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LOGÍSTICA REVERSA DAS GARRAFAS PET, SUA RECICLAGEM E A REDUÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL Área temática: Logística e Gestão da Cadeia de Suprimento Renan Gomes de Moura [email protected] Paloma de Lavor Lopes [email protected] Leandro Vidal da Silva [email protected] Priscila Pereira Baldez [email protected] Resumo: O meio ambiente sofre com o desfecho de resíduos de pós-consumo, porém, a população vem demonstrando maior interesse em questões ambientais, como o desperdício, a poluição e a extração exagerada de recursos naturais. Aparentando haver uma falta de informação sobre o assunto. Este artigo tem como objetivo geral compreender como o processo de logística reversa pode contribuir para amenizar o impacto ambiental provocado pelo descarte incorreto das garrafas Pet. Para tanto, foram feitos tanto a pesquisa bibliográfica quanto um estudo de caso das garrafas pet, de forma que, ao final deste pudéssemos compreender de maneira objetiva: logística, logística reversa, impacto ambiental, reciclagem, processo de degradação e formas de reaproveitamento de pet. Como resultado, analisamos que a logística reversa consegue trazer renda e empregos para a sociedade, mas que o Pet, por não ser valorizado no país, tem um valor considerável baixo e que, para os catadores de cada cidade e região obterem um preço adequado, será necessário coletar um número médio a alto de garrafas pets, a fim de ultrapassar ao menos o valor de um salário mínimo pago hoje no Brasil. Palavras-chaves: logística reversa; reciclagem; meio ambiente. ISSN 1984-9354

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LOGÍSTICA REVERSA DAS GARRAFAS PET, SUA

RECICLAGEM E A REDUÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

Área temática: Logística e Gestão da Cadeia de Suprimento

Renan Gomes de Moura

[email protected]

Paloma de Lavor Lopes

[email protected]

Leandro Vidal da Silva

[email protected]

Priscila Pereira Baldez

[email protected]

Resumo: O meio ambiente sofre com o desfecho de resíduos de pós-consumo, porém, a população vem demonstrando

maior interesse em questões ambientais, como o desperdício, a poluição e a extração exagerada de recursos naturais.

Aparentando haver uma falta de informação sobre o assunto. Este artigo tem como objetivo geral compreender como o

processo de logística reversa pode contribuir para amenizar o impacto ambiental provocado pelo descarte incorreto

das garrafas Pet. Para tanto, foram feitos tanto a pesquisa bibliográfica quanto um estudo de caso das garrafas pet, de

forma que, ao final deste pudéssemos compreender de maneira objetiva: logística, logística reversa, impacto

ambiental, reciclagem, processo de degradação e formas de reaproveitamento de pet. Como resultado, analisamos que

a logística reversa consegue trazer renda e empregos para a sociedade, mas que o Pet, por não ser valorizado no país,

tem um valor considerável baixo e que, para os catadores de cada cidade e região obterem um preço adequado, será

necessário coletar um número médio a alto de garrafas pets, a fim de ultrapassar ao menos o valor de um salário

mínimo pago hoje no Brasil.

Palavras-chaves: logística reversa; reciclagem; meio ambiente.

ISSN 1984-9354

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

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1. INTRODUÇÃO

O impacto ambiental vem preocupando a sociedade nos dias atuais e diante dessa realidade as

organizações precisam atender as novas e diferentes exigências do mercado.

A Logística tem como finalidade ser um facilitador no transporte de informações e produtos.

Seu estudo e aplicação fazem do sistema logístico um mecanismo administrativo de grande

importância, levando em consideração principalmente nosso país e sua grande abrangência territorial.

Além das atividades de importação e exportação, que possuem valores significativos na economia

nacional.

A Logística Reversa é o grande meio de amenizar a degradação ambiental.As embalagens de

garrafas pet utilizadas principalmente pelas indústrias de refrigerantes, são descartadas pela sociedade,

gerando uma agressão ao meio ambiente, causando transmissão de doenças e influenciando na

ocorrência de catástrofes climáticas e territoriais.

A garrafa PET ganha força em sua revalorização através do sistema de reciclagem e de

campanhas de instrução quanto aos procedimentos corretos de consumo, fazendo do consumidor uma

ferramenta facilitadora à execução do retorno pós-consumo. Então, questiona-se: Como podem ser

relatados os benefícios ambientais e econômicos da logística reversa das PETs?

Este trabalho tem por hipótese a logística reversa possuir grandes benefícios ambientais e

econômicos diante de um mercado consumista e ao mesmo tempo preocupado com os recursos

naturais do planeta.

O projeto tem como objetivo geral compreender o processo da Logística Reversa das

embalagens vazias de garrafas pet. E apresenta como objetivos específicos: analisar o passo a passo do

processo, desde o seu início até a produção final das embalagens de garrafas pet na produção de

fábrica de uma determinada empresa da região Sul Fluminense; mostrar a importância da reciclagem

para o meio ambiente e como ela se tornou uma alternativa de geração de renda para grande parte da

população.

