Os cientistas recuperam as redes de plâncton após aamostragem. Uns limpam as redes com uma mangueirapara empurrar todo a amostragem aos coletores e outro

anota as voltas dadas por uma pequena hélice quepermite saber o volume de água filtrada.

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Ooceano absorve uma quarta parte dasemissões de CO2 atmosférico. Isto, que apriori parece positivo, já que amortece oimpacto que este gás tem no aquecimen-to do planeta, está mudando drastica-

mente a química marinha. Desde a revolução industrial,mais de 500 mil milhões de toneladas de CO2 têm ter-minado no mar, o que tem suposto que desde 1750 opH tenha passado de 8.2 a 8.1. A variação é aparente-mente pequena, mas há que se ter em conta que o pHse mede mediante uma escala logarítmica. Esta dimi-nuição de 0.1 pontos supõe uma mudança de 30%. Pa-ra os próximos anos as estimativas não são muito pro-missoras. Se o ritmo de emissões continua como atéagora, em 2100 o pH do oceano poderia ser reduzidoem um 120%, o que significaria uma acidificação deconseqüências dramáticas para os ecossistemas. Emum oceano assim o carbonato já não seria uma formaquímica estável e milhões de organismos não poderiamconstruir seus caparazones, conchas e esqueletos. Des-de as pequenas e fundamentais diatomeas até lagostas,mexilhões e corais desapareceriam em um palco assim.E com estas, milhares de espécies mais, ecossistemasinteiros e o sustento econômico de grande parte da po-pulação humana mundial. Todos estes dados, estimativas e conjecturas são frutode pesquisas e modelos predictivos a nível global. No

El océano absorbe una cuarta parte de las emi-siones de CO2 atmosférico. Esto, que a prioriparece positivo ya que amortigua el impactoque este gas tiene en el calentamiento del pla-neta, está cambiando drásticamente la quími-

ca marina. Desde la revolución industrial más de 500 milmillones de toneladas de CO2 han terminado en el mar, loque ha supuesto que desde 1750 el pH haya pasado de8.2 a 8.1. La variación es aparentemente pequeña, perosi se tiene en cuenta que el pH se mide mediante una es-cala logarítmica, esta disminución de 0.1 puntos suponeun cambio del 30%. Para los próximos años las estima-ciones no son muy halagüeñas. Si el ritmo de emisionescontinúa como hasta ahora, en 2100 el pH del océano po-dría reducirse en un 120%, lo que significaría una acidifi-cación de consecuencias dramáticas para los ecosiste-mas. En un océano así el carbonato ya no sería una formaquímica estable y millones de organismos no podríanconstruir sus caparazones, conchas y esqueletos. Desdelas pequeñas y fundamentales diatomeas hasta langos-tas, mejillones y corales desaparecerían en un escenarioasí. Y con éstas, miles de especies más, ecosistemas en-teros y el sustento económico de gran parte de la pobla-ción humana mundial. Todos estos datos, estimaciones y conjeturas son frutode investigaciones y modelos predictivos a nivel global.

Texto: Pablo Lozano. Fotos: Proyecto MEDSEA

Traducción/Tradução: SMC” Comunicação.

LOS MODELOS GLOBALES QUE TRATAN DEPREDECIR LA BIOGEOQUÍMICA DEL OCÉANO SONDEMASIADO SIMPLES PARA ENTENDER LOSPROCESOS QUE TIENEN LUGAR EN UN MAR TANPECULIAR COMO EL MEDITERRÁNEO: UNAMASA DE AGUA PEQUEÑA, SEMICERRADA,VARIABLE Y MUY EXPUESTA A LOS IMPACTOSHUMANOS. ES POR ELLO QUE UN EQUIPOINTERNACIONAL DE CIENTÍFICOS SE HAPROPUESTO ESTUDIAR EL MEDITERRÁNEO ALDETALLE PARA TRATAR DE ENTENDER CÓMO LEAFECTA UNO DE LOS MAYORES PROBLEMAS DELOS OCÉANOS A NIVEL GLOBAL: LAACIDIFICACIÓN.

