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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES | AGOSTO 2018 | EDIÇÃO 205 | ANO 17 54 3452.4723 | [email protected] Rua General Osório, 309 - Sala 904 - Centro - Bento Gonçalves - RS André Pellizzari Fotografia Lixo orgânico vai gerar energia elétrica Local onde será construída a Usina de Resíduos Sólidos Urbanos, no bairro Pomarosa, pioneira no Brasil

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54 3452.4723 | [email protected] General Osório, 309 - Sala 904 - Centro - Bento Gonçalves - RS

André Pellizzari Fotografia

Lixo orgânico vaigerar energia elétrica

Local onde será construída a Usina de Resíduos Sólidos Urbanos, no bairro Pomarosa, pioneira no Brasil

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MEIO AMBIENTE JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 20182

Reportagem: André GuillamelauEdição: Kátia BortoliniFotos: André Pellizzari

Tecnologia de ponta transformarálixo orgânico em energia elétrica

Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda. Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS | Fone: (54) 3454.2018 | 3451.2500 | E-mail: [email protected] | www.integracaodaserra.com.br

Periodicidade: Mensal | Circulação: Primeira semana de cada mês, em Bento Gonçalves, Garibaldi, Santa Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos

Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374 | Redação: André Guillamelau | Social Media: Natália Zucchi | Área Comercial: Moacyr Rigatti | Atendimento: Sinval Gatto Jr. | Diagramação: Vania Maria

Basso | Editor de Fotografia: André Pellizzari | Colaboradores e Colunistas: Aldacir Pancotto, Ancilla Dall´Onder Zat, Bruna Bello, Bruno Nascimento, Melissa Maxwell Bock, Rogério Gava, Thompsson Didoné.

Três empresas já manifestaram interesse em construir a Usina de Tratamento e Eliminação dos Resíduos Sólidos Urbanos de Bento Gonçalves, em Parceria Público-Privada (PPP)

Três empresas já demonstraram interesse em participar da licitação para a construção da Usina de Tratamento e Eliminação dos Resíduos Sólidos Ur-banos de Bento Gonçalves, por pirólise, com edital lançado pela prefeitura no último dia 24 de julho, para a apresentação de propostas até o próximo dia 17 de setembro. A informação é do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Sílvio Bertolini Pasin. A obra será feita em Parceria Público--Privada (PPP), na modalidade de concessão admi-nistrativa de 35 anos, numa área do município, de 3,79 hectares localizada na rua Davile Sandrin, no bairro Pomarosa, onde funciona atualmente a Esta-ção de Transbordo. O modelo vencedor do projeto da usina foi o elaborado pela Planex S/A- Consul-toria e Planejamento, de Minas Gerais. A empresa vencedora para a implementação do projeto terá o prazo de doze meses para a execução da obra.

Bento Gonçalves produz, em média, 110 tonela-

das de lixo por dia. Desse montante, 24% é reciclado. Os materiais orgânicos são transportados por cami-nhões até o aterro sanitário de Minas de Leão, por cerca de 180 quilômetros, com um custo mensal de R$ 250 mil. A usina vai gerar 12.346 MW de energia elétrica por mês, entre eles 10.400 MW destinados ao consumo nas repartições e na iluminação públi-ca. O restante da energia poderá ser permutado ou comercializado pela prefeitura.

O município será pioneiro no Brasil na utilização de uma usina de pirólise para a transformação de resíduos sólidos urbanos em energia elétrica. O pro-cesso de transformação inicia com a triagem do lixo, com separação dos recicláveis, restando apenas a parte orgânica para a transformação em energia. A empresa vencedora da próxima licitação irá ganhar os direitos de explorar a energia excedente além de poder comercializar as sobras do lixo, ressaltado como “muito rico” pelo prefeito de Bento Gonçalves,

Guilherme Pasin. Segundo ele, esse é um dos pro-jetos mais importantes da história recente de Bento Gonçalves. O prefeito salienta ainda que os 60 inte-grantes das associações de recicladores que atuam no município serão convidados a trabalharem na usina, com carteira assinada.

“O projeto da Planex foi adequado a realidade local baseado em modelos internacionais de gestão de resíduos. A Concessionária processará ou gerará as quantidades determinadas pelo Concedente le-vando em conta o crescimento da demanda ener-gética e as novas necessidades de processamento de resíduos”, explica o Secretário de Desenvolvi-mento Econômico. Ele ressalta que a usina não cau-sará nenhum impacto ambiental e visual. “Quem passar pela rua que dá acesso ao Vale dos Vinhedos não avistará a usina que terá apenas um discreto chaminé por exigência das normas de segurança. Inclusive, o local será aberto à visitação pública”.

Estação de Transbordo, situada numa área de terra do município, de 3,79 hectares, no bairro Pomarosa

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Divulgação

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 2018 MEIO AMBIENTE 3

A pirólise consiste na reação de decomposição por meio do calor na ausência de oxigênio. Este pro-cesso requer uma fonte externa de calor para aque-cer a matéria, podendo fazer a temperatura variar de 300ºC a mais de 1000°C, ou seja, qualquer pro-cesso térmico com temperaturas superiores a 300°C na ausência de oxigênio é considerado método de pirólise que pode ser Lenta, Rápida e Flash Pirólise que possuem condições distintas quanto às condi-ções de operação.

A Pirólise Lenta é um processo que ocorre a tem-peraturas superiores a 400°C e longos períodos de residência (40min - 1hora) em que a proporção dos produtos obtidos normalmente é 30% líquidos, 35% carbonáceos e 35% gases. A Pirólise Rápida ocorre na temperatura entre 400°C e 600°C e períodos de residência curtos (2 seg.) com produtos obtidos normalmente de 75% líquidos, 12% carbonáceos e

Usinas de pirólisepelo mundo

Área onde funciona a Estação de Transbordo, que sediará a Usina de Pirólise de Bento Gonçalves, com projeto vencedor da maquete (direita)

Japão e Alemanha foram os principais pa-íses que construíram Usinas a Pirólise Lenta a Tambor Rotativo. Um dos grandes motivos que levaram os japoneses a adotar esta tecnologia foi o fato dos modernos sistemas de pirólise criados para tratar RSU serem capazes de pro-duzir e garantir resultados globais muito supe-riores a outras tecnologias de transformação.

Não foi por acaso que os japoneses imple-mentaram as usinas de Yame, Koga Seibu, Toyo-hashi, Nishiiburi, Ebetsu e Kyouhoku, citando apenas algumas. Elas foram desenvolvidas por renomadas empresas que realizam constantes pesquisas preocupadas com o tratamento dos resíduos sólidos urbanos sem agredir o meio ambiente e com alto poder de obtenção de energia. Entre outras considerações foi observa-do que o sistema pode ser instalado em peque-nas áreas, tem prazo de construção e instalação relativamente curtos, reduz a dependência de aterros sanitários e, pelo baixo impacto ambien-tal, facilita a aceitação da população que mora nos arredores. Na Alemanha, a usina de Hamms reflete o sucesso do uso da tecnologia da piróli-se e a Dinamarca apresenta uma das taxas mais altas de reciclagem do mundo.

Obtenção de energia renovável através da pirólisesentes nos rejeitos sólidos da pirólise, calcula-se que os sólidos da pirólise terão entre 10% e 15% do peso do resíduo bruto. Para que a usina funcione é neces-sário a queima de cerca de 30% do gás de síntese gerado, fazendo com que este processo seja autos-sustentável, onde 70% do gás restante serão utiliza-dos para a geração de energia elétrica.

Pirólise deriva dos termos gregos piro, que signi-fica “fogo”, e lise, que significa “quebra”. Literalmente, a pirólise é a “quebra pelo fogo”. Ela está sendo tra-tada como uma das alternativas à falta de petróleo. Além disso, é uma solução “limpa” para a decom-posição do material orgânico (biomassa). Este pro-cesso, do ponto de vista ambiental, produz menor quantidade de cinzas e não contém metais pesados, sendo estudado por universidades em vários países, que buscam formas de agregar valor energético e comercial aos resíduos orgânicos.

13% gases enquanto a Flash Pirólise é um processo a temperaturas superiores a 800°C e períodos de re-sidência curtos (1 seg.), sendo que a proporção dos produtos obtidos normalmente é de 5% líquidos, 10% carbonáceos e 85% gases.

Cabe esclarecer que estas diferentes condições de operação resultam na obtenção de produtos di-ferentes. Na indústria, a pirólise é chamada de cal-cinação, sendo possível produzir produtos como o alcatrão pirolítico ou bio-óleo e o carvão vegetal, que são alternativas de combustíveis para a geração de Energias Renováveis. No caso da usina a ser im-plementada em Bento, a matéria orgânica presen-te no RSU será tratada termicamente por pirólise e convertida em gás de síntese (aproximadamente 90% da matéria orgânica seca) e coque/carvão (10% restantes).

Como outros inorgânicos também estarão pre-

Licitação foi precedida de Audiência Públi-ca, nos termos do artigo 39, da Lei Federal n.º 8.666/93, tendo sido realizada no dia 06/07/2018 e devidamente divulgada no D.O.E. de 19/07/2018, bem como no sítio eletrônico, www.bentogoncalves.rs.gov.br, http://ppps.bentogoncalves.rs.gov.br.

CONSULTE

Queima de matéria orgânica na Usina de Pirólise em Bremen, na Alemanha

Reprodução

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 2018MEIO AMBIENTE4

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)Termo utilizado para denominar o conjunto de todos os tipos

de resíduos gerados nas cidades e coletados pelo serviço municipal. Exemplos: a) resíduos gerados em atividades domésticas, compos-tos de restos de alimentos, embalagens e produtos em geral que são descartáveis pelos munícipes; b) resíduos originários de atividades co-merciais (lanchonetes, lojas, etc.), industriais e de serviços (escritórios e empresas de prestação de serviço) cuja responsabilidade pelo manejo não seja atribuída ao gerador, acondicionados em recipientes de ca-pacidade não superior a 100 (cem) litros por dia; c) resíduos gerados nas atividades de varrição de logradouros públicos e desobstrução de galerias e bueiros; d) resíduos provenientes de feiras-livres, mercados municipais, parques municipais, cemitérios e edifícios públicos em ge-ral; e) resíduos provenientes de limpeza e poda de jardins de domicí-lios e áreas verdes existentes no município.

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS PROCESSADOSSão os resíduos utilizados efetivamente para tratamento térmico

e conversão em energia elétrica. São considerados para este cálculo a totalidade dos RSU acima descritos, extraindo-se os RECICLÁVEIS, VI-DROS e METAIS oriundos da triagem do RSU.

TRATAMENTOProcesso que envolve alteração das propriedades físicas, químicas

ou biológicas dos RSU e que visa recuperar, separar ou neutralizar de-terminadas substâncias presentes nos RSU, reduzir massa e volume, ou produzir energia.

TRATAMENTO TÉRMICOTodo e qualquer processo de TRATAMENTO de RSU cuja opera-

ção seja realizada acima da temperatura mínima de 800° (oitocentos) graus Celsius.

RECORTE E GUARDE!

SAIBA MAIS

TRANSBORDOO translado do RSU de um VEÍCULO COLETOR a outro veículo com

capacidade de carga maior, realizado de forma direta ou indireta.

MATÉRIA ORGÂNICACompreende tudo aquilo que provém dos seres vivos da natureza,

desde excrementos até restos de seres mortos. Cabe lembrar que o adubo para plantas é feito de matéria orgânica a partir dos excremen-tos dos animais bovinos.

DECOMPOSIÇÃOÉ um processo biológico realizado geralmente por bactérias no

qual uma matéria orgânica é aos poucos reduzida a uma forma mais simples e tem seus nutrientes devolvidos ao solo. Uma planta morta é decomposta por bactérias e seus nutrientes devolvidos ao solo serão absorvidos por outros vegetais.

