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revista

Lo gwebreferncia em logsticaFoto: Suzano

Logstica hain Supply C imodal Mult Exterior Comrcio tao Movimen agem Armazen tomao Au em Embalag

| www.logweb.com.br | edio n84 | fevereiro | 2009 |

Sistemas para armazenagem

A logstica do setor de papel e celulose

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revista

referncia em logstica

Publicao mensal, especializada em logstica, da Logweb Editora Ltda. Parte integrante do portal www.logweb.com.br Redao, Publicidade, Circulao e Administrao: Rua dos Pinheiros, 240 - conj. 12 05422-000 - So Paulo - SP Fone/Fax: 11 3081.2772 Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582 Redao: Nextel: 11 7714.5381 ID: 15*7949 Comercial: Nextel: 11 7714.5380 ID: 15*7583

Sete anos de revista LogwebPrimeiramente, agradecemos ao grande nmero de mensagens recebidas nos cumprimentando pelo novo formato da revista. Algumas reproduzimos abaixo, porm, a grande maioria ficou de fora da nossa Palavra do leitor por falta de espao. Realmente, so manifestaes como estas que nos inspiram a fazer o melhor a cada dia. Tambm destacamos que esta edio marca o stimo aniversrio da revista Logweb tambm j recebemos vrias manifestaes de carinho por esta data. E novamente agradecemos. Foram sete anos de rduo, mas de gratificante trabalho, que acabou sendo recompensado de vrias formas, como recebimento de prmios, aceitao e reconhecimento plenos por parte do mercado. Ainda a respeito desta edio, vale notar que ela inclui amplas matrias: sistemas para armazenagem, baterias tracionrias, carregadores de baterias e a logstica no segmento de papel e celulose. As matrias sobre baterias e carregadores vm no rastro da grande cobertura do mercado de empilhadeiras que publicamos na edio passada, e que j se tornou um sucesso editorial. Alm disso, esta segunda edio de 2009 marca a volta de nossas entrevistas, que j provocaram grandes agitaes no mercado e despertaram grande interesse. Destaques tambm aqui so as matrias sobre a Delegao Brasileira que visitou a Promat Show 2009, sobre o peso da carga tributria nas operaes logsticas, a recuperao do Porto de Itaja e o desempenho do setor de Operadores Logsticos. Isto sem desmerecer as outras matrias.

Editor (MTB/SP 12068) Wanderley Gonelli Gonalves [email protected] Assistentes de Redao Carol Gonalves [email protected] Andr Salvagno [email protected] Diretoria Executiva Valeria Lima [email protected] Diretoria Comercial Deivid Roberto Santos [email protected] Marketing Jos Luz Nammur [email protected] Fabia Helena Allegrini Pereira [email protected] Administrao/Finanas Lus Cludio R. Ferreira [email protected] Projeto Grfico e Diagramao Ftima Rosa Pereira Representantes Comerciais: Nivaldo Manzano Cel.: (11) 9701.2077 [email protected] Paulo Csar Caraa Cel.: (11) 8193.4298 [email protected] Selma Martins Hernandes Cel. (11) 9676.1162 [email protected] Os artigos assinados e os anncios no expressam, necessariamente, a opinio da revista.

Wanderley Gonelli Gonalves Editor

Palavra do leitorCorreo Com relao matria Fabricantes: com crise, sem crise, h avano, publicada pgina 6 da edio n 83, recebemos o seguinte e-mail: O ano de 2008 fechou com 14.800 mquinas vendidas no Brasil, mas no pela Nacco, isso foi na indstria brasileira como um todo. A expectativa para 2009 de 11.500 para a indstria brasileira. Triana M. Bertoni Vendas Yale Felicitaes Parabns pela nova cara da revista Logweb. Fico muito feliz com o sucesso de vocs. Jos G.Vantine Vantine Solutions Parabenizo toda a famlia Logweb pelo excelente trabalho desenvolvido para o novo formato da revista, que a cada dia caracteriza-se como uma fonte de consulta absolutamente indispensvel para os profissionais que atuam no segmento logstico. Eugenio Celso R. Rocha Consultor e Instrutor em Logstica, Movimentao Industrial de Materiais e Segurana do Trabalho

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Editorial

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Entrevista ANTAQ: Jos Alex Botlho de Oliva faz uma anlise do setor aquavirio ............. 6 Especial Revista Logweb completa sete anos ........... 10 Sistemas para armazenagem Verticalizar economizar ..............................12 Mercado de trabalho Esto faltando profissionais qualificados em logstica ............................. 20 Empilhadeiras Baterias tracionrias: otimismo em 2009 ... 22 Carregadores de baterias: dificuldades em 2009 ................................... 26 Garfos so a especialidade da MSI-Forks .. 28 Evento Delegao brasileira visita a Promat Show 2009 .................................... 30 Furges, vans e caminhes Ford lana a linha Transit ............................. 34 Volvo lana o pesado FM 11 litros............... 34 Iveco lana o semipesado Tector ................. 35 Rastreamento 3T Systems tambm atua no mercado de rastreamento, monitoramento e telemetria ...36 Negcios Master Minds investe em fuses e aquisies no setor de logstica ............... 37

Alimentos & Bebidas Petiscos Da Bavria para o varejo brasileiro: Nutty Bavarian ..................................... 42 Logstica & Meio Ambiente Lwart A logstica a servio do rerrefino de leo lubrificante .............. 44 Multimodal Papel e Celulose A logstica da madeira entrega .................. 46 Tributos O peso da carga tributria nas operaes logsticas................................ 50 Negcios Contratos logsticos: outsourcing ou terceirizao? ....................... 52 Modais Crescem as divises de cargas areas e rodovirio internacional da Expresso Araatuba .................................. 53 Recuperao Porto de Itaja volta a operar como antes at o fim de fevereiro ................ 54 Centro de Distribuio Exata Logstica amplia atuao em MG ....... 55 Operadores Logsticos Para crescer, Atlas aposta no CD de Contagem, MG .................................... 49 Um balano do desempenho do setor ............ 56

Notcias Rpidas

.................. 38

Negcio Fechado .................. 40

Agenda de eventos .............................. 58

Sumrio

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Entrevista

ANTAQ: Jos Alex Botlho de Oliva faz uma anlise do setor aquavirio

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riada pela Lei n 10.233, de 5 de junho de 2001, a Agncia Nacional de Transportes Aquavirios ANTAQ (Fone: 61 3447.1651) uma entidade integrante da Administrao Federal indireta, vinculada ao Ministrio dos Transportes. Ela tem por finalidades: implementar, em sua esfera de atuao, as polticas formuladas pelo Ministrio dos Transportes e pelo Conselho Nacional de Integrao de Polticas de Transporte CONIT, segundo os princpios e diretrizes estabelecidos na Lei n 10.233; e regular, supervisionar e fiscalizar as atividades de prestao de servios de transporte aquavirio e de explorao da infraestrutura porturia e aquaviria, exercida por terceiros, com vistas a garantir a movimentao de pessoas e bens, em cumprimento a padres de eficincia, segurana, conforto, regularidade, pontualidade e modicidade nos fretes e tarifas, harmonizar os interesses dos usurios com os das empresas concessionrias, permissionrias, autorizadas e arrendatrias e de entidades delegadas, preservando o interesse pblico, e arbitrar conflitos de interesse e impedir situaes que configurem competio imperfeita ou infrao contra a ordem econmica. Com base neste amplo campo de atuao, Jos Alex Botlho de Oliva, superintendente da navegao interior SNI da ANTAQ, faz uma avaliao do setor. Mas, antes, preciso destacar que Oliva doutorando na USP (Engenharia Ocenica), mestre em Engenharia Ocenica pela COPPE/UFRJ, com especializao em transportes, engenheiro civil e

de transportes pela Universidade de Braslia UNB e ps-graduado em Curso de Macro-economia pela Universidade de Braslia/ Universidade de Oxford; Curso de Altos Estudos de Poltica e Estratgia CAEPE; e Curso de Segurana e Desenvolvimento Nacional pela Escola Superior de Guerra ESG. professor convidado da Fundao Getlio Vargas do FGV Management. Foi Assessor do Ministro dos Transportes por dois anos, alm de Secretrio de Transportes Aquavirio e Secretrio de Fomento no Ministrio dos Transportes.

mesmo, pegam o telefone e ligam para o caminhoneiro. Falta uma disposio maior em usar o modal hidrovirio. No usa porque desconhece, tem medo de usar, ento, por isso, no se usa como deveria enquanto o custo logstico comparando hidrovia, ferrovia e rodovia, a hidrovia muito mais eficiente energeticamente e antipoluente.

Logweb: Por que faltam investimentos profundos no modal aquavirio?Oliva: Porque a demanda e a cobrana da sociedade esto voltadas para as rodovias. Ento, os empresrios e a sociedade como um todo s enxergam o modal rodovirio. Por falta de conhecimento do modal, no exigem das autoridades uma maior ateno sobre o hidrovirio, que acaba ficando esquecido. O que tem mudado que, nos ltimos anos, o prprio governo tem tomado aes para mudar esse cenrio, como a ANTAQ, criando a Superintendncia de Navegao Interior, estimulando, fazendo normas, interagindo com o setor empresarial e os sindicatos para fortalecer a atividade e tirar a ignorncia sobre o tema hidrovia. Em 2007, fizemos 12 seminrios, em 2008, 4 e agora, em 2009, realizaremos um novo seminrio de mbito internacional para mostrar para a sociedade a importncia que o modal tem para o Brasil.

Logweb: Quais as aes que devem ser tomadas pelo governo e pelas empresas privadas para aumentar a participao do modal hidrovirio na matriz de transportes no Brasil?Oliva: Do governo, a disposio de investir recursos para retirar os gargalos que dificultam o uso do modal. Exemplo: o rio que tem barragem, e no se constroem as eclusas para fazer a transposio, o que impede a navegao de ter um fluxo melhor, mais eficiente, porque h uma barreira, que a transposio da barragem. Se no tiver eclusa, a hidrovia no funciona 100%, ento, se cria um impedimento. O governo j est estudando que todas as construes de hidreltricas daqui para a frente sejam dotadas de eclusas para que no haja impedimento do uso das hidrovias. Por parte do empresariado, eles j vm fazendo investimentos. O crescimento no setor hidrovirio por conta da iniciativa privada muito grande. No temos estatsticas confiveis, mas, pelo contato que temos na Superintendncia com os sindicatos e a federao, estimamos que, de 2006 a 2008, o setor hidrovirio cresceu 15%. muito significativo.

