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Número 254 .Jr,.

MARÇO - De Voltao mês de março se caracteriza por ser um mês em que todas

as atividades são retomadas, isto porque terminaram as férias, e ocotidiano retoma a ser o normal em nosso dia a dia. Apesar de ser odia 5 de março o dia do reinício, este fica mais tipificado,por já terpassado o carnaval e começado o período da quaresma. É semprebom voltar, pois todos temos necessidade de ver de volta o tempo demais convívio familiar, mais estudos e mais trabalhos. Não há quemaguente por muito tempo, o ócio, o não ter compromissos, o nãoprecisar levantar cedo, o não ter de ir para o trabalho, para assimrecomeçar um tempo mais produtivo para si mesmo e para os outros.E quando falamos em outros, incluímos nossa pátria, nossa igreja, acomunidade em que convivemos. Todos esperam de nós um esforçoespecial, para que a normalidade retorne o mais rápido possível,cada qual desempenhando suas funções e realizando suas tarefas acontento.

Este ano tem, ademais, acontecimentos importantes tantodentro de nossa associação, como no país como um todo. Em abrilpróximo teremos eleições para a diretoria que regerá os destinos denossa comunidade por mais dois anos. Em junho/julho teremos acopa do mundo de futebol, acontecimento esperado comentusiasmo, mas também com certa preocupação. Em outubroteremos as eleições para presidente da república, senadores,deputados federais e estaduais. É, portanto, um ano em quepoderemos e deveremos exercer ao máximo nossos direitos decidadãos, escolhendo aqueles que julgamos capazes e aptos aexercer funções tão elevadas e de tanta repercussão em nosso asvidas.

Assim sendo, cabe a nós desde já refletir que atitudestomaremos, em função das magnas decisões que deveremos adotar.Nosso país está precisando de uma grande reviravolta, seja noâmbito educacional, de saúde, de segurança e de governabilidade.Posteriormente, não poderemos nos queixar se surgirem situaçõesdesastrosas e onerosas para nós, caso não exerçamos com correçãoe convicção nossos deveres de cidadãos, especialmente quandodepositarmos nossos votos. Peçamos ao Espírito Santo que nosilumine nesses momentos de tanta importância para todos nós,confiando assim que faremos escolhas adequadas para o nossopróprio bem e para o bem de nossa nação.

Desejamos a todos nossos associados, leitores e amigos umano profícuo, mas de modo especial um ano em que, nas diversasoportunidades que se apresentarem, saberemos usar corretamentenosso livre arbítrio, já que somos livres na tomadas de nossasdecisões. Mas nunca nos esqueçamos, que acima de tudo, deveprevalecer o bem comum, que propiciará famílias felizes, comrelacionamentos plenos de felicidade e bem estar.

Fernando Englert - Presidente

DEnnr.\lmCOMUNIDADE SÃO JOSÉ

Março 2014

HOJEHoje em dia se incita os jovens a gozarem ao máximo o

momento presente gastando o dinheiro e o tempo, pois o que vale

é o aqui e agora. Como já se dizia há milênios: "Comamos e

bebamos que amanhã morreremos".(cfr.ls. 22,13; 1Cor.15,32).

Um velho ditado popular recomendava: "Não deixes para

amanhã o que podes fazer hoje".Hoje, não te preocupes com o amanhãNo Sermão da Montanha, Carta Magna do cristianismo,

Jesus adverte: "Não vos preocupeis com o dia de amanhã. A cada

dia basta o seu mal. Procurai primeiro o Reino e a Justiça de Deus"

(Mt.6,1.34.33-Lc.12,22ss).Não te "pre-ocupes" com o amanhã, mas não esqueças

que a vida é dinâmica e avança cada dia rumo ao amanhâ. Viver épensar na amanhã. Viver é ocupar-se com o amanhã, é preparar o

hoje que virá dentro de algumas horas, dias ou anos.Clássica é a figura de Santo Expedito que deixava sempre

para "amanhã" sua conversão e que aparece, em suas imagens,

pisando o corvo, que lança seu granido habitual 'eras' ( 'eras', em

latim, amanhã) e elevando o crucifixo, o qual ostenta a palavra

'hodie' (hoje).Hoje planeja como será o próximo hoje.Quem calcula os seus gastos futuros, de amanhã, não

corre o risco de ver suas obras inacabadas (Lc.14,28-30). Quem

planeja o futuro não se lança em tarefas inseguras e nem serásurpreendido pelos adversários (Lc.14,31-32).

O amanhã é o hoje que está se aproximando. O ontem é o

hoje que se foi, mas que permanece presente hoje na memória e

nas consequências.Viver o hoje no presente, de tal maneira que as

recordações e as consequências sejam positivas no hoje do futuro

é sinal de prudência e sabedoria.Hoje e nos "hojes" seguintes não feches teu coração à voz

da paz. que é fruto da justiça.Hoje em síntese.Nesta Quaresma, "hoje, - como diz o Espírito Santo, - se

ouvirdes sua voz, não endureçais os vossos corações (SI.95,7-9).

Antes, animal-vos mutuamente, cada dia, durante todo o tempo

compreendido na palavra hoje" (Hebr. 3,7-15; 4,7).

