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PLANO DE AULA APOSTILADO Escola Superior de Teologia do Espírito Santo Livros Históricos Livros Históricos Livros Históricos Livros Históricos A história e formação do povo de Israel Escola Superior de Teologia do ES

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PLANO DE AULA APOSTILADO

Escola Superior de Teologia do Espírito Santo

Livros HistóricosLivros HistóricosLivros HistóricosLivros Históricos A história e formação do povo de Israel

Escola Superior de Teologia do ES

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ESUTES – Escola Superior de Teologia do Espírito Santo 2

A Escola Superior de Teologia do Espírito Santo – ESUTES, é amparada pelo disposto no parecer

241/99 da CES (Câmara de Ensino Superior) – MEC O ensino superior à distância é amparado pela lei 9.394/96 – Artº 80 e é considerado um dos mais

avançados sistemas de ensino da atualidade. Sistema de ensino: Open University – Universidade aberta em Teologia

O presente material apostilado é baseado nos principais tópicos e pontos salientes da matéria em questão.

A abordagem aqui contida trata-se da “espinha dorsal” da matéria. Anexo, no final da apostila, segue a indicação de sites sérios e bem fundamentados sobre a matéria que o módulo aborda,

bem como bibliografia para maior aprofundamento dos assuntos e temas estudados.

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__________

SSSSSSSSuuuuuuuummmmmmmmáááááááárrrrrrrriiiiiiiioooooooo

_______ _______ _______ _______

Josué ....................................................................................................................................................... 4

Juízes....................................................................................................................................................... 7

Rute ....................................................................................................................................................... 10

I Samuel................................................................................................................................................. 13

IISamuel................................................................................................................................................. 16

I Reis...................................................................................................................................................... 18

II Reis..................................................................................................................................................... 23

I Crônicas............................................................................................................................................... 26

II Crônicas.............................................................................................................................................. 29

Esdras.................................................................................................................................................... 31

Neemias................................................................................................................................................. 34

Ester ...................................................................................................................................................... 36

Bibliografia:............................................................................................................................................ 38

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JJoossuuéé

O livro de Josué toma o nome do protagonista dos fatos nele contidos. Moisés, libertando o povo da escravidão dos egípcios, organizou-o na península do Sinai e o conduziu até às margens do Jordão. Para continuar a mesma missão de Moisés, sucede-lhe Josué. Tinha na sua frente duas tarefas: ocupar a terra de Canaã ou Terra Prometida, expulsando os antigos habitantes, e dividir, o país entre as várias tribos de Israel. O livro de Josué é a narração, ora pormenorizada e viva, ora esquematizada, desta grande empresa. Daí a divisão lógica do livro em duas partes: ocupação da Terra Prometida e sua partilha; segue-se um apêndice sobre os últimos fatos de Josué.

Os fatos resumidos no livro abrangem um período de cerca de 30 anos, como se pode inferir de dois indícios oferecidos pelo próprio livro. Josué, sendo quase da mesma idade de Caleb (Núm 13.6-8; 14.6-38), tinha, no tempo do Êxodo, aproximadamente 40 anos (Jos 14.7); morreu com 110 anos. Tendo em conta os 40 anos passados no deserto, resulta que empreendeu a ocupação da Palestina aos 80 anos, sobrevivendo mais trinta.

NOME - JOSUÉ, no hebraico, quer dizer “Deus é salvação", e no grego, Josué toma a forma de IESOUS ou Jesus.

AUTOR - A tradição judaica afirma que Josué escreveu todo o livro, com exceção dos últimos versículos, atribuídos à Finéias, neto de Arão (Js. 24.26, 33 e Nm. 25.7)

DATA DA ESCRITA - Aproximadamente 1.380 a.C.

TEMPO DA AÇÃO - Da morte de Moisés (1.406 a.C.) à morte de Josué (1380 a.C.) - Portanto o livro abrange um período de 24 anos.

VERSO CHAVE – 1.2 - "Moisés, meu servo, é morto; dispõe-te agora e passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel.

TEMA - A CONQUISTA E A DIVISÃO DA TERRA DE CANAÃ,

A fidelidade de Deus dando posse da herança prometida a Abraão cerca de 700 anos após ele ter feito a promessa.

CONTEÚDO

Após a morte de Moisés, Josué assume a liderança do povo e entram na posse de Canaã através de muitas lutas.

Os habitantes de Canaã, são inimigos hostís, idólatras, pervertidos, os quais ocuparam a terra enquanto o povo esteve no Egito e no deserto. A terra lhes fora dada por Deus, mas os inimigos deviam ser desalojados e

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destruídos, O livro de Josué nos conta o cumprimento das promessas de Deus (Js. 21:45). Enfim o povo liberto do Egito chegara à terra de Canaã, agora tomava posse e instalava-se. Josué é um tipo de Cristo, e até o nome é o mesmo, Josué-Jesus. É ele quem nos leva à terra prometida celestial, dando-nos posse nela. Ele é o nosso general conquistador. DIVISÃO - O livro de Josué pode didaticamente ser dividido em:

a) A preparação para a entrada na terra - caps. 1 a 5 b) A coquista da terra - caps. 6 a 12 c) A divisão da Terra - caps. 13 a 22 d) A despedida de Josué - caps. 23 e 24

COMENTÁRIOS

1 –A partir deste livro de Josué, Deus introduz um novo método de ensino ao seu povo. Até aqui Ele falava através de sonhos, visões, teofanias (aparição de Deus em forma humana); através de seus líderes, mas agora também aponta o Livro da Lei (o Pentatateuco) o qual fora escrito por Moisés, sob orientação de Deus, e estava nas mãos do povo. Veja Js. 1. 7 e 8 e 23:6.

2 - Assusta-nos a forma como Deus mandou que os Judeus exterminassem os inimigos cananeus sem Ihes dar chances ou oportunidades de conversão. Isto pode ser melhor compreendido com os seguintes adendos:

a) Deus é um Deus de vida, de paz, de amor, mas também de santidade e de justiça. Ele é imutável.

b) Os cananeus eram um povo idólatra, cujas divindades eram deuses sanguinários, cruéis, de sensualidade e promiscuidade desenfreados, para os quais os sacerdotes eram homossexuais, sodomitas e prostitutas, e em cujos cultos, crianças eram sacrificadas. c) Tornam-se semelhantes aos seus deuses que cultuam, aqueles que assim o fazem. (Salmo 115.8) d) Aquela terra que pertencia a Deus já havia sido dada a Abraão e sua descendência, e agora estava inapropriadamente ocupada pelos cananeus, Os judeus retomando a terra e destruindo os cananeus eram a manifestação do juízo de Deus contra um povo ímpio, promíscuo, idólatra, regidos por um sistema inspirado e dirigido por Satanás.

3 - A travessia do rio Jordão para entrada na terra de Canaã, em muito se pareceu com a passagem pelo Mar Vermelho. Compare Êxodo 14.21 a 25 com Josué 3. Isto:

a) Confirmava o poder de Deus num momento tão importante para o povo quanto o da libertação do cativeiro egípcio. Lembre-se que esta geração não esteve no evento do mar! b) Confirmava a liderança de Josué, c) Demonstrava o poder da arca do Senhor, que significava a presença do Senhor entre eles.

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4 - Raabe a prostituta, embora com um passado condenável, aceitou, a mensagem da presença do Senhor Jeová, e acolheu os espias, fazendo parte do plano de tomada de Jericó por Israel. Gentia e prostituía, contudo tomou-se ancestral direta do Messias. Ver Js. 2 e ainda Hb. 11.31 e Mt 1.5. Há belos simbolismos neste trecho de Josué 2: a) Os espias, mensageiros do Senhor, ocultam-se do inimigo sobre as canas de linho (vs. 6). Jesus não foi destruído pelo seu inimigo Satanás porque sem pecado esteve inacessível sob o linho da justiça (Ap. 19.8). b) A vida dos espias respondeu pela vida de Raabe (vs.14). Jesus se identificou conosco. Sua vida respondeu pela nossa, e sua morte respondeu pela nossa eternidade. c) Por fim, os espias estiveram no monte escondidos por três dias, proclamando a vitória final sobre os inimigos (vs. 16 e 22). Jesus após sua morte na cruz esteve oculto no túmulo por três dias até que ao terceiro dia ressurgiu decretando sua vitória completa e definitiva.

d) O sinal de que Raabe estava comprometida com Deus, com os espias, com o plano, e sob a proteção deles era o cordão de fio escarlate preso à janela. É pelo sangue escarlate de Jesus, vertido na cruz, que temos a garantia da salvação.

5 - "O sol que se deteve" em Gibeon (Js. 10. 12 e 13) foi manifestação do poder do Deus criador e este evento foi recentemente confirmado por cientistas da NASA nos EUA.

6 - O povo de Israel não entrou logo em luta contra todos os povos que habitavam Canaã. Primeiro fizeram a divisão da terra, crendo pela fé que tomariam posse de toda ela. Então as tribos de Israel uniram-se para que passo a passo, guerra a guerra, fossem desalojando os inimigos e assenhorando-se das terras. (Js. 13.1) Só no período do reinado de Davi, 400 anos depois, eles retomaram a posse cornplera da terra.

7 - A exortação do Josué em 23.11-13, foi profética e cumpriu-se logo depois, no período dos Juizes.

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JJuuíízzeess

Juízes foram chamados certas personagens insignes que, depois da morte de Josué até à constituição do reino - isto é, desde o século XII ao XI a.C. - libertaram, em várias circunstâncias, o povo de Israel dos inimigos.

Não formaram uma série ininterrupta, mas eram chamados pelo Senhor segundo as necessidades. Era uma espécie de "ditadores" que, cumprida a missão libertadora, continuavam a exercer autoridade sobre o povo pelo resto da vida. Não dominavam sobre todo o povo, mas só nas tribos que libertavam do inimigo; desta forma não é impossível que alguns juízes exercitassem ao mesmo tempo sua função.

O livro dos juízes narra as empresas desses beneméritos libertadores do povo eleito. Em vez de uma história propriamente dita, da época, é uma coleção de memórias dos diversos heróis. São doze ao todo, classificados em maiores e menores, não tanto pela diferente importância dos empreendimentos e dos heróis, quanto pelo modo de serem apresentados. Dos menores, o autor contenta-se com citar o nome, alguma notícia da família, a duração de sua atividade e o lugar da sepultura, sem especificar o empreendimento; ao passo que dos maiores narra a história com mais particularidades, segundo um esquema fixo, que comporta quatro momentos: o pecado do povo (práticas idolátricas), o castigo (dominação estrangeira), o arrependimento e a libertação por obra de um juiz.

NOME - No hebraico "Sophetim" que significa "Juízes" ou “líderes executivos". No grego é "kritai”, que tem o mesmo significado. O livro tem este nome, pois foi o tipo de governo que Israel experimentou durante o período nele descrito. (Jz.2.7 e 16 e Js. 24.31).

AUTOR - É desconhecido, porém a maioria dos estudiosos credita a Samuel sua autoria.

