log/cesium - 8ª edição

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A revista log/CeSIUM é um projeto voluntário sem fins lucrativos. Todos os artigos são das responsabilidades dos autores, não podendo a revista ou o centro de estudantes ser responsável por alguma imprecisão ou erro. Para qualquer dúvida ou esclarecimento poderá sempre contactar-nos através do email [email protected] ou através do 253 604 448.

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Equipa log/Direção

Célia FigueiredoJoana Arantes

EdiçãoAndré TeixeiraJéssica Pereira

Susana Mendes

Capa e Contracapa

Beatriz LoureiroDaniel Coelho Gil GonçalvesMárcia Costa

Martinho AragãoMiguel Pinto

Paulo CardosoA revista /log/cesium é um projecto voluntário sem fins lucrativos. Todos os artigos são das responsabilidade dos autores, não podendo a revista ou o centro de estudantes ser responsável por alguma imprecisão ou erro. Para qualquer dúvida ou esclarecimento poderá sempre contactar-nos através do email [email protected] ou através do 253 604 448.

/atividades/

EditorialO log está de volta! Com a SEI - Semana da Engenharia Informática à porta, o teu jornal semestral volta com uma edição especial deste fantástico evento e dá-te conta das novidades que podes esperar se participares.

O verdadeiro começo da SEI foi há 2 meses atrás, quando começamos a delinear os objetivos para esta edição, e de lá até agora muita coisa mudou, muito trabalho árduo foi feito, muito tempo dispensado, isto tudo para se conseguir dar a melhor semana do país, organizada por estudantes.

O que falta para esta edição ser um sucesso? A tua participação! A tua participação mostra-nos que as horas e os dias perdidos na preparação não foram perdidos, que o trabalho que desenvolvemos no CeSIUM é realmente importante para ti. É esta a forma mais agradável que temos para elogiar o trabalho desta incrível equipa.

Neste log aproveita ainda para saberes mais coisas sobre o CeSIUM, novidades tecnológicas, eventos anteriores, entrevistas, entre outros.

Miguel Pinto,Presidente do CeSIUM

/log//express/

5 O Nascimento do CeSIUM7 Apresentação da direção do CeSIUM

/erasmus/12 De Espanha para Portugal14 Da Turquia para Portugal

/atualidade/9 Novidades tecnológicas

21 Destaque: Semana da Engenharia Informática23 Magusto23 Dezembro Solidário24 Uminho Cup24 Torneio FIFA1625 Web Summit - Maior evento de startups

/opiniões/26 # Do BA ao Z27 Eleições

/área cultural/31 A Ponte dos Espiões32 Muse em Lisboa33 Fallout 434 “Norwegian Wood” - Haruki Murakami

/diversos/35 Parcerias35 Só-tiras36 Notas - Para o(a) Leitor(a) tirar apontamentos

/curtas/28 José Nuno Oliveira homenageado em Guimarães28 José Valença juntou-se ao CCCEE-FCT28 Primeira ligação à Internet em Portugal29 MIUP 2015 - Maratona Inter-Universitária de Programação30 Primeiros geeks de Portugal30 Sistema operativo Windows 1.0 lançado há 30 anos

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/persona/17 Paulo Novais

Redação

Rui Barbosa

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/express/O Nascimento do CeSIUM

Escrito por

Pedro Rangel HenriquesDiretor do Curso de Engenharia Informá[email protected]

Decorria no ano de 1995, a Licenciatura em Engenharia de Sistemas e Informática (LESI) da UM. Era a referência nacional a nível da graduação em ciências da computação, redes e sistemas de informação e preparava-se a 1ª grande reformulação do curso. Os alunos viviam um grande entusiasmo pela vida académica na UM, pelas matérias lecionadas no curso e pela atividade profissional em perspetiva.

Foi neste contexto que um grupo de alunos do 3º ano pediu à Direção de Curso (DC), que então eu dirigia, apoio para criar oficialmente um Centro de Estudantes, à semelhança de um ou dois outros que a essa data já existiam na UM em outras áreas.

Motivavam-nos dois grandes objetivos:

• Ajudar a promover o curso, quer no mercado de trabalho emergente, quer a nível dos potenciais candidatos;

• Criar um núcleo de apoio aos próprios alunos da licenciatura, que também promovesse a sua integração e confraternização.

Com o suporte moral e económico da DC, esses alunos começaram a tratar de toda a burocracia necessária para registar o pretendido núcleo estudantil, incluindo a escolha do nome e do logotipo. Após diversas propostas, reuniões e até idas a Lisboa, o núcleo foi registado com a designação de Centro de Estudantes de Engenharia de Sistemas e Informática e com a sigla CeSIUM.

Oficializado o CeSIUM foram definidos os Corpos Gerentes, criados os materiais de papelaria na altura imprescindíveis (papel timbrado, envelopes, cartões, cartazes, etc.), e foi solicitado à Reitoria um espaço físico no CP1 para sede do centro.

Importava então organizar alguma atividade para celebrar o nascimento e dar ao CeSIUM a visibilidade nacional que se pretendia. Foi assim que surgiu a ideia de realizar, na UM em Braga, entre 5 e 6 de dezembro de 1995, o 1º Campeonato Interuniversitário de Informática, o CI2, um concurso nacional de desafios de programação. Para a sua organização o CeSIUM contou com o apoio de vários docentes do DI e com a ajuda de 3 alunos da LESI que nesse ano tinham ido à Suíça participar no Campeonato Internacional de Programação organizado pela ACM para os países da Europa Sudoeste, o SWERC. O CI2 decorreu bastante bem e foi claramente o embrião das outras atividades que a partir daí o CeSIUM viria a organizar todos os anos, no sentido de cumprir os objetivos acima descritos.

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/express/

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A partir desse momento iniciou-se o caminho deste núcleo estudantil que, 20 anos depois - com um novo logotipo e novos corpos dirigentes e associados -, mantém o nome e sigla e mantém o propósito determinado na projeção da imagem do curso e na defesa dos interesses dos seus associados.

Entretanto, a LESI, aquando da adesão das universidades portuguesas à Convenção de Bolonha, partiu-se em dois cursos: a LEI do 1º ciclo e o MEI do 2º ciclo.

20 anos passaram e, outra vez como Diretor de Curso da LEI, estive envolvido numa nova mudança, desta feita transitando de uma licenciatura de 3 anos para um mestrado integrado de 5 anos (o MiEI). Neste contexto, confesso que me agrada poder voltar a sentir-me orgulhoso do CeSIUM e da sua pro-atividade a levar a bandeira do agora MiEI para o tecido empresarial e para os futuros alunos, bem como a apoiar os colegas nas suas tarefas diárias, trazendo-lhes formações em temas de ponta e propiciando um salutar espírito de convívio e distração.

Em 2002 tive o prazer de escrever uma Nota de Abertura, semelhante a esta, para o número 0 do info-LESIUM, o jornal que a direção do CeSIUM dessa época pretendeu lançar. É pois com satisfação que agora escrevo este pequeno historial para o Jornal Log/Cesium que a atual direção pretende reativar. Vou terminar com as mesmas palavras que na altura usei:

Que o Jornal Log/Cesium reapareça cheio de dúvidas e de esperanças, mas que conte com o cuidado e o empenho dos que o fizeram renascer para crescer forte e, com total liberdade e criatividade, possa cumprir a sua missão de vida.

Pedro Rangel Henriques

Dezembro de 2015

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Apresentação da direção do CeSIUM

No início deste ano letivo, os sócios do CeSIUM tiveram a oportunidade de escolher a equipa que iria dirigir o núcleo de estudantes de Engenharia Informática ao longo deste ano. O resultado desta eleição permitiu eleger o aluno Miguel Pinto como Presidente e os alunos Fernando Mendes e Pedro Duarte como Vice-Presidentes. Quisemos saber quais os seus planos e atividades para este mandato, sendo que realizamos esta pequena entrevista à nova direção.

Como correu o início do ano letivo e qual é a situação atual do CeSIUM?

Conseguimos cumprir o que tínhamos planeado. A principal tarefa, no início, era conseguir chegar aos novos alunos e ter mais interação com os que já nos conheciam. Sentimos uma enorme

Escrito porJoana [email protected]

Célia [email protected]

afluência positiva de alunos do primeiro ano e esperamos que tal tenha contribuído positivamente para o acolhimento no mundo universitário. Para além disso, notamos também bastante procura pelas nossas atividades da parte de alunos do 2.º e 3.º ano do curso, o que ajudou a que a nossa edição de 2015 da CodeWeek tivesse mais impacto, principalmente com um calendário tão preenchido em tempo de aulas. A CodeWeek, que ainda teve bastante influência da direção anterior, ajudou a marcar o ritmo intenso que queríamos do primeiro semestre, com atividades quase todas as semanas. Atualmente, as atenções encontram-se voltadas para a SEI e para o esforço de fazer desta a melhor edição possível. O grande objetivo, a longo prazo, será ajudar a tornar a Engenharia Informática na Universidade do Minho uma referência nacional.

O que esperam do CeSIUM este ano?

Crescimento e maior interação com a comunidade. Conseguir interagir e causar um impacto positivo dentro da Engenharia Informática, desde atividades recreativas a atividades que complementam a formação do curso, assim como ajudar na comunicação com a direção de curso e fazer a ponte com os finalistas que procuram entrar no mercado de trabalho. Temos vindo a crescer também na presença em várias causas sociais, como se pode ver pela anual Corrida Social, cujos lucros revertem para o Fundo Social de Emergência, pelo Dezembro Solidário, pelo apoio constante ao CoderDojo Minho e por algumas surpresas que temos preparadas para o 2º semestre. Este ano, apostamos numa interação com os restantes alunos da universidade, através da iniciativa Hour of Code que tem sido um sucesso.

Qual é o maior desafio que enfrentam?A comunicação com os estudantes e membros. É sempre difícil conseguir convencer alguém a dedicar duas horas do seu dia a uma atividade, principalmente durante o período letivo. Apesar de conseguirmos atingir números bastante satisfatórios de adesão, sabemos que é sempre possível melhor. Ainda mais quando se trata de temas que procuram complementar a formação dos alunos e colocá-los em contato privilegiado com tecnologias atuais no mundo do trabalho.