Logweb: Por que, apesar do grande potencial da malha hidroviria brasileira, o modal aquavirio tem participao de apenas 13% e o hidrovirio, isoladamente, 3%?Oliva: O fato que se ignora o transporte hidrovirio no Brasil. Como h um conhecimento maior do transporte rodovirio, ningum verifica outras possibilidades de transporte, como o caso da hidrovia, da ferrovia. S que esse cenrio no Brasil est mudando nos ltimos cinco anos. Na verdade, o que falta uma ao forte para que se use mais a hidrovia. Todos falam que a hidrovia muito boa, mas na hora

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Logweb: Quais as vantagens econmicas do investimento neste modal, especialmente para o transporte de cargas?Oliva: Na verdade, isso custo logstico, aquela equao famosa dos transportes: para transportar uma tonelada por quilmetro na hidrovia, voc gasta 1, na ferrovia, 4 e na rodovia, 8. Essa a proporo: 1:4:8. Isso em termos comparativos de frete e de combustvel. Claro, h distores, mas apenas em casos especficos, a depender da localizao, da fluidez, do tipo de mercadoria. Mas 1:4:8 uma referncia geral. H outras vantagens econmicas para o Brasil, como o investimento para implantao. Voc hoje no constri hidrovia, voc melhora as condies de navegabilidade de um rio, deixa de ser um rio natural para ser uma hidrovia, porque ela tem sinalizao, balizamento, tem que fazer limpeza do canal, dragagem, rebocar rochas submersas no rio. Neste investimento, para implantar condies seguras de navegao numa hidrovia, se gasta R$ 40 mil. Para construir 1 km de rodovia, o preo mdio R$ 600 mil e, para 1 km de ferrovia, voc gasta R$ 1,2 milho. Em termos econmicos, a hidrovia um investimento muito mais inteligente para o pas.

para a terra, que ser transportada por um modal terrestre, que pode ser o rodovirio e o ferrovirio. Ento, esse ponto um ponto de intermodalidade. Multimodalidade quanto voc pega uma carga do ponto A ao ponto B e usa, nesse trajeto, mais de um modal diferente de transporte. Voc vem de caminho, passa pela hidrovia, vai at um porto, a voc est fazendo multimodalidade. A multimodalidade importante porque permite que haja essa fluidez, pontos de troca. Quanto mais houver essa troca entre os modais, mais eficiente fica sua cadeia logstica, porque em determinadas situaes, o rodovirio mais eficiente, o ferrovirio mais eficiente e, na maioria dos casos, o hidrovirio mais eficiente. Depende de que tipo de carga, no se pode generalizar. E o ponto de intermodalidade estratgico porque permite esse uso logstico eficiente dos vrios modais.

Logweb: Quais cargas so mais indicadas ao transporte aquavirio? Por qu?Oliva: Na verdade, todas as cargas so passveis de serem transportadas por hidrovia. Algumas mais, outras menos. As mais usadas, principalmente no Brasil, so os granis slidos e lquidos. Carga geral tem em menor proporo que o granel. Mas no mundo todo, isto est mudando. A carga geral est sendo continerizada. E hoje, no Brasil, voc j tem algumas hidrovias, como a do Madeira, que transporta comboios com contineres. A tendncia mundial essa. A carga com vocao, que tem mais ganho, por ter maior valor agregado, o minrio. So grandes volumes, transportados por longa distncia, com peso intrnseco baixo. O frete no pode ser maior que o valor do produto. Por isso, o minrio tem uma vocao natural para a hidrovia e a ferrovia. Transportar qualquer tipo de minrio por caminho a longas distncias impraticvel. Essa uma carga que tem

Logweb: D exemplos de como a multimodalidade pode melhorar o desempenho no transporte de cargas.Oliva: Primeiro tem que se entender o que intermodal e o que multimodal. Intermodal o ponto onde voc faz a conexo entre modais. Voc tem um terminal hidrovirio na beira de um rio, aquele um ponto de intermodalidade, porque voc chega pelo modal aqutico, a hidrovia, passa a mercadoria

vocao para transportes mais eficientes, de grandes volumes a grandes distncias e por isso se presta mais ao transporte por hidrovia, martimo e ferrovirio. O gro, da mesma forma. Se bem que, no Brasil, se faz muito transporte de gros por caminho, haja vista Santos e Paranagu, no pico da safra, aquelas filas enormes nos portos, congestionamentos e outros problemas. Esta carga, naturalmente, tem vocao para os modais hidrovirio e ferrovirio, e no rodovirio. O rodovirio seria somente as pontas, para retirar das fazendas e levar para um terminal intermodal, transferir para a hidrovia ou para a ferrovia. Isto j feito no Brasil. O transporte de gros sai do interior de Gois, do Mato Grosso, vai at So Simo, de l segue na hidrovia at Pederneiras e de l passa para a ferrovia e vai at Santos. Voc tem a um transporte multimodal do gro. A tendncia que isso cresa em vrios estados do Brasil. Outro grande exemplo a prpria hidrovia do Madeira. A produo de gros do Mato Grosso vai para Porto Velho de caminho, cerca de 700 km de caminho, alto ainda, mas tem seus ganhos de logstica, chega a Porto Velho, transbordada para os comboios, da ordem de 40 mil toneladas, vai at Itacoatiara, transferida para navios martimos e exportada. Essa logstica propicia reduo de custos em torno de 40 a 60%, a depender da poca e do custo do frete, se comparada com um caminho sado da Chapada dos Parecis, no Mato Grosso. Em vez de ir para Porto Velho, se for para Paranagu ou Santos, 60% mais caro do que a logstica no Madeira. Est demonstrada a eficincia.

que di no bolso a falta de recursos, que a gente precisa ser mais eficiente. E a o custo logstico passa a ser uma alavanca para vencer essa crise e pode vir a fortalecer o uso das hidrovias no Brasil.

Logweb: Quais as aes da ANTAQ para este ano, visando melhoria do segmento?Oliva: Ns temos o seminrio internacional, que uma forma de divulgar e conscientizar para tirar a ignorncia sobre o setor, mostrar a eficincia e o que se faz com hidrovia no mundo. Por isso, estamos fazendo o terceiro seminrio internacional. O primeiro foi com a Blgica, o segundo com os Estados Unidos e este agora, com a Holanda. A Holanda um dos pases europeus mais eficientes no transporte fluvial, tem um know-how e uma tecnologia fantstica. Por isso, estamos trazendo os holandeses para um seminrio no Brasil, para discutirmos esse conhecimento e eles possam nos ajudar a mostrar para a sociedade brasileira e para as empresas a importncia que o transporte hidrovirio tem na Europa e tirar a ignorncia que ainda reina no setor para fazer essas comparaes econmicas. Mostrar o quanto o setor hidrovirio eficiente dentro de uma cadeia logstica. Ele no pode ser pensado isoladamente, tem de ser pensado numa cadeia produtiva, porque ele parte de uma logstica maior e tem de estar integrado ao rodovirio, ao ferrovirio e ao martimo. A hidrovia um segmento muito forte dessa logstica. Na Europa toda, a hidrovia representa algo em torno de 30% na movimentao de carga. Ns estamos aqui com 3%, precisamos ir a 30%, temos muito espao para crescer. q

Logweb: Quais as consequncias da crise econmica mundial para o setor?Oliva: Ns, do setor hidrovirio, vemos isso como uma grande oportunidade, porque num momento de crise

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Especial

Revista Logweb completa sete anosPara alguns, um nmero cabalstico. Para ns da Logweb, sete anos representam a satisfao pelo acerto no desenvolvimento de um projeto ousado para a sua poca de criao e que acabou se constituindo em referncia na rea de logstica.Mas, a histria da Logweb anterior da criao da prpria revista. Tudo comeou com um projeto da Valria, recm-chegada do Rio de Janeiro (final de 98). Sabendo dos pontos fortes e fracos do mercado logstico, ela comea a delinear o seu grande sonho: um Portal de Logstica, o Portal Logweb. Sem recursos, mas com muita vontade e muito trabalho, conseguiu reunir profissionais que, juntos, abraaram a mesma ideia ambiciosa e at maluca e impossvel para alguns, e conseguiram transformar esse sonho em realidade, no sem antes trocar por trs vezes toda a sua equipe de trabalho. Fiz parte da 1 equipe da Logweb, estruturada pela Valria, quando ainda s tnhamos o site. Sa no final de 2001 para outros desafios. Em setembro de 2003, recebi o convite para retornar e aceitei de imediato, pois achava o projeto muito bom e, como se pode notar, no me enganei, diz Lus Cludio Ravanelli Ferreira, hoje gerente administrativo/financeiro da Editora. A partir da, os profissionais citados fizeram o Portal deslanchar com clientes de alto nvel prestigiando o seu contedo, justamente quando ningum ainda acreditava neste caminho para a rea de logstica.

Da esquerda para a direita: Gonalves, Valria, Nammur e Santos, por ocasio do recebimento de um dos prmios

RefernciaComo se pode notar, fizemos exatamente o caminho inverso: lanamos a revista em papel aps dois anos de existncia do Portal. E isto acrescentou revista uma linguagem diferenciada para a poca, e hoje adotada nas outras publicaes do setor: reportagens e matrias curtas, sucintas, com a linguagem de internet. Isto se tornou rapidamente um referencial, considerando que, hoje, a necessidade de se obter um grande nmero de informaes em pouco tempo fator primordial, ante a competitividade instalada no mercado. Mais um fator que colaborou para a revista se tornar referncia em logstica foi a sua total imparcialidade, o que nos permite enfocar o setor de maneira ampla e, ainda, buscar pautas diferenciadas. Todo este empenho j nos rendeu quatro prmios, tanto pela revista, quanto pelo portal. O primeiro, em setembro de 2003, foi conferido pela Jamef Transportes, pela qualidade na prestao de servios jornalsticos e na contribuio na obteno e divulgao de informaes do segmento de transportes. O segundo prmio, tambm de jornalismo, veio em novembro de

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ete anos se passaram desde que quatro profissionais com amplo conhecimento em suas respectivas reas de atuao se reuniram: Valria Lima, especialista em marketing e com amplo conhecimento do setor, e que hoje tambm responsvel pela parte administrativa da Editora Logweb, que abrange as duas mdias; Wanderley Gonelli Gonalves, jornalista com atuao no setor de logstica desde 1979 e, desde o incio, editor da revista e do portal; Deivid Roberto Santos, um expert em comercializao e vendas e tambm com atuao anterior no nosso segmento, sendo, hoje, diretor comercial; e Jos Luiz Nammur, veterano publicitrio com larga experincia em marketing, e o responsvel por este setor dentro da Logweb. Deste ncleo nasceu a revista Logweb, ento com o nome de Jornal Logweb e em formato germnico.

Ferreira: Fiz parte da 1 equipe da Logweb, quando ainda s tnhamos o site, e depois retornei

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2006: o da ANTF Associao Nacional dos Transportadores Ferrovirios. Em seu 2 Prmio, a entidade concedeu Logweb o Prmio de Jornalismo na categoria Publicao Imprensa Especializada, pela matria Transporte Ferrovirio: setor cresce, mas precisa de ateno, publicada na edio 53, de julho daquele ano. O outro reconhecimento veio em dezembro de 2004, por parte da ABML Associao Brasileira de Movimentao e Logstica. O editor da revista recebeu o Prmio ABML de Logstica como Profissional de Imprensa na Categoria Portal de Logstica. O quarto prmio veio em 2008, tambm pela ANTF. Participando da quarta edio do Prmio, a Logweb recebeu o Prmio de Jornalismo novamente na categoria Publicao Imprensa Especializada, pela matria Modais ferrovirio e rodovirio esperam mais do PAC, aps um ano, publicada na edio 74, de abril de 2008.

