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LIXO ELETRÔNICO: UM PROBLEMA QUE AFETA

A SAÚDE AMBIENTAL DO PLANETA

Rufina Maria Ferreira Gouveia1

Marivete Bassetto de Quadros2

RESUMO

Considerando os graves impactos ambientais decorrentes do descarte incorreto de lixo eletrônico e as consequências à saúde humana, o presente artigo tem como objetivo esclarecer a sociedade e engajá-la na busca de solução para amenizar o problema; visto que, com a globalização as descobertas digitais revolucionam o cotidiano, incentiva o consumo e provoca mudanças no paradigma educacional alterando valores. Entretanto, com esse desenvolvimento o homem tem causado danos cada vez mais graves sobre os ecossistemas do planeta, pois passou a viver a era dos descartáveis, em que a maior parte dos produtos são jogados fora com muita rapidez, inclusive computador. Um dos grandes problemas atualmente é o lixo eletrônico, por ser altamente poluente e conter elementos perigosos lançados, na maioria das vezes, sobre o meio ambiente provocando um grave desequilíbrio ambiental e social. Porém, a logística reversa se apresenta como um novo modelo de gestão de resíduos possibilitando a melhoria significativa nos padrões de vida das pessoas e comunidades. Ao passo que, a sustentabilidade como uma nova forma de se viver, em respeito aos limites do planeta, uma vez que a proteção ambiental é um direito fundamental de todos os cidadãos.

Palavras-chave: Sustentabilidade. Ecossistema. Resíduos. Descarte. Reciclagem.

1 Professora PDE 2012, membro da equipe pedagógica do Colégio Estadual João Marques da

Silveira – EFM – Quatiguá – PR. Pós-Graduada em Processo Pedagógico no Ensino de 1º Grau pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUC, com graduação em Pedagogia na Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Jacarezinho - FAFIJA 2 Professora Mestre Orientadora – Universidade Estadual do Norte do Paraná – Centro de Ciências

Humanas e da Educação – CCHE – Campus Jacarezinho.

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1 INTRODUÇÃO

Vivemos num mundo globalizado em que a evolução social do homem e o

avanço científico da humanidade são reconhecidos pela tecnológica correspondente.

Tudo está se modificando cada vez mais rápido com as modernas formas de

comunicação eletrônica, as quais estão provocando mudanças radicais no

paradigma educacional e alterando valores. O contingente humano está participando

dessa sociedade da informação e, consequentemente, está sofrendo os impactos

ambientais causados pelos metais pesados lançados indiscriminadamente na

natureza.

Desde o período inicial da revolução industrial as tecnologias da comunicação

evoluem sem cessar e com muita rapidez. O homem, na sua marcha para o

desenvolvimento, cria uma capacidade de destruir a terra, cujo equilíbrio é sensível

ao extremo; esta ação sobre o meio ambiente tem causado danos cada vez mais

graves sobre a saúde humana e os ecossistemas do planeta. Entretanto, a

humanidade passou a preocupar-se com esta questão somente depois do

surgimento do buraco na camada de ozônio e o aquecimento global.

O lixo eletrônico é um dos grandes problemas ambientais da atualidade.

Altamente poluente devido à inúmera quantia de elementos perigosos, este tipo de

resíduo provoca um desequilíbrio que ameaça a sobrevivência da espécie humana

sobre a face terra. A realidade em pequenos municípios não é diferente. O intuito

deste artigo é despertar nas pessoas os conceitos de sustentabilidade, ética,

cidadania e responsabilidade social, buscando encontrar soluções criativas para a

correta destinação final dos equipamentos eletrônicos, através do reaproveitamento

e/ou reciclagem dos mesmos. Será o momento oportuno para que os alunos e a

escola assumam seu compromisso como parte do atual contexto social e minimizar

as implicações do lixo nas condições de vida no planeta. O projeto “Lixo eletrônico:

um problema que afeta a saúde ambiental do planeta” foi implementado na 2ª “B” do

Colégio Estadual João Marques da Silveira-EFM no período de fevereiro a dezembro

do ano letivo de 2013.