OS MODELOS GLOBAIS QUE TRATAM DEPREDIZER A BIOGEOQUÍMICA DO OCEANO SÃODEMASIADO SIMPLES PARA ENTENDER OSPROCESSOS QUE TÊM LUGAR EM UM MAR TÃOPECULIAR COMO O MEDITERRÂNEO: UMAMASSA DE ÁGUA PEQUENA, SEMIFECHADA,VARIÁVEL E MUITO EXPOSTA AOS IMPACTOSHUMANOS. É POR ISSO QUE UMA EQUIPEINTERNACIONAL DE CIENTISTAS SE PROPÔSESTUDAR O MEDITERRÂNEO AO DETALHE PARATRATAR DE ENTENDER COMO LHE AFETA UMDOS MAIORES PROBLEMAS DOS OCEANOS ANÍVEL GLOBAL: A ACIDIFICAÇÃO.

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Sin embargo, conocer los efectos de la acidificación a nivelregional requiere de un conocimiento más detallado de lasparticularidades de cada zona.Se considera el mar Mediterráneo como un océano a pe-queña escala. En un área restringida existe una variabili-dad y unos gradientes físico-químicos muy grandes. Im-portantes variables, como la salinidad, la temperatura, laestratificación o la alcalinidad tienden a ser mayores cuan-to más al Este nos dirijamos. Por otra parte, las aguas enalta mar tienen unas concentraciones de nutrientes en ge-neral muy bajas, lo que contrasta con muchas regionescosteras, donde los niveles son altos, llegando a sufrir enocasiones problemas de eutrofización a causa de las ac-tividades humanas.Para estudiar adecuadamente cómo cambian los ciclosbiogeoquímicos y los ecosistemas es fundamental repre-sentar la circulación general del Mediterráneo y la variabili-dad atmosférica en una escala muy fina. “El mar Medite-rráneo es a la vez demasiado complejo y demasiadopequeño para ser resuelto adecuadamente con modelosclimáticos a escala global”, explica Patrizia Ziveri, investi-gadora de la Universidad Autónoma de Barcelona y coor-dinadora del proyecto MedSeA (The Europeanproject onMediterranean Sea Acidification in a changing climate) fi-

entanto, conhecer os efeitos da acidificação a nível regio-nal requer de um conhecimento mais detalhado das par-ticularidades da cada zona.Considera-se o mar Mediterrâneo como um oceano a pe-quena escala. Em uma área restringida existe uma varia-bilidade e uns gradientes físico-químicos muito grandes.Importantes variáveis, como a salinidade, a temperatura, aestratificação ou a alcalinidade tendem a ser maioresquanto mais ao Leste nos dirigirmos. Por outra parte, aságuas em alto mar têm concentrações de nutrientes emgeral muito baixas, o que contrasta com muitas regiõescosteiras, onde os níveis são altos, chegando a sofrer emocasiões problemas de eutrofização por causa das ativi-dades humanas.Para estudar adequadamente como mudam os ciclos bio-geoquímicos e os ecossistemas é fundamental represen-tar a circulação geral do Mediterrâneo e a variabilidad at-mosférica em uma escala muito fina. “O mar Mediterrâneoé ao mesmo tempo demasiado complexo e demasiadopequeno para ser resolvido adequadamente com mode-los climáticos a escala global”, explica Patrizia Ziveri, pes-quisadora da Universidade Autônoma de Barcelona e co-ordenadora do projeto MedSeA (The Europeanproject onMediterranean Sea Acidification in a changing climate) fi-

Surgencias de CO2 en los fondos de la isla italiana de Ischia / Foto: Riccardo Rodolfo-Metalpa.CO2 nos fundos da ilha italiana de Ischia / Foto: Riccardo Rodolfo-Metalpa.