DiversificaoMas, falando em Logweb como Editora, e em funo do sucesso alcanado com as mdias, tambm foram dados outros passos. A Logweb apoiou a realizao de vrios eventos envolvendo os profissionais do setor desde os Encontros de Logstica em 2004 at a delegao brasileira, promovida pelo Consulado dos Estados Unidos em So Paulo, em visita Promat, realizada em janeiro ltimo, passando por parceria com instituies de ensino, associaes de classe e outras entidades. Mais recentemente, em 2007, em parceria com a Editora Frota&Cia., foi lanado o Prmio Top de Transporte, que, na edio de 2008, foi dado s 80 melhores empresas do transporte rodovirio de cargas nos setores qumico, automotivo, farmacutico e de

O mais interessante que este segundo Prmio ANTF foi ganho pela nossa assistente de redao Carol Gonalves, cursando o terceiro ano de jornalismo, o que demonstra que j estamos criando as nossas feras em logstica e dando prosseguimento ao nosso rduo, porm gratificante, trabalho de difundir a logstica no Brasil com seriedade e profissionalismo, afirma o editor da revista e do portal.

perfumaria/cosmticos eleitas pelo mercado. Novamente, a seriedade, a ousadia e a criatividade marcaram este prmio que, em apenas dois anos, j se tornou referncia no mercado. E vem mais por a. Afinal, ficar parado no do feitio da Logweb, e seus dirigentes esto buscando novas parcerias, novas propostas, novos trabalhos. Tudo isto visando levar aos leitores o melhor em logstica, seja do lado jornalstico, seja do lado comercial. Afinal, como diz o diretor comercial: a Logweb j nasceu com objetivos ousados e, para minha felicidade, fui incumbido de ser o elo que ligaria os anunciantes aos nossos futuros leitores, que levariam essas empresas a serem lderes de seus segmentos, e, claro, levariam a Logweb a ser um dos principais veculos de mdia segmentada do Brasil. q

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Sistemas para armazenagem

Verticalizar economizarCom a verticalizao dos armazns, pode-se aproveitar melhor o espao disponvel e economizar tempo, otimizando o processo logstico de movimentao e armazenagem de materiais. Subir a melhor soluo. o que demonstram professores de logstica, fabricantes de sistemas e estruturas e seus clientes nesta matria especial.

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esponda rpido: qual um dos principais problemas das grandes cidades, que tanto atrapalha a rapidez da logstica? Na ponta da lngua: a quantidade de veculos! Pensando de maneira futurstica, uma soluo seria verticalizar o trnsito. Imagine carros voando nesta grande quantidade de cu, ou apoiados em trilhos suspensos... Deixando o sonho de lado e pensando no conceito, a verticalizao uma boa soluo para problemas logsticos. o que acontece no segmento de sistemas e estruturas de armazenagem: a tendncia subir, crescer para cima, ou seja, verticalizar os armazns. Para os professores da Universidade de Taubat (Fone: 12 3625.4100), Jos Luiz Gomes da Silva e Miroslava Hamzagic, que tambm atua na Poli/USP e na empresa TCA Tecnologia em Componentes Automotivos (Fone: 12 3686.2600), algumas vantagens da verticalizao so indiscutveis, como a reduo de rea, que em longo prazo significa reduo de custos pela padronizao de todos os recursos utilizados na armazenagem e na movimentao dos produtos naquele local. Verticalizar obriga-nos a otimizar as operaes, pois ganhar por um lado no pode significar perder por outro, explicam. J o professor de logstica da Faculdades Energia, de

dimenses e diminuir a utilizao de terreno, aumentando os espaos aproveitveis e, portanto, reduzindo os custos por metro ocupado. Uma vez obtendo um sistema bem planejado, aumenta-se a eficincia de estocagem e a rapidez na separao e expedio de mercadorias, explica. Por sua vez, Rodrigo Saad Rodrigues, coordenador de logstica da Autoliv do Brasil (Fone: 12 2125.1136) e professor universitrio, conta que a verticalizao tem como principal vantagem o ganho em armazenamento, ou seja, a possibilidade de utilizao do espao areo, passando da condio de metros quadrados para metros cbicos. Todavia analisa ele algumas outras vantagens so vistas em segundo plano, quando na verdade deveriam ser analisadas em paralelo ao projeto de implantao, como organizao,

O projeto deve representar a situao imediata e, tambm, prever expanso Florianpolis, SC (Fone: 48 3244.8407), Otvio Luiz Gapski, comea explicando que a grande questo relacionada aos investimentos logsticos envolve os custos, ou seja, quais benefcios a empresa ter com estes investimentos. Para ele, a verticalizao, apesar da necessidade de investimentos e planejamento adequados, permite ocupar espaos nas trs

Alexandre, da Savik: um bom projeto vai direcionar o cliente para a compra correta dos equipamentos

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Siga o manual e o fabricantePara orientar o mercado sobre a melhor maneira de utilizar e conservar os equipamentos de movimentao e armazenagem de materiais, a revista Logweb entrevistou alguns dos fabricantes, como Marcelo Medeiros, gerente comercial da Engesystems (Fone: 21 3457.9000), que deram preciosas dicas. Ele diz que no momento da compra, o melhor contar com a parceria do fornecedor para a especificao do equipamento adequado s necessidades operacionais de uso: carga, dimenses e acabamento pintado para equipamentos abrigados, galvanizado eletroltico quando expostos ao tempo e galvanizado a fogo quando expostos a ambientes agressivos (por exemplo, maresia) ou utilizados em cmaras frias ; e usar protetores para colunas e montantes de estruturas portapaletes, evitando o impacto das empilhadeiras. Na utilizao, Medeiros sugere no exceder a carga e respeitar as demais condies de uso para o qual o equipamento foi construdo, alm de orientar/ treinar os operadores com relao aos cuidados e s caractersticas de uso do equipamento.

Como qualquer imposto cobrado pelo m e no pelo m, a verticalizao se torna vivel separao, acessibilidade, segurana, localizao, limpeza, durabilidade, customizao, padronizao e segregao. Celso Queiroz, diretor de logstica da Rapido Cometa (Fone: 0800 2822282), expe que, no caso da verticalizao, a preferncia por prdio com p-direito acima dos 12 m. Para um bom aproveitamento do m dos armazns, existem vrios tipos de estruturas de verticalizao, como: portapaletes (mais comuns), racks, drive-in, cantilevers, mezaninos e autoportantes, alm do blocado, no qual no existe necessidade de equipamentos, alm do prprio palete de carga, explica. Segundo o profissional, to importante para a otimizao de espao como as estruturas de verticalizao so os equipamentos, como empilhadeiras (a combusto e eltricas) e selecionadoras de pedidos, disponveis em modelos adequados para cada tipo de produto e operao. A verticalizao permite que a carga fique protegida de danos quando armazenada de forma correta e simplifica as operaes de abastecimento e separao de pedidos, completa Luiz Antnio Claudino, gerente comercial de armazenagem da Artmveis (Fone: 19 3851.7650).

Ponto importante tocado por Afif Miguel Filho, diretor industrial da Scheffer Logstica e Automao (Fone: 42 3239.0700), se refere manuteno preventiva, a fim de evitar gastos excessivos com estragos maiores e falhas no equipamento que afetem a segurana dos funcionrios. Se os equipamentos forem utilizados adequadamente, desempenharo sua funo corretamente dentro dos padres estabelecidos de acordo com a utilizao para que foram projetados, declara. E falando em uso correto, Flvio Piccinin, gerente de vendas da Isma (Fone: 0800 554762), cita os trs principais motivos de danos s estruturas em curto prazo: equipamentos de movimentao incompatveis com o corredor operacional, causando colises nas colunas; peso do produto armazenado no coincidente como determinado em projeto; e modo inadequado para acomodao do produto armazenado sobre o plano de carga. Em mdio e longo prazo, elenca a incompatibilidade do sistema protetivo da matriaprima utilizada para a construo: por exemplo, a armazenagem de produtos corrosivos.

Sadia: estruturas estocam resfriados e hidrogenadosNo CSS Centro de Servios Sadia (Fone: 0800 7028800) so utilizadas estruturas de armazenagem com 11 nveis (32 metros de altura), que suportam aproximadamente 1.400 kg, totalizando cerca de 40.000 posies paletes. Elas estocam produtos congelados, resfriados e hidrogenados.

Opata: antes de comprar, visitamos outras instalaes

H uma grande variedade de sistemas, desde estantes at armazns completamente automatizados

Everton Opata, especialista de manuteno do CSS, conta que a Dematic responsvel pelo fornecimento das estruturas. A escolha se deu devido ao reconhecido know-how que possui em sistemas verticais e tambm pela confiabilidade do equipamento, tanto do sistema eletrnico quanto dos componentes mecnicos, gerando um baixo nvel de intervenes da equipe de manuteno. Antes de comprar, visitamos outras instalaes, explica. Para ele, um bom projeto de armazenagem importante pelo dimensionamento correto da capacidade para o longo prazo, pela definio do layout ideal e pela garantia de alta produtividade com baixos custos. Sobre as vantagens da verticalizao no CSS, Opata cita: preservao dos colaboradores da exposio a baixas temperaturas, alta disponibilidade do equipamento, atendendo a pedidos no prazo, acuracidade nas informaes, garantia de controle de estoque, baixo ndice de avarias e perdas e garantia da manuteno da temperatura.

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Exemplo de um projeto de armazm para o segmento de autopeasDimenses da rea: Largura: .............. 19,75 m Comprimento: ......... 20 m Altura til: ................. 7 m M2: ................................................ 395 M3: ........................................... 2.765 Dimenses dos paletes: Largura: ..................... 1 m Comprimento: ...... 1,20 m Altura mxima: ......... 1 m M2: ............................................... 1,20 M3: ............................................... 1,20 Anlise atual: Posies de paletes no cho: .................... 300 Posies de paletes na prateleira: .............. 60 Total de posies possveis: .................. 360 Pontos positivos: Grande espao livre; Espao para sala fechada; Facilidade para limpeza. Pontos fracos: Falta de ruas para a empilhadeira; Dificuldade de acesso a todos os paletes; Ociosidade do espao areo; Desorganizao de estocagem; Problemas de localizao; Incapacidade de empilhamento. Anlise de projeto: Posio de paletes no cho: ..................... 0 Posio de paletes na prateleira: .......... 430 Total de posies possveis: .................. 430 Pontos positivos: Facilidade para limpeza; Criao de ruas para a empilhadeira; Facilidade de acesso a todos os paletes; Aproveitamento do espao areo; Maior organizao de estocagem; Facilidade de localizao; Total possibilidade de empilhamento. Pontos negativos: Perda do espao livre; Retirada da sala fechada para bancada; Dificuldades para limpeza; Custo de implementao.Fonte: Autoliv do Brasil

Projeto de armazenagem essencial para definir-se quais produtos devero ser armazenados Boas recomendaes d, por sua vez, Rodrigues, da Autoliv. Ao se realizar a aquisio, por compra ou locao, de equipamentos de movimentao e armazenagem de materiais, o consumidor deve questionar sobre a manuteno do equipamento, seus limites de utilizao e seus requisitos de preveno. Como exemplo, cita que na aquisio de uma estrutura portapaletes, o consumidor deve estar atento ao piso onde ser instalada, a

altura a ser colocada, a atual iluminao (se precisar de mudana), as portas de sada de emergncia, os pontos dos extintores e mangueiras, as portas e portes de acesso para mquinas e pedestres, atual e posterior modo de movimentao de materiais (fluxo), quantidade de equipamentos em operao na rea, peso dos materiais a serem guardados e sistema de gerenciamento de estoque (WMS) utilizado ou a ser implantado.