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O que deve ser melhorado em relação aos anos anteriores?Procuramos sempre inovar e renovar o nosso leque de atividades. No entanto, sentimos que as possibilidades são reduzidas durante o 2º semestre, uma vez que os alunos têm muitos mais projetos para entregar e a disponibilidade para participar é reduzida. Assim, vamos procurar aproximar-nos à vertente curricular, com sessões de estudo e mesmo atividades que ensinem e ajudem nos projetos práticos.

Há novos projetos?Sim! Estamos bastante felizes por nos encontrarmos a finalizar uma plataforma que nos permite gerir melhor os sócios, as atividades e poder fazer um balanço completo do ano. Também queremos facilitar a inscrição e gestão das atividades por parte dos alunos e procuramos incluir essas funcionalidades. Deverão surgir novidades em breve.

De que forma conseguirão abranger mais pessoas?O apoio da direção de curso tem sido fundamental para conseguirmos chegar aos novos alunos, tendo o CeSIUM sido presença nas duas últimas sessões de acolhimento. Em particular, as sessões de estudo e as atividades recreativas têm servido para aproximar o CeSIUM dos alunos de uma forma que muitos, provavelmente, não estavam tão habituados.

Quais as metas em todos os campos de atuação?O objetivo principal da nossa direção é garantir uma formação complementar de qualidade aos nossos alunos. Para isso, definimos um conjunto de metas, como fazer o nome do núcleo chegar às empresas e às restantes universidades, introduzir os alunos a novas tecnologias e ao mundo do Open Source, auxiliar o mais possível nas diversas UCs da Engenharia Informática e garantir um ambiente de convívio do qual os alunos em geral possam usufruir.

Palavras finais?Acima de tudo, gostávamos de incentivar as pessoas a aprenderem e experimentarem coisas diferentes, além do que é oferecido pelo curso. É tentador cingirmo-nos ao que nos é ensinado, mas é muito gratificante e um grande bónus pessoal aprender algo novo sozinho. Experimentar novas tecnologias, projetos novos, dar uma oportunidade ao Open Source. Como um grande sábio uma vez disse: Yesterday you said tomorrow. Don’t let your dreams be dreams.

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Novidades tecnológicas

INtErNEt dAS COISASA Internet das Coisas (Internet of Things - IoT na sigla em Inglês) é um conceito criado para definir a revolução tecnológica dos itens usados no dia a dia, interconectados a um dispositivo com ligação à Internet.

Tal como já é possível conectar smartphones a computadores ou tablets, a ideia é ligar eletrodomésticos, meios de transporte, e até mesmo roupas, através da colocação de sensores. Estes sensores têm a capacidade de captar aspetos do mundo real, tais como a temperatura, humidade, presença, etc., e enviá-los para centrais que recebem estas informações, de modo a utilizá-los de forma inteligente.

Conseguimos dominar a capacidade de criar sistemas inteligentes que também sabem a distância a que estamos de casa, a estimativa de tempo de chegada a um determinado destino e até mesmo qual a temperatura exterior previsível para essa altura, tudo através de uma simples aplicação num smartphone ou tablet, que pode trabalhar em conjunto com uma casa inteligente.

Escrito por

Daniel [email protected]

Jéssica [email protected]

SIStEMAS INtElIgENtESUm proprietário de uma “casa inteligente” consegue acender/apagar as luzes, onde quer que esteja, através do seu smartphone/tablet. A televisão pode ser automaticamente ligada/desligada através de dispositivos sensoriais, quando o proprietário se aproxima da televisão. Quando chega a casa e o seu carro se aproxima da porta da garagem, esta abre-se sozinha.

Pode-se adicionar eventos programados ou temporizados para que, na hora de acordar, a televisão se ligue com volume baixo e as cortinas se abrem devagar, ou para, quando estiver fora de casa, ligar a máquina de lavar.

É possível ajustar automaticamente a temperatura, tocar música, abrir/fechar portas e janelas, disparar alarmes e enviar mensagens ao morador, caso alguém aparecer. Se o ferro de engomar ficou ligado, pode desligá-lo a qualquer momento, onde estiver, através do seu smartphone/tablet. Uma aplicação de receitas poderá comunicar com o seu forno inteligente para o colocar na temperatura correta para determinada receita.

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Em termos de segurança, também é possível controlar quem pode entrar em cada horário, ou simplesmente monitorizar quem entrou e quanto tempo permaneceu na casa, com câmaras sensíveis ao movimento, capazes de enviar e-mails e transmitir em tempo real movimentações estranhas detetadas em horário inadequado.

Em termos económicos, a automatização dos aparelhos proporciona uma maior eficiência energética, pois a energia pode ser monitorizada para ser utilizada apenas no tempo necessário, reduzindo desperdícios.

Resumindo, as casas inteligentes estão pela primeira vez a incluir sistemas que não requerem configurações complexas ou interação com o utilizador. Estes sistemas e aparelhos estão a ser feitos de maneira a que operem “nos bastidores” (“behind the scenes”), com o objetivo de facilitar as nossas vidas, enquanto melhoram a eficiência com que usam energia, água e outros recursos limitados.

Várias empresas startups estão a aplicar esta mesma abordagem para controlar sistemas de rega automática nos jardins. Estes sistemas reúnem informações de temperatura e humidade locais e utilizam previsões meteorológicas para determinar se o relvado ou jardim precisa de ser regado e para calcular a quantidade de água suficiente para este.

Na área da saúde, a Adhere Tech desenvolveu umacaixa de remédios inteligente que avisa opaciente a hora em que este precisa de tomar osmedicamentos e ainda envia as informações rumoao servidor da empresa, que envia alertas para ospacientes através de SMS e e-mails.Em 2015, também destacamos as empresas Apple,Microsoft e Google, que investiram no ramo dedesenvolvimento de sistemas operativos no mercadoautomobilístico.

A CarPlay, criado pela Apple, permite que o rádio do carro seja exibido e controlado por um iPhone. Permite ainda acesso a várias aplicações Apple: Phone, Music, Apple Maps, iMessage, iBooks, Spotify, Audiobooks, entre outros.

A Microsoft tem-se focado na sua própria interface user-friendly, para o seu futuro sistema operativo Windows in the Car, que já está a ser testada em carros reais. O protótipo atual usa conectividade Mirrorlink, uma alternativa ao sistema CarPlay da Apple. Volkswagem, Honda, Toyota e Citroën já se estão a preparar, desenvolvendo carros com suporte Mirrorlink.

O Android Auto, um sistema operativo da Google, sincroniza dados de smartphones Android com o veículo e privilegia comandos de voz, para evitar que os motoristas se distraiam durante a condução. Com ele é possível, entre outras funções, solicitar a exibição de mapas com trânsito em tempo real e a indicação de rotas, além de mudar a música sem se tocar nos painéis do carro.

Por cá, a Bosh Car Multimédia, sediada em Braga, tem vindo a desenvolver os seus sistemas inteligentes, tanto para casas como para automóveis.

A empresa irá oferecer produtos e serviços para casas, onde uma só aplicação é suficiente para interligar aquecimento, iluminação, sensores de fumo e outras aplicações em casa, como por exemplo, um sistema que reporta arrombamentos, tudo isto gerido através de um smartphone ou tablet. O sistema Bosch para casas inteligentes, que apresenta os mais elevados padrões de proteção e segurança de dados, é fácil de instalar e de operar e liberta o utilizador de rotinas enfadonhas, assegurando mais conforto e segurança.

No que toca à tecnologia automobilística, a Bosch está a desenvolver um ecrã tátil sensível ao toque,

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/atualidade/onde os utilizadores podem executar de forma interativa aplicações de informação e entretenimento, tais como funções de navegação, rádio ou de smartphones. Quando tocado, o visor responde com elementos táteis e com sinais acústicos e visuais. Os condutores podem sentir as teclas no ecrã sem olhar, graças às variações nas estruturas de superfície - ásperas, lisas ou mesmo estampadas - que representam diferentes funções e botões. O ecrã tátil também distingue o nível de pressão aplicado pelos dedos e ativa diferentes funções de acordo com a pressão.

drONESOs drones não nos permitem voar, mas são capazes de nos fazer ver como os pássaros. A captura de imagem tem sido a função que mais atrai os consumidores. Vários modelos já incluem sistemas de auxílio à pilotagem, normalmente associados à navegação via GPS. São capazes, por exemplo, de executar percursos previamente definidos numa aplicação ou regressar automaticamente ao ponto de partida, muito útil quando há uma falha de ligação entre o controlo remoto e o drone.

Um dos grandes problemas é que a regulamentação está atrasada relativamente ao mercado. No entanto, espera-se que a regulamentação final fique muito próxima da proposta atualmente existente, e que divida os drones em três categorias: Aberta (baixo risco), Específica (médio risco) e Certificada (alto risco, com requisitos comparáveis aos exigidos para a aviação tripulada). Os drones comerciais que se veem nas lojas estão, em regra, incluídos na primeira categoria, que exige contacto visual constante com o aparelho, que têm de pesar menos de 25 kg, voar até uma altitude máxima de 150 metros relativamente ao solo e incluir um sistema de delimitação geográfica.

O Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) relembra que apesar de não existir uma lei específica para drones, já existem leis nacionais relativas ao tráfego aéreo que devem ser cumpridas. É o caso da proibição de voo fora da linha de vista do piloto e proibição de voos sobre espaços e edifícios relacionados com a soberania nacional ou que são parte do património histórico. Mas, talvez, a regra que mais contrasta com o que se vê nas redes sociais e no YouTube é a necessidade de a u to r i z a ç ã o da Força Aérea para captar imagens aéreas.

