localização: coordenadas planas – utm
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Edilson Alves de Carvalho
Paulo Csar de Arajo
Leituras Cartogrficas e Interpretaes Estatsticas ID I S C I P L I N A
Localizao: coordenadas planas UTM
Autores
aula
09
Aula 09 LeiturasCartogrficaseInterpretaesEstatsticasICopyright 2008 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material pode ser utilizada ou reproduzida sem a autorizao expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte e da UEPB - Universidade Estadual da Paraba.
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Carvalho, Edilson Alves de. Leituras cartogrficas e interpretaes estatsticas I : geografia / Edilson Alves de Carvalho, Paulo Csar de Arajo. Natal, RN : EDUFRN, c2008. 248 p.
1. Cartografia Histria. 2. Cartografia Conceito. 3. Cartografia Utilizao. 4. Dados estatsticos. 5. Simbolismo cartogrfico. I Arajo, Paulo Csar de. II. Ttulo.
ISBN: CDD 912 RN/UF/BCZM 2008/38 CDU 912
Diviso de Servios Tcnicos
Catalogao da publicao na Fonte. UFRN/Biblioteca Central Zila Mamede
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Aula 09 LeiturasCartogrficaseInterpretaesEstatsticasI
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Apresentao
Os sistemas de coordenadas foram propostos para se determinar a localizao precisa de pontos na superfcie da Terra. Essa localizao pode ser descrita por dois sistemas de coordenadas: Sistema de Coordenadas Geogrficas, como vimos na aula 8 (Localizao: coordenadas geogrficas); e o Sistema Universal Transversal de Mercator (UTM). Este ltimo surgiu a partir de uma tentativa de unificar os trabalhos cartogrficos mundiais por parte da Associao Geodsica Internacional (AGGI), que em 1935 sugeriu a escolha de um sistema universal. Segundo Loch (2006), o continente africano foi tomado como ponto de partida para tal proposio. A projeo, conforme Gauss, foi aplicada a fusos de 60 de amplitude. Em 1951, a AGGI recomendou essa projeo para o mundo inteiro, com denominao de UTM. O sistema , assim, uma modificao da projeo transversa de Mercator, proposta por Gauss, a qual mais tarde foi reestruturada por Kruger, ao estabelecer o sistema de fusos. Dessa forma, algumas vezes o sistema referido como Gauss-Kruger. Nesse sistema, os pontos supostos sobre o elipside so projetados para um cilindro posicionado transversalmente em relao ao eixo de rotao da terra. De uma maneira geral, o sistema UTM mais fcil de ser utilizado que o sistema de coordenadas geogrficas, pois em lugar de projetar uma grade imaginria de linhas que se cruzam sobre o globo, projeta sees do globo sobre uma superfcie plana. Nesta aula, apresentaremos os conceitos e as principais caractersticas desse sistema de coordenadas.
ObjetivosAprender a trabalhar com coordenadas planas.
Aprender a localizar pontos sobre a superfcie baseando-se no sistema de coordenadas planas UTM.
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Algumas informaes bsicas sobre os sistemas de coordenadas
O sistema de coordenadas planasO sistema de coordenadas cartesianas baseado na superfcie plana, nela posies
do mundo real so medidas usando coordenadas x e y a partir de um ponto de origem. A converso de coordenadas esfricas para coordenadas planas causa a distoro de uma ou mais propriedades espaciais. Esse sistema possui as caractersticas mostradas a seguir.
n A terra representada por um elipside de revoluo, dividido em 60 fusos de 6o de longitude, numeradas de 1 a 60, com origem no antimeridiano de Greenwich, no sentido anti-horrio para um observador situado no Plo Norte.
n Os Paralelos so as linhas horizontais e os meridianos verticais.
n Os meridianos e paralelos interceptam-se em ngulos retos.
n Os pontos possuem propriedade de conformidade (conservam a forma para reas no muito extensas).
n Enquanto o sistema de coordenadas geogrficas, angulares, em graus, minutos e segundos, de uso geral para referenciar qualquer ponto da Terra, o sistema UTM, alm de limitado pelos paralelos 80o S e 84o N, deve contar com a indicao da Zona UTM, pois as mesmas coordenadas mtricas N e E repetem-se em todas as 60 zonas.
