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1 Síntese Mágicka

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Controle MentalBase para Lei de Atração, Terapias Energéticas e Mentais e a Magia.

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    Sntese Mgicka

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    Zelinda Orlandi Hypolitoe

    Arsenio Hypolito Junior

    Sntese Mgicka

    Ilustraes: Andr Geraldi Nucci

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    Copyrigthe Direitos

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    "A imaginao mais importanteQue o conhecimento."

    Albert Einstein

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    Dedicamos este nosso trabalhoa cada estrela da constelao IMAGICK

    que, com a expanso da sua luze a intensificao de seu brilho,nos deu a segurana necessria

    para transcrever as nossas experincias.

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    Todos os exemplos citados neste livroso verdicos e esto baseados emacontecimentos reais.Porm devem ser considerados comofictcios, pois foram profundamentedescaracterizados, excesso feita aosvivenciados pelos autores.Podemos garantir que todos os mtodose processos propostos funcionam, poisforam exaustivamente testados e temostestemunhos dirios de sua validade.Entretanto, no seria tico, nemdelicado de nossa parte, exporqualquer pessoa curiosidade pblica.

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    APRESENTAO

    Conheo Zelinda e Arsenio o temposuficiente para saber da honestidade de seuspropsitos, de seu esprito fraternal e, acimade tudo, da grande f que ambos despertam eque os move, positivamente, para oreconhecimento e o respeito de todos.

    Sou estudioso dessa arte h mais de duasdcadas, qual tenho me dedicado de maneiraat compulsiva, lendo e procurando aprendertudo que tenha relacionamento com topalpitante tema, o que me permite atender aoconvite de prefaciar esta respeitvel obra,prazeirosamente.

    Este livro, de autoria do casal Zelinda -Arsenio Hypolito Jr. , est fadado a ser umbest-seller no campo esotrico.

    Os leitores, mais acostumados com essaimportante rea do hermetismo encontraro,sem dvida alguma, ensinamentos eesclarecimentos, to bem colocados nesta obrapor seus autores.

    A maneira fcil e at mesmo didticacomo so expostos os temas dessa cincia porZelinda e Arsenio, transformam-se numa

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    leitura agradvel, de fcil compreenso,comunicativa, cujas explanaes so liestransmitidas com a mais elevada probidade,bem prpria desse casal.

    Com certeza, alm de ser este livro objetode raro valor, pois seus leitores no seacomodaro em l-lo uma vez apenas e ser,indubitvelmente, o livro de cabeceira de cadaocultista.

    So Paulo, 14 de junho de 1994.

    Jos Roberto Romeiro Abraho.

    APRESENTAO

    Jos Roberto Romeiro Abraho , entreoutras inmeras coisas, advogado e jornalista;pesquisador nos campos de Parapsicologia,Radinica, Radiestesia, Geo-biologia, OndasEscalares, Fenmenos Eletrnicos, etc.; consultortcnico e jurdico na rea de patentes; perito emproteo balstica; expert em pirotcnica; composi-tor (parceiro de Raul Seixas); ... ... .... ...

    ainda membro de vrias entidades, nos maisdiversos campos, como: Institute of Noetic Sciences;American Association Eletronic Voice Phenomena;Interdimencional Sciences; Physic Research Group;O.T.O.A. - Ordo Templi Orientis Antigua; ... ... ...

    Hoje, alm de atuar intensamente na reajurdica, Scio Diretor das empresas:Ra Comunicaes S/C e Ra Eletrnica Ltda .

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    INTRODUO

    Este um livro escrito especialmente paravoc.

    Nascido nos laboratrios da nossa vida diriae do contato direto com centenas de pessoas nasmais variadas condies: s vezes, na forma dediscpulos; outras, travestidos em instrutores,conselheiros, ouvintes, amigos, guias, etc.

    Nosso trabalho nos coloca, frente a frente,com o ser humano real que habita cada corpo fsicopresente no mundo, no mais das vezes, sabiamentedisfarado pela mscara da personalidade. Assim,conhecemos os seus anseios, as suas necessidades,as suas buscas.

    Procuramos escrever um livro to prticoquanto todos os nossos cursos ministrados noIMAGICK e que indique, de forma fcil e acessvela qualquer pessoa, os meios atravs dos quais sepode transformar toda uma vida.

    Este um livro cheio de tcnicas etreinamentos. Para se obter o resultado proposto, necessrio conhec-las bem e, principalmente,pratic-las. Convm que voc leia todo o livro deuma vez e depois volte ao princpio, exercitando-se e aprofundando-se gradualmente.

    A oportunidade de uma nova vida comea acada momento, preciso apenas abrir os olhospara ela e aceitar a sua realidade.

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    A GRANDE PORTA

    Imagine que voc est seguindo por umcaminho estreito, num dia escuro e chuvoso, quemargeia um gigantesco e pesado muro cinza. Suaaltura incalculvel, quase atingindo o cu. Avegetao ao seu redor escassa e agreste.

    Pense agora que, num determinado pontodeste muro sombrio, existe uma grossa portade madeira. O tempo depositou em sua superfcieuma boa camada de poeira. A sua maaneta,muito antiga, de metal dourado escuro. Seuslargos batentes esto cobertos por um musgoverde e macio.

    Ela est trancada por uma fechaduramisteriosa que impede totalmente a suapassagem.

    Do outro lado est a vida que voc sonhoupara si. Tudo o que voc sempre quiz, est l.

    Porm, para cruzar este portal e atingir esteEldorado, voc precisa de duas coisas: umachave especial, mgica, que seja capaz de abriresta enorme porta agora cerrada e saber amaneira certa de como utiliz-la.

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    A GRANDE PORTA

    exatamente desta chaveque este livro trata.

    j

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    A CHAVE MGICKA

    Felizmente, ns podemos comear estenosso encontro com um boa notcia:

    A chave que abre esta porta sempreesteve com voc.

    Ns a chamamos de Imaginao Criativa.

    Porm, para que possamos utiliz-la de umaforma prtica, abrindo esta pesada porta que barrao nosso sucesso, seria convenientecompreendssemos melhor que histria esta deimaginao e porque se fala tanto nela.

    Afinal, o que a imaginao ?Est uma pergunta que temos recebido

    constantemente ao iniciar os nossos cursos detreinamento.

    Segundo os dicionrios, imaginao o atoou poder de imaginar. o poder de formar imagensou objetos mentais que no esto presentes aossentidos, especialmente daqueles sentidos quejamais so percebidos em sua totalidade;consequentemente, imaginao a sntese mentalde novas idias a partir dos elementosexperimentados separadamente. (Websters NewCollegiate Dictionary)

    Vemos assim que imaginao umafaculdade que o ser humano possui pararepresentar psiquicamente imagens

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    anteriormente percebidas e combin-las segundoa sua vontade ou de acordo com os seuscaprichos.

    bom que voc saiba, logo de sada, queexiste uma diferena fundamental entre vontadee capricho.

    Enquanto a vontade um sentimentopositivo, que incentiva e induz algum a atingirum fim claro, proposto de maneira consciente; ocapricho, por sua vez, um desejo impulsivo,sbito e sem uma justificativa aparente. Trata-sede uma mudana de conduta ou de atitude,completamente imprevisvel. Ns podemosperceber no capricho uma forte dose deinconstncia e volubilidade.

    A seguir, veremos os vrios tipos deimaginao de que dispomos ou a que estamossujeitos.

    A CHAVE MGICKA

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    TIPOS DE IMAGINAO

    A) Imaginao Reprodutora:

    Faculdade de evocar imagens que j forampercebidas anteriormente.

    Por exemplo, a lembrana da gaveta ondevoc costuma guardar as suas meias.

    Este tipo de imaginao muitas vezeschamado de visualizao.

    B) Imaginao Mecnica:

    Faculdade de devaneio, onde uma imagemevoca a outra, livre e automaticamente.

    Por exemplo, voc est em sua cama e, derepente, ouve o distante apito de um trem e logoimagina uma velha locomotiva Maria Fumaacruzando ferozmente uma ponte de pedras muito

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    alta, l em baixo corre um rio azul e sereno;pescando nesta tranquilidade est um velho,cabelos grisalhos, num barco de madeira; a voclembra do magnfico barco a motor que viu narevista semanal, imediatamente pensa no preoda revista, Puxa, como est cara !, e por a vai...Nessa altura o trem j chegou em SantaPiraporinha da Boa Cruz e voc, nesse devaneiotodo, nem percebeu !..

    C) Imaginao Fantasiosa:

    Faculdade de criar imagens mentais irreais emuitas vezes supersticiosas.

    Por exemplo, o famoso monstro que habita oquarto escuro l do fundo corredor (todas ascrianas da casa e at mesmo alguns adultos,sabem perfeitamente da sua existncia)

    D) Imaginao Criativa:

    Faculdade de organizar as imagens mentaisde uma forma construtiva e criativa.

    TIPOS DE IMAGINAO

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    TIPOS DE IMAGINAO

    Por exemplo, um arquiteto medievalprojetando uma catedral gtica.

    Uma coisa muito curiosa que a maioria daspessoas no compreende bem o papel fundamentalque a imaginao desempenha em nossas vidas.

    Ns vencemos ou fracassamos, dependendoda maneira como usamos a nossa imaginao.

    Todo ser humano sente, reagee se desenvolve de acordo comaquilo que imagina ser verdade,no s sobre o universo que orodeia, mas, principalmente, arespeito de si mesmo: "A famosa auto-imagem".

    A psicologia moderna e a neurolingustica,hoje comprovam de maneira cientfica, um fatoque a tradio ocultista sempre transmitiu, deforma um tanto velada, aos seus membros: que osistema nervoso no percebe jamais a diferenaentre uma experincia real ou uma experinciaimaginria; para os dois casos o sistema nervosoreage automaticamente, segundo a informao

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    recebida.

    Isto de uma importncia vital para ns, poisquer dizer que o sistema nervoso humano, reageexatamente de acordo com aquilo que as pessoaspensam ou imaginam ser verdade.

    A concluso lgica: se as idias que fazemosa nosso respeito ou se as imagens mentais quecriamos do nosso mundo so deformadas,negativas, ou o que pior, destrutivas, reagiremos(inconscientemente) de uma maneira inadequadae totalmente contrria aos nossos interesses.

    Ento, nos vemos diante do velho chavo:

    Somos exatamenteAquilo que pensamos.

    Existem pessoas que so vencedorasnaturais, para as quais tudo d certo. Estas soas que criam e mantm naturalmente imagenspositivas e confiantes em suas mentes.

