livro trans do desejo sexual - susie cap 3

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  • 8/18/2019 Livro Trans Do Desejo Sexual - Susie Cap 3

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    Iratamento dos Irons!ornos do Deselo Sexual 57

    tacitas e resistencias infernos a mudancja. Nesta casa, a marida acalenta

    dais desejas cantradifarias: "Nao quera fazer sexa mas deseja estar ca-

    soda cam alguem que quer sexa" e "Cancarda cam a managamia mas

    agara quera mudar para celibata" . A terapia cancentra-Se no resaluGaa

    de fais dilemas.

    David Schnarch, PhD, e diretar do Crucible Institute e aufar de

    okras de refer6ncia sabra deseja sexual, incluinda Canstructing the Sexua\

    Crucible. Passianate Marriage e Resurrecting Sex. Seu livra mais recente e

    Inffmacy & Desire.

    O~ modernode problemas de desejo sexual remonta dda de 1970,Lom o trabalho de Masters e Johnson, Helen Singer Kaplan e outros. A terapia

    sexual-conjugal integrada Crucible@ (Cadinho) oferece muitas novas maneiras dc

    u,nceituar e tratar problemas de desejo sexual. Um cadinho um teste mais decisive,

    um desafio a nossa integridade e valores centrals origimiriOs de fo emacianais e

     ,ituacionais poderosas; tambm um recipiente resilience usado em metalurgia para

    .onter lea6es quimicas de alta temperacura. Essas definiaes descrevem a expericia

    pessoal dos pacientes e o nivel de incensidade no qual a terapia Crucible@ opera.

    Ao contrrio de outras abordagens teraputicas sexuais e canjugais, essa tera-

    pia baseia.-se na teoria da diferenciao boweniana (Bowen, 1978). Diferencia  a capacidade de equilibrar o apego nos relacionamentos cam a autassuficflln

    ia e a autorregulao, que se resume a "continual acredicando em si mesma"

    (mantel seu equilibrio emocional) em intera6es interpessoais dificeis. A terapia

    Crucible difere de forma marcante da terapia de Bowen devido aplicaa da

    diferenciao entre intimidade e relacionamentos emocionais, major intensidadc

    e usa de confrontao colaborativa.

    De acordo com a terapia Crucible, "o casamento uma mquina dc

    amadurecimenta pessoal" impulsionada pela diferenciao (Schnarch, 1991).

    As "engrenagens" dos processos de amadurecimenco pessoal so descritas sob

    neologismos. Par exemplo parceiros pouco diferenciados dependem de um senso

    de self etido (aceitao, Validao e empatia dos outros) e controls da ansiedade

     por meio de acomodado (ajustar a ansiedade pessoal interpessoalmente medianteautoapresentao e falsa concordcia). Eles extraem isso da intimidade validada

     pelo outro (espera-se que as parceiros aceitem e validem as revela s do autra).

    Entretanto, a dependncia na intimidade validada pelo outro leva ao impasse

    emocional, que fora Os parceiros a mudarem para intimidade validada pelo self 

    (legitimar as pr6prias revelaes sem esperar aceitao do parceiro) e a se tornarem

    mais diferenciados por meia de sens esforos em falo (Schnarch, 1991, 1997,

    2002, 2009)~  /ntima Desire detalha as Incas inevitveis dos casais pol intimida-

    Usando a Terapia Crucible@(Cadinho) para TreforTranstornos do Deseifa Sexual

    David Schnarch

    Durante vdrias decadas escrevendo, ensinando e canduzjnda ferapjas

    David Schnarch desenvalveu uma abardagem unica Ga tratament d

    Prabl.emas sexuais e de relacianamenta - ulna jnfervenq;aa clue ele do_ 

    namlna teraPia Crucible@ (Cadinffa). Embara fol abardagem encoraje a

    autadiferenciaVaa e a autarregulo(;aa, born coma a capacjdade do viver

    e Omar no canfexta de um relacianamenta cam campramjssa, a terapja

    de Schnarch apresenta usa de canfranfaf;aa, autaexplaral;aa e desarGa

    pessaal de langa alcance.

    Schnarch acredita que deseja baixa e alto SQQpasjVaes mufavejs em

    um sistema de relacianamenfa e naa caracferistjcas estavejs do Um unjca

    individua. EIe abserva quo parceiras cam deseja alto e baixa SQQ some_ 

    Ihantes no diferenciaVaa, mas aquele cam deseja baixa sample cantrala a

    frequ8ncia e o acesso sexual, E mesmo Que sejam inevjtavej e a|famenfePrevalentes, canflifas de deseja em geral praduzem rupfUras sjgnffjcatjvas

    nos relacianamenfas, parque "vac6 naa pade cancardar em clcarder do

    seu parceira sabra fazer sexa"

    Neste caPifula, ele ilustra de mada extraardjnarja a tratamenta de Um

    casal, cujo homem evita infjmjdade sexual. Usando a "dilema dos duos

    escalhas (sifuaVaa em quo vacS faz duos escalftas, mas tern apenas ulna)

    coma gula da fratamenta, Schnarch canfronta a casal com suas agenda ~

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    58 Sandro R~Lelblum

    de, sexo e desejo e vincula tais embates aos processos de diferenciao intrapessoal

    e interpessoal tecidos durance todos os relacionamentos de amor monomicos.