n No apropriada para representar os Plos da Terra onde se deve utilizar a projeo estereogrfica polar.
n A determinao das coordenadas UTM obedece s seguintes normas estabelecidas:
a) para a obteno da latitude, estabeleceu-se o valor de 10.000.000m para o Equador, sendo que os valores crescem no sentido norte e decrescem para sul;
b) para a obteno da longitude, estabeleceu-se o valor de 500.000m para cada meridiano central (MC), sendo que os valores crescem no sentido leste e decrescem no sentido oeste.
c) cada fuso pode ser prolongado por at 30 minutos sobre os adjacentes, criando-se uma rea de superposio para facilitar os trabalhos nos locais onde ocorre a mudana de fuso.
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Font
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6).
Na figura anterior, N a distncia em metros em relao Linha do Equador e E a distncia em metros em relao ao Meridiano Central.
Figura 1 - Especificaes de um fuso UTM
Figura 2 - Diviso do globo em zonas UTM
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O sistema de coordenadas UTM no Brasil
Segundo Loch (2006), no Brasil o sistema UTM foi adotado em 1995 pela diretoria do servio geogrfico do exrcito, possui 8 fusos UTM cuja numerao 25, 24, 23, 22, 21, 20, 19 e 18.
Figura 3 - Fusos UTM no Brasil e respectivo Meridiano Central de cada um dos fusos
Fonte: Loch (2006).
Articulao sistemtica das cartas e nomenclatura
A articulao das cartas sistemticas adotadas no Brasil segue a conveno de Londres, datada de 1909. Para isso, criou-se um ndice de nomenclatura para designar cada carta. O ndice de nomenclatura de uma carta representado por uma sucesso de letras e nmeros que servem para identificao das cartas no mapeamento sistemtico.
O globo foi dividido em fusos e zonas de forma conveniente, dando origem inicialmente ao que chamamos de Carta do Mundo ao Milionsimo, que consiste numa carta na escala de 1:1.000.000, cobrindo uma regio de 4 de latitude por 6 de longitude.
Os fusos so numerados no sentido anti-horrio (levgiro), a partir do antimeridiano de Greenwich. O fuso 30 tem limite 0 W e 6 W, o fuso de nmero 29 tem limite de 6 W e 12 W, seguindo at o fuso 1, cujo limite 174 W e 180 W, para o lado oeste do Meridiano de Greenwich.
Para o lado leste, o fuso 31 com limite 0 Leste e 6 Leste, indo at o fuso 60 com limite 174 Leste e 180 Leste. Para encontrar o nmero do fuso ao qual pertence um ponto,
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SF
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2854Carta: 1:1.000.000 - SF 22
devemos usar uma relao matemtica em funo da sua longitude e consequentemente a posio da carta ao milionsimo a que esse ponto pertence.
1. Nmero do fuso= 30 + longitude/6 pontos a E de Greenwich
2. Nmero do fuso= 30 - longitude/6 pontos a W de Greenwich
Obtendo o resultado dessas equaes, devemos utilizar apenas o nmero inteiro da diviso da longitude/6. Por exemplo, para uma cidade cuja longitude 51 24W, o seu fuso correspondente o de nmero 22, pois 30 51/6 igual a 22.
As zonas UTM esto dispostas no sentido das latitudes, fazemos a diviso dos Hemisfrios Norte e Sul em zonas de variao de 4 at a 80 S e 80 N.
As zonas so identificadas por letras do alfabeto, tanto para o hemisfrio Norte como para o hemisfrio Sul.
A zona A, por exemplo, fica delimitada pelos paralelos 0o e 4 para N e S e o mesmo para as demais zonas at a zona de letra T limitada pelos paralelos 76o e - 80o ao Norte e ao Sul.
Para a cidade citada no exemplo, cuja latitude de 22 07S, a zona correspondente seria a F. Para designar o hemisfrio, usa-se a letra inicial que o identifica, N para o Hemisfrio Norte e S para o Hemisfrio Sul.
Pelo ndice de nomenclatura as cartas de 1:1.000.000 so identifica