    TIPOS DE IMAGINAO

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    Outras so perdedoras contumazes, vtimasdos eternos quadros mentais negativos ederrotistas que criam constantemente para si.

    Este conhecimento sempre permeou, demaneira mais ou menos clara, a mente de todosos grandes homens e mulheres que se destacaramem seu meio social e econmico. Henry Ford,criador de um grande imprio automobilstico,disse:

    Se voc pensa que pode ouse voc pensa que no pode,

    de qualquer forma voc est certo.

    A grande maioria dos seres humanos frutodo momento mental que vive. Eles sentem-seinseguros, como se estivessem numa gangorra,sempre com altos e baixos, numa constanteinstabilidade, dependendo apenas das imagensque esto sendo produzidas no seu mundo interior.Ns os chamamos de gangorras ambulantes. Soos que vivem merc da sorte ou do azar, merosefeitos num mundo repleto de causas.

    Saber usar de maneira criativa a imaginao,d ao indivduo o poder de transformar-se,milagrosamente, de efeito casual em causaefetiva no universo em que vive, tornando-senum verdadeiro ser humano, consciente do seudestino, senhor da sua vida, plenamente realizadoe sobretuto, feliz.

    Vemos assim que a imaginao criativa achave mgica do porto, uma verdadeira vara decondo mental, que tem a possibilidade de realizaros nossos desejos.

    TIPOS DE IMAGINAO

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    A IMAGINAO CRIATIVA

    A primeira pergunta que surge :Sim, muito bem, muito interessante tudo isto,mas, como posso desenvolver e usar essa tal deimaginao criativa?

    Possuir a imaginao criativa simplesmente uma questo de treino e vigilncia.

    O problema que, via de regra, ns,ocidentais, temos uma mente inquieta, que saltaconstantemente de um assunto para outro, numapulsao instintiva e irreverente.

    Durante certos momentos de nossa vidamental simplesmente no conseguimos refrear ofluxo de pensamentos que brotam instintivamenteno interior de nossa cabea.

    Podemos comparar a nossa imaginao a umpotro selvagem, que dispara livre pelos camposda vida, cruzando a relva sem destino, sem umobjetivo muito claro, correndo atrs de borboletasimaginrias e portanto, inacessveis. Todo o nossotrabalho est em saber domar este animalinquieto, colocando-o servio da vontade.

    Tecnicamente isto quer dizer, transformar aimaginao mecnica em imaginao criativa.

    Imaginao Mecnica Imaginao Criativa

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    A grande diferena entre as duas est emque, enquanto a mecnica vai apenas somando eagregando novos elementos de maneirameramente instintiva, emocional e automtica, acriativa est sob o controle da conscincia, dandoformas bem definidas ao objeto do pensamento.

    A imaginao mecnica, como vimos nasdefinies, mais conhecida pelo nome dedevaneio.

    Antes de prosseguirmos, ainda dentro destecaptulo, gostariamos de reproduzir um texto deum grande amigo nosso, o Professor EdmundoTeixeira, que foi publicado em nosso primeiroboletim bimensal, o IMAGICK NEWS, a respeitoda imaginao criadora.

    Quando um artista, um arquiteto ou uminventor, deseja realizar as suas obras, primeiroforma delas um conceito mental, delineando-ascomo um pensamento forma. Somente depois demodeladas de maneira clara na mente, que pem-nas no papel. Esta a primeira expresso visveldo que imaginaram. A partir do desenho vem arealizao material.

    Mas a imaginao pode atingir nveis maisprofundos do ser humano. Quando Edson sentiaa posibilidade de criar a luz eltrica, tinha acerteza estranha que o fez insistir e tentar pormilhares de modos a sua concretizao.

    A IMAGINAO CRIATIVA

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    Ora, se Edson, Marconi, Da Vinci, GrahanBell e tantos outros alcanaram alturas profticaspela imaginao criativa, demonstram, com isto,que todo o ser humano, pelo devido cultivo, podechegar aos mesmos resultados.

    Porm, devemos distinguir claramente: deum lado a imaginao criativa, que recebemos porinspirao e modelamos por um pensamentodirigido. Do outro lado, a fantasia e o devaneio,que nos levam onde querem.

    A mitologia - sabedoria que fundamentouas civilizaes - tem uma histria muitoelucidativa a este respeito: conta que Lobates, reida Lcia, incumbiu o heri Belerofonte de matar aQuimera (fantasia), monstro que aterrorizava seussditos."

    "Para realizar esta faanha Belerofonte tinhaque encontrar Pgaso, o cavalo alado (pensamentoinquieto que voa de uma coisa para outra, indcil).O heri, depois de algumas proesas, conseguiudom-lo e nele montado, de um s golpe de lana,eliminou Quimera. Mais tarde Pgaso foitransformado pelos deuses em constelao.

    A preguia mental gera a fantasia. fcildeixar-se levar por ela, em divagaes inteis,muitas vezes negativas e sombrias, o que, de fato, prejudicial. Devemos disciplinar a mente, usandoo mesmo poder modelador num sentido ativo e combase na verdade. Se o conseguimos, eliminamos aquimera e o devaneio, alando o nosso pensamento

    A IMAGINAO CRIATIVA

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    a esferas espirituais (Pegaso transformado emconstelao).

    Lembremos que Deus creou o homem suaimagem e semelhana. A imaginao mais alta chamada de Verbo, aquela que tudo creou, demaneira que o invisvel veio a existir do que noaparece.

    Tudo que o que Deus nos incutiu, pararevelarmos a Sua semelhana, aqui e agora deveser cultivado e, em especial, a imaginao criativa,aquela que modela e exprime todos os fatores defelicidade.

    Edmundo Teixeira

    O Prof. Edmundo Teixeira atualmente presidente daAssociao Unidade de Cristianismo; editor da revistaLeitura Diria; autor de vrios livros voltados aodesenvolvimento espiritual do ser humano; instrutordo conhecimento Isotrico (mais conhecido como QuartoCaminho e implantado no mundo ocidental, princpiodo sculo XX por Mestre Gurdjieff).

    A IMAGINAO CRIATIVA

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    Desenvolver a imaginao criativa muitofcil e depende apenas e exclusivamente doindivduo interessado, pois todos ns possuimos oequipamento bsico necessrio: o nosso crebrofsico.

    Tudo que se precisa de um pouco de boavontade e da possibilidade de dispor de uns poucosminutos dirios para treinar o controle da reacerebral responsvel pela formao de imagensmentais.

    Muito bem, vamos agora indicar os passosfundamentais para o completo domnio e controleda imaginao criadora.

    Inicialmente, procure um lugar onde vocno seja perturbado. Avise as pessoas para noincomod-lo, desligue o telefone, prenda o cachorroe tome todas as providncias que acharnecessrias para obter um instante detraquilidade.

    Agora, por favor, tenha bom senso, notransforme esta busca de silncio e paz numaneurose compulsiva e irrefreada (no precisaamordaar a sogra no banheiro) e tambm nodeixe de praticar os exerccios sugeridos s porqueo gato do vizinho insiste em namorar,ruidosamente, a luz do luar.

    O DESENVOLVIMENTO

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    O DESENVOLVIMENTO

    Muito bem, suponhamos que voc conseguiuum ambiente de tranquilidade relativa. Deveento colocar o seu corpo numa posioconfortvel, seja estirado numa poltrona, ougostosamente deitado num sof, numa cama, oumesmo no cho.

    Feche os olhos e dentro da medida dopossvel, solte as suas tenses, libere seu corpo.Mais adiante vamos ensinar uma tcnica para seobter um relaxamento fsico e mental maisprofundo.

    Faa ento, trs respiraes bem profundas.Ao inspirar, voc deve encher bem os pulmes dear, procurando estufar a barriga, isto feito, devereter um pouco o ar e ento, exalar lenta, suave ecalmamente. importante que voc mantenha asua conscincia presa no ato respiratrio,procurando sentir o percurso do ar em todo o seuinterior. Sempre que voc soltar o ar, pense que,juntamente com ele, voc est colocando para forade si toda e qualquer tenso ou presso acumuladae retida em seu organismo.

    Vamos comear os nossos exercciosprocurando, ver com os olhos da mente, objetosescolhidos por nossa vontade e indicados por nossaconscincia.

    No princpio, comece a visualizar objetossimples, como por exemplo uma colher de sopa.Mantendo sua ateno totalmente voltada para oobjeto de sua imaginao, v, aos poucos,

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    enriquecendo a imagem, colocando maiselementos, como possveis vincos, brilhos, textura,perspectiva...

    Muita gente, nos nossos cursos e palestras,no momento em que damos a instruo acima,reclama que no consegue ver nada. lgico queisto acontea, pois os olhos esto fechados. Elasquerem ver com olhos fsicos. Trata-se devisualizar com os olhos da mente, da mesmamaneira que voc fez quando leu sobre amordaara sogra no banheiro. Voc estava com os olhosabertos, pois estava lendo e criou em sua mente aimagem da sogra com a boca amarrada.

    Se o problema de visualizao persistir, isto, se a pessoa continuar tendo dificuldade emperceber as imagens mentais indicadas,recomendamos o seguinte exerccio: Escolher umobjeto que tenha uma forma simples, como umagarrafa de refrigerante; coloc-lo sobre uma mesa,sentar-se diante dele e ficar a observ-lodetidamente por alguns minutos, at poderconscientizar todos os seus detalhes. Ento deve-se fechar os olhos e procurar reproduzir o objetoescolhido, com os olhos da mente, da maneira maisfiel possvel. A seguir, deve-se abrir novamenteos olhos e verificar o grau de semelhanaconseguido. Ir repetindo o processo at atingir umaboa rplica mental. conveniente trocar osobjetos, aumentando a sua complexidade, medida em que se progride na fidelidade daimagem. Esta tcnica tambm serve para aquelas

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    pessoas que desejam aumentar ainda mais o seupoder de visualizao.

    Voltemos ao nosso exerccio bsico inicial.

    No comeo natural que a imaginaomecnica interfira no treinamento. L est vocpensando firmemente na colher e sem maisaquela, surge em sua mente a imagem da ratoeiraque voc colocou no poro, ou pior, a lembranadaquela conta que vence na segunda feira. Se istoacontecer, assim que voc se der conta do desvio,no se culpe, nem brigue com a imagemsubversiva. Primeiro reconhea a sua existncia(realmente l est a conta, l est a ratoeira),depois diga para si que, aps o exerccio, voltarsua ateno para o problema em questo e retorneimediatamente com a sua conscincia para avisualizao inicial. Estas fugas so naturais eacontecem por simples falta de treino em pensarde maneira direta e objetiva. que estamosacostumados a viver grande parte de nossa vidamental em constantes devaneios automticos.