    A terapia Crucible* cambm identifiGivel pelo que ela no faz. Ela rejeita:

    (1) a estrutura diagn6stica de desejo sexual "hipoativo" ou "inibido" (DSI); (2)

    a perspectiva e a abordagem teraputica do impulso biol6gico de Kaplan (1979);

    (3) o paradigma de que "sexo e desejo so fun6es naturais"; (4) os "transtomos

    da lase do desejo", um conceito que enfatiza a receptividade e a assertividade

    preliminares; e (5) a viso patol6gica de pessoas com desejo sexual baixo consa-grada no rratamento contempoeo e mas estruturas dingo6sticas do DSM e da

    CID-10 (Schnarch, 2000).

    Em vez disso, essa terapia postula um paradigma completamcnte distinto:

    I. Aborda o desejo coma uma capacidade que pode sec desenvolvida, em

    vez de uma pulso inibida.

    2. Focaliza o crescimento pessoal e relacional (cornar-se mais diferenciado)

    cm vez de remover "bloqueios"

    3. Visa o desejo pelo parceiro e o desejo durante o sexo, em vez de o desejo

    por sexo,  per Se.

    E o mais importance para este capitulo:

    4. Entende o desejo coma um processo de relacionamento sistemtico, em

    vez de uma caracteristica pessoal e um diagn6stico individual.

    5. Evita a estrutura linguistica e conceitual comum de "o paciente identi-

    ficado e o parceiro assintomtico".

    PRINCiPIOS DA TERAPIA CRUCIBLE@(CADINHO)

    SOBRE OS PROBLES DE DESEJO

    Os principios basicos da terapia Crucible incluem o seguintc:

    * Principl'o I: Um dos determinantes maisj`ortesdo desejosexual humane (Senu-o

    o mats forte) e oprocesso de desenvolver e mauler um selffenomenoloice. Em algum

    ponto na evoluo humana, o Self surgiu e o desejo sexual fol ir rcvogavelmente

    mudado. H cerca de I ,6 milho de anos, as Incas da individualidade emergence

    comearam a superar de forma gradual os imperativos biol6gicos, as estratgias

    de distribuio de genes ou os instintos hormonais na determinao do desejo e

    do comportamento sexuais.

    Tratamento dos Transtornos do Desejo Sexual 59

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    60 Sandra R. leiblum _________________________________________________ 

    Tal abordagem considera os problemas de desejo sexual enemas interpcssoais

    sociobiol6gicos e neurobiol6gicos construidos em conjunto. Bes o motivados

    pela forma como a diferenciao e a sexualidade humanas o encrel hoje

    e pclo modo como elas se tomaram imbricadas no curso da evoluo humana, O

    ebro e o desejo sexualhumanos desenvolveram-se juntos por mais de I milh5o de

    anos, moldando a natureza e os rclacionamentos intimos do homem enquanto o sdf 

    fenomenol6gico surgia. C(>mo resultado, os problemas de desenvolvimento do sdf 

    adulco (diferenciacao) interferem muito no desejo sexual em relacionamentos comcompromisso, por meio de condi como impasse emocional e outros proccssos

    relacionais. Uma o de casais saudels normais terem profalemas de desejo sexualk 

    o faro de que o impasse cmocional amortece o descjo sexuale praticamente inevic;ivel.

    A Politica do senso de self reHetido dirige o curso do desejo sexual em rclacio-

    namencos com compromisso (e em casos extraconjugais) . Nos primciros estagios

    dos relacionamentos, o desejo intensificado por um parceiro apoiando o senso

    de selfreHetido do outro pela intimidade validada pelo outro. Mas o desejo sexual

    evaPora quando os casais travam combates previsiveis de desenvolvimento do self 

    por diferenciao de: "A quern cu pertcno, a mim ou a voce?!" e "Quern cscar

    com voc, mas no me diga o que fazer!". Lutas de poder e controlc reduzem o

    estr6geno, a tcstosterona, a oxitocina e a libido. A mesma falta dc difercnciao

    (senso de selfreHecido) que escimula o desejo no inicio dos relacionamcncos Iam-b(ml acaba com ele mais tarde. As batalhas sau(hivcis pela individualidade, clue

    invariavelmente ocorrem em relacionamentos de amor, tornam OSproblemas de

    desejo sexual uma ccrteza virtual para casais normals saudvels.

    A perspectiva de que problemas de desejo sexual sao normals confirmada

    Peta pesquisa conduzida no website I)acelineNBC.com em 2006, Quando a

    Dateline NBC dedicou ulna hora de cobertura nacional no hotFlo nobre a

    casais submetidos a terapia Crucible' para problemas de desejo sexual, mais de

    27. 500 pessoas preencheram um invent;irio online em 48 horas.  Denlre elas, 680Io

    relataram problemas de deso sexuaL: .O sexo es morto" (I3o/o); "O sexo esC;;iem

    coma e com risco de morrer" (22o/o); ou "O sexo esc;iiadormecido e precisa dc

    ulna chamada para acordar" (330/o). Apenas 22% relataram: "O sexo est vivo e

    bem"; e 100/odisseram: "O sexo vigoroso, er6tico e apaixonado".

    PREVALENCIA DE PROBLEMAS DE DESEJO

    NA PRATICA CLjNICA

    Mais da metade dos casos que atendo ennolve casais que tem problemas de desejo

    sexual' Frequentemente, csse no o problema que elcs apresentam, Mao porcine

    rblc.]elm ch.ondendo ou ncgando, mas porque aprescntam outras di6culdadcs dc

    trl,,,ionamcnto mals~ graves: muitos estao a beira do divorcio e alguns la csa:ao

    Rep,ar,ados. A maioria relata discuss6es fervorosas repetidas, e qualquer aliantl;a

    Lo).aborativa anterior man existe mais. As vezes, os problemas de desejo scxual

    pmmoveram cal situa ; ourras, ele fol uma "f>aixa" do conflito emocionaL

    Em geral, os relacionamentos explodem por problcmas de desejo sexual.

