lona 593 - 21/09/2010

8
Curitiba, terça-feira, 21 de setembro de 2010 - Ano XII -Número 593 Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected] DIÁRIO d o B R A S I L Vendas crescem 13,54% em Curitiba e Região Metropolitana O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou aumento de vendas do comércio no país no mês de julho. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira e registraram alta de 10,9% com relação ao mesmo período de 2009. Na capital paranaense, os números acompanharam a tendência nacional e alcançaram a marca de 13,54% de crescimento. Pág. 3 SXC/Stella Levi Boca Maldita reúne manifestantes em prol do meio ambiente Págs. 4 Volume inadequado dos aparelhos de som pode prejudicar a audição Meio Ambiente Pág. 7 Saúde

Upload: laboratorio-da-noticia

Post on 07-Mar-2016

223 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

JORNAL LABORATÓRIO DIÁRIO DO CURSO DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE POSITIVO.

TRANSCRIPT

Page 1: LONA 593 - 21/09/2010

Curitiba, terça-feira, 21 de setembro de 2010 - Ano XII -Número 593Jornal-Laboratório do Curso de Jornalismo da Universidade Positivo [email protected]

DIÁRIO

do

BRASIL

Vendas crescem 13,54% em

Curitiba e Região Metropolitana

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)apontou aumento de vendas do comércio no país nomês de julho. Os dados foram divulgados nestasegunda-feira e registraram alta de 10,9% com relaçãoao mesmo período de 2009. Na capital paranaense,os números acompanharam a tendência nacional ealcançaram a marca de 13,54% de crescimento.

Pág. 3

SXC/Stella Levi

Boca Maldita reúnemanifestantes em prol domeio ambiente

Págs. 4

Volume inadequado dosaparelhos de sompode prejudicar a audição

Meio Ambiente

Pág. 7

Saúde

Page 2: LONA 593 - 21/09/2010

Curitiba, terça-feira, 21 de setembro de 20102

OpiniãoReitor: José Pio Martins.Vice-Reitor: Arno Anto-nio Gnoatto; Pró-Reitorde Graduação: RenatoCasagrande; Pró-Reitorde Planejamento e Ava-liação Institucional: Cos-me Damião Massi; Pró-Reitor de Pós-Gradua-ção e Pesquisa e Pró-Reitor de Extensão: Bru-no Fernandes; Pró-Reitorde Administração: ArnoAntonio Gnoatto; Coor-denador do Curso deJornalismo: Carlos Ale-xandre Gruber de Cas-tro; Professores-orienta-dores: Ana Paula Mira eMarcelo Lima; Editores-chefes : Daniel Castro( c a s t r o l o n a @ g m a i l .com.br), Diego Henriqueda Silva ([email protected]) e NathaliaCavalcante ([email protected]) .

“Formar jornalistas comabrangentes conheci-mentos gerais e huma-nísticos, capacitação téc-nica, espírito criativo eempreendedor, sólidosprincípios éticos e res-ponsabilidade social quecontribuam com seu tra-balho para o enriqueci-mento cultural, social,político e econômico dasociedade”.

O LONA é o jornal-laboratório diário doCurso de Jornalismo daUniversidade Positivo –UPRedação LONA: (41)3317-3044 Rua Pedro V.Parigot de Souza, 5.300 –Conectora 5. CampoComprido. Curitiba-PR- CEP 81280-30. Fone(41) 3317-3000

Expediente

Missão docursode Jornalismo

Tim-Tim! A televisão brasileira comemorou no último sábado60 anos de muitas histórias e sucessos! Ao longo de seis décadas,o maior veículo de comunicação de massa serviu para unir brasi-leiros e transformar o país de norte a sul.

A velha senhora, por vezes demonizada nos cursos de Comu-nicação Social por ser a responsável pela alienação do público,do atraso cultural e da manipulação dos fatos, ainda continua sen-do a minha grande paixão. A televisão, no Brasil, é fruto do sonhode um homem que não media esforços para vê-los realizados. As-sis Chateubriand foi chamado de louco, porque afinal ninguémpor aqui sabia fazer o novo veículo. No entanto, ele não desistiu.Importou câmeras, switcher e todos os equipamentos necessáriospara que a TV entrasse no ar. Reza a lenda que, após instaladostodos os equipamentos, os engenheiros disseram a Assis que esta-va tudo pronto para entrar no ar, porém não havia receptadores.Assis não se deixou abalar. Importou 200 aparelhos e instalou emdiversos pontos de São Paulo e em algumas casas da elite.

Finalmente, em 18 de setembro de 1950, entrava no ar a PRF3TV Tupi de São Paulo, apresentando Lolita Rodrigues cantando ohino da televisão brasileira (já que a Hebe Camargo preferiu ir na-morar a participar da cerimônia). Ao final das transmissões, Cas-siano Gabus Mendes teria perguntado: "O que colocaremos no aramanhã?".

Hoje, 60 anos depois, a TV sabe muito bem o que colocar no artodos os dias, tendo se transformando numa indústria. Dos áure-os tempos dos anos 50 e 60, dos primeiros programas e das pri-meiras novelas, a grande coqueluche de criatividade dos anos 70e 80, a televisão merece ser aplaudida em pé por todos.

O veículo que nasceu para ser uma extensão do rádio - "a in-formação com imagem" - trilhou um caminho próprio, baseado nasorte e na paixão de profissionais como Cassiano Gabus Mendes,Boni, Daniel Filho, Walter Clark, entre tantos outros nomes. Queessa velha senhora ainda continue viva por muitos anos, e quenunca se esqueça das suas histórias e do início em que tudo nãopassava de mero sonho de um homem da imprensa.