Estas so s algumas das questes a serem respondidas e discutidas entre o consumidor e fornecedor. Aps as respostas, devero ser decididas as manutenes preventivas, peridicas e reativas, de modo a manter sempre em boas condies os equipamentos e mquinas, expe. J Francisco Luis Bertolini Neto, gerente comercial da Bertolini Sistemas de Armazenagem (Fone: 54 2102.4999), resume: o consumidor deve se

orientar pelas normas tcnicas existentes e/ou pelas informaes repassadas pelos fabricantes das estruturas. Estes tm o dever de informar de que forma o cliente deve utilizar e conservar os equipamentos. Fabio Elias, gerente comercial da DH Systems (Fone: 11 4990.0266), concorda: preciso contar com o respaldo tcnico dos fabricantes dos equipamentos, os quais apresentaro as melhores opes para armazenamento.

Vantagens da verticalizao Acesso direto smercadorias;

Vantagens da verticalizao Ganho de metrosquadrados de rea;

Aumento dacapacidade de estocagem;

Crescimentoflexvel, modulado e previsvel;

Aproveitamentodo espao horizontal, possibilitando expanso de rea produtiva e economizando na construo de um novo prdio;

Aumento daeficincia de armazenagem;

Economia de tempocom as movimentaes internas;

Ganho nooperacional como um todo, podendo significar maior faturamento;

Aumento da velocidade da operao;

Facilidade nomanejo dos itens armazenados, uma vez que o item vem ao homem, e no o homem ao item (no caso de armazns automatizados);

Liberao de espaopara rea produtiva;

Corretadisponibilidade dos produtos, facilitando o gerenciamento dos estoques;

Atendimento aqualquer tipo de pedido;

Maioraproveitamento do espao disponvel, utilizando o pdireito do galpo

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TGestiona: modelos especficos de estanteriasNa maioria dos armazns da TGestiona (Fone: 11 3393.1300) utilizado o padro internacional de estruturas verticalizadas para acondicionamento de paletes. Dependendo da caracterstica dos produtos dos clientes, so desenvolvidos modelos especficos de estanterias, atravs de parcerias com empresas especializadas no segmento. A operadora logstica armazena desde materiais utilizados na rede de telefonia fixa, roteadores para transmisso de dados, placas de centrais telefnicas e cartes telefnicos at celulares, microcomputadores e notebooks. Temos vrios parceiros habilitados, que so contratados obedecendo aos critrios de melhor qualidade, menor preo e menor prazo de instalao, assinala Sinclair Ronaldo Mioto, superintendente de planejamento, recursos, qualidade de processos e funcionais de sistemas da empresa. Para o profissional, um bom projeto de armazenagem proporcionar ganhos operacionais e financeiros, alm de melhor performance no atendimento de pedidos e gesto de inventrios. A base deve ser o estudo de localizao e posicionamento, de gerenciamento e organizao, suportados por um bom layout e equipamentos internos de movimentao de cargas, criando uma boa integrao entre as reas de recebimento, manuseio e distribuio. Mioto diz que, com a verticalizao, aumenta-se a capacidade de armazenagem e melhora o rateio do custo fixo do armazm, alm de proporcionar melhor organizao e agilidade na localizao de produtos, reduo de avarias e sinistros, tambm otimizando o trnsito nas reas de movimentao.

Como e quando usar sistemas de armazenagemNa dvida sobre em que ocasies utilizar sistemas de armazenagem, Rogrio Scheffer, diretor-presidente da guia Sistemas (Fone: 42 3220.2666) d a dica: quando a operao de movimentao e armazenamento especificamente demandar mais espao do que o disponvel para aquela atividade ao nvel

da superfcie (nvel zero); quando a forma de operao demandar organizao e arrumao em nveis verticais; e quando o nmero de itens demandar endereamento especfico. Segundo Carlos Gonzalez Iglesias, diretor de projetos da SSI Schaefer (Fone: 19 3826.8080), os sistemas de armazenagem devem ser utilizados sempre que o cliente tenha um estoque de produtos (pode ser matriaprima, produto em processo ou produto final), queira manter

este estoque organizado e deseje contar com alguma das mltiplas solues existentes no mercado. Devido grande variedade de sistemas de armazenagem existentes, desde estantes at armazns completamente automatizados, sempre existe um sistema de armazenagem adequado para qualquer tipo de produto sejam parafusos soltos, barras de ao, bobinas de cabo e, o mais usual, cargas paletizadas, diz.

O professor Gapski, da Faculdades Energia, ressalta que os sistemas devero ser utilizados quando h necessidade de guarda de materiais por algum perodo de tempo ou quando h um grande volume de fluxo de materiais. Caso contrrio, cita o crossdocking como alternativa. J os professores da Universidade de Taubat, Silva e Miroslava, dizem que mesmo no sendo possvel o acesso tecnologia de ponta ou aquisio

Vantagens da verticalizao Vantagens da verticalizao Maior controle doestoque mediante software de gesto;

Melhor seletividade, Dependendo doflexibilidade e facilidade de movimentao; sistema, pode contar com inventrio on-line (e no somente em tempo real, mas de fato real), j que no estaria sujeito aos erros caractersticos da atividade humana;

Reduo demovimentos desnecessrios;

Maior organizaodo estoque (no caso de armazns automticos com transelevador inclusive existe um controle automtico e permanente do estoque disponvel);

Menor reanecessria para armazenagem de produtos, liberando rea para operaes produtivas ou para aumento da capacidade de armazenagem;

Reduo do custooperacional de estocagem;

Reduo doscustos de mo-de-obra;

Proteo naarmazenagem e transporte do produto, o que diminui as perdas e prejuzo para a empresa;

Viabilizao daoperao de movimentao;

Melhor organizaoe controle do espao;

Otimizao doarmazm;

Visualizao dosprodutos.

16 Logweb | edio n84 | Fev | 2009 |energia na iluminao, assim como da prpria aparncia do imvel, que tambm necessita de ateno, ressalta. Segundo o profissional, outros aspectos podem ser mais importantes ainda, como o resultado nas operaes logsticas complexas de separao com horrios a serem cumpridos com rigor, resultando na melhoria da qualidade de atendimento de servios aos clientes e que podem selar o futuro da empresa. Se no se observar estes aspectos, pode-se comprometer a permanncia no mercado em que atua, diz. Na analise de Rodrigues, da Autoliv, a necessidade ou no de um sistema de armazenagem surge prioritariamente de trs aspectos: falta da capacidade de estoque, problemas de qualidade no armazenamento ou falhas na separao e segregao de materiais. Para ele, quando a empresa tiver dois destes trs macros problemas, dever, sim, prever e analisar o investimento em sistemas de armazenagem, como, por exemplo, verticalizao, desenvolvimento de novas embalagens (autoportantes ou empilhveis), sistema de etiquetagem eletrnica, desenvolvimento e implantao de cdigo de barras, separao fsica dedicada aos produtos, treinamento de equipe, aquisio de mquinas diferenciadas para movimentao de materiais e ampliao do espao fsico, entre outras aes.

Diferentes vantagens entre equipamentos manuais e automticosPara Miguel Filho, da Scheffer, o melhor aproveitamento de um armazm verticalizado depende do p direito disponvel, do tamanho da carga a ser armazenada, da rotatividade de armazenagem, dos equipamentos de movimentao e armazenagem e pode propiciar os benefcios citados a seguir. Verticalizao utilizando equipamentos manuais de movimentao e armazenagem de cargas: s Melhor aproveitamento do espao; s Propicia menor deslocamento dentro do armazm; s Aumento da densidade de armazenagem; s Concentrao de recursos. Verticalizao utilizando equipamentos automticos de movimentao e armazenagem integrados com sistema de gesto: s Reduo de risco de acidente e consequente aumento da segurana quando utilizados com equipamentos automatizados; s Incremento na produo e maior utilizao da tecnologia; s Reduo dos custos de movimentaes; s Melhor acuracidade do estoque quando integrado com sistemas automticos de movimentao e armazenagem e sistemas de gesto; s Diminuio do nmero de itens danificados no manuseio; s Eliminao de erros; s Controle de itens armazenados; s Integrao: Recebimento x Armazenagem x Produo.

de equipamentos de primeiro nvel, sempre ser necessrio idealizar locais e operaes para se ter uma boa movimentao/ armazenagem. Boa armazenagem significa integridade, originalidade e disponibilidade para o consumidor. O mercado est cheio de ofertas de equipamentos dos mais diversos tipos, tamanhos, tecnologia. Profissionais esto com muitas ideias e solues para os usurios, lembram. De acordo com Aline Iwanski, da rea de marketing da Longa (Fone: 15 3262.8100), as empresas procuram um especialista na rea quando percebem a falta de espao em seu galpo, e somente elas sabem a hora certa de verticalizar. A nica precauo

Projeto bom e todos devem gostarTambm se deve usar sistemas verticais quando a densidade de armazenagem extrapola os meios convencionais que deve ser tomada procurar verticalizar o estoque antes que ele se torne o gargalo da empresa, pois esses so projetos de alto custo, retorno a longo prazo e que devem ser analisados com calma, diz, acrescentando que, como qualquer imposto cobrado pelo m e no pelo m, a verticalizao dos produtos se torna vivel para qualquer empresa. Para Marcos Passarelli, diretor de operaes da Ulma Handling Systems (Fone: 11 3711.5940), deve-se usar sistemas de armazenagem vertical quando a densidade de armazenagem extrapola os meios convencionais de armazenagem. O custo de movimentao em grandes reas no agrega valor ao produto. Alm disso, somamse o custo de manuteno dos equipamentos de movimentao, o custo da manuteno predial do piso e do telhado, das partes eltricas e no consumo de Qual a importncia de um bom projeto de armazenagem? Segundo Marcio Cruz Lopes, gerente geral de negcios da Dematic (Fone: 11 2877.3607), seja projeto de armazenagem, classificao ou separao de pedidos, a soluo final, trabalhada em conjunto cliente/fornecedor, dever, sempre, suportar os fluxos fsicos e lgicos referente a todos os processos para os quais o projeto se aplica. Na opinio de Heide Carlos Alexandre, diretor comercial da Savik (Fone: 11 4649.6161), um bom projeto vai direcionar o

Queiroz, da Rapido Cometa: no caso da verticalizao, a preferncia por prdio com p-direito acima dos 12 m