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2. LOGÍSTICA

A Logística tem a preocupação de encontrar o caminho mais ágil e econômico para juntar

demanda e oferta, permitindo os preços mais acessíveis, dentro dos prazos e dos padrões

convencionais.

A Logística Empresarial inclui todas as atividades de movimentação de

produtos e a transferência de informações de, para e entre participantes de uma

cadeia de suprimentos. A Cadeia de Suprimentos constitui uma estrutura lógica

para que as empresas e seus fornecedores trabalhem em conjunto para levar

produtos, serviços e informações, de maneira eficiente aos consumidores finais.

(BOWERSOX & CLOSS, 2011, p. 13)

Os autores complementam que o sucesso da Logística vem a partir da escolha certa dos

fornecedores, do contrato de compra e venda de longo prazo, da garantia de qualidade nas linhas de

produção, de um rigoroso cumprimento de prazos e quantidades, entre outros aspectos, exigindo cada

vez mais excelência no planejamento, operação e controle aos níveis estratégico, tático e operacional,

adotando o sistema MRP (Material Requirement Planning) computadorizado de controle de produção.

Tal sistema serve para minimizar os custos, mantendo os níveis de materiais adequados e

necessários para os processos logísticos da empresa. O mesmo ainda é utilizado para calcular os

materiais dos diversos tipos que são necessários e em que momento se possa executar os processos de

produção. Resumindo, para melhor entendimento, ele serve para prever as possíveis falhas produtivas.

De acordo com Ballou (2006, p 31), as atividades gerenciadas que compõem a logística variam

de acordo com cada empresa, entre outros fatores, de estrutura organizacional, de diferentes conceitos

e dos respectivos gerentes. Serviços ao cliente, previsão de demanda, comunicação de distribuição,

controle de estoque, manuseio de materiais, processamento de pedidos, peças de reposição e serviços

de suporte, embalagem, manuseio de produtos devolvidos, reciclagem de sucata, tráfego e transporte, e

armazenagem e estocagem.

A logística controla os valores de lugar e tempo, nos produtos, por meio do transporte, dos

fluxos de estoque e das informações.

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[...] o real interesse que a logística desperta não está relacionado com a

contenção ou com a redução dos custos. O interesse está em compreender

como certas empresas utilizam sua competência logística para obterem

vantagem competitiva. As empresas que desfrutam de competência logística de

classe mundial conseguem ganhar vantagem competitiva proporcionando aos

clientes um serviço superior. (BOWERSOX & CLOSS, 2011, p 21)

A Competência logística decorre de uma avaliação relativa da capacidade de uma empresa para

fornecer ao cliente um serviço competitivamente superior ao menor custo total possível. Quando uma

empresa decide diferenciar-se com base na competência logística, ela procura superar a concorrência

em todos os aspectos das operações.

Segundo Bowersox & Closs (2011, p 24), o serviço da logística se representa em equilíbrio

entre prioridade de custo e serviço. Quando não se encontra material disponível necessário para

produção força-se uma paralização na fábrica, ocorrendo transtornos em termos de perdas de vendas e

custos e até mesmo de um bom cliente.

Em logística, qualidade é sinônimo de confiabilidade. Um fator fundamental da

qualidade em logística é a capacidade de manter níveis de disponibilidade de

estoque e de desempenho operacional planejado. Além dos padrões de serviço,

a qualidade inclui a capacidade e a disposição para fornecer rapidamente

informações precisas ao cliente sobre operações de logística e status de

pedidos. (BOWERSOX & CLOSS, 2011, p. 74).

A Logística cresceu de importância na gestão de negócios, adquirindo um caráter estratégico

para as organizações em função das mudanças ocorridas nos últimos anos, principalmente no Brasil,

com a introdução de uma nova ordem mercadológica, na qual as características técnicas dos produtos

perdem sua capacidade de atração total sobre o consumidor final. Em outras palavras, estamos diante

de uma nova postura no processo decisório de aquisição, em que os produtos são commodities e o

consumidor está menos suscetível aos apelos da marca. Ele passa a dar maior importância ao conjunto

de atributos oferecidos junto com o produto, que se ajustam às suas necessidades específicas. Fatores

como disponibilidade, suporte técnico pós venda e prazo de entrega passam a ser, em muitos

mercados, mais importantes que o próprio produto.

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O ramo da Logística empresarial tem como estudo administração para prover

um melhor nível de rentabilidade na função de distribuição ao cliente e

consumidor, por meio de organização, planejamento e controles para as

atividades de movimentação e acomodação, onde visa agilidade do fluxo de

produtos. (BALLOU, 1993, p. 17).

3. LOGÍSTICA REVERSA

A logística reversa é instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um

conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos

sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou

outra destinação.