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de Espanha para Portugal

O CeSIUM quis saber qual a opinião de estudantes Eramus na nossa academia e, por isso, estivemos à conversa com Gloria Gonzalez, estudante de Engenharia Informática vinda de León, Espanha. Glória aceitou graciosamente responder às nossas questões sobre o seu tempo na academia, assim como a sua opinião sobre a experiência Erasmus, completa com as suas recomendações a futuros viajantes.

O que te levou a quereres fazer Erasmus?

Antes de entrar na universidade, já tinha ouvido falar sobre Erasmus. Primeiro, foi a minha irmã que já fez Erasmus na sua altura de universitária, e logo depois os meus amigos que entraram antes de mim na universidade. Então, quando comecei a universidade, já sabia que queria fazer Erasmus, só que ainda não sabia o destino ao qual queria ir.

Porque escolheste a Universidade do Minho como destino Erasmus?

Dizendo a verdade, a Universidade do Minho não foi a minha primeira escolha. Desde o primeiro momento, sabia que queria ir para Portugal fazer Erasmus, mas queria ir para o Porto, só que no meu ano a minha universidade já não tinha acordo com o Porto. Então tive de procurar outro destino em Portugal e foi quando surgiu a Universidade do Minho. Ainda assim, tive dúvidas entre ir para Braga ou para Coimbra, mas finalmente decidi-me pelo norte de Portugal, que era o que conhecia e gostava muito.

Como foi a tua integração na academia?

No início, estava totalmente perdida. Cheguei a Braga por volta do dia 17 de setembro de 2014 e a universidade já tinha feito o programa de orientação para os alunos estrangeiros, então eu nem sabia onde ficava o Departamento de Informática ou onde eram as aulas. Por sorte, designaram-me um bom padrinho, que tomou conta de mim. Acho que a minha integração foi como a de qualquer outro. Primeiramente podes sentir-te um bocado “fora de lugar” (um estranho), mas depois já és mais um aluno qualquer. Considero-me uma pessoa bastante sociável, então acho que sempre que tive a oportunidade de falar ou conhecer alguém, aproveitei-a.

Quais foram as principais dificuldades que encontraste?

Como já disse antes, no início estava um bocado desorientada. Demorei umas duas semanas para encontrar a Escola de Engenharia. O pior foi habituar-me aos horários das refeições, pois isso de almoçar ao meio dia e meio não é normal! (risos)

Escrito por

Joana [email protected]

/erasmus/

Susana [email protected]

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/erasmus/

O que levas desta experiência?

Tantas coisas… Amizades, lembranças, conhecimento de outras culturas, enriquecimento pessoal, etc.. Quando tens a oportunidade de conhecer e conviver com pessoas de diferentes partes do mundo é que percebes as diferenças e semelhanças que temos ao mesmo tempo. No meu caso, foi a primeira vez que vivia sozinha e isso ajudou-me a ser mais independente.

O que achas da cidade de Braga e dos seus estudantes?

Gosto imenso de Braga, é uma cidade pequenina e com muito encanto. Isto também foi umas das razões pelas quais finalmente escolhi Braga. O pior, sem dúvida nenhuma, é o clima; chove tanto… Sempre digo que o maior amigo que Braga me deu foi o guarda-chuva, nunca saía de casa sem ele! (risos). Acho que os estudantes têm uma grande ligação com a universidade, não é só irem às aulas, têm muitas associações, agrupamentos (sejam eles musicais, intelectuais, sociais, desportivas, etc.) e gostam de aproveitá-las, pelo menos foi do que me percebi.

O que achaste do curso de Engenharia de Informática aqui da UM e quais as principais diferenças com o curso da tua universidade?

Na UM achei que o nível era um bocado maior que na minha universidade. A quantidade de alunos era maior também, o que fazia com que as aulas teóricas fossem um bocado mais confusas. Também achei que a gente é mais participativa nas aulas com o professor; na minha universidade o pessoal não costuma fazer isso. Uma das coisas das quais gostei muito foi de que os alunos têm muitas palestras e workshops beneficiosos para eles, assim como o próprio CeSIUM, achei uma muita boa iniciativa; na minha universidade não temos esse tipo de coisas.

Palavras finais?Só tenho a dizer que, como de certeza toda a gente já algumavez ouviu, o Erasmus é uma grande experiência que, deuma forma ou outra, muda a vida das pessoas num aspetopositivo. Convido a toda gente a fazer parte disto, nãotenham medo, aproveitem a oportunidade e desfrutem!

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da turquia para PortugalEstivemos também à conversa com Cenk Tunçbilek, estudante de Ciências da Computação vindo de Istambul, Turquia, que também aceitou com todo o gosto em responder às nossas questões sobre o seu atual tempo na academia, assim como a sua opinião sobre a experiência Erasmus.

We were talking too with Cenk Tunçbilek, student of Computer Science, from Istanbul, Turkey, who also accepted with very satisfaction our interview about his actual time in the academy, and also his opinion about his Erasmus experience.

O que te levou a quereres fazer Erasmus? / What took you to make Erasmus?

Bem, eu queria mesmo aprender novas línguas, ter novas experiências e Erasmus pareceu-me uma boa oportunidade para fazer isso.

Well , I really like to learn new languages , experience new things and Erasmus is seems like a good opportunity to do that.

Porque escolheste a Universidade do Minho como o teu destino Erasmus? / Why did you choose University of Minho as destination for your Erasmus experience?

Estou a estudar na Universidade Técnica de Yildiz e todos os anos eles fazem acordos/programas com diferentes universidades. Foram-nos dadas, a mim e ao meu amigo, apenas algumas universidades de países europeus à escolha e a universidade do Minho foi aquela que tinha o melhor ranking naquela lista.

I am studying in Yildiz Technical University and every year they make new arrangements with different universities. Me and my friend were given only a few universities from each European country to choose and University of Minho was the best in the ranking in that list.

Como foi/está a ser a tua integração na academia? / How was/has been your integration in the university?

Depois de viver numa cidade caótica como a de Istambul, adaptar-me a Braga foi bastante fácil. Foi como estar de férias. Por outro lado, a língua foi um problema para mim, porque eu não sei Português, mas estou a aprendê-lo. Eu não conseguia compreender muito nas aulas, mas como a maior parte das disciplinas são sobre programação, eu entendo o código e continuo a aprender, graças a algumas pessoas que me ajudaram e que me fizeram acostumar ao ambiente diferente aqui na Universidade do Minho.

Escrito por

Jéssica [email protected]

/erasmus/

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/erasmus/

After living in a chaotic city like Istanbul, adapting to Braga was very easy. It was like a vacation. On the other hand, language was a bit problem for me, because I don’t know Portuguese, but I’m learning. I couldn’t understand much in the classes, but since most of the courses are about programming, I understand the code and kept learning, thanks to a few people that helped me and made me to get used to the different environment here at University of Minho.

Quais foram as principais dificuldades que encontraste, tirando a parte da língua que já nos contaste? / What were the major difficulties that you found, except for the part of the language that you already told us?

Eu tive outras dificuldades que foram cozinhar, arrumar e limpar a casa e perder tempo com estas preocupações, porque é a primeira vez que eu vivo sozinho com o meu colega de apartamento e nunca tinha feito isto antes, então tive de lidar com estas situações e foi complicado ao início. Mas tirando isso, não me lembro de mais nenhum problema.

I had other difficulties which were cooking, cleaning the house and waste time with this preoccupations, because it’s my first time that I live alone with my roommate and I never has done that before, so dealing with these things was a handicap at first. But apart from that, I don’t recall any problems.

O que achas da cidade de Braga e dos seus estudantes? / What do you think about Braga city and its students?

A primeira vez que eu vim para Braga, tive a oportunidade de visitar todas as ruas a pé, porque estava à procura de um apartamento. Encontrei-o depois de 6 dias, mas tive de andar bastante. Enquanto procurava apartamentos para arrendar, tive de lidar com diferentes dificuldades. Como sabes, Turquia não tem uma boa reputação na imprensa e algumas pessoas não querem arrendar as suas casas a pessoas da minha nacionalidade, o que é até bastante compeensível. Isto foi o maior problema que eu experienciei, até agora. Mas tirando isso, gosto imenso de Braga, é um sitio muito calmo e pacífico (nada a ver com Istambul). Tem muitos sítios interessantes e históricos como o Bom Jesus, por exemplo. Os estudantes são muito amigáveis e prestativos.

When I first came to Braga, I had the chance to visit every street by walking, because I was looking for an apartment. I found it in 6 days, but walked a lot. While looking for rental apartments I had to deal with a different kind of difficulties. As you know, Turkey has a rather bad reputation in the world press, so some people doesn’t want to rent their houses to Turkish people, which is very understandable. This was the major problem I have experienced so far. But other than that, I really like Braga, it is very peaceful and quiet (definitely not like Istanbul). It has quite interesting historical places such as Bom Jesus. The students are very helpful and friendly.

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O que achas do curso de Engenharia de Informática aqui da UM? Está à altura das tuas expetativas? Quais as principais diferenças com o curso da tua universidade? / What do you think about the Computer Engineering course here at UMinho? Is it in the same level as you expected? What are the major differences between your course and this one here?

Uma das diferenças mais óbvias foi que cá não existem muitas disciplinas relacionadas com hardware. Parece que é desnecessário para um programador aprender sobre hardware e as suas operações. No entanto, sabendo um pouco sobre as coisas que correm os nossos códigos, deixam-nos melhorar a performance do código. É um pouco difícil de comparar os cursos, porque eles diferem de um para o outro. Por outro lado, considerando o contexto das disciplinas que eu tive, eu acho que elas mostram parecências, quero dizer, deve ser, certo? Elas ensinam a mesma coisa.

One of the most obvious difference was that here there were not enough hardware classes. It seems unnecessary for a programmer to learn about hardware and its operations. However, knowing a little more about the thing that runs your codes let you write more efficient codes. It is a bit tricky to compare the courses themselves, since they differ from each other. On the other hand, considering the contexts of the classes I take, I am pretty sure that they show resemblance, I mean, they must right? They teach the same thing.

O que levas desta experiência? Palavras finais? / What do you take to Turkey from this experience? What are your final words?