INCINERAÇÃOCremar; reduzir às cinzas (relativo ao cadáver). Ação ou efeito de

incinerar. É também um processo químico industrial de tratamento do lixo sólido urbano, efetuado através de vias térmicas, recuperando a energia calorífica produzida. A incineração do lixo é necessária.

PIRÓLISEÉ o processo onde a matéria orgânica é decomposta após ser

submetida a condições de altas temperaturas e ambiente desprovi-do de oxigênio. Apesar de sua definição esclarecer a necessidade da inexistência de oxigênio, vários processos ocorrem com uma pequena quantidade dele. Uma aplicação bastante comum é a carbonização da madeira. Seu propósito é a produção de carvão vegetal, item essencial para o fornecimento de energia em diversas indústrias.

Fonte: Google/internet

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 2018 MÊS DOS PAIS 5

MÊS DOS

PAIS

Vivemos tempos de grande in-diferença afetiva, tempos em que os contatos virtuais pelas telas e telinhas despertam maior interesse do que a convivência, o cuidado, a proximidade física. Isto não somente entre amigos ou nos locais de trabalho, mas tam-bém na vida íntima, nas residências, nas famílias. Lamentável também, é o fato de que não são apenas as crian-ças e jovens que se alienam nas redes sociais, mas também pais, mães, cui-dadores e outros responsáveis.

Considerando que a mera exis-tência de relações consanguíneas não garante a existência do amor, que pre-cisa ser construído no convívio e nos atos de cuidado, o afastamento dos membros familiares entre si, especial-mente de pais e filhos em função da tecnologia, pode trazer, no mínimo,

grandes preocupações. Com a proximidade do dia

dos pais, podemos aproveitar esta linha de raciocínio para considerar que a efetiva pre-sença, de corpo e alma, com afeto e dedicação são funda-mentais para a construção de um vínculo amoroso. A mera existência de um pai biológico não basta, é preci-so construir o amor a partir da relação e quando possí-vel, da presença.

Desta forma, podemos nos reme-ter às situações de adoção, em que o vínculo e o amor entre pais e filhos “de coração” podem ser legítimos, pois também construídos a partir do con-vívio, do desejo de encontro e acolhi-da, do respeito mútuo. Conflitos são inerentes aos relacionamentos, existi-rão em todos eles.

Pensando em adoção, podemos lembrar também de várias situações em que casais homoafetivos optam pela adoção, muitas vezes ainda ge-rando surpresa e questionamentos sobre a qualidade das relações e sobre efeitos que possam haver sobre o de-senvolvimento de crianças e jovens.

Karin

ZottisPsicóloga, Psicoterapeuta,

Pedagoga

Milani

Paternidade,

comunicaçãotecnologia e

No entanto, existindo nestes casos um desejo real de constituir uma família, de amar e conduzir um ser humano pela vida, como podemos afirmar que o abandono em abrigos pode ser melhor do que esta forma de organi-zação familiar? Não é possível afirmar, também, que o convívio de crianças e jovens com pais biológicos, por si só seja positivo e construtivo. Infeliz-mente, muitos são os exemplos de que isto não é verdade, traduzidos em indiferença, negligência, várias formas de violência, abandono. O abandono que crianças e jovens experimentam em orfanatos, asilos, albergues, é ou-tra forma de violência e sofrimento.

Se voltarmos a pensar na era vir-tual e em sua ascendência sobre as pessoas e relações, podemos conside-rar que os vínculos entre pais e seus fi-lhos das gerações que nasceram após o advento da Internet sejam muito sui generis, porque influenciados por este recurso. Além disso, aquela tão conhecida expressão, “eu já tive a sua idade”, em grande parte das situações perde muito do seu significado, con-siderando que o contexto no qual os pais cresceram foi radicalmente di-ferente do atual e do futuro, em que os seus filhos viverão. Assim, as opini-ões, os valores, as preferências e até as rotinas que são tão naturais para os jovens podem parecer estranhas, de difícil compreensão, para quem construiu um saber em décadas ante-riores, num contexto histórico extre-mamente diferente. Os conceitos que podemos dizer mais básicos, como de tempo, espaço e culturas, têm se transformado diante da rede mundial de relações, possibilitada pela Inter-net. Os tradicionais conflitos de gera-ções ficam ainda mais complexos.

No entanto, a partir de uma deter-minada época, pais que já experimen-taram em suas vidas os benefícios da tecnologia, que consistiriam nos gru-pos chamados de Geração Y ou Gera-ção Millennial, já têm condições de se relacionarem de forma mais harmôni-

ca com seus filhos, considerando-se os aspectos tecnológico, os ligados à comunicação e conceitos. A Geração Millennial considerada aqui, é aquela nascida a partir dos anos 80 e, portan-to, a primeira criada com facilidades tecnológicas como computadores, internet, smartphones e redes sociais, onde muitos são nativos digitais. De-senvolve-se a partir daqui uma nova possibilidade de relações equitativas entre pais e filhos, que compreendem e utilizam os mesmos recursos, que conseguem ver a comunicação virtual como uma forma legítima de relação.

Embora tenhamos estas gerações imersas no mesmo “caldo” tecnológi-co, ainda é possível pensarmos como serão as representações psíquicas destas gerações de filhos. Quais serão as influências dos conteúdos tão uni-versalmente diversos, encontrados na web? Como se darão as definições de limites, sempre tão difíceis de estabe-lecer? Que fundamentos se constitui-rão na relação com os pais, a partir de suas posturas tão “ligadas” no mundo? Como serão capazes de se “ligarem” de fato com seus filhos e constituírem vínculos, tão necessários para perso-nalidades saudáveis?

Estes questionamentos valem não só para os filhos dos Millennials, pais da chamada geração Z, mas para eles mesmos, em seu contexto histórico--educativo enquanto filhos que tam-bém são, de pais que sentiram a difi-culdade de integração/mediação com o novo universo digital disponível, marcando o psiquismo destes novos pais Millennials. Os assim denomina-dos tendem a superproteção, sempre buscam consenso e trabalham com a corresponsabilidade.

Novos momentos, novas deman-das que nos fazem lembrar de um dito, de que não há receita para a criação de filhos, em qualquer época, mesmo nesta, tão farta em informações, mas que se tornarão eficazes apenas na adequada aplicação num contexto de relação afetiva, amorosa e dedicada.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 2018MÊS DOS PAIS6

Pela primeira vez na Capital Brasileira do Vinho, o papai mais pop do Brasil fala sobre paternidade no Dall´Onder

Grande Hotel, no dia 11 de agosto

Antonio Carlos KoffMédico, Cientista,

Filósofo e Humanista

Ensina-me

Ensina-me, Senhor, a ter féA ver com os olhos do espíritoE a seguir os impulsos do meu coração.

Ensina-me, Senhor, a não me lamentarA aprender as lições da vidaE a trabalhar por merecer.

Ensina-me, Senhor, a me despojar da vaidadeA ser humilde em meio a tanta ciênciaE a ter o coração puro.

Ensina-me, Senhor, a não me omitir dos meus deveresA não me olvidar dos meus irmãosE a auxiliar os que de mim necessitam.

Ensina-me, Senhor, a manter sempre a calmaA vencer pela persistênciaE a desbravar pela coragem.

Ensina-me, Senhor, a amarA iluminar onde há trevasE a levar esperança onde há desespero.

Ensina-me, Senhor, a perdoarA não julgar ninguémE a não querer impor as minhas ideias.

Ensina-me, Senhor, a atender aos Teus chamadosA aceitar os teus desígniosE a obedecer a Tua vontade.

Ensina-me, Senhor, que a vida é um renascer diárioQue a morte é uma passagemE que estás além de todas as coisas.

Tudo isto ensina-me, Senhor, e muito maisMas sobretudo ensina-me... a confiar em TiSomente em Ti.

Marcos Piangersno Dall´Onder

Autor do best seller ‘O Papai é Pop’, com mais de 250 mil cópias ven-didas no Brasil, lançado também em Portugal, Espanha, Estados Unidos e Inglaterra, Marcos Piangers, o papai mais cool do Brasil, estará em Bento Gonçalves no dia 11 de agosto, às 20h, no Centro de Eventos Malbec, no Dall’Onder Grande Hotel. Com bom humor, ele vai conduzir a palestra ‘O Papai é Pop’, numa promoção da Rede de Hotéis Dall’Onder. Ingressos estão à venda a R$ 65 nos hotéis da rede e pelo site www.sympla.com.br. 100% da venda dos ingressos será revertida para os projetos do Instituto Tarcísio Michelon (ITM).

De forma descontraída e emocio-nante, Piangers vai falar sobre erros e acertos dos pais modernos e os desa-fios para criar filhos felizes e prepa-rados para o mundo. Portanto, a pa-

lestra é dirigida também às famílias. “Esta será uma grande oportunidade de Bento e região aproveitar para ou-vir um pai que se tornou referência no assunto. É uma porta para oportu-nidades e ruptura de um futuro que depende e está intimamente ligado à educação”, declara Tarcísio Michelon, diretor Superintendente da Rede de Hotéis Dall’Onder.

Com 3,2 milhões de fãs no Face-book e meio milhão no Instagram, é especialista em novas tecnologias, criatividade, inovação e uma das maiores referências sobre paternida-de do país. Já deu aulas e palestras para os maiores eventos e empresas nacionais, além de ser três vezes pa-lestrante do TEDX, a maior conferên-cia de ideias do mundo. Seus vídeos já ultrapassaram a marca de 300 mi-lhões de views no Facebook.

Divulgação

Autor do best seller ‘O Papai é Pop’, Marcos Piangers palestra no Dall´Onder

22º aniversário de falecimento

Pai, marido e avô...Um sopro de saudadese mantém vivo emnossos corações...

João Troian

+ 6 de agosto

MÊS DOS

PAIS

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 2018 PATERNIDADE CONSCIENTE 7

“O maior legado que devemos deixar para nossosfilhos são ensinamentos de valores morais”

É o que afirma o empresário César Anderle, pai de Clara e Mateus

O que mudou na sua vida com a paternidade?A responsabilidade ficou eviden-

te. Tenho que dar bons exemplos para o desenvolvimento do caráter dos meus filhos. Além disso, o ca-rinho que dispenso a eles cria elos fortes. Adoro apertá-los e fico feliz ao sentir e reciprocidade de ambos. No meu entender, o beijo é sinal de respeito um pelo outro. Quanto aos sentimentos, penso que é fundamen-tal expressá-los no olhar, nas palavras e nas atitudes. O afeto deve ser com-partilhado. Por outro lado, sou firme nas cobranças, não volto atrás.

Como você concilia o tempoentre as atribuições da empresa e o papel de pai?Fui criado observando o quanto

meu pai trabalhava. Também traba-lho bastante, provendo a família dos recursos materiais necessários para o seu dia a dia. Mas abençoo os meus filhos todos os dias ao sair de casa, mesmo eles estando dormindo, ado-ro abraçá-los e dar um beijo afetuoso quando os encontro, principalmen-te na testa, em sinal do respeito que tenho por eles. Procuro me policiar nas minhas atitudes por saber que o exemplo é o melhor professor para as crianças. Na medida do possível, converso com eles quando estão pas-sando dos limites em brincadeiras e atitudes próprias da fase inicial dos seres humanos.

“Os nascimentos de Mateus, em 8 de agosto de 2008 e o de Clara, em 23 de maio de 2012, reforçaram a minha fé em Deus e em sua sabedoria. A criação da vida é algo difícil de ser imaginada pelos seres humanos. Somente Deus tem a capacidade de fazer a natureza gerar vida e isso é quase incompreensível para a maioria das pessoas”, afirma o empresário César Anderle, casado com Simone Ribeiro Anderle. Ele relata um pouco de sua atuação como pai, norteada pela religiosidade, afeto e entronização de valores morais, a exemplo da forma que foi criado.