    Mao sc trata apenas do faro de que o desejo seja to incrivelmente importance

    para as pessoas, mas que os casais Edam muito mal com dificuldades Jessean,him. De igual forma, a expertise da terapia conjugal connencional fracassa

    qaaando aplicada a problemas de desejo sexual: voce nAo pode concordat em

    discordar de seu parceiro sobre razer sexo. E, enquanto no ajusta e negocia

    ,la forma de ir para a cama, o desejo se fol.

    Em mecade dos casos hecerossexuais a mim encaminhados, o homem o

    I,,,rLcirt> com desejo baixo, Isso pode indicar que homens rem mais probabilidades

    do que maalheresde ser o parceiro com desejo baixo em casos graves ou diHceis.

    I,ntrctanto, por raz6cs clfnicas e te6ricas, acredico que este seja um quadro mais

    ,pccifico de problemas de desejo sexaaalem geral.

    EXEMPLO DE CASO: SENHOR E SENHORA DONNER

    Apresentac;;6a Inicial

    No inicio, canto o senhor como a senfaora Donner declararam que estavam in-

    tcrcssados em tratamento. Ele disse quc achava que seu desejo estava mais baixo

    do quc o da maioria dos homens e que no queria perder seu casamento. Ela

    cspcrava quc o tratamcnto mclhorassc a intimidade do casal (na cama e fora dela),

    hem como sua frequncia sexual.

    O sr. Donner (38 anos) e a sra. Donner (37 anos) cstao juntos ha 15 anos

    c casados h 12. Tm dots filhos, com idades de 11 e 9 anos. Etc era contador

    snior cm uma grandc 61.ma de auditoria. Eta voltou a lecionar para o Ensino

    Mdio quando os filhos no precisavam mais dela como antes.

    O sr. Donner relacou que vinha de uma famflia com um pal irritado, pot

    isso achava que o problema era fruto do medo que tinha em relao ao tem-

    pcramenco da sra, Donner. Ela explodia de modo intermitente quando 050

    conseguiam terminar de razer sexo, o clue vinha ocorrendo hd meses. A sra.

    Dotaner disse que seu pal nunca estava em casa e sua me era alcoolista. Par

    sua descrio, eta era a cldssica "crian parentificada". Teve v;irios namorados

    na faculdade com os quais fazia sexo. O sr. Donner raramence namorava e teve

    poucas rela6es sexuais~

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    Quando se corffrecefafft, etc !icon encantado com cla. O sexo delcs era born

    e frequente. Embora a frequcia sexual tenha diminufdo quando foram molar

     juncos, ainda faziam sexo 4 ou 5 vezes pol ms. Talfrequncia diminuiu para 1 ou

    2 vczes par m em sen tel.cello ano juncos. A sra. Donner atribuiu o declfnfo

    crescente tensao no relacionamento naquela epoca: casaram ap6s ela pressionIo a

    escolher entre Casar ou terminal, porque queria fer 6lhos. Ap6s seu primeiro filIto

    nascer, o sexo diminuiu ainda foals. Contudo, o sr. Donner parecia ansioso par

    ter um Segundo filho, e a esposa concordou~ Depois do nascimenco do Segundofilho, pracicamenre no faziam sexo mais.

    Dois anos mais carde, a sra. Donner insistiu em procurar cracamento, mas

    o sr. Donner recusou. Entretanco, ele concordou em centar resolver o problema.

    Alguns anos depois, a situao nag havia mudado. Enco, ela exigiu a realiza

    da terapia; caso contrafio, o div6rcio.

    Tratamento Anterior

    O sf. c a sra. Donner buscaram ajuda de um a terapeuta local que tinha uma boa

    reputao no tratamento de problemas sexuais. A sra. Donner havia lido Passionate

     Marriage e queria o tipo de cerapia descrito na obra. De acordo com o casal, a

    cerapeuta descrcvcu sua abordagem coma "uma combinao de terapia conjugalde Masters e Johnson e de David Schnarch" Ela prescreveu-Ihes habilidades de

    cornunicao, atividades de escuta ativa e exercfcfos de foco nas sensa s no

    genicais e genitals. "Namoros" e mensagens dc texto foram encorajados. Era

    permitido que a sra. Donner pedisse scxo, mas o sr. Donner tinha o dfreico de

    recusar caso se sentissc pressionado.

    A ferapeuf a cambm orientou o casal a abrir contas bancrias separadas

    c a fer amigos, passatcmpos e interesses car obm particulares. Sob o encoraja-

    mento da terapeuta, ele passou a frequentar um grupo de homens par vios

    meses, e ela viajou para curtir um rim de semana com suas amigas. A terapcuca

    esclareceu que essas buscas reduziriam a fuso emocional entre elcs, c as "f 

    rias emocionais" de suas intera6es dirias poderiam cscimular o desejo do sf.

    Donner. Durante esse tempo, "namoravam" uma vez par semana, c o sexo

    melhorou. Eles tiveram rela6es sexuais aproximadamcntc uma vez por semana

    durance os seis meses de cerapia. A sra. Donner percebeu isso coma um Sinai

    de que as coisas estavam melhorando e, quando o Sf. Donner quis incerromper

    o tratamento, cla concordou.