Honestamente, estou contente de ter vindo cá. Só passou um semestre e eu já aprendi muita coisa sobre a vida e sobre programação. De acordo com o meu nível de Português, eu vou escolher se continuo ou não cá os meus estudos, no final do ano acadêmico. Comparando com Istambul, Braga é mais calma e relaxante, as pessoas não estão todas apressadas e preferem gastar o seu tempo com a familia e com os seus amigos. Por outro lado, Istambul fornece mais oportunidades para trabalhar, mas por outro lado tem mais população e a corrida é mais cruel. Assim sendo, eu escolheria Braga porque apela-me mais.

Honestly, I am glad that I came here. It has been only one semester and yet I have learnt lots of things, both about life and programming. According to my Portuguese level at the end of the academic year, I will decide if I should continue my education here or not. Comparing to Istanbul, Braga is more calm and relaxed, people don’t rush all the time and prefer spend to time with their family and friend circles. On the other hand, Istanbul provides more opportunities, which is going to be useful while looking for jobs, but then again the stakes get higher thanks to the overpopulation and the race is crueler. Therefore, I would choose Braga because it appeals me more.

/erasmus/

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Paulo Novais

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No passado mês de dezembro, o CeSIUM entrevistou o Professor Paulo Novais, que cordialmente aceitou responder às nossas questões. Paulo Novais é professor do Departamento de Informática da Universidade do Minho, doutorado em Ciências da Computação e Presidente da APPIA, a Associação Portuguesa Para a Inteligência Artificial.

Quais são as principais características da Inteligência Artificial?

Em primeiro lugar, convém definir que a inteligência não é por si só um comportamento, tem diferentes facetas. Faz-me lembrar os dois robots da Guerra das Estrelas, um filme que me marcou muito. Eu uso muito essa analogia para a primeira aula; um dos robots é um mestre de cerimónias, ele sabe todas as línguas, todas as formas de se relacionar com as pessoas e, obviamente, faz com que nós o possamos considerar inteligente, mas é um robot extremamente reativo, só reage. O outro robot, o R2D2, que não tem grande capacidade de comunicação, tem uma característica que o distingue do outro, é proativo, ele toma a iniciativa em muitas circunstâncias; o que acontece é que o Luke ou o Anakin dá-lhe uma ordem e ele executa-a, mas transforma-a num conjunto de ações, e até antecipa uma necessidade do seu mestre; isso são facetas diferenciadas de inteligência. Obviamente, há sistemas que necessitam de aprender e isso é mais uma faceta da inteligência. O que isso quer dizer é que podemos incorporar em diferentes sistemas diferentes características como se estivéssemos a dividir a inteligência em pequenas fatias: a Reatividade, a Proatividade, a Socialização, que é a parte muito ligada à comunicação, a Interação, o ato da fala em si é importante, a Autonomia e a Capacidade de Decisão. Isto para dizer que pode haver muitas formas de um sistema ser considerado inteligente. Por exemplo, sistemas de previsão da bolsa são inicialmente sistemas que vêm de técnicas de inteligência artificial, portanto as primeiras redes neuronais foram feitas para sistemas de previsão de séries temporais recorrentes, que repete um ciclo, e são utilizados na bolsa, nos sistemas de reconhecimento de padrões ou caracteres, etc..

Em que consiste o trabalho em Sistemas Inteligentes?

Em primeiro lugar, não existe um trabalho em Sistemas Inteligentes, existe uma área, que normalmente se chama Inteligência Artificial, e internacionalmente Inteligent Systems, que tem a ver com a aplicação de técnicas ou metodologias de inteligência artificial, que tendem a construir ferramentas inteligentes, ou digamos de grosso modo, Sistemas Inteligentes. Para mim, um Sistema Inteligente é um sistema que antecipa, que percebe quem é o utilizador, que percebe as suas preferências, os seus hábitos, e com base nisso adequa a sua interação a esse conhecimento. Portanto,

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André [email protected]

Susana [email protected]

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é basicamente isso que os sistemas precisam, pois isso garante aos sistemas simplicidade, visto que ele está adequado às nossas necessidades. Saber isso e fazer com que o sistema esteja adequado a cada um de nós, isso é Inteligencia Artificial.

O que diria a um estudante que estaria a considerar entrar no campo de Sistemas Inteligentes?

Em primeiro lugar, bem-vindo! E depois diria que estaria a entrar numa das áreas mais fascinantes e interessantes que existem na área da informática. Uma coisa é estar no desenvolvimento de engenharia de software, que acho que é uma área muito nobre e muito interessante, no entanto, se alguém quer dar asas à imaginação e à criatividade, esta é a área por excelência, uma área que toca na Aprendizagem Automática, que toca em Raciocínio, que toca em Perceção. São três das grandes áreas que hoje em dia estão na berra, como se diz (...). Onde é que hoje em dia se pode ser inovador? Tem de ser com soluções diferentes, inovadoras, imaginativas. As soluções inovadoras hoje em dia, normalmente, passam pela Inteligência Artificial. Ainda no outro dia, a Apple procurou no mercado mil pessoas que ajudassem a tornar os sistemas da Apple mais inteligentes, mais espertos. A Inteligência Artificial é essencial para se manter na vanguarda, é essencial para o futuro.

Como é que vê a evolução dos Sistemas Inteligentes nos próximos tempos, quer a nível educativo, quer a nível empresarial?Disse-lhes à pouco que está mais ou menos visto que agora existem três grandes áreas: a parte da Aprendizagem Automática, por exemplo, tudo ligado à deteção de fraudes, deteção de comportamentos. Nós temos tido, por exemplo aqui no grupo, um grande trabalho da deteção de comportamentos humanos. Tentamos perceber de uma forma não evasiva nem intrusiva se as pessoas estão cansadas, se estão com atenção, se não estão com atenção, se estão stressadas. Isso são comportamentos. As emoções, por exemplo, se assim quiserem, são um conjunto de processos que vão condicionar o nosso humor, e o nosso humor é importante no nosso dia a dia. Esse tipo de processos de aprendizagem, perceber os seus hábitos mais frequentes, isso é o que está a dar neste momento. Porque são os fenómonos de Big Data que são importantes para perceber os comportamentos das pessoas, e percebendo os comportamentos das pessoas temos toda a informação que é necessária. Podemos fazer marketing inteligente, antecipar necessidades, entre outros. Isso é uma grande área da aprendizagem e serve para conhecer melhor, num determinado contexto, o nosso cliente e servi-lo melhor, e aqui servi-lo melhor é obviamente antecipar as necessidades que ele possui, dando-lhe serviços e produtos adequados às mesmas. Quer no ensino, os tipos dos seguros que conhecendo-o e sabendo que a sua esposa está grávida já lhe estão a oferecer um seguro para bebés, ou é simplesmente Big Data ao nível de uma cidade, de um decisor, que percebe por esses processos que

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noventa por cento da sua população está entre os quarenta e os cinquenta e cinco anos, (...) e toma em conta esse conhecimento para tomar as decisões estratégicas de evolução de uma cidade, e que antecipa as necessidades deles (...). Mecanismos de raciocínio são importantes, precisamos de aprofundar essa questão para garantir que de facto a máquina ao ser autónoma consegue tomar as decisões corretas. O raciocínio é quanto melhor quanto mais informação acerca das pessoas tem (...). Depois, o outro é a perceção. Isto tem a ver com o Internet of Things e vai alimentar a Big Data, mas também há aqui um problema, pois temos de melhorar os parâmetros da perceção (...). Nós somos humanos, de facto temos esse sentido apurado, enfim, cada um de nós diferente, de ver e percecionar o que está a acontecer à nossa volta. Alguns são capazes de prestar atenção a duas pessoas, outros de perceber coisas mais rápido e outros estão concentrados e não conseguem perceber que aquilo está a fazer barulho. Viram aqueles filmes com o Matt Damon, em que era um agente secreto, o Bourne? Exatamente, ele tinha uma capacidade muito interesssante de prececionar, em que ele podia estar a observar atentamente tudo o que o rodeia, uma senhora com perfume Channel do lado esquerdo e do lado direito dois polícias. Isso é um sentido de perceção diferente. Hoje o que temos de fazer é melhorar essa capacidade dos sistemas de percecionar, isto é, de perceber aquilo que os rodeia (...). Estes mecanismos de perceção e entendimento têm de ser melhorados, para além de outros, mas neste momento eu diria que é por aí que anda.

Agora, algumas perguntas quanto à APPIA e à sua nova posição lá. Sente-se feliz e realizado com a sua nova posição na APPIA?Se me sinto feliz e realizado... Bem, vamos lá ver, ser Presidente de uma associação de investigadores é sempre algo que é interessante e estimulante. Também diria que é uma honra, mas também não altera nada na minha vida, isto é, o que eu vou fazer. Vou dar o meu melhor nos próximos dois anos, em prol de uma área científica que abracei à muito tempo já, desde 1992 que trabalho nesta área, e que gosto, onde me sinto bem, aquilo em que tenho vindo a fazer toda a minha carreira, e onde, sem modéstia, tenho vindo a ganhar o meu lugar. Diria que estou acima de tudo honrado e farei o possível por dar ainda mais visibilidade à área.

Uma excelente resposta. Qual é, no momento, o papel da APPIA na investigação da área de Sistemas Inteligentes?A APPIA não faz nenhum tipo de investigação, nem tem de fazer. A APPIA tem de ser o representante de uma área, promover essa área, divulgar essa área, e fazer um pouco de lobbying, isto é, mostrar a importância que esta área tem junto de uma míriade de entidades, em particular para o desenvolvimento de Portugal, do Mundo todo, mas principalmente de Portugal. Nesse sentido, eu diria que tem um papel de divulgação, e também de lobby junto a instituições, porque na vida há muitos chapéus e é importante haver uma organização como esta que diz “Calma, todos os chapéus são importantes”, mas não vamos desvalorizar um chapéu que ainda por cima está associado a uma área altamente competitiva, criativa e onde a imaginação desempenha um papel muito importante, e onde também empurrar os limites das coisas permite ganhos significativos, e eu acho que deviam ser definidas áreas de excelência para Portugal, onde deveríamos apostar, e na informática a Inteligência Artificial é uma dessas áreas, onde temos competências, capacidades e onde, com custos relativamente controlados, poderíamos, e perdoem-me pela expressão, fazer brilharetes, enquantomuitas áreas exigiriam investimentos loucos.

