logística de transportes e distribuição · pdf filelogística de...

47
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação a transporte, veremos, além dos conceitos técnicos da disciplina, os tipos de carga, as embalagens utilizadas no transporte, técnicas de preparação para o transporte, os modais utilizados para os transportes internos e internacionais, além de diversas curiosidades. Fazendo uma extensão ao assunto anterior,estudaremos também conceitos de distribuição física, o que tem forte base nos conceitos relativos a transporte. Analisaremos também estratégias para distribuição, além de questões sobre monitoramento de carga e terceirização de serviços de frete. Está pronto para seguir em frente? Então vamos lá!

Upload: dinhmien

Post on 07-Feb-2018

215 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

LOGIacuteSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUICcedilAtildeO

Neste moacutedulo estudaremos conceitos de transporte e distribuiccedilatildeo Com

relaccedilatildeo a transporte veremos aleacutem dos conceitos teacutecnicos da disciplina os

tipos de carga as embalagens utilizadas no transporte teacutecnicas de

preparaccedilatildeo para o transporte os modais utilizados para os transportes

internos e internacionais aleacutem de diversas curiosidades Fazendo uma

extensatildeo ao assunto anteriorestudaremos tambeacutem conceitos de distribuiccedilatildeo

fiacutesica o que tem forte base nos conceitos relativos a transporte

Analisaremos tambeacutem estrateacutegias para distribuiccedilatildeo aleacutem de questotildees sobre

monitoramento de carga e terceirizaccedilatildeo de serviccedilos de frete

Estaacute pronto para seguir em frente Entatildeo vamos laacute

2

Capiacutetulo 1

O PAPEL DO TRANSPORTE NA LOGIacuteSTICA

As atividades de comeacutercio e a necessidade de interaccedilatildeo com outras

localidades revelam a importacircncia do transporte de mercadorias e pessoas

no desenvolvimento de uma regiatildeo A zona produtora precisa distribuir seus

produtos para a zona de consumo A utilizaccedilatildeo racional dos meios de

transportes oferecida a preccedilos razoaacuteveis influi significativamente na

competitividade dos produtos comercializados O comeacutercio exterior tambeacutem

demanda eficiecircncia na produccedilatildeo e na negociaccedilatildeo das mercadorias A

colocaccedilatildeo de produtos no mercado externo exige o aproveitamento

adequado dos meios de transporte disponiacuteveis O transporte internacional eacute

fator fundamental na definiccedilatildeo do custo final da mercadoria e no

atendimento das condiccedilotildees pactuadas com o importador de prazo e

condiccedilotildees de entrega

Em Logiacutestica definimos transporte como a movimentaccedilatildeo de produtos entre

regiotildees geograacuteficas ou aacuterea de comeacutercio elevando o niacutevel de serviccedilo do

sistema logiacutestico Transportar significa movimentar bens ou pessoas de um

ponto para o outro

1 Natureza da carga transportada

Na identificaccedilatildeo danatureza da carga devemos observar os seguintes

aspectos

Perecibilidade

Fragilidade

Periculosidade

Dimensotildees

Pesos considerados especiais

As cargas satildeo classificadas em

Carga Geral carga embarcada com marca de identificaccedilatildeo e contagem de

unidades podendo ser soltas ou unitizadas

Soltas (natildeo unitizadas)itens avulsos embarcados separadamente em embrulhos fardos pacotes sacas caixas tambores etc Este tipo de carga gera pouca economia de escala para o veiacuteculo transportador

3

pois haacute significativa perda de tempo na manipulaccedilatildeo carregamento e descarregamento provocado pela grande quantidade de volumes e o iacutendice de risco eacute alto

Unitizadas agrupamento de vaacuterios itens em unidades de transporte tipo palete contecircineres etc

Carga a Granel (soacutelida ou liacutequida) carga liacutequida ou seca embarcada e

transportada sem acondicionamento sem marca de identificaccedilatildeo e sem

contagem de unidades (exemplos petroacuteleo mineacuterios trigo farelos e gratildeos

etc)

Figura 01 - Operaccedilatildeo em navio graneleiros

Neo-granel carregamento formado por conglomerados homogecircneos de

mercadorias de carga geral sem acondicionamento especiacutefico cujo volume

ou quantidade possibilita o transporte em lotes em um uacutenico embarque

(exemplo veiacuteculos)

Carga Perigosa aquela que por causa de sua natureza pode provocar

acidentes danificar outras cargas ou os meios de transporte ou ainda gerar

riscos para as pessoas e o meio ambiente

A IMCO - Organizaccedilatildeo Mariacutetima Consultiva Internacional classifica as cargas

segundo as seguintes classes

I ndash Explosivos

II ndash Gases

III - Liacutequidos inflamaacuteveis

IV ndash Soacutelidos inflamaacuteveis

V ndash Substacircncias oxidantes

VI ndash Substacircncias infecciosas

VII ndash Substacircnciasradioativas

VIII ndash Corrosivos

IX ndash Variedades de substacircncias perigosas

4

Carga Frigorificada necessita ser refrigerada ou congelada para conservar

as qualidades essenciais do produto durante o transporte (exemplos frutas

frescas pescados carnes etc)

Caso vocecirc precise transportar carga frigorificada natildeo esqueccedila que todos os acessoacuterios necessaacuterios para viabilizar seu transporte como o uso de geradores e equipamentos de isolamento teacutermicos vatildeo impactar seus custos logiacutesticos em sua operaccedilatildeo

Carga Heavy-lift satildeo formadas por cargas indivisiacuteveis (exemplo

equipamentos unidades fabris completas etc)

Agora que vocecirc jaacute sabe quais satildeo os tipos de cargas a serem

transportadas veremos a seguir como a carga deve ser preparada

antes do transporte de modo que sua integridade fiacutesica seja mantida

5

Capiacutetulo 2

PREPARACcedilAtildeO DA CARGA A SER TRANSPORTADA

Na preparaccedilatildeo para o transporte os produtos devem ser acondicionados em

um envoltoacuterio protetor que eacute a embalagem Estes envoltoacuterios devem atender

agraves condiccedilotildees de uso atuar na promoccedilatildeo e proteccedilatildeo dos produtos envolvidos

aleacutem de servir como instrumentos para o aumento da eficiecircncia na

distribuiccedilatildeo devido agrave facilidade no manuseio

Aleacutem da embalagem outro componente indispensaacutevel para o transporte eacute a

ldquopeaccedilatildeordquo de carga ou seja a amarraccedilatildeo ou acondicionamento correto da

carga na embalagem de forma que garanta a seguranccedila necessaacuteria para o

produto que seraacute transportado seja laacute qual for o modal escolhido

Figura 02 - Peaccedilatildeo de Carga

1 Embalagem

A logiacutestica de transporte e distribuiccedilatildeo de mercadorias envolve uma relaccedilatildeo

direta com a embalagem e com o modal a ser utilizado O grau de exposiccedilatildeo

a danos fiacutesicos o meio onde seraacute armazenado e a frequecircncia de manuseio

devem ser considerados no projeto da embalagem Caracteriacutesticas de

resistecircncia tamanho e configuraccedilatildeo dos envoltoacuterios determinam os

equipamentos necessaacuterios para a movimentaccedilatildeo empilhamento maacuteximo e

estabilidade das mercadorias no armazenamento O aprimoramento no

embarque de cargas teve um grande impulso com a utilizaccedilatildeo em larga

escala do conceito de carga unitizada Com isso a carga a ser transportada

teraacute todo um planejamento de transporte

O planejamento do transporte segundo Arbacheet al (2007) deve ter como

objetivos garantir que as operaccedilotildees ocorram de forma eficaz minimizar os

custos operacionais manter o niacutevel de serviccedilo da operaccedilatildeo e mostrar

flexibilidade para absorver variaccedilotildees durante processo

6

2 Unitizaccedilatildeo

Eacute o agrupamento de um ou mais itens de carga geral que seratildeo

transportados como uma unidade uacutenica e indivisiacutevel e tem a finalidade de

facilitar o manuseio movimentaccedilatildeo armazenagem e transporte da

mercadoria

As principais vantagens da unitizaccedilatildeo satildeo

Diminuiccedilatildeo das avarias e roubos de mercadorias

Incentivo da aplicaccedilatildeo do sistema door-to-door (porta a porta)

Melhoria no tempo de operaccedilatildeo de embarque e desembarque

Padronizaccedilatildeo internacional dos recipientes de unitizaccedilatildeo

Reduccedilatildeo do nuacutemero de volumes a manipular

Reduccedilatildeo dos custos de embarque e desembarque

Reduccedilatildeo de custo com embalagens

Figura 02 ndash Unitizaccedilatildeo

As formas mais comuns de unitizaccedilatildeo satildeo atraveacutes do uso dos seguintes

dispositivos

Palete eacute uma unidade semelhante a um estrado plano construiacutedo em

madeira alumiacutenio accedilo ou outro material resistente de modo a permitir a

movimentaccedilatildeo por meio de empilhadeiras bem como a um perfeito

empilhamento nos veiacuteculos e nos locais de armazenagem

Figura 03 - Palete

Fonte ndash WIKIMEDIA COMMONS

7

Os primeiros paletes tiveram sua aplicaccedilatildeo no transporte mariacutetimo na forma de estrado para agilidade das operaccedilotildees de estiva

Isotanque eacute um recipiente construiacutedo em accedilo inox accedilo carbono material

plaacutestico ou papelatildeo e criado para facilitar o transporte de mercadorias a

granel e suficientemente forte para resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees

adversas podendo ser ainda utilizados produtos a temperatura ambiente ou

temperatura controlada Na figura baixo exemplo de um contecirciner e

isotanquereefer

Figura 04 - Isotanque montado em um contecirciner reefer

FontehttpwwwagnamexcommxengShippingCompanieshtml

Big-bageacute um recipiente construiacutedo em fibras ou lonasde material plaacutestico

criado para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para

resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas Com a vantagem de

ocupar pouco espaccedilo quando do retorno (logiacutestica reversa)

Figura 05 - Big-bag

Fonte httpczchuangxinenmade-in-chinacomofferxbOnqNPoCYhgSell-PP-Cross-Corner-Baghtml

Contecirciner - eacute um recipiente construiacutedo em accedilo alumiacutenio ou fibra criado

para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para resistir

ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas

8

Figura 06 - Contecirciner

Fonte httpeconomiabaianacombr20110831a-movimentacao-de-conteineres-no-brasil-deve-crescer-10-neste-

ano

Os contecircineres possuem identificaccedilotildees com informaccedilotildees pertinentes agrave carga

estocada proprietaacuterio dentre outras As caracteriacutesticas de resistecircncia e

identificaccedilatildeo visam a dar ao contecirciner vantagens sobre os demais

equipamentos para unitizaccedilatildeo tais como seguranccedila inviolabilidade rapidez

na movimentaccedilatildeo e reduccedilatildeo de custos nos transportes Com a introduccedilatildeo na

aacuterea empresarial dos contecircineres a partir da deacutecada de 1960 a operaccedilatildeo

nos terminais ganhou maior agilidade jaacute que se tornaram mecanizada e

repetitiva diminuindo sobremaneira a utilizaccedilatildeo de matildeo-de-obra

Geralmente no transporte mariacutetimo os contecircineres mais utilizados medem

20rsquo peacutes (Twentyfeetequivalentunit - TEU) 40rsquo peacutes (Fortyfeetequivalentunit-

FEU) que serve de padratildeo para definiccedilatildeo de tamanho de navio porta-

contecirciner e como referecircncia para medir a performance de movimentaccedilatildeo dos

portos

Estufar ou ovar eacute o ato de encher o contecirciner com mercadorias podendo ser estas a granel embaladas ou paletizadas Desovar eacute o ato de retirar mercadorias do mesmo

Para balizar a discussatildeo mais especificamente sobre a utilizaccedilatildeo do

contecirciner como unidade de carga e acondicionamento das mercadorias LIMA

amp VELASCO (1999) apontam o comeccedilo dos anos 80 como a eacutepoca em que a

movimentaccedilatildeo das cargas sob essa nova sistemaacutetica passa a desempenhar

um papel de realce nas operaccedilotildees envolvendo o transporte nacional e

internacional a armazenagem e a movimentaccedilatildeo portuaacuteria das mercadorias

Desde entatildeo essa sistemaacutetica vem sendo responsaacutevel por significativas

transformaccedilotildees no modus operandi das empresas e dos portos no tocante agraves

operaccedilotildees de movimentaccedilatildeo de carga principalmente naquelas realizadas

dentro de um mesmo porto e entre portos diferentes

9

Anteriormente vimos os tipos de cargas e o modo em que devemos

preparaacute-las para o correto transporte de modo que sejam evitadas

avarias e acidentes A seguir vocecirc vai compreender o que eacute um modal

de transporte e conhecer seus principais tipos

10

Capiacutetulo 3

MODAIS DE TRANSPORTE

Conforme Lourenccedilo (2001)um aspecto importante na gerecircncia de transportes

eacute a coordenaccedilatildeo com asatividades restantes na empresa especialmente

relacionadas a depoacutesitos eao serviccedilo de atendimento ao cliente Em alguns

casos o transporte eacute ouacuteltimo contato com o cliente e consequentemente as

companhias devemprestar atenccedilatildeo em cumprir as expectativas do cliente e

usar esterelacionamento para melhorar suas vendas

Na escolha do meio mais adequado ao transporte eacute necessaacuterio estudar todas

as rotas possiacuteveis estudando os modais mais vantajosos em cada percurso

Devem-se levar em conta criteacuterios tais como menor custo capacidade de

transporte natureza da carga versatilidade seguranccedila consistecircncia e

rapidezOs transportes satildeo classificados de acordo com o meio fiacutesico em

bull Terrestre rodoviaacuterio ferroviaacuterio e dutoviaacuterio bull Aquaviaacuterio mariacutetimo lacustre e hidroviaacuterio bull Aeacutereo

E quanto agrave forma

Unimodal envolve apenas uma modalidade

Intermodal envolve mais de uma modalidade e para cada trecho modal eacute

realizado um contrato

Multimodal envolve mais de uma modalidade poreacutem regido por um uacutenico

contrato

Segmentados envolve diversos contratos para diversos modais

Sucessivos quando a mercadoria para alcanccedilar o destino final necessitar

ser transbordada para prosseguimento em veiacuteculo da mesma modalidade de

transporte (regido por um uacutenico contrato)

Todas as modalidades tecircm suas vantagens e desvantagens Algumas satildeo

adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras natildeo

Veja a seguir os tipos de modais

11

1 Transporte Mariacutetimo

Figura 07

Fonte httpwwwbemparanacombrindexphp

O transporte mariacutetimo eacute o modal mais utilizado no comeacutercio internacional No

Brasil responde por mais de 90 do transporte internacional devido agrave

possibilidade de navegaccedilatildeo interior atraveacutes de rios e lagos Os portos

desempenham um papel importante como elo entre os modais terrestres e

mariacutetimos Tem uma funccedilatildeo adicional de amortecer o impacto do fluxo de

cargas no sistema viaacuterio local atraveacutes da armazenagem e da distribuiccedilatildeo

fiacutesica

Vantagens

Maior capacidade de carga

Carrega qualquer tipo de carga

Menor custo de transporte

Desvantagens

Necessidade de transbordo nos portos

Distacircncia dos centros de produccedilatildeo

Maior exigecircncia de embalagens

Menor flexibilidade nos serviccedilos aliados a frequentes congestionamentos nos portos

11 Categorias de transporte

Cabotagem navegaccedilatildeo realizada entre portos ou pontos do territoacuterio

brasileiro utilizando a via mariacutetima ou entre esta e as vias navegaacuteveis

interiores

Existe principalmente para atender a distribuiccedilatildeo fiacutesica em localizaccedilatildeo

geograacutefica extrema como da regiatildeo Sul para o Norte e Nordeste e vice-versa

ainda que para as demais regiotildees possa ser uma alternativa competitiva

12

Segundo a CNT atualmente representa 12 da matriz do transporte no

Brasil Entretanto o modo mariacutetimo de cabotagem perdeu competitividade

nos fretes devido ao desenvolvimento do modo rodoviaacuterio (RORATO 2003)

Navegaccedilatildeo interior realizada em hidrovias interiores ou lagos em percurso

nacional ou internacional

Navegaccedilatildeo de Longo Curso realizada entre portos brasileiros e de outros

paiacuteses

12 Tipos de navios

Os navios satildeo construiacutedos de forma adequada com a natureza da carga a

ser transportada (embalada e unitizada embalada fracionada granel soacutelido

granel liacutequido etc) ou ateacute em relaccedilatildeo agrave unidade de carga a ser utilizada

com o objetivo de atender a suas necessidades especiacuteficas Os principais

tipos satildeo

a) Cargueiro Convencional para o transporte de carga geral com os porotildees divididos de forma a atender diferentes tipos de carga

Figura 08

Fonte httplitoralonlinezipnetarch2007-08-05_2007-08-11html

b) Graneleiro visando ao transporte de graneacuteis soacutelidos (geralmente tem baixo custo operacional)

Figura 09

Fonte httppontoaportoblogspotcom200903questao-da-soja-transgenica-e-embarqueshtml

13

c) Tanque destina-se ao transporte de graneacuteis liacutequidos

Figura 10 - Gaseiro

Fonte - httpwwwjm1combr201002

d) Gaseiro destina-se ao transporte de gases

Figura 11

Fonte httpwwwabretiorgbrbetatipos_naviosphp

e) Full Container Shipou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de contecircineres que satildeo alocados atraveacutes de encaixes perfeitos

f) Roll-onRoll-off apropriado para o transporte de veiacuteculos que satildeo

embarcados e desembarcados atraveacutes de rampas com os seus proacuteprios movimentos Pode propiciar a conjugaccedilatildeo com o transporte terrestre ao carregar a proacutepria carreta ou o contecirciner sobre rodas (boogies)

Figura 12 - Exemplo de Roll-off

Fonte httpmetodologiacientifica-rosildablogspotcom200901estivahtml

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 2: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

2

Capiacutetulo 1

O PAPEL DO TRANSPORTE NA LOGIacuteSTICA

As atividades de comeacutercio e a necessidade de interaccedilatildeo com outras

localidades revelam a importacircncia do transporte de mercadorias e pessoas

no desenvolvimento de uma regiatildeo A zona produtora precisa distribuir seus

produtos para a zona de consumo A utilizaccedilatildeo racional dos meios de

transportes oferecida a preccedilos razoaacuteveis influi significativamente na

competitividade dos produtos comercializados O comeacutercio exterior tambeacutem

demanda eficiecircncia na produccedilatildeo e na negociaccedilatildeo das mercadorias A

colocaccedilatildeo de produtos no mercado externo exige o aproveitamento

adequado dos meios de transporte disponiacuteveis O transporte internacional eacute

fator fundamental na definiccedilatildeo do custo final da mercadoria e no

atendimento das condiccedilotildees pactuadas com o importador de prazo e

condiccedilotildees de entrega

Em Logiacutestica definimos transporte como a movimentaccedilatildeo de produtos entre

regiotildees geograacuteficas ou aacuterea de comeacutercio elevando o niacutevel de serviccedilo do

sistema logiacutestico Transportar significa movimentar bens ou pessoas de um

ponto para o outro

1 Natureza da carga transportada

Na identificaccedilatildeo danatureza da carga devemos observar os seguintes

aspectos

Perecibilidade

Fragilidade

Periculosidade

Dimensotildees

Pesos considerados especiais

As cargas satildeo classificadas em

Carga Geral carga embarcada com marca de identificaccedilatildeo e contagem de

unidades podendo ser soltas ou unitizadas

Soltas (natildeo unitizadas)itens avulsos embarcados separadamente em embrulhos fardos pacotes sacas caixas tambores etc Este tipo de carga gera pouca economia de escala para o veiacuteculo transportador

3

pois haacute significativa perda de tempo na manipulaccedilatildeo carregamento e descarregamento provocado pela grande quantidade de volumes e o iacutendice de risco eacute alto

Unitizadas agrupamento de vaacuterios itens em unidades de transporte tipo palete contecircineres etc

Carga a Granel (soacutelida ou liacutequida) carga liacutequida ou seca embarcada e

transportada sem acondicionamento sem marca de identificaccedilatildeo e sem

contagem de unidades (exemplos petroacuteleo mineacuterios trigo farelos e gratildeos

etc)

Figura 01 - Operaccedilatildeo em navio graneleiros

Neo-granel carregamento formado por conglomerados homogecircneos de

mercadorias de carga geral sem acondicionamento especiacutefico cujo volume

ou quantidade possibilita o transporte em lotes em um uacutenico embarque

(exemplo veiacuteculos)

Carga Perigosa aquela que por causa de sua natureza pode provocar

acidentes danificar outras cargas ou os meios de transporte ou ainda gerar

riscos para as pessoas e o meio ambiente

A IMCO - Organizaccedilatildeo Mariacutetima Consultiva Internacional classifica as cargas

segundo as seguintes classes

I ndash Explosivos

II ndash Gases

III - Liacutequidos inflamaacuteveis

IV ndash Soacutelidos inflamaacuteveis

V ndash Substacircncias oxidantes

VI ndash Substacircncias infecciosas

VII ndash Substacircnciasradioativas

VIII ndash Corrosivos

IX ndash Variedades de substacircncias perigosas

4

Carga Frigorificada necessita ser refrigerada ou congelada para conservar

as qualidades essenciais do produto durante o transporte (exemplos frutas

frescas pescados carnes etc)

Caso vocecirc precise transportar carga frigorificada natildeo esqueccedila que todos os acessoacuterios necessaacuterios para viabilizar seu transporte como o uso de geradores e equipamentos de isolamento teacutermicos vatildeo impactar seus custos logiacutesticos em sua operaccedilatildeo

Carga Heavy-lift satildeo formadas por cargas indivisiacuteveis (exemplo

equipamentos unidades fabris completas etc)

Agora que vocecirc jaacute sabe quais satildeo os tipos de cargas a serem

transportadas veremos a seguir como a carga deve ser preparada

antes do transporte de modo que sua integridade fiacutesica seja mantida

5

Capiacutetulo 2

PREPARACcedilAtildeO DA CARGA A SER TRANSPORTADA

Na preparaccedilatildeo para o transporte os produtos devem ser acondicionados em

um envoltoacuterio protetor que eacute a embalagem Estes envoltoacuterios devem atender

agraves condiccedilotildees de uso atuar na promoccedilatildeo e proteccedilatildeo dos produtos envolvidos

aleacutem de servir como instrumentos para o aumento da eficiecircncia na

distribuiccedilatildeo devido agrave facilidade no manuseio

Aleacutem da embalagem outro componente indispensaacutevel para o transporte eacute a

ldquopeaccedilatildeordquo de carga ou seja a amarraccedilatildeo ou acondicionamento correto da

carga na embalagem de forma que garanta a seguranccedila necessaacuteria para o

produto que seraacute transportado seja laacute qual for o modal escolhido

Figura 02 - Peaccedilatildeo de Carga

1 Embalagem

A logiacutestica de transporte e distribuiccedilatildeo de mercadorias envolve uma relaccedilatildeo

direta com a embalagem e com o modal a ser utilizado O grau de exposiccedilatildeo

a danos fiacutesicos o meio onde seraacute armazenado e a frequecircncia de manuseio

devem ser considerados no projeto da embalagem Caracteriacutesticas de

resistecircncia tamanho e configuraccedilatildeo dos envoltoacuterios determinam os

equipamentos necessaacuterios para a movimentaccedilatildeo empilhamento maacuteximo e

estabilidade das mercadorias no armazenamento O aprimoramento no

embarque de cargas teve um grande impulso com a utilizaccedilatildeo em larga

escala do conceito de carga unitizada Com isso a carga a ser transportada

teraacute todo um planejamento de transporte

O planejamento do transporte segundo Arbacheet al (2007) deve ter como

objetivos garantir que as operaccedilotildees ocorram de forma eficaz minimizar os

custos operacionais manter o niacutevel de serviccedilo da operaccedilatildeo e mostrar

flexibilidade para absorver variaccedilotildees durante processo

6

2 Unitizaccedilatildeo

Eacute o agrupamento de um ou mais itens de carga geral que seratildeo

transportados como uma unidade uacutenica e indivisiacutevel e tem a finalidade de

facilitar o manuseio movimentaccedilatildeo armazenagem e transporte da

mercadoria

As principais vantagens da unitizaccedilatildeo satildeo

Diminuiccedilatildeo das avarias e roubos de mercadorias

Incentivo da aplicaccedilatildeo do sistema door-to-door (porta a porta)

