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473
Ciências Contábeis Tecnologia da Informação, Administração e Matemática Módulo 1.1

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Ciências ContábeisTecnologia da Informação,

Administração e MatemáticaMódulo 1.1

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EditorialSISTEMA COC DE EDUCAÇÃOE COMUNICAÇÃO

PresidenteChaim Zaher 

Vice-PresidenteAdriana Baptiston Cefali Zaher 

Diretor Superintendente Nilson Curti

EDITORA COC

Diretor-GeralMário Baldochi

Diretor EditorialMiguel Castro Cerezo

Gerente Pedagógico EditorialZelci Clasen de Oliveira

Gerente de Produção EditorialOsvaldo Govone

Gerente ComercialMarcia Zaidan

Gerente de ParceriasJhony Yamada

Diretora Corporativa – Central deQualidadeMônica Valéria de Almeida Righi

Conselho EditorialClementino Castelo Branco NetoJosé Romero Nobre de CarvalhoJosé Tadeu Bichir TerraLucélia SeccoMário Cícero Baldochi

Miguel Castro CerezoMônica Valéria de Almeida RighiZelci Clasen de Oliveira

FACULDADE INTERATIVA COC

Diretor de EADJeferson Ferreira Fagundes

Diretora AcadêmicaCláudia Regina de Brito

Coordenação Pedagógica de EADGladis S. Linhares ToniazzoKátia Cristina Nascimento FigueiraMarina Caprio

Cièncias ContábeisCoordenação do curso

Andréia Marques Maciel

AutoresAntonio Nardi

Reginaldo Aparecido GotardoShirlei Nabarrete Dezidério

Co-AutorMarco Antonio Spiropulos Gonçalves

Produção EditorialEditora COC Empreend. CulturaisLTDA.

CNPJ 50.492.271/0001-80Rua General Celso de Mello Resende, 301Lagoinha – Ribeirão Preto – SPCEP 14095-270www.editora.coc.com.br 

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   S  u  m  á  r i o

Apresentação da Faculdade Interativa COC ....... 11

Apresentação do Módulo ...................................... 12

Administração geral e estrutura organizacional ...... 14Unidade 1: Administradores e organizações, evolução

da administração e ambiente externo .......................................... 15

Processo de ensino-aprendizagem ....................................................... 15

Objetivo da sua aprendizagem ................................................................ 16

Você se lembra? ........................................................................................... 17

1.1 Ecácia e eciência ................................................................................. 18

1.2 Funções da administração ........................................................................... 19

1.3 Níveis de administração ................................................................................ 20

1.4 A universalidade do processo administrativo ................................................... 23

1.5 Administração para obter vantagem competitiva .............................................. 23

1.6 Papel dos gerentes ............................................................................................... 24

1.7 Evolução da Administração .................................................................................. 28

1.8 Macroambiente ...................................................................................................... 341.9 Ambiente competitivo ............................................................................................ 36

1.10 Como a empresa pode responder ao ambiente? .................................................... 40

Reexão ......................................................................................................................... 42

Leitura recomendada ..................................................................................................... 43

Referências ................................................................................................................... 43

 Na próxima unidade .................................................................................................... 44

Unidade 2: Tomada de decisão administrativa ..................................................... 45

Objetivo da sua aprendizagem ................................................................................ 45

Você se lembra? ................................................................................................... 45

2.1 Características das decisões administrativas ............................................. 49

2.2 Etapas do processo de tomada de decisão ............................................. 51

2.3 Barreiras à tomada de decisão ecaz ................................................ 54

2.4 Tomada de decisão em grupos ....................................................... 56

2.5 Estilos de tomada de decisão ..................................................... 58

Atividades ..................................................................................... 60Reexão ................................................................................... 63

Leitura recomendada .......................................................... 64

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Referências ...................................................................................................................... 64

 Na próxima unidade ........................................................................................................ 65

Unidade 3: Planejamento estratégico e administração

estratégica e administração internacional .................................................................. 67Processo de ensino-aprendizagem .................................................................................. 67

Objetivo da sua aprendizagem ........................................................................................ 67

Você se lembra? .............................................................................................................. 67

3.1 Níveis de planejamento ............................................................................................ 72

3.2 Do planejamento estratégico à administração estratégica ....................................... 75

3.3 Processo de administração estratégica ..................................................................... 75

3.4 Estratégia para atuação global ................................................................................. 80

3.5 Escolha de uma estratégia para atuação global ........................................................ 81

3.6 Estratégias de internacionalização ........................................................................... 82

Reexão .......................................................................................................................... 85

Leitura recomendada ....................................................................................................... 85

Referências ...................................................................................................................... 85

 Na próxima unidade ........................................................................................................ 86

Unidade 4: Estrutura organizacional e organização proativa .................................. 87

Processo de ensino-aprendizagem .................................................................................. 87Objetivo da sua aprendizagem ........................................................................................ 87

Você se lembra? .............................................................................................................. 87

4.1 Especialização e coordenação .................................................................................. 89

4.2 Diferenciação e integração ....................................................................................... 89

4.3 Organograma ............................................................................................................ 90

4.4 Amplitude de controle .............................................................................................. 90

4.5 Delegação ................................................................................................................. 91

4.6 Centralização e descentralização ............................................................................. 94

4.7 Departamentalização ................................................................................................ 94

4.8 Papéis organizacionais ............................................................................................. 99

4.9 Estruturas mecanicista e orgânica .......................................................................... 100

4.10 Administração do tamanho da empresa ............................................................... 101

4.11 Cultura organizacional ......................................................................................... 102

4.12 Reestruturação de empresas ................................................................................. 103

4.13 Novas formas organizacionais ............................................................................. 104Reexão ........................................................................................................................ 107

Leitura recomendada ..................................................................................................... 107

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Referências .................................................................................................................... 107

 Na próxima unidade ...................................................................................................... 108

Unidade 5: Liderança e motivação para o desempenho .......................................... 109

Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................ 109Objetivo da sua aprendizagem ...................................................................................... 109

Você se lembra? ............................................................................................................ 109

5.1 Líderes e gerentes ...................................................................................................111

5.2 Liderança, autoridade formal e consentimento ...................................................... 113

5.3 Fontes de poder ...................................................................................................... 115

5.4 Abordagens tradicionais para o entendimento da liderança ................................... 116

5.5 Substitutos da liderança ......................................................................................... 121

5.6 Como os líderes moldam a cultura ......................................................................... 122

5.7 Teorias de conteúdo da motivação ......................................................................... 136

5.8 Teorias de processo da motivação .......................................................................... 140

5.9 Criação de cargos motivadores .............................................................................. 142

5.10 Modelo de concepção de cargos de Hackman e Oldham..................................... 142

5.11 Enfoque comportamental ..................................................................................... 143

Reexão ........................................................................................................................ 152

Leitura recomendada ..................................................................................................... 153Referências .................................................................................................................... 153

 Na próxima unidade ...................................................................................................... 154

Unidade 6: Comunicação, administração de equipes,

controle administrativo e empresa de classe mundial ............................................. 155

Processo de ensino-aprendizagem ................................................................................ 155

Objetivo da sua aprendizagem ...................................................................................... 155

Você se lembra? ............................................................................................................ 155

6.1 Canais de comunicação .......................................................................................... 158

6.2 Melhoria de habilidades de comunicação .............................................................. 159

6.3 Comunicação organizacional ................................................................................ 160

6.4 Equipes versus grupos............................................................................................ 164

6.5 Tipos de equipes ..................................................................................................... 164

6.6 Como os grupos se transformam em equipes ........................................................ 165

6.7 Vantagens e desvantagens da diversidade .............................................................. 167

6.8 Sistema de controle ................................................................................................ 1756.9 Tipos de controle .................................................................................................... 177

6.10 Administração da mudança .................................................................................. 180

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Reexão ........................................................................................................................ 187

Leitura recomendada ..................................................................................................... 187

Referências .................................................................................................................... 187

Matemática básica ...........................................................................................189Unidade 1: Conjunto dos números naturais e inteiros ............................................ 191

Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 191

Você se lembra? ............................................................................................................ 192

1.1 O Sistema indo-arábico .......................................................................................... 193

1.2 Números pares e números ímpares ........................................................................ 196

1.3 Comparação, adição e subtração de números naturais ........................................... 197

1.4. Grupos de quantidades ........................................................................................... 200

1.5. Algoritmo da adição e da subtração ....................................................................... 201

1.6. Algoritmo da multiplicação .................................................................................... 203

1.7. Propriedades da multiplicação ............................................................................... 206

1.8. Algoritmo da divisão .............................................................................................. 207

1.9. Múltiplos de um número natural ............................................................................ 209

1.10. Múltiplos comuns................................................................................................. 210

1.11. Mínimo múltiplo comum (mmc) .......................................................................... 2111.12. Divisores de um número natural e números primos ............................................ 211

1.13. Critérios de divisibilidade e reconhecimento de um número primo .................... 213

1.14. Divisores comuns e máximo divisor comum (mdc) ............................................ 215

1.15. Decomposição em fatores primos ........................................................................ 216

1.16. Dispositivo prático para se determinar o máximo divisor comum ...................... 218

1.17. Dispositivo prático para se determinar o mínimo múltiplo comum .................... 220

1.18. Dispositivo prático para se determinar os divisores de um número natural ........ 221

Atividades ..................................................................................................................... 221

Reexão ........................................................................................................................ 228

Leituras recomendadas.................................................................................................. 228

Referências .................................................................................................................... 228

 Na próxima unidade ...................................................................................................... 228

Unidade 2: Conjuntos numéricos .............................................................................. 229

Processos de ensino-aprendizagem ............................................................................... 229

Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 229Você se lembra? ............................................................................................................ 229

2.1 Conjunto dos números naturais – ....................................................................... 230

2.2 Conjunto dos números inteiros – ........................................................................ 230

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2.3 Conjunto dos números racionais –  .................................................................... 232

2.4 Operações com frações .......................................................................................... 236

2.5 Porcentagem ........................................................................................................... 241

2.6 Conjunto dos números irracionais –  .................................................................. 2432.7 Conjunto dos números reais – ............................................................................ 244

Atividades ..................................................................................................................... 246

Reexão ........................................................................................................................ 257

Leituras recomendadas.................................................................................................. 257

Referências .................................................................................................................... 258

 Na próxima unidade ...................................................................................................... 258

Unidade 3: Potenciação e radiciação ......................................................................... 259

Processos de ensino-aprendizagem ............................................................................... 259

Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 259

Você se lembra? ............................................................................................................ 259

3.1 Potenciação ............................................................................................................ 260

3.2 Propriedades operacionais da potenciação ............................................................. 262

3.3 Radiciação e potência com expoente racional ....................................................... 263

Exercícios propostos ..................................................................................................... 267

Reexão ........................................................................................................................ 275Leituras recomendadas.................................................................................................. 276

Referências .................................................................................................................... 276

 Na próxima unidade ...................................................................................................... 276

Unidade 4: Produtos notáveis e fatoração ................................................................ 277

Processos de ensino-aprendizagem ............................................................................... 277

Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 277

Você se lembra? ............................................................................................................ 277

4.1 Expressões algébricas ............................................................................................ 278

4.2 Produtos notáveis ................................................................................................... 279

4.3 Fatoração ................................................................................................................ 280

Atividades ..................................................................................................................... 281

Reexão ........................................................................................................................ 284

Leituras recomendadas.................................................................................................. 284

Referências .................................................................................................................... 285

 Na próxima unidade ...................................................................................................... 285Unidade 5: Razões, proporções e regras de três ....................................................... 287

Processos de ensino-aprendizagem ............................................................................... 287

Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 287

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Você se lembra? ............................................................................................................ 288

5.2 Grandezas diretamente e inversamente proporcionais ........................................... 289

5.3 Regras de três simples ............................................................................................ 291

5.4 Regra de três composta .......................................................................................... 295Atividades ..................................................................................................................... 296

Reexão ........................................................................................................................ 300

Leituras recomendadas.................................................................................................. 300

Referências .................................................................................................................... 300

 Na próxima unidade ...................................................................................................... 300

Unidade 6: Equações .................................................................................................. 301

Processos de ensino-aprendizagem ............................................................................... 301

Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 301

Você se lembra? ............................................................................................................ 301

6.1 Equação do primeiro grau ...................................................................................... 302

6.2 Equação do segundo grau ...................................................................................... 304

Atividades ..................................................................................................................... 309

Reexão ........................................................................................................................ 314

Leituras recomendadas.................................................................................................. 314

Referências .................................................................................................................... 315 Na próxima unidade ...................................................................................................... 315

Minhas anotações: ......................................................................................................... 316

Unidade 7: Noções de função ..................................................................................... 317

Processos de ensino-aprendizagem ............................................................................... 317

Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 317

Você se lembra? ............................................................................................................ 317

7.1 O conceito de função ............................................................................................. 318

7.2 Função do primeiro grau ....................................................................................... 320

7.3 Função do segundo grau ........................................................................................ 322

Atividades ..................................................................................................................... 325

Reexão ........................................................................................................................ 334

Leituras recomendadas.................................................................................................. 334

Referências .................................................................................................................... 335

Microinformática ..............................................................................................337Unidade 1: Introdução à Tecnologia de Informação ............................................... 339

Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 339

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Você se lembra? ............................................................................................................ 339

1.1 Denindo Tecnologia da Informação..................................................................... 340

Atividade 1.1 ................................................................................................................. 342

1.2 Do que é formada a TI?.......................................................................................... 3421.3 Como podemos denir dado, informação e conhecimento?

Com qual deles trabalhamos na Tecnologia de Informação? ........................................ 343

Atividade 1.3 ................................................................................................................. 346

1.4 Como a TI pode ser usada nas empresas e pelas pessoas?..................................... 347

Atividade 1.4 ................................................................................................................. 351

1.5 Tecnologia de Informação e Carreiras ................................................................... 352

Atividade 1.5 ................................................................................................................. 356

1.6 Reexão sobre a unidade 1 .................................................................................... 357

Leituras Recomendadas ................................................................................................ 358

Referências .................................................................................................................... 359

 Na próxima unidade ...................................................................................................... 359

Unidade 2: Como funciona o computador ................................................................ 361

Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 361

Você se lembra? ............................................................................................................ 362

2.1 Uma breve viagem pela história ............................................................................ 362Atividade 2.1 ................................................................................................................. 369

2.2 Classicação dos Computadores ............................................................................ 369

Atividade 2.2 ................................................................................................................. 372

2.3 Visão geral de um computador pessoal .................................................................. 373

Atividade 2.3 ................................................................................................................. 375

2.4 A arquitetura interna e o funcionamento de um computador ................................. 376

Atividade 2.4 ................................................................................................................. 378

2.5 Capacidade de processamento dos computadores ................................................ 379

Atividade 2.5 ................................................................................................................. 381

2.6 Reexão sobre a Unidade 2 ................................................................................... 381

Leituras Recomendadas ................................................................................................ 381

Referências .................................................................................................................... 384

 Na próxima Unidade ..................................................................................................... 384

Unidade 3: Sistemas Operacionais e Softwares Aplicativos .................................... 385

Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 385Você se lembra? ............................................................................................................ 385

3.1 Software do computador ........................................................................................ 386

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3.2 Software de sistema .............................................................................................. 387

3.3 Software aplicativo ............................................................................................... 395

Atividade 3.3 ................................................................................................................. 402

3.4 Reexão sobre a Unidade 3 ................................................................................... 410Leituras Recomendadas ................................................................................................ 410

Referências .................................................................................................................... 414

Unidade 4: Infraestrutura de comunicação e redes de computadores ................. 415

Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 416

Você se lembra? ............................................................................................................ 416

4.1 Era uma vez computadores que trabalhavam “sozinhos” ...................................... 417

Atividade 4.1 ................................................................................................................. 417

4.2 Classicação das redes quanto ao alcance ............................................................. 420

Atividade 4.2 ................................................................................................................. 423

4.3 Classicação das redes quanto à topologia ............................................................ 424

Atividade 4.3 ................................................................................................................. 426

4.4 Transmissão física de dados e o hardware para redes de computadores ................ 426

Atividade 4.4 ................................................................................................................. 433

4.5 Software e redes ..................................................................................................... 434

Atividade 4.5 ................................................................................................................. 4354.6 Reexão sobre a Unidade 4 ................................................................................... 435

Leituras Recomendadas ................................................................................................ 436

Referências .................................................................................................................... 437

Unidade 5: Internet e aplicações .............................................................................. 439

Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 439

Você se lembra? ............................................................................................................ 440

5.1 O que é a Internet? ................................................................................................. 441

5.2 E a Web (WWW) ? ................................................................................................ 448

5.3 Noções de e-business e e-commerce ...................................................................... 452

Atividade 5.3 ................................................................................................................. 452

5.4 Novas tecnologias e novos desaos ....................................................................... 457

Atividade 5.4 ................................................................................................................. 457

5.5 Reexão sobre a Unidade 5 ................................................................................... 464

Leituras Recomendadas ................................................................................................ 464

Referências .................................................................................................................... 466 Na próxima unidade ...................................................................................................... 466

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A Faculdade Interativa COC

Prezado acadêmico(a)Bem-vindo(a) à Faculdade Interativa COC. Temos

o prazer de recebê-lo(a) no novo segmento desta insti-tuição de ensino que já possui mais de 40 anos de experi-

ência em educação.A Faculdade Interativa COC tem se destacado pelo uso

de alta tecnologia nos cursos oferecidos, além de possuir corpo

docente formado por professores experientes e titulados.O curso, ora oferecido, foi elaborado dentro das Diretrizes

Curriculares do MEC, de acordo com padrões de ensino superior damais alta qualidade e com pesquisa de mercado.

Assim, apresentamos neste material o trabalho desenvolvido pe-los professores do COC que, junto à tecnologia da informação e comu-

nicação, proporciona ensino inovador e sempre atualizado.

Este livro juntamente com o AVA – Ambiente Virtual de Apren-dizagem – e a teleaula integram a base que viabiliza os estudos. Estematerial tem como objetivo ser a base dos conhecimentos necessários àsua formação, além de auxiliá-lo(a) nos estudos e incentivá-lo(a), com asindicações bibliográcas de cada capítulo, a aprofundar cada vez maisseus conhecimentos.

Procure ler os textos antes de cada aula para poder acompanhá-lamelhor e, assim, interagir com o professor nas aulas ao vivo. Não deixe

 para estudar no nal de cada módulo somente com o objetivo de pas-sar pelas avaliações; procure ler este material, realizar outras leiturase pesquisas sobre os temas abordados e estar sempre atualizado,

anal, num mundo globalizado e em constante transformação, é preciso estar sempre “ligado”, atualizado e informado.

Procure dedicar-se ao curso que você escolheu, aprovei-tando-se do momento que é fundamental para sua formação

 pessoal e prossional. Leia, pesquise, acompanhe as aulas,

realize as atividades on-line, você estará se formandode maneira responsável, autônoma e, certamente, farádiferença no mundo contemporâneo.

Sucesso!

  A   p  r  e

  s  e  n  t a ç 

 ã  o

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 A        p  

r  e    s   e    n    

t      a     ç    

ã     o    

O Módulo 1.1

Caro aluno (a)

 Nesse primeiro módulo de nosso cursoteremos as disciplinas de administração geral eestrutura organizacional, matemática básica e mi-croinformática.

A disciplina administração geral e estrutura orga-nizacional apresenta importância e relevância da adminis-tração na gestão das diversas organizações existentes. Sema ciência administrativa a gestão organizacional seria muito

mais difícil, quem sabe até impossível. Muito embora algumas pessoas digam que administrar é apenas ter bom-senso, o processoadministrativo é complexo e fundamental para a boa gestão das or -ganizações.

A matemática é um instrumento indispensável para se compre-ender muitas questões de ordem prática, seja na física, na química, na biologia ou, ainda, em cursos de ciências contábeis, administração e

economia. Enquanto ferramenta que auxilia na resolução de problemas práticos, a matemática não pode ser vista como o ponto principal deuma estrutura formal. A disciplina de matemática básica, voltada paraos alunos do curso de ciências contábeis, tem por objetivo rever tópicosque, em geral, são apresentados nos cursos de Ensino Médio, e salientar a precisão no tratamento desses tópicos estudados para facilitar o enten-dimento das questões por aqueles que precisam utilizar a matemáticacomo uma ferramenta de trabalho.

A Internet, seus serviços e seus produtos transformaram o mun-do! Foram alterações sociais, políticas, econômicas e cientícas.Hoje, não fazemos mais comércio como fazíamos, por exemplo,há 20 anos. As novas tecnologias de comunicação revolucionamcada vez mais a convivência . Pode parecer óbvio falar de tec-nologia de informação, mas não é! A infraestrutura que exis-te sob o que conhecemos como tecnologia de informação

é muito vasta e complexa. São muitos conceitos nasáreas de sistemas, redes, bancos de dados, hardwaree software que suportam toda nossa comunicaçãodigital e todos os meios que nos permitem tra-

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 balhar, estudar, entreter, paquerar, consumir, protestar, aprender, ensinar!Fica claro que este tema é amplo e que vamos nos aprofundar em suasdiversas áreas neste nosso material de estudo. Nós o (a) convidamos a

 participar ativamente dessa leitura. Você pode iniciar fazendo as ativida-des propostas, as pesquisas sugeridas, assistindo aos vídeos recomenda-dos, enviando perguntas, debatendo com seus colegas, participando dosfóruns, dos chats e das aulas com grande entusiasmo. Não se contenteapenas com o que for apresentado, pois estudar é um processo continuoe nós desejamos que você seja uma pessoa “faminta” por conhecimento.Busque mais conhecimentos e conte conosco para ajudá-lo(a)!

Antonio NardiMarco Antonio Spiropulos Gonçalves

Reginaldo Gotardo

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 A        p  

r  e    s   e    n    

t      a     ç    

ã     o    

Administração geral eestrutura organizacionalA disciplina Administração Geral e

Estrutura Organizacional apresenta aimportância e a relevância da administração nagestão das diversas organizações existentes. Sema ciência administrativa, a gestão organizacional se-ria muito mais difícil, quem sabe até impossível. Muitoembora algumas pessoas digam que para administrar énecessário bom senso, as várias pesquisas apontam que o processo administrativo é fundamental para a boa gestão das

organizações.

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   U  n    i  U  a  U e  U

Administradores e orga-nizações, evolução da admi-

nistração e ambiente externoPara iniciar, gostaria de fazer uma pergunta:Com quantos administradores ou empresas você

esteve em contato na semana passada? Com certezavocê dirá que manteve contato com diversos administra-

dores e se deparou com diversas empresas.As organizações permeiam a sociedade, pois a nossa vida é

repleta de organizações. Existem os hospitais, as delegacias,

as instituições de ensino, as instituições nanceiras, os clubes delazer etc. Podemos considerar, ainda, as organizações sem ns lu-

crativos, que também fazem parte do nosso cotidiano. Imagine se dá para viver sem esses tipos de organizações que citamos.Cada uma dessas organizações possui seus objetivos. Uma organi-

zação nanceira pode ter como objetivo o atendimento de excelênciaao cliente. Uma organização ou clube de lazer pode ter como objetivo

oferecer ao cliente a melhor satisfação e bem-estar. Pode-se observar, pelo que foi comentado, que cada organização possui um ou diversos ob- jetivos a serem alcançados. Na realidade, uma organização é um conjuntoestruturado de recursos para o alcance de determinado objetivo.

Processo de ensino-aprendizagemPara se alcançar determinado objetivo, a organização utiliza a adminis-tração como um processo para inuenciar as pessoas e organizar seus

recursos, de modo que seus objetivos sejam alcançados. É, então, o processo administrativo que cuida da organização para alcançar 

seus objetivos.Dessa forma, nossa disciplina irá tratar do processo administra-

tivo, e nosso objetivo é que você seja capaz de compreender todas as ferramentas que a administração utiliza para ajudar 

uma organização a alcançar seus objetivos.

Gostaria de iniciar nosso estudo em Administração Ge-ral levantando duas questões: (1) Quem precisa deAdministração? e (2) A Administração é necessá-

ria em todas as atividades?

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Nome da Disciplina

Para responder a essas duas perguntas, vamos imaginar que você teve aideia de ‘montar um negócio’ e já possui os recursos nanceiros necessá-rios e o espaço físico. Se você não planejar suas atividades, não colocar as pessoas adequadas nem organizar adequadamente seus recursos, não mos-

trar às pessoas que irão trabalhar com e para você que determinados obje-tivos precisam ser alcançados e, por m, não controlar a execução dessasatividades, muito provavelmente você não obterá os resultados desejados.Observe algumas empresas que estão à frente da concorrência. Por queelas estão entre as melhores? Porque utilizam os conceitos administrativosalinhados com a experiência.Dessa forma, pode-se dizer que as empresas necessitam da administração

e que esta é necessária em todos os tipos de atividade organizada. Nesta unidade, vamos conhecer: (1) as quatro funções administrativas, (2)os três níveis organizacionais, (3) as três habilidades necessárias para umadministrador ser bem-sucedido, (4) os quatro pilares que ajudam umaorganização a conseguir vantagem competitiva, (5) a evolução do pensa-mento administrativo e sua divisão em abordagem clássica e contemporâ-nea e (6) ambiente externo.

Objetivo da sua aprendizagemAo estudar esta unidade, desenvolverá as seguintes competências:

Compreender o processo administrativo e o que torna um administra-•dor bem-sucedido.Compreender como alcançar o desempenho organizacional por meio•da ecácia e da eciência.Conhecer as abordagens importantes para o estudo da administração e•

suas principais características.Conhecer as forças ambientais e compreender como elas inuenciam•nas organizações.Analisar o ambiente competitivo no sentido de ajudar na formulação•das estratégias organizacionais.Compreender o processo de tomada de decisão.•Conhecer as barreiras que dicultam a tomada de decisão ecaz.•

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Administradores e organizações, evolução da administração e ambiente externo – Unidade 1

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   1

Você se lembra?De ter encontrado alguma organização que esteja bem posicionada nomercado ou de ter lido sobre ela?Para entender melhor por que algumas empresas se encontram bem po-

sicionadas no mercado, é importante conhecer a administração e o seu processo.Vamos partir da denição de Administração. Bateman e Snell (1998, p.27) denem administração como “o processo de trabalhar com pessoas erecursos para realizar objetivos organizacionais”. Pela denição, percebe-se que são necessários pessoas e recursos para atingir os objetivos dasorganizações.

Observando o ambiente que cerca a vida das pessoas, pode-se vericar que as organizações estão difundidas em nosso meio. Hospitais, escolas,clubes de lazer, convênios médicos e funerais, associações de bairros,corpo de bombeiros e mais uma grande quantidade de exemplos mostramque a nossa vida é permeada pelas organizações. “Pense em todas as ati-vidades de que participamos durante um dia. Quais dentre elas, se é queexiste alguma, não são inuenciadas, de uma maneira ou de outra, por uma organização?” (HALL, 2004, p. 2).

Assim, vê-se a importância de se estudar administração, pois ela é neces-sária em todo tipo de atividade em que pessoas trabalham juntas na buscade alcançar os objetivos comuns. Segundo Koontz, O’Donnel e Weihrich(1986, p. 6), a “administração é essencial em toda forma de cooperaçãoorganizada, bem como em todos os níveis de organização numa institui-ção”. A administração “é encontrada onde quer que haja um grupo de pes-soas” (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI JR., 1986, p. 5).

 Neste momento, torna-se oportuno entender dois conceitos que se relacio-nam com o alcance de objetivos. São eles a ecácia e a eciência.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Eficácia e eficiência U.UAtingir os objetivos organizacionais signica ecácia, ou seja, a ecácia serelaciona com os ns e os propósitos. “Um administrador ecaz é aquele cujaunidade de trabalho alcança diariamente as metas de produção em termos de

quantidade e qualidade dos resultados” (CHIAVENATO, 1999, p. 7).Mesmo atingindo os objetivos organizacionais, um administrador 

 pode fazê-lo utilizando adequadamente os recursos ou desperdiçando-os.Isto está ligado à eciência que se relaciona com os meios. “É uma me-dida da proporção dos recursos utilizados para alcançar os objetivos, ouseja, uma medida de saídas ou resultados comparados com os recursosconsumidos” (CHIAVENATO, 1999, p. 6). O quadro 1, a seguir, procura

distinguir os conceitos de eciência e ecácia.Quadro 1 – As diferenças entre eciência e ecácia

Eciência Ecácia

Fazer as coisas corretamente. Fazer as coisas necessárias.

Preocupar-se com os meios. Preocupar-se com os ns.

Enfatizar métodos e procedimentos. Enfatizar objetivos e resultados.

Cumprir os regulamentos internos. Atingir os alvos e objetivos.

Treinar e aprender. Saber e conhecer.Jogar futebol com arte. Ganhar a partida de futebol.

Saber batalhar. Ganhar a guerra.

Ser pontual no trabalho. Agregar valor e riqueza à organização.

Chiavenato, 1999

Por meio dessas observações, pode-se dizer que os administradores são:

ecazes e ecientes quando atingem os objetivos e utilizam os recur -• sos adequadamente;ecazes, porém inecientes, quando atingem os objetivos e desperdi-•çam uma grande quantidade de recursos;inecazes e ecientes quando não atingem os objetivos e utilizam os•recursos adequadamente;inecazes e inecientes quando não atingem os objetivos e desperdi-•çam os recursos.

Os administradores atingem os objetivos organizacionais por meiodo planejamento, da organização, da liderança e do controle. Esses quatrotermos são denominados de funções da administração. Veja, a seguir, asdenições segundo Bateman e Snell (1998, p. 41).

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Administradores e organizações, evolução da administração e ambiente externo – Unidade 1

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Funções a aministração U.2 “Planejar é analisar a situação, determinar os objetivos que serão perse-guidos, e decidir antecipadamente as ações necessárias para perseguir es-ses objetivos”. O planejamento se preocupa com a denição dos objetivos

que a organização quer alcançar por meio da análise da situação atual efutura e decide quais atividades e recursos serão utilizados para o alcancedos objetivos estabelecidos.

“Organizar é reunir os recursos necessários para completar o traba-lho, agrupar e coordenar funcionários e tarefas para o sucesso máximo”. Aorganização é uma função administrativa que se relaciona com a atribui-ção de tarefas, o agrupamento das tarefas em grupos ou departamentos e a

alocação dos recursos necessários para o alcance dos objetivos. A organi-zação acompanha o planejamento.“Liderar é motivar pessoas e estimular o alto desempenho”. A li-

derança envolve a utilização da inuência com o objetivo de motivar as pessoas a atingirem os objetivos delineados. A liderança ajuda a criar nas pessoas o desejo de alto desempenho.

“Controlar é monitorar o progresso da organização ou unidade em direçãoaos objetivos e depois adotar ações corretivas se for necessário”. O sucesso não

é garantido com a utilização das três funções citadas acima. O controle serve para acompanhar, monitorar, avaliar o desempenho da organização e conrmar se tudo está ocorrendo da maneira como foi planejada. Caso haja necessidade,correções devem ser efetuadas de modo a corrigir o caminho estabelecido.

As quatro funções administrativas – planejamento, organização,liderança e controle – constituem o processo administrativo, que pode ser visualizado na gura 1, a seguir.

O processo administrativoPlanejamento 

Definir objetivos

e meios para

alcançá-los

Recursos

- Humanos

- Financeiros

- Materiais

- Informação

- Tecnologia

Desempenho

- Objetivos

- Produtos

- Serviços

- Eficiência

- Eficácia

- Cliente

Controle

Monitorar as

atividades e

fazer 

correções

LiderançaUsar influência

para motivar as

pessoas

Organização

Delegar 

responsabilidade

para cumprir 

as tarefas

Adaptado de Chiavenato, 1999

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Vimos que a administração se encontra em todas as organizações,e os administradores desempenham quatro funções para atingir os obje-tivos organizacionais. Porém, as responsabilidades e as exigências sãodiferentes, dependendo do nível organizacional. Por exemplo, dentro de

uma organização, um administrador pode ser o presidente ou o diretor, pode ser um gerente ou um supervisor, dependendo do nível que estáocupando naquele momento. Isto é, um administrador pode situar-se emtrês níveis organizacionais: (1) estratégicoou institucional, (2) tático ou intermediário e(3) operacional. Além dos níveis ocupados pelos administradores, existe um outro

nível, denominado de execução, que éocupado pelo pessoal não administrativo.Veja, a seguir, as atividades e quais são osadministradores de cada nível, segundo Ba-teman e Snell (1998, p. 30-31).

Níveis e aministração U.3 O nível estratégico é ocupado pelos administradores estratégicos, que

“são os altos executivos de uma organização, responsáveis por suaadministração geral. As principais atividades incluem o desenvolvi-mento dos objetivos e planos da empresa”. Focam no longo prazo e na“sobrevivência, crescimento e ecácia geral da organização”. São osadministradores com os títulos de presidente do conselho, presidente,CEO – Chief Executive Ofcer – e vice-presidente. Esses administra-dores estão envolvidos com a interação da organização e seu ambiente

externo.O nível tático é ocupado pelos administradores táticos, que “sãoresponsáveis por traduzir os objetivos gerais e planos desenvolvidos pelos administradores estratégicos em objetivos e atividades mais es- pecícos”. Focam mais no médio prazo e na coordenação dos recursos.“São frequentemente chamados de gerentes de nível médio, porquenas grandes organizações eles estão posicionados entre os administra-dores estratégicos e os operacionais”. Também focam “sua atenção nos

relacionamentos com outras pessoas e no alcance de resultados”.

 Conexão:

Neste artigo, o alunopoderá visualizar e compreen-

der melhor as quatro funções doprocesso administrativo.

http://www.empreenderparatodos.adm.br/administracao/mat_02.htme leia o artigo de Idalberto Chia-

venato: As quatro chaves dafunção gerencial.

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O nível operacional é ocupado pelos administradores operacionais,“que supervisionam as operações da organização. [...] possuem títuloscomo supervisores ou gerentes de venda. Estão diretamente envolvidoscom funcionários não administrativos, implementando os planos especí-

cos desenvolvidos pelos administradores táticos”. A gura 2, a seguir,visualiza os níveis administrativos.

 Figura 2 – Os três níveis da administração e a operação/execução

 Administração

Operação

Presidente

DiretoresNível Institucional

Nível Intermediário

Nível Operacional

Execução

Gerentes

Supervisores de

Primeira Linha

Funcionários e Operários

(pessoal não-administrativo)

CHIAVENATO, 1999

De maneira sucinta, vimos que os administradores atuam em todasas organizações e desempenham quatro funções em três níveis organiza-cionais. Além disso, um administrador necessita de algumas habilidades para lidar com a complexidade e a diversidade de seu cargo. São elas:(1) habilidades técnicas, (2) habilidades interpessoais e de comunica-ção (habilidades humanas) e (3) habilidades conceituais e de decisão(KATZ, 1955, apud CHIAVENATO, 1999, p. 18).

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Habilidades de Administração“As habilidades técnicas envolvem o uso de conhecimento especializadoe facilidade na execução de técnicas relacionadas com o trabalho e comos procedimentos de realização. É o caso da habilidade em contabilidade,

 programação de computador, engenharia etc.” É uma habilidade que serelaciona com o fazer.

“As habilidades humanas estão relacionadas com o trabalho com pessoas e referem-se à facilidade de relacionamento interpessoal e grupal.Envolvem a capacidade de comunicar, motivar, coordenar, liderar e resol-ver conitos individuais ou coletivos”. É uma habilidade importantíssima para trabalhar com pessoas e através delas.

“As habilidades conceituais envolvem a visão da organização ouda unidade organizacional como um todo, a facilidade em trabalhar comideias e conceitos, teorias e abstrações”. À medida que um administra-dor ascende posições na empresa, tornam-se necessários a utilização e oaprendizado das habilidades conceituais, pois elas “estão relacionadascom o pensamento, o raciocínio, o diagnóstico das situações e a for-mulação de alternativas de solução dos problemas”. Essas habilidades permitem ao administrador “planejar o futuro, interpretar a missão, de-

senvolver a visão e perceber oportunidades onde ninguém vê”.A gura 3 mostra as três habilidades e os níveis de administração.

Figura 3 – Três tipos de habilidades gerenciais e sua relaçãocom a posição na hierarquia, segundo Katz

 Administração

superior 

Habilidades

Conceituais

Habilidades

Técnicas

Habilidades

Humanas

Gerência

intermediária

Supervisão de

primeira linha

Maximiano, 2004

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Éimportante res-

saltar que, à medida que umadministrador ascende na hierar-

quia, a quantidade de habilidade técnica

vai diminuindo e a habilidade conceitual vaiaumentado. A habilidade humana prevaleceigualmente nos três níveis.

A partir do exposto, pode-se con-cluir que um administrador:

necessita de quatro funções•administrativas (planejar, or-

ganizar, liderar e controlar); pode atuar em três níveis•organizacionais (estratégi-co, tático e operacional);utiliza três habilidades (téc-•nicas, humanas e conceituais)

 A universaliae o U.4 processo aministrativo 

Segundo Bateman e Snell (1998, p. 32), “os administradores trabalhamem todos os tipos de organizações, em todos os níveis e em todas as áreasfuncionais. Grandes e pequenos negócios beneciam-se de uma admi-nistração eciente e ecaz”. Isto é, as funções gerenciais permanecem as

mesmas para pequenas e para grandes empresas, daí a natureza universalda administração advir do fato de que “as funções de administração sãoas mesmas em todos os lugares, em todas as organizações, e em qualquer ocasião” MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI JR., 1986, p. 6).

 Aministração para obter vantagem competitiva U.5 Segundo Lawler (1992, apud Bateman e Snell, 1998), uma empresa preci-

sa obter vantagem competitiva para sobreviver. A obtenção de vantagemcompetitiva se dá por meio de:competitividade em custos: signica produto/serviço com preço atra-•tivo ao consumidor; produtos de alta qualidade: signica produto/serviço atrativo, ausente•de defeitos, conável e seguro;velocidade: signica produto/serviço desenvolvido e colocado rapida-•mente no mercado;

inovação: signica a introdução de novos produtos/serviços adapta-•dos às mudanças nas demandas de consumo.

Agora vamos tecer alguns comentários sobre o papel dos gerentes.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Papel os gerentesU.6 O processo administrativo ocorre por intermédio dos gerentes, ou seja,eles são “os funcionários responsáveis pelo trabalho de outros funcioná-rios nas organizações” (MAXIMIANO, 2004, p. 47). Denominados de

chefes ou dirigentes, eles trabalham nas diversas organizações, e seus tra- balhos variam de organização para organização. Há gerente que compar-tilha a responsabilidade e a autoridade e há gerente que não compartilharesponsabilidade e autoridade.

A questão do papel dos gerentes, tema desta unidade, foi desenvol-vida por vários autores. Esses autores e suas ideias, segundo Maximiano,(2004, p. 48) são:

Henri Fayol (1916): processo administrativo;• Chester Barnard (1938): funções do executivo;•Herbert Simon (1960): processo decisório;•Henry Mintzberg (1973): papéis do gerente;•Rosemary Stewart (1982): processo decisório;•Fred Luthans (1988): desempenho dos gerentes;•Andrew Grove (1983): princípios de administração de alta perfor-•mance.

Henry FayolPara Fayol, segundo Maximiano (2004), um gerente trabalha:

tomando decisões;•estabelecendo metas;•denindo diretrizes;•atribuindo responsabilidades às pessoas que fazem parte da organiza-•

ção.As atividades do processo administrativo – planejar, organizar, lide-rar e controlar – devem ser apresentadas num modo sequencial e lógico. O papel dos gerentes, na visão de Fayol, é, depois de estar organizada a em- presa, seus empregados precisam receber ordens, coordenação e controleda gerência para o cumprimento de suas tarefas. O papel do gerente, paraFayol, é composto de 16 deveres – ver gura 4 – e de 14 princípios – ver gura 5 –, que, se seguidos, conduzem a organização à ecácia.

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Figura 4 – Os 16 deveres dos gerentes, segundo Fayol

I Assegurar a cuidadosa preparação dos planos e sua rigorosa execu-ção.

II Cuidar para que a organização humana e material seja coerente com oobjetivo, os recursos e os requisitos da empresa.

III Estabelecer uma autoridade construtiva, competente, enérgica e úni-ca.

IV Harmonizar atividades e coordenar esforços.

V Formular as decisões de forma simples, nítida e precisa.

VI Organizar a seleção eciente do pessoal.

VII Denir claramente as obrigações.

VIII Encorajar a iniciativa e o senso de responsabilidade.IX Recompensar justa e adequadamente os serviços prestados.

X Usar sanções contra faltas e erros.

XI Manter a disciplina.

XII Subordinar os interesses individuais ao interesse geral.

XIII Manter a unidade de comando.

XIV Supervisionar a ordem material e humana.

XV Ter tudo sob controle.

XVI Combater o excesso de regulamentos, burocracia e papelada.

Maximiano, 2004

Figura 5 – Princípios de administração de Fayol

1. Divisão do trabalhoDesignação de tarefas especícas para cada pes-soa, resultando na especialização das funções eseparação dos poderes.

2. Autoridade e responsa- bilidade

A primeira é o direito de mandar e o poder defazer-se obedecer. A segunda, a sanção – recom- pensa ou penalidade – que acompanha o exercí-cio do poder.

3. Disciplina Respeito aos acordos estabelecidos entre a em- presa e seus agentes.

4. Unidade de comando De forma que cada pessoa tenha apenas um su- perior.

5. Unidade de direção Um só chefe e um só programa para um conjunto

de operações que visam ao mesmo objetivo.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

6. Interesse geral Subordinação do interesse individual ao interessegrupal.

7. Remuneração do pes-soal

De forma equitativa, e com base tanto em fatoresinternos quanto externos.

8. CentralizaçãoEquilíbrio entre a concentração de poderes de de-cisão no chefe, sua capacidade de enfrentar suasresponsabilidades e a iniciativa.

9. Cadeia escalar (linha decomando)

Hierarquia – a série dos chefes do primeiro aoúltimo escalão, dando-se aos subordinados dechefes diferentes a autonomia para estabelecer relações diretas (a ponte de Fayol).

10. Ordem Um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seulugar.

11. Equidade

Tratamento das pessoas com benevolência e jus-

tiça, não excluindo a energia e o rigor quandonecessários.

12. Estabilidade do pes-soal

Manutenção das equipes como forma de promo-ver seu desenvolvimento.

13. Inicitaiva Faz aumentar o zelo e a atividade dos agentes.

14. Espírito de equipe Desenvolvimento e manutenção da harmoniadentro da força de trabalho.

Maximiano, 2004

Chester BarnardDe modo resumido, Barnard, segundo Maximiano (2004, p. 52), ar -

ma que as funções do executivo baseiam-se em três responsabilidades:(1) Desenvolver e manter um sistema de comunicação com aorganização informal, como estratégia para possibilitar a ecáciada organização formal.(2) Promover a formação e a manutenção de um sistema de

recursos humanos, incluindo a motivação das pessoas, por meiode incentivos ecazes.(3) Formular e denir os propósitos, objetivos e ns da orga-nização, o que inclui a doutrinação dos funcionários operacionaiscom os propósitos gerais e as grandes decisões, de modo que eles permaneçam coesos e capazes de tomar as decisões nais, quesão detalhadas, de maneira coerente.

Fayol, de acordo com Maximiano (2004, p. 49), reconheceu que“a administração deveria ser vista como função separada das demaisfunções da empresa”. [...] Torna-se necessário “identicar o trabalho dosadministradores e separá-los das atividades operacionais da empresa”. [...]

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“Apontando essa distinção entre a função administrativa e as atividadesoperacionais, Fayol ajudou a tornar mais nítido particularmente o papeldos executivos – os administradores de nível mais alto na hierarquia daorganização”.

Henry MintzbergDe acordo com Maximiano (2004), Mintzberg agrupou 10 papéis

gerenciais em três famílias – ver gura 6 – papéis interpessoais, papéis deinformação e papéis de decisão.

Figura 6 – Dez papéis que os gerentes desempenham, segundoMintzberg

 

Empreendedor Controlador de

distúrbios Administrador de

recursosNegociador 

Figura de proaLíder 

Ligação

Monitor Disseminador 

Porta-voz

PAPÉIS DEDECISÃO

PAPÉIS DEINFORMAÇÃO

PAPÉISINTERPESSOAIS

Maximiano, 2004

Os papéis interpessoais voltam-se às relações que um gerente esta- belece com pessoas de dentro e de fora da organização. Os papéis de in-formação relacionam-se à aquisição e à transmissão de informações tantode dentro para fora como de fora para dentro da organização. Por último,os papéis de decisão relacionam-se aos problemas que um gerente precisaresolver além da tomada de decisão, que são fatores constantes na vida deum administrador.

O desempenho dos papéis propostos por Mintzberg parece depen-der do nível hierárquico do gerente. Para os gerentes de nível mais

alto, os papéis de disseminador, gura de proa, negociador, ligação

e porta-voz parecem ser mais importantes, ao passo que o papel de

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

líder parece ser importante em todos os níveis. A especialidade do

gerente também inuencia o desempenho dos papéis. Os papéis

interpessoais são mais importantes na área de vendas, enquanto os

 papéis de informação predominam na área de nanças (MAXIMIA-

 NO, 2004, p. 57). Rosemary StewartPara Maximiano (2004), a professora Stewart desenvolveu a noção

de que os cargos são diferentes entre si tanto pela sua natureza quanto pelo fato de as pessoas que ocupam essas posições escolherem o que fa-zer e o modo de fazer. As dimensões apresentadas em seu esquema são:

exigências, restrições e escolhas. As exigências voltam-se às tarefas queo ocupante de determinado cargo gerencial precisa desempenhar – fazem parte da natureza intrínseca do cargo e são obrigatórias: realizar reuniões,cumprir determinações legais etc. As restrições voltam-se aos fatores in-ternos ou externos à organização que colocam limites às atividades queo ocupante do cargo pode realizar: recursos limitados, ritmo de trabalhoetc. Finalmente, as escolhas relacionam-se às atividades que um ocupante pode realizar, porém não é obrigado a isso. Não depende do tipo de traba-

lho e da forma de desempenhá-lo.

Fred LuthansLuthans, segundo Maximiano (2004), propôs que as atividades de

um gerente estão classicadas em quatro categorias: (1) funções geren-ciais – planejamento, controle e tomada de decisão; (2) comunicação – troca e processamento de informações; (3) administração de recursos

humanos – motivação, resolução de conitos, treinamento; (4) relaciona-mento ou networking – política, relações sociais, integração com pessoasexternas à organização.

Agora vamos falar da Evolução da Administração.

Evolução a Aministração U.7 O processo administrativo originou-se após a Revolução Industrial, já queanteriormente havia limitações de comunicação, e mesmo os transportes

eram demorados, o que retardava o crescimento das primeiras empresas.Por algum tempo, “a maioria dos administradores operou estritamentenuma base de tentativa e erro” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 47). Aevolução da administração permite ao aluno compreender que algumas

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 práticas administrativas eram utilizadas em determinada época, pois de-terminadas circunstâncias exigiam determinados procedimentos adminis-trativos.

Como as circunstâncias ambientais e mercadológicas se modicam

à medida que o tempo passa, práticas administrativas tornam-se obsoletas,isto é, há abandono da velha prática e adoção de nova prática. Emboraainda tenhamos, em algumas empresas, a presença da AdministraçãoCientíca, ela já não é a principal protagonista do processo administrativoatual. Existem algumas forças na atualidade que estão modicando práti-cas administrativas. Por meio da história, além de arranjar os eventos emordem cronológica, pode-se entender o impacto de algumas forças sociais

nas organizações.“Entender as origens do pensamento administrativo auxiliará acompreender os contextos subjacentes às ideias e aos conceitos apresen-tados” durante as próximas unidades (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 48).“A compreensão do que representa hoje a administração exige p conheci-mento dos caminhos pelos quais passou a teoria administrativa ao longode sua breve história” (CHIAVENATO, 1999, p. 32).

Segundo Chandler (1990, apud Bateman; Snell, 1998, p. 48), “o

surgimento das economias de escala – reduções no custo médio de umaunidade de produção à medida que o volume total cresce – levou os admi-nistradores a lutarem por mais crescimento”. Todo o pensamento acercade problemas e de questões administrativas, como, por exemplo, eciên-cia, processos de produção e redução de custos, foi gerado pela RevoluçãoIndustrial, que criou a produção em massa.

A evolução do pensamento administrativo encontra-se dividida em

duas abordagens: (1) clássica e (2) contemporânea. As principais caracte-rísticas de cada abordagem estão descritas resumidamente a seguir.

 Aboragens clássicasU.7.UAdministração sistemáticaComo o próprio nome sugere – vale observar que o nome de cada

escola é intrinsecamente o principal fato da origem da escola –, a abor-dagem da administração sistemática “buscou construir procedimentos

e processo especícos nas operações para assegurar a coordenação dosesforços. [..] enfatizava operações econômicas, assessoria adequada,manutenção de estoques para atender à demanda dos consumidores e aocontrole organizacional” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 48). Como se

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

 pensava que àquela época, a administração das empresas era caótica, via-se a necessidade de sistematizar todo o seu processo.

O foco dessa escola eram as operações internas, já que a produçãoem massa decorrente da Revolução Industrial exigia dos administrado-

res o atendimento das demandas de mercado. Esta escola desconhecia arelação entre a organização e seu ambiente e, como já comentado ante-riormente, embora procurasse sistematizar procedimentos e processos, elanão conseguiu eciência produtiva.

Administração cientíca

Como o alcance de melhorias em eciência não foi obtido pela

escola sistemática, um engenheiro chamado Frederick Winslow Taylor admitiu que a prática administrativa deveria mudar e ser determinada por estudos cientícos.

A nova abordagem, conduzida por Taylor, utilizava “técnicas, comoos estudos de tempos e movimentos. Com essa técnica, as tarefas foramdivididas em seus movimentos básicos e os diferentes gestos eram crono-metrados para se determinar o modo mais eciente de se completar cadauma delas” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 50).

Segundo Chiavenato (1999, p. 38), “a essência da AdministraçãoCientíca é determinar o método de trabalho, ou seja, a única maneira cer -ta (the best way) de executar um trabalho para maximizar a eciência decada operário. A eciência é denida como uma relação entre os fatoresaplicados e o produto nal obtido”. A premissa básica de Taylor “era deque existia uma maneira melhor de realizar uma tarefa e tal maneira deve-ria ser descoberta e colocada em prática” (CERTO, 2003, p. 26).

A losoa da Administração Cientíca baseou-se em quatro princí- pios, segundo Bateman e Snell (1998, p. 50):1. A administração deveria desenvolver uma abordagem pre-cisa, cientíca para cada elemento do trabalho e de um indivíduosubstituindo as diretrizes-gerais.2. A administração deveria selecionar, treinar, ensinar e de-senvolver cienticamente cada trabalhador, e assim a pessoacerta teria o trabalho certo.

3. A administração deveria cooperar com os trabalhadores para assegurar que o trabalho correspondesse aos planos e aos princípios.

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Administradores e organizações, evolução da administração e ambiente externo – Unidade 1

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4. A administração deveria assegurar uma divisão igual detrabalho e responsabilidade entre os administradores e os traba-lhadores.

Embora essa escola focasse em fatores descritos em parágrafos

anteriores e tivesse contribuído com a produtividade e a eciência das fá- bricas, algumas limitações devem ser assinaladas: o sistema motivacionalera simples, os trabalhadores eram vistos como partes de uma máquina eeram explorados, as tarefas do nível operário mais baixo da organizaçãoé que eram visíveis, e não as tarefas dos níveis mais altos, e não se leva-va em conta a relação entre a organização e seu ambiente (BATEMAN;SNELL, 1998).

Gestão administrativaA ênfase da gestão administrativa era na perspectiva da alta admi-

nistração, ao contrário da administração cientíca, sem levar em conta o processo cientíco de tempos e movimentos, mas “sustentava que a admi-nistração era uma prossão e poderia ser ensinada” (BATEMAN; SNELL,1998, p. 52). Esta escola é marcada pelos 14 princípios de Fayol.

Assim como a medicina, o direito e outras prossões, a adminis-

tração poderia ser ensinada e até muitos autores contribuíram com suasexperiências pessoais em administração de grandes empresas. No entanto,as perspectivas e as recomendações dos autores, segundo os críticos daépoca, não funcionavam em todos os tipos de ambientes. “Diferentes tiposde funcionários, de condições industriais e de tecnologia poderiam afetar a adequação desses princípios” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 52).

Relações humanasA ênfase nas pessoas surge a partir da experiência de Hawthorne,em 1930, “para pesquisar o efeito das condições ambientais sobre a pro-dutividade do pessoal, no sentido de conrmar ou não os preceitos daAdministração Cientíca”. A experiência “constatou a importância dofator humano na organização e a necessidade de humanização e democra-tização das organizações”. A experiência de Hawthorne tem as seguintesconclusões, segundo Chiavenato (1999, p. 46):

1. O trabalho é uma atividade tipicamente grupal. O nível de produção é inuenciado pelas normas do grupo, e não apenas pelos incentivos salariais da organização.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

2. O operário não reage como indivíduo isolado, mas comomembro de um grupo e em estreita relação de camaradagem eintegração com os colegas.3. A tarefa da administração é formar chefes capazes de com-

 preender e de comunicar, com elevado espírito democrático eque sejam persuasivos e simpáticos.4. A pessoa é motivada essencialmente pela necessidade de“estar junto” com outras pessoas, de ser reconhecida pelos outrose receber adequada comunicação.5. Além da organização formal ocialmente estabelecida pelaorganização, existe também uma organização informal constitu-

ída pelos grupos sociais informais que se formam espontanea-mente e permeiam toda a organização.

BurocraciaA abordagem burocrática foi liderada por Max Weber, que acredi-

tava “que as estruturas burocráticas pudessem eliminar a variabilidadede resultados numa organização em que os administradores possuíssemdiferentes habilidades, experiências e objetivos” (BATEMAN; SNELL,

1998, p. 54).Para Weber, a burocracia é uma maneira de organizar racionalmente

a organização e os procedimentos, regras e regulamentos deveriam padro-nizar o comportamento de modo necessário à sua sobrevivência.

 Aboragens contemporâneasU.7.2 Administração quantitativa

Com a aplicação de conceitos e técnicas matemáticas durante a Se-gunda Guerra Mundial, diversas organizações constituíram equipes comespecialistas em processos quantitativos para tratar de questões adminis-trativas complexas.

A administração quantitativa “auxilia o administrador a tomar decisões pelo desenvolvimento formal de modelos matemáticos do problema. Oscomputadores têm facilitado o desenvolvimento de métodos quantitativosespecícos” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 56). Embora esta abordagem

auxilie os administradores a selecionar melhores alternativas dentre várias,há limitações, como a necessidade de treinamento entre os administradoresno uso de tal ferramenta ou técnica, além de o modelo não ser projetado paraalgumas decisões administrativas que estão fora da rotina de trabalho.

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Administradores e organizações, evolução da administração e ambiente externo – Unidade 1

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Comportamento organizacionalSegundo Bateman e Snell (1998, p. 57), o comportamento organi-

zacional “estuda e identica as atividades de administração e promove aecácia do empregado por meio do entendimento da natureza complexa

do indivíduo, do grupo e do processo organizacional”. “O comportamentoorganizacional aplica o conhecimento obtido sobre as pessoas, os grupose o efeito da estrutura sobre o comportamento, para fazer com que as or-ganizações trabalhem mais ecazmente” (ROBBINS, 2002, P. 6). É umaabordagem voltada ao absenteísmo, à rotatividade, à produtividade e aodesempenho e inclui tópicos como motivação, liderança, comunicação processos grupais, conitos etc.

Teoria dos sistemasTodas as abordagens anteriores não levavam em conta a relação

entre a organização e o ambiente externo, além de não considerar a inter -dependência de seus subsistemas internos. Como o meio em que a orga-nização está inserida provoca impactos nas estruturas organizacionais, osestudiosos em administração viram que a organização é um sistema abertoque interage com seu meio.

De acordo com Maximiano (2000, p. 365), “a maioria dos proble-mas e situações, seja qual for sua extensão e conteúdo, devem ser enca-rados como produto de múltiplas causas e variáveis interdependentes”.A partir desse entendimento, surge o pensamento sistêmico. “De acordocom o pensamento sistêmico, tudo é complexo. Qualquer situação teminúmeras causas e produz inúmeros efeitos”.

 Na realidade, o sistema organizacional “requer insumos, que a or-

ganização transforma em resultados, que são recebidos pelo ambienteexterno. O ambiente reage a esses resultados por meio de um processo defeedback, que se torna um insumo do próximo ciclo do sistema” (BATE-MAN; SNELL, 1998, p. 58).

Perspectiva contingencialDe acordo com o dicionário Aurélio, circunstância é: situação, estado

ou condição de coisa(s) ou pessoa(s), em determinado momento. Como as

situações se modicam constantemente, não existe uma maneira simples eúnica de administrar uma organização. Estratégias de custo ou de qualidade podem muito bem funcionar num momento e não em outro, ou seja, à medi-da que as circunstâncias mudam, muda a forma de administrar.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Éimportante

ressaltar que a evolução dopensamento administrativo sempre

teve como base as alterações ocorridas

no ambiente externo, bem como das váriaspesquisas desenvolvidas por diversos autoresnas diversas áreas.

Essas características situ-acionais são denominadas decontingências e, de acor-do com Bateman e Snell

(1998, p. 60), o entendi-mento das contingências“auxilia o administrador asaber quais os conjuntos decircunstâncias que ditam asações administrativas”.

Sugestões• Assista ao lme Tempos modernos,

com Charles Chaplin, lançado em 1936, quemostra como um empregado sobrevive emmeio ao mundo moderno. A ênfase está na

Administração Cientíca.

Macroambiente U.8 Todas as forças ou elementos do macroambiente inuenciam as decisõesestratégicas de uma organização, e o controle que a organização tem sobreessas forças é pequeno. “Todas as empresas são afetadas por tendências

e sistemas político-legais, econômicos, tecnológicos e sociais. [...] Comoessas forças são muito dinâmicas, suas constantes mudanças criam mi-lhares de oportunidades e ameaças ou restrições para os administradoresestratégicos” (WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000, p. 47).

De maneira sucinta, estão descritas a seguir as principais caracte-rísticas de cada uma dessas forças e de que modo elas podem afetar umaorganização.

Ambiente internacionalGenericamente, tudo o que acontece fora dos limites ou barreiras de

um país afeta de maneira substancial as organizações deste país. Tomem-se como exemplos a formação dos blocos econômicos, a queda do Muro

Conexão:Neste artigo, o aluno

poderá ler um texto extraído dooriginal da autora Lucinda PimentelGomes, publicado no informativomensal do Conselho Regional de

Administração, sobre o histórico daadministração.

http://www.cfa.org.br/down-

load/RD1605.pdf 

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Administradores e organizações, evolução da administração e ambiente externo – Unidade 1

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Aabertura dos

mercados possibilitou aemergência de novos países in-

dustrializados, a desregulamentação, asreestruturações, dentre outros fatores, que

promovem uma readaptação das empresas.

de Berlim, a unicação da Europa, o avanço dos países da orla do Pacícoetc. – todos estes fatos inuenciam sobremaneira as organizações dos ou-tros países. É como o efeito borboleta: o bater de asas de uma borboletaem determinada região afeta outras regiões.

Atualmente, com a globalização, o entrelaçamento econômico entreos países torna-se mais evidente e ainterdependência também se evi-dencia, já que o grau de com- petitividade de uma organi-zação não é mais em nívelregional. As organizações

competem atualmente comorganizações do mundotodo; é o que se denominade aldeia global.

Político-legalEste elemento inclui decisões

tomadas por comissões em nível munici-

 pal, estadual e federal, sentenças judiciais, eleições etc. Um exemplo atualé o referendo de proibição ou não de armas no Brasil a ser votado em23.11.2005. O resultado deste referendo pode afetar empresas que comer-cializam e fabricam armas no Brasil.

EconomiaExemplos de forças econômicas que afetam de maneira signicativa

as organizações são: aumento ou diminuição do produto interno bruto, ta-xas de juros, inação, valor do dólar e custo do capital. Atualmente, váriasempresas no Brasil têm tentado buscar dinheiro no exterior, já que o custodeste dinheiro é mais barato. As empresas que conseguem, normalmente,colocam seu produto ou serviço à venda no mercado a um preço menor que o da concorrência, tornando-se mais competitiva.

Tecnologia

Imagine que você é o proprietário de uma rede de supermercados eainda não possui um sistema de código de barras integrando vendas, es-toques e compras. Se a concorrência já possui tal sistema, provavelmenteterá preços menores e facilidades na hora de estabelecer seu estoque. As

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

novas tecnologias “fornecem novas técnicas de produção. [...] tambémfornecem novas maneiras de administrar e de comunicar-se” (BATE-MAN; SNELL, 1998, p. 75).

DemograaDados como idade, gênero, renda familiar e nível de escolaridade

são denominados de dados demográcos. Esses dados são importantes para as estratégias que uma organização deve formular com relação aosrecursos humanos. “Deve-se realizar planos estratégicos para recrutamen-to, retenção, treinamento, motivação e utilização efetiva de pessoas deorigens demográcas diversas com as habilidades necessárias para se al-

cançar a missão da empresa” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 77). A forçade trabalho atual é mais diversicada, a entrada da mulher no mercado detrabalho também se intensicou e tudo isto provoca mudanças na formade gerir as pessoas.

Social e naturalO cuidado com o corpo e a ecologia são exemplos de tendências so-

ciais e naturais. As academias, os equipamentos esportivos, os refrigeran-

tes diet e light, a responsabilidade social estão em alta na sociedade atual.Essas novas formas de cuidar da saúde e do corpo e de cuidar da próprianatureza trouxe riscos e oportunidades para diversas empresas.

Observe que há, hoje, maior consciência das pessoas em relação às bebidas e ao cigarro. As propagandas de cigarroforam proibidas na televisão; as embalagenstrazem mensagens, muitas vezes fortíssi-

mas, sobre o mal que o cigarro provoca,além de propagandas que conscientizama população a não beber se for dirigir um automóvel. Isto tudo provoca sériasmudanças nas estratégias de uma organi-zação, quanto à produção ou à comerciali-zação de produtos e ou serviços.