Empresário César Anderle com os filhos Mateus e Clara Fotos: Arquivo Pessoal

Luiz Anderle, seu pai, deu exemplos positivos para você?Decididamente sim, no trabalho,

na dedicação à empresa, na hones-tidade, no respeito que tinha pela minha mãe e na paciência em suas ações. Ele procurava ver a vida de forma positiva e dizia seguidamen-te: “temos de ser otimistas”. Para ele, não tinha tempo ruim. Meu pai me ensinou a vivenciar a fé cristã por or-dens e exemplos. Dificilmente perdia a missa das manhãs de domingo. Nos sábados à tarde ou nos domingos eu tinha de ir à missa. Às vezes ia, outras não... mas sempre saía de casa para ir e voltava com se tivesse ido (risos). Ele era um homem de palavra. Se as-

sumia o compromisso, cumpria, mes-mo com prejuízo. Meu pai também me ensinou a ser grato. Para mim, é fundamental atingir o coração das pessoas. Quando aperto a mão de um cliente ou agradeço minha equipe, isso é sinal de gratidão. A afetividade aos meus pais demorou a ser expres-sa. Eu tinha 30 anos quando disse “eu te amo” para minha mãe. Para o meu pai, foi ainda mais tarde, na formatu-ra de um curso de relações humanas. Não aprendemos com eles a expres-sar sentimentos. Aprendemos a ser gratos.

Em relação aos seus filhos, você age como seu pai agia com você?Sim, na firmeza, nos bons costu-

mes, na responsabilidade ao assumir os compromissos. Procuro ser mais afetivo, busco mais diálogo, olhando nos olhos dos meus filhos, auxilio nas tarefas escolares e participo de mo-mentos de brincadeiras conjuntas.

Você está criando seus filhos para andar com as próprias pernas pelo mundo na juventude e na fase adulta? De que forma?Acredito que sim, pois tento fazer

com que eles tenham opinião própria e que se sintam responsáveis pelas próprias atitudes. Procuro chamá-los para os afazeres domésticos, pois as-sim estou dando a eles oportunidade de serem responsáveis para o futuro, através de pequenas atitudes realiza-das em casa e enquanto crianças.

Atualmente, as crianças têm acesso a muitas facilidades. Na sua opinião, de que formaas atuais gerações podem setornar mais resilientes?Demasiadamente. As facilidades

atuais de consumo tendem a anular a vontade de querer fazer o novo entre os que têm acesso muito fácil às no-vidades do mercado. As crianças não compreendem o outro lado de que tem que merecer para ter, ou seja, trabalho, responsabilidade e, após, merecimento. Se forem criadas com todas as suas vontades sendo aten-didas, dificilmente serão resilientes. A frustação será um impacto negati-vo logo ali na adolescência e poderá persistir na vida adulta, ainda mais que estamos em tempos de mudança constante e convivendo com diversos obstáculos impostos, tanto pela so-ciedade como pelo governo.

“Um pai nos dá o maior bem, que é o exemplo”“O grande legado que recebi de

meu pai foram os ensinamentos para ser um homem íntegro, que respeita as pessoas, que honra a palavra e que preserva as boas atitudes. Sei que so-mos seres em construção, mas um pai nos dá o seu maior bem, que é o seu exemplo. Não temos o direito de exi-gir que nossos pais sejam 100% em suas atitudes, mas é por meio deles que estamos aqui e essa gratidão é toda para eles. Bênção meu pai! Se eu puder passar aos meus filhos os valo-res que aprendi convivendo contigo, com certeza partirei realizado”.

Luiz Anderle: exemplo no trabalho, dedicação, honestidade, respeito,

paciência e otimismo

MÊS DOS

PAIS

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 20188 PATERNIDADE CONSCIENTE

O que aprendestes com a paternidade?Recém-nascidos não trazem con-

sigo um manual de instruções. Se aprende a ser pai no convívio, no olhar atencioso a personalidade de cada fi-lho, diferentes entre si. Também se aprende dando bons exemplos e re-passando aos filhos os valores morais aprendidos com os nossos pais e a so-ciedade.

Como é a sua rotina de pai numa casa com quatro crianças?É de auxílio a Lesandra na organi-

zação da rotina deles, que inclui horá-rios para café, almoço, jantar e dormir. Todas as noites tem a festa do pijama na nossa casa...risos. Horários para mi-nistrar medicações são dispostos em painel. O Fernando, de 1 ano, tem os irmãos mais velhos como professores particulares. O convívio entre eles é quase sempre pacífico, mas, cada uma tem suas particularidades que devem ser observadas no dia a dia. Uma vez por semana, levamos as crianças para a missa, duas de cada vez. Com a An-tonia e o Antonio é mais tranquilo. Já com Francisco e Fernando, temos que ser criativos. Em alguns santuários em que as missas são transmitidas por estações de rádios, como o de Nossa Senhora de Caravaggio, um de nós assiste na igreja, com os mais velhos e o outro, acompanha a transmissão no carro, com os pequenos.

MÊS DOS

PAIS

Lesandra e Rogério Dalla Costa: quatro filhos após tratamento comquimioterapia ao qual ela foi submetida, com previsão de possível infertilidade

Casal atribui o nascimento das crianças a fé em Deus, por interseção de Santo Antônio

Lesandra e Rogério Dalla Costa com os filhos Antonio, Francisco, Fernando e Antonia

Foto: Cris Sartori e Duda Ferretti

“Quatro filhos e se Deus quiser mandar mais, serão bem-vindos”, afirma o empresário Rogério Dalla Costa, pai de Antonia, 8, Antonio, 6, Francisco, 3, e Fernando, 1. A sua esposa, a arquiteta Lesandra Dalla Costa, entusiasta da ideia, tem até o nome definido para o caso de engravidar de uma menina. Será Clara, em homenagem a Santa Clara. Lógico que Lesandra abriu mão de exercer sua profissão para cuidar dos filhos, com o apoio irrestrito de Rogério. Mas porque o casal vive esse modelo familiar numa época que muitas mulheres transferem a maternidade o máximo de tempo possível ou optam por pets. Rogério relata um pouco da história da família, marcada por superação e fé.

Filhos geram gastos comsaúde e educação, entreoutros, até obterem independência financeira.Isso lhe preocupa?A princípio, não. Muitos me per-

guntam como vou pagar faculdade para todos, mas isso agora não me preocupa. A atenção agora é volta-da para a formação do caráter deles, através do repasse de valores morais e bons exemplos. Essa é a melhor heran-ça que posso deixar para meus filhos. Meu pai, Alcides Dalla Costa (in me-moriam) com quem tive o privilégio de trabalhar vários anos, me ensinou a ser uma pessoa honesta, que res-peita seus semelhantes. Ele dizia que o exemplo vale mais que mil palavras, ditado que refletia seu comportamen-to. Seu Alcides era de falar pouco.

Vocês planejaramter vários filhos?Não. Começamos a namorar em

1996 e casamos em 2004, com Lesan-dra se preparando para colar grau em Arquitetura, pela Unisinos. Em junho de 2004, ela começou a ter dificulda-des para evacuar e muita perda de sangue. Ao procurar auxílio médico o diagnóstico foi o pior possível: ela estava com câncer no intestino, em estágio avançado. O choque foi gran-de. Ela, aos prantos, dizia: isso não me pertence. Entre a cirurgia, no Hospital Tacchini, de Bento Gonçalves e trata-

mento, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, foi longo e penoso. Após a quimioterapia, tinha que ser feita a radioterapia. O médico consul-tado para a realização do procedimen-to ressaltou que a radioterapia iria re-sultar em falência ovariana imediata e irreversível. Ela entrou em desespero e ficamos de pensar sobre o que fazer.

Qual foi a alternativa?Não tinha muito o que escolher.

A radioterapia precisava ser feita. Mas poderíamos ouvir a opinião de outros médicos e logo lembramos de um, da equipe do Moinhos, que estava a par do caso por ter já ter atendido Lesan-dra. Contatado, ele falou sobre um novo equipamento para a quimitera-pia, com menos danos ao organismo, que seria apresentado num congresso em Porto Alegre, por um colega brasi-leiro, residente nos Estados Unidos. O equipamento, acoplado ao corpo da pessoa, evita a baixa em hospital. Ad-quirimos e a utilização foi administra-da pelo Tacchini. Deu certo, as células malignas terminaram de ser elimina-das. Mesmo com protocolos médicos que indicavam a realização da radio-terapia, Lesandra e eu, iluminados por uma decisão divina, juntamente com a equipe médica, decidimos optar pelo tratamento sem radioterapia, so-mente quimioterapia.

E a questão da fertilidade?Ouvimos, do médico que indicou

o equipamento, o relato de outros ca-sos em que esse tipo de diagnóstico foi inverossímil. Após a quimioterapia Lesandra se direcionou para a ma-ternidade. Queria engravidar. Desde a descoberta da doença, paralelo as andanças em consultórios e hospi-tais, começamos a frequentar retiros promovidos pela igreja católica, em busca de amparo espiritual. Em 2008, o padre Isidoro Bigolin, nos convidou para sermos festeiros da Festa de Santo Antônio. No início relutamos, mas acabamos aceitando através de uma passagem bíblia que foi palavra de deus para nós, nos fazendo tomar uma decisão. Isáias 45 que diz: “Irei Eu mesmo diante de ti, aplainando as montanhas e arrebentando sob aten-des de bronze... dar-te-ei os tesouros enterrados e as riquezas escondidas para te mostrar que sou eu teu Deus, aquele que te chama pelo teu nome”. Deus nos fez uma promessa de nos dar tesouros e riquezas, mas não sa-bíamos quais... No decorrer da treze-na descobrimos que Lesandra estava grávida, e era deste tesouro que Jesus falava. E nos Deus esta gravidez du-rante a festa para provar que cumpriu sua promessa: ”dar-te-ei os tesouros enterrados e as riquezas escondidas”. Veio a Antonia, depois o Antonio, mais o Francisco e o Fernando, todos de parto normal. Fé? Milagre? Não sabe-mos. Só sabemos que devemos essa alegria a Deus, que, se quiser, poderá contar conosco novamente para gerar mais fiéis, agradecidos a Ele pela vida.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 2018 EXPOAGAS 9

Fique Informado!Entretenimento, promoções,

músicas e muita notícia.

Principal ponto de encontro, qua-lificação e negócios entre varejistas e fornecedores do Cone Sul, a 37ª Convenção Gaúcha de Supermerca-dos - Expoagas 2018 reunirá cerca de 48 mil pessoas ligadas à cadeia do abastecimento no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre, entre os dias 21 e 23 de agosto, oportunizando à indústria o lançamento de mais de 800 produtos e garantindo ao varejo atualização, capacitação profissional e oportunidades de negócios junto aos 372 expositores da feira.

Ampliada, a Expoagas 2018 con-tará, nesta edição, com um espaço internacional, que reunirá marcas consagradas, fabricadas por grandes multinacionais, e um circuito de ne-gócios, congregando pequenos for-necedores gaúchos em uma área ex-clusiva à indústria regional. Cada vez mais abrangente e atrativo a outros setores do comércio, o evento deve movimentar R$ 506 milhões em ne-gócios somente durante os três dias, refletindo, nos estandes, as tendên-cias de mercado que vão dar o tom dos hábitos de consumo dos gaúchos no segundo semestre deste ano nos estandes.