DATA DA ESCRITA - Provavelmente em torno de 1000 a.C.

TEMPO DA AÇÃO - Abrange desde a morte de Josué (1.380 a.C.) ao início da magistratura de Samuel (1.060 a.C.). Um período aproximado de 300 - 350 anos.

VERSO-CHAVE -17.6 ou 21.25 - "Naqueles dias não havia rei em Israel: cada um fazia o que achava mais reto."

TEMA - OPRESSÃO E LIVRAMENTO O livro relata sete apostasias, sete opressões e sete libertações.

CONTEÚDO

O relato do livro de Juízes começa depois da morte do líder Josué e alcança seus primeiros 300 - 350 anos em Canaã sem um outro líder que sucedesse Josué. O povo além da falta de liderança e total independência, tribal e individual, esqueceu-se de duas mensagens fundamentais do Senhor para eles: 1º - Que eles erarn um povo

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peculiar ao Senhor. Deus lhes tinha um propósito: anunciar ao mundo através deles a existência do Deus único e verdadeiro; 2º - Que eles deviam exterminar os inimigos que habitavam aquela terra (ver Dt. 7:2-8.). Ao contrário, o povo de Israel, misturou-se e contaminou-se com os idólatras e o resultado da desobediência foram opressões dos inimigos, seguidos cativeiros, que se intercalavam com períodos de arrependimento e clamor quando então o Senhor lhes suscitava um juíz, libertador militar e magistrado civil, para reconduzi-los aos caminhos corretos. O capítulo 2 de Juízes é uma súmula de todo o livro, e explica porque o Senhor mesmo não espulsou os inimigos por por eles. Santidade, não por extermínio do mal, mas por separação voluntária dele. A mensagem do livro é fundamental: maior do que a persistente rebeldia do homem é a graça e a misericórdia de Deus.

DIVISÃO - Podemos dividir o livro de Juízes em três partes:

a) Período pós-morte de Josué – caps. 1 e 2 b) Período das apostasias, opressões e libertações - caps. 3 a 16 c) Período de confusão e anarquia - caps. 17 a 21 Este período não é cronologicamente sucessivo aos anteriores, mas como um apêndice, que apresentado após o capítulo 16, relata o estado de caos e anarquia em que a nação vivia. Seus fatos descritos podem ser concomitantes aos descritos nos capítulos anteriores. Note as instruções, repetitivas em 17.6; 18.1; 19.1 e 21.25. COMENTÁRIO O caráter moral e espiritual dos israelitas decaíra muito desde os últimos dias da liderança de Josué (vide suas últimas palavras de exortação – Js. 23 e 24). Talvez a grande extensão da terra e a separação das tribos, onde cada um lutava por isoladamente estabelecer-se e prosperar, tenha agravado a situação. O sentimento nacional perdeu-se assim como o zêlo religioso.

Decidiram que era mais vantajoso escravizar os inimigos que expulsá-los, e neste convívio adquiriram costumes, hábitos e ritos indesejáveis, vieram os casamentos mistos e alianças espúrias (Js. 16.10 e 17.12-13; Jz. 3.5-6).

Fortaleceram-se os antigos habitantes da terra e num descuido ou fraqueza, aconteceram os cativeiros e opressões.

Esta é a lista de opressões e livramentos:

- Primeira Opressão - Jz, 3:7-11 -Mesopotâmïa - a causa: idolatria - oito anos de opressão - Juiz libertador: Otniel - 40 anos de paz. - Segunda Opressão - Jz. 3:12-31 - Moabitas e Filisteus - a causa: imoralidade e idolatria -18 anos de opressão - Juízes libertadores: Eude a Sangar - 80 anos de paz. - Terceira Opressão - Jz. 4 e 5 - Cananeus - a causa: abandonara O Senhor - 20 anos de opressão - Juiz: Débora - 40 anos de paz. - Quarta Opressão - Js 6 a 8 - Midianitas - a causa; abandonaram o Senhor - sete anos de opressão - Juiz: Gideão - 40 anos de paz. - Quinta Opressão - Jz. 8 a 10 - Rei usurpador - a causa: abandonaram o Senhor - 3

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anos de opressão e uma guerra civil Juízes: Tola e Jair - 45 anos de paz. - Sexta Opressão - Jz. 10 a 12 - Filisteus e Amonitas - a causa: idolatria - 18 anos de opressão – Juízes: Jefté, Ibsã, Elom e Abdom - 31 anos de paz. - Sétima Opressão - Jz. 13 a 16 - Filisteus - a causa: abandonaram o Senhor - 40 anos de opressão – Juiz: Sansão - 20 anos de paz.

Se somarmos todos estes anos de cativeiros e livramentos, alcançaremos um número de anos maior do que 300-350 anos de período estimado para o período dos Juizes. A explicação é que muitos cativeiros eram localizados, e alguns juízes Julgaram concomitantemente em regiões diferentes de Canaã. 3 - O livro de Juízes termina com as histórias tristes das tribos de Dã e Benjamim, porém elas são contemporâneas aos mandatos dos primeiros juízes. Estão datados após o capítulo 16 apenas por uma arrumação do autor, o qual a tradição acredita ser Samuel, pois já conhecia o tempo do governo monárquico sobre Israel (17.6; 18.1; 19.1; 21.25). 4 - O caso de Jefté (Jz. 11:29-40) merece uma explicação: Seu voto era oferecer ao Senhor quem lhe primeiro saísse ao encontro, e complementou: "e oferecerei em holocausto". Quem primeiro lhe saiu ao encontro foi sua filha única. Ele cumpriu sua palavra e a entregou ao Senhor, porém não cremos que literalmente como um sacrifício humano em holocausto, mas entregou-a para servir ao Senhor definitivamente no tabernáculo, Porque cremos assim? a) Não era costume do povo de Deus oferecer sacrifícios humanos. b) Em especial, um voto deste tipo não seria feito por um homem de Deus. c) Ela chorou sua virgindade, e não sua vida (vs. 37), pois dedicava-se exclusivamente ao serviço do Senhor. d) Fez-se conforme o voto de seu pai: "ela jamais foi possuída por varão" (vs. 39).

Registra-se, contudo que há muitos autores que acreditam ter a filha de Jefté sido ofertada mesmo em sacrifício de holocausto. Jefté era meio cananeu (Jz. 11:1), embora piedoso, ignorante quanto às formas corretas de agradar ao Senhor,

5 - Pelo realce e maior espaço que o livro de Juízes dá às repetidas quedas de Israel, temos a impressão que a maior parte do tempo, nestes 300-350 anos de Juizes, foram vividos no pecado e na opressão, isto não é verdade, pois apenas cerca de 100 anos o povo viveu desta forma.

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RRuuttee

A comovente história de Rute, que dá o título a este opúsculo, é um idílio pela suavidade e pelo ambiente campestre; um pequeno drama pela variedade e vivacidade das cenas. Apenas um terço de todo o livro pertence ao gênero narrativo, sendo o resto, diálogo.

Os quatro capítulos em que se costuma dividi-lo são como quatro atos no drama; podemos assim resumi-los:

1. Em companhia da sogra que volta à pátria. Rute, jovem moabita, viúva sem filhos, de um hebreu que emigrara de Belém, não abandona a sogra que, depois da morte do marido e dos filhos, deseja voltar ao torrão natal.

2. A respigadura. Para o sustento próprio e o da sogra, Rute vai respigar atrás dos segadores, conquistando com os seus encantos e suas virtudes a afeição de Boaz, rico proprietário, parente de seu sogro.

3. A noite passada na eira. Por conselho da sogra, que pensa em casá-la com Boaz, Rute passa uma noite junto de Boaz na eira da colheita e aproveita a ocasião para lembrar ao mesmo o dever de desposar a viúva do parente falecido sem filhos.

4. As núpcias de Boaz com Rute. O convite de Rute agrada a Boaz, mas há outro parente com direito de precedência. Superado o obstáculo pela desistência deste parente, Boaz desposa Rute, que o torna pai de Obede, de quem nasceu Jessé, pai, por sua vez, do grande rei Davi, antepassado do Messias.

Além desta importância histórica, Rute oferece numerosos e preciosos ensinamentos. A protagonista é um modelo de piedade filial, de dócil obediência para com a sogra, de espírito de sacrifício no cumprimento destes seus deveres. Na sua história sobressai o papel da divina Providência que, por caminhos inesperados, premia a virtude de Rute, dando-lhe uma posição social elevada. Além disso, sob o aspecto religioso, é digno de nota como essa estrangeira, que deixa a pátria e os concidadãos para não abandonar a sogra hebréia, não somente é recebida na verdadeira fé para fazer parte do povo de Deus, mas também teve a honra de ser inscrita na genealogia do Messias (Mt 1.5).

A linguagem parece colocar a escrita do livro na época da monarquia; o estilo, simples e polido, a beleza da narrativa, a pintura viva dos caracteres e dos costumes colocam Rute entre os melhores modelos de prosa narrativa do Antigo Testamento. Em Rute temos a amenidade da novela unida à singela veracidade histórica.

NOME - O nome "RUTE" é moabita e sua tradução não é precisa, Pode significar "amizade", "rosa" ou "vistosa".

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AUTOR - A tradição judaica afirma ter sido Samuel.

DATA DA ESCRITA - SE olharmos para os últimos versos do livro descobriremos que o autor já conhecia Davi e este era um personagem importante a ponto de ser citado, portanto a data da escrita aproxima-se do início do reinado de Davi. Por volta do ano 1.010 a.C.

TEMPO DA AÇÃO - O primeiro versículo do livro nos situa a história de Rute no período dos Juízes. O período de fome em Belén, segundo alguns estudiosos, deve ter sido no tempo de Jefté ou Gideão, 1.100 a.C., para outros, contudo a história se dá logo no início do tempo em que os Juízes Julgaram Israel, em torno de 1.300 a.C. Portanto em 1.300 a.C. ou 3.100 a.C.

VERSO-CHAVE – l.36 - "... aonde quer que fores, irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus." TEMA - REDENÇÃO CONTEÚDO

É a história de uma família, que vivia no tempo dos juízes de Israel, e onde a desgraça foi transformada em graça familiar e universal. Elimoleque e Noemi (“DELÍCIA”), num período de fome em Belém, mudam-se com seus filhos, Malon e Quilon, para Moabe. Morre Elimeleque e Noemi. Viúva, casa seus dois filhos com mulheres moabitas: Órfã e Rute. Após 10 anos, seus dois filhos também morrem e Noemi decide retornar para sua terra (ver 1.20), oferecendo liberdade às noras. Órfã, com tristeza se despede e fica em Moabe, mas Rute havia adotado Noemi como sua família e o Deus de Noemi como seu Deus. Conversão pelo amor. Retornam à Israel. Em Israel Rute conheçe Boaz, familiar de Noemi, rico e possível resgatador, pela lei do levirato. Casam-se e são geradores de Obede, Jessé e Davi. Por conseguinte, também de Jesus (ver 4:21 e 22; Mt. l: 5, 6 e 16). Graça familiar pelo resgate de Boaz, graça universal pois Boaz.é neta da prostituta cananita Raabe, e Rute é moabita. Deus não é Deus apenas de Israel, a salvação veio também "pelos" e "para" os gentios.