Willian Bressan

Um sonho há

60 anos no ar

A velha senhora, por vezes demonizada noscursos de Comunicação Social por ser a res-ponsável pela alienação do público, do atra-so cultural, e da manipulação dos fatos, ain-da continua sendo a minha grande paixão

Duas semanas separam o Brasil da próxima eleição. Mais duassemanas também para que possamos acompanhar a campanhadas candidatas e candidatos ao Palácio do Planalto.

A propaganda política tem se mostrado cada dia mais as-tuciosa, mas fiquemos certos de que nem sempre a estratégia ado-tada pelos marketeiros é a mais acertada, um exemplo disso sãoas propagandas dos partidos de menor expressão tais quais PCO,PR , PSTU e outros.

O que chama atenção é a preferência pelos pobres. Até mes-mo os chamados partidos de direita, como é o caso do PSDB, tra-zem em seus discurso presidencial a origem humilde do seu can-didato. “Quem é pobre me conhece, sabe o que eu fiz por eles...” éa fala de José Serra durante o espaço dos tucanos na propaganda.

Não cabe a mim dizer ou questionar neste escrito o que fezou não José Serra pelos pobres paulistanos, mas, da minha partecabe indagar: quem governa para os ricos?

O vice presidente da chapa de José Serra, Índio da Costa(DEM) traz consigo a ideologia do antigo PFL , hoje Democratas,de vertentes neo-liberais e é impossível não associar a máxima doideal capitalista à classe mais rica. Em quem os ricos vão votar?Decerto surge dessa dúvida grande parte dos 11% das intençõesde voto da candidata do Partido Verde, Marina Silva. As propos-tas da ex-ministra e senadora Marina giram em torno do desen-volvimento sustentável.

A modinha do ‘salve a natureza’ faz a classe média tipica-mente antenada às tendências pensar no 43. Além disso, as pro-postas de Marina Silva para educação, saúde e habitação são mui-to interessantes, ao passo que, não são de maneira nenhuma enfá-ticas no quesito distribuição de renda. Num outro nicho, os ma-rketeiros de Marina Silva apelam para Caetano Veloso, WagnerMoura e pessoas que são simpáticas a todas as classes sociais por-que aparecem na Globo.

Não tão sutil, Plínio de Arruda Sampaio, candidato doPSOL, ataca o capitalismo e faz críticas a todas e todos os candi-datos de todos os partidos e de todos os cargos. Se por quimerafosse eleito, Plínio provavelmente seria mais flexível e, por hora,aceitaria as formas humanizadoras do capitalismo, mesmo queeste seja desumano.

Ninguém quer se alinhar aos ricos de forma exclusiva oude forma aberta. Deve ser porque temos pouquíssimos ricos e mui-tíssimos pobres no Brasil. Por obséquio, desconsidere minha veiapartidária, mas temos que reconhecer que os pobres estão menospobres desde 2002, quando o presidente Lula tomou posse.

Deve ser por isso também que Dilma está tão à frente naspesquisas de intenção de voto. Os pobres que deixaram de ser po-bres votam Dilma. Os pobres que continuam pobres têm a espe-rança de melhorar de vida , por isso votam em Dilma (salvo aque-les que aparecem na propaganda eleitoral de José Serra). A classemédia de modinha vota em Marina Silva e a burguesia dominanteque tem medo do comunismo permanece com Serra, que mesmoalegando origem humilde e preocupação com os favelados, conti-nua sendo a esperança da riqueza.

E quemgoverna para

os ricos ?Aline Reis

Page 3: LONA 593 - 21/09/2010

Curitiba, terça-feira, 21 de setembro de 2010 3

Esta segunda-feira marcouo encerramento do prazo deinscrição para o vestibularda Universidade Federal doParaná (UFPR). Agora faltamsó dois meses para a provada primeira fase do vestibu-lar da Federal. E como andao coração e a rotina de estu-do dos que buscam uma vagana universidade?

Para Guilherme Rodri-gues, de 17 anos, que buscauma vaga na UTFPR no cur-so de Engenharia Mecatrôni-ca, a sua rotina foi impostapelo pai, que exige dele nomínimo cinco horas extras deestudo fora o tempo em sala

O Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE)divulgou nesta segunda-feiraque as vendas no comércio doBrasil aumentaram 0,4% em ju-lho, em se comparando com asdo mês anterior. Em relação aomesmo período do ano passa-do, o aumento foi de 10,9%.

O comércio de Curitiba eRegião Metropolitana vive umbom momento segundo pesqui-sa divulgada pela Federação doComércio do Paraná (FECO-MERCIO-PR). Dados mostramque as vendas cresceram13,54% no mês de julho em re-lação ao mesmo período do anopassado. Os números tambémsão melhores em relação aomês de junho deste ano.

As causas para a boafase do comércio são várias:adiantamento de parte do 13º sa-lário por alguma categorias detrabalhares, compra de produ-

tos relacionados à Copa doMundo e a chegada das fren-tes frias. Além disso, a estabi-lização dos preços foi impor-tante para o desempenho.

Ainda segundo a pes-quisa, mesmo após a extinçãodos benefícios fiscais para al-guns segmentos, o ramo de ve-ículos manteve bom desempe-nho, as lojas de departamen-tos e as de móveis, decora-ções e utilidades domésticascontinuaram com vendascrescentes, juntamente comos supermercados.