 Ambiente competitivo U.9 As forças que compõem o ambiente competitivo estão bem próximas à or -ganização, e o controle que a organização tem sobre essas forças é maior 

Conexão:Acesse o endereço a seguir e veja uma apresentação em 

 power point acerca do macroambien-te e de suas forças.

http://www.heliorocha.com.br/graduacao/turismo/download/FM/UD%20I%20-%20

Ass%2003%20O%20Ambiente%20de%20Marketing.ppt#272,15,

Slide 15

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MichaelEugene Porter 

nasceu em 1947 e leciona naHarvard Business Scholl, nas áreas

de Administração e Economia. Tornou-seprofessor com 26 anos.

em comparação com o controle das forças acerca do macroambiente.Essas forças podem ser denominadas de setoriais. A gura 7 visualiza oimpacto das forças macroambientais e das forças setoriais.

Figura 7 – Forças macroambientais e setoriais que apresentam

oportunidades e ameaças para as empresasForças

político-legais

Forçassociais

Forçaseconômicas

Forçastecnológicas

Fornecedores

Entrantespotenciais

Compradores

Substitutos

Rivalidade entre

empresas existentes

WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000As cinco forças setoriais

denominam-se modelo de Porter de ambiente competitivo. “Achave da competição ecazestá em uma empresa en-contrar uma posição no

mercado a partir da qual possa inuenciar essas cin-co forças em seu benefício,ou defender-se contra elas”(WRIGHT; KROLL; PAR - NELL, 2000, p. 60).

A gura 8, a seguir, ilustra omodelo de Porter.

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Figura 8 – O modelo de Porter de ambiente competitivo

 Ameaça de novos entrantes

CONCORRENTES

 A empresa e seus atuais

concorrentes disputam posições

 Ameaça de produtos ouserviços substitutos

Fornecedores Consumidores

BATEMAN E SNELL, 1986

A seguir estão descritas as cinco forças do modelo de Porter.

ConcorrentesÉ a rivalidade ou a disputa de posições entre a empresa e seus atuais

concorrentes. Segundo Bateman e Snell (1998, p. 78), as empresas devem, primeiramente, identicar seus concorrentes atuais para depois identicar como eles competem, ou seja, quais são suas vantagens competitivas. “Acompetição é mais intensa quando há mais concorrentes diretos (incluindoos estrangeiros), quando o crescimento do setor é lento e quando o produ-to ou serviço não pode ser diferenciado de alguma maneira”.

Ameaça de novos entrantesEmpresas estabelecidas correm o risco de receber novos concorren-tes – novos entrantes. É importante dizer que, caso haja alguns entravesou barreiras que dicultem essa entrada, a empresa estabelecida sofre demenores ameaças. “A probabilidade de novas empresas entrarem em umsetor depende de dois fatores: barreiras de entrada e a retaliação esperada por parte dos concorrentes existentes” (WRIGHT, KROLL; PARNELL,2000, p. 60).

 No caso das barreiras de entrada, Wright, Kroll e Parnell (2000)apontam sete barreiras de entrada:

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   1

Economias de escala – diminuição do custo médio de uma unidade• produzida à medida que o volume total aumenta. Se uma empresaentra com a estratégia de larga escala, pode sofrer forte reação dasempresas estabelecidas. Caso entre com uma estratégia de pequena

escala, pode trazer desvantagens de custo.Diferenciação de produtos – as empresas estabelecidas muitas vezes•usufruem da força de sua marca, além da lealdade dos consumidores.Exigências de capital – às vezes, para entrar num determinado merca-•do, há a necessidade de enormes quantias de capital para a instalaçãodas fábricas, publicidade etc.Custos de mudança – uma empresa estabelecida já possui seus for-•

necedores e seus consumidores. Muitos clientes relutam em mudar de produto ou serviço. Um novo entrante pode incorrer em custos aotentar modicar o hábito de um fornecedor ou de um consumidor.Acesso a canais de distribuição – uma empresa estabelecida já pos-•sui seus distribuidores. Caso um novo entrante queira acessar essescanais, com frequência terá que pedir permissões para publicidade eencantar os distribuidores para que eles façam a distribuição de seus produtos. As relações existentes muitas vezes são exclusivas, o que

dicultaria muito a entrada de uma nova empresa.Desvantagens de custos desvinculadas da escala – mesmo não consi-•derando as economias de escala, comentadas anteriormente, muitasempresas estabelecidas possuem tecnologia exclusiva para determina-do produto, acesso favorável a matérias-primas, localização favorávele curva de aprendizagem ou de experiência.Políticas governamentais – os governos podem dicultar a chegada de•

determinadas empresas, exigindo licenciamento ou outras regulamen-tações. No caso da retaliação esperada, as empresas estabelecidas podem

estar comprometidas com seu setor, possuem capital suciente ou capa-cidade produtiva também suciente que satisfaçam as necessidades dosclientes futuramente.

Ameaça de substitutos

Existem produtos que diferem de outros produtos por suas caracte-rísticas especícas, mas que satisfazem as necessidades dos clientes. São

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

os denominados produtos substitutos ou alternativos “que podem satis-fazer necessidades ou desejos semelhantes dos clientes, mas diferem dealguma forma em suas características especícas” (WRIGHT, KROLL;PARNELL, 2000, p. 80).

FornecedoresTodas as organizações adquirem matéria-prima, serviços, mão de

obra, capital etc. do ambiente para a fabricação de seus produtos. Todosesses insumos trazidos para a organização fabricar seus produtos determi-narão a qualidade e o preço do produto nal. “Assim, toda organizaçãodepende dos fornecedores de materiais e de mão de obra, e tenta aprovei-tar-se da competição entre fornecedores para obter preços menores, traba-

lho de menor qualidade e entregas mais rápidas” (STONER; FREEMAN,1985, p. 48).

ConsumidoresO poder de barganha dos consumidores pode diminuir a lucrativi-

dade de determinado setor por meio de uma negociação em qualidadeou maior volume de serviços, pondo uma empre-sa contra a outra. Fatores como compra em

grandes quantidades em relação ao totalde vendas do setor, produtos comprados padronizados e sem diferenciação e com- pradores bem informados, dentre outros, podem afetar sobremaneira uma organiza-ção. Ela pode car em desvantagem casoalguns desses fatores aconteçam (WRIGHT,

KROLL; PARNELL, 2000).

 Como a empresa poe responer ao ambiente? U.U0 Segundo Galbraith (1977, apud Bateman e Snell, 1998), existem trêsrespostas que uma empresa pode dar ao ambiente: manobras estratégicas,estratégias independentes e estratégias cooperativas.

O quadro 2, a seguir, ilustra sucintamente as denições de cada umadessas respostas, bem como exemplos de diversas estratégias de cada res-

 posta, segundo Zeithaml (1984, apud Bateman e Snell, 1998)

 Conexão:

Acesse o endereço a se-guir e leia um artigo interessante

acerca das cinco forças de Porter.

http://prof.santana-e-silva.pt/gestao_de_empreendimentos/trabalhos_alu-

nos/word/Modelo%20de%20Por-ter%20e%20An%C3%A1lise%20

SWOT_DOC.pdf 

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Quadro 2 – Respostas estratégicas

Manobras estratégicas: a empresa se esforça para alterar os limites doambiente competitivo.

Seleção de domínio Entrar em mercados de alto crescimento.

Diversicação Investir/expandir em vários negócios para reduzir a dependência.

Fusão e aquisição Combinar duas ou mais empresas numa única.

Desinvestimento Vender um ou mais negócios.

Estratégias independentes: a empresa se move para ambientes diferen-tes.

Agressão competitiva Explorar competência distintiva para conseguir 

vantagem competitiva.Pacicação competitiva Implementar ações visando melhorar a relação com

a concorrência.

Relações públicas Estabelecer/manter imagens favoráveis nos com- ponentes do ambiente.

Ação voluntária Comprometer-se com grupos de interesse, causas e problemas sociais.

Ação legal Engajar-se em questões antitrustes, propaganda en-ganosa etc.

Ação política Esforçar-se politicamente para criar ambiente me-nos competitivo.

Estratégias cooperativas: a empresa se junta a uma ou mais organizaçõesde forma cooperativa.

Contratação  Negociar com outros grupos pata troca de bens, in-formações etc.

Cooptação Absorver pessoas para liderar evitando ameaças àestabilidade.

Coalizão Unir-se com dois ou mais grupos para atuação con- junta.

Adaptado de Zeithaml (1984, apud Bateman e Snell, 1998)

Você conheceu os ambientes que circundam a organização, bemcomo o seu ambiente interno. Vimos que cada um desses ambientes pos-sui elementos ou forças que impactam a organização. Algumas das forçasdo macroambiente são: fatores tecnológicos, fatores demográcos, fatores

 políticos e fatores econômicos. O microambiente ou ambiente competitivo

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

 possui forças como concorrentes, consumidores e fornecedores. Já o am- biente organizacional é caracterizado por sua estrutura e por sua cultura.

É bom ter em mente que o ambiente externo é fundamental para oestabelecimento dos objetivos organizacionais e é focado mais fortemente

no nível estratégico, ou seja, o “olhar” do nível estratégico tem como ob- jetivo escanear ou monitorar o ambiente externo, pois é ele que vai deter -minar o rumo da organização.

 Na próxima unidade, denominada de Tomada de decisão adminis-trativa, nós focaremos no processo e na compreensão da tomada de deci-são. Em todo momento, os administradores se defrontam com problemasou oportunidades e então precisam escolher, dentre as várias opções, qual

a melhor alternativa. Na realidade, vamos mostrar como se toma umadecisão de forma racional e mostrar também que nem sempre é possíveltomar uma decisão de modo racional.

Reflexão  Nesta unidade, você aprendeu que a administração é importante para to-das as empresas e que os administradores trabalham com pessoas e comoutros recursos para alcançar os objetivos organizacionais. Para alcançar 

estes objetivos, é necessário planejar, organizar, liderar e controlar, deforma ecaz e eciente. Todas essas funções são exercidas nos níveis es-tratégicos, táticos e operacionais.Para a execução das funções administrativas, é necessário que os admi-nistradores tenham habilidades técnicas, habilidades de comunicação ehabilidades conceituais e decisórias.Foram documentadas as abordagens administrativas dentro do processo

de evolução da administração, partindo da Administração Cientíca echegando à Perspectiva Contingencial. Este processo evolutivo da admi-nistração ajuda a compreender que certas práticas administrativas eramutilizadas em algumas épocas, já que determinadas circunstâncias exi-giam determinados modos de proceder.Por último, vimos os ambientes que fazem parte da organização: o am- biente interno e o ambiente externo. Você conheceu os ambientes quecircundam a organização, bem como o seu ambiente interno. Vimos que

cada um desses ambientes possui elementos ou forças que impactam aorganização. Algumas das forças do macroambiente são: fatores tecnoló-gicos, fatores demográcos, fatores políticos e fatores econômicos. O mi-croambiente ou ambiente competitivo possui forças como concorrentes,

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consumidores e fornecedores. Já o ambiente organizacional é caracteriza-do por sua estrutura e por sua cultura.É bom ter em mente que o ambiente externo é fundamental para o estabe-lecimento dos objetivos organizacionais e é focado mais fortemente pelo

nível estratégico, ou seja, o “olhar” do nível estratégico tem como objeti-vo escanear ou monitorar o ambiente externo, pois é ele que vai determi-nar o rumo da organização. No tópico referente à qualidade, vimos várias denições de qualidade, bem como as eras de seu desenvolvimento e as premiações de qualidade.

 Leitura recomenaa 

COMÉRCIO INTERNACIONAL E OS BLOCOS ECONÔMICOSno endereço http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/pdf/artigos_ revistas/251.pdf Este artigo dene os blocos econômicos e oferece explicação sobre osdiversos blocos econômicos existentes.

Referências

BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: construin-do vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.

CERTO, Samuel C. Administração moderna. 9. ed. São Paulo: Pren-tice Hall, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed.Rio de Janeiro: Campus, 1999.

HALL, Richard H. Organizações: Estruturas, processos e resultados.8. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004.

KOONTZ; Harold; O’DONNEL, Cyril; WEIHRICH, Heinz. Admi-nistração: fundamentos da teoria e da ciência. 14. ed. São Paulo: Pio-

neira, 1986.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria geral da Administra-ção: Da Revolução Urbana à Revolução Digital. 5. ed. São Paulo:Atlas, 2005.

MEGGINSON, Leon C.; MOSLEY, Donald C.;PIETRI JR., Paul H.Administração: conceitos e aplicações. São Paulo: Harbra, 1986.

WRIGHT, Peter; KROLL, Mark J.; PARNELL, John. Administraçãoestratégica: conceitos. São Paulo: Atlas, 2000.

Na próxima uniae 

 Na próxima unidade, denominada de Tomada de decisão administrativa,nós focaremos no processo e na compreensão da tomada de decisão. Emtodo momento, os administradores se defrontam com problemas ou opor-tunidades e então precisam escolher, dentre as várias opções, qual a me-lhor alternativa. Na realidade, vamos mostrar como se toma uma decisãode forma racional e mostrar também que nem sempre é possível tomar uma decisão de modo racional.

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   U  n    i  U  a  U e   2

 Tomada de decisão

administrativaProcesso de ensino-aprendizagem

 Nesta unidade, a disciplina irá tratar do processo de tomada de decisão administrativa,e nosso objetivo é que você seja capaz de compre-

ender todos os estágios que compõem o processo detomada de decisão, de modo a auxiliá-lo de forma ra-

cional na escolha entre alternativas ou possibilidades pararesolver um problema ou aproveitar uma oportunidade.

Objetivo da sua aprendizagemAo estudar esta unidade, você desenvolverá as seguintes compe-

tências:entender a importância da tomada de decisão nas organizações;•descrever as etapas do processo de tomada de decisão;•

identicar e descrever os quatro estilos de tomada de decisão.•

Você se lembra?De um problema que teve para resolver na última semana?Agora vamos falar do processo de tomada de decisão administrativa.Tente lembrar-se dos administradores com que você manteve contato ouviu atuando nos últimos dez dias. Provavelmente você entrou em contatocom um professor, um técnico de futebol, um médico, um policial, umgerente de supermercado etc. Muito provavelmente, também, você deveter observado que constantemente eles tomam decisões. Umas mais

simples e outras mais complexas. Na realidade, não importa o grau decomplexidade das decisões, o que importa é que decisões precisam

e devem ser tomadas a todo o momento.O restante desta unidade trata do processo de tomada de deci-

são pelos administradores. Todos os dias os administradorestomam numerosas decisões. Decidem que perl de empre-

gado devem contratar, que fornecedor devem estabelecer 

negócios, que perl de consumidor devem atender etc.As decisões tomadas pelos administradores afetamsobremaneira as organizações.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

 Não somente os administradores tomam decisões diariamente, mastambém os cirurgiões, os controladores de voo, os técnicos de manuten-ção etc. Segundo Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1986, p. 163), “o cargode toda pessoa em uma organização envolve algum grau de tomada de

decisão, mesmo o mais rotineiro dos cargos”.A tomada de decisão ocorre sempre que uma pessoa ou uma or-

ganização se depara com cursos alternativos, isto é, quando existem nomínimo dois modos diferentes. “Essa encruzilhada e alternativas conduzà decisão. Quando só existe uma única maneira para fazer as coisas, nãohá decisão a tomar. Assim, a decisão é a escolha frente a várias alternati-vas de ação. Decisão envolve sempre opção e escolha” (CHIAVENATO,

1999, p. 283).A tomada de decisão é denida por Megginson, Mosley e Pietri Jr.(1986, p. 162) como “a seleção consciente de um curso de ação dentre asalternativas disponíveis para obter um resultado desejado”.

Quadro ilustrativo

Os oito elementos na tomada de decisões ecazes

Trabalhe com o problema certo. Qual é o problema que exige de-cisão: Que academia de ginástica frequentar? Você deve realmente frequen-tar alguma academia, em lugar de caminhar mais ou comprar equipamentos para fazer ginástica em casa? Quem contratar para gerir o departamento deinformática de sua empresa? Sua empresa deve mesmo ter um departamen-to de informática em lugar de terceirizar a função por meio de um provedor de serviços externo? A maneira como se formula a questão no começo pode

fazer toda a diferença. Para escolher bem, é preciso estabelecer o problemaa ser decidido com cautela, reconhecendo sua complexidade e evitando su- posições equivocadas e preconceitos capazes de limitar as opções.

Dena os objetivos. Sua decisão deve levá-lo ao objetivo dese- jado. Se é necessário contratar um novo funcionário, quem você preferena equipe: alguém disciplinado ou com espírito livre e criativo? Desejaavaliar por uma nova perspectiva ou considera melhor conar na solidezda experiência? A decisão é um meio pelo qual se alcança o m. Per -

gunte-se o que é mais importante obter e quais interesses, valores, pre-ocupações, temores e aspirações são mais relevantes para alcançar esse

objetivo. Pensar sobre os objetivos direciona o processo de decisão.

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Tomada de decisão administrativa – Unidade 2

Crie alternativas com imaginação. As alternativas re- presentam os diferentes cursos de ação para escolher. Você deve

tomar partido em um desentendimento familiar ou permanecer forada enxurrada de acusações e queixas? Deve buscar uma solução que

agrade a todos os envolvidos? Se não houvesse alternativas diversas,você não estaria sendo obrigado a enfrentar uma decisão. Mas será quetodas as alternativas foram consideradas ou pelo menos a grande varie-dade de opções criativas e desejáveis? Lembre-se de que sua decisão jamais vencerá a melhor das alternativas.

Compreenda as consequências. Será que suas alternativassatisfazem bem os objetivos? As alternativas podem iludir e encantar,

 porém, mais tarde, surgem as consequências, às vezes graves, outrasanimadoras. Largar a rotina da empresa para abrir seu próprio negócio,digamos, explorando o aluguel de barcos a vela em Aruba, pode pare-cer atraente, mas quais seriam as consequências para a carreira de suaesposa, para seus lhos em idade escolar, para seus pais já em idadeavançada e para sua predisposição a ter câncer de pele? A avaliaçãohonesta das consequências de cada alternativa ajuda a identicar asdecisões que alcançam melhor seus objetivos – todos os objetivos.

  Confronte os itens de negociação. Pelo fato de que os objeti-vos frequentemente entram em conito uns com os outros, é necessáriochegar a um equilíbrio. Um pouco disso deve ser sacricado em favor de um pouco daquilo. Sua carreira é importante, mas sua família tam- bém é. Por essa razão você pode preferir reduzir as viagens de negóciosou mesmo diminuir o número de horas que passa no escritório. Perderáum pouco do ímpeto na carreira, e possivelmente terá ganhos menores,

mas em compensação desfrutará mais tempo com sua esposa e lhos. Na maioria das decisões complexas, não há uma alternativa perfeita.Opções diferentes atingem constelações diversas de objetivos. Sua ta-refa é escolher de maneira inteligente entre possibilidades imperfeitas.Para isso, é preciso estabelecer prioridades, enfrentando abertamente anecessidade de negociação entre objetivos concorrentes.  Esclareça suas incertezas. O que poderia acontecer no futuro,e qual a possibilidade de que realmente aconteça? Para decidir quanto

dinheiro reservar para a educação universitária de sua lha, você deve con-siderar vários aspectos que ainda não foram denidos. Ela prestará exame

 para uma universidade pública ou particular? Será aprovada ou não?

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Terá ela capacidade acadêmica ou artística suciente para obter uma bolsa? Será que ela pretenderá trabalhar enquanto estuda? Pre-cisará de um carro? As incertezas tornam a escolha muito mais difícil.

 No entanto, tomar decisões ecazes exige que se enfrente a inseguran-ça, ponderando sobre a possibilidade de resultados diversos e avalian-do os impactos possíveis de cada um.

Analise cuidadosamente sua tolerância a riscos. Quando asdecisões envolverem incertezas, o efeito que se deseja pode não ser o que prevalece na prática. Um transplante de medula óssea há muitoconsiderado pode ou não vir a deter o câncer. Um investimento de

 baixo risco em títulos do governo pode resultar em grandes perdasnanceiras. As pessoas divergem quanto ao grau de tolerância a essetipo de risco e, dependendo do que está em jogo, quanto ao risco quequerem correr em uma decisão. A consciência de sua disposição deaceitar riscos torna o processo decisório mais suave e ecaz, ajudan-do-o a escolher a alternativa que apresenta o nível correto de risco para você.

Examine as decisões interligadas. O que é decidido hoje

 pode afetar as escolhas de amanhã, e os objetivos futuros devem ter inuência sobre as decisões atuais. Assim, muitas decisões importan-tes estão interligadas no tempo. Um secretário do departamento deestradas pode decidir comprar terrenos em nome do governo agora para, com isso, criar opções que permitam acomodar um possívelaumento do tráfego de automóveis no futuro. Dessa forma, ele evita a possibilidade de aumentos potenciais no valor da terra ou a resistên-

cia da comunidade de moradores ao projeto, o que poderia bloquear opções futuras. A saída para lidar de maneira ecaz com decisõesinterligadas é isolar e resolver as questões de curto prazo, enquantose coletam as informações necessárias para resolver aquelas que sur-girão mais tarde. Ao colocar em sequência suas ações, de maneira aexplorar inteiramente o que aprende no processo, você estará toman-do o melhor caminho, em meio às incertezas do mundo, para fazer escolhas inteligentes.

HAMMOND; KEENEY e RAIFFA, 2004.

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Tomada de decisão administrativa – Unidade 2

Tomar uma decisão não

signica apenas enfrentar um

problema. Muitas vezes, precisamostomar uma decisão por termos à nossafrente um conjunto de oportunidades.

As pessoas tomam decisões, que muitasvezes são rotineiras e delimitadas, porém amaioria das decisões costuma ser particular,ou seja, cada decisão é uma nova decisão.

Isto signica que não se tem uma estru-turação adequada para cada decisão

tomada.

 Características as ecisões aministrativas2.USegundo Bateman e Snell (1998), amaioria das decisões tomadas pe-los administradores é desaa-

dora e quatro característicassão importantes para uma breve elucidação: ausênciade estrutura, risco, incerte-za e conito.

Existem, segundoBateman e Snell (1998),

dois tipos de decisões: asdecisões programadas – queapresentam respostas objetivamentecorretas e são resolvidas utilizando-se deregras e políticas, ou seja, existe um procedimento ou estrutura denida para encontrar o resultado – e as decisões não programadas – que apre-sentam muitas respostas possíveis que envolvem ganhos e perdas. Comoa maioria das decisões tomadas pelos administradores é não programada,

eles precisam criar um método para a tomada de decisões, já que não exis-te uma estrutura de base. O quadro 3, a seguir, apresenta as característicasdas decisões programadas e das não programadas.

Quadro 3 – Características das decisões programadas e das nãoprogramadas

Decisões programadas Decisões não programadas

Baseadas em dados adequados Baseadas em dados inadequadosBaseadas em dados repetitivos Baseadas em dados únicos e novos

Tomadas em condições estáticas eimutáveis Sob condições de imprevisibilidade

Sob condições de previsibilidade Sob condições de imprevisibilidade

Baseadas na certeza Baseadas na incerteza

Podem ser computacionais. Devem ser tomadas sob julgamento pessoal.

Chiavenato, 1999

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

O quadro 4, a seguir, efetua uma comparação entre as decisões pro-gramadas e as não programadas.

Quadro 4 – Comparação entre decisões programadas e não pro-gramadas

Decisões programadas Decisões não programadas

Classicação da de-cisão

Rotineiras

Recorrentes

Programáveis

Genéricas

Singulares

Inovadoras

Especícas

 Natureza da situa-ção

Bem denidas

Estruturadas

Ambíguas

Desestruturadas

Ambiente de deci-são

Condições estáticas

Informação conável e precisa

Condições dinâmicas

Pouca informação disponí-vel

Método de decisão

Regras

Procedimentos

Políticas

Julgamentos e princípio dotomador de decisão

Técnicas de apoio àdecisão

Modelos matemáticos

Planilhas

Orçamentos

Pesquisa operacional

Sistemas de apoio à decisãocorporativa

Simulações

Análise de cenários

Intuição

SOBRAL e PECI, 2008

A segunda característica que merece destaque é a questão da in-certeza. Como as decisões são tomadas sem que o administrador ou as pessoas tenham informações sucientes, ca claro que tais decisões sãotomadas em condições de incerteza.

Como consequência da incerteza, as decisões tomadas correm deter-minados riscos, já que sua probabilidade de dar certo não é 100%. Pode-se

armar que o risco – terceira característica – é inerente ao processo detomada de decisões.

Finalmente tem-se a quarta característica, que é a questão do conito.Pense nas várias decisões que precisou tomar como pessoa ou como adminis-

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Tomada de decisão administrativa – Unidade 2

trador e reita se o curso de ação tomado não acabou gerando conito entre as partes participantes ou interessadas na decisão. Caso você aloque mais recur-sos para determinado departamento, os outros departamentos se sentirão infe-riorizados e, na maioria das vezes, estabelecer-se-á o conito. Pode-se dizer 

que existem pressões de diversas fontes que necessitam ser levadas em conta.

Etapas o processo e tomaa e ecisão 2.2 O processo decisório discutido nesta unidade pode ser visualizado na gu-ra 9, a seguir, que contém seis estágios ou passos.

Figura 9 – Os estágios da tomada de decisão 

Identificação e

diagnóstico do problema

Geração de soluções

alternativas

 Avaliação das

alternativas

Escolha

Implementação

da decisão

 Avaliação da decisão

BATEMAN; SNELL, 1998, p. 95

Identicação e diagnóstico do problema

Como a tomada de decisão é “essencialmente um processo de solu-ção de problemas que envolvem a eliminação de barreiras para o cumpri-mento da meta organizacional”, é preciso primeiramente “identicar exa-tamente quais são os problemas ou barreiras, pois somente depois que as barreiras forem adequadamente identicadas é que a gerência pode tomar 

medidas para eliminá-los” (CERTO, 2003, p. 132).Segundo Cheatham (1976, apud Megginson, Mosley e Pietri Jr., 1986,

 p. 168), é possível os administradores adquirirem “discernimento na identi-cação de um problema de diversas maneiras”: (1) examinar de forma sistemá-

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

tica as relações de causa e efeito, (2) procurar grandes variações em relaçãoàquilo que é considerado normal e (3) consultar outras pessoas com capacida-de de dar sugestões e ideias diversicadas acerca de determinado problema.

Geração de soluções alternativasApós ter identicado, denido e compreendido claramente o pro-

 blema, o segundo estágio é gerar soluções alternativas. Para Alexander (1979, apud Bateman e Snell, 1998, p. 95), existem dois tipos de soluções:(1) pronta e (2) sob medida. As soluções prontas “utilizam ideias queviram ou tentaram anteriormente ou seguem as recomendações de outras pessoas que enfrentaram problemas semelhantes”. As soluções sob medi-

da são “projetadas para problemas especícos. Essa técnica requer umacombinação de ideias em soluções novas e criativas”. Na maioria das vezes, os administradores preferem utilizar as so-

luções prontas, já que é mais fácil. Entretanto, caso dê errado, o trabalhode iniciar uma nova abordagem torna-se mais dispendioso. Independen-temente da abordagem escolhida, é fundamental para o administrador desenvolver o maior número de alternativas possíveis.

Avaliação das alternativas Neste estágio, as alternativas devem ser avaliadas com muito cuida-

do, considerando-se suas consequências. É importante efetuar uma previ-são dos efeitos de cada alternativa.

Stoner e Freeman (1985) apresentam três perguntas fundamentaisque os administradores devem fazer para avaliar as alternativas: (1) a al-ternativa é exequível? – ou seja, é possível ou se pode executar? –; (2) a

alternativa é uma solução satisfatória?; (3) quais são as possíveis consequ-ências para o resto da organização?“É importante compreender não somente os benefícios de cada

alternativa e como eles podem inuenciar o objetivo da decisão, comotambém o lado negativo potencial e os custos de cada uma delas” (MEG-GINSON; MOSLEY; PIETRI JR., 1986, p. 170).

Escolha

Após considerar as possíveis consequências de cada alternativa, chegao momento de tomar a decisão e escolher a melhor alternativa. McCall e Ka- plan (1985, apud Bateman e Snell, 1998, p. 96-97) apresentam três conceitosimportantes para fazer uma escolha: maximização, satisfação e otimização.

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Tomada de decisão administrativa – Unidade 2

“Maximizar é tomar a melhor decisão possível. A decisão de maxi-mização resulta nas mais positivas consequências e no mínimo de conse-quências negativas”.

“Satisfazer é escolher a primeira opção minimamente aceitável ou

adequada”.Por último, a otimização “é um tipo de maximização que signica

que se atingiu o melhor equilíbrio possível entre várias metas”.Para Chiavenato (1999, p. 289), a alternativa escolhida “deverá ser 

a solução mais satisfatória e a que provoque o mínimo de consequênciasnegativas para a organização. Muitas vezes, uma solução pode resolver os problemas de um departamento e criar outros para os demais departamen-

tos da organização”.

Implementação da decisãoDe acordo com Chiavenato (1999, p. 289-290), a implementação de

uma decisão não envolve somente dar ordens. “Os recursos devem ser ad-quiridos e alocados; o administrador deve montar seu orçamento de des- pesas e programar as ações que decidiu, bem como os meios para medir o progresso e tomar as medidas corretivas, se novos problemas surgirem”.

O estágio de implementação envolve, então, a delegação de respon-sabilidades, a alocação de recursos de acordo com as necessidades e oestabelecimento, por parte dos administradores, de orçamentos e crono-gramas.

Avaliação da decisãoO último estágio estabelece a avaliação da decisão implementada.

Os resultados da solução tomada deverão ser monitorados e avaliados.Chiavenato (1999, p. 290) propõe alguns questionamentos que ajudam acompreender este estágio. “O que ocorre no ambiente interno e externocomo resultado da decisão? O desempenho das pessoas está de acordocom as expectativas? Quais as respostas que os concorrentes estão forne-cendo? O problema foi resolvido denitiva ou parcialmente?”

Vale ressaltar que, se a avaliação é positiva, é sinal de que a decisãoestá funcionando e deverá continuar e até poderá ser aplicada em outros

departamentos da organização. Caso a avaliação seja negativa, isto impli-ca em retornar ao início do processo, isto é, ao primeiro estágio, e tentar descobrir e eliminar os erros cometidos.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Quadro ilustrativo

DECISÕES E ÁREAS FUNCIONAIS

FINANÇAS

• Quais são os objetivos nanceiros da organização?• Que investimentos devem ser priorizados?

• Como devemos nanciar a atividade da organização?

• Qual é a política de distribuição de dividendos?

MARKETING

• Qual é a estratégia de distribuição mais adequada aos objetivos da organiza-

ção?• Que tipo de incentivos devemos usar com a equipe de vendedores?

• Que tipo de campanha é mais adequado para esse produto?

• Como podemos avaliar e controlar o desempenho da equipe de vendedores?

RECURSOS HUMANOS

• Que política salarial deve ser instituída na organização?

• Devemos ter um processo de recrutamento interno ou externo?

• Qual é o estilo de liderança mais ecaz?

• Que ações de treinamento são necessárias para aumentar a produtividade?

PRODUÇÃO

• Quais fornecedores devemos utilizar?

• Qual volume de produção devemos planejar para o próximo mês?• Como podemos organizar o layout de produção para otimizar o processo?

• Qual é o sistema de controle do processo produtivo mais adequado para ga-rantir a qualidade dos produtos?

SOBRAL e PECI, 2008

Barreiras à tomaa e ecisão eficaz 2.3  Na realidade, muitas decisões tomadas nas organizações não seguem o processo desenhado anteriormente. O processo de tomada de decisão, des-crito anteriormente, constitui-se mais na exceção do que na regra. Vários problemas interferem neste processo, e Bateman e Snell (1998) apontam

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Atualmen-te, as pressões de

tempo são um dos fatores queinibem a tomada de decisão racional.Na maioria das vezes, o tomador de

decisão não tem a oportunidade de utilizar 

bem o tempo para escolher e ponderar aspossíveis alternativas.

Tomada de decisão administrativa – Unidade 2

três: (1) vieses psicológicos, (2) pressões de tempo e (3) realidades so-ciais.

Vieses psicológicosSegundo Nisbett e Ross (1980, apud Bateman e Snell, 1998), três

vieses, dentre outros, interferem na racionalidade:Ilusão de controle: é uma conança excessiva, como numa aposta, que a• pessoa tem, acreditando que vai ga-nhar;Efeitos de estruturação:•refere-se à maneira comouma pessoa verbaliza suas

alternativas de decisão. Sevocê ouvir dizer que háuma chance maior de dar certo um projeto, prova-velmente você optará pelo projeto, já que sua chance dedar certo é grande;

Descontar o futuro: é quando

os administradores dão mais peso a custos e benefícios de curto prazo ao invés de longo prazo.

Pressões de tempoÉ interessante observar que atualmente muitas decisões precisam ser 

tomadas rapidamente, pois as pressões de tempo se acentuam cada vez mais. Oque pode ser feito é o administrador eliminar algumas análises ou mesmo tomar 

decisões sem consultar outras pessoas. Esta estratégia pode aumentar a veloci-dade, porém pode também ocorrer uma redução na qualidade da decisão.

Realidades sociaisUm administrador interage com outros

administradores de outros departamentos. Isto pode gerar conito, pois as partes interessadas possuem suas preferências, muitas das quais

vão de encontro às preferências dos outros.Dessa forma, muitas decisões são alteradas de-

vido às interações, processo de barganha e mes-mo a questão política entre os diversos grupos.

 Conexão:

Acesse o link abaixo eobserve, de maneira sucinta

e objetiva, o processo de tomadade decisão.

http://www.professorcezar.adm.br/Textos/O%20processo%20

de%20tomada%20de%20decisao.pdf 

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Tomaa e ecisão em grupos2.4 Muitas vezes, um administrador não toma decisões sozinho, mas em gru- po. O quadro 5, a seguir, ilustra as principais vantagens e desvantagens datomada de decisão em grupo.

Quadro 5 – Vantagens e desvantagens da tomada de decisão emgrupo

Vantagens Desvantagens

A disponibilidade de informações émaior. O grupo é dominado por um líder.

Maior número de perspectivas.Com o objetivo de terminar logo areunião, a busca por melhores alter-nativas não acontece.

As discussões contemplam a estimu-lação intelectual.

Pensamento grupal: pressão para fu-gir dos desacordos.

Maior entendimento acerca do motivo por que tal decisão foi tomada.

Deslocamento de metas: derrubar aideia do outro é melhor do que resol-ver o problema.

Alto nível de comprometimento coma decisão.

Adaptado de BATEMAN; SNELL, 1998

Apesar da existência do conito no processo de tomada de decisão,ele, muitas vezes torna-se importante. Sem o conito, pode ocorrer o pen-samento grupal, as alternativas e as soluções encontradas podem não ser criativas etc. Quando o conito surgir de forma construtiva, o processode tomada de decisão poderá ser melhorado. Duas formas para estimular o conito construtivo são assinaladas: (1) a presença do “advogado do

diabo” – uma pessoa que critica as ideias – e (2) a utilização da dialéti-ca – debate estruturado entre os cursos de ação conitantes (COSTER;SCHWENK, 1990, apud BATEMAN E SNELL, 1998).

 Nesta unidade, você aprendeu que as organizações funcionam comosistemas abertos que interagem com o ambiente externo. As organizaçõestransformam os recursos em produtos ou serviços que são colocados noambiente externo. Existe o macroambiente, composto de elementos queinuenciam as decisões e pelo ambiente competitivo composto por ele-

mentos ou forças que estão bem próximas à organização. Este último foicaracterizado pelo modelo de Porter.

Aprendeu como a empresa responde ao ambiente por meio de: ma-nobras estratégicas – a empresa se esforça para alterar os limites do am-

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Tomada de decisão administrativa – Unidade 2

 biente competitivo –; estratégias independentes – a empresa se move paraambientes diferentes –; e estratégias cooperativas – a empresa se junta auma ou mais organizações de forma cooperativa.

Aprendeu também o processo de tomada de decisão administrativa

 – que funciona como um método, já que as decisões não possuem umaestrutura de apoio – e aprendeu, ainda, as principais barreiras à tomada dedecisão e à tomada de decisão em grupos.

Quadro ilustrativo

Você pode melhorar suas decisões?

O melhor caminho para você tomar boas decisões (aquelas que poderãoconduzi-lo aos seus objetivos) é adotar uma série de cuidados, como:• Ouça as pessoas ao redor. Se possível, crie um grupo ou equipe

 para ajudá-lo nas diversas etapas do processo decisorial. Mais: se puder,delegue a esse grupo ou equipe a incumbência de apresentar as alterna-tivas. Mais ainda: se puder, peça ao grupo ou equipe que apresente umaalternativa já escolhida. Se você conseguir esse intento, verá como as pes-soas aceitarão plenamente as decisões e lutarão para que elas funcionem.

• Não tome decisões sozinho. Não seja autocrata. Se possível,tome decisões consensuais. Isto signica que você deve discutir as al-ternativas e chegar a um consenso – uma decisão que satisfaça “gregose troianos” – com as pessoas envolvidas na decisão. Se você conseguir esse intento, as pessoas carregarão o fardo das suas decisões com maissatisfação, como se fossem decisões delas.

• Mire os objetivos que deseja alcançar. Todo processo deci-

sorial é um caminho para chegar a algum m: resolver um problema ouaproveitar alguma oportunidade. As decisões são boas ou más à medi-da que alcançam ou não os objetivos pretendidos. Na hora da decisão,veja primeiro aonde você quer chegar para depois começar a conjeturar como deverá fazê-lo.

• Não pense em denitivo. Poucas são as decisões irreversí-veis ou denitivas se você souber monitorá-las e avaliá-las constan-te e continuamente. A tomada uma decisão faz parte de um processo

que deve continuar na sua monitoração e terminar na sua avaliaçãoem termos de alcançar os objetivos pretendidos. Isso signica que

toda decisão pode ser ajustada e reajustada continuamente, à

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

medida que as ações correspondentes sejam implementadas na práti-ca. O follow-up sistemático da decisão permite melhorá-la e ajustá-lacontinuamente aos fatos reais para a obtenção de melhores resultados.

A correção e os ajustes sequenciais ajudam muito.• Use também a sua intuição. O sexto sentido é algo formidável

quando se lida com eventos futuros ou com a realidade externa quenão podemos compreender na sua totalidade e complexidade. Muitodo sucesso dos grandes empreendedores foi resultado de sua intuição,quando todos os fatos demonstravam justamente o contrário. De vezem quando, é bom tomar decisões singulares e totalmente não progra-

madas, principalmente quando as circunstâncias as solicitarem.•Tenha boa sorte. O apelo ao sobrenatural pode ser bem-vindo.Uma boa oração não faz mal a ninguém!

CHIAVENATO, 1999

Estilos e tomaa e ecisão 2.5 Segundo Rowe e McGrath (1984 apud Sobral e Peci, 2008, p. 116):

Os tomadores de decisão diferem em duas dimensões. A primeiramede a orientação para a tarefa (foco no desempenho) ou  para

as pessoas (foco nas relações interpessoais). Alguns tomadores de

decisão revelam maio preocupação em alcançar os objetivos orga-

nizacionais e obter bom desempenho, enquanto outros priorizam o

impacto das decisões nas pessoas envolvidas. A segunda dimensão,

a complexidade cognitiva, é usada para descrever o grau de tole-

rância que as pessoas demonstram com a ambiguidade no processode tomada de decisão. Algumas pessoas são tolerantes a situações

com elevada incerteza e ambiguidade, conseguindo processar gran-

de quantidade de informação e considerar múltiplas alternativas e

soluções, ao passo que outras sentem-se confortáveis em situações

estruturadas utilizando pouca informação e preferindo soluções

testadas. A combinação dessas duas dimensões permite identicar 

quatro estilos de tomada de decisão: diretivo, comportamental, ana-

lítico e conceitual.

A gura 10, a seguir, ilustra esses estilos.

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   1 .

   1

Tomada de decisão administrativa – Unidade 2

Figura 10 – Estilos de tomada de decisão 

Estilo analítico Estilo conceitual

Estilo diretivo Estilo comportamental

Tarefas Orientação Pessoas

 Alta

Baixa

Complexidade

cognitiva

O quadro 6, a seguir, descreve os quatro estilos de tomada de deci-são, segundo Sobral e Peci (2008, p. 116-117).

Quadro 6 – Estilos de tomada de decisão

Estilo diretivo

O estilo diretivo é característico de pessoas orientadas parao desempenho e com baixa complexidade cognitiva. Os ad-

ministradores que adotam esse estilo de tomada de decisãosão lógicos, focados no curto prazo e ecientes. Valorizam arapidez da tomada de decisão e o alcance de resultados satis-fatórios. Baseiam a decisão em aspectos técnicos, utilizam

 pouca informação e consideram pouco as alternativas. Nãose sentem confortáveis em situações pouco estruturadas,

 preferindo tomar decisões com base nas regras e nos proce-dimentos existentes na organização. Sua orientação para astarefas em detrimento das pessoas faz com que, por vezes,sejam agressivos na busca das soluções para os problemas.O estilo diretivo é ecaz em organizações hierárquicas em

que prevalece a manutenção do status quo e nas quais a mu-dança é previsível.

Estilo com-portamental

O estilo comportamental representa uma forma de tomar decisões na qual a principal preocupação é o bem-estar das

 pessoas. Os administradores que adotam esse estilo são aber-tos e comunicativos, procurando entender os impactos queas decisões têm nas pessoas com quem trabalham. Sua prin-cipal preocupação na organização é com o desenvolvimentode pessoas e em ajudá-las a alcançar suas metas. Procuramaconselhar e persuadir em vez de ordenar e evitam situações

de conito com os outros. Assim como os gerentes que pre-ferem o estilo diretivo, usam pouca informação e são foca-dos no curto prazo. O estilo comportamental é mais colegialque colaborativo, e seu foco no curto prazo limita a ecáciade suas decisões a ambientes previsíveis e estáveis.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Estilo analí-tico

O estilo analítico é representativo de pessoas orientadas paratarefas e com elevada complexidade cognitiva. Os adminis-tradores que privilegiam esse estilo de tomada de decisãosão, normalmente, autocráticos e tomam decisões técnicase racionais com base em dados objetivos. Requerem muitainformação, consideram múltiplas alternativas e buscam so-luções complexas para os problemas. Dão muita importân-cia à análise detalhada da informação e à maximização dosresultados alcançados com a decisão. Necessitam de tempo

 para processar toda a informação e são inovadores nas solu-ções que propõem. O estilo analítico é ecaz em períodos demudança imprevisível; no entanto, necessita de uma estrutu-ra hierárquica forte e de sistemas de controle ecazes.

Estilo concei-tual

O estilo conceitual é característico de pessoas que tomamdecisões socialmente orientadas e para as quais consideramgrande quantidade de informação. Os administradores que

usam esse estilo são participativos e criativos, e suas deci-sões são focadas no longo prazo. Tendem a usar dados demúltiplas fontes, sejam elas outras pessoas ou os sistemas decontrole gerencial, e a considerar muitas alternativas em suaanálise. Dão muito valor à ética no processo de tomada dedecisão. Estimulam a conança e a abertura nas relações e

 partilham as metas com os subordinados. Valorizam a reali-zação, o reconhecimento e a independência. O estilo concei-tual é colaborativo e é particularmente efetivo em ambientesambíguos e imprevisíveis.

SOBRAL e PECI, 2008

 AtiviaesExercício de autoconhecimento: estilo de tomada de decisão, segun-

do Rowe e McGrath (1984 apud Sobral e Peci, 2008, p. 125-126).Você encontra a seguir uma lista de armações que visam a identi-

car suas preferências em diversas situações de tomada de decisões. Você

deve escolher as respostas que melhor o descrevam, ordenado-as de acor-do com suas preferências. Distribua 4 pontos à sua resposta preferida, 3 pontos à segunda, 2 à terceira e 1 à resposta de que menos gostar.

Meu principal objetivo é:01.ter uma posição de destaque.a)ser o melhor no que faço.b)ser reconhecido por meu trabalho.c)

ter segurança em meu trabalho.d)

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Tomada de decisão administrativa – Unidade 2

Gosto de tarefas que:02.sejam técnicas e bem denidas.a)tenham muita variedade.b)me permitam ter liberdade de ação.c)

envolvam outras pessoas.d)

Espero que as pessoas com quem trabalho sejam:03. produtivas e rápidas.a)muito competentes.b)comprometidas e responsáveis.c)receptivas a sugestões.d)

 No meu trabalho, procuro:04.resultados práticos.a)as melhores soluções.b)abordagens e ideias inovadoras.c) boas condições de trabalho.d)

Comunico-me melhor com os outros:05.

individualmente e de forma direta.a) por escrito.b)em discussões de grupo.c)em uma reunião formal.d)

Quando confrontado com um problema, geralmente:06.opto por soluções que já funcionaram anteriormente.a)

analiso-o cuidadosamente.b)  procuro soluções criativas.c)cono em meus sentimentos.d)

Quando não estou seguro do que fazer:07.cono em minha intuição.a) busco conhecer mais fatos.b) procuro um compromisso.c)

espero antes de tomar a decisão.d)

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Sempre que possível, evito:08.debates longos.a)deixar um trabalho pela metade.b)usar números e fórmulas.c)

entrar em conito com outros.d)

Sou especialmente bom (boa) em:09.lembrar datas e fatos.a)resolver problemas difíceis.b)desenvolver muitas alternativas.c)interagir com os outros.d)

Quando o tempo é importante:10.decido e ajo rapidamente.a)sigo os planos e as prioridades.b)mantenho a calma.c) procuro conselho e ajuda dos outros.d)

Em contextos sociais, geralmente:11.

falo com outras pessoas.a)reito sobre o que está sendo discutido.b)observo o que está acontecendo.c)escuto as conversas.d)

Trabalho bem com outros que:12.são ativos e ambiciosos.a)

são autoconantes.b) têm mente aberta.c)são educados e de conança.d)

As situações de estresse:13. provocam-me ansiedade.a)fazem-me car mais concentrado.b)causam-me frustração.c)

fazem-me esquecer coisas.d)

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   1 .

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Tomada de decisão administrativa – Unidade 2

As minhas decisões são tipicamente:14.realistas e diretas.a)sistemáticas e abstratas.b)amplas e exíveis.c)

sensíveis às necessidades dos outros.d)

Os outros me consideram:15.agressivo.a)disciplinado.b)imaginativo.c)incentivador.d)

 Não gosto de:16.não ter o controle da situação.a)realizar tarefas entediantes.b)seguir regras rígidas.c)ser rejeitado.d)

Como analisar os resultados?

Para conhecer seu estilo dominante, some os pontos que atribuiu às respostas a, b, c e d emcada uma das 16 armações. Se sua pontu-ação maior foi a, seu estilo dominante dedecisão é o diretivo. Se sua pontuação maior foi b, seu estilo dominante de decisão é oanalítico. Se sua pontuação maior foi c, seu

estilo dominante de decisão é o conceitual e, por m, se sua pontuação maior foi d, seu estilodominante de decisão é o comportamental.

Reflexão  Nesta unidade, nós aprendemos as características de um processo de tomadade decisão, destacando-se o riso, a incerteza e o conito. Em seguida, apren-demos o processo de tomada de decisão em suas seis etapas e deixamos claro

que esse processo racional nem sempre é possível, já que existem limitaçõesque inibem tal racionalidade, como as pressões de tempo, as restrições derecursos e a capacidade limitada de processamento de informações.

 Conexão:

Acesse o link abaixoe observe o processo de

tomada de decisão em grupo.http://ndsim.esec.pt/pagina/opdes/documentos/TomadadeDecisoese-

mGrupo.pdf 

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

 Leitura recomenaa 

HAMMOND, John S.; KEENEY, Ralph L.; RAIFFA Howard. Deci-sões inteligentes. Rio de Janeiro: Campus, 2009.

Este livro mostra os passos utilizados num processo de tomada de de-cisão. Sua abordagem é voltada a incentivar a iniciativa, encorajandoo leitor a buscar oportunidades para tomar decisões, em vez de esperar que os problemas se manifestem.

Referências

BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: construin-do vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.

CERTO, Samuel C. Administração moderna. 9.ed. São Paulo: Pren-tice Hall, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed.Rio de Janeiro: Campus, 1999.

HAMMOND, John S.; KEENEY, Ralph L.; RAIFFA, Howard. Deci-sões inteligentes. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

MEGGINSON, Leon C.; MOSLEY, Donald C.; PIETRI JR., Paul H.Administração: conceitos e aplicações. São Paulo: Harbra, 1986.

SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática nocontexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5.ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall, 1985.

WRIGHT, Peter; KROLL, Mark J.; PARNELL, John. Administraçãoestratégica: conceitos. São Paulo: Atlas, 2000.

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Tomada de decisão administrativa – Unidade 2

Na próxima uniae  Na próxima unidade, vamos estudar dois assuntos: o planejamento estra-tégico e a administração estratégica e a administração internacional, tendocomo foco o primeiro assunto. Trata-se da primeira função administrativa:

 planejar.O planejamento estratégico vai mostrar o processo completo do

 planejamento formal com suas etapas. Em seguida, a administração estra-tégica aparece como um processo que, de certa forma, substitui o planeja-mento formal. Vale destacar que a administração estratégica é muito maisutilizada atualmente, pois leva em conta não apenas o nível estratégico daorganização – considerado apenas no planejamento formal –, mas todos

os outros dois níveis: o tático e o operacional.O segundo assunto, denominado de administração internacional, vaifocar fundamentalmente nas formas de se internacionalizar uma empresa.É o caso de franquias, licenciamentos, joint ventures, exportação e subsi-diárias próprias no exterior.

 

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Minhas anotações: 

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   U  n    i  U  a  U e   3

 Planejamento estra-

tégico e administraçãoestratégica e administração

internacionalProcesso de ensino-aprendizagem

 Nesta unidade, a disciplina irá tratar do processo de planejamento formal, planejamento estratégico, admi-

nistração estratégica e administração internacional, e nos-so objetivo é que você seja capaz de compreender todos os

 passos que envolvem o planejamento formal, o planejamento

estratégico e a administração estratégica. Estes processos ajuda-rão você a estabelecer os objetivos e os planos de ação para que os

objetivos sejam alcançados. Vale destacar, também, que esta unida-de irá auxiliá-lo no entendimento das principais formas de internacio-

nalizar uma empresa.

Objetivo da sua aprendizagem

Ao estudar esta unidade, você desenvolverá as seguintes competências:compreender o processo geral de planejamento;•compreender o processo de planejamento estratégico e de administra-•ção estratégica;compreender o processo de globalização e da internacionalização das•empresas;conhecer as estratégias de internacionalização que as organizações•utilizam para competir mo mercado global.

Você se lembra?Da última vez em que planejou determinada tarefa? Observe que,

toda vez que planejamos, sabemos exatamente aonde queremoschegar. Caso contrário, camos totalmente perdidos, além de perdermos tempo.

O que você acha desta frase: “Sem planejamento não se

sabe exatamente aonde chegar”. Ela é verdadeira oufalsa?

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

É verdadeira, pois, se não planejarmos, com certeza a algum lugar chegaremos, porém não exatamente aonde pretendíamos.

 Nesta unidade, você vai aprender: (1) o processo de planejamentoformal; (2) os níveis de planejamento; (3) o planejamento estratégico; (4)

a administração estratégica; (5) a globalização do mercado; (6) os mode-los organizacionais; (7) as estratégias de internacionalização.

Exposição do conteúdoFoi visto que, para os administradores alcançarem os objetivos or-

ganizacionais de maneira ecaz e eciente, é necessário utilizar as ativi-dades de planejar, organizar, liderar e controlar. O aprendizado acerca da

 primeira atividade inicia-se nesta unidade.A gura 11, a seguir, mostra, de maneira objetiva, a primeira ativi-dade que um administrador deve utilizar.

Figura 11 – O planejamento dentro do processo administrativo 

Organização

DireçãoControle

Planejamento

¾ Definir a missão, os objetivos e

prioridades.

¾ Determinar onde as coisas estãoagora.

¾ Desenvolver premissas sobre as

condições futuras.

¾ Identificar os meios para alcançar 

os objetivos.

¾ Implementar os planos de ação e

avaliar os resultados.

CHIAVENATO, 1999, p. 210

Como os recursos que as pessoas e as organizações possuem são li-mitados, é preciso saber utilizar, de forma eciente, o que está disponívelno momento. Para isso, pode-se lançar mão do planejamento.

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Planejamento estratégico e administração estratégica e administração internacional – Unidade 3

“Planejamento compreende a denição das metas de uma organiza-ção, o estabelecimento de uma estratégia global para alcançar essas metase o desenvolvimento de uma hierarquia de planos abrangentes para inte-grar e coordenar atividades” (ROBBINS, 2000, p. 116). “É o desenvolvi-

mento sistemático de programas de ação destinados a alcançar objetivosde negócio estabelecidos de comum acordo por meio da análise, da ava-liação e da seleção das oportunidades previstas” (CERTO, 2003, p. 103).

Robbins (2000, p. 117) aponta quatro razões pelas quais um gerentedeve planejar: “o planejamento dá direção, reduz o impacto da mudança,minimiza o desperdício e a redundância e xa os padrões para facilitar ocontrole”.

A gura 12 ilustra os seis passos do planejamento e, em seguida, asdenições de cada etapa.Figura 12 – Passos do planejamento formal

 Análise

situacional

Metas e planos

alternativos

 Avaliação de metas

e planos

Seleção de metas

e planos

Implementação

Monitoramento

e controle

BATEMAN; SNELL, 1998, p. 123

Análise situacional

 Neste primeiro passo do planejamento, os administradores precisamter em mãos informações acerca do passado e do presente da organização.Também precisam de informações relativas às tendências futuras. Outro

Conexão:Acesse o link a seguir 

e aprenda a elaborar umplanejamento estratégico.

http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/

planejeeorganize_472.asp.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Paraentender melhor a

análise interna, é fundamentalefetuar uma análise das forças e fra-

quezas, por exemplo, dos empregados,

da tecnologia, dos processos etc.

 ponto de relevância são as forçasinternas da organização e suainteração com o ambienteexterno, segundo a abor -

dagem sistêmica. Comoresultado, surgem “a iden-ticação e o diagnóstico dehipóteses, questões e pro- blemas de planejamento”(BATEMAN; SNELL, 1998, p. 122)

Metas e planos alternativosA partir da análise situacional, o processo de planejamento inicia a cria-

ção de metas e planos alternativos a serem atingidos no futuro. Os alvos quedeverão ser atingidos são denominados de metas ou objetivos. Eles devem ser especícos, desaadores e realistas. Em contrapartida, os planos “são as açõesou os meios de que o administrador dispõe para atingir objetivos”. Este se-gundo passo delineia “ações alternativas que podem conduzir à realização de

cada objetivo, recursos necessários a seu atingimento por meio desses meios eobstáculos que podem aparecer” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 122).

Avaliação de metas e planosApós o desenvolvimento das metas e dos planos alternativos, cabe ao

administrador, ou aos tomadores de decisão, avaliá-los. “É importante compre-ender não somente os benefícios de cada alternativa e como eles podem inuen-

ciar o objetivo da decisão, como também o lado negativo potencial e os custosde cada uma delas” (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI JR., 1986, p. 170).

Seleção de metas e de planosSeguindo o processo, agora é a hora de selecionar as metas e os planos

mais adequados e com maiores chances de viabilização. Neste estágio, o to-mador de decisão precisa equacionar as prioridades, os ganhos e as perdasrelativos entre as metas e os planos (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 123).

ImplementaçãoA seleção, por si só, não garante de forma adequada o processo

do planejamento formal, pois a decisão poderá fracassar se não for im-

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Planejamento estratégico e administração estratégica e administração internacional – Unidade 3

 plementada de maneira correta. “Administradores e empregados devemcompreender o plano, possuir os recursos necessários para implementá-loe estar motivados a fazê-lo” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 124). “A im- plementação da decisão inclui transmitir a decisão para aqueles que serão

afetados e obter o seu comprometimento com ela” (MILLER et al, 2002apud ROBBINS;DECENZO, 2004, p. 81).

Monitoramento e controleO último estágio do processo é monitoramento e controle. O moni-

toramento é utilizado de modo contínuo na vericação do desempenho decada unidade de trabalho, de acordo com as metas e os planos seleciona-

dos anteriormente. Além do monitoramento, torna-se necessário o desen-volvimento de sistemas de controle para detectar os planos inadequados ecorrigi-los apropriadamente. É preciso “avaliar se a implementação está prosseguindo regularmente e se a decisão está atingindo os resultados de-sejados” (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI JR., 1986, p. 172).

“O processo de tomar decisões em uma organização ocorre sob váriascondições e circunstâncias que o tornam desaador e complexo. É o quechamamos de ambiente de decisão”. De maneira geral, cada decisão tomada

“conduz a um curso de ação que exige outra decisão e assim por diante, atéchegar ao objetivo proposto. O resultado é uma árvore de decisões” [...] quemostra a sequência do processo decisorial e o desdobramento das alterna-tivas de cursos de ação e as decisões seguintes” (CHIAVENATO, 1999, p.290). A gura 13 é representativa da árvore de decisões.

Figura 13 – A árvore de decisões na avaliação das alternativas

Não

Sim

 A alternativa é

viável

Descartar a

alternativa

 A alternativa é

satisfatória?

Não

Sim

Descartar a

alternativa

 A alternativa

resolve o

problema?

Não

Sim

Descartar a

alternativa

Levar a outras

avaliações

CHIAVENATO, 1999, p. 290

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Níveis e planejamento  3.UDentro da unidade inicial deste curso – Administradores e Organizações eEvolução da Administração –, comentou-se sobre os três níveis adminis-trativos: estratégico, tático e operacional. “Como o planejamento é uma

função administrativa importante, é utilizada por administradores dos trêsníveis” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 124). A diferença reside no fato deque cada nível possui um planejamento especíco: “o nível institucionalelabora genericamente o planejamento estratégico, o nível intermediáriosegue-o com planos táticos e o nível operacional traça detalhadamenteos planos operacionais. Cada qual dentro de sua área de competência ...”(CHIAVENATO, 1999, p. 224). A seguir, delineia-se o planejamento em

cada nível administrativo.

Planejamento estratégico“O planejamento estratégico envolve a tomada de decisões so-

 bre os objetivos e estratégias de longo prazo. Os planos estratégicostêm uma orientação externa forte e envolvem as partes principais daorganização” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 124). Os responsáveis por este planejamento são os altos executivos. “O administrador do nível

institucional está mais voltado para planos de longo prazo que cubrama organização inteira a m de proporcionar aos demais administradoresum senso de direção para o futuro” (CHIAVENATO, 1999, p. 225).

“As principais questões nesse nível são: Em que ramos de negó-cios a companhia deve se engajar? Quais são os objetivos e as expec-tativas para cada negócio? Como devem ser alocados os recursos paraalcançar esses objetivos?” (STONER; FREEMAN, 1985, p. 144).

Planejamento tático“O planejamento tático traduz os objetivos e planos estratégicos

mais amplos em objetivos e planos especícos que são relevantes parauma parte denida da organização, geralmente uma área funcional, comomarketing ou recursos humanos” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 124).“Os gerentes usam o planejamento tático para delinear o que as várias par-tes da organização devem fazer para que ela tenha sucesso dentro de um

ano ou menos” (CERTO, 2003, p. 165).

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Planejamento estratégico e administração estratégica e administração internacional – Unidade 3

Este nível “lida com perguntas do tipo: como o negócio irá competir dentro do seu mercado? Que produtos/serviços deve oferecer? A que con-sumidores deseja servir? Como os recursos serão distribuídos dentro donegócio” (STONER; FREEMAN, 1985, p. 144).

Planejamento operacional“O planejamento operacional identica os procedimentos e pro-

cessos especícos requeridos nos níveis inferiores da organização” (BA-TEMAN; SNELL, 1998, p. 125). “Preocupa-se com “o que fazer” e como “como fazer” as atividades cotidianas da organização” (CHIAVENATO,1999, p. 231).

Este planejamento “cria um arcabouço para a administração defunções – como nanças, pesquisa e desenvolvimento e marketing – demodo que elas possam apoiar a estratégia de nível de unidade de negócio”(STONER; FREEMAN, 1985, p. 145).

Os dois quadros a seguir ilustram os três níveis de planejamento deforma resumida.

Quadro 7 – O planejamento nos três níveis organizacionais

Nível orga-nizacional

Tipo de pla-nejamento

Conteúdo Tempo Amplitude

Institucional Estratégico Genérico esintético Longo prazo

Macro-orienta-do. Aborda ao r g a n i z a ç ã ocomo um todo.

Intermediá -rio Tático

Menos ge-nérico emais deta-lhado

Médio prazoAborda cadaunidade orga-nizacional emseparado.

Operacional Operacional Detalhadoe analítico Curto prazo

Micro-or ien-tado. Abordacada operaçãoem separado.

O quadro 8, a seguir, ilustra as tarefas de planejamento que ocorrem

em cada nível organizacional.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Quadro 8 – Planejamento por nível organizacional

Nível estratégico(administradores detopo)

1 • Foco na organização como um todo

2 • Forte orientação externa

3 • Orientação de longo prazo

4 • Objetivos gerais e planos genéricos

Nível tático (gerentes)

1 • Foco em unidades ou departamentos da organi-zação

2 • Orientação de médio prazo

3 • Denem as principais ações a empreender paracada unidade.

Nível operacional(supervisores de 1ª linha)

1 • Foco em tarefas rotineiras

2 • Denem procedimentos e processos especícos

3• Objetivos especicam os resultados esperados degrupos ou indivíduos.

SOBRAL e PECI, 2008

Figura 14 – Os três níveis de planejamento

Planejamento estratégico

Mapeamento ambiental e

avaliação das forças e

limitação da organização

Planos táticos

Tradução e interpretação

das decisões estratégicas

em planos concretos em

nível departamental

Planos operacionais

Desdobramento dos planos

táticos de cada departamentoem planos operacionais

para cada tarefa

Nível

institucional

Nível

intermediário

Nível

operacional

¾ Envolve toda a organização

¾ Direcionado a longo prazo

¾ Focaliza o futuro e o destino

¾ Ação global

¾ Envolve cada departamento¾ Direcionado a médio prazo

¾ Focaliza o mediato

¾ Ação departamental

¾ Envolve cada tarefa/atividade

¾ Direcionado a curto prazo

¾ Focaliza o imediato/presente¾ Ação específica

Adaptado de Chiavenato, 1999

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Planejamento estratégico e administração estratégica e administração internacional – Unidade 3

Do planejamento estratégico à aministração  3.2  estratégica O planejamento estratégico perdura mais ou menos de 1960 a 1985 e, duranteesse tempo, era uma atividade mais especíca dos principais executivos da

organização. “Os administradores táticos e operacionais recebiam os objeti-vos e os planos de membros de assessorias e suas próprias atividades de pla-nejamento eram limitadas a procedimentos especícos e à preparação de or -çamentos para as respectivas unidades” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 126).