    Uma vez dominada a visualizao de objetossimples, por razoveis espaos de tempo, isto ,sem divagar durante o exerccio (pelo menos porum minuto), comece a incrementar as imagens.Projete em sua mente coisas mais complexas, porexemplo, dentro de um prato de cermica azul,uma mac muito vermelha, com um simpticobichinho acenando feliz uma bandeira amarelade um time de futebol.

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    Assim, pouco a pouco, voc ir aumentandoo seu poder de imaginao criativa, criando cenasmais elaboradas, com movimento, vozes, sensaestteis, auditivas, olfativas, etc.

    Muitas pessoas julgam que a imaginao serestringe apenas a faculdade da criao deimagens visuais. Isto no verdade, pois todas asimpresses percebidas pelos sentidos podem serimaginadas e criadas mentalmente. Umcompositor musical ao criar a sua melodia, estimaginando todos os sons e as harmonias que irocompor a sua obra.

    Neste momento, segurando este livro nasmos, se voc quizer, pode lembrar-seperfeitamente do perfume de uma flor que gostamuito ou mesmo sentir o paladar agradvel deum delicioso doce.

    Muito bem, a partir do momento que vocfor capaz de visualizar cenas mais elaboradas,pode comear a prxima etapa. Agora voc nodeve somente ver a cena, mas deve participardela. preciso que voc desenvolva a sensaode estar l.

    No basta ver a imagem,voc tem que estar dentro

    da prpria imagem.

    Por exemplo, suponha que voc est criandouma cena de almoo, deve sentir-se sentado diantede um prato, segurando os talheres, saboreando

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    os paladares e inebriando-se com os aromasexalados pelos alimentos.

    Somente na ocasio em que voc conseguirparticipar ativamente de uma cena criada em suamente, durante um bom espao de tempo, sem sedesviar do exerccio, poder se considerar ummestre da visualizao.

    Devemos ser capazes de pensarexatamente naquilo

    que queremos pensar.

    Quando tivermos conseguido isto, teremosdominado completamente a nossa imaginaocriativa e estaremos prontos para us-la a nossofavor e em benefcio de todas as pessoas quequeremos bem.

    O DESENVOLVIMENTO

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    O TREINAMENTO

    Como j dissemos, existem trs etapas nodesenvolvimento da imaginao criativa e nsvamos, agora, dar uma srie de sugestes, paraajudar voc a desenvolver a sua imaginao.

    Comearemos por imagens mais simples e,gradualmente, acrescentaremos fatores decomplexidade.

    Primeira Etapa de Treinamento

    Nesta etapa voc deve visualizar objetossimples, por um perodo mnimo de um minuto.Coloque todos os seus sentidos imaginativos emao. No tenha pressa (afobao), faa osexerccios com calma, procurando obter osresultados propostos, isto , uma imagem mentalclara, objetiva e detalhada.

    A> Comece com algo bem fcil, um grandeprego de metal. Procure lembrar-se do seuformato longo e esbelto, da sua cabea achatada,da sua cor prateada metlica. Coloque textura,reflexos e tudo o mais que sua lembrana indicar.

    B> Uma borracha escolar verde. Repita oprocesso, procure ver com os olhos de sua mente aborracha com sua cor verde clara, sua superficierugosa, sua forma peculiar, sua sombras, etc.

    C> Uma colher de pau de cabo longo e bemnova. Lembre-se de seu formato todo arredondado,

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    da sua cor de madeira clara. V colocando detalhesna imagem.

    D> Uma ma. Pense na ma, na sua cor, natextura da sua superfcie, nas nuances dos tons,no seu perfume, no seu paladar. Procure seguraro mximo possvel a imagem da ma em suamente, sem que nenhuma interferncia perturbea concentrao da sua ateno.

    E> Uma fatia de melancia gelada e bemmadura. Repita com outras frutas: uvas, peras,bananas, laranjas, etc..

    F> Um balde de alumnio cheio de gua at aboca. A ala de madeira trabalhada.

    G> Um grande sino de bronze. Visualize-o...Como um sino de bronze ? Qual a sua cor ?Procure ouvir o som do sino de bronze enquantoest com a sua imagem presa na sua mente.

    H> Uma linda jia sobre uma toalha veludonegro. Troque a cor da toalha de veludo, porexemplo, para vermelho. Procure perceber osnovos contrastes de cores. Substitua as toalhaspor outro tipo de fundo, por exemplo, frmica,madeira, metal, etc.

    I> Um vaso de cristal com um arranjo deflores. Troque as flores, misture as espcies.Coloque cor na gua do vaso. Ponha corante nagua.

    Obs.: Aqui vale: garrafa de refrigerante, rolhasde champanhe, copos trincados de bar, barras

    O TREINEMENTO

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    roidas de chocolate, ratoeiras, colares havaianos,chocalhos vudus, corujas empalhadas... V emfrente, d asas sua criatividade e elabore assuas prprias imagens.

    Segunda Etapa de Treinamento

    Uma vez obtido sucesso nos treinamentos daprimeira etapa, voc pode comear com osexerccios da segunda etapa.

    Nesta etapa voc deve visualizar cenas maiselaboradas, com maior riqueza de detalhes. Operodo de tempo mnimo de concentrao porimagens, agora no deve ser inferior a doisminutos. Voc deve continuar colocando todos osseus sentidos imaginativos em ao.

    A> Uma vitrine de uma loja de artigos que vocgosta muito, que lhe atraiam... procure visualizara diversidade de coisas, formas, cores... Procureimaginar o conjunto todo... Varie a vitrine e osartigos expostos...

    B> A sua geladeira. V, objetivamente (em corpofsico) at ela, abra a sua porta e d uma boaolhada em seu interior, procurando guardar emsua lembrana tudo que existe em seu interior.Depois, mentalmente, reveja detalhadamente asua geladeira com a porta aberta. Se voc demorarem seu treinamento, pode imaginar que ageladeira est degelando.

    C> O banheiro da sua casa visto desde a portade entrada. V correndo os olhos mentais por toda

    O TREINAMENTO

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    a sua extenso. Procure rever com os olhos damente todas as peas que compe o seu banheiro,os objetos de decorao, as cores, a luminosidade...Depois de visualizado todo o banheiro, escolhauma parede livre e cole em sua superfcie umcartaz anunciando a chegada de um grande circo.Veja as cores vivas do cartaz pregado na parede...

    D> A vista da janela da sua sala de visitas.Reveja com os olhos da mente o panorama que sedesdobra a partir da janela da sua sala de visitas.Voc pode faz-lo imaginando primeiro que dia,depois que noite.

    E> Cena com homens trabalhando. Aqui voalguns exemplos:

    Agricultores semeando a terra recm aradade uma fazenda.

    Pedreiros construindo uma parede de tijolosde barro. Visualize-os colocando a argamassa entreos blocos, conferindo o prumo, etc.

    F> Um velho sacerdote, todo vestido de preto,usando um chapu de abas largas, com longasbarbas brancas e andando de bicicleta na praia.Ele no tem muita prtica e por isto, fica numconstante ziguezaguear dando a impresso de quevai cair. Ao fundo voc pode ver as ondas que vemmorrer mansamente na areia.

    G> Visualize, detalhadamente, um homem,fantasiado de Papai Noel, com um enorme sacode brinquedos nas costas, preso numa chaminde tijolos. Est nevando, alguns brinquedos

    O TREINEMENTO

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    cairam sobre o telhado e esto espalhados ao seuredor. Ele esbraveja, gesticula violentamente eest todo sujo de fuligem.

    Siga em frente, continue criando cenas bemmovimentadas para visualizar. Vendedores debales de gs em parques de diverses; prncipesencantados, montados de lindos corceis brancos;casais de namorados, num dia de muita chuva,cobertos por guarda chuvas coloridos; umadisputada corrida de sapos...

    Terceira Etapa de Treinamento

    Nesta etapa, alm de visualizar as cenascompletas, voc deve imaginar-se imerso naimagem criada. como se voc estivesse mesmol.

    Como na anterior, cada cena deve sermantida firme em sua mente por um perodonunca inferior a dois minutos.

    Coloque todos os seus sentidos imaginativosem ao. Procure participar ativamente dasimagens mentais que est criando.

    A> Visualize o seu quarto de dormir noite, comas luzes apagadas. Imagine que est deitado emsua cama e assim, v correndo seus os olhosmentais por todo o aposento, percebendo osmveis, os objetos, a luminosidade, as sombras...Lembre-se, tudo isto visto a partir de sua cama dedormir, voc est deitado nela, portanto trate de

    O TREINEMENTO

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    sentir o seu corpo estirado sobre o colcho, ocontato do seu travesseiro com a sua cabea, o pesodas cobertas...

    B> Imagine que voc tem um giz amarelo nasmos e est diante de um quadro negro,escrevendo os nmeros de um a vinte em suasuperfcie.

    Mude a cor do giz e do quadro.Faa outros desenhos ou escreva algumasfrases.Pinte a bandeira nacional, com mastro, cuazul, nuvens e pssaros voando ao longe.

    C> Imagine que est na platia de um grandeteatro. Visualize detalhes da construo, dadecorao. Procure perceber a presena do pblicoao seu redor. Deixe a representao ter incio,acompanhe o desempenho dos atores, tenteimaginar suas vozes, participe...

    D> Crie um cenrio visto a partir do cume deuma montanha de onde se pode avistar um valemuito verde. Sinta o vento e o perfume deprimavera que ele traz consigo. Perceba o calordo sol em sua pele...

    E> Imagine que voc est num parque ao arlivre, onde um conjunto musical est seapresentando. Sinta-se sentado na relva, ouvindoa msica. Perceba o entusiasmo do pblico,acompanhando o ritmo com palmas...

    F> Visualize, no interior do salo nobre de umcastelo feudal, uma grande mesa de banquete. A

    O TREINEMENTO

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    iluminao totalmente feita por tochas queardem presas junto s paredes de pedra. Aprataria brilha de forma fulgurante.Inmeros convidados, vestidos ricamente, estopresentes. Voc est no meio deles.

    Prximo a uma enorme lareira, um conjuntomusical toca suavemente; procure ouvir o som dosseus instrumentos.