A melhoria de renda daclasse C e o processo de as-censão das classes D e E esti-mularam o consumo. Para oprofessor de Filosofia da Uni-versidade Positivo Pedro EloiRech, as ajudas, bolsas con-cedidas pelo governo, o au-mento do salário mínimo realacima da inflação, as negoci-

ações salariais e a melhor dis-tribuição de renda dentro daconcepção de classe contribuí-ram para que as classes C, D e Emovimentassem mais o comér-cio. “Além disso, o favorecimen-to do crédito, especialmente oconsignado, fez com que o Bra-sil passasse praticamente incó-lume pela crise no ano passa-do”, comenta.

O crescimento da deman-da e o receio de elevação da in-flação foram utilizados peloBanco Central como justificati-vas para elevar as taxas de jurosentre março e julho (de 8,75%para 10,75%), visando conterpossíveis pressões inflacioná-rias associadas à elevação da de-manda.

Setores

Em relação ao mês de ju-nho deste ano, os setores que

mais se beneficiaram com a boasituação do comércio foram aslivrarias e papelarias, por con-ta das voltas às aulas; de teci-dos, óticas e de vestuários, de-vido à chegada das frentes fri-as.

Os menores crescimen-tos foram registrados em cal-çados, cine-foto-som, farmáci-as e perfumarias.

Cuidados

Apesar de as vendascrescentes no primeiro semes-tre terem sido estimuladas porfatores como financiamentosmaiores, prazos extensos, ta-xas de juros assimiláveis, au-mento do emprego e maiormassa de salários, todos impor-tantes para o aquecimento daeconomia local, o endivida-mento crescente de parcela dapopulação irá requerer cuida-

dos a médio e longo prazoprincipalmente no que diz res-peito a compra de imóveis pelaredução do IPI e ocupação deimóveis novos que estão sendoentregues.

Tendências

As concessionárias deveículos conviveram com a re-dução das vendas, associadasà extinção da redução do IPI,mas mantiveram bom desempe-nho. Segundo as previsões, oslançamentos e as inovações po-dem agilizar o segmento.

Os combustíveis e lubri-ficantes devem ser beneficiadospelo número maior de carrosflex e poderão contribuir paraelevar o faturamento nos próxi-mos meses, associados à econo-mia aquecida e transporte demercadorias (produção-distri-buição-consumo).

de aula no cursinho.“Se eu não terminar

todos os exercícios que ocursinho aconselha a fazerem casa, meu pai não medeixa dormir, mas isso ébom, pois não acumulo ma-téria e fixo melhor o conteú-do”, reconhece o adolescen-te.

O professor de cursi-nho pré-vestibular Beto Mo-rais garante que a adrenali-na e o medo ajudam na horados estudos para obter umbom resultado na prova eingressar na universidade.“Acredito que sem receio oaluno não encontra garra

para superar os obstáculos.Esses jovens têm de colocar nacabeça que a concorrência égrande e só com determinaçãoe esforço o resultado pode serpositivo”, diz o professor.

A equipe de professoresde um dos cursinhos pré-ves-tibular mais tradicionais dacidade de Curitiba acreditaque a segurança maior temque vir por parte dos professo-res. Para o professor Ivo Car-raro, a palavra do docente temde ser forte e segura, assim osalunos sentem maior confian-ça para enfrentar as dificulda-des da concorrência do vesti-bular.

“O medo é um senti-mento natural do ser huma-no, porém o problema équando o medo passa paraum nível alto de ansiedade,prejudicando o aluno diretono seu emocional, dificultan-do o seu desempenho”, com-plementa o professor.

Vivian de OliveiraSantos diz ter um ótimo remé-dio para diminuir sua ansie-dade durante o ritmo de estu-dos. “Namorar deixa o meucoração mais calmo para en-carar os estudos, porém eusei que tenho que dividir omeu tempo entre os estudos eo meu namorado”.

Segundo a psicólogaMariana Pastuchi, especia-l i s ta em comportamentoadolescente, é muito impor-tante a família observar o jo-vem estudante e tentar nãopressionar na sua rotina deestudos, pois a pressão podeacabar desest imulando oadolescente ao longo da jor-nada de estudos. “As dúvi-das dentro da cabecinhadesses jovens já são muitas,porque fora a rotina e o ob-jetivo de querer passar naprova, muitos ainda têm quedecidir para que profissãovão prestar o vestibular”,afirma a psicóloga.

Fim do prazo de inscrição para vestibular da UFPR marca reta

final de preparação para os estudantesA ansiedade e o estresse podem diminuir o desempenho do aluno no dia da prova do vestibular

Marjori Von Jelita

Educação

Vendas de julho em Curitiba e Região Metropolitana crescem13,54% em relação ao mesmo período de 2009

Economia

Também ocorreu aumento com relação ao mês de junho deste ano, seguindo tendência nacional

Willian Bressan

Page 4: LONA 593 - 21/09/2010

Curitiba, terça-feira, 21 de setembro de 20104

Manuela GhizzoniNos últimos anos, a va-

riedade de aparelhos portá-t e i s q u e t o c a m m ú s i c a s ,como mp3 e mp4, cresceuconsideravelmente. Com opreço mais baixo e a capa-c idade de som cada vezmais alta, os mp3 se torna-ram instrumentos indispen-sáveis no dia a dia, especi-almente para crianças e jo-v e n s q u e p a s s a m h o r a splugados em seus fones deouvido.

Aos 18 anos, a estudanteCaroline Carboni garantenunca deixar de levar o seump3 player na bolsa. “Cos-tumo ouvir música umas trêshoras por dia. No trabalho,o volume é consideravel-mente baixo. Mas, quandov i a j o , c o s t u m o d e i x a r omais alto possível”. Porém,quando utiliza os fones deouvido por muito tempo, aestudante afirma sentir umpouco de incômodo. “Umd i a c h e g u e i a o u v i r u mzumbido no ouvido”.