DIVISÃO - Dividimos o livro como a maioria dos estudiosos o faz, em seus próprios 4 capítulos:

a) Rute decidindo - cap. 1 Ela decide voltar com a sogra para Belém.

b) Rute servindo – cap. 2 Ela serve à Noemi, colhendo nos campos de Boaz.

c) Rute descansando - cap. 3. Aos pés de Boaz ela o escolhe para seu resgatador,

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d) Rute se casando - cap. 4. É resgatada.

casa-se com Boaz.

ESBOÇO DO LIVRO - O livro possui 4 capítulos com 85 versículos, seus assuntos, capítulo a capítulo, foram listados na divisão do livro,

COMENTÁRIOS

l - O livro de Rute, embora seja uma continuação do livro dos Juizes, é um rolo separado e compõe num grupo de 5 livros chamado "os cinco rolos", que os judeus usam ler regularmente por ocasião de suas cinco festas mais importantes. Como a história do resgate se dá no período das colheitas de Boaz, o livro é lido anualmente na festa do Pentecostes, como agradecimento pela colheita da cevada e dedicação da colheita do trigo (aproximadamente 5 de junho),

2 - É útil explicar-se a lei de levirato:

a) Levirato é o casamento de uma viúva com o parente mais próximo de seu marido (geralmente o irmão deste), para preservar a linhagem familiar suscitando-lhe de descendência, e também provê sustento para a viúva. b) Tem as seguintes responsabilidades: - Deve ser o parente legítimo mais próximo; - Deve ter posses para resgatar débitos do morto; - Deve casar-se com aquela que resgatou,

c) Noemi e Rute eram viúvas e pobres, Boaz era parente capaz, embora houvesse outro parente mais próximo. Este outro parente negou-se a resgatá-la, cedendo o direito a Boaz que prazeirosamente casou-se com a "vistosa" Rute.

3 - Boaz é um tipo de Cristo, pois:

a) Cristo tornou-se nosso "parente próximo", ao nascer de uma mulher. b) Era capaz de resgatar-nos. c)Tornou-se o noivo da Igreja, seu povo a quem acolheu, sustenta e defende.

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II SSaammuueell

O livro de Samuel, dividido pelos gregos e pelos latinos - não pelos hebreus - em dois, recebe o nome do santo profeta, cujas gestas constituem os seus primeiros capítulos, e cuja ação o dominam inteiramente. A matéria tratada divide-se marcadamente em três partes, segundo as três personagens que governam sucessivamente o povo de Israel: Samuel, Saul e Davi.

1a parte. Samuel, o último Juiz;

2a parte. Saul, primeiro rei;

3a parte. Davi, fundador da dinastia.

Todos os acontecimentos listados nos dois livros de Samuel, encheram o período de cerca de um século e meio, aproximadamente os anos 1120-970 a.C., um lapso de história israelita isento de toda interferência quer do Egito, quer da Assíria e da Babilônia.

Ao escrever o livro, o autor sagrado tem por finalidade mostrar-nos as vias providenciais pelas quais foi estabelecida no povo de Deus a monarquia e a dinastia davídica, de cuja cepa devia nascer o Messias, cujas glórias ter-lhe-ia perpetuado. Em Samuel apresenta-nos o modelo do ministro fiel de Deus, em Davi o tipo de magnanimidade aliada a uma sincera piedade.

NOME - Os livros de Samuel, I e II, formam um só livro no Cânon hebraico, e foram divididos desta forma pelos tradutores gregos da Septuaginta. Tomam o nome do personagem de destaque nos livros. "Samuel" quer dizer "pedido a Deus”

AUTOR - Os livros de Samuel são anônimos, mas a tradição judaica considera Samuel o autor de I Samuel 1 a 24 e, Natã e Gade, autores do restante. Veja I Cr. 29.29

DATA DA ESCRITA - Por volta do ano 1000 a.C.

TEMPO DA AÇÃO - Os acontecimentos relatados vão desde o nascimento de Samuel (1.083 a.C.) até a morte de Saul (1011 a.C.).

VERSO-CHAVE - É o 12:13 - "Agora, pois, eis o rei que elegestes e que pedistes; e eis que o Senhor vos deu um rei.”

TEMA - A HISTÓRIA DE SAMUEL, SAUL E DAVI

A teocracia foi trocada pela monarquia.

CONTEÚDO

I Samuel é um livro de biografias que conta o período de transição vivido pelo povo

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de Israel: da direção do último Juiz (Samuel) o qual também foi sacerdote e profeta (I Sm. 7.15 e Atos 3.24) até a escolha de seu primeiro rei (Saul). Além da história destes dois homens, o livro começa falando de um fracassado pai, o sacerdote e juíz Eli, e termina contando a vocação, unção e preparação divinas na vida do Jovem Davi. Num tempo de frieza e abandono de Deus, experimentado pelo povo de Israel, Samuel vem como resposta de oração, onde Deus atende aos pedidos de sua mãe Ana (l Sm. 3:1; 7:3 e 4; 1). Os filisteus haviam invadido a terra, guerreado e tomado a arca do Senhor, levando-a cativa (I Sm, 4:6). Samuel assume a liderança do povo, cumpre seu ministério com devoção e fidelidade (I Sm. 12), convida o povo a um arrependimento nacional ( l Sm, 7: 2-4) e os conduz a uma vitoriosa batalha contra os filisteus (a arca contudo só é trazida de volta por Davi, bem mais tarde - ver II Sm. 6). Com Samuel tem início a preeminência dos profetas sobre os sacerdotes. Israel decide trocar o Divino Rei invisível por um humano rei visível, e escolhe a monarquia (I Sm. 8:7 e 20; Dt. 17; 14 a 20). Saul é o escolhido, um rei "alto" em lugar de um rei "do alto". Benjamita (I Sm. 9.1), não fazia parte da linhagem real escolhida por Deus (Gn. 49:8-10). Posteriormente é rejeitado por Deus devido a três grandes pecados: a) Oferece sacrífícios indevidamente-cap, 13 (ver Nm. 3:l0 e 38) b) Faz votos precipitados - cap. 14 c) Desobedece às ordens de Deus - cap, 15. Davi é escolhido seu sucessor, um "homem segundo o coração de Deus” ( l Sm. 13:14; 16:7; At. 13:22). Pertencente à tribo de Judá, da linhagem real messiânica. Passa então a ser invejado, odiado e perseguido por Saul. Mas pacientemente espera a hora de assumir o trono com a morte deste. É neste tempo que compõe vários Salmos. (I Sm, 21:12 e Sl 56, l Sm. 21;13 e Sl.34; SL 54, 58 e 59). DIVISÃO - Podemos dividir o livro em três grandes blocos, segundo seus temas principais:

a) A história de Samuel - caps. 1 a 7 b) A história de Saul - caps. 8 a 15 c) A história de Davi - caps. 16 a 31

COMENTÁRIOS

1 - Mesmo os mais dedicados, fiéis e ocupados servos de Deus não devem olvidar a responsabilidade que tem no ministério de pais, Vejam os resultados em l SamueI 2.l2- 17 e 22-25; 3.12 e 13; 4.17 e 18; 8.l-5.

2 - A oração é um elemento dominante na vida de Samuel:

a) Ele é filho de uma mulher de oração - 1 b) Ele é nascido em resposta à oração – 1.10-28 c) Seu nome significa "pedido a Deus" – 1.20 d) Sua oração traz livramento – 7.2-13 e) Orava constantemente intercedendo pelo povo - 8:6 e 21 e 12:23

3 - A expressão: "Um espírito da parte do Senhor atormentava Saul" que aparece em I Sm. 16:14 e 15 e 19:9, deve ser compreendido como o abandono do Espírito Santo de

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sua vida por causa dos seus freqüentes pecados, e sob a permissão de Deus, um espírito maligno veio atormentá-lo. Veja ainda: Jó, 1:12 e 2:6; Tiago 1:13.

4 - Lemos em I Sm. 17 que Golias foi morto por Davi, mas em II Sm. 2l.l9 o matador é apresentado como Elanã.

Como conciliar isto? Ao lermos l Cr. 20:5 percebemos que o copista hebreu provavelmente ao copiar o texto de II Sm. 21:19 trocou Lami por Belemita. 5 - Samuel teve um ministério riquíssimo:

a) Julgou, profetizou e serviu como sacerdote. b) Ungiu os dois primeiros reis de rsrael. c) Provavelmente escreveu três livros do cânon: Juízes, Rute e I Samuel. d) Morava em Ramá e ali fundou uma escola de profetas.

6 - Samuel dá início a um novo período da história de Israel, o período dos reis, que tem a duração de 540 anos. Já passamos pelo período dos Patriarcas e dos Juízes.

7- No seu capítulo 28, a médium de En-Dor não apresenta a Saul o verdadeiro Samuel pois:

a) Samuel considerava a feitiçaria pecado (l Sm. 15:23), bem como este é todo o ensino bíblico (Lv, 20.27; Dt.18.10 e 11; Ap. 21.8)

b) A visão foi relatada pela mulher e interpretada por Saul (I Sm 28:12-14) c) Deus não queria falar com Saul (I Sm. 28:6 e 7), não sendo portanto da parte d'Ele a visão, d) Cremos que Samuel foi para o céu e referencialmente falando, a Bíblia nunca apresenta o céu embaixo (l Sm. 28:14 e Tiago 1:17), além disto, Iá no Céu ninguém pode ser importunado (I Sm. 28:15). e) As profecias daquele pseudo-Samuel falharam (l Sm. 28:19; 30:1; 31:1-6). f) Saul e seus filhos não foram certamente para o céu, onde está o verdadeiro Samuel (I Sm. 28:19)

8 - É belíssima e inspiradora a amizade entre Davi e Jônatas, apesar da incessante perseguição que Saul, pai de Jônatas, movia contra Davi: l Sm. 18 a 20.

9 - Os relatos de l Samuel têm correspondência em I Crónicas caps. l a 10.

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IIII SSaammuueell

NOME - Os livros de Samuel, I e II, foram um só livro no cânon hebraico, e foram divididos desta forma pelos tradutores gregos da Septuaginta. Tomam o nome do personagem de destaque nos livros. Samuel quer dizer "pedido a Deus".

AUTOR - Os livros de Samuel são anônimos, mas a tradição judaica considera Natã e Gade autores desta segunda parte do livro. Ver: l Cr. 29.29. II Sm. 12.1 e 24.11.

DATA DA ESCRITA - Aproximadamante 950 a.C.

TEMPO DA AÇÃO - Os acontecimentos aqui relatados compreendem todo reinado de Davi, desde a morte de Saul (1011 a.C.), até a compra do local onde seria construído o templo (971 a.C). Portanto, 40 anos.