Nas últimas décadas, vivenciamos uma indiscutível ânsia de lançamento de

produtos e modelos em todos os setores empresariais e em todas as partes do

globo. Comparando a quantidade de modelos que compõem uma única

categoria de produto com a quantidade adquirida há algumas décadas, é

possível constatar, sem dificuldade, um crescimento extraordinário. (LEITE,

2009, p. 14)

A realidade dos dias atuais é o descarte de produtos que não tem mais conserto, e através disso,

a logística reversa se faz presente, para o seu reaproveitamento ligado a sua reciclagem.

[...] observa-se uma nítida redução no tempo de vida mercadológico e útil dos

produtos em todos os setores da atividade humana. O ciclo de vida

mercadológico dos produtos se reduz em virtude da introdução de novos

modelos, que tornam os anteriores ultrapassados em consequência de seu

próprio projeto, pela concepção de ser utilizada uma única vez, pelo uso de

materiais de menor durabilidade, pela dificuldade técnica e econômica de

conserto etc. (LEITE, 2009, P.14).

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A Logística Reversa se tornou importante e fundamental nas empresas, sob a forma de pressão

ligada aos temas ambientais, tornando aos empresários uma maior conscientização e principalmente,

redução de perdas nos processos produtivos.

Segundo Leite (2009, p.15), “as crescentes quantidades de produtos de pós-consumo, ao

esgotar os sistemas tradicionais de disposição final, provocam poluição por contaminação ou por

excesso”.

Os primeiros estudos sobre logística reversa são encontrados nas décadas de

1970 e 1980, tendo seu foco principal relacionado ao retorno de bens a serem

processados em reciclagem de materiais, denominados e analisados como

canais de distribuição reversos. A partir da década de 1990, pelas razões

anteriormente expostas, o tema tornou-se mais visíveis no cenário empresarial.

(LEITE, 2009, p. 15).

De acordo com Stock et al (1998) apud Pereira (2012) “Logística Reversa refere-se ao papel da

logística no retorno de produtos, redução na fonte, reciclagem, substituição de materiais, reuso de

materiais, disposição de resíduos, reforma, reparação e remanufatura...”

Já no ano de 2003, mais de 80% dos operadores logísticos atuantes no Brasil

ofereciam o serviço de logística reversa, revelando crescimento acentuado de

interesse, diferente entre setores em razão dos diversos níveis de impacto causados

pelo retorno de produtos e materiais ao ciclo de negócios e produtivo. (LEITE, 2009,

p. 16).

É possível afirmar que a logística reversa cresceu nas últimas décadas e levou a uma maior

quantidade de estudos e a evolução de sua definição.

De acordo com Mueller et all (2007) apud Pereira (2012) logística reversa pode ser classificada

como sendo apenas uma versão contrária da logística como a conhecemos. A logística reversa utiliza

os mesmos processos que um planejamento convencional.

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4. SUSTENTABILIDADE

As empresas brasileiras de diferentes tamanhos e segmentos estão começando a ter mais

contato com questões relacionadas à sustentabilidade. Seja por estímulo voluntário ou pressão externa,

estão buscando compreender melhor o significado deste termo e como atuar nesta direção,

promovendo importantes mudanças ao incorporar a sustentabilidade em suas estratégias de negócio.

No Brasil, assim como em outros países emergentes, a questão do desenvolvimento sustentável

tem caminhado de forma lenta. Embora haja um despertar da consciência ambiental no país, muitas

empresas ainda buscam somente o lucro, deixando de lado as questões ambientais e sociais. Ainda é

grande no Brasil o desmatamento de florestas e o uso de combustíveis fósseis. Embora a reciclagem do

lixo tenha aumentado nos últimos anos, ainda é muito comum a existência de lixões ao ar livre. A

poluição do ar, de rios e solo ainda são problemas ambientais comuns em nosso país.

Ser sustentável está muito além de cuidar das questões ambientais do planeta.

Ser sustentável é saber agregar vantagem competitiva em suas ações,

resultando assim no bem-estar da geração presente e ao mesmo tempo

preocupando-se com uma melhor qualidade de vida para as gerações futuras.

(SILVA, 2012, p. 147).

De acordo com Pereira (2012, p.161) em uma organização, a sustentabilidade se inicia na sua

definição de valores, que além de estarem escritos em quadros fixados nas paredes, devem fazer parte

de cada decisão diária de todos os colaboradores, iniciando-se pelo exemplo da liderança.

Segundo Lima et al (1999) apud Silva (2012) “os problemas decorrentes da questão ambiental

começam a ter maior expressão na década de 1970, em razão da contradição do modelo dominando de

produção econômico industrial e a realidade socioambiental”.

Sustentabilidade é um modelo econômico, político, social, cultural e ambiental

equilibrado, que satisfaça as necessidades das gerações atuais, sem

comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer suas próprias

necessidades. (JR, 2012, p. 63).