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Estos pequeños hidrozoos de la especie Porpita porpita miden menos de1 mm de diámetro y se recogieron en grandes cantidades en las muestrasde plancton.

Estes pequenos hidrozoos da espécie Porpita porpita medem menosde 1 mm de diâmetro e foram recolhidos em grandes quantidades nasamostras de plâncton.

Durante tres días de navegación por las costas de África, losinvestigadores no dejaron de ver extensos blooms de Velella velella,así como de otras especies de organismos gelatinosos. Esteejemplar portaba un gasterópodo del género Janthina que suele usara las medusas para crecer. Los científicos observaron también variastortugas para las que esta dupla es un auténtico manjar.

Durante três dias de navegação nas costas da África, os pesquisadoresnão deixaram de ver extensos blooms de Velella velella, assim como de outrasespécies de organismos gelatinosos. Este exemplar portava um gasterópododo gênero Janthina que costuma usar as medusas para crescer. Os cientistasobservaram também várias tartarugas para as quais esta dupla é um autênticomanjar.

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nanciado por la Unión Europea, que cuenta con la parti-cipación de 22 instituciones de 12 países y cuyo objetivoes estudiar la acidificación a nivel regional en este mar.Además, el Mediterráneo es un mar semicerrado rodea-do por 22 países con un importante desarrollo económicoy más 175 millones de personas en sus costas, lo que su-pone que esté muy expuesto a impactos antropogénicos:el aumento de la temperatura del agua, la sobrepesca, lallegada de especies invasoras, la contaminación o la eu-trofización. “Es fundamental estudiar la acidificación co-mo un impacto adicional, tanto para los ecosistemas co-mo para los diferentes sectores socioeconómicos”,apunta Ziveri. En este sentido, un equipo internacional de científicos, li-derados por la Universidad Autónoma de Barcelona, re-

nanciado pela União Européia, que conta com a partici-pação de 22 instituições de 12 países e cujo objetivo éestudar a acidificação a nível regional neste mar. Alémdisso, o Mediterrâneo é um mar semifechado rodeadopor 22 países com um importante desenvolvimentoeconômico e mais 175 milhões de pessoas em sua cos-ta, o que supõe que esteja muito exposto a impactos an-tropogênicos: o aumento da temperatura do água, a so-brepesca, a chegada de espécies invasoras, acontaminação ou a eutrofização. “É fundamental estudara acidificação como um impacto adicional, tanto para osecossistemas como para os diferentes setores socioe-conômicos”, aponta Ziveri. Neste sentido, uma equipe internacional de cientistas, li-derados pela Universidade Autônoma de Barcelona, per-

1. Si las emisiones de CO2 continúan al mismo ritmo elocéano será una vasta masa de agua corrosiva en la que la

mayoría de organismos no puedan crecer.2. Desde la cubierta los científicos observaron extensas

áreas cubiertas de medusas3. El muestreador de sedimento vuelve a bordo tras

completar la estación.4. Los científicos vacían el agua de las botellas de la roseta

para su posterior análisis

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corrieron durante algo más de un mes las aguas del Me-diterráneo a bordo del buque oceanográfico Ángeles Al-variño –perteneciente al Instituto Español de Oceanogra-fía (IEO)– para recabar información que permita evaluarlos impactos ecológicos y socioeconómicos de la acidifi-cación en este mar.La campaña, que se enmarca en el proyecto MedSeA, fi-nalizó el pasado 2 de junio en Barcelona. El equipo cientí-fico recorrió el Mediterráneo en dos etapas: una primerade Cádiz (España) a Heraklion (Grecia) y otra desde la ciu-dad griega citada hasta Barcelona. Recogieron un gran número de muestras de las aguas su-perficiales y del océano profundo para caracterizar el ci-clo del CO2 y de otros compuestos químicos en el aguay evaluar su impacto en determinados organismos y pro-cesos biogeoquímicos. Se muestrearon también aeroso-les, se realizaron arrastres de plancton, se tomaron mues-tras de la columna de agua y analizaron, y se recogieronsedimentos. Además, se desplegaron cuatro boyas bio-Argo que, al igual que las Argo, son instrumentos que re-alizan automáticamente perfiles de la columna de agua

