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593--CAPITLO –19 Traumatismo e Radiografia Portátil c o L A B o R A ç Õ E S D E: Cindy Murphy, ACR C o L A B o R A D o R NAS E D I ç Õ E S A N T E R I o R E S: James A. Sanderson, BS, RT (R) Terminologia, Princípios e Equipamento Introdução e modalidades alternativas de obtenção de imagens, 594 Terminologia para trauma e fratura Luxação, entorse e fratura, 595 Terminologia do alinhamento da fratura, 596 Tipos de fraturas, 596 Fraturas com "denominações" específicas, 598 Outros tipos de fraturas, 599 Redução pós-fratura, 600 Princípios de posicionamento e uso da grade Dois princípios de posicionamento: (1) Duas incidências a 90°, com alinhamento verdadeiro de RC - parte-filme, 600 (2) Incluir toda a estrutura ou área de trauma no filme, 601 Uso de grades: Regras para uso de grade, 602 Equipamento portátil de raios X Tipos de sistemas portáteis de raios X: Unidades portáteis de raios X operadas por bateria, movidas a bateria, 603 Fonte padrão de energia, não-movida a moto_ 603 Sistemas digitais fluoroscópicos móveis com braço C: Tipos e usos do equipamento, 604 Orientação da imagem e campos estéreis, 605 Proteção contra radiação:Três princípios cardeais - distância, tempo e proteção, 606 Padrões de exposição em relação ao braço C, 606 01 Posicionamento Móvel e no Trauma Tórax: AP (decúbito dorsal, semi-ortostática e decúbito), 607 Ossos torácicos: Esterno - AP oblíqua e lateral, 608 Costelas - AP e oblíqua, 609 Abdome: AP decúbito dorsal e decúbito lateral, 670 Membro superior e ombro: Dedos, polegar, mão e punho, 671 Antebraço e punho, 672 Cotovelo - PA e lateral, 673 Úmero - AP e lateral, 614 Ombro, escápula e clavícula - AP e lateral, 675 Membro inferior e pelve: Dedos e pé - AP e lateral, 676 Tornozelo e perna (tíbia/fíbula) - AP e lateral, 677 Joelho - AP e lateral (oblíqua), 678 AP e lateral do fêmur médio e distal e AP da pelve, 679 Lateral do fêmur proximal e quadril (métodos de Danelius-Miller e Sanderson), 620 Coluna cervical: AP e lateral com feixe horizontal, 627 Oblíqua com dupla angulação (método da angulação biplana), 622 Coluna torácica e lombar: AP e lateral com feixe horizontal, 623 Crânio: Lateral (feixe horizontal), 624

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593--CAPITLO –19Traumatismo e Radiografia Portátilc o L A B o R A ç Õ E S D E: Cindy Murphy, ACRC o L A B o R A D o R NAS E D I ç Õ E S A N T E R I o R E S: James A. Sanderson, BS, RT (R)Terminologia, Princípios e Equipamento Introdução e modalidades alternativas de obtenção de imagens, 594 Terminologia para trauma e fraturaLuxação, entorse e fratura, 595Terminologia do alinhamento da fratura, 596Tipos de fraturas, 596Fraturas com "denominações" específicas, 598Outros tipos de fraturas, 599Redução pós-fratura, 600Princípios de posicionamento e uso da gradeDois princípios de posicionamento:(1) Duas incidências a 90°, com alinhamento verdadeiro deRC - parte-filme, 600(2) Incluir toda a estrutura ou área de trauma no filme, 601Uso de grades:Regras para uso de grade, 602 Equipamento portátil de raios X Tipos de sistemas portáteis de raios X:Unidades portáteis de raios X operadas por bateria, movidas a bateria, 603Fonte padrão de energia, não-movida a moto_ 603Sistemas digitais fluoroscópicos móveis com braço C:Tipos e usos do equipamento, 604Orientação da imagem e campos estéreis, 605Proteção contra radiação:Três princípios cardeais - distância, tempo e proteção, 606 Padrões de exposição em relação ao braço C, 60601Posicionamento Móvel e no TraumaTórax:AP (decúbito dorsal, semi-ortostática e decúbito), 607Ossos torácicos:Esterno - AP oblíqua e lateral, 608Costelas - AP e oblíqua, 609Abdome:AP decúbito dorsal e decúbito lateral, 670Membro superior e ombro:Dedos, polegar, mão e punho, 671Antebraço e punho, 672Cotovelo - PA e lateral, 673Úmero - AP e lateral, 614Ombro, escápula e clavícula - AP e lateral, 675Membro inferior e pelve:Dedos e pé - AP e lateral, 676Tornozelo e perna (tíbia/fíbula) - AP e lateral, 677Joelho - AP e lateral (oblíqua), 678AP e lateral do fêmur médio e distal e AP da pelve, 679Lateral do fêmur proximal e quadril (métodos deDanelius-Miller e Sanderson), 620Coluna cervical:AP e lateral com feixe horizontal, 627Oblíqua com dupla angulação (método da angulação biplana), 622Coluna torácica e lombar:AP e lateral com feixe horizontal, 623Crânio:Lateral (feixe horizontal), 624AP 0°, AP a 15° e AP axial a 30° (Towne), 625Ossos faciais:Lateral, AP acantioparietal (Waters reverso) e acantioparietal modificado, 627Mandíbula - AP axial, AP e oblíquas axiolaterais com feixe horizontal, 628

594-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILTERMINOLOGIA, PRINCIPIOS E EQUIPAMENTOSFreqüentemente surgem situações nas quais o técnico radiológico encontra pacientes adoecidos e enfraquecidos ou que sofreram trauma grave, que necessitam de adaptações no posicionamento e no cuidado. Muitas vezes

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esses pacientes não podem ser trazidos até o departamento de radiologia para a realização de procedimentos radiográficos, conforme descrito em outras partes deste livro. Mesmo se forem trazidos ao departamento de radiologia, eles podem estar na maca, com colar cervical posicionado, ou podem ter uma ou mais talas, indicando possíveis fraturas ou deslocamentos de membros. Nesses casos, os pacientes não podem ser movidos para as posições usuais de rotina, necessitando de importante adaptação da angulação do RC e do posicionamento do receptor de imagem. Isso pode ser feito com uma unidade móvel (portátil) de raios X na sala de emergência ou no quarto do paciente. Freqüentemente, todas as incidências são obtidas com o paciente na posição de decúbito dorsal, exigindo o uso de grades estacionárias para as adaptações laterais por sob a mesa e/ou outras.Este capítulo introduz o técnico radiológico no que diz respeito à obtenção de imagens móvel e no trauma. Também descreve e ilustra a terminologia, princípios de posicionamento e métodos adaptativos do procedimento radiográfico quando as incidências rotineiras não podem ser alcançadas. Tipos comuns de equipamento móvel de obtenção de imagens são descritos, assim como princípios e regras de grade essenciais na radiografia móvel e do trauma.Embora o trauma afete múltiplos sistemas do corpo, o foco, para os fins deste livro, será dado ao sistema esquelético.Modalidades Alternativas de Obtenção de ImagensTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (Te)A velocidade aumentada dos aparelhos de TC tem contribuído para o crescimento de seu uso na obtenção de imagens de emergência. A TC é comumente usada para diagnosticar com precisão uma ampla gama de condições traumáticas que afetam todos os sistemas corporais, substituindo alguns dos exames diagnósticos tradicionalmente requisitados, como a radiografia de crânio. A capacidade de reconstrução tridimensional da TC é útil para avaliar o trauma esquelético. (Uma unidade móvel de TC, que pode ser trazida para a sala de emergência ou a sala de cirurgia, se necessário, é mostrada na Fig. 19.3; ver também Capo 22.)MEDICINA NUCLEARA medicina nuclear é útil na avaliação de condições específicas de emergência, como embolia pulmonar, torção testicular e sangramento GI. Fluxo sangüíneo para as áreas a serem investigadas é avaliado através da injeção de radionuclídeos.ULTRA-SOM (SONOGRAFIA)A ultra-sonografia é indicada na avaliação precoce de um paciente traumatizado que tenha sofrido uma injúria abdominal contusa. É uma técnica não-invasiva usada para detectar líquido/sangue livre no abdome. Ultra-som é também a modalidade de escolha para a obtenção de imagens de condições emergenciais do aparelho reprodutor feminino (por exemplo, gravidez ectópica). Outros órgãos abdominais também são examinados, usando-se o ultra-som conforme necessário para situações específicas de emergência.ANGIOGRAFIA PROCEDIMENTOS INTERVENCIONIS_ A angiografia é indicada para estudos do arco aórtico no paciente traumatizado, emboranão seja muito comum devido ao aumento do uso da Te. Procedimentos intervencionistas realizados no paciente traumatizado, conforme descrito no Capo 21, incluem embolização transcateter para causar oclusão de vasos hemorrágicos.

595-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILTerminologia de Trauma Esquelético e FraturasA radiografia do trauma esquelético exige um entendimento dos termos que são exclusivos dessas situações, como a terminologia da fratura deslocamento. Conhecer os termos que são usados na história do paciente ou na requisição de exames permitirá que o técnico compreenda qual o tipo de injúria ou fratura que está sendo suspeitada e quais são as incidências mais importantes. Também ajudará a saber como evitar certas técnicas deposicionamento ou posições corporais que possam resultar em dor ou injúria

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adicional.LuxaçãoLuxação ocorre quando o osso é deslocado de uma articulação ou quando o contato articular dos ossos que formam a articulação é completamente perdido.* As luxações mais comuns no traumatismo são as de ombro, dedos ou polegar, patela e quadril.Luxações podem com freqüência ser clinicamente identificadas pelo formato ou alinhamento anormal das partes do corpo, e qualquer movimento dessas partes pode ser doloroso e deve ser evitado. Como nas fraturas, as luxações devem ser examinadas em dois planos, em 90° em relação ao outro, para demonstrar o grau de deslocamento.Se um osso deslocado voltar sozinho à normalidade após a injúria, o dano pode ainda assim ter ocorrido, e é necessário um mínimo de duas incidências da articulação afetada para avaliar danos e/ou possível fratura por avulsão.Subluxação: Luxação parcial é ilustrada na Fig. 19.5, na qual uma vértebra está deslocada posteriormente. Outro exemplo é o cotovelo da babá, que é um deslocamento parcial traumático da cabeça radial de uma criança, causado por forte tração da mão e punho de uma criança por um adulto. Isso freqüentemente é reduzido quando o antebraço é colocado em posição de decúbito dorsal para uma incidência AP do cotovelo.EntorseUma entorse é uma torção ou distensão forçada de uma articulação, resultando em rotura parcial dos ligamentos de suporte sem luxação.Uma entorse pode resultar em dano grave aos vasos sangüíneos, tendões, ligamentos ou nervos associados. Uma entorse grave pode ser dolorosa e deve ser tratada com muito cuidado durante o exame radiográfico. Aumento importante do volume e ecmose resultante da hemorragia causada pela rotura de vasos sangüíneos freqüentemente acompanham uma entorse grave. Os sintomas são similares aos de uma fratura, e as radiografias ajudam na diferenciação entre uma entorse e uma fratura.FraturaUma fratura é a quebra de um osso.Diante da possibilidade de qualquer fratura, o técnico deve ser extremamente cauteloso ao mover e posicionar o paciente a fim de não causar adicional injúria ou deslocamento de fragmentos fraturados. O técnico nunca deve forçar um membro ou parte do corpo para uma posição. Se a fratura é óbvia, ou se dor intensa acompanha qualquer movimento, o posicionamento deve ser adaptado conforme necessário.Contusão Essa é um tipo de injúria com uma possível fratura em avulsão (ver p. 599). Um exemplo é a injúria decorrente do futebol americano que envolve uma contusão do osso da crista ilíaca da pelve.*Manaster BJ: Ske/eto/ rodi%gy hondbooks In rodi%gy, St Louis, 1989, Mosby.