O ambiente sofre consideráveis modicações e começa a exigir altera-ções na forma de planejar a organização. A interdependência de “fatores am- bientais levou a exigências mais complexas sobre a atuação da administração

e a ciclos nascimento-morte de ideias inovadoras muito mais rápidos” (STO- NER; FREEMAN, 1985, p. 143). Torna-se necessário aos administradoresolhar para todos os níveis organizacionais “em busca de ideias e inovações paratornar as empresas mais competitivas” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 126).

A partir desse contexto, surge a administração estratégica, que “en-volve administradores de todas as partes da organização na formulaçãoe implementação de objetivos estratégicos e de estratégias. Ela integra o planejamento estratégico e a administração em um processo único” (BA-

TEMAN; SNELL, 1998, p. 125-126).

Processo e aministração estratégica  3.3 O processo de administração estratégica abrange seis componentes: (1)estabelecimento de uma missão e uma visão; (2) análise ambiental; (3)avaliação interna; (4) formulação de estratégias; (5) implementação deestratégias; (6) controle estratégico.

Estabelecimento da missão e da visão“As organizações são fundadas com um propósito. Embora esse

 propósito possa mudar ao longo do tempo, é essencial que os stakeholders compreendam o motivo da existência da organização, ou seja, sua mis-são” (WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000, p. 92-93).

 

Pessoas ou grupos que são afetados direta ou indiretamente pela

 busca dos objetivos organizacionais. Exemplos: acionistas, governo,fornecedores, clientes etc.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Segundo Pearce (1982, apud Wright, Kroll e Parnell, 2000, p. 93),a missão é uma declaração de propósito genérica mais duradoura, queidentica o alcance das operações de uma organização e o que ela podeoferecer para os seus vários stakeholders”.

Clemens (1986, apud Wright, Kroll e Parnell, 2000, p. 93) exempli-ca utilizando a missão da General Motors, da seguinte forma:

O propósito fundamental da General Motors é fornecer produtos e

serviços de qualidade tal que nossos clientes recebam um valor su-

 perior, nossos funcionários e parceiros partilhem de nosso sucesso

e nossos acionistas recebam um retorno sustentado e superior sobre

seus investimento.

“A visão refere-se a um quadro do futuro com comentários implíci-tos ou explícitos sobre a razão pela qual as pessoas devem lutar para criar esse futuro”. Uma visão atende a três objetivos: esclarece “a direção geralda transformação, [...] motiva as pessoas a tomar medidas certas, [...] aju-da a coordenar as ações das diversas pessoas” (KOTTER, 1997, p. 68).

Análise ambientalO segundo passo do processo de administração estratégica relacio-

na-se à análise ambiental. As principais atividades de uma análise am- biental, segundo Bateman e Snell (1988, p. 128), são: análise do setor e domercado, análise dos concorrentes, análise política e de regulamentação,análise social, análise de recursos humanos, análise macroeconômica eanálise tecnológica. Para obter mais informações sobre análise ambiental,

consultar a unidade anterior, que trata de ambiente externo.

Análise internaSimultaneamente à análise externa, é realizada uma análise dos

 pontos fortes e fracos internos da organização, ou seja, das várias áreasfuncionais. Esta análise “fornece aos tomadores de decisão estratégicaum panorama das habilidades e recursos da organização, bem como seusníveis de desempenho gerais e funcionais” (BATEMAN; SNELL, 1988,

 p. 128).A organização precisa compreender quais são suas competências

essenciais, isto é, aquilo que ela “faz especialmente bem em relação a seusconcorrentes” como “capacidade de inovação tecnológica, engenharia,

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Planejamento estratégico e administração estratégica e administração internacional – Unidade 3

garantia de qualidade, serviços pós-venda ou marketing” (BATEMAN;SNELL, 1988, p. 129).

Além da compreensão das competências essenciais, uma organiza-ção pode realizar o benchamrking . “ Benchmarking é o processo de avaliar 

quão bem as funções e habilidades de uma empresa estão sendo desempe-nhadas em comparação a alguma outra empresa ou conjunto de empresas”(BATEMAN; SNELL, 1988, p. 129). A realização do benchmarking per-mite à empresa entender as melhores práticas e ações de outras empresas,visando a empreender esforços para o alcance de desempenho superior.

O quadro 9, a seguir, ilustra a análise interna, considerando seisfunções.

Quadro 9 – Análise internaMarketing

Administração e organi-zação

Pesquisa e desenvol-vimento

1 • Participação de mer -cado

2 • Canais de distribuição

3 • Linhas de produtos

4 • Satisfação dos clien-tes

5 • Reputação e imagemda marca

6 • Eciência dos esfor -ços promocionais

7 • Qualidade dos adminis-tradores

8 • Cultura organizacional

9 • Estrutura organizacio-

nal10 • Sistemas de controlegerencial

11 • Grau de centralização

12 • Canais de comunica-ção internos

13 • Tecnologias dispo-níveis

14 • Programas de pes-quisa

15 • Inovações tecnoló-gicas

16 • Capacidade labo-ratorial

17 • Desenvolvimentode novos produtos

Produção Recursos humanos Recursos nanceiros

1 • Equipamentos2 • Localização das insta-lações

3 • Acesso às matérias- primas

4 • Produtividade e eci-ência

5 • Estrutura de custos

6 • Controle de qualidade

7 • Nível de experiência

8 • Habilitações acadêmicas

9 • Rotatividade dos traba-lhadores

10 • Força dos sindicatos

11 • Satisfação no trabalho

12 • Absenteísmo

13 • Grau de endivida-mento

14 • Liquidez

15 • Solvibilidade

16 • Rentabilidade

17 • Margem de lucro

18 • Cotação das ações

SOBRAL e PECI, 2008

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Formulação de estratégiasDe posse das informações relativas ao ambiente interno e externo à

organização, os tomadores de decisão podem formular as melhores estra-tégias. Pode ser implementada uma estratégia empresarial, uma estratégia

de negócios ou uma estratégia funcional. De forma sucinta, cada uma des-sas estratégias e de suas alternativas está descrita a seguir, com base emBateman e Snel (1998).

A estratégia empresarial é utilizada para identicar os negócios, osmercados ou os setores nos quais a organização está competindo. Existemquatro alternativas estratégicas empresariais.

A primeira é a estratégia de concentração. Seu foco é em um único

negócio, ou seja, concorre num único setor. A segunda é a estratégia de in-tegração vertical, que envolve a expansão de domínio da organização, que pode ser na cadeia dos fornecedores ou na dos distribuidores. A terceiraestratégia é a de diversicação concêntrica. Esta estratégia busca entrar em novos negócios que estejam relacionados ao negócio central original.A quarta e última estratégia empresarial é a diversicação por conglo-merados. Esta estratégia envolve a expansão da organização para outrosnegócios que não estejam relacionados entre si.

A estratégia de negócios visa a denir as principais ações que a or -ganização deve estabelecer, de modo a sustentar sua posição competitivano mercado. A busca de vantagem competitiva pode dar-

-se de duas maneiras. A primeira, a estratégia de diferenciação, équando uma organização procura ser a única em seu setor ou segmento,em alguns pontos que seus clientes mais valorizam. Pode ser na qualidadedo produto, na distribuição etc. A segunda, estratégia de baixo custo, é

quando uma organização procura a eciência em oferecer um produto pa-dronizado sem acessório supéruo. Pode obter vantagem competitiva por meio de economia de escala ou até mesmo na distribuição.

A estratégia funcional, último passo na formulação de estratégias, éimplementada por todas as áreas funcionais da organização. Na verdade,ela apoia a estratégia de negócios.

Implementação de estratégias

 Não somente a formulação de estratégias deve ser apropriada, comotambém sua implementação. Para isso, é necessário o apoio da estrutura,da tecnologia, dos recursos humanos, da liderança, da cultura etc.

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Planejamento estratégico e administração estratégica e administração internacional – Unidade 3

Controle estratégicoComo passo nal da administração estratégica, o sistema de contro-

le estratégico, segundo Lorange, Morton e Ghoshal (1986, apud Batemane Snell, 1998, p. 134), “é projetado para apoiar os administradores na ava-

liação do progresso da organização com sua estratégia e, quando existiremdiscrepâncias, na formulação de ações corretivas”.

Agora vamos falar de por que estudar a Administração Internacional.O entrelaçamento econômico entre os países está cada vez mais

intenso. A aldeia global já existe, não é mais uma simples cção. Estãoocorrendo a formação de blocos econômicos, a liberalização econômica,as desregulamentações etc. e, dessa forma, a concorrência se torna mais

forte e por vezes cruel. O impacto desses fatores impõe às organizaçõesa necessidade de buscar novas oportunidades e novos mercados, já que, aqualquer momento e em qualquer lugar, qualquer empresa sofre o ataquede concorrentes, não importa o tamanho da empresa.

Para Bateman e Snell (1998), a integração crescente da economiaglobal tem algumas consequências:

o volume do comércio mundial cresceu a taxas maiores que o volume•de produção mundial;

os investimentos diretos estrangeiros estão cada vez mais crescentes•na economia mundial;as importações crescem cada vez mais e penetram de forma radical•nas maiores economias mundiais;as empresas sofrem o ataque de concorrentes por todo lado.•

Observe que, apesar das ameaças enfrentadas pelas organizações,as oportunidades também existem. Os mercados anteriormente protegidos

agora estão abertos, além de serem maiores. A exportação pode ser aumen-tada pelos países, já que o mercado é livre e as barreiras são menores.

Uma economia globalizada está gerando mais riscos e oportunida-

des para todos, forçando empresas a fazer melhorias notáveis não

apenas para competir e prosperar, mas para simplesmente sobrevi-

ver. A globalização, por sua vez, está sendo impulsionada por um

vasto e poderoso conjunto de forças associadas à mudança tecnoló-

gica, à integração econômica internacional, ao amadurecimento domercado interno dentro dos países mais desenvolvidos e ao colapso

do comunismo em todo o mundo. (KOTTER, 1997, p. 18)

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

A gura 15, a seguir, ilustra todo esse processo.Figura 15 – A globalização dos mercados e a concorrência

 A GLOBALIZAÇÃO DOS MERCADOS E A CONCORRÊNCIA

MAIS RISCOS

Maior concorrência Maior velocidade

MAISOPORTUNIDADES

Mercados maiores Menos barreiras

MUDANÇATECNOLÓGICA

Comunicaçãomelhor e maisrápida

Transportemelhor e mais rápido

Mais redes deinformaçõesconectandopessoasmundialmente

INTEGRAÇÃOECONÔMICA

INTERNACIONAL

Menos tarifas Moedas

correntes por taxas de câmbioflutuantes

Mais fluxosde capital global

AMADURECI-MENTO DOS

MERCADOS NOSPAÍSES DESEN-

VOLVIDOS

Crescimentointerno maislento

Exportadoresmais agressivos

Mais desregula-mentação

QUEDA DOSREGIMES

COMUNISTA ESOCIALISTA

Mais paísesligados aosistemacapitalista

Maisprivatizações

KOTTER, 1997

Estratégia para atuação global  3.4 Qual é a melhor estratégia para um administrador internacional enfrentar?Para responder a esta pergunta, Bartelett e Goshal (1991, apud Bateman eSnell, 1998) e Goshal e Nohria (1993, apud Bateman e Snell, 1998) apre-sentam um modelo que combina integração e capacidade de respostas daempresa, o que está representado na gura 16, a seguir.

Figura 16 – Modelos organizacionais

   P  r  e  s  s   õ  e  s  p  a  r  a

   i  n   t  e  g  r  a  ç   ã  o  g   l  o   b  a   l Alta

GlobalVisão do mundo com umúnico mercado. As operaçõessão controladas de modo cen-tralizado no escritório central.

TransnacionalUnidades especializadas per-mitem capacidade de respostalocal. Mecanismos de coorde-nação complexa proveem a in-tegração global.

Baixa

InternacionalUtiliza as capacitações exis-tentes para expandir as ativi-dades aos mercados externos.

MultinacionalMuitas subsidiárias operandocomo unidades autônomas emmuitos países.

Baixa AltaPressões por capacidade de resposta local

Bartelett e Goshal (1991, apud Bateman e Snell, 1998) eGoshal e Nohria (1993, apud Bateman e Snell, 1998)

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Planejamento estratégico e administração estratégica e administração internacional – Unidade 3

Pressões para integração globalTrês fatores exercem pressão para a integração global. As necessidades

universais, como primeiro fator, geram pressões para que uma organizaçãoestabeleça estratégia global. As necessidades universais existem, segundo

Bateman e Snell (1998, p. 183), “quando os gostos e as preferências dos con-sumidores em diferentes países relativamente a um produto são semelhantes.Produtos que atendem a necessidades universais requerem pequenas adapta-ções aos mercados nacionais; desse modo, a integração global é facilitada”. Osegundo fator são as pressões competitivas para a redução de custos. Quandoas empresas sofrem este tipo de pressão, veem-se “obrigadas” a se integrar globalmente, pois o preço é uma poderosa arma competitiva. O terceiro e

último fator é a presença de concorrentes engajados numa coordenação es-tratégica local. “Reagir às ameaças competitivas globais requer coordenaçãoestratégica, o que cria pressões para centralizar as decisões referentes às estra-tégias competitivas de diferentes subsidiárias nacionais nos escritórios corpo-rativos”. Observe que, na gura, estas pressões estão no eixo vertical.

Pressões para resposta localSegundo Bateman e Snell (1998), as pressões por resposta local apare-

cem quando os gostos e as preferências dos consumidores apresentam dife-renças signicativas entre os países. Dessa forma, os produtos, os serviços, omarketing etc. devem ser adaptados localmente. Outra pressão para respostalocal surge quando há diferenças em práticas organizacionais entre os países.Exemplo clássico é o lado da direção do automóvel na França e em outros países, em que está localizada no lado direito do veículo. A terceira pressãosão as diferenças nos canais de distribuição e em práticas de vendas. Tome-se

como exemplo o setor farmacêutico. A força de vendas americana é diferenteda força de vendas japonesa. Enquanto os americanos são mais agressivos, os japoneses adotam estratégias mais suaves. E, por último, as demandas políti-cas e econômicas impostas pelos governos de alguns países. Existem ameaçasde protecionismo, nacionalismo econômico, além de regras de índice de na-cionalização. Observe que, na gura, estas pressões estão no eixo horizontal.

Escolha e uma estratégia para atuação global  3.5 A gura 2 traz os quatro modelos de internacionalização de uma empresa:(1) internacional, (2) multinacional (3), global e (4) transnacional. Cadaum desses modelos necessita levar em conta as pressões para integraçãoglobal e as pressões por capacidade de resposta local.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Modelo internacionalEste modelo, segundo Bateman e Snell (1998), auxilia as empresas

na exploração de suas competências essenciais, com o objetivo de expan-são das atividades aos mercados externos. O modelo utiliza subsidiárias

nos países onde a empresa mantém negócios com o controle geral realiza-do pela empresa-mãe.

Modelo multinacionalO modelo de organização multinacional, ao contrário do mode-

lo anterior, utiliza suas subsidiárias como unidades independentes nos países em que a empresa realiza negócios com o objetivo de autonomia

 para respostas locais. São unidades autônomas operando em vários países(BATEMAN;SNELL, 1998).

Modelo globalPara Bateman e Snell (1998), o modelo global permite à empresa

comercializar seus produtos padronizados no mercado global, além defabricá-lo de modo limitado nos locais que oferecem custos e habilidadesfavoráveis. É adotado por empresas que veem o mundo como um merca-

do único. A empresa combina suas atividades em cada país, de modo amaximizar sua eciência em escala global.

Modelo transnacionalO último modelo, o transnacional, segundo Bartlett e Ghoshal

(1989, apud Bateman e Snell, 1998), é utilizado para a obtenção de vanta-gem competitiva por meio da busca simultânea da capacidade de resposta

local, transferência de conhecimento e economias de custo. É uma estru-tura em rede coordenando unidades especializadas localizadas em vários pontos do globo.

Estratégias e internacionalização  3.6 Segundo Hill et alii (1990, apud Bateman e Snell, 1998), existem cincomaneiras como uma empresa pode expandir-se no mercado internacional:(1) exportação, (2) licenciamento, (3) franquia, (4) joint venture e (5) sub-

sidiária própria no exterior. A seguir encontra-se cada uma dessas manei-ras, com suas principais características.

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Se-gundo o SEBRAE,

com a globalização dosmercados, observada com maior in-

tensidade a partir dos anos 1990, a principaloportunidade de crescimento das organizações

estava ancorada na atividade exportadora. Visandoa aproveitar adequadamente a oportunidade,

neste novo e promissor mercado, muitas empresastiveram de buscar o aumento de sua capacidade

competitiva, seja pela melhoria dos processosde produção, seja pela formação de imagem

associada à exportação, posicionamentoque requer um processo de ree-

xão estratégica.

Planejamento estratégico e administração estratégica e administração internacional – Unidade 3

ExportaçãoAs empresas de manufa-

turas exportam seus produtos para outros países como

início de suas atividadesglobais para, em segui-da, optarem pelas outrasformas de internaciona-lização.

Como vantagens,têm-se economias de es-

cala e consistência com umaestratégia global. As desvanta-gens são: baixos custos de alguns países para a fabricação de algum produto, altos custos de transportes eameaças ou barreiras tarifárias.

LicenciamentoA empresa compra os direitos de fabricação de determinado produto

em outro país por uma taxa negociada com base no número de unidadesvendidas. Uma vantagem dessa forma de internacionalização é o fato deque a empresa não tem custos e riscos de abertura em um mercado estran-geiro. A desvantagem surge a partir do momento em que a empresa licen-cia sua capacitação tecnológica para outras empresas do exterior.

Franquia

De modo muito similar ao licenciamento, a franquia utiliza-se principalmente de empresas prestadoras de serviços, enquanto o licen-ciamento utiliza-se de empresas fabricantes de produtos. Na franquia,uma empresa vende os direitos limitados de utilização do nome da em- presas mediante um pagamento xado entre as empresas, além de um percentual do lucro.

As vantagens são semelhantes ao licenciamento, porém a des-vantagem fundamental está ligada ao controle da qualidade. Torna-se

necessário que a marca da empresa garanta consistência ao produto daempresa.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

 Joint venture

Trata-se de um acordo formal entre duas empresas como forma de penetração em outro país. As vantagens deste tipo de internacionalizaçãosão: conhecimento do parceiro em relação à cultura, língua etc. e divisão

de riscos e custos. As desvantagens são: risco de perda de controle sobrea tecnologia, além do controle sobre suas subsidiárias. Surgem, a partir deuma joint venture, conitos de controle.

Subsidiárias próprias no exteriorÉ o estabelecimento, no exterior, de uma empresa independente da em-

 presa-mãe. Trata-se de uma maneira mais onerosa, pois essas empresas arcam

com os custos e os riscos relacionados ao processo de internacionalização.A principal vantagem relaciona-se à questão do controle, já que suasoperações são controladas de perto pela empresa-mãe.

Síntese Nesta unidade, você aprendeu a importância do planejamento de

seus passos e compreendeu que, se você não souber aonde pretende che-gar com sua empresa, alguma outra empresa fará isto. Aprendeu os três

níveis de planejamento: estratégico – envolve a tomada de decisões acercados objetivos de longo prazo com responsabilidade dos altos executivos –,tático – responsável pela tradução dos objetivos estratégicos em objetivosespecícos – e operacional – responsável por identicar os procedimentosespecícos exigidos nos níveis inferiores da organização.

Com os problemas surgidos a partir da década de 1980, os altos exe-cutivos perceberam que seria necessário que todos os administradores se

envolvessem no planejamento organizacional, daí o surgimento da admi-nistração estratégica, que envolve o planejamento estratégico e a adminis-tração em um único processo.

Por último, aprendeu os quatro modelosde internacionalização: internacional – utilizaas capacitações existentes para expandir asatividades aos mercados externos –, mul-tinacional – subsidiárias operando como

unidades autônomas em outros países –,transnacional – unidades especializadas comcapacidade de resposta local – e global – visãodo mundo como um único mercado.

 Conexão:

Acesse o link a seguir para saber mais sobre missão

corporativa e análise da situação.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Planeja-

mento_estrat%C3%A9gico.

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Planejamento estratégico e administração estratégica e administração internacional – Unidade 3

Reflexão Ao estudar esta unidade, aprendemos a realizar tanto o processo de pla-nejamento formal quanto o processo de administração estratégica. Umfato interessante a ser abordado é que o processo de planejamento segue

as etapas de forma semelhante ao processo de tomada de decisão, ou seja,são processos que seguem quase as mesmas regras e procedimentos.

 Na administração estratégica, aprendemos como denir a missãoorganizacional e a visão. Aprendemos também a análise estratégica, queenvolve analisar tanto o ambiente interno quanto o ambiente externo – lembrando que foi vista, na unidade 2, a questão do ambiente externo.

Vimos em seguida a administração internacional, que envolve o

 processo de internacionalização das empresas.

 Leitura recomenaa 

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ORGANIZACIONAL, no ende-reço:http://w3.ufsm.br/revistacontabeis/anterior/artigos/vIn02/a08vIn02.pdf Este artigo propõe a análise da importância do planejamento estraté-

gico como ferramenta que auxilia no gerenciamento das organizaçõesque atuam num mercado competitivo da atualidade.

Referências

BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: construin-do vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.

CERTO, Samuel C. Administração moderna. 9.ed. São Paulo: Pren-tice Hall, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed.Rio de Janeiro: Campus, 1999.

KOTTER, John P. Liderando mudança. Rio de Janeiro: Campus,

1997.

MEGGINSON, Leon C.; MOSLEY, Donald C.; PIETRI JR., Paul H.Administração: Conceitos e Aplicações. São Paulo: Harbra, 1986.

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86

Administração Geral e Estrutura Organizacional

ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. SãoPaulo: Saraiva, 2000.

ROBBINS, Stephen P.; DECENZO, David A. Fundamentos de Ad-

ministração: conceitos essenciais e aplicações. 4.ed. São Paulo: Pren-tice Hall, 2004.

SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática nocontexto brasileir o. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5.

ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall, 1985.

WRIGHT, Peter; KROLL, Mark J.; PARNELL, John. Administraçãoestratégica: conceitos. São Paulo: Atlas, 2000.

Na próxima uniae  Na próxima unidade, veremos mais dois assuntos: a estrutura organizacio-nal e a organização proativa. Vale lembrar que são assuntos que tratam da

segunda função administrativa: organizar. Aprendemos diversos conceitosque nos ajudarão a entender a estrutura de uma organização. E, para en-cerrar essa unidade, apresentando a organização proativa, mostraremos asdiferenças entre estrutura orgânica e estrutura mecanicista.

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   U  n    i  U  a  U e  4

 Estrutura organizacio-

nal e organização proativa

Processo de ensino-aprendiza-gem

 Nesta unidade, a disciplina irá tratar da estrutura or-ganizacional e da organização proativa. Nosso objetivo

é que você seja capaz de compreender os conceitos deorganização, estrutura organizacional e organograma, o que

irá auxiliá-lo na comparação entre as estruturas funcional, divi-

sional e matricial.

Objetivo da sua aprendizagemAo estudar esta unidade, você desenvolverá as seguintes competên-

cias:compreender o desenho organizacional e suas características.•

compreender as vantagens da organização mecanicista e orgânica;•

conhecer as atividades de reestruturação das empresas e seus impactos.•

Você se lembra?De alguma pessoa com autoridade?Imagine uma empresa sem que haja uma pessoa com autoridade. Imagi-ne, ainda, esta mesma empresa sem coordenação interna na distribuiçãodos recursos. Como você acredita que ela poderia competir?Muito provavelmente o caos se instalaria, ou seja, ninguém saberia o

que fazer, como fazer, para quem entregar as tarefas etc. Nesta unidade, você vai aprender: (1) organização como parte do

 processo administrativo, (2) especialização, (3) coordenação, (4)diferenciação, (5) integração, (6) autoridade, (7) organograma,

(8) amplitude de controle, (9) delegação, (10) centralização edescentralização, (11) departamentalização, (12) papéis or-

ganizacionais, (13) estrutura mecanicista e orgânica, (14)

administração do tamanho das empresas, (15) culturaorganizacional, (16) reestruturação das empresas e(17) novas formas organizacionais.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Exposição do conteúdoFoi vista, até agora, a primeira função administrativa que trata do

 planejamento. Nesta unidade, o assunto volta-se para a segunda funçãoadministrativa: organizar.

Essa segunda função administrativa procura criar uma estruturainterna de modo a garantir coordenação e integração entre os recursosdisponíveis. Para se alcançar os objetivos organizacionais formuladosdurante o planejamento, necessita-se de organizar seus recursos (físicos,humanos, nanceiros etc.) de maneira ecaz e eciente.

A gura 17, a seguir, mostra, de maneira objetiva, a segunda ativi-dade que um administrador utiliza no processo administrativo.

Figura 17 – A organização como parte do processo administra-tivo

Planejamento

Controle Direção

Organização

¾ Agrupar, estruturar e integrar os

recursos organizacionais.

¾ Dividir o trabalho a ser feito.¾ Agrupar os órgãos e atividades em

uma estrutura lógica.

¾ Designar as pessoas para a sua

execução.

¾ Coordenar os diferentes esforços.

CHIAVENATO, 1999, p. 361

Para um adequado entendimento desta unidade, torna-se necessário

apresentar algumas denições importantes de alguns princípios básicos daestruturação organizacional.

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Especialização e coorenação 4.UA especialização do trabalho, também denominada divisão do trabalho, “éo grau em que as tarefas organizacionais são divididas e fragmentadas ematividades separadas” (CHIAVENATO, 1999, p. 370).

Os diversos departamentos – marketing, recursos humanos, contabi-lidade etc. – possuem seus especialistas que desempenham tarefas simplese repetitivas. “Entretanto, todas essas tarefas especializadas não podemser desempenhadas de maneira totalmente independente. [...] Deve existir algum grau de comunicação e de cooperação entre elas”. Este papel é de-sempenhado pela coordenação que “refere-se a procedimentos que ligamas várias partes da organização para que se alcance a missão global da

empresa” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 232).

Diferenciação e integração 4.2 “A diferenciação é criada pela especialização dos cargos e pela di-

visão do trabalho. Diferenciação signica que pessoas em várias unidadestrabalham em tarefas muito diferentes, utilizando habilidades e métodosde trabalho diferentes” (BATEMAN, SNELL, 1998, p. 232). Quando hádiversas subunidades e vários especialistas, a diferenciação é alta.

“Integração é o grau em que unidades diferenciadas trabalham jun-tas coordenando seus esforços” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 232).

Autoridade em Organizações, o Conselho de Diretores e o Chief 

 Executive Ofcer 

O poder legítimo que um superior recebe de uma instituição, demodo a permitir a ele dar ordens, tomar decisões e dizer a um subordina-

do o que precisa ser feito, denomina-se autoridade. Ela se encontra muitomais em posições em vez de em pessoas (BATEMAN, SNELL, 1998).O conselho de diretores é eleito pelos acionistas com o objetivo de

tomar as principais decisões que afetam a organização. “A autoridade o-cialmente investida no conselho de diretores é atribuída ao chief executive

ofcer , que ocupa o topo da pirâmide organizacional. Ele é pessoalmenteresponsável pelo desempenho da organização perante o conselho e os pro- prietários (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 233)”.

Grifo do autor 

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Segundoa Wikipedia, a divisão

do trabalho é uma caracte-

rística fundamental das sociedadeshumanas, devido ao fato de que os sereshumanos diferem uns dos outros quanto

a suas habilidades inatas ou adquiridas. Emum certo estágio do desenvolvimento de suascomunidades, os indivíduos percebem que po-dem satisfazer melhor as suas necessidades

ao se especializar, ao se associar e aotrocar, em vez de produzir, cada um

de maneira autárquica, aquilo

que precisa consumir.

Organograma 4.3 Organograma é um “diagrama daestrutura de uma organização,mostrando as funções, os de-

 partamentos ou as posiçõesna organização, e comoestes elementos se relacio-nam” (STONER; FREE-MAN, 1985, p. 231).

De acordo com Stie-glitz (1964, apud Bateman

e Snell, 1998, p. 235), umorganograma tradicional traz asseguintes informações:

1. A divisão do trabalho. As caixas representam unidades detrabalho.2. O trabalho desempenhado em cada unidade. Os títulosem cada caixa mostram isso.3. Relações de autoridade. As linhas contínuas indicam as

relações superior--subordinado – quem tem autoridade sobre quem.4. Níveis de administração. O número de níveis não é indi-cado pelo número de caixas em cada linha do organograma. Naverdade, todas as pessoas ou unidades que estão na mesma posi-ção e respondem ao mesmo chefe estão num mesmo nível.

 Amplitue e controle 4.4 Amplitude de controle é “o número de subordinados que se reportam dire-tamente a um executivo ou um supervisor” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 235).

Esse conceito apresenta outras denominações: amplitude de ad-ministração, alcance administrativo, alcance de autoridade etc. “Quantomais pessoas um gerente supervisionar, maior o alcance administrativo.Por outro lado, quanto menos pessoas um gerente supervisionar, menor o

alcance administrativo” (CERTO, 2003, p. 208).Barkdull (1963 apud Megginson, Mosley e Pietri Jr., 1986, p.201-

202) apresenta alguns fatores que afetam a amplitude de controle:

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1. Similaridade de funções: quanto mais semelhantes asfunções executadas pelo grupo de trabalho, tanto maior a ampli-tude.2. Proximidade geográca: quanto mais perto sicamente o

grupo estiver, tanto maior será a amplitude.3. Complexidade de funções: quanto mais simples e repetiti-vas as funções de trabalho dos subordinados, maior a amplitude.4. Grau de supervisão direta necessária: quanto menos di-reta a supervisão necessária, tanto maior a amplitude.5. Grau de coordenação supervisora necessária: quantomenos coordenação for necessária, tanto maior a amplitude.

6. Planejamento exigido do administrador: quanto menos planejamento for exigido, tanto maior a amplitude.7. Assistência organizacional ao alcance do supervisor:quanto mais assistência o supervisor receber em funções comotreinamento, recrutamento e inspeção de qualidade, maior a am- plitude.

Delegação 4.5 Delegação de autoridade “é o processo pelo qual os gerentes alocamautoridade em sentido descendente às pessoas que eles cheam” (ME-GGINSON; MOSLEY; PIETRI JR., 1986, p. 234). É o ato de “atribuir aum subordinado autoridade formal e responsabilidade pela realização deatividades especícas” (STONER; FREEMAN, 1985, p. 260).

Para Stoner e Freeman (1986, p. 261), delegação:1. não é abdicação;

2. não é abandono da responsabilidade do administrador;3. não signica que o administrador perde o controle;4. não signica que o administrador evita tomar decisões.

As vantagens da delegação, segundo Bateman e Snell (1998), são:economia de tempo por parte do administrador;• permite aos subordinados o aprendizado de trabalhos importantes;•o administrador tem mais tempo para dedicar-se a questões mais im-• portantes.

Lagges (1979 apud Bateman e Snell, 1998, p. 238) apresenta um processo de delegação com seis passos:

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1. denir o objetivo sucintamente;2. selecionar a pessoa para a tarefa;3. solicitar as opiniões do subordinado sobre as abordagenssugeridas;

4. dar ao subordinado a autoridade, o tempo e os demaisrecursos (pessoas, dinheiro, equipamentos) para desempenhar aatribuição;5. agendar os pontos de checagem para monitoração do pro-gresso;6. fazer acompanhamento pela discussão sobre o progresso aintervalos apropriados.

Quadro ilustrativo

BARREIRAS À DELEGAÇÃOSegundo Caudron (1995 apud Robbins, 2000, p. 438-439), existemcinco barreiras à delegação:• Os gerentes pensam estar abrindo mão de poder e controlequando delegam. Mas não é o que acontece. Ao delegarem, os gerentes

aumentam sua inuência por meio dos esforços de seus funcionários.Os gerentes que delegam alargam sua esfera de controle e, ao fazer isso, no m das contas, possuem mais pessoas reportando-se a eles,tornado-se mais poderosos.• Muitos gerentes acham que delegar é abdicar. Quando ade-quadamente realizada, não é o que acontece. A palavra-chave aqui éadequadamente. Se um gerente despeja tarefas sobre um subordinado

sem esclarecer o trabalho exato a ser feito, a margem de liberdade dosubordinado, o nível esperado de desempenho, o tempo em que astarefas deverão ser completadas e preocupações semelhantes, ele estáabdicando da responsabilidade e atraindo problemas. A delegação ade-quada inclui o estabelecimento de controle que rapidamente alertarão ogerente se um subordinado agir fora de sua autoridade delegada.• Muitos gerentes não têm conança em seus subordinadosou temem ser criticados por seus erros. Por isso, tentam fazer tudo

sozinhos. É frequentemente verdadeiro que um gerente é capaz derealizar as tarefas melhor, mais depressa ou com menos erros. O pro- blema é que o tempo e a energia de um gerente são limitados.

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 Não é possível fazerem tudo sozinhos. O que os gerentes ecazesfazem é determinar o nível de desempenho em uma tarefa e, então,

delegá-la para alguém que possa alcançar esse nível. E eles aceitam

alguns erros dos subordinados – os erros fazem parte da delegação.Desde que os custos não sejam excessivos, os erros são frequentemente boas experiências de aprendizagem para os subordinados.• Muitos gerentes tendem a fazer as coisas que são interessan-tes, rápidas e fáceis. Guardam para si mesmos as “tarefas divertidas”.Ironicamente, na maioria das vezes, essas tarefas são as mais fáceis dedelegar. Se um gerente insistir em realizar todas as tarefas interessantes

ou fáceis, jamais se dedicará aos trabalhos importantes que deveria es-tar fazendo.• Muitos gerentes são inseguros e temem que a delegação possacorroer seu próprio cargo. Acham que, se delegarem tarefas importan-tes aos subordinados, eles se tornarão mais qualicados e experientese acabarão roubando seus cargos. Em regra, a verdade é exatamente ooposto. Os melhores gerentes, e aqueles que são rapidamente promovi-dos, são geralmente os que fazem fama por desenvolver as pessoas que

estão abaixo deles.

Segundoa Wikipedia, empo-

werment, ou delegação de auto-ridade, é uma abordagem a projetos de

trabalho que se baseia na delegação de po-deres de decisão, autonomia e participação dos

funcionários na administração das empresas. Ana-lisa-se o desenvolvimento, ou grau de maturidade,do empowerment na organização avaliando-se oestágio evolutivo em que se encontram as áreas

de gestão, as congurações organizacionais,

as estratégias competitivas, a gestão derecursos humanos e a qualidade.

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 Centralização e escentralização 4.6 Existem organizações centralizadas e organizações descentralizadas. Umaorganização pode ser denominada de centralizada ou descentralizada de- pendendo “de quanto a autoridade para tomar decisões está concentrada no

topo ou dispersa na base da organização” (CHIAVENATO, 1999, p. 384).Uma organização centralizada signica que o tomador de decisões localiza-se no topo, enquanto que, numa organização descentralizada, o tomador dedecisões está disperso nos níveis organizacionais mais baixos.

Departamentalização 4.7 Existem quatro formas de departamentalização ou de subdivisão da or-

ganização em unidades menores: (1) funcional, (2) por produtos, (3) por cliente e (4) geográca. Além dessas quatro formas, existe uma formamista de departamentalizar as unidades, que é denominada de matricial.

A departamentalização “signica o agrupamento de atividades emunidades organizacionais e o agrupamento dessas unidades em uma or-ganização total. As unidades organizacionais constituem os subsistemasdo sistema maior e são geralmente chamadas de departamentos, divisões,seções ou equipes” (CHIAVENATO, 1999, p. 396).

Departamentalização funcional Nesta forma de departamentalização, as pessoas se agrupam em de-

 partamentos de acordo com suas funções e atividades similares, como, por exemplo, produção, nanças, recursos humanos, marketing etc. A gura18, a seguir, explicita isso.

Figura 18 – Departamentalização funcional

Conselho de

Diretores

Presidente

ProduçãoMarketing Recursos Humanos

As vantagens dessa forma de departamentalização, segundo Duncan(1979 apud Bateman e Snell, 1998), são as seguintes:

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obtenção de economias de escala por meio do agrupamento de pesso-•as com habilidades similares e equipamentos ecientes;ecácia no monitoramento do ambiente, pois cada grupo apresenta•anidades em seu campo de atuação;

manutenção dos padrões de desempenho por meio de treinamento;•desenvolvimento de habilidades em profundidade por meio de treina-•mento de especialização; pessoal técnico ca, normalmente, livre de trabalhos administrativos;•o processo de tomada de decisão e de comunicação é mais facilmente•compreendido.

As principais desvantagens são, de acordo com Bateman e Snell

(1998), as seguintes:As pessoas dão mais atenção e importância à sua função ao invés da•empresa, perdendo assim o foco da qualidade do produto e da satisfa-ção dos clientes;Os administradores tornam-se competentes fortemente em suas res-• pectivas áreas, porém deixam de se tornar generalistas;As respostas às demandas do mercado tornam-se lentas.•

Departamentalização por produtoA segunda forma de departamentalização, por produto, é aquela

em que a empresa se organiza “em divisões nas quais se reúnem todas as pessoas envolvidas com um determinado tipo de produto ou mercado”(STONER; FREEMAN, 1985, p. 234). A gura 19 ilustra esta forma dedepartamentalizar uma organização.

Figura 19 – Departamentalização por produto

Diretor Geral

LivrosPapelaria Artigos esportivos

Duncan (1979 apud Bateman e Snell, 1998) aponta algumas vanta-gens da abordagem por produto:

As necessidades de informações são mais facilmente administradas,• já que as pessoas trabalham mais próximas a determinado produto;

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O comprometimento é maior por parte das pessoas que trabalham em•tempo integral numa determinada linha de produto;As responsabilidades por tarefas ou atividades são claras;•O treinamento que as pessoas recebem é mais amplo.•

As principais desvantagens apontadas por Bateman e Snell (1998) são:A coordenação por meio de linhas de produto e divisões é mais com-• plexa;Apesar de os administradores tornarem-se generalistas, às vezes não•conseguem adquirir profundidade funcional;A alta administração perde um pouco do controle sobre as tomadas de•decisões de cada departamento.

Departamentalização por cliente Nesta forma de departamentalização , “a organização se estrutura

em unidades ao redor das características de seus clientes ou mercados. Aorganização se amolda aos seus diferentes clientes, usuários ou consumi-dores”. O cliente é o principal, “e a organização deve existir para que eleseja atendido da melhor forma possível” (CHIAVENATO, 1999, p. 404).A gura 20 elucida a departamentalização por cliente.

Figura 20 – Departamentalização por cliente

Diretor Geral

Clientes Pessoa

Jurídica

Clientes Pessoa

Física

Clientes Empresas

Nacionais

Chiavenato (1999) apresenta as principais vantagens e limitaçõesdessa forma de departamentalização.

São vantagens:O foco é nos clientes, com suas necessidades especícas mais bem•atendidas;A visão da empresa é extrovertida, ou seja, a organização está mais•

atenta às necessidades dos clientes;O•  feedback é rápido, já que os problemas apresentados por determina-do produto são imediatamente percebidos pela organização.

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São suas limitações:Duplicação de recursos e esforços com o objetivo de evitar o compar-•tilhamento de recursos entre as unidades, o que gera maiores custosoperacionais;

A organização torna-se mais complexa, pois os seus diversos sistemas•internos precisam organizar-se de diversos modos para servir segmen-tos diferentes de clientes.

Departamentalização geográca

“A organização se estrutura em unidades ao redor da localizaçãode seus mercados ou clientes”. [...] “O importante é servir e defender o

mercado através da cobertura geográca” (CHIAVENATO, 1999, p. 406).Pode-se visualizar esta forma de departamentalização por meio da gura21, a seguir.

Figura 21 – Departamentalização geográca

Diretor Geral

Região SulRegião Norte Região Leste

Chiavenato (1999) apresenta as principais vantagens e limitaçõesdessa forma de departamentalização.

São vantagens:

O foco é no mercado territorial, com a organização se orientando em• termos de mercado de atuação;A visão da empresa é extrovertida, ou seja, a organização está mais•atenta às mudanças de preferências e necessidades do mercado;O•  feedback é rápido, já que a organização tem melhor percepção deseu mercado.

São suas limitações:Duplicação de recursos e esforços com o objetivo de evitar o compar-•

tilhamento de recursos entre as unidades, o que gera maiores custosoperacionais;

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

A organização torna-se mais complexa, pois os seus diversos sistemas•internos precisam organizar-se de diversos modos para servir segmen-tos territoriais diferentes de mercado.

Departamentalização matricialA departamentalização matricial “é uma forma híbrida de organiza-

ção em que as formas funcional e por produto se sobrepõem. Os adminis-tradores e o pessoal de assessoria reportam-se a dois chefes – um funcio-nal e outro de produto” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 243-244). A gura22, a seguir, ilustra uma estrutura matricial.

Figura 22 – Estrutura matricial

Diretor Geral

Vendas

Vendedor depapelaria

Vendedor de

cadernos

Vendedor de

cartões

Oficina gráfica

Oficina depapelaria

Oficina de

cadernos

Oficina de

cartões

Desenho gráfico

Desenhistade papelaria

Desenhista

de cadernos

Desenhista

de cartões

Papelaria

Cadernos

Cartões de visita

CHIAVENATO, 1999, p. 411

Chiavenato (1999) apresenta as principais vantagens e limitaçõesdessa forma de departamentalização.

São vantagens:Maximização de vantagens e minimização de desvantagens em rela-•

ção às estruturas funcionais e por produtos;Inovação e mudança por meio da utilização das habilidades das pes-•soas;

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Coordenação intensiva, pois reforça a comunicação entre os adminis-•tradores;Cooperação entre as pessoas.•

São suas limitações:

Confusão devido à dualidade de comando, já que uma pessoa deve•reportar-se a dois chefes diferentes;Conito e tensão, pois cada pessoa possui mais de um chefe, e isto•signica receber ordens conitantes simultaneamente.

Papéis organizacionais4.8 De acordo Bateman e Snell (1998), existem três tipos de papéis organiza-

cionais, segundo sua natureza: (1) de linha, (2) assessoria, (3) integrativose (4) limítrofes.

Administradores de linhaMuitas das atividades fundamentais da empresa são de responsabili-

dade dos administradores de linha. Eles “lidam diretamente com os bens eserviços primários da organização; fazem e vendem coisas, além de forne-cerem serviços ao consumidor” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 249).

AssessoriaOs procedimentos administrativos, tais como contabilidade, pesqui-

sa, recursos humanos, relações públicas etc., são executados pelo pessoalde assessoria. O “pessoal de assessoria monitora ou apoia e facilita o tra- balho dos administradores de linha” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 249).

Papéis integrativosA especialização ou divisão do trabalho cria diferentes unidades detrabalho e de administradores. Essas unidades de trabalho diferenciadas ne-cessitam de coordenação para que os objetivos sejam alcançados. Para queisto ocorra, torna-se relevante o papel de integração entre as diversas unidadesespecializadas. “Os papéis integrativos melhoram a coordenação entre unida-des diferentes entre organizações” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 249).

Papéis limítrofesO último papel organizacional refere-se aos limites ou fronteiras

determinados pela interação que é realizada entre alguns administradores

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

e empregados de determinada organização com administradores e empre-gados de outras organizações. “Papéis limítrofes forma a interface entrea organização e seu ambiente externo” (BATEMAN; SNELL, 1998, p.249). Duas funções importantes são desempenhadas pelas pessoas em

 papéis limítrofes:elas representam a empresa;•elas adquirem informação acerca do ambiente em que está inserida.•

Agora vamos falar do motivo por que estudar a organização proativa.Até aqui foi discutida a estrutura organizacional, com suas formas

de departamentalização. Esta primeira parte da unidade trata da estruturaorganizacional, porém de forma dinâmica. Esse dinamismo ocorre devi-

do ao processo de globalização, desregulamentações de setores, avançostecnológicos etc., que provocam grande impacto nas estruturas “estáticas”das organizações.

Esta outra parte trata das unidades de trabalho mecanicista e orgâni-ca, administração do tamanho da empresa, administração da informação,cultura organizacional, reestruturação de empresas e novas formas organi-zacionais.

Estruturas mecanicista e orgânica 4.9 Burns e Stalker (1961 apud Bateman e Snell, 1998) descreveram a es-trutura mecanicista à semelhança da burocracia de Max Weber, porémarmaram que tal estrutura não é a única opção na corporação moderna.As características deste tipo de estrutura são: altamente formal, interaçãolimitada, baixa participação nas tomadas de decisão e grande dependênciada relação com o supervisor. A gura 23 ilustra esta forma de estruturação

de empresas.Figura 23 – Unidade de trabalho mecanicista

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Estrutura organizacional e organização proativa – Unidade 4

Ao contrário da estrutura mecanicista, a estrutura orgânica, re- presentada na gura 24, é bem menos rígida e enfatiza a exibilidade(BURNS; STALKER, 1961 apud BATEMAN; SNELL, 1998). Suas ca-racterísticas são: informal, maior interação, alta participação na tomada de

decisão e menos dependente da relação com o supervisor.Figura 24 – Unidade de trabalho orgânica

BATEMAN; SNELL, 1998, p. 255

 Aministração o tamanho a empresa 4.U0 De maneira geral, as grandes organizações apresentam unidades de tra- balho mais burocráticas e menos orgânicas, segundo Robey (1991, apudBateman e Snell, 1998). Neste tipo de organização, os cargos são maisespecializados, a criação de diferentes grupos de especialistas é maior esua complexidade a torna mais difícil de controlar. Por isso, acabam-seadotando estruturas mais burocráticas de controle.

Caso das grandes empresasDe acordo com Chandler (1990, apud Bateman e Snell, 1998), à

medida que uma empresa cresce de tamanho, surgem duas formas de eco-nomia: (1) economias de escala e (2) economias de escopo. A economiade escala signica custos menores por unidade de produção, e a economiade escopo signica que materiais e processos utilizados na fabricação deum produto podem ser utilizados na fabricação de outros produtos que

estejam a ele relacionados.Caso a organização torne-se burocrática demais, há a possibilidade

de vir, com a burocracia, a complacência e a inércia que a dicultariam no

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

 processo de mudança atualmente exigido (HENKOFE, 1994 apud BATE-MAN; SNELL, 1998).

Caso das pequenas empresas

Para Bateman e Snell (1998), as pequenas empresas apresentam asseguintes características:

Maior mobilidade;•Fornecem mercadorias e serviços com qualidade e conseguem maior •envolvimento de seu pessoal;Maior agilidade na introdução de novos produtos.•

 Cultura organizacional 4.UUSegundo Shein (1989, p. 9), cultura é: 

um padrão de premissas básicas – inventado, descoberto ou de-

senvolvido por determinado grupo como um processo de aprender 

a lidar com seus problemas de adaptação externa e de integração

interna – que funcionou bem o suciente a ponto de ser conside-

rado válido e, portanto, de ser ensinado aos novos membros como

a maneira correta de perceber, pensar e sentir em relação a esses problemas.

Partindo desta denição, pode-se dizer que a cultura fornece umreferencial de como é o comportamento das pessoas em determinada or-ganização, além de como ela é dirigida.

Existem culturas fortes e culturas fracas. Organizações com culturas

fortes apresentam a vantagem de encorajar comportamentos adequados, porém, como desvantagem, podem dicultar processos de mudança. Emcontrapartida, organizações com culturas fracas possuem valores difusos,que não deixam claros os objetivos organizacionais.

Bateman e Snell (1998) apontam diversas pistas que facilitam a lei-tura da cultura de uma organização:

Declarações de missão e metas ociais da empresa: relaciona-se à•imagem da empresa;

Práticas empresariais: a maneira como a organização responde ao•ambiente, como trata seus empregados e clientes, enm, o que a altaadministração valoriza;

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Estrutura organizacional e organização proativa – Unidade 4

Símbolos, ritos e cerimônias: relaciona-se ao status, ao poder hierár-•quico e às relações entre os níveis hierárquicos;Histórias contadas: os mitos, as lendas e as histórias são contadas pe-•las pessoas de geração em geração, de modo a perpetuar sua cultura.

Reestruturação e empresas4.U2 As organizações estão passando, atualmente, por diversas mudanças queas forçam a rever suas estruturas e suas formas de atuação. As principaisformas de reestruturação apresentadas nesta unidade são: (1) fusões, (2)aquisições, (3) takeovers e (4) buyouts alavancados.

FusõesA fusão acontece “quando duas empresas formam uma única cor- poração por meio de um acordo mútuo” (BATEMAN; SNELL, 1998, p.260). Um dos fatores que levam as empresas a estabelecerem fusões é para alcançar economias de escala e conseguir maior participação no mer-cado. A fusão “ocorre quando duas ou mais empresas, em geral de porte praticamente igual, combinam-se em uma empresa por uma permuta deações. As fusões são realizadas para partilhar ou transferir recursos e ga-

nhar em força competitiva”. [...] “A principal razão para uma fusão é tirar vantagem dos benefícios da sinergia” (WRIGHT; KROLL; PARNELL,2000, p. 145).

Aquisições Na aquisição, ocorre a seguinte transação: “uma empresa compra

outra parcial ou integralmente e a transação é satisfatória para ambas as

 partes” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 261). Esta transação ocorre demodo amigável, com ambas as empresas consentindo.

Takeovers

Trata-se de um novo tipo de aquisição que está tornando-se popular.Um takeover “ocorre quando a empresa compradora faz uma propostadireta aos acionistas da empresa-alvo, porque a administração desta últi-ma se opõe à compra” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 261-262). “Tanto

membros internos quanto externos podem tentar realizar um takeover”(WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000, p. 115).

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

 Buyouts alavancados Neste tipo de reestruturação, “um grupo da própria empresa compra

dos acionistas a maioria das ações” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 262).Segundo Wright, Kroll e Parnell, 2000, p. 116):

As tentativas de takeover repentino, muitas vezes (mas nem sem-

 pre), dependem de empréstimos para nanciar a aquisição. A prática

de emprestar fundos para adquirir uma empresa é conhecida como

buyout  alavancado (LBO). Quando um takeover  é nanciado

dessa maneira, a empresa ca sobrecarregada com pesadas dívidas,

que devem ser pagas ou por fundos gerados por suas operações ou

 pela venda dos ativos da empresa, como subsidiárias ou divisões de produtos.

Novas formas organizacionais4.U3 As grandes e sucessivas mudanças que estão ocorrendo no mundo empre-sarial estão impactando nas organizações. Elas necessitam de alterar suasformas organizacionais, suas estruturas, pois as novas estratégias exigemorganizações mais orgânicas e proativas.

Competências essenciaisPara Bateman e Snell (1998, p. 264), competência essencial é: 

a capacidade – o conhecimento, a perícia, a experiência – subjacente

à habilidade de uma empresa ser líder no fornecimento de uma gama

de produtos e serviços especícos.. uma competência essencial va-

loriza os clientes, torna os produtos da empresa diferentes dos con-correntes (e melhores que os deles) e pode ser utilizada na criação de

novos produtos. Pode-se pensar em competências centrais como as

raízes da competitividade e nos produtos como seus frutos.

Organização em redeUma organização em rede, segundo Miles e Snow (1986 apud Ba-

teman e Snell, 1998, p. 265), “é um conjunto de empresas independentes

que, em sua maioria, desempenham cada uma, uma única função”. É umarede de inter-relações entre diversas empresas, podendo ser arranjos exí-veis e às vezes temporários. A competência é distintiva, ou seja, cada em- presa possui e busca a sua. A gura 25 ilustra esta forma organizacional.

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Estrutura organizacional e organização proativa – Unidade 4

Figura 25 – Organização em rede

Distribuidores Produtores

Intermediários

Clientes

Fornecedores

Proje-tistas

Alianças estratégicasAs alianças estratégicas são, segundo Morh e Spekman (1992 apud

Wright, Kroll e Parnell, 2000, p. 145), “parcerias em que duas ou mais em- presas realizam um projeto especíco ou cooperam em determinada área denegócio. As empresas que fazem a aliança partilham os custos, os riscos e

os benefícios de explorar e arriscar novas oportunidades de negócios”.Esta forma organizacional permite às empresas a entrada em novos

mercados, além da redução dos custos de fabricação.

Organização de aprendizagemEstar à frente da concorrência pode exigir das empresas novas ma-

neiras de agir, mais mudanças a serem realizadas e aprendizado contínuo.

Surge, assim, o conceito de organização de aprendizagem. Para Garvin(1993 apud Bateman e Snell, 1998, p. 266), a organização de aprendiza-gem é uma “organização que tem a habilidade de criar, adquirir e trans-ferir conhecimento e de modicar seu comportamento para reetir novosconhecimentos e insights”.

“É um ideal, para o qual as organizações devem evoluir, a m de se-rem capazes de responder às várias pressões identicadas” (EASTERBY-SMITH; BURGOYNE; ARAÚJO, 2001, p. 172).

Organização de alto envolvimentoComo o próprio nome diz, esta forma organizacional busca o envol-

vimento de todos dentro da organização. A alta administração busca par-

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

ticipação de todos os níveis organizacionais, por meio de forças-tarefas,grupos ou equipes, sempre com o objetivo de participação nas decisões.

Organizações baseadas em equipes

Por último, esta forma de organizar uma empresa utiliza-se de equipes in-terfuncionais de funcionários com responsabilidade e autoridade nas decisões.

SínteseVocê aprendeu, nesta unidade, que a especialização e a coordenação in-

uenciam a estrutura organizacional. A especialização trata dos departamentose das pessoas que executam diferentes atividades, e a coordenação une as di-

versas atividades, de modo a convergir para a missão-geral da organização. Foi possível aprender que a autoridade é o direito legítimo que algumas pessoas têm para a tomada de decisões e de dizer a outras pessoas o que precisa ser feito.

Vimos que a amplitude de controle refere-se ao número de pessoasque está sob a supervisão de outra pessoa ou subordinada a esta, e que de-legar signica atribuir tarefas e responsabilidades a outras pessoas.

Discutiu-se, também, que a maioria das organizações utiliza diversos ti- pos de departamentalização: funcional (pessoas agrupadas em departamentos

de acordo com suas funções e atividades similares), por produto (a empresa organiza as pessoas deacordo com um determinado tipo de produto oumercado), por cliente (a organização se estrutu-ra em unidades ao redor das características deseus clientes ou mercados), geográca (estru-turação em unidades com localização próxima

aos seus mercados e clientes), matricial (é umadepartamentalização composta pelas formas fun-cional e por produto).

Por último, discutiram-se as formas dereestruturação: fusão (união de duas empresas para formar uma terceira), aquisição (quandouma empresa adquire outra), takeover  (em- presa compradora faz uma oferta diretamen-

te aos acionistas da empresa-alvo) e buyout  alavancado (grupo da própria empresa compraa maioria das ações).

 Conexão:

Acesse o link a seguir eveja a estrutura organizacio-

nal do Exército Brasileiro.

http://www.exercito.gov.br/01Instit/Conheca/estrorgeb.htm.

 Conexão:

Leia este artigo da Re-vista Exame, edição 846, de

06.07.2005: O desao de lidar 

com vários chefes – A adminis-tração matricial ganha força nasmultinacionais e tira o sossego

dos executivos.

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Estrutura organizacional e organização proativa – Unidade 4

Reflexão Ao longo desta unidade, aprendemos conceitos como especialização, dife-renciação, coordenação e integração, que são fundamentais para o enten-dimento das estruturas das organizações. Aprendemos também o que é um

organograma e o processo de delegação. Vimos ainda as várias formas dedepartamentalizar uma organização, com suas vantagens e desvantagens – tudo isto está relacionado ao primeiro assunto. No segundo assunto destaunidade, aprendemos o que é uma organização proativa e outras formasde estruturar uma organização. Dessa forma, encerramos a segunda fun-ção administrativa.

 Leitura recomenaa ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E EQUIPES DE TRABALHO:ESTUDO DA MUDANÇA ORGANIZACIONAL EM QUATROGRANDES EMPRESAS INDUSTRIAIS no endereço:http://www.scielo.br/pdf/gp/v7n2/a04v7n2.pdf Este artigo apresenta uma pesquisa realizada em quatro empresas in-dustriais sobre as mudanças em sua estrutura organizacional e a forma-ção das equipes de trabalho.

Referências

BATEMAN, Thomas S.;SNELL, Scott A. Administração: construin-do vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.

CERTO, Samuel C. Administração moderna. 9. ed. São Paulo: Pren-

tice Hall, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed.Rio de Janeiro: Campus, 1999.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed.Rio de Janeiro: Campus, 1999.2000.

EASTERBY-SMITH, Mark; BURGOYNE, John; ARAÚJO. Aprendi-zagem organizacional e organização de aprendizagem: desenvolvi-mento na teoria e na prática. São Paulo: Atlas, 2001.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

MEGGINSON, Leon C.; MOSLEY, Donald C.; PIETRI JR., Paul H.Administração: conceitos e aplicações. São Paulo: Harbra, 1986.

SCHEIN, Edgard H. Organizational culture and leadership. S Fran-

cisco: Jossey-Bass, 1989.

ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. SãoPaulo: Saraiva, 2000.

STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração.5. ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall, 1985.

WRIGHT, Peter; KROLL, Mark J.; PARNELL, John. Administraçãoestratégica: conceitos. São Paulo: Atlas, 2000.

Na próxima uniae  Na próxima unidade, iniciaremos a terceira função administrativa: liderar.Dentro do tópico liderança, vamos aprender o que é liderança e aprofun-dar o conceito de visão conhecido na unidade que trata de administração

estratégica. Vamos entender por que o poder se relaciona com a liderançae as várias abordagens da liderança. Também estudaremos a motivação esuas várias teorias.

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   U  n    i  U  a  U e   5

 Liderança e motivação

para o desempenho

Processo de ensino-aprendiza-gem Nesta unidade, a disciplina tratará da liderança e da

motivação para o desempenho. Nosso objetivo é quevocê seja capaz de denir o conceito de liderança e des-

crever as principais perspectivas teóricas sobre liderança.A disciplina ainda tratará de denir o que é motivação e des-

creverá as principais teorias sobre motivação. Os dois assuntos

abordados irão auxiliá-los para atuar como um líder e motivar as pessoas em direção aos objetivos estabelecidos na fase de planeja-

mento.

Objetivo da sua aprendizagemAo estudar esta unidade, você desenvolverá as seguintes competên-

cias:

• compreender o que são visão, poder e liderança;• compreender alguns comportamentos que fazem um líder ecaz;• compreender o ciclo motivacional e as principais teorias de motivação;• aprender como criar um cargo motivador.

Você se lembra?Do Bernardinho, técnico da Seleção Brasileira de Vôlei? Ele é um lí-der?

 Nesta unidade, você vai aprender: (1) a liderança dentro do processoadministrativo, (2) a diferença entre liderança, gerência e poder, (3)

as fontes de poder e (4) as abordagens de liderança. 

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Exposição do conteúdoDuas funções administrativas – planejamento e organização – foram

estudadas até o momento. Nesta unidade, o assunto volta-se para a tercei-ra função administrativa: a direção.

Essa terceira função administrativa procura dirigir as atividadesdas pessoas dentro da organização ao alcance dos objetivos estabelecidosanteriormente. Após terem-se planejado os objetivos organizacionais eorganizado os recursos por meio de estruturação e coordenação interna,necessita-se da direção. “A direção envolve a focalização nos membrosorganizacionais como pessoas e a abordagem de assuntos como moral,arbitragem de conitos e o desenvolvimento de boas relações entre os in-

divíduos” (CHIAVENATO, 1999, p. 480).A gura 26, a seguir, mostra, de maneira objetiva, a terceira ativida-de que um administrador utiliza no processo administrativo.

Figura 26 – A direção dentro do processo administrativo

Controle

Planejamento Organização

Direção

¾ Dirigir os esforços coletivos para

um propósito comum.

¾ Comunicar e negociar com as pes-

soas para obter consenso.

¾Orientar as pessoas e obter conso-

nância.

¾ Liderar as pessoas.

¾ Motivar as pessoas.

CHIAVENATO, 1999, p. 361

Liderança “é um processo de inuenciar atividades individuais egrupais em direção ao estabelecimento de meta e sua consecução” (ME-GGINSON; MOSLEY; PIETRY JR., 1986, p. 338). Líder é uma pessoa

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Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

que procura equilíbrio entre as metas organizacionais, as suas metas e asmetas do grupo. Ele procura inuenciar as pessoas a atingirem as metas.

Para a condução das pessoas em direção aos objetivos organizacio-nais, um líder precisa ter visão. “A visão refere-se a um quadro do futuro

com comentários implícitos ou explícitos sobre a razão pela qual as pesso-as devem lutar para criar esse futuro” (KOTTER, 1997, p. 68). A visão éessencial por três razões:

1. esclarece a direção da transformação;2. motiva as pessoas a tomar medidas certas;3. ajuda a coordenar as ações das diversas pessoas.

 Líeres e gerentes 5.U“Liderança e gerenciamento são dois sistemas de ação distintos e com- plementares. Cada um tem sua própria função e atividades características.Ambos são necessários para o êxito em um contexto empresarial cada vezmais complexo e volátil” (KOTTER, 1999, p. 50).

O gerenciamento é um conjunto de processos que podem manter um

complicado sistema de pessoas e tecnologias funcionando satisfato-

riamente. Os aspectos mais importantes do gerenciamento incluem planejamento, orçamento, organização, recrutamento de pessoal,

controle e solução de problemas. A liderança é um conjunto de pro-

cessos que cria organizações em primeiro lugar ou as adapta para

modicar signicativamente as circunstâncias. A liderança dene

como deverá ser o futuro, alinha o pessoal a essa visão e as inspira

 para a ação, apesar dos obstáculos (KOTTER, 1997, p. 26).

As diferenças entre gerenciamento e liderança apontadas por Kotter (1999) são as seguintes:

Gerenciamento lida com complexidade: coloca ordem e consistência,•elabora planos e orçamentos, organiza e fornece pessoal, controle eresolve problemas;Liderança lida com mudança: estabelece direção, alinha pessoas, exi-•ge motivação e inspiração.