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ABGroup: todo projeto passa por estudo detalhadoA Operadora Logstica ABGroup (Fone: 11 5507.5115) conta com vrios fornecedores de estruturas de armazenagem, que so eleitos por fatores como qualidade, garantia, prazo de entrega, custos de aquisio e de operao. So utilizados pela empresa portapaletes, flow-racks, drive-in, drive-thru, push-back, racks, autoportantes e cantilevers. Cada um possui uma funcionalidade e aplicao, considerando perfil do produto, seletividade, giro e cadastro logstico, explica Fernando Villar, diretor regional da empresa. Os produtos estocados englobam bens de consumo, alimentos, eletrnicos, celulares e bebidas, entre outros. Dentro de um diagnstico das operaes, um estudo estatstico de produtos por pedido, volumes por pedido, volumes por produto, giro, poltica de estoque e cadastro logstico do produto, que definimos que tipo de movimentao e armazenagem utilizar, qual espao, quais equipamentos e quantas pessoas sero necessrios por dia, ms e ano, declara. De acordo com Villar, todo e qualquer projeto deve passar por um estudo detalhado que garanta o atendimento das operaes por 10 anos com nvel de servios adequado e menor custo total, levando em considerao a caracterstica dos produtos a serem armazenados. Para o profissional, preciso conhecer a expectativa de crescimento futuro e realizar uma anlise de viabilidade para cada cenrio proposto. O projeto de armazenagem tem que estar totalmente integrado ao desenvolvimento dos negcios das empresas e no causar transtornos que bloqueiem o crescimento das organizaes um erro neste projeto no gera s custos operacionais adicionais, tambm significa a perda de clientes e, no raro, observamos a diminuio ou falncia do negcio com uma deciso equivocada sobre um pequeno projeto de armazenagem, diz. Segundo Villar, a verticalizao oferece otimizao dos espaos e reduo de custos em razo de um melhor aproveitamento da rea, bem como ganhos de produtividade, reduo de avarias, agilidade de recebimento e expedio entre outros.

cliente para a compra correta dos equipamentos de movimentao e verticalizao e para o melhor aproveitamento do seu espao. Segundo Donat Haimerl, scio-gerente da Vast Besth Representao Comercial (Fone: 11 5093.9211), um projeto de armazenagem essencial para definir-se quais produtos devero ser armazenados, levando-se em considerao a curva ABC. Desta forma, evita-se um superdimensionamento quando se investe em mais equipamentos do que o necessrio, ou o contrrio, dimensiona-se equipamentos em quantidade insuficiente para armazenar todos os produtos desejados. No final, o que vale uma soluo com custo-benefcio

O projeto de armazenagem tambm pode englobar sistemas de classificao ou separao de pedidos ideal para a empresa. Falando em projeto, a Bertolini implantou na Tramontina, em Carlos Barbosa, RS, um portapaletes para 17.792 unidades, com capacidade de 1.000 kgf por palete. Juntamente, formando uma estrutura de 17,6 m, foi acoplado um transelevador, da empresa Cassioli. muito importante a interao da soluo de armazenagem com a realidade operacional do armazm e suas projees. Deve-se analisar vrios fatores: rea fsica, tipo de construo, caractersticas dos produtos, fluxo da operao, equipamentos de movimentao e outros que fazem parte do armazm, planos de preveno e normas pertinentes a operao, entre outros. Assim, o resultado de um bom projeto e planejamento ser uma operao segura e confivel, diz Bertolini Neto. Para os engenheiros Nelson Pereira Bizerra e Jos Roberto M. Macedo, respectivamente gerente de vendas e gerente industrial da Metalrgica Central (Fone: 11 2272.9377), a importncia est no sucesso do projeto e, principalmente, quando se atinge todos os objetivos planejados e pretendidos. Curiosamente, se consegue quando todas as nuances operacionais so

resolvidas com harmonia e de forma simples, mesmo nos projetos mais sofisticados de alta tecnologia, declaram. Do ponto de vista de Rodrigues, da Autoliv, um bom sistema de armazenagem permite a gesto visual do estoque, com reposio atravs de Kanbam, planejamento de produo, reposio de estoque de acabado, sequenciamento produtivo somente do necessrio e compra do componente especfico ao consumido ou a consumir. Ou seja, um bom sistema parte integrante de um processo Lean. A produo e a logstica so os alicerces deste processo. Nos atuais dias em que a reduo de estoque

Haimerl, da Vast Besth: no final, o que vale uma soluo com custobenefcio ideal para a empresa

Lopes, da Dematic: a soluo final dever suportar os fluxos fsicos e lgicos de todos os processos

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Acrilex: projeto mais eficiente foi da UlmaAtualmente, a Acrilex Tintas Especiais (Fone: 11 4397.9255) possui uma estrutura portapaletes de 4.134 posies em uma estrutura com p-direito de 18 m, com trs corredores de 90 m de comprimento, atendidos por trs transelevadores. E tambm est implementando a 2 fase do projeto, que prev a armazenagem em 8.000 contentores plsticos em uma estrutura de 18 m de altura com dois corredores de 37 m de comprimento. A empresa estoca material escolar, como tinta guache, giz de cera, massa de modelar, cola glitter, etc., e de artesanato, como tintas para tecido, madeira, tela, etc., em caixas fechadas. Para fornecer o sistema de armazenagem e separao, que contempla possveis ampliaes, a Acrilex escolheu a Ulma. Ela apresentou um projeto que na, nossa concepo, era o mais eficiente, atendendo s nossas necessidades, justificam Mario de Abreu, chefe de expedio, e Luis Massao Kobashi, gerente de produo. Para os profissionais, um bom projeto de armazenagem d a segurana de que o que est sendo investido trar o resultado esperado, aproveitando equipamentos, mo-de-obra e rea de armazenagem da melhor maneira possvel. Alm de que, no nosso caso, j foram previstas ampliaes que nos do segurana de poder expandir sem ter a necessidade de mudarmos de lugar, revelam. Para Abreu e Massao, a principal vantagem da verticalizao o ganho de espao, pois se aproveita melhor o p-direto do armazm e, com os transelevadores, se ganha tambm espaos nos corredores e velocidade nas movimentaes, alm de um controle maior devido ao sistema de controle do armazm.

Columbia: apenas portapaletes convencionaisAcabando de ampliar o Centro de Distribuio Cajamar, em So Paulo, SP, a Columbia (Fone: 11 3305.9999) utiliza atualmente apenas portapaletes convencionais (simples profundidade), em dois padres: 1,0 m x 1,2 m e 1,2 m x 1,2 m. Dentre os diversos produtos que a empresa de logstica integrada estoca, esto brinquedos, calados e txteis, eletrnicos, medicamentos e produtos qumicos. Temos diversas marcas de portapaletes, porm a mais recente, e a maioria, composta pela Mecalux. No existe um critrio definido para a escolha deste fornecedor, que no exclusivo, avaliamos a cada projeto segundo nossa necessidade: preo, prazo, manuteno, avaliao do fornecedor, etc., expe Sandro Luis Maciel, gerente de projetos da Columbia. Para o profissional, um bom projeto de armazenagem, levando-se em conta o perfil dos produtos e sua movimentao, aliados ao planejamento de mdio e longo prazos, conduz a empresa otimizao de custos e eliminao de desperdcios com alteraes de layout/tipo de sistema de armazenagem/equipamentos de movimentao. Bons projetos de logstica geralmente so elaborados por profissionais de logstica, no se limitando melhor ocupao do armazm, e, sim, se atentando a aspectos diversos, que apresentam sempre a soluo tima ou eficiente, diz. Segundo Maciel, a verticalizao proporciona utilizao racional e otimizada do recurso rea, oferecendo maior produtividade mo-de-obra e equipamentos empregados nas operaes.

prioridade, investir em armazenamento parece ir na contramo deste raciocnio, mas isto somente uma impresso, diz. Ele analisa que em um processo de expedio que pode ter problemas de picking, carregamento, faturamento e despacho do veculo, tudo comprometido por falta de um sistema de armazenagem, uma vez tendo investido nestas tcnicas, a empresa poder ter redues no tempo de carregamento, maquinrio, mode-obra e tempo de atividade, fora o ganho em qualidade, inventrio, produtividade e bemestar dos envolvidos e da rea como um todo. Queiroz, da Rapido Cometa, complementa: um bom projeto de armazenagem ir definir previamente qual a melhor localizao para as docas de recebimento, para a rea de produo, locais para estoque e rea de expedio. Isto far com que a operao trabalhe mais produtivamente e, consequentemente, melhor e mais barata, revela.

Por sua vez, Rogrio, da guia, salienta que o projeto deve representar a situao imediata e, tambm, prever expanso, se possvel, no menor do que dois anos quando se referir, tambm, necessidade de novas edificaes. Iglesias, da SSI Schaefer, diz

que, normalmente, a anlise das solues existentes e a definio do projeto de armazenagem so processos que no precisam de elevados investimentos, porm, sem esta planificao prvia, as perdas econmicas podem ser muito elevadas (reformulao posterior do sistema de

armazenagem adotado e, em caso extremo, at a compra de um novo sistema de armazenagem). Alm disso, a escolha do projeto errado leva sempre a operaes improdutivas, movimentaes desnecessrias de produtos, falta de controle do estoque, etc., cita. q

Comisso estuda norma sobre sistemas de armazenagem

Desde 2007, est em vigor a NBR 15524 Sistemas de armazenagem, dividida em Parte 1: Terminologia e Parte 2: Diretrizes para o uso de estruturas tipo portapaletes seletivos. Podendo ser adquirida na ABNT, atravs do site www.abnt.org.br, a Norma define parmetros para o uso de estruturas portapaletes, que representam 70% dos projetos de logstica e distribuio existentes no mercado. Ela de suma importncia para orientar o usurio sobre o carregamento correto da estrutura, evitando, assim, acidentes muito comuns atualmente por manuseio e operao equivocados da estrutura, servindo, tambm, para fornecer parmetros de segurana, explica Fabia Helena Allegrini Pereira, coordenadora da comisso de estudos sobre o assunto. Em seu segundo ano de trabalho, a comisso est em fase final de aprovao da norma para drive-in. As reunies so abertas ao pblico interessado em geral. Para ser um dos convocados, contatar Fbia Helena atravs do e-mail: [email protected].