Realizada há 18 anos no Centro de Eventos Fiergs, a Expoagas vai oportu-nizar, em 2018, que novas empresas participem da mostra como exposito-ras. Segundo o presidente da Associa-ção Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, a concorrência pelos espaços e a limitação física dos pavilhões fizeram a entidade buscar alternativas para permitir que peque-nas fornecedoras locais pudessem participar da feira. “Nosso objetivo é viabilizar uma participação maior de gaúchos no encontro, já que teremos supermercadistas dos 27 estados bra-sileiros e de pelo menos nove países fazendo negócios na Expoagas 2018. O circuito de negócios que estamos lançando em área anexa às palestras técnicas vai possibilitar que 35 novas indústrias regionais levem seus pro-dutos, equipamentos e serviços aos visitantes. É isso que buscamos, já

Ampliada, Expoagas 2018 vai gerar mais de R$ 500 milhões em negócios

Feira terá novos espaços para multinacionais e pequenas indústrias regionais

Encontro ocorrerá de 21 a 23 de agosto, no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre

que um varejo só é efetivamente forte quando a indústria também é pujan-te”, afirma o presidente da Agas.

Outra novidade desta edição, o Espaço Multinacionais, localizado no terceiro andar do Teatro do Sesi, terá três grandes expositoras apresentan-do produtos fabricados por multina-cionais das áreas de alimentos e higie-ne pessoal. “Será um espaço em que que estas grandes empresas vão es-treitar relações com seus clientes. As-sim como teremos mais presença da pequena indústria gaúcha, também queremos oportunizar negócios para as grandes empresas. Este é o espírito da Expoagas 2018, uma feira de todos e para todos”, destaca Longo.

Abrangência de setoresA Agas está prospectando novas

empresas varejistas para conhecerem a feira, ampliando cada vez mais o leque de setores impactados pela Ex-poagas. Neste ano, as inscrições reali-zadas até 17 de agosto, mais uma vez, são gratuitas para supermercadistas e para representantes de padarias, ata-cados, farmácias, bares, restaurantes, lojas de conveniência, açougues, ba-zares, lojas de 1,99, petshops, hospi-tais e hotéis. Os valores para visitan-tes de outros setores vão variar de R$ 30,00 a R$ 150,00 para os três dias de evento. As inscrições para o encontro já estão abertas pelo site www.agas.com.br.

Ricardo Boechat, Marcos Troyjoe Rafael Baltresca na ConvençãoAlém da tradicional feira de ne-

gócios, a 37ª Convenção Gaúcha de Supermercados também será marca-da por uma programação que con-templará gestores e colaboradores dos mais diferentes setores do varejo e da indústria. As tradicionais pales-tras magnas, realizadas sempre pela manhã no Teatro do Sesi, trarão ao debate temas como a conjuntura po-lítico-econômica do País, o empode-ramento e os impactos das fake news nas empresas.

Uma das apresentações mais aguardadas ocorrerá às 10h30 do dia 21 de agosto, com o cientista políti-co e economista Marcos Troyjo, que é diretor do BRIC- Lab da Universidade de Columbia, falando sobre As apos-

tas para o futuro do Brasil. No dia 22 de agosto, um debate com varejistas de diferentes setores, mediado pelo jornalista Sérgio Alvim, abrirá a pro-gramação de palestras às 9h. Depois, às 10h30, será a vez do conferencista, pesquisador, hipnólogo e ilusionista Rafael Baltresca abordar o tema O po-der é seu para o evento. Encerrando o ciclo de palestras magnas, no dia 23 de agosto, às 9h, o jornalista Ricardo Boechat falará sobre Fake News: sua empresa está preparada?, em encontro que será precedido de debate sobre o assunto, reunindo especialistas.

Jovens e mulheresO departamento Jovem da Asso-

ciação, que forma sucessores e novos líderes para o segmento supermerca-dista, terá o jornalista e escritor Mar-cos Piangers abordando conceitos de inovação e marketing com a palestra Criatividade: fora da caixa, dentro da caixa, às 15h do dia 21 de agosto, no Salão de Convenções. O Agas Jovem congrega hoje 116 jovens supermer-cadistas de todo o Estado, e deverá reunir mais de 500 pessoas em sua programação. Tradicional espaço para as mulheres do setor, o Agas Mulher também é uma marca registrada do evento. Dia 22, às 15 horas, no Salão de Convenções, a antropóloga e escri-tora Miriam Goldenberg conduzirá a palestra A invenção de uma bela velhi-ce, abordando a conciliação do traba-lho com a qualidade de vida.

Divulgação

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 201810 AÇÃO EM CAMPO

Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares de Bento Gon-çalves. Essa é a nova denominação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, de 56 anos de existência, aprovada em assembleia geral realizada em Monte Belo do Sul, no último dia 29 de julho. A assembleia integrou a programação da Festa do Agricultor, promovida pelo Sindicato no Clube 24 de Maio, com a participação de cerca de 900 pessoas. Também na assembleia, promovida antes do almoço comemorativo, ocor-reu a inclusão, de fato e de direito, dos municípios de Pinto Bandeira e Santa Tereza como extensões de base do sin-dicato. Um dos pontos altos da festa foi a presença do personagem da web, “Badin, o Colono”.

O presidente do Sindicato, Cedenir Postal, explica a alteração da categoria para agricultores familiares, ressaltan-do que, quase na totalidade, são pe-quenos produtores, com mão de obra familiar. “Trabalhadores são pessoas contratadas com carteira assinada. Não é o caso da maioria dos nossos associados. Pelo contrário, por lei, eles são amparados a contratar pessoas para auxílio na colheita da uva por até 120 dias”, acrescenta ele.

AjustesPostal assumiu a presidência do

sindicato no dia 27 de junho de 2017, para mandato de quatro anos, com os objetivos de resgatar os agricultores que se distanciaram da entidade e de reintegrar os municípios Santa Tereza e Pinto Bandeira como extensão ao Sin-dicato dos Trabalhadores Rurais, entre outros. Segundo ele, o primeiro ano da gestão da atual Diretoria foi marcado por ajustes jurídicos e reestruturais.

“Inicialmente, renovamos a equipe e as formas de prestação de serviços e atendemos as demandas mais urgen-tes. Muitas comunidades do interior de Bento Gonçalves ainda têm trechos de estradas de terra, sem os devidos cuidados e enfrentam quedas de luz

DiretoriaCedenir Postal - PresidenteIvone Frá Osmarin - 1º Vice-PresidenteTeresinha Belitzki Tonet - 2º Vice-PresidenteGema Pilan Toniollo - Secretária GeralCassiano Buffon - 1º SecretárioMaria Cantelli Merlo - 2ª Secretária Valdir Zorrer - Tesoureiro GeralFabiano Orsatto - 1º TesoureiroGeraldo João Rasera - 2º TesoureiroCarlos de Costa - Suplente do Vice-PresidenteDavid José Benatti - Suplente do 2º SecretárioGabriel Petroli - Suplente do 2º TesoureiroAuri Flamia - Membro do Conselho Fiscal EfetivoElias Pellicioli - Membro Conselho Fiscal EfetivoGabriel Cimadon - Membro do Conselho Fiscal EfetivoCarlos Baretti - Membro do Conselho Fiscal SuplenteIvanor Passaia - Membro do Conselho Fiscal SuplenteAelite Maria Comachio Trentin - Membro do Conselho Fiscal Suplente

Sindicato dos Trabalhadores RuraisAgricultores Familiares de Bento Gonçalves

Esta é a nova denominação da entidade, que tem extensão de base em Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza, aprovada em assembleia na Festa do Agricultor

Fotos: Marlove Perin

constantes e prolongadas. Há poucos dias, na Linha Natividade, uma árvore caiu sobre a rede durante um velório, que continuou com um gerador”, con-ta Postal. Ele ressalta que recentemen-te a entidade promoveu reunião com a RGE, Agergs e o Ministério Público, solicitando mais podas de galhos de árvores e de roçadas, para evitar o pro-blema.

Morador de São Luiz (Tuiuty) e produtor de frutas e verduras, Postal há anos trabalha como feirante nas manhãs de sábado, em Bento Gonçal-ves, na feira ao lado da praça Centená-rio. Agora, com as atribuições do Sin-dicato, seu pai João e a esposa Rosane absorveram parte de seu trabalho no cultivo, mas ele faz questão de conti-nuar a trabalhar na feira. “Aproveito também para conversar com os produ-tores, identificando as demandas mais urgentes da categoria”, acentua ele.

Cedenir PostalPresidente doSindicato dosTrabalhadoresRuraisAgricultoresFamiliares

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 2018 AÇÃO EM CAMPO 11

Busca por novas lideranças ruraisEntre os quatro municípios abran-

gidos pelo Sindicato há mais de 80 comunidades, nas quais a diretoria da entidade está buscando novas li-deranças rurais. Postal ressalta que a formação de novos líderes nos muni-cípios de extensão de base é necessá-ria para aumentar o envolvimento de suas comunidades com a entidade. “Além disso, é preciso identificar pes-soas para a formação das próximas chapas que concorrerão a presidência do sindicato. A atual diretoria é forma-da por agricultores familiares de Bento Gonçalves. Os outros municípios tam-bém devem ter representatividade na

Convênios• Médicos• Hospital• Auxílio Funeral• Recursos Humanos - Real Assessoria• Topográfo• Dentista• Plano de Saúde Tacchimed

Fotos: Marlove PerinDiretoria”, reitera ele. Também nas co-munidades os integrantes da Direto-ria pesquisaram a demanda de cursos profissionalizantes, para embasar o cronograma de cursos que a entidade, em parceria com o SENAR, vai promo-ver em 2019.

Neste mês de agosto, sindicatos de 32 municípios, entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que integram a Comissão Interestadual da Uva, es-tão levantando custos fixos e variáveis de produção junto a fornecedores. A pesquisa vai embasar a reivindicação da comissão para a fixação do preço mínimo da uva comum, de 15 graus glucométricos, da safra 2018/2019. Nas últimas duas safras, foi R$ 0,92 o valor pago pelo quilo de uva, definido pelo Ministério da Agricultura. Pos-tal ressalta que a pesquisa de preços que está sendo feita pela comissão vai mostrar o quanto a variação do dólar refletiu no preço de insumos do último ano em relação a esse.

Onécimo Pauletti, Eduardo Gustavo Christ, o “Badin, o Colono” e o presidente do Sindicato, Cedenir Postal

Serviços• Atendimento Jurídico• Engenheiro Agrônomo• Encaminhamento de aposentado-ria, auxílio maternidade, CAT - aci-dente de trabalho, auxilio doença (todos rural)• CCIR - INCRA - Digitação completa e emissão• ITR• Cadastro Vitícola• Análise de Solo• Cadastro Ambiental - CAR• Declarações em geral• DAP - Declaração de Aptidão ao Pronaf• Projetos para financiamentos Agrí-cola com Banco do Brasil e Sicredi• Seguro Agrícola• Vale Gás

Cerca de 900 pessoas participaram da Festa do Agricultor

ContatosBento Gonçalves: 3452.1744 | 3451.1470Santa Tereza: 3456.1013Monte Belo do Sul: 3457.1600Curta a página no Facebook: sindica-to dos trabalhadores rurais agricul-tores familiares de bento gonçalves

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 2018ENTIDADES | EMPRESAS12

Bento apresenta suas propostas para o Estado na Agenda 20/20

A Primavera é, sem dúvidas, uma das estações mais encantadoras no Vale dos Vinhedos. Entre cores e aro-mas, as paisagens mudam em uma prévia da Vindima, preparando o ce-nário para a inesquecível festa da co-lheita. Os meses de setembro, outubro e novembro contam com pacotes es-peciais no Villa Michelon, celebrando datas comemorativas e feriados do úl-timo trimestre do ano.