Pe. Eloy Oswaldo Guella - Reítor

( CALENDÁRIO LlTÚRGICO - MARÇO)

IntençõesdoApostolado da Oração

Geral: Respeitoà mulher.Para que sejam respeitados os direitos e a dignidade dasmulheresemtodas as culturas.Missionária: VocaçõesjovensPara que numerosos jovens acolham o convite do Senhor,cansagrando suas vidas ao anúnciodo Evangelho.

SOLENIDADES, FESTAS E MEMÓRIAS80 Domingo do Tempo Comum.São Casimiro.Quarta-feira de Cinzas.Santa Perpétua e Santa Felicidade. Missa doApostolado, às 16:00h.São João de Deus. Missa dos cremados, às 17h.10 Domingo da Quaresma.20 Domingo da Quaresma.São Patrício B.São Cirilo de Jerusalém.São José, Esposo da Bem-Aventurada VirgemMaria, Padroeiro Universal da IgrejaMissa solene, às 12:10h.30 Domingo da Quaresma.Anunciação do Senhor.40 Domingo da Quaresma.

02/03 dom.04/03 ter.05/03 qua.07/03 sexo

08/03 sáb.09/03 dom.16/03 dom.17/03 sego18/03 ter.19/03 qua.

23/03 dom.25/03 ter.30/03 dom.

VIVENDO A CAMPANHA DA FRATERNIDADE

A Campanha da Fraternidade de 2014,celebrada dentro do período litúrgico quaresmal nosconvida a refletir sobre a realidade do tráfico humano,uma grande chaga da humanidade que priva daliberdade e da vida milhões de seres humanos.

Esta campanha tem como tema: "Fraternidade eTráfico de Pessoas" e como lema "É para a liberdade queCristo nos libertou" .(GIS,1)

O objetivo geral da Campanha da Fraternidadeé identificar as práticas de tráfico humano em suas váriasformas e denunciá-Ias como violação da dignidade e daliberdade humanas, mobilizando cristãos e pessoas deboa vontade para erradicar este mal com vista ao resgateda vida dos filhos de Deus.

REZEMOS UNS PELOS OUTROS

PAPA FRANCISCO FAZ UM PEDIDO:

Não chores pelo que perdestes, luta pelo que tens.

Não chores pelo que está morto, luta por aquiloque nasceu em ti.

Não chores por quem te abandonou, luta por quem

está contigo.

Não chores por quem te odeia, luta por quem te quer.

Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente.

Não chores pelo teu sofrimento, luta pela tua

felicidade.

Com as coisas que vão nos acontecendo vamos

aprendendo que nada é impossível de solucionar,

apenas siga adiante.

SITE DA IGREJA SÃO JOSÉE DA COMUNIDADE SÃO JOSÉ

Informamos aos nossos associados e distintos leitores, quenosso site já está no ar. Para informações, histórico, normaspara casamentos e batizados, boletim Sinos de São José edemais atividades e notícias pertinentes acesse:

www.comunidadesaojose.comEsperamos, assim, propiciar mais um elemento importante

em nossa maneira de nos comunicar com nossos asociados.

Av.Alberto Bins, 467 - Porto Alegre - RSFone/Fax (51) 3224 5829

comjose@terra.com.br

HORÁRIO DAS MISSASSegundaa Sexta:12h10min

Sábados:17hDomingos:1Ohe 20h

.~J!!eoJl Horário expediente: segunda a sexta-feira

Manhã: 8h.30min ás 12hTarde: 13h30min às 18h

e que viveu, êruz e rhomem e Deu. é e ensinar um modo diferente de viver. aduzi'_u..J..u'u~~_"ICL---'1prática de vida um ethos singular. Foi um homem profundamente carismático. Porém, o Cristianismonão foi fundado por Jesus Cristo, mas inspirado por ele, por isso esse movimento passa a serimpensável sem a fé em Jesus. O Cristianismo embora original e singular (centrado na pessoa doJesus histórico - seu caráter absoluto) possui uma irrenunciável condição histórica conferida pelasua encarnação nos diferentes tempos e culturas. Daí o desafio de em tempos de crise, como onosso, resgatar a sua identidade genuína. Assim, também ~ Igreja é distinta tanto de Jesus Cristocomo do Cristianismo. A Igreja é uma institucionalização do Cristianismo, como tambéminstitucionaliza certos aspectos da vida de Jesus Cristo. O Ser Cristão, embora intimamente ligado aJesus Cristo e vivido unicamente dentro de uma comunidade eclesial, diferencia-se de ambos; estenão é uma pura imitação de Jesus Cristo nem enquadramento na Igreja, pois implica liberdade deescolha segundo três contornos básicos: o Jesus histórico, glorificado e junto do Pai atuante entrenós.

O Ser Cristão é inspirado no ethos singular criado por Jesus Cristo. Este ethos representa umaprática de vida singular, o verdadeiro espírito cristão. Ao passo que as formas ditas cristãs oueclesiais, relativas aos seguidores de Jesus Cristo, já realizam uma interpretação de Jesus e deseus ensinamentos, muitas vezes distanciando-se deles e até minando aspectos fundamentais davida de Jesus.