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Terminologia do Alinhamento da FraturaAposição. Aposição é um alinhamento ou desalinhamento que descreve a relação dos eixos longitudinais dos fragmentos das fraturas.Três tipos de aposição são descritos a seguir:1. Aposição anatômica: Alinhamento anatômico das extremidades dos fragmentos ósseos fraturados, no qual as extremidades dos fragmentos mantêm contato entre si.2. Perda da aposição (distração): As extremidades dos fragmentos são separadas e não fazem contato (como pode ocorrer por tração excessiva) (Fig. 19.6).3. Aposição em baioneta: Uma fratura na qual as extremidades do segmento fraturado não fazem contato e estão sobrepostas e alinhadas com a diáfise

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(Fig. 19.7).AngulaçãoAngulação se refere à perda do alinhamento.Três termos descrevem o tipo e a direção da angulação:1. Angulação apical: Descreve a direção ou o ângulo apical da fratura, como apical medial ou lateral, em que o ponto ou ápice da fratura aponta medialmente ou lateralmente2. Deformidade em varo: A parte distal do fragmento distal está angulada em direção à linha média do corpo, um ápice lateral que aponta para fora da linha média3. Deformidade em valgo: Oposta à deformidade em varo, o ápice está direcionado para a linha média (ápice media I), e o fragmento distal distanteda linha médiaObservação: Varo e valgo são também usados como termos de movimento de inversão e eversão (ver Terminologia, Capo 1, p. 25).Tipos de FraturasMuitos termos são usados na descrição de fraturas. Os mais comuns são:Fratura simples (fechada)Uma fratura na qual o osso não atravessa a peleFratura composta (aberta) (Fig. 19.9)Uma fratura na qual o osso projeta-se através da pele

Linha média do corpoLinha média do corpo

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597-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILFratura incompleta (pardal):Essa fratura não ultrapassa todo o osso. (O osso não é quebrado emduas partes.) É mais comum em crianças.Os dois tipos principais de fraturas incompletas são os seguintes:1. Fratura em tara: Essa envergadura do córtex é caracterizada pelaexpansão localizada ou fratura do córtex, possivelmente pequena ou nenhuma luxação e ausência de quebra completa do córtex.2. Fratura em galho verde: A fratura ocorre em apenas um lado. O córtex de um lado do osso está quebrado, e o outro lado está envergado. Quando o osso se endireita, uma linha de fratura tênue no córtex pode ser vista em um lado do osso, e uma discreta saliência ou defeito em forma de prega é vista do lado oposto (Fig. 19.10).Fratura completa:Nessa fratura, a quebra é completa e inclui o corte transversal do osso.O osso é quebrado em duas partes.Três tipos principais de fraturas completas são os seguintes:1. Fratura transversal: A fratura é transversal em um ângulo quase retoem relação ao eixo longitudinal do osso. 2. Fratura oblíqua: A fratura atravessa o osso em um ângulo oblíquo. 3. Fratura em espiral: Nessa fratura, o osso é separado e a fratura forma espirais ao redor do eixo longitudinal (Fig. 19.11).

Fratura cominutíva:Nessa fratura, o osso é estilhaçado ou esmagado no local do impacto, resultando em dois ou mais fragmentos (Fig. 19.12).A seguir estão os três tipos de fraturas cominutivas que possuem implicações específicas para o tratamento e o prognóstico, devido à possível interrupção substancial de sangue.1. Fratura segmentar: Um tipo de fratura dupla com duas linhas defratura isolando um segmento distinto de osso2. Fratura em borboleta: Uma fratura cominutiva com dois fragmentos de cada lado de um fragmento principal separado em formade cunha; possui alguma semelhança com as asas de uma borboleta3. Fratura estilhaçada: Uma fratura cominutiva na qual o osso é esmigalhado em fragmentos finos e pontiagudos

Fratura impactada:Nessa fratura, um fragmento está firmemente cravado no outro; adiáfise do osso é impelida na cabeça ou no segmento terminal. Isso ocorremais comumente nas extremidades distais ou proximais do fêmur, úmero ou rádio (Fig. 19.13).Fraturas com "Denominações" Específicas

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598-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILA seguir estão alguns exemplos e descrições de fraturas, usualmente denominadas segundo o tipo de injúria ou com o nome da pessoa que a identificou pela primeira vez.Fratura do beisebol (taco)Essa fratura da falange distal é causada por uma bola que golpeia aextremidade de um dedo estendido. A articulação interfalangiana distal (lFD) é parcialmente flexionada, e uma fratura em avulsão freqüentemente está presente na base posterior da falange distal.Fratura de BartonEssa é uma fratura intra-articular da borda posterior do rádio distal.Fratura de BennettEssa fratura longitudinal ocorre na base do primeiro metacarpo, com a linha de fratura penetrando na articulação carpometacarpal, geralmente incluindo deslocamento ou subluxação posterior.Fratura do boxeadorEssa fratura envolve mais comumente o quinto metacarpo distal, com uma angulação posterior do ápice mais bem demonstrada na visão lateral. Isso resulta do ato de socar alguém/algo.Fratura de CollesEssa fratura do punho na qual o rádio distal é fraturado com o fragmento distal deslocado posteriormente (angulação anterior do ápice) resulta de uma queda sobre o braço estendido.Fratura de Hutchinson (do chofer)Essa é uma fratura intra-articular do processo estilóide radial. (O nome origina-se do tempo em que carruagens movidas a manivela disparavam, com a manivela chocando-se contra a lateral do antebraço distal.)Fratura do enforcadoEssa fratura ocorre através do pedículo do áxis ((2), com ou sem deslocamento de (2 ou (3.Fratura de MonteggiaEssa fratura da metade proximal da ulna juntamente com deslocamento da cabeça radial pode resultar de defesa contra golpes com o antebraço elevado.Fratura de PottEsse termo antigo é usado para descrever uma fratura completa dafíbula distal com injúria importante da articulação do tornozelo, incluindo dano ligam_tari associada freqüentemente a fratura da tíbia dista! ou do maléolo medial.Fratura de Smith (Colles invertida)Essa é uma fratura do rádio distal com deslocamento anterior (angulação posterior do ápice).

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599-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTIL

Outros Tipos de FraturasFratura em avulsãoEssa fratura resulta de grave estresse em um tendão ou ligamento em região articular. Um fragmento ósseo é separado ou afastado pelo tendão ou ligamento de fixação.Fratura por explosão e/ou trípodeEssas fraturas provenientes de um golpe direto na órbita e/ou maxila e zigoma estão descritas e ilustradas no Capo 11.Fratura em lascaEssa fratura envolve um fragmento ósseo isolado. (Não é a mesma coisa que uma fratura em avulsão.)Fratura por compressãoEssa fratura vertebral é causada por injúria tipo compressiva.O corpo vertebral sofre colapso ou é comprimido.Geralmente, é mais evidente radiograficamente por uma diminuição da dimensão anterior do corpo vertebral.Fratura com afundamento (ocasionalmente chamada de fratura em pingue-pongue)Nessa fratura craniana, um fragmento está deprimido. A aparência é similar a uma bola de pingue-pongue que tenha sido pressionada com o dedo, mas, se a indentação puder ser elevada novamente, pode assumir sua posição próxima à original.Fratura epifisáriaEssa é uma fratura através da placa epifisária, o ponto de união da epífise e a diáfise óssea.É um dos locais mais comuns de fratura nos ossos longos em crianças. Os radiologistas comumente usam a classificação de Salter-Harris (Salter 1-5) para descrever a gravidade e a indicação racional do prognóstico dessas fraturas.*Fratura patológicaEssas fraturas são devidas a processo de doença no interior do osso, como osteoporose, neoplasia ou outras doenças ósseas.Fratura de estresse ou fadiga (ocasionalmente chamada de fratura "da marcha';Esse tipo de fratura tem origem não-traumática. Resulta de estresse repetido em um osso como durante a marcha ou corrida. Se decorrentes de marcha, essas fraturas usualmente são na porção média dos metatarsos, e, se ,causadas por corrida, são na porção distal da tíbia. Fraturas de estresse são freqüentem ente difíceis de demonstrar radiograficamente e podem ser visíveis apenas pela formação subseqüente de calo no local da fratura ou através de varredura óssea por medicina nuclear.Fratura estreladaNessa fratura, as linhas de fratura são radiadas a partir de um ponto central de injúria com padrão em forma de estrela. O exemplo mais comum desse tipo de fratura é a patela, freqüentemente causada pelo impacto dos joelhos no painel em um acidente com veículo automotor.Fratura trimaleolarEssa fratura do tornozelo envolve os maléolos media I e lateral e a borda posterior da tíbia distal.Fratura do tofo ou explosivaEssa fratura cominutiva da falange distal pode ser causada por um golpe esmagador na porção distal do dedo ou polegar.

*Manaster BJ: Skeletol rodiology, hondbooks in rodiology, ed. 2, St Louis, 1997, Mosby.

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600-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTIL

Redução Pós-FraturaRedução Fechada Fragmentos fraturados são realinhados através da manipulação e imobilização por gesso ou tala. Uma redução fechada é um procedimento não-cirúrgico.Redução Aberta Para fraturas graves com deslocamento significativo ou fragmentação, é necessário um procedimento cirúrgico. O local da fratura é exposto e parafusos, placas e pinos são instalados conforme necessário para manter o alinhamento dos fragmentos ósseos até que um novo crescimento ósseo ocupe o espaço. Isso é chamado de redução aberta com fixação interna (RAFI). Radiografias são realizadas durante esses procedimentos cirúrgicos para guiar o cirurgião ortopédico.O seguimento radiográfico pós-redução é geralmente necessário para as reduções aberta e fechada. Essas radiografias devem incluir duas incidências feitas com ângulo reto entre si (Figs. 19.20 e 19.21) para avaliação completa da redução da fratura.Fluoroscopia com braço C móvel está em uso cada vez maior para reduções abertas e fechadas (p. 604).

Princípios de Posicionamento e Uso da GradeOs princípios de posicionamento para radiologia do trauma são similares àqueles da radiologia geral rotineira conforme descrito no Capo 1 deste livro. A principal diferença pode ser resumida com a palavra adaptação. Cada paciente traumatizado e situação são únicos, e o técnico deve avaliar o paciente e adaptar os ângulos do RC e o posicionamento do filme conforme necessário.

PRINCíPIO UM - DUAS INCIDÊNCIAS COM 90° ENTRE SI E ALINHAMENTO VERDADEIRO DE RC - PARTE-FILMEO Princípio Um determina que a radiografia do trauma geralmente exige duas incidências a 90° ou com ângulo reto entre si enquanto o alinhamento verdadeiro do RC - parte-filme é mantido.A preferência por duas incidências se dá através da incidência verdadeira AP ou PA e a verdadeira lateral obtida virando a parte do corpo (posicionamento padrão) ou angulando o RC e o filme conforme necessário (adaptação do posicíonamento ao trauma). Um exemplo é mostrado nas Figs. 19.22 e 19.23, nas quais imagens verdadeiras AP e lateral do pé são obtidas sem flexionar ou mover o membro inferior. A incidência AP é obtida através da angulação do RC e do filme em relação ao pé, mantendo desse modo um verdadeiro alinhamento do RC - parte-filme.Esse mesmo princípio adaptativo pode ser aplicado a qualquer parte do corpo, como será demonstrado neste capítulo.Exceção ao Princípio da Verdadeira AP (PA) e Lateral Como resultado da condição do paciente, ocasionalmente pode não ser possível manter essa relação padrão do RC - parte-filme para as incidências AP (PA) e lateral verdadeira. Pode também não ser possível devido a inevitáveis obstruções como grandes talas, suportes dorsais, barras de tração ou outros aparatos. O técnico deve ainda tentar duas incidências a quase 90° entre si, mesmo que ambas estejam parcialmente oblíquas. Apenas como um último recurso, uma única incidência deve ser feita. Quando essas exceções são feitas, deve ser feita uma observação no prontuário médico do paciente ou na requisição do exame, explicando a razão dessa variação da rotina.Exceção ao Alinhamento do RC - Parte-Filme Geralmente esse princípio inclui a colocação do filme em ângulo reto ou perpendicular em relação ao RC para obter distorção mínima da parte. No entanto, em situações como a mostrada na Fig. 19.24 a relação entre o RC e a parte pode ser mantida, mas não a relação entre a parte e o filme. Nesse exemplo, a coluna cervical oblíqua é obtida com o paciente em decúbito dorsal e o filme apoiado na mesa sob opaciente. Isso resultará em alguma distorção da parte, mas na radiografia do trauma é aceitável.Algumas unidades especializadas em trauma disponíveis mantêm a relação RC – parte-filme. O tubo de raios X e o porta-filme são montados em um braço C. Quando o tubo é angulado, o filme conseqüentemente é angulado.

601-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILPRINCíPIO DOIS - INCLUIR TODA A ESTRUTURA OU ÁREA DE TRAUMA NO FILMEO Princípio Dois da radiografia do trauma determina que é importante que toda a estrutura a ser examinada esteja incluída na imagem radiográfica

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para garantir que nenhuma patologia seja negligenciada. Isso exige seleção de receptores de imagem grandes o suficiente ou o uso de mais de um se necessário.Membros Superiores e Inferiores Se o pedido de exame do paciente traumatizado inclui ossos longos dos membros superiores ou inferiores, ambas as articulações devem ser incluídas em busca de possíveis fraturas distantes da injúria primária. Um exemplo é a requisição de exame pós-trauma de perna (tíbia-fíbula) com injúria na região distal. Isso pode exigir um segundo filme, pequeno, do joelho para incluir a tíbia-fíbula proximal se a perna do paciente for muito longa para ser incluída apenas em uma imagem. Fraturas da tíbia distal podem ter uma fratura secundária da fíbula proximal. Esse princípio da inclusão de ambas as articulações é verdadeiro para as incidências AP e lateral.Observação: As incidências AP e lateral da perna distal e tornozelo nas Figs. 19.25 e 19.26 devem também incluir incidências de toda a tíbia e fíbula a fim de avaliar as regiões proximais desses ossos em busca de fraturas secundárias.Regra de Sempre Incluir uma Articulação Para todos os exames de seguimento para membros superiores e inferiores, sempre inclua no mínimo uma articulação próxima ao local da lesão. Não existem exceções para essa regra, mesmo que a fratura óbvia mostrada em imagens prévias esteja na região óssea média. A articulação mais próxima do local de fratura deve ser sempre incluída.Tórax, Abdome e Ossos Torácicos O Princípio Dois de inclusão de toda a estrutura ou região do trauma refere-se também às grandes áreas do corpo.Por exemplo, o abdome em um paciente grande pode exigir dois filmes colocados transversalmente para incluir todo o abdome. Isso pode também ser verdadeiro para o tórax e estruturas ósseas torácicas.