O objetivo geral do projeto foi despertar nos alunos da Educação Básica a

responsabilidade social, conscientizando-os de que o lixo eletrônico é prejudicial ao

meio ambiente, e os mais específicos foram: organizar encontros de formação com

os envolvidos para que levem à mudança de atitude e de hábitos de consumo;

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adotar a logística reversa como meio de evitar que os componentes eletrônicos

sejam lançados na natureza; preparar caixas coletoras e ambientes adequados para

receber os resíduos sólidos.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 BREVE RETROSPECTIVA HISTÓRICA DA TECNOLOGIA

Estamos passando por grandes mudanças em todos os campos de nossa

vida. Caminhamos da sociedade industrial para a do conhecimento, contando com

as mais modernas tecnologias que ampliam os espaços de interação, de acesso e

produção da informação e facilitam a aprendizagem. Na escola o papel do

computador é o de provocar mudanças pedagógicas e dar suporte para que os

objetivos sejam alcançados. O início da história da informática nos mostra que

desde a antiguidade, o homem veio desenvolvendo instrumentos para auxiliar os

seus cálculos e facilitar o trabalho, o computador é praticamente indispensável na

vida das pessoas, pois, além de reunir gerações, facilitar a pesquisa é muito útil para

a nossa vida.

Há um novo reencantamento pelas tecnologias porque participamos de uma interação muito mais intensa entre o real e o virtual. Comunicamo-nos realmente - estamos conectados efetivamente com milhares de pessoas - e, ao mesmo tempo, nossa comunicação é virtual: cada um permanece no seu espaço, na sua casa ou escritório, navegamos sem movimentar-nos, trazemos dados que já estão prontos, conversamos com pessoas que não conhecemos e que talvez nunca veremos ou encontraremos de novo (MORAN, 2007, p, 113).

Em 1945 surgiu na Universidade da Pensilvânia (EUA), o primeiro

computador eletrônico, o ENIAC – Eletrical Numerical Integrador and Calculator –

Integrador e Computador Numérico-Eletrônico, colocado em funcionamento pelos

cientistas norte-americanos Dr Jhon Mauchly e Dr Jhon.Eckert, sendo capaz de de

realizar 4.500 operações por segundo. Com mais de 18 mil válvulas e pesando

cerca de 30 toneladas, ele dispendia o equivalente a 200 quilowatts de calor. Sua

manutenção era complicada, pois esquentava rapidamente e era obrigado a usar

custosos sistemas de refrigeração. As válvulas começavam a queimar em dois

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minutos depois de ser ligado, o que fez com que, em alguns anos mais tarde, mais

de 19 mil válvulas tivessem sido substituídas (GUGIK, 2009).

Era um computador não interativo com o usuário pois não possuía monitor e

teclado, os outros problemas do ENIAC eram a capacidade de memória e

confiabilidade. Depois de grandes avanços da computação, a Remington Rand

apresenta o UNIVAC - Universal Automatic Computer, primeira máquina a processar

dados numéricos e alfabéticos. O primeiro computador foi fabricado comercialmente

a partir de 1951. Começando a funcionar em 1952, o UNIVAC armazenava 1024

palavras de 44 bits com um clock de 1MHz, conforme relatou Correia. De acordo

com Gugik (2009), depois de certo tempo a empresa IBM- International Business

Machines entra no mercado e lança em 1953 o Defense Calculator, também

denominado de IBM 701. Este computador superou o UNIVAC, pois conseguia

armazenar 4.096 palavras. Esses dois grandes computadores também são

conhecidos como mainframes por possuírem alta capacidade de processamento. A

partir do momento que o computador passou a interagir com o seu usuário, depois

de ligado a um monitor e um teclado, ele se tornou um importante veículo de

comunicação.

Como descrito por Braga (2009), no ano de 1965, Gordon Moore, então

presidente da Intel, profetizou que a quantidade de transistores que poderiam ser

colocados em uma mesma área dobraria a cada 18 meses mantendo-se o mesmo

custo de fabricação. Essa afirmação foi considerada na época apenas uma

brincadeira, mas as empresas de semicondutores em geral, acabaram por basear-se

nela para definir as suas metas de produção, investindo pesado em pesquisa e

desenvolvimento para manter o ritmo acelerado de inovação. A partir desta data

surge a Lei de Moore, já que a mesma esclarece a intensa renovação dos

computadores com a invenção do transistor, o que possibilitou realizar um número

cada vez maior de operações com placas cada vez menores. Posteriormente Ted

Hoff desenvolvia os microprocessadores contendo os circuitos mais integrados e

menores (1971) viabilizando o surgimento dos microcomputadores com capacidade

muito maior. A partir desse feito o surgimento da Internet aconteceu como num um

passo de mágica.