    Ento, um rufar de tambores anuncia que oSenhor Feudal est entrando no salo e que obanquete vai comear.

    Sente-se mesa. Garons, portando grandesbandejas entram solenes no salo. Veja os pratossendo servidos, sinta os aromas, experimente-os.

    Se quiser, beba um pouco do vinho que estsendo oferecido.

    Converse com seus companheiros de festa.Oua seus gracejos.

    Participe intensamente deste banquetemedieval...

    Continue criando cenas mentais, procurandotorn-las cada vez mais reais, mais vivas, maisintensas. No perca nenhuma oportunidade detrabalhar objetivamente com sua imaginao.Sempre que tiver uma idia, mergulhe nela comprofundidade, procurando treinar todos os seussentidos psquicos.

    Uma vez dominada a tcnica da imaginaocriativa, voc pode utiliz-la a seu favor, criandoquadros mentais concretos referentes aos seusdesejos e aspiraes.

    O TREINEMENTO

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    PRIMEIRAS PRTICAS

    Muito bem, se voc fez os exerccios iniciaispor ns propostos, j est conseguindo criarquadros mentais e manter sua ateno voltadapara eles com relativa facilidade, ento est aptopara aproveitar-se positivamente dos poderesmgicos conferidos pela imaginao criativa.

    bom deixar claro que no necessrio quevoc tenha atingido a condio de mestre supremoda imaginao criativa para us-la, a seu favor,de forma prtica. Basta que voc j consigaelaborar imagens de acordo com a sua vontade eque as mantenha firme em sua mente por umrelativo espao de tempo. (Porm, se voc queracelerar o processo de abertura de todas as portasfechadas em sua vida, os treinamentos devisualizao consciente, anteriormente descritos,devem prosseguir at ser atingido o grau deperfeio.)

    O trabalho agora muito semelhante a tudoque voc fez at aqui, quando realizava osexerccios por ns sugeridos. S que, ao invs detrabalhar com figuras sem maior importncia, poiseram apenas de treinamento, voc deve criar umaimagem clara e concreta do objeto de seus desejose visuliz-la fortemente, mantendo-se o maisconcentrado possvel.

    Quando falamos em objeto dos seus desejos,no estamos nos referindo apenas a coisas

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    concretas como automveis, liquidificadores,mquinas de fazer macarro, bonequinhas deporcelana holandesa, etc. A palavra objeto aquise refere a fins e objetivos, que tanto podem sermateriais, como tambm emocionais, sociais oumesmo espirituais.

    Podemos ver ento que imaginao criativapode ser utilizada para tudo que tivermos emmente. Utilizando-a, temos condies de atrair nos um maravilhoso barco para nosso lazer nos finsde semana, como tambm o parceiro ideal para anossa vida, um scio perfeito para um novoempreendimento, aquele emprego ou promoo htanto sonhado, a compreenso de uma novafilosofia ou ensinamento e por a vai...

    Apenas como ilustrao, vamos agora daralguns exemplos de como voc pode se utilizar daimaginao criativa em diferentes situaes.

    Suponha, para incio de conversa, que vocquizesse ter um novo carro. Como voc deveriaagir para, usando a imaginao criativa, trazereste bem para a sua vida ? Primeiramente, crieem sua mente a imagem do automvel desejado,colocando o mximo possvel de detalhes. (Quemarca ? De que ano ? Qual o modelo ? Qual a sua

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    cor ? Ele ter rdio ? Quantas portas ? Qual osom da buzina ?...) Enquanto voc estconcentrado neste seu projeto, procure sentir-sedirigindo este seu carro, fazendo passeiosagradveis. Sinta o toque da direo em suasmos, o perfume do seu interior, o vento batendono rosto enquanto dirige. Imagine-se estacionandoo seu novo automvel, na sua vaga da garagem.Ali est, parado no seu box, o seu lindo carro...Sinta a felicidade que este fato provoca em voc...

    Se, por ventura,voc est pensandoem ter um novoemprego, visualize-seocupando a posiodesejada. Coloque asua imagemtrabalhando feliz ep l e n a m e n t erealizado.

    importante quevoc participe da cenamental, sentindo-sel, desempenhandosua nova funo deuma forma bastante

    espontnea e confiante. Tendo seu desempenhoprofissional sendo reconhecido por todos.

    Ns somos constantemente procurados porpessoas que desejam melhorar a sua condio desade.

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    Neste momento lembramo-nos bem de umaocasio em que um amigo, que chamaremos aquide Alfredinho, veio at ns, procurando ajuda.

    Disse ele: H meses sofro de umaindisposio geral, j me levanto da cama pelamanh completamente extenuado e o pior, estaterrvel dor de cabea que me acompanha e quenenhum remdio consegue sedar. J fiz uma sriede exames e at agora os mdicos no deram umdiagnstico definitivo para este meu mal. Noconsigo mais trabalhar direito, minha mulherreclama da minha falta de interesse pela vida,meus amigos esto se afastando, estou vendo omundo desmoronar minha volta.Vocs falamtanto nessa tal de imaginao criativa, ser queela pode me ajudar ?

    claro que pode Alfredinho !!!...

    Foi a nossa resposta imediata.

    A recomendao que demos ao Alfredinho foiexatamente igual a que passamos no caso doautomvel, isto , pedimos que ele projetasse asua imagem perfeitamente saudvel; que seimaginasse, em seu cotidiano, bem, cheio deenergia, ativo, participante, rodeado pelos amigos,absolutamente sem dor e muito feliz.

    Muito bem, l se foi o nosso amigo,devidamente instrudo de como deveria agir, paraobter a soluo desejada, usando seus poderesinteriores.

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    Poucos dias depois, cruzamos com oAlfredinho. Ele vinha caminhando ligeiro,carregando sua pasta de trabalho, o corpo ereto,um sorriso nos lbios. Perguntamos por sua sade.

    Ele foi logo falando: Rapaz, aconteceu umatremenda coincidncia. Logo depois do nossoltimo encontro, o meu mdico me telefonou,dizendo haver encontrado em seu clube um velhocolega, que h muito no via. Enquanto esperavama liberao de uma quadra de tenis, comearam aconversar e o meu caso veio a baila e no que ooutro mdico havia topado recentemente com umpaciente com os mesmos sintomas. Resumindo, eletinha a frmula certa para me curar. Em questode dias me recuperei e aqui estou eu, livre de ummal que me perseguiu por tanto tempo.

    Ento, bastante felizes com as boas notciasque estavamos recebendo, no pudemos conter apergunta: Voc chegou a fazer os exerccios deimaginao criativa que lhe recomendamos ?

    Naquele dia eu estava desesperado, fariaqualquer coisa que me recomendassem. Beberiasangue de morcego da Transilvnia se medissessem que, desta forma, estaria livre de meumal. Assim, fiz exatamente como vocs medisseram, fui para casa, procurei um recantosolitrio e imaginei tudo direitinho. Repeti otreinamento algumas vezes, mas no preciseiperder muito tempo com isto, pois, logoaconteceram os fatos que relatei. Foi uma grandecoincidncia.

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    Nos despedimos e l se foi o Alfredinho, todocontente, com passos firmes, cuidar da sua vida.Agora, livre de seus males e de suas dores, cheiode energia, ativo e participante, exatamente comoele havia desejado.

    Uma grande coincidncia !

    exatamente assim que as pessoas que noesto acostumadas a trabalhar com suaimaginao criativa, classificam os resultadospositivos obtidos. Em princpio, at bom que sejadesta forma, pois evita o fanatismo e a credulidadebanal. bom que haja um nmero significativode coincidncias para que a pessoa adquiraconfiana no resultado de suas projees mentais.

    Ns expusemos o caso do Alfredinho parapodermos analisar alguns aspectos envolvidos comestes treinamentos mentais.

    O primeiro que no se deve colocar naprojeo da imagem desejada, os meios atravsdos quais ela se manifestar em nossas vidas.Deve-se apenas criar uma cena da situao prontae resolvida. No caso de nosso amigo, ele novisualizou o encontro do seu mdico com o colegano clube, etc... Ele apenas projetou, em sua mente,a sua imagem, vivendo o seu dia a dia, saudvel,ativo e feliz.

    Quando se trabalha com a imaginaocriativa para casos de sade, em hiptese alguma,deve-se abandonar os acompanhamentos mdicos.Muitas vezes, em casos de dor, ela desaparece logo

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    nas primeiras projees, ento, as pessoascostumam se considerar curadas e portanto, livresdos cuidados mdicos.

    Esta atitude pode ser muito perigosa, poispode ter acontecido um mascaramento da dor. Isto, por sugesto mental, a dor (sintoma) se esvai,porm, o mal que provocava a situao dolorosapode continuar presente e ativo.

    Deve-se persistircom o trabalho mental

    at se obter umatotal alta mdica.

    A proposta acelerar mentalmente oprocesso curativo, ajudando o mdico a cur-lodentro de um prazo muito menor que o previsto.

    PRIMEIRAS PRTICAS

    Tempo

    Doe

    na

    Incioda

    terapia

    2 1

    1 - Cura pela terapia convencional.2 - Cura pela terapia convencional associada imaginao criativa.

    Terapia convencionalassociada imaginao criativa.

    Terapia convencional.

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    Muito bem, chegou agora a hora de contara todos vocs que nos acompanham que possvelaumentar a fora criadora da imaginaoconsciente atravs de procedimentos metdicos eexatos.

    Para isto, vamos fazer uma breve anlisesobre o funcionamento cerebral.

    A cincia oficial nos diz que o componentebsico de todos os tecidos e rgos que constituemo corpo humano a clula.

    Sabemos que cada indivduo nasce e sedesenvolve a partir de uma nica clula que,atravs de mltiplas e continuas divisescelulares, termina por dar origem s bilhes declulas que compe um corpo adulto.

    Ao mesmo tempo em que se desenvolve estafantstica multiplicao celular, ocorre ummaravilhoso processo de criao qualitativa, ondenovos e distintos indivduos celulares so gerados.Sero eles que viro a formar e determinar osdiferentes tecidos que compe os diversos rgose sistemas do organismo vivo.

    Foi assim que surgiu no universo uma clulaespecial que transformou-se na unidadeestrutural e fisiolgica do sistema nervoso. So osfamosos neurnios.

    A MECNICA CEREBRAL

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    Por outro lado, a observao metdica nosdiz que todo e qualquer organismo vivo, tem acapacidade de reagir ao meio ambiente em queest imerso, atravs de modificaes de seu estadoou de sua atividade. Isto uma caractersticainerente a todas as clulas e conhecida pelo nomede excitabilidade celular.