Lateral com Feixe Horizontal Pacientes traumatizados freqüentemente chegam em posição de decúbito dorsal, e as incidências com feixe horizontal (cruzando a mesa) são comumente necessárias para as incidências laterais. Deve-se tomar cuidado para que o feixe divergente de raios X não projete a parte do corpo que está fora do filme, especialmente quando o filme é colocado na beira diretamente ao lado do paciente. Isso é verdadeiro para a coluna vertebral, crânio ou outras partes que se apóiam diretamente na mesa. Um exemplo é demonstrado nas Figs. 19.27 e 19.28 de uma incidência lateral com feixe horizontal do crânio com e sem uma possível lesão da coluna vertebral. Com uma lesão questionável da coluna, a cabeça e pescoço não podem ser movidos ou elevados, e desse modo nenhum suporte ou almofada pode ser colocado entre a cabeça e a mesa. Se o porta-filme é colocado na borda próxima à cabeça do paciente, o feixe divergente de raios X projetará a parte posterior do crânio fora do filme.Para evitar o corte da parte posterior do crânio nesse exemplo, o paciente pode ser movido até a borda da mesa, e o filme colocado abaixo do nível da mesa (Fig. 19.28). Isso resultará em um aumento da distância objeto-filme, com resultante ampliação. Nessa situação, essa é uma opção aceitável. Qualquer ajuste necessário na mAs pode ser calculado com o uso da fórmula da lei do quadrado inverso.Se radiografias da coluna cervical tiverem excluído fratura ou sublocação cervical, a cabeça pode então ser elevada e apoiada por uma esponja para prevenir corte do crânio posterior (Figo 19.27).

602-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTIL

USO DE GRADESGrades devem ser usadas para todas as partes do corpo que tenham mais de 1O cm. Isso significa que, exceto nos membros superiores e inferiores e em crianças menores, grades são comumente usadas para radiografias móveis ou no trauma. Aumento de partes, talas e macas resultam em dispersão adicional devido ao aumento da espessura da parte, e uma kVp mais alta pode ser necessária, o que torna o uso de grades essencial.

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Evitar o corte da grade é um desafio nas radiografias móveis e do trauma devido às adaptações exigidas nos alinhamentos do RC - parte-filme.Regras para Uso de GradeO uso bem-sucedido de grade exige compreensão dos princípios e regras para evitar o corte da grade, que pode ocorrer quando essas regras são violadas. Discreto corte da grade é evidente através de áreas de densidade diminuída (Fig. 19.29). Corte mais grave da grade obliterará completamente toda ou parte da imagem radiográfica (Fig. 19.30).O corte da grade pode ser evitado com o cumprimento de regras referentes ao uso da grade relacionado a (1) centralização do RC; (2) angulação do RC; (3) limite focal da grade (limite da distância foco-filme [DFoFi] máxima e mínima); e (4) lado tubular da grade.1. Centralização do RC O RC deve sempre estar centralizado ao longo do eixo central da grade. Se não, quanto mais lateralizado estiver o RC a partir do centro do eixo ou linha central da grade, maior será o corte resultante. Isso é demonstrado pela comparação da Fig. 19.29, com o RC cerca de 3 polegadas (l,5 cm) afastado do centro, com a Fig. 19.30, com RC cerca de 5 polegadas (12 cm) longe do centro.Em certas situações clínicas nas quais é difícil posicionar a área deinteresse no centro da grade, essa pode ter de ser virada de modo a que as faixas de chumbo corram perpendicularmente à extensão dopaciente a fim de permitir uma centralização precisa, por exemplo, lateral da coluna lombar com feixe horizontal.Exceção: grades lineares de decúbito Uma exceção às grades longitudinais focadas mais comuns com faixas de chumbo e eixo central correndo longitudinalmente à grade é a grade linear transversal de decúbito. Essa grade, com faixas de chumbo e eixo central correndo transversalmente ao longo da menor dimensão da grade, é útil para incidências em decúbito com feixe horizontal. Para isso, a grade é colocada longitudinalmente com o paciente, mas o RC é centralizado ao longo do eixo transversal da grade para evitar corte da grade.2. Angulação do RC A angulação do RC deve ser feita ao longo da direção das faixas de chumbo. Desse modo, a qualquer momento em que o RC seja angulado e não esteja perpendicular ao plano do filme, a grade deve ser alinhada de modo que o ângulo do RC corresponda à extensão das linhas da grade. Angular transversalmente à grade por mais de 3 ou 4 graus resultaria em corte da grade (Fig. 19.32).3. Limite focal da grade Cada grade facada possui um limite focal de distância foco-filme máxima e mínima a fim de evitar corte da grade. O limite focal é determinado pela freqüência da grade (número de faixas da grade por polegada ou cm) e pela razão da grade (altura das faixas de chumbo comparada com o espaço entre elas). Grades portáteis geralmente têm uma freqüência de grade e uma razão de grade mais baixas que as grades fixas ou grades tipo Bucky. Uma razão de grade comum para grades portáteis é de 6:1 ou 8:1 comparada com 12:1 das grades de Bucky. Isso resulta em um limite focal maior para grades portáteis, mas limitações da DFoFi ainda existem para evitar o corte da grade. Cada técnico deve conhecer os tipos de grade portáteis disponíveis e o limite focal de cada uma.4. Lado tubular da grade Cada grade possui um lado do tubo marcado. As faixas de chumbo são inclinadas ou focadas para permitir que o feixe de raios X atravesse as faixas de chumbo desimpedidas se a DFoFi estiver dentro do limite focal e se a grade estiver corretamente posicionada com o lado do tubo voltado para cima (voltado para a mesa).1. RC deve estar a 1 a 1 % polegada (2,5 a 4 cm) da linha central2. Angulação do RC deve estar ao longo do comprimento da linha central3. A DFoFi deve estar no limite focal da grade

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603-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILEquipamento Portátil de Raios XUm estudo da radiografia móvel e do trauma exige compreensão das funções e operações do equipamento a ser usado. A radiografia do trauma pode ser realizada tanto com tubo convencional sobre a cabeça e mesa de raios X quanto com unidades móveis (portáteis) que são trazidas até a sala de emergência, o leito do paciente ou a sala de cirurgia para procedimentos cirúrgicos.Esse tipo de máquina de raios X móvel tem sido comumente chamado de "portátil". No entanto, esse não é um termo preciso, pois portátil significa mover-se ou ser carregado facilmente, e o tipo comum de unidades móveis usado atualmente pesa até 500 kg ou mais.TIPOS DE SISTEMAS PORTÁTEIS DE RAIOS XAvanços importantes têm sido feitos no equipamento de fluoroscopia e radiografia móvel nos últimos anos. Exemplos de tipos gerais comumente usados são descritos e ilustrados.Unidades Portáteis de Raios X Operadas por Bateria, Movidas a BateriaEsses sistemas são movidos a energia através de 10 a 1 6 baterias de 12 volts, de chumbo, recarregáveis, lacradas, ácidas, conectadas em série. O sistema auto propelente dessas unidades também é movido a bateria e possui velocidades de percurso variáveis, com uma velocidade média de percurso de 2 1/2 a 3 milhas por hora, com uma inclinação máxima de 7%. Elas possuem um limite de alcance de até 10 milhas no nível após uma carga total.Elas são movidas e manobradas por motor duplo que opera as duas rodas. Também possuem uma velocidade mais baixa para avançar e retroceder em 10 is apertados. Freios são automaticamente acionados quando as alava de controle não estão em uso e quando estão posicionadas no modo de carga.Elas podem ser ligadas para recarga quando não estiverem em uso, e podem ser recarregadas em 1 10 ou 220 volts. Com 110 volts, e distribuidor de 5 amperes, o tempo de carga é de cerca de 8 horas se completamente descarregadas.Fonte Padrão de Energia, Não-Movida a MotorOutros modelos não movidos a bateria estão disponíveis, com peso muito mais leve e não guiados por motor. Eles operam com fontes de energia de 110 volts, 15 amperes ou 220 volts e 10 amperes. Podem incorporar um sistema de descarga do capacitor que gera alto rendimento de voltagem de uma fonte de energia padrão de 110 volts e 1 5 amperes.Outros sistemas oferecem uma fonte dupla de energia com motor assistido por bateria para transporte mais fácil e rendimento energético aumentado.Os controles dessas unidades podem incluir alguns tipos de sistema de memória programada opcional baseado nas partes anatômicas, ou possuem controles técnicos de operador seletivo de kV e mAs.Observação: Esses são apenas dois exemplos de sistemas móveis disponíveis. Outros fabricantes oferecem várias modificações, características e opções.

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604-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTIL

Sistemas Digitais Fluoroscópicos Móveis com Braço CO termo braço C é descritivo desse desenho básico de uma unidade fluoroscópica móvel, com tubo de raios X em uma extremidade do braço C e a torre do intensificador de imagem na outra extremidade.A familiaridade com o braço C e com os controles de imagem e monitor é essencial para o técnico de radiologia/radiologista. Este deve se tornar familiarizado com os vários tipos de camas ou carretas cirúrgicas que são usadas na cirurgia com braço C. Por exemplo, uma cama cirúrgica usada para colangiogramas pode não acomodar o tubo de raios X do braço C sob a mesa na área abdominal devido aos suportes de base, a menos que a cabeça do paciente seja colocada na extremidade correta da cama ou carreta, como mostrado na Fig. 19.35.Operabilidade O equipamento é projetado para ser bastante operável com o próprio braço C fixado a um braço em forma de L que pode ser elevado e abaixado ou estendido conforme a necessidade. O braço C com balcão iestável também pode ser rodado ou inclinado para angulações caudais ou cefálicas, ou rodado para uma posição "cruzado na mesa" com feixe horizontal para incidências laterais do quadril ou outras incidências laterais conforme necessário (Fig. 19.36). Pode também ser rodado a 1800 a fim de colocar o tubo no topo e o intensificador embaixo, mas isso não é recomendado, pois aumenta a DFoFi, o que diminui a resolução da imagem e aumenta a dispersão da radiação. A posição com "tubo no topo" também resultará em um aumento significativo na exposição da cabeça e á do pescoço do cirurgião e radiologista devido ao padrão de exposição do braço C nessa orientação (ver Fig. 19.44, p. 606).Globalmente, a unidade é flexível, e o técnico deve estar familiarizado com a variedade de complexidades nas junções, extensões e ajustes. Com sua base de três rodas com rodas traseiras dirigíveis e uma roda dianteira giratória, o operador pode facilmente manobrar a unidade em quase todas as configurações possíveis com espaço razoável.Monitores de TV e Carreta de Controle Dois monitores são geralmente usados, de modo que a imagem ativa possa ser exibida em um monitor enquanto o segundo monitor pode ser usado para "segurar a imagem" para fins de referência. Geralmente o monitor ativo está à esquerda, e o monitor de controle está à direita. Imagens podem ser também rodadas ou troca das conforme necessário para a visualização preferencial do cirurgião e/ou radiologista.Uso do Braço C O técnico usará a unidade do braço C com vários tipos de procedimentos nos quais a fluoroscopia móvel e/ou a obtenção de imagens com fotografia são necessárias. Exemplos são os procedimentos cirúrgicos como colangiografias e reduções abertas de fraturas ou a colocação de pinos no quadril. Outros usos incluem vários tipos de procedimentos especiais e estudos intervencionistas.As imagens podem ser arquivadas temporariamente com memória de vídeo ou em discos rígidos opcionais. Impressoras opcionais são também disponíveispara impressão. Capacidade de cine loop é também possível, na qual imagens são registradas em rápida sucessão e então exibidas como imagem de cinema, como nos exames com ingestão de bário.Como em outros tipos de obtenção de imagens digital, a intensificação e a manipulação da imagem são possíveis, incluindo controle do brilho e de contraste, manignificação, realce das bordas, máscara e subtração digital.Sistemas com Mini braço C Sistemas digitais fluoroscópicos com braço C também incluem pequenas unidades com componente único usadas para fins ortopédicos e outros usos em salas de cirurgia de hospitais e salas de emergência, clínicas e consultórios médicos. Eles incluem a maioria dos aspectos e modos operacionais dos sistemas maiores de braço C, mas combinam a estação de trabalho e monitores com um pequeno braço C em uma unidade única compacta. Essas miniunidades com braço C operam com níveis de raios X mais baixos para exame de partes menores do corpo, o que também resulta em dispersão muito menor da radiação em comparação com os sistemas maiores de alta energia com braço C.