Melhoria no tempo de operaccedilatildeo de embarque e desembarque

Padronizaccedilatildeo internacional dos recipientes de unitizaccedilatildeo

Reduccedilatildeo do nuacutemero de volumes a manipular

Reduccedilatildeo dos custos de embarque e desembarque

Reduccedilatildeo de custo com embalagens

Figura 02 ndash Unitizaccedilatildeo

As formas mais comuns de unitizaccedilatildeo satildeo atraveacutes do uso dos seguintes

dispositivos

Palete eacute uma unidade semelhante a um estrado plano construiacutedo em

madeira alumiacutenio accedilo ou outro material resistente de modo a permitir a

movimentaccedilatildeo por meio de empilhadeiras bem como a um perfeito

empilhamento nos veiacuteculos e nos locais de armazenagem

Figura 03 - Palete

Fonte ndash WIKIMEDIA COMMONS

7

Os primeiros paletes tiveram sua aplicaccedilatildeo no transporte mariacutetimo na forma de estrado para agilidade das operaccedilotildees de estiva

Isotanque eacute um recipiente construiacutedo em accedilo inox accedilo carbono material

plaacutestico ou papelatildeo e criado para facilitar o transporte de mercadorias a

granel e suficientemente forte para resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees

adversas podendo ser ainda utilizados produtos a temperatura ambiente ou

temperatura controlada Na figura baixo exemplo de um contecirciner e

isotanquereefer

Figura 04 - Isotanque montado em um contecirciner reefer

FontehttpwwwagnamexcommxengShippingCompanieshtml

Big-bageacute um recipiente construiacutedo em fibras ou lonasde material plaacutestico

criado para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para

resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas Com a vantagem de

ocupar pouco espaccedilo quando do retorno (logiacutestica reversa)

Figura 05 - Big-bag

Fonte httpczchuangxinenmade-in-chinacomofferxbOnqNPoCYhgSell-PP-Cross-Corner-Baghtml

Contecirciner - eacute um recipiente construiacutedo em accedilo alumiacutenio ou fibra criado

para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para resistir

ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas

8

Figura 06 - Contecirciner

Fonte httpeconomiabaianacombr20110831a-movimentacao-de-conteineres-no-brasil-deve-crescer-10-neste-

ano

Os contecircineres possuem identificaccedilotildees com informaccedilotildees pertinentes agrave carga

estocada proprietaacuterio dentre outras As caracteriacutesticas de resistecircncia e

identificaccedilatildeo visam a dar ao contecirciner vantagens sobre os demais

equipamentos para unitizaccedilatildeo tais como seguranccedila inviolabilidade rapidez

na movimentaccedilatildeo e reduccedilatildeo de custos nos transportes Com a introduccedilatildeo na

aacuterea empresarial dos contecircineres a partir da deacutecada de 1960 a operaccedilatildeo

nos terminais ganhou maior agilidade jaacute que se tornaram mecanizada e

repetitiva diminuindo sobremaneira a utilizaccedilatildeo de matildeo-de-obra

Geralmente no transporte mariacutetimo os contecircineres mais utilizados medem

20rsquo peacutes (Twentyfeetequivalentunit - TEU) 40rsquo peacutes (Fortyfeetequivalentunit-

FEU) que serve de padratildeo para definiccedilatildeo de tamanho de navio porta-

contecirciner e como referecircncia para medir a performance de movimentaccedilatildeo dos

portos

Estufar ou ovar eacute o ato de encher o contecirciner com mercadorias podendo ser estas a granel embaladas ou paletizadas Desovar eacute o ato de retirar mercadorias do mesmo

Para balizar a discussatildeo mais especificamente sobre a utilizaccedilatildeo do

contecirciner como unidade de carga e acondicionamento das mercadorias LIMA

amp VELASCO (1999) apontam o comeccedilo dos anos 80 como a eacutepoca em que a

movimentaccedilatildeo das cargas sob essa nova sistemaacutetica passa a desempenhar

um papel de realce nas operaccedilotildees envolvendo o transporte nacional e

internacional a armazenagem e a movimentaccedilatildeo portuaacuteria das mercadorias

Desde entatildeo essa sistemaacutetica vem sendo responsaacutevel por significativas

transformaccedilotildees no modus operandi das empresas e dos portos no tocante agraves

operaccedilotildees de movimentaccedilatildeo de carga principalmente naquelas realizadas

dentro de um mesmo porto e entre portos diferentes

9

Anteriormente vimos os tipos de cargas e o modo em que devemos

preparaacute-las para o correto transporte de modo que sejam evitadas

avarias e acidentes A seguir vocecirc vai compreender o que eacute um modal

de transporte e conhecer seus principais tipos

10

Capiacutetulo 3

MODAIS DE TRANSPORTE

Conforme Lourenccedilo (2001)um aspecto importante na gerecircncia de transportes

eacute a coordenaccedilatildeo com asatividades restantes na empresa especialmente

relacionadas a depoacutesitos eao serviccedilo de atendimento ao cliente Em alguns

casos o transporte eacute ouacuteltimo contato com o cliente e consequentemente as

companhias devemprestar atenccedilatildeo em cumprir as expectativas do cliente e

usar esterelacionamento para melhorar suas vendas

Na escolha do meio mais adequado ao transporte eacute necessaacuterio estudar todas

as rotas possiacuteveis estudando os modais mais vantajosos em cada percurso

Devem-se levar em conta criteacuterios tais como menor custo capacidade de

transporte natureza da carga versatilidade seguranccedila consistecircncia e

rapidezOs transportes satildeo classificados de acordo com o meio fiacutesico em

bull Terrestre rodoviaacuterio ferroviaacuterio e dutoviaacuterio bull Aquaviaacuterio mariacutetimo lacustre e hidroviaacuterio bull Aeacutereo

E quanto agrave forma

Unimodal envolve apenas uma modalidade

Intermodal envolve mais de uma modalidade e para cada trecho modal eacute

realizado um contrato

Multimodal envolve mais de uma modalidade poreacutem regido por um uacutenico

contrato

Segmentados envolve diversos contratos para diversos modais

Sucessivos quando a mercadoria para alcanccedilar o destino final necessitar

ser transbordada para prosseguimento em veiacuteculo da mesma modalidade de

transporte (regido por um uacutenico contrato)

Todas as modalidades tecircm suas vantagens e desvantagens Algumas satildeo

adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras natildeo

Veja a seguir os tipos de modais

11

1 Transporte Mariacutetimo

Figura 07

Fonte httpwwwbemparanacombrindexphp

O transporte mariacutetimo eacute o modal mais utilizado no comeacutercio internacional No

Brasil responde por mais de 90 do transporte internacional devido agrave

possibilidade de navegaccedilatildeo interior atraveacutes de rios e lagos Os portos

desempenham um papel importante como elo entre os modais terrestres e

mariacutetimos Tem uma funccedilatildeo adicional de amortecer o impacto do fluxo de

cargas no sistema viaacuterio local atraveacutes da armazenagem e da distribuiccedilatildeo

fiacutesica

Vantagens

Maior capacidade de carga

Carrega qualquer tipo de carga

Menor custo de transporte

Desvantagens

Necessidade de transbordo nos portos

Distacircncia dos centros de produccedilatildeo

Maior exigecircncia de embalagens

Menor flexibilidade nos serviccedilos aliados a frequentes congestionamentos nos portos

11 Categorias de transporte

Cabotagem navegaccedilatildeo realizada entre portos ou pontos do territoacuterio

brasileiro utilizando a via mariacutetima ou entre esta e as vias navegaacuteveis

interiores

Existe principalmente para atender a distribuiccedilatildeo fiacutesica em localizaccedilatildeo

geograacutefica extrema como da regiatildeo Sul para o Norte e Nordeste e vice-versa

ainda que para as demais regiotildees possa ser uma alternativa competitiva

12

Segundo a CNT atualmente representa 12 da matriz do transporte no

Brasil Entretanto o modo mariacutetimo de cabotagem perdeu competitividade

nos fretes devido ao desenvolvimento do modo rodoviaacuterio (RORATO 2003)

Navegaccedilatildeo interior realizada em hidrovias interiores ou lagos em percurso

nacional ou internacional

Navegaccedilatildeo de Longo Curso realizada entre portos brasileiros e de outros

paiacuteses

12 Tipos de navios

Os navios satildeo construiacutedos de forma adequada com a natureza da carga a

ser transportada (embalada e unitizada embalada fracionada granel soacutelido

granel liacutequido etc) ou ateacute em relaccedilatildeo agrave unidade de carga a ser utilizada

com o objetivo de atender a suas necessidades especiacuteficas Os principais

tipos satildeo

a) Cargueiro Convencional para o transporte de carga geral com os porotildees divididos de forma a atender diferentes tipos de carga

Figura 08

Fonte httplitoralonlinezipnetarch2007-08-05_2007-08-11html

b) Graneleiro visando ao transporte de graneacuteis soacutelidos (geralmente tem baixo custo operacional)

Figura 09

Fonte httppontoaportoblogspotcom200903questao-da-soja-transgenica-e-embarqueshtml

13

c) Tanque destina-se ao transporte de graneacuteis liacutequidos

Figura 10 - Gaseiro

Fonte - httpwwwjm1combr201002

d) Gaseiro destina-se ao transporte de gases

Figura 11

Fonte httpwwwabretiorgbrbetatipos_naviosphp

e) Full Container Shipou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de contecircineres que satildeo alocados atraveacutes de encaixes perfeitos

f) Roll-onRoll-off apropriado para o transporte de veiacuteculos que satildeo

embarcados e desembarcados atraveacutes de rampas com os seus proacuteprios movimentos Pode propiciar a conjugaccedilatildeo com o transporte terrestre ao carregar a proacutepria carreta ou o contecirciner sobre rodas (boogies)

Figura 12 - Exemplo de Roll-off

Fonte httpmetodologiacientifica-rosildablogspotcom200901estivahtml

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 3: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

3

pois haacute significativa perda de tempo na manipulaccedilatildeo carregamento e descarregamento provocado pela grande quantidade de volumes e o iacutendice de risco eacute alto

Unitizadas agrupamento de vaacuterios itens em unidades de transporte tipo palete contecircineres etc

Carga a Granel (soacutelida ou liacutequida) carga liacutequida ou seca embarcada e

transportada sem acondicionamento sem marca de identificaccedilatildeo e sem

contagem de unidades (exemplos petroacuteleo mineacuterios trigo farelos e gratildeos

etc)

Figura 01 - Operaccedilatildeo em navio graneleiros

Neo-granel carregamento formado por conglomerados homogecircneos de

mercadorias de carga geral sem acondicionamento especiacutefico cujo volume

ou quantidade possibilita o transporte em lotes em um uacutenico embarque

(exemplo veiacuteculos)

Carga Perigosa aquela que por causa de sua natureza pode provocar

acidentes danificar outras cargas ou os meios de transporte ou ainda gerar

riscos para as pessoas e o meio ambiente

A IMCO - Organizaccedilatildeo Mariacutetima Consultiva Internacional classifica as cargas

segundo as seguintes classes

I ndash Explosivos

II ndash Gases

III - Liacutequidos inflamaacuteveis

IV ndash Soacutelidos inflamaacuteveis

V ndash Substacircncias oxidantes

VI ndash Substacircncias infecciosas

VII ndash Substacircnciasradioativas

VIII ndash Corrosivos

IX ndash Variedades de substacircncias perigosas

4

Carga Frigorificada necessita ser refrigerada ou congelada para conservar

as qualidades essenciais do produto durante o transporte (exemplos frutas

frescas pescados carnes etc)

Caso vocecirc precise transportar carga frigorificada natildeo esqueccedila que todos os acessoacuterios necessaacuterios para viabilizar seu transporte como o uso de geradores e equipamentos de isolamento teacutermicos vatildeo impactar seus custos logiacutesticos em sua operaccedilatildeo

Carga Heavy-lift satildeo formadas por cargas indivisiacuteveis (exemplo

equipamentos unidades fabris completas etc)

Agora que vocecirc jaacute sabe quais satildeo os tipos de cargas a serem

transportadas veremos a seguir como a carga deve ser preparada

antes do transporte de modo que sua integridade fiacutesica seja mantida

5

Capiacutetulo 2

PREPARACcedilAtildeO DA CARGA A SER TRANSPORTADA

Na preparaccedilatildeo para o transporte os produtos devem ser acondicionados em

um envoltoacuterio protetor que eacute a embalagem Estes envoltoacuterios devem atender

agraves condiccedilotildees de uso atuar na promoccedilatildeo e proteccedilatildeo dos produtos envolvidos

aleacutem de servir como instrumentos para o aumento da eficiecircncia na

distribuiccedilatildeo devido agrave facilidade no manuseio

Aleacutem da embalagem outro componente indispensaacutevel para o transporte eacute a

ldquopeaccedilatildeordquo de carga ou seja a amarraccedilatildeo ou acondicionamento correto da

carga na embalagem de forma que garanta a seguranccedila necessaacuteria para o

produto que seraacute transportado seja laacute qual for o modal escolhido

Figura 02 - Peaccedilatildeo de Carga

1 Embalagem

A logiacutestica de transporte e distribuiccedilatildeo de mercadorias envolve uma relaccedilatildeo

direta com a embalagem e com o modal a ser utilizado O grau de exposiccedilatildeo

a danos fiacutesicos o meio onde seraacute armazenado e a frequecircncia de manuseio

devem ser considerados no projeto da embalagem Caracteriacutesticas de

resistecircncia tamanho e configuraccedilatildeo dos envoltoacuterios determinam os

equipamentos necessaacuterios para a movimentaccedilatildeo empilhamento maacuteximo e

estabilidade das mercadorias no armazenamento O aprimoramento no

embarque de cargas teve um grande impulso com a utilizaccedilatildeo em larga

escala do conceito de carga unitizada Com isso a carga a ser transportada

teraacute todo um planejamento de transporte

O planejamento do transporte segundo Arbacheet al (2007) deve ter como

objetivos garantir que as operaccedilotildees ocorram de forma eficaz minimizar os

custos operacionais manter o niacutevel de serviccedilo da operaccedilatildeo e mostrar

flexibilidade para absorver variaccedilotildees durante processo

6

2 Unitizaccedilatildeo

Eacute o agrupamento de um ou mais itens de carga geral que seratildeo

transportados como uma unidade uacutenica e indivisiacutevel e tem a finalidade de

facilitar o manuseio movimentaccedilatildeo armazenagem e transporte da

mercadoria

As principais vantagens da unitizaccedilatildeo satildeo

Diminuiccedilatildeo das avarias e roubos de mercadorias

Incentivo da aplicaccedilatildeo do sistema door-to-door (porta a porta)

Melhoria no tempo de operaccedilatildeo de embarque e desembarque

Padronizaccedilatildeo internacional dos recipientes de unitizaccedilatildeo

Reduccedilatildeo do nuacutemero de volumes a manipular

Reduccedilatildeo dos custos de embarque e desembarque

Reduccedilatildeo de custo com embalagens

Figura 02 ndash Unitizaccedilatildeo

As formas mais comuns de unitizaccedilatildeo satildeo atraveacutes do uso dos seguintes

dispositivos

Palete eacute uma unidade semelhante a um estrado plano construiacutedo em

madeira alumiacutenio accedilo ou outro material resistente de modo a permitir a

movimentaccedilatildeo por meio de empilhadeiras bem como a um perfeito

empilhamento nos veiacuteculos e nos locais de armazenagem

Figura 03 - Palete

Fonte ndash WIKIMEDIA COMMONS

7

Os primeiros paletes tiveram sua aplicaccedilatildeo no transporte mariacutetimo na forma de estrado para agilidade das operaccedilotildees de estiva

Isotanque eacute um recipiente construiacutedo em accedilo inox accedilo carbono material

plaacutestico ou papelatildeo e criado para facilitar o transporte de mercadorias a

granel e suficientemente forte para resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees

adversas podendo ser ainda utilizados produtos a temperatura ambiente ou

temperatura controlada Na figura baixo exemplo de um contecirciner e

isotanquereefer

Figura 04 - Isotanque montado em um contecirciner reefer

FontehttpwwwagnamexcommxengShippingCompanieshtml

Big-bageacute um recipiente construiacutedo em fibras ou lonasde material plaacutestico

criado para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para

resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas Com a vantagem de

ocupar pouco espaccedilo quando do retorno (logiacutestica reversa)

Figura 05 - Big-bag

Fonte httpczchuangxinenmade-in-chinacomofferxbOnqNPoCYhgSell-PP-Cross-Corner-Baghtml

Contecirciner - eacute um recipiente construiacutedo em accedilo alumiacutenio ou fibra criado

para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para resistir

ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas

8

Figura 06 - Contecirciner

Fonte httpeconomiabaianacombr20110831a-movimentacao-de-conteineres-no-brasil-deve-crescer-10-neste-

ano

Os contecircineres possuem identificaccedilotildees com informaccedilotildees pertinentes agrave carga

estocada proprietaacuterio dentre outras As caracteriacutesticas de resistecircncia e

identificaccedilatildeo visam a dar ao contecirciner vantagens sobre os demais

equipamentos para unitizaccedilatildeo tais como seguranccedila inviolabilidade rapidez

na movimentaccedilatildeo e reduccedilatildeo de custos nos transportes Com a introduccedilatildeo na

aacuterea empresarial dos contecircineres a partir da deacutecada de 1960 a operaccedilatildeo

nos terminais ganhou maior agilidade jaacute que se tornaram mecanizada e

repetitiva diminuindo sobremaneira a utilizaccedilatildeo de matildeo-de-obra

Geralmente no transporte mariacutetimo os contecircineres mais utilizados medem

20rsquo peacutes (Twentyfeetequivalentunit - TEU) 40rsquo peacutes (Fortyfeetequivalentunit-

FEU) que serve de padratildeo para definiccedilatildeo de tamanho de navio porta-

contecirciner e como referecircncia para medir a performance de movimentaccedilatildeo dos

portos

Estufar ou ovar eacute o ato de encher o contecirciner com mercadorias podendo ser estas a granel embaladas ou paletizadas Desovar eacute o ato de retirar mercadorias do mesmo

Para balizar a discussatildeo mais especificamente sobre a utilizaccedilatildeo do

contecirciner como unidade de carga e acondicionamento das mercadorias LIMA

amp VELASCO (1999) apontam o comeccedilo dos anos 80 como a eacutepoca em que a

movimentaccedilatildeo das cargas sob essa nova sistemaacutetica passa a desempenhar

um papel de realce nas operaccedilotildees envolvendo o transporte nacional e

internacional a armazenagem e a movimentaccedilatildeo portuaacuteria das mercadorias

Desde entatildeo essa sistemaacutetica vem sendo responsaacutevel por significativas

transformaccedilotildees no modus operandi das empresas e dos portos no tocante agraves

operaccedilotildees de movimentaccedilatildeo de carga principalmente naquelas realizadas

dentro de um mesmo porto e entre portos diferentes

9

Anteriormente vimos os tipos de cargas e o modo em que devemos

preparaacute-las para o correto transporte de modo que sejam evitadas

avarias e acidentes A seguir vocecirc vai compreender o que eacute um modal

de transporte e conhecer seus principais tipos

10

Capiacutetulo 3

MODAIS DE TRANSPORTE

Conforme Lourenccedilo (2001)um aspecto importante na gerecircncia de transportes

eacute a coordenaccedilatildeo com asatividades restantes na empresa especialmente

relacionadas a depoacutesitos eao serviccedilo de atendimento ao cliente Em alguns

casos o transporte eacute ouacuteltimo contato com o cliente e consequentemente as

companhias devemprestar atenccedilatildeo em cumprir as expectativas do cliente e

usar esterelacionamento para melhorar suas vendas

Na escolha do meio mais adequado ao transporte eacute necessaacuterio estudar todas

as rotas possiacuteveis estudando os modais mais vantajosos em cada percurso

Devem-se levar em conta criteacuterios tais como menor custo capacidade de

transporte natureza da carga versatilidade seguranccedila consistecircncia e

rapidezOs transportes satildeo classificados de acordo com o meio fiacutesico em

bull Terrestre rodoviaacuterio ferroviaacuterio e dutoviaacuterio bull Aquaviaacuterio mariacutetimo lacustre e hidroviaacuterio bull Aeacutereo

E quanto agrave forma

Unimodal envolve apenas uma modalidade

Intermodal envolve mais de uma modalidade e para cada trecho modal eacute

realizado um contrato

Multimodal envolve mais de uma modalidade poreacutem regido por um uacutenico

contrato

Segmentados envolve diversos contratos para diversos modais

Sucessivos quando a mercadoria para alcanccedilar o destino final necessitar

ser transbordada para prosseguimento em veiacuteculo da mesma modalidade de

transporte (regido por um uacutenico contrato)

Todas as modalidades tecircm suas vantagens e desvantagens Algumas satildeo

adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras natildeo

Veja a seguir os tipos de modais

11

1 Transporte Mariacutetimo

Figura 07

Fonte httpwwwbemparanacombrindexphp

O transporte mariacutetimo eacute o modal mais utilizado no comeacutercio internacional No

Brasil responde por mais de 90 do transporte internacional devido agrave

possibilidade de navegaccedilatildeo interior atraveacutes de rios e lagos Os portos

desempenham um papel importante como elo entre os modais terrestres e

mariacutetimos Tem uma funccedilatildeo adicional de amortecer o impacto do fluxo de

cargas no sistema viaacuterio local atraveacutes da armazenagem e da distribuiccedilatildeo

fiacutesica

Vantagens

Maior capacidade de carga

Carrega qualquer tipo de carga

Menor custo de transporte

Desvantagens

Necessidade de transbordo nos portos

Distacircncia dos centros de produccedilatildeo

Maior exigecircncia de embalagens

Menor flexibilidade nos serviccedilos aliados a frequentes congestionamentos nos portos

11 Categorias de transporte

Cabotagem navegaccedilatildeo realizada entre portos ou pontos do territoacuterio

brasileiro utilizando a via mariacutetima ou entre esta e as vias navegaacuteveis

interiores

Existe principalmente para atender a distribuiccedilatildeo fiacutesica em localizaccedilatildeo

geograacutefica extrema como da regiatildeo Sul para o Norte e Nordeste e vice-versa

ainda que para as demais regiotildees possa ser uma alternativa competitiva

12

Segundo a CNT atualmente representa 12 da matriz do transporte no

Brasil Entretanto o modo mariacutetimo de cabotagem perdeu competitividade

nos fretes devido ao desenvolvimento do modo rodoviaacuterio (RORATO 2003)

Navegaccedilatildeo interior realizada em hidrovias interiores ou lagos em percurso

nacional ou internacional

Navegaccedilatildeo de Longo Curso realizada entre portos brasileiros e de outros

paiacuteses

12 Tipos de navios

Os navios satildeo construiacutedos de forma adequada com a natureza da carga a

ser transportada (embalada e unitizada embalada fracionada granel soacutelido

granel liacutequido etc) ou ateacute em relaccedilatildeo agrave unidade de carga a ser utilizada

com o objetivo de atender a suas necessidades especiacuteficas Os principais

tipos satildeo

a) Cargueiro Convencional para o transporte de carga geral com os porotildees divididos de forma a atender diferentes tipos de carga