    Vista que a terapeuca falara sobre diferenciaao, trcinara interven6es na

    linguagem da diferencia5o e aconselhara a sra. Donner alcr Passionate Marriage,

    o casal pensou que ela soubesse como fazer a terapia baseada na diferenciao.

    frutamento dos TroFlstolnos do Deselo Sexual 63

    lod,avid, a caractcrfstfca Jessa tcrapia Haa s5o discussocs, Icituras oil insights

    udwe o proccsso, mas utiZiaar o processo de dtfmnctafdo coffin forma de desert-

    volvimcnto da terapia. Em muitos casos bem-'sucedidos, a diferencia nunca

    |II rxpliciramente mencionada, porcine a posi do terapeuta na dinAmica do

    `uat,amcnto conduz o processo em vez de intfoduzir um conceito. Por exemfflo,

    Ra tcrapia Crucibles, o terapcuta deve mantel uma postura hem-difcfenciada'

    lamlpcrdido quaffdo proibis (p. ex., nao permitfr relaes scxuais) e receitaft

    do dadas (p, ex., cont as bancdrfas separadas, exercfcios de foco na sens mafswxo), pofquc clcs criam alianas dcscquilibradas com parceiros quc tlml motive-

    qftf!,,dif`crentes. AIm disso, essas atfvfdades nag so mais ams de autodefinf'f:fIf:Jj

    ("movimentos de diferenciao"), uma vez que os pacientes est5o fazendo o Que

    II,cs foi dico para fazer.

    Quando a terapia terminou, os antigos padl6es sexuais do casal, hem cOmfs

    outros, rapidamente ressurgiram, porque eles tinftam realizado pouco em terffffnt

    ale diferencia O sr, c a sra. Donner voltaram a razer sexo uma vex Pot mess

    porque isso era s6 o que ele querfa, Suas discuss6es e iffetaHes problcmdticas

    vo>Itaram a acontecer, e o casal ficou descrente.

    Nao dificilo cratamento produzir  pseudodtferenciafdo e aurffentos dc curftf 

    pram na frequencia sexual. Pcssoas pouco diferenciadas funcionam melhor quaffdo

    , onseguem uma pequena distncia emocional ou ffsica e/ou reccbem validai:ft4l:f c reforo positing de seu parceiro ou terapeuta, A terapia anterior desse casal

    tirou partido disso. Mas a peculiaridade da diferenciao s6lfda sua resili6nda

    ao Tonga do tempo e da circunst5ncia, em especial quando pessoas e sitfnf 

    dcsencorajam o esfor.

    O sr. e a sra. Donner retornaram terapeuta, que Ihcs informou eStafcfff 

    muito fundidos emocionalmente para o sf. Donner sentif desejo. Ela prop65 que

    cscendcssem suas "f rias emocionais" para viverem separados pol um tempo. 0

    Lasal recusou a proposta e suspendeu a tefapia logo em seguida, Retornarafff flt

    frequncia sexual de 1 ou 2 vczes pot m . A sra, Donner voltou a Jar ultiffnftO

    ao marido: tracamento ou div6rcio.

    ConsiderOV6es de COso: Trotondo Folhos doIntervenr;;60 Anterior

    Conforme minfra experiencia, problemas de desejo sexual n5o s5o ff ais dfflcefs

    de cracar do que disfunc6es sexuais comuns, Que, afinal de car,fas, n5o s5o muifo

    complexas, Atffbuo isso capacidade da cer apia Cf ucible)R de Tidal com (1) con"

    Him; (2) fracasso; e (3) frustra6es, que invariavelmente vm tona na pfeseIf'i:a

    de problemas sexuais. Na cerapia convencional, o conffitf, interfere na decis5o

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    dos easais de Praticarem exercfcios de foco na sensa e escuca atjva e em gcral

    aumenta a probabilidade de fracasso do tratamento. -

    Considero que os resultados teraputicos insatisfat6rjos anteriores dos Casals

    comPlicam de modo substancial o contexto, sof)retudo quando acredjtam clue

    receberam tratamento adequado de um especialista qualificado Has jnterven

    Pregressas' Meus pacientes eso sensibilizados e frustrados pelas armadilhas con_

    ceituais' dinicas e estraticas do tratamento convencional do desejo sexuaL

    aOquCe ~ o cmdsejomdesa~ e p e seni P'ressionadofa faze maissexo;d

    d que quer. AhoSpdl ac uselmae Jg a asi el :eDuos a

    com desejo alto e tentar instilar desejo naquele com desejo baixo pol Clo de

    atividades prescritas ou vou me associar ao parceiro com desejo baj o e banir o

    sexo ou colocar esse parceiro no controle das iniciativas sexuais. Na pnjflea, no

    fao nem uma Hem outra alternativa, mas os casajs Se perguntam qu delas Von

    empregar e os interesses de quern vou liquidar.

    Casais que fracassaram anteriormente no tratamento tm majs duvjdas sobre

    a escolha em relaao ao parceiro e sadde de seu relacionamento. Hes so majs

    ansiosos na cama e na terapia, so mais deprimidos, e suas emo6es sacl 1bets.

    EIes reagem de forma excessiva e encerram (ou evitam) djscussoes. Alm djsso

    desistem com facilidade quando percebem mans resultados.