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Controles e Modo Operacional Os sistemas digitais fluoroscópicos combraço C incluem vários controles de opção de modo operacional com os quais o técnico deradiologia/radiologista deve estar familiarizado. Esses painéis de controle podem estar na carreta de controle do monitor de lV, ou, em algunsequipamentos, o painel de controle pode estar na própria unidade braço C (Fig. 19.38).O modo amp refere-se à capacidade de ampliar a imagem quando exigido pelos cirurgiões a fim de melhor visualizar estruturas que eles freqüentemente têm que ver à distância do monitor.O modo pulsar é usado para criar uma pulsação do feixe de raios X em aumentos calculados para reduzir a exposição.A tomada instantânea ou modo digital focal ativa um "ponto digital", o que resulta em uma imagem intensificada por computador com qualidade mais alta se comparada a uma imagem obtida por fluoroscopia.O modo filme serve para expor chassis-padrão colocados no porta-filme opcional colocado sobre o intensificador de imagem. Esse porta-chassipode ser fixado à torre do intensifica dor de imagem na qual os chassis comuns são colocados para radiografias convencionais (Fig. 19.39). Dessa maneira, o braço C pode também funcionar como uma unidade móvel de radiografia sem usar funções digitais de obtenção de imagens.Controle de exposição auto/manual permite o controle manual da exposição por parte do operador se assim desejado ou o uso de controles automáticos de exposição.Modos adicionais opcionais disponíveis em alguns equipamentos que permitem procedimentos mais complicados são a subtração (subtração digital) ecunapeamento. Mapeamento é o método de exibição de imagem no qual uma imagem fluoroscópica específica é mantida na tela em combinação com a fluoroscopia contínua. Isso é especialmente útil em procedimentos intervencionistas que exigem a colocação de cateteres e guias.Pedais O pedal permite que o médico ou outro operador conduza o braço C com as mãos livres. Um pedal completamente equipado possui múltiplos pedais para controlar várias funções, como mostrado acima à direita na Fig. 19.38. Esse modelo específico possui quatro controles. O pedal explorador da fluoroscopia opera as funções nãoprocessadas ou cruas do fluoroscópio. O fluoroscópio digital ativa funções seletivas de processamento de intensificação computadorizada como avaliação da média (redução do ruído da imagem fluoroscópica). Um terceiro pedal é o controle que salva a imagem para armazenar a última imagem exibida. Quando ativado, o pedal marcado como instantâneo ou ponto digital de apoio resulta em uma imagem intensificada por computador com alta qualidade.Orientação da ImagemA flexibilidade do braço C em examinar inúmeras estruturas anatômicas, praticamente em qualquer angulação concebível, de qualquer lado ou direção, exige correta orientação da imagem cada vez que se prepara para o uso. Isso precisa ser feito durante o período de preparação, antes de o paciente ser levado para a sala, a fim de evitar exposição desnecessária do paciente e da equipe após o início do procedimento. Por exemplo, tentar orientar uma imagem de tamanho menor na região abdominal pode ser muito confuso e difícil, já que essa região possui poucos marcos para indicar a parte superior ou inferior e direita ou esquerda.Os técnicos devem desenvolver sua própria metodologia. Um método é trazer o braço C para o interior da sala na mesma posição e orientação que serão usadas para o procedimento. Coloque um marcador de chumbo O na superfície plana do colimar do tubo de raios X orientado da mesma maneira que o paciente. O topo do O na extremidade da cabeça, para ser exibido no lado direito do paciente, para aparecer anatomicamente correto no monitor à esquerda do observador. (Essa é a mesma orientação para a visualização de radiografias, o lado direito do paciente à esquerda do observador.) Uma exposição pode ser feita durante essa organização com um avental ou outro escudo cobrindo o braço C a fim de proteger outras pessoas na sala. Visualizar e orientar a imagem teste do O corretamente no monitor é a preparação para o procedimento.Campos Estéreis

O uso do braço C em cenários cirúrgicos exige atenção especial na manutenção de campos estéreis. A posição apical do intensificador de imagem freqüentemente o leva a ser colocado sobre incisões abertas.Três abordagens básicas existem para manter um campo estéril. O método mais comum é cobrir o intensificador de imagem, o tubo de raios X e o braçoC usando um tecido e/ou sacos estéreis com uma faixa de tensão mantendo o tecido e os sacos posicionados (Fig. 19.40). A cobertura é chamada de capa snap (a faixa faz um som de estalo [snap] quando retirada do local). A capa snap torna possível que o cirurgião opere com o intensificador de imagem sobre a incisão aberta. Também dá ao médico uma maneira de mover o braço C para movimentação e centralização precisas.Uma segunda abordagem, menos comumente usada, é cobrir temporariamente o paciente (ou local de cirurgia) com um campo estéril adicional antes de o braço C descoberto ser posicionado sobre o local anatômico. Uma vez posicionado e que uma imagem satisfatória tenha sido obtida e o braço C tenha sido removido, o campo estéril (ou coberta) é então removido do paciente e descartado. Este processo é repetido com um novo (nãousado) campo estéril, se for necessário usar novamente o braço C. Essa abordagem é empregada nos casos em que o médico não precisa interagir com o local cirúrgico durante a fluoroscopia, ou quando capas snap não estão disponíveis.O terceiro método de manutenção da área estéril usa uma "cortina de chuveiro". A colocação de pinos no quadril ou no fêmur exige uma abordagem lateral na incisão cirúrgica, tornando esses procedimentos ideais para a cortina de chuveiro. Uma barra de metal longa horizontal fixada a duas barras verticais suspensas é colocada ao longo do eixo longitudinal lateral do local afetado. Uma grande folha plástica clara (uma "cortina de chuveiro"), estéril, é suspensa a partir da barra horizontal, que está a cerca de 60 cm (24 polegadas) acima do paciente. Uma abertura especial no meio do plástico é fixada com uma segunda faixa adesiva até a região lateral do quadril! fêmur proximal e é usada para acessar a incisão. A cortina forma uma barreira estéril entre o médico e o paciente, conforme o braço C está posicionado para uma PA e lateral com feixe horizontal do quadril no lado não-afetado do paciente.

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606-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTil

PROTEÇÃO CONTRA RADIAÇÃOA proteção contra a radiação é uma preocupação especial com a fluoroscopia, especialmente com o braço C, quando usado em ambientes não-protegidos como sala de cirurgia. Precauções de segurança para o braço C seguem as três regras básicas para a proteção contra a radiação:distância, tempo e proteção.Distância (meio mais efetivo de reduzir a exposição ocupacional) Como demonstrado pelos campos de exposição nesses desenhos, os campos secundários de radiação dispersa caem drasticamente com o aumento da distância da fonte (aplicando a lei do quadrado inverso).Antes de as exposições serem feitas, o técnico deve lembrar todos da equipe para que se mantenham o mais afastado possível, mesmo que estejam usando aventais de chumbo. Distância é a chave para reduzir a exposição da equipe.Tempo limitar o tempo de exposição é também um meio efetivo de proteção contra radiação. Isso é especialmente verdadeiro na fluoroscopia, em que o tempo de exposição e a resultante dispersão da radiação podem ser muito maiores que nas radiografias convencionais. Profissionais não-radiologistas podem não ter a experiência e o treinamento para garantir o uso mínimo do fluoroscópio. Isso torna o uso do modo pulsar mais importante nos procedimentos cirúrgicos com braço C, pois permite fluoroscopia pulsada em uma taxa de apenas uma a duas imagens por segundo, com o gravador digital mantendo essa imagem no monitor entre os pulsos. O técnico deve documentar o tempo de fluoroscopia no fim do caso.Proteção Além do tempo e da distância, o uso correto de protetores é importante. Por exemplo, antes do início do procedimento cirúrgico, o técnico de radiologia/radiologista deve fornecer aventais de chumbo para todas as pessoas que vão permanecer na sala durante as exposições, ou deve fornecer um escudo móvel de chumbo atrás do qual as pessoas possam ficar. O cirurgião, o radiologista, o anestesista ou outras pessoas que permaneçam na sala e que não possam se mover para trás do escudo devem previamente vestir aventais de chumbo sob seus capotes estéreis.Orientação do Braço C e Padrões de ExposiçãoIncidência PA com RC Vertical levando em conta que o paciente esteja na posição de decúbito dorsal, manter o braço C em PA e diretamente vertical e perpendicular ao chão minimiza a exposição do pescoço e da região facial (Fig. 19.41). Se o braço C está inclinado em cerca de 30°, como mostrado na Fig. 19.42, a configuração dos campos de exposição muda, aumentando significativamente a exposição da parte superior do corpo e da região facial não-protegidas pelo avental de chumbo. Estudos mostraram que mesmo uma inclinação de 30° do braço C aumentará a dose para a face e a região do pescoço do operador de estatura mediana situado em local próximo ao braço C em um fator de 4.tIncidência com RC Horizontal A configuração dos campos de exposição com feixe horizontal é demonstrada na Fig. 19.43. Note que a região exposta no lado do paciente próximo ao tubo de raios X é significativamente maior que a região próxima à torre do intensificador. Esta deve ser uma consideração importante para o cirurgião ou outro operador que possa precisar permanecer próximo ao paciente.RC Vertical na Incidência AP Ocasionalmente, o técnico pode ser solicitado a reverter o braço C com o tubo no topo e o intensificador de imagem embaixo. Isso garante ao cirurgião mais espaço para manipulação, mas não é recomendado devido ao significativo aumento na exposição do operador, como mostrado na Fig. 19.44 (dose até 100 vezes mais alta nos olhos do operador).Sumário Práticas de proteção consciente contra a radiação são especialmente importantes no trauma e em radiografias móveis, em que barreiras fixas de chumbo não fornecem um local protegido para permanência durante as exposições. Isso é verdadeiro com os exames móveis na beira do leito, porém ainda mais verdadeiro no que diz respeito a fluoroscopia móvel com braço C, que potencialmente resulta em dispersão muito maior da radiação para a área imediata e por um período mais longo de tempo. O técnico deve continuamente estar consciente das três regras básicas para proteção contra a radiação: distância, tempo e proteção.Referência técnica. OEC Medical Systems, Salt lake City, Utah. 1 996.Geise RA. HunterDW: Personnel exposure duringfluoroscopy, PostgraduateRadioX, 8,1988.

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AP OBLÍQUA E LATERAL DO ESTERNOo esterno é quase impossível de ser visualizado radiograficamente em uma incidência correta AP IPA devido a esse osso plano e delgado ser sobreposto pelas vértebras torácicas. É possível visualizar o esterno, no entanto, sobrepondo-o na sombra cardíaca homogênea. Isso exige uma posição POE ou uma angulação médio-lateral equivalente do RC para o paciente na posição de decúbito dorsal.Fatores TécnicosTamanho do filme - 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas), ou 30 x 35 cm (11 x 14 polegadas)RC transversal para pacientes na posição de decúbito dorsal com angulação médio-lateral do RC para evitar corte da grade . limite de 60-70 kVp com grade . Técnica de respiração com exposição de 2 a 3 segundos comumenteusada para obscurecer as estruturas pulmonares e costelas posteriores; pacientes que conseguem cooperar devem ser solicitados a fazer curtas e suaves incursões respiratórias a fim de movimentar os pulmões e as costelas com pequena movimentação do esternoDFoFi de 40 polegadas (100 cm)Proteção Proteja a região pélvica se a paciente estiver em idade fértil.Posicionamento e Raio Central AP oblíqua - POE (Fig. 79.48):. Se o paciente não puder ser rodado, mantenha o alinhamento RC partefilme da posição POE através da angulação do RC de 15° a 20°médio-lateralmente, da direita para a esquerda (ver Observação); se a condição de o paciente permitir, gire de 15° a 20° em uma posição POE com o RC perpendicular ao filme. Garanta que a grade esteja corretamente alinhada se usar o método da angulação do RCRC é perpendicular ao centro do esterno com o filme centralizado no RCSitue o topo do filme 1 112 polegada (4 cm) acima da incisura jugular, com o filme centralizado no RC projetado.Respiração Veja instruções para respiração acima.Observação: Para incidência oblíqua do esterno, são necessárias menor rotação corporal ou menor angulação médio-lateral do RC (= 15°) nos pacientes com tórax amplo e profundo e maior rotação ou angulação do RC (= 20°) para pacientes com tórax menor.Lateral, feixe horizontal (Fig. 79.49):Com o paciente na posição de decúbito dorsal, coloque os braços ao lado do corpo, com os ombros recuados.Coloque a grade do filme ao lado do paciente, paralela ao MSP, centralizada no ponto médio do esterno (meio caminho entre o processo). (xifóide e o manúbrio).Posicione o RC horizontal em relação à parte média do esterno. Faça a exposição após inspiração completa.