Grifo do autor 

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Quadro ilustrativo

DEZ OBSERVAÇÕES SOBRE “COMPORTAMENTOGERENCIAL”

1. Quando os gerentes provocam mudanças bem-sucedidas de al-guma relevância nas empresas, geralmente está envolvido um processode oito etapas que leva tempo e é altamente complexo – nunca se trata dealgo imediato, do tipo “bateu-levou”; os oportunistas que pulam etapas ouseguem a ordem errada raramente concretizam suas aspirações.2. Embora a mudança geralmente envolva um processo complexo, devárias etapas, independentemente das circunstâncias, certas atitudes funda-

mentais tomadas por gerentes ecazes com vistas à transformação semprevariam de um caso para outro, conformando-se às particularidades de cadasituação especíca. A falta de sensibilidade às circunstâncias locais, umaabordagem universal para todo e qualquer caso, pode levar ao desastre.3. Por diversos motivos, muitas pessoas (mesmo gerentes capazes e bem intencionados), inuenciadas pela história do século XX e pelas cul-turas das empresas por elas criadas, não raro cometem uma série de erros previsíveis, tentando instituir mudanças não incrementais relevantes.

4. Liderança é diferente de gerenciamento, e a força básica por trásde todas as mudanças bem-sucedidas de alguma relevância é aquela, nãoesta. Sem liderança, a probabilidade de ocorrerem erros aumenta muito, eas chances de êxito diminuem na mesma proporção. Isso é válido indepen-dentemente de como a mudança seja concebida – ou seja, em termos denovas estratégias, reengenharia, aquisições, reestruturação, programas dequalidade, replanejamento cultural e assim por diante.

5. Como o índice de mudança está aumentando, a liderança é uma parte crescente do trabalho gerencial. Pessoas demais em posições de po-der ainda são incapazes de reconhecer ou admitir essa observação funda-mental.6. Cada vez mais os que ocupam cargos gerenciais podem ser con-siderados pessoas que criam agendas contendo planos (a parte do ge-renciamento) e visões (a parte da liderança); pessoas que desenvolvemredes com capacidade de implementação através da hierarquia bem

organizada (gerenciamento) e de uma rede complexa de relacionamen-tos convergentes (liderança); pessoas que agem por meio do controle

(gerenciamento) e da inspiração (liderança).

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Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

7. Como o gerenciamento tende a trabalhar por meiode uma hierarquia formal e na liderança não, à medida que a mudan-

ça vai rompendo fronteiras, criando empresas mais achatadas e terceiri-zadas e gerando demanda por mais liderança, as tarefas gerenciais inse-

rem as pessoas em redes de relacionamentos cada vez mais complexas.8. Como o trabalho gerencial é, cada vez mais, tarefa de liderança,e como os líderes operam por meio de uma rede complexa de relacio-namentos dependentes, o trabalho gerencial vem tornando-se cada vezmais um jogo de dependência de outros, em vez de apenas poder sobreos outros.9. Quando se começa a pensar sobre o trabalho gerencial em ter-

mos de redes e dependência, não só hierarquia e autoridade formal,gera-se todo tipo de implicações interessantes. Ideias que tradicional-mente teriam soado estranhas ou despropositadas – como “gerenciar”seu chefe, por exemplo – de repente ganham vulto.10. O que um gerente/líder faz a cada minuto, a cada hora, rarasvezes se enquadra em qualquer estereótipo de gerente, líder heroico ouexecutivo – fato que pode causar uma confusão considerável nos quese encontram em posições gerenciais, especialmente os iniciantes. O

comportamento observável diário, no entanto, torna-se compreensívelse levamos em consideração as várias tarefas (incluindo liderança egerenciamento), a diculdade do trabalho (incluindo manutenção emudança) e a rede de relacionamentos (que ultrapassa em muito a hie-rarquia formal) presentes nesse território.

KOTTER, 2000

 Lierança, autoriae formal e consentimento  5.2 Um ponto que merece ser esclarecido neste momento é que liderança eautoridade formal são coisas distintas. Dentro do organograma, existeuma hierarquia de comando em que cada gerente, supervisor ou outro car-go qualquer é regido por normas. Este cargo ou esta posição “empresta aseu ocupante o direito de tomar decisões e de se fazer obedecido, duranteum período, chamado mandato, e dentro de uma jurisdição denida por 

algum critério de divisão do trabalho” (MAXIMIANO, 2005, p. 283). Umchefe tem o poder formal sobre seus funcionários; já o líder tem liderançainformal sobre os mesmos funcionários. A gura 27 ilustra, de maneiraresumida, as diferenças entre a liderança e a autoridade formal.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Neste mo-mento, vale a pena

ressaltar que a liderança e o

poder caminham juntos, pois ambosprocuram exercer inuência sobre outras

pessoas com o intuito de elas alcançaremos objetivos organizacionais.

Figura 27 – Diferenças entre autoridade formal e liderança

AUTORIDADE FORMAL LIDERANÇA

Fundamenta-se em leis aceitas de

comum acordo, que criam guras deautoridade dotadas do poder de co-mando.

Fundamenta-se na crença dos segui-

dores a respeito das qualidades do lí-der e de ser interesse em segui-lo.

O seguidor obedece à lei incorporadana gura de autoridade, não à pessoaque ocupa o cargo.

O seguidor obedece ao líder e à mis-são que ele representa.

A lei é o instrumento para possibilitar a convivência social.

O líder é o instrumento para resolver  problemas da comunidade.

A autoridade formal é limitada no

tempo e no espaço geográco, socialou organizacional. Os limites denema jurisdição da autoridade.

A liderança é limitada ao grupo que

acredita no líder ou precisa dele. Oslimites da liderança denem a área deinuência do líder.

A autoridade formal é temporária paraa pessoa que desempenha o papel degura de autoridade.

A liderança tem a duração da utilidadedo líder para o grupo de seguidores.

A autoridade formal inclui o poder deforçar a obediência das regras aceitas

 para a convivência.

Os líderes têm o poder representado pela massa que os segue.

A autoridade formal é atributo singu-lar.

A liderança é produto de inúmeros fa-tores. Não é qualidade pessoal singu-lar.

Maximiano, 2005

“A ideia de seguidores deum líder pressupõe consenti-

mento. Um elemento impor-tante em qualquer deniçãode liderança é o consenti-mento dos liderados. Sóhá liderança quando osliderados seguem o líder espontaneamente” (MAXI-MIANO, 2005, p. 285).

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Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

Fontes e poer  5.3 De acordo com French e Raven (1959 apud Bateman e Snell, 1998), exis-tem cinco fontes de poder: (1) legítimo, (2) de recompensa, (3) coercitivo,(4) de referência e (5) de competência.

Poder legítimoO líder tem o direito instituído em autoridade de dizer aos seus

subordinados o que precisa e o que deve ser feito. Neste tipo de poder,há relação de obediência entre o subordinado e o líder. Um funcionário pertencente ao nível de execução quando recebe uma promoção e torna-seum administrador de primeiro nível, recebendo institucionalmente o direi-

to legítimo de exercer seu poder sobre seus subordinados.

Poder sobre recompensasO líder com este tipo de poder inuencia as pessoas por meio de

recompensas ou trocas. Neste caso, o líder, por exemplo, pode oferecer aumento de salário desde que seu subordinado tenha alcançado um nívelde desempenho adequado e previamente combinado.

Poder de coerçãoEste poder tem como base o medo, a punição. O liderado obedece

 por medo de ser punido ou de sofrer algumas sanções.

Poder de referênciaLíderes com poder de referência servem como exemplo para seus

liderados. Possuem uma conduta de carreira exemplar e são apreciados e

mesmo admirados pelos seus subordinados

Poder de competênciaA última fonte ou base de poder refere-se à competência. Líderes

com poder de competência ou de talento possuem determinadas habilida-des ou conhecimentos que geram em seus liderados um crédito, ou seja,os liderados acreditam nas habilidades e nos conhecimentos de seu líder eacreditam que podem obter vantagens dessas competências.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Éimportante salien-

tar que todas essas teorias

se complementam à medida deavançam. Cada uma delas tem um papelde entendimento e, ao nal, é possível

entender de forma plena a conceituação.

 Aboragens traicionais para o entenimento a  5.4  lierança 

Existem três abordagens tradi-cionais que se referenciam ao

estudo da liderança: (1) detraços, (2) comportamentale (3) situacional.

Traços de liderança“Os teóricos da abor-

dagem dos traços foram os

 primeiros a procurar explicar liderança. Acreditavam que oslíderes possuem certos traços ou carac-terísticas que fazem com que se elevem acima de seus seguidores. [...] O pres-suposto subjacente aos pesquisadores dos traços parece ter sido que os líderesnascem líderes, não são feitos” Foram realizadas pesquisas com o objetivo decomparar traços de líderes efetivos e dos líderes não efetivos, porém as pes-quisas não demonstraram “que certos traços podem distinguir os líderes capa-

zes dos incapazes” (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRY JR., 1986, p. 341).Embora essas pesquisas não tenham obtido êxito na distinção, al-

gumas características de personalidade, de acordo com Yuki (1989 apudBateman e Snell, 1998), conseguem distinguir líderes de outras pessoas,tais como: (1) empenho, (2) motivação de liderança, (3) integridade, (4)autoconança e (5) conhecimento do negócio.

Comportamentos de liderançaVisto que a abordagem dos traços não conseguiu explicar as causasda liderança, os pesquisadores resolveram realizar seus estudos em cimado comportamento dos líderes. Esta abordagem procura identicar aquiloque os líderes executam, como fazem. Duas implicações são importantesdentro da abordagem comportamental. “Primeiro, o enfoque sobre os queos líderes fazem, e não sobre o que são, leva a supor que há uma maneira“melhor” de liderar. Segundo, embora alguns traços sejam estáveis – mui-

Grifo do autor 

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Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

tos já estão conosco quando nascemos – o comportamento é aprendido”(MEGGINSON; MOSLEY; PIETRY JR., 1986, p. 343).

Três categorias ou orientações são subjacentes à abordagem com- portamental, como pode ser visualizado na gura 28.

Figura 28 – Orientações do líderOrientação do líder 

Orientado para tarefa:

Estrutura da tarefa,

interesses por 

comportamento em

tarefa e produção

Orientado para o

indivíduo: Consideração,

interesse pelas pessoas

e comportamento de

relacionamento

ou ou Combinação

MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI JR., 1986, p. 343

Dentro da abordagem comportamental, existe a grade de liderançade Blake e Mouton e a teoria X e Y de McGregor.

Blake e Mouton criaram uma “grade gerencial para mostrar que a preocupação com a produção e a preocupação com as pessoas são aspec-tos complementares e não mutuamente excludentes”. [...] “os líderes de-vem unir essas duas preocupações a m de conseguir resultados ecazes

das pessoas” (CHIAVENATO, 1999, p. 569).A grade gerencial de Blake e Mouton apresenta um eixo vertical,

que se refere à preocupação com pessoas, e um eixo horizontal, que serefere à preocupação com produção. A gura 29 ilustra esta grade.

Figura 29 – A grade gerencial

 Alta

 Alta

Baixa

Baixa

   P  r  e  o  c  u  p  a  ç   ã  o  c  o  m   a

  s  p  e  s  s  o  a

  s

Preocupação com a produção

1.9 9.9

1.1 9.1

5.5

CHIAVENATO, 1999, p. 570

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Observe que, na grade, há 81 possibilidades de pontuações, porémcinco pontos ou estilos principais merecem atenção, conforme pode ser visualizado no quadro 10, a seguir.

Quadro 10 – Os estilos principais da grade gerencial

Estilo Signicado ParticipaçãoFronteiras in-tergrupais

1.1

Mínima preocu- pação com a pro-dução e com as

 pessoas

Pouco envolvi-mento e poucocomprometimen-to

Isolamento. Faltade coordenaçãointergrupal

1.9

Ênfase nas pesso-as, com mínima

 preocupação coma produção.

Comportamentosupercial e efê-

mero. Soluçõesdo mínimo deno-minador comum

Coexistência pa-cíca. Grupos

evitam proble-mas para manter a harmonia

9.1

Ênfase na produ-ção, com mínima

 preocupação comas pessoas.

Sem participaçãodas pessoas

Hostilidade inter-grupal. Suspeitae desconançamútuas. Atitudede ganhar/perder 

5,5

Estilo do meio-termo. Atitude de

conseguir algunsresultados semmuito esforço

Meio caminho eacomodação quedeixa todos des-contentes.

Trégua inquieta.Transigência, ra-

teios e acomoda-ção para manter a paz.

9,9

Estilo de exce-lência. Ênfase na

 produção e ênfa-se nas pessoas

Elevada partici- pação e envolvi-mento. Compro-metimento das

 pessoas

Comunicaçõesabertas e fran-cas. Flexibilidadee atitude para otratamento cons-trutivo dos pro-

 blemas

CHIAVENATO, 1999, p. 571

A teoria X e Y de McGregor traz o conceito “de que as estraté-gias de liderança são inuenciadas pelos  pressupostos do líder acercada natureza humana” (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI JR., 1986, p. 344).

Os pressupostos da teoria X são:Ser médio desgosta o trabalho;•

Esse ser evita responsabilidade;•Só o controle leva esse ser a produzir – líder autocrático.•

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

Os pressupostos da teoria Y são:O trabalho é natural para o homem;•Comprometimento enseja autodireção;•Compromisso depende das recompensas.•

Segundo Bateman e Snell (1998, p. 345): 

Os participantes do Workshop do Caso de Verão em Harvard Bu-

siness School, em julho de 1958, ouviram Douglas McGregor di-

zer que ele desejava nunca ter escrito as duas teorias, já que estas

tinham sido mal entendidas. A maioria dos trabalhadores não se

enquadrava na categoria X ou Y, mas tinha algumas característi-cas de ambas, e o seu comportamento tendia a variar de uma para

outra durante períodos de tempo. Ele disse que tinha a intenção de

escrever a “Teoria Z”, que era uma combinação destas duas teorias.

Infelizmente, faleceu antes disso.

Abordagem situacional da liderançaOs estudiosos de liderança vericaram que não há traços nem com-

 portamentos que denem um líder ecaz. A nova abordagem argumentaque a ecácia da liderança varia de situação para situação, ou seja, depen-dendo da situação, o líder age de determinada forma para aquela situação,que difere da forma que ele utilizaria em outra situação. “O líder deve

 primeiro analisar a situação e depois decidir o que fazer . Em outras pala-vras, olhar antes de liderar” (BATEMAN; SNELL, 1998, p. 343).

Duas teorias serão abordadas na abordagem situacional: (1) teoria

caminho-objetivo de Robert House e (2) liderança situacional de Herseye Blanchard.House (1971 apud Bateman e Snell, 1998, p. 344) argumenta que

a teoria caminho-objetivo tem nome “devido a sua preocupação com omodo em que os líderes inuenciam as percepções de seus seguidoresacerca de seus objetivos de trabalho e com os caminhos que seguem emsua realização”. Dois fatores situacionais determinam os tipos adequadosde comportamentos que um líder deve adotar: (1) as características pesso-

ais dos seguidores e (2) as pressões e exigências ambientais. A gura 30ilustra de maneira objetiva esta teoria.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Figura 30 – A estrutura caminho-objetivo

Características

dos seguidores

Fatores

ambientais

determinam levando a Objetivos e

desempenhodos seguidores

 Adequação dos

comportamentos

1. diretivo

2. de apoio3. participativo

4. de realização

BATEMAN; SNELL, 1998, p. 345

Os seguidores que acreditam ser muito habilidosos e capazes “po-dem se ressentir de um administrador que supervisione demais, cujas

orientações serão vistas como contraproducentes, em vez de recompen-sadoras”. [...] Os seguidores “que se sentem menos habilidosas podem preferir um administrador mais direcionador e que [...] irá permitir querealizem suas tarefas de modo apropriado e que ganhem as recompensasoferecidas pela organização” (STONER; FREEMAN, 1985, p. 354).

Com relação aos fatores ambientais, um deles é a natureza das tare-fas executadas pelos seguidores. “Um estilo extremamente direcionador  pode parecer redundante ou até mesmo insultante para uma tarefa alta-

mente estruturada”. Em contrapartida, “se uma tarefa é desagradável, aconsideração por parte do administrador pode aumentar a satisfação e amotivação do subordinado” (STONER; FREEMAN, 1985, p. 354).

A próxima teoria, liderança situacional de Paul Hersey e KennethBlanchard, também denominada de teoria do ciclo de vida, admite que,segundo Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1986|, p. 360), “as estratégias ecomportamento de um líder devem ser situacionais, com base principal-

mente na maturidade ou imaturidade dos seguidores”. [...] Maturidadeé a capacidade que as pessoas ou os grupos têm de “estabelece metaselevadas, mas factíveis, e sua disposição e capacidade para assumir a res- ponsabilidade. Estas variáveis de maturidade, resultantes da educação e/ou experiência, devem ser consideradas somente em relação à tarefa espe-cíca a ser realizada”.

Observe que, na gura 6, existem dois eixos: o eixo horizontal, de-nominado de comportamento de tarefa, e o eixo vertical, denominado de

comportamento de relacionamento, além de quatro fases, como se fosseum ciclo de vida.

O comportamento de tarefa “é a extensão em que os líderes têm probabilidade de organizar e denir os papéis de seus seguidores, a m

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

de explicar que atividades cada um tem de desempenhar e quando, onde,e como as tarefas devem ser realizadas” (MEGGINSON; MOSLEY; PIE-TRI JR., 1986, p. 360).

O comportamento de relacionamento, segundo Megginson, Mosley

e Pietri Jr. (1986, p. 360), “trata dos relacionamentos pessoais do líder com indivíduos ou membros de seu grupo. Envolve a quantidade de apoiodado pelo líder e a extensão em que este se empenha em comunicação in-terpessoal e comportamento facilitador”.

Observe que, na fase um, o subordinado possui baixa maturidade – a maturidade aumenta da direita para a esquerda –, daí o líder aplica umalto comportamento de tarefa e baixo comportamento de relacionamento.

À medida que o subordinado vai adquirindo maturidade, o líder vai pas-sando pelas fases dois e três, até chegar à fase quatro, que caracteriza o su- bordinado com alta maturidade e o líder aplicando baixo comportamentotanto de tarefa quanto de relacionamento.

Figura 31 – Teoria situacional da liderança

 Alto relacionamento e

baixa tarefa

Fase 3

BaixoComportamento

de tarefa Alto

 Alto

Baixo

   C  o  m  p  o  r   t  a  m  e  n   t  o

   d  e  r  e   l  a  c   i  o  n  a  m  e  n   t  o

 Alta tarefa e

alto relacionamento

Fase 2

Baixo relacionamento

e Baixa tarefa

Fase 4

 Alta tarefa e

baixo relacionamento

Fase 1

Maturidade do subordinado

Substitutos a lierança  5.5 Segundo Sobral e Peci (2008, p. 224), o conceito de substitutos de lide-rança “sugere que as variáveis situacionais possam ser tão poderosas quesubstituem ou neutralizam a necessidade de liderança. Esses substitutos

 podem ser relativos às características dos seguidores, à tarefa ou à organi-zação”. [...] “Os substitutos da liderança são uma abordagem prática quetem como objetivo ajudar os administradores a denir quais são os com- portamentos de liderança mais ecazes em cada situação”.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

O quadro 11, a seguir, ilustra essa teoria.Quadro 11 – Substitutos de liderança

Variáveis situacionaisLiderançaorientada para

as pessoas

Liderançaorientada

para a tarefa

Característicasdos seguidores

• Prossionalismo

• Experiência

• Competência

Substitui

 Nenhum efeito

 Nenhum efeito

Substitui

Substitui

Tarefa

• Estruturação da tarefa

• Feedback automático• Satisfação intrínseca

 Nenhum efeito

 Nenhum efeitoSubstitui

Substitui

Substitui Nenhum efeito

Organização

• Coesão do grupo

• Formalização

• Separação física

Substitui

 Nenhum efeito

 Neutraliza

Substitui

Substitui

 Neutraliza

SOBRAL e PECI (2008)

 Como os líeres molam a cultura  5.6 De acordo com Schein (1985 apud Bergamini e Coda, 1997, p. 272), “oslíderes têm o maior potencial para corporicar e reforçar aspectos da cul-tura segundo cinco mecanismos principais”. Os cinco mecanismos estãoilustrados no quadro 12, a seguir.

Quadro 12 – Como os líderes moldam a cultura

1. Atenção

Os líderes comunicam suas prioridades, valores e pre-ocupações por meio da escolha que fazem a respeitodo que perguntar, medir, comentar, elogiar e criticar.Muito dessa comunicação ocorre durante atividadesde monitoração e planejamento, tais como planejar reuniões, reuniões de revisão e acompanhamento e“gerenciamento intolerante”. Explosões emocionais

 por parte do líder têm um efeito especialmente for-te na comunicação de valores e preocupações. Umexemplo é o líder que repreende o subordinado por não saber aquilo que está em sua área. Não respon-der a alguma coisa também possui uma mensagem,

 principalmente de que o assunto não é importante.

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

2. Reações às crises

As crises são signicativas porque o ambiente emo-cional aumenta o potencial de aprender sobre valo-res e pressupostos. Por exemplo, uma organizaçãoque enfrentou queda drástica nas vendas evitou de-missões pelo fato de fazer com que todos os empre-

gados (incluindo os gerentes) trabalhassem menoshoras e tivessem uma redução nos salários, ao mes-mo tempo em que comunicava forte preocupaçãoem preservar os empregos dos seus funcionários.

3. Modelagem depapel

Os líderes podem comunicar valores e expectativas por meio das próprias ações, especialmente aquelasque demonstram particular lealdade, autossacrifícioe trabalho acima da obrigação. Um líder que instituia política ou procedimento, mas falha em observá--los, está comunicando uma mensagem de que aquilonão é realmente importante ou necessário.

4. Alocação de recom-pensas

Critérios usados como base para a alocação de re-compensas, tais como aumento de salário ou promo-ção, comunicam aquilo que é valorizado pelo líder e

 pela organização. O reconhecimento formal em ce-rimônias ou o elogio informal também comunicamas preocupações e as prioridades do líder. O não re-

conhecimento de contribuições e realizações sugereque estas não são importantes. Finalmente, a con-cessão de símbolos de status indica a importânciarelativa de alguns membros comparados a outros.É claro que as diferenças de status são contrárias avalores menos discriminativos. Em comparação àmaioria das companhias americanas, as empresas

 japonesas usam bem menos símbolos de  status e privilégios, tais como salas de refeição especiais evagas no estacionamento.

5. Critérios para sele-ção e demissão

Líderes podem inuenciar a cultura recrutando pes-soas que têm valores, habilidades ou traços particu-lares, bem como promovendo-as para posições deautoridade. Candidatos indesejáveis podem ser eli-minados por meio de procedimentos formais e infor-mais de seleção, além de existirem procedimentos

 para aumentar a autosseleção, tais como fornecer aos candidatos informações realistas a respeito doscritérios e requisitos para o sucesso dentro da orga-nização. Os critérios e os procedimentos usados paraexpelir ou demitir membros de uma organizaçãotambém deixam claros os valores e as preocupaçõesdo líder.

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124 

Administração Geral e Estrutura Organizacional

Quadro ilustrativo

LÍDERES EFICAZES SABEM COMO DELINEAR QUES-TÕES VERDADEIRAMENTE IMPORTANTES

O discurso em que Martin Luther King Jr. proferiu a famosa frase“Eu tenho um sonho” moldou em grande parte o movimento dos direitoscivis. Suas palavras criaram imagens de como seria um país onde o pre-conceito racial não mais existisse, ou seja, King delineou o movimentodos direitos civis de maneira que outras pessoas pudessem visualizar omodo como ele o tinha visto.

O delineamento é uma maneira de utilizar linguagem para geren-

ciar o signicado. É um modo de os líderes inuenciarem a forma como oseventos são vistos e entendidos. Ele envolve a seleção e o destaque de umou mais aspectos de um assunto, enquanto exclui os outros.

O delineamento é análogo ao que faz um fotógrafo. O mundovisual existente é essencialmente ambíguo. Quando um fotógrafo apontasua câmera e foca um ponto especíco, ele delineia (enquadra) sua foto.Outros então veem o que ele queria que eles vissem. Eles veem o ponto devista dele. Isso é precisamente o que os líderes fazem quando delineiam

uma questão. Eles selecionam quais aspectos ou partes do tema gostariamque os outros focassem e quais gostariam de ver excluídos.

Líderes políticos vivem ou morrem em termos de suas habilidades para delinear problemas e a imagem de seus oponentes. Em uma era deguerras de linguagem, a vitória política geralmente é daqueles que ganhama batalha sobre a terminologia. George W. Bush, por exemplo, fala sobre“bolsas escolares de oportunidade” em lugar do conceito impopular de “va-

les escolares” e procura repelir o conceito de “imposto de transmissão causamortis”, dando preferência a “imposto estadual”. E quando ele propôs umcorte de impostos da ordem de US$ 1,6 trilhão, denominou-o de um “reem- bolso” para americanos já sobretaxados. Isso soa muito mais justo que uma“redução nos impostos que benecia esmagadoramente os ricos”.

No ambiente caótico e complexo em que grande parte dos líderestrabalha normalmente uma boa dose de manobras em relação aos “fatos”,o que é real é geralmente o que o líder diz que é real. O que é importante é

o que ele seleciona para dizer que é importante. Líderes podem utilizar alinguagem para inuenciar as percepções dos seguidores em relação

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

ao mundo, o signicado de eventos, crenças sobre causas e efei-tos e visões do futuro. Portanto, a ecácia de um líder é fortemente

inuenciada pela sua habilidade de delinear questões.

O delineamento inuencia a ecácia da liderança de várias ma-neiras. Ele molda em grande parte o processo de decisão de tal modoque determina os problemas que necessitam de atenção, as causas atri- buídas aos problemas e as eventuais opções para a sua resolução. O de-lineamento ainda aumenta o êxito de um líder em implementar metas econseguir a concordância das pessoas, pois, quando os delineamentoscorretos estão implementados, segue-se um comportamento adequado.

Além disso, ele é fundamental para uma liderança ecaz emum contexto global, porque os líderes devem delinear os problemas demaneiras comuns para evitar problemas culturais. Finalmente, é lógico,ele é um elemento vital para a liderança visionária. Visões comparti-lhadas são conseguidas graças a um delineamento comum.

Há cinco recursos de linguagem que podem ajudá-lo no deline-amento de questões – metáforas, jargões, contraste, spin e histórias.

As metáforas nos auxiliam a compreender uma coisa em termos

de outra. Elas funcionam bem quando o padrão de comparação é enten-dido e remete logicamente a outra coisa. Quando um executivo da áreade manufatura descreve sua meta de ter “nosso processo de produçãooperando como um bom relógio suíço”, ele está utilizando uma metá-fora para ajudar seus funcionários na visualização do seu ideal.

Líderes organizacionais gostam de utilizar  jargões. Essa é umalinguagem peculiar a uma certa prossão, organização ou programa

especíco. Ele expressa um signicado preciso somente àqueles quesabem o vernáculo. A Bell Atlantic (agora parte da Verizon) utilizouexercícios como “quebrar os quadrados” e “achar os “blue chips” emsessões de treinamento de seus funcionários, e estes novos modos deraciocínio e de identicação de responsabilidades prioritárias. Quandoum gerente diz que “este projeto é uma responsabilidade blue chip”, as pessoas sabem que ele é importante e deve obter prioridade.

Quando os líderes utilizam a técnica do contraste, eles realçam

um tema em termos de seu oposto. Por quê? Pelo fato de, às vezes, ser menos problemático dizer o que um objeto não é do que dizer o que

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126

Administração Geral e Estrutura Organizacional

ele é. Quando um executivo em uma pequena empresa de softwareca desapontado com a falta de preocupação de seus funcionários emmanter os custos baixos, ele constantemente censura-os com a frase:

“nós não somos a Microsoft”. A mensagem que ele está querendotransmitir é a de que sua empresa não tem os recursos nanceiros dagigante do software, e que eles precisam reduzir os custos.

Políticos presidenciáveis criaram um novo temo –  spin. Aque-les que praticam essa arte são denominados de spin doctors. O objetivodessa técnica é projetar seu tema sob uma luz positiva ou negativa.Bons líderes nessa técnica conseguem que as demais pessoas interpre-

tem seus interesses em termos positivos e os interesses opostos em ter-mos negativos. Eles enfatizam seus pontos fortes e os pontos fracos deseus concorrentes. Quando executivos da British Airways e da Ameri-can Airlines anunciaram planos de cooperação nas rotas entre os EUAe o Reino Unido, eles zeram um spin positivo, promovendo os bene-fícios que os usuários teriam. Richard Branson, principal executivo daVirgin Airlines, um concorrente direto nessas rotas, respondeu com um

 spin negativo – realçando as implicações monopolistas e os resultados

desvantajosos para os consumidores.Finalmente, líderes utilizam histórias para estruturar questões

com exemplos mais extensos que metáforas ou jargões. Quando líderesna 3M prosseguem narrando a história de como os blocos de  Post-it  foram descobertos, eles lembram às pessoas a importância que a em- presa coloca em criatividade e no talento natural de fazer descobertasao acaso no processo de inovação.

ROBBINS, 2003

 Conexão:

Acesse o link a seguir eleia o artigo sobre o técnico

da Seleção Brasileira de Vôlei.

http://amanha.terra.com.br/edicoes/215/entrevista.asp.

 Conexão:

Acesse o link a seguir eveja os 12 maiores atributos da

liderança.

http://www.guiarh.com.br/PAG21C.htm.

Leia o livro: KOTTER, John P.Anal, o que fazem os líderes.

Rio de Janeiro: Campus,2000.

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

Avaliando-seA seguir você encontra cinco chas de avaliação, correspondentes a

algumas competências de liderança, retiradas do livro Liderança empre-sarial, de Luiz Francisco Gracioso.

Para cada competência, existe uma série de fatores a serem pontu-ados em uma graduação que vai de 1 a 6. Preencha as colunas de formacrítica. Em seguida, peça para pessoas próximas a você efetuarem umaavaliação de como elas o veem em cada competência. Dessa forma, você poderá efetuar uma comparação de como se vê e de como outras pessoasveem sua competência em liderar.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

   E  m  p  r  e  e  n

   d  e   d  o  r   i  s  m  o

    E   m   p   r   e   e   n     d

   e     d   o   r     i   s   m   o   :   c   a   p   a   c     i     d   a     d   e     d   e   e

   n   x   e   r   g   a   r   o   p   o   r    t   u   n     i     d   a     d   e   s ,   c   a     l   c   u     l   a   r   r     i   s   c   o   s   e     i   m   p     l   e   m   e   n    t   a   r

   p   r   o     j   e    t   o   s   q   u   e   c   r     i   e   m    v   a     l   o   r   e

   m   p   r   e   s   a   r     i   a     l .    N

  o   t  a

   A   t  e  n  ç   ã  o

  u  r  g  e  n   t  e

   1 N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   R  u   i  m

   2 R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u

   l  a  r

   3 P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   B  o  m

   4 R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   M  u   i   t  o

   b  o  m

   5 M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

    E   x   c   e     l   e   n    t   e

   6 S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   F  a   t  o  r  e  s   /   G  r  a  u  s

   1 .

   P  o  s  s  u   i   h  a   b   i   l   i   d  a   d  e  o  u  c  a  p  a  c   i   d  a   d  e   d  e  v   i  -

  s  u  a   l   i  z  a  r  o  p  o  r   t  u  n   i   d  a   d  e  s .

   2 .   A  c  e   i   t  a  e  c  a   l  c  u   l  a  r   i  s  c  o  s .

   3 .

   P  o  s  s  u   i   h  a   b   i   l   i   d  a   d  e   d  e  c  r   i  a  ç   ã  o   d  e  n  o  v  o  s

  p   l  a  n  o  s ,  n  o

  v  o  s  p  r  o   d  u   t  o  s  o  u  n  o  v  o  s  p  r  o  c  e  s  -

  s  o  s  q  u  e  c  r   i  e  m  v  a   l  o  r  e  m  p  r  e  s  a  r   i  a   l .

   4 .

   P  o  s  s  u   i   h  a   b   i   l   i   d  a   d  e  o  u  c  a  p  a  c   i   d  a   d  e   d

  e   i  m  -

  p   l  e  m  e  n   t  a  r

  e  c  o  n   d  u  z   i  r  n  o  v  o  s  p  r  o   j  e   t  o  s

 ,  p  r  o  -

   d  u   t  o  s  o  u  p

  r  o  c  e  s  s  o  s .

    5 .    P   o   s   s   u     i   a   u    t   o   c   o   n        a   n   ç   a .

 

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129

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

    É   t   i  c  a  p  e  s

  s  o  a   l  e  c  o  r  p  o  r  a   t   i  v  a

      É    t     i   c   a   :   c   o   n

     d   u    t   a     i     d    ô   n   e   a  –   c   o   n     j   u   n    t   o     d   e   p   r     i   n   c     í   p     i   o   s   m   o   r   a     i   s   q   u   e   s   e     d   e   v   e   m    o

     b   s   e   r   v   a   r   n   o   e   x   e   r   c     í   c     i   o     d   a   p   r   o        s   s    ã   o .

   N  o   t  a

   A   t  e  n  ç   ã  o

  u  r  g  e  n   t  e

   1 N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   R  u   i  m

   2 R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u

   l  a  r

   3 P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   B  o  m

   4 R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   M  u   i   t  o

   b  o  m

   5 M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

    E   x   c   e     l   e   n    t   e

   6 S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   F  a   t  o  r  e  s   /   G  r  a  u  s

   1 .

   A  s  s  u  m  e  s  u  a  s  r  e  s  p  o  n  s  a   b   i   l   i   d  a   d  e  s  e  n   ã  o

  p  r  o  c  u  r  a  c  u

   l  p  a  r  o  s  o  u   t  r  o  s  p  e   l  o  s  s  e  u  s  e

  r  r  o  s .

   2 .

   B  u  s  c  a  a   t   i  n  g   i  r  s  e  u  s  o   b   j  e   t   i  v  o  s  c  o  m

  s  e  u  s

  p  r   ó  p  r   i  o  s  m

   é  r   i   t  o  s .

   3 .

   B  u  s  c  a  a

   t   i  n  g   i  r  s  e  u  s  o   b   j  e   t   i  v  o  s   d  e  m  a  n  e   i  r  a

   l   í  c   i   t  a .

   4 .

   R  e  s  p  e   i   t

  a  a  s  r  e  g  r  a  s   d  o  a  m   b   i  e  n   t  e  o  n

   d  e  s  e

  e  n  c  o  n   t  r  a .

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130

Administração Geral e Estrutura Organizacional

   E  q  u   i   l   í   b  r   i  o  e  m  o  c   i  o  n  a   l

   E  q  u   i   l   í   b  r   i  o

  e  m  o  c   i  o  n  a   l  :  c  a  p  a  c   i   d  a   d  e   d  e

   t  r  a   b  a   l   h  a  r  s  o   b  p  r  e  s  s   ã  o ,  s  e  m

  p  e  r   d  e  r   f  o  c  o  e  a  a  g   i   l   i   d  a   d  e  n  a   b  u  s  c  a   d  e  s  o   l  u  ç   õ  e  s .

   N  o   t  a

   A   t  e  n  ç   ã  o

  u  r  g  e  n   t  e

   1 N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   R  u   i  m

   2 R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u

   l  a  r

   3 P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   B  o  m

   4 R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   M  u   i   t  o

   b  o  m

   5 M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

    E   x   c   e     l   e   n    t   e

   6 S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   F  a   t  o  r  e  s   /   G  r  a  u  s

   1 .

   M  a  n   t   é  m

  o  c  o  n   t  r  o   l  e  e  m  o  c   i  o  n  a   l  e  m

  s   i   t  u  a  -

  ç   õ  e  s  a   d  v  e  r  s  a  s .

   2 .

   M  a  n   t   é  m

  a  g   i   l   i   d  a   d  e  e  m  s   i   t  u  a  ç   õ  e  s  a

   d  v  e  r  -

  s  a  s .   N   ã  o   t  r  a  v  a .

   3 .

   B  u  s  c  a

  r  e  s  u   l   t  a   d  o  s  e  m

  s   i   t  u  a  ç   õ  e  s  a

   d  v  e  r  -

  s  a  s .

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131

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

   R  e   l  a  c   i  o  n  a  m  e  n   t  o   i  n   t  e  r  p  e  s  s  o  a   l

      É    t     i   c   a   :   c   o   n

     d   u    t   a     i     d    ô   n   e   a  –   c   o   n     j   u   n    t   o     d   e

   p   r     i   n   c     í   p     i   o   s   m   o   r   a     i   s   q   u   e   s   e     d   e   v   e   m    o

     b   s   e   r   v   a   r   n   o   e   x   e   r   c     í   c     i   o     d   a   p   r   o        s   s    ã   o .

   N  o   t  a

   A   t  e  n  ç   ã  o

  u  r  g  e  n   t  e

   1 N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   R  u   i  m

   2 R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u

   l  a  r

   3 P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   B  o  m

   4 R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   M  u   i   t  o

   b  o  m

   5 M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

    E   x   c   e     l   e   n    t   e

   6 S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   F  a   t  o  r  e  s   /   G  r  a  u  s

   1 .

   S  a   b  e  c  r   i  a  r  r  e   d  e  s   d  e  c  o  n   t  a   t  o  e  r  e   l  a  c

   i  o  n  a  -

  m  e  n   t  o

   2 .   C  o  n  s  e  g  u  e   d  e  s  e  n  v  o   l  v  e  r  e  p  e  r  e  n   i  z  a  r

  r  e   d  e  s

   d  e  c  o  n   t  a   t  o

  e  r  e   l  a  c   i  o  n  a  m  e  n   t  o .

   3 .

   S  a   b  e   i  n

   t  e  r  a  g   i  r  c  o  m  o  s  o  u   t  r  o  s   d  e   f  o  r  m  a

  c  o  n  s   t  r  u   t   i  v  a ,   d  e  m  o  n  s   t  r  a  n   d  o  c  o  n  s   i   d  e  r  a  ç   ã  o ,

  r  e  s  p  e   i   t  o  e

  p  r  e  o  c  u  p  a  ç   ã  o  c  o  m  o  c  r  e  s  c   i  m

  e  n   t  o

   d  o  o  u   t  r  o .

   4 .

   P  o  s  s  u   i  e  m  p  a   t   i  a  –  s  a   b  e  c  o   l  o  c  a  r  -  s  e  n  o   l  u  -

  g  a  r   d  o  o  u   t  r  o .

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132

Administração Geral e Estrutura Organizacional

   C  o  n  s  c   i   ê  n

  c   i  a   d  a   d   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e   i  n   t  e  r  c  u   l   t  u  r  a   l

    E      É    t     i   c   a   :   c   o

   n     d   u    t   a     i     d    ô   n   e   a  –   c   o   n     j   u   n    t   o     d   e   p   r     i   n   c     í   p     i   o   s   m   o   r   a     i   s   q   u   e   s   e     d   e   v   e   m    o

     b   s   e   r   v   a   r   n   o   e   x   e   r   c     í   c

     i   o     d   a   p   r   o        s   s    ã   o .

   N  o   t  a

   A   t  e  n  ç   ã  o

  u  r  g  e  n   t  e

   1 N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   N  u  n  c  a

   R  u   i  m

   2 R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  a  r  a  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u

   l  a  r

   3 P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   P  o  u

  c  a  s

  v  e  z  e  s

   B  o  m

   4 R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   R  e  g  u   l  a  r  -

  m  e  n   t  e

   M  u   i   t  o

   b  o  m

   5 M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

   M  u   i   t  a

  s  v  e  z  e  s

    E   x   c   e     l   e   n    t   e

   6 S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   S  e  m  p  r  e

   F  a   t  o  r  e  s   /   G  r  a  u  s

   1 .

   C  o  n   h  e  c  e  a  s   d   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e  s  c  u   l   t  u  r  a   i  s  e  o  s

  c  o  m  p  o  r   t  a  m  e  n   t  o  s   (  r  e   l   i  g   i   ã  o ,  r  a  ç  a ,  o  r

   i  e  n   t  a  -

   ç    ã   o   s   e   x   u   a     l   e    t   c .     )

   2 .

   R  e  s  p  e   i   t  a  a  s   d   i  v  e  r  s   i   d  a   d  e  s  c  u   l   t  u  r

  a   i  s  e

  c  o  m  p  o  r   t  a  m  e  n   t  a   i  s .

    3 .    C   o   n   v     i   v

   e   p   r   o        s   s     i   o   n   a     l   m   e   n    t   e   c   o   m    a   s     d     i  -

  v  e  r  s   i   d  a   d  e  s  c  u   l   t  u  r  a   i  s  e  c  o  m  p  o  r   t  a  m  e  n   t  a   i  s   d  e

     f   o   r   m   a   c   o   o

   p   e   r   a    t     i   v   a   e   p   r   o        s   s     i   o   n   a     l .

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133

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

Agora nosso próximo assunto é motivação.

Quadro ilustrativo

Foi Sigmund Freud quem primeiro descreveu a nature-za intrínseca na motivação dentro do contexto das necessidades

humanas. Freud descreveu uma necessidade como um estímulo queataca não de fora, mas de dentro do organismo. A necessidade nuncaatua como um impacto momentâneo, mas como uma força persistente.Qualquer luta contra ela é inútil. A satisfação é aquilo que põe de ladoa necessidade. A satisfação é a consequência de uma alteração adequa-

da da fonte interior de estimulação. O ímpeto para o comportamento éa força (intensidade ou tensão) ou a demanda de energia que a necessi-dade representa. O objetivo da necessidade é assegurar satisfação, masé o intelecto (e não a necessidade) que garante a direção. A necessidadefornece apenas a energia para o comportamento. Aquilo que oferece sa-tisfação não se acha originariamente ligado à necessidade, tornando-sea ela associado pelo fato de ser identicado, neste caso como particu-larmente adequado para prover a satisfação. A fonte de uma necessida-

de é o processo somático interno do corpo do qual resulta um estímulo,representado na vida mental como uma necessidade.

Tanto Douglas McGregor como Abraham Maslow tentaramdizer aos prossionais de administração que as necessidades são osúnicos e verdadeiros motivadores. Reconhecendo a natureza intrínsecadas necessidades, McGregor explicitamente arma que a motivaçãonão vem da administração, mas do interior do indivíduo, e, como con-

sequência, das necessidades intrínsecas. Maslow e McGregor tambémdisseram que uma necessidade satisfeita não mais é um motivador docomportamento.

As implicações de algumas armativas feitas por Freu, Maslowe McGregor têm sido ignoradas ou mal compreendidas. Estes pesqui-sadores querem essencialmente dizer que:

a) a motivação é a consequência de necessidades não satisfei-tas;

b) somente as necessidades são os motivadores do comporta-mento;

c) as necessidades são intrínsecas ao indivíduo;

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134 

Administração Geral e Estrutura Organizacional

d) a administração não pode colocar motivação nos indivíduos;e) a administração não pode colocar necessidades nos indivíduos;f) os administradores não podem motivar;

g) os administradores não podem satisfazer ou contrassatisfazer as necessidades humanas.

BERGAMINI e CODA, 1997

Esse assunto relaciona-se ao estudo da motivação, por meio de suadenição e das principais teorias motivacionais. É um estudo de impor -

tância signicativa para um gerente, já que lida diariamente com subordi-nados, visando a conduzi-los ao alcance dos objetivos organizacionais.Certo (2003, p. 345) dene motivação como “um conjunto psicoló-

gico (estado interno) de motivos e causas que faz com que o indivíduo se porte de modo que assegure a realização de alguma meta”. [...] A motiva-ção “explica por que as pessoas agem da maneira como o fazem. Quantomelhor um gerente entender o comportamento dos membros de umaorganização, mais capaz ele será de inuenciar esse comportamento para

torná-lo mais consistente com a realização das metas organizacionais”.

A palavra motivação é usada com diferentes signicados. Pode-se

falar em motivação para estudar, ganhar dinheiro, viajar e até mesmo

 para não fazer nada. A palavra motivação indica as causas ou motivos

que produzem determinado comportamento, seja ele qual for. [...] A

motivação é especíca. Uma pessoa motivada para trabalhar pode

não ter motivação para estudar ou vice-versa. Não há um estado geralde motivação que leve uma pessoa a sempre ter disposição para tudo.

 No campo da administração, pessoa motivada usualmente signica

alguém que demonstra alto grau de disposição para realizar uma

tarefa ou atividade de qualquer natureza. No entanto, as pessoas

também se motivam para fazer coisas que vão na direção oposta à

desejada pela empresa, como greves, sabotagens, roubo de merca-

dorias ou invasões de fábricas que demitem funcionários. Por causa

disso, o estudo da motivação para o trabalho desperta grande inte-resse entre administradores e pesquisadores, dada a importância de

entender e se possível manejar o estado de disposição para realizar 

tarefas (MAXIMIANO, 2005, p. 256).

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135

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

Os administradores têm o desao de “motivar as pessoas; fazê-lasdecididas, conantes e comprometidas intimamente a alcançar os obje-tivos propostos; energizá-las e estimulá-las o suciente para que sejam bem-sucedidas através do seu trabalho na organização” (CHIAVENATO,

1999, p. 591).Mitchell (1997 apud Robbins, 2002, p. 151) dene motivação como

o processo responsável pela intensidade, pela direção e pela persistênciados esforços de uma pessoa para o alcance de uma determinada meta”.

Desta denição, é importante ressaltar três elementos-chave: (1)intensidade, (2) direção e (3) persistência. A intensidade tem relação àquantidade de esforço que uma pessoa utiliza e deve ser conduzida numa

direção de modo a beneciar a organização. Por último, a persistênciarefere-se a uma medida de quanto tempo a pessoa consegue manter deter-minado esforço.

Observe que a gura 32 inicia com uma necessidade não satisfeita,ou seja, surge uma carência interna na pessoa, tal como fome. Quandoesta necessidade não é satisfeita, aparece a tensão que estimula determina-do impulso na pessoa que a leva a buscar a realização dos objetivos. Casoos objetivos sejam alcançados, ocorre a redução da tensão, já que sua ne-

cessidade é satisfeita. As pessoas empreendem esforços de modo a reduzir essa tensão e esperam alcançar algo (CHIAVENATO, 1999).

Figura 32 – O ciclo motivacional

Retroação

Necessidade

nãosatisfeita

(carência)

Tensão Impulso

Comporta-

mentodirigido

para a meta

Satisfaçãoda

necessidade

Recompensas

intrínsecas ou

extrínsecas

Reduçãoda tensão

CHIAVENATO, 1999, p. 593

As diversas teorias sobre motivação estudadas durante as últimas

décadas são classicadas em duas abordagens básicas: (1) teorias de con-teúdo e (2) teorias de processo. As primeiras relacionam-se às caracterís-ticas internas das pessoas, “com aquilo que está dentro de um indivíduoou do ambiente que o envolve e que energiza ou sustenta o seu comporta-

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

mento”. Já as teorias de processo – segunda abordagem – tratam do modocomo as pessoas são motivadas, “proporcionam uma compreensão dos processos cognitivos ou de pensamento das pessoas e que inuenciam oseu comportamento” (CHIAVENATO, 1999, p. 593-594).

A gura 33 ilustra os dois grupos sobre as teorias motivacionais.Figura 33 – Classicação das teorias sobre motivação

TEORIASSOBRE A

MOTIVAÇÃO

TEORIAS DE

PROCESSO

Procuram explicar comofunciona a motivação

TEORIAS DE CONTEÚDO

Procuram explicar quais fatores motivam

as pessoas

1. Modelo do comportamento2. Teoria da expectativa3. Behaviorismo4. Teoria da equidade

1. Teorias clássicas2. Teorias das necessidades3. Frustração4. Teoria dos dois fatores

Maximiano, 2005

Teorias e conteúo a motivação  5.7 Hierarquia de necessidades de MaslowMaslow colocou as necessidades humanas em uma pirâmide de-

nominada hierarquia de necessidades, que pode ser visualizada na gura40. Para Maslow, à medida que uma pessoa satisfaz suas necessidadesde nível inferior, em seguida ela busca atender às necessidades do nívelsuperior. Por exemplo, uma pessoa só buscará atender às necessidades desegurança quando suas necessidades siológicas estiverem satisfeitas, e

assim por diante.Figura 34 – Hierarquia de necessidades de Maslow

Necessidades de auto-realização

Necessidades de estima

Necessidades sociais

Necessidades de segurança

Necessidades fisiológicas

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Maslownasceu em 1º de

abril de 1908 e faleceu em 8de junho de 1970.

Segundo a Wikipedia, embora a teoria

de Maslow tenha sido considerada umamelhoria em face das anteriores teorias dapersonalidade e da motivação, ela tem seusdetratores. A principal delas é que é possíveluma pessoa estar autorrealizada, contudo

não conseguir uma total satisfação desuas necessidade siológicas.

Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

De que forma um adminis-trador pode utilizar a teoria deMaslow numa organização?O quadro 13 responde a

esta pergunta, apresentan-do a hierarquia de Maslowna teoria e na prática. Éimportante que o adminis-trador compreenda em que ponto da pirâmide um fun-cionário se encontra, para então

aplicá-la de acordo.

Quadro 13 – Hierarquia de necessidades de Maslow, em teoria eaplicada à motivação gerencial

Hierarquia denecessidades

Teóricas Aplicadas

De autocumpri-mento e autorre-

alização

Consecução do poten-cial, autodesenvolvi-

mento, crescimento

Completar atribuições desaa-doras, fazer trabalho criativo,

desenvolver habilidades.

Do ego e estimaStatus, autoconança,

 pagamento, apreço, re-conhecimento

Poder, ego, títulos, símbolosde status, reconhecimento, elo-gios, “agrados”, prêmios, pro-moção

Sociais e de par-ticipação

Associação, aceitação,amor, amizade, senti-mento de grupo

Grupos de trabalho formais einformais, clubes vitalícios,atividades patrocinadas pelaempresa

De segurança e previdência Proteção e estabilidade

Desenvolvimento do emprega-do, condições seguras de tra- balho, planos de Antiguidade,sindicato, planos de economiae poupança, indenização por demissão, direito a pensão,

 planos de seguro (de vida, hos- pitalização, dentário), sistemade queixas formal

Fisiológicas e biológicas

Respiração, alimenta-ção, bebida, eliminação,sexo

Pagamento, férias, feriados, períodos de descanso duranteo trabalho, interrupções paraalmoço, toaletes, ar limpo pararespirar, água para beber 

MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI JR., 1986, p. 314

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Teoria ERGOutra teoria sobre as necessidades humanas foi desenvolvida por 

Alderfer. Ele modicou e simplicou a teoria de Maslow em três pontos,segundo Chiavenato (1999, p. 598):

1. Redução das cinco necessidades de Maslow para três ne-cessidades essenciais: existência (E = existence), relacionamento(R = relatedness) e crescimento (G = growth). As necessidadesde existência compreendem as necessidades de bem estar físico,siológicas e de segurança. As necessidades de relacionamentocompreendem as necessidades de relações interpessoais, sociaise os componentes externos de estima. Por último, as necessida-

des de crecimento incluem as necessidades de desenvolvimentoe desejo de crescimento, competência pessoal e os componentesintrínsecos da necessidade de estima.2. Enquanto a teoria de Maslow argumenta que uma pessoasomente busca as necessidades de nível superior quando as ne-cessidades do nível inferior estão satisfeitas, a teoria de Alder-fer argumenta que determinada necessidade inferior poderá ser ativada desde que uma necessidade de nível superior não esteja

satisfeita;3. Enquanto a teoria de Maslow argumenta que uma pessoatem foco em necessidades, uma de cada vez, a teoria de Alderfer argumenta que uma pessoa pode ter foco em várias necessidadessimultaneamente.

Necessidades de McClelland

McClelland (1961 apud Bateman e Snell, 1998) também desenvol-veu uma teoria focando as necessidades básicas que orientam as pesso-as. São três as necessidades: (1) de realização, (2) de aliação e (3) de poder.

 Necessidade de realização: é orientada fortemente para a realização e• por obsessão pelo sucesso e pelo alcance de metas; Necessidade de aliação: orientação para o relacionamento, pelo de-•sejo de ser estimado pelas pessoas, focando menos em altos níveis de

desempenho;

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   1 .

   1

Para faci-litar o entendimento

da Teoria de McClelland,pense na escovação dos dentes.

Escovar os dentes todos os dias nãoacaba com uma possível cárie, porém ajuda

na prevenção de novas cáries.

Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

 Necessidade de poder: está orientado pelo desejo de poder e autorida-•de e de controle sobre as pessoas.

Chiavenato (1999, p. 599) argumenta que essas três necessidades:

são aprendidas e adquiridas ao longo da vida como resultado dasexperiências de cada pessoa. Como as necessidades são aprendi-

das, o comportamento recompensado tende a repetir-se com mais

frequência. Como resultante desse processo de aprendizagem, as

 pessoas desenvolvem padrões únicos de necessidades que afetam

seu comportamento e desempenho. A teoria permite que o adminis-

trador localize a presença dessas necessidades em si mesmo e nos

subordinados para criar um ambiente de trabalho que privilegie os pers de necessidades localizados.

Teoria dos dois fatores de HerzbergHerzberg desenvolveu uma te-

oria de motivação denominadateoria dos fatores higiênicos emotivacionais ou teoria da

higiene-motivação (CHIA-VENATO, 1999, p. 595-596). Os fatores higiênicos“estão associados com ocontexto do trabalho, ouseja, com aqueles aspectosrelacionados com o ambiente

de trabalho”. [...] Os fatoresmotivacionais estão “relacionadoscom o conteúdo do trabalho”. A gura 3ilustra os dois fatores de Herzberg e o envolvimento de cada um. Observeque os fatores higiênicos envolvem condições de trabalho, salários benefí-cios etc., e os fatores motivacionais envolvem o trabalho em si mesmo, arealização pessoal, o reconhecimento etc.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Figura 35 – Os fatores higiênicos e os fatores motivacionais

Fatores higiênicos(Insatisfacientes)

Contexto do cargo (Como a pessoase sente em relação à empresa)

Condições de trabalho•

Salários e prêmios de produção•

Benefícios e serviços sociais•

Políticas da organização•

Relações com a chea e colegas•

Fatores motivacionais(Satisfacientes)

Conteúdo do cargo (Como a pessoase sente em relação ao cargo)

O trabalho em si mesmo•

Realização pessoal•

Reconhecimento do trabalhos•

Progresso prossional•

Responsabilidade•

CHIAVENATO, 1999, p. 596

A gura 36 apresenta uma comparação entre as teorias de conteúdoda motivação. Fica fácil a visualização das interseções entre elas.

Figura 36 – Comparação das teorias de conteúdo da motivação

Maslow

Hierarquia de

necessidades

Alderfer 

Teoria ERC

McClelland

Teoria das

necessidades

adquiridas

Herzberg

Teoria dos

dois fatores

 Auto-realização

Estima

Sociais

Segurança

Fisiológicas

Crescimento

Relacionamento

Existência

Realização

Poder 

Poder 

Motivacionais/

Satisfacientes

Higiênicos/

Insatisfacientes

CHIAVENATO, 1999, p. 600

Teorias e processo a motivação  5.8 

Teoria do reforçoThorndyke (1911 apud Chiavenato 1999, p. 603) desenvolveu a teoria

do reforço com base na lei do efeito e argumenta que “o comportamentoque proporciona um resultado agradável tende a se repetir, enquanto o com-

 portamento que proporcionou um resultado desagradável tende a não serepetir”.

Schermerhorn (1975 apud Chiavenato, 1999, p. 603-604) propõequatro estratégias fundamentais do comportamento:

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Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

Reforço positivo: utilizado para aumentar a frequência ou a intensida-•de do comportamento desejável, relacionando-o com as consequên-cias agradáveis e contingentes à sua ocorrência;Reforço negativo: utilizado para aumentar a frequência ou a intensi-•

dade do comportamento desejável, pelo fato de evitar uma consequ-ência desagradável e contingente à sua ocorrência;Punição: utilizado para diminuir a frequência ou eliminar um compor-•tamento indesejável pela aplicação da consequência desagradável econtingente à sua ocorrência;Extinção: utilizado para diminuir a frequência ou eliminar um com-• portamento indesejável pela remoção de uma consequência agradável

e contingente à sua ocorrência.

Teoria da equidade“Na situação de trabalho, cada empregado faz comparações entre o

que ele recebe (recompensas que recebe) em relação ao que ele faz (con-tribuições que dá) e compara a sua equação de recompensas/contribuiçõescom a equação de recompensas/contribuição das outras pessoas” (CHIA-VENTAO, 1999, p. 605). A gura 37 apresenta a relação recompensa/

contribuição, bem como seus possíveis resultados. Figura 37 – A teoria da equidade sobre a motivação

São iguais = equidade (recompensas iguais)

São maiores = inequidade (super-recompensa)São menores = inequidade (sub-recompensa)

versus

Contribuiçõesindividuais

Recompensasindividuais

Recompensasdos outros

Contribuiçõesindividuais

CHIAVENATO, 1999, p. 605

Teoria da expectânciaVroom (1964 apud Bateman e Snell, 1998, p. 371) desenvolveu a

teoria da expectativa e argumenta que “os esforços de trabalho de uma pessoa levam a algum nível de desempenho. O desempenho traz então um

ou mais resultados para a pessoa”.“A tendência para agir de uma certa maneira depende da força da ex-

 pectativa de que a ação possa ser seguida por algum resultado e da atrativida-de desse resultado para o indivíduo” (CHIAVENATO, 1999, p. 606-607).

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

 Criação e cargos motivaores 5.9 Em muitas situações, um cargo pode trazer a satisfação ou a insatisfaçãoa um indivíduo. Cargos muito rotineiros podem trazer a insatisfação, aqueda da produtividade e o aumento do absenteísmo. Três formas de me-

lhorar a satisfação, a produtividade e diminuir o absenteísmo são citadas por Bateman e Snell (1998).

Rodízio de cargosÉ uma das formas de eliminar o tédio, trocando de setores periodi-

camente o funcionário.

Expansão de cargosÉ a atribuição de um conjunto de tarefas ou atividades a um funcio-nário dentro do mesmo cargo.

Enriquecimento de cargosÉ a atribuição ou o acréscimo de mais responsabilidades a um fun-

cionário.

Moelo e concepção e cargos e Hackman  5.U0  e Olham Um modelo de concepção de cargos foi desenvolvido por Hackman e Ol-dahm e se encontra ilustrado na gura 38.

Figura 38 – O modelo de enriquecimento de função de Hack-man e Oldham

Principais dimensões

da função

Estados psicológios

críticos

Resultados pessoais

e de trabalho

Variedade das

habilidades Identidade

da tarefa Significância

da tarefa

 Autonomia

Feedback

Senso de

importância

do trabalho

Senso de

responsabilidades

pelo resultado

do trabalho

Conhecimento

dos resultados

das atividades

 Alta motivação

interna no trabalho

Desempenho de alta

qualidade no trabalho

 Alta satisfação

com o trabalho

Rotatividade e

absenteísmo baixos

Intensidade de necessidade

de crescimento do funcionário

BATEMAN; SNELL, 1998, p. 369

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Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

Observe que, segundo Bateman e Snell (1998, p. 368):

funções bem concebidas levam a alta motivação, a um desempenho

de alta qualidade e a baixos índices de absenteísmo e rotatividade.

Esses resultados acontecem quando as pessoas experimentam trêsestados psicológicos críticos: (1) sentem que estão fazendo algo

signicativo porque seu trabalho é importante para outras pessoas;

(2) sentem-se pessoalmente responsáveis pelo resultado do traba-

lho; e (3) percebem como desempenharam bem suas tarefas.

Este modelo apresenta cinco dimensões essenciais, denidas como

segue: 1. Variedade de funções: as atividades de trabalho exigemdiversas habilidades e a empresa permite ao funcionário a utiliza-ção de suas várias habilidades;2. Identidade de tarefa: é quando o funcionário realiza umatarefa ou uma peça de trabalho inteira e identicável;3. Importância da tarefa: é quando a atividade exercida pelofuncionário tem um impacto substancial na vida de outras pes-

soas;4. Autonomia: é quando o funcionário tem certo grau de li- berdade e discernimento sobre suas atividades;5. Feedback: é quando o funcionário recebe as informaçõesacerca de seu trabalho e desempenho de forma direta e clara.

Enfoque comportamental  5.UU

É claro que uma organização na atualidade não deixaria de considerar olado humano para alcançar desempenhos organizacionais satisfatórios.Fica evidente que uma organização deve preocupar-se tanto a parte téc-nica quanto com a parte humana para o alcance de produtividade e altodesempenho.

O enfoque comportamental da administração tem preocupação “como aumento da produção por meio de uma maior compreensão de como sãoas pessoas. de acordo com os teóricos dessa abordagem, se os gerentes

compreenderem seus funcionários e adaptarem as empresas a eles, o êxitoorganizacional será uma consequência natural” (CERTO, 2003, p. 31).

Dentro do enfoque comportamental, a importância volta-se para osistema social.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Os sistemas sociais são formados por pessoas e suas necessidades,

sentimentos e atitudes, bem como por seu comportamento como

integrante de grupos. O sistema social tem tanta ou mais inuência

sobre o desempenho da organização do que seu sistema técnico,formado pelas máquinas, métodos de trabalho, tecnologia, estrutura

organizacional, normas e procedimentos (MAXIMIANO, 2005, p.

214).

Basicamente, têm-se dois temas de estudo no enfoque comportamen-tal: (1) as características distintivas entre as pessoas e o comportamento

coletivo dessas pessoas em grupos, nas organizações e na sociedade.As raízes do enfoque comportamental que serão estudadas nestemódulo são:

movimentos pelo bem-estar dos trabalhadores;•o estudo do fator humano no papel dos gerentes;• psicologia industrial;•dinâmica de grupo e liderança;•escola das relações humanas.•

Movimentos pelo bem-estar dos trabalhadoresDurante a Revolução Industrial, as condições de trabalho eram tão

difíceis que motivaram pessoas e instituições a buscar formas de melho-ria. A importância do ser humano na administração e a ideia de que esteser possui necessidades e desejos “estavam latentes no trabalho dos pio-neiros do enfoque técnico, que tentaram lidar com a questão das atitudes

negativas dos trabalhadores resolvendo o problema dos salários e dosmétodos de trabalho” (MAXIMIANO, 2005, p. 216). A igreja declara-se afavor das pessoas e o papa Leão XIII redigiu a Encíclica Rerum Novarum.A gura 45 traz alguns itens desta encíclica.