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Neste caso, na Inteligência Artificial existe uma base instalada, há um corpo de investigadores bastante solidificado. Porto, Lisboa, Coimbra, Minho, Aveiro e outras instituições têm fortes competências de Inteligência Artificial, reconhecido internacionalmente, e que deveria ser apoiado, porque pode e deve ser um dos pilares para o desenvolvimento sustentável de Portugal, e contribuir positivamente para isso.

Muito bem. Há algum projeto em especial em que a APPIA esteja a trabalhar que queira partilhar connosco?

A APPIA no próximo ano irá fazer um levantamento do papel que a Inteligência Artificial tem nos cur-sos, que eu acho que está subvalorizado. Vamos fazer um levantamento para ter consciência do panora-ma, para podermos sensibilizar de que é necessário tomar medidas. Depois, vamos ter também de fazer um levantamento exaustivo do que está a acontecer na indústria. Há já algumas empresas, cujo core business é a Inteligência Artificial, especializadas no assunto, mas precisamos também de ter uma cons-ciência maior de qual é a recetividade de profissionais nesta área. Lá fora, sabemos que é imensa, mas temos de ter consciência de que aqui poderá não ser tanta. A maioria das empresas de hoje que traba-lham com dados precisam de especialistas em, digamos, em vez de lhe chamar Inteligência Artificial vou-lhe chamar Engenharia do Conhecimento, e penso que neste momento o mercado está ávido por profissionais dessa área. Isso também é importante para depois podermos mostrar às pessoas o quanto interessante esta área é. Hoje em dia eu diria que a Big Data, o tratamento massivo de dados para gerar conhecimento, parece-me ser uma área de que o mercado está a necessitar e pode ser interessante, e também toda a área da perceção ligada à Internet of Things.

Obrigado. Agora, para terminar, algumas perguntas mais pessoais. Será que nos podia confidenciar um pouco os seus planos para o futuro próximo, quer relativamente à APPIA, quer pessoalmente?

Relativamente à APPIA, serei o seu presidente nos próximos anos. Também tenho uma forte intervenção a nível internacional, sou membro do IBERAMIA, que é a a Associação Ibero-Americana de Inteligência Artificial, pertenço à comissão executiva, e estou neste momento também associado à IFIP, que é uma organização internacional, onde sou chair do working group em agentes, ou seja, tenho tido, e espero continuar a ter, uma intervenção forte a nível internacional. A nível pessoal, é continuar, e continuar num objetivo que é desenvolver um grupo de investigação dos Sistemas Inteligentes, de nome ISLab, o IS já sabem o que quer dizer, e continuar a aposta que temos feito na área da Análise Comportamental, nas suas diferentes facetas para alimentar estes tipos de sistemas (...). Obviamente que isto significa perceber quem é quem pela forma como interage com os diferentes devices ou interfaces de um sistema.

E tem um sonho ou objetivo que gostaria de cumprir no decorrer da sua vida?

Ser feliz.

Simples e eficaz. Fora da área da informática e dos Sistemas Inteligentes, quais é que diriam que são os seus interesses primários, no geral?

Ponham assim, São Torcato, que eu sou de São Torcato, Guimarães, Vitória de Guimarães e Pensar Diferente, por essa ordem. (risos)

Tem algumas palavras finais que gostaria de comunicar aos nossos leitores?

Aos alunos? Bem-vindos a Sistemas Inteligentes. Serão bem recebidos e bemtratados, com respeito, profissionalismo e amabilidade.

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O destaque desta edição vai para a SEI - Semana da Engenharia Informática, que este ano se realiza entre os dias 6 e 13 de fevereiro de 2016. Esta semana, anteriormente chamada de “Semana da LEI”, é organizada por alunos e para alunos, sendo gratuita e totalmente dedicada a apresentar e aprofundar temas de destaque no panorama atual da informática, assim como aproximar os alunos de convidados de relevo, tanto nacionais como internacionais. Desde workshops sobre temas e tecnologias não abordados diretamente no curso até palestras sobre a experiência de empresários e empreendedores, a SEI tem como objetivo criar momentos de aprendizagem, lazer e entretenimento para toda a comunidade educativa, não só os alunos de informática.

Na edição de 2016 podemos observar uma multitude de atividades diferentes, sendo algumas das mais relevantes as seguintes:

• Coderdojo Minho: Parte de uma rede global de clubes de programação gratuitos, o Coderdojo Minho tem como objetivo ensinar princípios de programação a jovens dos 7 aos 17 anos de idade.

• Rails Girls: Este evento de programação em Ruby on Rails para mulheres tem como objetivo a criação de uma aplicação num ambiente descontraído, com colegas entusiasmadas e instrutores fantásticos. Rails Girls é parte de um movimento mundial nascido em 2010, que tem como objetivo tornar o mundo da informática mais acessível a mulheres.

• Talks: Desde conversas sobre segurança de redes, princípios de empreendedorismo e desenvolvimento de jogos até histórias de vida e demonstrações de realidade virtual, a SEI tenta proporcionar palestras sobre temas variados com relevância no campo da informática e no mercado de trabalho.

destaque: Semana da Engenharia Informática

Joana [email protected]

Escrito por

André [email protected]

Com palestras para todos os gostos e com oradores tão influentes como Mike Elsmore, Bélen Albeza, Roberto Cortez, João Silva e Celso Martinho, estamos certos de que todos encontrarão algo do seu agrado.

• Workshops: Novas tecnologias, linguagens de programação, ferramentas de criação e muito mais estarão presentes nos workshops a que todos podem assistir. Com vagas limitadas e oradores renomeados de importantes empresas, estes encontros de aprendizagem permitem desenvolver técnicas e capacidades não exploradas em cursos de informática, de uma forma divertida que seriam muito mais difíceis de se obter sem o suporte oferecido. Há que lembrar que é necessário trazer portátil para fazer parte destas iniciativas e assegurar uma inscrição antes do dia.

• Hackathon Heartbits: A cereja em cima do bolo de todo o evento. Esta iniciativa, desenvolvida em conjunto pelo CeSIUM e pela ANEM (Associação Nacional de Estudantes de Medicina), com o o suporte e apoio técnico da Direção-Geral da Saúde (DGS), consiste numa maratona de criação de um produto ou plataforma relacionada com a saúde. Esta imparável corrida contra o tempo tem como objetivo promover a “Promoção da Saúde e Prevenção da Doença” através do trabalho de equipa e a perspetiva de prémios apetecíveis. Recomendado para aqueles que se sentem criativos e sem sono.

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/atividades/É também notável a qualidade e variedade dos oradores e participantes na SEI 2016. De forma a facilitar a vida aos leitores, aqui estão umas pequenas biografias de alguns dos mais notáveis oradores:

• Mike Elsmore: Developer Advocate na IBM Cloud Data Services, Mike gosta de dedicar o seu tempo a partilhar conhecimento sobre desenvolvimento rápido e bases de dados diferentes.

• Bélen Albeza: Belén é uma Engenheira e Game Developer a trabalhar no desenvolvimento de relações na Mozilla. Vive de momento em Barcelona e gosta de heavy metal, de se juntar a game jams, rollerblading e “Mass Effect”.

• Roberto Cortez: Roberto Cortez é um Java Developer profissional, com mais de 9 anos de experiência a trabalhar em áreas como Finanças, Seguros e Instituições Governamentais. O seu primeiro contacto com Java foi em 1998 e desde então nunca mais olhou para trás.

• João Silva: Mesmo após estudar Design de Multimédia no Porto, João sabia que faltava algo. Descobriu Concept Art e a FZD School of Design em Singapura, onde após um ano de intenso trabalho e desenvolvimento de portfólio assegurou um lugar na Crytek.

• Celso Martinho: Fundador da SAPO, o maior projeto de Internet de Portugal, Celso possui um combinado de conhecimentos de gestão de alto nível, Gestão de Projetos Software, Arquitetura de Sistemas e Desenvolvimento de Produto Técnico e varias décadas de experiência nas indústrias Telecom e Internet. Celso é também CEO e fundador da Bright Pixel, um estúdio de software.

Informação sobre estes e outros oradores poderá ser obtida no site oficial da SEI.

Após interrogado sobre a dificuldade de organizar um evento deste calibre, o Presidente do CeSIUM, Miguel Pinto, confidenciou-nos algumas palavras: “Temos de lembrar de que nada disto seria possível sem o apoio dos docentes do Departamento de Informática, sem os nossos dedicados parceiros e patrocinadores, sem o entusiasmo e disponibilidade dos nossos convidados e sem a fantástica equipa por detrás da organização do evento. Pretendemos inspirar alunos da nossa universidade, de outras universidades e toda a restante comunidade que nos rodeia a participar nesta semana, de forma a divulgar e celebrar a maravilha que é a informática.”

Só o tempo dirá se este ambicioso evento será um sucesso, mas sem dúvida que o potencial está lá.

Inscreve-te em http://seium.org/ e vê todas as novidades no nosso Facebook.

Desejamos uma boa Semana da Engenharia Informática a todos os leitores!

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Escrito porCélia [email protected]

/atividades/MagustoO largo do Departamento de Informática da Universidade do Minho, local de comunhão e partilha desde tempos imemoriais, acolheu na tarde de 11 de novembro de 2015 um convívio outonal que envolveu alunos, docentes e funcionários do Departamento de Informática.

Às 17h já se acendia a lenha, com o cheiro convidativo a espalhar-se pelo largo, sendo que os convidados começaram a chegar, aos poucos, ao mesmo tempo que a música e muita boa disposição alegraram o espaço. Assim, começou O Magusto!