Afirma Gugik (2009), que em abril de 1976 o engenheiro da Hewlett-Packard

Steven Wozniak e o jovem Steve Jobs fundaram a Aplle Computer e receberam um

financiamento de Mike Markkula, da Intel. Dois anos depois criaram um segundo

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computador, o Aplle ll, um microcomputador caseiro com monitor colorido e drive

para disquete; este surpreendeu a todos, pois foi um sucesso de vendas. A então

conhecida IBM não querendo perder pontos no mercado da informática faz acordo

com alguns jovens dentre eles Bill Gates; surge dessa parceria o IBM-PC, Personal

Computer, equipado com sistema operacional MSSDOS, desenvolvido pela

Microsoft. A partir desta invenção tecnológica a vida das pessoas não foi mais a

mesma, pois gerou novos desafios e oportunidades de informação, pesquisa e

comunicação constantes. O que ninguém contava é que essa tecnologia viesse

contribuir para a degradação ambiental causada pela falta de consciência ecológica

das pessoas e de comprometimento das empresas.

Com o apelo da mídia estimulando o consumismo de uma forma muito

intensa, presencia-se atualmente, uma tecnologia diferente de outrora, tornando os

produtos obsoletos, em curto espaço de tempo, saturando o meio ambiente com

materiais, muitos deles tóxicos, de difícil destruição e/ou reciclagem. A produção de

lixo foi aumentando descontroladamente até tornar-se um problema mundial, pois o

homem passou a viver a era dos descartáveis, em que a maior parte dos produtos,

inclusive computadores, são jogados fora, com enorme rapidez.

Outro fator que contribui para o descarte é o valor alto cobrado pelo reparo

dos aparelhos usados, desestimulando o consumidor desta prática. “Para salvar o

planeta precisamos de uma relação mais sustentável com a natureza: em vez de

nos considerar “senhores” da terra, devemos nos considerar parte dela” (GADOTTI,

2009, p. 100). Entretanto, o ser humano somente despertou para a gravidade do

problema quando os desastres ambientais começaram a acontecer, tais como:

buraco na camada de ozônio provocando o aquecimento global, escassez de água

potável, inundações, tempestades mais frequentes, secas, extinção de animais,

surgimento de doenças incuráveis, entre outros.

Desde a II Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento Humano (Rio 92), em que se reuniram autoridades do mundo todo,

já se discutia sobre o desenvolvimento sustentável e sobre as medidas para reverter

o processo acelerado de degradação ambiental. Dentre os acordos e protocolos

firmados, a mais importante a Agenda 21, comprometia todas as nações do planeta

a adotar métodos de proteção ambiental, justiça social e a criação de um fundo para

o Meio Ambiente, para subsidiar a realização das metas fixadas. Transcorridos 20

anos de história, as formas inadequadas de destinação final dos resíduos sólidos

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continuam; ainda existem os aterros sanitários a céu aberto, principalmente nos

centros urbanos do interior dos estados, causado a poluição do ar, do solo e das

águas.

Minc alega que:

A combinação dos princípios de reciclagem, descentralização e conservação de energia com os mecanismos de democratização, avaliação dos impactos ambientais e opções energéticas menos agressivas, promoverá mudanças substanciais na matriz energética e na economia global de energia, garantindo amplo acesso da energia às populações e simultaneamente menor impacto nas florestas, no efeito estufa, na redução do lixo atômico e na conservação dos recursos hídricos (2005, p. 146).

Entretanto, existem outros fatores que contribuíram também para agravar

ainda mais a crise ambiental, resultando no aumento da miséria no mundo, os

metais pesados descartados sem qualquer controle ou fiscalização. Mas em se

tratando de tecnologia existem os prós e contra a esta modernidade, pois o homem

não previu que iria causar sérios impactos ambientais colocando em risco a própria

vida. Com as tecnologias se multiplicando cada vez mais rápidas, integradas e

abrangentes caminhamos para formas mais fáceis de falar, escrever a qualquer

momento, de qualquer lugar, a custos progressivamente menores (MORAN, 2003),

consequentemente gerando um aumento considerável de resíduos sólidos.

Na opinião de Maciel (2011, p.2-3) o computador possui alguns componentes

altamente tóxicos quando lançados a céu aberto. Dentre esses metais pesados

destacam-se: chumbo, cádmio e mercúrio. O chumbo pode causar deficiência

intelectual em crianças e, nos adultos, afetar os sistemas: nervoso, circulatório e

reprodutor. É encontrado nos aparelhos de celular e televisão. Já o cádmio é

utilizado nas baterias recarregáveis de computadores, em conectores e termostatos

e em monitores CRT antigos, não é biodegradável. Este elemento prejudica

principalmente os rins, os ossos e os pulmões. O mercúrio é aplicado, entre outras

coisas, para iluminação de monitores flat, pode causar danos ao fígado, cérebro e

ao sistema nervoso central, em especial durante o desenvolvimento.