correram durante algo mais de um mês as águas do Me-diterrâneo à bordo do navio oceanográfico Anjos Alvariño–pertencente ao Instituto Espanhol de Oceanografía(IEO)– para recolher informação que permita avaliar osimpactos ecológicos e socioeconômicos da acidificaçãoneste mar.A missão, no marco do projeto MedSeA, finalizou no últi-mo 2 de junho em Barcelona. A equipe científica perco-rreu o Mediterrâneo em duas etapas: uma primeira deCádiz (Espanha) a Heraklion (Grécia) e outra desde a ci-dade grega citada até Barcelona. Recolheram um grande número de mostras das águassuperficiais e do oceano profundo para caracterizar o ci-clo do CO2 e de outros compostos químicos na água eavaliar seu impacto em determinados organismos e pro-cessos biogeoquímicos. Foram recolhidas amostras deaerosois, foram realizados arrastos de plâncton, foramtomadas amostras da coluna de água e analisadas, e serecolheram sedimentos. Além disso, despregaram-sequatro boias bio-Argo que, igual que as Argo, são instru-mentos que realizam automaticamente perfis da coluna

1. Se as emissões de CO2 continuarem ao mesmo ritmo, ooceano será uma imensa massa de água corrosiva na qual amaioria dos organismos não poderá crescer.2. Os cientistas observaram extensas áreas cobertas deáguas-vivas.3. O amostrador de sedimento volta a bordo depois decompletar a amostragem.4. Os cientistas esvaziam a água das garrafas da roseta paraa sua posterior análise .

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midiendo, en este caso, además de temperatura y salini-dad, cantidad de clorofila.“Los principales objetivos de la campaña se cumplie-ron”, explica Patrizia Ziveri. “Sin embargo, sería funda-mental poder volver y monitorizar de manera continua-da los cambios y la variabilidad de los parámetrosestudiados”. Por el momento, los científicos tendrán queconformarse con esta fotografía del estado actual delMediterráneo. Una visión estática, seguramente sesga-da, pero que nos advierte claramente del oscuro futuroal que nos aproximamos.Ahora los científicos se apresuran a analizar los miles dedatos que han obtenido en la campaña y, aunque todavíaes pronto, se vislumbran ya algunos resultados. “La con-centración de CO2 antropogénico en el Mediterráneo esalta y ya ha penetrado en el océano profundo”, adelantaZiveri. “Los análisis de la columna de agua muestran unosvalores elevados comparados con otras zonas del mun-do, sin embargo, por el momento es difícil saber la velo-cidad a la que se acidifica el Mediterráneo pues los datosson limitados y el sistema muy complejo”, añade la in-vestigadora. En cuanto a los efectos de la acidificación en los organis-mos, el proyecto MedSeA se ha centrado en estudiar es-pecies endémicas y grupos y ecosistemas claves que po-drían ser muy sensibles al nuevo escenario. “Cuandoseleccionamos las especies objetivo consideramos variascosas: que fuesen únicos, que contribuyesen a la cons-trucción de hábitats, que jugasen un papel ecológico fun-damental o que tuviesen un gran valor económico”. Loscientíficos observaron que organismos como el coral ro-jo (Corallium rubrum), un organismo clave para la biodi-versidad del Mediterráneo, formador de arrecifes y em-