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Mercado de trabalho

Esto faltando profissionais qualificados em logstica

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uito se fala que no h nmero suficiente de profissionais qualificados para atuar na cadeia logstica. De acordo com Jos Roberto Fornazza, diretor de Supply Chain da BIC (Fone: 0800 701 4530) na Amrica do Sul, faltam recursos em logstica, h um ndice muito grande de analfabetismo funcional, e isso gera muitos custos de retrabalho para as empresas. Fornazza revela que segundo a Pesquisa Infologstica, realizada pela Aslog em 2007 e 2008, 23% dos profissionais de logstica

acreditam que o mais importante para o aperfeioamento dos trabalhadores deste setor o MBA. Enquanto isso, 21% acreditam que o mais importante so os cursos de graduao, ao passo que 18% votaram nos cursos de especializao. A mesma pesquisa de acordo com o diretor da BIC aponta que a maior dificuldade para encontrar profissionais em logstica que 24% deles no so qualificados. A Infologstica mostra que o maior desafio da logstica nos prximos anos, na opinio de 60% dos profissionais, a falta

de infraestrutura, comenta Fornazza, emendando, em seguida, que 12% apontam a educao como principal desafio. Na viso do diretor do ABGroup (Fone: 34 3214.8001), Fernando Villar, preciso disseminar o que logstica. Ele conta que em uma palestra que fez para cerca de 70 alunos do terceiro ano do ensino mdio, nenhum dos jovens conhecia o significado deste termo, nem tinha noo do que consiste este segmento de atuao. Segundo Villar, o Instituto Nacional de Estudos e Pesqui-

sas Educacionais INEP aponta que no Brasil apenas 28 entidades oferecem graduao em logstica, cinco tm cursos de ps-graduao na rea e trs dispem de cursos para tecnlogos. Nesse sentido, Fornazza destaca a parceria entre IESDE, Aslog e Unicid, que tem como objetivo oferecer um MBA em logstica empresarial. A grade do curso conta com sete disciplinas, que resultaro em sete livros, 84 aulas escritas e gravadas e 10 professores fazendo um mix de conceito e prtica. Ele lembra, ainda, que a

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Aslog conta com a Escola Nacional de Logstica Enaslog, que oferece curso de formao de instrutores, de certificao tcnica, cursos livres de logstica bsica, empresarial, ambiental e TI aplicada em logstica. H tambm os cursos in company, como no caso dos Correios, ADS e ID Logistics, informa. Para Rodrigo Bacelar, gerente de Desenvolvimento Comercial e Marketing da ID Logistics (Fone: 11 3601.1080), esta iniciativa da Enaslog muito importante porque a empresa vem se engajando em desenvolvimento humano. A ID est crescendo e precisa preparar os funcionrios para as futuras operaes, comenta. Alm disso, Bacelar afirma que atualmente muito difcil contratar profissionais capacitados, e que por isso as palestras que a Aslog ministra para difundir conhecimentos e experincias da rea de logstica representam uma grande contribuio para o futuro do setor. Com o objetivo de contribuir com esta busca por profissionais gabaritados, Miguel Petribu, diretor tcnico da Aslog (Fone: 11 3668.5513), revela que a Associao criou o portal LogTalentos, que permite s empresas cadastradas buscarem currculos de profissionais de diversos nveis, desde motoristas e operadores de empilhadeiras at especialistas ou pesquisadores. Algumas caractersticas do portal so: acesso web, filtros para seleo de currculos, histricos de currculos e envio de e-mails para alertar o fim de processos de seleo, entre outras, relata.

A tecnologia inserida nesse contextoA necessidade de capacitao profissional remete aos constantes avanos tecnolgicos presentes no s na logstica, mas em todas as reas. Para Maurcio Fabri, presidente da Runtec Informtica (Fone: 11 4521.1986), a incluso digital na logstica consiste em transformar digitadores em usurios de sistemas, proporcionando melhor

aproveitamento na capacitao de operadores, motoristas, etc. Fabri alerta que os longos processos de implementao de sistemas dificultam a absoro dos treinamentos. O maior desafio dar uma viso sistmica equipe de usurios, garante. importante que os usurios possam, alm de utilizar os sistemas, entender como funcionam e qual a finalidade deles, acrescenta. O presidente da Runtec salienta, ainda, que a informao tambm precisa de logstica, j que no fcil fazer a integrao de diversos sistemas e possibilitar que eles conversem entre si. Os desafios principais e mais complexos so plataformas, bases de dados e formatos de dados diferentes, alm do desenho da operao, completa. Para Mendel Sanger, presidente da HQS Consulting (Fone: 11 2122.4250), o mercado na rea de TI est passando por um bom momento. Hoje se fala em internet o tempo todo, no existe mais barreiras. Esse aspecto tem que ser considerado tambm na integrao de sistemas, afirma, complementando a ideia de Fabri. Na opinio do diretor de Tecnologia da Omnilink (Fone: 11 4196.1100), Edgar Soares, a logstica existe independentemente da tecnologia. No entanto, a tecnologia um complemento importante que facilita muito as operaes. Para exemplificar, ele conta que no incio o rastreador tinha apenas a finalidade de proporcionar segurana, mas, hoje, visto como uma tecnologia que proporciona controle, atravs do transporte de informaes logsticas. q

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Empilhadeiras

Baterias tracionrias: otimismo em 2009Seguindo a mesma opinio dos entrevistados em outras matrias desta edio, a maioria das empresas de baterias tracionrias est otimista a respeito dos negcios em 2009. Quem trabalha com produtos nacionais tambm tem perspectivas de aumento das vendas com a subida do dlar e do euro.

F

alar em empilhadeiras, principalmente nas eltricas, leva a outro assunto: a energia que as faz operar. Por isso, a revista Logweb entrevistou empresas do segmento de baterias tracionrias, que analisam o ano de 2008 e fazem as previses para 2009, tambm revelando as novas tecnologias para o setor, entre outros assuntos.

Bom comeoApesar da crise, os entrevistados revelam que 2008 foi muito bom para o segmento de baterias tracionrias, principalmente nos primeiros trs trimestres, com crescimento tanto em equipamentos novos quanto em servios de manuteno, como salienta Luciano Mateus Danilevicius, do atendimento ao cliente da Comab Baterias (Fone: 11 2412.0240). Por exemplo, a Baterias Fulguris (Fone: 11 2413.5600) gerou 28% a mais de empregos, obteve um crescimento superior a 40% comparado com o ano de 2007, investiu em equipamentos, adquiriu nova rea industrial de mais de 42.000 m2 e capacitou os profissionais, como contam Wagner Antonio Brozinga, gerente de negcios, e Sandro Ravazi, gerente comercial da empresa. Particularmente, 2008 foi muito especial para a EnerSystem (Fone: 11 2412.7522), foi o ano em que aumentamos consideravelmente nosso Furtado, da Moura: a busca pela maior eficincia na movimentao das cargas ganhar mais importncia share no segmento de baterias tracionrias e consolidamos a parceria com a Toyota Empilhadeiras, revela Iza Muniz, coordenadora de vendas de baterias tracionrias da companhia. Andr Luiz Cardoso Furtado, gerente comercial de baterias tracionrias da Moura (Fone: 81 3726.1044), afirma que 2008 foi um ano de grandes avanos para a empresa. Parcerias estratgicas, acordos de fornecimento industrial e lanamento de linhas mais avanadas impulsionaram o crescimento da participao no mercado. A BTR (Fone: 31 3428.4077) tambm obteve bons resultados em 2008. Apresentamos propostas de gerenciamento de sala de baterias com manuteno adequada para baterias e carregadores, e isto foi bem recebido e confirmado pelos

clientes, que acreditaram nesta modalidade oferecida por ns, alm de servios de reforma geral nos equipamentos, mantendo sua originalidade e com capacidade de trabalho e vida til compatveis com os preos praticados, o que gerou economia satisfatria para nossos clientes, comemora. Tambm muito o que comemorar teve a Saturnia (Fone: 0800 557693) em 2008, quando completou 80 anos de vida. Devido ao aquecimento da economia, o mercado se mostrou bastante comprador. Em consequncia, tivemos um crescimento da ordem de 22% sobre as vendas projetadas para o ano, expe No Santos, gerente comercial de baterias trao da empresa. A Tudor (Fone: 11 3717.2143), por sua vez, aumentou significativamente a participao no mercado e ampliou o parque de mquinas instaladas. o que conta o gerente de contas corporativas da empresa, Fernando Cunha. At o final do 3 trimestre, quando se iniciou a crise global, a Matrac Comrcio e Servios (Fone: 11 2905.4108) estava acompanhando o mesmo ritmo de crescimento econmico do Brasil. No 4 trimestre, j no epicentro da crise, vimos vrios clientes em potencial conterem seus investimentos e expanses e, consequentemente, uma diminuio significativa no nmero de negcios realizados, diz Edmilson Anjos Ferreira, diretor da empresa.

OtimismoA crise chegou, mas o mercado de baterias tracionrias, conforme contam alguns entrevistados, est otimista. possvel que no primeiro trimestre haja uma queda nos investimentos comparados com o ano de 2008, revelam Brozinga e Ravazi, da Fulguris, mas, mesmo assim, a empresa est bastante otimista e manter uma previso de crescimento na ordem de 20% em vendas e produo. Ferreira, da Matrac, acredita que os efeitos negativos da crise sero sentidos at o final do 1 semestre, mas prev uma retomada dos negcios no 2 semestre, mesmo que de maneira tmida. Caso o cmbio do dlar estabilize-se no patamar de R$ 2,20, acreditamos numa diminuio drstica na entrada de baterias importadas no Brasil, o que aumentariam em torno de 10% nossas vendas, diz. A empresa tambm acredita no aumento bastante significativo na locao de baterias tracionrias, j que esta opo permite ao cliente postergar seus investimentos de compra de baterias. Otimismo tambm na Comab. Sabemos que o mercado de reposio e manuteno de baterias tracionrias inesgotvel. O perodo de vida de uma bateria de aproximadamente 4 a 5 anos e, para um bom funcionamento, a manuteno fundamental. Nossa expectativa para 2009 de crescimento, espera Danilevicius. A Moura tambm est confiante de que 2009 ser um ano com outras

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oportunidades para o segmento, j que, segundo Furtado, a busca pela maior eficincia na movimentao das cargas ganhar mais importncia no perodo. J a Tudor prev a ampliao da participao e continuao dos investimentos em equipamentos eltricos por parte das empresas de logstica, revela Cunha. Por outro lado, Drumond, da BTR, salienta que, infelizmente, o segmento ser afetado pela desacelerao do mercado, que ir reduzir o crescimento e investimentos no setor. Porm, acreditamos que para a continuidade do processo de nossos clientes, nossa proposta aplicada no ano de 2008, que foi de manuteno preventiva e corretiva, gerenciamento de sala de baterias, servios de reparo/ reforma geral em baterias e carregadores, dever ainda mais ser solicitada com a finalidade de manter a autonomia dos equipamentos, diz. Mesmo que para os especialistas do mercado as perspectivas no so as melhores, a EnerSystem est trabalhando para manter o crescimento atingido em 2008. Temos como meta aumentar nosso share em 30% at 2010 e concretizar as importantes parcerias que esto em andamento, diz Iza. No to otimista, a Saturnia prev manter a mesma projeo para 2009, mesmo antevendo que os investimentos certamente no sero realizados na mesma intensidade devido crise no mercado financeiro, assinala Santos.

Baterias de ltio-ion e outras novidadesA tecnologia est sempre se renovando em diversos segmentos. E em baterias tracionrias? Existem avanos tecnolgicos? Sim, responde Drumond, da BTR. Visito a feira Cemat, em Hannover, Alemanha, desde 2000 e h anos as baterias tracionrias esto sem nenhuma inovao devido aos princpios fundamentais de sua fabricao (chumbo-cido, tubular ou empastada), e aparece nos dias de hoje, de forma discreta em alguns fabricantes europeus, uma nova tecnologia que em alguns anos dever se tornar tambm uma realidade, adianta. Ele est falando das baterias de ltio-ion, que possuem um sistema eletrnico embarcado em sua caixa de ao com a funo de controlar a carga e a descarga das clulas. Este sistema tambm tem a capacidade de recarregar a bateria, eliminando a necessidade de um carregador tradicional. No foi possvel obter mais informaes a respeito desta tecnologia por ser ainda um prottipo e por tratar-se de segredo fabril, avisa o profissional. De fato, Danilevicius, da Comab, revela que existem alguns estudos e pesquisas para busca de novas tecnologias acontecendo em alguns pases da Europa. No Brasil, os acumuladores de energia para veculos

eltricos mais eficientes so as baterias tracionrias chumbocidas tubulares, expe. Para Cunha, da Tudor, a bateria est em constante avano. O grau de pureza das matrias-primas e o parque industrial cada vez mais eficiente atravs de aquisio de mquinas com maior capacidade produtiva se refletem em produtos mais eficientes, diz. Por sua vez, a EnerSystem est desenvolvendo uma nova tecnologia para o mercado de trao, estando em testes finais e com previso de lanamento em 2009. Estamos investindo em novos equipamentos para suportar a demanda futura, acrescenta Iza. Brozinga e Ravazi, da Fulguris, declaram que, como tecnologia, os produtos da empresa contam com placas positivas tubulares, separadores de alta resistncia, vasos injetados, chumbo com controle mximo de pureza, caixa de ferro com proteo corrosiva e sistemas de abastecimento automtico ou manual. Em avanos tecnolgicos, a Moura cita as baterias Log HDP Premium e Cold Chamber, lanadas em 2008, com aplicaes especficas em ambientes de baixas temperaturas. As novas tecnologias aplicadas neste modelo permitem um melhor desempenho e maior durabilidade do produto. O cliente tambm conta com a tecnologia de caixas emborrachadas, exclusividade da Moura no mercado nacional, aponta Furtado.