2.2 RESUMO DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Desde o século passado temos uma previsão pessimista a respeito da crise

ambiental que enfrentaríamos no futuro. Desde então, há uma busca constante por

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parte de todas as nações do globo terrestre para encontrar novos conhecimentos

científicos para minimizar esta grave problemática. No Brasil a educação ambiental

começa a se destacar a partir de 1970, com a manifestação do movimento

ambientalista contra as empresas que se instalaram no país. Na mesma década

destaca-se também a Lei Federal nº 6.938/81, que estabelece a Política Nacional do

Meio Ambiente (PARANÁ, 2008, p.73).

Em 1986, acontece em Brasília, o I Seminário “Universidade e Meio

Ambiente, tendo como foco a inserção da temática ambiental no ensino superior. As

discussões norteadoras a respeito de desenvolvimento sustentável continuaram nos

anos: 1987, 1988, 1990 e1992. A Constituição Federal de 1988, no artigo 225,

capítulo VI, incumbe o poder público de “[...] promover a Educação Ambiental em

todos os níveis de ensino e a conscientização pública para preservação do meio

ambiente” (PARANÁ, 2008, p.79 ).

No ano de 1989, cria-se o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA),

tendo como destaque em sua organização a Divisão de Educação Ambiental e do

Fundo Nacional do Meio Ambiente com a finalidade de obter recursos para suporte e

desenvolvimento de projetos relacionados à natureza. Mais tarde a Portaria nº

678/91 do MEC determina que a Educação Ambiental faça parte do Currículo

Escolar em todos os níveis de ensino. No ano seguinte o Governo Federal cria o

Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a esfera estadual os Núcleos Estaduais de

Educação Ambiental (NEAs) do IBAMA (PARANÁ, 2008).

Vale ressaltar que em 1992, aconteceu na cidade do Rio de Janeiro, a

Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento,

conhecida como ECO 92 ou Rio 92. Por causa dos compromissos assumidos nesta

Conferência Internacional e na Constituição Federal de 1988, foi elaborado em 1994,

o Programa Nacional de Educação Ambiental (PRONEA) juntamente com o

Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Ministério de Educação e Cultura (MEC).

Segundo Gadotti (2009) na Rio 92 foi aprovado um documento, a Agenda 21, para

colocar o mundo na rota do “desenvolvimento sustentável”, um compromisso com as

futuras gerações. Na mesma ocasião, o Fórum Global, aprovou dois importantes e

complementares documentos: a Carta da Terra e o Tratado da Educação Ambiental

para as Sociedades Sustentáveis e a Responsabilidade Global.

Segundo Kolbert, pouco depois de assumir a presidência, Bill Clinton

reafirmou o apoio dos Estados Unidos à convenção de 92 e anunciou mais tarde:

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Se não agirmos imediatamente, teremos de enfrentar um futuro no qual o sol não vai nos aquecer, e sim nos queimar; um futuro no qual a transição de uma estação para outra poderá ter um significado novo e terrível; um futuro no qual os filhos de nossos filhos terão herdado um planeta bem menos hospitaleiro do que aquele onde nós crescemos (2008, p.149).

Em 1996, é sancionada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDB) nº 9394/96 (Darci Ribeiro), que evidencia a educação ambiental nas escolas.

Pouco tempo depois foi aprovado pelo MEC, em 1997, os Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCNs) que também contemplam pluralidade cultural e meio ambiente.

Ainda no ano de 1997, acontece em Brasília a Primeira Conferência Nacional de

Educação Ambiental na qual resultou a “Declaração de Brasília para a Educação

Ambiental”. Dois anos depois, o então Presidente Fernando Henrique Cardoso

sanciona, no dia 27 de abril de 1999, a Lei nº 9795/99, determina o fortalecimento da

cidadania ambiental como fundamento para o futuro da humanidade. A Lei nº

10172/2001, Plano Nacional de Educação (PNE) reafirma em suas metas que: “A

educação ambiental, tratada como tema transversal, será desenvolvida como uma

prática educativa integrada, contínua e permanente em conformidade com a Lei nº

9.795/99” (PARANÁ, 2008).

O atual governo inaugura no dia 26 de junho de 2003 a Comissão Intersetorial

de Educação Ambiental (CISEA) no Ministério do Meio Ambiente (MMA), juntamente

com outros órgãos, instaurando o diálogo constante entre as universidades, as redes

de educação ambiental, o MMA e o MEC. De 03 a 06 de novembro de 2004 realizou

em Goiânia o V Fórum Brasileiro de Educação Ambiental que contribuiu para o

fortalecimento da Política Ambiental e para a formação de sujeitos políticos, capazes

de pensar e agir criticamente na sociedade (PARANÁ, 2008). Desde então, tornou-

se uma constante, a preocupação global a respeito do tema vida sustentável no

universo, como implantação de programas de educação ambiental, de secretarias

municipais de meio ambiente, pesquisas, movimentos, etc.