Figura 08

Fonte httplitoralonlinezipnetarch2007-08-05_2007-08-11html

b) Graneleiro visando ao transporte de graneacuteis soacutelidos (geralmente tem baixo custo operacional)

Figura 09

Fonte httppontoaportoblogspotcom200903questao-da-soja-transgenica-e-embarqueshtml

13

c) Tanque destina-se ao transporte de graneacuteis liacutequidos

Figura 10 - Gaseiro

Fonte - httpwwwjm1combr201002

d) Gaseiro destina-se ao transporte de gases

Figura 11

Fonte httpwwwabretiorgbrbetatipos_naviosphp

e) Full Container Shipou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de contecircineres que satildeo alocados atraveacutes de encaixes perfeitos

f) Roll-onRoll-off apropriado para o transporte de veiacuteculos que satildeo

embarcados e desembarcados atraveacutes de rampas com os seus proacuteprios movimentos Pode propiciar a conjugaccedilatildeo com o transporte terrestre ao carregar a proacutepria carreta ou o contecirciner sobre rodas (boogies)

Figura 12 - Exemplo de Roll-off

Fonte httpmetodologiacientifica-rosildablogspotcom200901estivahtml

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 4: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

4

Carga Frigorificada necessita ser refrigerada ou congelada para conservar

as qualidades essenciais do produto durante o transporte (exemplos frutas

frescas pescados carnes etc)

Caso vocecirc precise transportar carga frigorificada natildeo esqueccedila que todos os acessoacuterios necessaacuterios para viabilizar seu transporte como o uso de geradores e equipamentos de isolamento teacutermicos vatildeo impactar seus custos logiacutesticos em sua operaccedilatildeo

Carga Heavy-lift satildeo formadas por cargas indivisiacuteveis (exemplo

equipamentos unidades fabris completas etc)

Agora que vocecirc jaacute sabe quais satildeo os tipos de cargas a serem

transportadas veremos a seguir como a carga deve ser preparada

antes do transporte de modo que sua integridade fiacutesica seja mantida

5

Capiacutetulo 2

PREPARACcedilAtildeO DA CARGA A SER TRANSPORTADA

Na preparaccedilatildeo para o transporte os produtos devem ser acondicionados em

um envoltoacuterio protetor que eacute a embalagem Estes envoltoacuterios devem atender

agraves condiccedilotildees de uso atuar na promoccedilatildeo e proteccedilatildeo dos produtos envolvidos

aleacutem de servir como instrumentos para o aumento da eficiecircncia na

distribuiccedilatildeo devido agrave facilidade no manuseio

Aleacutem da embalagem outro componente indispensaacutevel para o transporte eacute a

ldquopeaccedilatildeordquo de carga ou seja a amarraccedilatildeo ou acondicionamento correto da

carga na embalagem de forma que garanta a seguranccedila necessaacuteria para o

produto que seraacute transportado seja laacute qual for o modal escolhido

Figura 02 - Peaccedilatildeo de Carga

1 Embalagem

A logiacutestica de transporte e distribuiccedilatildeo de mercadorias envolve uma relaccedilatildeo

direta com a embalagem e com o modal a ser utilizado O grau de exposiccedilatildeo

a danos fiacutesicos o meio onde seraacute armazenado e a frequecircncia de manuseio

devem ser considerados no projeto da embalagem Caracteriacutesticas de

resistecircncia tamanho e configuraccedilatildeo dos envoltoacuterios determinam os

equipamentos necessaacuterios para a movimentaccedilatildeo empilhamento maacuteximo e

estabilidade das mercadorias no armazenamento O aprimoramento no

embarque de cargas teve um grande impulso com a utilizaccedilatildeo em larga

escala do conceito de carga unitizada Com isso a carga a ser transportada

teraacute todo um planejamento de transporte

O planejamento do transporte segundo Arbacheet al (2007) deve ter como

objetivos garantir que as operaccedilotildees ocorram de forma eficaz minimizar os

custos operacionais manter o niacutevel de serviccedilo da operaccedilatildeo e mostrar

flexibilidade para absorver variaccedilotildees durante processo

6

2 Unitizaccedilatildeo

Eacute o agrupamento de um ou mais itens de carga geral que seratildeo

transportados como uma unidade uacutenica e indivisiacutevel e tem a finalidade de

facilitar o manuseio movimentaccedilatildeo armazenagem e transporte da

mercadoria

As principais vantagens da unitizaccedilatildeo satildeo

Diminuiccedilatildeo das avarias e roubos de mercadorias

Incentivo da aplicaccedilatildeo do sistema door-to-door (porta a porta)

Melhoria no tempo de operaccedilatildeo de embarque e desembarque

Padronizaccedilatildeo internacional dos recipientes de unitizaccedilatildeo

Reduccedilatildeo do nuacutemero de volumes a manipular

Reduccedilatildeo dos custos de embarque e desembarque

Reduccedilatildeo de custo com embalagens

Figura 02 ndash Unitizaccedilatildeo

As formas mais comuns de unitizaccedilatildeo satildeo atraveacutes do uso dos seguintes

dispositivos

Palete eacute uma unidade semelhante a um estrado plano construiacutedo em

madeira alumiacutenio accedilo ou outro material resistente de modo a permitir a

movimentaccedilatildeo por meio de empilhadeiras bem como a um perfeito

empilhamento nos veiacuteculos e nos locais de armazenagem

Figura 03 - Palete

Fonte ndash WIKIMEDIA COMMONS

7

Os primeiros paletes tiveram sua aplicaccedilatildeo no transporte mariacutetimo na forma de estrado para agilidade das operaccedilotildees de estiva

Isotanque eacute um recipiente construiacutedo em accedilo inox accedilo carbono material

plaacutestico ou papelatildeo e criado para facilitar o transporte de mercadorias a

granel e suficientemente forte para resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees

adversas podendo ser ainda utilizados produtos a temperatura ambiente ou

temperatura controlada Na figura baixo exemplo de um contecirciner e

isotanquereefer

Figura 04 - Isotanque montado em um contecirciner reefer

FontehttpwwwagnamexcommxengShippingCompanieshtml

Big-bageacute um recipiente construiacutedo em fibras ou lonasde material plaacutestico

criado para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para

resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas Com a vantagem de

ocupar pouco espaccedilo quando do retorno (logiacutestica reversa)

Figura 05 - Big-bag

Fonte httpczchuangxinenmade-in-chinacomofferxbOnqNPoCYhgSell-PP-Cross-Corner-Baghtml

Contecirciner - eacute um recipiente construiacutedo em accedilo alumiacutenio ou fibra criado

para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para resistir

ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas

8

Figura 06 - Contecirciner

Fonte httpeconomiabaianacombr20110831a-movimentacao-de-conteineres-no-brasil-deve-crescer-10-neste-

ano

Os contecircineres possuem identificaccedilotildees com informaccedilotildees pertinentes agrave carga

estocada proprietaacuterio dentre outras As caracteriacutesticas de resistecircncia e

identificaccedilatildeo visam a dar ao contecirciner vantagens sobre os demais

equipamentos para unitizaccedilatildeo tais como seguranccedila inviolabilidade rapidez

na movimentaccedilatildeo e reduccedilatildeo de custos nos transportes Com a introduccedilatildeo na

aacuterea empresarial dos contecircineres a partir da deacutecada de 1960 a operaccedilatildeo

nos terminais ganhou maior agilidade jaacute que se tornaram mecanizada e

repetitiva diminuindo sobremaneira a utilizaccedilatildeo de matildeo-de-obra

Geralmente no transporte mariacutetimo os contecircineres mais utilizados medem

20rsquo peacutes (Twentyfeetequivalentunit - TEU) 40rsquo peacutes (Fortyfeetequivalentunit-

FEU) que serve de padratildeo para definiccedilatildeo de tamanho de navio porta-

contecirciner e como referecircncia para medir a performance de movimentaccedilatildeo dos

portos

Estufar ou ovar eacute o ato de encher o contecirciner com mercadorias podendo ser estas a granel embaladas ou paletizadas Desovar eacute o ato de retirar mercadorias do mesmo

Para balizar a discussatildeo mais especificamente sobre a utilizaccedilatildeo do

contecirciner como unidade de carga e acondicionamento das mercadorias LIMA

amp VELASCO (1999) apontam o comeccedilo dos anos 80 como a eacutepoca em que a

movimentaccedilatildeo das cargas sob essa nova sistemaacutetica passa a desempenhar

um papel de realce nas operaccedilotildees envolvendo o transporte nacional e

internacional a armazenagem e a movimentaccedilatildeo portuaacuteria das mercadorias

Desde entatildeo essa sistemaacutetica vem sendo responsaacutevel por significativas

transformaccedilotildees no modus operandi das empresas e dos portos no tocante agraves

operaccedilotildees de movimentaccedilatildeo de carga principalmente naquelas realizadas

dentro de um mesmo porto e entre portos diferentes

9

Anteriormente vimos os tipos de cargas e o modo em que devemos

preparaacute-las para o correto transporte de modo que sejam evitadas

avarias e acidentes A seguir vocecirc vai compreender o que eacute um modal

de transporte e conhecer seus principais tipos

10

Capiacutetulo 3

MODAIS DE TRANSPORTE

Conforme Lourenccedilo (2001)um aspecto importante na gerecircncia de transportes

eacute a coordenaccedilatildeo com asatividades restantes na empresa especialmente

relacionadas a depoacutesitos eao serviccedilo de atendimento ao cliente Em alguns

casos o transporte eacute ouacuteltimo contato com o cliente e consequentemente as

companhias devemprestar atenccedilatildeo em cumprir as expectativas do cliente e

usar esterelacionamento para melhorar suas vendas

Na escolha do meio mais adequado ao transporte eacute necessaacuterio estudar todas

as rotas possiacuteveis estudando os modais mais vantajosos em cada percurso

Devem-se levar em conta criteacuterios tais como menor custo capacidade de

transporte natureza da carga versatilidade seguranccedila consistecircncia e

rapidezOs transportes satildeo classificados de acordo com o meio fiacutesico em

bull Terrestre rodoviaacuterio ferroviaacuterio e dutoviaacuterio bull Aquaviaacuterio mariacutetimo lacustre e hidroviaacuterio bull Aeacutereo

E quanto agrave forma

Unimodal envolve apenas uma modalidade

Intermodal envolve mais de uma modalidade e para cada trecho modal eacute

realizado um contrato

Multimodal envolve mais de uma modalidade poreacutem regido por um uacutenico

contrato

Segmentados envolve diversos contratos para diversos modais

Sucessivos quando a mercadoria para alcanccedilar o destino final necessitar

ser transbordada para prosseguimento em veiacuteculo da mesma modalidade de

transporte (regido por um uacutenico contrato)

Todas as modalidades tecircm suas vantagens e desvantagens Algumas satildeo

adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras natildeo

Veja a seguir os tipos de modais

11

1 Transporte Mariacutetimo

Figura 07

Fonte httpwwwbemparanacombrindexphp

O transporte mariacutetimo eacute o modal mais utilizado no comeacutercio internacional No

Brasil responde por mais de 90 do transporte internacional devido agrave

possibilidade de navegaccedilatildeo interior atraveacutes de rios e lagos Os portos

desempenham um papel importante como elo entre os modais terrestres e

mariacutetimos Tem uma funccedilatildeo adicional de amortecer o impacto do fluxo de

cargas no sistema viaacuterio local atraveacutes da armazenagem e da distribuiccedilatildeo

fiacutesica

Vantagens

Maior capacidade de carga

Carrega qualquer tipo de carga

Menor custo de transporte

Desvantagens

Necessidade de transbordo nos portos

Distacircncia dos centros de produccedilatildeo

Maior exigecircncia de embalagens

Menor flexibilidade nos serviccedilos aliados a frequentes congestionamentos nos portos

11 Categorias de transporte

Cabotagem navegaccedilatildeo realizada entre portos ou pontos do territoacuterio

brasileiro utilizando a via mariacutetima ou entre esta e as vias navegaacuteveis

interiores

Existe principalmente para atender a distribuiccedilatildeo fiacutesica em localizaccedilatildeo

geograacutefica extrema como da regiatildeo Sul para o Norte e Nordeste e vice-versa

ainda que para as demais regiotildees possa ser uma alternativa competitiva

12

Segundo a CNT atualmente representa 12 da matriz do transporte no

Brasil Entretanto o modo mariacutetimo de cabotagem perdeu competitividade

nos fretes devido ao desenvolvimento do modo rodoviaacuterio (RORATO 2003)

Navegaccedilatildeo interior realizada em hidrovias interiores ou lagos em percurso

nacional ou internacional

Navegaccedilatildeo de Longo Curso realizada entre portos brasileiros e de outros

paiacuteses

12 Tipos de navios

Os navios satildeo construiacutedos de forma adequada com a natureza da carga a

ser transportada (embalada e unitizada embalada fracionada granel soacutelido

granel liacutequido etc) ou ateacute em relaccedilatildeo agrave unidade de carga a ser utilizada

com o objetivo de atender a suas necessidades especiacuteficas Os principais

tipos satildeo

a) Cargueiro Convencional para o transporte de carga geral com os porotildees divididos de forma a atender diferentes tipos de carga

Figura 08

Fonte httplitoralonlinezipnetarch2007-08-05_2007-08-11html

b) Graneleiro visando ao transporte de graneacuteis soacutelidos (geralmente tem baixo custo operacional)

Figura 09

Fonte httppontoaportoblogspotcom200903questao-da-soja-transgenica-e-embarqueshtml

13

c) Tanque destina-se ao transporte de graneacuteis liacutequidos

Figura 10 - Gaseiro

Fonte - httpwwwjm1combr201002

d) Gaseiro destina-se ao transporte de gases

Figura 11

Fonte httpwwwabretiorgbrbetatipos_naviosphp

e) Full Container Shipou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de contecircineres que satildeo alocados atraveacutes de encaixes perfeitos

f) Roll-onRoll-off apropriado para o transporte de veiacuteculos que satildeo

embarcados e desembarcados atraveacutes de rampas com os seus proacuteprios movimentos Pode propiciar a conjugaccedilatildeo com o transporte terrestre ao carregar a proacutepria carreta ou o contecirciner sobre rodas (boogies)

Figura 12 - Exemplo de Roll-off

Fonte httpmetodologiacientifica-rosildablogspotcom200901estivahtml

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 5: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

5

Capiacutetulo 2

PREPARACcedilAtildeO DA CARGA A SER TRANSPORTADA

Na preparaccedilatildeo para o transporte os produtos devem ser acondicionados em

um envoltoacuterio protetor que eacute a embalagem Estes envoltoacuterios devem atender

agraves condiccedilotildees de uso atuar na promoccedilatildeo e proteccedilatildeo dos produtos envolvidos

aleacutem de servir como instrumentos para o aumento da eficiecircncia na

distribuiccedilatildeo devido agrave facilidade no manuseio

Aleacutem da embalagem outro componente indispensaacutevel para o transporte eacute a

ldquopeaccedilatildeordquo de carga ou seja a amarraccedilatildeo ou acondicionamento correto da

carga na embalagem de forma que garanta a seguranccedila necessaacuteria para o

produto que seraacute transportado seja laacute qual for o modal escolhido

Figura 02 - Peaccedilatildeo de Carga

1 Embalagem

A logiacutestica de transporte e distribuiccedilatildeo de mercadorias envolve uma relaccedilatildeo

direta com a embalagem e com o modal a ser utilizado O grau de exposiccedilatildeo

a danos fiacutesicos o meio onde seraacute armazenado e a frequecircncia de manuseio

devem ser considerados no projeto da embalagem Caracteriacutesticas de

resistecircncia tamanho e configuraccedilatildeo dos envoltoacuterios determinam os

equipamentos necessaacuterios para a movimentaccedilatildeo empilhamento maacuteximo e

estabilidade das mercadorias no armazenamento O aprimoramento no

embarque de cargas teve um grande impulso com a utilizaccedilatildeo em larga

escala do conceito de carga unitizada Com isso a carga a ser transportada

teraacute todo um planejamento de transporte

O planejamento do transporte segundo Arbacheet al (2007) deve ter como

objetivos garantir que as operaccedilotildees ocorram de forma eficaz minimizar os

custos operacionais manter o niacutevel de serviccedilo da operaccedilatildeo e mostrar

flexibilidade para absorver variaccedilotildees durante processo

6

2 Unitizaccedilatildeo

Eacute o agrupamento de um ou mais itens de carga geral que seratildeo

transportados como uma unidade uacutenica e indivisiacutevel e tem a finalidade de

facilitar o manuseio movimentaccedilatildeo armazenagem e transporte da

mercadoria

As principais vantagens da unitizaccedilatildeo satildeo

Diminuiccedilatildeo das avarias e roubos de mercadorias

Incentivo da aplicaccedilatildeo do sistema door-to-door (porta a porta)

Melhoria no tempo de operaccedilatildeo de embarque e desembarque

Padronizaccedilatildeo internacional dos recipientes de unitizaccedilatildeo

Reduccedilatildeo do nuacutemero de volumes a manipular

Reduccedilatildeo dos custos de embarque e desembarque

Reduccedilatildeo de custo com embalagens

Figura 02 ndash Unitizaccedilatildeo

As formas mais comuns de unitizaccedilatildeo satildeo atraveacutes do uso dos seguintes

dispositivos

Palete eacute uma unidade semelhante a um estrado plano construiacutedo em

madeira alumiacutenio accedilo ou outro material resistente de modo a permitir a

movimentaccedilatildeo por meio de empilhadeiras bem como a um perfeito

empilhamento nos veiacuteculos e nos locais de armazenagem

Figura 03 - Palete

Fonte ndash WIKIMEDIA COMMONS

7

Os primeiros paletes tiveram sua aplicaccedilatildeo no transporte mariacutetimo na forma de estrado para agilidade das operaccedilotildees de estiva

Isotanque eacute um recipiente construiacutedo em accedilo inox accedilo carbono material

plaacutestico ou papelatildeo e criado para facilitar o transporte de mercadorias a

granel e suficientemente forte para resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees

adversas podendo ser ainda utilizados produtos a temperatura ambiente ou

temperatura controlada Na figura baixo exemplo de um contecirciner e

isotanquereefer

Figura 04 - Isotanque montado em um contecirciner reefer

FontehttpwwwagnamexcommxengShippingCompanieshtml

Big-bageacute um recipiente construiacutedo em fibras ou lonasde material plaacutestico

criado para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para

resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas Com a vantagem de

ocupar pouco espaccedilo quando do retorno (logiacutestica reversa)

Figura 05 - Big-bag

Fonte httpczchuangxinenmade-in-chinacomofferxbOnqNPoCYhgSell-PP-Cross-Corner-Baghtml

Contecirciner - eacute um recipiente construiacutedo em accedilo alumiacutenio ou fibra criado

para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para resistir

ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas

8

Figura 06 - Contecirciner

Fonte httpeconomiabaianacombr20110831a-movimentacao-de-conteineres-no-brasil-deve-crescer-10-neste-

ano

Os contecircineres possuem identificaccedilotildees com informaccedilotildees pertinentes agrave carga

estocada proprietaacuterio dentre outras As caracteriacutesticas de resistecircncia e

identificaccedilatildeo visam a dar ao contecirciner vantagens sobre os demais

equipamentos para unitizaccedilatildeo tais como seguranccedila inviolabilidade rapidez

na movimentaccedilatildeo e reduccedilatildeo de custos nos transportes Com a introduccedilatildeo na

aacuterea empresarial dos contecircineres a partir da deacutecada de 1960 a operaccedilatildeo

nos terminais ganhou maior agilidade jaacute que se tornaram mecanizada e

repetitiva diminuindo sobremaneira a utilizaccedilatildeo de matildeo-de-obra

Geralmente no transporte mariacutetimo os contecircineres mais utilizados medem

20rsquo peacutes (Twentyfeetequivalentunit - TEU) 40rsquo peacutes (Fortyfeetequivalentunit-

FEU) que serve de padratildeo para definiccedilatildeo de tamanho de navio porta-

contecirciner e como referecircncia para medir a performance de movimentaccedilatildeo dos

portos

Estufar ou ovar eacute o ato de encher o contecirciner com mercadorias podendo ser estas a granel embaladas ou paletizadas Desovar eacute o ato de retirar mercadorias do mesmo

Para balizar a discussatildeo mais especificamente sobre a utilizaccedilatildeo do

contecirciner como unidade de carga e acondicionamento das mercadorias LIMA

amp VELASCO (1999) apontam o comeccedilo dos anos 80 como a eacutepoca em que a

movimentaccedilatildeo das cargas sob essa nova sistemaacutetica passa a desempenhar

um papel de realce nas operaccedilotildees envolvendo o transporte nacional e

internacional a armazenagem e a movimentaccedilatildeo portuaacuteria das mercadorias

Desde entatildeo essa sistemaacutetica vem sendo responsaacutevel por significativas

transformaccedilotildees no modus operandi das empresas e dos portos no tocante agraves

operaccedilotildees de movimentaccedilatildeo de carga principalmente naquelas realizadas

dentro de um mesmo porto e entre portos diferentes

9

Anteriormente vimos os tipos de cargas e o modo em que devemos

preparaacute-las para o correto transporte de modo que sejam evitadas

avarias e acidentes A seguir vocecirc vai compreender o que eacute um modal

de transporte e conhecer seus principais tipos

10

Capiacutetulo 3

MODAIS DE TRANSPORTE

Conforme Lourenccedilo (2001)um aspecto importante na gerecircncia de transportes

eacute a coordenaccedilatildeo com asatividades restantes na empresa especialmente

relacionadas a depoacutesitos eao serviccedilo de atendimento ao cliente Em alguns

casos o transporte eacute ouacuteltimo contato com o cliente e consequentemente as

companhias devemprestar atenccedilatildeo em cumprir as expectativas do cliente e

usar esterelacionamento para melhorar suas vendas

Na escolha do meio mais adequado ao transporte eacute necessaacuterio estudar todas

as rotas possiacuteveis estudando os modais mais vantajosos em cada percurso

Devem-se levar em conta criteacuterios tais como menor custo capacidade de

transporte natureza da carga versatilidade seguranccedila consistecircncia e

rapidezOs transportes satildeo classificados de acordo com o meio fiacutesico em

bull Terrestre rodoviaacuterio ferroviaacuterio e dutoviaacuterio bull Aquaviaacuterio mariacutetimo lacustre e hidroviaacuterio bull Aeacutereo

E quanto agrave forma

Unimodal envolve apenas uma modalidade

Intermodal envolve mais de uma modalidade e para cada trecho modal eacute

realizado um contrato

Multimodal envolve mais de uma modalidade poreacutem regido por um uacutenico

contrato

Segmentados envolve diversos contratos para diversos modais

Sucessivos quando a mercadoria para alcanccedilar o destino final necessitar

ser transbordada para prosseguimento em veiacuteculo da mesma modalidade de

transporte (regido por um uacutenico contrato)

Todas as modalidades tecircm suas vantagens e desvantagens Algumas satildeo

adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras natildeo

Veja a seguir os tipos de modais

11

1 Transporte Mariacutetimo

Figura 07

Fonte httpwwwbemparanacombrindexphp

O transporte mariacutetimo eacute o modal mais utilizado no comeacutercio internacional No