VERSO-CHAVE - São 7:8 e 9: "Agora, pois, assim dirás ao meu servo Davi: Assim diz o Senhor dos Exércitos: tomei-te da malhada, de detrás das ovelhas para que fosses príncipe sobre o meu povo, sobre Israel. E fui contigo por onde quer que andaste, eliminei os teus inimigos diante de ti e fiz grande o teu nome". TEMA - O REINADO DE DAVI CONTEÚDO

II Sarmuel é o livro que conta a história de Davi, seus sucessos e fracassos. Ele é o personagem central de todo relato. Com a morte de Saul (l Sm 31 e II Sm.1), Davi aos 30 anos de idade é aclamado rei apenas sobre a sua tribo de Judá, enquanto Is-Bosete, filho de Saul reina sobre as demais tribos de Israel, Após sete anos e meio, enfim Davi foi aclamado rei sobre todo Israel, (II Sm. 5.4 e 5) Os primeiros dez capítulos deste livro contam suas vitórias contra seus inimigos onde destacamos: a conquista de Jerusalém, estabelecendo-a como capital de seu reino, e a retomada da arca do Senhor que ainda permanecia em poder dos filisteus. Logo pensou em construir um majestoso templo para o Senhor, mas este projeto de Deus não era para ele executar. (II Sm. 7), Este mesmo capítulo sete é profético quanto à estabilidade de seu trono para sempre (7.16), profecia esta que se cumpre: a) Na preservação do trono de Judá no reino do Sul; b) Na preservação do reino do Sul através do cativeiro babilônico; c) Na linhagem messiânica de Jesus; d) Nas verdades escatológicas do reinado de Cristo (ver Sl. 89). O capítulo 11 nos conta o maior pecado de Davi, e tudo o mais que a seguir virá reletado em II Sm, será conseqüência direta ou indireta deste pecado - “da tua casa suscitarei o mal sobre ti” (II Sm. 12.11). Satanás aproveitou-se daquele que era o momento de maior glória, honra e poder de Davi. Apunição foi dolorosa, a criança de Bate-Seba que morreu, e a traição de seu filho Absalão, sem falar de Amnon e Tamar.

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O rei Davi era um homem “segundo o coração de Deus” e diferentemente de Saul, quanto à paciência (16.5-14), dependência de Deus ( 2.1; 5.19), espírito de louvor e ações de graça (6.1-5; 13-15; 7.18-29; 22;23), encontrou um lugar e momento de arrependimento (Sl. 51). Ao final do seu reinado que dura 40 anos, pecou novamente por orgulho e soberba recenseando seu povo e exército sem ordem de Deus para isso (II Sm.24. 1-9), vindo a escolher o seu próprio castigo ( 24.10-17). Acumulou recurso para que seu filho e sucessor, Salomão construísse o templo. A Bíblia não esconde a humanidade de Davi, e seus pecados. Neste tempo todo de sucessos e alguns fracassos, o rei-poeta Davi compôs seus cânticos devocionais, históricos, proféticos, para a liturgia do culto no templo, e para o nosso deleite e edificação. DIVISÃO - II Samuel pode ser dividido em três blocos de capítulos: a) A ascenção de Davi – caps. 1 a 10 b) A queda moral de Davi – caps 11 a 20 c) Os últimos anos de Davi – caps. 21 a 24

COMENTÁRIOS

1. Saul provavelmente começou a reinar em 1044 a.C. e morreu em 1011 a.C. O texto de Atos 13:21, que afirma ter durado seu reino por 40 anos deve estar incluindo os sete anos e meio em que, após sua morte, seu filho Is-bosete e seu capitão Abner, ocupam o trono até 1.004 a.C. (II Sm. 1 a 4). Davi sobe ao trono de Jerusalém em 1.011 a.C., reinando só sobre Judá, mas em 1.004 a.C. é então aclamado rei sobre todo Israel, reinando até 971 a.C.

2. A respeito da morte de Saul, há aparente discordância entre os relatos de I Sm. 31:4 e 5 (suicídio) e II Sm. 1: 6-10 (morto pelo amalequita). O relato de I Cr. 4 e 5 confirma o suicídio e os estudiosos do assunto crêem que o amalequita violou o cadáver, furtando-lhe os bens, indo depois mentir a Davi sobre ter sido ele o autor da morte, julgando que seria felicitado pelo rei Davi, o que não ocorreu.

3. O pecado do censo (II Sm. 24) se deveu a duas coisas:

a. Não foi feito com a orientação do Senhor

b. Foi motivado por orgulho e vaidade,

4. II Samuel possui correspondência com I Crónicas 11 a 29. 5. Os capítulos 22 e 23 de II Samuel não estão cronologicamente na mesma seqüência dos demais capítulos e dos eventos históricos relatados no livro.

6. Embora só haja uma profecia messiânica nos livros de Samuel (II Sm 7:16 e Lc. 1:32 e 33), Davi é tipo de Cristo como Rei.

7. A visão que Davi possuía a respeito dos sacrifícios dedicados ao Senhor foi muitas vezes (e ainda hoje é) esquecida pelo povo de Israel (compare II Sm. 24:24 com MI. l: 7 e 8. 12-14).

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II RReeiiss

Aos livros de Samuel, que narram a fundação da monarquia hebraica seguem-se Reis, cuja história continua até sua queda sob os assaltos dos poderosos impérios da Assíria e da Babilônia, isto é, desde os últimos dias de Davi (cerca de 970 a.C). até à tomada de Jerusalém em 587 a.C., uma duração de cerca de quatro séculos. A cisão política e religiosa, que se seguiu à ascensão ao trono do segundo sucessor de Davi, cindiu a nação em dois reinos rivais, o de Israel e o de Judá, e findou com o desaparecimento do primeiro na luta com a Assíria (721 a.C.), delimitando este lapso de tempo em três períodos, com reflexos análogos na composição da obra.

O livro é escrito à base de um esquema simples e transparente, sobretudo na segunda e maior parte, daquela dos reinos separados. Seu enredo é formado pelas notícias sobre cada um dos reis, quer de Judá, quer de Israel, redigido com um cunho uniforme e distribuído em três partes:

1) Introdução: sincronização do outro reino com o rei contemporâneo, duração do reinado no momento e para os reis de Judá também os anos de idade à elevação ao trono e nome da rainha-mãe.

2) Corpo: qualidades morais relativamente à religião e ao culto mosaico, e breves referências a algum fato mais relevante.

3) Epílogo: envio para notícias mais amplas, aos "anais dos reis" (de Judá ou de Israel, segundo o caso), morte e sepultura.

Nas linhas deste traçado, inserem-se os mais amplos e minuciosos relatos de coisas concernentes à religião e à atividade dos profetas, entre os quais avultam as grandiosas figuras de Elias e Eliseu. O interesse religioso, sobre o qual se fixa o olhar do autor sagrado, manifesta-se, inclusive nos poucos acontecimentos políticos narrados com abundância de pormenores fora do comum, como as ações de Acab (1Rs cc. 20-22), a ascensão de Jeú ao trono (2Rs 9.1-7), o cerco e libertação de Jerusalém do exército de Senaquerib (2Rs 18.13-19.37). Essas notícias mais abundantes formam o fundo do livro, ao passo que os esquemáticos perfis dos reis, donde lhe vem o título usual, constituem-lhe como que a moldura e o enredo.

O valor histórico do livro dos Reis é incontestável. Garantido pela inspiração divina, é confirmado por documentos paralelos da história secular.

Não nos foi transmitido quem seja o autor de Reis nem a data da sua existência; seu nome permanecerá provavelmente para sempre ignorado, ao passo que a idade pode ser deduzida do próprio livro.

É visível o caráter essencialmente religioso desta história dos reis. Numerosos ensinamentos de doutrina e vida religiosa estão contidos especialmente na atividade dos profetas, que ocupam continuamente o centro da cena, e nas reflexões do autor

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sagrado sobre o procedimento dos reis e dos povos, que freqüentemente rematam o quadro.

Cumpre não deixar de notar o impressionante fato de que, enquanto no reino cismático de Israel houve em apenas dois séculos (930-730 a.C.), nada menos de oito mudanças de dinastia, no vizinho e politicamente mais fraco reino de Judá dominou, por mais de 4 séculos (1010-586 a.C.), constante e invariavelmente a descendência de Davi.Verificava-se assim o cumprimento da promessa divina feita a Davi por boca do profeta Natan em II Samuel capítulo 7.

NOME - Este nome foi dado no hebraico devido às suas primeiras palavras, "Wehammelek" em hebraico é "sendo o rei". No Cânon hebraico os livros de Samuel, Reis e Crônicas são sempre um só livro, e foram separados em I e II pela tradução grega, já que este idioma possui maior número de letras e necessitava dois rolos para cada um destes livros.

O título foi mantido no grego por resumir bem o assunto de que o livro trata.

AUTOR - É desconhecido. Certamente alguém que teve acesso a escritos de cronistas (l Rs. 4.3) tais como: "O livro das histórias de Salomão” (I Rs. 11.41) "O livro das histórias dos reis de Judá (l Rs, 14:29), "O livro das histórias dos reis de Israel'' (I Rs. 14.19).

A tradição Judaica acredita ter sido Jeremias o autor, pela visão profética que tem o livro e pelo intenso enfoque dado à relação dos reis com a aliança entre Deus e Davi.

DATA DA ESCRITA - Quem quer que o tenha escrito era profeta e vivia nos dias de Jeremias, pois descreve o início do exílio no livro II Reis. A data, portanto da escrita deste livro e sua continuação, II Reis, é o 6º século alcançando os primeiros dias de exíIio, aproximadamente 586 a.C.

TEMPO DE AÇÃO - Da morte de Davi (964 a.C.) até o fim do reinado de Josafá (848 a.C.). |

VERSOS-CHAVE – 9:4-7 ''Se andares perante mim como andou Davi teu pai... então confirmarei o trono do teu reino sobre Israel... Porém se vós e vossos filhos de qualquer maneira vos apartardes de mim... então eliminarei a Israel da terra que lhe dei...”

TEMA - OS PRIMEIROS SUCESSORES DE DAVI: GLÓRIA E DECLÍNIO DE ISRAEL CONTEÚDO Os dois livros de SamueI e os dois livros de Reis formam na Bíblia um conjunto de livros sobre o reino de Israel e, na verdade, devem ser lidos juntos. l e II Reis são uma

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compilação de crônicas sobre os reis de Israel onde, provavelmente o profeta Jeremias tinha o objetivo de mostrar que o bem estar do povo dependia de sua fidelidade ao Senhor, e que o sucesso político dos reis estava diretamente ligado à observância da lei mosaica e à obediência à aliança entre Davi e Jeová. Salomão substitui seu pai no trono (971 a.C.), cumprindo-se a promessa de Deus (II Sm 7:12) e mantendo a linhagem davídica.