Já no final do inverno, os paco-tes de Dia da Independência e Dia do Gaúcho são opções de lazer em família no mês de setembro. Os feriados, que contam com três diárias com café da manhã, meia pensão jantar e progra-mação de lazer para as crianças, garan-tem descanso em temperaturas mais amenas em meio às paisagens magní-ficas do Vale dos Vinhedos.

O mês de outubro é dedicado às crianças no Villa Michelon - um hotel com estrutura para receber os peque-nos hóspedes com todo conforto e lazer que eles merecem. A recreação infantil e as opções de contato com a natureza através de atrativos como a Mini Fazendinha, as Trilhas Ecológicas e os Parquinhos Infantis a céu aber-to fazem do Pacote Especial Dia das Crianças uma excelente opção para presentear a família com momentos inesquecíveis.

No penúltimo mês do ano, os fe-riados de Finados e Proclamação da República são opções para quem quer antecipar o descanso do final de ano. Os pacotes, que incluem três diárias cada um, possibilitam desfrutar de toda a estrutura do Villa Michelon com as temperaturas mais elevadas e a be-leza nascente do Parreiral Modelo e das frutas da estação.

Todos os pacotes podem ser par-

Melhorias na gestão pública, na infraestrutura e na segurança foram os itens que mais apareceram entre os empresários e os representantes do poder público e de entidades de clas-se de Bento Gonçalves como forma de melhorar a situação do Estado. Elas foram elencadas a partir de índices socioeconômicos e tendências glo-bais apresentados ontem no Centro da Indústria, Comércio e Serviços pela Agenda 20/20 - grupo gaúcho forma-do por diversos segmentos da socie-dade com o propósito de criar uma agenda estratégica a fim de traçar os rumos de desenvolvimento do Estado.

As proposições serão entregues, junto a outras colhidas por diversas regiões do Estado, aos candidatos fi-nalistas ao governo gaúcho, dia 16 de outubro, em um documento chamado Caderno de Propostas. A ideia é que elas façam parte do plano de gover-no do futuro mandatário e que sejam implementadas ao longo dos anos a fim de melhorar a realidade do Estado. “Temos a responsabilidade e o desa-fio de construir o planejamento para

No CIC-BG, sociedade reuniu-se em torno de ideias para alvancar desenvolvimento do Rio Grande do Sul

Divulgação

o futuro de nossa sociedade. Acredito que nosso compromisso com o desen-volvimento do Rio Grande do Sul, e de nossa região, precisa estar acima de todas as questões temporárias. Somos passageiros: governos vem e vão, mas a sociedade, não. Ela é estanque, per-manente. Pelo bem desta e das pelas futuras gerações precisamos trabalhar, hoje, engajando todas as esferas da so-ciedade na busca por objetivos maio-res”, disse Elton Paulo Gialdi, presiden-te do CIC-BG.

Durante o encontro, a questão central foi pensar o futuro. E, diante de um quadro global que aponta para a obsolência de 47% das profissões até 2025, a urgência é premente. Segundo dados apresentados pelo presidente do Conselho da Agenda 20/20, Hum-berto Busnello, os avanços tecnológi-cos estão gerando diversas oportuni-dades, mas também grandes riscos até meados da década de 20. “A indústria 4.0 vai criar 2 milhões de empregos, mas 7 milhões serão extintos”, disse, baseado em estudo apresentado no Fórum Econômico Mundial.

Todas as cores da Primaverano Hotel Villa Michelon

Complexo Turístico desenvolvepacotes especiais para a estação

Feriado de Independência do BrasilDe 06/09/2018 a 09/09/2018Pacote 03 diárias (Quinta-feira a

Domingo) | Café da manhã | Meia pen-são jantar | Programação de lazer para crianças, todo o período | em até 6x de R$ 317,00 em apto Standard Double.

20 de Setembro - Dia do GaúchoDe 20/09/2018 a 23/09/2018Pacote 03 diárias de Quinta a Do-

mingo| Café da manhã | Meia pensão jantar | Programação de lazer para crianças durante todo o período| em até 6x de R$ 334,00 em apto. Standard Double

Dia das CriançasDe 11/10/2018 a 14/10/2018

Pacote 03 diárias (Quinta-feira a Domingo) | Café da manhã | Meia pen-são jantar | Programação de lazer para crianças, todo o período | em até 6x de R$ 325,00 em apto Standard Double.

FinadosDe 01/11/2018 a 04/11/2018Pacote 03 diárias (Quinta-feira a

Domingo) | Café da manhã | Meia pen-são jantar | Programação de lazer para crianças, todo o período | em até 6x de R$ 300,00 em apto Standard Double.

Proclamação da RepúblicaDe 15/11/2018 a 18/11/2018Pacote 03 diárias (Quinta-feira a

Domingo) | Café da manhã | Meia pen-são jantar | Programação de lazer para crianças, todo o período | em até 6x de R$ 334,00 em apto Standard Double.

celados em até 6x, e devem ser reser-vados pelos canais de WhatsApp, tele-fone ou e-mail do Villa Michelon.

EstruturaO Villa Michelon se destaca pela

excelente estrutura e grande oferta de opções de lazer que agrada a todas as faixas etárias. O empreendimento, dis-tribuído em uma área de 23 hectares no coração do Vale dos Vinhedos, une o conforto dos grandes hotéis com atrativos naturais e culturais em seu entorno que só a região proporciona.

Internamente, o hotel disponibili-za de piscina térmica, sala fitness, res-taurante, sala de jogos, sala de estar e conta com 57 apartamentos, dividi-dos em quatro categorias: Econômico, Standard, Super Luxo e Suíte Especial.

O contato com o meio ambien-te é um diferencial. Os hóspedes po-dem desfrutar de trilhas ecológicas, quadras esportivas, lago com pista e pesca esportiva, pomares, fazendinha, parque infantil externo e academia ao ar livre. O complexo oferece estrutura para toda a família, sendo uma exce-lente opção também para crianças, proporcionando experiências ines-quecíveis de contato com a natureza.

LOCALIZAÇÃO E RESERVAS

O Villa Michelon está localizado na RS 444 - Km 18,9 - Estrada do Vinho - Vale dos Vinhedos - Bento Gonçalves – RS.Para reservas, temos quatro canais de atendimento:Call free: 0800.703.3800Fone: (54) 2102.1800WhatsApp (somente mensagens de texto): (54) 98112.5443E-mail: [email protected]

PACOTES

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 2018 FEIRA DE VINHOS 13

A primeira edição da Wine Sou-th America chega à Serra Gaúcha, no próximo mês de setembro, para incen-tivar a comercialização e o consumo do vinho brasileiro. Um bom meio de atingir a esse propósito, além de reunir num único lugar mais de 250 exposito-res, é conhecer e entender a produção nacional - e todos os segmentos que, direta ou indiretamente, são influen-ciados por ela.

De 26 a 29 de setembro, renoma-dos especialistas e profissionais do vinho se reúnem no Parque de Even-tos, em Bento Gonçalves, para a Wine Conference, uma série de painéis que detalha a viticultura brasileira. Do enoturismo à gastronomia, do ensino e pesquisa à comercialização, das in-dicações geográficas ao impacto so-cioeconômico do plantio de uvas no Nordeste, inclusive com espaço para conhecer as tendências de consumo

Wine South America: programação voltada à qualificação da viticultura brasileira

Especialistas ministrarão 20 palestras sobre a viticultura brasileira

Reproduçãodas bebidas vinícolas – pautas que ajudam a compreender como o país trabalha a questão vitivinícola serão abordadas em 20 palestras.

A capacitação soma-se a outras frentes de atuação da Wine South America, como o foco na comerciali-zação e na aproximação do mercado com produtores, na busca por um se-tor cada vez mais profissional. “A Wine Conference é uma oportunidade para diagnosticar processos e procedi-mentos adotados no Brasil quanto a sua atuação na viticultura”, comenta Alberto Piz, diretor do grupo Milanez & Milaneze, promotor da Wine South America.

Os interessados em participar po-dem adquirir seus ingressos antecipa-damente pelo site www.winesa.com.br. Confira a programação completa das palestras da Wine Conference no site www.winesa.com.br.

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A importância da Horta Doméstica

JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 2018RURAL14

Aldacir H.Pancotto

Técnico AgrícolaEMATER/RS-ASCAR

Santa Tereza

uem tem horta caseira melhora sua qualidade de ali-mentação, criando uma nova relação entre as pesso-as e o que comem. O cultivo doméstico de legumes,

verduras e ervas fornece produtos mais frescos e com mais nutrientes, sem necessitar de um espaço muito grande para o plantio.

Nunca se buscou tanto uma alimentação saudável como agora. O aumento da longevidade e o avanço da medicina trouxeram a esperança por mais dias de vida e a “receita” para alcançá-los está na escolha do que comer. A alimenta-ção pode ser definidora de mais saúde e qualidade de vida. É nesse contexto que as hortas caseiras vão ganhando espaço, mesmo quando ele é tão pequeno para plantar tudo o que se deseja.

Atualmente, ter plantações e hortas em casa é uma das melhores formas de dedicar um tempo a si mesmo e aliviar o estresse, com a segurança e a consciência de que quem plantou foi você mesmo. É uma das formas mais gratificantes de dedicar o tempo, fora a recompensa de fazer deliciosas receitas, livres de agrotóxicos, de forma totalmente natural.

Carboidratos (açúcares e amido), proteínas, gorduras, minerais (ferro, fósforo e cálcio), vitaminas (A, B, C, E e K) e água são exemplos de nutrientes que podem ser obtidos a partir de uma horta caseira. Estas vitaminas são essenciais ao corpo humano, fornecendo energia e desempenhando funções que ajudam na formação do sangue, dos músculos e dos órgãos. Ter uma horta em casa não serve apenas para ter uma boa saúde física, mas sim obter um ótimo estado mental, servindo como uma terapia verde, um momento

para esquecer dos problemas.É uma ótima forma de se livrar dos agrotóxicos, prote-

gendo melhor sua saúde e a de sua família na hora de plan-tar e comer, pois nada é melhor do que fazer aquela refeição com comidas totalmente naturais. Além disso, ao produzir seu alimento sem agrotóxicos, você está preservando o meio ambiente.

O importante é, para quem gosta e tem essa vocação, in-centivar seus filhos, sobrinhos e netos a se dedicarem e pro-duzirem em sua própria horta. Esta pode vir a ser uma forma de mostrar a preciosidade da natureza e da vida. Além disso, e não menos importante, principalmente nos dias de hoje, estará incentivando e educando as novas gerações na boa alimentação, pois quando a criança cria sua própria comida também sente o desejo de comê-la, de maneira que acaba inserindo mais verduras e legumes no seu dia a dia.

Uma horta familiar pode vir a ser uma ótima forma de economizar na hora das compras, além de ter produtos sempre frescos e confiáveis. A cada visita à feira, você pode acabar gastando bem menos do que gastaria se não tivesse este reforço em casa. Também é importante ter uma parte de sua horta reservada a plantas medicinais, podendo tratar sua saúde quando não estiver se sentindo muito bem. Há inúmeras plantas para diferentes males, basta escolher bem e remediar de forma certeira e eficiente quem estiver preci-sando. Ter uma horta é muito mais do que jogar sementes no chão e esperar que cresçam, é uma forma de plantar toda sua determinação e motivação e vê-la florescer. Ter uma hor-ta é, certamente, estar bem consigo mesmo.

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 2018 OPINIÃO 15

AncillaDall Onder

[email protected]

Zat

Algumas lições

ivenciamos, recentemente, a euforia de mais uma Copa do Mundo, ou seja, a festa máxima do futebol mundial. Tínhamos muitas expectativas em relação

à nossa seleção e ao seu sucesso, mas vamos aguardar a próxima. Nem por isso deixa-se de reconhecer o esforço e a dedicação dos jogadores, técnico e comissão.