    As alteraes do meio ambiente capazes deprovocar esta excitabilidade chamam-se estmulose podemos citar como exemplos os estmulosluminosos, os sonoros, os trmicos, etc.

    Num organismo vivo, a resposta maisfrequente a um estmulo provocar uma alteraono seu metabolismo. Cada um responde do seujeito e da sua maneira aos diversos estmulos.Sabemos, por experimentao cientfica, que aresposta bsica do tecido muscular a contraoe descontrao; a do tecido glandular a secreode diferentes humores (hormnios) e a do tecidonervoso um estado de excitabilidade local.

    No decorrer da sua evoluo no planeta, osistema nervoso passou por vrias fases dedesenvolvimento, tornando-se cada vez maiscomplexo e perfeito, at que, ao chegar no homem,tornou-se veculo de coordenao e integrao dassuas atividades tanto fsicas, como intelectuais.

    O tecido nervoso se distribui por todo oorganismo cumprindo, por suas caractersticas deexcitabilidade e codutibilidade, a funo bsica

    A MECNICA CEREBRAL

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    de ser o receptor de vrios estmulos que tiverama sua origem tanto no meio ambiente como nointerior do prprio corpo.

    De todo o sistema nervoso, a estrutura quesofreu maior desenvolvimento foi o crtex cerebral(periferia do crebro), local onde se encontramaproximadamente 70 % de todos os neurnios doorganismo.

    Dizem os pesquisadores que so 100 bilhesde neurnios cerebrais, sendo que cada um estligado a 10.000 outros !!!... E sabe o que istosignifica? Significa que cada neurnio podereceber 10.000 mensagens ao mesmo tempo. Faaas contas e voc ver que estes so nmerosverdadeiramente espantosos.

    No crtex cerebral, esto os controles degrande parte das atividades motoras do corpo; l a sede da memria, da linguagem, dospensamentos, do raciocnio, da intuio, etc.

    A segunda maior concentrao de neurniosse d na poro mediana do corpo, compreendendoo encfalo e a medula espinhal, constituindo oSistema Nervoso Central. Desta regio partem osnervos que, juntamente com o sistema de gnglios,vo constituir o Sistema Nervoso Perifrico, aqueleque estimula e estimulado por quase todas aspartes do organismo.

    Forma-se assim uma vasta rede decomunicao, cobrindo todo o corpo, do topo dacabea sola dos ps.

    A MECNICA CEREBRAL

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    Devido a sua fundamental importncia nestenosso estudo, vamos agora analisar os neurniosde uma maneira ainda mais detalhada.

    Como se pode ver na ilustrao abaixo, ocorpo celular dos neurnios, como nas demaisclulas orgnicas, apresenta um ncleo esfrico,citoplasma e membrana. Porm, os neurnios soas nicas clulas de nosso corpo que possuemextensos prolongamentos. So eles que conduzemo impulso nervoso de um lado para outro, nointerior de nosso corpo.

    Os neurnios so formados por um corpo comum ou vrios terminais. Estes terminais so dedois tipos diferentes: Dendritos e axnios.

    Os dendritos so as ramificaes finas, deforma arborizada, via de regra mltiplas, queconduzem as informaes dos estmulos na formade impulsos para o interior da clula nervosa.

    O axnio sempre nico, as vezes muitolongo e com ramificaes na parte mais distantedo ncleo. Ele o responsvel por conduzir asinformaes na forma de impulsos que saem docorpo celular.

    Dendritos

    Axnio

    NEURNIO

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    Em resumo, o axnio conduz o impulsonervoso de dentro para fora do neurnio, enquantoos dendritos os trazem de fora para dentro.

    Para conduzir os impulsos nervosos, o axniode um neurnio comunica-se com as dendritos deoutro neurnio. como se levassem uma carta deum ponto a outro do organismo, passando-a demo em mo, isto , de axnio a dendrito, desde aorigem do impulso at o destino final.

    Este fluxo de energia que percorre umacadeia nervosa, no se d de forma contnua, comouma corrente de gua que vasa solta por umatorneira, porm, segundo pulsaes, comopequenos, intermitentes e consecutivos jatos degua.

    Com a inveno do microscpio eletrnico,foi possvel devassar mais profundamente estemundo misterioso e fascinante, que o sistemanervoso.

    Foi assim que os pesquisadores puderamresponder as seguintes perguntas:

    "Como os neurnios fazem para secomunicar?.. Que tipo ou forma de linguagemusam para isto?.."

    Na verdade, os neurnios no se tocamfisicamente, pois, entre o axnio de um e o dendrito

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    do outro, existe um espao muito pequeno, asinapse.

    Assim, por intermdio desta fissura que oimpulso nervoso, chegando a extremidade doneurnio, passa para a outra clula nervosa.

    Mas os pesquisadores no se deram porsatisfeitos, aumentaram ainda mais a potncia deseus microscpios e desvendaram completamenteos segredos da prpria sinapse. Viram que tambmo axnio emite vrias pequenas expanses, osbotes sinpticos. Eles se postam junto ao corpocelular da clula vizinha e de seus dendritos.

    Resta ainda um espao muito pequeninoentre a membrana do boto sinptico e a outraclula que est a sua frente, os pesquisadores achamaram de fissura sinptica. Se voc quersaber, este espao muito pequeno mesmo, elemede 200 Angstrons e, se voc pensar que cadaAngstrom mede dez milionsimos de milmetros,ter uma idia de que micro-dimenses estamosfalando.

    Muito bem, o importante de tudo isto vemagora. No interior destes tais botes sinpticosexiste um grande nmero de bolsinhas cheias delquido e junto com elas, as mitocndrias. Juntas,elas formam uma verdadeira central produtorade energia. A so queimados os alimentos quevo produzir energia qumica, eltrica e luminosa,dependendo da atividade que a clula desempenhano conjunto.

    A MECNICA CEREBRAL

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    Para que a clula possa aproveitar a energiaproduzida por estas pequenas bolsas, nosmomentos que tiver necessidade, ela armazenada num verdadeiro acumulador vivo, oATP (molcula de trifosfato de adenosina).

    Desta maneira os neurnios tem sempre umestoque energtico para poderem desempenharsuas funes.

    Resumindo, entre dois neurnios deuma mesma cadeia nervosa, existe umespao, muitas vezes chamado de stio,onde acumulada energia nervosa.

    Porm, os pesquisadores verificaram,tambm, que a quantidade de energia acumuladano constante. Varia, dependendo da frequnciadas pulsaes com que as mensagens esto sendotransportadas pelos neurnios. A regra bsica aseguinte: quanto maior a frequncia, menor aenergia acumulada.

    Uma comparao grosseira, ser pensarnum rio durante uma enchente, ocasio em queuma enorme quantidade de gua passa por seuleito. Quando isto acontece, as guas revoltas eturbulentas, levam consigo as suas margens etudo o mais que estiver nas suas imediaes.

    O mesmo se d com as cadeias nervosas, medida em que as pulsaes nervosas que passampelos neurnios aumentam, levam tambmconsigo uma maior quantidade da energia nervosa

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    acumulada nos stios.

    O contrrio tambm verdadeiro, se acorrente diminui, a energia acumulada aumenta. como uma linda fonte de guas mansas ecristalinas; ao seu redor existe todo um mundo demaravilhas. Vegetao frtil, flores, borboletas...H uma enorme concentrao de energia vitalneste lugar, onde as guas so calmas, fluentes etranquilas.

    Por volta do ano de 1926, o famosopesquisador Hans Berger, inventou a primeiramquina capaz de medir a atividade cerebral. Esteaparelho conhecido como Eletroencefalgrafo ou,mais simplesmente, EEG.

    Numa pequena obra como esta seriainconveniente entrarmos em detalhes sobre ofuncionamento do EEG. Basta que voc saiba queele permite mensurar as vrias frequncias comque esto sendo realizadas as atividades cerebrais.Assim, com muita preciso, a qualquer instante,pode-se saber o comportamento de qualquer regiodo crebro.

    As pulsaes com que as mensagens sotransmitidas atravs das cadeias nervosas somedidas em ciclos por segundo (CPS), isto , amquina conta quantas vezes, no prazo de umsegundo, os impulsos eltricos passam pordeterminada rea do crebro.

    Assim, medindo-se, num mesmo momento,vrias reas do crebro de um indivduo, pode-se

    A MECNICA CEREBRAL

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    determinar matematicamente qual a suafrequncia mdia.

    Logicamente, cada pessoa, dependendo dahora do dia, da sua atividade, do seu estadoemocional, vai estar pulsando segundo ritmoscclicos diferentes. Estes ciclos mdios podemvariar desde 0,5 CPS (ciclos por segundo) at 60CPS, em casos bastante excepcionais.

    Os especialistas, por facilidade didtica emesmo para poderem pensar com maiscomodidade, dividiram estas frequncias cerebraisem grupos, os famosos nveis mentais. Deram aeles nomes tirados do alfabeto grego.

    Ficou assim a diviso: De 0 a 4 CPS, ochamado grupo DELTA; de 4 a 7 CPS, grupoTHETA; de 7 a 14 CPS, grupo ALFA; de 14 a 28CPS, grupo BETA e acima de 28 CPS, grupoGAMA.

    Logicamente esta diviso no foi aleatria,pois os pesquisadores haviam percebido que,dentro destes nveis, existiam certoscomportamentos que poderiam ser padronizados.

    A MECNICA CEREBRAL

    D Delta De 0 CPS a 4 CPS

    q Theta De 4 CPS a 7 CPS a Alpha De 7 CPS a 14 CPS b Beta De 14 CPS a 28 CPS g Gama Acima de 28 CPS

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    O nvel Delta marca os momentos deinconscincia do organismo, o estado de coma, osono muito profundo. Est claro que dentro destenvel no se considera a frequncia 0 CPS, poisneste caso o indivduo estaria devidamente morto.

    O nvel Theta marca a fronteira entre ainconscincia e a conscincia. Aqui as percepesdo mundo fsico ficam apagadas. Devido ao fatode que dentro desta faixa, as pulsaes cerebraisso muito lentas, h um grande acmulo deenergia nervosa nos stios neuronais. Destamaneira as percepes interiores so muito vivas,criando condies favorveis para o surgimentodas chamadas experincias psquicas maisprofundas como, por exemplo, as regresses dememria, as projees de conscincia, etc.