Ass im como Carol ine ,várias pessoas estão sentin-do as consequências do usoprolongado de fones de ou-

Mais presentes no dia a dia, os aparelhos desom podem se tornar vilões para a saúde

O indivíduo podete r i r r i t ação napele, zumbidos edif iculdade paraentender o que aspessoas ao redore s tão f a l ando etambém de onde osom vem”

Danielle Guerra,fonoaudióloga

Diego Silva/LONA

Em

Diferente do que muitosp e n s a m , o s a p a r e l h o sconectados na tomada gas-tam, sim, energia, e isso trazum aumento significativo naconta da maioria da popu-lação. O modo de espera oustand-by, quando acionado,é responsável por 10% a15% do gas to mensa l daconta de luz de uma resi-dência. A estimativa é doe n g e n h e i r o e l e t r ô n i c oEmílio Casagrande.

As pessoas devem ficaratentas não só ao valor daconta, mas também na horade comprar o produto. ParaC a s a g r a n d e , o p r i n c i p a lerro das pessoas é achar queo modo stand-by não conso-me energia.

“As pessoas pensam ge-ralmente em um só aparelho,mas se esquecem que o dife-rencial no gasto é a soma detodos juntos, que ficam coma l u z v e r m e l h a a c e s a ” ,acrescenta. Para ele, os prin-cipais produtos que conso-mem energia são os quepossuem controle remoto.“Os equipamentos nuncasão desligados totalmente,porque precisam de energiapara ac ionar o s inal doscontroles”, af irma. Essesequipamentos geralmentesão o DVD, som e TV.

A família que gasta maisenergia no modo stand-by éa que tem mais recursos fi-nanceiros , pois possuemaparelhos mais sof ist ica-dos. E, segundo Emílio, os

Barbara Helenaaparelhos mais antigos ab-sorvem muito mais energiado que os novos.

“Antigamente, as empre-sas não se preocupavamcom o consumo dos apare-lhos nem o gasto deles. Já osmais novos atendem a exi-gências técnicas de órgãoscontro ladores” , d iz . Umexemplo da diferença é a te-levisão, que deve gastar nomáximo um watt por hora,mas no caso de um aparelhomais antigo, esse valor podechegar a dez watts/ horas.

Para o engenheiro eletrô-nico Jorge Silveira, se todoo consumo eletrônico destand-by de uma casa forsomado, o volume de ener-gia será, aproximadamente,de 50 watts/hora, referentea uma lâmpada acesa. Umexemplo que ele dá é o for-no de micro-ondas. “O apa-relho gasta mais quandoestá parado do que quandoé usado, pois o uso não pas-sa de alguns minutos, masele fica ligado na tomada odia todo”, reforça.

Segundo Silveira, a prin-cipal dica para diminuir aconta de luz no final do mêsé retirar o aparelho da toma-da quando não for mais usá-lo. “Se todos tiverem a cons-ciência de retirar da toma-da — não só quando foremviajar — os equipamentosnão gastarão tanto, e aindanão correrão o risco de umaforte descarga de energiaqueimá-los”, diz.

Muitos brasileiros reclamamdo valor da conta de luz,mas se esquecem que umsimples ato de retirar datomada os produtoseletrônicos que ficam nomodo stand-by deixaria aconta menos pesada para obolso de muitas famílias

stand-byAudição emAudição em

riscorisco

vido. A mais grave delas é asurdez. Em 2008, a UniãoEuropeia divulgou um estu-do assegurando que mais de10 milhões de pessoas cor-rem o risco de ficarem sur-das por causa do alto volu-me de seus aparelhos mp3.

A Organização Mundialda Saúde (OMS) afirma que10% da população possuialgum tipo de deficiênciaauditiva. De acordo com aOMS, a exposição excessivaa ruídos musicais é conside-rada a segunda maior cau-sa da perda de audição.

A f o n o a u d i ó l o g aDanielle Guerra explica quesinais de irritação e dor noouvido podem ser sintomasde danos na audição. “Oindivíduo pode ter irritaçãona pele, zumbidos e dificul-dade para entender o que aspessoas ao redor estão fa-lando e também de onde osom vem”.

Para quem sente que aaudição está prejudicada, omelhor a fazer é procurarajuda médica. “A primeiramedida a ser tomada é con-s u l t a r u m o t o r r i -

nolaringologista, para ser fei-ta uma limpeza no ouvido everificar se há outro empe-cilho para a pessoa não es-tar ouvindo bem. Depoissim, deve-se procurar umfonoaudiólogo para fazeruma audiometria e avaliar oquanto se está ouvindo am e n o s ” , a c o n s e l h aDanielle.

A perda audit iva éirreversível. Dessa forma,Danielle garante que o me-lhor a se fazer é prevenir fu-turos danos. “Não se deve fi-car em lugares com som mui-to alto e ruídos excessivos”.

Para quem não pretendedeixar de usar os fones deouvido, a fonoaudiólogaexplica qual é a maneiraidea l de ut i l izá - los . “Osaparelhos de hoje chegamaté 140 decibéis, sendo que85 são o ideal por oito ho-r a s . E n t ã o , a m e t a d e d osom do aparelho é o volu-me ideal. É possível tam-bém fazer um pequeno tes-te que é a pessoa que estáao seu lado, não ouvir amúsica que você está ou-vindo”.