Torna-se o homem mais sábio e rico que já se conheceu (IRs 3:12 e 13; 4:29 - 31), tudo porque fez a escolha certa diante de Deus (I Rs 3:5 e 9). Compôs Cânticos e Provérbios. O maior empreendimento do reinado de Salomão foi a construção do templo; era o que o seu pai empreendera fazer. Era a mais bela e luxuosa construção da antiguidade, uma das sete maravilhas do mundo.

A Salomão Deus repete a aliança feita com seu pai Davi (l Rs. 9:4 -9), tornando a adverti-lo quanto ao nefasto futuro de Israel, previsto por Moisés na entrada da terra de Canaã, caso houvesse desobediência do povo ao Senhor (Dt 28:36 - 42).

Salomão, assim como Saul e Davi, reinou por 40 anos, e a princípio tudo foi bem até que o poder, o luxo, a riqueza, a sabedoria, pareçe terem lhe subido à cabeça e daí surgiram sérios problemas. Aumentou em muito a carga de impostos, para fazer frente aos seus gastos, e sufocou o povo. Para agradar suas 1000 mulheres estrangeiras, construiu altares pagãos e entregou-se à idolatria (I Rs. 11), pelo que Deus se indignou contra ele. Talvez tenha sido neste tempo de declínio, juízo e reflexão que escreve Eclesiastes.

Havia rixas e ciúmes entre as tribos, em especial Efraim contra Judá, pois de Efraim vieram grandes líderes como José e Josué e agora Judá estava no trono com um momentâneo mau rei.

Ao morrer Salomão, seu filho Roboão assume o trono e por aumentar ainda mais os impostos, num clima já de rixa e revolta, as doze tribos separam-se cindindo o reino em dois. O reino do Norte, sob a liderança de Efraim, entrega seu trono a Jeroboão e o reino do Sul, com Judá e Benjamim, mantém o trono com Roboão, da linhagem davídica (931 a.C. - I Rs 12).

Daqui em diante todo o relato dos livros de Reis, Crônicas e mesmo dos profetas, apresentará os reis e reinos do Norte (Israel) e do Sul (Judá) bem como seu caráter, decadência moral e espiritual. A fidelidade dos reis ao Senhor sempre será comparada a Davi ou Jeroboão (l Rs 15:2 e 3, 9 - 11, 33 e 34). Vinte reis da mesma família de Davi sucedem-se no trono de Judá, dos quais somente oito foram justos (destaquem-se Asa e Josafá em I Reis, e Ezequias e Josias em II Reis); enquanto dezenove reis, de diversas dinastias, todos eles maus, sucedem-se no trono de Israel.

Este período de reis é o período mais rico do ministério profético e Elias aparece como o mais ilustre deles, em especial ministrando no período descrito em I Reis.

DIVISÃO - O I Reis pode ser dividido didaticamente em três blocos de capítulos: a) O reinado de Salomão – caps. 1 a 11. b) A divisão dos reinos – caps. 12 a 16. c) O ministério de Elias – caps. 17 a 22.

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COMENTÁRIOS 1 - No cânon hebraico, os livros de Reis são considerados proféticos e crê-se que Jeremias foi seu autor. A visão destes livros é mais espiritual do que biográfica, pois pouco tempo é gasto com o relato das vidas de reis como Onri, Azarias, etc., enfatizando-se por outro lado, os reinados de Acabe, Ezequias os quais são ricos em lições espirituais.

2 - Há algumas dificuldades cronológicas quando somamos todos os anos descritos na Bíblia da duração dos Reis em Judá e comparamos esta soma com o tempo histórico decorrido entre a morte de Salomão e a queda de Jerusalém. Isto, contudo, se explica pelo fato de se ter coroado algumas vezes o filho antes da morte de seu pai. Vide o próprio Salomão e Davi (1:32-39 e 2:11 e 12).

3 - O rei Acabe não gostava de consultar o profeta Micaías, o único em seu reinado que permanecia fiel ao Senhor. Qual a razão disto? Ele nunca profetiza de mim o que é bom, mas somente o que é mau" (Rs. 22:8). Ainda hoje há muitos ''Acabes”, que só gostam de ouvir o que a eles é agradável e aprovação.

4 - O conteúdo relatado em l Reis 1 a 10 está correlacionado com o conteúdo de II Crônicas 1 a 9, assim como I Reis 11 a 22 e todo II Reis, aparecem correlacionados com o conteúdo de II Crônicas 10 a 36.

5 - A Bíblia nos dá conta de três templos: a) O de Salomão, que levou sete anos para ser construído, e era o mais belo e luxuoso (966 - 959 a.C.). Foi destruído pelos babilônios em 586 a.C. b) O de Zorobabel, reconstrução feita na volta do cativeiro babilônico, ( 536 - 516 a.C.) não tinha nem de perto a mesma beleza do 1º templo. (Ed, 3, 4, 5 e 6:15). c) O de Herodes, erigido entre 20 a.D, e 64 a.D., era maior que os dois primeiros, mas não tão belo. Foi destruído por Tito em 70 a.D.

Hoje a mesquita de Omar, centro religioso dos maometanos, ergue-se nesse local.

6 - A luxuosa, majestosa construção do templo de ouro de Salomão bem como a organizadíssima e linda cerimônia de culto, não foram por si só suficientes para impedir a idolatria entre o povo de Israel. O mal vem do coração do homem que se afasta de seu Deus. 7 - Quando houve a divisão dos reinos (93I a.C. – I Reis 12), Jeroboão visando impedir que o povo descesse para cultuar Jeová em Jerusalém, no templo, levantou altares e cultos alternativos em Betel e Dã, com bezerros de ouro. Infrigiu o 1º e 2º mandamentos do Senhor, bem como a sucessão do trono fugindo da linhagem davídica. As conseqüências foram terríveis, bem como a destruição total do reino em 722 a.C. sob mão dos assírios.

8 - Elias aparece em Israel durante o reinado de Acabe e sua mulher Jezabel adoradora de Baal, deus da chuva e da agricultura. Todo Israel, (ou quase todo) já adorava e servia a Baal, assim seu primeiro milagre foi fechar o céu pura chuvas por 3 anos e depois desafiar Baal no monte Carmelo (I

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Rs 17 e I8).

9 - Há algumas semelhanças entre o ministério de João Batista e Elias (Lc. l:l7 e Mt. 1:10- 13).

a) Ambos profetizam a um Israel decaído moral e espiritualmente, b) Ambos assemelham-se na aparência. (II Rs 1:8 e Mt 3:4) c) Ambos pregavam o arrependimento. (I Rs 18:21 e Mt 3:2) d) Ambos repreenderam reis malvados. (I Rs 18:18 e Mt 14:3 e 4) e) Ambos foram perseguidos por rainhas perversas. (I Rs. 19: 1 e Mt l4:8) f) Os sucessores de Elias (Eliseu) e de João (Jesus) receberam unção do Espírito no rio Jordão. g) Ambos tiveram um período de desânimo. (I Rs 19:4 e Mt. 11:2-6) h) Ambos foram cheios do mesmo Espírito Santo. (Ml 4:5; Mt 11:l4; Mt 17:10-13)

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IIII RReeiiss

NOME - No cânon hebraico os dois livros de Reis, são um só livro e tomam este nome ''Wehammelek" porque suas primeiras palavras são "sendo o rei”. O título foi mantido no grego por resumir bem o assunto de que o livro trata,

AUTOR - É desconhecido. Certamente alguém que teve acesso a escritos de cronistas (I Rs.4.3) tais como: "O livro da história de Salomão" (I Rs.1.41),''O livro das histórias dos reis de Judá'' (I Rs. 14:29), "O livro das histórias dos reis de Israel" (I Rs. 14:19). A tradição judaica acredita ter sido Jeremias o autor, pela visão profética que tem o livro e pelo intenso enfoque dado à relação dos reis com a aliança entre Deus e Davi.

DATA DA ESCRITA - Quem quer que o tenha escrito era profeta e vivia nos dias de Jeremias, pois descreve o início do exílio neste livro. A data, portanto é o 6° século alcançando os primeiros dias de exílio, aproximadamente 586 a.C.

TEMPO DE AÇÃO - Da morte do rei Acazias (em torno de 840 a.C,) até o cativeiro Babilônico (586 a.C.).

VERSOS CHAVES - 17:9, 13 e 20 - "Os filhos de Israel fizeram contra o Senhor seu Deus o que não era reto... O Senhor advertiu a Israel e a Judá por intermédio de todos os profetas... Pelo que o Senhor rejeitou a toda descendênda de Israel, e os afligiu e os entregou nos mãos dos despojadores, até que os expulsou da sua presença." TEMA - OS ÚLTIMOS REIS E OS CATIVEIROS DE ISRAEL E JUDÁ CONTEÚDO

II Reis é a continuação de l Reis formando com este um só livro na Bíblia Hebraica. Os reis vão se sucedendo ao Norte e ao Sul, na maioria das vezes distante de Deus e cujos súditos, o povo de Israel, permanecem esquecidos dos pactos e alianças feitas com Deus, Tudo segue assim até que o juízo vem a seu tempo para o Norte e para o Sul, com os cativeiros Assírio e Babilônico respectivamente (II Rs. 17 e 25), II Reis começa seu relato com os últimos dias do profeta Elias e com o início do ministério de seu sucessor, Eliseu. Eliseu recebeu porção dobrada do Espírito que estava sobre Elias (11 Rs. 2:9) e realizou o dobro dos milagres realizados por Elias (14 x 2), até mesmo em sua morte revela grande poder (II Rs. 13: 20 e 21). Os reis do Norte foram todos maus e idólatras, e mesmo advertidos pelos profetas como Elias (875-850 a.C,), Eliseu (850-800 a.C.), Jonas (790- 770 a.C.), Oséias (760 720 a.C.) e Amós (780 - 740 a.C,), eles não se desviaram de seus maus caminhos. Como advertência foram cercados pelo poderoso e cruel exército Assírio em 743 a.C. Mais tarde houve um segundo cerco assírio em 734 a.C., mas nada mudou, até