Foram oferecidas iguarias bem típicas do nosso país e desta época festiva, como as castanhas e o caldo verde, havendo também bifanas no pão, sangria e vinho tinto. Este evento contou com a parceria da Comissão de Festas de Engenharia Informática, que se empenhou na tarefa de confecionar as castanhas, as bifanas e o caldo verde, assim como a sangria.

Foi um evento que facilitou a integração e levou a que os estudantes e professores aproveitassem o convívio e partilha de experiências, resultando numa tarde magnífica carregada de alegria e brindada com um magnífico sol de São Martinho!

Este Natal, o CeSIUM apostou na solidariedade como nunca antes na sua história.

Desde o início de dezembro até ao passado dia 8 de janeiro, esteve em efeito a campanha ‘Dezembro Solidário’, uma iniciativa com o objetivo de melhorar as festividades dos mais necessitados. Neste período de tempo, todas as atividades do CeSIUM tiveram, como custo adicional, a doação de um artigo para o cabaz da sua árvore de Natal, podendo ser essa doação bens alimentares, brinquedos, roupa, ou mesmo uma oferta monetária.

Foi com alegria que podemos verificar uma participação entusiástica por parte da comunidade, tendo a nossa árvore de Natal ficado muito mais festiva rodeada de artigos solidários.

Gostaríamos, portanto, de agradecer a todos os que contribuíram para fazer deste Natal uma data especial, mostrando que mesmo neste terrível e cínico mundo ainda restam alguns indivíduos com vontade de ajudar o próximo. Muito obrigado por nos ajudarem a ajudar. E para aqueles que não tiveram oportunidade de contribuir desta vez, não desesperem, estaremos à vossa espera no próximo Natal!

dezembro SolidárioEscrito por

André [email protected]

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/atividades/Ao longo do tempo, a UMinho Cup foi conquistando o seu espaço, tendo por isso havido o surgimento de novos torneios de futsal. Este torneio é organizado por alunos, sendo esses alunos a razão pela qual a UMinho Cup consegue fornecer um torneio de excelência para todos os alunos da Universidade do Minho. Uma forma de motivar os alunos a se inscreverem é a introdução de prémios por jogo, sendo que esses prémios só foram possíveis graças ao Carpe Noctem e ao Stephane Bar.

Como acontece em todos os anos, este é mais um ano em que participam equipas de excelência neste torneio, contando com mais de 20 equipas. Atualmente, o melhor marcador do torneio é o António Castro, estudante de Engenharia Eletrónica, com 6 golos marcados, pertencente à equipa ‘No Mercy’.

A organização atribuirá prémios às três melhor equipas classificadas, ao melhor jogador, ao melhor marcador e ao melhor guarda-redes do torneio. Atualmente, a edição deste torneio tem ocorrido sem incidentes, e espera-se que assim continue e que todas as equipas saiem satisfeitas com o torneio. Os interessados poderão consultar informações sobre o torneio através da página do facebook do CeSIUM. A informação relativa aos golos marcados poderá ser consultada no link https://goo.gl/9IbhQB e a consulta da classificação das equipas no link http://challonge.com/ytp04t2u.

O torneio de FIFA16 foi criado com o objetivo de promover a interação entre os sócios do CeSIUM, sendo que contou com mais de 30 inscrições. A inscrição era individual e a escolha da equipa de cada jogador foi feita no início de cada jogo, podendo esta variar ao longo do torneio. O jogador pode escolher até duas equipas com as quais o adversário não pode jogar. O torneio está dividido em fase de grupos, sendo que, posteriormente, apenas 16 jogadores passam à fase seguinte, assim sendo até chegar à final. Na final haverá 3 jogos e quem ganhar o maior número de jogos sagrar-se-á vencedor do torneio de FIFA16. O vencedor receberá uma camisola do CeSIUM e uma garrafa de jeropiga.

Todo o torneio está a realizar-se na sala do CeSIUM (sala DI-1.11). A organização espera que todos se divirtam e se integrem com todos os sócios do Centro de Estudantes de Engenharia Informática da Universidade do Minho. Para os interessados, podem consultar o link http://challonge.com/8ntz1iit para estar a par de todas as informações do torneio.

UMinho Cup

Escrito por

Célia [email protected]

Gil Gonç[email protected]

torneio FIFA16

/atividades/

Escrito por

Célia [email protected]

Gil Gonç[email protected]

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Web Summit - Maior evento de startupsVai ser na cidade de Lisboa que vai ser albergado o Web Summit, um dos maiores eventos de startups do mundo. Este evento vai ser realizado durante 3 anos (2016, 2017 e 2018) e já foi investido cerca de 1,3 milhões de euros para este futuro evento, em Portugal. Estes três anos estão já “garantidos”, mas há ainda a possibilidade de o acordo entre a organização do evento e as autoridades portuguesas se estender aos anos de 2019 e 2020.

O Web Summit está cotado como a principal montra de ideias inovadoras. Para os portugueses não será propriamente um evento desconhecido: na edição de 2014, em Dublin, a portuguesa Codacy ganhou o título de melhor “pitch” (uma apresentação sucinta de uma ideia de negócio, geralmente feita para investidores). Mais de 200 startups apresentaram-se a concurso e cerca de 22 mil pessoas compareceram nos três dias do evento.

Este evento vai ser realizado no MEO Arena e na FIL - Feira Internacional de Lisboa.

Após a longa estadia em Dublin, local onde sempre se realizou este evento, os organizadores estão entusiasmadíssimos em iniciar este evento num novo local como a nossa capital.

A Web Summit tem crescido bastante e é o maior encontro entre startups do planeta. Em novembro, esperam-se 30 mil participantes, sendo previstos mais de 50 mil participantes nos próximos eventos.

Escrito por

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Jéssica [email protected]

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/opiniões/# do BA ao Z

Há dois programas essenciais para qualquer programador: o editor de texto e a shell.

Desde Sublime a Vim, Emacs a Atom, IntelliJ a BlueJ, existe sem dúvida uma agradável variedade de opções. De facto, as preferências de cada um são frequentemente a origem de discussões nas quais cada vantagem é escrutinada. Afinal, se somos nós, programadores, que fazemos todo o tipo de programas, é compreensível que as nossas ferramentas tenham alternativas para todos os gostos. Mas, independentemente da escolha de um ou vários editores de texto, ao terminal não há escapatória, ou há?

Primeiro, clarificando os termos: A shell é o programa que processa comandos e retorna informação; o terminal é a janela que corre a shell. Depois, é preciso saber qual a shell que estamos a usar. Para isso, basta executar “echo $0”. na maioria dos sistemas Unix a Bash (Bourne-again shell) vem instalada por omissão.

Pelo que tenho conhecimento, poucos são aqueles que, dentro do curso, sequer experimentaram outras opções. Por essa razão introduzo-vos Zsh (Z shell), que agrega e desenvolve funcionalidades da bash, ksh e tcsh. Seguem alguns exemplos:

• Autocomplete melhorado, fazer “cd ~/docu” <tab> é traduzido em “cd ~/Documents”. Nem sequer é preciso usar cd para mudar de diretoria.”~/Documents’ é suficiente. Já agora, ‘cuments’ <tab> também funciona;

• Usando <tab> aquando um “cd” apresenta exclusivamente pastas. Na Bash aparecem todos os documentos;

• Após inserir um comando, <up> procura comandos começados da mesma forma, ao invéns de em todo o histórico;

• Apresenta argumentos de um comando com <tab>.

No fundo, há 3 grandes razões para mudar de shell:

• Tudo o que funcionava na Bash também funciona na Zsh;

• <tab> tem superpoderes;

• Facilmente customizável.

Desenvolvendo o terceiro, apesar de também ser possivel customizar a Bash para conseguir alguns dos exemplos acima mencionados, o esforço necessário seria tremendo. Por essa razão é que tiramos partido da framework “Oh My Zsh”, onde podem encontrar inúmeros plugins e templates já formulados para a vossa shell.

Procurem, experimentem, customizem, sejam preguiçosos e deixem que o software faça o vosso trabalho. No fim, partilhem.

Escrito porMartinho Aragã[email protected]

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Estamos no fim do início do ano. Janeiro passou e com ele passaram esperanças de ano novo, resoluções falhadas e inscrições em ginásios. No início do ano, a maior parte das pessoas olha para trás e, vendo os erros do passado, compromete-se a melhorar. Em janeiro acreditamos que este ano será diferente. Que este ano será especial. Que finalmente faremos o que queremos, o que devemos fazer. E quando janeiro acaba, e tudo se encontra igual, essa ilusão quebra-se, qual espelho estilhaçado. Pois boas intenções não chegam. Um momento de lucidez por entre o fogo de artifício e o champanhe de ano novo não chega para mudar as coisas.

Pudemos ver isso nestas eleições. No passado dia 24, Portugal foi às urnas. Se bem que tendo em conta que cerca de 51.27% da população não votou, não tenho a certeza de que usar a palavra “Portugal” tenha sido a escolha certa. Vou contentar-me em dizer que quase metade do país votou. Quase. E que nos diz isto? Diz-nos que apesar de todos os apelos, apesar de todos os avisos e todos os artigos publicados, a maior parte dos cidadãos da nossa nação não se dignou a usufruir do seu direito de influenciar o futuro da nação. Quer seja por ignorância, preguiça ou um qualquer estranho sentimento de vingança, a realidade é que aqueles que não votaram apenas mandaram uma mensagem com a sua inação: indiferença. São indiferentes aos resultados, aos procedimentos, às decisões. E indiferença é o que procuram indivíduos sem escrúpulos nem moral. Indiferença é o que procuram aqueles que protegem o estado triste em que o país e o mundo se encontram. Pois um cidadão indiferente não tem opinião, e sem opinião não se é nada, apenas um desenho na paisagem.