de água medindo, neste caso, além da temperatura e sa-linidad, quantidade de clorofila.“Os principais objetivos da campanha foram cumpridos”,explica Patrizia Ziveri. “No entanto, seria fundamental po-der voltar e monitorizar de maneira continuada as mu-danças e a variabilidade dos parâmetros estudados”. Pe-lo momento, os cientistas terão que conformar com estafotografia do estado atual do Mediterrâneo. Uma visãoestática, seguramente sesgada, mas que nos adverteclaramente do escuro futuro ao que nos aproximamos.Agora os cientistas se apressam a analisar os milharesde dados que têm obtido na missão e, ainda que cedo,vislumbram alguns resultados. “A concentração de CO2antropogênico no Mediterrâneo é alta e já tem penetra-do no oceano profundo”, adianta Ziveri. “As análises dacoluna de água mostram uns valores elevados compa-rados com outras zonas do mundo, no entanto, pelo mo-mento é difícil saber a velocidade à que se acidifica o Me-diterrâneo pois os dados são limitados e o sistema muitocomplexo”, acrescenta a pesquisadora. Quanto aos efeitos da acidificação nos organismos, oprojeto MedSeA centrou-se em estudar espécies endé-micas e grupos e ecossistemas finques que poderiam sermuito sensíveis ao novo palco. “Quando selecionamosas espécies objetivo consideramos várias coisas: quefossem únicos, que contribuíssem à construção de ha-bitats, que jogassem um papel ecológico fundamental ouque tivessem um grande valor econômico”. Os cientis-tas observaram que organismos como o coral vermelho(Corallium rubrum), um organismo finque para a biodi-versidade do Mediterrâneo, formador de arrecifes e em-blema das águas cristalinas que tanto apreciam os turis-tas, se vê gravemente afetados pelo pH da água.

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blema de las aguas cristalinas que tanto aprecian losturistas, se ve gravemente afectados por el pH del agua.También los mejillones (Mytilus galloprovincialis), unaespecie muy importante para la industria acuícola delMediterráneo. Pero, aunque los resultados apuntan a una pérdida debiodiversidad y de funciones de los ecosistemas, aún espronto para evaluar al detalle estos impactos. “Con Med-SeA esperamos obtener pronto una evaluación detalladay a gran escala del impacto ecológico y económico de laacidificación en el Mediterráneo”, sentencia Ziveri.Aparte de la acidificación, los científicos se encontrarondurante la campaña con otros asuntos que despertaronsu preocupación. Descubrieron que el Mediterráneo al-berga grandes cantidades de pequeñas partículas deplásticos que flotan en mar abierto. Es la primera vez quese hace un muestreo de este tipo en toda la cuenca me-diterránea y el hallazgo ha sorprendido a los científicos. Además, durante la campaña se observaron grandescantidades de medusas en la cuenca oeste del Medite-rráneo, especialmente de Pelagia noctiluca y Velella ve-lella. “Los datos obtenidos permitirán avanzar en el co-nocimiento de la ecología y fisiología de estas especies ydeterminar en qué medida el aumento de sus poblacio-nes se debe a los cambios ambientales inducidos por elhombre”, explica Ziveri.Y es que a la acidificación –que ya por sí sola es grave–hay que añadirle muchos otros impactos que actúan si-nérgicamente amenazando la salud del Mediterráneo. Elcalentamiento del agua, la sobrepesca, la contamina-ción… “Es difícil imaginar un futuro saludable para el Me-diterráneo si no se toman pronto decisiones drásticas pa-ra protegerlo”, asegura Ziveri.