    O nvel Alfa marca o primeiro estgio para aentrada no estado de conscincia interior, com umparcial afastamento do mundo sensrio. Trata-sede um nvel de relaxao profunda, porm menosintensa que na faixa Theta. Alfa chamada adimenso da estabilidade consciente. Com estafrequncia possvel dominar as tenses orgnicase psquicas. Regio prpria para fenmenos detelepatia, clarividncia, etc.

    O nvel Beta marca o estado de viglia, compossibilidade de total conscincia do mundoexterior. a faixa vibratria onde atuamos amaior parte de nosso dia. Nesta regio esto osnossos cinco sentidos, funcionando como terminaisde nossa conscincia, recolhendo e transmitindo

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    informaes. Voc, no momento em que l estelivro dever estar com o seu sistema neuronalpulsando num ritmo Beta de aproximadamente20 CPS.

    O nvel Gama marca o estado de perda docontrole da conscincia. Por tratar-se de umadimenso onde frequncias vibratrias so muitointensas, com altas correntes varrendo as cadeiasnervosas, as reservas energticas neuronaisdesaparecem, fazendo com que o indivduo percacompletamente sua capacidade de pensar de formalcida e coerente. um estado de total descontrolepsquico.

    Para entender melhor como funciona umindivduo dentro destes nveis de frequnciacerebral, imagine um artista. Vamos pensar numpintor, apenas por facilidade de visualizao doque segue.

    No instante em que ele concebe a obra dearte, ele est no nvel Theta, com seu crebropulsando abaixo de 7 CPS. como se um raio oatingisse, ela (a obra de arte) vem por inteiro, nums golpe, totalmente completa em sua essncia e,o que mais impressionante, completamente foradas concepes humanas de tempo/ espao. Oartista a vislumbra num xtase contemplativo.

    Ao realizar a sua obra, ele o faz em Alfa, comseu crebro pulsando dentro da faixa de 7 a 14CPS. No momento em que o artista estconcentrado em seu trabalho, pintando, ele fica

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    completamente absorvido pela sua criao; perdea noo do mundo exterior e do tempo. Nestadimenso de conscincia h uma focalizao noprocesso criativo em desenvolvimento.

    Ao vender a sua obra dearte numa galeria, ele ofaz em Beta, com o crebropulsando dentro de umafaixa compreendida pelasmarcas de 14 a 28 CPS. Seele est preocupado emchegar na hora marcada,em mostrar o melhorngulo de seu trabalho,em ouvir atentamente aspropostas, est mais tensoe, portanto, vivenciandouma frequncia mais alta.Nesta dimenso a atenoest completamentevoltada para fora doindivduo.

    Porm, quando o dono da galeria, ao fazer asua avaliao, diz que a sua obra, fruto de tantotrabalho, dedicao e expectativa, no passa deum grande lixo, o artista perde a cabea e d umviolento soco no olho de seu invalidador. Nestahora ele, com toda certeza, est em Gama,pulsando bem acima dos 28 CPS. Nesta dimensoh perda total da conscincia racional, quando osimpulsos mais baixos do animal homem vem

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    tona sem censura.

    O Marchand certamente estar em Delta,devidamente desmaiado e portanto, inconsciente,vivenciando uma frequncia inferior a 4 CPS.

    No dia seguinte pode-se ler nas manchetesdos jornais populares:

    PINTOR CEGO PELA RAIVAAPAGOU O SEU MARCHAN.

    Todos os dias passamos naturalmente pelosquatro nveis bsicos de frequncias cerebrais. Istoocorre durante o processo do sono.

    Dormimos segundo ciclos de noventaminutos, aproximadamente. Neste perodo vamosde uma frequncia Beta, estado de viglia, at umafrequncia muito profunda de Delta, regio deinconscincia.

    Vamos exemplificar: Para isto usaremos oexemplo de Joana, uma me de famlia abnegada.Ela leva uma vida normal, sem grandesaventuras, como a grande maioria das donas decasa. Logo depois da janta, aps lavar a loua,assiste a sua novela, ajuda as crianas nos seusdeveres de casa, coloca o beb no bero, vai aobanheiro onde passa os seus cremes no rosto,coloca sua camisola e ento, verificando se as luzesesto apagadas e as portas fechadas, vai para oseu quarto. Ela faz tudo isto em Beta, dentro deuma frequncia superior a 14 CPS.

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    Ento, Joana completamente exausta, deita-se na cama, fecha os olhos e logo uma sequnciade imagens toma conta de sua cabea: O danadodo gato que roubou o bife de cima da pia; o bilheteda professora reclamando da falta de ateno doseu filho na aula; o carrinho de feira que quebroua roda; a roda gigante, toda iluminada, do parquel de Piraporinha; o algodo doce da infncia, queparecia flocos de nuvens aucaradas e l vai elaentrando num devaneio cada vez mais solto, cadavez mais intenso... Seu ritmo cerebral diminuivertiginosamente, ela comea a entrar em Alfa,aquela fase onde no se sabe se est sonhando ouse est acordado. Os estudiosos chamam a esteestado pr-sono de hipnaggico.

    Agora Joana dorme profundamente, suasfrequncias cerebrais descem a nveis muitoprofundos, passando por Theta e mergulhando emDelta, uma regio sem sonhos ( o que nos dizemos pesquisadores do sono), local de completainconscincia.

    Uma vez atingido este ponto culminante, elacomea a voltar. Suas pulsaes cerebrais tornam-se maiores, mais intensas, ela sai deste limboinconsciente, penetrando novamente em Theta,quando seu crebro volta a sonhar. A seguir entraem Alfa e cruza ligeiramente a fronteira daconscincia, alcana uma frequncia poucosuperior a 14 CPS. nesta ocasio que ela d umaolhada no bero para ver se o beb est bem,arruma o travesseiro, puxa para si as cobertas que

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    Joo, seu marido, dormindo, tirou dela. Volta-separa o lado e mergulha novamente em Alfainiciando um novo ciclo de sono. S que agoraJoana no atingir mais dimenses to profundascomo da primeira vez. Provavelmente no entrarem Delta.

    A cada ciclo ela descer a nveis menosprofundos, at que de manh estar em Alfa.

    Se for Domingo, dia que no precisamadrugar para fazer o caf do marido, se o bebdeixar, ela permanece neste estado de modorra,curtindo os sonhos, chegando mesmo a dirig-los.Os estudiosos chamam a este perodo deHipnopmpico.

    muito interessante o fato de que estes ciclosde sono so regulares, constantes e giram em tornode noventa minutos, isto se no houver umainterferncia externa, do tipo: uma violenta brigana casa da vizinha, com a sogra quebrando todosos pratos e amassando todas as panelas ou se obeb, aos berros, acorda pedindo gua.

    Um fato muito interessante que foi observadopelos pesquisadores que todo curador psquico,no exato momento em que est praticando a cura,tem o seu crebro pulsando dentro do ritmo Theta.

    Para ns isto aparenta ser bem lgico, pois,nesta hora ele precisa de toda energia nervosadisponvel para poder realizar as transmutaesnecessrias.

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    Existe uma diferena fundamental entre osnveis Alfa , Theta e o nvel Beta.

    Quando se est em Beta, com o crebropulsando num ritmo superior a 14 CPS, todos ossentidos esto despertos, funcionando dentro deseus conceitos tempo/espao e limitados por todasas condies adversas que o mundo material nosimpe de forma rgida e muitas vzes inflexvel.

    Porm, quando se diminuem as frequnciascerebrais abaixo de 14 CPS, dimenses Alfa/Theta,abrem-se as portas dos maravilhosos mundosinteriores, completamente livres dascircunstncias pesadas impostas pelo mundoobjetivo. Ento a imaginao pode alar seu vo,de maneira segura, para muito alm do tempo edo espao. Pode agir no mundo que os esotricoschamam de plano astral, a regio das idiasconcretas, local onde, segundo eles, so moldadastodas as formas antes de se materializarem noplano fsico.

    Ora, nesta dimenso interior onde devemser realizadas as nossas visualizaes conscientes. neste estado mental que devemos trabalhar comnossa imaginao criativa, se quizermos obter osmelhores resultados, de uma maneira muito maisrpida e segura.

    14 CPS Dimenso de Conscincia Exterior

    Dimenso de Conscincia Interior

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    possvel que neste momento voc estejadizendo:

    "Perfeito, achei tudo isto muitointeressante, porm como fazer para entrarconscientemente e de acordo com a nossavontade, nestes mundos interiores e a obtertodos os benefcios e todas as vantagens quevocs esto dizendo ?"

    Existem vrios processos de entrada nestasdimenses mais profundas da mente. Somentecomo curiosidade, vamos citar alguns: Hipnose,letargia, magnetismo, tcnicas de yoga, mantras,danas, meditao, aparelhos de biofeedback,drogas, relaxamento, etc.

    Queremos aproveitar a oportunidade paradeixar bem claro que ns somos totalmente contraprocessos de aprofundamento violentos como osque usam drogas.

    Para adentrar nas regies mais profundasda mente, ns vamos lanar mo de umprocedimento muito simples e que no teminconveniente algum, estamos falando dorelaxamento muscular.

    Como se pode advinhar, existem um semnmero de tcnicas espalhadas pelo mundoprocurando levar ao paciente um relaxamentomuscular.

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    Porm, poderiamos agrupar todas elas emdois grandes grupos: Os processos analticos e osglobais.

    Os processos analticos do uma especialateno fisiologia da pessoa, investigando etrabalhando com as atividades orgnicas,principalmente as ligadas com o sistema neuro-muscular. A caracterstica mais marcante destegrupo est na conscientizao da contrao e dorelaxamento muscular. O mtodo mais conhecidodeste grupo o de Jacobson.

    J os processos globais tem como ponto departida a psique do indivduo. Ele essenciamentemental e usa principalmente a imaginao dopaciente para obter seus resultados derelaxamento. O mais famoso pesquisador destegrupo Schultz.

    Para chegar aos resultados que nosinteressam, de forma consciente e num curtoespao de tempo, ns vamos usar um processohbrido, isto , iremos aproveitar um pouco datcnica de Jacobson e muitos dos processosutilizados pelo segundo grupo.

    Vamos ento comear a trabalhar no sentidode aprender a entrar num estado mais profundode conscincia.

    Se voc ainda no est habituado com asprticas de relaxamento, primeiramente, convmque perceba a diferena entre um estado musculartenso e um relaxado.