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609-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILCOSTELAS – ACIMA E ABAIXO DO DIAFRAGMASe os pacientes forem capazes de assumir posições eretas, isso é menos doloroso que a radiografia das costelas na posição deitada, que coloca o peso do corpo no local da lesão. (Ver Capo 10.) Oblíquas anteriores ou posteriores devem ser determinadas pela área afetada. Trauma grave exige adaptação para a posição oblíqua com RC angulado conforme mostrado. lembre-se da importância de incluir uma imagem do tórax para avaliar possíveis injúrias pulmonares/torácicas resultantes de fratura de costela. A obtenção de imagens acima ou abaixo do diafragma é determinada pela região da injúria.Fatores TécnicosTamanho do filme - 35 x 43 cm (14 x 17 polegadas), transversalmente, para avaliação bilateral das costelas (ver Observação)limite de 65-70 kVp, grade, acima do diafragma limite de 75-80 kVp, grade, abaixo do diafragmaDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Proteção Proteja a região pélvica.Posicionamento e Raio CentralAP acima ou abaixo do diafragma:Para a região acima do diafragma, coloque a grade do filme sob opaciente, centralizando-a em relação ao tórax bilateralmente e ao RCPosicione o RC perpendicular ao MSP, centralizado 3 a 4 polegadas (7 a 10 cm) abaixo da incisura jugular como na incidência AP do tórax.Para abaixo do diafragma, situe a parte inferior da porta-filme ao nívelda crista ilíaca.Posicione o RC perpendicular ao centro do filme.Oblíqua acima ou abaixo do diafragma:Se o paciente for capaz, coloque-o em posição oblíqua de 30° a 45°,com o lado lesionado para baixo.Centralize o filme bilateralmente em relação ao tórax.Centralize o filme para a centralização acima ou abaixo do diafragma. Direcione o RC perpendicular ao centro do filme.RespiraçãoAcima do diafragma - suspenda na inspiração. Abaixo do diafragma – suspenda na expiração.Alternativa médio-lateral do RC (paciente imobilizado na posição de decúbito). (dorsal):Se o paciente não puder ser rodado, o RC pode ser angulado médiolateralmente de 30° a 40° com a grade do filme transversal, centralizado para incluir a regiãoda injúria. A imagem será um tanto distorcida, no entanto, a menos que o filme também seja inclinado.

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610-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILAP ABDOMINAL – DECÚBITO DORSAL E DECÚBITO LATERAL

Fatores TécnicosTamanho do filme - 35 x 43 cm (14 x 17 polegadas),longitudinalmentelimite de 70-80 kVp com gradeUtilize marcadores de parte superior e de decúbito se for aplicávelDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Proteção Proteja gônadas mâ.Sêttinas.Posicionamento e Raio CentralAP decúbito dorsal (Fig. 79.53):Posicione o filme no interior da fronha ou capa para facilitar o posicionamento sob o paciente, se feito à beira do leito. . Alinhe o filme longitudinalmente ao MSP. . Centralize o filme em relação ao RC ao nível da crista ilíaca. Garanta que ambos os lados do abdome superior e inferior estejam a igual distância das margens laterais do filme.Coloque suportes sob as partes do filme se necessário para garantir que o filme esteja ao nível e perpendicular ao RC (evite rotação dopaciente e o corte da grade nas superfícies do leito).Posicione o RC perpendicular ao nível da crista ilíaca e no centro do filme.Incidência em decúbito lateral esquerdo em AP (ou PA) (Fig. 79.54):Essa incidência permite a determinação de níveis hidroaéreos e possível ar livre intra-abdominal quando a obtenção de imagens verticais não for possível. O decúbito lateral pode ser feito no leito, em uma maca na sala de emergência ou em uma maca na sala de radiografia, em frente à parede vertical de Bucky.Garanta que o diafragma e a parte superior do abdome sejam incluídos. Situe o centro do filme 1 a 2 polegadas (3 a 5 cm) acima do nível das cristas ilíacas.Coloque suportes ou uma prancha de posicionamento sob os quadris e o tórax conforme necessário para centralizar o abdome em relação ao filme tanto no decúbito dorsal quanto no lateral, se feito à beira do leito.Assegure-se de que não haja rotação e que o plano do filme esteja perpendicular ao Rc.Posicione o RC horizontal ao centro da grade/filme.Respiração Suspenda na expiração.Observação: Para o decúbito lateral, coloque o paciente na posição lateral por 5 minutos antes de fazer a exposição a fim de permitir que o ar suba para a posição mais alta no interior do abdome.Decúbito dorsal, incidência lateral (Fig. 79.55): Essa não é uma incidência comum na beira do leito. O decúbito dorsal é uma posição útil para demonstrar um possível aneurisma aórtico abdominal ou como uma alternativa à posição de decúbito lateral se o paciente não puder se mover.

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611---TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILAP (PA) OBLÍQUA E LATERAL – DEDOS, POLEGAR, MÃO E PUNHOFatores TécnicosTamanho do filme - 203 24 cm (8 x 10 polegadas) ou-24x30cm(10x 12 (polegadas) limite de 50-60 kVpImagens detalhadas se usar filme/écran convencional . DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Proteção Proteja a região pélvica. posicionamento e Raio CentralAP - mão e/ou punho (Fig. 19.56):Geralmente, a mão e/ou o punho podem ser posicionados conforme necessário no filme colocado na maca ou na mesa ao lado do paciente. Mova o paciente para um lado da maca ou mesa conforme necessário para fornecer espaço para o filme. Se os dedos e a mão puderem ser amplamente estendidos, incidências AP ou PA podem ser prontamente obtidas. Posicionamento, localização do RC e colimação são similares às incidências rotineiras para membro superior descritas no Capo 4.RC é perpendicular à parte e ao filme, centralizado conforme a seguir: Mão, RC em relação à terceira articulação metacarpofalangiana. Dedos 2 a 4, RC direcionado à articulação interfalangiana proximal.AP alternativa para dedos (com dedos e mão parcialmente fIexionados) (Figs. 19.57 e 19.58):. Se o paciente não puder estender completamente os dedos, incidências AP específicas podem ser feitas conforme mostrado com as partes de interesse colocadas paralelamente ao filme.Direcione o RC perpendicular à parte de interesse e ao filme. Angule o filme e o RC conforme necessário para manter uma relação perpendicular.PA e lateral do polegar:Se existe uma injúria específica no polegar, uma incidência PA pode ser obtida usando uma esponja radiolucente como demonstrado (Fig.19.59).Teoricamente, o posicionamento lateral do polegar pode também ser alcançado pela angulação do RC conforme necessário para uma incidência lateral (Fig. 19.60). Alguma distorção pode ocorrer com a utilização desse método.Garanta que todo o polegar, incluindo todo o primeiro metacarpo e o trapézio, esteja incluído.Centralize o RC e o filme na primeira articulação metacarpofalangiana.

Oblíqua e lateral - dedos, mão e/ou punho:Oblíquas e laterais dos dedos, da mão e/ou do punho podem ser obtidas através de rotação lateral, como no posicionamento rotineiro dessas partes mostrado no Capo 4, ou através do ajuste da angulação do RC e filme conforme necessário (ver punho lateral, Fig. 19.62).Centralize o RC e faça colimação da região específica de interesse.

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612-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILPA( AP ) E LATERAL DO ANTEBRAÇO E PUNHO

Inclua ambas as articulações nas imagens originais do trauma de antebraço.Imagens pós-redução podem incluir apenas a articulação próxima ao local da fratura, dependendo do protocolo departamental.

Fatores Técnicos. Tamanho do filme - 30 x 35 cm (11 x 14 polegadas) ou - 35 X 43 cm (14 X 17 polegadas) para incluir ambas as articulações . Limite de 65-70 kVpImagens detalhadas se usar filme/écran convencionalDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Ajuste para o Pequeno para médio gessado, + 5-7 kVp.aparelho gessado: Cessado maior, 2X mAs ou + 8-10 kVp.Fibra de vidro + 3-4 kVp.Proteção Proteja a pelve e a região do tórax.Posicionamento e Raio Central - Paciente em Decúbito DorsalPA (Fig. 79.63):Ajuste o plano do filme e RC conforme necessário para uma PA verdadeira; centralize no punho ou na parte média do antebraço para incluir a área de interesse. Inclua ambas as articulações se a área de interesse for duvidosa.Lateral (Fig. 79.64):Com a mão pronada o quanto possível, use suportes para dar o apoio necessário para a mão e o braço, para uma incidência lateral com filme-parte RC a 90° da PA.Antebraço e punho pós-redução (Figs. 79.65 e 79.66): . Mova o paciente para um lado da maca para dar mais espaço para a colocação do filme para incidências PA e lateral.PA pode ser feita conforme demonstrado. Inclua o punho ou o cotovelo, o que estiver mais próximo ao local da fratura, ou ambas as articulações se necessário.Para lateral, ajuste o braço, o filme e o RC conforme necessário para uma incidência em 90° da PA.Posição ereta alternativa (Figs. 19.69 a 19.71): Se o paciente já estiver na posição ereta ou em uma cadeira de rodas, essas incidências podem ser feitas com o paciente colocado na extremidade da mesa de raios X com o braço, o filme e o RC ajustados conforme necessário.Radiografias pós-redução: PA e lateral do antebraço distal e punho são mostradas abaixo.

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613-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILPA E LATERAL DO COTOVELO

Como em outros exames radiográficos no trauma, um mínimo de duas incidências deve ser obtido do cotovelo - uma AP ou PA e uma lateral. Para pacientes com múltiplas injúrias incluindo possível trauma torácico e/ou da coluna vertebral e nos quais o cotovelo permanece parcialmente flexionado e a mão pronada, incidências PA com feixe horizontal e lateral com feixe vertical podem ser realizadas conforme demonstrado.Axio laterais do trauma: Para trauma na região da cabeça radial ou processo coronóide, ver p. 160 do Capo 4 para incidências axiolaterais do cotovelo em pacientes que não podem estender totalmente o cotovelo para oblíquaslateral ou medial.

Fatores TécnicosTamanho do filme - 20 x 24 cm (8 x 10 polegadas ou - 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas) Limite de 60-70 kVpImagens detalhadas se usar filmejécran convencional . DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Proteção Proteja a pelve e a região torácica.Posicionamento e Raio Central (com a Mão Pronada e o Cotovelo Parcialmente Flexíonado)PA (Fig. 79.72):Coloque o filme vertical entre o braço estendido e o paciente. (Coloque um escudo entre o filme e o tórax.) Forneça suporte sob o braçoe a mão.Direcione o feixe horizontal do RC para que esteja perpendicular ao plano interepicondilar para uma verdadeira PA.Lateral (Figs. 79.73 e 79.74):Com o braço em uma posição similar à posição para a PA e com o cotovelo parcialmente flexionado, coloque o filme sob o cotovelo e o antebraço e angule o RC conforme necessário para que esteja paralelo ao plano interepicondilar (900 da PA). (Duas possíveis posições laterais para o braço e filme são mostradas nas Figs. 19.73 e 19.74.)Observação: Se a possível região do trauma incluir o úmero proximal ou o ombro, faça um AP de todo o úmero para incluir tanto as articulações do cotovelo quanto à do ombro, conforme mostrado na próxima página, juntamente com uma lateral transtorácica.

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614-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILAP LATERAL DO ÚNERO

Não tente rodar o braço para incidências iniciais laterais e AP se estiverem presentes sinais e sintomas de fratura ou deslocamento. A AP deve incluir ambas as articulações do cotovelo e dos ombros, mas as duas imagens laterais serão necessárias no exame inicial a fim de demonstrar o úmero proximal e distal.Dependendo do protocolo departamental, exames subseqüentes podem exigir que apenas a articulação mais próxima à injúria seja incluída.

Fatores TécnicosTamanho do filme - 35 x 43 cm (14 x 17 polegadas) ou - 30 x 35 cm (11 x 14 polegadas) limite de 65-70 kVpPaciente grande além de 10 cm: use grade e aumente a kVp de acordo . 75-80 kVp para lateral transtorácica, grade necessáriaTranstorácica lateral geralmente feita com exposição de 2 a 3 segundos e técnica de respiração se possívelDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Proteção Proteja a pelve e a região torácica.posicionamento e Raio Central (Paciente em Decúbito Dorsal)AP (Fig. 19.75):Com o paciente em decúbito dorsal, coloque o filme cuidadosamente sob o ombro e o braço (filme grande o suficiente para incluir tanto osombros quanto as articulações do cotovelo).Abduza ligeiramente o braço e coloque a mão em decúbíto dorsal se a condição de o paciente o permitir.Centralize o RC em direção ao úmero médio.Lateral- úmero médio e distal (Fig. 19.76):Coloque o filme vertical entre o braço e o tórax, com o topo do filmeo mais profundamente possível na axila. Situe o escudo entre o filme e o tórax.Flexione o cotovelo a 90° se possível. . Coloque o RC horizontal e perpendicular ao terço distal do úmero e o filme.Lateral - úmero proximal (lateral transtorácica com feixe horizontal) (Fig. 19.77):Coloque a grade do filme próximo ao ombro e o braço lesionado. Alinhe as linhas de grade verticalmente a fim de evitar o corte da grade se à parte não estiver centralizada à linha média da grade.Eleve o braço oposto acima da cabeça, o que também eleva o ombro. . Centralize o RC horizontal através do tórax até o colo cirúrgico e à linhacentral da grade.Examine o ombro mais baixo do paciente.Observação: Uma angulação cefálica de 10° a 15° pode ser necessária se o ombro de interesse não puder ser abaixado. (Verifique o alinhamentoda grade para evitar corte da grade do RC angulado.)