Brasil responde por mais de 90 do transporte internacional devido agrave

possibilidade de navegaccedilatildeo interior atraveacutes de rios e lagos Os portos

desempenham um papel importante como elo entre os modais terrestres e

mariacutetimos Tem uma funccedilatildeo adicional de amortecer o impacto do fluxo de

cargas no sistema viaacuterio local atraveacutes da armazenagem e da distribuiccedilatildeo

fiacutesica

Vantagens

Maior capacidade de carga

Carrega qualquer tipo de carga

Menor custo de transporte

Desvantagens

Necessidade de transbordo nos portos

Distacircncia dos centros de produccedilatildeo

Maior exigecircncia de embalagens

Menor flexibilidade nos serviccedilos aliados a frequentes congestionamentos nos portos

11 Categorias de transporte

Cabotagem navegaccedilatildeo realizada entre portos ou pontos do territoacuterio

brasileiro utilizando a via mariacutetima ou entre esta e as vias navegaacuteveis

interiores

Existe principalmente para atender a distribuiccedilatildeo fiacutesica em localizaccedilatildeo

geograacutefica extrema como da regiatildeo Sul para o Norte e Nordeste e vice-versa

ainda que para as demais regiotildees possa ser uma alternativa competitiva

12

Segundo a CNT atualmente representa 12 da matriz do transporte no

Brasil Entretanto o modo mariacutetimo de cabotagem perdeu competitividade

nos fretes devido ao desenvolvimento do modo rodoviaacuterio (RORATO 2003)

Navegaccedilatildeo interior realizada em hidrovias interiores ou lagos em percurso

nacional ou internacional

Navegaccedilatildeo de Longo Curso realizada entre portos brasileiros e de outros

paiacuteses

12 Tipos de navios

Os navios satildeo construiacutedos de forma adequada com a natureza da carga a

ser transportada (embalada e unitizada embalada fracionada granel soacutelido

granel liacutequido etc) ou ateacute em relaccedilatildeo agrave unidade de carga a ser utilizada

com o objetivo de atender a suas necessidades especiacuteficas Os principais

tipos satildeo

a) Cargueiro Convencional para o transporte de carga geral com os porotildees divididos de forma a atender diferentes tipos de carga

Figura 08

Fonte httplitoralonlinezipnetarch2007-08-05_2007-08-11html

b) Graneleiro visando ao transporte de graneacuteis soacutelidos (geralmente tem baixo custo operacional)

Figura 09

Fonte httppontoaportoblogspotcom200903questao-da-soja-transgenica-e-embarqueshtml

13

c) Tanque destina-se ao transporte de graneacuteis liacutequidos

Figura 10 - Gaseiro

Fonte - httpwwwjm1combr201002

d) Gaseiro destina-se ao transporte de gases

Figura 11

Fonte httpwwwabretiorgbrbetatipos_naviosphp

e) Full Container Shipou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de contecircineres que satildeo alocados atraveacutes de encaixes perfeitos

f) Roll-onRoll-off apropriado para o transporte de veiacuteculos que satildeo

embarcados e desembarcados atraveacutes de rampas com os seus proacuteprios movimentos Pode propiciar a conjugaccedilatildeo com o transporte terrestre ao carregar a proacutepria carreta ou o contecirciner sobre rodas (boogies)

Figura 12 - Exemplo de Roll-off

Fonte httpmetodologiacientifica-rosildablogspotcom200901estivahtml

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 6: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

6

2 Unitizaccedilatildeo

Eacute o agrupamento de um ou mais itens de carga geral que seratildeo

transportados como uma unidade uacutenica e indivisiacutevel e tem a finalidade de

facilitar o manuseio movimentaccedilatildeo armazenagem e transporte da

mercadoria

As principais vantagens da unitizaccedilatildeo satildeo

Diminuiccedilatildeo das avarias e roubos de mercadorias

Incentivo da aplicaccedilatildeo do sistema door-to-door (porta a porta)

Melhoria no tempo de operaccedilatildeo de embarque e desembarque

Padronizaccedilatildeo internacional dos recipientes de unitizaccedilatildeo

Reduccedilatildeo do nuacutemero de volumes a manipular

Reduccedilatildeo dos custos de embarque e desembarque

Reduccedilatildeo de custo com embalagens

Figura 02 ndash Unitizaccedilatildeo

As formas mais comuns de unitizaccedilatildeo satildeo atraveacutes do uso dos seguintes

dispositivos

Palete eacute uma unidade semelhante a um estrado plano construiacutedo em

madeira alumiacutenio accedilo ou outro material resistente de modo a permitir a

movimentaccedilatildeo por meio de empilhadeiras bem como a um perfeito

empilhamento nos veiacuteculos e nos locais de armazenagem

Figura 03 - Palete

Fonte ndash WIKIMEDIA COMMONS

7

Os primeiros paletes tiveram sua aplicaccedilatildeo no transporte mariacutetimo na forma de estrado para agilidade das operaccedilotildees de estiva

Isotanque eacute um recipiente construiacutedo em accedilo inox accedilo carbono material

plaacutestico ou papelatildeo e criado para facilitar o transporte de mercadorias a

granel e suficientemente forte para resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees

adversas podendo ser ainda utilizados produtos a temperatura ambiente ou

temperatura controlada Na figura baixo exemplo de um contecirciner e

isotanquereefer

Figura 04 - Isotanque montado em um contecirciner reefer

FontehttpwwwagnamexcommxengShippingCompanieshtml

Big-bageacute um recipiente construiacutedo em fibras ou lonasde material plaacutestico

criado para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para

resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas Com a vantagem de

ocupar pouco espaccedilo quando do retorno (logiacutestica reversa)

Figura 05 - Big-bag

Fonte httpczchuangxinenmade-in-chinacomofferxbOnqNPoCYhgSell-PP-Cross-Corner-Baghtml

Contecirciner - eacute um recipiente construiacutedo em accedilo alumiacutenio ou fibra criado

para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para resistir

ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas

8

Figura 06 - Contecirciner

Fonte httpeconomiabaianacombr20110831a-movimentacao-de-conteineres-no-brasil-deve-crescer-10-neste-

ano

Os contecircineres possuem identificaccedilotildees com informaccedilotildees pertinentes agrave carga

estocada proprietaacuterio dentre outras As caracteriacutesticas de resistecircncia e

identificaccedilatildeo visam a dar ao contecirciner vantagens sobre os demais

equipamentos para unitizaccedilatildeo tais como seguranccedila inviolabilidade rapidez

na movimentaccedilatildeo e reduccedilatildeo de custos nos transportes Com a introduccedilatildeo na

aacuterea empresarial dos contecircineres a partir da deacutecada de 1960 a operaccedilatildeo

nos terminais ganhou maior agilidade jaacute que se tornaram mecanizada e

repetitiva diminuindo sobremaneira a utilizaccedilatildeo de matildeo-de-obra

Geralmente no transporte mariacutetimo os contecircineres mais utilizados medem

20rsquo peacutes (Twentyfeetequivalentunit - TEU) 40rsquo peacutes (Fortyfeetequivalentunit-

FEU) que serve de padratildeo para definiccedilatildeo de tamanho de navio porta-

contecirciner e como referecircncia para medir a performance de movimentaccedilatildeo dos

portos

Estufar ou ovar eacute o ato de encher o contecirciner com mercadorias podendo ser estas a granel embaladas ou paletizadas Desovar eacute o ato de retirar mercadorias do mesmo

Para balizar a discussatildeo mais especificamente sobre a utilizaccedilatildeo do

contecirciner como unidade de carga e acondicionamento das mercadorias LIMA

amp VELASCO (1999) apontam o comeccedilo dos anos 80 como a eacutepoca em que a

movimentaccedilatildeo das cargas sob essa nova sistemaacutetica passa a desempenhar

um papel de realce nas operaccedilotildees envolvendo o transporte nacional e

internacional a armazenagem e a movimentaccedilatildeo portuaacuteria das mercadorias

Desde entatildeo essa sistemaacutetica vem sendo responsaacutevel por significativas

transformaccedilotildees no modus operandi das empresas e dos portos no tocante agraves

operaccedilotildees de movimentaccedilatildeo de carga principalmente naquelas realizadas

dentro de um mesmo porto e entre portos diferentes

9

Anteriormente vimos os tipos de cargas e o modo em que devemos

preparaacute-las para o correto transporte de modo que sejam evitadas

avarias e acidentes A seguir vocecirc vai compreender o que eacute um modal

de transporte e conhecer seus principais tipos

10

Capiacutetulo 3

MODAIS DE TRANSPORTE

Conforme Lourenccedilo (2001)um aspecto importante na gerecircncia de transportes

eacute a coordenaccedilatildeo com asatividades restantes na empresa especialmente

relacionadas a depoacutesitos eao serviccedilo de atendimento ao cliente Em alguns

casos o transporte eacute ouacuteltimo contato com o cliente e consequentemente as

companhias devemprestar atenccedilatildeo em cumprir as expectativas do cliente e

usar esterelacionamento para melhorar suas vendas

Na escolha do meio mais adequado ao transporte eacute necessaacuterio estudar todas

as rotas possiacuteveis estudando os modais mais vantajosos em cada percurso

Devem-se levar em conta criteacuterios tais como menor custo capacidade de

transporte natureza da carga versatilidade seguranccedila consistecircncia e

rapidezOs transportes satildeo classificados de acordo com o meio fiacutesico em

bull Terrestre rodoviaacuterio ferroviaacuterio e dutoviaacuterio bull Aquaviaacuterio mariacutetimo lacustre e hidroviaacuterio bull Aeacutereo

E quanto agrave forma

Unimodal envolve apenas uma modalidade

Intermodal envolve mais de uma modalidade e para cada trecho modal eacute

realizado um contrato

Multimodal envolve mais de uma modalidade poreacutem regido por um uacutenico

contrato

Segmentados envolve diversos contratos para diversos modais

Sucessivos quando a mercadoria para alcanccedilar o destino final necessitar

ser transbordada para prosseguimento em veiacuteculo da mesma modalidade de

transporte (regido por um uacutenico contrato)

Todas as modalidades tecircm suas vantagens e desvantagens Algumas satildeo

adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras natildeo

Veja a seguir os tipos de modais

11

1 Transporte Mariacutetimo

Figura 07

Fonte httpwwwbemparanacombrindexphp

O transporte mariacutetimo eacute o modal mais utilizado no comeacutercio internacional No

Brasil responde por mais de 90 do transporte internacional devido agrave

possibilidade de navegaccedilatildeo interior atraveacutes de rios e lagos Os portos

desempenham um papel importante como elo entre os modais terrestres e

mariacutetimos Tem uma funccedilatildeo adicional de amortecer o impacto do fluxo de

cargas no sistema viaacuterio local atraveacutes da armazenagem e da distribuiccedilatildeo

fiacutesica

Vantagens

Maior capacidade de carga

Carrega qualquer tipo de carga

Menor custo de transporte

Desvantagens

Necessidade de transbordo nos portos

Distacircncia dos centros de produccedilatildeo

Maior exigecircncia de embalagens

Menor flexibilidade nos serviccedilos aliados a frequentes congestionamentos nos portos

11 Categorias de transporte

Cabotagem navegaccedilatildeo realizada entre portos ou pontos do territoacuterio

brasileiro utilizando a via mariacutetima ou entre esta e as vias navegaacuteveis

interiores

Existe principalmente para atender a distribuiccedilatildeo fiacutesica em localizaccedilatildeo

geograacutefica extrema como da regiatildeo Sul para o Norte e Nordeste e vice-versa

ainda que para as demais regiotildees possa ser uma alternativa competitiva

12

Segundo a CNT atualmente representa 12 da matriz do transporte no

Brasil Entretanto o modo mariacutetimo de cabotagem perdeu competitividade

nos fretes devido ao desenvolvimento do modo rodoviaacuterio (RORATO 2003)

Navegaccedilatildeo interior realizada em hidrovias interiores ou lagos em percurso

nacional ou internacional

Navegaccedilatildeo de Longo Curso realizada entre portos brasileiros e de outros

paiacuteses

12 Tipos de navios

Os navios satildeo construiacutedos de forma adequada com a natureza da carga a

ser transportada (embalada e unitizada embalada fracionada granel soacutelido

granel liacutequido etc) ou ateacute em relaccedilatildeo agrave unidade de carga a ser utilizada

com o objetivo de atender a suas necessidades especiacuteficas Os principais

tipos satildeo

a) Cargueiro Convencional para o transporte de carga geral com os porotildees divididos de forma a atender diferentes tipos de carga

Figura 08

Fonte httplitoralonlinezipnetarch2007-08-05_2007-08-11html

b) Graneleiro visando ao transporte de graneacuteis soacutelidos (geralmente tem baixo custo operacional)

Figura 09

Fonte httppontoaportoblogspotcom200903questao-da-soja-transgenica-e-embarqueshtml

13

c) Tanque destina-se ao transporte de graneacuteis liacutequidos

Figura 10 - Gaseiro

Fonte - httpwwwjm1combr201002

d) Gaseiro destina-se ao transporte de gases

Figura 11

Fonte httpwwwabretiorgbrbetatipos_naviosphp

e) Full Container Shipou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de contecircineres que satildeo alocados atraveacutes de encaixes perfeitos

f) Roll-onRoll-off apropriado para o transporte de veiacuteculos que satildeo

embarcados e desembarcados atraveacutes de rampas com os seus proacuteprios movimentos Pode propiciar a conjugaccedilatildeo com o transporte terrestre ao carregar a proacutepria carreta ou o contecirciner sobre rodas (boogies)

Figura 12 - Exemplo de Roll-off

Fonte httpmetodologiacientifica-rosildablogspotcom200901estivahtml

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 7: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

7

Os primeiros paletes tiveram sua aplicaccedilatildeo no transporte mariacutetimo na forma de estrado para agilidade das operaccedilotildees de estiva

Isotanque eacute um recipiente construiacutedo em accedilo inox accedilo carbono material

plaacutestico ou papelatildeo e criado para facilitar o transporte de mercadorias a

granel e suficientemente forte para resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees

adversas podendo ser ainda utilizados produtos a temperatura ambiente ou

temperatura controlada Na figura baixo exemplo de um contecirciner e

isotanquereefer

Figura 04 - Isotanque montado em um contecirciner reefer

FontehttpwwwagnamexcommxengShippingCompanieshtml

Big-bageacute um recipiente construiacutedo em fibras ou lonasde material plaacutestico

criado para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para

resistir ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas Com a vantagem de

ocupar pouco espaccedilo quando do retorno (logiacutestica reversa)

Figura 05 - Big-bag

Fonte httpczchuangxinenmade-in-chinacomofferxbOnqNPoCYhgSell-PP-Cross-Corner-Baghtml

Contecirciner - eacute um recipiente construiacutedo em accedilo alumiacutenio ou fibra criado

para facilitar o transporte de mercadorias e suficientemente forte para resistir

ao uso repetitivo e em condiccedilotildees adversas

8

Figura 06 - Contecirciner

Fonte httpeconomiabaianacombr20110831a-movimentacao-de-conteineres-no-brasil-deve-crescer-10-neste-

ano

Os contecircineres possuem identificaccedilotildees com informaccedilotildees pertinentes agrave carga

estocada proprietaacuterio dentre outras As caracteriacutesticas de resistecircncia e

identificaccedilatildeo visam a dar ao contecirciner vantagens sobre os demais

equipamentos para unitizaccedilatildeo tais como seguranccedila inviolabilidade rapidez

na movimentaccedilatildeo e reduccedilatildeo de custos nos transportes Com a introduccedilatildeo na

aacuterea empresarial dos contecircineres a partir da deacutecada de 1960 a operaccedilatildeo

nos terminais ganhou maior agilidade jaacute que se tornaram mecanizada e

repetitiva diminuindo sobremaneira a utilizaccedilatildeo de matildeo-de-obra

Geralmente no transporte mariacutetimo os contecircineres mais utilizados medem

20rsquo peacutes (Twentyfeetequivalentunit - TEU) 40rsquo peacutes (Fortyfeetequivalentunit-

FEU) que serve de padratildeo para definiccedilatildeo de tamanho de navio porta-

contecirciner e como referecircncia para medir a performance de movimentaccedilatildeo dos

portos

Estufar ou ovar eacute o ato de encher o contecirciner com mercadorias podendo ser estas a granel embaladas ou paletizadas Desovar eacute o ato de retirar mercadorias do mesmo

Para balizar a discussatildeo mais especificamente sobre a utilizaccedilatildeo do

contecirciner como unidade de carga e acondicionamento das mercadorias LIMA

amp VELASCO (1999) apontam o comeccedilo dos anos 80 como a eacutepoca em que a

movimentaccedilatildeo das cargas sob essa nova sistemaacutetica passa a desempenhar

um papel de realce nas operaccedilotildees envolvendo o transporte nacional e

internacional a armazenagem e a movimentaccedilatildeo portuaacuteria das mercadorias

Desde entatildeo essa sistemaacutetica vem sendo responsaacutevel por significativas

transformaccedilotildees no modus operandi das empresas e dos portos no tocante agraves

operaccedilotildees de movimentaccedilatildeo de carga principalmente naquelas realizadas

dentro de um mesmo porto e entre portos diferentes

9

Anteriormente vimos os tipos de cargas e o modo em que devemos

preparaacute-las para o correto transporte de modo que sejam evitadas

avarias e acidentes A seguir vocecirc vai compreender o que eacute um modal

de transporte e conhecer seus principais tipos

10

Capiacutetulo 3

MODAIS DE TRANSPORTE

Conforme Lourenccedilo (2001)um aspecto importante na gerecircncia de transportes

eacute a coordenaccedilatildeo com asatividades restantes na empresa especialmente

relacionadas a depoacutesitos eao serviccedilo de atendimento ao cliente Em alguns

casos o transporte eacute ouacuteltimo contato com o cliente e consequentemente as

companhias devemprestar atenccedilatildeo em cumprir as expectativas do cliente e

usar esterelacionamento para melhorar suas vendas

Na escolha do meio mais adequado ao transporte eacute necessaacuterio estudar todas

as rotas possiacuteveis estudando os modais mais vantajosos em cada percurso

Devem-se levar em conta criteacuterios tais como menor custo capacidade de

transporte natureza da carga versatilidade seguranccedila consistecircncia e

rapidezOs transportes satildeo classificados de acordo com o meio fiacutesico em

bull Terrestre rodoviaacuterio ferroviaacuterio e dutoviaacuterio bull Aquaviaacuterio mariacutetimo lacustre e hidroviaacuterio bull Aeacutereo

E quanto agrave forma

Unimodal envolve apenas uma modalidade

Intermodal envolve mais de uma modalidade e para cada trecho modal eacute

realizado um contrato

Multimodal envolve mais de uma modalidade poreacutem regido por um uacutenico

contrato

Segmentados envolve diversos contratos para diversos modais

Sucessivos quando a mercadoria para alcanccedilar o destino final necessitar

ser transbordada para prosseguimento em veiacuteculo da mesma modalidade de

transporte (regido por um uacutenico contrato)

Todas as modalidades tecircm suas vantagens e desvantagens Algumas satildeo

adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras natildeo

Veja a seguir os tipos de modais

11

1 Transporte Mariacutetimo

Figura 07

Fonte httpwwwbemparanacombrindexphp

O transporte mariacutetimo eacute o modal mais utilizado no comeacutercio internacional No

Brasil responde por mais de 90 do transporte internacional devido agrave

possibilidade de navegaccedilatildeo interior atraveacutes de rios e lagos Os portos

desempenham um papel importante como elo entre os modais terrestres e

mariacutetimos Tem uma funccedilatildeo adicional de amortecer o impacto do fluxo de

cargas no sistema viaacuterio local atraveacutes da armazenagem e da distribuiccedilatildeo

fiacutesica

Vantagens

Maior capacidade de carga

Carrega qualquer tipo de carga

Menor custo de transporte

Desvantagens

Necessidade de transbordo nos portos

Distacircncia dos centros de produccedilatildeo

Maior exigecircncia de embalagens

Menor flexibilidade nos serviccedilos aliados a frequentes congestionamentos nos portos

11 Categorias de transporte

Cabotagem navegaccedilatildeo realizada entre portos ou pontos do territoacuterio

brasileiro utilizando a via mariacutetima ou entre esta e as vias navegaacuteveis

interiores

Existe principalmente para atender a distribuiccedilatildeo fiacutesica em localizaccedilatildeo

geograacutefica extrema como da regiatildeo Sul para o Norte e Nordeste e vice-versa

ainda que para as demais regiotildees possa ser uma alternativa competitiva

12

Segundo a CNT atualmente representa 12 da matriz do transporte no

Brasil Entretanto o modo mariacutetimo de cabotagem perdeu competitividade

nos fretes devido ao desenvolvimento do modo rodoviaacuterio (RORATO 2003)

Navegaccedilatildeo interior realizada em hidrovias interiores ou lagos em percurso

nacional ou internacional

Navegaccedilatildeo de Longo Curso realizada entre portos brasileiros e de outros

paiacuteses

12 Tipos de navios

Os navios satildeo construiacutedos de forma adequada com a natureza da carga a

ser transportada (embalada e unitizada embalada fracionada granel soacutelido

granel liacutequido etc) ou ateacute em relaccedilatildeo agrave unidade de carga a ser utilizada

com o objetivo de atender a suas necessidades especiacuteficas Os principais

tipos satildeo

a) Cargueiro Convencional para o transporte de carga geral com os porotildees divididos de forma a atender diferentes tipos de carga

Figura 08

Fonte httplitoralonlinezipnetarch2007-08-05_2007-08-11html

b) Graneleiro visando ao transporte de graneacuteis soacutelidos (geralmente tem baixo custo operacional)

Figura 09

Fonte httppontoaportoblogspotcom200903questao-da-soja-transgenica-e-embarqueshtml

13

c) Tanque destina-se ao transporte de graneacuteis liacutequidos

Figura 10 - Gaseiro

Fonte - httpwwwjm1combr201002

d) Gaseiro destina-se ao transporte de gases

Figura 11

Fonte httpwwwabretiorgbrbetatipos_naviosphp

e) Full Container Shipou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de contecircineres que satildeo alocados atraveacutes de encaixes perfeitos

f) Roll-onRoll-off apropriado para o transporte de veiacuteculos que satildeo

embarcados e desembarcados atraveacutes de rampas com os seus proacuteprios movimentos Pode propiciar a conjugaccedilatildeo com o transporte terrestre ao carregar a proacutepria carreta ou o contecirciner sobre rodas (boogies)

Figura 12 - Exemplo de Roll-off

Fonte httpmetodologiacientifica-rosildablogspotcom200901estivahtml

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 8: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

8

Figura 06 - Contecirciner

Fonte httpeconomiabaianacombr20110831a-movimentacao-de-conteineres-no-brasil-deve-crescer-10-neste-

ano

Os contecircineres possuem identificaccedilotildees com informaccedilotildees pertinentes agrave carga

estocada proprietaacuterio dentre outras As caracteriacutesticas de resistecircncia e

identificaccedilatildeo visam a dar ao contecirciner vantagens sobre os demais

equipamentos para unitizaccedilatildeo tais como seguranccedila inviolabilidade rapidez

na movimentaccedilatildeo e reduccedilatildeo de custos nos transportes Com a introduccedilatildeo na

aacuterea empresarial dos contecircineres a partir da deacutecada de 1960 a operaccedilatildeo

nos terminais ganhou maior agilidade jaacute que se tornaram mecanizada e

repetitiva diminuindo sobremaneira a utilizaccedilatildeo de matildeo-de-obra

Geralmente no transporte mariacutetimo os contecircineres mais utilizados medem

20rsquo peacutes (Twentyfeetequivalentunit - TEU) 40rsquo peacutes (Fortyfeetequivalentunit-