O Ministério do Meio Ambiente institui em 2006 o Serviço Florestal Brasileiro

(SFB), Lei 11.284/06, de 02 de março, que dispõe sobre a gestão de florestas

públicas para a produção sustentável. Em 04/011/2008 o Conselho Nacional do

Meio Ambiente – CONAMA através da Resolução nº 401/2008 “Estabelece os limites

máximos de chumbo, 8TTP8 e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas no

território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente

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adequado, e dá outras providências.” Em substituição à Lei nº 9.605/2008, institui a

Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, da Política Nacional dos Resíduos Sólidos.

Passados 20 anos que marcaram a história do meio ambiente, estamos

diante de mais uma conferência que irá traçar o destino do planeta. A Rio + 20,

surpreende pela grandiosidade do evento em que reúne as principais lideranças

mundiais, cientistas e ambientalistas preocupados com as condições de vida das

gerações futuras.

Como pudemos perceber estamos caminhando para uma mudança radical

em relação à educação para a sustentabilidade. Todos nós estamos inseridos na

natureza e dela dependemos para viver; portanto, cabe a cada um relacionar-se

harmoniosamente com ela para que não sejamos pegos na armadilha dos lixões

mortais espalhados pelo Brasil afora.

2.3 LOGÍSTICA REVERSA: A ÚLTIMA ESPERANÇA DA HUMANIDADE

Depois de muitas leituras volta à tona as perguntas que não se calam desde o

início desta pesquisa: o que fazer para salvar o planeta, enquanto ainda há tempo?

Que paradigma adotar para que a terra seja menos hostil? No que a escola pode

contribuir para que as pessoas se tornem mais responsáveis e amorosas para com a

sua primeira casa? Chegamos a um ponto que não dá mais para suportar, é urgente

imbuirmos da consciência sustentável, ecologicamente correta, ou teremos que

conviver com alterações mais drásticas nos ecossistemas o que tornará quase

impossível habitar neste universo. A logística reversa se apresenta como um

processo alternativo que visa não somente lucro, mas principalmente minimizar o

impacto ambiental.

De acordo com Santos (2012, p. 153), esta técnica também é conhecida

como “logística verde” ou “logística ecológica”. Pode-se concluir, portanto que a

escola como veiculo principal de educação, tem a função de incentivar a

participação popular nas campanhas em adesão à “sustentabilidade”; transmitir e

vivenciar a lógica dos 5 Rs: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. Chegou o

momento de trazer de volta o equilíbrio, restaurando aquilo que já foi destruído, para

isso é preciso que os indivíduos reaprendam a ser e a conviver num mundo mais

humanizado.

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Segundo a Constituição Federal de 1988, cap.VI no artigo 225 todas as

pessoas têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à

qualidade de vida, portanto, é dever da coletividade defendê-lo e preservá-lo.

Houve um despertar dos indivíduos por um mundo mais sustentável que vem

crescendo ao longo dos anos, principalmente após a ECO 92; esta Conferência

trouxe uma nova visão de crescimento econômico sem comprometer as gerações

futuras. A cada instante novos produtos são lançados no mercado, o que ontem era

novo, hoje já não é mais, que altera a mentalidade do consumidor.

Neste processo de grandes transformações as empresas devem se adequar

às mudanças de comportamento e dar um retorno mais responsável aos desafios da

sustentabilidade, isso é uma nova exigência do mercado. A implementação da

logística reversa propicia o envolvimento da cadeia de consumo de maneira que

todos resíduos sejam reaproveitados ou descartados corretamente, aqui entra a

principal diretriz que é a responsabilidade compartilhada.

Deve-se pensar numa política que incentive a redução de consumo, e adote a

prática da reutilização ou a reciclagem como um processo estratégico; e para que a

sustentabilidade seja efetiva é necessária a participação popular nos programas e

campanhas de preservação, de acordo com a Lei 12.305/2010 que instituiu a

Política Nacional dos Resíduos Sólidos; a qual é extremamente abrangente porque

dispõe entre outras diretrizes, sobre o gerenciamento de resíduos sólidos e às

responsabilidades dos geradores, o que importa é a mudança de sistema. Trabalhar

com princípios e valores éticos que visem formar a consciência das pessoas em

relação à vida sustentável. . Portanto, o papel da escola é promover uma educação

essencialmente solidária, voltada para ação transformadora em busca da cultura da

paz e da cidadania planetária.