615-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILAP E LATERAL – OMBRO, ESCÁPULA E CLAVÍCULA

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Fatores TécnicosTamanho do filme - 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas) . limite de 75-80 kVp com gradeDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Proteção Proteja a pelve e a região torácica.Posicionamento e Raio Central (Paciente em Decúbito Dorsal) AP do ombro (Fig. 79.78):Com o paciente em decúbito dorsal e o braço em posição de rotação neutra ao lado do corpo, centralize o filme (grade do filme sob o paciente se este estiver na maca) na articulação do ombro e no RCPosicione o RC perpendicular à articulação do ombro.AP da escápula (Fig. 79.79): . Com o paciente em decúbito dorsal, abduza gentilmente o braço a 90° do corpo se possível e centralize o filme e o RC perpendicular à escápula.Lateral do ombro:Veja lateral transtorácica na página precedente, ou faça uma incidência lateral escapular em Y, como mostrado na Fig. 19.81, mas com oRC centralizado à cabeça do úmero.Lateral escapular em Y - AP oblíqua (escápula látero-medial) (Figs. 79.80 e 79.87):O paciente deve estar em posição oblíqua posterior, com o lado de interesse elevado e o braço levantado e cruzado até o ombro oposto. Palpe as bordas da escápula e vire o paciente até que a escápula esteja em perfil na posição lateral (geralmente exige uma posição posterior oblíqua do corpo de cerca de 25° a 30°).Projete o RC perpendicular ao filme, ou, se o paciente não puder ser girado suficientemente, angule o RC conforme necessário para que esteja paralelo à lâmina da escápula (coloque a grade transversalmente para evitar corte da grade).Observação: Alguma distorção ocorrerá com essa angulação medial do RC se for necessário obter um posicionamento lateral da escápula. . Centralize o RC na borda lateral média (axilar) da escápula.AP e/ou AP axial da clavícula (Figs 79.82 e 79.83): . Com o paciente em decúbito dorsal e o braço ao lado do corpo, centralize o filme (colocado transversalmente) na clavícula.Direcione o RC perpendicular à parte média da clavícula e média do filme para a AP, e de 15° a 20° cefálicos para a incidência AP axial. Uma angulação maior do RC (20°) é necessária em um paciente magro e uma angulação menor (15°) para um paciente espesso.Observação: Se o tamanho do paciente exigir o uso de grade para as incidências AP e AP axial da clavícula, alinhe a grade longitudinalmente para evitar corte da grade na axial.

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616-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILAP LATERAL – DEDOS E PÉ

As regras gerais do trauma aplicam-se também para os procedimentos de membros inferiores. Isto é, um mínimo de duas incidências feitas a 90° uma da outra é necessário. logo, a incidência oblíqua não é geralmente incluída nesses exames iniciais do trauma.Fatores TécnicosTamanho do filme - 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas) . limite de 60-65 kVp com gradeImagens detalhadas se usar filme/écran convencional . DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Proteção Proteja a região gonadal.

Posicionamento e Raio Central (Paciente em Decúbito Dorsal, Perna Estendida)AP do pé e/ou dedos (ver Observação) (Fig. /9.84):Com a perna do paciente estendida e os dedos posicionados para cima, coloque o filme verticalmente contra a superfície plantar do pé. Use um porta-filme conforme mostrado, a fim de manter o filme posicionado, ou outros modos como um travesseiro e/ou almofadas de areia.Angule o RC conforme necessário para que esteja 10° posterior à superfície plantar e plana do filme (Fig. 19.84). (Isso equivale à angulação de 10° posterior do RC para AP de rotina do pé com a superfície plantar do pé no tampo da mesa.)Centralize o RC à articulação do terceiro metatarso. Para lesões em de dos específicos, todo o pé é geralmente incluído nos casos de trauma.Observação: Se o paciente puder flexionar o joelho e colocar o pé aplainado no tampo da mesa, incidências rotineiras AP do pé (e oblíquas) podem ser feitas conforme descrito no Capo 6.Lateral do pé (incidência látero-medial) (Fig. /9.85):Coloque suporte sob o pé e o tornozelo com o filme vertical posicionado Contra a superficie medial.Direcione o RC horizontal em direção à base dos metatarsos para aincidência lateral do pé.Observação: O receptor de imagem na Fig. 19.85 deve ser colocado longitudinalmente para melhor acomodar a correta centralização do RC e o resultante campo de colimação para essa lateral do pé ou calcâneo.

617-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILAP DO ENCAIXE (OU AP) E LATERAL – TORNOZELO E PERNA TÍBIA – (FÍBULA)

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A incidência AP do encaixe do tornozelo é uma incidência comum na rotina do trauma ou entorse da articulação do tornozelo. (Isso pode ser feito em). vez de ou associado à incidência AP verdadeira de tornozelo.) O protocolo departamental referente a isso deve ser seguido. A incidência lateral básica deve ser sempre incluída.Perna (tíbia-fíbula): O exame inicial deve incluir ambas as articulações. Exames subseqüentes podem incluir apenas a articulação mais próxima do local de fratura, dependendo do protocolo departamental.Fatores TécnicosTamanho do filme - 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas) para tornozelo,ou - 35 x 43 cm (14 x 17 polegadas) para a perna do adultolimite de 60-70 kVpImagens detalhadas se usar filme/écran convencionalDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Proteção Proteja a região gonadal.Posicionamento e Raio Central (Paciente em Decúbito Dorsal, Perna Estendida)AP do tornozelo (encaixe):Coloque o filme sob o tornozelo, centralize ao maléolo e ao RCAngule o RC látero-medialmente conforme necessário para que esteja perpendicular ao plano intermaleolar. Isso exige uma angulação de15° a 20° látero-medialmente em relação ao eixo longitudinal do pé.RC centralizado no ponto médio entre os maléolos.AP do tornozelo:Coloque o filme sob o tornozelo, centralize ao maléolo e ao RCNão faça dorsiflexão forçada do pé, mas permita que esse permaneça em uma posição natural, o que ajuda na demonstração da base do quinto metatarso (um local comum de fratura) nessa incidência do tornozelo. . Posicione o RC paralelo ao eixo longitudinal do pé e centralizado noponto médio entre os maléolos.Lateral do tornozelo (incidência látero-medial):Coloque o filme vertical contra a região medial do tornozelo, centralizado no maléolo e no RC Coloque suporte sob o pé e o tornozelo conforme necessário.Direcione o RC horizontal para o maléolo lateral, perpendicular ao filme. (Lembre-se, o maléolo lateral estará 15° a 20° mais posterior queo maléolo medial em uma lateral verdadeira do tornozelo.)AP da perna (tíbia e fíbula):Coloque o filme maior sob a perna para incluir articulações do joelho e tornozelo (coloque diagonalmente, se necessário).Centralize o RC na metade do eixo da perna.Observação: A distância foco-filme pode necessitar de aumento para 44 polegadas (112 cm) para a colimação a fim de cobrir o filme de 35 x 43 cm (14 x 17 polegadas) posicionado diagonalmente.Lateral da perna (incidência látero-medial):Coloque suporte sob o joelho, perna e tornozelo e apóie o filme vertical contra a superfície medial da perna. Use fita ou porta-filme parasegurar o filme.Direcione o RC horizontal (ou a 90° da AP), centralizado no eixo médio da perna.Observação: Um adulto grande pode necessitar de um segundo filme menor para incluir ambas as articulações. Uma orientação geral é usar omaior filme próximo à articulação lesionada e usar um filme menor para incluir a outra articulação. Isso é especialmente verdadeiro nessa lateral, pois o filme não pode ser colocado diagonalmente com facilidade.intermaleolar.

618—TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILAP E LATERAL - JOELHO

Fatores TécnicosTamanho do filme - 24 x 30 cm (10 X 12 polegadas) longitudinalmentelimite de 65-70 kVpGrade necessária se o joelho for maior de 10 cmDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)

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Proteção Proteja a região gonadal.

Posicionamento e Raio Central - Paciente em Decúbito Dorsal, Perna EstendidaAP do joelho: . Coloque o filme sob o joelho, centralizado na articulaçãodo joelho (3/4 de polegada ou 2 cm distal ao ápice da patela). . Direcione o RC para a articulação do joelho. . Nenhuma angulação cefálica do RC é necessária para o paciente de tamanho médio. (Coxas e nádegas espessas exigem angulação cefálica de 3° a 5°, e coxas e nádegas delgadas necessitam de angulação caudal de 3° a 5°; ver Capo 6.)

Lateral do joelho:Coloque o filme vertical contra a região medial do joelho, centralizado ao nível da articulação do joelho (3/4 de polegada ou 2 cm distal ao ápice da patela).Coloque suporte sob o joelho para centralizar a perna e o joelho ao filme.Direcione o RC horizontalmente para que esteja perpendicular ao filme.

Observação: Uma lateral verdadeira com feixe horizontal do joelho sem flexão do mesmo demonstra a bursa suprapatelar e os planos gordurosos associados em caso de possível deslocamento ou de presença de nívellíquido. O derrame (acúmulo de líquido) é bem visualizado devido ao raio horizontal. Derrame no interior da cavidade articular do joelho é um forte indicador de patologia nessa articulação.Essa é também uma boa incidência para possível fratura ou deslocamento da patela.

Opcíonal oblíqua medial do joelho - angulaçãolátero-medial do RC:Essa é uma projeção opcional para melhor demonstrar a cabeça e o colo fibular não-obscurecidos se necessário.Angule o RC 45° látero-medialmente, com a grade do porta-filme anguiada conforme necessário para estar quase perpendicular ao RC(Coloque a grade transversalmente para evitar corte da grade.)Direcione o RC para a articulação do joelho (3/4 de polegada ou 2 cm distal ao ápice da patela).Coloque suporte sob a perna e o joelho e apóie o porta-filme como mostrado para posicionar o filme o mais perpendicular possível ao RC a fim de minimizar distorção.

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619-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILAP E LATERAL – FÊMUR MÉDIO E DISTAL E AP PÉLVICA E DO FÊMUR PROXIMALAdvertência: Não tente rodar internamente a perna se houver suspeita de fratura de quadril.Fatores TécnicosTamanho do filme - 35 x 43 cm (14 x 17 polegadas) . limite de 70-75 kVp, fêmur distal limite de 75-80 kVp, fêmur proximal/pelveDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Proteção Proteja a região gonadal tanto em homens quanto em mulheres sem obscurecer a anatomia essencial. (Proteção ovariana nas pacientes pode não ser possível se a área de interesse estiver nas estruturas esqueléticas pélvicas.)

Posicionamento e Raio Central - Paciente em Decúbito Dorsal, Perna EstendidaAP do fêmur médio e distal (Fig. /9.94):Coloque o filme sob o joelho e centralize no fêmur para garantir que toda a articulação do joelho seja incluída, considerando a divergênciado feixe de raios X. . Direcione o RC para a parte média do filme. . Faça a colimação fechada do fêmur.Lateral do fêmur médio e distal (Fig. /9.95):Coloque a grade do filme vertical contra a região medial da perna, na região mais proximal na qual o paciente se sinta confortável. Forneça suporte sob a perna e o joelho.Direcione o RC horizontalmente para o terço distal do fêmur. Pode necessitar de colocação transversal da grade com a linha central vertical, conforme mostrado na Fig. 19.95, a fim de evitar o corte da grade.Faça a colimação fechada do fêmur.

AP pélvica (Fig. /9.96): . Posicione a fronha ou a capa sobre a grade do filme e deslize sob a pelve, com o filme transversal e centralizado no paciente.O topo do filme estará cerca de 1 polegada (2,5 cm) acima da crista ilíaca. Garanta que não haja rotação e que exista igual distância das ElAS até o filme. Gire os pés 15° internamente se possível. (Ver advertência acima.)Direcione o RC perpendicularmente ao centro do filme e à pelve.

AP do quadril (Fig. /9.97):Proteja as gônadas tanto em homens quanto em mulheres sem obscurecer a região do quadril. . Coloque o filme sob o quadril, centralizado no quadril e no RC . Direcione o RC perpendicular ao filme, centralizado no quadril (2 polegadas ou 5 cm medial à ElAS, ao nível do trocanter maior).Gire a perna 15° internamente, se possível (ver advertência acima).

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620-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILLATERAL – FÊMUR PROXIMAL E QUADRIL

Quadril infero-superior - Método de Danelius-Miller Quadril Médio-lateral - Método de Sanderson*Advertência: Não tente rodar ou mover a perna com evidência de fratura.