Também os mexilhões (Mytilus galloprovincialis), umaespécie muito importante para a indústria aquícola doMediterrâneo. Mas, ainda que os resultados apontam a uma perda debiodiversidade e de funções dos ecossistemas, ainda écedo para avaliar ao detalhe estes impactos. “Com Med-SeA esperamos obter cedo uma avaliação detalhada e agrande escala do impacto ecológico e econômico da aci-dificação no Mediterrâneo”, sentencia Ziveri.Aparte da acidificação, os cientistas encontraram-se du-rante a missão com outros assuntos que acordaram suapreocupação. Descobriram que o Mediterrâneo albergagrandes quantidades de pequenas partículas de plásti-cos que flutuam em mar aberto. É a primeira vez que sefaz uma amostragem deste tipo em toda a bacia medi-terrânea e o achado tem surpreendido aos cientistas. Além disso, durante a missão foram observadas grandesquantidades de medusas na bacia oeste do Mediterrâ-neo, especialmente de Pelagia noctiluca e Velella velella.“Os dados obtidos permitirão avançar em o conheci-mento da ecologia e fisiologia destas espécies e deter-minar em que medida o aumento de suas populações sedeve às mudanças ambientais induzidos pelo homem”,explica Ziveri.E é que a acidificação –que por si só é grave– há que lheacrescentar muitos outros impactos que atuam sinergi-camente ameaçando a saúde do Mediterráneo. O aque-cimento da água, a sobrepesca, a contaminação… “É di-fícil imaginar um futuro saudável para o Mediterrâneo senão se tomam cedo decisões drásticas para o proteger”,assegura Ziveri.“É necessário reduzir os fatores de estrés ambiental co-mo a poluição, a sobrepesca ou a destruição de habitats;

A la izquierda: El equipo científico de MedSeA en la popa delbuque oceanográfico Ángeles Alvariño.A la derecha: este instrumento permite recoger muestrasmultiples de sedimentos de muy alta calidad. Los sedimentosrecogidos durante MedSeA permitirán comparerar la química delMediterráneo antes y después del desarrollo industrial.

À esquerda: A equipe científica de MedSeA na popa do naviooceanográfico Ángeles Alvariño.À direita: este instrumento permite recolher amostras multiplasde sedimentos de alta qualidade. Os sedimentos recolhidosdurante MedSeA permitirão comparar a química do Mediterrâneoantes e depois do desenvolvimento industrial.

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“Es necesario reducir los factores de estrés ambiental co-mo la polución, la sobrepesca o la destrucción de hábi-tats; crear Áreas Marinas Protegidas; y adoptar una políti-ca de reducción de emisiones de gases de efectoinvernadero”, propone la investigadora. La acidificación del océano tendrá grandes impactos so-cioeconómicos. El turismo se verá perjudicado debido ala pérdida de corales, praderas de Posidonia, y otros eco-sistemas clave en la calidad del agua y de las playas delMediterráneo. También la pesca extractiva y la acuicultu-ra se verán afectadas por la escasa biodiversidad de unmar más ácido.El ritmo actual de emisiones nos conduce a escenariospoco alentadores, escenarios que, por mucho que loscientíficos nos describan cada vez con más detalle, noqueremos imaginar. Las únicas soluciones requieren degrandes esfuerzos y cambios radicales de nuestro sistemaproductivo. Si las cosas no cambian el Mediterráneo pron-to será un mar corrosivo donde a la vida le cueste muchotrabajo crecer.

El futuro en el presenteExiste un lugar en el Mediterráneo en el que una surgencianatural de CO2 está permitiendo estudiar hoy lo que po-dría suceder en unos pocos años. La Tierra ha queridomostrarnos cómo podría ser el océano en un futuro cer-cano sino ponemos remedio al problema de la acidifica-ción y los científicos se apresuran a dar cuenta de estaadvertencia.Frente a las costas del sur de Italia se encuentra la isla deIschia, la más grande del archipiélago napolitano. Al Esteaparece un islote que durante la marea baja deja de serlo:Castelo Aragonese, una formación volcánica dominadapor una turística fortificación que 474 antes del nacimien-

criar Áreas Marinhas Protegidas; e adotar uma política deredução de emissões de gases de efeito estufa”, propõea pesquisadora. A acidificação do oceano terá grandes impactos socio-econômicos. O turismo se verá prejudicado devido à per-da de corais, pradarias de Posidonia, e outros ecossis-temas finque na qualidade da água e das praias doMediterrâneo. Também a pesca extrativa e a aquiculturase verão afetadas pela escassa biodiversidade de ummar mais ácido.O ritmo atual de emissões nos conduz a palcos poucoalentadores, palcos que, por muito que os cientistas nosdescrevam a cada vez com mais detalhe, não queremosimaginar. As únicas soluções requerem de grandes es-forços e mudanças radicais de nosso sistema produti-vo. Se as coisas não mudam o Mediterrâneo cedo seráum mar corrosivo onde à vida lhe custe muito trabalhocrescer.