    A teraPia Crucible'R ainda os pacientes a (I) manterem um senso de self majs

    estdvel (s6lido); (2) regularem a ansiedade e acalmarem o cola ; (3) perne_

    cerem n5o reativos (mas no indiferentes) a ansiedade e lea6es do(a) parcejro(a);

    e (4) Perseverarem, nas adversidades, para alcan seus objetivos, El neutralja

    a frustrao Pol meio de interven6es que rapidamente aceleram o tratamento,

    CUrSO TerapUtica

    A avaliao mdica n5o revelou qualquer causa fisiol6gica, hormonal on {alma_

    col6gica Para o desejo sexual baixo do sr. Donner. Ele e sua esposa frequentaram

    o Programa de Terapia Intensiva do Marriage & Family Health Center ocaljzado

    em Evergreen' Colorado, pol trs sess6es "intensjvas", com intcrvalos de seis meses,

    mais trs horas de sess6es pol telefone, a cada 3 a 4 semanas, intercaladas entre

      acn ~a~~ erapCa~sa ~~ ;le~~dae seenf~ eeucidl6aae hse s~ tema~i

    de uma bola' mas o Programa de Terapia Intensiva especialmente destinado a

    casais que sc deslocam de uma longa distcia para obter tratamento,

    ,, AP6s a terapia anterior tel terminado, o sr. Donner adotou a poSj de

    dizer n5o ao sexo" em Horne de tornar-Se majs djferencjado, Ele ach cu

    [rota,,lento dos Trunstorrlo5 do l)esejo SexucI1 65

    la aftoiar sua posi o, porquc dissc que cssa era sua tcntativa dc sc difcrcnciar

    ti,, csl,osa. Ula, pol sua vez, declarou que nao tolcraria mais isso. O) sr. Dom)cr

    ,ItI,.ri,I qllc cu colocasse sua esposa sob o compromisso dc "continual trabalfl ando

    ,xdifcrcnciao" Disse-Ihe que j estava apoiando sua difercnciao quando ndo

    ~a o que ele estava pedindo.

    O sr. Donner ficou perturbado e ansioso, sentindo que estava ante uma csco

    ll,,, dccisiva sobre fazer sexo. Ele concebia seu dilema como "Devo ccderpara SA(var 

     ,flt'it casamento?". Esclareci que isso no tinha a ver com ceder, mas com salvar,cu casamento. Examinando os detalhes de sen relacionamento sexual anterior,

    dcscnvolvi um quadro revelador canto de cada um como do relacionamento (ulna

    " Janela de evocao"; Schnarch, 1991). Verifiquei que o sr. Donner "deixava" a

    csposa seduzi-lo, pensando que isso logo pararia e sen relacionamento adquiriria

    um status plat6nico. No a informou disso porque, de acordo com ele, aprcciava

    c,s afetos dela nesse ponto.

    Consequentemente, organizei parte da terapia do casal em torno do mate-

    rial da abordagem sobre dilemas de duds escolhas(na qual voc faz duas escolhas,

    mas tern apenas uma). Disse ao sr. Donner que ele no estava chegando a Ingar

    ,dgum, porque minimizava sua situao. Descrevi um de seus dilemas de duas

    cscolhas como: "Na-o querofazer sexo, mas querocar casado com alguem que quer 

     ,,'xo!" Entao salientei outro: "Concorde com a monogamia, mas agora quero mudar  para ceLibato!" 

    Alguns pacientes que esto evitando seus dilemas de duas escolhas goscam

    dessas "interpreta6es" , mas continuam a fugir. No h mist lo em dizer para

    algum que ele tern um dilema de duas escolhas. Ances, tine que contornar as

    centativas do sr. Donner de evitar o confronto da situao. Tambm prccisci

    focalizar o tratamento no aumento da diferenciao desse casal como indivf 

    duos e como companheiros e na reduo de sua fuso emocional. Isso, por

    sua vez, exigiu manuteno constante de uma aliana colaborativa equilibrada

    com eles. Em parte, fiz cal ao pol meio de interven6es "isom6rficas" quc

    afetassem ambos os parceiros de forma simultnea e proveitosa para cada um

    deles. Trabalhei arduamente para desenvolver um relacionamento com cada

    um deles como indivfduos, e nossa aliana colaborativa os ajudou a ouvircm

    quest6es dificeis de minha parte.

    A cerapia Crucible@ denomina cal abordagem de "trabalhar o chumbo"

    ("trabalhar a lideran), a habilidade e a arte da terapia baseada na diferencio.

    Pol exemplo, o sr. Donner declarou que precisava de mais tempo para dccidi'r

    de que maneira queria resolver seus dilemas de duas escolhas. Confrontei essa

    declarao com a ideia de que queria mais tempo para ndo decidir. Ele disse quc

    tinha medo do abandono devido ameaa da sra. Donner de deixo. Expliquei

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    66 Sondra R, Lelblum

    qnc ele n5o formava rclacionamcntos; cm nu disso, fazia prfSif)nCifos. Etc

    Boston do quc cu cstava dizcndo ou do Que cstava fazcffdo ao di 02 mas fl

    esqueceu o faro de Que cstava tenfando ajuda-lo.

    Dissc ao Sf. Donner que etc sejat,a ser quen'do, mas nae desq.ava querer.

    Essa minha forma de declarar um dilema dc duas cscolhas comum cm prof>

    mas de dcscjo sexual (Schnarch, 1991 ). Pol um lado, etc queria Que a csposa

    desejassc c pcrscguisse, porquc Sc Scotia dcscjvet e valorizado quando eta o

    (senso dc seLf reHetido) c 6cava ansioso quando eta pcrdia o intcfesse (f da ansiedadc por mcio dc acomodac:ao). POf outfo no tolefava a vulfteraf>ilidade

    de qucra mais do que ela o queria, ainda Que tentasse mantla nessa post

    Por anos' Adcmais alm de no ref desejo, etc flaw cstava ifltefcssado em ref mats

    desejo por cssas e outras razoes.