A não identificação das formas históricas do Cristianismo e das Igrejas com Jesus Cristo conduza um processo de secularização, ou seja, à mundanização espiritual, como afirma o Papa Francisco.Com isso se perde o porquê e o para quê de seguir uma determinada religião que sustenta apenas onome e a fachada. Ao se perder os vínculos com a vida e os ensinamentos de Jesus Cristo, seumodelo e inspiração, cai-se naquilo que, pensadores como Nietzsche e Kierkegaard, chamam deincoerência. Com isso o fenômeno cristão tende a lentamente desaparecer do panorama histórico-cultural. Logo, o fenômeno cristão se perpetua à medida em que se mantém fiel a sua fonteinspiradora: a prática cristã vivida por Jesus.

Pe. Adilsom Feiler - SJ

o CENTAURO~COMUNIDADE SÃo JOS~

~COMUNIDADESÃo JOS~

"A única coisa a fazer é tocar um tango argentino" Manuel Bandeira

Este Editorial da Revista Cultura e Fé, nO141,Abril-Junho 2013, de autoria do nosso colaborador e sempre amigo daComunidade São Jose, Dr. Sérgio Almeida de Figueiredo, recentemente falecido, ao qual prestamos nossahomenagem, vem muito a propósito, numa ano em que teremos eleições majoritárias. Ao depositarmos nosso voto,ievemos em conta este brilhante editorial:

Quem diria Maquiavel ao magnífico Lorenzo de Mediei se o povo se revoltasse contra ...contra o quê? Contra a tarifade transportes públicos e concedidos. Tudo bem. Contra a corrupção vigente nas altas esferas. Bem. Em favor daeducação, da saúde, da segurança pública. Tudo muito bem.

Isoladamente, cada uma das causas seria resolvida na mesa de negociações, em busca de uma composição. Mas,como tudo isto junto - segurança, saúde, educação, corrupção, tarifas -, fica difícil falar em conciliação, dada apluralidade das reivindicações. Com este conjunto de aspirações, Maquiavel não contava. Mas chegou perto.

Ele lembrava ao Médici" o quão louvável é um príncipe que honra a sua palavra e viva de forma íntegra".Mas, naqueles tempos, como agora, "não primavam os dirigentes em cumprir suas promessas". Está visto que ele

escrevera "O Príncipe" para o príncipe Lorenzo de Mediei, segundo esta constatação: a corrupção era geral.Disse, ainda, Maquiavel que há dois modos de conter uma rebelião: um é por vias das leis; o outro, pela força, um, a

legislação, é próprio dos homens; o outro é próprio dos animais.E o príncipe deveria saber eleger entre usar da metade homem ou da metade animal. Como um Centauro.Caberia ao príncipe sopesar quando utilizar a cabeça do homem ou os cascos do cavalo.Estas opções, no entanto, não foram dirigidas a um príncipe que tivesse palavra confiável e vida digna. Só a postura

moral seria o cadinho em que se forjariam as soluções para os reclamos do povo. Diz ainda Maquiavel: "todavia, aexperiência nos faz ver que, nestes nossos tempos, os príncipes, que mais se destacaram, pouco se preocuparam emhonrar suas promessas; e que, além disso, eles souberam, com astúcia, ludibriar a opinião pública" .

Maquiavel, é consabido, deu conselhos úteis para que o dirigente se equilibrasse no poder, sem atender a escrúpuloséticos. Com acentuado ceticismo, Maquiavel referia-se apenas aos príncipes que não tivessem pruridos morais.Recentemente, como outrora, houve manifestações de rua pedindo a redução de tarifas, combate à corrupção, e emfavor da saúde, de educação e segurança. Aparentemente seriam manifestações pontuais. Mas elas são redutíveis auma só coisa: falta de comportamento ético. O resto é consequência.

Sem a observância da moralidade, nenhuma dessas causas poderia ser atendida, ainda que isoladamente.Mas a multiplicidade de reivindicações não seria a única perplexidade de Maquiavel. Qual seria o conselho que teria

dado aos príncipes brasileiros? Creio, diante dos fatos que se presenciam, que ele estaria naquela situação do médicocantado por Manuel Bandeira diante do paciente em cheque e em choque: "a única coisa é tocar um tango argentino".

E qual foi a resposta ao povo nas praças do Brasil a respeito de seus pedidos de segurança, saúde e redução detarifas de transporte público?

Um plebiscito!Um plebiscito para que se optasse entre o voto livre e o

obrigatório. Mais a conveniência da extinção do voto secreto noparlamento e o voto distrital. Esta solução não tem nada demaquiavélica.

Maquiavel fora mais inteligente.Um plebiscito!Quem diria!

PS. Aproveitamos para recomendar aos nossos associados,amigos e leitores, a aquisição do excelente livro DO BAÚ DEGUARDADOS, de autoria do Dr. SérgioAlmeida de Figueiredo.Trata-se de editoriais da Revista Cultura e Fé, publicados aolongo desses últimos anos.

Forma de aquisição:Tel.: (51) 3279.6188 ou www.editorasapiens.com.br