Fatores TécnicosTamanho do filme - 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas) para quadril,ou – 35 x 43 cm (14 x 17 polegadas) para fêmur proximal e quadril . Limite de 70-80 kVp, gradeDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Proteção gonadal geralmente não é possível.

Posicionamento e Raio Central - Paciente em Decúbito Dorsal Lateral infero-superior do quadril com injúria unilateral do quadril apenas – método de Danelius-Miller (Fig. 79.98):Coloque o filme vertical contra o lado do paciente logo acima da crista ilíaca (linhas da grade verticais, a menos que o paciente esteja elevado com o quadril quase ao nível do centro do filme). Gire internamente a perna, se possível. Eleve a perna oposta.Direcione o RC horizontal perpendicularmente ao colo femoral e ao plano do filme. Com as linhas de grade verticais, garanta que o RC esteja na linha central da grade de filme.

Incidência médio-lateral do quadril e fêmur proximal para trauma ou lateral móvel na beira do leito - método de Sanderson (Fig. 79.99):Essa é uma boa incidência para demonstrar alinhamento de prótese ou pino de quadril no pós-operatório. Pode ser prontamente obtida no leito ou em maca, com a perna afetada relaxada e parcialmente virada externamente. Barras de tração ou outros obstáculos não atrapalham essa incidência.Geralmente, uma AP da pelve ou quadril é feita primeiro, e, enquanto esse filme está sendo retirado de baixo do paciente, pode ser usado para elevar gentilmente o paciente. Com cerca de metade do filme embaixo do paciente, este pode ser usado como um dispositivo de elevação. Um cobertor ou uma toalha dobrada pode então ser colocado sob o quadril e fêmur afetados. (O paciente deve estar obliquamente de 20° a 30° da posição de decúbito dorsal.)Com as linhas de grade verticais, coloque a grade do filme contra e parcialmente sob a coxa, como mostrado, na angulação necessária para que fique quase perpendicular ao RC Apóie e segure o filme no lugar com blocos de suporte ou outros apoios e/ou fitas a 45°, conforme necessário. Angule o RC médio-lateralmente conforme necessário para que esteja quase perpendicular ao eixo longitudinal do pé (90° da AP; ver Observação). Uma angulação cefálica de 10° a 20° do RC é possível para melhor visualizar o colo e a cabeça, se a grade puder também ser angulada suficientemente para evitar o corte da grade.Observação: A angulação do RC variará, dependendo da rotação externa daperna afetada.Resumo do Método de Sanderson:O apoio é posicionado sob o quadril afetado conforme o paciente é gentilmente elevado durante a remoção do filme utilizado para a incidência AP.Com o filme parcialmente situado sob o quadril, angule o filme paralelamente ao eixo longitudinal do pé.Angule o RC médio-lateralmente para que fique perpendicular ao eixo longitudinal do pé. (Isso garante uma verdadeira visão lateral do fêmur proximal com distorção mínima.)

James A. Sanderson, Phoenix, Ariz. Esse método foi inicialmente demonstrado e descrito por Sanderson para o autor em abril de 1992.

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621-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILAP E LATERAL – COLUNA CERVICAL

Advertência: Não remova o colar cervical nem mova a cabeça ou pescoço do paciente até que fraturas cervicais tenham sido excluídas. Geralmente, isso requer que incidências AP e lateral tenham sido mostradas ao médico antes da remoção do colar cervical ou antes de o paciente ser movido da prancha.

Fatores TécnicosTamanho do filme - 24 X 30 cm (10 x 12 polegadas) limite de 75-80 kVp, grade se necessário devido ao tamanho do pacienteAP:DFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Lateral:DFoFi de 60 a 72 polegadas (150 a 180 cm)

Proteção Proteja a região pélvica.

Posicionamento e Raio Central (Paciente em Decúbito Dorsal com Potencial Lesão da Coluna Cervical) Incidência AP (Fig. /9. /03):Coloque o filme na bandeja de Bucky ou grade de filme longitudinalmente sob o paciente com o topo do porta-filme 1 a 2 polegadas (3 a 5 cm) acimado nível do MAE.Angule o RC de 15° a 20° cefálicos, centralize para que saia ao nível de C4 (entre ao nível da margem inferior da cartilagem tireóide).AP transoral- C1 e C2 (Fig. /9. /04): . Se a condição permitir, abra a boca do paciente o quanto possível sem mover a cabeça ou o pescoço.O RC pode estar angulado se necessário para que fique paralelo à linha que vai da margem inferior dos dentes superiores até a base do crânio (processos mastóides).Opcíonal AP axial da região de CI-C2 (para demonstrar o processo odontóide no interior do forame magno quando a incidência transoral não é possível e há interesse na região cervical superior) (Fig. /9. 105):. Coloque o filme longitudinalmente, centralizado no RC projetado. . Angule o RC cefálico de 35° a 40° ou como necessário para alinhar o RC paralelamente a uma linha que vai do mento até a base do crânio. Centralize o RC para penetrar imediatamente inferior à mandíbula.Lateral com feixe horizontal (Fig. /9.706):Filme vertical contra o ombro, paralelo ao MSP, com o topo do filme 1 a 2 polegadas (3 a 5 cm) acima do nível do MAE. Garanta que a região de(7-T1 esteja incluída.Deixe o paciente relaxado e abaixe os ombros o quanto possível. Se necessário, tenha uma equipe não-radiológica para puxar para baixo ambos os braços a fim de abaixar os ombros e visualizar a região de (7-T1. (Dê à equipe aventais de chumbo.)Direcione o RC horizontal para C4 (parte superior da cartilagem tireóide) e para o centro da grade a fim de prevenir o corte da grade, ou vire a grade com a linha central vertical a fim de evitar corte da grade se necessário.Aumente a DFoFi para 60 a 72 polegadas (150 a 180 cm) se o equipamento e o espaço da sala permitirem a fim de diminuir a divergência, o que reduz a ampliação para melhor visualizar C7.Observação: O uso de grade para o exame da coluna cervical é determinado pelo protocolo departamental e pelo tamanho do paciente.

Lateral do nadador (se a região de C7-T7 não for vísualízada na lateral da coluna cervícal) (Fig. /9.707):O posicionamento do filme vertical é similar ao da lateral com feixe horizontal, mas eleve o braço e o ombro proximamente ao filme e deprima o ombro oposto o quanto possível.Direcione o RC horizontal, centralizado para (7-T1 (cerca de 1,5 polegada ou 4 cm acima do nível da incisura jugular). Centralize o centro da grade ao RC a fim de evitar corte da grade (linhas de grade verticais).Observação: Um RC com angulação caudal a 5° pode ser necessário se o paciente não puder abaixar o ombro oposto ao filme.

622-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILCOLUNA CERVICAL – OBLÍQUAS POD E POE NO TRAUMA

Dois Métodos

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Incidências oblíquas da coluna ceNical, para visualizar pedículos e forames intervertebrais, podem ser obtidas de dois modos nos pacientes traumatizados.Método um: O filme permanece plano na mesa de raio X. Esse método é mais fácil e mais rápido mas resulta em maior distorção dos pedículos e dos forames inteNertebrais (Figs. 19.108 e 19.109).Método dois: Com esse método, o filme é colocado sob a mesa angulado a 45° para ficar perpendicular ao RC Esse método resulta em menor distorção mas em alguma ampliação. O aumento da distância objeto-filme funciona como uma coluna de ar e melhora a qualidade da imagem (Figs. 19.110 e 1 9.111).

Fatores TécnicosTamanho do filme - 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas) longitudinalmente . Pequeno ponto focallimite de 70-75 kVpDFoFi de 60 polegadas (150 cm) ou 72 polegadas (180 cm)

Posicionamento do Paciente em Decúbito Dorsal com a Cabeça e o Pescoço ImobilizadosMétodo um: Coloque o filme longitudinalmente aplainado na mesa sob o paciente e para um lado para ser centralizado ao RC projetado. Angule o RC a 15° cefálicos e a 45° medialmente. Alinhe o topo do porta-filme ao nível do MAE.Método dois: Angule o RC a 45° medialmente e a 15° cefalicamente, e centralize ao nível de C4 (nível da margem inferior da cartilagem tireóide). Posicione o filme em uma angulação a 45° imediatamente abaixo da altura da mesa em um suporte ou base ajustável.Centralização do RC: Com o paciente e a mesa completamente fora do caminho e com os mecanismos de disparo longitudinal e transverso do tubo liberados, angule o RC conforme necessário para obter o ângulo duplo (angulação medial a 45° e cefálica a 15°). Centralize o RC ao centro do filme.O paciente e a mesa podem então ser movidos sobre o filme até a posição de centralização do RC a C4. O RC deve permanecer centralizado ao filme sob o paciente e sob a mesa.Observação: Esse método de angulação pode também ser adaptado para um sistema móvel do tipo braço C, no qual o filme é fixado ao braço com o tubo de raios-X para manter uma relação perpendicular constante entre o filme e o RCPorta-filme angulado a 45°, centrado ao RC projetado

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623-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTIL

AP E LATERAL COM FEIXE HORIZONTAL – COLUNA TORÁCICA E LOMBARSe os pacientes puderem ser colocados de lado, imagens convencionais da coluna torácica e lombar podem ser obtidas conforme descrito nos Caps. 8 e 9.Fatores TécnicosTamanho do filme - 35 x 43 cm (14 x 17 polegadas) longitudinalmenteLimite de 75-85 kVp, gradeDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)

Proteção Proteja as gônadas.posicionamento e Raio Central - Paciente em Decúbito Dorsal AP da coluna torácica (Fig. 79.7 72): . Coloque o filme na Bucky ou deslize a grade sob o paciente com o topo do filme 3 cm (1/2 polegada) acima dos ombros.Direcione o RC perpendicular ao centro do filme, ao nível de 17, 3 a 4 polegadas (8 a 10 cm) inferior à incisura jugular.AP da coluna lombar (Fig. 79,7 73):Posicione o filme como para a AP da coluna torácica com exceção dofilme, que estará ao nível da crista ilíaca. Joelhos elevados se a condição do paciente o permitir.Direcione o RC perpendicular ao centro do filme e ao nível de L4-L5.Lateral da coluna torácica (Fig. 79.7 74):Prepare paciente/prancha (Fig. 19.114) ou mova o paciente para a borda da mesa e coloque o filme vertical abaixo do nível da mesa. Use um porta-filme ou fita e/ou almofadas de areia para apoiar o filme. Centralize o filme no RC ao nível de T7. Eleve os braços do paciente acima da cabeça ou eleve e cruze sobre o tórax, de modo que não obscureça a vértebra torácica.Centralize o RC horizontal na coluna vertebral e próximo à linha central da grade ao nível de 17,3 a 4 polegadas (8 a 10 cm) inferior à incisura jugular.Observação: Nessas fotografias, a paciente está em uma prancha elevada para permitir que a linha central da grade esteja próxima ao RC a fim de evitar o corte da grade. A grade pode ser colocada transversalmente ao paciente para melhor centralização do RC na linha média da grade, se o paciente e a prancha não estiverem suficientemente elevados para permitir que o RC esteja dentro de 1 a 1/2 polegada (3 a 4 cm) da linha central da grade.Uma grade de decúbito com faixas de chumbo transversais pode também ser usada para evitar corte da grade. Isso se relaciona ao feixe horizontal tanto para a coluna torácica quanto para a coluna vertebral.Lateral da coluna lombar (Fig. 79. 7 75):Mesmo método da lateral para a coluna torácica, exceto que aqui o filme é movido para estar centralizado ao nível da crista ilíaca (L4-L5)RC horizontal centralizado na coluna vertebral e no centro da grade ao nível de L4-L5 ou da crista ilíacaLateral opcional de L5-5 1 (não mostrada):Filme de 20 x 24 cm (8 x 10 polegadas) longitudinalmenteFilme vertical centralizado a 1 polegada (2,5 cm) distal do nível da cristailíacaRC horizontal perpendicular ao MSP, centralizado no filmeAumento da kVp para o limite de 90 a 100Observação: O paciente e a prancha necessitariam de maior elevação que a mostrada nas Figs. 19.114 e 19.115 para alinhar o RC próximo à linha central da grade a fim de evitar o corte da grade.Se isso for difícil de obter, outra opção seria colocar a grade transversal ao paciente a fim de centralizar o RC na linha central da grade.