Eleições

Escrito por

/opiniões/

André [email protected]

Creio que é este o flagelo que ataca a nossa sociedade, a nossa democracia. Indiferença. Com o passar dos anos e o desenvolvimento da tecnologia, tecnologia essa que cada vez mais permite união e comunicação, mas que parece ser usada para o contrário, a sociedade moveu-se para um estado em que cada pessoa é uma concha, indiferente àquilo que não a afeta diretamente, que não lhe grite na cara. E até esse grito chegar, ficará na sua bolha, apática e com a consciência limpa. Enquanto tudo se desmorona. Enquanto guerra assola nações, injustiça avança impune, radicalismo se espalha como fogo. O bom povo Europeu só abre os olhos para o mal do mundo quando este chega às suas capitais. Apesar de ele sempre ter lá estado, nos bairros sociais, nos cantos, num qualquer noticiário à hora de jantar. À espreita, tentando fazer-nos abandonar os nossos valores e modo de vida.

Janeiro terminou, e levou consigo as esperanças de um recomeço mágico em que tudo se encontra no caminho correto. Mas ainda não é tarde. Ainda temos um ano inteiro pela frente. Ainda podemos corrigir as coisas. Ainda podemos combater a indiferença, e com isso começar a caminhar para um amanhã melhor. Não foi em janeiro que as coisas melhoraram, mas ainda temos alguns meses antes de este ano acabar. Agora cabe a todos nós usá-los. E talvez um dia olhemos para trás e digamos “2016? Bom ano, esse. Oxalá fossem todos assim”.

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/curtas/

O professor e investigador do HASLab José Nuno Oliveira foi homenageado no dia 26 de setembro de 2015 em Guimarães, com um Simpósio Festschrift, um importante livro de celebração ao investigador.

Esta homenagem é derivada à sua investigação na área de Métodos Formais e teve a participação de cerca de 65 pesquisadores a nível nacional e internacional, ex-alunos e outros funcionários da comunidade científica.

José Manuel Valença, investigador do HASLab e professor catedrático da Universidade do Minho, é, desde setembro, membro do Conselho Científico das Ciências Exatas e da Engenharia da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (CCCEE-FCT).

Os Conselhos Científicos FCT são responsáveis por prestar aconselhamento estratégico e por fornecer recomendações sobre o desenvolvimento, implementação e modificação de programas de apoio à ciência e tecnologia. As nomeações para estes Conselhos Científicos são feitas pela comunidade científica, tendo em conta a experiência, o mérito e a motivação.

É de notar que José Valença já pertenceu a este conselho cientifico há mais de 10 anos, embora na altura tinha uma organização corporativa diferente. É um dos professores catedráticos mais antigos da Universidade do Minho, licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica na Universidade Lourenço Marques (atual Universidade Eduardo Mondlane) e fez o doutoramento em Engenharia na Universidade de Oxford.

Foi em 1985, e tendo como um dos pioneiros o professor José Valença do Departamento de Informática (DI) da Universidade do Minho, que se estabeleceu a primeira ligação à Internet em Portugal, permitindo o envio de um e-mail, via modem 200 bits por segundo, entre as antigas instalações da Licenciatura de Matemática e Ciências da Computação, em Braga, e a Universidade de Manchester, no Reino Unido. O momento inicial contou também com a colaboração de vários especialistas, nomeadamente Vasco Freitas, então professor do DI.

O professor José Valença está também associado à criação da primeira homepage portuguesa, criada em 1991 na Universidade do Minho, cujo endereço (http://s700.uminho.pt/homepage-pt-html) já se encontra inativo.

José Nuno Oliveira homenageado em guimarães

Escrito por

Joana [email protected]

Primeira ligação à Internet em Portugal

Escrito porSusana [email protected]

José Valença juntou-se ao CCCEE-FCt

Escrito porSusana [email protected]

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Em julho de 1995, e sob a responsabilidade de José Valença, foi organizada no campus de Gualtar a 1ª Conferência de World Wide Web. A Universidade do Minho assume cada vez mais importância nesta área, e de acordo com José Valença “ganhou-se consistência nos conteúdos, na parte tecnológica, na qualidade de formação (...). Mais importante: adquiriu-se uma cultura própria, dentro e para fora da instituição”.

A nível mundial, foi há 25 anos, a 20 de dezembro de 1990, que o primeiro website (http://info.cern.ch/hypertext/WWW/TheProject.html) foi lançado pelo físico britânico e cientista da computação Tim Berners-Lee, considerado como o pai da World Wide Web (WWW). Por essa altura, Tim também criou o primeiro browser (WorldWideWeb), embora só tenha sido tornada pública quase um ano depois, em agosto de 1991.

A Maratona Inter-Universitária de Programação (MIUP), que decorreu a 31 de outubro de 2015 na Universidade do Porto, contou com a presença de uma equipa de três estudantes do curso de Engenharia Informática da Universidade do Minho.

Durante cinco horas, as 13 equipas participantes tiveram de resolver 10 problemas, usando as linguagens de programação C, C++ e/ou Java, com o objetivo de resolver o maior número de problemas no menor espaço de tempo.

Apesar do grande esforço e dedicação dos nossos alunos, esta edição foi ganha pela equipa da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

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MIUP 2015 - Maratona Inter-Universitária de Programação

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Joana [email protected]

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Foi há 40 anos que a primeira Licenciatura de Informática do país nasceu, mais precisamente na Universidade Nova de Lisboa. No currículo, figuravam os princípios da Eletrónica Digital, as Bases de Dados, as Programações Formais, os Autómatos, a Computação Gráfica, entre outros temas.

Em 1975, hacker era apenas um termo usado para descrever pessoas que gostavam de desmontar sistemas ou dispositivos tecnológicos. Ainda não havia cibercriminosos e não se falava de geeks.

O que se considera hoje um programa, naquela altura este estava nos cartões perfurados, que eram colocados em leitores específicos que armazenavam na memória a informação codificada com os diferentes furos, sendo que depois tudo era compilado e, se não houvesse erros, o programa era então executado.

O melhor computador do país era um DecSystem 10, que estava no Laboratório Nacional de Engenharia Civil, e não necessitava de cartões perfurados. Sendo o computador mais requisitado, os alunos eram forçados a noitadas de programação. Num dia bom, o computador conseguia fazer 12 compilações.

Enquanto os humanos trocavam de ideologias, as máquinas foram evoluindo de upgrade em upgrade. Para um universitário de hoje pode ser difícil imaginar as rotinas e limitações de um programador de há 40 anos, mas para os alunos de 1975 a questão é colocada na perspetiva inversa.

No dia 20 de novembro de 1985, a Microsoft (fundada a 4 de abril de 1975 por Bill Gates para desenvolver e vender interpretadores BASIC) apresentou ao mundo a primeira versão do Windows.

Depois de alguns anos centrados apenas no MS-DOS, surgiu o Windows 1.0, com o seu novo ambiente gráfico e os seus conceitos de janelas e aplicações. A interface gráfica obrigou a que o rato passasse a ser a forma de interagir com os sistemas operativos. Bastavam 2 disquetes, 256 KB de memória e uma placa gráfica para o sistema funcionar.

Curiosamente, foi também há 30 anos que se comercializou o primeiro computador portátil, o Toshiba T1100. Era um equipamento completamente funcional, suficientemente pequeno e leve para se poder transportar numa mochila, com 8 horas de autonomia da bateria. O seu sistema operativo era o MS-DOS da Microsoft e incluía um processador de 8 MHz, 512 KB de memória interna, uma unidade de disco flexível de 3,5 polegadas e o ecrã LCD era branco e preto. O preço ultrapassava os 4.000 euros mas ainda assim, durante o primeiro ano em que foi comercializado, venderam-se mais de 10.000 unidades.

Sistema operativo Windows 1.0 lançado há 30 anos

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Primeiros geeks de Portugal

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Joana [email protected]

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Joana [email protected]

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/área cultural/A Ponte dos Espiões

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Beatriz [email protected]

Num argumento muito bem escrito, Spielberg conduz uma história densa, na qual explora um confronto de ideologias ao mesmo tempo que faz uma recriação precisa do clima vivido nos anos 60 em solo americano. “A Ponte dos Espiões” é um filme de caráter ponderado, dedicando o tempo necessário às diferentes perspetivas que aborda e amparando-se com sucesso, tanto na qualidade do elenco como na emoção que o seu conceito, “baseado em factos verídicos”, implica.

O enredo incide no ano de 1962, onde as peças centrais do jogo são o espião soviético Rudolf Abel (uma performance arrepiante de Mark Rylance) e Francis Gary Powers (Austin Stowell). A personagem principal é o advogado James B. Donovan (Tom Hanks), que se vê “obrigado” a defender os interesses legais do espião Abel, fazendo o quanto baste para que ele tenha direito a uma representação legal de acordo com os requisitos da Constituição Americana, antes de ser julgado traidor e ser enviado para a cadeira elétrica. Contudo, à medida que o caso progride, o governo americano depara-se apenas com um problema: a integridade moral de Donovan.

Donovan é um idealista implacável, orientado para o valor das regras, consciente daquilo que elas representam, e isso dá-lhe a determinação necessária para encarar uma nação. Em plena Guerra Fria, não há nenhum cidadão americano que se digne a pensar duas vezes sobre o destino que Abel merece: pena de morte. Como tal, a determinação de Donovan em conduzir um processo enquadrado com todos os parâmetros legais começa por gerar uma revolta que depressa se transforma em caos.

Spielberg oferece a receita perfeita para uma audiência que queira emocionar-se com mais uma demonstração real de valores humanos. O argumento não deixa de acrescentar uma qualidade substancial para destacar a crueza do filme, que depende muito de uma capacidade cinemática de contar uma história sem narrador. Da mesma forma, Hanks tem uma presença brilhantemente contida, com oportunidade para momentos sérios, engraçados e tocantes, sem nunca se desenquadrar de um caráter moderado.

De um ponto de vista mais técnico, nada deverá pôr em causa o mérito de “A Ponte dos Espiões”, por conseguir destacar-se na “Oscar Season” – algo a que Spielberg já está mais do que habituado.

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A banda britânica de rock de Teignmouth, Devon, que foi formada em 1994, vai voltar a Portugal nos dias 2 e 3 de maio. Dela fazem parte três artistas: o Matthew Bellamy é o vocalista que toca tanto piano como guitarra, no baixo, teclado e como voz secundária, temos o Christopher Wolstenholme e na bateria e percussão o Dominic Howard.