    Toda cssa situa o estava contifta na minfta unfca declarac:af>, e cla Os atingifS

    como uma tonelada de tijolos mas de difefentes maneifas. O Sf~ Donner era

    b/ase ao falar sobre descjo, mas abordar o dcsejo coma querer mufEou o jogc).

    Salientei quc clc sc casou - e razia scxo - pofque ff5o qucfia pcfffcf a cspoa,

    no Porquc a quiscssc. Sua indccis5o estrategica anterior "Quero minha csposa,

    mas nae quero sexo", se esvancceu. A qucstao flaw era etc qucrcf scxo, a qucst5o

    era: ele a qucria?

    Tambm dissc quc sen "no descjar qucrcr" no comu ncste casamcfftO.

    Jd cxistia na poca em Que cle fol para a universidade. Deixci em aberf o a poss{nel

    origem Jesse faro e observei em voz alta Que fl aw tiftfta qualqucf iftfofma(t:ao sof)re

    sua inf;kncia ou familia' Eu sabia Que havia atingido um pout o sensivcf" mas cle

    no enrendeu, c pcrmanecemos focados em sens dilemas de dffaS escolhas.

    Men trabalho com a sra. Donner foi igualrffentc intenso e desafiafJor, o Que

    contrabalanva miffhas interven6cs com o Sr. Donner e mantinffa uma abaft

    colaborativa equilibrada que facilitava a difcfcncia50. Confrontei-a com sua ca_

    rencia emocional c com sua dependncia de um senso de seLffcfletifto pf)SitiVO de

    sen marido' Estava do descspcrada para casaf Que tinffa casado com um homem

    quc nunca a cscolhera. Satisfez-se em set accita e necess;iria, mas flan Querida.

    As informacs falsas do sr. Donner de Que qucfia ref dcscjo sexual fifth siffo

    suficientes para mant a no casamento pof atlas.

    A sra' Donner podia vet como mentifa para Si mesma c Sc venftera. Sabia

    que a questao n5o era que cle no finesse descjo por scxo, ck 050 tinha dcscjo pol

    cla' Ela n5o queria admitir isso para si mesma, pofque, ent5o, ref ia de liffaf co o

    faro' Tambm perccbeu que tinha sido "cnganada". O Sr. Donner freflucfftcmente

    a manipulava a parfif da neccssidade deja por Valida50.

    Quando a sra. Donner confrontou a si mesma, dissc aw marifto Que no Se

    satisfaria em n5o ser Querida. Sc de faro n5o a quisessc, Cfft5O eta queria o div6rcio.

    Tratom Onto dos Tronstor nos do 06 56 Io Sexual 6 7

    !Rho !1510 fol como suas tcnrativas anteriorcs dc faze-lo Valida-la on dc fon:a-lo a

    scxo, Essa flaw era uma mulher iftfanril sc scntindo fcrida pot oaf> conseguif 

    um sen,o de self fefletido positivo, A sra. Donner estava mudandf) de um scum

    alt ,elf rcHctido para um senso de self s6lido, desencadeado por autoconfronflf-

    t!'1if,,Roda e dolorosa. Agora, eta esfava disposfa a ver a verdadc; decidifia par si

    morns sc cle a qucria ou n5o. Nesse momenta, o casal fir,aimente aEcafffi;H;:)puo

    pol,to .ririco (Schnarch, 1991).

    Resultada do Tratamenfa

    O,f , Donner tentou manter seu casamento do jeito que queria pelo major

    tempo poss/vet. Apenas quando percebeu quc nko podia razer mats isso,

    Lorneou realmente a lidar com sua situa5o. O casal passou pot uma frf oifc

    ncRra da alma". Quando etc tentou ignorar ou negociaf, conffontei-f) sobrc

    tam A sra. Donner no prccisou de muita confrontao. 1880, por si $62 po-

    drffa ref desequilibrado minfla alianVa com eles. Entretanto, o Sf. Donner

    k terapia anterior. As mesmas intervcnHes cm uma tcrapia diferenfc Cmenos

    ,Illcrcnciada) teriam aprcsentado impactos difcrentes.

    N,ao permiti uma abordagcm "apenas faa isso" Eta n5o possibilitaria ao sf.I)"ftncr evitar sen ado desejar querer c interferiria na validao da sra. Donner de si

    mcsma o suficiente para pcnsar que valia a pena quere-la. Em vez disso, ajudei-Os

    a atravcssar sen cadinho e cnfrenrar sens dilcmas de duas escolhas.

    O sf. Donner finalmentc sc confront ou com o faro de nunca ref escolhido

    a,f a. Donner. Era muito inseguro para escolhef, hem como temia o contfofe

    quc a decis50 teria em sua Vida, pois n5o podia I ifJaf com a vulffefabilidade, a

    Icn,;to e a autoncgao cnvolvidas em amar algaem" Accitou a ideia dc Que isso

    c'r"toriundo de sua infncia, mas nosso loco permaneceu na situao presence e

    "as decis6es necesslas, em vcz de falar sobrc scntimentos e decepes em feta

    "HISpais. TaI ifficiativa prcservou o cadiffho do casal e manteve vivo o pfocesso

    dc diferenciao. Quando rcproccssamos a inf cia do sf. Donner, mais tafde na

    terapia, sen relato de hist6ria de Vida mudou.