Figura 39 – Alguns pontos da encíclica Rerum Novarum

• Em sua grande maioria, os pobres vivem em condições miseráveis e degra-dantes, que eles não merecem.

• Depois que as velhas guildas prossionais foram destruídas no século pas-

sado (XVIII) e nenhuma proteção para os trabalhadores cou em seu lugar,e assim que as instituições públicas e a legislação deixaram de lado o ensinoreligioso tradicional, a presente era (século XIX) deixou os trabalhadores, cadaum por si e sem defesa, à mercê de empregadores desumanos.

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Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

• Além disso, o processo de produção, assim como o comércio, em todas asáreas, cou sob o poder de uns poucos, de forma que pouquíssimas pessoasimensamente ricas assumissem o domínio de inumeráveis trabalhadores sem

 posses.

• O corpo da prática e do ensino da religião, de que a Igreja é guardiã, consegue

conciliar e unir os ricos e os pobres convocando essas duas classes da socieda-de para o cumprimento de seus deveres mútuos.

• Entre esses deveres, compete aos pobres e trabalhadores: desempenhar inte-gral e conscientemente todo trabalho que tiver sido voluntariamente acordado;não estragar a propriedade nem ferir a pessoa do empregador; não recorrer àviolência nem a distúrbios; não se associar com homens perigosos que ardilo-samente exageram as esperanças e fazem grandes promessas.

• Em contrapartida, compete aos ricos e empregadores: os trabalhadores nãodevem ser tratados como escravos; a justiça exige que a dignidade de sua per -sonalidade humana seja respeitada. O trabalho lucrativo não é vergonhoso para

o homem, mas motivo de respeito, já que lhe fornece os meios para sustentar sua vida. Contudo, é vergonhoso e desumano tratar as pessoas como coisas quese usam para lucrar, bem como não lhes dar mais valor do que elas merecem.Da mesma forma, é desejável que os interesses religiosos e o bem-estar espiri-tual dos trabalhadores recebem a devida consideração.

Maximiano, 2005

O estudo do fator humano no papel dos gerentesDe acordo Barnard (apud Maximiano, 2005, p. 218), “as organiza-

ções são por natureza essencialmente sistemas cooperativos. As pessoascooperam pelo objetivo da organização, que é um sistema de atividades ouforças de duas ou mais pessoas coordenadas conscientemente”. Barnard“via as organizações como sistemas de atividades dirigidas para metas.[...] as principais funções da administração são a formulação de objetivose a aquisição dos recursos necessários para atingi-los” (MEGGINSON;MOSLEY; PIETRI JR., 1986, p. 66).

Para se alcançar a cooperação, é preciso “equilíbrio entre os bene-fícios que a organização oferece para o indivíduo (que Barnard chamoude inducements) e o esforço que o indivíduo dá para a organização (queBarnard chamou de contributions)” (MAXIMIANO, 2005, p. 218).

Psicologia industrialA preocupação dos psicólogos pautava-se nos problemas de seleção

e treinamento das pessoas, isto por volta do início do século XX. Cerca

de duas décadas mais tarde, “o campo da psicologia industrial começoua expandir-se, passando a tratar de assuntos como relações humanas, pro-cessos de supervisão e liderança, comunicação e satisfação no trabalho”

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

(MAXIMIANO, 2005, p. 219). Atualmente, o termo psicologia industrialfoi substituído pelo termo comportamento organizacional.

Dinâmica de grupo e liderança

Estudos de dinâmica de grupo e liderança foram orientados por Lewin, que buscou vericar o estilo de liderança sobre o desempenhodo grupo. Separando três grupos de meninos que foram submetidos atrês formas de liderança diferentes – autoritária, democrática e liberal –,descobriu-se que um dos grupos – aquele dirigido pelo líder democrático – preferiu a liderança do líder democrático (permitia a participação e o de- bate). Segundo Maximiano (2005), a contribuição de Lewin foi pioneira

nos estudos sobre a teoria e a prática administrativa, porém examinandomais profundamente sua pesquisa com estilos de lideranças diferentes so- bre o desempenho dos grupos não foram conclusivas.

Escola das relações humanasA abordagem das relações humanas tem origem no início da década

de 1930 e seu objetivo era “entender como os processos psicológicos esociais interagem com a situação de trabalho para inuenciar o desempe-

nho. Relações humanas foi a primeira grande abordagem a enfatizar osrelacionamentos de trabalho informal e a satisfação do trabalhador” (BA-TEMAN; SNELL, 1998, p. 53).

Um experimento realizado por Elton Mayo em 1932 originou a Es-cola de Relações Humanas. Este experimento, denominado de Estudos deHawthorne:

 

demonstrou que entre os fatores mais importantes para o desem- penho individual estão as relações com os colegas e os administra-

dores . [...] o desempenho das pessoas depende muito menos dos

métodos de trabalho, segundo a visão da administração cientíca,

do que dos fatores emocionais ou comportamentais. Destes, os mais

 poderosos são aqueles decorrentes da participação do trabalhador 

em grupos sociais. A fábrica deveria ser vista como sistema social,

não apenas econômico ou industrial, para a melhor compreensão de

seu funcionamento e de sua ecácia.(MAXIMIANO, 2005, p. 220).

A gura 46 apresenta as conclusões de Elton Mayo sobre seu expe-rimento.

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Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

Figura 40 – Principais conclusões de Elton Mayo

• Efeito Hawthorne

•A qualidade do tratamento dispensa-do pela gerência aos trabalhadores in-uencia fortemente seu desempenho.

•Bom tratamento por parte da admi-nistração, reforçando o sentido degrupo, produz bom desempenho.

•O efeito positivo do tratamento daadministração sobre o desempenhohumano cou conhecido como efeitoHawthorne, por causa do nome do ex-

 perimento.

• Lealdade ao grupo

•O sistema social formado pelos gru-

 pos determina o resultado do indiví-duo, que pode ser mais leal ao grupodo que à administração.

•Alguns grupos não atingem os níveisde produção esperados pela adminis-tração, porque há entre seus membrosuma espécie de acordo que dene umaquantidade “correta”, que é menor, aser produzida.

•O efeito Hawthorne não funciona emtodos os casos.

• Esforço coletivo

•Por causa da inuência do sistemasocial sobre o desempenho individu-al, a administração deve entender ocomportamento dos grupos e forta-lecer as relações com os grupos, emvez de tratar os indivíduos como seresisolados.

•A responsabilidade da administraçãoé desenvolver as bases para o trabalhoem equipe, o autogoverno e a coope-ração.

• Conceito de autoridade

•O supervisor de primeira linha deveser não um controlador, mas um inter-mediário entre a administração supe-rior e os grupos de trabalho.

•O conceito de autoridade deve base-

ar-se não na coerção, mas na coopera-ção e na coordenação.

O tema central da escola das relações humanas no trabalho é o com- portamento coletivo nas organizações, ou seja, o entendimento e adminis-

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

tração das pessoas como integrantes de grupos de trabalho. A esse temacentral agregaram-se outras ideias que vieram a compor o conjunto dostemas do enfoque comportamental.

Maximiano, 2005

Para efeito ilustrativo e de entendimento do experimento de Ha-wthorne, a seguir encontra-se o relato deste experimento, segundo Stoner e Freeman (1985, p. 31).

O movimento das relações humanas desenvolveu-se a partir de

uma famosa série de estudos realizados na Western Eletric Com-

 pany, entre 1924 e 1933. em certo momento, eles passaram a ser conhecidos como os “Estudos de Hawthorne”, porque a maioria

foi realizada na fábrica Hawthorne, da Western Eletric, perto de

Chicago. Os Estudos de Hawthorne começaram como uma tenta-

tiva de investigar a relação entre o nível de iluminação no local de

trabalho e a produtividade dos operários – um tipo de questão que

 poderia muito bem ter sido levantado por Frederick Taylor e seus

colegas.

Em alguns dos primeiros estudos, os pesquisadores da WesternEletric dividiram os empregados em grupos de testes, que eram

submetidos a deliberadas mudanças na iluminação, e em grupos

de controle, cuja iluminação permanecia constante durante toda a

experiência. Os resultados foram ambíguos. Quando era melhorada

a iluminação para o grupo de teste, a produtividade tendia a crescer,

apesar de erraticamente. Mas, quando as condições de iluminação

cavam piores, também havia uma tendência ao aumento de pro-dutividade no grupo de teste. Para complicar o mistério, a produção

do grupo de controle também cresceu durante os estudos, ainda que

o mesmo não sofresse mudanças na iluminação. Obviamente havia

algo, além da iluminação, que estava inuenciando o desempenho

dos trabalhadores.

 Num novo conjunto de experiências, os pesquisadores colocaram

um pequeno grupo de operários numa sala separada e alteraram

algumas variáveis: aumentaram os salários, introduziram períodosvariáveis de descanso, reduziram as jornadas diária e semanal. Os

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   1 .

   1

Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

 pesquisadores que agora atuavam como supervisores, também per-

mitiram que os grupos escolhessem seus períodos de descanso e

que tivessem voz ativa em outras mudanças sugeridas. Novamente

os resultados foram ambíguos. O desempenho tendia a aumentar 

com o tempo, mas também subia e caía erraticamente. Durante otranscorrer desse conjunto de experiências, Elton Mayo (1880-

1949) e alguns colegas de Harvard, inclusive Fritz J. Roethlisber-

ger e William J. Dickson, passaram a participar do projeto.

 Nestas e em outras experiências, Mayo e seus colegas concluíram

que uma cadeia complexa de atitudes havia interferido nos aumen-

tos de produção. Como haviam sido destacados para receber uma

atenção especial, os grupos de teste e de controle haviam desenvol-vido um orgulho de grupo, que os motivou a melhorar o desempe-

nho prossional. A supervisão simpática havia reforçado mais ainda

sua motivação. Os pesquisadores concluíram que os empregados

trabalhariam mais caso acreditassem que a administração estava

 preocupada com o seu bem-estar e que os supervisores prestavam

atenção especial a eles. Esse fenômeno, subsequentemente chama-

do de efeito Hawthorne, permanece bastante controvertido até hoje

em dia. Como o grupo de controle não recebeu nenhum tratamentoespecial de supervisão nem qualquer melhoria nas condições de

trabalho, e ainda assim melhorou o desempenho, algumas pessoas

(inclusive o próprio Mayo) especularam que o aumento de produti-

vidade no grupo de controle resultou da atenção especial dada pelos

 próprios pesquisadores.

Os pesquisadores também concluíram que os grupos informais – o

ambiente social dos empregados – têm inuência positiva sobre a produtividade. Muitos empregados as Western Eletric achavam seu

trabalho monótono e sem sentido, mas as associações e as amizades

com os companheiros, algumas vezes inuenciadas por um antago-

nismo compartilhado contra os “patrões”, davam algum signicado

às suas vidas prossionais e de certo modo protegiam-nos da admi-

nistração. Por esses motivos, a pressão do grupo era frequentemente

uma inuência mais forte na produtividade do trabalhador do que as

exigências da administração.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Quadro ilustrativo

POR QUE MUITOS FUNCIONÁRIOS NÃO ESTÃO MOTI-VADOS NO TRABALHO NOS DIAS DE HOJE?

Eu geralmente ouço gerentes experientes reclamarem que as“pessoas simplesmente não estão motivadas para trabalhar”. Se isso for verdade, a culpa é dos gerentes e das práticas organizacionais, não dosfuncionários! Quando falta motivação a eles, o problema quase semprerecai sobre uma das cinco áreas: seleção, objetivos ambíguos, sistemade avaliação de desempenho, sistema de premiação da organização ouinabilidade do gerente de moldar a percepção do funcionário sobre os

sistemas de desempenho e premiação.O melhor modo de entender a motivação dos funcionários é pensar nela como sendo dependente de três relacionamentos. Quandotodos os três relacionamentos são fortes, os funcionários tendem a ser motivados. Se qualquer um ou todos esses relacionamentos forem fra-cos, o desempenho do funcionário provavelmente sofrerá. Apresentareiesses relacionamentos por meio de perguntas.

Primeiro, os funcionários realmente acreditam que se eles

se esforçarem ao máximo serão reconhecidos pela sua avaliação dedesempenho? Para um grande número de funcionários, a respostainfelizmente é não! Por quê? Os seus níveis de aptidão podem ser de-cientes, indicando que, não importa o grau de esforço com que elestentem, provavelmente não conseguirão grandes desempenhos. Ou, seo sistema de avaliação da organização foi projetado para avaliar fatoresnão relativos a desempenho, como lealdade, iniciativa ou coragem,

mais esforço não necessariamente resultará em uma melhor avaliação.Ainda outra possibilidade é que o funcionário, estando correto ou não, percebe que o chefe desgosta dele. Como resultado, ele espera obter uma fraca avaliação independentemente de seu nível de esforço. Essesexemplos sugerem que uma possível causa da baixa motivação dosfuncionários é a crença deles de que, não importando o quanto eles tra- balhem, a probabilidade de obterem uma boa avaliação de desempenhoé sempre baixa.

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Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

Segundo, os funcionários realmente acreditam que, se conse-guirem uma boa avaliação de desempenho, isso fará com que sejam

 premiados pela organização? Muitos funcionários consideram que háum fraco relacionamento entre desempenho e premiação no seu traba-lho. A razão é que as organizações recompensam um grande númerode coisas além do desempenho, por exemplo, quando é distribuído pa-gamento aos funcionários com base nos “anos de casa ou em “atitudes bajuladoras” para com a chea, os funcionários têm a propensão de perceber o relacionamento entre o desempenho e a premiação como

fraco e desmotivador.E, por último, os prêmios que os funcionários recebem são oque eles querem? Um funcionário pode se esforçar bastante na espe-rança de conseguir uma promoção, mas o que ele obtém, no nal, é umaumento salarial. Ou um funcionário deseja ter um cargo mais interes-sante e desaador, porém, recebe somente algumas palavras elogiosas.Ou um outro funcionário faz um esforço extra, esperando ser transferi-do para o escritório da companhia em Paris, mas, contrariamente, é en-

viado para Phoenix. Esses exemplos ilustram a importância de perso-nalizarmos as premiações segundo as necessidades individuais de cadafuncionário. Infelizmente, muitos gerentes são limitados no tocante às premiações que podem distribuir, de forma que se torna difícil paraeles individualizá-las. Além do mais, muitos gerentes incorretamentesupõem que todos os funcionários desejam a mesma coisa e se esque-cem dos efeitos motivacionais devidos às premiações diferenciadas.

Em todos os casos, a motivação dos funcionários é sub-otimizada.Em resumo, há falta de motivação para um grande número defuncionários no trabalho porque eles veem um fraco relacionamentoentre seus esforços e o desempenho, entre o desempenho e as premia-ções da organização e/ou entre os prêmios recebidos e os que eles que-rem de verdade. Se você quiser funcionários motivados, será precisofazer o que for necessário para fortalecer esses relacionamentos.

ROBBINS, 2003

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Síntese Nesta unidade, aprendemos que o líder é uma pessoa que inuen-

cia outra pessoa ou grupos de pessoas a atingirem os objetivos. Utilizacinco fontes de poder: (1) coerção – com base no medo, na punição –, (2)

recompensa – com base na troca –, (3) legítimo – outorgado pela organi-zação –, (4) talento – por meio de seu conhecimento e habilidades – e (5)referência – relacionado com a construção de uma carreira ética e condutahonesta.

Você aprendeu, também, as principais teorias de motivação e com- preendeu que os administradores precisam motivar seus funcionários,desde a sua entrada até a sua permanência na organização. Ficou claro

que os administradores precisam facilitar o trabalho de seus funcionários,estimulando-os a alcançar altos níveis de desempenho, por meio do es-tabelecimento de metas desaadoras e motivadoras e recompensando-os pelo ótimo desempenho.

Reflexão 

Aprendemos, nesta unidade, que a liderança é um processo de inuenciar  pessoas na consecução das metas organizacionais. Ficou evidente que tal processo ajuda a alcançar as metas que foram estabelecidas no planeja-mento – etapa inicial do processo administrativo. Estudaram-se também aabordagem dos traços, a abordagem comportamental e a abordagem situ-acional. Na realidade, são abordagens que ajudam a entender realmente oconceito de liderança. É fundamental lembrar que o gerenciamento difereda liderança, pois, enquanto o gerenciamento, por exemplo, cuida da or -

ganização das pessoas, a liderança cuida de alinhar e motivar as pessoas.Aprendemos também o que é motivação, como é o processo motiva-

cional e as diversas teorias motivacionais. Vimos que a motivação é umadas ferramentas que um líder utiliza para que uma pessoa ou um grupo de

Conexão:Acesse o link a seguir 

e leia um artigo sobre como

motivar um funcionário totalmen-te desmotivado.

http://www.administradores.com.br/artigos/como_motivar_um_

funcionario_totalmente_desmotivado/21569/.

 Conexão:

Acesse o link a seguir eleia matéria sobre a hierarquia

de necessidades de Maslow.http://pt.wikipedia.org/wiki/Hierarquia_de_necessidades_de_Maslow.

Leia o livro: LÉVY-LEBOYER,Claude. A Crise das Motiva-

ções. São Paulo: Atlas,1994.

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   1

Liderança e motivação para o desempenho – Unidade 5

 pessoas busque alcançar a(s) meta(s) da organização. É fundamental que olíder, ao estabelecer metas para a organização, leve em conta que no pro-cesso as metas do indivíduo também precisam ser consideradas, pois uma pessoa vai se motivar para algo se ela perceber que vai ser recompensada

ou tiver a expectativa disso.

 Leitura recomenaa TICHY, Noel M.; COHEN, Eli. O motor da liderança. Educator,1999.Esse livro aborda a formação de líderes em todos os níveis da organiza-

ção. O livro traz um manual para a formação de líderes.

Referências

BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: construin-do vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.

BERGAMINI, Cecília W.; CODA, Roberto (Org.). Psicodinâmica da

vida organizacional: motivação e liderança. São Paulo: Atlas, 1997.

CERTO, Samuel C. Administração moderna. 9. ed. São Paulo: Pren-tice Hall, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed.Rio de Janeiro: Campus, 1999.

GRACIOSO, Luiz Francisco Gracioso. Liderança empresarial:competências que inspiram, inuenciam e conquistam resultados.SãoPaulo: Atlas, 2009.

KOTTER, John P. Liderando mudança. Rio de Janeiro: Campus,1997.

KOTTER, John P. Anal, o que fazem os líderes. Rio de Janeiro:Campus, 1999.

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154 

Administração Geral e Estrutura Organizacional

MEGGINSON, Leon C.; MOSLEY, Donald C.; PIETRI JR., Paul H.Administração: conceitos e aplicações. São Paulo: Harbra, 1986.

STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5.

ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall, 1985.

SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática nocontexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.

Na próxima uniae 

 Na próxima unidade, estudaremos a comunicação, a administração deequipes, o controle administrativo e a empresa de classe mundial.

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   U  n    i  U  a  U e  6

 Comunicação, admi-

nistração de equipes,controle administrativo e

empresa de classe mundialProcesso de ensino-aprendizagem

 Nesta unidade, a disciplina tratará da comunicação,da administração de equipes, do controle administrativo

e da empresa de classe mundial. Nosso objetivo é que vocêseja capaz de compreender o processo de comunicação, o tra-

 balho em equipe, as diversas formas de controle administrativo

e como uma empresa pode tornar-se mundial.

Objetivo da sua aprendizagemAo estudar esta unidade, você desenvolverá as seguintes competências:

• compreender o processo de comunicação e seus problemas;• entender as comunicações de baixo para cima, de cima para baixo e

horizontais;

• compreender como as equipes ajudam na ecácia organizacional;• conhecer os quatro tipos de equipes;• compreender o processo básico de controle;• conhecer as necessidades de uma empresa para se tornar de classe mundial;• conhecer os principais fatores que inibem a mudança e como adminis-trar a mudança ecazmente.

Você se lembra?De algum acidente aéreo que tenha sido causado por alguma falha no processo de comunicação?

Segundo Robbins (2002, p. 275):Em novembro de 1996, houve uma colisão em voo perto de Nova De-

lhi, Índia, entre um 747 da Saudia e um avião de carga da Kazakhstan

Airlines. A investigação do desastre apontou como causa do aciden-

te uma falha de comunicação entre o piloto do Kazaquistão e a

torre do aeroporto indiano. Morreram 349 pessoas.Em setembro de 1997, um jato da Garuda Airlines caiu na sel-

va, cerca de 30 quilômetros ao sul do aeroporto de Medan,

na ilha de Sumatra. Todos os 234 passageiros morre-

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

ram. A causa do acidente foi uma confusão entre o comandante e o con-

trolador quanto às palavras “esquerda” e “direita”, enquanto a aeronave

se aproximava para pouso, sob condições péssimas de visibilidade.

 Nesta unidade, você vai aprender: (1) as atividades administrativase a comunicação, (2) o modelo do processo de comunicação, (3) os canaisde comunicação, (4) como melhorar as habilidades de comunicação, (5) acomunicação organizacional, (6) as diferenças entre grupos e equipes, (7)os tipos de equipes, (8) como os grupos se transformam em equipes e (9)as vantagens e desvantagens da diversidade em equipes.

Exposição do conteúdoA comunicação ecaz é fundamental para os administradores, poisé por meio dela que eles realizam as quatro funções administrativas: pla-nejar, organizar, dirigir e controlar. Além disso, segundo Mintzberg (1973apud Chiavenato, 1999, p. 517):

os administradores passam cerca de 80% do seu dia de trabalho em

comunicação direta com outras pessoas. Isto representa 48 minutos

de cada hora gastos em reuniões, em conversas pessoais, ao telefoneou falando informalmente com outras pessoas. Os outros 20% do

tempo do administrador são gastos em trabalhos escritos, muitos dos

quais incluindo também comunicação em forma de leitura e escrita.

 A gura 41 ilustra as atividades administrativas e a forma como elas

são cumpridas.

Figura 41 – As atividades administrativas e a comunicação

cumpridas

através de:

Atividades administrativas

como:

Comunicação das

atividades administrativas:

Planejamento

Organização

Gestão de grupos e equipes

Treinamento

Liderança

Motivação

Programação Controle

Delegação

Mudança organizacional

Entrevistas

Conversas

Reuniões

Cartas escritas

Relatórios escritos

Relatórios verbais Telefonemas

Memorandos

CHIAVENATO, 1999, p. 517

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Comunicação, administração de equipes, controle administrativo e empresa de classe mundial – Unidade 6

A comunicação “é a transmissão de informação e signicado deuma parte para outra através da utilização de símbolos partilhados” (BA-TEMAN; SNELL, 1998, p. 402). No modelo do processo de comunicaçãoapresentado na gura 2, visualizam-se dez componentes: (1) signicado

 pretendido – o processo de comunicação tem início com o emissor ten-tando emitir uma mensagem por meio de um (2) código, que pode ser a palavra; a mensagem é então enviada por meio de um (3) canal de comu-nicação, que pode ser a escrita; o receptor então (4) decodica a mensa-gem recebida na tentativa de compreendê-la, ou seja, (5) percebendo seusignicado. Caso a mensagem não retorne ao emissor inicial, a comunica-ção é denominada de mão única. Se a mensagem for enviada ao emissor,

ela então é denominada de comunicação de mão dupla, e o receptor, nestemomento, torna-se um emissor e o processo é repetido.Vale ressaltar que existem, no processo de comunicação, os ruídos,

que são interferências no sistema de comunicação. O ruído pode ocorrer enquanto você estiver falando com outra pessoa, por exemplo, e neste mo-mento toca o telefone, o volume do rádio aumenta ou a pessoa para quemvocê está falando está com o pensamento em outro lugar.

Figura 42 – Modelo do processo de comunicação

Pessoa A Pessoa B

1. Significado pretendido

  n

2. Codificação

Emissor 

10. Significado percebido  l

9. Decodificação

Receptor 

3. Decodificação

  n

4. Significado percebido

Receptor 

6. Significado pretendido  n

7. Codificação

Emissor 

3. Canal de

comunicação

8. Canal de

comunicação

Comunicação

de mão dupla

se B envia

feedback para A

Comunicação

de mão única

BATEMAN; SNELL, 1998, p. 403

Outro fato que merece destaque são os erros que podem ocorrer emqualquer ponto do processo de comunicação. Numa comunicação escrita, por exemplo, podem ocorrer erros de pontuação, de ortograa etc. Numa

apresentação com transparências, pode acontecer de ter sido elaboradauma lâmina com letras muito pequenas e que dicultam sua leitura. Essesexemplos valem para o caso do emissor, porém existem casos do lado doreceptor, como, por exemplo, quando ele lê muito depressa um anúncio ou

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

não está prestando atenção adequada no diálogo que está mantendo comoutra pessoa.

Ainda em relação à gura anterior, outro fato a destacar é o  feed-

back , que é “o reverso do processo de comunicação que ocorre quando o

receptor expressa sua reação à mensagem do emissor” (STONER; FREE-MAN, 1985, p. 391).

 Canais e comunicação 6.UO meio de comunicação entre o emissor e o receptor é denominado decanal de comunicação. Existem três canais de comunicação: (1) oral, (2)escrita e (3) eletrônica.

Comunicação oralA comunicação oral pode ser realizada face a face, ao telefone eem palestras ou discursos. Dentre suas vantagens, cita-se a questão do

 feedback , que é imediato e direto, é mais persuasiva e pode custar menosque a comunicação escrita. Suas desvantagens são: às vezes são enviadasmensagens espontâneas e, por isso, talvez sem reexão ou não adequadase, a menos que seja gravada, não é registrada.

Comunicação escritaFazem parte da comunicação escrita as cartas, os memorandos, os

textos impressos e todos os documentos escritos. As vantagens de se utili-zar comunicação escrita é que ela pode ser revisada diversas vezes, o que possibilita elaborá-la de maneira mais correta. Tendo-se muito cuidado,uma mensagem escrita pode ser armazenada em algum local e pode ser repassada para várias pessoas. Como desvantagens, há que se considerar a

questão do controle de que a mensagem será ou não lida; o feedback podenão ser imediato e, dependendo do tamanho, a mensagem pode tornar-se pouco compreensiva.

Comunicação por meio da mídia eletrônicaCom o avanço da eletrônica, os computadores têm ajudado bastante

na comunicação. É o caso da mídia eletrônica, que possibilita às pessoasse comunicarem via correio eletrônico de modo instantâneo. Há também

as teleconferências, as videoconferências e os aparelhos de  fax, todosmeios de comunicação rápidos e ecientes. Além das vantagens de rapi-dez e eciência, esta forma de comunicação reduz o tempo e até mesmoo deslocamento entre pessoas localizadas em locais diferentes. Como

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Depen-dendo da situação,

devemos utilizar determinadomeio de comunicação. Por exemplo,

na comunicação de uma reestruturaçãointerna é relevante que se utilize uma comu-

nicação face a face.

Comunicação, administração de equipes, controle administrativo e empresa de classe mundial – Unidade 6

desvantagens, pode-se citar sua diculdade para resolver problemas com- plexos, já que não há a interação face a face, além dos gestos não verbaiscomuns em toda comunicação.

Riqueza dos meiosUma comunicação é rica, se-

gundo Bateman e Snell (1998),quando: (1) enviar mais in-formações e (2) for pessoal,em vez da utilização datecnologia, pois permite

 feedback  rápido. É o casoda comunicação face aface, muito rica, pois per-mite a interação e o feedba-ck rápido, além de fornecer aexpressão facial, o tom de voz, alinguagem corporal etc.

De maneira geral, Bateman e Snell

(1998, p. 406) apontam que “as mensagens mais difíceis e incomuns de-vem ser enviadas por meios mais ricos, e mensagens simples e rotineiras por meios menos ricos, como memorandos”.

Melhoria e habiliaes e comunicação 6.2 É possível uma pessoa, emissora ou receptora de mensagem melhorar suas habilidades de comunicação por meio de algumas sugestões, que se

encontram delineadas a seguir.Melhoria das habilidades de emissorO emissor de uma mensagem pode melhorar suas habilidades de:

apresentação e persuasão: por meio de argumentações corretas, coe-•rentes e pertinentes e também por meio da repetição sem ser enfado-nho, porém repetindo seu raciocínio de diversas maneiras;escrita: precisa da ortograa, da gramática, da pontuação e de um• pensamento lógico que facilite o leitor a compreender exatamente o

que ele quis dizer;linguagem: evitar o uso de palavras técnicas que fazem parte apenas•de sua área de competência ou prossional e considerar a formaçãodo receptor ajustando assim sua linguagem;

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

sinais não verbais: a linguagem corporal diz muita coisa, por isso é•importante que o emissor tenha uma postura adequada, demonstrandoconança, atitude positiva, contato dos olhos etc.

Melhoria das habilidades de receptorO receptor de uma mensagem pode melhorar suas habilidades de:

audição: por meio da reexão, que é um processo pelo qual o receptor • procura repetir e esclarecer o que está sendo falado;leitura: ler bastante e participar de cursos;•observação: assistir a ótimos apresentadores de programas de tele-•visão, comícios políticos, palestras etc.; é importante ressaltar que a

observação vale tanto para o emissor quanto para o receptor.

Comunicação organizacional 6.3 A comunicação na organização ocorre nas seguintes formas: de cima para baixo, de baixo para cima, na horizontal e de modo formal e informal.

Comunicação de cima para baixoO uxo de informações se inicia nos níveis hierárquicos mais altos

e se dirige aos níveis mais baixos. Pode ser um diretor atribuindo tarefasa um gerente, pode ser um gerente atribuindo tarefas a um supervisor, eassim por diante. Neste tipo de comunicação, pode ocorrer a sobrecargade informações ou a falta de informações, como também o problema daltragem. Este problema acontece porque, quando as informações são passadas por níveis hierárquicos, elas normalmente perdem uma partede seu conteúdo e chegam ao seu destino, em algumas situações, distor-

cidas.

Comunicação de baixo para cimaA comunicação aqui ui de baixo para cima, ou seja, dos níveis hie-

rárquicos mais baixos aos níveis mais altos. Nesta forma de comunicação,os empregados têm a possibilidade de transmitir o que está ocorrendo,seus principais problemas, suas ideias etc. Do mesmo modo que na comu-nicação de cima para baixo, aqui a ltragem também acontece. Algumas

informações passadas de um escriturário a um supervisor podem não ser repassadas pelo supervisor ao gerente por medo de perder seu poder ousua posição, principalmente em se tratando de subordinados ambiciososou com competências essenciais para a organização.

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Comunicação, administração de equipes, controle administrativo e empresa de classe mundial – Unidade 6

Comunicação horizontalEste tipo de comunicação ocorre entre pessoas de mesmo nível hie-

rárquico ou entre pessoas de uma mesma equipe de trabalho – é a comuni-cação entre os pares. Segundo Koehler et al (1981 apud Bateman e Snell,

1998, p. 415), a comunicação horizontal apresenta três funções:1. permite a partilha de informações, a coordenação e a solu-ção de problemas entre as unidades;2. ajuda a solucionar conitos;3. fornece apoio social e emocional às pessoas.

 Comunicação formal e informal

“Em geral, a comunicação organizacional que segue as linhas do qua-dro organizacional é chamada de comunicação organizacional formal”. [...]Este “quadro organizacional retrata relações de pessoas e cargos e mostra oscanais formais de comunicação entre eles” (CERTO, 2003, p. 302).

A comunicação informal “é a comunicação organizacional que nãosegue as linhas do quadro organizacional. Em vez disso, esse tipo de co-municação costuma seguir o padrão de relacionamentos pessoais entre osmembros da organização” (CERTO, 2003, p. 304).

Quadro ilustrativo

ESCOLHA O CANAL DE COMUNICAÇÃO CORRETONeal L. Patterson, CEO da empresa de desenvolvimento de

software médico Cerner Corp., adora correio eletrônico. Talvez emdemasia! Aborrecido com a ética de trabalho de seu grupo de funcioná-

rios, recentemente ele enviou um e-mail “raivoso” aos 400 gerentes daempresa. Aqui estão alguns destaques desse e-mail:“O inferno irá congelar antes que este CEO implemente UM

OUTRO BENEFÍCIO PARA OS FUNCIONÁRIOS nesta cultura... Umgrande número de nossos funcionários em Kansas City está cumprindomenos de 40 horas de trabalho por semana. O estacionamento de carrosestá bem vazio às 8 horas da manhã, o mesmo ocorrendo às 17 horas.Como gerentes, ou vocês não sabem o que seus FUNCIONÁRIOS es-

tão fazendo, ou NÃO SE IMPORTAM... Vocês têm um problema e irãoresolvê-lo, ou eu os substituirei... O que vocês, na qualidade de gerentes,

estão fazendo a esta empresa deixa-me totalmente IRRITADO”

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

O e-mail de Patterson sugeria também que os gerentesmarcassem reuniões às 7 horas, às 18 horas e nas manhãs de sába-

do; prometia um corte de 5% de pessoal e implantação de um sistemade relógio de ponto e declarava sua intenção de descontar faltas não

abonadas do tempo de férias dos funcionários.Algumas horas depois de enviar este e-mail, cópias dele foram

 parar em um site do Yahoo! E, dentro de 3 dias, o preço das ações da Cer-ner tinha despencado 22%. Embora seja possível argumentar a validadede essa dura crítica ser de fato transmitida, uma coisa certamente é clara:Patterson errou ao selecionar o canal para sua mensagem. Provavelmente,uma mensagem assim, tão emocional e sensível, seria mais bem recebida

em uma reunião frente a frente com as pessoas envolvidas.Por que as pessoas optam por um canal de comunicação emdetrimento de outro – por exemplo, uma ligação telefônica em vez deuma conversa frente a frente? Há alguma reexão de caráter geral que podemos fazer em relação à seleção de um canal de comunicação?

As evidências indicam que os canais diferem na capacidade detransmitir informação. Alguns são ricos, pois têm a habilidade de: (1) li-dar com múltiplas pistas simultaneamente, (2) promover rápido feedback  

e (3) ser muito pessoal. Outros são pobres, pois apresentam escores mui-tos baixos nesses três fatores. Por exemplo, a conversação frente a frenteé um canal bastante rico porque permite a máxima quantidade de infor -mação a ser transmitida durante um episódio de comunicação. Ou seja,ela oferece múltiplas pistas de informação (palavras, posturas, expressõesfaciais, gestos, entonações),  feedback  imediato (tanto verbal como nãoverbal) e o toque pessoal de “estar lá”. O telefone é outro canal rico, mas

sua riqueza é menor que a comunicação face a face. Meios de escritaimpessoal, como é o caso de boletins e relatórios gerais, são pouco ricos.E-mails e memorandos encaixam-se em algum ponto entre eles.A opção sobre um canal em detrimento de outro deveria ser determina-da pelo caráter de a mensagem ser ou não de rotina. Os primeiros tiposde mensagens tendem a ser diretos e contêm um mínimo de ambigui-dades. As últimas têm propensão de ser complicadas e potencial paracriar mal-entendidos. Gerentes podem transmitir mensagens de rotina

ecientemente por meio de canais de menor riqueza. Entretanto, men-sagens não rotineiras devem ser transmitidas por canais mais ricos.

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Comunicação, administração de equipes, controle administrativo e empresa de classe mundial – Unidade 6

As evidências indicam que gerentes com alto desempenhotendem a ser mais sensíveis às mídias que os gerentes de desem-

 penho baixo. Ou seja, eles são mais capazes de combinar a riquezaapropriada da mídia com a incerteza envolvida na comunicação.

Evidências sobre riqueza da mídia são consistentes com tendên-cias e práticas organizacionais exercidas durante a década passada. Nãoé apenas coincidência que mais e mais altos executivos estão usando asreuniões para facilitar a comunicação e, regularmente, estão deixandoo santuário isolado de seus escritórios para fazer gerenciamento noestilo “caminhar pela empresa”. Esses executivos estão conando emcanais mais ricos de comunicação para transmitir as mensagens mais

ambíguas que eles precisam passar. A última década foi caracterizada por organizações desativando instalações, impondo extensas demissõesde funcionários, efetuando reestruturações, fusões, consolidações e in-troduzindo novos produtos e serviços num compasso acelerado – todaselas mensagens não rotineiras com alto grau de ambiguidade e que re-queriam a utilização de canais capazes de transmitir uma grande quan-tidade de informações. Não é surpreendente, portanto, ver os melhoresgerentes expandindo o uso de canais mais ricos.

ROBBINS, 2003

Agora vamos falar da administração de equipes.A utilização de equipes dentro das organizações tem crescido nas

últimas décadas porque elas conseguem melhorar o desempenho das

 pessoas, apresentam maior exibilidade e reação às mudanças que estãoocorrendo (ROBBINS, 2002).As equipes contribuem para a ecácia organizacional, segundo Ba-

teman e Snell (1998, p. 381-382), por meio dos seguintes pontos:matéria-prima para a estrutura da organização;•força para a produtividade;•força para a qualidade;•força para a redução de custos;•

força para a rapidez;•força para a mudança;•força para a inovação.•

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Este tipode equipe tem essa

denominação de solucionador de problemas, mas na realidade eleapenas aponta o problema, não tendo

autonomia para resolvê-lo.

Equipes versus grupos6.4 É importante, no início desta unidade, apresentar a diferença entre equipese grupos. Segundo Robbins (2002, p. 250), grupo “é aquele que interage basicamente para compartilhar informações e tomar decisões para ajudar 

cada membro com seu desempenho em sua área de responsabilidade”. Aequipe “é um grupo em que os esforços individuais resultam em um nívelde desempenho maior do que a soma das partes das entradas individuais”.A comparação entre grupos e equipes pode ser visualizada no quadro 14.

 Quadro 14 – Comparação entre grupos de trabalho e equipesde trabalho

Grupos de Trabalho Equipes de TrabalhoObjetivo Compartilhar informações Desempenho coletivo

Sinergia Neutra (às vezes negativa) Positiva

Responsabilidade Individual Individual e mútua

Habilidades Aleatórias e variadas Complementares

ROBBINS, 2002, p. 251

Tipos e equipes6.5 Existem, basicamente, quatro formas de equipes: (1) equipes de soluçãode problemas, (2) equipes autogerenciadas, (3) equipes multifuncionais e(4) equipes virtuais.

Equipes de solução de problemasO primeiro tipo de equipe é

denominado de equipes de so-

lução de problemas. Este tipode equipe é composto de 5a 12 funcionários de ummesmo departamento quese reúnem semanalmentecom o objetivo de discutir maneiras de melhorar aqualidade, a eciência e o

ambiente de trabalho, porémraramente possuem autoridade para implementar as sugestões (RO-BBINS, 2002, p. 251).

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Equipes de trabalho autogerenciadasAs equipes de trabalho autogerenciadas, segundo Robbins (2002, p.

252), são compostas “de 10 a 15 pessoas que assumem as responsabilida-des de seus antigos chefes”. Este trabalho inclui:

o planejamento e o cronograma do trabalho;•a delegação de tarefas;•o controle coletivo acerca do andamento do trabalho;•a tomada de decisões operacionais;•implementação de ações para a solução dos problemas.•

Equipes multifuncionais

As equipes multifuncionais são o terceiro tipo de equipes. Sãocompostas por “funcionários do mesmo nível hierárquico, mas de dife-rentes setores da empresa, que se juntam para cumprir uma tarefa”. [...]As equipes multifuncionais “representam uma forma ecaz de permitir que pessoas de diferentes áreas de uma empresa (ou até de diferentes em- presas) possam trocar informações, desenvolver novas ideias e solucionar  problemas” (ROBBINS, 2002, p. 253).

Equipes virtuaisO último tipo de equipes é de equipes virtuais, que utilizam “a tecno-

logia da informática para juntar sicamente seus membros dispersos, paraque possam atingir seus objetivos comuns” (ROBBINS, 2002, p. 253).

Para Robbins (2002, p. 254), o que diferencia as equipes virtuaisdos outros três tipos de equipes são:

ausência de gestos não verbais;•

contexto social limitado;• capacidade de superar as limitações de tempo e espaço.•

 Como os grupos se transformam em equipes6.6 A transformação de grupos em equipes ocorre por meio de algumas ati-vidades básicas à medida que o tempo passa. As atividades, segundo Tu-ckman (1965 apud Bateman e Snell, 1998, p. 385), que se desenvolvem àmedida que o tempo passa são:

formação: os membros do grupo tentam estipular as regras básicas•sobre os tipos de comportamento aceitáveis;tumulto: surgem hostilidades e conitos e as pessoas competem por • posições de poder e status;

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

normatização: os membros do grupo concordam com suas metas• partilhadas e as normas, juntamente com relações mais próximas sedesenvolvem;desempenho: o grupo canaliza suas energias para o desempenho de•

sua tarefa.

A utilização de equipes é sempre favorável?Robbins (2002, p. 255) sugere três testes que podem determinar a

adequação das equipes:1. o trabalho pode ser mais bem realizado por mais de uma pessoa?

2. a tarefa cria um propósito comum ou conjunto de metas para os membros da equipe que seja mais do que a soma de seusobjetivos individuais?3. os membros do grupo são interdependentes entre si?

Capacidade dos membrosStevens e Campion (1994 apud Robbins, 2002, p. 256-257) argumen-

tam que, para uma equipe funcionar ecazmente, são necessários três tipos

diferentes de capacidades: (1) “pessoas com conhecimentos técnicos”, (2)“pessoas com habilidades de resolução de problemas e tomada de decisões”e (3) pessoas que saibam ouvir, deem feedback , solucionem conitos...”

Formação da coesão e de normas de alto desempenhoPara Lott e Lott (1965 apud Bateman e Snell, 1998, p. 391-392),

existem sete passos que ajudam na criação de equipes:

1. Recrutar membros com atitudes, valores e backgrounds semelhantes;2. Manter altos parâmetros de admissão e sociabilização;3. Manter a equipe pequena (mas grande o suciente pararealizar o trabalho);4. Ajudar a equipe a obter sucesso e anunciar esse sucesso;5. Ser um líder participativo;6. Apresentar um desao externo à equipe;

7. Atrelar recompensas ao desempenho da equipe.

Grifo do autor 

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Comunicação, administração de equipes, controle administrativo e empresa de classe mundial – Unidade 6

Vantagens e esvantagens a iversiae 6.7 Atualmente, as organizações vivenciam uma grande diversidade da forçade trabalho, que muitas vezes facilita e em outras ocasiões diculta. Ad-ministrar a diversidade nas equipes pode tornar-se um grande desao para

um gerente. O quadro 15 apresenta as vantagens e as desvantagens de tra- balhar com diversidade nas equipes.

Quadro 15 – Vantagens e desvantagens da diversidade

Vantagens Desvantagens

Perspectivas múltiplas Ambiguidade

Maior abertura para novas ideias Complexidade

Interpretações múltiplas Confusão

Aumento da criatividade Deciência de comunicaçãoAumento da exibilidade Diculdade de chegar a um acordo

Aumento das habilidades em resolu-ção de problemas

Diculdades de acordo sobre açõesespecícas

ADLER, 1997, apud ROBBINS, 2002, p. 264

SínteseO processo de comunicação compreende um emissor que transmite

uma mensagem por meio de um canal de comunicação ao receptor. Dentreos meios de comunicação existentes, o mais rico é o oral, pois permite

 feedback mais rápido. As falhas ou ruídos na comunicação podem ocorrer independentemente do tipo de comunicação organizacional. O administra-dor precisa prestar atenção à comunicação informal, pois nela pode haver mensagens ou rumores que muitas vezes acontecem na organização.

Com relação às equipes, aprendemos que o grupo mantém relação

entre as pessoas apenas com base no compartilhamento de informações, ea equipe une os esforços individuais na busca de um todo maior.

Quadro ilustrativo

CARACTERÍSTICAS CONHECIDAS DAS EQUIPES DETRABALHO

Equipes de trabalho são o máximo! Elas se tornaram uma fer -

ramenta essencial para a estruturação de atividades no trabalho. Mascomo os gerentes criam equipes de trabalho ecazes?

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Os principais componentes que constituem equipes detrabalho ecazes podem ser resumidos em quatro categorias gerais.

A primeira categoria é o  projeto de trabalho. A segunda refere-se àcomposição da equipe. A terceira são os recursos e outras inuências

contextuais formadoras de equipes de trabalho ecazes. Finalmente,temos as variáveis de processo, que são as coisas que acontecem naequipe e que inuenciam a ecácia.

  Projeto de trabalhoAs equipes trabalham melhor quando os funcionários têm li-

 berdade e autonomia, oportunidade de utilizar diferentes aptidões e

talentos, habilidade de completar uma tarefa ou produto identicável equando trabalham em uma tarefa ou projeto que tenha impacto substan-cial nas outras pessoas. As evidências indicam que essas característicasmelhoram a motivação dos membros e aumentam a ecácia da equipe porque incrementam o senso de responsabilidade e de propriedade dotrabalho dos membros, além de tornarem o trabalho mais interessante.

  Composição da equipe

Esta categoria compreende variáveis que se referem ao modocomo as equipes de trabalho devem ser compostas: a habilidade e perso-nalidade dos membros das equipes, o tamanho das equipes, a exibilida-de dos membros e sua preferência por trabalho em equipe.

Para ter um bom desempenho, uma equipe requer três diferentestipos de habilidades. Primeiro, ela precisa de pessoas com conhecimentotécnico especializado. Segundo, precisa também de pessoas com habili-

dades na solução de problemas e tomada de decisões para capacitá-la aidenticar problemas, gerar alternativas, avaliá-las e fazer escolhas com- petentes. Finalmente, as equipes precisam de pessoas que sejam boasem escutar, em dar  feedback , em resolver conitos e em outras aptidõesinterpessoais. Nenhuma equipe consegue atingir seu pleno potencial dedesempenho sem desenvolver todos os três tipos de habilidades.

A personalidade tem inuência signicativa no comportamentode uma equipe. Aquelas que têm maiores graus de extroversão, amiza-

de, conscientização e estabilidade emocional tendem a receber avalia-ções gerenciais mais altas no desempenho da equipe.

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As equipes mais ecazes são nem muito pequenas (menosde 4 ou 5 membros) nem muito grandes (mais de 12). É provável que

equipes muito pequenas careçam da diversidade de visões, e equipes commais de 12 membros podem ter diculdades de realizar muitos trabalhos.

Se uma unidade de trabalho tiver mais de 12 membros e você quiser ter um trabalho de equipe, considere a divisão do grupo em sub-equipes.

Equipes compostas de indivíduos exíveis têm membros que podem completar mutuamente as tarefas dos outros. Este é um pontoimportante para uma equipe, pois aumenta bastante sua adaptabilidadee torna-a menos dependente de qualquer membro individual. Assim,selecionar membros que valorizem a exibilidade e, em seguida, treiná-

los para que sejam capazes de realizar o trabalho uns dos outros deveráconduzir a um melhor desempenho da equipe ao longo do tempo.Nem todo funcionário gosta de trabalhar em equipe. Quando pes-

soas que prefeririam trabalhar sozinhas são recrutadas para fazer parte deequipes, há uma ameaça direta para o moral do time. Isso sugere que, naseleção de membros das equipes, devem ser consideradas as preferênciasindividuais, assim como competências, personalidades e aptidões. 

ContextoOs três fatores contextuais que parecem ser os mais signica-

tivamente relacionados com o desempenho de equipes são a presençade recursos adequados, a liderança ecaz e um sistema de avaliação dedesempenho e a premiação que reitam as contribuições da equipe.Grupos de trabalho são parte de um sistema organizacional maior. Comotal, todas as equipes de trabalho baseiam-se em recursos externos ao gru-

 po para sustentá-lo. E uma escassez de recursos reduz a capacidade daequipes de desempenhar o seu trabalho de maneira ecaz. Recursos desuporte incluem informações oportunas, equipamentos, alocações ade-quadas de funcionários, encorajamento e assistência administrativa.

Os membros da equipe devem concordar sobre quem fará deter-minadas tarefas e garantir que todos contribuam igualmente na divisãoda carga de trabalho. Além disso, a equipe precisa determinar comoserão estabelecidos os cronogramas, que habilidades necessitam ser 

desenvolvidas, como o grupo resolverá conitos e tomará e modicarádecisões. Concordar sobre os detalhes especícos do trabalho e sobre

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

o modo como eles se encaixam em conjunto para integrar habi-lidades individuais requer liderança e estrutura na equipe de traba-lho.

Como você consegue que os membros das equipes sejamresponsáveis tanto individual como coletivamente? A avaliaçãode desempenho e o sistema de premiação convencionais, que sãoorientados individualmente, precisam ser modificados para refletir o desempenho de equipes. Além de avaliar e recompensar funcio-nários por suas contribuições individuais, a gerência deveria con-siderar avaliações em grupos, participação nos lucros, participação

nos ganhos, incentivos a pequenos grupos e outras modificaçõesdo sistema que reforçarão o comprometimento e o esforço da equi- pe.

  Variáveis de processoA categoria nal referente à ecácia das equipes trata das variá-

veis do processo. Elas incluem o comprometimento dos membros comum propósito comum, estabelecimento de metas especícas da equipe

e um gerenciamento do nível de conitos.Equipes ecazes têm um objetivo comum e signicativo que

dá direção, momentum e comprometimento aos membros. Membros deequipes bem-sucedidas despendem uma enorme quantidade de tempo eesforço para discutir, formatar e chegar a um acordo sobre um propósi-to, que pertence a eles tanto coletiva como individualmente.Equipes bem-sucedidas traduzem seus propósitos comuns em me-

tas de desempenho especícas, mensuráveis e realistas. Essas metascontribuem para que as equipes mantenham seu foco na obtenção deresultados.

Conito em uma equipe não é necessariamente ruim. Equi- pes desprovidas de conitos têm a propensão de tornarem-se apáti-cas e estagnadas. Conitos podem aumentar a ecácia das equipesna medida em que estimulam discussões, promovem avaliações crí-ticas dos problemas e opções e conduzem a melhores decisões em

equipe.ROBBINS, 2003

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Comunicação, administração de equipes, controle administrativo e empresa de classe mundial – Unidade 6

Checklist para se avaliar como líder de equipe Responda às perguntas a seguir, para se autoavaliar como líder de

equipe. Suas respostas ajudarão a identicar as áreas de aperfeiçoamento,que poderão resultar numa liderança mais qualicada.

Perguntas SempreFrequen-temente

Raramente Nunca

1.Você facilita as decisões ecien-tes em equipe?

2.Você decide quais serão as tare-fas de cada um, juntamente coma equipe?

3.Você ajuda a equipe a se auto-

avaliar?4.Você garante que a equipe se res-

 ponsabilize pelo próprio trabalho?

5.Você “trabalha de verdade”,além de decidir, delegar e estabe-lecer a agenda?

6.Você coloca os resultados daequipe acima de suas conquistas

 pessoais?

7.Você consegue estabelecer oequilíbrio entre fazer as coisas edeixar que elas sejam feitas por outras pessoas?

8.Você promove o conito cons-trutivo?

9.Você ajuda a equipe a solucio-nar conitos e problemas, de for -ma positiva e construtiva?

10.Você amplia sua perspectiva, am de ajudar a equipe a esclare-cer seu propósito, seus objetivos esuas abordagens?

11.Você evita medidas que limi-tem desnecessariamente os mem-

 bros da equipe?

12.Você desaa, de forma cons-tante, os membros da equipe aatualizarem propósito, objetivos eabordagens em comum?

13.Você aumenta a conança dosmembros da equipe, agindo em har-monia com a equipe e seu propósito?

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

14.Você abre oportunidades aosmembros da equipe, ocasional-mente em seu detrimento?

15.Você explica o propósito da equi- pe e age no sentido de promover e

 partilhar essa responsabilidade?16.Você pondera e descreve seu

 papel na equipe, em termos deequipe e não hierárquicos?

17.Você defende a equipe? Por exemplo, briga pelos recursos queela quer, promove os interesses daequipe junto à empresa e mantémuma crença inabalável no projeto?

18.Você identica e age no senti-do de eliminar barreiras impostasà equipe?

19.Você aceita os fracassos daequipe, em vez de atribuir culpa aoutras pessoas?

20.Você se conforma com as de-ciências no desempenho e encon-tra soluções para elas, em vez deinventar desculpas salientando coi-

sas que escapam a seu controle?21.Sua atitude espelha a conançaque você tem na equipe?

22. Você percebe quando suasações podem prejudicar a equipe?

23.Você admite que não tem desaber todas as respostas?

24.Você consegue abrir mão da po-sição de mando e controle, a m de

ajudar a equipe a se sair melhor?25.Você é capaz de modicar seuestilo de liderança, à medida que aequipe evolui?

26.Você acredita sinceramente no propósito da equipe e nas pessoasque a integram?

27.Você é capaz de equilibrar con-trole demais e orientação de menos?

28.Você é capaz de atingir o equi-líbrio entre as decisões difíceisque você toma e deixar que os ou-tros as tomem?

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Comunicação, administração de equipes, controle administrativo e empresa de classe mundial – Unidade 6

29.Você se mantém paciente, en-quanto a equipe conversa sobre

 propósito, objetivos e abordagens?

30.Você incentiva os membros daequipe a assumir os riscos neces-

sários ao crescimento e ao desen-volvimento?

31.Você desaa os membros daequipe, alternando as tarefas deforma que estas nem sempre se-

 jam da responsabilidade dos mes-mos membros?

32.Você desaa os membros daequipe, alternando os papéis deforma que eles nem sempre sejam

desempenhados pelos mesmosmembros?

É provável que os líderes de equipes altamente ecientes respondam “sempre”ou “frequentemnente” à maioria das perguntas acima. Se você respondeu“raramente” ou “nunca” a algumas perguntas, talvez queira meditar sobreo que a pergunta implica e sobre as coisas que poderiam estar inibindo o bomdesempenho da equipe.

Como resolver as discordâncias 

Use esta planilha para diagnosticar entre os membros da equipe e planejar umadiscussão sobre a maneira de “ir em frente”.

Descreva a discordância

Diagnostique a discordância. (Quem está envolvido na discórdia? Qual é acausa adjacente? O que está em jogo para esses membros da equipe?)

Membro da equipeO que está em jogo para este mem-bro da equipe?

1. 1.

2. 2.

3. 3.

O que está em jogo, sob seu ponto de vista? Manter a equipe concentrada nosobjetivos, chegar ao consenso.

Que cenário você montaria para esta discussão?

Planeje uma discussão sobre a questão. (O que você vai dizer? Como osoutros reagirão?)

O que você vai dizer Como os outros reagirão

1. 1.

2. 2.

3. 3.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Observeque, no processo ad-

ministrativo, todas as funçõessão importantes. Sem o controle,

nós não saberíamos se zemos o que

deveria ser feito e no tempo certo. É um

balizador das atividades.

Elabore soluções alternativas (Os membros da equipe deverão ter a oportu-nidade de oferecer antecipadamente possíveis soluções. Provoque um diálogovisando a examinar as soluções e a ressaltar a importância da questão).

SoluçõesComo e por que esta solução agre-garia valor

1. 1.

2. 2.

3. 3.

Continue lembrando a todos os membros que eles estão na mesma equipe.Tente encontrar soluções ganha-ganha.

 No próximo assunto, veremoscontrole administrativo e empre-sa de classe mundial.

O primeiro assuntotrata da quarta e última

função administrativa:controlar. É uma funçãoque ajuda o administrador na vericação do alcancedos objetivos estabelecidosno planejamento.

E, por último, no segundoassunto, estudaremos de que fatores

uma organização necessita para se tornar mundial.Após termos estudado as três funções administrativas – planejamen-

to, organização e direção –, chega o momento de estudar a quarta e última

Conexão:Veja uma apresentação no

power point sobre o processo decomunicação no link a seguir.

http://www.ite.edu.br/aposti-las/PROCESSO%20DE%20

COMUNICA%C3%87%C3%83O.ppt#256,1,PROCESSO DE CO-

MUNICAÇÃO

 Conexão:

Acesse o link a seguir e leiaum artigo sobre a estrutura organi-zacional e a formação de equipes.

http://www.scielo.br/pdf/gp/v7n2/a04v7n2.pdf 

 Assista ao lme Doze homens e uma

sentença e observe como um grupose transforma em equipe, ape-

sar da diversidade.

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função administrativa: controle. Nesta unidade, o assunto volta-se para ocontrole administrativo.

Essa quarta função administrativa “está relacionada com a maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados através da atividade das pes-

soas que compõem a organização”. [...] O controle “serve para que tudofuncione da maneira certa e no tempo certo” (CHIAVENATO, 1999, p.629).

A gura 43, a seguir, mostra, de maneira objetiva, a quarta atividadeque um administrador utiliza no processo administrativo.

Figura 43 – O controle dentro do processo administrativo

Direção

OrganizaçãoPlanejamento

Controle

¾ Definir os padrões de desem-

penho.

¾ Monitorar o desempenho.

¾ Comparar o desempenho com os

padrões estabelecidos.

¾ Efetuar ação corretiva para asse-

gurar os objetivos desejados

CHIAVENATO, 1999, p. 629

Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1986, p. 401) denem controle“como o processo de garantir que os objetivos organizacionais e geren-ciais estejam sendo cumpridos. Diz respeito às maneiras de fazer com queas coisas aconteçam do modo planejado”.

Sistema e controle 6.8 O processo de controle inicia-se com o estabelecimento de parâmetros dedesempenho a serem alcançados. Após um determinado período, o resul-tado é medido e comparado com o parâmetro estabelecido. Se ocorrer um

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

desvio que possa ser considerado dentro de alguns limites, o trabalho segueem frente. Caso contrário, torna-se necessário que o administrador tome asmedidas corretivas adequadas, iniciando novamente o processo. O processode controle e seus principais passos estão delineados na gura 44.

Figura 44 – Processo de controle

Estabelecer 

parâmetros de

desempenho

Medir o

desempenhoComparar 

Determinar o

desvio

Parâmetros

Tomar medidas

corretivas

Dentro dos

limites

Não Sim

Continuar o

trabalho

BATEMAN; SNELL, 1998, p. 431

Estabelecimento de parâmetros de desempenhoAs organizações buscam objetivos e os realizam por meio de metas,

tais como lucro, retorno, satisfação do cliente etc. Segundo Flamholtz(1979 apud Bateman e Snell, 1998, p. 430), um parâmetro “é o nível de

desempenho esperado para dada meta. Os parâmetros são metas de de-sempenho que estabelecem os níveis desejados de desempenho, motivamo desempenho e servem como pontos de referência em relação aos quais é possível avaliar o desempenho real”.

Como já comentado em unidades precedentes, toda meta precisa ser mensurável, realista e especíca para motivar o funcionário – por exemplo,uma meta de alcançar 25% de participação no mercado em seis meses.

O estabelecimento de parâmetros pode se relacionar a:

quantidade: está relacionada às atividades de produção;•qualidade: relaciona-se ao número de defeitos;•tempo utilizado: mantém relação com a entrega pontual de produtos;•custo: sua relação é com matéria-prima e mão de obra.•

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Medição do desempenhoEm seguida ao estabelecimento de parâmetros de desempenho,

chega o momento de mensurá-lo. A obtenção dos dados de desempenho,segundo Bateman e Snell (1998, p. 431), são de três fontes:

1. relatórios por escrito: incluem dados impressos no compu-tador;2. relatórios verbais: ocorre quando um vendedor relata, aonal do dia, seu desempenho, suas realizações, os problemas ouas reações dos clientes durante o dia;3. observações pessoais: implica ir à área de atividades e ob-servar o que está ocorrendo. O administrador pode observar os

métodos de trabalho, os sinais não verbais dos empregados e aoperação em termos gerais.

Comparação do desempenho com o parâmetroEste terceiro passo efetua a comparação do desempenho realizado

com o estabelecido. Se o realizado foi igual ou acima do estabelecido, o tra- balho deve ser continuado. Para que o trabalho não continue, é preciso quehaja desvios consideráveis entre o realizado e o estabelecido. Neste caso,

volta-se para o passo inicial do processo. Se ocorrer um pequeno desvio, ouseja, pequena diferença entre o realizado e o estabelecido – denominado de princípio da exceção –, neste caso também o trabalho deve ser continuado, eo processo segue em frente para o último passo, o das medidas corretivas.

Medidas corretivasEste último passo do processo de controle somente é utilizado, con-

forme visto no item anterior, se ocorreu um desvio considerável. “Esse passo garante que as operações sejam ajustadas onde necessário paraque sejam atingidos os resultados inicialmente planejados” (BATEMAN;SNELL, 1998, p. 432).

Tipos e controle 6.9 A seguir encontram-se os três tipos de controle: (1) preliminar, (2) simul-tâneo e (3) por feedback.

Controle preliminarO controle preliminar, segundo Bateman e Snell (1998, p. 432),

“é orientado para o futuro: seu objetivo é evitar os problemas antes que

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

eles surjam. Em vez de esperar os resultados e compará-los com as me-tas, um administrador pode exercer controle limitando de antemão asatividades”.

Controle SimultâneoO controle simultâneo, como o próprio já diz, ocorre à medida que

os planos estão sendo implementados, ou seja, ocorrem ao mesmo tempoos planos e o controle sobre eles.

Controle por feedback 

O último tipo de controle, por  feedback , “enfoca o uso da infor-

mação sobre os resultados para corrigir desvios em relação ao parâme-tro aceitável depois que eles surgem” (BATEMAN; SNELL, 1998, p.433).

Auditorias administrativasAs auditorias foram criadas para avaliar os diversos sistemas inter-

nos de uma organização, como uma forma de controle. São utilizadas paradar suporte às atividades de contabilidade, suas operações e lançamentos,

além de servir com punições e sanções quando detectados erros da admi-nistração. Existem duas formas de auditorias administrativas: externas(ocorre quando uma organização externa avalia uma outra organização) einternas (a própria organização promove a auditoria, ou seja, auditores da própria organização se encarregam do processo de auditoria).

Controle orçamentário

Bateman e Snell (1998, p. 435) denem controle orçamentáriocomo “o processo de descoberta do que está sendo feito e comparação dosresultados com os dados orçamentários correspondentes, com o intuito devericar realizações ou sanar diferenças. O controle orçamentário é co-mumente chamado de orçamento” .

Controle nanceiro

Duas demonstrações são utilizadas pelas empresas para o controle

nanceiro: o balanço patrimonial e a demonstração de resultados.

Grifo do autor 

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Comunicação, administração de equipes, controle administrativo e empresa de classe mundial – Unidade 6

O balanço patrimonial traz um quadro nanceiro de uma empresanuma determinada época e apresenta três elementos: (1) ativo, (2) passivoe (3) patrimônio líquido.