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    A idia fundamental que voc conscientizeinicialmente a prpria contrao muscular, paradepois entender o que relaxamento.

    Leia atentamente os pargrafos seguintes,procurando memoriz-los para, posteriormente,fazer o exerccio proposto. Mesmo que voc j sejaum perito na arte do relaxamento fsico, pratiquenovamente os treinamentos que sero propostosa seguir, isto ser muito benfico para todo o seuser.

    Muito bem, daqui a pouco voc deverprocurar outra vez um ambiente onde voc possaestar imerso numa tranquilidade relativa.

    Ento com o corpo numa posio alongada,de preferncia deitado de ventre para cima, comos braos estirados ao lado do corpo, pernasestendidas, feche os olhos. Tente diminuir aomximo seus movimentos. A inteno obter atotal imobilidade. No faa fora fsica, apenas nomova o corpo.

    N est e m om en t o, coloque t oda a su a at enoem t odos os fat or es que ocasi onalm en t e su r jampr ocur ando i m pedi r que voc consi ga m an t er -sen est e est ado pr epar at r i o. Vo su r gi r aqu elascocei r i n h as i r r i t an t es, v oc v a i l em br ar qu epr eci sa l i gar par a o D r . A lber t i nho par a saber oresu l t ado dos exam es de u r i na da sua sogr a, talvezsu r ja um m osqu i t o at r evido a zum bizar em seu souvidos, e por ai vo os t r anst or nos... Voc devemanter -se fi r me, procurando ao m ximo cont inuar

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    na imobilidade, sempre na posio de observadordos fatos. Procure, na primeira vez, ficar pelomenos uns cinco minutos assim, imvel e vigilante.

    Passado este tempo de preparao, voc develevantar o brao direito,deixando-o numa posioperpendicular ao corpo;ento, feche o punho; masfaa isto com fora,procurando retezar aomximo os msculosenvolvidos no processo.Fique bem atento a todasas sensaes que esteesforo provoca em voc.Mantenha esta tenso por

    aproximadamente meio minuto.

    Em seguida, deixe cair obrao de uma vez s. Solte

    completamente o seu brao.Largue o seu punho,

    permanecendo com os dedostotalmente soltos.

    Procure ento perceber asdiferenas entre o estado tenso e o

    relaxado.Fique em repouso por uns

    dois minutos e ento, repita o mesmoexerccio novamente, s que agora com

    o punho do brao esquerdo.Continue o processo, contraindo os

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    dois punhos ao mesmo tempo.

    Se voc no estiver cansado pratique com aspernas. Eleve a perna direita, tensione ao mximodurante trinta segundos, ento solte de uma svez toda a perna. Observe o contraste de estados.Repita com a perna esquerda.

    Voc pode praticar este exerccio de percepode contraste, com todas as partes de seu corpo,ps, dedos, bcepis, etc.

    Esta experincia de conscientizao doretesamento voluntrio, com todos os fenmenoscorporais e psquicos que o acompanham, e adescontrao subsequente de suma importnciapara uma boa orientao na busca de um estadoperfeito de relaxamento.

    Um fato curioso, que voc perceber com aprtica, que quando retesa uma rea de seucorpo, outras regies corporais sero atingidas. Sevoc estiver bem atento durante os exerccios,sentir, por exemplo, que quando tensionavoluntriamente as pernas, haver umacontrao involuntria em seus braos queautomaticamente desaparecer junto com adescontrao intencional das pernas.

    Este fato abrange todo o corpo, voc entocompreender que o seu organismo funciona comoum todo.

    O velho conceito esotrico de queo corpo humano um universo hologrfico.

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    Existe uma variante deste exerccio para aspessoas que no querem desenvolver rugas norosto, ou mesmo para aquelas que, j as possuindo,desejam no aument-las. Trata-se daconcientizao do esforo fisionmico que provocaestes vincos faciais.

    A pessoa deve sentar-se diantede um espelho e enrugar combastante fora a testa, levantando

    bem as sobrancelhas. Aseguir, por meiominuto, precisaobservar atentamenteesta parte do corpo sobtenso para depoissolt-la lentamente. Aconselha-se adescansar um poucopara, ento, contrair assobrancelhas, olhandobem feio para o espelho.Passado o tempo depercepo, descontraira face. Neste momentoda a tenso facial, fica

    mais fcil perceber, mesmo quando se est imersonas mais complexas atividades cotidianas, osmomentos de crispao no rosto, aquelesresponsveis pelas rugas e vincos, podendoimediatamente, de forma consciente, soltar todaa presso existente nesta parte do corpo.

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    Depois que voc tiver compreendido bem oque tenso muscular, pode iniciar o prximotreinamento que recebe o pomposo nome deRelaxamento Concentrativo Autgeno.

    Apenas como um esclarecimento maior,autgeno significa: exercitar-se por si mesmo.

    O bom deste mtodo, que vamos apresentaragora, que ele permite alcanar um repousocorporal muito semelhante ao do sono, sem quese necessite da colaborao de outra pessoa parainduz-lo e, o que mais importante para ns, sema perda da conscincia (coisa que ocorre no sono).

    Convm frisar ainda que, como vimos nospargrafos anteriores, quando dormimosdescemos na escala de frequncias cerebrais,portanto, temos muito mais energia nervosaacumulada entre os nossos neurnios. Isto , comcerteza, outra das muitas coisas positivas que esteprocesso d aos seus praticantes.

    Antes de continuarmos com a explicaodeste treinamento, gostaramos de informar a vocque este processo no tem nenhuma contra-indicao, pois baseia-se originalmente, naexperincia mdica do Dr. J. H. Schultz, sendoseus efeitos considerados muito benficos,tranquilizantes e restabelecedores.

    Este mtodo baseia-se na idia de que todohomem uma unidade, constituida de corpo ealma (psique), assim, qualquer aprendizagemespiritual dever influenciar a totalidade do

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    organismo.

    Um homem assediado por constantesproblemas em sua vida profissional, ousentimental, acaba desenvolvendo uma intensaintranquilidade interna que se manifesta em seucorpo fsico como uma neurose cardaca, isto ,fortes palpitaes em seu corao. Aquilo que osmdicos gostam de chamar somatizao de umproblema psquico. Pois acredite, este homem podecurar-se completamente seguindo o mtodoproposto pelo Dr. Schultz.

    Desde a sua criao, l no princpio do sculoXX, este mtodo de relaxamento concentrativoautgeno consegue uma intensa e progressivaliberao das tenses externas e internas,conduzindo a um desligamento consciente de todoo organismo, permitindo melhorar o bem eeliminar o mal.

    "Olha s que importante !!! .... ."

    Durante este tempo todo, os indivduos eterapeutas que prope este processo aos seuspacientes, tem conseguido repousos reparadores,auto tranquilizao, auto regulao orgnica,supresso de sintomas dolorosos, aumento dorendimento pessoal, auto-determinao, maiorpoder de auto-crtica e auto-domnio...

    Se com este palavrrio todo nsconseguimos vender este processo, nesta alturavoc poder estar dizendo:

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    Puxa !... Este , por si s, um mtodocompleto...

    Ao que ns, com muita modstia,acrescentaramos: Quase...

    A este fantstico processo concentrativoautgeno, foi acrescentado algo muito poderoso,uma fora mgica que as escolas de ocultismomantiveram durante sculos fechada a sete, talvezoito, chaves: a sugesto.

    Se voc for procurar nos dicionrios cumuns,encontrar as seguintes definies para sugesto:a> Ato de aventar, propr, proporcionar, ocasionar,fornecer. b> Coisa que se d a entender. c>Proposta, parecer, alvitre. d> Processo pelo qualse controla o poder de deciso de um ou maisindivduos.

    Sugesto deriva da palavra sugesto que erao nome dado na antiga Roma para a tribuna ondeos oradores discursavam ao povo.

    Na nossa opinio, a melhor definiogenrica para sugesto aquela quecostumeiramente apresentamos em nossos cursose que diz: Sugesto o processo pelo qual se podecontrolar o poder de deciso de um ou maisindivduos.

    Logicamente, existem sugestes positivas enegativas. Dizer constantemente: Todos os dias,sob todos os pontos de vista, vou cada vez melhore melhor uma sugesto francamente positiva.Porm, dizer para um filho pequeno: Se voc

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    tomar chuva vai se resfriar uma sugestototalmente negativa.

    Assim, ns devemos entender sugesto comoo ato de impressionar fortemente as dimensesmais profundas da conscincia humana,provocando desta forma, respostas automticas doindivduo ao estmulo proposto.

    S para voc ter uma idia do poder dasugesto, faa uma brincadeira com seus amigos.Ela conhecida como a Famosa Prova daDeglutio.

    Durante uma conversa informal com umamigo, diga a ele que voc contar at dez e queantes mesmo de dizer dez, ele sentir umairresistvel necessidade de engolir. Que assim queele engolir ficar livre dessa sensao e se sentirabsolutamente bem.

    Comece ento a contar da seguinte maneira:

    UM... perceba que seus lbios esto ficandosecos.... mas muito secos...

    Dois... sua garganta tambm est ficandoseca... completamente seca... sinta sua boca e suagarganta seca... muito seca...

    Trs... Voc est ficando com vontade deengolir... perceba este fato de que voc est comvontade de engolir...

    Quatro... A vontade de engolir fica cada vezmais forte... cada vez mais forte...

    Cinco... Sua boca est ressecada... seuslbios esto muito secos e uma vontade enorme de

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    engolir toma conta de seu ser... a vontade de engolir cada vez mais forte... mais intensa... maisprofunda...

    Seis... Um impulso muito forte de engolirvem do seu interior e voc no pode mais resistir...perceba sua boca como esta cada vez mais seca...cada vez mais seca... totalmente ressecada...

    Sete... Agora voc sente um impulsoinvoluntrio de engolir que no pode maiscontrolar...

    Oito... Este impulso involuntrio esta setornando muito forte e voc tem uma intensanecessidade de engolir para livrar-se destasensao de secura em sua boca...

    Nove... Voc precisa engolir... voc precisaliberar seu ser desta ansiedade... voc precisaengolir para sentir-se livre desta sensao securaem sua boca e em sua garganta...

    Dez... engula e libere-se da sensao de malestar que este exerccio provocou em voc... engula,libere-se e sinta-se muito melhor que antes...

    Se com esta programao sugestiva seuamigo no engolir, mesmo que s escondidas,pouco depois da brincadeira, porque ele umprofissional do controle psquico.