    O sr. Donner "aparou o golpc" e rcconhcceu que nunca havia escolhido a Sm.

    Donner, Tafthem disse quc n5o a achava mais atraeffte sexualmenfc, rcconhccendo

    clue Haw a respeitava porque eta se "vendia" para clue as pessoas - etc, a mac deb e

    amigos - gostassem deja. Em vez de Hear "ferifEa", a Sta. Donner apfcssou-sc em

    rcf,f>nhecer quc isso era vcrdadc. Essas tfocas inquietantes cm terfit6rio dcsco-

    nhecido criaram a intimidade mais intensa que o casal algum dia experimefftou.

    Quanto mais ele expericnciava sua esposa f- omo uma pessoa separada Que Podia

  • 8/18/2019 Livro Trans Do Desejo Sexual - Susie Cap 3

    7/8

    Tratomento dos Trunstomos do Duselo Sexual 69

    Iclau.onamcnto conjugal. Essas qualidadcs dc intcraao pareccm contrlfluif para

    , pfascicidade cerebral e a rcorganizao neurobiol(',gica intcrpcssoal (Cozolino,

    2002).

    , Soube que eles estavam progredindo quando notei evidncias de iluminafdo

    al>randamento dos aspectos facials e aparncia de alfvio, vitalidade, encrgia c

    tlionomia saud;ivel. As mu|heres parecem ter feito um  / tug facial; e os homcns

    tfin mais suaves e bonitos. No mist lo por que Os Casals no|tarn a fazer scxo:

    clcs sc sentem e parecem mais atraentes e, por conseguinte, so mais intercssantcs

    mfr para o outro. Pessoas Que exibem iluminao acham que Ospr6prios olflos

    I,.tt'ccem mais claros e brilhantes, a acuidade mental Se torna mais aguada c a

    Lxxteligncia geral e emocional aumenta. A iluminafao identifiel par ob~

    ,`rvadores n tre,inados: outras pessoas acham individuos "iluminados" mais

    Ittraentes e acesslvels.

    Minha crena que a i/uminado reHita mudanas na funo cerebral. Ela

    acontece muito rpida e difusamente para ser apenas aprendizagem. Casais que

    Inc,scram i/uminao pensam diferente e lidam melhor com suas emo6es. Scus

    Isamentos so mais estaveis e menos dirigidos pela ansiedade. Os parcciros

    t c,rnam-'se mais relaxados, atenciosos e diretos um com o outro. Os relaciona-

    mcntos com fl|hos, pals ou amigos so mais ficos, profundos e resiliences. Os pals

    rclatam mudanas positivas em sens fl|hos. As altera6es dos pacientes tornam-schem mais resiliences sob estresse, como se poderia esperar j que seus cebros

    esto funcionando de forma diferente.

    nivcr a Pr6Pria Vida com ele, mais a achava intcfessante de uma pefsflectjva sexual.

    O crescente autorrespeito e o respeito um pelo outfo levafam a nOv;lS jnicja es

    sexuais e Preliminares mais defftoradas, Que Se originafaffl de ufft se[f foals s6lidoe uma major autorregulao Que desenvolvefafft pot meio da tefapia.

    Quando o Sr' Donner come u a pfocur a, a sra. Donner Va hiflefvi_

    gilante Para detectar Se ele cstava tentando subornla On contfolar a situa

    Mas a ligao emocional mais |ivre de tens6es deles a parfjf de abrafqs ate' [il" 

     xar e cabefas nos travesseiros comeon a Se apfofundaf (Schnafcft, 1991, 1997,2002' 2009)'  Abrafos ate' relaxAr sao abraOs de longa dura o com diversos

    ProP6sitos focalizados em aumentar a diferencia50 e a ifttjmidade, foals do

    que fazer o ,pCiro Se sentif ca|mo e seguro. Essa tica envo}ve bear em p

    e trocar carlclas enquanto permanece fisica e emocionalfftente envo|vido com

    sed a~ofc~ ~ex~ s ne~ a umI 'a seoa

    ansiedade e conf|Ito - para alcanar objetivos Se hantes. Embofa cu tenfl

    ddos'bnao perdi minfla postura hem-diferenciada ao prescreve-

    oper1 |ese stopratI rarrg q o

    era dele; dei cal resposta para Que decidisse o clue queria set e Se trftasse jsso

    e n5o Hzesse aquilo seguindo minflas instru6es. ,

    Quando sugeriu fazer o cabcfa nos travesseiros alguns dlas foals tarde, a es_

    Posa e ele sabiam que era iniciativa do casa|. O|flando nos o|fros dcle, ela podia

    ver mais aberfura e disponibilidade. O sexo tornou-Se mais sjgnjficatjvo, foals

    rclaxante e menos ansioso para ambos. Estavam interagindo me|or e pafecjam

    mais satisfeitos' O casal mostfou foals desejo sexual antes e durance sexo. O

    funcionamento individual me|boron, hem como a frequla Sexual e a satisfa

    no relacionamento. Alm disso, a infimjdade aumentou na cama e fora dela.,-

    permaneci cauteloso em relao ao pfogfesso do Sr. Donner ac hear clam

    qne ele estava envolvido e Se beneficiando da fer apia. O casa| pfatjcou abrafqs ate

    reiaxar e cubefas nos travesseiros par peftodos crescentes, fina|fftente estabelece do

    um Padro de 20 minutos, 3 on 4 vezes pOf semana, Eles relataram relaxamento

    Profundo sob um contexto de intiffridade, hem como aprenderam adoff jnar suas

    emoHes e manter sua reatividade sob contfole quando as coisas n5o jam beffl.