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Atualmente, com a inclusão tecnológica cada vez mais em alta, estamos

vivendo um novo tempo em educação e convivendo cada vez mais com o

desequilíbrio ambiental alarmante. Mesmo com toda a tecnologia existente, o

professor continua sendo a figura humana indispensável; cabendo a ele estimular a

curiosidade, despertar o gosto para aprendizagem e fazer com que o aluno adquira

hábitos de prática sustentável. Incutindo nova cultura que resulte na construção de

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um mundo mais verde e mais bonito. As ações realizadas implicaram no

engajamento coletivo buscando melhoria para qualidade de vida.

A) APRESENTAÇÃO

O projeto do lixo eletrônico foi apresentado, por meio de slides, à

comunidade escolar, no dia 04 de fevereiro de 2013 com o objetivo de sensibilizar

sobre a necessidade da preservação ambiental.

B) SENSIBILIZAÇÃO

A implementação, realizada no Colégio Estadual João Marques da Silveira -

Ensino Fundamental e Médio, contou com a participação direta dos alunos das 2ª

Séries do Ensino Médio, por meio da sensibilização dos mesmos, com a finalidade

de conscientizar, informar e motivar à participação na campanha do descarte

correto.

C) SONDAGEM

Por ser a sustentabilidade atualmente alvo das atenções em todo mundo, foi

realizada uma reflexão de aprofundamento do tema, com as seguintes

problematizações: o que você entende por mudanças climáticas? Identifique

algumas causas provocadas pelo esgotamento do ozônio da atmosfera. É possível

distinguir no seu contexto social, problemas ecológicos de alto risco para a saúde?

O que significam ECO 92 e Rio + 20 para o mundo? Explique o que é “educação

ambiental”. O que você considera lixo eletrônico? A sua escola desenvolve algum

projeto voltado para a conscientização ambiental? Você se considera um ser

consciente, com hábitos ecologicamente corretos? Comente a necessidade de

efetivar a cidadania planetária na comunidade local para alcançar a cidadania

nacional. Como devemos proceder para salvar a terra da degradação total?

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D) PESQUISA

Para tornar o conhecimento mais acessível e entrar em sintonia com o tema

em tela, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, uma vez que o meio ambiente é

um bem de uso comum de todos os povos; portanto, é imprescindível que o cidadão

seja bem informado. Faz-se necessário destacar também que a participação de

cada elemento na dinâmica dos ecossistemas, é um processo permanente de

conquista.

E) DIVULGAÇÃO

A escola é o espaço ideal para discutir a importância do convívio harmonioso

entre a sociedade e a natureza, pois só protege quem conhece e respeita. Sem

dúvida, no momento atual as propostas educacionais estão voltadas para a era da

sustentabilidade, de cujo equilíbrio depende a qualidade de vida na terra. Utilizando

os veículos de comunicação disponíveis houve uma divulgação da importância de se

desfazer corretamente do lixo eletrônico e de como a coleta iria acontecer. Com o

título LIXO ELETRÔNICO: UM PROBLEMA QUE AFETA A SAÚDE AMBIENTAL DO

PLANETA, o texto abaixo foi disponibilizado em jornal impresso, na data de 24 de

abril de 2013.

A natureza está sofrendo graves impactos ambientais causados pelo excesso de lixo, principalmente de lixo eletrônico; computador, por exemplo, possui alguns componentes altamente tóxicos como chumbo, mercúrio e cádmio, portanto, são metais perigosos quando lançados a céu aberto. A Professora Rufina Maria Ferreira Gouveia, Pedagoga do Colégio Estadual João Marques da Silveira - Ensino Fundamental e Médio, participante do Programa de Desenvolvimento Educacional-PDE 2012, vem implementando no município seu projeto de pesquisa sobre o descarte correto de lixo eletrônico, Participe! Faça doação dos equipamentos eletrônicos quebrados ou que não se usa mais (computadores, celulares entre outros) para que sejam reciclados e/ou descartados corretamente. Com a sua contribuição vamos atingir nosso objetivo: “Saúde e ambiente, reciclar é urgente”.

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Essa iniciativa veio contribuir na ampliação dos conhecimentos e informações

sobre desenvolvimento sustentável, não só dos envolvidos diretamente no projeto,

mas também de toda sociedade quatiguaense, favorecendo o engajamento de cada

cidadão.