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que o cativeiro definitivo chegou pelas mesmas mãos assírias no ano 722 a.C. O capíturo 17 de II Reis detalha-nos a causa deste cativeiro Assírio no reino do Norte, a forma de executá-lo foi pelo “caldeamento sucessivo” como era costume do exército assírio, Os assírios espalharam por todas as suas colônias, grupos de judeus de Israel, e trouxeram para Canaã colonos de várias outras terras por eles donominadas, isto em levas sucessivas... Visava minar a resistência e a unidade nacional, de língua, ritos, cultos, costumes, etc. Assim destruiu as dez tribos de Israel; Samaria tornou-se habitada por uma mistura de povos idólatras que mais tarde aceitou apenas a Iei Mosaica como Cânon Sagrado, e construíram um templo em Gerizim para adorar a Deus. Estas são as principais causas do chamado "cisma Samaritano” e da incompatibilidade entre judeus e samaritanos (Jo, 4.4,9,20), Algo semelhante a Israel, no que se refere a degradação moral espiritual, acontecia no reino do Sul, Judá. Poucos reis ali conseguiram imprimir reformas religiosas, mas incompletas e sem continuidade. O autor de II Reis destaca isto: II Reis 14:4, 15:4; 15:35 etc... Profetas não lhes faltaram, para lembrar o acontecido ao Norte no reino de Israel, as profecias de Moisés (Dt. 28.l5 - 68) e suas próprias recentes advertências do Senhor. Citamos entre eles: Joel (840 -830 a.C.), Amós (780 - 740 a.C.), Miquéias (740 - 700 a.C.), Isaías (740 - 695 a.C.), Sofonias (639 – 608 a.C.), Naum (630 - 610 a.C.) e Jeremias (626 - 586 a.C.) o qual não somente contemplou a ida do povo de Judá para o cativeiro babilônico como provavelmente fez toda a retrospectiva da história de Israel (I e II Reis). O Senhor não destruiu o reino do Sul como fez com o Norte, porque precisava, preservar a Tribo de Judá, a linhagem messiânica de Davi, de onde viria o Messias prometido (Il Rs- 8:19). No ano 701 a.C., os assírios ameaçam invadir o reino de Judá, durante o reinado de Ezequias (II Rs. 18), mas a hora do castigo ainda não chegara, e nem o seria por mãos assírias, Ezequias os vence com a ajuda de Deus. Ezequias tropeça diante de Deus ao final de seu reinado (II Rs. 20). Deus anuncia sua morte e ele pede mais tempo de vida, tempo este em que gera seu filho Manassés, o pior rei que já subira ao trono de Judá. No ano 605 a.C., a Babilônia que já era o grande império mundial vem e cerca Judá (II Rs. 24; 1), levando um grupo de Jovens sábios cativos entre eles Daniel. No ano 597 a.C. a Babilônia faz um segundo cerco (II Rs. 24:10-12), e o castigo final chega com a transferência de todo o povo de Judá para a Babilônia; no ano 586 a.C.

DIVISÃO - Podemos dividir didaticamente o livro em três blocos de capítulos:

a) O ministério de Eliseu - caps- 1 a 8 b) Declínio e cativeiro de Israel - caps, 9 a 17 c) Declínio e cativeiro de Judá - caps. 18 a 25 COMENTÁRIOS

l. Para a reconstrução histórica do período dos reis, além das fontes citadas no item "AUTOR", Jeremias também se serviu de parte do registro profético de seu antecessor, o profeta Isaias. Ver Is. 36 a 39 e II Rs, 18 a 20,

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2. Assim como Elias em muito se assemelhou a João Batista, seus sucessores (Eliseu e Jesus) também muito se assemelharam:

a) Eliseu é profeta, e de uma certa fora todo profeta tipifica Cristo, o "Grande Profeta de Deus". b) Eliseu foi antecedido por Elias, o "João Batista” do A.T., enquanto Jesus o foi pelo “Elias do N.T.” c) Ambos foram ungidos pelo Espírito Santo no Jordão, d) Ambos ressuscitaram mortos, preservaram vidas, multiplicaram alimentos e com suas mortes, salvaram vidas,

3. O relato de II Rs. 2:23 e 24 que a princípio nos choca, é melhor compreendido com as seguintes explicações:

a) A palavra, ai traduzida "rapazinhos" não se refere a crianças indefesas, mas a jovens já maduros, idólatras, da cidade de Betel. b) O apelido "calvo" era altamente ofensivo naquele tempo. c) Ao convidarem-no a subir: "Sobe! Sobe!'', chamavam-no de idólatra, pois eram nos altos os sacrifícios idólatras. (I Rs. 13.1 e 2; II Rs. 14;4). d) Eliseu os amaldiçoou e foi Deus quem os determinou castigar através dos animais.

8. O reino do Sul teve alguns reis bons, oito entre os vinte reis. Cinco destes realizaram reformas religiosas, mas seus filhos e sucessores foram idólatras destruíram tudo o que seus pais fizeram. Esta história de filhos x pais nós já vimos anteriormente com Samuel, Eli e Davi. Parece ser uma advertência importante para nós pais mesmo estando envolvidos em grandes projetos com Deus, e possuírmos ministérios muito abençoados, Não podemos descuidar de nossos primeiros projetos e ministérios que são nossas próprias vidas e as nossas famílias.

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II CCrrôônniiccaass

Samuel e Reis receberam uma obra paralela nas Crônicas.

Na verdade, a grande idéia central de toda a obra é o templo. O templo, único lugar destinado ao culto legítimo do Deus de Israel, é o centro vital de Jerusalém; Jerusalém é o centro de todo o Judá, que é a parte fiel do povo eleito. Destarte toda a vida de Israel palpita em torno do templo, o qual não é considerado como simples edifício material, fosse embora simbólico, mas como verdadeiro fator de unidade religiosa e nacional para todo Israel, mediante o único culto legítimo, exercido somente pelos descendentes de Levi.

Paralela, mas subordinada a esta idéia principal, desenvolve-se outra, a da dinastia davídica. A família davídica é a única depositária do poder legítimo sobre todo o Israel. Os seus membros, portanto, são os principais servos de Javé, e os reis que dela descendem têm como dever primordial o cuidado do templo, pois a sua autoridade régia é um reflexo da autoridade divina, que brilha no templo. Todavia, a distinção entre o poder régio e o sacerdotal é radical: o rei não deve usurpar funções sacerdotais. O monarca é realmente o primeiro servo do templo, mas é o primeiro servo "externo," fora do recinto sagrado.

Destas duas grandes idéias basilares, tomadas em conjunto, explica-se por que o autor se estenda tanto na citação das genealogias de Levi e de Judá (à qual pertencia a família de Davi) e por que se desinteresse do reino do norte, que constituía a parte mais numerosa do povo eleito. Este reino rebelara-se contra a dinastia davídica e rejeitara o culto do templo de Jerusalém, fabricando para si os bezerros de ouro. Por isso, depois de narrar a sua defecção, o autor alija-o do esquema de sua obra.

Literariamente, Crônicas é um produto da decadência. O material lingüístico situa-o entre as obras mais tardias da Bíblia hebraica. O fraseado tortuoso, duro e insistente, é testemunho de uma época em que o hebraico já não era a língua comum, mas ia cedendo lugar ao aramaico.

NOME - I e lI Crônicas compõem um só livro no cânon hebraico, e lá chama-se "dibhrey hayamin" que significa "acontecimento dos dias”. Está colocado no final do seu Cânon. No grego chama-se "Paralipomenon” ou "as coisas omitidas" e sâo considerados um suplemento o Reis e Samuel. O nome que temos, "CRÔNICAS", foi dado por Jerônimo ao fazer a tradução da Vulgata latina. AUTOR - Não sabemos com certeza quem é o autor deste livro; mas a tradição judaica afirma que foi Esdras, o sacerdote e escriba (compare II Cr. 36: 22 e 23 com Ed. 1. 1-3). Ele teria selecionado dentre vários registros inspirados de Samuel, Gade, Natã e outros os dados reIativos à história do povo Judeu, em especial à tribo de Judá.

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DATA DA ESCRITA - O livro foi logo escrito após a volta do exílio, com a finalidade de relembrar, animar e exortar o povo, que após 70 anos de cativeiro voltara à sua terra, reconstruira o templo e agora vivia grande marasmo espiritual. Até mesmo as razões daquele castigo, os acontecimentos antecederam o exílio, estavam esquecidas. Por volta de 450 a.C. parece ser uma data bem provável.

TEMPO DA AÇÃO - Faz um rápido "flash-back" genealógico e sumariza, da morte de Saul (1011 a.C.) até a morte de Davi (971 a.C.), VERSO-CHAVE - É o 29:26 - "Ora Davi, filho de Jessé, reinou sobre todo o Israel.

TEMA - AS COISAS OMITIDAS DO REINADO DE DAVI

O centro do relato de I Crônicas é o reinado de Davi.

Judá já não era mais uma monarquia, mas um grupo de ex-exilados, que viviam estagnação espiritual e, complexos de inferioridade e abandono. As promessas de Deus, quando lembradas, não pareciam nada mais do que fantasias de algum velho esclerosado. Precisavam de uma sacudida, de que algumas poeiras da memória fossem retiradas. Esdras compilou estes livros tentando fazer isto, mostrar-lhes que Deus, o Deus deles é o Senhor soberano da história está interessado na nação, e, a adoração e obediência, proporcionariam a concretizacão das promessas. Começa o livro por uma retrospectiva genealógica provando que Deus escolheu, separou e os guardou, à linhagem levítica e messiânica, começa em Adão, passando por Noé, Sem, Abraão, Jacó, Judá, Davi, Salomão, Levi, etc, Ao começar a história, fala rapidamente sobre Saul, um rei benjamita que fracassou, porém logo destaca a escolha de Davi, da tribo de Judá, sobre quem discorrerá em todo o livro. Em I Crônicas 10 a 29 encontramos o relato dos mesmos fatos descritos em II Samuel, ou seja, a vida do rei Davi, mas não concentra-se nos seus sucessos políticos e econômicos e sim em sua vida espiritual, sua devoção, louvores e liturgia (ver. Caps. 15 a 17 e 22-29). Esdras é sacerdote e como tal tem seus olhares voltados aos aspectos eclesiásticos e espirituais da vida de Davi, como também tudo o que nela se relaciona com o 1º templo, embora já estivessem vivendo a realidade do 2° templo recém reconstruído, DIVISÃO - Dividimos I Crônicas em dois blocos de capítulos:

a) As genealogias - caps. 1 a 9 b) A história de Davi – caps. 10 a 29

COMENTÁRIOS

1. O conteúdo histórico de l Crônicas é semelhante ao de l e II Samuel, e o de II Crónicas é semelhante ao de l e II Reis, no entanto os objetivos e ênfases são distintos. Jeremias escreveu os livros de Reis no início do cativeiro babilônico, ainda meio perplexo com tudo o que estava acontecendo, além disto registrava suas profecias em seu livro que leva seu nome, Ele enfatizava como o pecado dos reis e do povo redundaram em fracasso político, moral e espiritual, e por fim nos cativeiros.

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Esdras está voltando com o povo Judeu do cativeiro para a terra de Canaã após 70 anos e objetiva animá-los a reconstuirem a nação, crendo no cumprimento das promessas de Deus, não os deixando estagnados no desânimo. Concentra-se epenas em Judá, nos levitas, na adoração do templo, e foge de detalhes político e de guerra, bem como das histórias do reino do Norte.

2. É Esdras quem organiza o cânon hebraico do A.T. tendo já em mãos as últimas profecias de Ageu, Zacarias, e Malaquias, arruma o cânon posicionando este livro das crônicas no final, como uma síntese de toda história sagrada.

3. A morte de Uzá (I Cr. 13:7-10) nos traz perplexidade quanto à gravidade de seu castigo.

Podemos entender melhor se nos lembrarmos que: a) A arca significa a própria presença de Deus e deveria sar transportada por meio de varas e argolas (Ex. 25:13,14), não podendo ser tocadas por mãos humanas (Nn. 4:15). b) Uzá era descendente de Abinadabe em cuja casa a arca permaneceu por 78 anos e sobre ela ele certamente conhecia todas as leis divinas. c) A arca estava sendo transportada com negligência e sem obediência a várias prescrições.

d) O castigo sobre Uzá foi uma demonstração pública do zelo de Deus por suas leis e santidades.