FEU) que serve de padratildeo para definiccedilatildeo de tamanho de navio porta-

contecirciner e como referecircncia para medir a performance de movimentaccedilatildeo dos

portos

Estufar ou ovar eacute o ato de encher o contecirciner com mercadorias podendo ser estas a granel embaladas ou paletizadas Desovar eacute o ato de retirar mercadorias do mesmo

Para balizar a discussatildeo mais especificamente sobre a utilizaccedilatildeo do

contecirciner como unidade de carga e acondicionamento das mercadorias LIMA

amp VELASCO (1999) apontam o comeccedilo dos anos 80 como a eacutepoca em que a

movimentaccedilatildeo das cargas sob essa nova sistemaacutetica passa a desempenhar

um papel de realce nas operaccedilotildees envolvendo o transporte nacional e

internacional a armazenagem e a movimentaccedilatildeo portuaacuteria das mercadorias

Desde entatildeo essa sistemaacutetica vem sendo responsaacutevel por significativas

transformaccedilotildees no modus operandi das empresas e dos portos no tocante agraves

operaccedilotildees de movimentaccedilatildeo de carga principalmente naquelas realizadas

dentro de um mesmo porto e entre portos diferentes

9

Anteriormente vimos os tipos de cargas e o modo em que devemos

preparaacute-las para o correto transporte de modo que sejam evitadas

avarias e acidentes A seguir vocecirc vai compreender o que eacute um modal

de transporte e conhecer seus principais tipos

10

Capiacutetulo 3

MODAIS DE TRANSPORTE

Conforme Lourenccedilo (2001)um aspecto importante na gerecircncia de transportes

eacute a coordenaccedilatildeo com asatividades restantes na empresa especialmente

relacionadas a depoacutesitos eao serviccedilo de atendimento ao cliente Em alguns

casos o transporte eacute ouacuteltimo contato com o cliente e consequentemente as

companhias devemprestar atenccedilatildeo em cumprir as expectativas do cliente e

usar esterelacionamento para melhorar suas vendas

Na escolha do meio mais adequado ao transporte eacute necessaacuterio estudar todas

as rotas possiacuteveis estudando os modais mais vantajosos em cada percurso

Devem-se levar em conta criteacuterios tais como menor custo capacidade de

transporte natureza da carga versatilidade seguranccedila consistecircncia e

rapidezOs transportes satildeo classificados de acordo com o meio fiacutesico em

bull Terrestre rodoviaacuterio ferroviaacuterio e dutoviaacuterio bull Aquaviaacuterio mariacutetimo lacustre e hidroviaacuterio bull Aeacutereo

E quanto agrave forma

Unimodal envolve apenas uma modalidade

Intermodal envolve mais de uma modalidade e para cada trecho modal eacute

realizado um contrato

Multimodal envolve mais de uma modalidade poreacutem regido por um uacutenico

contrato

Segmentados envolve diversos contratos para diversos modais

Sucessivos quando a mercadoria para alcanccedilar o destino final necessitar

ser transbordada para prosseguimento em veiacuteculo da mesma modalidade de

transporte (regido por um uacutenico contrato)

Todas as modalidades tecircm suas vantagens e desvantagens Algumas satildeo

adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras natildeo

Veja a seguir os tipos de modais

11

1 Transporte Mariacutetimo

Figura 07

Fonte httpwwwbemparanacombrindexphp

O transporte mariacutetimo eacute o modal mais utilizado no comeacutercio internacional No

Brasil responde por mais de 90 do transporte internacional devido agrave

possibilidade de navegaccedilatildeo interior atraveacutes de rios e lagos Os portos

desempenham um papel importante como elo entre os modais terrestres e

mariacutetimos Tem uma funccedilatildeo adicional de amortecer o impacto do fluxo de

cargas no sistema viaacuterio local atraveacutes da armazenagem e da distribuiccedilatildeo

fiacutesica

Vantagens

Maior capacidade de carga

Carrega qualquer tipo de carga

Menor custo de transporte

Desvantagens

Necessidade de transbordo nos portos

Distacircncia dos centros de produccedilatildeo

Maior exigecircncia de embalagens

Menor flexibilidade nos serviccedilos aliados a frequentes congestionamentos nos portos

11 Categorias de transporte

Cabotagem navegaccedilatildeo realizada entre portos ou pontos do territoacuterio

brasileiro utilizando a via mariacutetima ou entre esta e as vias navegaacuteveis

interiores

Existe principalmente para atender a distribuiccedilatildeo fiacutesica em localizaccedilatildeo

geograacutefica extrema como da regiatildeo Sul para o Norte e Nordeste e vice-versa

ainda que para as demais regiotildees possa ser uma alternativa competitiva

12

Segundo a CNT atualmente representa 12 da matriz do transporte no

Brasil Entretanto o modo mariacutetimo de cabotagem perdeu competitividade

nos fretes devido ao desenvolvimento do modo rodoviaacuterio (RORATO 2003)

Navegaccedilatildeo interior realizada em hidrovias interiores ou lagos em percurso

nacional ou internacional

Navegaccedilatildeo de Longo Curso realizada entre portos brasileiros e de outros

paiacuteses

12 Tipos de navios

Os navios satildeo construiacutedos de forma adequada com a natureza da carga a

ser transportada (embalada e unitizada embalada fracionada granel soacutelido

granel liacutequido etc) ou ateacute em relaccedilatildeo agrave unidade de carga a ser utilizada

com o objetivo de atender a suas necessidades especiacuteficas Os principais

tipos satildeo

a) Cargueiro Convencional para o transporte de carga geral com os porotildees divididos de forma a atender diferentes tipos de carga

Figura 08

Fonte httplitoralonlinezipnetarch2007-08-05_2007-08-11html

b) Graneleiro visando ao transporte de graneacuteis soacutelidos (geralmente tem baixo custo operacional)

Figura 09

Fonte httppontoaportoblogspotcom200903questao-da-soja-transgenica-e-embarqueshtml

13

c) Tanque destina-se ao transporte de graneacuteis liacutequidos

Figura 10 - Gaseiro

Fonte - httpwwwjm1combr201002

d) Gaseiro destina-se ao transporte de gases

Figura 11

Fonte httpwwwabretiorgbrbetatipos_naviosphp

e) Full Container Shipou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de contecircineres que satildeo alocados atraveacutes de encaixes perfeitos

f) Roll-onRoll-off apropriado para o transporte de veiacuteculos que satildeo

embarcados e desembarcados atraveacutes de rampas com os seus proacuteprios movimentos Pode propiciar a conjugaccedilatildeo com o transporte terrestre ao carregar a proacutepria carreta ou o contecirciner sobre rodas (boogies)

Figura 12 - Exemplo de Roll-off

Fonte httpmetodologiacientifica-rosildablogspotcom200901estivahtml

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 9: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

9

Anteriormente vimos os tipos de cargas e o modo em que devemos

preparaacute-las para o correto transporte de modo que sejam evitadas

avarias e acidentes A seguir vocecirc vai compreender o que eacute um modal

de transporte e conhecer seus principais tipos

10

Capiacutetulo 3

MODAIS DE TRANSPORTE

Conforme Lourenccedilo (2001)um aspecto importante na gerecircncia de transportes

eacute a coordenaccedilatildeo com asatividades restantes na empresa especialmente

relacionadas a depoacutesitos eao serviccedilo de atendimento ao cliente Em alguns

casos o transporte eacute ouacuteltimo contato com o cliente e consequentemente as

companhias devemprestar atenccedilatildeo em cumprir as expectativas do cliente e

usar esterelacionamento para melhorar suas vendas

Na escolha do meio mais adequado ao transporte eacute necessaacuterio estudar todas

as rotas possiacuteveis estudando os modais mais vantajosos em cada percurso

Devem-se levar em conta criteacuterios tais como menor custo capacidade de

transporte natureza da carga versatilidade seguranccedila consistecircncia e

rapidezOs transportes satildeo classificados de acordo com o meio fiacutesico em

bull Terrestre rodoviaacuterio ferroviaacuterio e dutoviaacuterio bull Aquaviaacuterio mariacutetimo lacustre e hidroviaacuterio bull Aeacutereo

E quanto agrave forma

Unimodal envolve apenas uma modalidade

Intermodal envolve mais de uma modalidade e para cada trecho modal eacute

realizado um contrato

Multimodal envolve mais de uma modalidade poreacutem regido por um uacutenico

contrato

Segmentados envolve diversos contratos para diversos modais

Sucessivos quando a mercadoria para alcanccedilar o destino final necessitar

ser transbordada para prosseguimento em veiacuteculo da mesma modalidade de

transporte (regido por um uacutenico contrato)

Todas as modalidades tecircm suas vantagens e desvantagens Algumas satildeo

adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras natildeo

Veja a seguir os tipos de modais

11

1 Transporte Mariacutetimo

Figura 07

Fonte httpwwwbemparanacombrindexphp

O transporte mariacutetimo eacute o modal mais utilizado no comeacutercio internacional No

Brasil responde por mais de 90 do transporte internacional devido agrave

possibilidade de navegaccedilatildeo interior atraveacutes de rios e lagos Os portos

desempenham um papel importante como elo entre os modais terrestres e

mariacutetimos Tem uma funccedilatildeo adicional de amortecer o impacto do fluxo de

cargas no sistema viaacuterio local atraveacutes da armazenagem e da distribuiccedilatildeo

fiacutesica

Vantagens

Maior capacidade de carga

Carrega qualquer tipo de carga

Menor custo de transporte

Desvantagens

Necessidade de transbordo nos portos

Distacircncia dos centros de produccedilatildeo

Maior exigecircncia de embalagens

Menor flexibilidade nos serviccedilos aliados a frequentes congestionamentos nos portos

11 Categorias de transporte

Cabotagem navegaccedilatildeo realizada entre portos ou pontos do territoacuterio

brasileiro utilizando a via mariacutetima ou entre esta e as vias navegaacuteveis

interiores

Existe principalmente para atender a distribuiccedilatildeo fiacutesica em localizaccedilatildeo

geograacutefica extrema como da regiatildeo Sul para o Norte e Nordeste e vice-versa

ainda que para as demais regiotildees possa ser uma alternativa competitiva

12

Segundo a CNT atualmente representa 12 da matriz do transporte no

Brasil Entretanto o modo mariacutetimo de cabotagem perdeu competitividade

nos fretes devido ao desenvolvimento do modo rodoviaacuterio (RORATO 2003)

Navegaccedilatildeo interior realizada em hidrovias interiores ou lagos em percurso

nacional ou internacional

Navegaccedilatildeo de Longo Curso realizada entre portos brasileiros e de outros

paiacuteses

12 Tipos de navios

Os navios satildeo construiacutedos de forma adequada com a natureza da carga a

ser transportada (embalada e unitizada embalada fracionada granel soacutelido

granel liacutequido etc) ou ateacute em relaccedilatildeo agrave unidade de carga a ser utilizada

com o objetivo de atender a suas necessidades especiacuteficas Os principais

tipos satildeo

a) Cargueiro Convencional para o transporte de carga geral com os porotildees divididos de forma a atender diferentes tipos de carga

Figura 08

Fonte httplitoralonlinezipnetarch2007-08-05_2007-08-11html

b) Graneleiro visando ao transporte de graneacuteis soacutelidos (geralmente tem baixo custo operacional)

Figura 09

Fonte httppontoaportoblogspotcom200903questao-da-soja-transgenica-e-embarqueshtml

13

c) Tanque destina-se ao transporte de graneacuteis liacutequidos

Figura 10 - Gaseiro

Fonte - httpwwwjm1combr201002

d) Gaseiro destina-se ao transporte de gases

Figura 11

Fonte httpwwwabretiorgbrbetatipos_naviosphp

e) Full Container Shipou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de contecircineres que satildeo alocados atraveacutes de encaixes perfeitos

f) Roll-onRoll-off apropriado para o transporte de veiacuteculos que satildeo

embarcados e desembarcados atraveacutes de rampas com os seus proacuteprios movimentos Pode propiciar a conjugaccedilatildeo com o transporte terrestre ao carregar a proacutepria carreta ou o contecirciner sobre rodas (boogies)

Figura 12 - Exemplo de Roll-off

Fonte httpmetodologiacientifica-rosildablogspotcom200901estivahtml

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 10: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

10

Capiacutetulo 3

MODAIS DE TRANSPORTE

Conforme Lourenccedilo (2001)um aspecto importante na gerecircncia de transportes

eacute a coordenaccedilatildeo com asatividades restantes na empresa especialmente

relacionadas a depoacutesitos eao serviccedilo de atendimento ao cliente Em alguns

casos o transporte eacute ouacuteltimo contato com o cliente e consequentemente as

companhias devemprestar atenccedilatildeo em cumprir as expectativas do cliente e

usar esterelacionamento para melhorar suas vendas

Na escolha do meio mais adequado ao transporte eacute necessaacuterio estudar todas

as rotas possiacuteveis estudando os modais mais vantajosos em cada percurso

Devem-se levar em conta criteacuterios tais como menor custo capacidade de

transporte natureza da carga versatilidade seguranccedila consistecircncia e

rapidezOs transportes satildeo classificados de acordo com o meio fiacutesico em

bull Terrestre rodoviaacuterio ferroviaacuterio e dutoviaacuterio bull Aquaviaacuterio mariacutetimo lacustre e hidroviaacuterio bull Aeacutereo

E quanto agrave forma

Unimodal envolve apenas uma modalidade

Intermodal envolve mais de uma modalidade e para cada trecho modal eacute

realizado um contrato

Multimodal envolve mais de uma modalidade poreacutem regido por um uacutenico

contrato

Segmentados envolve diversos contratos para diversos modais

Sucessivos quando a mercadoria para alcanccedilar o destino final necessitar

ser transbordada para prosseguimento em veiacuteculo da mesma modalidade de

transporte (regido por um uacutenico contrato)

Todas as modalidades tecircm suas vantagens e desvantagens Algumas satildeo

adequadas para um determinado tipo de mercadorias e outras natildeo

Veja a seguir os tipos de modais

11

1 Transporte Mariacutetimo

Figura 07

Fonte httpwwwbemparanacombrindexphp

O transporte mariacutetimo eacute o modal mais utilizado no comeacutercio internacional No

Brasil responde por mais de 90 do transporte internacional devido agrave

possibilidade de navegaccedilatildeo interior atraveacutes de rios e lagos Os portos

desempenham um papel importante como elo entre os modais terrestres e

mariacutetimos Tem uma funccedilatildeo adicional de amortecer o impacto do fluxo de

cargas no sistema viaacuterio local atraveacutes da armazenagem e da distribuiccedilatildeo

fiacutesica

Vantagens

Maior capacidade de carga

Carrega qualquer tipo de carga

Menor custo de transporte

Desvantagens

Necessidade de transbordo nos portos

Distacircncia dos centros de produccedilatildeo

Maior exigecircncia de embalagens

Menor flexibilidade nos serviccedilos aliados a frequentes congestionamentos nos portos

11 Categorias de transporte

Cabotagem navegaccedilatildeo realizada entre portos ou pontos do territoacuterio

brasileiro utilizando a via mariacutetima ou entre esta e as vias navegaacuteveis

interiores

Existe principalmente para atender a distribuiccedilatildeo fiacutesica em localizaccedilatildeo

geograacutefica extrema como da regiatildeo Sul para o Norte e Nordeste e vice-versa

ainda que para as demais regiotildees possa ser uma alternativa competitiva

12

Segundo a CNT atualmente representa 12 da matriz do transporte no

Brasil Entretanto o modo mariacutetimo de cabotagem perdeu competitividade

nos fretes devido ao desenvolvimento do modo rodoviaacuterio (RORATO 2003)

Navegaccedilatildeo interior realizada em hidrovias interiores ou lagos em percurso

nacional ou internacional

Navegaccedilatildeo de Longo Curso realizada entre portos brasileiros e de outros

paiacuteses

12 Tipos de navios

Os navios satildeo construiacutedos de forma adequada com a natureza da carga a

ser transportada (embalada e unitizada embalada fracionada granel soacutelido

granel liacutequido etc) ou ateacute em relaccedilatildeo agrave unidade de carga a ser utilizada

com o objetivo de atender a suas necessidades especiacuteficas Os principais

tipos satildeo

a) Cargueiro Convencional para o transporte de carga geral com os porotildees divididos de forma a atender diferentes tipos de carga

Figura 08

Fonte httplitoralonlinezipnetarch2007-08-05_2007-08-11html

b) Graneleiro visando ao transporte de graneacuteis soacutelidos (geralmente tem baixo custo operacional)

Figura 09

Fonte httppontoaportoblogspotcom200903questao-da-soja-transgenica-e-embarqueshtml

13

c) Tanque destina-se ao transporte de graneacuteis liacutequidos

Figura 10 - Gaseiro

Fonte - httpwwwjm1combr201002

d) Gaseiro destina-se ao transporte de gases

Figura 11

Fonte httpwwwabretiorgbrbetatipos_naviosphp

e) Full Container Shipou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de contecircineres que satildeo alocados atraveacutes de encaixes perfeitos

f) Roll-onRoll-off apropriado para o transporte de veiacuteculos que satildeo

embarcados e desembarcados atraveacutes de rampas com os seus proacuteprios movimentos Pode propiciar a conjugaccedilatildeo com o transporte terrestre ao carregar a proacutepria carreta ou o contecirciner sobre rodas (boogies)

Figura 12 - Exemplo de Roll-off

Fonte httpmetodologiacientifica-rosildablogspotcom200901estivahtml

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 11: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

11

1 Transporte Mariacutetimo

Figura 07

Fonte httpwwwbemparanacombrindexphp

O transporte mariacutetimo eacute o modal mais utilizado no comeacutercio internacional No

Brasil responde por mais de 90 do transporte internacional devido agrave

possibilidade de navegaccedilatildeo interior atraveacutes de rios e lagos Os portos

desempenham um papel importante como elo entre os modais terrestres e

mariacutetimos Tem uma funccedilatildeo adicional de amortecer o impacto do fluxo de

cargas no sistema viaacuterio local atraveacutes da armazenagem e da distribuiccedilatildeo

fiacutesica

Vantagens

Maior capacidade de carga

Carrega qualquer tipo de carga

Menor custo de transporte

Desvantagens

Necessidade de transbordo nos portos

Distacircncia dos centros de produccedilatildeo

Maior exigecircncia de embalagens

Menor flexibilidade nos serviccedilos aliados a frequentes congestionamentos nos portos

11 Categorias de transporte

Cabotagem navegaccedilatildeo realizada entre portos ou pontos do territoacuterio

brasileiro utilizando a via mariacutetima ou entre esta e as vias navegaacuteveis

interiores

Existe principalmente para atender a distribuiccedilatildeo fiacutesica em localizaccedilatildeo

geograacutefica extrema como da regiatildeo Sul para o Norte e Nordeste e vice-versa

ainda que para as demais regiotildees possa ser uma alternativa competitiva

12

Segundo a CNT atualmente representa 12 da matriz do transporte no

Brasil Entretanto o modo mariacutetimo de cabotagem perdeu competitividade

nos fretes devido ao desenvolvimento do modo rodoviaacuterio (RORATO 2003)

Navegaccedilatildeo interior realizada em hidrovias interiores ou lagos em percurso

nacional ou internacional

Navegaccedilatildeo de Longo Curso realizada entre portos brasileiros e de outros

paiacuteses

12 Tipos de navios

Os navios satildeo construiacutedos de forma adequada com a natureza da carga a

ser transportada (embalada e unitizada embalada fracionada granel soacutelido

granel liacutequido etc) ou ateacute em relaccedilatildeo agrave unidade de carga a ser utilizada

com o objetivo de atender a suas necessidades especiacuteficas Os principais

tipos satildeo

a) Cargueiro Convencional para o transporte de carga geral com os porotildees divididos de forma a atender diferentes tipos de carga

Figura 08

Fonte httplitoralonlinezipnetarch2007-08-05_2007-08-11html

b) Graneleiro visando ao transporte de graneacuteis soacutelidos (geralmente tem baixo custo operacional)

Figura 09

Fonte httppontoaportoblogspotcom200903questao-da-soja-transgenica-e-embarqueshtml

13

c) Tanque destina-se ao transporte de graneacuteis liacutequidos

Figura 10 - Gaseiro

Fonte - httpwwwjm1combr201002

d) Gaseiro destina-se ao transporte de gases

Figura 11

Fonte httpwwwabretiorgbrbetatipos_naviosphp

e) Full Container Shipou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de contecircineres que satildeo alocados atraveacutes de encaixes perfeitos

f) Roll-onRoll-off apropriado para o transporte de veiacuteculos que satildeo

embarcados e desembarcados atraveacutes de rampas com os seus proacuteprios movimentos Pode propiciar a conjugaccedilatildeo com o transporte terrestre ao carregar a proacutepria carreta ou o contecirciner sobre rodas (boogies)

Figura 12 - Exemplo de Roll-off

Fonte httpmetodologiacientifica-rosildablogspotcom200901estivahtml

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 12: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

12

Segundo a CNT atualmente representa 12 da matriz do transporte no

Brasil Entretanto o modo mariacutetimo de cabotagem perdeu competitividade

nos fretes devido ao desenvolvimento do modo rodoviaacuterio (RORATO 2003)

Navegaccedilatildeo interior realizada em hidrovias interiores ou lagos em percurso

nacional ou internacional

Navegaccedilatildeo de Longo Curso realizada entre portos brasileiros e de outros

paiacuteses

12 Tipos de navios

Os navios satildeo construiacutedos de forma adequada com a natureza da carga a

ser transportada (embalada e unitizada embalada fracionada granel soacutelido

granel liacutequido etc) ou ateacute em relaccedilatildeo agrave unidade de carga a ser utilizada

com o objetivo de atender a suas necessidades especiacuteficas Os principais

tipos satildeo

a) Cargueiro Convencional para o transporte de carga geral com os porotildees divididos de forma a atender diferentes tipos de carga

Figura 08

Fonte httplitoralonlinezipnetarch2007-08-05_2007-08-11html

b) Graneleiro visando ao transporte de graneacuteis soacutelidos (geralmente tem baixo custo operacional)

Figura 09

Fonte httppontoaportoblogspotcom200903questao-da-soja-transgenica-e-embarqueshtml

13

c) Tanque destina-se ao transporte de graneacuteis liacutequidos

Figura 10 - Gaseiro

Fonte - httpwwwjm1combr201002

d) Gaseiro destina-se ao transporte de gases

Figura 11

Fonte httpwwwabretiorgbrbetatipos_naviosphp

e) Full Container Shipou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de contecircineres que satildeo alocados atraveacutes de encaixes perfeitos

f) Roll-onRoll-off apropriado para o transporte de veiacuteculos que satildeo

embarcados e desembarcados atraveacutes de rampas com os seus proacuteprios movimentos Pode propiciar a conjugaccedilatildeo com o transporte terrestre ao carregar a proacutepria carreta ou o contecirciner sobre rodas (boogies)

Figura 12 - Exemplo de Roll-off

Fonte httpmetodologiacientifica-rosildablogspotcom200901estivahtml

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 13: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

13

c) Tanque destina-se ao transporte de graneacuteis liacutequidos

Figura 10 - Gaseiro

Fonte - httpwwwjm1combr201002

d) Gaseiro destina-se ao transporte de gases

Figura 11

Fonte httpwwwabretiorgbrbetatipos_naviosphp

e) Full Container Shipou Porta-conteiner exclusivo para o transporte de contecircineres que satildeo alocados atraveacutes de encaixes perfeitos

f) Roll-onRoll-off apropriado para o transporte de veiacuteculos que satildeo

embarcados e desembarcados atraveacutes de rampas com os seus proacuteprios movimentos Pode propiciar a conjugaccedilatildeo com o transporte terrestre ao carregar a proacutepria carreta ou o contecirciner sobre rodas (boogies)

Figura 12 - Exemplo de Roll-off

Fonte httpmetodologiacientifica-rosildablogspotcom200901estivahtml

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 14: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