Figura 1 – Panfleto de divulgação do Projeto do Lixo Eletrônico

F) PALESTRA

No dia 22 de março “DIA MUNDIAL DA ÁGUA” foi feita a palestra de

sensibilização da comunidade escolar, com a finalidade de conscientizar a

população sobre as questões ambientais, em destaque para o uso eficiente da água;

embora o Brasil seja um país privilegiado em recursos hídricos é importante divulgar

que a água, é um patrimônio mundial e dela dependem o equilíbrio e o futuro do

planeta. Portanto, os recursos hídricos devem permanecer intactos, livres de

agressões ambientais, principalmente de contaminações; caso contrário o ser

humano pagará bem caro pelo descuido ambiental. Foram também apresentadas

sugestões de práticas sustentáveis para evitar a escassez de água, pois através de

pequenas atitudes atingem-se grandes mudanças.

Uma palestra sobre os perigos do lixo eletrônico aconteceu no dia 15 de abril,

com o Rev. Antônio Carlos Mendes Ferreira, Pastor da Igreja Presbiteriana

Independente do Brasil e seus Bonecos Ventríloquos, os quais divertiram e

trouxeram uma mensagem especial sobre os cuidados com a natureza e um apelo

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aos jovens: “Parem de se render ao apelo do mercado, estenda a vida útil de seus

equipamentos eletrônicos, formate, faça backup. Utilize como critério de compra,

além do preço, a responsabilidade que a empresa assume com o meio ambiente.”

Com isso o Desenvolvimento Sustentável se apresenta como uma nova

oportunidade de transformações socioambientais e econômicas.

G) VISITAÇÃO

Em meados do mês de abril, foi feita uma visita com os alunos, a um Centro

de Triagem de Resíduos Sólidos existente na região. Observaram que, depois de

recebidos e separados, de acordo com o tipo de resíduo que os compõe, os

materiais são prensados e direcionados para fabricação de novos produtos. Aos não

passíveis de reciclagem é dada destinação correta nos aterros próprios.

Em sala de aula foi realizada mesa redonda para discussão a respeito das

consequências das agressões ambientais com base no projeto do lixo eletrônico e

possíveis soluções para este problema no Brasil.

H) VÍDEOS

Para fixação e enriquecimento do tema abordado, foi realizada a exibição de

três vídeos interessantes: Eco 92, Rio + 20 e Preservação da Terra e

Conscientização Humana; em seguida foram desenvolvidas algumas dinâmicas

envolvendo toda a turma e por último a produção de textos.

Texto elaborado pela aluna I. P. C, da 2ª série B.

Estamos vivendo em uma era de avanços tecnológicos e científicos, de avanços econômicos e sociais, onde a globalização é cada vez maior. Juntamente com esses avanços estão os problemas ambientais que vem aumentando constantemente.

Lixos eletrônicos, sacolas plásticas, emissão de gases, desmatamento, poluição de rios, queimadas, lixões irregulares, pneus descartados de forma incorreta, enfim, infinitas ações estão prejudicando a nossa vida e a de todos os seres vivos do planeta. O aquecimento global está derretendo as geleiras, aumentando os níveis dos mares, fatores que estão prejudicando e acabando com a vida na terra.

É incrível como as pessoas de hoje, com tantas informações a seu dispor, vivem em tamanha falta de conscientização em relação à limpeza do planeta, do lugar onde vivemos.

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Pequenos gestos fazem grandes diferenças, basta cada um fazer sua parte que podemos mudar muita coisa, afinal a terra está pedindo socorro.

I. P. C aluna da 2ª série B

Figura 2 - Resultado da 1ª coleta – 18/05/13

Para que o projeto não morra, foram construídas, com material reciclável,

barricas para funcionarem como coletoras de pilhas e baterias usadas e foram

espalhadas na cidade.

Figura 3 – Papa Pilhas

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4 GRUPO DE TRABALHO EM REDE – GTR

Nos meses de março, abril e maio de 2013, o artigo foi embasado por ricas

contribuições dos participantes do Grupo de Trabalho em Rede; uma das

participantes fez a seguinte citação:

Muitas vezes é exaustivo trabalhar com o tema meio ambiente, mas me surpreendi no replanejamento da semana passada em uma das escolas que sou professora pedagoga. Apresentei seu projeto e muitos acharam interessantes e tinha professores que não sabiam o que fazer com os computadores obsoletos, muitos jogavam no lixão. E juntos tivemos uma ideia, conversei com algumas entidades se havia interesse em tais equipamentos para aproveitamento do aluno, pois os computadores não estavam inúteis. A APAE e mais uma entidade aproveitaram para jogos interativos, filmes através de DVDs e mesmo o Word para digitação. Com essa apresentação, acabamos fazendo o bem aos alunos, que terão mais um recurso para desenvolver habilidades e ao mesmo tempo livramos a natureza com tal descarte, já estamos pensando num projeto, baseado no seu para ser estendido à comunidade escolar. Portanto mais uma vez parabenizo seu projeto que está sendo de grande valia!