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Segundo a Rede de Cooperação para Sustentabilidade [s.d.]1 a sustentabilidade comporta

alguns aspectos ou dimensões principais, a saber: Sustentabilidade Social - melhoria da qualidade de

vida da população, equidade na distribuição de renda e de diminuição das diferenças sociais, com

participação e organização popular; Sustentabilidade Econômica - públicos e privados, regularização

do fluxo desses investimentos, compatibilidade entre padrões de produção e consumo, equilíbrio de

balanço de pagamento, acesso à ciência e tecnologia; Sustentabilidade Ecológica - o uso dos recursos

naturais deve minimizar danos aos sistemas de sustentação da vida: redução dos resíduos tóxicos e da

poluição, reciclagem de materiais e energia, conservação, tecnologias limpas e de maior eficiência e

regras para uma adequada proteção ambiental; Sustentabilidade Política - no caso do Brasil, a

evolução da democracia representativa para sistemas descentralizados e participativos, construção de

espaços públicos comunitários, maior autonomia dos governos locais e descentralização da gestão de

recursos; Sustentabilidade Ambiental - conservação geográfica, equilíbrio de ecossistemas,

erradicação da pobreza e da exclusão, respeito aos direitos humanos e integração social.

Segundo Jr (2012, p. 67) a adoção de ações de sustentabilidade garante a médio e longo prazo

um planeta em boas condições para o desenvolvimento das diversas formas de vida, inclusive a

humana. Garante os recursos naturais necessários para as próximas gerações, possibilitando a

manutenção dos recursos naturais (florestas, matas, rios, lagos, oceanos) e garantindo uma boa

qualidade de vida para as futuras gerações.

5. METODOLOGIA

A metodologia utilizada envolve a pesquisa bibliográfica e um estudo de caso, o das garrafas

pet. Segundo Rampazzo (2002, p.53) a pesquisa bibliográfica tem por objetivo explicar um problema a

partir de referências teóricas publicadas em livros, anais, artigos entre outros, podendo ser realizada

independentemente, ou como parte de outros tipos de pesquisa, sendo fundamental e obrigatória para

todas as modalidades de pesquisa em qualquer área, porque a fundamentação teórica serve para

justificar os limites e contribuições da própria pesquisa.

1 Disponível em: http://www.catalisa.org.br/recursos/textoteca/30. Acesso em 18 ago 2014.

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Em tal pesquisa buscou-se autores que descrevem de maneira objetiva: logística, logística

reversa, impacto ambiental, reciclagem, histórico da garrafa pet, processo de biodegradação e formas

de reaproveitamento de pet.

Ao final deste, poderemos compreender a importância que a Logística Reversa nos proporciona

e o impacto que ela tem sobre o meio ambiente.

6. ESTUDO DE CASO: AS GARRAFAS PET

O método de pesquisa utilizado para a realização desse artigo é baseado em um estudo de caso

em que a logística reversa se mostra presente como vantagem para o meio ambiente e também para a

sociedade, com o foco principal na geração de renda e emprego para as pessoas que estão

desempregadas e usam a reciclagem para seu sustento.

De acordo com a região de Itu (2007)2 um kg de garrafas Pet equivale a: 16 garrafas de 2,5

litros; 20 garrafas de 2,0 litros; 24 garrafas de 1,5 litros; 26 garrafas de 1,0 litro ou 36 garrafas de 600

ml.

Segundo o Portal do Meio Ambiente (2013)3 estima-se que há cerca de um milhão de catadores

em todo país e que em geral são trabalhadores que não possuem estudo completo e, portanto, não

conseguem encontrar emprego.

Os catadores de material reciclável só passaram a ser valorizados em 2003 com o decreto

presidencial que criou o Comitê Interministerial de Inclusão Socioeconômica dos Catadores de

Materiais Recicláveis. O objetivo desde órgão é juntar-se ao Movimento Nacional de Catadores de

Papel para propor políticas públicas e ações que promovam o crescimento da categoria.

Uma das ações já tomadas foi à criação do decreto 5.940, em 2006, dispondo que todos os

órgãos públicos federais devem fazer a separação do lixo corretamente.

Entretanto, apesar de serem reconhecidos pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO),

do Ministério do Trabalho, muitos catadores ainda não conhecem os seus direitos trabalhistas e

acabam sendo explorados – os materiais mais rentáveis são as latas de alumínio por cerca de R$ 1,80 o

2 Disponível em: http://www.itu.com.br/colunistas/artigo.asp?cod_conteudo=10250 Acesso em: 23 out 2014 3 Disponível em: http://www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/o-papel-do-catador-de-lixo-na-reciclagem/ Acesso em: 23 out 2014

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quilo e as garrafas PET por volta de R$ 0,60 o quilo. Isso acontece, principalmente, porque estão

trabalhando sozinhos e dispersos. A melhor forma de crescimento no trabalho e de ganhar um salário

digno é a organização.