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IIII CCrrôônniiccaass

NOME - I e II Crônicas compõem um só livro no cânon hebraico e lá chama-se "dibhey hayamin" que significa "acontecimentos dos dias". Está colocado no final do seu cânon. No grego chama-se "Paralipomenon" ou "as coisas omitidas" e são consideradas um suplemento a Reis e Samuel. O nome que temos, "CRÔNICAS", foi dado por Jerônimo ao fazer a tradução da Vulgata Latina,

AUTOR - Não sabemos com certeza quem é o autor deste livro, mas a tradição judaica afirma que foi Esdras o sacerdote e escriba. Ele teria selecionado dentre vários registros inspirados de Samuel, Gade, Natã e outros, os dados relativos à história do povo judeu, em especial a tribo de Judá.

DATA DA ESCRITA - O livro foi escrito logo após a volta do exílio, com a finalidade de relembrar, animar, exortar o povo, que após 70 anos de cativeiro voltara à sua, reconstruíra o templo e agora vivia um grande marasmo espiritual. A data mais provável parece ser 450 a.C.

TEMPO DA AÇÃO - Relata desde o reinado de Salomão (971 a.C.) até o retorno do cativeiro (537 a.C.).

VERSO-CHAVE - É o 7:14: "Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, orar e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra."

TEMA - AS COISAS OMITIDAS DO REINO DE JUDÁ

O foco central deste livro está sobre os sucessores de Davi.

1 - Myer Pearlman em "Através da Bíblia livro por livro” – Ed. VIDA e Stanley em "Conheça melhor o Antigo Testamento” – Ed. VIDA compararam Reis e Crônicas da seguinte forma: a) Reis foi escrito no início do cativeiro, e Crônicas pouco depois da volta do cativeiro. b) Reis foi compilado pelo profeta Jeremias e Crônicas pelo sacerdote Esdras. c) Reis possui uma visão terrena relevando o trono de reis terrenos. Crônicas tem uma visão celestial relevando o trono terreno (o templo) do rei celestial. d) Reis falam de Israel e Judá, as Crônicas só falam de Judá.

e) Reis são livros políticos, Crônicas são eclesiásticos.

f) Crônicas é mais estatístico do que biográfico.

g) Crônicas encoraja mais do que castiga, estimula mais a lealdade do que indicia a culpa.

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h) Crônicas não enfatiza a idolatria, mas a diferença espiritual.

2 - Deus foi o arquiteto do templo construído por Salomão, o qual seguiu o mesmo modelo do tabernáculo em dimensões dobradas. Foram sete anos de trabalho (I Rs. 6:38) onde todo material era talhado e preparado do lado de fora e apenas montado dentro do templo, assim não se ouviu sons de martelo na casa do Senhor.

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Esdras

O livro canônico de Esdras descreve a volta dos judeus do exílio babilônico e a restauração religiosa, e, em parte, também a política da sua comunidade.

Esdras relata como Deus cumpriu sua promessa profética através de Jeremias (Jr 29.10-14), no sentido de restaurar o povo judeu depois de setenta anos de exílio, ao trazê-lo de volta à sua própria terra.

O colapso de Judá como nação e sua deportação para Babilônia ocorrera em três levas separadas. Na primeira (605 a.C.), a nobreza jovem de Judá, inclusive Daniel, foi levada ao exílio; na segunda (597 a.C.), foram mais 11.000 exilados, inclusive Ezequiel; e na terceira leva (586 a.C.), o restante de Judá, menos Jeremias e os mais pobres da terra foram levados.

Semelhantemente, a restauração do remanescente exílico, em cumprimento à profecia de Jeremias, ocorreu em três levas. Na primeira (538 a.C.), 50.000 exilados voltaram, liderados por Zorobabel e Jesua; na segunda (457 a.C.), mais de 17.000 voltaram conduzidos por Esdras; e na terceira leva (444 a.C.), Neemias e seus homens levaram de volta o restante do povo. Cerca de dois anos depois da derrota do império babilônico pelo império persa (539 a.C.), começou o retorno dos judeus à sua pátria.

O livro de Esdras registra a primeira e a segunda levas de repatriados abrangendo três reis persas (Ciro, Dario e Artaxerxes) e cinco líderes espirituais de destaque:

(1) Zorobabel, que conduziu os primeiros exilados;

(2) Jesua, um sumo sacerdote piedoso que auxiliou a Zorobabel;

(3) Ageu e (4) Zacarias, dois profetas de Deus que encorajavam o povo a concluir a reconstrução do templo;

(5) Esdras, que conduziu o segundo grupo de exilados de volta a Jerusalém, e a quem Deus usou para restaurar o povo, espiritual e moralmente.

NOME - Em hebraico Esdras quer dizer "ajuda''.

No antigo Cânon hebraico, Esdras e Neemias erarn um só livro. A Septuaginta trazia os dois também como um só livro, mas chamando-o de Esdras lI, em sequência ao apócrifo, Esdras I. A Vulgata Latina é quem primeiro os divide, chamando Esdras de Esdras I e Neemias de Esdras II. Só a Bíblia evangélica e o moderno Cânon hebraico, mantiveram a divisão dando aos livros, os nomes de seus personages centrais, Esdras e Neemias.

AUTOR - Esdras o sacerdote e escriba é considerado pela tradição judaica, o autor de I e II Crônicas, Esdras e Neemias. Esdras era um dos cativos em Babilônia, onde, provaveImente nasceu filho (ou neto)

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do sumo sacerdote Seraías assassinado por Nabucodonosor em 586 a.C.), sendo assim descendente de Arão. Hábil instrutor da lei, é comparado a Moisés, ambos levitatas. Moisés escreveu os cinco primeiros livros e Esdras os últimos quatro livros históricos do A.T.

DATA DA ESCRITA - Em tomo de 430 a.C., um pouco depois de Malaquias encerrar sua profecia.

TEMPO DA AÇÃO - Compreende desde o edito libertador do rei Ciro e a volta da primeira leva de judeus sob a liderança de Zorobabel (536 a.C.), até a volta da segunda leva de Judeus sob a liderança de Esdras (457 a.C.).

VERSO-CHAVE - É o 7.10: “ Porque Esdras tinha disposto o coração para buscar a lei do Senhor e para cumprir e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.'' TEMA - A VOLTA DO CATIVEIRO CONTEÚDO

Ao findar o tempo do cativeiro Babilônico como profetizara (Jr 29:10-14). Daniel entendeu que era tempo de voltar para casa, O império medo-persa vencera e dominara o babilônico e agora Ciro era o imperador. Duzentos anos antes Deus anunciara por boca de seu profeta Isaías, que Ciro nasceria e seria seu instrumento de libertação do povo. Ao saber disto, e decidido pela libertação do povo judeu, Ciro os envia de volta junto com seus objetos de culto do templo (537 a.C.). Não mais de 50.000 homens retornam numa 1ª leva, sob a liderança de Zorobabel. A maioria já havia se estabelecido em Babilônia e não queria trocar sua segurança por uma jornada longa, e perigosa ao seu país desolado necessitando de ser reconstruído. As obras de reconstrução do templo são interrompidas no ano de 534 a.C. a pedido dos samaritanos e sob ordem do imperador Cambises que sucedera Ciro no trono persa. A reconstrução do templo é retomada em 520 a.C., Já sob o período do reinado de Dario o grande, o qual sucedera Cambises, após consulta feita ao rei pelos inimigos samaritanos (Ed. 5). Ao desanimarem, foi muito importante a mensagem dos seus profetas contemporâneos, Ageu e Zacarias (Ed.5). Esdras era sacerdote, que amava a Palavra de Deus, e que fundara as sinagogas na Babilônia. O rei Artaxerxes, enteado da rainha judia Ester o envia com a incubência de avaliar o estado da nação e levar mais recursos financeiros. DIVISÃO – O livro de Esdras pode ser dividido em duas partes:

a) A volta dos Judeus - caps, 1 a 6. Incluindo desde o edito libertador até a reconstrução do templo. b) A jornada de Esdras - caps. 7 a 10. Tratando das reformas que realizou.

COMENTÁRIOS

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1 - A volta do cativeiro se dá em 4 levas:

a) com Zorobabel em 537 a.C.

b) com Esdras em 457 a.C. c) com Neemias em 444 a.C. d) novamente com Neemias em 432 a.C.

2 - Em 539 a.C. o império medo-persa invadiu a Babilônia e assumiu a supremacia mundial. A Pérsia tinha uma política diferente de tratar seus cativos. Libertava-os para a volta à terra de origem, e ainda os ajudava financeiramente para reinstalarem-se nela, desta forma angariando simpatia de seus dominantes.

3 - O edito libertador de Ciro era válido para os judeus localizados em todos os domínios do novo império persa, portanto alcançava até mesmo os judeus das 10 tribos dispersas e cativas na Assíria, embora pouquíssimos destes parecem ter voltado. O nome Israel é por isto novamente muito mais usado em Esdras e Neemias que o nome Judá. Paradoxalmente, contudo, o termo “judeus" referindo-se ao povo de Israel aparece pela primeira em Esdras 4:12, já que os de Israel eram sua maioria, da Tribo de Judá,

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NNeeeemmiiaass Neemias, cujo nome significa “Deus Consola”, era servo judeu do rei persa Artaxerxes (Longímano). Era copeiro do rei. Esta era uma posição de grande confiança e honra, e desejável, pois dava acesso ao rei em ocasiões em que este estava de espírito alegre e disposto a conceder favores. Entretanto, Neemias era um daqueles fiéis exilados que preferiu Jerusalém acima de qualquer “causa de alegria” pessoal. Não era posição ou riqueza material que ocupava o primeiro lugar nos pensamentos de Neemias, mas, antes, a restauração da adoração de Deus.

Em 456 a.C., os “que remanesceram do cativeiro”, o restante judeu que retornara a Jerusalém, não estavam prosperando. Estavam numa situação lamentável. A muralha da cidade era um entulho, e o povo era um vitupério aos olhos de seus adversários sempre presentes. Neemias estava pesaroso. Contudo, era o tempo determinado do Senhor Deus para que se fizesse algo a respeito das muralhas de Jerusalém. Com ou sem inimigos, Jerusalém com sua muralha protetora precisa ser construída como marco no tempo, em conexão com uma profecia que Deus dera a Daniel sobre a vinda do Messias.

Por conseguinte, Deus guiou os eventos, usando o fiel e zeloso Neemias para executar a vontade divina.