A imprensa, no período que antecedeu a Copa, apre-sentou cada um dos integrantes da seleção, e seu téc-nico, contando suas histórias de vida, as dificuldades, o esforço para a superação e o sucesso que todos buscam em sua trajetória.

Mas a Copa não foi só isso, foi muito mais, foi o en-contro da diversidade de origens, línguas, costumes e culturas, com regras claras, baseadas no respeito, que funcionaram, com raras exceções.

Cada seleção, representativa de seu país, com ca-racterísticas específicas e cores que as identificavam, cumpriam o seu papel, com esforço e técnica, para bem honrar o seu país e seus torcedores. É evidente que nem todos poderiam ganhar, mas fica também a lição de sa-ber perder, a cortesia em campo e, fora dele, a humilda-de, sem ofuscar o brilho de quem realmente o conquis-tou.

Enquanto a bola rola em campo, impulsionada pelos jogadores rumo ao alvo desejado, o árbitro fica atento ao cumprimento das regras do jogo. Na dúvi-da, assessoria virtual. Árbitro? Qual o significado? E a bola, quanto pesa? Qual a sua história? É interessante pesquisar para saber mais. Qual a probabilidade, num jogo, de ser o primeiro time a movimentar a bola em campo? 50% para cada um. E de ganhar o jogo? Ape-nas 33%.

Convém lembrar que a Copa, desta vez, foi realiza-da num país do qual pouco se conhecia, falo por mim. Retomei a coleção de História da Rússia, em espanhol, para melhor entender aquele país que abria suas por-tas ao mundo, revelando toda sua beleza multicolori-da. Momentos ímpares para aprender a história de um povo com tantas dificuldades climáticas. E o que dizer da Geografia? Foi uma oportunidade para renovar a leitura do mapa mundi e localizar o país que recebeu a diversidade cultural, que brilhou, não pela taça, mas pela receptividade, pela organização e segurança.

A próxima Copa do Mundo será no Catar, outro país a expor sua cultura, abrindo as portas para o mun-do. Que a cultura seja a maior vitória!

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRA | Agosto 201816

Enquanto alguns veem com bons olhos os avanços proporcionados pela algoritmização de grande número de aspectos da vida em sociedade, ou-tros tratam a questão com preocu-pação. A interferência em resultados eleitorais e a falta de regulamentação do uso de dados pessoais por grandes empresas são algumas das problemá-ticas apontadas por especialistas no assunto. Apesar do reconhecimento de que não existe “caminho de volta” no uso de algoritmos para a venda de produtos e gerenciamento de infor-mações na internet, existe a demanda por um maior controle do que as em-presas podem fazer com os dados que obtêm.

“É preciso obrigar empresas como o Facebook a explicar o que de fato es-tão conseguindo fazer com a posse de informações dos perfis de milhares de usuários. Já temos a suspeita de que o Facebook ajudou a divulgar notí-cias falsas, a influenciar o resultado de votações, a fazer com que as pessoas acreditassem em teorias da conspira-

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A influência dos algoritmos na vida de usuários da webPor Júlia de Freitas

Na era da internet, os algoritmos, série de instruções matemáticas simples re-alizadas para resolver um problema, tomaram novas proporções e estão influen-ciando direta e profundamente o cotidiano da sociedade contemporânea. Os computadores possibilitaram construções algorítmicas maiores e mais comple-xas que resultaram numa tecnologia responsável por selecionar as informações consideradas relevantes aos usuários da web. Atualmente, os algoritmos anali-sam milhões de dados de usuários de redes sociais. O Facebook, por exemplo, coleta dados como parte do modelo de negócios adotado pela empresa, que utiliza algoritmos para direcionar propagandas aos usuários.

Com base nas pesquisas, cliques e tempo gasto olhando as publicações do “feed” os algoritmos identificam o perfil da pessoa e direcionam publicidades de acordo com o gosto de cada um. Também gerenciam as interações sociais nas redes, ressaltando publicações de alguns e excluindo de outros no mesmo es-paço, para a oferta de produtos. Além disso, as modificações no algoritmo que decide o que aparece mural do Facebook, conhecido como EdgeRank, muitas vezes causam grande confusão entre os usuários. O Facebook coleta dados como parte do modelo de negócios adotado pela empresa, que utiliza algoritmos para direcionar propagandas aos usuários.

Alta dependência atual do mundo real em relação ao FacebookNo início de 2018, a administra-

ção do Facebook decidiu dar mais importância aos usuários particulares do que empresas, marcas e meios de comunicação, na tentativa de tornar a rede social mais “social”. Com a alta dependência atual do mundo real em relação ao Facebook, a mudança cau-sou imprevistos para empresas que adotaram forte presença na rede so-cial como determinante no impulsio-namentos das vendas de seus produ-tos e serviços.

Em abril deste ano, o fundador e executivo-chefe do Facebook, Mark Zuckeberg, foi intimado a prestar de-poimento sobre as atividades da em-

presa ao Congresso dos Estados Uni-dos em relação à venda de dados dos usuários da rede social. A ação fez par-te do caso Cambridge Analystica, uma empresa de consultoria que desem-penhou papel central no vazamento não autorizado de dados pessoais de usuários do Facebook. O processo foi resultado de uma investigação jorna-lística dos canais The Guardian e The New York Times que revelou o vaza-mento irregular de dados pessoais de mais de 50 milhões internautas inscri-tos no Facebook.

Já no último dia 10 de julho, o Fa-cebook foi penalizado com pena má-xima no Reino Unido e deverá pagar

500 mil libras esterlinas por conta do escândalo envolvendo a Cambridge Analytica. A decisão foi tomada após o Escritório do Comissário de Informa-ção (ICO) do Reino Unido avaliar que o Facebook não ofereceu as proteções de privacidade adequadas em sua pla-taforma, permitindo que informações pessoais fossem utilizadas de forma inadequada. O Facebook ainda deverá recorrer para tentar alterar a decisão da autoridade britânica. “Temos traba-lhado em conjunto com o ICO em sua

investigação da Cambridge Analytica, assim como temos feito com as autori-dades dos Estados Unidos e de outros países”, disse Erin Egan, diretor de pri-vacidade do Facebook.

A empresa também é investigada pela Comissão Federal do Comércio (FTC) dos Estados Unidos. O órgão americano quer saber se houve a vio-lação de um acordo de 2011, quando a companhia se comprometeu a pedir a autorização dos usuários para com-partilhar informações com terceiros.

“É preciso diversificar as equipesque escrevem os algoritmos”

ção. Por que não temos as provas re-ais ao contrário, por que não as mos-tram? ”enfatiza a especialista Cahty O’Neil, matemática e autora do livro “Armas de Destruição Matemática”. Na obra, ela atenta ao fato da perpetua-ção de desigualdade social provocada pela tecnologia dos algoritmos nas mãos de poucas e grandes empresas. Também cita casos de algoritmos do Google e do Facebook que desenca-dearam em preconceitos. “No Google um deles identificou um negro como um gorila em uma foto e outro rela-cionou a máquina de lavar com uma mulher. Já um algoritmo do Facebook mostrava anúncios de casas à venda somente a usuários brancos”. Cahty observa que os engenheiros dessa área pensam apenas em termos de otimização dos recursos. De acordo com ela, é urgente a diversificação das equipes que escrevem os algoritmos com a inclusão de pessoas sensíveis as violações dos direitos humanos e a forma como esses códigos irão afetar a sociedade.

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Caderno de Cultura e Arte Jornal Integração da Serra

Nº 58 | Agosto 2018

Escritor José Clemente Pozenato com os atores e cantores Flávio Leite, Maíra Lautert, Carla Maffioletti e Daniel Germano Foto Gilberto Perin

O Quatrilhoem Ópera15 DE AGOSTO | CASA DAS ARTES

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2 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Agosto 2018

Primeiras Palavras

RogérioGava

[email protected]

O Fabuloso “João dos Livros”inguém lembra de Johannes Gutenberg. Sim, ele mesmo, o inovador artesão de Mainz, o homem que legou ao mundo uma das maiores invenções

da história: o livro impresso. Uma criação tão simples quanto genial. Sem o livro e viveríamos ainda nas tre-vas do conhecimento. Penso que todas as bibliotecas deveriam ter um quadro na parede a reverenciar o “ve-lho João”.

A vida de Gutenberg, no entanto, não foi nada fácil. Aos trinta anos, ele ainda não tinha conseguido gran-de coisa. Mas Johannes era um empreendedor nato. Sonhava em abrir um negócio e ganhar muito dinheiro. Uma regra básica do capitalismo, porém, já existia an-tes mesmo desse florescer: dinheiro chama dinheiro. E a falta dele chama dificuldades. Gutenberg sentia isso na carne: ele tinha os bolsos vazios. Mas uma vontade ardente e determinante de vencer.

O primeiro negócio de Gutenberg – uma oficina de polimento de espelhos – faliu. Ele fica endividado e demora cinco anos para sair do vermelho. Livre das dívidas, aposta todas as fichas em uma nova emprei-tada. Contrata meia dúzia de assistentes e monta uma gráfica em sua antiga casa. É de lá que sai, pela pri-meira vez na história, um livro impresso: uma peque-

nina gramática com apenas vinte e oito páginas e nenhum luxo editorial. O livreto, contudo, foi um sucesso: ganhou fama entre os estudantes da época e seguiu sendo copiado centenas de vezes ao longo de vinte e quatro diferentes edi-ções. Infelizmente, nenhum exemplar completo chegou aos nossos dias.

Gutenberg, porém, queria mais. E então lhe surge a grande ideia: imprimir a Bíblia. Os livros religiosos eram o melhor mercado da época: por que não imprimir o maior deles? Mas para isso era necessário aumentar ainda mais a oficina. Novas dívidas a caminho e nosso inventor en-cara a empreitada. Mais de vinte pessoas traba-lhando diariamente durante três exaustivos anos e o sonho estava concretizado: cento e oitenta exemplares da Bíblia estavam prontos. Um tra-

balho hercúleo. Corria o ano de 1455.

Gutenberg então pega alguns exemplares da Bíblia e vai expô-los na Feira do Livro de Frankfurt. Imaginar essa cena é algo fantástico, sublime: Gutenberg, em sua pequena banca de livreiro, expondo aos passan-tes aquele que viria a ser o livro mais famoso e cobi-çado de todos os tempos. Como eu gostaria de poder entrar em uma máquina do tempo e ir parar na feira do livro onde Gutenberg expôs sua maravilhosa Bíblia, comprar uns três ou quatro exemplares e voltar para o presente! Eu voltaria milionário, aliás, pois uma Bíblia de Gutenberg completa é avaliada, hoje, em cerca de trinta milhões de dólares. Uma única folha avulsa che-ga a valer cem mil dólares no mercado de livros raros.

Quando tudo corria às maravilhas, mais proble-mas: o sócio que havia emprestado dinheiro a Gu-tenberg exige o pagamento. Sabia ele que Johannes não teria condições de pagar, e isso significava que as oficinas lhe seriam repassadas, por força da hipoteca que assegurava a dívida. Gutenberg estava fora do ne-gócio. Nunca mais se recuperaria da traição.

Os últimos tempos de Gutenberg estão envoltos sob um manto de mistério. Especula-se que lá pelo ano 1460 ele estava envolvido na produção de outra Bíblia. Se isso é verdade, até hoje não sabemos ao certo. Viveu até o fim da vida em Mainz, onde nasceu. A idade de sua morte é duvidosa, mas estima-se que rondava os setenta anos. Gutenberg foi enterrado na basílica de São Francisco. Infelizmente, a igreja foi destruída em 1742 e os restos mortais do “velho Jo-hann” perderam-se para sempre.