Atualmente, a melhor forma de trabalho em conjunto é através de cooperativas que, em sua

maioria, são pautadas com base na economia social solidária, na qual os meios de produção e a renda

gerada são distribuídos entre os trabalhadores.

O principal objetivo das cooperativas fundadas neste molde é gerar trabalho, renda e melhores

condições de vida a uma parcela excluída da população, além das questões ambientais e de

preservação do meio ambiente.

Nas cooperativas não conveniadas a coleta é feita por carroceiros e pelos próprios catadores

responsáveis pela triagem. O Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR)

estima em 2 mil o número de carroceiros, muitos do quais vivem em condições de subemprego porque

a prefeitura barra a triagem de seus materiais.

Outro problema enfrentado é a falta de apoio da prefeitura das cidades, que deveriam incentivar

e remunerar os catadores, uma vez que acabam prestando um serviço público. Isso sem contar o risco

que esse tipo de atividade oferece, expondo os catadores ao contato com substâncias tóxicas, objetos

cortantes e contaminados.

Para resolver essa questão, em 2010, foi criada a Política Nacional de Resíduos Sólidos

(PNRS), que aplica o princípio da responsabilidade compartilhada entre o governo, os cidadãos e

iniciativas privadas. Dessa forma, não apenas o governo, mas os produtores e consumidores serão

responsáveis pela destinação do lixo.

O prazo de adaptação dos municípios à PNRS vai até 2014. As expectativas são de que as

cidades passem a reciclar 30% do seu lixo. Para isso, estima-se que o número de centrais de triagem de

lixo passe de 20 para pouco mais de 200, tendo em vista que a política coloca sobre as cooperativas a

responsabilidade pela triagem dos materiais.

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De acordo com os dados do Portal do Meio Ambiente4, que afirma que o custo do quilo das

garrafas Pets no Brasil é de 0,60 e para um catador conseguir se manter ou sustentar sua família ele

terá que coletar no mínimo 50 quilos por dia numa base de 25 dias de coleta dando um total de renda

R$: 750,00 reais, um pouco a mais do salário mínimo atualmente no Brasil.

Através dessas informações podemos concluir que a logística reversa consegue trazer renda e

empregos para uma sociedade, mas que o valor do material do Pet ainda não é muito valorizado no

país tendo um valor considerável baixo e que para os catadores de cada cidade e região conseguirem

um preço relativamente bom, terá que alcançar um número de médio a alto de garrafas pets a fim de

ultrapassar pelo menos o valor de um salário mínimo pago hoje no Brasil.

6.1 Reciclagem do Pet

De acordo com o Portal do Meio Ambiente (2011)5 junto com o aumento da população mundial

e com o crescimento da indústria, aumenta também a quantia de resíduos orgânicos e inorgânicos na

sociedade. Devido a grande quantia de lixo, reciclar se torna uma atitude cada vez mais importante

para a manutenção da saúde do planeta e das pessoas.

Segundo o Portal do Meio Ambiente (2011)6 a reciclagem também surge como uma solução

para o desemprego no cenário socioeconômico, uma vez que muitos desempregados encontram neste

setor uma forma de sustentar suas famílias.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente7 as garrafas PET são uma das

principais causas de enchentes jogadas nas ruas e em terrenos baldios, entopem bueiros e galerias e

informa que a reciclagem de uma tonelada de plástico economiza 130 kg de petróleo.

4 Disponível em: http://www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/o-papel-do-catador-de-lixo-na-reciclagem/ Acesso em 23 out. 2014 5 Disponível em: http://www.portaldomeioambiente.org.br/ecologia-humana/5953-a-importancia-da-reciclagem. Acesso

em: 16 ago. 2014. 6 Disponível em: http://www.portaldomeioambiente.org.br/ecologia-humana/5953-a-importancia-da-reciclagem.

Acesso em: 16 ago. 2014. 7 Disponível em: http://www.ibama.gov.br/setores-ibama-df/reciclagem. Acesso em: 18 ago. 2014.

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Segundo Leite (2009, p.09) reciclagem é o canal reverso de revalorização em que os materiais

constituintes dos produtos descartados são extraídos industrialmente, transformando-se em matérias-

primas secundárias ou recicladas, que serão reincorporadas à fabricação de novos produtos.

Segunda a Associação Brasileira da Indústria do Pet (2010)8A Reciclagem do Pet acontece de

três etapas que são elas: Recuperação, Revalorização e Transformação.

A Recuperação se inicia no momento do descarte e termina com a confecção do fardo, que se

torna sucata comercializável. Ela evita que as garrafas acabem no lixo comum. No Brasil, a maioria

das embalagens de pet produzidas é reciclada. A reciclagem acontece devido à coleta alternativa,

podendo ser: Coleta Seletiva onde a separação e acondicionamento de materiais que podem ser

potencialmente reciclados, existindo em alguns municípios, usando cores e símbolos em coletores

específicos para cada material, facilitando o processo de separação e coleta dirigida que se baseia nos

municípios onde não disponham da coleta seletiva, onde a população local se conscientiza e separam

determinados materiais recicláveis entregando-as em pontos de coletas ou aguardando a coleta

domiciliar.