Ele tambm salienta que apenas o avano tecnolgico no suficiente para garantir a durabilidade e maximizar a vida til da bateria. A correta utilizao do produto e a sua manuteno preventiva so fundamentais para aumentar o seu desempenho. J na Saturnia, como nova tecnologia, as baterias passaram a contar com um indicador luminoso, o Led Level, que controla automaticamente o nvel do eletrlito e sinaliza indicando quando a bateria precisa ser reabastecida com gua, garantindo, assim, uma manuteno adequada, maior durabilidade e autonomia em regime de trabalho, informa Santos. Neste ano, ele avisa que a Saturnia ir lanar as baterias tracionrias do tipo regulada por vlvulas destinadas a aplicaes especiais.

De olho no meio ambientePreocupao com o meio ambiente j deixou de ser moda h muito tempo. Cuidar da destinao adequada de produtos obrigao no s do fabricante, mas de todos os envolvidos com estes materiais. No caso das baterias, o chumbo, por ser um metal pesado, e o cido sulfrico causam impacto imediato no meio ambiente e de forma nociva, lembram os entrevistados, como Drumond, da BTR.

RETRAK NO ABRE MO DE BATERIAS CHUMBO-CIDOA Retrak Comrcio e Representaes de Mquinas (Fone: 11 2431.6464) usuria de baterias tracionrias de todos os modelos da marca Fulguris, com capacidade entre 250 Ah e 912 Ah e tenses de 24, 48 e 80 Volts, utilizadas em toda sua frota de empilhadeiras. Sobre as novas tecnologias para o mercado de baterias, Fbio D. Pedro, diretor-executivo da Retrak, diz que muitas delas tm sido testadas e apresentadas por vrios fabricantes, mas considera que ainda apresentam preos proibitivos para escala comercial. Ainda teremos vrios anos de hegemonia das baterias chumbocido. Como usuria de mais de 1.800 baterias, a Retrak conservadora e ainda no cedeu, sequer, tecnologia de baterias com agito de eletrlito, diz. Segundo Pedro, baterias so projetadas para um determinado nmero de ciclo de cargas e descarga ao utilizar uma bateria mais que uma vez ao dia, o nmero de ciclos ser usado mais rapidamente. Junta-se a isso o preo maior de investimento inicial e a temperatura mdia ambiente que maior no Brasil que a mdia europia e americana. Isto posto, ainda fazem do sistema algo a ser analisado com cuidado, explica. Salientando que a destinao da sucata fundamental para o meio ambiente, o diretor-executivo da Retrak informa que a bateria sempre deve ser descartada junto aos fabricantes nacionais. Neste caso, eles j tm know-how para reutilizao do chumbo e a neutralizao do cido para descarte obedecendose as normas vigentes. A Retrak recicla 100% de suas baterias com fabricantes nacionais que dispe de CADRI, finaliza.

24 Logweb | edio n84 | Fev | 2009 |Devido a isto, esta empresa, em parceria com a Moura, vem fazendo um trabalho junto aos seus clientes sobre a necessidade de devolver as baterias fora de uso diretamente para a Moura, que possui toda uma infraestrutura para a captao de sucatas de bateria chumbo-cido, com a finalidade de evitar que elas sejam manipuladas por empresas no qualificadas e certificadas para este fim, podendo causar danos ambientais de grandes propores, explica o profissional. Para reciclagem, a BTR faz a captao das carcaas de bateria tracionrias e as encaminha para a fbrica da Moura, que oferece controle total sobre a coleta, tratamento das baterias aps a sua utilizao e reciclagem atravs da sua prpria metalrgica localizada na cidade de Belo Jardim, PE. Furtado lembra que, de acordo com a resoluo Conama Conselho Nacional do Meio Ambiente n 401-04/11/08, o usurio dever, no final da vida til da bateria, entreg-la ao fabricante para procedimentos de destinao final adequados. Toda a rede nacional de distribuio da Moura, bem como as revendas, esto instrudas para receberem as baterias descartadas pelos usurios. A empresa tambm busca orientar o consumidor sobre a importncia da devoluo das baterias nos postos autorizados, atravs de cartazes educativos distribudos para toda a rede nacional de distribuio e revendas, ressalta. As baterias recolhidas nos pontos de revenda e distribuio retornam s fbricas atravs de logstica reversa e, finalmente, so submetidas ao processo de reciclagem nas unidades fabris. Atualmente, quase 100% dos componentes das nossas baterias so reutilizados no processo produtivo atravs da reciclagem, conta o profissional. A Moura conquistou a certificao ambiental ABNT NBR ISO 14001-2004, que, conforme destaca Furtado, reflete o direcionamento dos esforos da empresa na busca por processos sustentveis de reprocessamento de chumbo e de componentes plsticos. Entenda-se por processos sustentveis aqueles que geram rentabilidade ao negcio da empresa, buscando, entretanto, minimizar e/ou eliminar fontes que possam gerar impactos ambientais. Aquelas que no podem ser eliminadas so reduzidas e controladas pela lista de aspectos e impactos de cada setor produtivo da empresa, explica. O gerente comercial de baterias tracionrias da empresa acrescenta, ainda, que so desenvolvidos trabalhos de interesse social, educacional e ambiental, envolvendo funcionrios e moradores em atividades voluntrias. A atuao dirigida preveno da poluio, atendimento legislao e melhoria contnua, que so os trs pilares focados da poltica ambiental, levaram a Moura a conquistar a certificao ambiental em agosto de 2007, revela Furtado. Sobre a preocupao ambiental, Iza, da EnerSystem, salienta que os recursos naturais so limitados e que geraes futuras dependem de condies ambientais saudveis para sobreviver. Na EnerSystem temos o cuidado com a preservao ambiental, comeando com um rgido controle dos efluentes e contaminantes, descarte adequado dos materiais e das baterias e, principalmente, cuidados com a sade de seus funcionrios, conta, lembrando que a empresa possui certificao ISO 14000. Como no tem recicladora prpria, a EnerSystem atua junto empresa legalizada

Comab Fabricante ou distribuidor Marca Modelo Capacidade Tenso Aplicao Comab Baterias Comab Diversos De 114 a 1.520 Ah De 12 a 112 V Veculos Eltricos

Enersystem Enersystem do Brasil Enersystem Enerhog/Enerhawk De 110 a 2.354 Ah 6, 12, 18, 36, 48, 72 e 80 V Empilhadeiras, paleteiras, rebocadores e veculos eltricos em geral

Tecnologia Ciclagem

Tubular 1.200

Tubular 1.500

Norma aplicada

ABNT

DIN e BS

Ferreira, da Matrac: caso o dlar estabilize-se em R$ 2,20, haver diminuio na compra de baterias importadas

pelo Conama, fiscalizada pelo IBAMA e organismos estatais, bem como transportadoras sob rigorosas exigncias, destaca Iza. A Comab tambm regulamentada pela autoridade ambiental para realizao de descarte de resduos de natureza perigosa, slida e lquida, atravs de empresas terceirizadas especializadas. No s as baterias inutilizadas, mas tambm os resduos de manuteno so descartados conforme normas ambientais, lembra Danilevicius. Por sua vez, a Fulguris conta com uma Planta de Reciclagem Prpria, com certificao ISO 14.000, instalada em Pouso Alegre, MG, onde reciclado todo o resduo gerado pela empresa. Ferreira, da Matrac, declara que para soluo de cido sulfrico, a empresa possui estao de tratamento de efluentes. Quanto ao chumbo e plsticos, destina representada para o descarte final. Para os clientes, a entrega de baterias tracionrias inservveis aos fabricantes e distribuidores,

alm de proteger o meio ambiente, protegem-no, tambm, das sanes prescritas na legislao pertinente pelo descarte incorreto das mesmas, avisa. De acordo com Santos, da Saturnia, preservar o ambiente compromisso da empresa que, embora no possua recicladora prpria, conta com o CADRI Certificado de Destinao de Resduos Industriais, estando habilitada a destinar o material a ser reciclado a empresas reconhecidamente idneas e tecnicamente preparadas para realizar esta operao. Estas empresas possuem licenciamento ambiental e CADRI para proceder a reciclagem, ressalta. Quanto responsabilidade ambiental, a Tudor uma indstria monitorada ambientalmente 24 horas. Atualmente, a multa para destinao inadequada das baterias pode chegar at a 50 milhes de reais, expe Cunha. A empresa conta com recicladora prpria localizada na Unidade Industrial de Governador Valadares, MG. q

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Fulguris Fulguris Baterias Fulguris TSF (tracionria selada Fulguris) De 20 a 1.620 Ah Acima de 2 V CC sem limitao Veculos, rebocadores, paleteiras e empilhadeiras eltricas

Matrac New Power (Fulguris) Matrac TSF De 46 a 1.190 Ah/8h 6, 12, 18, 24, 36, 48 e 72 V Empilhadeiras eltricas, paleteiras eltricas, lavadoras de piso, rebocadores e demais veculos eltricos de corrente contnua Tubular Mdia de 1.450

Moura Acumuladores Moura Moura Moura Log HDP Varivel conforme especificao Varivel conforme especificao Empilhadeiras eltricas, paleteiras eltricas, rebocadores eltricos e outros veculos de trao eltrica Empastada De 1.700 a 2.000

Moura Acumuladores Moura Moura

Saturnia

Tudor

Saturnia Sistemas de Energia Baterias Tudor Saturnia Perfect e C&D Tudor Tudor Tracionria De 70 a 395 Ah 6, 8 e 12 V Veculos eltricos, plataformas elevatrias, etc.

Moura Log Monobloco SP e AWS Varivel conforme especificao Varivel conforme especificao Plataformas elevatrias, rebocadores e veculos industriais, paleteiras, empilhadeiras, lavadoras e varredoras de piso Empastada De 1.700 a 2.000 De 114 a 1.650 Ah De 4 a 120 V Todas as empilhadeiras nacionais e importadas

Tubular At 1.600 com descarga at 80% e 1,75 V.P.E DIN

Tubular 1.300

Empastada 1.600

ABNT

BCI e DIM alem

BCI e DIM alem

DIN

n/i

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Empilhadeiras

Carregadores de baterias: dificuldades em 2009Alguns representantes de empresas que atuam na rea de carregadores de baterias esto apreensivos quanto a 2009. Mas, acreditam em melhorias, principalmente considerando medidas que venham a ser tomadas pelo governo federal.