    Desenvolveram major capacidade de funcionar de forma aut6noma e Hear majs

    proximos ffsica e emocionalmente.

    O casal aumentou sua diferenciao e feduziu sua fuso cmociona}. No

    Processo ativaram de forma sifflultflea diversos niveis de fun50 cerebral (p.

    ex" sensorlo, motor, emo6es, cogni6es) em uma estf utura organizada de modo

    denso' mulfo Positiva e bastante significativa que envo|veu senCOfpOS, mentes e

    COMENTARIO

    sais emocionalmente fundidos cm de alcanar o ponto critico para dar passos

    significativos no desenvolvimento pessoal. Esse o nivel de ansiedade e press5o

    necessrio para criar uma mudana fundamental nas pessoas e nos sistemas

    (p.ex., casamento, famflia, organiza6es). Quanto mais baixa a diferenciao,

    maior a ansiedade e a presso necessrias para atingir o ponto critico. Nfveis

    intensos de emoo, ansiedade e conflito no so um problema para a terapia

    CrucibleR. Manter-se firme no meio disso e' a terapia. Conflito em relaciona-

    mentos de amor como Os seres humanos naturalmente crescem. As terapias

    que no lidam com conflito so interven6es em desacordo com a dinmica

    dos rclacionamentos.

    A diferenciao pessoal do terapeuta estabelece o limite superior de sua efe-

    tividade no tratamento de problemas de desejo sexual (ou qualquer psicoterapia,

    baseada ou no na diferenciao): Casals cujo nivel de ansiedade e presso necess

  • 8/18/2019 Livro Trans Do Desejo Sexual - Susie Cap 3

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    70 Sandra R~ Leiblum

    rio Para alcanar o ponto crf tico exceda o grau de diferencia de sen tern

    n5o Podem reduzir significativamente sua fus5o emocional com esse profjssfo

    A terapia baseada na diferenciao n5o to simples quanta aplicar o con

    de diferenciao. O aumento da diferenciaG5o das pessoas n5o ocorre pot

    de interpretaHes ou mudanas de situao. E um processo ;ilduo e intenso.

    caPacidade prdtica do terapeuta de fad|ital a diferencia50 dos pacientes req

    exatidao te6rica e clinica, hem como o potencial de operar sob presso.

    O Pr6Prio Bowen duvidava que as pessoas pudessem aumentar sua difeciao, especialmente sem esforo extrema. Ele no acreditava quc bif)liotera

    comunica50 e treinamento em habilidades de empatia hem coma terapias psi

    din5mica orientada ao instght ou catdrtica baseada na emoo pudessem

    APlicando terapia "de esforo extrema" h anos, sou mais otimista Que Bo

    O impacto de uma interven o criado em conjunto pot pacientes e

    raPeutas. Grande parte disso origina"se da diferenciao do terapeuta e de s

    Posio na dinmica interpessoal do tratamento naquele momenta. Apenas co

    interven6es descritas aqui n5o produzird terapia de aumento da diferencia

    uma vez Que (1) o paciente com frequncia engana o terapeuta; (2) o terapeu

    n5o consegue conduzir a interven50 e mant no curso; (3) o terapeuta co

    duz demais o paciente ("terapia da cilada"); ou (4) o teraf)euta perde a postura

    clfnica diferenciada. Minhas internenes surgiram de uma preocupao major

    em confrontar as pessoas com suas vidas, mais do Que rental de forma comf)ativa

    "vencer os pacientes em sen pr6prio jogo" ou "apanh os". Alm disso, o impactq

    dessas interven6es era fortemente determinado pela estrutura de significado e

    Pelo Progresso que cu desenvolvia com esses pacientes em interaHes anteriores.

    Discutir a diferenciao e ajudar Os pacientes a Se tornarem mais difercnciados

    so duas a6es distintas, A nItima requer trahalhar o processo de diferencia

    em tempo real. A terapia CrucibleR aproveita esse processo, vezes sem Dem

    mesmo mencion o de maneira explicita.

    Tratar problemas de desejo sexual efetivamente envolve mais do Que fazer

    os Problemas desaparecer; requer resolvlos de forma a intensificar o desenvol_

    vimento pessoal de ambos Os parceiros. Passel a acreditar Que essa a rao pela

    qua| o Parceiro com desejo baixo sempre controla o sexo e Os Casals norais

    tambm apresentam problemas de desejo sexual. Um born tratamento aborda

    esse desenvolvimento inevitdvel a fim de cumprir sen "profl6sito" Isso envolve

    acreditar que o casamento uma mdquina de amadurecimento pessoal.

    Trabalhar.corn a diferenciao no complica o tratamento, mas o torna mais

    fcil e efetivo. E muito mais simples resolver problemas de desejo sexual quando o

    tratamento se alinha com a forma como a diferencia50 permeia o desejo sexual,

    o sexo e a intimidade em relacionamentos emocionalmente comf)rometidos,

    Dcarjc, scxu,xi,difcrenciaao, metric e ̀ -ejrebroestao ligados de modo incxtrk aveL

    la\vcl s pcrgunta nAo scja mais: " Os problem,ts de desejo sexualpodem ser tratados

     ,bt,,,,tmente?', mas: "Qudo efetivamente o tratamento do desejo sexual Pods criar 

     \j,\fuiant'asndo sexuais profundas.

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    RIRILIhTFCA