14

g) Lash ou porta-barcaccedilas projetado para operar em portos congestionados transporta em seu interior barcaccedilas com capacidade de aproximadamente 400 t ou 600 m3 cada uma as quais satildeo embarcadas e desembarcadas na periferia do porto

Figura 13 - Porta-Barcaccedilas

Fonte httpportalmaritimocom20101001estaleiro-rio-maguari-vai-assinar-o-contrato-com-a-transpetro

h) Sea-bea eacute o mais moderno tipo de navio mercante pois pode

acomodar barcaccedilas e converter-se em Graneleiro ou Porta-conteiner

2 TRANSPORTE FLUVIAL LACUSTRE

Considerando o potencial de suas bacias hidrograacuteficas o transporte fluvial

tem ainda uma utilizaccedilatildeo muito pequena no Brasil Eacute um modal bastante

competitivo jaacute que apresenta grande capacidade de transporte baixo

consumo de combustiacutevel e eacute menos poluente que os demais modais com

exceccedilatildeo do dutoviaacuterio O grande volume de mercadorias transportadas por

este modal eacute de produtos agriacutecolas fertilizantes mineacuterios derivados de

petroacuteleo e aacutelcool Na Bacia Amazocircnica poreacutem o transporte de mercadoria

manufaturada eacute bastante difundido e juntamente com madeiras da regiatildeo eacute

feita na forma internacional ligando diversos portos brasileiros com o Peru e

a Colocircmbia

As embarcaccedilotildees utilizadas satildeo as balsas chatas aleacutem de navios de todos

os portes pequenos meacutedios e grandes O caacutelculo de frete eacute baseado na

toneladaquilocircmetro ou pela unidade no caso de containeres Seu valor eacute

bem mais em conta comparando-se aos modais terrestres

Navegaccedilatildeo lacustre eacute aquela realizada em lagos e tem como caracteriacutestica a

ligaccedilatildeo de cidades e paiacuteses vizinhos Eacute um tipo de transporte bastante

restrito em face de serem poucos os lagos navegaacuteveis e por isso natildeo tem

grande importacircncia no transporte internacional Tambeacutem pode ser utilizado

para qualquer carga a exemplo do mariacutetimo

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 15: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

15

3 TRANSPORTE AEacuteREO

Caracteriacutesticas

Eacute o transporte adequado para mercadorias de alto valor agregado pequenos

volumes ou com urgecircncia na entrega As empresas e agentes de todo o

mundo formam uma associaccedilatildeo de caraacuteter comercial que eacute a IATA ndash

International Air TransportAssociation que eacute o principal oacutergatildeo regulador do

transporte aeacutereo internacional No Brasil o oacutergatildeo regulador eacute o

Departamento de Aviaccedilatildeo Civil ndash DAC do Comando da Aeronaacuteutica

Vantagens

Eacute o transporte mais raacutepido

Natildeo necessita embalagem mais reforccedilada (baratear o frete)

Os aeroportos normalmente estatildeo localizados mais proacuteximos dos centros de produccedilatildeo

Possibilita reduccedilatildeo de estoques via aplicaccedilatildeo de procedimentos just in time

Desvantagens

Menor capacidade de carga

Limitado pelas dimensotildees da carga

Valor do frete mais elevado em relaccedilatildeo aos outros modais

4 TRANSPORTE RODOVIAacuteRIO

Caracteriacutesticas

O transporte rodoviaacuterio na Ameacuterica do Sul eacute regido pelo Convecircnio sobre

Transporte Internacional Terrestre ndash firmado entre Brasil Argentina Boliacutevia

Chile Paraguai Uruguai e Peru em Santiago do Chile 1989 Esse convecircnio

regulamenta os direitos e obrigaccedilotildees no traacutefego regular de caminhotildees em

viagens entre os paiacuteses consignataacuterios No Brasil algumas rodovias ainda

apresentam estado de conservaccedilatildeo ruim o que aumenta os custos com

manutenccedilatildeo dos veiacuteculos Aleacutem disso a frota eacute antiga e sujeita a roubo de

cargas

Vantagens

Adequado para curtas e meacutedias distacircncias

Simplicidade no atendimento das demandas e agilidade no acesso agraves cargas

Menor manuseio da carga e exigecircncia de embalagem

Atua de forma complementar aos outros modais possibilitando a intermodalidade e a multimodal idade

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 16: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

16

Permite as vendas do tipo entrega porta a porta trazendo maior comodidade para exportador e importador

Desvantagens

Fretes mais altos em alguns casos

Menor capacidade de carga (por unidade transportada) entre todos os outros modais

Menos competitivo para longas distacircncias

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Fleury (2000) o Brasil apresenta muita dependecircncia do modal

rodoviaacuterio o segundo mais caro perdendo apenas para o aeacutereo O autor

apresenta alguns nuacutemeros 61 da carga satildeo transportadas pelas rodovias no

Brasil enquanto que na Austraacutelia a porcentagem eacute 30 nos EUA 28 e na

China cai para 19 Eacute faacutecil perceber a oportunidade para reduccedilatildeo de custos

caso o transporte rodoviaacuterio atinja padrotildees internacionais o que ensejaria

crescimento de modais mais baratos O autor estima que a migraccedilatildeo de

diversos produtos do rodoviaacuterio para o ferroviaacuterio jaacute significaria uma economia

de cerca de U$ 1 bilhatildeo por ano

Nem sempre as embalagens ou veiacuteculos com maiores volumes satildeo os(as) mais indicadas para cargas de maior peso Os equipamentos de transporte devem respeitar suas capacidades maacuteximas de peso e normalmente nesses casos muitas vezes os equipamentos menores satildeo os mais resistentes

Figura 14 - Transporte de Grandes Cargas

Fonte httpbrautoblogspotcom201008caminhoes-americanos-e-europeus_21html

Tipos de Veiacuteculo Transportador

Caminhotildees - veiacuteculos fixos que apresentam carroceria aberta em forma de

gaiola plataforma tanque ou fechados (bauacutes) sendo que estes uacuteltimos

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 17: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

17

podem ser equipados com maquinaacuterio de refrigeraccedilatildeo para o transporte de

produtos refrigerados ou congelados

Figura 15

Fonte httpwwwmudancastranscapitalcombrfrotahtml

Carretas - veiacuteculos articulados com unidades de traccedilatildeo e de carga em

moacutedulos separados Mais versaacutetil que os caminhotildees podem deixar o

semirreboque sendo carregado e recolhecirc-lo posteriormente permitindo com

isso que o transportador realize maior nuacutemero de viagens

Figura 16

Fonte httpcidaderiodejaneiroolxcombragrego-procuro-servico-para-2-carretas-cavalo-cacamba-iid-157372161

Cegonheiras - especiacuteficos para transporte de automoacuteveis

Figura 17

Fonte httpwwwcaminhoes-e-carretascom201102carretas-estao-proibidas-de-transitarhtml

BoogiesTrailersChassisPlataformas - veiacuteculos apropriados para

transporte de containers geralmente de 20rsquo e 40rsquo (vinte e quarenta peacutes)

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 18: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

18

Figura 18

Fonte httpwwwtransportabrasilcombr200909guerra-lanca-linha-2010-e-reforca-presenca-no-

sudeste

Treminhotildees - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo Natildeo podem transitar em qualquer

estrada face ao seu peso bruto total (cerca de 70 toneladas)

Figura 19

Fonte httpbenditalinguablogspotcom201107os-caminhoes-querem-ser-tremhtml

Bitrens - veiacuteculos semelhantes agraves carretas formados por cavalos

mecacircnicos semirreboques e reboques portanto compostos de trecircs partes

podendo carregar dois contecircineres de 20rsquo

Figura 20

Fonte httpblogdascarretasblogspotcom201103serie-cvc-cvc-bitremhtml

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 19: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

19

5 TRANSPORTE FERROVIAacuteRIO

Figura 21

Fonte WIKIMEDIA COMMONS

Caracteriacutesticas

O transporte ferroviaacuterio eacute adequado para o transporte de mercadorias de

baixo valor agregado e grandes quantidades tais como produtos agriacutecolas

derivados de petroacuteleo mineacuterios de ferro produtos sideruacutergicos fertilizantes

entre outros Este modal natildeo eacute tatildeo aacutegil como o rodoviaacuterio no acesso agraves

cargas uma vez que estas tecircm que ser levadas aos terminais ferroviaacuterios

para embarque

O transporte ferroviaacuterio ainda natildeo representa no Brasil o seu

melhorresultado pois as condiccedilotildees de infraestrutura natildeo permitem por

exemplo oaumento na velocidade meacutedia dos trens decorrente da baixa

velocidade imprimidanas aacutereas metropolitanas (Zylberman 2004) que implica

diretamente naprodutividade do modal Sua qualidade tambeacutem eacute

questionaacutevel principalmente peloestado das vias permanentes pelas

travessias de zonas povoadas e muitastransposiccedilotildees de linhas

(CNISESISENAIIEL 2005)

Vantagens

Adequado para longas distacircncias e grandes quantidades de carga

Baixo custo do transporte

Baixo custo de infraestrutura

Desvantagens

Diferenccedila na largura das bitolas

Menor flexibilidade no trajeto

Necessidade de transbordo

Tempo de viagem demorado e irregular

Alta exposiccedilatildeo a furtos

Conforme Scandolara (2010) o transporte ferroviaacuterio natildeo tem a versatilidade

e a flexibilidade do rodoviaacuterio visto que no paiacutes a rede ferroviaacuteria eacute

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 20: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

20

limitada Normalmente custa menos do que o rodoviaacuterio Em muitos casos

natildeo se compara favoravelmente a outros modais quanto a iacutendices de perda

e dano da carga Os trens operam de acordo com horaacuterios e se o

embarcador tem necessidades riacutegidas ou imediatas de chegada e partida a

ferrovia tambeacutem fica em desvantagem A evoluccedilatildeo tecnoloacutegica que

desenvolvendo programaccedilatildeo de rotas por computador e melhorias no

equipamento ferroviaacuterio tecircm melhorado o desempenho nos uacuteltimos anos

Segundo Associaccedilatildeo Nacional dos Transportadores Ferroviaacuterios ndash ANTF

(2007) a participaccedilatildeo da ferrovia na matriz brasileira de transportes cresceu

sete pontos percentuais (26 em 2006 contra 19 em 2000) Desde o

iniacutecio do processo de concessotildees aumentou-se o volume de carga

transportada criaram-se empregos e geraram-se receitas Todavia para um

futuro ainda mais promissor do modal ferroviaacuterio seraacute impreteriacutevel um

esforccedilo mais amplo com accedilotildees governamentais e tambeacutem de investimentos

das empresas privadas que vecircm utilizando a infraestrutura existente

6 TRANSPORTE DUTOVIAacuteRIO

Figura 22

Fonte Wikimedia Commons

Caracteriacutesticas

O modal dutoviaacuterio eacute aquele que utiliza a forccedila da gravidade ou pressatildeo

mecacircnica atraveacutes de dutos para o transporte de graneacuteis Eacute uma alternativa

de transporte natildeo poluente natildeo sujeita a congestionamentos e relativamente

barata

No Brasil os principais dutos existentes satildeo

Gasodutos

Destina-se ao transporte de gases e destaca-se o gasoduto Brasil-Boliacutevia

com quase 2000 km de extensatildeo para o transporte internacional de gaacutes

natural

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 21: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

21

Minerodutos

Transporta mineacuterios entre as regiotildees produtoras e as sideruacutergicas eou

portos Os mineacuterios satildeo impulsionados em forma de uma suspensatildeo e um

forte jato de aacutegua

Oleodutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de petroacuteleos brutos

e derivados aos terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Ovodutos

Em Minas Gerais na serra da Mantiqueira estaacute situada uma regiatildeo

produtora de ovos Nos quatro municiacutepios produtores vivem 50 mil pessoas

e 62 milhotildees de galinhas Com esse exeacutercito de poedeiras trabalhando sem

parar as granjas da regiatildeo atinge um volume meacutedio de quatro milhotildees de

ovos por dia Ou seja 166 mil ovos por hora Nada menos do que 2700

ovos por minuto Saindo dos galpotildees os ovos caem todos em esteiras

conhecidas como ovodutos Satildeo estruturas gigantescas que atravessam

toda a aacuterea de produccedilatildeo Ao todo a granja conta com quatro quilocircmetros de

ovodutos Coberto em alguns trechos descoberto em outros a cada galpatildeo

que passa o ovoduto sai mais carregado Vai subindo vai descendo ateacute

chegar ao destino final

Alcooldutos

Utiliza-se de sistema de bombeamento para o transporte de aacutelcool aos

terminais portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Sucodutos

Utiliza-se de sistemas de bombeamento para o transporte de derivados de

frutas em estado pasteurizado agraves induacutestrias de alimentos terminais

portuaacuterios ou centros de distribuiccedilatildeo

Figura 22 - Sucoduto da CITROSUCO sobre a AvMaacuterio Covas SP

Fonte - httpwwwnovomilenioinfbrsantosh0169htm

Em seguida estudaremos as questotildees de contratos de transporte

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 22: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

22

Capiacutetulo 4 SITUACcedilOtildeES CONTRATUAIS NO TRANPORTE DE CARGAS

Pode haver contrataccedilatildeo para transporte de carga nas seguintes

modalidades

HousetoHouse - a mercadoria eacute colocada no contecirciner nas instalaccedilotildees do exportador e retirada do contecirciner (desovada) no paacutetio do consignataacuterio

Pierto Piacuteer - apenas entre dois terminais mariacutetimos

PiertoHouse ou HousetoPier - do porto agraves instalaccedilotildees do cliente e vice-versa

Pagamento do Transporte de Carga- A remuneraccedilatildeo pelo serviccedilo contratado de transporte de uma mercadoria eacute conhecida como frete O pagamento do frete pode ocorrer de duas formas

Frete Prepaid - eacute o frete pago no local do embarque imediatamente apoacutes este ser carregado

Frete Collect - eacute o frete a pagar podendo ser pago em qualquer lugar do mundo sendo que o transportador seraacute avisado pelo seu agente sobre o recebimento do frete para entatildeo proceder agrave liberaccedilatildeo da mercadoria

1 TRANSPORTE MULTIMODAL

A Operaccedilatildeo de Transporte Multimodal eacute aquela que regida por um uacutenico

contrato de transporte utiliza duas ou mais modalidades de transporte

desde a origem ateacute o destino Tal operaccedilatildeo eacute executada sob a

responsabilidade uacutenica de um Operador de Transporte Multimodal ndash OTM

Conforme Nazaacuterio (2000) os processos logiacutesticos tecircm apresentado

mudanccedilas significativas no comportamento de todos os integrantes das

cadeias produtivas Essa evoluccedilatildeo tem consistido no oferecimento de pacotes

de serviccedilo ldquodoor-to-doorrdquo (porta a porta) por parte dos transportadores

fortalecendo a prestaccedilatildeo de serviccedilo e envolvendo toda a cadeia logiacutestica o

que pode implicar em custos logiacutesticos menores ao envolver quantidade

menor de contratos de transporte pelo uso da multimodalidade

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 23: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

23

O Operador de Transporte Multimodal ndash OTM eacute a pessoa juriacutedica contratada

como principal para a realizaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Cargas da

origem ateacute o destino por meios proacuteprios ou por intermeacutedio de terceiros O

OTM natildeo precisa ser necessariamente um transportador mas assume

perante o contratante a responsabilidade pela execuccedilatildeo do contrato de

transporte multimodal pelos prejuiacutezos resultantes de perda por danos ou

avarias agraves cargas sob sua custoacutedia assim como por aqueles decorrentes de

atraso em sua entrega quando houver prazo acordado

O Transporte Multimodal de Cargas compreende aleacutem do transporte em si

os serviccedilos de coleta consolidaccedilatildeo movimentaccedilatildeo e armazenagem de

carga desconsolidaccedilatildeo e entrega enfim todas as etapas indispensaacuteveis agrave

completa execuccedilatildeo da tarefa A realizaccedilatildeo de transportes do tipo multimodal

eacute uma praacutetica bastante utilizada no escoamento de mercadorias e propicia

reduccedilatildeo dos custos e dos tempos de operaccedilatildeo na exportaccedilatildeo

Em 190795 foi editado o Decreto nordm 1563 internalizando o Acordo para Facilitaccedilatildeo do Transporte Multimodal de Mercadorias entre os Paiacuteses do Mercosul assinado em 30 de dezembro de 1994 Em 19 de fevereiro de 1998 foi sancionada a Lei nordm 9611 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas no Brasil Ambos os atos visam a melhorar a qualidade e produtividade dos transportes Em sua essecircncia estabelecem a operaccedilatildeo natildeo segmentada ndash serviccedilo ldquoporta-a-portardquo ndash e a figura do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM definindo a responsabilidade de cada interveniente na operaccedilatildeo Portanto tornou-se necessaacuterio introduzir na legislaccedilatildeo de transporte comercial aduaneira de seguros e fiscal a figura do OTM A Portaria nordm 141MT de 19052000 cria na Secretaria-Executiva do Ministeacuterio dos Transportes a Comissatildeo Especial encarregada dos procedimentos relativos ao Registro do Operador de Transporte Multimodal de Cargas a Circular nordm 40SUSEPMF de 29051998 dispotildee sobre o Seguro Obrigatoacuterio de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash OTM a Resoluccedilatildeo nordm 37SUSEPMF de 8122000 dispotildee sobre o Seguro de Responsabilidade Civil do Operador de Transporte Multimodal ndash Cargas (RCOTM-C) e o Decreto nordm 3411 de 1242000 regulamenta a Lei ndeg 9611 de 19021998 que dispotildee sobre o Transporte Multimodal de Cargas Cabe ressaltar que na praacutetica natildeo existe ainda a figura do Operador de Transporte Multimodal no Brasil bem como o Conhecimento de Transporte Multimodal estaacute em estudo e processo de elaboraccedilatildeo No entanto o uso de modais diferentes para uma mesma carga eacute praacutetica constante e realizado sob o regime de Transporte Intermodal Neste cada trajeto eacute realizado por um tipo de transporte e os embarcadores contratam cada trecho com cada transportador separadamente

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 24: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

24

11TRANSPORTE HEAVY LIFT

O Heavy LiftTransport eacute a modalidade em que navios embarcaccedilotildees e

estruturas pesadas satildeo transportados pela modalidade aeacuterea aquaviaacuteria

ou rodoviaacuteria A carga eacute transportada a bordo de grandes navios ou

barcaccedilas semissubmersiacuteveis aviotildees supercargueiros e carretas

especiaisDesde a construccedilatildeo das grandes piracircmides cerca 1500 aC

que se faz transporte de cargas extrapesadas O sistema de carregamento

no transporte mariacutetimoera realizado com o afundamento do barco com

areia e apoacutes o carregamento a areia era retirada

Planejamento

O Transporte Pesado requer um minucioso planejamento principalmente

quanto agrave preparaccedilatildeo do equipamento de transporte para receber a carga a

ser transportada Para tanto deve-se formar uma comissatildeo que trabalharaacute

em conjunto com a empresa transportadora em toda a fase de preparaccedilatildeo

devendo haver uma intensa troca de informaccedilotildees para evitar interferecircncias

entre as caracteriacutesticas de ambos os equipamentos (transporte e

transportado) Vejamos as principais informaccedilotildees

1 Descriccedilatildeo do equipamento de transporte 2 Percurso previsto e as condiccedilotildees de tempo e mar esperadas

(mapeamento das interferecircncias e obras de arte) 3 Anaacutelise de estabilidade do equipamento de transporte carregado 4 Planos e desenhos do picadeiro 5 Planos e desenhos do equipamento a ser transportado 6 Planos certificados e desenhos do aparato de seguranccedila (cabos skids

calccedilos suportes etc) 7 Planos e desenhos da sequecircncia de carregamento e descarregamento 8 Planos de peaccedilatildeo da carga 9 Niacutevel maacuteximo de avarias que o equipamento transportador pode sofrer

sem ter de abandonar a carga transportada 10 Plano de velocidade maacutexima

Em abril de 1988 o USS Samuel B Roberts foi atingido pela explosatildeo de uma mina abaixo da linha drsquoaacutegua e perdeu sua propulsatildeo devido ao alagamento da praccedila de maacutequinas Em outubro de 2000 o USS Cole sofreu um ataque suicida que deixou aleacutem de 17 mortos um rombo no costado na altura da linha drsquoaacutegua Ambos operavam no Golfo Peacutersico e sofreram avarias que os impossibilitavam navegar de volta para suas bases Abaixo segue ilustraccedilatildeo do transporte do USS Samuel BRobert

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 25: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

25

Figura 23 - Transporte do USS Samuel B Roberts

Fonte - httpvegakosmonautblogspotcom2011_04_01_archivehtml

12 HEAVY LIFT MARIacuteTMO (Transporte de barcos)

Etapas para o transporte

Inicialmente o navio-transporte enche seus tanques de lastro ateacute atingir a

profundidade requerida para o carregamento Em seguida com auxiacutelio de

rebocadores a embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute colocada sobre o conveacutes

de carga sendo posicionada em relaccedilatildeo ao picadeiro que estaacute submerso

Para isso satildeo usadas colunas previamente instaladas como referecircncia A

embarcaccedilatildeo a ser transportada eacute mantida em posiccedilatildeo pelas espias do

aparato de seguranccedila

Exemplos de transportes

Ateacute o ano de 2001a maior embarcaccedilatildeo transportada tinha sido a

plataforma P-40 com deslocamento de 40000 toneladas O navio utilizado

foi o navio-transporte MV MightyServant I

Figura 24 - Transporte da plataforma P-40

Fonte httpluizpaulopinablogssapopt15283html

Atualmente grandes carregamentos mariacutetimos tecircm sido realizados sendo

que em meacutedia os navios-transporte podem transportar ateacute 60000

toneladas com velocidade meacutedia de 10 noacutes Destaca-se neste meio o

MV Blue Marlin da empresa Dockwise que pode carregar unidades de

ateacute 73000 toneladas com centro de gravidade de ateacute 30 metros acima do

conveacutes de carga

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 26: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

26

13 HEAVY LIFT AEacuteREO

O Antonov An-225 Mriya eacute um aviatildeo cargueiro russo peso-pesado Ele foi

desenvolvido para transportar cargas de grande volume e pesadas que

jamais poderiam ser transportadas por outros aviotildees de carga

convencionais incluindo os maiores Jumbos e Boing Eacute o maior aviatildeo de

carga do mundo e soacute existem 2 deles Ele pousa em chatildeo de terra (com ou

sem chuva) e ateacute na neve (incluindo regiotildees remotas e deseacuterticas da

gelada Sibeacuteria)

Figura 25 - AntonovAn 124

Fonte - httpwwwyoungeaglescomphotosgalleryaspaction=viewimageampcategoryid=14amptext=ampimageid=

82ampbox=ampshownew=

Figura 26 - AntonovAn 225

Fonte httpcanttimcommaquinasantonov-225-um-monstro-dos-ares

14 HEAVY LIFT RODOVIAacuteRIO

Transporte rodoviaacuterio de cargas indivisiacuteveis eou superpesadas eacute

composto das seguintes modalidades

Transporte rodoviaacuterio nacional Porta-a-portardquo

Transporte rodoviaacuterio Internacional de cargas especiais realizando a logiacutestica e integrando as diversas etapas da importaccedilatildeoexportaccedilatildeo

2 SISTEMAS DE DISTRIBUICcedilAtildeO FIacuteSICA

A distribuiccedilatildeo eacute a parte da logiacutestica que trata das relaccedilotildees empresa-cliente-

consumidor realizando a distribuiccedilatildeo fiacutesica das mateacuterias-primas dos produtos

semiacabados e acabados ateacute os pontos de consumo assegurando a

pontualidade a precisatildeo e que os pedidos estejam completos Eacute um processo