Economia Saúde

Page 5: LONA 593 - 21/09/2010

Curitiba, terça-feira, 21 de setembro de 2010 5

Assim como qualqueroutro tema, a moda também in-vadiu e está ganhando, cadavez mais, seu espaço na inter-net. Temas como vestimentas,maquiagens, penteados e atémesmo comportamento estãopreenchendo blogs e sites deinúmeras pessoas.

De acordo com a blo-gueira e estudante de moda Le-tícia Vilela, o número de pesso-as que estão se dedicando aotrabalho de postar comentáriose opiniões sobre moda estácada dia maior.

“Hoje você encontramuita coisa sobre moda na in-ternet, assim como qualquer ou-tro assunto. E diferente do quemuita gente pensa, a moda estásendo abordada não só por es-tilistas e designers de moda,mas também por pessoas de ou-tras áreas.”

Para a professora e con-sultora de moda Marianne Ro-hrig, essa entrada na moda nainternet tem duas visões. Porum lado, existe a democratiza-ção da moda: muito mais pes-soas, agora, estão tendo acessoa esse mundo e estão podendocontribuir com a produção des-ses materiais. Por outro, a inter-net está causando uma “massi-ficação” da moda e com issomuito conteúdo se torna impró-prio, não-confiável e acaba,dessa forma, caindo no lugar-comum. “Hoje, é preciso sabero que achar e onde achar”, afir-mou.

Apesar do grande con-tingente de blogueiros de moda,a maioria ainda se encaixa nopúblico que procura esses as-suntos na internet. Como é ocaso da estudante Ana Paula

Grein, que diz acessar diari-amente sites sobre o assun-to.

“Eu fiz um curso demoda e lá eu aprendi que ainternet já faz parte do qua-dro da moda. Inclusive eutive professores que, cons-tantemente, estavam indi-cando sites para os alunose, também, pedindo suges-tões de outros endereços.”

Renata Alves, que es-tuda e trabalha com moda,também vê a internet comoalgo muito positivo para omundo da moda. “Eu leiotodos os dias sites e blogspara me inteirar das novastendências. E o melhor que ainternet me proporciona ésaber das novidades não sódo Brasil, mas do mundo in-teiro.”

Sites de relaciona-mento também estão propor-cionando novas formas deocupação para quem traba-lha com moda. A personalstylist, estilista e blogueiraCarolina Loff está se utili-zando de diversas vanta-gens da Internet para propi-ciar seu crescimento profis-sional.

Ela começou postan-do notícias e opiniões sobremoda por simples hobby.Hoje, com ferramentas comoo formspring – site de rela-cionamento em que as pesso-as fazem perguntas, anoni-mamente ou não, e o dono doperfil responde – ela já estáganhando patrocínios pu-blicitários e fazendo dinhei-ro com aquilo que começoucomo uma simples brinca-deira.

Internet embaladesenvolvimentoda moda

Maria Ester Chaves Niespodzinski

Internet

Rede mundial de computadores promovedemocratização do acesso às informações,mas também causa desconfiança comrelação ao seu conteúdo A era digital é também a

era do spam. Que usuário dainternet nunca foi vítima des-ses recadinhos desagradá-veis? O fato é que eles são cha-tos e, muitas vezes, são igno-rados — o que dificulta o tra-balho das bandas que utili-zam a internet para divulgarseus trabalhos. Pensando nis-so, alguns músicos fogem doclichê e usam a criatividade,fazendo arte também na horada divulgação. Esse é o casoda banda curitibana Sabone-tes.

Tudo começou no anode 2008, quando os rapazesmarcaram o primeiro show emSão Paulo. Eles ainda não ti-nham muito público na cida-de e contavam apenas com ainternet e muita imaginaçãopara resolver o problema. O re-sultado foi um vídeo classifi-cado como "nonsense e psico-délico", feito especialmentepara chamar a atenção daspessoas.

As chamadas “videoa-gendas” passaram a ser gra-vadas bimestralmente pelabanda, e são uma junção degravações de situações inusi-tadas, editadas e publicadasno youtube, com a lista dospróximos shows no final.

Os vídeos acabam fi-cando muito divertidos. Umexemplo disso é a videoagen-da #14, em que os quatro inte-grantes passeiam pela cidadede São Paulo grudados unsaos outros por uma fita laran-ja. Eles andam de metrô, ôni-bus, escada rolante e aindaatravessam avenidas movi-mentadas.

No processo de produ-ção dos vídeos, AlexandreGuedes, o “Cajinha”, bateris-ta da banda, assume a edição.O restante fica por conta da

criatividade de todos. “Namaioria das vezes, as ideiasaparecem na hora das filma-gens. A gente escolhe um lu-gar legal, pensa em algumacoisa legal pra fazer, vai lá efilma da melhor maneira pos-sível. No final, é sempre umasurpresa, até para o pessoalda banda”, conta o baterista.

As videoagendas se tor-naram uma marca do Sabone-tes. As pessoas comentam so-bre isso no twitter, nos showse dizem que eles são “aquelabanda que faz os vídeos malu-cos na internet”. Os rapazes,por sua vez, não pretendemparar tão cedo de divulgar osshows dessa maneira. Elesacreditam que os internautas

ARTE emvideoagendas

Jéssica Carvalho

assistem aos vídeos e, quandogostam, repassam para osamigos. Assim eles ganhammais público. Além disso, Ca-jinha afirma que as vídeoa-gendas não são só propagan-da: “Eu encaro esses vídeoscomo arte. A agenda de showsé como se fosse apenas umpretexto para eles existirem.Arte sempre vale a pena serfeita.”