GRAFICO 1: Números de Cidades Brasileiras com Coleta Seletiva de Resíduos

FONTE: Site da ABIPET.

8 Disponível em: http://www.abipet.org.br/index.html?method=mostrarInstitucional&id=68.

Acesso em 18 ago. 2014.

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Percebe-se que entre 1994 à 1999 aumentou de 81 para 135 o número de cidades Brasileiras;

entre 1999 à 2002 de 135 para 192; entre 2002 à 2004 de 192 para 237; entre 2004 à 2006 de 237 para

327; entre 2006 à 2009 de 327 para 405; entre 2009 à 2010 de 405 para 443 e entre 2010 à 2012 de

443 para 766, um aumento de 323 cidades entre dois anos.

A Revalorização se inicia na compra da sucata em fardos e tem seu fim na produção de

matéria-prima reciclada. É o processo de moagem e lavagem do Pet, produzindo matéria-prima

reciclada. Os fardos de garrafa entram na plataforma onde serão desfeitos. Após este procedimento as

garrafas são colocadas na esteira de alimentação da peneira rotativa. Na peneira é feita a primeira etapa

de lavagem das garrafas. São retirados os contaminantes maiores (pedras, tampas soltas etc.) que

podem ter aderido às garrafas. As garrafas passam então para a esteira de seleção. Na esteira de seleção

é monitorada a presença de outros materiais (ex.: PVC,PP, PE), inclusive os metais que são acusados

pelo detector adequado. As garrafas caem na esteira de alimentação do moinho. O material moído é

retirado e parte da água suja é separada do processo. Passa pelos tanques de separação, onde além de

ser feita a separação dos rótulos e tampas poderá ser feita a adição de produtos químicos para

beneficiamento do processo. Após os tanques o material é introduzido em outro moinho até obter a

granulometria adequada. O material é transportado pneumaticamente até lavador, onde é feito o

enxágue, saindo diretamente para o secador. O material é retirado do secador por um transporte

pneumático indo para o silo, passa por detector de metais não ferrosos (ideal), de onde é retirado e

colocado em big-bags (sacolas de aproximadamente 1m3) estando pronto para ser enviado à indústria

de transformação.

A Transformação é o final do processo completo de reciclagem, é a utilização da matéria-prima

oriunda das garrafas de PET pós-consumo para a fabricação de inúmeros produtos que fazem parte do

dia a dia de todos os consumidores.

De acordo com o Serviço Social da Indústria (2012)9 a reciclagem trás vantagens para a

sociedade e para o meio ambiente, tais como: Possibilita o retorno de resíduos sólidos para as

empresas de origem, evitando que eles possam poluir ou contaminar o meio ambiente (solo, rios,

mares, florestas, etc.); permite economia nos processos produtivos das empresas, uma vez que estes

9 Disponível em:

http://www.fiero.org.br/sesi2011/saude/Mostrar.aspx?idConteudo=577&tituloSESI%20Sa%C3%BAde%20Porto%20Velho%20entrega%20garrafas%20PET%E2%80%99s%20e%20pap%C3%A9is%20para%20reciclagem.

Acesso em 19 ago. 2014.

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resíduos entram novamente na cadeia produtiva, diminuindo o consumo de matérias-primas; cria um

sistema de responsabilidade compartilhada para o destino dos resíduos sólidos. Governos, empresas e

consumidores passam a ser responsáveis pela coleta seletiva, separação, descarte e destino dos

resíduos sólidos (principalmente recicláveis); As indústrias passarão a usar tecnologias mais limpas e,

para facilitar a reutilização, criarão embalagens e produtos que sejam facilmente reciclados; economia

de petróleo, pois o plástico é um derivado; economia de energia na produção de novo plástico; geração

de renda e empregos; redução do volume de lixo nos aterros sanitários e melhoria nos processos de

decomposição de matérias orgânicas. O PET acaba por prejudicar a decomposição, pois

impermeabiliza certas camadas de lixo, não deixando circularem gases e líquidos.

GRÁFICO 2: Onde estão as Embalagens Pet

FONTE: Site da ABIPET.

Percebe-se que na região Sudeste encontra-se o maior número de embalagem pet no Brasil com

53%, em seguida encontra-se a região Nordeste com 19%, logo após do Nordeste encontra-se a região

Sul com 13%, encontrando-se como penúltima a região Centro-Oeste com 8% e em último a região

Norte com apenas 7%.

6.2 História do PET

Segundo Leite (2009 p.181) o material que constitui as garrafas de Pet, o polietileno

tereftalato, foi sintetizado em 1941, descoberto pelos químicos Ingleses Rex Whinfield e James

Dickson. O polietileno foi inicialmente bastante utilizado na fabricação de fibras sintéticas para a

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indústria têxtil em geral e posteriormente na fabricação de filmes para o setor de embalagens, fitas

cassete, raios X etc.