A demonstração de resultados apresenta uma relação das despesas e

das receitas das operações de determinada empresa.Agora vamos falar do motivo de estudar a empresa de classe mun-

dial.O processo de globalização, o avanço tecnológico, a redução das

fronteiras entre os países etc. tornaram o mercado mais competitivo e es-tão dicultando a sobrevivência das empresas. As empresas precisam bus-car novos mercados para seus produtos, precisam às vezes se estabelecer 

em outros países para continuar sobrevivendo e vendendo seus produtos eserviços.Para uma organização atingir a excelência de classe mundial, sua

administração, segundo Gif et al (1990 apud Bateman e Snell, 1998, p.497), precisa entender os quatro pontos a seguir:

(1) o custo de seus produtos, desde seus inputs fornecidos pelos

fornecedores, passando pelos processos de transformação desempe-

nhados pela empresa, até o resultado para seus clientes globais; (2)o quadro completo da qualidade, a cada passo do processo; e (3) o

tempo total gasto em cada passo ao longo do processo. A partir daí,

a empresa deve também (4) estar disposta e ser capaz de inovar – ou

seja, de mudar as coisas para melhor, com resultados mensuráveis.

Melhoria contínua: uma chave da excelência

Para uma organização atuar mundialmente, é necessário que a bus-ca pela qualidade seja algo contínuo. Para isso, pode-se utilizar o cicloPDCA, ilustrado na gura 45.

Figura 45 – Ciclo PDCA

 A P

C D

Plan = Planejar 

Do = Fazer 

Check 

= Checar  Action = Agir 

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Ociclo PDCA tem a

denominação de ciclo porqueé a busca contínua da qualidade.

Isto signica uma busca incessante pela

qualidade.

Segundo Sashkin e Kiser (1993apud Robbins, 2002, p. 440), aadministração de uma orga-nização “planeja uma mu-

dança, a realiza, verica osresultados e, dependendodeles, age para padronizar a mudança ou reiniciar ociclo com novas informa-ções. Esse ciclo trata todosos processos organizacionais

como processos em constanteestado de aperfeiçoamento”.

 Aministração a muança 6.U0 Como já comentado, uma organização, para tornar-se mundial necessitamelhorar continuamente seus produtos e/ou serviços, cuidar dos custos,melhorar a produtividade etc. Para que tudo isto aconteça, é preciso ocorrer importantes mudanças organizacionais internas, porém nem sempre é fácil

efetuar mudanças, pois as pessoas, de modo natural, são contrárias a elas.Quem é o responsável por efetuar mudanças organizacionais? São

os agentes de mudança, que, segundo Robbins (2002, p. 529), são “pes-soas que atuam como catalisadores e assumem a responsabilidade pelaadministração das atividades de mudança”.

Um agente de mudança pode mudar, de acordo com Robbins (2002):(1) a estrutura, (2) a tecnologia, (3) as instalações físicas e (4) as pessoas.

Estrutura: alteração da divisão do trabalho, da amplitude de controle,• da hierarquia etc.Tecnologia: instalação de novos equipamentos, como, por exemplo,•leitoras de códigos de barras;Instalações físicas: rearranjo do espaço físico;•Pessoas: mudanças nos comportamentos e nas atitudes das pessoas.•

Causas gerais de resistência

Existem várias fontes de resistência a mudanças. Robbins (2002)dividiu as fontes de resistência em duas categorias, embora haja interposi-ção entre elas: (1) individual e (2) organizacional.

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Comunicação, administração de equipes, controle administrativo e empresa de classe mundial – Unidade 6

Resistência individualSão cinco as fontes de resistência individual: (1) hábito, (2) segu-

rança, (3) fatores econômicos, (4) medo do desconhecido e (5) processa-mento seletivo de informações.

Hábito: as pessoas, de maneira geral, procuram realizar suas tarefas,•ou outras atividades, quase sempre do mesmo modo, devido ao hábito;quase tudo que é diferente do cotidiano causa um certo desconforto;Segurança: qualquer anúncio na empresa ligado a possíveis mudanças•normalmente afeta as pessoas, que passam a sentir medo do que possaacontecer;Fatores econômicos: da mesma forma que no item anterior, as pessoas•

sentem-se ameaçadas na questão nanceira. O medo de perder alguns benefícios ou mesmo a remuneração torna resistentes as pessoas;Medo do desconhecido: uma mudança, por exemplo, em equipamentos• pode deixar as pessoas assustadas e com medo dessa nova tecnologia;Processamento seletivo de informações: muitas pessoas só ouvem ou• prestam atenção às coisas que lhe interessam, em razão de suas ex- pectativas, suas motivações, sua experiência passada etc.

Resistência organizacionalA fontes de resistência organizacional são: (1) inércia estrutural, (2)

foco limitado de mudança, (3) inércia de grupo, (4) ameaça à especializa-ção, (5) ameaça às relações de poder estabelecidas e (6) ameaça à aloca-ção de recursos estabelecida.

Inércia estrutural: mecanismos internos que as organizações possuem• para manter a estabilidade. O processo de seleção, o treinamento e o

 processo de socialização são exemplos destes mecanismos. As pesso-as são selecionadas de acordo com o perl de ajuste à organização esão treinadas e socializadas conforme desejo de seus fundadores;Foco limitado de mudança: algumas mudanças propostas e até mesmo•realizadas por determinado departamento podem, às vezes, não ser aceitas por outros departamentos;Inércia de grupo: as normas do grupo falam mais alto que o indivíduo,• pelo próprio medo de não ser igual ao modo de pensar e de operar do

grupo;Ameaça à especialização: especialistas em determinadas áreas técni-•cas temem por mudanças e descentralização de seus serviços;

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

Ameaça às relações de poder estabelecidas: qualquer mudança orga-•nizacional pode provocar alteração na hierarquia de poder já estabele-cida, como, por exemplo, reestruturações funcionais;Ameaça à alocação de recursos estabelecidos: mudanças, por exemplo,•

no sistema de remuneração da empresa provocam resistência nas pesso-as, pelo medo de perderem benefícios ou salários já estabelecidos.Abordagens para superar a resistência à mudança•Existem seis táticas para a superação da resistência à mudança. Elas•estão descritas sucintamente a seguir.Educação e comunicação: além de educar as pessoas em processos de•mudança, a organização deve desenvolver um processo de comuni-

cação transparente, de modo a ajudar os funcionários a entenderem alógica da mudança;Participação: ouvir as pessoas que serão afetadas pelas mudanças• pode diminuir sua resistência, pelo fato de elas se sentirem envolvidasno processo de mudança;Facilitação e apoio: realizado por meio de terapia, treinamento e acon-•selhamento aos funcionários que resistem a mudanças, como, por exem- plo, funcionários mais velhos que temem por uma nova tecnologia;

 Negociação: realizada por meio do processo de barganha;•Manipulação e cooptação: a manipulação é a tentativa de manipu-•lar dados falsos, sonegação de informações de modo a induzir osfuncionários a acatarem as mudanças. A cooptação ocorre quando aadministração oferece cargos ou papéis-chave para alguma pessoa no processo de tomada de decisão;Coerção: é a utilização de ameaças ou punições às pessoas que resis-•

tem às mudanças.

Quadro ilustrativo

1. Educação e comunicação. A resistência pode ser reduzida pela comunicação com os funcionários para ajudá-los a perceber alógica de uma mudança. Supõe basicamente que a fonte de resistênciareside em informações errôneas ou em comunicação deciente: se os

funcionários receberem os fatos completos e tiverem seus enganosesclarecidos, a resistência diminuirá. A comunicação pode ser obtida

mediante discussões individuais, memorandos, apresentações em

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Comunicação, administração de equipes, controle administrativo e empresa de classe mundial – Unidade 6

em grupo ou relatórios. Funciona? Sim, desde que a fontede resistência seja a comunicação inadequada e que as relações

funcionário-administração sejam caracterizadas por conança mútuae credibilidade. Se essas condições não existirem, é improvável que a

mudança seja bem-sucedida.2. Participação. É difícil os indivíduos resistirem a uma decisãode mudança da qual participaram. Antes de uma mudança ser feita, osque se opõem a ela podem ser trazidos para o processo de decisão. Seos participantes tiverem experiência para dar uma contribuição impor -tante, seu envolvimento poderá reduzir a resistência, gerar comprome-timento e aumentar a qualidade da decisão de mudar. Entretanto, essas

vantagens são contrabalançadas por desvantagens: o potencial parauma solução não muito boa e o grande consumo de tempo.3. Facilitação e apoio. Os agentes de mudança podem oferecer uma gama de esforços encorajadores para reduzir a resistência. Quan-do há medo e ansiedade nos funcionários, o ajustamento pode ser faci-litado por meio de aconselhamento, orientação, treinamento de novashabilidades ou uma curta licença remunerada. A desvantagem é que,como as demais, é demorada. Além disso, é dispendiosa e sua imple-

mentação não oferece nenhuma garantia de sucesso.4. Negociação. Outra maneira para o agente de mudança lidar com a resistência potencial é dar alguma coisa de valor em troca deuma atenuação da resistência. Se a resistência estiver centrada, por exemplo, em uns poucos indivíduos com grande inuência sobre osdemais, um pacote especíco de recompensas pode ser negociado paraatender necessidades individuais. A negociação poderá ser necessária

quando a resistência se originar de uma fonte poderosa. Entretanto,não se pode ignorar seus custos potencialmente altos. Existe também orisco de que, uma vez que o agente de mudança negocie com uma parte para evitar resistência, ele se abra à possibilidade de ser chantageado por outros indivíduos em posições de poder.5. Manipulação e cooptação. Manipulação diz respeito a tentativasde inuência disfarçadas, como torcer e distorcer fatos para torná-losmais atraentes, ocultar informações indesejáveis e criar falsos rumores

 para levar os funcionários a aceitarem uma mudança. Se a administraçãode uma empresa ameaça fechar determinada unidade se seus funcioná-

rios não aceitarem uma redução de salário para todo o quadro de

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

 pessoal, e se essa ameaça for realmente inverídica, a ad-ministração estará usando a manipulação. Em contrapartida, a co-

optação mistura manipulação e participação. Ela busca “comprar” oslíderes de um grupo de resistência, atribuindo-lhes papel fundamental

na decisão de mudança. Busca-se conselho dos líderes, não para pro-curar uma decisão melhor, mas para obter seu endosso. Tanto a mani- pulação como a cooptação são maneiras relativamente baratas e fáceisde ganhar o apoio dos adversários, mas o tiro pode sair pela culatra seos seus alvos perceberem que estão sendo enganados ou usados. Umavez descoberta, a credibilidade do agente de mudança pode cair a zero.6. Coerção. Por último na lista, há a coerção, ou seja, a aplicação

de ameaças diretas ou da força contra os resistentes. Se a administra-ção da empresa do exemplo anterior determina que uma fábrica seráfechada se os funcionários não concordarem com uma redução salarial,a coerção seria o rótulo anexado à sua tática de mudança. Outros exem- plos de coerção são as ameaças de transferência, perda de promoções,avaliações de desempenho negativas e uma carta de recomendaçãomedíocre. As vantagens e as desvantagens da coerção são aproximada-mente as mesmas mencionadas para a manipulação e a cooptação.

KOTTER e SCHLESINGER, 1979 apud Robbins 2000

Lewin (1951 apud Robbins, 2002) desenvolveu um modelo de trêsetapas para a administração da mudança, o que pode ser visualizado na -gura 46. Observe que a primeira etapa do modelo é representada pelo des-congelamento, que signica que a administração tem a percepção de que

suas práticas de administração atuais já estão defasadas e iniciam um pro-cesso de descongelamento. A segunda etapa do modelo – movimento –,inicia-se com o estabelecimento de uma nova visão ou nova condição paraa organização. A última etapa, denominada de recongelamento, signica ofortalecimento dos novos comportamentos apoiadores da mudança.

Figura 46 – Modelo de mudança de três etapas de Lewin

MovimentoDescongelamento Recongelamento

ROBBINS, 2002, p. 537

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Comunicação, administração de equipes, controle administrativo e empresa de classe mundial – Unidade 6

TÉ QUE PONTO VOCÊ É BOM PARA LIDAR COM A MUDANÇAASSOCIADA AO TRABALHO?

Instruções: Encontram-se listadas a seguir algumas declarações feitas por umgerente de 37 anos sobre seu trabalho em uma grande e próspera empresa. Se oseu cargo possuísse essas características, como você reagiria a elas? Após cadadeclaração, assinale a letra que melhor descreve o modo como você acha quereagiria, utilizando a seguinte notação:

A – Eu gostaria muito disso; é totalmente aceitável.

B – Isso seria agradável e aceitável na maior parte do tempo.

C – Eu não teria uma reação de um tipo ou de outro diante dessa característica,

ou ela seria igualmente agradável e desagradável.D – Essa característica seria um pouco desagradável para mim.

E – Essa característica seria muito desagradável para mim.

1. Eu passo regularmente de 30% a 40% do meu tempo em reuniões.

2. Há um ano e meio, meu cargo não existia e eu venho basicamente inventan -do-o à medida que vou trabalhando.

3. As responsabilidades que assumo ou que constantemente me são atribuídas

ultrapassam a autoridade que tenho para cumpri-las.4. Em meu cargo, a qualquer momento, tenho em média uma dúzia de telefo-nemas para fazer ou e-mails para mandar.

5. Parece haver muito pouca relação em meu trabalho entre a qualidade de meudesempenho e meu salário e benefícios adicionais.

6. Em meu cargo, só para me manter atualizado, são necessárias aproximada-mente duas semanas por ano de treinamento gerencial.

7. Porque dispomos de oportunidades efetivamente iguais de emprego em mi-nha companhia e porque ela é multinacional, meu cargo constantemente me

coloca em contato com pessoas de muitas raças, grupos étnicos, nacionalida-des e de ambos os sexos.

8. Não há nenhum modo objetivo de medir minha ecácia.

 Conexão:

Acesse o link a seguir e aprenda a elaborar umplanejamento estratégico.

http://www.sebrae.com.br/br/parasuaempresa/

planejeeorganize_472.asp

 Conexão:

Acesse o link a seguir eleia na wikipedia um exemplo

de controle de qualidade.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Contro-le_qualidade

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

9. Eu me reporto a três chefes diferentes para aspectos diferentes de meu cargoe os votos de cada um têm o mesmo peso na avaliação de meu desempenho.

10. Em média, cerca de um terço de meu tempo é gasto com emergências ines- peradas que obrigam o adiamento de todo o trabalho programado.

11. Como tenho de fazer uma reunião em que todas as pessoas que se reportam amim estejam presentes durante a reunião inteira, minha secretária leva quase umdia inteiro para encontrar um horário em que todos nós estejamos disponíveis.

12. A formação universitária que obtive para me preparar para este tipo detrabalho agora é obsoleta e provavelmente deverei voltar a estudar.

13. Meu trabalho requer que eu assimile semanalmente de 100 a 200 páginasde assuntos técnicos.

14. Toda semana viajo e passo pelo menos uma noite fora da minha cidade.

15. Meu departamento é tão interdependente de vários outros na companhia

que todas as distinções sobre os departamentos e suas respectivas responsabi-lidades são bastante arbitrárias.16. Dentro de um ano, provavelmente, serei promovido para um cargo em ou-tra divisão cujas características são quase as mesmas de meu cargo atual.

17. Durante o período em que estou neste emprego, a companhia inteira ou adivisão na qual trabalho tem sido anualmente reestruturada.

18. Existem várias promoções possíveis à minha frente, mas não disponho denenhum plano real e objetivo de carreira.

19. Existem várias promoções possíveis à minha frente, mas acho que não

disponho de nenhuma chance realista de chegar ao nível de diretoria.20. Eu tenho muitas ideias sobre como fazer as coisas funcionarem melhor,mas não tenho nenhuma inuência direta nas políticas da empresa ou nas po-líticas de recursos humanos que governam minha divisão.

21. A empresa onde trabalho implantou recentemente um “centro de avalia-ção” em que eu e todos os outros gerentes seremos obrigados a passar por umaextensa bateria de testes psicológicos para avaliar nosso potencial.

22. Minha companhia é acusada em um processo antitruste e, se o caso for a julgamento, provavelmente terei de testemunhar sobre decisões que foram

tomadas alguns anos atrás.23. Computadores avançados e outra tecnologia eletrônica de escritório estãosendo continuamente introduzidos em minha divisão, exigindo aprendizagemconstante de minha parte.

24. O terminal de computador que tenho em meu escritório pode ser monitora-do nos escritórios de meus chefes sem meu conhecimento.

ResultadoMarque 4 pontos para cada A, 3 para cada B, 2 para cada C, 1 para

cada D e 0 para cada E. Compute o total, divida por 24 e arredonde parauma casa decimal.

Embora os resultados não pretendam ser mais do que sugestivos,quanto mais alta sua pontuação, mais à vontade você parecerá estar com

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Comunicação, administração de equipes, controle administrativo e empresa de classe mundial – Unidade 6

a mudança. Uma nota 4,0 equivale a um A, 2,0 equivale a um C e notasabaixo de 1,0 equivalem a “bomba”.

Vaill, 1989 apud Robbins, 2000, p. 457-458

Reflexão  Nesta unidade, vimos o processo de comunicação, a formação de equipes,o controle administrativo e a empresa de classe mundial. No processo decomunicação, vale lembrar que o canal de comunicação é um dos ele-mentos mais importantes para a ecácia do processo. Escolher o canaladequado, dependendo da situação, pode fazer uma grande diferença. Aadministração de equipes é fundamental hoje, já que, com a eliminação de

níveis hierárquicos, ca evidente a necessidade de se trabalhar em equipe. No processo de controle, mostramos os vários tipos de controle e, dentrode empresa de classe mundial, mostramos o ciclo PDCA e a administra-ção da mudança.

 Leitura recomenaa SMITH, Douglas K.; KATZENBACH, Jon R. Equipes de alta perfor -mance: conceitos, princípios e técnicas para potencializar o desempe-

nho das equipes. Rio de Janeiro: Campus, 2009.Esse livro mostra como as equipes nas organizações conseguem me-lhorar o desempenho por meio da disciplina e também do uso das opor-tunidades apresentadas pela moderna tecnologia de comunicação.

Referências

BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: construin-do vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998.

BERGAMINI, Cecília W.; CODA, Roberto (Org.). Psicodinâmica davida organizacional: motivação e liderança. São Paulo: Atlas, 1997.

CERTO, Samuel C. Administração moderna. 9.ed. São Paulo: Pren-tice Hall, 2003.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2. ed.Rio de Janeiro: Campus, 1999.

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Administração Geral e Estrutura Organizacional

DONNELLON, Anne. Liderança de equipes. Rio de Janeiro: Else-vier, 2006.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria geral da Administra-

ção: da revolução urbana à revolução digital. 5. ed. São Paulo: Atlas,2005.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Teoria geral da Administra-ção: Da Revolução Urbana à Revolução Digital. 4. ed. São Paulo:Atlas, 2004.

MEGGINSON, Leon C.; MOSLEY, Donald C.; PIETRI JR., Paul H.Administração: conceitos e aplicações. São Paulo: Harbra, 1986.

ROBBINS, Stephen P. Administração: mudanças e perspectivas. SãoPaulo: Saraiva, 2000.

ROBBINS, Stephen P. Comportamento organizacional. São Paulo:Prentice Hall, 2002.

ROBBINS, Stephen P. A verdade sobre gerenciar pessoas: ... e nadamais que a verdade. São Paulo: Pearson Education, 2003.

STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5.ed. Rio de Janeiro: Prentice Hall, 1985.

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Matemática básicaA Matemática é um instrumento indis-

 pensável para compreender muitas questõesde ordem prática que estão diretamente rela-cionadas aos cursos de Ciências Contábeis, Ad-

ministração e Economia. Sendo ferramenta, ela não pode ser vista como o ponto principal de uma estrutura

formal.A disciplina de matemática básica voltada para os alunos do

curso de Ciências Contábeis tem por objetivo rever tópicos que

são geralmente apresentados nos cursos do Ensino Médio e que,em alguns casos, os alunos se esquecem deles. Esses tópicos estão

relacionados ao entendimento de operações aritméticas básicas, ex- pressões algébricas, resoluções das equações de primeiro e segundograu e noções sobre funções.

Pretendemos, por meio da revisão desses tópicos, salientar a precisãodo uso da linguagem matemática de forma a facilitar o tratamento das

questões que utilizam a Matemática como ferramenta de trabalho.

  A   p  r  e

  s  e  n  t a ç 

 ã  o

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   U  n    i  U  a  U e  U

Conjunto dos númerosnaturais e inteiros

Iniciaremos a unidade recordando o sistemade numeração indo-arábico e das operaçõeselementares de soma, subtração, multiplicação e

divisão. Em seguida, estudaremos o conceito de múl-tiplos e divisores de um número natural. Outro conceito

também importante e que apresenta muitas aplicações é ode número primo.

Objetivos da sua aprendizagemA Matemática é uma linguagem que se utiliza de símbolos para

declarar uma sentença. Assim, por exemplo, ao depararmos coma sentença “Dois mais dois é igual a quatro”, escrevemos “2+2=4”.

Observe que essa sentença apresenta verbo, sujeito e predicado. Va-mos, assim, iniciar o curso revendo e reforçando aquelas operações,

símbolos, regras, denições e notações que você já estudou nos cursos

elementares de Matemática e que são utilizados com frequência na reso-lução de problemas envolvendo a ferramenta matemática. Alguns desses problemas permitirão desenvolver o raciocínio lógico.

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Matemática básica

Você se lembra?Você se lembra de uma situação do seu dia a dia em que seja necessárioutilizar raciocínio lógico? Claro que sim. Existem muitas situações. Desdeas mais simples até as mais complexas. A nossa sobrevivência depende

disso!Muitas vezes estamos utilizando a lógica ou resolvendo problemas comoperações matemáticas de uma forma natural. É difícil imaginar uma ati-vidade moderna em que uma pessoa não utilize números. Ao fazer o usode telefones, relógios, termômetros; ou, então, ao movimentar contas ban-cárias, examinar preços, medir massa ou volume de produtos, enm, emtodas essas situações estamos lidando com números. Os números ocupam

também parte importante das páginas das notícias de jornais e revistas,como, por exemplo, ao expressarem salários, taxa de inação, produçãode alimentos, consumo ou produção de energia, pesquisas de opinião, da-dos estatísticos etc.

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Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

O Sistema ino-arábico U.U Na Antiguidade, o homem começou a contar correlacionando seus

dedos às “coisas reais”, denominadas quantidades, que necessitava conhe-cer. Quando a quantidade de dedos mostrava-se insuciente, ele passou

a “contar” por meio da correlação de objetos com os nós em uma corda,marcações em ossos, pedras, e assim em diante, até criar os primeirossímbolos. Esse processo de correlacionar é denominado de enumeração.

Por enumeração, entende-se simplesmente manter a correspon-dência entre os objetos de uma coleção, como, por exemplo, o númerode ovelhas de um rebanho, com outros objetos usados com marcadores,como os nós de uma corda, ou marcas em ossos citados acima. Assim, se

um pastor, ao m de um dia, queria saber se o seu rebanho estava ou nãocompleto, poderia fazer uma checagem por meio da correlação de cadaovelha com o número de nós de uma corda, por exemplo. Observe queeste procedimento não implicava conhecer o conceito de número, bemcomo dispensava a necessidade de se usar palavras faladas para os objetosutilizados na contagem.

Os números ainda não existiam e as quantidades eram, portanto,representados por materiais concretos e correlacionados.

Por volta do ano 4000 a.C., surgiram as atividades relacionadas aocomércio e ao aparecimento da escrita. Com a invenção da linguagem es-crita, palavras tomaram o lugar de objetos na sequência entre nós da cordae ovelhas, por exemplo.

 Não temos dados sucientes para indicar uma data do período dahistória primitiva em que foram descobertos os números cardinais. Algunsdocumentos antigos e preservados mostram a presença desse conceito em

 povos da China, Índia, Mesopotâmia e Egito. Em todos esses documentos,aparece a questão “Quantos...?”. Assim, quando esses antigos documentosforam escritos, o conceito de número cardinal já se tinha formado.

Os egípcios criaram os símbolos e uma técnica de calcular nãomuito simples, mas que representava um importante passo para o desen-volvimento da matemática. O homem passava, então, a contar e a somar símbolos que nem sempre representavam objetos conhecidos.

Foram os hindus, habitantes da Índia, que criaram os símbolos para

representação de quantidades e, com as mudanças nesses símbolos, elesforam transformados nos números que conhecemos hoje. Existia inclu-sive uma representação para a ausência de quantidade, o zero. Observe aevolução desses símbolos na gura a seguir:

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194 

Matemática básica

Os algarismos que utilizamos hoje são algarismos indo-arábico, porque foram criados pelos hindus e divulgados pelos povos árabes. Os nu-merais e o sistema de numeração indo-arábico são de origem relativamenterecente e eles possibilitaram uma maneira simples e concisa de registrar números, além da própria notação que ajuda na execução de cálculos.

Os componentes essenciais desse sistema de numeração são ossímbolos básicos, modernos, mostrados na última linha da Figura ante-rior, e a incorporação deles num sistema posicional ou de valor relativo.Infelizmente, não temos detalhes a respeito de sua formação e, assim, sónos resta fazer conjeturas sobre a maneira como ocorreram as transiçõesa partir das notações mais antigas. Especicamente, não sabemos o quesugeriu algumas das primitivas formas de numerais usadas na Índia. Amaioria dos historiadores situa o nal do desenvolvimento deste sistema

com o uso pleno e sistemático do zero e do princípio do valor relativo en-tre, provavelmente, os séculos IV d.C. e o VII.

Por volta do ano 800, o sistema foi levado para Bagdá e adotado pelos árabes. Eles, por sua vez, tiveram papel importante na difusão dessesistema de numeração em outras partes do mundo. Os árabes nunca atri- buíram a si mesmos a invenção do sistema e sempre reconheceram suadívida com os hindus. O matemático persa al-Khowarizmi, por volta de

825, descreveu o sistema e atribuía-o especicamente aos hindus.Quando os árabes se deslocaram através das costas do norte daÁfrica e depois até a Espanha, eles levaram esses trabalhos e, também,traduções de muitas obras gregas importantes, algumas já consideradas perdidas pelos europeus. Embora a obra original de al-Khowarizmi tenhadesaparecido, existe uma tradução latina do século XII, atribuída ao mon-ge inglês Adelardo de Bath. Este trabalho, cujo título é Liber algoritmi denumero indorum, geralmente citado como Lieber algorism, trouxe o siste-

ma e suas formas computacionais para o mundo ocidental e, conseqente-mente, como os utilizamos atualmente. A propósito, a palavra algoritmo vem do nome do matemático Khowarizmi. Esta palavra é utilizada paradesignar os vários tipos de processos computacionais.

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Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Rapidamente, os matemáticos europeus perceberam a importânciadesse sistema de numeração e que tornavam os cálculos mais rápidos eseguros. Entre os trabalhos europeus do século XII que contribuíram paradivulgar o novo sistema, citamos o Lieber abaci, de Fibonacci (Leonardo

de Pisa) e o Algorismus vulgaris, de Sacrobosco (João de Halifax). Cópiasdesses trabalhos efetuadas por estudantes de matemática entre os séculosXII e XV são encontradas em muitas bibliotecas da Europa. A partir doséculo XV, com a invenção da imprensa de tipo móvel, foi padronizada aforma dos símbolos dos dígitos que utilizamos hoje em dia.

 No livro, Sobre a arte hindu de calcular, al-Kkhowarizmi conta aomundo a forma como eram usados os dez símbolos conhecidos como sis-

tema de numeração hindu:Cada um dos símbolos ocupa uma ordem no número, ou seja, a•quantidade de algarismos corresponde à quantidade de ordens. Ex.:

48 têm duas ordens. – 3.157 têm quatro ordens. – 4.356.981 têm sete ordens. – 

Para contar quantidades maiores que dez (10), muda-se a posi-•ção do número que automaticamente mudará de valor.

1 2 4 9

Nove unidades

Quarenta unidades

Duzentas unidades

Mil unidades

Para facilitar a leitura, as ordens são agrupadas de três em três,•da direita para a esquerda, de forma que cada grupo forme uma

classe: a classe das unidades, a classe dos milhares, a classe dosmilhões, e assim por diante. Veja o exemplo:

Classe das unidades

Classe dos milhares

Classe milhões

300 000 000

O número de classes é innito:•

1a classe – classe das unidades2a classe – classe dos milhares3a classe – classe dos milhões4a classe – classe dos bilhões etc.

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196

Matemática básica

O sistema é denominado sistema decimal de numeração, já•que a contagem é feita em grupos de dez unidades. Todos osalgarismos têm um valor real que é aquele que corresponde aonúmero de unidades que ele representa quando escrito sozinho.

 No entanto, ao ocupar uma posição qualquer na formação deum número, seu valor passa a depender de sua posição (valor  posicional). Assim, temos:1 – um;21 – vinte e uma unidades ou duas dezenas e uma unidade (2dezenas + 1 unidade);215 – duzentas e quinze unidades ou duas centenas, uma deze-

na e cinco unidades (2 centenas + 1 dezena + cinco unidades),e assim por diante.

Números pares e números ímparesU.2 Os números pares são aqueles que representam quantidades que

 podem ser agrupadas em grupos de duas unidades, sem nenhuma sobra.Caso o agrupamento dê como resultado um número qualquer de gruposde 2 (duas unidades) e reste uma unidade, então o número é um número

ímpar.Veja o exemplo:

Par 

Ímpar 

Resta uma unidade “sem par”.

Os números terminados em 0, 2, 4, 6 e 8 são todos pares, indepen-dentes dos algarismos de outras ordens enquanto os números ímpares sãoaqueles que terminam por 1, 3, 5, 7 e 9.

Quando uma unidade (1) é somada a um par, o número resultante éímpar e quando uma unidade é somada a um ímpar, o resultado é um nú-mero par, já que os números pares e ímpares são alternados.

Como foi dito anteriormente, os algarismos indo-arábicos mostra-ram-se mais práticos para cálculos do que outros sistemas de numeração,como os romanos, que descrevem quantidades a partir das próprias letrasdo alfabeto. Só como exemplo, veja:

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197 

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

1.336 = MCCCXXXVI1.337 = MCCCXXXVII1.338 = MCCCXXXVIII

Imagine como seria uma divisão ou uma multiplicação com núme-ros envolvendo algarismos romanos!

Antes de nos reportar aos algoritmos das principais operações, va-mos pensar em um número, sem contagem, como possível e compreensí-vel. Por exemplo, imagine uma sala de aula na qual podemos visualizar dois conjuntos: o primeiro, o conjunto das carteiras, e o segundo, o con- junto dos alunos. Sem recorrer à contagem, podemos assegurar se esses

dois conjuntos têm igual número de elementos? E se não têm qual é o demaior número?. Basta vericar se existem pessoas de pé na sala, além dasque ocupam todos os acentos ou se existem carteiras vazias. Esse conhe-cimento é possível graças a um procedimento que domina toda a matemá-tica e que recebeu o nome de correspondência biunívoca. Esta consisteem atribuir a cada objeto de um conjunto um objeto de outro, e continuar assim até que um ou ambos os conjuntos se esgotem. A técnica de conta-gem dos povos antigos, que antecede o uso dos símbolos, era exatamente

esta, haja vista que a origem da palavra cálculo seja a palavra latina calcu-

lus, que signica pedra.

 Comparação, aição e subtração e númerosU.3 

 naturaisOs números naturais constituem uma sucessão sem m, de forma

que, após cada número natural n, podemos imaginar o seu sucessor, que, por sua vez, tem como sucessor o, e assim por diante. Logo, partindo de 1,temos a sucessão:

1+1=2;1+2=2+1=3;1+3=3+1=4;1+4=4+1=5 etc.

O conjunto dos números naturais é representado por:

= {0, 1, 2, 3 ...}

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198

Matemática básica

 Neste conjunto, são denidas duas operações fundamentais, a adição ea multiplicação. Observa-se que mesmo adicionando ou multiplicando doisnúmeros naturais obtém-se como resultado um número natural.

 Na sucessão dos números naturais, se um número a precede um núme-ro b, dizemos que a é menor que b e escrevemos essa sentença através da

simbologia a < b. Assim, isso equivale a dizer que b é maior que a, e escre-vemos b > a

Os sinais de igualdade (=), desigualdade (≠), maior (>) e menor (<) são

utilizados na comparação entre dois números naturais.Como a sequência dos números naturais ocorre do menor para o maior, eles podem ser representados em uma reta orientada, mostrada na gura a seguir.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

 Antes Depois

Reconhecemos o antecessor de um número como aquele que vem ime-diatamente antes do número considerado e o seu sucessor como o número

que vem imediatamente depois do número considerado. Assim, o número 2é o antecessor do número 3, enquanto o número 4 é o sucessor do número3. Ao adicionar o número 1 a qualquer outro número, obtém-se o sucessor desse número.

A sucessão dos números naturais é representada, como foi caracteri-zado acima, por: 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18,19, 20... E, por se tratar de uma sequência innita, recebe reticências no nal

 para indicar continuidade. Observe que:todo número natural, com exceção do zero, tem um antecessor;•todo número natural tem um sucessor.•

 Na reta apresentada na gura anterior, os números estão arranjados deforma crescente, mas poderíamos escrevê-los de forma decrescente.Veja: 9,8, 7, 6, 5...

Algumas vezes temos de comparar dois números naturais e podemosfazer essa comparação de forma concreta, por meio da utilização de objetos

que os representem.Quando as quantidades são iguais, usamos o símbolo que representa a

igualdade:

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199

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

6 = 6

ou

3 3=

Quando são diferentes, usamos o sinal de diferença:

3 x 5

ou

2 3x

Existe também a comparação maior ou menor que:

4 2>4 2

>

ou

4 é maior que 2.

 

3 8<

ou

3 é menor que 8.

3 8<

E assim podemos relacionar números por meio destes sinais, maior (>) ou menor (<)que. Veja:

21 > 20 > 19 ou 19 < 20 < 21

Maior que Menor que

Adicionar, na matemática, signica somar quantidades. O sinal uti-lizado é o mais (+), e o resultado é chamado de soma (ou adição).

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 200

Matemática básica

O método operacional pode ser realizado na horizontal ou na verti-cal, como mostrado no esquema a seguir:

5 + 0 = 55 + 3 = 8

ou +5

3

8

Ao contrário da soma, subtrair (ou retirar) quantidades signica di-minuir. O sinal utilizado para indicar a subtração é o sinal de menos (–). Oresultado da subtração é a diferença ou resto.

Ao subtrair o número 1, obtém-se o antecessor do número.Observe que ao somar ou subtrair o zero a quantidade não é alterada.

Assim, o zero é considerado o elemento neutro da soma e da subtração.

U.4. Grupos e quantiaesA quantidade 10 representa um grupo de dez unidades, conhecido

 por dezena.

Uma dezena

Dez unidades

2ª ordem 1ª ordem

Dezena Unidade

1 0

A quantidade 12 representa um grupo de doze unidades, conhecido por dúzia, também constituída por um algarismo na segunda ordem (1) eum na primeira ordem (2).

1 dúzia = 12 unidadesMeia dúzia = 6 unidades

Outros dois grupos estão relacionados a seguir:

Uma centena = Dez dezenas

4ª ordem 3ª ordem 2ª ordem 1ª ordem

Milhar  Centena Dezena Unidade

0

1

1

0

0

0

0

0

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 201

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Uma centena corresponde a dez dezenas e um milhar corresponde adez centenas.

U.5. Algoritmo a aição e a subtração Considere a soma: 24 + 32 = 56 → 5 dezenas + 6 unidades

D U

Soma das

dezenas

Soma das

unidades

2

3

5

4

2

6

 No algoritmo da adição, os números somados são as parcelas, e oresultado é conhecido como total ou soma.

13 + 12 = 25

Parcelas

Soma ou total

13

12

25

+

 Nada acontece quando a ordem das parcelas é alterada. Veja:

ou

13 + 12 + 10

25 + 10 = 35

13 + 12 + 10

25 + 22 = 35

13 + 12 + 10

23 + 22 = 35

ou

Quando a soma das unidades ultrapassa a dezena, somamos 1 àsdezenas e colocamos o resto na posição da unidade

Decomposição

Decompondo os númerosAlgoritmo

(11 = 10 + 1)

10

ou

UD

3 1

51

1 6+

10 + 5

10 + 6

30 + 11

15

16

31

+

10

 Note que com este procedimento podemos também somar com re-serva na ordem das centenas, milhares etc.

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 202

Matemática básica

Se quisermos conferir a adição, podemos fazer a prova real, ou seja,fazer a operação inversa, a subtração, entre o total e uma das parcelas ecomparar com a outra parcela. Observe:

ou1ª parcela2ª parcela

total

109

73

182

+

182 –

73

109

182 –

109

073

 No esquema abaixo, são apresentados os nomes relativos aos ele-mentos da subtração:

8

5

3

→ 

Minuendo

Subtraendo

Resto e diferença

Se desejamos conferir se a subtração está correta, fazemos a provareal, ou seja, somamos o resto ao subtraendo e vericamos se o resultadoobtido é igual ao minuendo.

O esquema apresentado abaixo mostra como efetuar a subtração

com recurso das dezenas. Observe:

D UD UD U

9 –1

2

8

98

 –1

12

8

12

8

7 4

98

 –1

Também é possível realizar a subtração, utilizando o mesmo recurso,com reserva na ordem das centenas, milhares etc. A ordem da operação é:subtração das unidades, subtração das dezenas e, por último, a subtraçãodas centenas, se houver; da milhar, e assim por diante.

Existe, tanto para a adição quanto para a subtração, um elementoneutro que não muda o número somado ou subtraído. Esse elemento neu-tro é o número 0 (zero).

Até agora, realizamos operações com números naturais. Entretanto,

somente a soma e a multiplicação são fechadas no conjunto dos naturais. Issosignica que ao considerarmos dois elementos naturais quaisquer a soma en-tre eles resulta em número natural, e o produto entre deles resulta em númeronatural. Essa propriedade é denominada de propriedade de fechamento.

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 203

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

A subtração e a divisão nem sempre tem resultado dentro do mes-mo conjunto e, por isso, recorreremos a outros tipos de conjuntos numé-ricos.

U.6. Algoritmo a multiplicação A multiplicação consiste em somar a mesma quantidade diversas

vezes. O sinal da multiplicação é o ou •. Observe:

���������

4 x 2 = Lê-se: quatro vezes dois é igual a oito.

2 + 2 + 2 + 2

4 vezes

Forma da adição

���

4 x 2 = 8

Forma da multiplicação

Pode-se perceber que a multiplicação é um processo reduzido, per-mitindo efetuar rapidamente uma soma envolvendo muitas parcelas iguaisentre si. Assim, para qualquer quantidade de parcelas iguais, podemossubstituir a soma pela multiplicação.

Existem tabelas que auxiliam na memorização dos resultados damultiplicação (tabuada) e devem ser consultadas com frequência para au-xiliar os cálculos. Vejam as tabelas de multiplicação pelo número 1 e pelonúmero 2 respectivamente:

1 x 0 = 0 2 x 0 = 0

1 x 1 = 1 2 x 1 = 2

1 x 2 = 2 2 x 2 = 4

1 x 3 = 3 2 x 3 = 61 x 4 = 4 2 x 4 = 8

1 x 5 = 5 2 x 5 = 10

1 x 6 = 6 2 x 6 = 12

1 x 7 = 7 2 x 7 = 14

1 x 8 = 8 2 x 8 = 16

1 x 9 = 9 2 x 9 = 18

Pode-se, também, utilizar uma tabela que cruza linhas com colunas para se efetuar a multiplicão. Lembre-se, no entanto, de que qualquer nú-mero multiplicado por zero é igual a zero.

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 204 

Matemática básica

1 2 3 4 5 6 7 8 9

1 1 2 3 4 5 6 7 8 9

2 2 4 6 8 10 12 14 16 18

3 3 6 9 12 15 18 21 24 27

4 4 8 12 16 20 24 28 32 36

5 5 10 15 20 25 30 35 40 45

6 6 12 18 24 30 36 42 48 54

7 7 14 21 28 35 42 49 56 63

8 8 16 24 32 40 48 56 64 72

9 9 20 27 36 45 54 63 72 81

De qualquer forma que se queira efetuar a multiplicação, a visuali-zação é muito importante e o fato de se sair do concreto para o abstratodeve ser uma consequência natural.

É muito frequente encontrar nos livros de exatas a generalização deum procedimento obtido através da prática sobre determinada operação.É, de fato, uma conclusão que deve ser obtida pelo aluno e, neste momen-to, tentaremos não inuenciar o mecanismo natural do processo ensino-

aprendizagem e também não iremos utilizar essas técnicas.Assim como as operações de soma e subtração, a multiplicação

 pode ser realizada na vertical. Veja os exemplos:

2 4U 8U× =

24

2

8

s24

2

48

s24

2

48

s

2 2D 4D× =

 Na multiplicação, assim como nas operações de soma e subtração, pode ocorrer a reserva nas dezenas, centenas etc. No caso da multiplica-ção por 10, ou múltiplos de 10, podemos realizar a multiplicação comono exemplo anterior, mas mudando a posição dos números. Observe oexemplo:

35

1000

35

350

35

10350x ou x

+

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 205

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

 Note a quantidade de zeros acrescida ao número multiplicado etente inferir o resultado da multiplicação por 100, 1.000 etc.

Exemplo para a reserva nas dezenas

Uma caixa contém 18 latas de refrigerantes. Ângela comprou quatrocaixas. Quantas latas de refrigerantes ela comprou?

Solução – Essa soma pode ser representada pelo produto de 4 por 18.Como 10 + 8 é igual a 18, podemos calcular esse produto somando o resulta-do de 4 x 8 com o resultado de 4 x 10. Observe o esquema abaixo:

10 8

10 8

10 8

10 8

+

+++

18

432 4 8

40

72

4 18 72

x

x

← ⋅+

=

ou x

18

472

 

Exemplo para a reserva nas centenasUm shopping center  tem 3 andares e em cada um deles cabem 245

carros. Quantos carros cabem nesse shopping ?Solução – Devemos calcular o produto de 3 por 245. Mas, o número

245 pode ser escrito como a soma 200 + 40 + 5. Assim, devemos multipli-car cada uma dessas parcelas por 3, para obter o resultado nal. O esque-ma abaixo representa o esquema com o processo rotineiro de se efetuar 

a multiplicação. Observe a soma entre as parcelas 15, resultado de 3 x 5,com 120, resultado de 3 x 40, e 600, resultado de.3 x 200.

245

3

15

120

600

735

s

k 3 s 5

k 3 s 40

k 3 s 200

 Na prática:

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 206

Matemática básica

3 s 4 = 12 mais1 são 13.

Dezenas2 14

C D

5

3

5

s

2 14

C D

5

3

53

s

3 s 5 = 15 unidades,que são 1 dezenae 5 unidades.

Centenas

3 s 2 = 6 mais1 são 7.

14

C D

5

3

537

s

1 2 14 5

3

537

s

1 2ou

Para vericar se o resultado está correto, podemos tirar a prova real

da multiplicação. Essa prova consiste em dividir o produto (resultado damultiplicação) por uma das parcelas para obtermos a outra parcela damultiplicação.

U.7. Proprieaes a multiplicação Distributiva da multiplicação em relação à adição – Se multipli-

carmos um número pela soma de outros dois ou se somarmos os produtosdaquele pelas parcelas, obteremos o mesmo resultado.

16 16=

2 (5 + 3) = (2 x 5) + (2 x 3)

2 x 8 = 10 + 6

Elemento neutro da multiplicação – O elemento neutro da multipli-

cação é o número 1 (um). Ele não altera o número quando multiplicado por ele. Assim:1 x 4 = 4342 x 1 = 3421 x 5.432 = 5432

Propriedade associativa – A forma de associar os fatores antes damultiplicação não altera o resultado. Vejamos um exemplo a seguir:

48

2 + (4 x 6) = 2 x 24 =ou

48

(2 x 4) x 6 = 8 x 6 =

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 207 

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Propriedade comutativa – A ordem dos fatores não altera o produ-to. Assim, por exemplo:

2 x 3 = 3 x 2 = 67 x 45 = 45 x 7 = 315

U.8. Algoritmo a ivisão Dividir uma quantidade em duas partes iguais é obter duas metades. Di-

vidir a mesma quantidade em três partes iguais é obter três terços; a cada umadelas chamamos de a terça parte. O processo inverso é triplicar (multiplicar  por 3), e assim por diante. Vamos, então, conhecer os caminhos da divisão.

A divisão é a operação usada para repartir um todo em partes iguais.

O sinal da divisão é o ÷ ou :Exemplos com nomenclaturas da divisão:.

divisor 

dividendo

quociente12 w3 = 4

dividendo

quociente

divisor 312 –

412

00

resto

Na chave da divisão

Resultado

318 –

618

0

resto

Chamamos a divisão de exata sempre que o resto for igual a zero.Do contrário, dizemos que não será exata. Veja:

319 –

618

01

resto

Resultado

Vamos dividir 69 por 3, ou seja, 69: 3 utilizando o algoritmo da divisão.

dividendo

resto

divisor 

quociente

dividendo

3

23

 –

69 –

6

09

9

0

23

3

69

s

Observe que a divisão é exata, então dizemos que o número 69 édivisível por 3 ou que o número 69 é múltiplo de 3.

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 208

Matemática básica

A operação de multiplicação é inversa à operação de divisão. Po-demos, assim, utilizar a multiplicação para vericar se o resultado dadivisão está correto (prova real). Trata-se de proceder da seguinte forma:multiplica-se o quociente pelo divisor e, ao resultado assim obtido, soma-

se o resto, se existir. O resultado nal é igual ao dividendo.O esquema a seguir mostra as etapas comuns ao se efetuar a divisão

de 396 por 3. Observe:

Cálculo auxiliar 

Dividindo as centenas:

3 w 3 = 1, porque 1 s 3 = 3

3 – 3 = 0

Dividindo as dezenas:

9 w 3 = 3, porque 3 s 3 = 9

9 – 9 = 0

Dividindo as unidades:

6 w 3 = 2, porque 2 s 3 = 6

6 – 6 = 0

C

3 –

3

0

D

9

9 –

90

U

6

6 –

6

0

3

132

Abaixo, apresentamos outro exemplo com o uso do algoritmo dadivisão, ao efetuarmos a divisão de 603 por 3.

Cálculo auxiliar 

Dividindo as centenas:6 w 3 = 2, porque 3 s 2 = 6

6 – 6 = 0

Dividindo as dezenas:

0 w 3 = 0, porque 3 s 0 = 0

Dividindo as unidades:

3 w 3 = 1, porque 3 s 1 = 3

3 – 3 = 0

 –6

0 0 3

 –3

0

201

6

C

0

D

3

U

3

Exemplo de divisão por estimativa:

35

 –10

25

 –10

15

 –10

05

 – 5

0

5

2

2

2

1

7

Quantos 5 cabem no 35?

Estimamos que caibam 2.

2 s 5 = 10; para 35 faltam 25.

Quantos 5 cabem nos 25 que sobraram?

Estimamos que caibam 2.

2 s 5 = 10; para 25 faltam 15.

Quantos 5 cabem nos 15 que sobraram?

Estimamos que caibam 2.

2 s 5 = 10; para 15 faltam 5.

Quantos 5 cabem no 5 que sobrou?

Cabe 1, pois 1 s 5 = 5.

Somamos 2 + 2 + 2 + 1 = 7 (que é o quociente).

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 209

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Exemplo de divisão quando o divisor é igual ou maior que 10:

8 5

 –8 0

0 5

20

4

4 2

 –4 0

0 2

10

4

C

1

 –1

0

D

4

2

2

 –2

U

4

4

4

0

1 2

DU

1 2

U.9. Múltiplos e um número natural A palavra múltiplo vem de multiplicação. O resultado da multipli-

cação de qualquer número natural por 3 é um múltiplo de 3. O conceito

vale para os outros números. Consideraremos, por enquanto, o múltiplode um número como aquele que dividido pelo número considerado re-sulta num número natural. Assim, por exemplo, o número 25 é múltiplode 5, pois 25 ÷ 5 = 5 Analogamente, o número 36 é múltiplo de 4, pois36 ÷ 4 = 9.

Para se obter os múltiplos de um número natural, basta fazer amultiplicação sucessiva do número considerado por 0, 1, 2, 3, 4 etc. Por exemplo, os múltiplos do número 2 são: 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12... Esses núme-

ros são obtidos através das multiplicações: 2 x 0 = 2, 2 x 1 = 2, 2 x 2 = 4, 2x 4 = 8,... Observe que, ao utilizarmos as reticências (...), estamos queren-do indicar que o conjunto dos múltiplos de um número natural diferentede zero é innito.

Para indicar o conjunto dos múltiplos de 2, utilizamos a notação:M(2). Assim, o conjunto dos números naturais múltiplos de 2 é dado por:

M(2) = {0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20,...}

Outros exemplos:

Conjunto dos múltiplos naturais de 3:M(3) = {0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30,...}

Conjunto dos múltiplos naturais de 4:M(4) = {0, 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32, 36, 40, ...}

Conjunto dos múltiplos naturais de 5:M(5) = {0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50,...}

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 210

Matemática básica

Conjunto dos múltiplos naturais de 9:M(9) = {0, 9, 18, 27, 36, 45, 54, 63, 72, 81, 90,...}

Conjunto dos múltiplos naturais de 12:

M(12) = {0, 12, 24, 36, 48, 60, 72,...]

Observe que o zero (0) é múltiplo de qualquer número.

U.U0. Múltiplos comunsAo observar os exemplos anteriores, podemos encontrar números

que são, ao mesmo tempo, múltiplos de 2 e de 4, por exemplo. Da mesma

forma, podemos encontrar múltiplos comuns entre 2 e 9, e assim por dian-te. Dessa maneira, dados dois conjuntos de números múltiplos, podemosencontrar números que são denominados de múltiplos comuns.

ExemplosQuais são os múltiplos comuns entre 2 e 3?a)SoluçãoInicialmente, escrevemos os conjuntos dos múltiplos de cada núme-

ro. Assim:

Múltiplos de 2: M(2) = {0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20,...};Múltiplos de 3: M(3) = {0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30 ,...}.“Olhando” para os dois conjuntos, identicamos os números que

aparecem ao mesmo tempo nos dois conjuntos. São eles: 0, 6, 12, 18...Você deve ter percebido que os múltiplos comuns entre 2 e 3 são, na

verdade, os múltiplos de 6.Para indicar o conjunto dos múltiplos comuns, utilizamos o símbolo ∩,

que na teoria dos conjuntos indica a intersecção. Assim:M(2) ∩ M(3) ={0, 6, 12, 18, 24, 36...};Para nalizarmos este exemplo, observe que: M(2) ∩ M(3) = M(6).O procedimento é semelhante para quaisquer números.

Quais são os múltiplos comuns entre 2, 3 e 4.b)Solução Múltiplos de 2: M(2) = {0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20,...};Múltiplos de 3: M(3) = {0, 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30 ,...}.

Múltiplos de 4: M(4) = {0, 4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32,...}Múltiplos comuns entre 2, 3 e 4:M(2) ∩ M(3) ∩ M(4) ={0, 12, 24, 36, ...};Observe que:M(2) ∩ M(3) ∩ M(4) = M(12)

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 211

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Quais são os múltiplos comuns entre 5 e 9?c)Solução Múltiplos de 5: M(5) = {0, 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50,...}Múltiplos de 9: M(9) = {0, 9, 18, 27, 36, 45, 54, 63, 72, 81, 90,...}

Múltiplos comuns entre 5 e 9:M(5) ∩ M(9) ={0, 45, 90, 135, ...};Observe que: M(5) ∩ M(9) = M(45)

U.UU. Mínimo múltiplo comum (mmc) Por meio dos exemplos anteriores, observamos que é possível identi-

car o menor múltiplo comum diferente de zero. Assim, o menor múltiplo

comum, diferente de zero, entre 2 e 3, é número 6. Analogamente, o menor múltiplo comum, diferente de zero, entre 2, 3 e 4, é o número 12. E, nalmen-te, o menor múltiplo comum, diferente de zero, entre 5 e 9, é o número 45.

Para indicar o menor múltiplo comum, diferente de zero, entre doisou mais números, utilizamos a notação MMC (a, b), em que a e b são doisnúmero naturais. Assim, pelo que foi mostrado acima, podemos escrever:

Mínimo múltiplo comum entre 2 e 3: MMC(2, 3) = 6Mínimo múltiplo comum entre 2, 3 e 4: MMC(2, 3, 4) = 12

Mínimo múltiplo comum entre 5 e 9: MMC(5,9) = 45O conceito de mmc será útil no cálculo envolvendo soma ou subtra-

ção de frações.De agora em diante, consideramos que se no problema aparecer “de-

termine o mmc...”, trata-se do mínimo múltiplo comum diferente de zero.

U.U2. Divisores e um número natural e números

 primosDenição Sejam a e b dois números naturais, com a diferente de zero. Diz-se

que a divide b, se, e somente se. existe um número natural q, tal que:

a

 b= ⇒ =

↓q b a q

divisor de b

·

Para indicar que o número a é divisor do número b, usamos a se-guinte notação: a|b (lê-se: “a é divisor de b”).

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 212

Matemática básica

ExemplosO número natural 2 é divisor do número natural 6, pois 6 dividido por a)

2 é igual a 3.

Utilizando a simbologia matemática: 2| 6, pois 62 = 3 6 = 3 2⇒ ⋅ .

O número natural 3 é divisor do número natural 6, pois 6 dividido por b)3 é igual a 2.

Utilizando a simbologia matemática:6

3= 2 6 = 2⇒ ⋅ 3.

O número natural 5 é divisor do número natural 10, pois 10 divididoc) por 5 é igual a 2.

Utilizando a simbologia matemática:10

5= 2 6 = 2 5⇒ ⋅ .

O número natural 1 é divisor do número natural 3, pois 3 dividido por d)1 é igual a 3.

Utilizando a simbologia matemática: 31 = 3 3 = 3⇒ ⋅1.

Por meio do conceito de divisor de um número natural, podemos fazer aseguinte pergunta: Quais são os divisores naturais de um dado número? Comessa pergunta, estamos querendo saber quais são os números que dividem onúmero dado. Por exemplo: Quais são os divisores naturais do número 4? Osnúmeros que dividem o número 4 são o número 1, o número 2 e o próprio

número 4. Para indicar o conjunto dos divisores do número 4, utilizamos anotação D(4) e, assim, o conjunto dos divisores de 4 é: D(4) = {1, 2, 4}.Exemplos

Conjunto dos divisores naturais no número 2: D(2) = {1, 2}a)Conjunto dos divisores naturais no número 3: D(3) = {1, 3}b)Conjunto dos divisores naturais no número 5: D(5) = {1, 5}c)Conjunto dos divisores naturais no número 6: D(6) = {1, 2, 3, 6}d)Conjunto dos divisores naturais no número 7: {1, 7}e)

Conjunto dos divisores naturais no número 8: {1, 2, 4, 8}f)Conjunto dos divisores naturais no número 12: D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}g)Conjunto dos divisores naturais no número 24: D(24) = {1, 2, 3, 4, 6, 12, 24}h)Conjunto dos divisores naturais no número 29: D(29) = {1, 29}i)

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 213

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Observando os exemplos anteriores, você deve ter notado que al-guns números, tais como 2, 3, 5, 7 e 29 só têm dois divisores. Assim, onúmero 2 apresenta dois divisores, o número 1 e o número 2; o número 3apresenta dois divisores, o número 1 e o número 3; o número 5 apresenta

dois divisores, o número 1 e o número 5; e assim por diante. Números naturais que apresentam apenas dois divisores, isto é, o

divisor 1 o e próprio número, são chamados de números primos. Abaixo,são apresentados os cem primeiros números primos naturais:

2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 59, 61, 67,71, 73, 79, 83, 89, 97, 101, 103, 107, 109, 113, 127, 131, 137, 139, 149,151, 157, 163, 167, 173, 179, 181, 191, 193, 197, 199, 211, 223, 227, 229,

233, 239, 241, 251, 257, 263, 269, 271, 277, 281, 283, 293, 307, 311,313, 317, 331, 337, 347, 349, 353, 359, 367, 373, 379, 383, 389, 397,401, 409, 419, 421, 431, 433, 439, 443, 449, 457, 461, 463, 467, 479,487, 491, 499, 503, 509, 521, 523, 541

Observando os números apresentados, você deve ter percebido quesó existe um número primo par, que é o número 2. Os demais primos sãoímpares. Observe, também, que existem innitos números primos.

U.U3. Critérios e ivisibiliae e reconhecimento  e um número primo 

Antes de tentar reconhecer um número primo, conheceremos algunscritérios de divisibilidade. Esses critérios permitem identicar rapidamen-te os divisores do número dado.

Um número é divisível por 2 se terminar em 0, 2, 4, 6 ou 8, ou•

seja, se for um número par. Assim, os números 20, 32, 54, 646e 1.028 são todos divisíveis por 2.Um número é divisível por 3 se a soma de todos os seus alga-•rismos for um número divisível por 3.

ExemplosO número 126 é divisível por 3?a)Vamos somar os seus algarismos, 1 + 2 + 6, para obter o resultado 9. O

número nove é divisível por 3, então o número 126 também é divisível por 3.

O número 1.545 é divisível por 3?b)Repetindo o procedimento anterior, temos: 1 + 5 + 4 + 5 = 15. Como

o número 15 é divisível por 3, então o número 1.545 é, também, divisível por 3.

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 214 

Matemática básica

Um número é divisível por 4 se seus últimos dois algarismos•formar um número divisível por 4. Assim, por exemplo, os nú-meros 12, 216 e 1.032 são divisíveis por 4.Um número é divisível por 5 se ele terminar em 0 ou 5. Os nú-•

meros 10, 125, 130 e 1.265 são divisíveis por 5.Um número é divisível por 6 se ele for divisível por 2 e por 3,•simultaneamente. Por exemplo, o número 24 é divisível por 2, pois ele é par. Mas, o número 24 é, também, divisível por 3(vide critério de divisibilidade por 3). Assim, concluímos que onúmero 24 é divisível por 6.

Existem outros critérios de divisibilidade. Entretanto, os que foram

apresentados acima serão sucientes para os nossos propósitos.Agora, para encontrar os números primos menores que certo nú-mero n, pode-se utilizar um critério conhecido como crivo (peneira) deEratóstenes, matemático grego que viveu no período entre 273 a.C. e192 a.C. O crivo consiste em escrever todos os números maiores que1 e anteriores ao número n dado numa tabela. Feito isso, identicamoso primeiro número primo, que é o 2, e eliminamos, isto é, riscamosda tabela todos os números que são divisíveis por 2 e menores que o

número n dado. Em seguida, repete-se a mesma operação com o pró-ximo número primo da tabela, que é o número 3 e riscamos todos osoutros que são divisíveis por 3 até o número n. Repete-se o processoaté identicar todos os primos menores que n. Vamos ilustrar esse pro-cedimento para encontrar os números primos menor do que 30.

1o  passo – Escrevemos os números até 30.

2 3 4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

2o passo – O primeiro número primo é 2. Eliminamos os múltiplosde 2, isto é, aqueles números que são divisíveis por 2.

2 3 4 5 6 7 8 9 1011 12 13 14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

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 215

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

3o passo – Identicamos o segundo número primo, que é 3, e elimi-namos os múltiplos de 3.

2 3 4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17 18 19 2021 22 23 24 25 26 27 28 29 30

4o passo – O terceiro número primo é o 5. Eliminamos os múltiplosde 5. Dessa forma, sobram aqueles números que não foram eliminados,isto é, os primos menores que 30. Note que os primos são aqueles que nãoforam pintados na tabela.

2 3 4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Dessa forma, os números primos menores que 30 são:2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23 e 29.

U.U4. Divisores comuns e máximo ivisor comum (mc) De forma semelhante ao que foi estudado no item 1.10, podemos

determinar os divisores comuns de dois ou mais números naturais. O princípio é simples. Por exemplo, vamos determinar os divisores comunsde 12 e 18. Determinamos, separadamente, os divisores de 12 e os de 18.Assim:

D(12) = {1, 2, 3, 4, 6, 12}

D(18) = {1, 2, 3, 6, 9, 18}“Olhando” para os dois conjuntos, constatamos que os divisores co-muns, isto é, que aparecem nos dois conjuntos são os números 1, 2, 3 e 6.

Para indicar o conjunto dos divisores comuns, utilizamos o símbolode intersecção ∩. Dessa forma:

D(12) ∩ D(18) = {1, 2, 3, 6]Observe que existe um número no conjunto acima que é o maior ele-

mento. Esse número é o 6 e ele é denominado de máximo divisor comum

(mdc). Assim, para se determinar o mdc entre dois ou mais números natu-rais, escrevemos inicialmente o conjunto dos divisores de cada número. Emseguida, os divisores e comuns e, por m, o maior número dentre eles.

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 216

Matemática básica

ExemplosDetermine o mdc entre 36 e 52.a)Solução Divisores de 36: D(36) = {1, 2, 3, 4, 6, 9, 12, 18, 36}

Divisores de 52: D(52) = {1, 2, 3, 4, 13, 26, 52}Divisores comuns de 36 e 52: D(36) ∩ D(52) = {1, 2, 4}O maior divisor comum entre 36 e 52 é o número 4 e o indicamos por:MDC(36,52) = 4Determine o mdc entre 9, 15 e 42.b)SoluçãoDivisores de 9: D(9) = {1, 3, 9}

Divisores de 15: D(15) = {1, 3, 5, 15}Divisores de 42: D(42) = {1, 2, 3, 6, 7, 14, 21, 42}Divisores comuns entre 9, 15 e 42: D(9) ∩ D(15) ∩ D(42) = {1, 3}O maior divisor comum entre 9, 15 e 42 é o número 3, e o indica-

mos por:MDC(9, 15, 42) = 3.Se o mdc entre dois ou mais números for igual a 1, dizemos que os

números serão primos entre si. Por exemplo, o máximo divisor comum

entre 6 e 17 é 1, pois:Divisores de 6: D(6) = {1, 2, 3, 6}Divisores de 17: D(17) = {1, 17}Divisores comuns entre 6 e 17: D(6) ∩ D(17) = {1}Máximo divisor comum: MDC(6, 17) = 1 e dizemos que 6 e 17 são

números primos entre si.