A semente, no entanto, fora lançada. A invenção de Gutenberg começava a se multiplicar. Logo, ofici-nas seriam instaladas por toda a Europa. Em 1480, mais de cem cidades europeias tinham manufaturas de impressão. Em 1500, ano em que Cabral aportava pelo Brasil, quinze milhões de livros saíram das pren-sas do velho mundo. O mercado livreiro embrionário já empregava cerca de vinte mil pessoas. A Galáxia de Gutenberg iniciava sua inexorável expansão.

Da oficina de Gutenberg emanou a luz do livro. A invenção maravilhosa que mudou o mundo para sem-pre.

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A redação leu

Rep

rodu

ção

NEANDERTAL, NOSSO IRMÃO:uma breve história do homem

Título original: Néandertal,mon fréreAutor: Silvana Condemi e François SavatierPáginas: 238Selo: VestígioAno: 2018 (1ª Edição)Valor: R$ 44,90

Programe-se Mosaico | Jornal Integração da Serra | Agosto 2018 | 3

VOCÊ ENCONTRA ESTE LIVRO NA DOM QUIXOTE LIVRARIA & CAFETERIA

Dicas deFilmes

Les AffamésAno: 2017Direção: Robin AubertRoteiro: Robin AubertElenco: Marc-André Grondin, Monia Chokri, Charlotte St-Martin, Micheli-ne Lanctôt

BrunoNascimento

[email protected]

Houve um tempo em que o Homo Sapiens não era a única espécie do gênero Homo a habitar o planeta. Hoje, os pale-ontólogos têm certeza: nossos ancestrais conviveram com o Homem de Neandertal, ambos descendentes de uma outra es-pécie de hominídeo, o Homem de Heidelberg. Assim, podemos dizer que os neandertais foram nossos irmãos! Mas há mais nessa história. Em 2013, veio ao mundo a grande descoberta da pesquisadora Silvana Condemi, coautora do livro: a identi-ficação do primeiro osso pertencente a um mestiço de pai sa-piens e mãe neandertal. O que a genética já havia anunciado a paleoantropologia confirmou: Homo neanderthalensis e Homo sapiens misturaram não só suas culturas, mas também seus genes, no mesmo território europeu – por mais de 5.000 anos.

Desde 1856, quando teve origem a chamada “questão Neandertal”, com a descoberta do primeiro fóssil assim deno-minado dessa espécie, a ciência vem descortinando a verda-deira biografia de nosso “irmão” ruivo e possante. Quem eram os neandertais? Por que desapareceram? Carregamos o DNA Neandertal em nossos genes? Questões justamente abordadas nessa obra apaixonante, as quais retratam a fascinante história do Homem de Neandertal. Ricamente ilustrado e de leitura sa-borosa, o livro é o testemunho do tortuoso caminho da evolu-ção humana, recheado de idas e vindas no tempo e no espaço. Uma obra admirável e instigante.

Os habitantes de uma região rural do Quebec começam a matar uns aos outros. Enquanto isso, alguns poucos sobreviventes vagueiam por densas e inseguras florestas.

A mítica dos filmes apocalípticos e, principalmente de zumbis, já foi extensivamente consumida pelo público. Les Affamés surge com um gás refrescante para o subgênero. O terror aqui é inquietante, os silêncios que antecipam o horror são propositalmente es-tendidos, a expectativa cresce e surge o impulso de tirar o olho da tela. Quando o horror finalmente emerge, estamos juntos com os personagens: desesperados para acordar do pesadelo.

Com uma atmosfera bem construída e uma ameaça opressora – e estratégica –, o filme tem o mérito de causar repulsa no seu terror e não somente nas suas cenas de horror.

O quê: Exposição Os nossos pequenos, de Julia PasqualiQuando: até 31 de agostoOnde: Fundação Casa das Artes

O quê: Exposição Impressões sobre Van Gogh, de Miguel ArrudaQuando: até 31 de agostoOnde: Fundação Casa das Artes

O quê: Exposição “Bestiário”, de Diogo Carlet CariniQuando: até 31 de agostoOnde: Sesc Bento Gonçalves

O quê: Mostra Guaporé 2018Quando: 10, 11 e 12 de agostoOnde: Autódromo de Guaporé

O quê: Noite no MuseuQuando: 10 de agosto, das 17h às 23hOnde: Museu do Imigrante

O quê: Palestra com Marcos PiangersQuando: 11 de agosto, 20hOnde: Centro de Eventos Malbec, Dall´Onder Grande Hotel

O quê: Festival de CorosQuando: 11 de agosto, 17hOnde: Comunidade Nossa Senhora da Glória, 40 da Leopoldina, Vale dos Vinhedos

O quê: Universo PatchworkQuando: 16, 17 e 18 de agostoOnde: Centro de Eventos do Hotel Villa Michelon, Vale dos Vinhedos

O quê: Garibaldi GastrôQuando: 16, 17 e 18 de agostoOnde: Confraria Tramontina, estação férrea de Garibaldi

O quê: Espetáculo “Petit Poá”Quando: 23 de agosto, 20hOnde: Teatro do Sesc

O quê: 26º Bento em DançaQuando: 6 a 13 de outubroOnde: Pavilhão E do Parque de EventosInscrições e Regulamento: www.bentoemdanca.com.br

FERROVIA LIVE

O quê: Beats CósmicaQuando: 10 de agosto, 22h

O quê: Festa Past and Bier – Eisenbahn Open BarQuando: 11 de agosto, 22h

O quê: Arkariot, Fighter e Morah RocksQuando: 18 de agosto, 22h30

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Lançado em 1985, o livro O Quatrilho, de José Clemente Pozenato, tornou-se filme em 1995 sob a direção de Fábio Barreto. A exposição no cine-ma tornou ainda mais conhecida a história dos dois casais de descendentes italianos que cons-troem suas vidas no interior do Rio Grande do Sul, no início do século XX. Agora, um encontro fortuito entre o escritor José Clemente Pozenato, o compositor Vagner Cunha e a Bell’Anima Produ-ções Artísticas permite a adaptação do livro para

ÓperaO QuatrilhoÓpera em dois atos, de Vagner Cunha com libreto de José Clemente Pozenato, será apresentada no dia 15 de agosto, na Casa das Artes

Daniel Germano e Carla Maffioletti interpretando Mássimo e Teresa Fotos Gilberto Perin

o formato de ópera.Com 12 músicos da Camerata OntoArte, dire-

ção cênica de Luís Artur Nunes e regência do ma-estro Antonio Carlos Borges-Cunha, a montagem terá recitativos em português, e árias, duetos e coros cantados em italiano por sete atores e can-tores. Nos papeis principais estão as sopranos Carla Maffioletti, como Teresa, e Maíra Lautert, como Pierina, além do tenor Flávio Leite no papel de Ângelo e do barítono Daniel Germano inter-

pretando Mássimo. Também estarão em cena a contralto Luciane Bottona, no papel de Tia Gema, o barítono Ricardo Barpp como Cósimo e o bai-xo Pedro Spohr como Rocco.

Produzido inteiramente no Rio Grande do Sul, o es-petáculo tem elementos cêni-cos que remetem à maneira como os imigrantes italianos viveram na área rural do Esta-do no início do século XX. Os figurinos, assinados por Malu Rocha, são compostos por cerca de 30 peças produzi-das em cores frias e terrosas, retratando as personalidades dos protagonistas da trama.

O enredo de O Quatrilho baseia-se em fatos reais, retratando o cotidiano e a realidade dos imi-grantes no Sul do Brasil no início no século XX, deixando claro o poder da mulher nas decisões de família também de negócios. A história acon-tece em 1910, numa comunidade rural de imi-grantes italianos, no Sul do Brasil, quando dois casais se unem para sobreviver e decidem mo-rar na mesma casa. Com o tempo, a esposa de um passa a se interessar pelo marido da outra, sendo correspondida. Os dois amantes decidem fugir e recomeçar a vida, deixando para trás seus parceiros, que viverão uma experiência dramática e constrangedora, mas nem por isso desprovida de amor. O título faz analogia ao jogo do quatri-lho: jogo de cartas onde os parceiros se trocam ao longo da partida. Tudo pode acontecer nesse jogo.

O espetáculo fez sua estreia nacional em ju-lho no Theatro São Pedro, em Porto Alegre. Ago-ra a ópera chega a Bento Gonçalves, no dia 15 de agosto, às 20h30, no Anfiteatro Ivo Antonio da Rold da Fundação Casa das Artes. Os ingressos antecipados estão à venda no www.blueticket.com.br e no Movie Arte Cinema, pelo valor de R$ 90,00 (inteiro) e R$ 45,00 (meia entrada). No dia da apresentação, podem ser adquiridos na Casa das Artes. Confira mais informações no site www.operaoquatrilho.com.br.Flávio Leite, Maíra Lauter, Carla Maffioletti e Daniel Germano

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Agosto 2018 | 5

Garibaldi: vinhos, espumantes e

Bebidas mais pontuadas do evento, promovido pela Aviga, serão divulgadas em jantar harmonizado, no próximo dia 24 de agosto

No próximo dia 24 de agosto, na Associação dos Motoristas de Garibaldi (AMG), durante o tradicional jantar harmonizado, serão divulgadas as bebidas derivadas da uva mais pontuadas na 16ª Avaliação de Vinhos, Espumantes e Sucos do município. Durante uma semana, 28 enólogos gabaritados em concursos nacionais e internacio-nais, julgaram 126 amostras inscritas por 15 viní-colas. As avaliações, ocorridas nas dependências da Câmara de Indústria e Comércio de Garibaldi (CIC) ocorreram de 17 a 27 do último mês de ju-lho. No jantar, os participantes poderão degustar à vontade as bebidas vencedoras de cada cate-goria. O evento, promovido pela Associação dos Vinicultores de Garibaldi (Aviga), é voltado à qua-lificação do setor vitivinícola do município.

O presidente da Aviga, Elenir Cesca, ressal-ta que as amostras, organizadas por grupos de-finidos por letras e números, começaram a ser avaliadas a partir da variedade branco, passando pelo tipo de mesa, tinto e engarrafado. “Os vinhos eram trazidos à sala envoltos em uma roupagem escura e servidos a cada enólogo, sem que a

sucos premiados na 16ª AvaliaçãoFotos: Alexandra Ungaratto

identidade da bebida fosse revelada. Tivemos uma semana de muito trabalho, mas também muito gratificante. Desde já agradeço a Diretoria, que se dedicou para que tudo desse certo, aos coordenadores e enólogos, sempre muito profis-sionais. Posso garantir que os produtos avaliados apresentaram excelente qualidade, portanto tere-mos um grande número de amostras premiadas”, adianta Cesca.

De acordo com Cesca, a promoção das ava-liações contribui para o crescimento e aperfeiço-amento da cadeia produtiva do setor vitivinícola de Garibaldi. “Agradeço a CIC, pela cedência do local, os veículos de comunicação, pela divulga-ção e os apoios do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/RS), Prefeitura de Garibaldi e Associação de Pequenas e Médias Empresas (Apeme)”, reconhece o Presidente.