O futuro no presenteExiste um lugar no Mediterrâneo no que uma ressurgen-cia natural de CO2 está permitindo estudar hoje o que po-deria suceder em uns poucos anos. A Terra tem tentadonos mostrar como poderia ser o oceano em um futuropróximo senão colocamos remédio ao problema da aci-dificação e os cientistas se apressam para dar conta des-ta advertência.Em frente à costa do sul da Itália encontra-se a ilha de Is-chia, a maior do arquipélago napolitano. Ao Leste apare-ce uma ilhota que durante a maré baixa deixa de ser:Castelo Aragonese, uma formação vulcânica dominadapor uma turística fortificação que 474 antes do nasci-mento de Cristo Hierón de Siracusa começou a construir.Nas águas, aos arredores da ilhota estão dominados por

Uno de los bellos atardeceres durante la campaña MedSeAUm dos belos entardeceres durante a missão MedSeA

Los científicos preparan las redes de plancton para muestrear lasuperficie del mar.Os cientistas preparam as redes de plâncton para amostragem dasuperficie do mar.

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1. Los científicos recuperan cores de sedimento en perfecto estado,sin perturbar, tal y como se encontraban en el fondoOs cientistas recuperam cores de sedimento em perfeito estado,sem perturbar, tal e como se encontravam no fundo.

2. La roseta oceanográfica permite recoger 24 muestras de agua adiferentes profundidades y, además, medir en continuo una seriede parámetros físico-químicos.A roseta oceanográfica permite recolher 24 amostras de água dediferentes profundidades e, além disso, medir de forma contínuauma série de parâmetros físico-químicos.

3. El equipo de MedSeA en el puerto de Cádiz, a punto de comenzarla campañaA equipe de MedSeA no porto de Cádiz, a ponto de começar amissão.

4. Este aparato se utiliza para filtrar grandes cantidades de agua adiferentes profundidades y poder contabilizar los elementos trazadel océano. Esta tarea se realiza en colaboración con el programainternacional GEOTRACE que durante la campaña lideró JordiGarcía Orellán Este aparelho é utilizado para filtrar grandes quantidades de águaa diferentes profundidades e poder contabilizar os elementos dooceano. Esta tarefa é feita em colaboração com o programainternacional GEOTRACE que durante a missão liderou JordiGarcía Orellán.

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to de Cristo Hierón de Siracusa comenzó a construir.Bajo las aguas, los alrededores del islote están domina-dos por surgencias de CO2, unas mayores y otras meno-res, lo que convierte a Castello Aragonese en un perfec-to laboratorio para estudiar los efectos de la acidificaciónen el océano. En un espacio reducido encontramos unamplio gradiente de concentraciones de este gas en elagua afectando los mismos ecosistemas.Científicos de la Universidad de California en Davis se haninstalado en este perfecto laboratorio para estudiar cómose adaptan los organismos marinos a diferentes concen-traciones de CO2 y las conclusiones de su trabajo son unaadvertencia clara: la acidificación provoca una extinciónmasiva de especies en los ecosistemas marinos.Su estudio, publicado recientemente en la revista Pro-ceedings of the National Academy of Sciences, con-cluye que la acidificación no solo afecta a las especiesde manera individual –como ya habían demostradootros trabajos–, sino que degrada ecosistemas ente-ros. “El aumento del CO2 en el agua homogeniza losecosistemas, haciendo que estos estén dominados porpocas especies”, explica Kristy Kroeker, autora princi-pal del artículo.Los científicos seleccionaron tres zonas del bentos roco-