Mais recentemente, na década de 70, desenvolveram-se as primeiras garrafas de pet para o

setor de embalagens de bebidas. No Brasil, somente em 1988 iniciou-se a produção dessas garrafas.

Apenas a partir de 1993 passou a ter forte expressão no mercado de embalagens, notadamente

para os refrigerantes. Atualmente o PET está presentes nos mais diversos produtos.

6.3 Geração Por Ano

De acordo com a Associação Brasileira de Embalagem (2012)10 O gerenciamento dos resíduos

sólidos urbanos deve ser feito integralmente, ou seja, abrangendo toda a população e buscando o maior

aproveitamento dos resíduos coletados.

Devem-se reaproveitar aqueles resíduos descartados que se constituem de matéria-prima para

outras atividades. Além de substituírem a matéria-prima virgem, estes materiais proporcionam

economia de energia e outros recursos naturais ao serem reprocessados.

Não existe um modelo único de gerenciamento de resíduos que atenda todo o país. Cada

região deve considerar suas particularidades sociais, econômicas, geográficas e de infraestrutura, e

individualmente ou por meio de parcerias com municipalidades próximas, contando com o apoio da

indústria e da sociedade, estabelecer as diretrizes para o gerenciamento dos seus resíduos sólido

urbanos.

O gráfico abaixo mostra a geração de garrafas pet de refrigerantes do ano de 2000 à 2016,

com crescimento do consumo do Pet e a probabilidade de um contínuo aumento desse ano de 2014

devido a Copa do Mundo de Futebol no Brasil e as Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro.

10 Disponível em: http://www.abre.org.br/wp-content/uploads/2012/07/cartilha_meio_ambiente.pdf. Acesso em 20 ago 2014.

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GRÁFICO 1: Consumo estimado de Pet da Copa Mundial no Brasil do ano de 2014 e Olimpíadas

2016, no Rio de Janeiro

Fonte: Site da Abipet.

Nota-se que em de 2014 durante a Copa do Mundo no Brasil, houve um consumo de mais de

720 garrafas pet e que a partir disso tem uma estimativa de aumento ainda maior para as Olimpíadas de

2016 com um consumo de 840 garrafas pet.

6.4 Tempo De Degradação

De acordo com o Pensamento Verde (2013)11A durabilidade do material, aliada a resistência à

umidade e aos produtos químicos, faz com que o material tenha uma decomposição mais demorada.

Segundo pesquisadores da UNIFESP, o tempo de decomposição da garrafa PET é de no mínimo cem

anos. Este tempo, no entanto, é uma previsão média e pode variar de acordo com as condições

ambientais.

Por ser um material recente – começou a ser produzido na década de 1970 e chegou ao Brasil

apenas em 1988 -, pesquisadores afirmam que ainda não é possível determinar exatamente o grau e o

tempo de degradação.

O aumento da preocupação com o meio ambiente e o tempo de decomposição da garrafa PET e

de outros materiais impulsionaram o mercado de reciclagem e movimentaram a indústria. A atividade

11 Disponível em: http://www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/qual-e-o-tempo-de-decomposicao-da-garrafa-pet/. Acesso em 22 ago 2014.

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gera lucros e empregos, principalmente, para catadores de lixo que atuam em cooperativas na

separação de materiais para reutilização.

O Censo da Reciclagem de PET no Brasil, realizado pela Associação Brasileira da Indústria do

PET (Abipet), revelou que cerca de 294 mil toneladas de embalagens PET são destinadas à reciclagem,

ou seja, 57,1% do total.

A reciclagem de garrafa PET ultrapassa os campos da preservação ambiental e movimenta,

também, a economia do país. Com um faturamento anual de R$ 1,2 bilhão para o setor da indústria no

Brasil.

Ainda não é possível reaproveitar todas as embalagens produzidas. Um dos principais

problemas é a coleta do material, já que a coleta seletiva não atinge todas as cidades brasileiras.

O quadro 1 abaixo mostra o tempo de decomposição de alguns materiais

QUADRO 1: Tempo de Decomposição dos Materiais e do Pet

Materais Tempo de

Decomposição

Alumínio 200 a 500 anos

Embalagem de Longa Vida Até 100 anos

Embalagem de Pet Mais de 100 anos

Metais (Componentes de

Equipamentos)

Cerca de 450 anos

Papel e Papelão Cerca de 6 meses

Sacolas Plásticas Mais de 100 anos

Fonte: Site Ambiente Brasil

6.5 Formas De Reciclagem Das Garrafas PET

A reciclagem é uma das maneiras de obter renda própria para grande parte das famílias

brasileiras, e com isso, ajudam e contribuem para o meio ambiente evitando a sua contaminação, seja

do solo, rio, mares e principalmente para a rede de esgoto das cidades.