U.U5. Decomposição em fatores primosO número 100 pode ser escrito como um produto de dois ou maisnúmeros. Observe, a seguir, as diferentes formas que podemos utilizar  para representar o número 100 como um produto:

100 = 10 · 10100 = 2 · 50100 = 2 · 2 · 25100 = 2 · 2 · 5 · 5

Fatorar um número é transformá-lo em uma multiplicação. De todasas fatorações do número 100, há uma em que todos os fatores são núme-ros primos. Ela é chamada decomposição do número 100 em fatoresprimos e é expressa por:

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 217 

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

100 2 2 5 5= ⋅ ⋅ ⋅fatores primos  

Um método útil para fatorar um número chama-se decomposição deum número em fatores primos, e o processo empregado é o das divisões

sucessivas por números primos.Por exemplo, vamos fatorar o número 280. A seguir, serão apresen-

tados os passos para se realizar essa tarefa.1o Passo – Fazemos a divisão exata do número 280 pelo menor nú-

mero primo possível, que é o 2. O quociente é 140.2o Passo – Fazemos a divisão exata de 140 pelo menor número pri-

mo possível, que ainda é o 2, para obtermos o quociente 70.

3o

Passo – Fazemos a divisão exata de 70 pelo menor número primo possível, que ainda é o 2, para obtermos o quociente 35.4o Passo – Como o número 35 não é divisível por 2, fazemos a divisão

 pelo menor primo possível. Neste caso, é o número 5. O quociente é número 7.5o Passo – Como o 7 é número primo, fazemos a divisão exata por 

ele mesmo. O quociente é 1 e indica o m do processo.Observe que podemos representar o processo das divisões sucessi-

vas do número 280 da seguinte forma :

280 2 ← 1o passo140 2 ← 2o passo70 2 ← 3o passo35 5 ← 4o passo7 7 ← 5o passo1

Assim, o número 280 pode ser escrito como 2 · 2 · 2 · 5 · 7 que é

igual 23

· 5 · 7 .ExemploDecomponha os números 824 e 1.032 em fatores primos.Solução

824 2

412 2

206 2

103 103

1

824 = 23 · 103

1.032 2

516 2

258 2

129 343 431

824 = 23 · 103

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 218

Matemática básica

U.U6. Dispositivo prático para se eterminar o 

 máximo ivisor comum Primeiro método: decomposição isolada

A forma de se calcular o mdc de dois ou mais números é utilizar adecomposição isolada desses números em fatores primos. Esta decompo-sição é feita em duas etapas:

1a etapa: Decompor cada número dado em fatores primos.2a etapa: O mdc é o produto dos fatores primos comuns.Exemplo: Determine o mdc entre os números 120 e 252.Solução 

1a

etapa: Vamos decompor cada número em fatores primos. Usandoo método apresentado na seção 1.15, obtemos:120 = 2 · 2 · 2 · 3 · 5252 = 2 · 2 · 3 · 3 · 7Observe que os fatores comuns estão em negrito.2aetapa: mdc é o produto dos fatores primos comuns, isto é:mdc (120,252) = 2 · 2 · 3 = 12Podemos melhorar a apresentação por meio da utilização de potên-

cias. Re-escrevemos as formas fatoradas como:120 = 23 · 3 · 5252 = 22 · 32 · 7Os fatores comuns são o 2 e o 3. Tomamos o 2 e o 3 elevados aos

menores expoentes, isto é, o 2 com o expoente 2 e o 3 com o expoente 1.Portanto:

mdc (120, 252) = 22 · 3 = 12.

O mdc de dois ou mais números naturais é o produto dos seusfatores comuns, sendo cada um deles elevado ao menor expoente.

Segundo método: decomposição simultâneaPara este procedimento, inicialmente, decompomos simultaneamen-

te os números dividindo-os sucessivamente pelo menor fator primo. Nocaso de algum número ou quociente não ser divisível pelo fator primo, o

número deve ser repetido no algoritmo. À medida que efetuamos a fato-ração simultânea, assinala-se com um asterisco, por exemplo, os fatores primos que dividem ao mesmo tempo todos os números ou quocientes. Omdc é obtido com os fatores assinalados.

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 219

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Para exemplicar o método descrito acima, vamos determinar omdc dos números 12, 18, 24. Iniciamos o método por meio da divisãodos números 12, 18 e 24 pelo primeiro fator primo, que é o número 2,como pode ser observado no próximo esquema. Todos esses números

são divisíveis por 2 e os assinalamos com um asterisco. Na segundalinha, colocamos o resultado da divisão de 12 por 2, 18 por 2 e 24 por 2, isto é, 6, 9 e 12, respectivamente. Os números 6 e 12 são divisíveis por 2. Efetuamos novamente a divisão desses números pelo fator pri-mo 2. O número 9, que não é divisível por 2, é repetido na terceiralinha. Assim, na terceira linha, temos o número 3, obtido da divisãode 6 por 2; o número 9, que foi repetido, e o número 6, obtido pela

divisão de 12 por 2. Nesta linha, apenas o número 6 é divisível por 2.Assim, efetuamos essa divisão e repetimos aqueles números, no casoo 3 e o 9, na quarta linha. Observe, então, que na quarta linha estãocolocados, respectivamente, os números 3 e 9 que foram repetidos eo número 3, resultado da divisão de 6 por 2. Nesta quarta linha, todosos números são divisíveis por 3. Assinalamos este número 3 com umasterisco e efetuamos a divisão de cada um dos números. Na quintalinha, são apresentados os resultados da divisão, isto é, os números 1,

3 e 1, respectivamente. Nesta linha, apenas o 3 é divisível por 3. Efe-tuamos essa divisão e repetimos, na sexta linha, os números que nãoforam divididos. Assim, nalizando o método, na sexta linha, temosrepresentados os números 1, que foi repetido da quinta linha, o número1, que foi obtido da divisão de 3 por 3, e o número 1, que foi repetidoda quinta linha. Todos os elementos da sexta linha são iguais a 1, indi-cando a nalização do método .

12, 18, 24 2*

6, 9, 12 2

3, 9, 6 2

3, 9, 3 3*

1, 3, 1 3

1, 1, 1

O mdc de 12, 18 e 24 é obtido por meio da multiplicação dos fatores primos que estão assinalados, isto é, multiplicamos 2 por 3 para obter onúmero 6. Assim:

MDC(12, 18, 24) = 2 · 3 = 6

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 220

Matemática básica

U.U7. Dispositivo prático para se eterminar o  mínimo múltiplo comum 

Primeiro método: decomposição isolada

Este método é exatamente igual àquele descrito na seção 1.16. En-tretanto, o mmc é obtido por meio da multiplicação de todos os fatores primos que aparecem nos números, comuns e não comuns.

O mmc de dois ou mais números naturais é o produto dos seusfatores comuns e não comuns, sendo cada um deles elevado ao maiorexpoente.

Como exemplo, calcularemos o mmc de 120 e 252. Já sabemos que

a forma fatorada de cada um é:120 = 23 · 3 · 5252 = 22 · 32 · 7Os fatores comuns são os números 2 e 3; os fatores não comuns são

os números 5 e 7. Então, no mmc, deverá aparecer o produto 2.3.5.7, ecada um com o maior expoente, que aparecerá na forma fatorada. Assim,o maior expoente do número 2 é o 3; o maior expoente do número 3 é o 2;os expoentes de 5 e 7 são iguais a 1. Logo, o mmc de 120 e 252 é:

MMC(120, 252) = 23 · 32 5 · 7 = 2.520

Segundo método: decomposição simultâneaPara se calcular o mínimo múltiplo comum entre dois ou mais nú-

meros, efetuamos a decomposição simultânea descrita na seção 1.16. Adiferença é que multiplicamos todos os fatores. Assim, observe o esquemaabaixo para o cálculo do MMC de 12, 18 e 24.

12, 18, 24 2

6, 9, 12 2

3, 9, 6 2

3, 9, 3 3

1, 3, 1 3

1, 1, 1

O mínimo múltiplo comum de 12, 18 e 24 é:MMC(12, 18, 24) = 2 · 2 · 2 · 3 · 3 = 23 · 32 = 72

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 221

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

U.U8. Dispositivo prático para se eterminar os ivisores e um número natural 

Para se determinar os divisores de um número natural, inicialmente

devemos decompor o número em fatores primos e, à direita desta fatora-ção, passamos um traço vertical. A seguir, colocamos ao lado direito dotraço e acima do primeiro fator, o número 1. Os demais divisores do nú-mero dado são obtidos a partir da unidade, multiplicando-se cada um dosfatores primos que estão à esquerda do traço pelos números que estão àdireita, situados acima dele, evitando-se as repetições.

Como exemplo, vamos determinar os divisores do número natural

12. Decomponha inicialmente o número 12 em fatores primos, comoindicado na segunda coluna da gura abaixo. Feito isso, comece com o primeiro divisor de todos os números, isto é, o número 1.

1Multiplique 2 por 2 para obter 4

12 2 2

6 2 4 Multiplique 2 por 1 para obter 2

3 3 3 6 12 Multiplique 3 por 1 para obter 3

Multiplique 3 por 2 para obter 6

Multiplique 3 por 4 para obter 12

1

O conjunto dos divisores naturais do número 12 é:

D(12) = {1, 2, 3, 4, 12}

Esse processo é repetitivo para qualquer número natural.

 AtiviaesSabendo que a notação M(N) indica o conjunto dos múltiplos naturais01.

do número natural N, enumere o conjunto dos múltiplos naturais para cadaitem a seguir. Forneça para cada conjunto pelo menos dez elementos.

M(2) =a)  _____________________________________________________________ M(3) =b)  _____________________________________________________________ M(4) =c)  ____________________________________________________________ M(5) =d)  ____________________________________________________________ 

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 222

Matemática básica

M(7) =e)  ____________________________________________________________ M(9) =f)  ____________________________________________________________ M(12) =g)  ___________________________________________________________ M(18) =h)  ___________________________________________________________ 

Determine o conjunto dos múltiplos naturais, efetue a operação de02.intersecção e responda ao que se pede.

M(15) =a)  _______________________________________________ M(30) =b)  _______________________________________________ M(45) =c)  _______________________________________________ M(30)d) ∩ M(45) = ________________________________________ 

M(15)e) ∩ M(30) ∩ M(30) __________________________________ M(15)f) ∩ M(30) ∩ M(30) __________________________________ Qual é o mmc, diferente de zero, entre 30 e 15?g)  ________________ Qual é o mmc, diferente de zero, entre 15, 30 e 45?h)  _____________ Qual é o mmc, diferente de zero, entre 30 e 45?i)  ________________ 

Quais são os múltiplos naturais de zero?03.

Sabendo que a notação D(N) representa o conjunto dos divisores na-04.turais do número N, enumere o conjunto dos divisores naturais de:

D(0) =a)  ________________________________________________ D(6) =b)  ________________________________________________ D(10) =c)  _______________________________________________ 

D(12) =d)  _______________________________________________ D(15) =e)  _______________________________________________ D(19) =f)  _______________________________________________ D(22) =g)  _______________________________________________ D(25) =h)  ________________________________________________ D(30) =i)  ________________________________________________ D(40) = j)  _______________________________________________ 

Determine a operação de intersecção entre os conjuntos a seguir.05.D(25)a) ∩ D(30) __________________________________________ D(22)b) ∩ D(19) __________________________________________ D(15)c) ∩ D(30) __________________________________________ 

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 223

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

D(10)d) ∩ D(12) ∩ D(15) ___________________________________ D(6)e) ∩ D(12) ∩ D(15) ∩ D(40) _____________________________ 

Enumere os números primos naturais entre 1 e 100.06.

Verique se os números naturais abaixo são primos.07.57a)  ____________________________________________________ 

231b)  ___________________________________________________ 239c)  ___________________________________________________ 197d)  ___________________________________________________ 47e)  ____________________________________________________ 169f)  ___________________________________________________ 

Decomponha os números naturais em fatores primos.08.48a)  ____________________________________________________ 

52b)  ____________________________________________________ 120c)  ___________________________________________________ 135d)  ___________________________________________________ 180e)  ___________________________________________________ 1500f)  __________________________________________________ 

Utilizando o método da decomposição simultânea, determine o mmc09.

entre os números naturais dos itens abaixo.12 e 20a)  ________________________________________________ 6, 8 e 12b)  _______________________________________________ 32 e 64c)  ________________________________________________ 32, 64 e 128d)  ____________________________________________ 12, 24, 32 e 48e)  __________________________________________ 150 e 240f)  ______________________________________________ 85, 90 e 180g)  ____________________________________________ 

1.200 e 800h)  ____________________________________________ 

Para cada item abaixo, determine o mmc entre os números naturais10.indicados, utilizando o método da decomposição isolada.

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 224 

Matemática básica

12 e 2a)  _________________________________________________ 15, 32 e 40b)  _____________________________________________ 125, 250 e 30c)  ___________________________________________ 32,64 e 128d)  _____________________________________________ 

198 e 240e)  ______________________________________________ 121, 25, 22 e 18f)  _________________________________________ 2.520 e 2.700g)  ___________________________________________ 1.200 e 800h)  ____________________________________________ 

Para cada item do exercício 09, determine o mdc utilizando o método11.da decomposição simultânea e, depois, o da decomposição isolada.

Considere os seguintes números naturais: A = 212. 2.32.5, B = -23.3.52,C = 2.32 e D = 3.52.7. Calcule:

mmc(A,B)a)  _____________________________________________ mdc(A,B)b)  _______________________________________________ mmc(B,C,D)c)  _____________________________________________ mdc(B,C,D)d)  _____________________________________________ mmc(A,B,C,D)e)  __________________________________________ mdc(A,B,C,D)f)  ___________________________________________ mmc(A,B) e mdc(A,B)g)  ____________________________________ 

Utilizando o método da determinação dos divisores naturais de13.um número, encontre o conjunto dos divisores naturais dos númerosabaixo.

M(2) =a)  _____________________________________________________________ 32b)  ____________________________________________________ 5c)  _____________________________________________________ 150d)  ___________________________________________________ 

240e)  ___________________________________________________ 720f)  ___________________________________________________ 1.640g)  _________________________________________________ 2.100h)  _________________________________________________ 

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 225

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Determine os divisores inteiros dos números a seguir.14.120a)  ___________________________________________________ 540b)  ___________________________________________________ 625c)  ___________________________________________________ 

1.800d)  _________________________________________________ 

Determine o menor número divisível ao mesmo tempo por 4, 5, 8 e 11.15.

Qual é o maior número que divide exatamente os números 148 e 136?16.

Qual é o menor número natural, diferente de zero, que deve multipli-17.car 1.080 para se obter um número divisível por 252?

Determine quantos são os números primos de dois algarismos que18.divididos por 13 deixam resto igual a 3.

Determine a soma dos números compreendidos entre 400 e 1.500 que19.são divisíveis ao mesmo tempo por 18 e 75.

Quantos são os divisores naturais comuns entre 288, 468 e 729?20.

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 226

Matemática básica

Três automóveis disputam uma corrida em pista circular. O primeiro21.automóvel completa uma volta em 4 minutos, o segundo, em 5 minutos e oterceiro, em 6 minutos. Sabendo que os automóveis partiram juntos, depoisde quanto tempo eles voltarão a se encontrar?

 No alto de uma torre de sinalização, duas lâmpadas sinalizadoras22.“piscam” com frequências diferentes. A primeira pisca 15 vezes por mi-nuto e a segunda pisca 10 vezes por minuto. Se num certo instante as duaslâmpadas piscam simultaneamente, depois de quanto tempo elas voltarão

a piscar simultaneamente?

 Numa linha de produção, certo tipo de manutenção é feita na máquina23.A a cada 3 dias, na máquina B a cada 4 dias e na máquina C a cada 6 dias.Se no dia 2 de dezembro foi feita a manutenção nas três máquinas, deter-mine o próximo dia em que será feita a manutenção nas três máquinas

simultaneamente.

Um painel decorativo retangular, de dimensões 231 cm por 92,4 cm,24.foi dividido em um número mínimo de quadrados de lados paralelos aoslados do painel. Calcule o número de quadrados obtidos. (Obs.: As medi-

das devem estar na mesma unidade. Como sugestão, utilize as dimensõesem milímetros (mm), lembrando-se de que 1 cm é igual a 10 mm.)

Um latifundiário decide lotear três terrenos com áreas de 145 ha, 17425.ha e 232 ha, de modo que os lotes sejam de áreas iguais e cada um delestenha a maior área possível. Nessas condições, determine o número de

lotes após a divisão.

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 227 

Conjunto dos números naturais e inteiros – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Uma sala retangular medindo 3 m por 4,25 m deve ser ladrilhada com26.ladrilhos quadrados iguais. Supondo que não haja espaço entre ladrilhosvizinhos, pergunta-se:

Qual deve ser a dimensão máxima, em centímetros, de cada um des-a)

ses ladrilhos para que a sala possa ser ladrilhada sem que nenhum ladrilhoseja cortado?

Quantos desses ladrilhos são necessários?b)

Hoje, dois técnicos judiciários, Pedro e João, receberam 600 e 48027. processos para arquivar, respectivamente. Se Pedro arquivar 20 processos por dia e João arquivar 12 processos por dia, a partir de quantos dias, con-tados a partir de hoje, Pedro terá menos processos para arquivar do queJoão?

Um auxiliar de enfermagem pretende usar a menor quantidade pos-28.sível de gavetas para acomodar 120 frascos do medicamento tipo A, 150frascos do tipo B e 225 frascos do tipo C. Se ele colocar a mesma quanti-dade de frascos em todas as gavetas e também medicamentos de um únicotipo em cada uma delas, quantas gavetas ele deverá usar?

 No almoxarifado de certa empresa, havia dois tipos de canetas esfe-29.rográcas: 224 com tinta azul e 160 com tinta vermelha. Um funcionáriofoi incumbido de empacotar todas essas canetas, de modo que cada pacotecasse apenas com canetas com tinta de uma mesma cor. Se todos os paco-tes contiverem o mesmo número de canetas, qual será a menor quantidade

de pacotes obtida?

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 228

Matemática básica

Reflexão Vimos nesta unidade algumas aplicações da teoria elementar dos números.Sem dúvida, os números fazem parte de nossas vidas! Em praticamentetodas as atividades, o número está presente. Para Pitágoras, matemático

grego que viveu, aproximadamente, no período de 580-500 a.C. e tambémos seus seguidores, os estudos fundamentais eram a geometria, aritmética,a música e a astronomia. O elemento básico desses estudos seria o núme-ro, não em seus aspectos práticos, mas como a própria essência de suanatureza.

 Leituras recomenaas

Para saber mais do desenvolvimento das ideias sobre números, leia o livrode Carl Boyer, História da matemática. Você também pode recorrer aosseguintes sites:http://fermat.usach.d/histmat/html/eule.html/http://www.prof2000.pt/users/julia/tarefa1.htm/http://www.somatematica.com.br/http://educar.sc.usp.br/experimentoteca/matematica/matematica_ fundamental/1f_numeros_inteiros_p.pdf 

Referências

GUELLI, Oscar. Matemática em construção  – 5a a 8a séries . EditoraÁtica, 2004.

IEZZI, G.; DOLCE, O.; MACHADO, A.; DEGENSZAJN, D.; PERI-

GO, R. Matemática. Vol. único. Editora Atual , 2006.

GIOVANNI, J.R.; GIOVANNI Jr., J.R.; CASTRUCCI, B.; A conquis-ta da matemática – 5a a 8a séries. Editora FTD ,

GIOVANNI, J.R.; GIOVANNI Jr., J.R., BONJORNO, J.R. Matemáti-ca fundamental. Editora FTD ,

Na próxima uniae  Na próxima unidade, ampliaremos o conceito de números e estudaremosalgumas aplicações relacionadas com frações e porcentagens.

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   U  n    i  U  a  U e   2

Conjuntos numéricos

Processos de ensino-aprendiza-gem

 Nesta unidade, será apresentada a ampliação doconjunto dos números naturais. A partir dessa amplia-

ção, você irá resolver problemas relacionados com divi-são e porcentagem.

Objetivos da sua aprendizagemVocê aprenderá que existem outros conjuntos numéricos que foram

estruturados para resolver as operações de subtração e de divisão. A partir dessas estruturas, você irá resolver problemas envolvendo o cál-culo de frações e porcentagens.

Você se lembra?

Você já deve ter vivenciado a situação de dividir uma pizza entre os seusamigos. Dividi-la em duas, quatro ou oito partes é muito fácil. No entan-to, e se você tiver que dividir em três, cinco ou sete partes? Aí a tarefa irácar complicada, pois como deixar todos satisfeitos?

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 230

Matemática básica

 Conjunto os números naturais –2.U Estudamos na unidade 1 algumas propriedades do conjunto dos nú-

meros naturais. O conjunto dos números naturais foi o primeiro sistemade números desenvolvido, e esses números foram usados, primitivamente,

 para a contagem. A sua representação é: = {0, 1, 2, 3 ...}Lembramos que neste conjunto são denidas duas operações funda-

mentais, a adição e a multiplicação. Assim, adicionando ou multiplicandodois números naturais, obtém-se como resultado um número natural. En-tretanto, nem sempre é possível efetuar a subtração e a divisão entre nú-meros naturais. Por exemplo, considere os números naturais 5 e 8. Vamos

combiná-los e efetuar algumas operações, mostradas a seguir.Adição: 5 + 8 = 13 ou 8 + 5 = 13O resultado 13 é um número natural e a ordem das parcelas não al-

tera o resultado.Multiplicação: 5 · 8 = 40 ou 8 · 5 = 40O resultado 40 é um número natural e a ordem dos fatores não altera

o resultado.Subtração: 8 – 5 = 3, em que o resultado é um número natural.

5 – 8 ? O resultado não é um número natural.Divisão: 8

5ou 5

8. Os resultados não são números.

Observamos por meioa dos exemplos acima que é necessário ampliar oconjunto dos números naturais. Nas próximas seções, estaremos estudando ascaracterísticas dos conjuntos dos números inteiros, racionais, irracionais e reais.

 Conjunto os números inteiros –2.2  O conjunto dos números inteiros é dado por: = {..., – 3, –2, – 1, 0, 1, 2, 3...}Os números inteiros são “fechados” em relação às operações de adi-

ção, multiplicação e subtração. Isso signica que a soma, a multiplicaçãoe a subtração entre dois números inteiros fornecem como resultado umnúmero inteiro. Assim, ao se efetuar a subtração de 5 por 8, obtém-se :5 – 8 = – 3.

O conjunto dos inteiros não nulos é:* = {... –3, –2, –1, 1, 2, 3 ...}.Observação –  ⊂ (O conjunto dos números naturais é subcon-

 junto do conjunto dos números inteiros.)

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 231

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

Operações com números inteiros Nesse ponto do curso, temos de compreender bem o uso dos

números negativos. O domínio das operações com números negativostorna possível o desenvolvimento de novos conceitos e, principalmen-

te, efetuar manipulações algébricas. A ideia básica é entender que, para cada número inteiro positivo, existe um número inteiro negativoe vice-versa. Podemos pensar, também, que para cada número inteiroexiste um número oposto. Como exemplo, procure responder às se-guintes perguntas:

Qual é o oposto de 2?a)Resposta: O oposto de 2 é o – 2.

A indicação utilizada é – (2) = – 2.Qual é o oposto de – 5?b)Resposta: O oposto de – 5 é o número + 5.A indicação utilizada é – (– 5) = + 5Para efetuar a operação de soma e subtração de números inteiros,

vamos associar o sinal positivo à ideia de “saldo positivo” ou “ao que te-nho”. O sinal negativo é associado à ideia de “saldo negativo” ou “ao quedevo”. Pensando dessa forma “contábil”, ca fácil efetuar tais operações.

Assim, resolveremos alguns exemplos.+ 5 – 3 = +2a)“Tenho 5” e “devo 3”. Ao “pagar” co com 2, isto é, “tenho 2”.Observe, ainda, que +5 – 3 = – 3 + 5 = +2 –5 + 3 = – 2b)“Devo 5” e “tenho 3”. Ao “pagar” continuo devendo 2, isto é, “devo 2”.Observe que –5 + 3 = +3 – 5 = –2

Notações importantesConsidere a e b dois números inteiros. Então:a + (– b) = a – ba – (– b) = a + bExemplos

4 + (– 10) = 4 – 10 = –6a)4 – (– 10) = 4 + 10 = 14b) –4 + (– 10) = – 4 –10 = –14c)

 – 4 – (– 10) = –4 + 10 = 6d)As ideias apresentadas acima podem ser estendidas ao conjunto dos

números racionais e reais.

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 232

Matemática básica

 Conjunto os números racionais –2.3   Os números racionais podem ser escritos como a relação entre dois

números inteiros, tais que:

Q = x | x = onde * pq  p q∈ ∈

e

Os números racionais são fechados em relação às operações deadição, subtração, multiplicação e divisão (exceto por zero). Observe que

todo número inteiro é um número racional. Por exemplo, 3 =3

1 .Dessa

forma, ⊂

 , isto é, o conjunto dos números inteiros está contido noconjunto dos números racionais.

Ao se caracterizar o conjunto dos números racionais, a fração 5

ca denida como a divisão entre 5 por 8, cujo resultado é 0,625.

Um número racional, quando escrito na forma decimal, pode apre-sentar um número nito de casas decimais (decimal exato) ou um núme-ro innito periódico de casas decimais (dízimas periódicas). Assim:

1

4= 0, 25 (decimal exata)

1

3= 0,333... (decimal innita periódica)

Noções de frações e submúltiplos

O conceito de fração é muito importante na matemática. Para visu-alizar a fração, podemos recorrer a inúmeros exemplos do dia a dia. Por exemplo, utilizamos diariamente expressões do tipo:

 – “Numa fração de segundo...” (Reportando-nos a um intervalo detempo.).

 – “Adoro pizza! Sozinho como a metade de uma”.Já no início dos tempos os homens se deparavam com partes do

todo, quando recorriam a medidas para demarcar territórios ou quando

repartiam as mercadorias em partes. Vejamos alguns exemplos e, de- pois, a denição.

Dividindo um todo em partes iguais, a fração representa uma oumais dessas partes.

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 233

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

A fração destacada da gura representa1

4(lê-se um quarto) do

todo.

1

4

numerador 

denominador 

Traço fracionário

Os termos das frações indicam quantas partes do todo foram consi-deradas (numerador) e em quantas partes o todo foi dividido (denomina-dor).Veja os exemplos:

4

8

3

8

A leitura de uma fração é feita da seguinte forma: Lê-se o numerador antes do denominador.•

1

2

Um meio1

1000

Um milésimo

3

5Três quintos

6

12Seis doze avos

5

10Cinco décimos

14

25Quartoze vinte e cinco avos

8

100

Oito centésimos9

132

 Nove centos e trinta e dois avos

Quando o denominador é maior que dez e diferente de cem, mil etc.,acrescentamos a palavra “avos”.

Page 234: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 234 

Matemática básica

Ao nos referirmos às partes de um todo, podemos dizê-las de dife-rentes formas, que são equivalentes. Dizemos que essas frações são cor-respondentes. Por exemplo, as frações 1

2, 3

6, e 6

12são correspondentes

entre si. Podemos escrever que:

1

2= 3

6= 6

12.

A forma mais simples, que é a fração 1

2, denomina-se fração irre-

dutível.

 Nas guras a seguir, são apresentadas comparações entre frações.Observe-as.

4do chocolate

4

3do chocolate

4

3 4é menor que

4 4

3 4

4 4

    

 Na fração 3

4, o numerador é menor que o denominador. Essa fração

representa uma parte do inteiro, isto é , é menor que 1

3 2 5

3 3 3

5 3

3 3

5 3é maior que

3 3(1 inteiro)

 Na fração 53

o numerador é maior que o denominador. A fração re-

 presenta um número maior que inteiro.

Page 235: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 235

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

Tipos de frações• Próprias: possuem o numerador menor que o denominador.

Exemplos: 1

2

, 2

5

, 5

8

, 3

4

, 12

13

, 99

100

• Aparentes: possuem numerador igual a um múltiplo do denominador.

Exemplos: 1

1, 12

12, 50

25, 35

7, 35

5, 100

10, 169

13

• Impróprias: possuem numerador maior que o denominador e, nes-se caso, representam números inteiros maiores que 1.

Exemplos: 4

3, 12

5, 8

7, 15

14

Para as frações impróprias, tem-se outra forma de representação queé o número misto.

+ + =

+ + =1 1

4

4

4

4

1

4

9

4

1

4

12

4

ou

Sabemos que 9

4é uma fração imprópria e 2 1

4é a forma mista para

representar essa fração imprópria.

21

4é um número misto.

Para lermos um número misto, basta ler a parter inteira e, a seguir, a

 parte fracionária.

21

4 → dois inteiros e um quarto

Page 236: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 236

Matemática básica

Para se obter, a partir de um número misto, a fração correspondente, basta multiplicar o inteiro pelo denominador e somá-lo ao numerador, re- petindo o denominador. Veja o exemplo a seguir:

125

= 1 5 + 25

= 75

Simplicação de frações

Para simplicar uma fração, deve-se dividir numerador e denomina-dor pelo mesmo número de forma que a fração resultante seja equivalenteà original.

 No exemplo a seguir, o numerador 24 e o denominador 10 são múlti- plos de 2. Assim, simplicamos numerador e denominador da fração por 2.

24

10=

24 2

10 2=

12

5

÷÷

A fração obtida, 12

5, é equivalente a 24

10.

Operações com frações2.4 Adição e subtração de frações A soma e a subtração de frações com mesmo denominador são fei-

tas diretamente: 1

8+

6

8  =

7

8ou 7

6

8  =

1

8−

Visualizando uma adição:

+ =3

7

1

7

4

7

Quando os denominadores das frações são diferentes, utilizamos o

mmc para reduzi-los ao mesmo denominador. Considere, por exemplo, asfrações 2

6e

3

5. Observe, então, os passos para se reduzir os denominadores

6 e 5 ao denominador comum, que é o número 30.

Page 237: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 237 

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

1 passo

6,5

3,5

1,51,5

2

3

5

MMC 6,5 = 2 · 3 · 5 = 30

o

( ) e

2º passo

=2

6

10

30

2 s 5

30 w 6 = 5

=3

5

18

30

3 s 6

30 w 5 = 6

Assim:

2

6+

3

5  =

(30 6) 2

30+

(30 5) 3

30  =

10

30+

18

30 

÷ ⋅ ÷ ⋅ =

28

30

Simplicando o numerador e o denominador da última fração pelonúmero 2, obtemos:

28

30  =

14

15 

O processo para se efetuar a subtração é exatamente o mesmo do

anterior. Vamos, por exemplo, efetuar a subtração 79

16

9, 6

9, 3

3, 1

1, 1

2

3

3

2 · 3 · 3 = 18

7

9

2

6 – =

14

18

6

18 –

18 9 = 22 x 7 = 14

18 6 = 33 x 2 = 6

7

9

1

6=

14 6

18=

8

18=

4

9− −

Multiplicação e divisãoPara multiplicar duas frações, multiplica-se o numerador da primei-

ra fração pelo numerador da segunda fração e o denominador da primeirafração pelo denominador da segunda fração.

Considere a operação 12

34

⋅ . Ela nos indica a metade da fração 34

.

Observe os esquemas abaixo:

Page 238: Livro Modulo 1.1

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 238

Matemática básica

3

4

Dividindo-a por 2, temos:

 

Assim, podemos observar que1

2de

3

4é igual a

1

3

4  =

3

8⋅ , ope-

ração que indica a multiplicação entre numeradores (1.3 = 3) e entre osdenominadores (2 . 4 = 8).

Fração inversaDuas frações são inversas quando o numerador de uma é o denomi-

nador da outra e vice-versa. Assim, 3

4e 4

3são frações inversas.

 

O produto entre duas frações inversas é a 1. Por exemplo:

1

3

3

1= x

1

3

3

3=3 x = 1

x

x

4

7x

7

4

28

28= = 1

x

x

Divisão de fraçõesA regra prática para dividir duas frações é manter a primeira fração emultiplicar pelo inverso da segunda fração. Depois, multiplicam-se numera-dor por numerador e denominador por denominador, como na multiplicação.

Quantas vezes a fração está contida em ?

 A fração cabe 3 vezes em , ou seja,

2

10

6

10

6

10

2

10

210

610

6 210 10

= 3

Page 239: Livro Modulo 1.1

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 239

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

Dividir por é o mesmo que multiplicar por 2

10

10

2

2inverso de

10

Inverso

6 2 6 10 60

10 10 2 20 = 3

10

Representação de frações na forma decimalObserve, nos esquemas a seguir, como algumas frações decimais

 podem ser representadas por números decimais.

Lê-se: um décimo.

Lê-se: um inteiro e três décimos.

1ou 0,1

10

5ou 0,5

10

13ou 1,3

10

Lê-se: oito centésimos.

ou 0,088

100

Lê-se: quinze milésimos.

ou 0,01515

1000

Page 240: Livro Modulo 1.1

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 240

Matemática básica

A forma de escrever o número com a vírgula é chamada forma deci-mal ou número decimal.

0 , 2

parteinteira

vírgulaparte

decimal

2

10=

Adição e subtração de números decimaisPara somar os números decimais, deve-se colocar a vírgula debaixo

de vírgula e somar as partes correspondentes. Na subtração o procedimen-

to é o mesmo. Veja:1,3 + 65, 4 = 66,7 95,6 13,1 = 82,5

1,3

+65,5

66,7

95,6

13,1

82,5

Multiplicação e divisão de números decimais

Somar vários números decimais iguais equivale a multiplicar pelaquantidade de vezes pela qual o número está sendo somado.

Exemplos Efetue a soma de 1, 1 + 1, 1 +1, 1 .a)

1,1

1,1

1,1

Parcelas iguais ou

1,1

x3

3,3 1 casa decimal

1 casa d

→ eecimal

3,3

Um pai deu R$ 5,25 para cada um de seus três lhos. Qual é o valor b)total “gasto” pelo pai?

R$5,25

+ R$5,25

R$5,25R$15,75

Ou ainda

R$ 5, 2, 5

x 3

15, 7 5

U D C

R$ 5,25 · 3 =

R$5,25 Duas casas decimais

R$5,25

R$15,75 Duas casas decimais

Page 241: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 241

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

Dividir números decimais exige atenção especial. Antes de se efetu-ar a operação, devem-se escrever os números que participam da operaçãocom igual quantidade de casas decimais. Em seguida, eliminam-se as vír-gulas de ambos os números e, então, o procedimento posterior é o mesmo

da divisão com números naturais. Por exemplo, vamos efetuar a divisãode 4,5 por 3. Observe o esquema:

45 –

30

15

30

1,5

0 –

150

0

4,5 3,0

45 30

45 –

30

15

30

1

1 x 30 = 30

45 –

30

15

30

1,

45 –30

150

301,

Outro exemplo, a divisão de 5 por 4:

5

 – 4

1 0

– 8

0 2 0

– 2 0

0

4

1,25

 

Porcentagem 2.5 Um conceito muito utilizado em Matemática é o de porcentagem.Para entendê-lo, suponha que um aluno tenha acertado 20 testes de uma prova contendo 50 testes. Podemos, então, representar o rendimento destealuno como 20

50. Você deve estar lembrado que essa fração é equivalente

a 2

5, pois é possível simplicá-la por 10. Mas, ainda, essa fração é equi-

valente a 40100

, se a multiplicarmos por 2. Frações em que o denomina-

dor é igual ao número 100 são chamadas de razão, ou taxa porcentual, ecostuma-se representá-las pelo símbolo %. Assim:

Page 242: Livro Modulo 1.1

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 242

Matemática básica

20

50

2

5

40

10040= = = %

Para se escrever uma fração na forma de taxa porcentual, basta di-

vidir o numerador pelo numerador. O resultado é multiplicado por 100,acrescentando-se o símbolo %. Assim, no exemplo anterior:

Efetuando-se a divisão:20

50= 0, 4 .

Multiplicando o resultado por 100 e acrescentando o símbolo de porcentagem: 0,4 · 100 = 40%.

Um tipo de problema muito comum é “calcule 20% de 80”. Para

resolvê-lo, basta multiplicar o número 20 pelo número 80 e dividir o re-sultado por 100. Assim:

20% de 80 =20 80

100= 16

Exemplos de problemas envolvendo o cálculo de porcentagem:A classe de Márcio está organizando uma excursão. Nesta excursãoa)

irão 60% dos alunos da classe. Se a classe tem 25 alunos, quantos alunosvão participar dessa excursão?

ResoluçãoPrecisamos calcular 60% de 25.Já sabemos que 60% = 60

100=

3

5. Então, calcular 60% de 25 é o

mesmo que calcular  3

5

de 25, isto é: 3

5

de 25 = 25·3

5

=75

5

= 15

Repare que você poderia ter feito: 60% de 25 =60 25

100= 15

⋅ 

Logo, 60% de 25 = 15, ou seja, 15 alunos participarão da excursão.

Em uma loja, um vídeo game custa R$ 180,00 e está sendo vendidob)com um desconto de 15%. Por quanto ele está sendo vendido?

Resolução 

15% de180 =15

100·180 =

15·180

100=

2.700

100= 27

Page 243: Livro Modulo 1.1

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 243

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

Portanto, o desconto é de R$ 27, 00, ou seja, o vídeo game é vendido por:R$ 180,00 – R$ 27,00 = R$ 153,00.

Calcule a porcentagem em branco na área da gura a seguir:c)

1 m

1 m

d

Resolução: A área em branco = 58

= 0,625 = 62,5%

 Conjunto os números irracionais –2.6  ´Existem números que podem ser escritos na forma de decimal e com

innitas casas decimais, mas que não são periódicos.Exemplo

Considere um quadrado de lado 1 m, como indicado na gura abaixo.Para se calcular a diagonal do quadrado, utilizamos o teorema de Pitágoras.Assim:

1 m

1 m

d

 

d = 1 +1

d = 2

d = 2utilizando uma

calculadora

d = 1,414213562...

 ¯ 

2 2 2

2

↓  

decimal infinita não periódica

 Números que apresentam este comportamento constituem o conjun-

to dos números irracionais, designado por '. Outros exemplos de núme-ros irracionais:

Page 244: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 244 

Matemática básica

3 1,732050808...

5 = 2,236067978...

e = 2,7182818284...

= 3,14159

=

π 22653897323846...(número pi com 20 casas decimais)Pode-se demonstrar que os números apresentados acima não  po-

dem ser colocados na forma  p

q= com p e q .∈ ∈ *

O conjunto dos números irracionais apresenta uma innidade deelementos. Basta observar que se r é um número racional e x um núme-ro irracional, então x + r, x r ,

x

r ,

x⋅ são todos irracionais.

 Conjunto os números reais –2.7   Número real é todo número racional () ou irracional (´). As-

sim, o conjunto dos números reais () é a união do conjunto dos núme-ros racionais () com o conjunto dos números irracionais (´). Isto é:

NZ

QQ’

Subconjuntos de

=  ’

Observação  ⊂ ⊂ ⊂

’ ⊂ ∪ ’=

Os números reais podem ser representados por pontos numa retaorientada, como mostra na gura a seguir. Para isso, escolhemos arbitra-riamente um ponto, chamado de origem, para representar o zero e outro ponto, geralmente à direita, no sentido positivo, para representar o 1.Dessa forma, estabelece-se um sistema relacionando os pontos da reta

aos números reais, isto é, cada ponto representará um único número reale cada número real será representado por um único ponto. Os números àdireita do zero são os números positivos e os números à esquerda do zerosão números negativos.

Page 245: Livro Modulo 1.1

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 245

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

0 1 2 3 4 51235 4

- 3,5

0 1 2 3 4 51234

- 3,5

0 1 2 3 4 51234

- 3,5

P

P

2

1,2

1,4

1,8

3,5

1,6

 –  –  –  –  – –  –

Exemplo: Classique cada uma das sentenças em verdadeira (V) oufalsa (F).

π ∈a) 5 ∈b)

2

3∈c)

− ∈1 d)

 – 3e) ∈

2 ∈ 'f)

π ∈g) ’

π ∈h)

0,43i) ∈

  j)1

2∈

2,444...k) ∈ ’

Respostas(F)a)(F)b)(F)c)(F)d)

(V)e)(V)f)(V)g)(V)h)

(V)i)(V) j)(F)k)

Exemplo: Escreva os números racionais abaixo na forma de deci-

mal (exata ou dízima periódica):1

2a)

5

6b)

7

5c)

3

4d)

3

4e)

16

50f)

42

90g)

Dica: Basta efetuar a divisão do numerador pelo denominador.)

Respostas0,5a)0,833...b)1,4c)

0,75d)1,333...e)0,32f)

0,4666...g)

Page 246: Livro Modulo 1.1

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 246

Matemática básica

Exemplo: Escreva os seguintes números racionais na forma de fração:0,42a)0,04b)2,45c)

12,354d) – 0,582e) – 3,1415f)

Resolução

0,42 =a) 42

100=

21

50

0,04 =b)4

100=

1

25

2,45 =c) 245

100=

49

20

12,354 =d)12354

1.000=

6177

500

 – 0,582 =e) − −582

1.000=

291

50

 – 3,1415 =f) − −31415

10.000=

6283

2.000

 Ativiaes

Responda ao que se pede em relação aos elementos do conjunto dos01.números inteiros Z:

Qual é o oposto de 2?a)

Qual é o oposto de –5?b)

Qual é o oposto de – 20?c)

Qual é o oposto de zero?d)

Qual é o oposto de (3 + 5) ?e)

Page 247: Livro Modulo 1.1

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 247 

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

Qual é o oposto de (3 – 5) ?f)

Qual é o oposto de (2 · 3) ?g)

Qual é o oposto de – 2 · 3 ?h)

Qual é o oposto dei) − 12

6?

Efetue:02.(+5) + (–1) + (+1) =a)  ______________________________________ (–6) + (+1) – (–3) =b)  ______________________________________ 

(+5) + (+2) – (–3) =c)  ______________________________________ (–2) · (–3) · (+4) · (–1) =d)  __________________________________ (+2) + (–8) · (–4) =e)  ______________________________________ (–15) : (–3) – (–4) =f)  ______________________________________ 

Determine o resultado das expressões aritméticas abaixo.03. –2 ·(3 – 5) –4 ·(2 · 3 + 1) =a)  _______________________________ 

[ –2 · (2 · 3 – 4) + ( – 1 · 3) – ( 2 – 6 · 3)] ·(–4) =b)  _______________ (8 : 4) – [4 · 5 +6 · (–4) + (2 – 4) · (2 · 3 – 5)] =c)  ________________ {– 2 · 5 + 4 · [(4 – 8 · 2) : (–6) + 5 ] · (–1) – 7}d)  ________________ 

Coloque os números a seguir em ordem crescente.04.10, – 20, 5, – 4, 0, – 3, 2, – 2, – 5, 6, –1, 20, –10, –14, –17

Determine o resultado das expressões algébricas a seguir.05.2 · x + 3 · y – 4 · z, para x = – 12, y = 3 e z = – 15a)

Page 248: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 248

Matemática básica

2 · (x + y – 3 · z), para x = y = –2 e z = 5b)

x · y · z – 2 · (x + y ·z), para x = – 2, y = –5 e z = 7c)

xd) 2 – 3x + 6, para x = –2

12abc – 5b – 2c, para a = – 1, b = –6 e c = –9e)

2xf) 3 – x2 + 3x, para x = 1

x 2x + 3y yz−      g) , para x = –2, y –8, e z = –4

3xyh) 2 –x2 y3 – 2y + 4, para x = – 1 e y = – 2

Problemas envolvendo números inteiros.06.Determine o número que, somado a 204, torna-se igual a 321.a)

 Numa subtração, o minuendo é 124 e o resto é igual a 18. Qual é ob)

subtraendo?

Page 249: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 249

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

Um número, quando multiplicado por 15, torna-se igual a 45. Qual éc)esse número?

Determine o produto de (–5) por (–9).d)

Determine o resultado da divisão de (–45) por (+5).e)

Determine o simétrico (oposto) de (–12) + (–4) + (–8).f)

Determine o número que, somado a 4, fornece o resultado – 8.g)

Calcule o número que devo subtrair de 7 para se obter o número – 12.h)

 Num mês, Ana recebeu R$ 2.850,00 e, no mês seguinte, recebeu R$07.4.935,00. Se ela gastou R$ 5.830,00, quanto economizou no bimestre?

Quantos são os divisores inteiros do número 16?08.

Um funcionário carrega três pacotes por vez de um veículo estaciona-09.do a 15 m de distância do local de armazenamento. Como terá que carregar 

36 pacotes, então, ao todo, qual será a distância que ele percorrerá?

Page 250: Livro Modulo 1.1

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 250

Matemática básica

Determine o resultado da soma algébrica 2 – 4 + 5 – 8 – 1 + 6.10.

Calcule o resultado de (11.  – 2) + (–3) – (–4) – (–7).

Calcule o valor de (1 – 22 – 9):(–2 + 7 – 20).12.

Responda ao que se pede.13.Qual é o sucessor de 10?a)

Qual é o antecessor de 17?b)

Qual é o sucessor de – 23?c)

Qual é o antecessor de – 56?d)

Pedro escolheu para ler três livros de 48 páginas cada. Ele leu a mes-14.

ma quantidade de páginas por dia. Sabendo-se que leu os três livros emquatro dias, quantas páginas ele leu por dia?

O matemático grego Eratóstenes viveu muitas décadas antes de Cris-15.to: ele nasceu em 275 a.C. e morreu em 194 a.C. Quantos anos viveu Era-

tóstenes?

Page 251: Livro Modulo 1.1

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 251

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

Escreva as frações abaixo na forma de decimal. (Basta efetuar as divisões.)16.45

10a)

45

100

b)

45

1000c)

3

2d)

5

4e)

4

5f)

3

5g)

12

36h)

125

500i)

169

13

 j)

625

125k)

32

28l)

2

9m)

47

94n)

234

1000o)

Transforme os decimais abaixo em fração irredutível.17.0,2a)

0,4b) 0,25c)0,83d)0,225e)0,248f)0,125g)

1,2h)

2,4i) 1,25 j)3,83k)1,125l)32,4m)20,52n)

0,004o)

 – 0,1p)  – 0,002q)

 – 3,14r) – 0,75s) – 0,5t) – 1,25u)

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 252

Matemática básica

Calcule:18.1

2a) de 400

3

5

b) de 600

4

3c) de 21

1

4d) de 30

2

7e) de 14

1

2f) de1

3

3

5g) de 2

74

3

h) de 1

81

9i) de – 81

1

10 j) de 300

1

100k) de 300

1

1.000l) de 300

Efetue as operações indicadas, simplique quando necessário e deixe19.a resposta na forma de fração.

4

8+

6

9a)

3

4+

1

3b)

4

3

2

3−c)1

2

3

4−d)

3

4

2

3−e)

2

3

6

5⋅f)

2

3

6

7⋅g)

3

6 ÷5

4h)

2

5

2i)

2

6

7 j)

Page 253: Livro Modulo 1.1

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 253

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

Resolva as operações indicadas a seguir.20.

23

44

5

−a)

5 +1

2

51

2−

b)

2

34

25

+ 12

−c)

12+ 1

214

−d)

21

4+ 3 1

2

3− − 

     ⋅  

    e)

Determine o valor numérico das expressões abaixo.21.

13

+ 32

29

+ 16

4 =− −a)

1

31

1

2

1

21+

1

3

1

4

1

21− − − − 

    

  

   

  

   b) =

3+1

4

1

3

41

3

5

6

+1

2

1

4

11− − − − 

 

 

  

 

 

 

  c) =

0,75 1

3

2 0, 25

1,51+

4

3

− − −⋅d) =

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 254 

Matemática básica

0,25+1

20,1 2

3

1

23− −⋅ 

    

  

   e) =

0,5 2 3+ 0, 25 31

2

1,5⋅ − − −f) =

0,3 2 +1

22 +

1

2

3

4÷0,75

  

   

g) =

0,25 + 3 · (2 + 1,25) –2 · (3 : 4) =h)

8

3

1

4+

1

8

1

120,5

1

2

1

6

1

12+

1

9+ 2

1

4

1

12− − − − 

    

  

   

  

   

i) =

6

5+

25

8

2

7

43

+ 15

18

÷ 35

+1

2

⋅       

 j) =

Calcule:22.5 + 2,1 – (1,2 + 1,75) · 3 – 2,7 + (0,36 : 6) =a)0,4 : 0,02 – [3 – 0,2 –(2,5 : 0,2 – 0,9)] · 5 =b)[(7,2 · 3,7 – 0,25) : (0,4 – 0,27) : 200] · (2,05 – 1,45 + 3,5) =c)

Page 255: Livro Modulo 1.1

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 255

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

Escreva cada decimal abaixo em forma de porcentagem.23.0,25a)0,42b)0,98c)

0,87d)1,23e)3,05f)2,20g)

2,2h)12,34i)3,0 j)

0,004k)0,2l)2,15m)0,02n)

Calcule:24.25% de 300a)12% de 432b)30% de 5c)

7,2% de 0,3d)5,4% de 0,48e)

12% de 10%.f)23% de 15%g)43% de 3,5%h)

20% de 0,12%i)

Determine 30% da quinta parte de 1.000.25.

Um artigo que custava R$ 400,00 está sendo vendido com desconto de26.

25%. Qual é o preço deste artigo?

Page 256: Livro Modulo 1.1

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 256

Matemática básica

Se você tiver desconto de 3% ao pagar à vista uma conta de R$27.1.200,00, quanto você terá de abatimento dessa conta?

Ao pagar à vista uma conta de R$ 420,00, você recebe desconto de28.3%. Nessas condições, quanto você pagará?

Um vendedor faz a você um abatimento de 15% sobre R$ 4.000,00 ao29.comprar um produto à vista. Quanto você pagará pelo produto?

Uma pessoa compra um terreno por R$120.000,00 e vende com lucro30.

de 15%. Por quanto vendeu o terreno?

Uma lanchonete vende cada X-salada por R$ 6,00. Sabendo que um31.quinto desse preço equivale ao custo do pão e de outros ingredientes e que

um terço corresponde às outras despesas, calcule o lucro, em porcentagem,obtido na venda de cada sanduíche.

Uma editora dá 30% de comissão aos vendedores e 7% aos autores32.sobre o preço de venda. Quanto ganha, respectivamente, vendedor e autor 

 por cada livro vendido com o preço de R$ 50,00?

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 257 

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Conjuntos numéricos – Unidade 2

Uma pessoa revende um automóvel por R$ 15.000,00, lucrando 25%33.sobre o preço de compra. Por quanto essa pessoa havia comprado o auto-móvel?

Em um colégio, 28% dos alunos são palmeirenses e os alunos restan-34.tes somam 1.008. Qual é o número total de alunos do colégio?

Reflexão Por volta de 450 a.C., o pensador grego Zenão de Eleia propôs umasérie de paradoxos que indicavam que as propriedades numéricas dosconjuntos innitos diferiam, e muito, daquelas dos conjuntos nitos.Muitos matemáticos e lósofos de períodos posteriores se dedicaramem resolver essas questões paradoxais propostas por Zenão. No século

XVI, Galileu Galilei (1564-1642) propôs outro paradoxo sobre o in-nito. Ele observou que o conjunto dos números naturais podia ser co-locado em correspondência biunívoca com o conjunto dos quadradosdos números naturais, isto é, 1 com 12, 2 com 22, 3 com 32, e assim por diante. Isso contrariava a ideia de Euclides de que o todo é sempremaior que suas partes.

 Leituras recomenaasPara saber mais a respeito do desenvolvimento das ideias sobre números, leiao livro de Carl Boyer, História da matemática. Leia também o excelente livrode divulgação matemática o Homem que calculava, de Malba Tahan.Você também pode recorrer aos seguintes sites:http://fermat.usach.d/histmat/html/eule.html/http://www.prof2000.pt/users/julia/tarefa1.htm/http://www.somatematica.com.br/

http://educar.sc.usp.br/experimentoteca/matematica/matematica_ fundamental/1f_numeros_inteiros_p.pdf 

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 258

Matemática básica

Referências

GUELLI, Oscar. Matemática em construção  – 5a a 8a séries. EditoraÁtica, 2004.

IEZZI, G.; DOLCE, O.; MACHADO, A.; DEGENSZAJN, D.; PERI-GO, R. Matemática. Vol. único. Editora Atual, 2006.

GIOVANNI, J.R.; GIOVANNI Jr., J.R.; CASTRUCCI, B.; A conquis-ta da matemática  – 5a a 8a séries . Editora FTD

GIOVANNI, J.R.; GIOVANNI Jr., J.R.; BONJORNO, J.R. Matemáti-ca fundamental. Editora FTD,

Na próxima uniae  Na próxima unidade, ampliaremos o conceito de multiplicação por meioda ferramenta denominada de potenciação. Estudaremos, ainda, a opera-ção inversa que é a radiciação.

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   U  n    i  U  a  U e   3

Potenciação e radiciação

Processos de ensino-aprendizagemAprender a operação de potenciação e radiciação.

Objetivos da sua aprendizagem Nesta unidade, você aprenderá as ferramentas matemáticas de

 potenciação e radiciação. Essas ferramentas serão úteis na reso-lução de muitos tipos de problemas envolvendo a álgebra.

Você se lembra?Muitas expressões algébricas mostram relações entre grandezas e

números. Por exemplo, você deve se lembrar de que normalmentea fórmula da área de um quadrado é representada por  A = l 2, onde a

letra l representa o lado do quadrado. Observe a notação l 2. Ela mostraum tipo de operação que envolve fatores iguais entre si.

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 260

Matemática básica

Potenciação  3.UUma potenciação representa uma multiplicação de fatores iguais

entre si. Por exemplo, a multiplicação 2.2.2, em que aparecem três fatoresiguais a 2, é escrita como 23 . Observe que nessa representação o 2 (deno-

minado de base) é o fator que se repete na multiplicação e o 3 (denomina-do de expoente) indica o número de vezes que a base se repete. Dessa for -ma, ao se deparar com a potência 23 , você deve efetuar a multiplicação2.2.2 e obter o resultado 8.

Observe os exemplos a seguir.

34 = 3·3·3·3 = 81

53 = 5 ·5 ·5 = 125

05 = 0·0 ·0·0·0 = 0

2 2 = 2 · 2 = 4

2

( ) −( ) ( )

−( )33 = 2 · 2 · 2 = 8

120 = 1·1...1

20vezes

= 1

1

4

2=

1

1

4=

1

−( ) −( ) −( ) −

  

   

66

2

3

4=

2

2

2

3·2

3=

16

81  

   

Obs.: Se a base for literal, como acontece em expressões algébricas,utilizaremos o mesmo raciocínio. Assim:x · x = x2

 b · b · b · b =b4

y · y · y = y3 a · b · c · b · b · c · c · c = a · a · b · b · b · c · c · c · c = a 2 · b3 · c4

Representa-se potência de base real a e expoente inteiro n na forma

an e que é denida nos seguintes casos.

Expoente inteiro maior que 1 –Multiplica-se a base tantas vezesquanto o número indicado pelo expoente.

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 261

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Potenciação e radiciação – Unidade 3

Exemplos 24 = 2·2·2·2 = 16(– 3)3 = (– 3)· (– 3)· (– 3) = – 27

4

5

2

=4

5

4

5 =

16

25             ⋅       

Expoente igual a 1 – Toda potência com expoente 1 é igual à base.Exemplos2 = 2 11 = 11

( 3) = 3

1 1

1− −   

   

2

5

1=

22

5

Expoente igual a zero – Todo número diferente de zero e elevado azero é igual a 1.

Exemplos 2 = 1 25 = 1

( 4) = 1

0 0

0− − 

 

 1

2  

  

0

= 1

Expoente negativo – Toda potência de expoente inteiro negativo e basediferente de zero é igual à potência de base inversa e expoente positivo.

Exemplos

3 =1

3

2=

1

9

25 = 52 = 3.12532

2 =1

2

2−   

   

      

      

−( )−

−  

 

5 5

5

    −5

=1

32  

Os casos acima podem ser resumidos da seguinte forma:Potência com expoente inteiro e positivo: a a a a an = ⋅ ⋅ ...

n vezes

  .

Potência com expoente igual a zero: a0 = 1 .Potência com expoente inteiro e negativo:a – n = 1

an.

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 262

Matemática básica

Proprieaes operacionais a potenciação  3.2 Sejam a e b dois número reais e sejam m e n expoentes inteiros. As

seguintes propriedades serão utilizadas no cálculo das operações envol-vendo potências.

1a Propriedade: produto de potências de bases iguais Na multiplicação de potências de bases iguais, conserva-se a base e

somam-se os expoentes.am · an = am +n Exemplos

32 35 = 32+5 = 37

86 8 3 = 86+( 3) = 86 3 = 83

2 10 2 15 = 2 10+15

−( ) ⋅ −( ) −( )

− − −

== 2 25

3

4

7 3

4

5=

3

4

7+5=

3

4

2=

3

4

−( )

  

    ⋅  

    

  

   

  

   

  

− − −     

2

x12 · x8 = x12 + 8 = x20

2a Propriedade: divisão de potências de bases iguais

 Na divisão de potências de bases iguais e diferentes de zero, conser-va-se a base e subtraem-se os expoentes.

am

an = am n−

Exemplos

52

52

= 55 2 = 53 73

74

= 73-4 = 7 1 =1

7

73

7 4 = 73 4 = 73+4 = 77 x15

x14 = x1

− −

−− −( ) 55 14 = x1 = x−

3a Propriedade: potência do produtoA potência do produto é igual ao produto das potências.(a ·b )m = am · bm

Exemplos(2 · 3)4 = 24 · 34

Obs.: Repare que este cálculo pode ser efetuado como: (2 · 3)4 = 64.(x · y)5 = x5 · y5 (3 · 5)3 = 33 · 53 = 153

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 263

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Potenciação e radiciação – Unidade 3

4a Propriedade: potência da divisãoA potência de uma divisão, com denominador diferente de zero,é

igual à divisão das potências.

a

 b

n

=an

 bn      

Exemplos

x

y

5=

x5

y5

2

5

3=

23

531

2

2=

12

22 =1

22 =1

4

  

   

 

 

 

  

  

   

5a Propriedade: potência da potênciaConserva-se a base e multiplicam-se os expoentes.(am )n = am · n

Exemplos

32 = 32 3 = 36

52 3 4= 52 3 4 = 524

12

31

= 12

( ) ⋅

( )  

   

⋅ ⋅

    

  

−−

     

       

  − −( )3 1 = 1

23

Raiciação e potência com expoente racional  3.3 

A raiz n-ésima de a é representada por  an , em que a é denomina-

do de radicando e n, de índice.

 No conjunto dos números reais, a raiz n-ésima de a é denida comoo número x que elevado ao expoente n resulta em a. Simbolicamente:

an = x xn = a⇔

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 264 

Matemática básica

Exemplos

1253 = 5,pois53 = 125

323 = 2, pois 2 5 = 32− − −( ) −

164 = 2, pois 24 = 16

9

4=

3

2, pois

3

2

2=

9

4  

   

Obs.: A raiz índice par de um número positivo 

Considere um número real a e positivo. Dizemos que a = b, se, esomente se, b for um número não negativo, tal que b2 seja igual a a. En-tretanto, ao considerarmos o exemplo numérico 49 , vericamos queexistem duas possibilidades, isto é, podemos considerar:

49 = 7, pois72 = 49 ou 49 = 7, pois 7 2 = 49− −( )

 Nos problemas aritméticos, sempre consideraremos o resultado emmódulo. Assim:

49 = 72 = 7 2 = 7 = 7 ou

49 = 72

= 7 2 = 7 = 7− − −

Expoente racional Para a base a, real e positiva, e expoente racional m

n, com m ∈,

n ∈*, denimos:

amn = amn  

Exemplos

7 = 712 5 = 5

12 34 = 3

1

4325

= 325

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 265

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Potenciação e radiciação – Unidade 3

52 = 5=

5 32 = 3 = 3

23 = 2 = 2 5 = 5 = 5

102

1015 4

24

12

939

13 126

126 2

Para as potências com expoentes racionais e para números reaisquaisquer, valem as seguintes propriedades:

1a Propriedade:  a · a = am

n

 p

q

m

n+

 p

q

Exemplo:  a a a a a1

2

1

3

1

2

1

3

5

6 56. = = =+

2aPropriedade: a

a

a

m

n

 p

q

m

n

 p

q=− , com a ≠ 0

Exemplo: a

a

a a a

1

2

1

3

1

2

1

3

1

6 6= = =−

3a Propriedade:  a b a a⋅ = ⋅m

n

m

n

m

n

Exemplo:  a b a b⋅( ) = ⋅1

2

1

2

1

2

4a Propriedade: ab

a

b

m

n

m

n

m

n

  

    = , com b ≠ 0

Exemplo:  a

b

a

b

  

    =

1

3

1

3

1

3

5a Propriedade:  a am

n

 p

q m

c

 p

 

 

   =

.

 

Page 266: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 266

Matemática básica

Exemplo:  a a a a1

2

1

2

1

3

1

6 6 

 

 

   = = =

1

3 . 

Com essas propriedades, podem ser demonstradas as seguintes pro- priedades dos radicais:

1a Propriedade:  an

 bn

= a  bn⋅ ⋅

Exemplo:  93

33

= 9 33 = 273

= 333= 3⋅ ⋅

2a Propriedade:  an

 bn

=a

 b

n

Exemplo: 49

5

75

=49

7

5 = 75

3a Propriedade: anm

= amn( )Exemplo:  34

3= 334( )

4a Propriedade:  amn = an m⋅

Exemplo:  253

= 23 5

= 215⋅

5a Propriedade:  am pn p

= amn⋅⋅

Exemplo:  3520= 314

= 34

Page 267: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 267 

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Potenciação e radiciação – Unidade 3

2a) 9

2b) 10

(–1)c) 4

(–1)d) 7

(–2)e)9

1

2

3  

   f)

−  

   

1

2g)

−  

   

1

2

4h)

0i) 1.000

1 j)2.000

(– 1)k) 100

(– 1)l) 1.001

32

  

  m)

−  

   

3

5n)

Exercícios propostosCalcule as potências a seguir.01.

Calcule as potências que se seguem.02.