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624-- UMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILLATERAL CRANIANA NO TRAUMA – IN CIDÊNCIA COM FEIXE HORIZONTAL

Advertência: Fraturas e subluxaçães/deslocamentos de coluna cervical devem ser excluídos antes de tentar mover ou manipular a cabeça ou o pescoço do paciente. Essa é uma boa incidência para demonstrar líquido no interior do seio esfenoidal, que pode ser uma indicação de trauma intracraniano.Fatores TécnicosTamanho do filme - 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas)Grade do porta-filme vertical ao lado da região lateral do crânio . Limite de 70-80 kVpDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Pequeno ponto focalPosicionamento - Paciente em Decúbito DorsalRemova todos os objetos de metal, plástico ou outros objetos removíveis da cabeça. Se a cabeça do paciente puder ser manipulada (ver advertência acima), eleve cuidadosamente o crânio em uma esponja radiotransparente (Fig. 19.116). Se não puder manipular a cabeça, mova o paciente para a borda da mesa, então coloque a grade do filme no mínimo polegada (2,5 cm) abaixo da mesa e do osso occipital, conforme mostrado na Fig. 19.117. O feixe divergente não projetará o crânio posterior fora do filme.Posicione a cabeça em uma posição lateral verdadeira, em relação ao filme, com o lado de interesse o mais próximo possível dofilme. Alinhe o MSP paralelo ao filme e à linha interpupilar perpendicular ao filme.Ajuste o filme para garantir que todo o crânio será incluído na imagem e que o centro da grade está centralizado no RCRaio CentralUm feixe horizontal (que é essencial para a visualização de níveis hidroaéreos intracranianos) é direcionado perpendicular ao filme. . Centralize em um ponto 2 polegadas (5 cm) superior ao MAE.Colimação Faça a colimação das margens externas do crânio em todos os lados.Lembrete: No paciente com lesão da coluna cervical, não tente elevar oucolocar suporte sob a cabeça como mostrado na Fig. 19.116, atéque patologias cervicais tenham sido excluídas com a incidência lateral com feixe horizontal.Sumário dos Critérios RadiográficosDemonstra metades cranianas superpostas com detalhe superior da lateral do crânio mais próxima do filme' Também demonstra toda a sela túrcica, incluindo os processos clinóides posteriores e anteriores e o dorso selar' Sela túrcica e clivus demonstrados em perfil, Ausência de rotação ou inclinação do crânio avaliada da seguinte forma:Sobreposição dos ramos mandibulares, asa maior e menor do esfenóide, meatos acústicos externos (MAE) e lâminas/tetos orbitá riosTodo o crânio visualizado na imagem, com a região 5 cm (2 polegadas) superior ao MAE no centro adequadoPenetração e exposição suficientes para visualizar detalhes ósseos das estruturas selares e crânio circundante

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625-- UMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILAP A 0°, AP A 15° ( CALDWELL REVERSA) E AP A 30° AXIAL ( TO

Advertência: Fraturas e subluxaçães/deslocamentos de coluna cervical devem ser excluídos antes de tentar mover ou manipular a cabeça ou opescoço do paciente para correta rotação e realização dos ajustes das linhas de base.Exceção: Se uma lesão de coluna cervical tiver sido excluída, o queixo pode ser abaixado para trazer a linha orbitomeatal perpendicularmente até o filme, e o RC pode então ser ajustado de acordo.Para todas as três incidências demonstradas nesta página, a cabeça e o pescoço do paciente estão imóveis. O grau de angulação do RC é a única variação.Fatores TécnicosTamanho do filme - 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas) longitudinalmenteGrade móvel ou estacionáriaLimite de 70-80 kVpDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Pequeno ponto focalPosicionamento - Paciente em Decúbito DorsalSe possível, deslize o paciente sobre a mesa de raios X em um movimento; NÃO mova a cabeça ou o pescoço. Pode-se também usar uma grade portátil colocada sob a cabeça do paciente ou sob a prancha. Não é necessário remover o colar cervical ou a prancha para obter essas Imagens. Remova todos os objetos de metal, plástico ou outros objetos removíveis da cabeça.Deslize todo o corpo do paciente para alinhar o MSP à linha média da mesa/grade.

Raio CentralIncidência APa 0° (Figs. /9.//9 e /9./22):Angule o RC paralelo à LOM. Com o paciente usando colar cervical,isso freqüentemente aproxima-se de 10° a 15° caudalmente, mas cada paciente - situação serão diferentes.Centralize o RC na glabela; então, centralize o filme no RC projetado.Incidência AP "Caldwell reversa" (Figs. /9. /20 e /9. /23):Angule o RC 1 5° cefálicos à LOM. Isso exige determinação do ângulo da LOM com o pescoço estendido, como mostrado, e então fazer aangulação cefálica a 15° em relação à LOM.Centralize o RC no násio; então, centralize o filme no RC projetado.

Incidência AP axial (Towne) (Figs. /9./2/ e /9. /25):Angule o RC a 30° caudalmente em relação à LOM. (Ver Observação.)Centralize o RC para passar no ponto médio entre os MAEs e sair noforame magno. Isso centraliza o RC no plano sagital médio 6 cm (2 1/2 polegadas) acima do arco superciliar; então, centralize o filme no RC projetado.Colimação Faça a colimação das margens externas do crânio em todos os lados.Observação: O RC para a AP axial não deve exceder 45° ou uma distorção excessiva esconderá a visualização da anatomia essencial.

626-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTIL

AP a 0°, AP a 15° ( CALDWELL REVERSA) e AP a 30º AXIAL ( TOWNE) - CRÂNIO

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AP Versus PAIncidências para trauma craniano são realizadas como incidências AP, ao passo que as incidências na ausência de trauma são PA. Essa variação demonstrará ampliação anatômica reversa. Por exemplo, em uma incidência PA das órbitas, estando próximas ao filme, haverá menor ampliação que as suturas sagital e lambdóide, que estão situadas distantes do filme. Em uma incidência AP, o oposto é verdadeiro: as órbitas estarão mais ampliadas que as suturas. A incidência PA também demonstrará maior distância da linha orbital oblíqua até a margem lateral do crânio, em comparação com a incidência AP. Isso é ilustrado nas Figs. 19.123 e 19.124, que comparam uma AP reversa de Caldwell com uma PA de Caldwell padrão.Mesmo que existam diferenças de ampliação entre as incidências AP e PA, fazendo com que pareçam diferentes uma da outra, os critérios radiográficos básicos permanecem os mesmos.Exposição do pescoço e da tireóide: Incidências AP do crânio e dos ossos faciais obviamente aumentam a exposição de órgãos radiossensíveis como o pescoço e a tireóide, em comparação com incidências PA. No entanto, os benefícios excedem essas desvantagens nos pacientes traumatizados que não podem ser colocados na posição pronada devido a possíveis lesões de coluna vertebral ou em outros locais.Observação: Se o RC não puder ser angulado em 30° em relação à LOM (antes de o ângulo máximo de 45° ser alcançado), o dorso selar e os clinóides posteriores serão visualizados superiormente ao forame magno.

Sumário dos Critérios RadiográficosIncidência AP a 0° do Trauma:Todo o crânio é visualizado na radiografia.Cristas petrosas superpostas na região orbital superior.Pirâmides petrosas preenchem as órbitas com os meatos acústicosinternos vistos horizontalmente através do centro das órbitas.A distância da linha orbitária oblíqua até a margem lateral docrânio é igual em ambos os lados.Dorso selar e clinóides anteriores são visualizados superiormenteaos seios etmoidais.Densidade e contraste suficientes estão presentes, semmovimentação, para visualização clara do osso frontal.

Incidência AP "Caldwelllnvertida" do Trauma:. Todo o crânio é visualizado na radiografia.A distância da linha orbitária oblíqua até a margem lateral docrânio é igual em ambos os lados.As fissuras orbitárias superiores são simetricamente visualizadasno interior das órbitas.As pirâmides petrosas e os meatos acústicos internos sãoprojetados no terço inferior das órbitas. . A margem orbitária superior é visualizada sem sobreposição. . Densidade e contraste suficientes estão presentes, sem movimentação, para visualização clara do osso frontal.

Incidência AP Axial (Towne) do Trauma:Todo o crânio é visualizado na radiografia.A distância do forame magno até a margem lateral do crânio éigual dos dois lados.Dorso selar e clinóides posteriores são projetados no foramemagno. (Ver Observação.)As cristas petrosas são simétricas e visualizadas superiormente àsmastóides.Densidade e contraste suficientes estão presentes, semmovimentação, para visualização clara do osso occipital.

627-----TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILLATERAL E ACANTIOPARIETAL – OSSOS FACIAIS- Lateral, Método de Waters Reverso e Método Waters Reverso Modificado

Advertência: Fraturas e subluxaçãesjdeslocamentos de coluna cervical devem ser excluídos antes de tentar qualquer manipulação da cabeça ou do pescoço do paciente. Todas as três incidências podem ser obtidas sem qualquer movimentação ou ajuste da cabeça e do pescoço do paciente.

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Fatores TécnicosTamanho do filme - 24 x 30 cm (10 x 12 polegadas) longitudinalmenteGrade de filme vertical ao lado da região lateral do crâniolimite de 70-80 kVpPequeno ponto focalDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)

Posicionamento - Paciente em Decúbito DorsalSe possível, deslize o paciente sobre a mesa de raios X em um movimento. A cabeça não deve ser elevada para posicionamento da grade do filme sob o paciente, mas, se necessário, essa pode ser colocada sob a prancha. Não é necessário remover o colar cervical ou a prancha para obter essas imagens.Remova todos os objetos de metal, plástico ou outros objetos removíveis da cabeçaDeslize o corpo do paciente para trazer o MSP à linha média da mesa/grade.Raio CentralLateral:Feixe horizontal é essencial para visualização de níveis hidroaéreosintracranianos.Centralize o RC ao nível do ponto médio entre o canto externo e oMA E, que deve estar aproximadamente no centro da grade.

Acantioparietal - Waters reverso: Essa incidência visualiza melhor as estruturas ósseas faciais e a região maxilar através da projeção da maxila e dos seios maxilares acima das cristas petrosas (ver setas, Fig. 19.130).Angule o RC cefálico conforme necessário para alinhar o RC paralelamente à linha mentomeatal (LMM). (Uma angulação a 37° será formada entre o RC e a lOM.)Centralize o RC no acântio; então, centralize o filme no RC projetado.

Acantioparietal modificada opcional - Waters reverso modificado: Essa incidência demonstra melhor o assoalho das órbitas e fornece uma visão de todas as margens orbitárias. Cristas petrosas são visualizadas na região média do seio maxilar (Fig. 19.132).Angule o RC cefálico conforme necessário para alinhar o RC paralelamente à linha lábio-meatal (LLM).Centralize o RC no acântio, então centralize o filme no RC projetado.

628-- TRAUMATISMO E RADIOGRAFIA PORTÁTILAP AXIAL, AP E AXIOLATERAL - MANDÍBULA

Advertência: Em caso de possível lesão de coluna vertebral, não tente mover a cabeça ou o pescoço do paciente. Todas as incidências para mandíbula podem ser obtidas com o paciente na posição de decúbito dorsal.

Fatores TécnicosTamanho do filme - 18 x 24 cm (8 x 10 polegadas) longitudinalmente para as incidências AP e transversalmente para as axio laterais oblíquasGrade de filme para axiolateral oblíqua com feixe horizontal limite de 65-75 kVpDFoFi mínima de 40 polegadas (100 cm)Posicionamento - Paciente em Decúbito Dorsal

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Coloque a grade do filme sob a cabeça e os ombros do paciente ou sob a prancha. A radiografia pode ser feita com o colar cervical posicionado.Remova todos os objetos de metal, plástico ou outros objetos removíveis da cabeça e da área da mandíbula.Raio CentralIncidência AP (Visualiza melhor os ramos e o corpo lateral):Angulação caudal do RC conforme necessário para que fique paralelo à lOM.Centralize o RC na região média da mandíbula, aproximadamente na junção dos lábios.Centralize o filme no RC projetado.AP axial (Visualiza melhor os côndilos, processos condilóides e ATMs):Sem manipular a cabeça do paciente, angule o RC caudal mente de35° a 40° em relação à LOM.Centralize o RC para passar através da região dos processos condilóides e côndilos, cerca de 2 polegadas (5 cm) anterior aos MAEs.Centralize o filme no RC projetado.Axiolateral (Esso incidência visualiza melhor os ramos, o corpo e o mento. Ambos os Iodos são geralmente examinados):Coloque o filme na borda ao lado da face, paralelo ao PSM, com aborda inferior do filme 1 polegada (2,5 cm) abaixo do mento.Abaixe os ombros, se possível, e eleve o queixo (apenas se não houver possibilidade de fratura/ subluxação cervical).Angule o RC com feixe horizontal de 25° a 30° em direção cefálica (a partir da lateral) e angule o RC posteriormente de 5° a 10° se necessário para afastar o ombro. O uso de grade não será possível se for necessário ângulo duplo.Centralize o RC a 2 polegadas (5 cm) inferiormente ao ângulo da mandíbula no lado distante do filme.Observação (axiolateral): A cabeça em posição lateral verdadeira demonstra melhor os ramos e o corpo proximal, e, se a cabeça puder sofrer rotação de 10° a 20° em direção ao filme, o corpo distal e médio e a região do mento são mais bem visualizados.Observação: Com trauma cervical, não eleve a cabeça com esponja como mostrado (em vez disso, ângulo caudado RC como necessário).Observação: Com trauma cervical, não eleve a cabeça com esponja como mostrado (em vez disso, aumente o ângulo RC como necessário).