O

ano de 2008 foi excelente para a indstria nacional, tivemos a maior produo dos ltimos tempos, com dificuldades at de encontrar mo-de-obra. J em 2009 temos uma previso de voltarmos aos ndices de 2002/ 2003, j que para o setor de mquinas, baterias e carregadores dependemos do crescimento do pas. O governo brasileiro est tentando medidas para garantir o crescimento e, caso isso se concretize, ser um bom ano para a indstria nacional, caso contrrio no haver crescimento para o setor e muitas empresas podem ter dificuldades financeiras, como na rea de empilhadeiras as produzidas no Brasil tero mais chances no mercado devido ao aumento do dlar. Devemos lembrar que os pequenos

Macan e Kafka, da K&M: perspectivas so de algumas dificuldades no tocante aos primeiros meses do ano importadores tero maior dificuldades de venda, o que acarretar na diminuio de marcas disponveis no pas. A avaliao sobre o ano de 2009 de Joo Carlos Waldmann, diretor da JLW (Fone: 19 3491-6163). Gilmar Kafka e Nelson Macan, da K&M Indstria e Comrcio Eletrotcnica (Fone: 19 3886.8044), tambm apontam que as perspectivas so de algumas dificuldades no tocante aos primeiros meses do ano. Esperamos que a partir do 2 trimestre possamos respirar mais aliviados para continuarmos o ritmo de crescimento que se apresentou at o fim do 3 trimestre de 2008, avaliam. Em virtude da crise econmica mundial, que se apresentou em junho de 2008, no teremos uma viso clara da situao para 2009 antes de maro, pois a maioria das empresas fecha seu ano fiscal entre fevereiro e maro, s a partir da saberemos a real situao das empresas e do mercado. Esperamos uma certa retrao nos investimentos e, como consequncia, uma queda nas vendas de equipamentos novos, o que ir alavancar a parte de servios de reforma de equipamentos e manuteno corretiva dos mesmos, aponta, por sua vez, Seiji Sato, diretor executivo da Powerbras Indstria Eletrnica (Fone: 21 3866.9293).

quase 150%, ou seja, uma vez e meia em relao a 2007, sendo que em virtude da crise mundial tivemos uma queda nas vendas nos ltimos dois meses do ano, ressalta Waldmann, da JLW. Kafka e Macan, da K&M, destacam que para o setor de carregadores de baterias, o ano de 2008 foi, de forma geral, bastante interessante. Houve uma melhor distribuio na participao do mercado de carregadores. Quanto rentabilidade, deixou um pouco a desejar, pois os altos preos das matriasprimas, como ao, cobre, alumnio e semicondutores, achatou as margens de lucro. Isso levou a K&M a investir em aumento de produtividade, amenizando, assim, possveis perdas com a pequena margem de lucro. Sato, da Powerbras, mais otimista: segundo ele, como um todo, o ano de 2008, para as indstrias que fornecem equipamentos para o segmento de logstica, foi timo as vendas superaram as expectativas.

Novas tecnologiasCom relao s novas tecnologias que esto surgindo no setor, a JLW fornece carregadores com sistema de carga I.W.I, registrando tudo que os operadores fazem de certo ou de errado durante as cargas de bateria. Mas o mercado no para, sempre existem novidades. Acompanhamos o que pases da

2008Mas, como ter sido 2008 no setor de carregadores de baterias? Tivemos um incio tranquilo, mas a partir de maro tivemos um aumento nas vendas de

Simplicidade dos equipamentos gera um custo menor de operao e manuteno

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Europa e Amrica do Norte esto fazendo para, em seguida, colocarmos em prtica no Brasil, mas estamos trabalhando em novos projetos que logo estaro no mercado, afirma Waldmann, da JLW. Os representantes da K&M destacam que as novas tecnologias empregadas nos carregadores de baterias, na realidade no so to novas, mas, sim, aprimoramentos das tecnologias e sistemas j utilizados, com mais versatilidade, confiabilidade e simplicidade na operao. At h algum tempo, um carregador era ajustado atravs de potencimetros, que sofriam influncias dos gases das baterias, passando por variaes constantes. Hoje, os sistemas de ajustes so programados, eliminando, assim, qualquer possibilidade de desajuste. Nos carregadores antigos, a curva de carga era nica. Hoje, com o aperfeioamento das tecnologias possvel alter-la apenas com um toque na tecla de comando. Os microcontroladores deram aos carregadores a possibilidade de armazenar dados do processo de carga, onde possvel tirar relatrios atravs de uma rede de um processo em andamento. Existe uma versatilidade maior dos carregadores em se adaptarem a todos os tipos e condies de baterias existentes no mercado, informam Kafka e Macan. Rinaldo Alberto Drumond, diretor comercial da BTR (Fone: 31 3428.4077), tem opinio semelhante. De acordo com ele, os carregadores de bateria esto cada vez mais compactos, leves e eficientes com sistema de recarga inovador, totalmente microprocessado, com possibilidade de alterar a curva de recarga de acordo com as condies da bateria. Estes carregadores, chamados de High Performance (desempenho elevado), como o nome j diz, alm de timo desempenho e qualidade de recarga, tambm tm baixo consumo de energia, que uma das principais preocupaes do mundo globalizado, completa. O diretor executivo da Powerbras, por sua vez, relata que no se apresentam grandes novidades no segmento de baterias e carregadores para baterias tracionrias, porm temos trabalhado com um foco maior na confiabilidade e simplicidade dos equipamentos, para uma operao e manuteno mais simples, gerando, assim, um custo menor de operao e manuteno. q

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Acessrios

Garfos para empilhadeiras so a especialidade da MSI-Forks

G

arfos para empilhadeiras. Este o acessrio fabricado pela MSI-Forks (Fone: 11 5694.1000), segundo conta Victor Cruz, gerente de marketing e vendas da empresa. O ano de 2008, no setor de garfos de empilhadeiras, foi marcado pelo forte aumento do preo internacional do ao. Essa caracterstica criou grande presso sobre os preos e os contratos vigentes. Em contrapartida, a constante desvalorizao da moeda americana amenizou em parte essa situao. O resultado geral foi positivo devido forte alta do mercado at o momento da

crise. No segundo semestre, especialmente durante a ecloso da crise, o ano foi turbulento e fortemente marcado pelo cancelamento de pedidos e postergao nas entregas. O balano final do ano foi bom, porm, com muitas incertezas para 2009, aponta Cruz, referindo-se ao desempenho do setor em 2008. Para o ano que se inicia, o gerente de marketing e vendas diz que ser de manuteno, como todo ano de crise. Manter os bons clientes, rever e enxugar processos internos desnecessrios e que foram criados durante a euforia de

GARFOS PARA EMPILHADEIRAS FABRICADOS PELA MSI-FORKS Tipo: Modelo: Capacidade: Aplicao: ITA/ISO Classe 2, 3 e 4 2.500 a 7.500 kg Movimentao de paletes Garfos de alta capacidade Olhal e gancho de 20 a 200 toneladas Minerao, siderurgia e porturia Lminas de 1.200 a 2.600 mm de comprimento A empresa oferece garfos para diversas aplicaes

Configuraes adicionais: Lminas de 1.000 a 2.400 mm de comprimento anos melhores so os principais desafios. Nossa perspectiva , sem dvida, de retrao na demanda e, por isso, a melhor hora de implantar antigos projetos que esto na gaveta para expanso de novos segmentos e mercados.

DetalhesJ falando sobre os principais fatores que devem ser considerados na compra de garfos de empilhadeira, ele diz que a varivel mais importante a procedncia: procure comprar garfos sempre de fabricantes que operam segundo a norma ISO 2330:2002. Os garfos devem obrigatoriamente receber uma marcao na lateral informando sua capacidade de carga segura de trabalho. Produtos de origem duvidosa dificilmente realizam testes conforme a norma citada estabelece, alerta Cruz, que tambm lembra que existem diversos tipos de garfos para diferentes operaes consultar um especialista, sem dvida, a melhor opo. De acordo com o gerente da MSI-Forks, preciso verificar sempre se o peso da carga que se deseja movimentar e suas dimenses esto de acordo com

o equipamento disponvel. O ideal que toda a rea da carga seja distribuda uniformemente sobre a lmina do garfo. A vida til do garfo est muito relacionada ao tipo de carga movimentada, ao local e frequncia. O mais importante, especialmente se tratando de um item de segurana, a correta inspeo preventiva dos garfos. importante consultar um fabricante para obter uma ficha de inspeo ou instrues de inspeo conforme a norma ISO 5057:1993, aconselha Cruz. Finalizando, ele aponta as caractersticas necessrias na empilhadeira para a instalao do garfo. Por se tratar do acessrio mais comum, normalmente a empilhadeira no precisa sofrer nenhuma modificao ou adaptao para a colocao dos garfos, porm existem diferentes tipos de encaixe para os garfos de acordo com a capacidade de carga da mquina. Na hora de comprar um garfo, verificar sempre o modelo exato da empilhadeira, finaliza. q

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Evento

Delegao brasileira visita a Promat Show 2009OEmpresas e outras entidades que participaram da Misso Brasileira feira Promat ShowAgra Indstria e Comrcio Astro Tecnologia Indstria e Comrcio Bgm Rodotec Tecnologia e Informtica Braspress Transportes Urgentes DZ Comex E.O. Distribuidora de Jornais e Revistas Jamef Transportes Kieling & Ditrich Logstica LC Automao Industrial Logstica e Distribuidora MF Logweb Editora Modular Transportes Pamcary Secretaria de Desenvolvimento de Pernambuco RCC Transportes Rodovirio Ramos So Francisco Logstica Setcesp Sindicato dos Transportadores de Cargas do Estado de So Paulo Transcordeiro Transglobal Norte Transportes Travema Transportes Santa Cruz rganizada pela MHIA Material Handling Industry of America, associao que representa a indstria de equipamentos para movimentao e armazenagem nos Estados Unidos, a Promat Show 2009 aconteceu no perodo de 12 a 15 de janeiro ltimo no McCormick Place South, em Chicago. O evento contou com aproximadamente 800 expositores de diversos pases ligados indstria, ao comrcio/servios e ao governo, que exibiram suas solues nos 28.000 m2 do pavilho. O Servio Comercial do Consulado dos EUA, com os apoios da Logweb Editora, do Setcesp Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de So Paulo e Regio, do Porto Seco Logstica e Transporte e da Ajorpeme Associao de Joinville e Regio da Pequena, Micro e Mdia Empresa, organizou uma Delegao Brasileira, que reuniu 55 participantes. Alm de visitar a feira, a Delegao Brasileira esteve nas instalaes da UPS, onde foi recebida por executivos da empresa, que fizeram uma breve apresentao sobre o funcionamento da UPS no mundo. Em seguida, foi feito um tour pela operao da companhia, que movimenta cerca de 1,9 milho de pacotes diariamente e cerca de 4 bilhes por ano, contando com 450 mil funcionrios no mundo inteiro e com