NOME - Neemias quer dizer "consolo do Senhor". No antigo cânon hebraico, Esdras e Neemias eram um só livro, A Septuaginta trazia os dois também como um só livro, mas chamando-o Esdras II, em sequência ao apócrifo Esdras I, A Vulgata Latina é quem primeiro os divide chamando Esdras, de Esdras I, e Neemias de Esdras II, Só a Bíblia Evangélica e o moderno Cânon hebraico mantiveram a divisão, dando aos livros os nomes de seus personagens centrais, Esdras e Neemias,

AUTOR - Esdras o sacerdote e escriba é considerado pela tradição Judaica, o autor de I e II Crônicas, Esdras e Neemias. Certamente serviu-se de anotações suas e de Neemias para escrever este livro já que algumas vezes Neemias aparece falando na 1a pessoa (1:4) e outras vezes apareçe na 3a pessoa (8:9).

DATA DA ESCRITA - Em Tomo de 430 a.C., um pouco depois de Malaquias encerrar sua profecia.

TEMPO DA AÇÃO - Desde a viagem primeira de Neemias à Jerusalém (444 a,C,) até a restauração completa do culto no templo (432 a.C,),

VERSO-CHAVE - É o 2:5 - "E disse ao rei: se é do agrado do rei e se o teu servo acha mercê em tua presença, peco-te que me envies a Judá, à idade dos sepulcros de meus

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pais, para que eu a reedifique".

TEMA - ORAÇÃO E PERSEVERANÇA - ou poderia ser: A RECONSTRUÇÃO DE JERUSALÉM.

CONTEÚDO

Neemias era copeiro do rei Artaxerxes. Este era um cargo de honra e de confiança. Honra e confiança adquirido certamente em parte por ser um homem admirável e em parte porque Ester, a Judia, era madrasta do rei. Neemias recebera notícias do estado calamitoso da cidade de Jerusalém, Esdras Já lá estava há 13 anos, o templo fora reconstruído, mas os muros e a cidade ainda esfavam desolados. Artaxerxes não somente permite sua ida à Jerusalém como o nomeia o governador da cidade e lhe autoriza levar madeira para a reconstrução. Finda a obra de reconstrução dos muros, era hora de reorganizar a cidade. Reorganizar os princípios morais e espirituais foi o passo seguinte e final da obra de Neemias, Cerca de doze anos depois, Neemias volta à Babilônia, mas não sabemos ao certo quanto tempo permaneceu ali, E durante este tempo, Tobias, moabitas e amonitas introduziram-se no templo (Ne. l3:4-6).

DIVISÃO - Podemos dividir o livro em dois grupos de capítulos por assunto:

a) A reconstrução dos muros - caps. 1 a 6.

b) A reconstrução moral e espiritual - caps, 7 a 13,

COMENTÁRIOS

1 – A cidade de Jerusalém estava desolada, era grande, mas desabitada e em ruínas (Ne, 7;4). Neemias resolveu povoá-la determinando que um em cada dez habitantes das demais cidades fosse morar em Jerusalém. Os que aceitavam tal “sacrificício" eram abençoados e bem vistos pelos demais.

2 - Neemias era um copeiro, e não um engenheiro, arquiteto ou administrador, no entanto a obra que realizou e a direção segura em tudo, fazem deste livro e de seu testemunho, um verdadeiro tratado sobre os assuntos de liderança o administração.

3 - As escrituras não nos falam sobre o final da história de Neemias, se retornou ao seu serviço na Babilônia como copeiro do rei, ou se permaneceu em Jerusalém, ou ainda como morreu.

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EEsstteerr

Depois da derrota do império babilônico e sua conquista pelos persas em 539 a.C., a sede do govero dos exilados passou à Pérsia. A capital Susã,é o palco da história de Ester, durante o reinado de do rei Assuero (seu nome hebraico, também chamado Xerxes I (seu nome grego) ou Khshyarshan (seu nome persa), que reinou entre 486-465 a.C.

O livro de Ester abarca os anos 483-473 do reinado de Assuero. De maneira simples, eis aqui a história de Assuero, rei da Pérsia, tido por alguns como Xerxes I, cuja esposa desobediente, Vasti, é substituída pela judia Ester, prima de Mordecai. O agagita Hamã trama a morte de Mordecai e de todos os judeus, mas é enforcado em sua própria estaca, ao passo que Mordecai é promovido ao cargo de primeiro-ministro e os judeus são libertados.

NOME - O nome Ester é derivado da palavra persa que quer dizer "estrela” O nome hebraico era "Hadassah'' que quer dizer "murta",

AUTOR - Não se sabe ao certo quem é o autor de Ester. Cogita-se os nomes de Mordecai, mas o último capítulo, da forma como se refere a ele, parece desqualificá-lo como autor, Ainda são lembrados pela tradição judaica Esdras e Neemias.

DATA DA ESCRITA - Aproximadamente 460 a.C., após a morte do rei Assuero (“Xerxes") quando seus relatórios foram completados,

TEMPO DA AÇÃO – A história de Ester se dá ao tempo entre Esdras 6 e 7, no reinado do rei Assuero (Xerxes), entre 483 - 473 a.C.

VERSO-CHAVE - É o 4:14 - "Porque se de todo te calares agora, de outra parte se levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de pai perecereis, e quem sabe se para tal conjuntura como esta é que foste elevada à rainha"

TEMA - A PROVIDÊNCIA DE DEUS

O livro é uma ilustração de providência de Deus, soberano que preserva seu povo das mais irremovíveis perseguições humanas.

CONTEÚDO

Foram poucos os Judeus que aproveitaram o decreto libertador de Ciro, e voltaram para Jerusalém. A maior parte deles, pelo menos a princípio permaneceram na Babilônia e posteriormente na Pérsia. Se todos houvessem voltado à sua terra, a história de Ester não teria acontecido, A história do livro de Ester começa com um grande banquete, organizado pelo rei

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Assuero. (Xerxes). Pelo que os estudiosos concluem, era o banquete no palácio de Susã, onde o rei e os seus aliados comemoravam os planos e projetos de invasáo que a Pérsia faria à Grécia por volta de 480 a.C, Nesta grande festa todos se embebedaram e o rei mandou chamar a bela rainha Vasti para alegrar a festa com sua beleza, porém a rainha negou-se a tal atitude. Este fato o humilhou ante os príncipes e autoridades presentes, pelo que o rei a depôs. Ester é convidada pelo primo Mordecai, a conseguir diante do rei uma mudança em tudo isto, e ela corre o risco de apresentando-se diante do rei sem ser chamada, sofrer pena semelhante a de Vasti. Os Judeus foram salvos (Et. 8.9) pela providência de Deus, que usou uma humilde judia em terra estranha, fazendo-a chegar a lugar de honra para que no momento oportuno salvasse seu povo. Os judeus alegres instituíram a festa do Purim (sortes) porque por sorteio Hamã havia escolhido aquele dia para a destruição deles, e, no entanto, pelo Senhor através de Ester foram salvos. Anualmente, até hoje os judeus comemoram a ''Festa do Purim” e, neste dia lêem, na cerimônia, o livro de Ester. O autor do livro de Esdras ao compilar esta história e entregá-la aos judeus que retornam do exílio e encontravam-se abatidos e desanimados, além de explicar-lhes a origem da Festa do Purim, revelava-lhes, o amor, o interesse, o poder e a providência de Deus em favor deles. DIVISÃO - Podemos didaticamente dividir o livro de Ester em três blocos de assuntos:

a) A festa de Assuero - caps. 1 e 2 b) A fesla de Ester – caps. 3 a 7 c) A festa do Purim – caps. 8 a 10

COMENTÁRIOS 1. No ano 483 a.C. a rainha Vasti foi deposta e só em 479 a.C, Ester foi coroada, Em 473 a.C., deu-se a história de Hamã e a ''Festa do Purim".

2. O anti-semitismo, (preconceito contra os judeus) que começou aqui com Hamã, atingiu seu auge na figura de Hitler, que teve para com os Judeus os mesmos intentos,

3. Curiosamente no livro de Ester não aparece o nome de Deus. Uma das explicações é a de que seu relato foi retirado das crônicas e registros dos persas, e tal nome não teria lugar ali (Et 2:23 e 6:1). A verdade, no entanto é que embora o nome aí não esteja, contudo a mão e o poder de Deus são abundantes em Ester.

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BBiibblliiooggrraaffiiaa

• GAGLIARDI, Ângelo Jr – Panorama do Velho Testamento – 2 ª Ed. Rio

de Janeiro, Vinde, 1995. • PEARLMAN, Myer – Através da Bíblia Livro por Livro – 18ª

impressão. São Paulo, Vida, 1996.

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AVALIAÇÃO DO MÓDULO: A.T.II – LIVROS HISTÓRICOS

1. O que levou Israel a trocar seu reinado Teocrático e “invisível” por um reinado monárquico e “visível”?

2. Por que Saul foi rejeitado por Deus? 3. Qual o significado do nome Samuel? 4. Qual foi o profeta que fundou uma escola de profetas? 5. Por que os livros de Samuel, Reis e Crônicas foram separados pela

tradução grega, já que no Cânon hebraico estes livros são sempre um só livro?

6. Fale sobre o rei Salomão: Quanto tempo reinou? Quais foram as causas de seu declínio espiritual e moral que trouxeram o juízo de Deus sobre o seu reinado?

7. Roboão, filho de Salomão assume o reinado após a morte de seu pai. No período de seu reinado ocorreu um cisma. Fale sobre esta divisão, sobre o reinado do Sul e o reinado do Norte:

8. Cite quais foram os três templos construídos, relatados nos livros históricos:

9. Explique qual a causa da incompatibilidade entre os judeus e os samaritanos, chamado de o “Cisma Samaritano”:

10. Fale sobre a Lei do Levirato.

OBS: Não se esqueça de colocar nome em sua avaliação

a) O aluno deverá enviar a avaliação para o e-mail: [email protected]@[email protected]@esutes.com.br

b) O tempo para envio da avaliação corrigida para o aluno é de até 15 dias após o recebimento da avaliação

Enquanto a prova é corrigida o aluno já pode solicitar NOVO MÓDULONOVO MÓDULONOVO MÓDULONOVO MÓDULO c) Alunos que recebem o MÓDULO IMPRESSOMÓDULO IMPRESSOMÓDULO IMPRESSOMÓDULO IMPRESSO podem enviar sua avaliação também para e-mail:

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Após a correção da prova recebida por correio, enviaremos sua NOTANOTANOTANOTA por EEEE----MAILMAILMAILMAIL e a avaliação corrigida seguirá com o próximo módulo solicitado

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DICAS DE ESTUDO ON-LINE

1- Procure utilizar em seu computador um protetor de tela para minimizar a claridade do monitor. Temos que cuidar de nossa visão 2- Se for estudar a noite, duas dicas:

a) Não deixe para estudar muito tarde, pois o sono pode atrapalhá-lo em sua concentração; b) Não deixe a luz do ambiente em que estiver, apagada, pois a claridade da tela do computador torna-se ainda maior, provocando dor de cabeça e irritabilidade.

3- Pense na possibilidade de imprimir sua apostila, pois pode ser que isso dê a opção, por exemplo, de carregá-la para onde quiser e de grifar com caneta, partes que ache importante.