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 27: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

27

que estaacute normalmente associado ao movimento de material de um ponto de

produccedilatildeo ou armazenagem ateacute o cliente O retorno de produto em bom ou mal

estado tambeacutem eacute parte desse processo embora em alguns segmentos pouca

atenccedilatildeo seja dada a essa funccedilatildeo

Conforme Botelho (2003) e Ballou (2001) a distribuiccedilatildeo de produtos eacute uma das

principais atividades das empresas poisdefine o seu sucesso no processo de

atendimento aos seus clientes Um bom planejamentodesta atividade pode

criar condiccedilotildees para alcanccedilar a eficiecircncia e a confiabilidade no serviccediloprestado

pela empresa garantindo a satisfaccedilatildeo dos clientes e a reduccedilatildeo dos seus

custos Este planejamento eacute bastante importante uma vez que os custos

detransporte correspondem de um a dois terccedilos do total dos custos

operacionais das empresas

O processo de distribuiccedilatildeo tem sido foco permanente das empresas uma vez

que os custos nele existentes satildeo elevados e as oportunidades de reduccedilatildeo satildeo

inuacutemeras As empresas estabelecem a melhor forma de distribuiccedilatildeo a fim de

obter vantagem competitiva e colocar os produtos principalmente bens de

consumo ao alcance dos consumidores

Entretanto quando se fala em melhoria da eficiecircncia operacional na

distribuiccedilatildeo fiacutesica natildeo eacute suficiente considerar apenas o meio de transporte

mais utilizado no Brasil - o rodoviaacuterio eacute preciso analisar toda matriz de

transporte disponiacutevel para alcanccedilar um serviccedilo capaz de atender

satisfatoriamente o canal de vendas Essa visatildeo considera cada etapa do

processo de transporte procurando sempre identificar as possiacuteveis

alternativas muitas vezes descartadas ou mal exploradas

Conforme Lambert Stock e Vantine (1998) estimam-se que no Brasil os

gastos com atividades logiacutesticas correspondam a 17 do Produto Interno Bruto

(PIB) e na meacutedia o transporte envolve 60 dos custos logiacutesticos das

empresas

Estes dados justificam a necessidade de um sistema de transporte possuir

mecanismos capazes de analisar quais opccedilotildees de modais apresentam-se mais

adequadas ao seu contexto de negoacutecio

Ressalta-se ainda que a seleccedilatildeo de modais afeta diretamente o preccedilo dos

produtos as condiccedilotildees de entrega e a pontualidade elementos estes

considerados estrateacutegicos para que o sistema alcance seu objetivo

Estrateacutegias de Distribuiccedilatildeo

A estrateacutegia logiacutestica possui em geral trecircs objetivos reduccedilatildeo de custos

reduccedilatildeo decapital e melhoria no serviccedilo (BASTOS 2003) Outros autores

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 28: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

28

afirmam que a logiacutestica temcomo meta principal a estrateacutegia de melhoria na

movimentaccedilatildeo e armazenagem de materiaise produtos atraveacutes da integraccedilatildeo

das operaccedilotildees necessaacuterias entre as aacutereas de suprimentoproduccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo fiacutesica A missatildeo logiacutestica eacute medida em termos de seu custo total

edesempenho operacional para uma melhor utilizaccedilatildeo dos recursos Portanto

aleacutem de integrara cadeia de suprimento a logiacutestica auxilia na definiccedilatildeo das

metas estrateacutegicas da empresa eauxilia em eventuais problemas operacionais

Canais de Distribuiccedilatildeo

Os canais de distribuiccedilatildeo oferecem a construccedilatildeo de vantagens

competitivassustentaacuteveis por suas caracteriacutesticas de longo prazo (tanto no

planejamento como naimplementaccedilatildeo) por exigirem estrutura de organizaccedilotildees

consistentes e serem baseados empessoas e relacionamentos (NEVES 1999)

Para este mesmo autor os agentes que fazemparte do canal existem para

desempenhar funccedilotildees tais como o carregamento de estoquesgeraccedilatildeo de

demanda vendas distribuiccedilatildeo fiacutesica serviccedilo poacutes-vendas creacutedito etc

AssimStern et all(1996) e Neves (1999) consideram trecircs premissas baacutesicas

com relaccedilatildeo a estasfunccedilotildees

bull participantes podem ser eliminados ou substituiacutedos

bull as funccedilotildees que estes desempenham podem ser eliminadas

bull quando participantes satildeo eliminados suas funccedilotildees satildeo repassadas para

frenteou para traacutes no sistema e assumidas por outros

Observa-se que haacute um paralelismo e uma correlaccedilatildeo entre as atividades

queconstituem a distribuiccedilatildeo fiacutesica de produtos e os canais de distribuiccedilatildeo

(NOVAES 2004)

Com relaccedilatildeo agrave estrutura do canal de distribuiccedilatildeo Poli (2001) cita as

seguintescaracteriacutesticas

bull Extensatildeo Quantos intermediaacuterios existem Esta caracteriacutestica estaacute ligada

aonuacutemero de niacuteveis intermediaacuterios na cadeia de suprimento da manufatura

aoConsumidor final

bull Amplitude ou Largura Haacute um ou vaacuterios intermediaacuterios em dada camada

deuma aacuterea geograacutefica definida Um intermediaacuterio constitui uma

distribuiccedilatildeoexclusiva alguns intermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo seletiva

Muitosintermediaacuterios criam uma distribuiccedilatildeo intensiva

bull Multiplicidade Quantos tipos de canais satildeo empregados para levar o

produtoContudo Neves (1999) discorda desta classificaccedilatildeo Na concepccedilatildeo do

autor onuacutemero de niacuteveis do canal estaacute relacionado ao nuacutemero de agentes

participantes onde o canalvaria de niacutevel um no caso das vendas diretas e

cinco ou seis integrantes ateacute chegar aoconsumidor finalStern et all(1996)

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 29: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

29

afirmam que de maneira geralldquoquanto maior for o grau deserviccedilos exigido pelo

produto tanto maior o nuacutemero de intermediaacuteriosrdquo Com relaccedilatildeo agravecomplexidade

dos intermediaacuterios o setor atacadista se mostra bastante importante para

oscanais de distribuiccedilatildeo em funccedilatildeo dos valores movimentados quantidade de

itenstransportados e pela complexidade de sua distribuiccedilatildeo Deste modo o

proacuteximo item descrevea atividade deste importante intermediaacuterio

Com base em Novaes (2004) vamos observar abaixo uma ilustraccedilatildeo

diferenciando canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Figura 27 - Paralelismo entre canal de distribuiccedilatildeo e distribuiccedilatildeo fiacutesica

Fonte Novaes (2004)

Observe a proacutexima figura e seu detalhamento sobre os canais de

distribuiccedilatildeo

Figura 28 - Canais de Distribuiccedilatildeo

Eacute perceptiacutevel que a distribuiccedilatildeo fiacutesica eacute desenhada com base nos canais

disponiacuteveis e o analista de logiacutestica eacute o responsaacutevel por estudar as melhores

rotas e estruturas para um bom e rentaacutevel processo de distribuiccedilatildeo

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 30: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

30

Nem sempre o caminho mais perto eacute o mais raacutepido ou o de menor custo Analise todas as variaacuteveis e pense tentando se antecipar de qualquer eventualidade em sua logiacutestica

3 SISTEMAS DE MONITORAMENTO E RASTREABILIDADE

Monitoramento

O Sistema de Monitoramento de Transporte eacute um avanccedilado sistema de coleta

de informaccedilotildees da operaccedilatildeo dos veiacuteculos Nesse sistema utilizam-se moacutedulos

com tecnologia GPS ndash Global Position System (Sistema de Posicionamento

Global) um sistema que fornece a posiccedilatildeo de qualquer ponto da Terra atraveacutes

de coordenadas geograacuteficas emitidas por um sistema de sateacutelites

O transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante prejudicado pelas

condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando numa alta

incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e operadores

logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT) em 2005 o

panorama no paiacutes vinha sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica mais

efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro - praacuteticas

primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)

As ocorrecircncias natildeo se restringem aos assaltos agrave matildeo armada abrangendo

tambeacutem desvios de cargas e sua armazenagem em galpotildees de empresas

contribuintes com a praacutetica mediante apresentaccedilatildeo de notas fiscais falsas ou

alteradas em que se destacam valores bem inferiores aos preccedilos de mercado

dos produtos Estas falsificaccedilotildees ou adulteraccedilotildees facilitam a atratividade das

cargas roubadas e a consequente rapidez de sua comercializaccedilatildeo e

distribuiccedilatildeo no mercado Diante disso as empresas de transporte rodoviaacuterio

vecircm buscando uma soluccedilatildeo a fim de diminuir essas ocorrecircncias considerando

tambeacutem a grande competitividade do mercado jaacute que as empresas estatildeo cada

vez mais tendo a necessidade de melhorar a qualidade de seus serviccedilos

Assim percebeu-se que unir a tecnologia da informaccedilatildeo agraves operaccedilotildees de

transporte seria uma alternativa para coibir os roubos atraveacutes de um sistema

de rastreamento de veiacuteculos

O desempenho do transporte rodoviaacuterio de cargas no Brasil eacute bastante

prejudicado pelas condiccedilotildees de inseguranccedila em nossas estradas resultando

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 31: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

31

numa alta incidecircncia de roubos e de prejuiacutezos para transportadores e

operadores logiacutesticos Segundo a Confederaccedilatildeo Nacional do Transporte (CNT)

em 2005 o panorama no paiacutes vem sendo delineado pela falta de accedilatildeo puacuteblica

mais efetiva no combate ao traacutefico de drogas e agrave induacutestria do sequestro -

praacuteticas primeiras das quadrilhas especializadas que agem criminosamente

interceptando a movimentaccedilatildeo de mercadorias em territoacuterio nacional (CNT

2006)Dessa forma eacute importante a praacutetica e utilizaccedilatildeo de sistemas de

monitoramento e rastreamento para evitar problemas como esses

O sistema de rastreamento veicular aleacutem de monitorar as cargas quando

roubadas possibilita que as empresas monitorem seu produto e todo o seu

ciclo de distribuiccedilatildeo em tempo real propiciando uma vantagem competitiva

para o negoacutecio Esse sistema eacute o Global Position System (GPS) sistema global

de posicionamento via sateacutelite Sendo assim o sistema surge como um

importante instrumento de apoio agraves accedilotildees de logiacutestica empresarial

Figura 29 - Rastreamento por sateacutelite

Fonte httpbootblockbioscom20110427

O GPS eacute um sistema eletrocircnico que fornece informaccedilotildees via sateacutelite a um aparelho receptor moacutevel indicando a posiccedilatildeo do mesmo tendo as coordenadas terrestres como referecircncia

Benefiacutecios do uso do GPS

O sistema oferece diversos benefiacutecios natildeo soacute para a empresa como para o condutor do veiacuteculo (motorista) pois garante maior fiscalizaccedilatildeo no serviccedilo de transporte dando a possibilidade de acompanhamento em tempo real das atividades realizadas garantindo assim maior eficiecircncia no transporte de cargas aleacutem de evitar que ocorram problemas como o desvio de rota Seguem abaixo alguns outros benefiacutecios causados pelos rastreadores e suas devidas justificativas

Correto uso do veiacuteculo

Com o monitoramento via sateacutelite o veiacuteculo soacute poderaacute ser utilizado para fins comerciais evitando assim o uso do veiacuteculo para fins pessoais ou que natildeo sejam de interesse da empresa

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 32: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

32

Eliminaccedilatildeo de manobras desnecessaacuterias

Os equipamentos de GPS jaacute costumam fornecer o melhor caminho que o motorista deveraacute fazer para o trajeto desejado Neste caso o motorista natildeo perde tempo com equiacutevocos ao traccedilar a rota

Recuperaccedilatildeo de veiacuteculos

Com o Sistema de monitoramento ficou mais faacutecil encontrar o veiacuteculo apoacutes o roubo Geralmente as cargas roubadas satildeo levadas para algum local e soacute apoacutes a chegada a carga eacute desmontada ou entatildeo toma outro destino Entatildeo enquanto essa carga eacute levada a poliacutecia eacute informada sobre o roubo e posteriormente consegue recuperar o veiacuteculo na maioria das vezes com a carga intacta

O Sistema GPS tambeacutem eacute utilizado como prova incontestaacutevel para efeito de alguma reclamaccedilatildeo sobre o veiacuteculo quando o mesmo estiver em movimento por exemplo em caso de uma reclamaccedilatildeo em que o pedestre informe agrave empresa que o caminhatildeo de placa policial nuacutemero XXX- 0000 ultrapassou o limite de velocidade em uma determinada avenida Neste caso o GPS poderaacute informar se o informado eacute falso ou verdadeiro tomando as providecircncias cabiacuteveis caso seja necessaacuterio Desta forma diversos caminhotildees brasileiros jaacute natildeo soacute satildeo localizados a qualquer hora e em qualquer lugar como fornecem dados de sua operaccedilatildeo para uma estaccedilatildeo de controle com prontidatildeo ou em tempo real Essas informaccedilotildees satildeo indispensaacuteveis para a melhoria das atividades de transporte de cargas que se desenvolvem em vaacuterios niacuteveis e atingem agora transportadores de todos os portes Vale resaltar que o GPS natildeo atua sozinho pois eacute preciso ter matildeo-de-obra qualificada para operar o aparelho de forma eficiente sabendo utilizar e trabalhar em cima das informaccedilotildees fornecidas pelo rastreador Somente o uso adequado das informaccedilotildees captadas pelo aparelho unidas agrave habilidade dos controladores da frota em tratar tais informaccedilotildees traratildeo resultados beneacuteficos para a empresa

Figura 30 - Rastreamento de frota via sateacutelite

Fontehttpwwwgeodobrazilcombrnossositeindexphpoption=com_contentampview=articleampid=49ampItemid=53

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 33: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

33

Rastreamento

A rastreabilidade eacute um conceito que surgiu devido agrave necessidade de saber em

que local eacute que um produto se encontra na cadeia logiacutestica sendo tambeacutem

muito utilizada pelo controle de qualidade Segundo Dyer (1966) citado por

Juranet all(1970 p 280) este conceito representa a capacidade de traccedilar o

caminho da histoacuteria aplicaccedilatildeo uso e localizaccedilatildeo de uma mercadoria individual

ou de um conjunto de caracteriacutesticas de mercadorias atraveacutes da impressatildeo de

nuacutemeros de identificaccedilatildeo Ou seja haacute possibilidade de se saber atraveacutes de um

coacutedigo numeacuterico qual a identidade de uma mercadoria e as suas origens

Em outros termos rastreamento eacute saber o que (o produto ou bem) de onde

veio (a origem) e para onde foi (destino) Com isso em vista a definiccedilatildeo de

rastreamento exige trecircs dados baacutesicos como mostra ECKSCHMIDT (2009)

O produto necessita estar identificado - o que se estaacute rastreando

A origem deve ser conhecida - de onde vem o produto que estaacute sendo rastreado

O destino deve estar definido - para onde este produto seraacute embarcadoenviado

O rastreamento eacute um instrumento de extrema importacircncia para as empresas

transportadoras quando a mundializaccedilatildeo dos mercados comerciais torna a

identificaccedilatildeo da origem das mateacuterias-primas e dos meios em que eacute realizada a

produccedilatildeo dos alimentos Esta ferramenta permite ainda no caso de um produto

com defeito chegar ateacute o cliente poder identificar o lote em que ele foi

produzido e se necessaacuterio retiraacute-lo do mercado e tambeacutem identificar a

responsabilidade de cada etapa da produccedilatildeo permitindo assim uma accedilatildeo

corretiva em tempo haacutebil pelo setor responsaacutevel

A rastreabilidade e as Tecnologias da Informaccedilatildeo (TI) trabalham em conjunto

permitindo o acesso a toda a informaccedilatildeo relacionada com o tratamento e com a

emissatildeo dos produtos Os softwares de apoio adaptaacuteveis a qualquer setor de

atividade configuraacuteveis para diversos perifeacutericos e versaacuteteis nos sistemas de

recolha (PDA terminais de leitura oacuteptica entre outros) apresentam-se o mais

transversais possiacutevel

A implementaccedilatildeo de sistemas que identifiquem de forma singular e

inequiacutevoca produtos unidades de expediccedilatildeo ativos localizaccedilotildees e serviccedilos

possibilita a gestatildeo eficiente das cadeias de valor multi-setoriais atraveacutes do

acesso integral a toda a informaccedilatildeo relativa ao percurso fiacutesico dos produtos

Atraveacutes de soluccedilotildees de armazenagem e logiacutestica em comunicaccedilatildeo on-line com

o moacutedulo de lotes e datas de validade eacute possiacutevel o controle total da informaccedilatildeo

sobre a rastreabilidade dos produtos de forma minuciosa e rigorosa incluindo

os processos de recepccedilatildeo armazenamento produccedilatildeo e expediccedilatildeo

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 34: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

34

Acredita-se que o tratamento da rastreabilidade teraacute um efeito de causalidade

que nos repercutiraacute vaacuterios intervenientes da cadeia de valor (produccedilatildeo

distribuiccedilatildeo) permitindo um aumento exponencial da eficiecircncia e eacute claro da

produtividade da empresa

40 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA SATEacuteLITE

Figura 31 - Sistema de posicionamento global (GPS)

Fontehttpcienciahojeuolcombrnoticiasecologia-e-meio-ambienteaquecimento-global-pode-afetar-satelites

Este tipo de Sistema transmite e recebe sinais de forma bidirecional atraveacutes

de sateacutelites qualquer que seja o sateacutelite utilizado sejam geoestacionaacuterios (que

se encontram parados em um ponto fixo sobre a terra) ou de baixa oacuterbita (que

voam em baixa altitude) Sua utilizaccedilatildeo depende de o veiacuteculo estar a ceacuteu

aberto o que natildeo eacute possiacutevel em alguns casos (dentro de garagem tuacuteneis)

Geoestacionaacuterios ndash Brasilsat Irmasat

Baixa oacuterbita ndash Orbcomm Globalstar e Iridum

Seja qual for o sateacutelite utilizado esse tipo de sistema de rastreamento

proporciona a transmissatildeo e que o motorista envie mensagem para a central

informando qualquer tipo de ocorrecircncia ou solicitaccedilotildees

Uma desvantagem desse tipo de sistema de rastreamento eacute o alto custo e a

dificuldade nas operaccedilotildees quando o veiacuteculo estaacute em local recepccedilatildeo de dados

permitindo que o coberto dificultando o sinal com o sateacutelite

50 SISTEMA DE RASTREAMENTO VIA CELULAR

Neste sistema eacute utilizada a tecnologia GSMGPRS para a transmissatildeo de

informaccedilotildees com a central de gerenciamento GRM (Global System for Moacutebile

Communications) eacute um padratildeo de Tecnologia de telefonia moacutevel bastante

popular no mundo inteiro GPRS (General)

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 35: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

35

Figura 32 - Sistema de rastreamento por celular

Fonte httpwwwlotustrackingcombrsolucoeslotus_mobilephp

Packet Radio Service) eacute uma tecnologia que eleva as taxas de transferecircncia de

dados nas redes de GSM sendo a transmissatildeo feita por pacotes Haacute um

computador de bordo instalado no veiacuteculo que envia e recebe as informaccedilotildees

atraveacutes de pacotes de dados transmitidos em uma conexatildeo GPRS Este

sistema tem um custo inferior ao que opera com sateacutelite e tem uma boa

precisatildeo no rastreamentoSua transmissatildeo natildeo eacute prejudicada em ambientes

cobertos sua utilizaccedilatildeo eacute mais recomendada em aacutereas urbanas jaacute que a sua

comunicaccedilatildeo com a central fica restrita agraves aacutereas onde haacute cobertura das

operadoras de telefonia celular

Fluxograma de rastreamento de mateacuterias

Figura 33 - Fluxo do consumidor e Vice-versa

Fonte - SENAI

Figura 34

Fonte httpptwikipediaorgwikiFicheiroProcesso_tracking_tracingJPG

Neste capiacutetulo vimos questotildees referentes agraves situaccedilotildees contratuais no

transporte de cargas e entendemos o funcionamento do transporte multimodal

Agora que vocecirc jaacute sabe como as cargas durante o transporte satildeo monitoradas

e rastreadas e compreende o sistema de distribuiccedilatildeo fiacutesica vamos avanccedilar

nossos estudos

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 36: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

36

Capiacutetulo 5

TERCEIRIZACcedilAtildeO E CONTRATACcedilAtildeO DOS TRANSPORTES

Com a globalizaccedilatildeo da economia e o crescimento do ambiente competitivo das

empresas estamos presenciando uma enorme concorrecircncia Sendo assim eacute

imprescindiacutevel a busca de estrateacutegia mercadoloacutegica oferecendo soluccedilotildees

capazes de diminuir os custos e aumentar o investimento em ganhos de

qualidade no niacutevel de serviccedilo oferecido ao cliente

1 Contrato de transporte

Para uma contrataccedilatildeo de transporte em que a distribuiccedilatildeo fiacutesica seja feita

corretamente seguindo todos os procedimentos para uma transaccedilatildeo comercial

ocorrer por completo sem sobressalto eacute necessaacuterio que toda a documentaccedilatildeo

da mercadoria esteja em conformidade com os procedimentos estabelecidos

Os documentos necessaacuterios para o transporte satildeo

Faturas comerciais

Certificados (de origem sanitaacuterios etc)

Licenccedilas e permissotildees dos paiacuteses de origem e destino

Conhecimento de carga

Guia de Remessa Carta de porte ou conhecimento de embarque

Seguros

Desses documentos aleacutem de provar da posse ou propriedade da

mercadoria o conhecimento de carga eacute um importante documento servindo

como um instrumento do contrato de transporte estabelecido entre embarcador

e transportador como partes contratantes regulamentando todas as accedilotildees

decorrentes descritas em contrato e funcionando como um tiacutetulo de creacutedito em

relaccedilatildeo a terceiros regulando em uacuteltima anaacutelise uma relaccedilatildeo entre fornecedor

e o seu portador

No transporte mariacutetimo apresenta-se com as denominaccedilotildees Bill OfLading ndash

BL(conhecimento ou nota de embarque) e Receive for Shippment (recebido

para embarque)No transporte Aeacutereo denomina-se Air Way Bill ndash AWB

(Conhecimento aeacutereo) conforme item 442 Nota do Anexo 9 da Convenccedilatildeo de

Aviaccedilatildeo civil Internacional aprovada pelo Brasil atraveacutes do Decreto nordm

7632575No transporte terrestre apresenta-se com a denominaccedilatildeo

ldquoconhecimento de embarque internacionalrdquo conforme definido pela portaria

interministerial (MFMT) nordm 17377

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 37: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

37

2 Seguros Contrato de seguro eacute aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para com a outra (segurado) mediante o pagamento de um precircmio a indenizaacute-lo do prejuiacutezo decorrente de riscos futuros previstos no contrato (CC art 757) No Brasil em atendimento a legislaccedilatildeo especiacutefica decreto lei (Dec-lei n 206340) como requisito fundamental para o exerciacutecio das seguradoras deve ser pessoa juriacutedica devidamente autorizada pelo governo federal para operar no ramo aleacutem do segurado que deveraacute ter capacidade civil ou seja significa a aptidatildeo que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos

O seguro eacute uma modalidade de operaccedilatildeo que tem por definiccedilatildeo contratual que uma das partes denominada ldquosegurador ou seguradorardquo se obriga com a outra ldquoseguradordquo ou seu ldquobeneficiaacuteriordquo para efetuar o pagamento de valor formalmente contratado pelo bem segurado como forma de compensaacute-lo em indenizaccedilatildeo por um prejuiacutezo causadoOs principais sujeitos envolvidos da operaccedilatildeo de seguro satildeo segurador e seguradoEm alguns ramos do seguro encontramos as figuras do estipulante e beneficiaacuterio

Veremos as definiccedilotildees sobre os sujeitos do seguro

3 Participantes da Operaccedilatildeo de Seguros

Segurador

Eacute a empresa que assume a responsabilidade de determinados riscos e

paga a indenizaccedilatildeoao segurado e aos seus beneficiaacuterios no caso da

ocorrecircncia do sinistro Para tanto ela recebeu determinada remuneraccedilatildeo

estipulada em contrato em contrapartidaaos serviccedilos oferecidosA principal

obrigaccedilatildeo do segurador eacute pagar o prejuiacutezo resultante do risco assumido ou

sejaindenizar o segurado de acordo com as condiccedilotildees estabelecidas no

Contrato

Segurado

O segurado eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica economicamente interessada no

bem exposto ao risco e que transfere agrave seguradora mediante pagamento

de uma importacircncia o risco de um determinado evento atingir o bem de

seu interesse

Em alguns ramos de seguro existem as figuras do estipulante e do

beneficiaacuterio assim qualificados

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 38: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

38

o Estipulante

Pessoa fiacutesica ou juriacutedica que propotildee a contrataccedilatildeo de plano coletivo

recebendo poderes para representar o segurado Nos termos da

legislaccedilatildeo e regulamentaccedilatildeo em vigor a pessoa fiacutesica ou juriacutedica

identificada como estipulante-instituidor quando participar total ou

parcialmente do custeio ou como estipulante-averbador quando natildeo

participar do custeio

o Beneficiaacuterio

Eacute a pessoa fiacutesica ou juriacutedica designada pelo segurado para receber

indenizaccedilotildees A princiacutepio o segurado eacute o beneficiaacuterio do seguro

ocorrendo entretanto casos em que o segurado indica um beneficiaacuterio

Para existir o pagamento de um seguro o mesmo deveraacute estar em

consonacircncia com os criteacuterios preacute-estabelecidos para caracterizaccedilatildeo de

cobertura de seguro Vejamos a seguir

4 Riscos

Nas operaccedilotildees de seguroo risco configura a probabilidade de um determinado

evento futuro atingir um interesse econocircmico para o segurado ou beneficiaacuterio

Pode ser considerado tambeacutem como a incerteza com relaccedilatildeo do que seraacute

perdido

Riscossatildeo os eventos aleatoacuterios cuja ocorrecircncia acarreta prejuiacutezo econocircmico

Todavia nem sempre o risco eacute considerado seguraacutevel

As condiccedilotildees que definem o risco como sendo seguraacutevel satildeo

bull Ser possiacutevel uma vez que segurar Risco impossiacutevel eacute o mesmo que

admitir um contrato sem objetivo

bull Ser futuro ou seja que ainda natildeo tenha ocorrido ateacute o momento do

contrato

bull Ser incorreto o que caracteriza o fato aleatoacuterio e que natildeo pode ser

dissociado do contrato de seguro

A seguir conheccedila as definiccedilotildees quanto agraves modalidades de Risco

41 Riscos excluiacutedos

Todo evento danoso em potencial natildeo elencado entre os riscos cobertos na

apoacutelice de seguro eacute implicitamente um risco excluiacutedo No entanto para evitar

duacutevidas decorrentes de interpretaccedilatildeo incorreta do risco coberto e tambeacutem

porque alguns dos possiacuteveis riscos excluiacutedos podem ser redefinidos como

riscos cobertos em Coberturas Baacutesicas ou Adicionais Os riscos excluiacutedos satildeo

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 39: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

39

elencados de forma expliacutecita nos contratos de seguro seja nas condiccedilotildees

gerais seja nas condiccedilotildees especiais

42 Riscos cobertos

Tipo de risco previsto no seguro que em caso de concretizaccedilatildeo daacute origem agrave

indenizaccedilatildeo eou reembolso ao segurado

5 Precircmio

Precircmio eacute o pagamento efetuado pelo segurado ao segurador ou seja eacute o

custo do seguro para o segurado que deve ser especificado no contrato de

seguro garantindo que o segurador assuma a responsabilidade de

determinado risco Como pagamento do precircmio o segurado adquire o direito a

uma indenizaccedilatildeo previamente combinada

O precircmio do seguro eacute estabelecido a partir de uma composiccedilatildeo de itens que

seratildeo incorporadas ateacute seu caacutelculo final Os paracircmetros gerais utilizados para

calcular o precircmio satildeo prazo do seguro importacircncia segurada e exposiccedilatildeo ao

risco A falta de pagamento do precircmio nas condiccedilotildees estabelecidas agrave

seguradora implica na dispensa das obrigaccedilotildees de indenizaccedilatildeo ao segurado

assim como na possibilidade de cancelamento automaacutetico do Contrato

O precircmio pago pelo segurado refere-se a todo o periacuteodo de vigecircncia do seguro

Assim as Seguradoras denominam de precircmio ganho a parcela de precircmio

relativa ao periacuteodo de tempo do risco jaacute passado A descriccedilatildeo dos elementos

que compotildeem o precircmio do seguro cobrado pelas seguradoras encontram-se

logo a seguir

Mensuraccedilatildeo do Risco

O precircmio deve refletir os resultados obtidos da anaacutelise estatiacutestica do risco

como o valor aproximado dos possiacuteveis sinistros

bull Despesas administrativas ou Gastos de Gestatildeo Interna

Satildeo de responsabilidade do Segurador e destinam-se agrave administraccedilatildeo dos

seus negoacutecios Exemplo Despesas com pessoal aluguel comunicaccedilatildeo etc

bull Despesas de Aquisiccedilatildeo e Produccedilatildeo de Gastos de Gestatildeo Externa

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 40: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

40

Os gastos correspondentes a este tipo de despesa decorrem do processo

comercial de distribuiccedilatildeo e venda do seguro A comissatildeo dos corretores eacute o

item mais importante das despesas de gestatildeo externa

bull Remuneraccedilatildeo do Capital

A remuneraccedilatildeo do capital empregado inclui o lucro e a constituiccedilatildeo das

reservas patrimoniais tendo necessariamente reflexo no precircmio

bull Impostos

Satildeo tambeacutem considerados no caacutelculo do precircmio sendo o mais comum o IOF

(Imposto sobre Operaccedilotildees Financeiras ou de Seguros) Nas operaccedilotildees de

seguro o IOF eacute de 2 nos seguros de Vida e Sauacutede Nas prestaccedilotildees de

serviccedilos formais temos o ISS (Imposto sobre serviccedilos) onde o percentual eacute de

5 podendo haver uma variaccedilatildeo proporcional de percentual de acordo com as

leis de incentivos fiscais entre municiacutepios

6 SINISTRO

O sinistro eacute a manifestaccedilatildeo concreta do risco previsto no contrato de seguro e

que ocasiona prejuiacutezo ou responsabilidade Na etapa da Liquidaccedilatildeo eacute que se

processa o pagamento da indenizaccedilatildeo quando houver cobertura de seguro na

apoacutelice1 A frequecircncia com que os sinistros ocorrem e os seus valores

comparados com o precircmio pago indicam a sinistralidade de uma apoacutelice

7 INDENIZACcedilAtildeO

A indenizaccedilatildeo eacute o pagamento feito pela seguradora aos seus beneficiaacuterios dos

prejuiacutezos decorrentes de um sinistro

Consistem na reparaccedilatildeo dos prejuiacutezos decorrentes do sinistro sendo

observadas as condiccedilotildees estabelecidas no Contrato de Seguro A reparaccedilatildeo

pode ser realizada atraveacutes de pagamento em dinheiro reembolso ou de

reposiccedilatildeo da coisa danificada

A indenizaccedilatildeo natildeo pode ser superior agrave importacircncia segurada e nem ao valor

real dos prejuiacutezos ou seja eacute vedado por lei o segurado ter lucro com seguro

A caracteriacutestica indenitaacuteria natildeo existe nos Seguros de Pessoas como por

exemplo o Seguro de vida

1APOacuteLICE Documento que formaliza o contrato de seguro estabelecendo os direitos e as obrigaccedilotildees da sociedade

seguradora e do segurado e discriminando as garantias contratadas

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 41: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

41

Quando ocorre a morte do segurado o pagamento efetuado pela seguradora

ao beneficiaacuterio eacute igual agrave importacircncia segurada fixada na apoacutelice Esta poreacutem

natildeo corresponde necessariamente ao prejuiacutezo sofrido pelo beneficiaacuterio

interessado economicamente na vida do segurado

8 RESSARCIMENTO

Ressarcimentoeacute o reembolso que a seguradora tem direito no caso de uma

indenizaccedilatildeo paga ao segurado consequecircncia de evento danoso provocado

por algueacutem

9 FRANQUIA

O termo franquia reflete a parcela da indenizaccedilatildeo que fica a cargo do

segurado isto eacute quanto vocecirc tem que pagar para ter direito ao recebimento da

indenizaccedilatildeo Desta forma natildeo eacute difiacutecil entender que quanto maior a franquia

estabelecida no contrato menor eacute o risco da seguradora pois vocecirc estaacute

pagando uma parte maior da indenizaccedilatildeo e consequentemente menor deve

ser o valor do precircmio que vocecirc teraacute que pagar Existem vaacuterios tipos distintos de

franquia no setor de seguros como por exemplo Franquia dedutiacutevel parte do

sinistro apurado que natildeo eacute paga pelo seguro sendo que a franquia eacute deduzida

do montante que a seguradora estaria de outro modo obrigada a pagar

Franquia facultativa trata-se da franquia que eacute solicitada pelo segurado

Franquia obrigatoacuteria trata-se da franquia que eacute imposta pelo segurador

Franquia simples trata-se da franquia que o segurador natildeo paga quando o

prejuiacutezo for inferior a um determinado valor da apoacutelice e natildeo deduz quando os

prejuiacutezos forem maiores que o citado valor

10 TIPOS DE SEGUROS

Cada ramo de seguro possui uma regulamentaccedilatildeo especiacutefica com condiccedilotildees gerais proacuteprias Quando contratamos diversas coberturas que envolvem ramos diferentes haacute diversas apoacutelices e suas claacuteusulas Por exemplo ao contratar o seguro residencial estaremos envolvendo os ramos de Incecircndio vidros roubo e responsabilidade civil geral Outro exemplo ao contratar o seguro do seu automoacutevel estaremos envolvendo os ramos automoacutevel responsabilidade civil geral e acidentes pessoais A rigor haveria uma apoacutelice para cada ramo contratado poreacutem as seguradoras incluem tudo numa uacutenica apoacutelice

Existe um ramo de seguro para cada tipo de risco Os principais satildeo

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 42: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

42

Seguros de Transportes Seguros Incecircndio

Seguros de Automoacuteveis

Seguros de Lucros Cessantes

Seguros de Responsabilidade Civil

Seguros de Riscos Diversos

Seguros de Vida

Seguro de transportes

O seguro de transportes garante ao segurado uma indenizaccedilatildeo por prejuiacutezos

causados aos bens segurados durante o seu transporte em viagens

aquaviaacuterias terrestres e aeacutereas em percursos nacionais e internacionais A

cobertura pode ser estendida durante a permanecircncia das mercadorias em

armazeacutens O seguro de transportes eacute composto por uma cobertura baacutesica de

contrataccedilatildeo automaacutetica e pelas coberturas adicionais que cobrem riscos que

natildeo satildeo cobertos pela cobertura baacutesica e contra os quais o segurado

opcionalmente pode se garantir mediante o pagamento de precircmio adicional

Seguro contra incecircndios

No Brasil o seguro Incecircndio eacute obrigatoacuterio para as pessoas juriacutedicas Este

ramo de seguro oferece coberturas Baacutesicas Especiais e de Risco

Acessoacuterios

As Coberturas Baacutesicas do Seguro Incecircndio cobrem os prejuiacutezos de perda e

danos materiais diretamente causados por incecircndio raio ou explosatildeo de gaacutes

de aparelhos de uso

As coberturas especiais satildeo tratadas por conformidade de sinistros ocorridos

por dolo criminoso que possam envolver viacutetimas ou perda carbonizada de

patrimocircnio

As coberturas de riscos acessoacuterios satildeo aquelas em que o sinistro ocorre por

iniciativa da natureza que podem ser

Terremoto

Explosatildeo (natildeo consequente de incecircndio)

Queimadas em zonas rurais

Danos eleacutetricos

Vendaval

Ciclone

Abalos siacutesmicos seguidos de Tsunami

Quedas de aeronaves e ou outros engenhos espaciais

Impacto de veiacuteculos terrestres

Fumaccedila

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 43: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

43

Seguro de Automoacuteveis

O Seguro de Automoacuteveis tem como objeto segurar os veiacuteculos terrestres de

populaccedilatildeo a motor e seus reboques destinados a transporte de pessoas

animais ou produtos

As coberturas em automoacuteveis estatildeo assim classificadas

bull Baacutesicas satildeo relacionadas diretamente ao veiacuteculo

bull Adicionais satildeo utilizadas como complemento de qualquer uma das

coberturas baacutesicas mediante citaccedilatildeo expressa na apoacutelice

Eacute comum no Mercado acoplar-se agraves apoacutelices de Seguro de Automoacuteveis os

seguintes Ramos de Seguro

bull Responsabilidade Civil Facultativa de Veiacuteculos a cobertura de

Responsabilidade Civil Facultativa visa a reembolsar ao segurado a

indenizaccedilatildeo paga consequente de acidentes causados pelo veiacuteculo

discriminado na apoacutelice ou carga transportada do veiacuteculo e referente a danos

materiais ou danos pessoais

bull Acidentes Pessoais de Passageiros a cobertura de Acidentes Pessoais

destina-se a garantir isoladamente ou em conjunto a cobertura de invalidez

permanente morte e despesas meacutedico-hospitalares para passageiros na

interior do veiacuteculo segurado

Seguro de lucros cessantes

Seguro de lucros Cessantes objetiva reembolsar o segurado dos prejuiacutezos

financeiros que venha a sofrer pela paralisaccedilatildeo ou diminuiccedilatildeo do seu

movimento comercial ou industrial em consequecircncia de riscos previamente

estabelecidos no contrato de seguro

Para que se firme um contrato de Seguro de lucros Cessantes eacute necessaacuterio

que anteriormente o segurado tenha contratado um seguro contra a cobertura

relativa ao dano material que ocasionou a paralisaccedilatildeo ou a diminuiccedilatildeo do seu

movimento Isso significa que este tipo de seguro natildeo pode ser contratado

isoladamente

Seguro de responsabilidade Civil

O Seguro de Responsabilidade Civil eacute aquele que garante ao segurado o

reembolso da indenizaccedilatildeo que tenha pagado em consequecircncia de lesotildees

corporais eou danos materiais sofridos por terceiros desde que

provocados por atos involuntaacuterios do segurado e seus prepostos

O segurado de Responsabilidade Civil apresenta vaacuterias modalidades As

principais satildeo Guarda de veiacuteculos de terceiros Condomiacutenios Obras Civis

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 44: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

44

Instalaccedilatildeo e montagem Estabelecimentos Comerciais e ou Industriais

produtos familiar etc

Seguros de riscos diversos

Existem vaacuterias modalidades de seguros agrupados no ramo de Riscos

Diversos

Cada uma delas possui condiccedilotildees especiais criteacuterios especiacuteficos de taxaccedilatildeo e

determinado nuacutemero de risco cobertos

Atualmente estatildeo regulamentadas as seguintes modalidades do ramo Riscos

Diversos

bull Terremoto ou tremores de terra e maremotos

bull Derrame de aacutegua ou outra substacircncia liacutequida de instalaccedilotildees de chuveiros

automaacuteticos (sprinklers)

bull Valores em tracircnsito em matildeos de portador ou dentro de estabelecimento ou

transportados em carros-fortes

bull Equipamentos moacuteveis (incluindo o risco de translado e viagens de

entrega) cinematograacuteficos fotograacuteficos e de televisatildeo (exclusivamente em

estuacutedio e laboratoacuterios ou em reportagens externas) anuacutencios luminosos em

exposiccedilatildeo (podendo incluir ou excluir o risco de transporte) estacionaacuterios

(cobertura limitada no local indicado na apoacutelice) em operaccedilotildees sobre aacutegua

instrumentos musicais e equipamentos de som arrendados ou cedidos a

terceiros

bull Inundaccedilatildeo

bull Alagamento

bull Desmoronamento

bull Deterioraccedilatildeo de mercadorias em ambientes frigorificados

bull Registros e documentos (despesas de recomposiccedilatildeo)

bull Material rodante (locomotiva vagotildees gocircndolas etc)

bull Coberturas compreensivas para objetos de arte

bull Multirriscos (condominiais residenciais comerciais e industriais)

Seguro de vida Individual

O contrato do seguro de Vida Individual para atender agraves condiccedilotildees baacutesicas

exigidas pelas seguradoras teraacute que atender a trecircs tipos de conformidade que

satildeo

bull Mediante exame meacutedico do segurado

bull Mediante declaraccedilatildeo de sauacutede feita pelo segurado

bull Mediante uma carecircncia de tempo para que a indenizaccedilatildeo seja devida

A SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pelo controle e fiscalizaccedilatildeo dos mercados de seguro previdecircncia privada aberta capitalizaccedilatildeo e resseguro A Autarquia vinculada ao Ministeacuterio da Fazenda foi

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 45: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

45

criada pelo Decreto-lei nordm 73 de 21 de novembro de 1966 que tambeacutem instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados do qual fazem parte o Conselho Nacional de Seguros Privados - CNSP o IRB Brasil Resseguros SA - IRB Brasil Re as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalizaccedilatildeo as entidades de previdecircncia privada aberta e os corretores habilitados Com a ediccedilatildeo da Medida Provisoacuteria nordm 1940-17 de 06012000 o CNSP teve sua composiccedilatildeo alterada

A atividade seguradora no Brasil teve iniacutecio com a abertura dos portos ao comeacutercio internacional em 1808 A primeira sociedade de seguros a funcionar no paiacutes foi a Companhia de Seguros BOA-FEacute em 24 de fevereiro daquele ano que tinha por objetivo operar no seguro mariacutetimo Para saber mais das modalidades e histoacutericidade dos seguros no Brasil acesse o site da SUSEP (Superintendecircncia de Seguros Privados) que eacute uma autarquia do Ministerio da Fazenda o site designado eacute o wwwsuseporgbr

Parabeacutens mais uma etapa concluiacuteda Agora vocecirc jaacute aperfeiccediloou os seus

conhecimentos inerentes agrave Logiacutestica de Distribuiccedilatildeo e Transportes

Vimos o papel do transporte na logiacutestica os tipos de cargas e modais as situaccedilotildees

contratuais e a terceirizaccedilatildeo e contrataccedilatildeo de transportadores

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 46: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

46

REFEREcircNCIAS

ARBACHE Fernando S SANTOS A G MONTENEGRO C SALLES W F

Gestatildeo de logiacutestica distribuiccedilatildeo e trade marketing 3 ed Rio de janeiro

Editora FGV 2007

BAHIA ANAacuteLISE DE DADOS SEIIMIC v 13 nordm 2 Setembro 2003 Logiacutestico

infraestrutura de transporte e Desenvolvimento Regional

BALLOU R H Gerenciamento da Cadeia de Suplementos Planejamento

Organizaccedilatildeoe Logiacutestica Empresarial trad Elias Pereira Porto

AlegreBookman 2001

BASTOS I D Avaliaccedilatildeo do Desempenho Logiacutestico do Serviccedilo de

Transporte Rodoviaacuterio de Cargas ndash um Estudo de Caso no setor de

revestimentos ceracircmicos 2003 Dissertaccedilatildeo (Mestrado) ndash Programa de Poacutes-

graduaccedilatildeo em Engenharia de Produccedilatildeo UFSC Florianoacutepolis 168p

BOTELHO L G Um Meacutetodo para o Planejamento Operacional da

DistribuiccedilatildeoAplicaccedilatildeo para casos com Abastecimento de Graneacuteis Liacutequidos

2003 Dissertaccedilatildeo123(Mestrado) - Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Logiacutestica

Empresarial PUC Rio de Janeiro100p

CHRISTOPHER Martin Logiacutestica e gerenciamento da cadeia de

suprimentos Estrateacutegias para a reduccedilatildeo de custos e melhoria dos serviccedilos

Satildeo Paulo Pioneira 2002

CNISESISENAIIEL Infraestrutura do Brasil em 2005 Brasiacutelia2005

DisponiacutevelemltwwwcniorgbrempautasrcINFRA-ESTRUTURApdfgt Acesso

em 19 set

2005

CONFEDERACcedilAtildeO NACIONAL DO TRANSPORTE (CNT) Transporte de

cargas no BrasilAmeaccedilas e oportunidades para o desenvolvimento do paiacutes

Disponiacutevel em lthttpwwwcntorgbrgt Acesso em 25 JUN 2006

CHING Hong Yuh Gestatildeo de estoques na cadeia de logiacutestica integrada

Satildeo Paulo Atlas 2001

DIAS Marco Aureacutelio P Transportes e distribuiccedilatildeo fiacutesica Satildeo Paulo Atlas

1987

DONATO Vitoacuterio Manual do Almoxarife O guia baacutesico do profissional de

logiacutestica Rio de JaneiroEd Ciecircncia Moderna2010

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005

Page 47: LOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO · PDF fileLOGÍSTICA DE TRANSPORTES E DISTRIBUIÇÃO Neste módulo, estudaremos conceitos de transporte e distribuição. Com relação

47

FLEURY P F Vantagens Competitivas e Estrateacutegicas no Uso de

Operadores Logiacutesticosin Logiacutestica empresarial Organizaccedilatildeo FLEURY P F

WANKE P FIGUEIREDO K F Satildeo Paulo Atlas 2000

KEEDI Samir Logiacutestica de transporte internacional veiacuteculo praacutetico de

competitividade Satildeo Paulo Aduaneiras 2001

GOMES C F S RIBEIRO P C C Gestatildeo da Cadeia de Suprimentos

integrada agrave Tecnologia da Informaccedilatildeo SatildeoPaulo Pioneira Thomson

Learning 2004

LAMBERT Douglas M STOCK James R VANTINE Joseacute G Administraccedilatildeo

estrateacutegica da logiacutestica Satildeo Paulo VantineConsultoria 1998

LOURENCcedilO HR Supply chain management an opportunity for

metaheuristics Grup de RecercaenLogistica Empresarial Universitat Pompeu

Fabra 2001

NAZAacuteRIO Paulo WANKE Peter FLEURY Paulo Fernando O papel do

transporte na estrateacutegia logiacutestica Disponiacutevel

emhttpwwwcelcoppeadufrjbrgt Centro de Estudos Logiacutesticos COPPEAD

Universidade Federal do Rio de Janeiro 2000 Acesso em 24704

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica Aplicada Edgard Blucherltda 2000

NOVAES Antonio Galvatildeo Logiacutestica e Gerenciamento da Cadeia de

Distribuiccedilatildeo Campus 2001

RORATO J RafaelAlternativas de transporte rodo-mariacutetimo na

distribuiccedilatildeo de cargas frigoriacuteficas no Brasil Escola de Engenharia de Satildeo

Carlos da USP2003

SCANDOLARA n Logiacutestica como suporte de um modelo de transporte

para laminados de madeira Ponta grossa 2010

ZYLBERMAN Leonardo WORKSHOP ENDEAVOUR IBMEC2004 Disponiacutevel

emltwwwidmccombrendeavorListaPalestraaspEvento_ID=7gt Acesso em

251005