As videoagendas po-dem ser encontradas no canalda banda no youtube, pelo en-dereço www.youtube.com/user/bandasabonetes, e mes-mo para quem não se interes-sa pelo pop rock dos curitiba-nos, elas são diversão garan-tida.

Banda Sabonetes utiliza as videoagendas para divulgarshows pelo país

As chamadas “videoagendas” passarama ser gravadas bimestralmente pela banda,e são uma junção de gravações desituações inusitadas, editadas e publicadasno youtube, com a lista dos próximosshows no final.

Page 6: LONA 593 - 21/09/2010

Curitiba, terça-feira, 21 de setembro de 20106

Eduardo MacariosEscreve quinzenalmente sobre literatura,sempre às terç[email protected]

Literatura

Esta não é uma coluna de re-senhas de livros, esta é uma co-luna sobre leitura, sobre gostarde livros. Não importa qual sejao livro ou como ele chegou atévocê. É uma coluna pra quem sedesespera ao ver que nunca vaiconseguir ler tudo o que gosta-ria. Porém, eu não gostava deler. Não lia quando era criançae não li nenhum dos livros quecaíram no vestibular. “QuincasBorba”? “Terras do sem fim”?“O pagador de promessas”?Não li. Não lia nenhuma revis-ta também, não por falta deoportunidade, alguém vai dizer.Eu tinha uma assinatura da Su-per (como é conhecida a revistaSuper Interessante para os ver-dadeiros leitores). Mas, confes-so, nunca li uma edição inteira.Pelo menos o verso da caixa decereal no café da manhã? Nemisso. E de quem é a culpa?

Mas aprendi a gostar de ler,demorou, é verdade. Não sógosto de ler como virei um cole-cionador de livros. A pilha delivros que estou lendo nãoacompanha o ritmo da minhaestante de livros não lidos. Soucriticado por isso, e falo pramim mesmo que só vou com-prar o próximo livro quando lertudo que tenho! Não dá, acabeide encomendar “A Vida modode Usar”, do Georges Perec, noEstante Virtual, por R$ 18, emperfeito estado!

Em um dos primeiros livrosque li, obras eram queimadas.Aliás, os bombeiros só eramchamados para queimá-los. Jáem outro, anos mais tarde, umescritor judeu-americano atra-vessa a Ucrânia atrás da histó-ria da sua família que sobrevi-veu a Segunda Guerra Mundi-al, acompanhado do seu ca-chorro Sammy Davies Junior Ju-nior, assim mesmo, com dois“Juniors”. Como eu cheguei atéesses livros não importa, podeser por indicação, ou a notíciade que tal livro vai virar filme,

ou até alguém que acabou de lere mal consegue se conter notwitter! Somos bombardeadosde informação por todos os la-dos, desde anúncio de shampoopra careca a um lançamento deum autor local na livraria doseu bairro, basta escolher o quevocê quer ler. Tem até gente quegosta dos mesmos livros quevocê e já pensou em tudo isso:A New Yorker publicou faz al-guns meses uma lista dos vinteautores americanos contempo-râneos de destaque com menosde 40 anos, só para citar umexemplo. O importante é vocêgostar do que está lendo, se nãoestiver, vá assistir TV, vá dor-mir, qualquer coisa, mas nãocontinue lendo isso. Você nun-ca vai terminar.

A verdade é que sou umeterno novato nesse mundo,mas vou lendo o que consigo.Nesse contexto se encaixa per-feitamente a frase do escritor in-glês Nick Hornby, que escreve

para a prestigiada revista ingle-sa Believer, justamente sobre li-vros: “Não quero receber ne-nhuma carta ou e-mail de nin-guém dizendo que eu gastomuito dinheiro em livros, mui-tos dos quais jamais lerei. Dis-so eu já sei, não é novidade.Certamente, pretendo lê-los to-dos, mais ou menos. Minhas in-tenções são boas. Ah, e depoistambém o dinheiro é meu.”

Citei:Quincas Borba, de Machado

de AssisTerras do Sem Fim, de Jorge

AmadoO Pagador de Promessas, de

Dias GomesFahrenheit 451, de Ray Bra-

dburyTudo Se Ilumina, de Jona-

than Safran FoerNew YorkerSuper InteressanteBelieverFresnei Polissilábico, de

Nick Hornby

Eu não gostava de ler

Fotos: Divulgação

Álbuns clássicos

Ícone do punk, o Sex Pis-tols definiu um estilo, criouum gênero musical.

Com o lema “do it your-self”, faça você mesmo, osPistols popularizaram aschamadas músicas de trêsacordes. A ideia do punk eraque qualquer pessoa pudes-se fazer música, que não eranecessário o virtuosismo dasbandas progressivas quedominavam a cena musicalda época, como o Genesisou o Yes, para um garoto cri-ar uma canção.

A bandeira do punk foilevantada para se opor aoideal hippie de paz e amor.Numa Inglaterra abaladapelo desemprego, a pergun-ta era: o que poderia um jo-vem da classe operária fa-zer, além de montar umabanda de rock?

A história conta que o es-tilista Malcolm McLaremcriou a banda. Malcolm tinhauma loja de roupas chamadaSex, em Londres, e teria esco-lhido a dedo os integrantes dabanda. Steve Jones e PaulCook (respectivamente guitar-rista e baterista) eram fre-quentadores da Sex. Glen Ma-tlock, baixista, trabalhava naloja aos sábados. Faltava es-colher um vocalista.