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Segundo a Associação Brasileira de Embalagem (2012)12 O mercado para produtos

reciclados de PET vem crescendo de forma significativa e já é um setor muito importante dentro da

indústria nacional. Por exemplo, a maior parte dos veículos nacionais produzidos atualmente sai de

fábrica com seu interior revestido com materiais feitos de PET reciclado. É possível também comprar

roupas e tecidos em cujas composições há poliéster oriundo da reciclagem de PET. Algumas roupas

são produzidas com 100% de poliéster, como as modernas peças de microfibra.

Existem várias maneiras de reciclar produtos secundários sólidos, podendo qualquer ser

humano executá-los, além dos artesãos, como exemplo: sacolas para supermercados, pufes, cortinas,

sementeiras, entre outros e até mesmo casas feitos com garrafas pets.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A importância de reutilizar produtos recicláveis, no caso o PET, pode contribuir de forma

significativa para minimizar o impacto ambiental provocado pelo descarte incorreto no meio-ambiente.

Como uma das formas de contribuir para esse fim, utiliza-se a logística reversa, uma importante

ferramenta para a atividade econômica devido ao impacto ambiental e social. Dentre os processos de

logística reversa, a reciclagem é uma das maneiras mais utilizadas neste ciclo.

É possível realizar a reciclagem com vários tipos de materiais, dentre as quais as garrafas PET,

que diante dos dados coletados e analisados, o ambiente é prejudicado de diversas maneiras, sendo

uma delas o descarte incorreto dessas garrafas. A reciclagem tem como benefícios diminuir os níveis

de poluição do solo, água e ar, prolongar a vida útil de aterros sanitários, melhorar a produção de

compostos orgânicos, gerar empregos, contribuir para a valorização da limpeza pública, entre outros.

Cabem ressaltar, que com a logística reversa de reciclagem no caso das garrafas PET, é

possível retirar do meio-ambiente um percentual maior antes de ser descartado no meio ambiente e

transformá-los em outros produtos.

12 Disponível em: http://www.abre.org.br/wp-content/uploads/2012/07/cartilha_meio_ambiente.pdf. Acesso em 20 ago 2014.

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Diante disto, considerando o estudo realizado, compreende-se que as empresas praticantes de

logística reversa tendem a ter um diferencial em sua imagem social e ainda contribuem para a

preservação ambiental e que a logística reversa pode ajudar a amenizar o impacto ambiental.

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A administração pública é um elemento crucial, muitas vezes sendo o ponto de partida do

crescimento econômico e justiça social em um país (Vakalopoulou et al., 2013). A modernização do

processo de administração pública, que ainda hoje é um requisito fundamental para muitos países, é

construída por meio de um intenso debate que se iniciou no fim dos anos de 1970, e se desenvolveu

durante os anos de 1980 e 1990, em torno do problema de modificações de sistemas de governo e

gerenciamento do setor público (Capelli et al., 2011).

Nesse contexto, diversos instrumentos e modelos inspirados no Gerenciamento da Qualidade

Total (Total Quality Management – TQM) têm sido utilizados para o gerenciamento inovativo de

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organizações do setor público (Vakalopoulou et al., 2013; Capelli et al., 2011, Elamir e Saked, 2010,

Kaluarachchi, 2009).

Especificamente no Brasil, contribuem para o gerenciamento da Qualidade em instituições de

ensino, os modelos de excelência em gestão do Prêmio Nacional da Qualidade (PNQ), a norma ABNT

NBR ISO 15419:2006 e, especificamente direcionado a organizações do setor público, o Modelo de

Excelência em Gestão Pública (MEGP) difundido pelo GESPÚBLICA.

Em se tratando de países em desenvolvimento, muitas propostas de gestão têm surgido nas

várias áreas empresariais, tanto nas organizações privadas quanto nas públicas. Isso se aplica também

às instituições voltadas para o mercado educacional (Fowler, Mello e Costa Neto, 2011).

Na atual era do conhecimento, a educação superior pode ser considerada como parte da

indústria de serviços (Sukwadi, Yang e Fan, 2012). Neste sentido, o interesse das Instituições de

Ensino Superior (IES) em melhorar o nível de qualidade da educação, aumentando consequentemente

seu desempenho/conceito perante o Ministério da Educação e Cultura (MEC), motivou o

desenvolvimento de vários estudos associados à avaliação e classificação da qualidade dos serviços

prestados por essas instituições (Freitas e Silva, 2014). Estes estudos visam predominantemente

identificar aspectos críticos nos processos administrativos e educacionais segundo a percepção de

docentes, discentes e servidores técnico-administrativos. A partir desses resultados, os processos

envolvidos devem ser analisados e aperfeiçoados com o intuito de melhorar continuamente a qualidade

nas instituições. Porém, ainda são incipientes as iniciativas desta natureza em Instituições de Ensino

Médio.