    Ns vamos associar ao tradicionalrelaxamento concentrativo autgeno, palavrassugestivas com a inteno de aprofundar os nveisde soltura corporal e interiorizao.

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    Vamos ento passar descrio deste mtodode auto - relaxamento.

    O primeiro cuidado que se deve ter com olugar onde ele ser praticado. Como voc j viunos exerccios anteriores, necessita-se de umambiente calmo, arejado e confortvel, onde vocpossa executar o seu treinamento sem serinterrompido, nem perturbado.

    Para criar um clima favorvel para ostreinamentos, aconcelhvel colocar uma msicatocando bem baixinho ao fundo.

    Roupas incmodas, apertadas ou muitoquentes devem ser evitadas. Recomenda-se tiraros sapatos e soltar os cintos para que se estejacompletamente a vontade.

    Agora chegamos na questo dapostura corporal.

    Basicamente, deve-seprocurar colocar o corpo numaposio o mais confortvelpossvel.

    Uma boa coisa sentar-se num dessessofas antigos, comespaldar alto que permitareclinar-se a cabea eapoiar agradavelmenteas costas, possuindoainda amplos descansospara os braos.

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    Se no ambiente escolhido parapraticar o exerccio no existesemelhante sof, uma cadeiracomum pode servir. A posio docorpo, neste caso, a do cocheiro.Quando, na incrvel aventura que

    foi a conquista do continenteamericano, os pioneiros eramobrigados a fazer longastravessias rumo ao Pacfico emseus grandes carroes demadeira, os cocheiros, para

    que pudessem suportarfisicamente a dureza daviagem, sentavam-se na

    boleia da seguinte maneira: os ps firmementeapoiados no cho da carroa, os braos soltos erepousados sobre as coxas, as costas um poucoarquedas sobre as pernas com a base da colunavertebral na posio vertical ou um poucoinclinada para trs e a cabea pendendo parafrente sobre os ombros. Esta a famosa posiodo cocheiro.

    Agora, se voc no dormir durante otreinamento, pode ainda realiz-lo deitado. Paraisto serve a sua cama, um sof largo ou mesmo ocho, desde que coberto por um tapete. Deite-secom o ventre voltado para cima, os braos largadosao lado do corpo. Os ps devem ficar bem soltos evoltados para fora. A nuca pode estar apoiada emum ou mais travesseiros, sendo que a cabea pode

    A INTERIORIZAO

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    ficar ao mesmo nvel do corpo.s vezes conveniente

    colocar-se umaalmofada baixa

    sob as coxas.

    Uma vezo corpo bema c o mo d a d o ,deve-se fechar

    os olhos, para, desta maneira, diminuir ao mximoos estmulos visuais, evitando possveis distraese favorecendo a concentrao mental.

    Assim, com o corpo largado, deve-se fazeralgumas respiraes profundas, sempreprocurando, ao inspirar, encher bem os pulmes,empurrando o diafrgma para baixo e estufandoa barriga para fora. Em seguida, deve-se reter nospulmes o ar inalado, por algum tempo, porm,com o cuidado de no fazer esforo fsico. Ento,soltar-se o ar lenta e suavemente....

    O passo seguinte fazer uma contagemregressiva de vinte a um, visualizando os nmeros.No faa uma contagem mecnica e vazia, aocontrrio, coloque sua ateno bem firme noprocesso.

    Se voc encontrar dificuldade em visualizaros nmeros, imagine que est diante de um quadronegro, segurando um giz na mo. medida emque voc faz a contagem, escreva os nmeros noquadro.

    A INTERIORIZAO

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    A seguir, diga mentalmente para vocmesmo:

    Estou completamente calmo e tranquilo...Sinto-me em paz... em muita paz...

    Vou relaxar profundamente todos os meusmembros, rgos, msculos e sistemas de meucorpo...

    Este relaxamento trar grandes benefciospara mim...

    A cada novo exerccio ele se tornar cadavez mais fcil, mais profundo e mais intenso...

    Ento voc vai percorrer o seu corpo com amente. Vai passar por todos os membros, rgos,regies, verificando se existe, no ponto visitado,alguma presso ou tenso presente, em seguidasolte conscientemente. Para facilitar esterelaxamento, imagine que est desligando umachave que mantinha este lugar sob tenso.

    sempre conveniente iniciar este proceso poruma das extremidades do corpo, seguindo emdireo da outra ponta; sempre de maneiraorganizada e sequencial. O ideal comear pelotopo da cabea e ir descendo pela testa, avanandopelos olhos, pela face, pela boca, seguindo at asola dos ps; voltando, em seguida, pelo mesmocaminho, fazendo uma verificao daprofundidade do estado de relaxamentoconseguido.

    medida que se concientiza umadeterminada rea do corpo e libera-se as tenses,deve-se intensificar o estado de aprofundamento

    A INTERIORIZAO

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    do relaxamento, repetindo para si frases quesugiram sensaes de peso, distenso e liberdade,do tipo: Meus ps esto soltos, largados e livres...Meus ps esto pesados, muito pesados... A cadamomento meu relaxamento cada vez maisprofundo... cada vez mais intenso...

    Uma vez completo todo o ciclo derelaxamento, para voltar dimenso de alerta,faa uma contagem de um a vinte, respireprofundamente, abra os olhos, tome conscinciado local onde se encontra, d uma boaespreguiada, estirando bem o corpo, levante-se evolte a vida normal.

    No se preocupe com o fato de no ter retidotodo o processo de relaxamento na memria, poisagora vamos apresentar um relaxamento completoque dever servir de modelo para voc no futuro.

    Voc pode decorar os passos indicados porns antes de realizar o exerccio ou se voc quiser,para facilitar, pode gravar numa fita cassete, comsua prpria voz todo o relaxamento, seguindo pasoa passo, a frmula indicada por ns.

    Se voc for gravar, seria conveniente colocarao fundo uma msica orquestral bem suave. Eviteas que possuam vocais, pois elas distrairo a suaateno do exerccio.

    A INTERIORIZAO

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    RELAX AUTO-INDUZIDO

    A seguir, vamos detalhar totalmente umrelaxamento auto-induzido, para que voc possapratic-lo com facilidade e sem complicaes.

    Se voc est lendo pela primeira vez estelivro, ou se j tem conhecimento anterior sobre oassunto, passe rapidamente por este captulo,deixando para a hora de gravar o prpriorelaxamento os cuidados de estud-loatentamente.

    Uma vez tudo pronto. Gravador testado, compilhas novas, num local relativamente silencioso,leia calmamente e com voz clara, suave e pausada,o seguinte relaxamento, procurando dar osintervalos de tempo indicados no texto:

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    Coloque-se numa posio bem confortvel... Solte completamente o seu corpo... Volte os seus olhos para cima e mantenha-os nestaposio at ouvir a minha voz... .............. Agora, tome uma inspirao profunda.... retenha... eao expirar feche os seus olhos.... solte o seu corpo... Voc est mais calmo... mais relaxado... mais solto... Agora, completamente solto, tome uma nova inspiraobem profunda.... retenha... e expire lenta e suavemente.... solteainda mais o seu corpo... Perceba que voc est mais calmo... muito mais maisrelaxado... muito mais mais solto... Outra vez, sentindo-se completamente solto, tome maisuma inspirao bem profunda.... retenha... e ento, expire lentae suavemente.... soltando ainda mais o seu corpo... Para voc experimentar um relaxamento maior, contecomigo de vinte a um, visualizando os nmeros ... Vinte... mais solto... ...Dezenove... ...Dezoito... sinta-se mais calmo... mais relaxado... ...Dezessete... ...Dezesseis......Quinze... ainda mais solto... ainda mais relaxado... aindamais calmo... ...Quatorze... ...Treze... ...Doze... sinta que, acada nmero contado, seu corpo se solta mais e mais... evoc se sente mais relaxado, livre, interiorizado... ...Onze......Dez... ...Nove... relaxado... solto... livre... ...Oito... ...Sete...uma imensa calma vai aos poucos tomando posse de todo oseu corpo... ...Seis... ...Cinco... ...Quatro... sinta-se calmo...relaxado... livre... ...Trs... ...Dois... .. ...Um... Completamente livre... relaxado... livre de tenses...em paz... Repita mentalmente:

    Estou completamente calmo e tranquilo... Sinto-me empaz... em muita paz... ...Vou relaxar profundamente todos osmeus membros, rgos, msculos e sistemas de meu corpo......Este relaxamento trar grandes benefcios para mim... ...Acada novo exerccio ele se tornar cada vez mais fcil, maisprofundo e mais intenso... Coloque agora toda a sua conscincia na sua cabea...

    RELAX AUTO-INDUZIDO

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    concentre-se no seu coro cabeludo... perceba as possveistenses existentes nesta rea de seu corpo e solte-ascompletamente... deixe seu couro cabeludo solto, livre erelaxado... Volte a sua ateno para a sua testa... concentre-seem sua testa... perceba os possveis focos de tenso aexistentes... coloque sua conscincia nos vincos e rugaspresentes, neste momento, em sua testa... Solte agora todapresso existente em sua testa e entre num relaxamento maisintenso... Concentre-se nas plpebras de seus olhos... percebaas tenses a existentes... relaxe suas plpebras... ..relaxeseus olhos... agora seus olhos esto soltos, tranquilos edescontrados... Solte as presses existentes em sua boca... relaxe seuslbios... sua lingua... Neste momento, toda a sua cabea est completamenterelaxada e livre de presses... e assim, toda a sua cabeaesta solta... Seu relaxamento a cada instante torna-se maisprofundo... mais intenso... mais pesado... Concentre-se firmemente agora na sua nuca... coloquetoda a sua ateno nesta parte de seu corpo e perceba astenses e presses acumuladas nesta rea... ... Agora, soltea sua nuca... relaxe profundamente a sua nuca... todas aspresses desaparecem... todas as tenses so aliviadas... euma intensa sensao de tranquilidade, calma e prazer tomaconta de sua nuca... Volte a sua ateno para o seu pescoo... perceba aspossveis tenses a existentes... relaxe completamente o seupescoo... solte as presses existentes nas paredes internasde sua garganta... solte tambm suas cordas vocais... Agora, preste ateno em seus ombros... retire todasensao de peso de seus ombros... solte-os... relaxe-osprofundamente, simplesmente soltando toda tenso oupresso que voc perceber em seus ombros... ..Libere seusombros e entre num estado de relaxamento que se torna cadavez mais intenso... cada vez mais profundo... cada vez mais

    RELAX AUTO-INDUZIDO

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