5 RESULTADOS OBTIDOS

A realização da coleta de lixo eletrônico no Colégio Estadual João Marques

da Silveira – EFM foi um marco inicial que despertou grande interesse na

comunidade para a questão dos resíduos sólidos e para a prática, de doar material

eletroeletrônico em desuso. Houve uma expressiva participação dos alunos, pais,

professores e oportunizou a apropriação da responsabilidade social e da ética

ambiental quanto ao uso das tecnologias.

Foi constatado que os eletroeletrônicos têm cada vez mais seu tempo de vida

reduzido, graças ao avanço acelerado das tecnologias, e isso gera grande número

de sucata que traz prejuízo ao meio ambiente. Na triagem inicial dos materiais

coletados obteve-se um total de 245 peças, sendo microcomputadores, CPUs,

impressoras, celulares, TVs, telefones entre outros.

A metodologia utilizada foi adequada, pois sensibilizou grande número de

indivíduos que buscaram informações sobre o lixo eletrônico e os danos para a

saúde da população. O projeto atingiu o objetivo proposto, pois é possível verificar

mudança de atitude, principalmente em relação dos alunos; teve boa aceitação na

mídia, pois muitos foram os feedbacks favoráveis.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando que vivemos a era do consumo exagerado, de modernas

tecnologias que se aprimoram continuamente, cujo descarte está resultando na

destruição do ecossistema, a cada ano, cresce assustadoramente o lixo proveniente

dessas tecnologias, o projeto do lixo eletrônico promoveu uma conscientização

ambiental ativa, face ao caminho reverso, resgatando o conhecimento sobre a

importância da reciclagem.

Nesse aspecto, vale observar que a mudança de mentalidade se fez

necessária, para assumir novos valores que promovam a continuidade da espécie

humana, com qualidade para todos. Diante dessa realidade, adotar a Agenda 21,

com o objetivo de ampliar conhecimentos que garantam a realização da

sustentabilidade é uma ação louvável. A prática da logística reversa, gradativamente

ganha importância, como um processo alternativo que visa minimizar o impacto

ambiental.

Chegou o momento de trazer de volta o equilíbrio do ecossistema,

destacando a responsabilidade de todos os povos sobre o lixo que produz.

Ficou claro que a implementação do projeto de intervenção pedagógica na

escola, provocou mudança de atitude dos envolvidos, portanto, a constância da sua

aplicabilidade deve ser uma realidade. É preciso que as pessoas reaprendam a ser

e a conviver num mundo mais humanizado. Ser sustentável é respeitar a natureza e

a sociedade.

REFERÊNCIAS

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GADOTTI, Moacir. Educar para a sustentabilidade: uma contribuição à década da educação para o desenvolvimento sustentável. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2009. GURGIK, Gabriel. A História dos computadores e da computação. 6 mar.2009. p.1-4. Disponível em:<www.tecmundo.com.br › Software › Sistema operacional › Mac OS X>. Acesso em: 23 abr. 2012. KOLBERT, Elizabeth. Planeta Terra em perigo: o que de fato está acontecendo no mundo. Tradução Beatriz Veloso. São Paulo: Globo, 2008. MACIEL, Alan Cavalcante. Lixo eletrônico. Faculdade ENIAC Tecnologia em Mecatrônica Industrial. Guarulhos. 2011. Disponível em: <13tpp: //www.ebah.com.br/contente/ABAAAezhMaj/artigo-sobre-lixo-eletrônico>. Acesso em: 28 maio 2012. MINC, Carlos, Ecologia e cidadania. 2ed. São Paulo: Moderna, 2005. MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos, BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 6ed. São Paulo: Papirus, 2003. ________. Textos sobre tecnologias e comunicação. Disponível em: <www.eca.usp.br/prof/moran>. Acesso em: 1 jun. 2012. ________ . Desafios na comunicação pessoal: gerenciamento integrado da comunicação pessoal, social e tecnológica. 3ed. rev. e atual. São Paulo: Paulinas, 2007. _________. Texto publicado em: Mundo virtual. Cadernos Adenauer IV, n.6. Rio de Janeiro: Fundação Konrad Adenauer, abril, 2004, p. 31-45. PARANÁ. Cadernos temáticos da diversidade. Coordenação de desafios educacionais contemporâneos. Curitiba: SEED, 2008. SANTOS, Pablo Silva Machado Bispo dos. Guia prático da política educacional no Brasil: ações, planos, programas e impactos. São Paulo: Cengage Learning, 2012.