O estilo de Muse é um misto de vários géneros musicais, incluindo rock alternativo, música clássica e eletrónica. Já editaram sete álbuns de estúdio e venderam mais de 17 milhões de álbuns por todo o mundo. “Drones”, o sétimo registo de originais, esteve no primeiro lugar dos tops ingleses durante duas semanas, em junho, ao mesmo tempo que alcançaram o número um da tabela norte-americana pela primeira vez na sua carreira.

De referir que em Portugal o disco entrou diretamente para o top 1 e manteve-se cinco semanas entre os três primeiros e sete semanas no top 10 de vendas.

Os Muse iniciaram uma grande digressão mundial “Drones World Tour” de apresentação do novo e tão aclamado álbum “Drones”. A banda pretende fazer vários concertos 360º por todo o mundo e uma das cidades pelas quais vão deixar marca é, precisamente, na nossa capital. A banda de rock vai regressar a Portugal em maio de 2016 e devido à elevada procura de bilhetes por parte dos fãs, o concerto dos Muse agendado para dia 2 de maio esgotou rapidamente. No entanto, a banda anunciou um concerto extra no MEO Arena para o dia imediatamente a seguir, dia 3 de maio. Serão dois dias de espetáculo e não um como seria de esperar. Como é do conhecimento geral, as digressões dos Muse têm sido descritas pela imprensa como “épicas”, “fantásticas” e “ambiciosas” e este novo espetáculo certamente estará à altura.

O desenho e configuração deste palco permitirá aos fãs uma verdadeira experiência sensorial de 360º em todos os níveis, áudio e visual.

A digressão passará ainda pelos EUA, Canadá, França, Alemanha, Áustria, Dinamarca, Noruega, Holanda, Suíça, Bélgica, Finlândia e Suécia.

Muse em lisboa

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Escrito por

Márcia [email protected]

/área cultural/

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/área cultural/Fallout 4

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No dia 10 de novembro de 2015, homens e mulheres por todo o mundo civilizado fecharam-se em casa simultaneamente. Dias de férias guardados para ocasiões importantes foram usados, doenças raras foram contraídas e aulas importantíssimas foram perdidas de forma a permitir este exílio auto infligido da sociedade. Mas porque fizeram isto estes indivíduos? Não, não foi um dia de luto por um evento terrível nem uma ocasião de depressão alargada simultânea nem é o enredo de um romance de Philip K. Dick. Foi neste dia que a grandiosa obra de arte “Fallout 4” foi lançada ao mundo, para que todos a pudessem experimentar em toda a sua glória.

Após esta lírica introdução, sem dúvida que será óbvio para o(a) Leitor(a) que este jogo é, sem dúvida, um jogo que vale a pena jogar. Sendo a sequela do aclamado “Fallout 3”, este título tinha muitas expectativas a satisfazer. Será que a companhia “Bethesda Game Studios” iria conseguir superar um dos melhores jogos da última década? Bem, superar não temos a certeza, mas no mínimo igualar conseguiram. E sendo o anterior magnífico, nada menos que magnífico está presente nesta iteração.

O jogador assume o papel de um homem ou mulher que vivia uma vida comum na década de 60 de um mundo ligeiramente diferente do nosso, onde carros possuem reatores nucleares e robôs são apenas outro eletrodoméstico, mas onde os Estados Unidos e a China Comunista estão em guerra aberta. Após criar a sua personagem, o jogador assiste ao colapso do mundo devido à aniquilação total causada pela guerra atómica entre potências mundiais, sobrevivendo o jogador e a sua familía, refugiados num abrigo contra a ameaça nuclear chamado “Vault 111”. Vários anos passam e, devido a um terrível acontecimento, o jogador volta finalmente à superfície, com uma missão em mente. Para a cumprir, terá de aprender a sobreviver neste deserto apocalíptico, onde poucos humanos sobrevivem e onde seres com mutações, devido à radiação, tornam os restos das cidades do passado em locais alienígenas e perigosos. Apenas o jogador poderá decidir o rumo da humanidade após a III Grande Guerra. O enredo deste jogo vai desde drama familiar a histórias de detetives, aos direitos de androides com verdadeira inteligência artificial e é, na opinião deste escritor, o melhor já desenvolvido num jogo da Bethesda. É uma história complexa, onde as ações têm consequências.

Visualmente, “Fallout 4” é extremamente bonito, com muita mais variedade de cores do que o seu predecessor, embora nada de novo nesta geração de obcessiva preocupação com gráficos. Este é um jogo enorme e portanto irá presenciar vários bugs, mas nada que destrua a experiência. A música é brilhante, uma mistura de grandes hits dos anos 20 e 30 e de música ambiente solene, embora seja uma pena que metade da banda sonora seja reciclada do jogo anterior. As múltiplas armas que podem ser usadas são agradáveis de usar, o som que tanto estas como os inimigos fazem é adequado e credível. Esta não é a revolução no mundo dos jogos que muitos desejavam, mas é um jogo excelente, cheio de bons momentos e de incrível profundidade. Podendo ser jogado em primeira ou terceira pessoa, o jogador pode verdadeiramente personalizar o seu tempo com este título.

Este é um RPG (roleplaying game) bastante grande, cheio de locais para explorar, personagens para conhecer e inimigos para derrotar, utilizando uma multitude de armas de fogo de extrema potência. Se quiser um jogo para relaxar, para jogar com os amigos enquanto se ri desalmado ou para dar tiros em tudo o que se mexa, então não será este. No entanto, se quiser um jogo onde possa usar mini bombas nucleares para destruir uma aldeia de mutantes verdes, decidir o futuro da humanidade juntando-se a um grupo de guerreiros quasi-religiosos ou perder-se horas sem fim na descoberta de histórias sobre a natureza da humanidade, então este jogo será para si. Quando acabar os exames, já sabe o que fazer! Boas aventuras pós-apocalípticas!

Escrito porAndré [email protected]

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/área cultural/

O livro que escolhemos para esta edição é “Norwegian Wood” (Noruwei no Mori) de Haruki Murakami. Com milhões de cópias vendidas em mais de 50 línguas diferentes, Murakami é um dos maiores escritores japoneses contemporâneos. Entre as obras mais conhecidas de Murakami estão “A Wild Sheep Chase”, “The Wind-Up Bird Chronicle”, “Kafka on the Shore” e “1Q84”. “Norwegian Wood” é

uma das suas maiores obras, tendo sido adaptado em 2010 para um filme com o mesmo nome do realizador Tran Anh Hung, sendo imensamente popular entre a juventude japonesa.

Esta apaixonante história passa-se em Tóquio, na década de sessenta, numa altura em que a comunidade estudantil japonesa se encontrava num estado de protesto e oposição aberta ao sistema educativo adotado pelas universidades japonesas.

Seguimos a vida de Watanabe Toru, um estudante universitário vindo de uma pequena vila para estudar Teatro e Literatura sem qualquer razão aparente. Como a maioria dos protagonistas de Murakami, Toru é um indivíduo aparentemente comum, de moderada habilidade intelectual e física e uma tendência para refletir profundamente em tudo o que o rodeia. Acompanhamos Toru página após página, explorando o seu dia a dia, os seus relacionamentos, as suas angústias e as suas ideias, quer sobre a literatura ocidental que tanto adora (coisa pouco comum na juventude japonesa da altura), como sobre a loja de música onde trabalha ou sobre o seu dormitório, onde todas as manhãs o ritual do levantar da bandeira nacional é efetuado. Através dele, conhecemos pessoas como Nagasawa, um cínico e elitista estudante de Diplomacia com futuro na política japonesa e uma visão niilista da sociedade moderna, Midori, uma excêntrica e simpática colega de turma que esconde os seus problemas por detrás de uma faceta alegre, “Storm Trooper”, o colega de quarto de Toru obcecado com limpeza e com cartografia, e Naoko, a antiga namorada do falecido melhor amigo do nosso protagonista, com a qual Toru partilha as memórias de um passado melhor. Explorando temas como amor, literatura ocidental, doenças mentais, medo do futuro e incerteza do presente, Murakami leva-nos numa viagem de autodescoberta através das vivências de Toru, que nos confidencia os seus pensamentos sobre a sua comum, porém algo atribulada, vida. Como em todos os seus livros, Murakami adota um estilo melancólico e nostálgico, com escrita relativamente simples e acessível, sendo porém a mensagem altamente complexa. Uma história sobre maturidade, solidão e a dificuldade de encontrar um rumo, este é sem dúvida um livro a não perder, e uma perfeita introdução para a obra deste incrível escritor.

“Norwegian Wood” - Haruki Murakami

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Escrito por

André [email protected]

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Só-tiras

Parcerias

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Próxima do Campus da Universidade do Minho, a Tasquinha Bracarense é um espaço de convívio universitário, referência na cidade de Braga. Com uma decoração rústica-moderna e uma cozinha de tempero muito especial, a Tasquinha Bracarense proporciona o ambiente ideal para jantares de convívio ou para uma refeição mais privada. Ao apresentares o teu cartão de sócio podes usufruir de um almoço na Tasquinha Bracarense 3 ou de jantar em qualquer das tasquinhas a 3,5€ (sopa, prato, bebida).

A Nuguelmusic, academia fundada em 2008, disponibiliza o ensino da música e de artes de espetáculo. Para além da música, leva a dança, teatro, expressão dramática e outras atividades como artes marciais e yoga Tibetano a todas as faixas etárias, sem discriminação de experiência, idade ou nível. Tenta proporcionar ao aluno a mais rica experiência possível e tendo sempre em conta as necessidades específicas de cada um. Forma os alunos com a preocupação de que possam aplicar os seus conhecimentos num possível futuro artístico. Ao apresentares o teu cartão de sócio podes usufruir de um desconto de 5€ em todas as atividades existentes nas instalações.

Escrito por

Paulo [email protected]

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/diversos/Notas

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