Depois de descartar ocrítico Nick Kent e ocantor Richard Hellpara a vaga, a bandafez um teste com umadolescente de dentespodres chamado JohnLydon. A “audição”foi feita própria loja,com o vocalista can-tando numa jukebox.Johnny, que nunca ti-nha cantado na vidaantes, foi aprovado,digamos, pela suapostura e comporta-mento anti-social. Em

Sex Pistols

Marcos AssisEscreve quinzenalmente sobre música,sempre às terç[email protected]

Álbum: Never Mind The BollocksAno de lançamento: 1977

resumo, era perfeito para avaga.

Para quem escuta as bandasque se dizem “punks” nos diasde hoje, e nunca ouviu os Pis-tols, o choque é imediato. JohnLydon, Joãozinho podre para osíntimos, era um tipo digamos,imprevisível. Cabelo espetadocor de cenoura, alguns dentespodres, roupas rasgadas e umaferocidade no palco fazem deLydon o estereótipo do punk.

No álbum estão hinos comoGod Save The Queen, uma sáti-ra do hino inglês “Deus salve aRainha”, onde a banda já dá otom do seu descaso com leis eordem. Anarchy in the UK é umpetardo, com sua letra caótica eum refrão destruidor, “I’m a an-tichrist, i’m a anarchist..." secontrapondo ao mundo flower-power do movimento hippie,mostrando que, já naquela épo-ca, de lindo e maravilhoso esteorbe azul não tinha quase nada.

Em 2007 a banda voltoupara fazer alguns shows. Os ve-lhinhos na casa dos 50 anosnão se fizeram de rogados, e,mantendo a ironia, Lydon de-clarou que voltaram apenaspelo dinheiro dos shows.

Hoje você vê um moleque decabelo azul, alargador na orelha,e camisa do NX Zero se dizen-do “o punk””. Bullshit! Ouça osPistols e descubra o que é punk.

Page 7: LONA 593 - 21/09/2010

Curitiba, terça-feira, 21 de setembro de 2010 7

O governo federal libe-rou, no dia 29 de julho, anova ata do Comitê de Polí-t ica Monetár ia do BancoCentral, o Copom, com osnovos valores da Taxa Selic:em vez de 0,75%, houve umaumento menor que o espe-rado, de apenas 0,5%, totali-zando 10,75% ao ano. Aoaumentar a taxa, o BancoCentral garantiu que a deci-são irá contribuir para a in-tensificação do "processo deredução de riscos para o ce-nário inflacionário que seconfigura desde a últ imareunião do Copom, e que sedeve à evolução recente defatores domésticos e exter-nos". Mas o que isso signifi-ca? A economista Cíntia Ru-bim explica.

O que é a Taxa Selic?A taxa Selic é a taxa bási-

ca de juros do país. Significa"Sistema Especial de Liqui-dação e Custódia" e é defini-da pelo Banco Central. Elaremunera os títulos da dívi-da, ou seja, os títulos que oTesouro Nacional emite.

Como ela afeta a econo-mia nacional?

Ela serve como referênciapara o sistema bancário e fi-nanceiro. Quando a taxa au-menta, espera-se que os ju-ros ao consumidor aumen-tem em alguns meses. Alémdisso, ela é utilizada hoje noBrasil como medida de con-trole da inflação. Ou seja,quanto maior o IPCA, o Índi-ce de Preços ao ConsumidorAmplo, cuja meta anual é de4,5%, mas o Banco Centraltende a aumentar os jurospara controlar o consumo.

A economia internacio-nal tem alguma relação comessa taxa? Em que sentido?

A taxa básica é definidadomesticamente, mas, emperíodo de crise mundial,

essa taxa tende a ser afetadano sentido de uma redução,para estimular o crédito, osinvestimentos e o consumo(o custo do capital cai).

O que significa esse au-mento da taxa em 0,5%, enão em 0,75%, como era es-perado pelos economistas?

O aumento de 0,5% signi-fica que provavelmente a in-flação anual do IPCA está sedirecionando para a meta es-tipulada para 2010, por issoum aumento menor do que oesperado.

E o bolso do consumidor,ele será afetado? Como?

O bolso do consumidor éafetado, já que elevações dejuros básicos tendem a refle-tir em maiores juros, comono de banco, em cartões e no

Por trás daTaxa Selic

Thomas Mayer Rieger

Economia

No dia em que é come-morado o Dia da Árvore have-rá eventos públicos no Centrode Curitiba durante a manhã ea tarde de hoje. Organizadospelos coletivos SociedadeChauá e Eco Berrantes, o “Ma-nifesto de Curitiba contra a De-gradação do Código Florestal”e a “Passeata em Defesa do Có-digo Florestal” visam lembrara importância da Constituiçãoque regulamenta ações e puni-ções da área ambiental.

Com início às 10 horas,o Manifesto acontecerá na BocaMaldita e prevê coleta de assi-naturas contra o Projeto de Lei

Ailime Kamaia

Manifesto afavor domeioambiente

Meio ambiente

que busca modificar o texto doCódigo Florestal Brasileiro.Além disso, haverá distribui-ção de material e informaçõesno local. A ação irá até as 18horas.

Já a Passeata tem comode partida a Praça Santos An-drade às 16 horas e percorreráa Rua XV de Novembro até aBoca Maldita.

Além dos eventos reali-zados hoje, ambos os coletivosestão com a campanha em de-fesa do Código Florestal emsuas páginas na internet. Paramais informações, acesse:http://www.chaua.org.br/ ehttp://ecoberrantes.weebly.com

cheque especial. Só que esseaumento não é imediato,mas a longo prazo.

Afinal de contas, a situa-ção econômica brasileiraestá favorável para investi-mentos?