Os ingressos para o jantar de premiação po-dem ser adquiridos diretamente com a diretoria da Aviga e na Apeme. Mais informações pelo fone (54) 3462-7228 ou e-mail [email protected]. Degustação de seleção

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NatáliaZucchi

[email protected]@nataliazucchi

Vocais Femininos eCelebra Rock Bento II

u deveria ser muito pequena porque estava no banco de

trás do carro do meu pai. Era uma noite de sábado chuvosa e lembro de ficar acompanhando o destino triste das gotinhas de chuva que escorregavam animadas no vidro e logo eram arremessadas para longe pelo limpador do parabrisa. Toca-va uma rádio qualquer e a sintonia não era das melhores. Mas minha hipnose foi interrompida por uma voz firme, feminina e os primeiros versos eram: “Não quero lhe falar, meu grande amor, das coisas que aprendi nos discos. Quero lhe con-tar como eu vivi e tudo o que acon-teceu comigo”. - Essa é Elis Regina, Natália. Meu pai logo apresentou e eu acabava de conhecer a música preferida da minha vida até hoje. Como Nossos Pais, escrita por Bel-chior, na inesquecível voz da Elis. Pra mim, aquilo foi a coisa mais rock n’roll que já tinha experimentado na voz de uma mulher.

A canção é um clássico da mú-sica brasileira, gravada em 1976. A letra remete ao regime militar, mas eu nada sabia disso na época. Pra mim, aquilo que ela cantava e a in-terpretação dela eram a pura atitude rock n’roll. Não senti falta de guitar-ras afiadas nem de baterias altas, como estava acostumada com as bandas do meu pai. Nem precisa-va. Tudo está na voz dela. A letra me despertou curiosidade. Sempre fui uma criança muito sensível e esper-ta (sem modéstia, eu era mesmo) e

aquilo me fez imaginar mil coisas. O que ela cantava parecia muito um discurso de luta, de mudança e ela transmitia uma força incrível. Tra-tei de logo decorar. Como meu pai percebeu meu interesse nela, Elis se tornou mais presente em minha vida.

Ao longo dos anos, fui pegando mais gosto pelos vocais femininos no cenário roqueiro mesmo. Gosta-va de ouvir Kid Abelha, curtia muito as guitarras das músicas da Pitty combinadas com seu timbre. E eu imaginava a ovelha negra da Rita Lee como um animal mesmo. Uma ovelha sentada junto à mesa de um almoço familiar - sim, mas ain-da criança entendi o contexto, afinal me tornei a black sheep da família, e agora resta rir da minha criativa in-terpretação.

Meu pai me mostrava um pouco de tudo, mas priorizava as bandas masculinas. Confesso que inicial-mente não achava tão comum ou-vir bandas com mulheres no vocal. Mas como a maioria dos nossos “pré” conceitos surgem por falta de conhecimento, nada como o estudo e a pesquisa para me trazer mais próxima desse universo e ver como existe tanta produção boa e mulhe-res muito talentosas. Comecei pelo que tinha mais próximo. Na pré-ado-lescência, meus sábados resumiam--se no quarto da minha mãe, gruda-da no radinho, único aparelho que rodava os discos de uma coleção da Janis Joplin. Como eu estudava in-glês na época e os cds vinham com encartes muito legais mostrando as letras, eu ficava brincando de can-tar e traduzir. Pela música, aquela viagem. Eu me imaginava nos anos 70, com roupas coloridas, cantando como a Janis. Aquilo me impulsio-nava para mais. Eu queria conhecer mais.

Já aos meus 16, passei a cur-tir muito as bandas de hard rock e punk rock com mulheres na lideran-ça. Heart, em primeiro lugar, por-que as irmãs Wilson são demais

(Façam uma reunião, por favor!!!). Isso porque na época, já aos 17, tive minha melhor experiência adoles-cente. Priscila e Samara tornaram--se minha melhores amigas e, com elas, fazíamos nossas sessões de karaokê adaptado, ouvíamos vinil, pesquisávamos bandas, íamos a shows e queríamos viver como nos anos 80, mas com a liberdade de hoje, que estamos conquistando. Com elas aprendi sobre blues, folk e conheci Joni Mitchell. Nós nunca deixamos de lado as bandas de caras, afinal, eles eram importantes na mesma medida para nós. Mas com o Heart, a gente se identificava muito com as letras. Aquelas vozes nos ajudavam a confortar umas às outras, já que tínhamos um pequena diferença de idade e passávamos por fases diferentes da vida. What about Love? Pra cantar com a alma. Alone, para as desilusões. Guitar Hero com Barracuda. These Dre-ams, All I Wanna do is Make Love to You: alguns desses você já deve ter ouvido. Se você for pesquisar e as canções e os ritmos não forem tanto do seu agrado, leitor, convoco uma outra pesquisa na web (porque eu não encontrei mais no Youtube). Veja o vídeo do The Kennedy Honor to Led Zeppelin,evento de tributo ao Zeppelin ocorrido em 2012, em que a Heart (Ann e Nancy Wilson) canta Stairway To Heaven.

Mas ao que leva esse resgate histórico até o Dia Mundial do Rock? Tive aquele estalo de admiração e representatividade como quando ouço Elis, Heart, Pat Benatar, entre outras divas do cenário, ao assistir uma banda na segunda edição do Celebra Rock Bento. Celebrado no dia 13 de julho, o Dia Mundial do Rock foi bem comemorado em Ben-to Gonçalves, com quatro dias de boa música e boas bandas. Foi lá que conheci a banda bento-gonçal-vense The Madalena Rock Band.

O nome já sugere: a banda vem com vocal feminino. A Madalena tocou no palco da Rua Coberta, no

sábado,14, com versões de Elvis, Queen, Janis Joplin, The Pretty Re-ckless, entre outras na voz potente e enérgica da Fernanda Zucolotto Pereira. A performance da banda gerou muitos aplausos do público e me fez querer dançar, por isso quero compartilhar um pouquinho sobre o que descobri dessa banda, que já conta com minhas apostas.

Com a Fernanda, tocam os rapa-zes Lucas Saleri (guitarrista), Kevin Polga (baixista) e Enio Guimarães (baterista). Fernanda e Guimarães formaram a banda em 2013 em Ben-to Gonçalves e desde então fazem covers pelo Estado. Para eles, o ob-jetivo é trazer no repertório grandes clássicos do rock e adaptações de hits da música pop num estilo bem rock n’ roll - com toda a força do vo-cal da Fernanda.

Por enquanto, a banda perma-nece só nos covers, mas Guimarães já adianta o desejo de gravar algu-mas de seus composições autorais pela The Madelena Rock Band. Vou aguardar, pessoal! Para saber mais, só acompanhar a banda no Face-book!

Covers de peso noFerrovia LiveOutros destaques do Celebra

Rock ficaram no Ferrovia Live, onde eu e o Elvis fomos curtir os tributos a Nightwish com a Wishmoon, Hard Rockets com Tributo a AC/DC e o tão esperado (por mim) tributo a System of a Down, pela banda AxxOn Soad - que foi f#d@! Mas a surpresa veio logo de cara: o tributo a Nightwish foi uma excelente experiência. Mes-mo curtindo metal melódico, não tenho muito conhecimento do cená-rio e Nightwish nunca foi uma ban-da que me sintonizei e não está na minha lista de inspirações de vocais femininos. Mas o cover foi de arre-piar - tanto pelas vozes, quanto pela guitarra afiada. A banda é de Porto Alegre e você pode conhecer mais na página @wishmoonoficila no Fa-cebook.

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Mosaico | Jornal Integração da Serra | Agosto 2018 | 7

Capela é inventariada por õrgãos públicos de proteção ao patrimônio

O espaço foi revitalizado segundo normas litúrgicas, com projeto e orientação dos arqui-tetos Denise Travi e Dangle Marini, de Caxias do Sul, membros da Comissão Diocesana de Arquitetura e Arte Sacra. Segundo o arquiteto, ao longo do tempo, trabalhos de manutenção e intervenções sem critérios comprometeram a originalidade da capela, de estilo gótico. Ele

Espaço litúrgico da igreja Santa Maria Gorettifoi revitalizado com orientação profissional

A Igreja Santa Maria Goretti, do bairro Maria Goretti, tem um novo espaço litúrgico abençoado no últi-mo dia 21 de julho, em missa pre-sidida pelo pároco da Igreja Matriz Santo Antônio, Ricardo Fontana. A celebração também foi marcada por entronização de relíquia certificada da Santa Maria Goretti no novo al-tar e inauguração da pia batismal, com dois batizados. Cerca de 140 pessoas, entre moradores do bair-ro e pais e familiares das crianças

batizadas, acompanharam as várias etapas da celebração especial, das 17 às 19 horas. Entre essas etapas, ocorreu a homenagem aos morado-res do bairro Maria Goretti, que co-ordenaram a construção da igreja, inaugurada em 14 de julho de 1963. A história foi resgatada por Vera Sperotto Frizzo, do Conselho Comu-nitário, através de depoimentos de pessoas que participaram do muti-rão voltado a obra e de cartazes das primeiras festas.

Capela tem relevância histórica e cultural

acrescenta que nos últimos anos, por decisão do Conselho Comunitário, foram trocados os condutores pluviais, as estruturas da cobertura e do telhado e substituído o reboco externo e interno da capela, de 286 metros quadrados de área construída. Marin ressalta que nessa última intervenção, o sacrário foi descentralizado, as imagens dos santos, restauradas e reposicio-

nadas.“A capela de Santa Ma-

ria Goretti possui grande re-levância histórica e cultural para o município de Bento Gonçalves, motivo pelo qual em 28 de janeiro de 1996 ela foi inventariada pelo Institu-to do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e também pelo Instituto do Pa-trimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (IPHAE)”, pontua o arqui-teto.Novo espaço litúrgico da igreja Santa Maria Goretti

Casais que foram festeiros em 2018 e que serão em 2019, com o padre Ricardo Fontana

Page 24: Lixo orgânico vai gerar energia elétrica · lixo sólido urbano, efetuado através de vias térmicas, recuperando a energia calorífica produzida. A incineração do lixo é necessária

8 | Mosaico | Jornal Integração da Serra | Agosto 2018

Bento Gonçalves vai receber, no dia 23 de agosto, uma grande cele-bração à música francesa. A partir das 20h, no Teatro do Sesc (Av. Cân-dido Costa, 88, Centro), o espetá-culo “Petit Poá” apresenta clássicos cantados em francês.

O projeto “Petit Poá” conta com arranjos de jazz e blues e inclui des-de clássicos da chanson francesa até artistas da atualidade. A voca-lista Kézia Borges recentemente foi a grande vencedora do Festival Na-cional da Canção Francesa. No re-

Aproveitar o inverno de Garibal-di com ótimos vinhos, aprendendo sobre o universo da gastronomia e ainda desfrutar de um jantar servido dentro da Maria Fumaça. É o que vai oferecer o Garibaldi Gastrô em sua segunda edição. O evento terá uma programação de oficinas, degusta-ções e aulas com grandes chefs de cozinha e sommeliers, nos dias 16 e 17 de agosto, na Confraria da Tra-montina. O fechamento será na noite

Petit PoáEspetáculo apresenta clássicos da música francesa no Teatro do Sesc

pertório estão musicas de Edith Piaf, Ben L’Oncle Soul, Pink Martini e ZAZ. A banda é composta, além de Kézia Borges (vocal e escaleta), por Jack-son Spindler (arranjos e teclados), Pedro Ourique (contrabaixo) e Edu-ardo Figueredo (bateria).

Os ingressos já estão à venda no Sesc local por valores que vão de R$ 12 a R$ 26. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (54) 3452-6103, no site www.sesc-rs.com.br/bentogoncalves e na página www.facebook.com/sescbentogoncalves.

Bruna Zanatta Divulgação

Garibaldi Gastrôde sexta, com um jantar por adesão nos vagões da Maria Fumaça. Após o jantar, o trem ainda fará um pas-seio de ida e volta a Carlos Barbosa.

A programação de cursos e de-gustações terá um custo de R$ 20,00 por aula, com ingressos à venda pelo Sympla. Já o jantar na Maria Fuma-ça, com vinhos inclusos, tem ingres-sos à venda por R$ 220,00. As vagas são limitadas. Mais informações: 54 3055 2155.