ressurgencias de CO2, umas maiores e outras menores, oque converte a Castello Aragonese em um perfeito labo-ratório para estudar os efeitos da acidificação no ocea-no. Em um espaço reduzido encontramos um amplo gra-diente de concentrações deste gás em o água afetandoos mesmos ecossistemas.Cientistas da Universidade de Califórnia em Davis insta-laram-se neste perfeito laboratório para estudar como seadaptam os organismos marinhos a diferentes concen-trações de CO2 e as conclusões de seu trabalho são umaadvertência clara: a acidificacão provoca uma extinçãoem massa de espécies nos ecossistemas marinhos.Seu estudo, publicado recentemente na revista Procee-dings of the National Academy of Sciences, conclui que aacidificação não só afeta às espécies de maneira indivi-dual –como já tinham demonstrado outros trabalhos–,senão que degrada ecossistemas inteiros. “O aumentodo CO2 na água homogeniza os ecossistemas, fazendoque estes estejam dominados por poucas espécies”, ex-plica Kristy Kroeker, autora principal do artigo.Os cientistas selecionaram três zonas dos bentos rocho-sos que rodeiam Castello Aragonese: uma com baixaacidez, uma com alta e uma terça extremamente alta. Es-tas condições representam, segundo os autores, as con-

1. La campaña recorrió todo elMediterráneo en dos etapasdiferenciadas: de Cádiz aHeraklion y de Heraklion aBarcelona.

1. A missão percorreu todo oMediterrâneo em duas etapasdistintas: de Cádiz aHeraklion e de Heraklion aBarcelona.

2. Los pequeños hidrozoosPorpita porpita en primerplano

2.Os pequenos hidrozoosPorpita porpita em primeiroplano.

3. El coral rojo (Coralliumrubrum) es una de lasespecies más sensibles delMediterráneo a laacidificación / Foto: LorenzoBramanti

3. O coral vermelho (Coralliumrubrum) é uma das espéciesmais sensíveis doMediterrâneo à acidificação /Foto: Lorenzo Bramanti.

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so que rodea Castello Aragonese: una con baja acidez,una con alta y una tercera extremadamente alta. Estascondiciones representan, según los autores, las condicio-nes del océano en el presente y en los años 2100 y 2500respectivamente.En primer lugar extrajeron todos los organismos de lastres áreas de estudio y posteriormente, durante tres años,bucearon cada pocos meses para monitorizar la coloni-zación de cada zona por las distintas especies.Los científicos observaron que cuanto menor era la aci-dez mayor número de especies repoblaban la zona. Porotra parte, en las áreas de alta y muy alta acidez las algascrecieron de forma constante al no existir erizos y otrosherbívoros que controlan su proliferación. Y es que sonjusto estas especies, según los autores, las más vulnera-bles a la acidificación."Nuestra investigación muestra cómo sin la presencia deestos herbívoros debido a la acidificación se produce unefecto en cascada que degrada todo el ecosistema”, ex-plica Kroeker.

dições do oceano no presente e nos anos 2100 e 2500respectivamente.Em primeiro lugar extraíram todos os organismos das trêsáreas de estudo e posteriormente, durante três anos,mergulharam a cada poucos meses para monitorar a co-lonização de cada zona pelas diferentes espécies.Os cientistas observaram que quanto menor era a acidezmaior número de espécies povoavam a zona. Por outraparte, nas áreas de alta e muito alta acidez as algas cres-ceram de forma constante ao não existir ouriços e outrosherbívoros que controlam sua proliferação. E é que sãojusto estas espécies, segundo os autores, as mais vul-neráveis à acidificação."Nossa pesquisa mostra como sem a presença destesherbívoros devido a acidificação se produz um efeitoem cascata que degrada todo o ecossistema”, explicaKroeker.

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