Sim. No Brasil há uma efi-ciente política de controle dainflação, um mercado inter-no em ascensão, o quintomaior índice de competitivi-dade industrial e as taxas dedesemprego têm caído ou semantido estáveis. Tivemosuma boa recuperação da cri-se mundial de 2008, e os in-vestidores internacionais es-tão ot imistas quanto aorumo do crescimento econô-mico brasileiro deste ano de2010, que, para alguns ana-listas, beira os 7%.

Divulgação

Banco Central garantiu que a decisão irácontribuir para a intensificação do "processo deredução de riscos para o cenário inflacionário”

Divulgação/ Movimento com florestas

Divulgação/ Movimento com florestas

Page 8: LONA 593 - 21/09/2010

Curitiba, terça-feira, 21 de setembro de 20108

O teatro de rua é umadas manifestações mais anti-gas da cultura popular. Éapresentado em qualquer lu-gar público da cidade, semcusto algum. É permitido co-mer, beber, sair durante a apre-sentação ou até contracenarcom os atores.

No Brasil, esse tipo deteatro teve seu auge pouco an-tes da Ditadura Militar. De-pois disso, o regime autoritá-rio reprimiu uma série de ma-nifestações culturais no país,dentre elas o teatro de rua. Umreflexo disso é que até hoje essetipo de teatro é pouco pratica-do nas grandes cidades.

Um exemplo ocorre emCuritiba. Por mais que a cida-de seja a capital que promovao maior festival de teatro daAmérica Latina, ainda é caren-te desse tipo de cultura.

Alaor de Carvalho é atorde uma das poucas companhi-as de teatro que realizam es-petáculos de rua. Ele afirmaque é difícil encontrarmos ar-tistas realizando intervençõesurbanas, e que isso é muito im-portante para a formação dacultura.

“O teatro de rua é a de-mocratização da arte, comoqualquer cidadão que passaali pode assistir, a principalimportância é a acessibilida-de à arte do teatro. Pessoas queteoricamente não teriam comopagar para assistir um espe-táculo têm essa oportunidadeali, no meio do caminho.”

Alaor ressalta a impor-tância da discussão dentrodas universidades. “O teatrode rua ainda é visto como umaarte menor, assim como o tea-tro de bonecos, e acho impor-

Jessica Leite

Curitiba estácarente de teatrode rua

Cultura

tante trazer isso para dentrodos cursos universitários, prin-cipalmente os de artes cênicas,pois querendo ou não o teatrode rua é uma forma de propor-cionar cultura para todos.”

Por isso, a companhiaPalavração da UFPR criou umnúcleo de pesquisa de teatro derua. Os atores se reúnem du-rante três tardes por semanapara discutir o teatro de rua ede bonecos. Esses encontros járesultaram em um espetáculode mamulengos chamado “Asaventuras de uma viúva aluci-nada”, que é feito com bonecosde luva.

Marcio Bosi é ator e tra-balha na companhia. Ele afir-ma que, além de proporcionarcultura para todos, é superdi-vertido fazer teatro de rua. “Éum contato bem mais diretocom o público, sem contar queé um contato com diversos ti-pos de público, desde o mora-dor de rua até o grande empre-sário que para pra nos assis-tir.”

O teatro de rua é uma

manifestação que geralmen-te acontece só durante o fes-tival de teatro. Alaor, juntocom o grupo Arte da Comé-dia, está promovendo umencontro dos artistas de ruade Curitiba. “Nós descobri-mos que tem muito grupoque optou em trabalhar narua, mas só trabalham naépoca do festival. Nós esta-mos criando um movimentopara que isso aconteça du-rante o ano inteiro e que for-taleça esse tipo de trabalhoem Curitiba.”

Durante o primeiro en-contro, em agosto, houve amédia de 20 representantes.O próximo vai acontecer dia30 de setembro nas RuínasSão Francisco. “O interes-sante dessa reunião é conhe-cer um pouco mais dos gru-pos que estão nos bairros, ouaté mesmo na região metro-politana. Isso fez com que omovimento crescesse na ci-dade e ficasse mais fortecomo em São Paulo, Rio deJaneiro e Porto Alegre.”

Divulgação

O teatro de bonecos, assim o como de rua, é visto como uma“arte menor”

Menu

Nathalia Cavalcante

O poeta curitibano Paulo Leminski inspirou a criação da peça “Meta-formose Leminski - Reflexões De Um Herói Que Não Quer Virar Pe-dra”, do grupo Delírio. O drama dirigido por Edson Bueno é ligado àmitologia grega.

Metamorfose

A Cinemateca de Curitiba fazhomenagem ao compositorChopin no ano que de comemo-ração de 200 anos de seu nasci-mento. A programação da mos-tra apresenta filmes sobre a vidado concertista.

Desobediência

Onde: Cinemateca de CuritibaQuando: 22/09/2010 a 26/09/2010. Sessões às 15h45, 18h,19h15 e às 20h15Preço: Gratuito

O gaúcho Marlon de Azambuja expõe suas obras na mostra “ArteFavorece a Desobediência”. A exposição conta com colagens, dese-nhos, instalações, objetos, plantas e peça sonora que faz interven-ções no ambiente.

Onde: Ybakatu Espaço de Arte. Rua Itupava 414, Alto da XVQuando: Até 23/10. Terça a sexta das 14h às 19h e sábado das 10hàs 13hPreço: Gratuito

Divu

lgaç

ão

Concerto e cinema

Onde: Guairinha. RuaXV de Novembro, s/n°, CentroQuando: 22/09 a 26/09, às 20h. A últimaapresentação será às19h.Preço: R$ 20 inteira R$10 meia