 – 2a) 9

 – 2b) 10

(– 3)c) 4 

−  

   

2

3

4d)

(– 2)e) 1

− 

  

  12

3f)

− −  

   

1

2g)

(0,1)h) 4

(–0,1)i) 3

(0,2) j)2

Page 268: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 268

Matemática básica

Responda ao que se pede.03.Qual é o quadrado de 8?a)

Qual é o cubo de 9?b)

Qual é o cubo de –1?c)

Qual é a quarta potência de 10?d)

Qual é a primeira potência de 16?e)

Escreva as seguintes potências na forma de fração.04. – 2a)  – 1

(– 3)b)  – 4

−  

   

−2

3c)

(– 2) –1d)

−      

−1

2

3

e)

− −  

   

−1

2

3f)

(0,1)g)  – 2

(0,1)h)  – 3

(0,2)i)  – 2

(3,5) j)  – 1

(– 0,03)k)  – 2

3

5

1  

   

l)

−  

   

3

5m)

Page 269: Livro Modulo 1.1

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 269

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Potenciação e radiciação – Unidade 3

9a) 3 · 92 = 95

9b) 3 · 92 = 96

720

710=72c)

720

710 =710d)

(5e) 3)4 = 57

(5f) 3)4 = 512

3 · 4g) 2 = 122

(3 · 4)h) 2 = 122

(3 · 4)i) 5 = 35 · 45

(7 j) 3) – 2 = 5  –6

Escreva as frações abaixo na forma de potência.05.1

2a)

1

3

b)

1

10c)

1

4

d)

1

5e)

Classique em verdadeiro (V) ou falso (F) as sentenças abaixo.06.

Simplique e dê a resposta na forma de potência.07.2a) 3 · 24

3b) 5 · 32

4c) 3 · 42

2

3

3 2

3

4  

    ⋅ 

    d)

Page 270: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 270

Matemática básica

1

4

1

4

4  

   ⋅

  

   

e)

(– 2)f) 3 · (– 2)5

(– 4)g)  –3 · (– 4)5

(– 4)h)  –3 · (– 4) –5

2i) 2 ·(2 –3) –2

−( )

( )− −

3

3

2

3 1 j)

24 1 2

2 6

( )− 

  

  

−( )k)

Escreva os seguintes radicais na forma de potência.08.

7a)

5b)

34c)

325d)

5210e)

324f)

239g)

11212h)

3105i)

5126 j)

Page 271: Livro Modulo 1.1

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 271

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Potenciação e radiciação – Unidade 3

16a)

83b)

164c)

1253d)

643e)

2435f)

646g)

823h)

62524i)

Simplique os radicais que se09. seguem.

50a)

18b)

98c)

400d)

2503e)

3244f)

21603g)

56254h)

3003i)

Efetue as operações indicadas abaixo.11.2 8+a)

3+ 12b)

4+ 9c)

32 50−d)

20 45−e)

Simplique os radicais a seguir.10.

Page 272: Livro Modulo 1.1

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 272

Matemática básica

3203 1353−a)

20 180 + 2 3−b)

5 300 8 192 4 1− −c)

813 + 3753d)

2434 5 484 + 2 814−e)

726 23

150 12

54− −f)

4

58003 1

227003 + 1

21003−g)

Simplique os radicais e efetue as operações indicadas.12.

Simplique.13.

2 8a)

9 33 3·b)

3 12⋅c)

25 53 3·d)

3 2 2 2· ·e)

Page 273: Livro Modulo 1.1

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 273

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Potenciação e radiciação – Unidade 3

50

2f)

80

20

g)

80h)

500

500

6

3i)

64

1

2 j)

493

2k)

324

5l)

811

4m)

1

1

13n)

272

3o)

Simplique.14.5 · 3a)  –2

25 · 5b)  –3

36 · 6c)  –1

5d)  –2 ·504 · 3e) 2

3 · 4f) 2 – 4 ·52

2 · 3g) 5 – 5 · 72

Page 274: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 274 

Matemática básica

5 3

4 3

3 3

3 4

+−

h)

5 2

3 4

2 5

4 3

− −

− −

i)

−( )− −( )− −

2 5+ 3

8 1 100 j)

8 3

4 8

2 4

3 2

− −

−−

−( ) − −( )k)

27 13 +l)

Efetue a operação e simplique:15.

5 52

3

1

3·a)

16 165

12

1

3·b)

8 81

3·c)

−( ) −( )5 523

43·d)

4 81

3·−

e)

8 44

5

4

5·f)

125 53

4

3

4⋅g) 5 8 101

2

1

2

1

2· ·

Page 275: Livro Modulo 1.1

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 275

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Potenciação e radiciação – Unidade 3

Simplique:16.

251

3

3

 

 

  

a)

271

2

2

 

 

  b)

1 0004

5

5

3.

 

 

 

 

 c)

4

81

7

3

2

7  

   

 

 

 

 

  

d)

1

27

5

6

0 5

 

 

 

  

 

 

 

 

  

,

e)

251

3

3

2− 

 

 

  f)

271

2

3

 

 

  g)

811

23

 

 

 

   

h)

1

343

0 45

6  

   

 

 

 

  

− ,

i)

8 16

2

5

3

 

  

   j)

256 36 1253

8

1

2

2

5+ +k)

Reflexão Potenciação e radiciação são duas ferramentas matemáticas que você deveaprender muito bem. Geralmente, aparecem operações envolvendo núme-

ros ou letras afetados de expoentes. Além do mais, ao se resolver algunstipos de equações, devemos utilizar uma extração de raiz quadrada, por exemplo.

Page 276: Livro Modulo 1.1

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 276

Matemática básica

 Leituras recomenaasVocê também pode recorrer aos seguintes sites:http://fermat.usach.d/histmat/html/eule.html/

http://www.prof2000.pt/users/julia/tarefa1.htm/http://www.somatematica.com.br/http://educar.sc.usp.br/experimentoteca/matematica/matematica_ fundamental/1f_numeros_inteiros_p.pdf 

Referências

GUELLI, Oscar. Matemática em construção  – 5a a 8a séries. Editora

Ática, 2004.

IEZZI, G.; DOLCE, O.; MACHADO, A.; DEGENSZAJN, D.; PERI-GO, R. Matemática. Vol. único. Editora Atual, 2006.

GIOVANNI, J.R., GIOVANNI Jr., J.R., CASTRUCCI, B.; A conquis-ta da matemática – 5a a 8a séries. Editora FTD .

GIOVANNI, J.R.; GIOVANNI Jr., J.R., BONJORNO, J.R.; Matemáti-ca fundamental. Editora FTD .

Na próxima uniae  Na próxima unidade, estudaremos alguns tipos de produtos notáveis e ca-sos de fatoração. Iniciaremos, então, as manipulações algébricas que irão permitir resolver muitos tipos de problemas envolvendo equações. Alguns

tipos de equações serão estudados na unidade 6.

Page 277: Livro Modulo 1.1

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 277 

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

   U  n    i  U  a  U e  4

Produtos notáveis e fatoração

Processos de ensino-aprendizagemComeçamos nesta unidade a efetuar as chamadas

manipulações algébricas. Entender as regras de mani- pulação algébrica irá permiti-lo resolver problemas com

relativa facilidade.

Objetivos da sua aprendizagemVocê irá aprender como fazer as manipulações envolvendo as ex- pressões algébricas. A seguir, serão apresentados alguns produtos queaparecem com muita frequência. Tais produtos são denominados de

 produtos notáveis. Finalizamos a unidade com o processo inverso do de-senvolvimento de um produto notável que é a fatoração. Existem alguns

casos de fatoração que permitirão simplicar a resolução de problemasalgébricos.

Você se lembra? No seu curso do Ensino Médio, você deve ter se deparado com expressãodo tipo (a + b)2. Muitos devem se lembrar de que essa expressão se tratado quadrado da soma de dois termos. Alguns alunos, no entanto, devematé se lembrar do desenvolvimento do quadrado da soma por meio daexpressão a2 + 2 · a · b + b2 . Mas, por que é assim?

Page 278: Livro Modulo 1.1

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 278

Matemática básica

Expressões algébricas4.UAs unidades anteriores foram dedicadas às operações envolvendo

números. Podemos combinar números, sinais de operações e parênteses para formar diversos tipos de expressões aritméticas, como, por exemplo:

1

3

3

2

2

9

1

64

6

5

25

8

2

74

3

1

5

1

7

3

5

1

2

+ − + −

+

+   

   

· :

[7, 2 · 3,7 – 0,25) : (0,4 – 0,27 : 200] · (2,05 – 1,45 + 3,50

Todas essas operações podem ser resolvidas e o resultado obtido éum número. Vamos, agora, considerar expressões mais gerais, que, de cer -ta forma, permitirão resolver uma quantidade muito grande de problemasmatemáticos.

Essas expressões, denominadas de expressões algébricas, apre-sentam operações envolvendo letras. Eis alguns exemplos de expressões

algébricas:3 · x  · y3 · 5 · x3 · z2

2 · x + 3 · x3 · x2 + 5 · x2 – 2 · x2 – x + 12 · x · y2 – 3x2 · y + 4x · y2 –7xy

Antes de resolver as operações envolvendo expressões algébricas,

salientamos que um monômio é uma expressão envolvendo uma multi- plicação de letras, afetadas por expoentes, e números. Exemplos de mo-nômios:

xx · y2x · y3 · x2 · y2

1

2 a b3

x y2

⋅ ⋅ ⋅ ⋅As operações envolvendo expressões algébricas são semelhantes

àquelas discutidas nas unidades anteriores. Basta lembrar que na soma ouna subtração só é possível resolvê-las se os monômios forem semelhantes.

Page 279: Livro Modulo 1.1

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 279

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Produtos notáveis e fatoração – Unidade 4

 Na multiplicação ou na divisão, efetuamos as operações envolvendo po-tenciação. Assim:

3 5 3 5

2 3

2 3 3 2

15

2 3 3

5

· · · · · · · · · ·

· ·

x y x z x x y z

x x

x

termossemel

=

+

= =

hhantes

x  

= 5·

3x2 + 5x – 2x2 – x + 1 = (3x2 – 2x2) + (5x – x) + 1 = x2 + 4x + 1

Muitas vezes ao se simplicar uma expressão algébrica, somos obri-

gados a utilizar a chamada  propriedade distributiva da multiplicação emrelação à adição, isto é:a · (b + c) = ab + ac

Exemplos2 · ( x + y) = 2 x + 2 y2 x · ( x + 3) = 2 x2 + 6 x –2a · (a2 – 3b) = 2 · a3 + 6ab

3 xy · ( x + y2) = 3 x2 y + 3 xy3

Proutos notáveis4.2 São produtos especialmente importantes e frequentes em cálculos

algébricos.

a b

a

b

= + + +a2 ab b2ab

(a+b)2 = a2 +2ab + b2

 Note que elevar a soma (a + b) ao quadrado é multiplicar termos iguais, ouseja, (a + b) · (a + b). O produto pode ser lido assim: o quadrado da soma dedois termos é igual ao quadrado do primeiro termo mais duas vezes o pro-duto do primeiro pelo segundo termo e mais o quadrado do segundo termo.

Page 280: Livro Modulo 1.1

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 280

Matemática básica

Outros produtos notáveis que aparecem com muita frequência naresolução de problemas algébricos são:

O quadrado da diferença: (a) a – b)2 = a2 – 2ab + b2.Exemplo:

(3xy – x2)2 = (3xy)2 – 2 · 3xy · x2 + (x2)2 = 9x2 y2 – 6x3y + x4

O cubo da soma: (b) a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3.Exemplo:(2x + 3)3 = (2x)3 + 3 · (2x)2 · 3 + 3 · (2x) · 32 + 33 = 8x3 + 36x2 + 54x + 27

O cubo da diferença: (a – b)c) 3 = a3 – 3a2 b + 3ab2 – b2.

Exemplo2x 1

3

3= 2x 3 3 2x 2 1

3+ 3 2x 1

3

2 13

3=

= 8x

− 

  

   ( ) − ( ) 

  

   − 

  

  ⋅ ⋅ ⋅ ⋅

33 4x2 + 23

x 127

− −

O produto da soma pela diferença: (a + b) · (a – b) = ad) 2 – b2.Exemplo (3xy – 2) · (3xy + 2) = 9x2y2 – 4

Fatoração 4.3 Fatorar uma expressão algébrica é modicar sua forma de soma al-

gébrica para produto, isto é, fatorar uma expressão algébrica é obter outraexpressão que:

seja equivalente à expressão dada;a)esteja na forma de produto. b)

 Na maioria dos casos, o resultado de uma fatoração é um produtonotável. Existem vários casos que iremos mostrar a seguir.1o Caso: fator comumDevemos reconhecer o fator comum, seja ele numérico, seja literal

ou misto; em seguida, colocamos em evidência esse fator comum e sim- plicamos a expressão deixando em parênteses a soma algébrica.

ax + bx = x · (a + b)2o Caso: agrupamento

Devemos dispor os termos do polinômio de modo que formem doisou mais grupos entre os quais haja um fator comum; em seguida, colocar o fator comum em evidência.

mx + nx + my + ny = x · (m + n) + y · (m + n) = (m + n) · (x + y)

Page 281: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 281

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Produtos notáveis e fatoração – Unidade 4

3o Caso: diferença de quadradosUtilizamos a fatoração pelo método de diferença de quadrados

sempre que dispusermos da diferença entre dois monômios cujas literaistenham expoentes pares.

a2 – b2 = (a + b) · (a – b)

4o Caso: trinômio quadrado perfeitoUma expressão algébrica pode ser identicada como trinômio qua-

drado perfeito sempre que resultar do quadrado da soma ou diferençaentre dois monômios.

O trinômio x4 + 4x2 + 4 é quadrado perfeito, uma vez que corres-

 ponde à (x2

+ 2)2

.

 AtiviaesSimplique.01.2xa) 2 · 3xy2 b Resposta: 6x3 · y2

xb) 2 · y · 4 yx Resposta: 4x3 · y3x + 2x – 2 Resposta: 5x – 2c)2xd) 3 · y (–2) x · y2 Resposta: – 4x4 · y3

x + 2y – 3x + y Resposta: 3y – 2xe)4x2 y32 x y

⋅⋅ ⋅

f) Resposta: 2x · y2

x3 5 2y 2

2 x2⋅ ⋅

⋅( )g) Resposta: 10x · y2

4m · nh) 2 · 2m2 · n Resposta: 8m3 · n3

Efetue os produtos e simplique as expressões algébricas seguintes.02.

3 · (x – 2) – 2 · (x – 1) Resposta: x – 4a)8 – 5 · (x + 2) –3 · (x + 1) Resposta: 5 – 8xb)3 · (x – 4) – 4 · (x – 3) –5 · (x – 2) –9 · (8 – x) + 20 Resposta: 3x – 42c)2x – 5 · [7 – (x – 6) + 3x] – 21 Resposta: – 8x – 86d)

Page 282: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 282

Matemática básica

1 – x + 2 · {3 – 2 · [x + 2 · (x – 2)] – x} Resposta: 23 – 15xe)2 + 3 [x – 4 · (1 – x)] –x – {(x – 1) –3 · [x + 2 · (x – 1)] –2x} Resposta: 24x – 15f)a – {2 · a – [3b – 2 · (4c – 2a)] –3 · (b – c)} Resposta: 3a + 6b – 11cg) –2 · [a –2 · (b – a)] – [b – 4 · (2a – 3b)] + 2a Resposta: 4a – 9bh)

(y – 2) · (y + 2)+ (y + 3) · (y – 3) –y · (2y + 1) –4 Resposta: – y – 17i)

Desenvolva os produtos das seguintes expressões.03.(x + y)a) 2 Resposta: x2 + 2xy + y2

(x – y)b) 2 Resposta: x2 – 2xy + y2

(x + y)c) 3 Resposta: x3 + 3x2y + 3xy2 + y3

(x – y)d) 2 Resposta: x3 – 3x2y + 3xy2 – y3

(x – y) · (x + y) Resposta: xe) 2 – y2

(x – 2) · (x + 2) Resposta: xf) 2 – 4(x + y) · (xg) 2 – xy + y2) Resposta: x3 + y3

(x – y) · (xh) 2 + xy + y2) Resposta: x3 – y3

(2x + 3y)i) 2 Resposta: 4x2 + 12xy + 9y2

(5x – 2y) j) 2 Resposta: 25x2 – 20xy +y2

(3ak) 2 – b)2 Resposta: 9a4 – 6a2 b + b2

(x + 2y)l) 3 Resposta: x3 + 6x2y + 12xy2 + 8y3

(x – 2y)m)3

Resposta: x3

– 6x2

y + 12xy – 8y3

(2x – 2y)n) 3 Resposta: 8x3 – 24x2y + 24xy2 – 8y3

(x – 2y) · (x + 2y) Resposta: xo) 2 – 4y2

(a3 – 2b) · (ap) 3 + 2b) Resposta: a6 – 4b2

(2xy + zq) 2) · (2xy – z2) Resposta: 4x2 · y2 – z4

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Produtos notáveis e fatoração – Unidade 4

Desenvolva e simplique.04.(y – 2) (y + 2) + (y + 3) (y – 3) – y · (2y + 1)a)  – 4 Resposta: – y – 17(m + n)b) 2 – (m – n)2 Resposta: 4mn(b – a)c) 2 – (b – a)(a + b) Resposta: 2a2 – 2ab

(1 – m) (1 – md) 2) –m · (m + 1) Resposta: m3 – 2m2 – 2m + 1a · (a – b) (a + b) – (a + b) (ae) 2 – ab + b2) Resposta: – b3 – ab2

(b –1) (b –2) – (1 + b .+ bf) 2) (4 + 2b+ b2) Resposta: – b4 – 3b3 – 6b3 – 9b – 2(xg) 3 + y3)2 –(x2 + y2)3 + 3x2y2 (x + y)2 Resposta:8x3 · y3

(4x + 2)(3 – x) – (4 – x) (–x – 1) – (x – 4)(x + 4) Resposta: – 6x2 + 13x + 26h)

Fatore as expressões abaixo.05.12ya) 3 – 8y2 Resposta: 4y2(3y – 2)13mb) 2n3 – 52m3n2 Resposta: – 13m2n2(4m – n)(a + b)c) 3 + 2 · (a + b)2 Resposta: (a + b + 2) 2 (observe que o fator co-

mum é (a + b)2)2d) 7a3 b2c – 15ab3c2 + 12a3 bc2 Resposta: 3abc(9a2 b + 4a2c – 5b2c)ax + ay + bx + by Resposta: (x + y) (a + b)e)ax – mx + ay – my Resposta: (x + b) (a – m)f)5mx + 3ny – 5my – 3nx Resposta: (x – y)(5m – 3n)g)5x + xy + 5y + yh) 2 Resposta: (y + 5)(x + y)xi) 2 – 4x + 4 Resposta:(x – 2)2

25x j)2

– 30xy + 9y2

Resposta: (5x – 3y)2

ak) 6 + 2a3 b2 + b4 Resposta: (a2 + b2)2

ml) 3 – 10m2 + 25m Resposta: m(m – 5)2

xm) 2 – 1 Resposta: (x – 1)(x + 1)xn) 4 –1 Resposta: (x – 1) (x + 1) (x2 +1)9xo) 2 – 4 Resposta: (3x – 2) (3x + 2)ap) 4 – b2 · (2a – b)2 Resposta: (a – b)2(a2 + 2ab – b2)

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 284 

Matemática básica

Fatore as expressões abaixo.06.2aa) 2 + 4a + 2 Resposta: 2(a + 1)2

yb) 2 – 10y + 25 – 4m2 Resposta: – (2m – y + 5)(2m + y – 5)mc) 2 + n2 + 2mn Resposta: (m + n)2

axd) 2 –bx2 –bx + ax + a – b Resposta: (x2 + x + 1)(a – b)xe) 3 + x2 + x + 1 Resposta: (x + 1)(x2 + 1)(a + b)f) 2 – (m –n)2 Resposta: (a + b – m + n)(a + b + m – n)ag) 2 – 6ab + 8b2 Resposta: (a – 4b) (a – 2b)3ah) 5 – 6a4 b +3a3 b2 Resposta: 3a3(– 2ab + a2 – b2)ax – bx + by + cy – cx –ay Resposta: (x – y) (a – b – c)i)2a2y j) 5 + aby2 – aby3 – 2a2y3 Resposta: ay2(y – 1) (– b + 2ay2 + 2ay)

Reflexão Um binômio é uma expressão que apresenta a soma de duas variáveis, ae b, por exemplo. Podemos escrever tal expressão como (a + b). Uma das primeiras coisas que aprendemos ao manipular expressões algébricas écalcular as potências sucessivas do binômio, isto é, como expandir a ex- pressão (a + b)n para n igual a 0, 1, 2, 3, 4...Utilizando essas expansões,tente, a partir de n = 4, encontrar os coecientes, apenas os coecientes,de (a + b)10.

 Leituras recomenaasVocê também pode recorrer aos seguintes sites:http://fermat.usach.d/histmat/html/eule.html/http://www.prof2000.pt/users/julia/tarefa1.htm/http://www.somatematica.com.br/http://educar.sc.usp.br/experimentoteca/matematica/matematica_ fundamental/1f_numeros_inteiros_p.pdf 

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Produtos notáveis e fatoração – Unidade 4

Referências

GUELLI, Oscar. Matemática em construção – 5a a 8a séries. EditoraÁtica, 2004.

IEZZI, G.; DOLCE, O.; MACHADO, A.; DEGENSZAJN, D.; PERI-GO, R. Matemática. Vol. único. Editora Atual, 2006.

GIOVANNI, J.R.; GIOVANNI Jr., J.R.; CASTRUCCI, B.; A conquis-ta da matemática  – 5a a 8a séries Editora FTD.

GIOVANNI, J.R.; GIOVANNI Jr., J.R.; BONJORNO, J.R.; Matemáti-ca fundamental. Editora FTD.

Na próxima uniae  Na próxima unidade, você estudará o conceito de proporção. Através dele,você será capaz de resolver problemas mais sosticados com as chamadasregras de três, que podem ser simples ou compostas.

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Matemática básica

Minhas anotações: 

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   U

  n    i  U  a  U e

   5Razões, proporções e regras

de trêsA origem dos números está relacionada com os

 processos de contagens e medidas. Como sabemosdo dia a dia, os números podem ser usados para repre-

sentar quantidades, tais como chamadas telefônicas em postos de serviços, comprimentos, áreas, volumes, tempos,

temperatura, velocidades, número de cabeças de gado, núme-

ro de partículas emitidas por uma substância radioativa etc.Quantidades que são representadas, ou expressas, por nú-meros são chamadas de grandezas. As grandezas são utilizadas em

muitos ramos do conhecimento.

Processos de ensino-aprendizagemIniciamos nesta unidade o ensino de ferramentas mais especícas eque são utilizadas em diversos ramos do conhecimento. Dentre elas,

destacam-se os conceitos de grandezas diretamente e inversamente pro- porcionais. Esses dois conceitos estão inseridos na grande maioria dos problemas práticos do nosso dia a dia.

Objetivos da sua aprendizagemVamos aprender o conceito de proporção e aplicá-lo na resolução de problemas envolvendo grandezas proporcionais. Tais problemas são

resolvidos por meio de um método denominado de regra de três, que pode ser simples ou compostas.

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 288

Matemática básica

Você se lembra?Com frequência, empregamos proporções em nosso dia a dia, sem, noentanto, utilizarmos simbologia matemática. Quando fazemos, por exem- plo, a crítica “Ela tem uma cabeça grande”, não nos referimos à medida

absoluta da cabeça da pessoa, mas estamos querendo dizer que a cabeça é proporcionalmente maior em relação ao conjunto da pessoa.

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Razões, proporções e regras de três – Unidade 5

Vimos na unidade 2 que uma razão pode ser escrita na forma deuma fração. Assim, a razão de um número a para o número b é representa-da por  a

 b. Vejamos alguns exemplos numéricos:

A razão de 3 para 12 éa) 3

12

, que pode ser simplicada para 1

4

.

A razão de 20 para 4 éb) 204

= 5.

A razão de 3 parac) 12

é 312

= 3 21

= 61

= 6⋅

Uma proporção é a igualdade entre duas razões. Isso signica que,

dados quatro números (ou grandezas) A, B, C e D, numa certa ordem e di-ferentes de zero, então eles formam uma proporção quando a razão entreos dois primeiros (A e B) for igual à razão entre os dois últimos (C e D).

Simbolicamente, representamos a proporção como: AB

= CD

. Dizemos,

então, que “A está para B, assim como C está para D”. Os números A e D sãodenominados de extremos e os números B e C são chamados de meios.

Propriedade fundamental: Em toda proporção, o produto dos ex-

tremos é igual ao produto dos meios.Simbolicamente: A

B= C

D ⇒ AD = BC

Exemplos 34

= 68

é proporção, pois 3 · 8 = 4 · 6

14

= 25

não é proporção, pois 1 · 5 ≠ 4 · 2

Granezas iretamente e inversamente  5.2 

 proporcionaisMuitos problemas do dia a dia envolvem duas grandezas que estão

relacionadas de forma que, quando uma varia, consequentemente a outravaria também. Por exemplo, a quantidade de combustível (álcool ou gaso-

lina) gasta por um automóvel depende da distância, em km (quilômetros), percorrida. O tempo gasto numa construção depende do número de operá-rios empregados e trabalhando.

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 290

Matemática básica

A relação entre duas grandezas variáveis estabelece a lei de variaçãodos valores entre elas. Segundo a lei de variação, as grandezas relacionadas podem ser diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais. 

Granezas iretamente proporcionais 5.2.UConsidere y a quantia que se deve pagar por  x unidades de lâmpadas

incandescentes, cujo preço unitário é R$ 1,20. Podemos representar o va-lor pago para uma quantidade y de lâmpadas, em função do valor de umalâmpada, como mostra a tabela a seguir.

x (quantidade delâmpadas) 1 2 3 4 5 10 100 1.000

y (quantidade pagaem R$) 1,20 2,40 3,60 4,80 6,00 12,00 120,00 1.200,00

Observamos que a grandeza y aumenta em função do aumento donúmero x de lâmpadas. As grandezas x e y, neste caso, são denominadasde grandezas diretamente proporcionais. Observe que:

1,201

= 2,402

= 3,603

= 4,804

= 6,005

= 12,0010

= 120,00100

= 1.200,001.0000

=1,20

Tabela: Preço y, em Reais, em função da quantidade x de lâmpadas

Podemos dizer que 1,20 é a razão de proporcionalidade entre asgrandezas y e x. Simbolicamente:

yx =1,20

Duas grandezas são diretamente proporcionais se a razão entre elasfor uma constante, isto é:

 y

 xk k   x= = ⋅ou y

onde k é o coeciente de proporcionalidade.

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   1

Razões, proporções e regras de três – Unidade 5

Granezas inversamente proporcionais 5.2.2 A área de um retângulo pode ser calculada pela expressão A = x ·y,

em que x representa o comprimento e y representa a altura do retângulo.Vamos considerar um retângulo de área 2.520 m2 e observar a variação

das grandezas, x e y, como mostra a tabela a seguir.

x (comprimentoem m) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

y (altura em m) 2.500 1.260 840 630 504 420 360 315 280 252

Tabela: Altura (y) do retângulo em função do seu comprimento (x)

Com os valores apresentados, constatamos que as grandezas x e y sãoinversamente proporcionais. Isto é, o valor de x aumenta enquanto o valor de y diminui. Assim, a notação matemática para este fato é dada por:

xy = 2520 ou y = 2520

x

Dizemos, então, que duas grandezas são inversamente proporcio-nais se o produto entre elas for uma constante, isto é:

 y

 xk k   x= = ⋅ou y

Regras e três simples 5.3 

Chamamos de regra de três, problemas nos quais uma grandeza édiretamente ou inversamente proporcional a outra. Podemos dizer a regrade três é um método prático para se resolver problemas envolvendo a com- paração grandezas A e B proporcionais. A resolução é feita por meio darelação de dois valores da grandeza A com dois valores correspondentes dagrandeza B. Assim, conhecidos três valores, podemos determinar o quartovalor, considerado desconhecido. Para exemplicar o método, vamos resol-ver alguns exemplos.

Exemplos com grandezas diretamente proporcionaisPara fazer 5 bolos, gastei 8 ovos. Quantos ovos gastarei para fazer 10a)

 bolos do mesmo tipo?Se 3 livros custam 12 reais, qual é o preço de 9 livros iguais a esses?b)

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 292

Matemática básica

 Nas questões apresentadas acima, são expostas três grandezas (nú-meros) e com elas desejamos obter o valor da quarta grandeza (número).Para isso, iniciamos o procedimento “montando” uma tabela, onde sãocolocados os valores correspondentes das grandezas. O valor desconheci-

do (a ser determinado) geralmente é representado pela letra x. Finalizadaa tabela, procuramos determinar se as grandezas são diretamente ou in-versamente proporcionais a outras. Para tanto, basta efetuar a pergunta “Oque acontece com a grandeza A se a grandeza B aumentar?”. Se a respostafor “aumenta”, então as grandezas serão diretamente proporcionais; casocontrário, as grandezas serão inversamente proporcionais.

Abaixo segue ilustrado o procedimento descrito acima para as gran-

dezas diretamente proporcionais.

Gandeza A Grandeza B

A1 B1

A2 B2

Matematicamente, escrevemos a proporção como:

A1A2 =

B1B2

O exemplo a seguir mostra o procedimento com o uso de valoresnuméricos.

Uma barra de ferro de 12 m de comprimento tem massa 20 kg. Qualé a massa de uma barra de 18 m de comprimento?

Inicialmente, montamos a tabela das grandezas com os respectivos

valores numéricos. Assim:Comprimento em (metro) Massa (em kg)

12 20

18 x

Fazemos, agora, a pergunta: Se o valor do comprimento da barra au-mentar (e indicamos o aumento com uma seta que pode estar para cima ou

 para baixo), o que acontecerá com o valor da massa? É claro que aumentará. Neste caso indicamos o aumento com uma seta no mesmo sentido da setaanterior. Este problema representa uma situação de proporcionalidade dire-

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   1 .

   1

Razões, proporções e regras de três – Unidade 5

ta. Dobrando-se o comprimento da barra, dobra-se também a massa; tripli-cando-se o comprimento, triplica-se também a massa, e assim por diante.

Apenas por uma questão de ordem didática repetiremos a tabela aseguir. Quando você estiver resolvendo os problemas, basta colocar as

setas na tabela montada anteriormente.)Comprimento em

metros Massa (em kg)

Aumenta12 18

Aumenta18 x

Depois de feita a tabela – que sem dúvida é a parte mais importante

 para se resolver o problema –, escrevemos a proporção obedecendo aossentidos das setas. Assim:

1218

= 20x

Para se determinar o valor de x, utilizamos a propriedade fundamen-tal das proporções (multiplicação em cruz), isto é:

12 x = 18 20 12 x = 360 x =

360

12 x = 30⋅ ⋅ ⇒ ⋅ ⇒ ⇒

Assim, uma barra de 18 m de comprimento terá 30 kg de massa.Utilizando o método descrito acima, resolva os exemplos iniciais

dos itens a e b. Você irá encontrar as seguintes respostas:Gastarei 16 ovos.a)O preço de 9 livros é 36 reais. b)

Exemplos com grandezas inversamente proporcionaisOs problemas envolvendo grandezas diretamente proporcionais

são resolvidos de forma semelhante àqueles com grandezas inversamente proporcionais. A única diferença é que devemos inverter o sentido de umadas frações ao se escrever a proporção.

Gandeza A Grandeza B

A1 B1

A2 B2

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Matemática básica

Matematicamente, escrevemos a proporção como:

A

A

B

B1

2

2

1

Observe que a segunda fração está invertida, pois se considerar-mos que a grandeza A está aumentando e indicarmos com a seta para baixo, então a grandeza B deve diminuir e indicamos isso com a seta para cima.

Exemplo

Um muro é construído em 10 dias por 3 pedreiros. Trabalhando nomesmo ritmo, em quantos dias 5 pedreiros construiriam o mesmo muro?

 Números dePedreiros Tempo (em dia)

Aumenta3 10

Diminui5 x

Façamos a pergunta: O que acontece com o tempo de construção domuro se o número de pedreiros aumentar? É claro que a obra será constru-ída em tempo menor. Esta é uma situação de proporcionalidade inversa.Dobrando-se o número de pedreiros, o tempo da obra diminuirá para ametade; triplicando-se o número de pedreiros, o tempo passará a ser umterço, e assim por diante.

Escrevemos a proporção invertendo-se uma das frações. O ideal é

escrevê-las segundo os sentidos apresentados pelas setas. Assim:

3

5=

x

10

Multiplicando em cruz e calculando o valor de x, temos:

5x = 3 10 5x = 30 x =

30

5 x = 6⋅ ⇒ ⇒ ⇒

Concluímos que cinco pedreiros construirão o muro em 6 dias.

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   1 .

   1

Razões, proporções e regras de três – Unidade 5

Regra e três composta  5.4 É o método prático para resolver problemas envolvendo grandezas

 proporcionais. É análogo ao da regra de três simples. A diferença é queesse tipo de problema envolve três ou mais grandezas proporcionais.

Para entender o procedimento, considere as grandezas A, B e C.Assim:

Se a grandeza A é diretamente proporcional à grandeza B e, ainda,a)diretamente proporcional à grandeza C, então:

A

A

B

B

C

C1

2

1

2

1

2

− ·

Se a grandeza A é diretamente proporcional à grandeza B e inversa-b)mente proporcional à grandeza C, então:

A

A

B

B

C

C1

2

1

2

2

1

− ·

Considere o seguinte exemplo: Com 1.200 kg de ração é possível

alimentar 40 vacas durante 30 dias. Com 1.600 kg de ração é possível ali-mentar 50 vacas durante quantos dias?

Inicialmente, montamos as tabelas com as grandezas envolvidas eos respectivos valores numéricos. Assim:

Ração (em kg) No de vagas Dias

1.200 40 30

1.600 50 x

Inicialmente colocamos uma seta na coluna que contém o x (3a colu-na), por exemplo, para baixo.

Mantendo-se a quantidade de vacas constante e aumentando-se o

número de dias, observamos que a quantidade de ração também aumentará.Portanto o número de dias e a quantidade de ração são grandezas

diretamente proporcionais. Colocamos uma seta na 1a coluna no mesmosentido da seta da 3a coluna.

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Matemática básica

Mantendo-se a quantidade de ração constante e aumentando-seo número de vacas, o número de dias que as vacas podem se alimentar diminuirá.

Portanto, o número de dias e a quantidade de vacas são grandezas

inversamente proporcionais. Colocamos uma seta na 2a coluna, no sentidoinverso ao sentido da seta da 3a coluna. Ao escrever a proporção, devemosinverter o sentido da segunda fração. Matematicamente:

12001600

5040

= 30x

Simplicando as frações e multiplicando em cruz, temos:

30x

= 3 54 4

15 x = 30 16 x = 32⋅⋅ ⇒ ⋅ ⋅ ⇒

Então com 1.600 kg de ração é possível alimentar as 50 vacas du-rante 32 dias.

 Ativiaes

Determine.01.Quanto é, em minutos, um quarto de uma hora? Resposta: 15 minutosa)

Quanto é, em minutos, um quinto de uma hora? Resposta: 12 minutosb)

Quanto é, em minutos, dois terços de uma hora? Resposta: 40 minutosc)

Quanto é, em minutos, três quartos de uma hora? Resposta: 45 minutosd)

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Razões, proporções e regras de três – Unidade 5

Quanto é, em minutos, cinco doze avos de uma hora? Resposta: 25 mi-e)nutos

Uma pessoa gastou um terço de seu ordenado comprando um rádio02. por R$ 250,00. Qual é o ordenado dessa pessoa? Resposta: R$750

 Num mapa, uma distância de 18 cm está representando uma distância03.real de 18 km. Qual é a escala desse mapa? Resposta:

00000(obs. : 1m =

102cm e 1km = 103m)

 Num retângulo de 20 cm de largura e 32 cm de comprimento, qual é04.a razão da menor dimensão para a maior? Resposta: 5

8

Qual é o produto dos meios de uma proporção cujo produto dos extre-05.

mos é 2,42? Resposta: 2,42

Determine o valor de x para cada proporção abaixo.06.

2

x

= 4

10

a) Resposta 5

35

= 1x

b) Resposta 5

3

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 298

Matemática básica

4x

= x4

c) Resposata ±4

x1

2

= 34

5

d) Resposta 15

324

= 13

xe) Resposata9

Verique se as grandezas são diretamente ou inversamente proporcionais.07.x 2 3 5

y 6 9 15

x 2 3 5

y 6 9 15

x 2 3 5

y 6 9 15

x 2 3 5

y 6 9 15

x 2 3 5

y 6 9 15

RespostasPrimeira tabela: grandezas diretamente proporcionaisSegunda tabela: grandezas diretamente proporcionaisTerceira tabela: grandezas diretamente proporcionaisQuarta tabela: grandezas inversamente proporcionaisQuinta tabela: grandezas inversamente proporcionais

Um carro gasta 3 horas para percorrer 240 km. Quanto tempo levará08. para percorrer 360 km? Resposta: 4h50

Um carro percorre 400 km com 30 litros de gasolina. Quantos qui-09.lômetros este carro irá percorrer com 5 litros? Resposta: 66,7 km (aproxi-

madamente)

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   1 .

   1

Razões, proporções e regras de três – Unidade 5

Uma máquina produz 20.000 unidades de certo produto em 5 horas.10.Quantas unidades essa máquina produzirá em três horas e meia? Resposta:14.000 peças

Uma vara de 2 metros, perpendicular ao solo, produz uma sombra de11.80 cm. Qual é a altura de um edifício que, no mesmo instante, projeta umasombra de 12 metros? Resposta: 30 m

Um avião desloca-se com a velocidade de 280 km/h e realiza o percurso12.Rio-São. Paulo em 1h15min. Em quanto tempo um avião a jato, deslocando-se com a velocidade de 840 km/h, irá percorrer essa mesma distância? Res- posta: 26h25min

Doze homens trabalhando 8 horas por dia realizaram uma obra em 2013.dias. Se o tempo de serviço diário diminuir para 6 horas, em quantos dias

se realizará a obra? Resposta: 26,7 dias

Doze máquinas trabalhando 8 horas por dia fazem 9.000 m de te-14.cido num período de 15 dias. Quantas horas por dia quinze máquinas

devem funcionar para produzir 6.000 m de tecido em 10 dias? Resposta:6h40min/dia

Dez operários fazem 150 m de uma construção em 18 dias com 8 ho-15.ras de serviço por dia. Quantos metros serão construídos dessa obra em 15

dias, trabalhando-se 6 horas por dia , em 20 operários? Resposta: 187,5 m

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 300

Matemática básica

Reflexão A maioria dos problemas matemáticos que utilizamos no dia a dia ligaduas grandezas de tal forma que, quando uma varia, consequentementea outra também varia. Vimos como isso acontece ao resolvermos alguns

 problemas envolvendo as grandezas diretamente proporcionais e as gran-dezas inversamente proporcionais. Entretanto, existem outros tipos degrandezas que não se “encaixam” neste contexto. Como tratar esses tiposde problemas?

 Leituras recomenaasProcure saber mais sobre as aplicações envolvendo proporções e regras de

três nos sites:http://www.somatematica.com.br/http://educar.sc.usp.br/experimentoteca/matematica/matematica_funda-mental/

Referências

GUELLI, Oscar. Matemática em construção  – 5a a 8a séries . Editora

Ática, 2004.

IEZZI, G.; DOLCE, O.; MACHADO, A.; DEGENSZAJN, D.; PERI-GO, R. Matemática. Vol. único. Editora Atual, 2006.

GIOVANNI, J.R.; GIOVANNI Jr., J.R.; CASTRUCCI, B.; A conquis-ta da matemática  – 5a a 8a séries . Editora FTD.

GIOVANNI, J.R.; GIOVANNI Jr., J.R., BONJORNO, J.R., Matemáti-ca fundamental. Editora FTD.

Na próxima uniae  Na próxima unidade, serão apresentados os métodos de resolução

de equações do primeiro e do segundo grau. Esses métodos permitirãoresolver problemas diferentes daqueles estudados nesta unidade.

Page 301: Livro Modulo 1.1

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   U

  n    i  U  a  U e

  6

Equações

Processos de ensino-aprendiza-gem Nesta unidade, você irá aprender como equacionar 

um problema e também como resolver dois tipos im- portantes de equações: a equação do primeiro grau e a

equação do segundo grau.

Objetivos da sua aprendizagemResolver equações do primeiro grau e do segundo grau; utilizar astécnicas de resolução de equações do primeiro e do segundo graus

 para resolver problemas que não apresentam grandezas proporcio-nais.

Você se lembra?É comum dizermos “equacionar um problema”. Ora, para equacionar,

devemos primeiramente aprender a transcrever o problema para a lin-guagem matemática e, em seguida, utilizar os recursos que a Matemáticaoferece para se resolver essas equações. Aprender como interpretar um problema para transcrevê-lo em uma equação, bem como suas técnicas deresolução de equação, é fundamental na Matemática.

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 302

Matemática básica

Equação o primeiro grau 6.UIniciaremos o estudo das equações pela equação do primeiro grau.

Entretanto, antes de tudo, vamos entender o que é uma equação. Umaequação matemática é uma sentença matemática que exprime uma rela-

ção de igualdade e que contém, pelo menos, uma letra, denominada deincógnita e que representa um número, ou valor, desconhecido e deve ser determinado. Os matemáticos denominam as equações de sentenças mate-máticas abertas.

A seguir, apresentamos alguns exemplos de equações matemáticas.

2x + 4 = 18

x2

– 5x + 6 = 0x3 – 4x2 + 2x –3 = 023 · x–7 = 1

Uma equação do primeiro grau, na variável x, pode ser escrita naseguinte forma:

a · x + b = 0.

Em que os coecientes a e b são números conhecidos e a ≠ 0. Comodissemos acima, a letra x é a incógnita da equação. Observe que o expo-ente de x é 1.

Exemplos de equações do primeiro grau:

3x + 5 = 7

4x = 12

Inicialmente, para resolver uma equação do primeiro grau,deve-sesubtrair o número b de ambos os membros, obtendo-se:

ax + b – b = 0 – b

Isso que resulta em:

ax = –b

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 303

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Equações – Unidade 6

Divide-se, nalmente, ambos os membros por a, para se obter a so-lução da equação:

A B1 −

Esta passa a ser denominada de raiz da equação. Encontrar a raiz daequação é o mesmo que resolvê-la.

Exemplos Determine a raiz das equações abaixo.

 a) 4 x = 12 x = 124

x = 3⋅ ⇒ ⇒

 b) 3x +12 = 0 3x = 12 x = 123

x = 4⇒ − ⇒ − ⇒ −

 c) 2x + 3 = 8 x = 8 x = 5 x =5

2⇒ − ⇒ ⇒2 3 2

 d) 2x 3= 8 2x = 8 + 3 2x = 13 x = 13

2

− ⇒ ⇒ ⇒

9x – 30 = 6x – 24e) ⇒ 9x – 6x = – 24 + 30 ⇒ 3x = 6 ⇒ x = 2

Para vericar se a solução está correta, substituímos o valor da raizencontrado na equação original e vericamos, após manipulação aritmética,se a expressão resulta em uma sentença verdadeira.

9 · 2 – 30 = 6 · 2 – 24 ⇒ 18 – 30 = 12 – 24 ⇒ – 12 = – 12

Observe que ao efetuar as operações aritméticas obtivemos uma sen-tença matemática fechada e verdadeira. Logo, a solução da equação é x = 2.

Como sugestão, efetue a vericação das equações dos itens a, b, c e d.

Exemplos de problemas envolvendo o conhecimento de resolu-ção de equação do primeiro grau

Em uma caixa-d’água, havia 100 litros de água quando foi aberta umaa)torneira que despejava 15 litros de água por minuto. A caixa tem capaci-dade para 400 litros de água. Determine quantos minutos levará para essacaixa-d’água encher.

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 304 

Matemática básica

Resolução Indicamos o número de minutos por x. Assim, se a torneira despeja

15 litros por minuto, logo em x minutos serão despejados 15.x litros deágua. Como a caixa já continha 100 litros, então a soma dessas duas quan-

tidades deve representar a capacidade total, isto é, 400 litros. Dessa forma,a equação ca escrita como:

15 · x + 100 = 400

Resolvendo a equação:

15x +100 = 400 15x = 400 100

15x = 300 x = 30015

x = 20

⇒ − ⇒

⇒ ⇒ ⇒

Assim, a caixa irá levar 20 minutos para car completamente cheia.Para resolver o problema, basta descobrir o valor de x.

O proprietário de um terreno retangular deseja cercá-lo com uma tela.b)

Para isso, ncou estacas nos quatro vértices do terreno e usou 48 m de arame para cercá-lo. Ao medir as dimensões do terreno, vericou que o comprimentotinha o triplo da largura. Determine a largura e o comprimento desse terreno.

ResoluçãoVamos representar a medida da largura por x e do comprimento por 

3x, como consta do enunciado do problema. Assim, o perímetro, que é asoma de todos os lados do retângulo, é dado por:

x + 3x + x + 3x = 48

Resolvendo a equação: 8x = 48 x = 488

x = 6⇒ ⇒

Então, a largura do terreno é 6 m e o seu comprimento é 3.6 = 18 m.

Equação o seguno grau 6.2 Ao equacionar um problema, pode aparecer uma equação do segun-

do grau. A sua forma geral pode ser escrita como:

ax2 + bx + c = 0

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 305

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Equações – Unidade 6

Em que a, b e c são coecientes numéricos conhecidos e a ≠ 0.Seguem-se alguns exemplos de equações do segundo grau junta-

mente com o reconhecimento dos coecientes:

xa) 2 – 7x + 6 = 0Coecientes: a = 1, b = – 7 e c = 66x b) 2 – x – 1 = 0Coecientes:a = 6, b = – 1 e c = – 17xc) 2 – 2x = 0Coecientes:a = 7, b = – 2 e c = 0xd) 2 – 64

Coecientes:a = 1, b = 0 e c = – 64

Para resolver uma equação do segundo grau, isto é, determinar asraízes da equação, utilizaremos a fórmula resolutiva de Báskara, que foidesenvolvida em função dos coecientes da equação:

x b b a c

a=

− ± −2 4

2

. .

.

 Na qual, o valor b2 – 4 a · c é chamado de discriminante da equaçãoe geralmente indicado pela letra grega ∆ (delta).

Exemplo: Resolver a equação x2 – 5x + 6 = 0.ResoluçãoIdenticamos os coecientes são: a = 1, b = – 5 e c = 6Calculamos o discriminante: ∆ = b2 – 4 · a ·c

∆ = (–5)2

– 4 · 1 · 6 = 25 – 24 = 1Calculamos as raízes:

∴ =− ±

=− −( ) ±

=+

=

=−

=

x b

a

x

x

∆2

5 1

2 1

5 1

2

5 1

23

5 1

22

1

1. .

Os valores 3 e 2 são as chamadas raízes da equação. Podemos

apresentar a solução na forma de conjunto solução, dada por: S = {2; 3}Para vericar se a solução está correta, substituímos cada um dos

valores encontrados na equação dada. Após a manipulação aritmética,devemos encontrar uma sentença fechada e verdadeira. Assim:

Page 306: Livro Modulo 1.1

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 306

Matemática básica

Para x = 2, temos: 22 – 5 · 2 +6 = 0 ⇒ 4 – 10 + 6 = 0 ⇒ 0 =0(verdadeiro).

Para x = 3, temos: 32 – 5 · 3 +6 = 0 ⇒ 9 – 15 + 6 = 0 ⇒ 0 = 0 (ver-dadeiro).

A fórmula de Báskara é geral. Com ela é possível, também, resolver as equações incompletas, isto é, aquelas em que ou coeciente b é igual azero ou o coeciente c é igual a zero. Vejamos dois exemplos:

xa) 2 – 64 = 0Coecientes: a = 1, b = 0 e c = – 64Calculando o discriminante: ∆ = b2 – 4 · a ·c∆ = 02 – 4 · 1 · (–64) = 256

Calculando as raízes:

∴ =− ±

=+

=

=−

= −

x b

a

x

x

∆2

0 256

2 1

0 16

2

0 16

28

0 16

28

1

1. .

O conjunto solução da equação é S = {– 8; + 8}xb) 2 – 12 = 0

Coecientes: a = 1, b = – 12 e c = 0Calculando o discriminante: ∆ = b2 – 4 · a ·c∆ = (– 12)2 – 4 · 1 · 0 = 144Calculando as raízes:

∴ =− −( ) ±

==

+= =

=−

= =

xx

x

12 144

2 1

12 12

2

12 12

2

24

212

12 12

2

0

2

0

1

1.

O conjunto solução da equação é S = {0; 12}A seguir, apresentamos dois métodos para se resolver equações in-

completas do segundo grau, sem utilizar a fórmula resolutiva de Báskara.1o Método: Equações do tipo ax + c = 0

a x c a x c xc

ax

c

a. .2 2 20+ = ⇒ = − ⇒ = − ⇒ = ± −

Assim, para o exemplo a resolvido anteriormente, temos:

x x x x2 264 0 64 64 8− = ⇒ = ⇒ = ± ⇒ = ±

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 307 

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Equações – Unidade 6

2o Método: Equações do tipo ax2 + bx = 0 Neste caso, fatora-se x, pois ele é o fator comum e iguala-se cada

fator a zero. Assim:

ax2 + bx = 0 ⇒ x · (ax + b) = 0

Primeira raiz: x = 0

Segunda raiz: a x  b a x b x b

a. .+ = ⇒ = − ⇒ = −0

Assim, para o exemplo b resolvido anteriormente, temos:

x2 – 12x = 0 ⇒ x · (x – 12) = 0

Primeira raiz: x = 0

Segunda raiz: x – 12 = 0 ⇒ x = 12

Eventualmente, ao se calcular o discriminante e encontrar o valor zero, a equação não tem solução no conjunto dos números reais e escreve-se S = Ø.

Como exemplo, vamos resolver a equação x2 – 5x + 7 = 0. Seus co-ecientes são: a = 1, b = – 5 e c =7. Calculando o discriminante, vem:

∆ = b2 – 4 · a ·c = (– 5)2 – 4 · 1 · 7 = 25 – 28 = – 3

Posto que o discriminante é um número negativo e tem raiz quadra-da no conjunto dos números reais, dizemos, então, que a equação não temsolução e o escrevemos: S = Ø

Relações entre os coecientes e as raízes

Considere a equação do segundo ax2 + bx + c = 0, com a ≠ 0 e de

raízes x1 e x2, tais que: x  b b a ca1

2

42= − + − . .. e x  b b a ca2

2

42= − − − . .. .

Vamos, agora, obter duas relações úteis.

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 308

Matemática básica

Soma das raízes (S):

x x b

a

 b

a

 b b

a

 b

a

S x x b

a

' ''

' ''

+ =− + ∆

+− − ∆

=− + ∆ − − ∆

=−

= + =−

2 2 2

2

2

Produto das raízes (P):

x x b

a

 b

a

 b b

a

 b

a

x x b b

' ''( ) ( )

' ''

+ = − + ∆⋅

⋅ − − ∆⋅

= − + ∆ ⋅ − − ∆⋅

= − ∆

+ =−

2 2 4 4

2

2

2 22

2

2 2

2 2

4

4

4

4

4

4

−( )=

− += =

= =

ac

a

 b b a c

a

ac

a

c

a

P x xc

a' ''

Essas relações são úteis, pois permitem, por exemplo, determinar asraízes de algumas equações do segundo grau sem utilizar a fórmula reso-lutiva de Báskara. Por exemplo, vamos calcular as raízes de x2 – 5x + 6 =0, de coecientes a = 1, b = – 5 e c = 6:

Soma das raízes: S

 b

a= − =− −( )

=5

1 5 ; produto das raízes:

Pc

a= = =

6

16

.

Devemos, assim, pensar em dois números que com os quais a somaseja 5 e o produto entre eles seja 6. Claro que só podem ser os números 2e 3. Assim, a solução da equação é S = {2; 3} .

Este método depende do grau de habilidade de cada um e, na maio-ria das vezes, o melhor é utilizar a fórmula resolutiva de Báskara.

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 309

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Equações – Unidade 6

 AtiviaesResolva as equações seguintes no conjunto dos números reais.01.x + 3 = 2 Resposta: x = – 1a)

x – 5 = 3 Resposta: x = – 8b)

2x = 7 Resposta: x =c) 7

2

3x = – 18 Resposta: x = – 6d)

x

24=e) Resposta: x = 8

x

3

2

5=f) Resposta: x = 6

5

1

23⋅ = −xg) Resposta: x = – 6

1 1

3x

=h) Resposta: x = 3

37

x= −i) Resposta: x =

3

7−⋅

=1

2

5

12x j) Resposta: x = −

5

6

Resolva as equações seguintes.02.2x – 4 = 10 Resposta: x = 7a)

 – 3x + 2 = 7 Resposta: x =b) −5

3

x2

1 10− =c) Resposta: x = 22

2

5

1

34

x+ =d) Resposta:x = 55

6

Page 310: Livro Modulo 1.1

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 310

Matemática básica

x

2

4

3

1

4− =e) Resposta: x = 19

63x + 1= – 8 Resposta: x = 3f)2m – 3 = 5m + 1 Resposta: m =g) −

4

3− − = −2 12

3 p ph) Resposta: = 12

Resolva as equações que se seguem.03.2 · (x – 1) = 4 + x Resposta: x = 6a)2 · (x + 1) = 2 Resposta: x = 0b)5 · (x – 2) = 4x +6 Resposta: x = 16c) – 4 · (4 – x) = 2· (x – 1) Resposta: x = 7d)

3 · (x – 5) = 2 Resposta:e) x =3

0,1 · (x – 2) + 0,5x = 0,7 Resposta: x = 1,5f)0,4 · (x + 3) – 0,2x = 4 Resposta: x = 7,5g)

 – 2 · (x – 1) + 3 = – 5x Resposta:h) x = −5

3

3 · (y – 1) + 4 · (y – 2) = 7 Resposta:i) y = 187

Resolva as equações a seguir no conjunto dos números reais.04.5 – 4 · (x – 3) = x – 2 · (x – 1) Resposta: x = 5a)4 · (3 + x) – 3 · (2x – 5) = 6 – x – 2 · (3 – x) Resposta: x = 9b)

3 · {15 – 2 · [x – 2 · (x – 4)] – x} = 5x – 20 Resposta:c) x =17

26

1

2

3

4

2

3−

−=

−+

−x x xd) Resposta: x = 11

2 511

27

5 352

x x x− − − = −.e) Resposta: x = 2669764x x−

+ =1

4 3

1

6f) Resposta: x =

5

7

Page 311: Livro Modulo 1.1

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 311

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Equações – Unidade 6

x x++

−=

1

5

2

34g) Resposta: x =

67

8

3 2

4

2

31

x x+−

+=h) Resposta: x =

14

5

2 1

6 3

1

4

x x x++ =

−i) Resposta: x = – 1

10

35

12

2

xx

x+ =

− j) Resposta: =36

53

x x− + − =4

4

3 1

31k) Resposta: x = 28

15

2 1

9

4

5

x xx

−−

−=l) Resposta: x =

31

44

Resolva as seguintes equações no conjunto dos números reais.05.xa) 2 – 5x + 4 = 0 S = {1;4}xb) 2 – 7x + 12 = 0 S = {3;4}tc) 2 – 6t + 8 = 0 S = {2;4}xd) 2 – 4x + 4 = 0 S = {2}

xe)2

– x + 3 = 0 S = ∅ – xf) 2 + 3x – 2 = 0 S = {1;2}xg) 2 + 2x – 15 = 0 S = {– 5;3} – mh) 2 + 5m = 0 S = {0;5}xi) 2 – 5x = 0 S = {0;5} – 2x j) 2 + 6x = 0 S = {0;3}xk) 2 – 25 = 0 S = {– 5; + 5 – ml) 2 + 16 = 0 S = {– 4; + 4}

Page 312: Livro Modulo 1.1

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 312

Matemática básica

Resolva as seguintes equações no conjunto dos números reais.06.

2xa) 2 – 32 = x + 4 S =

49

2;

(3x – 5)(2x – 5) = xb) 2 + 2x + 3 S = 122

5;2x (x + 7) = xc) 2 + 3x S = {–11;0}

2xd) 2 – 15 = x S = −

5

23;

15 – 11x = 8x(1 + x)e) S = −

35

8;

xx2 1

8

3

4+ =f) S =

1

4

1

2

;

3 (xg) 2 + 20) = 21x S = ∅(x + 2) · (x – 1) = 0 S = {– 2;+1 }h)2x (x + 6) = xi) 2 – 3x S = {– 15;0}

(3x + 5) j) 2 + 2x(3x + 5) S = − −

5

31;

3 · (x – 9)k) 2 – 2 · (x – 9) = 0 S =

735

3

;

3x · (x – 2) – (x + 1) (x – 13) = 0 S =l) ∅

A seguir, resolva as inequações do primeiro grau no conjunto dos07.números reais.

2x – 12a) > 5 S x x= ∈ >

|17

2

2 – xb) < 3 S x x= ∈ > −{ } | 1

3 · (x – 4)c) > x + 2 S x x= ∈ >{ } | 7

2 · (x – 1)d) < 5x + 3 S x x= ∈ > −

|5

3

4 · (x – 1)e) > x + 2 S x x= ∈ >{ } | 2

x x+−

+≥

2

5

3

21f) S x x= ∈ ≤ −{ } | 7

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 313

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Equações – Unidade 6

3 5

2

2

34

⋅ −+

−≥

x xg) S x x= ∈ ≥

|43

11

2 4

2

1

31

⋅ −+

−≤

x xh) S x x= ∈ ≤

|5

2

Determinar os valores de m para que a equação do segundo grau08.mx2 + (2m – 1) · x + (m – 2) = 0 tenha duas raízes reais e distintas.

S m m= ∈ > −

* |1

4

Determine os valores de k para que a equação x09. 2 – 2kx = 1 – 3k tenha

raízes iguais. S k =−

=+

3 5

2

3 5

2;

Determine os valores de m para que a equação do segundo grau10.(m – 1) · x2 + (2m + 3) · x + m = 0 tenha duas raízes reais e distintas.

S m m m= ∈ > − ≠

| ,9

161

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 314 

Matemática básica

Determine os valores de m para que a equação do segun-11.do grau (m + 2) · x2 + (3 + 2m) · x + (m – 1) = 0 tenha raízes reais.

S m m m= ∈ ≤ ≠ −

| ,17

16

2

Determine os valores de m para que a equação do segundo grau mx12. 2 

+ (m + 1) · x + (m + 1) = 0 tenha duas raízes reais e iguais. = −

1

1

3;

Reflexão Estudamos nesta unidade as técnicas de resolução das equações do primei-ro e do segundo graus. Saber como equacionar um problema irá permitir 

uma visualização maior do fenômeno estudado, seja ele de qualquer área.Mais tarde, você irá observar que as equações permitem resolver proble-mas envolvendo otimização. Tais problemas são muito utilizados nas áre-as da Engenharia, Administração e Ciências Contábeis, entre outras.

 Leituras recomenaasProcure saber mais sobre as aplicações envolvendo equações nos sites:

http://www.somatematica.com.br/http://educar.sc.usp.br/experimentoteca/matematica/matematica_funda-mental/

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 315

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Equações – Unidade 6

Referências

GUELLI, Oscar. Matemática em construção  – 5a a 8a séries. EditoraÁtica, 2004.

IEZZI, G.; DOLCE, O.; MACHADO, A.; DEGENSZAJN, D.; PERI-GO, R. Matemática. Vol. único. Editora Atual, 2006.

GIOVANNI, J.R., GIOVANNI Jr., J.R.; CASTRUCCI, B. A conquistada matemática  – 5a a 8a séries. Editora FTD

GIOVANNI, J.R.; GIOVANNI Jr., J.R.; BONJORNO, J.R. Matemáti-ca fundamental. Editora FTD.

Na próxima uniae  Na próxima unidade, será apresentado um dos conceitos mais importantesda Matemática, e de fora dela, o de função. A função pode representar arelação de interdependência, uma relação de causa e efeito ou, ainda, umacorrespondência bem denida.

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 316

Matemática básica

Minhas anotações: 

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   U

  n    i  U  a  U e   7

  Noções de função

Processos de ensino-aprendiza-gemVocê terá a noção inicial sobre o que é uma função e

quais são as suas aplicações.

Objetivos da sua aprendizagemResolver problemas envolvendo o conceito de função, distin-

guir conjunto domínio, contradomínio e imagem e fazer esboçográco de funções de primeiro e segundo graus.

Você se lembra?Quando dizemos, por exemplo, que a área do quadrado depende do

comprimento do seu lado ou, mais precisamente, que a área do quadra-do é função do comprimento do seu lado, estamos utilizando o conceito

de função que passaremos a estudar nesta unidade.

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 318

Matemática básica

O conceito e função 7.UAntes de iniciarmos o estudo das funções, visualizaremos uma rela-

ção entre conjuntos, para os quais não temos uma lei ou uma regra expli-cita de formação. Observe o esquema abaixo.

Abelha cardume Abelha cardume

Ave enxame ave enxame

Lobo lobo lobo alcatéia

 peixe peixe peixe  bando

A princípio, olhamos as duas colunas e tentamos encontrar um

 padrão repetitivo e, de algum modo, utilizando nossos conhecimentos,chegamos a relacionar a palavra à direita como o coletivo daquelas à es-querda.

Existem, entretanto, relações que são denidas por fórmulas mate-máticas. Tais relações são denominadas funções se, e somente se, obe-decerem a duas exigências que serão descritas a seguir. Para que umafunção f esteja bem caracterizada, é necessário conhecer a lei de corres- pondência que associa a variável independente x à variável dependente y,

além do domínio da função. Por exemplo, considere os conjuntos X = {1,2, 3, 4}, Y = {0, 2, 3, 4, 6, 7, 8, 10}, e a função f (ou regra), que faz rela -cionar um elemento x do conjunto X com um elemento y do conjunto Y,de forma que y = f (x) . Essa lei de formação nos diz que cada elemento x∈ X se relaciona com um elemento y ∈ Y , tal que y = 2. Assim, façamosas correspondências.

Para x = 1, temos: y = f (1) = y = 2 · (1) = 2.O elemento 1 ∈ X se

relaciona com o elemento 2 ∈ Y.Para x = 2, temos: y = f (2) = y = 2 · (2) = 4.O elemento 2 ∈ X serelaciona com o elemento 4 ∈ Y.

Para x = 3, temos: y = f (3) = y = 2 · (3) = 6.O elemento 3 ∈ X serelaciona com o elemento 6 ∈ Y.

Para x = 4, temos: y = f (4) = y = 2 · (4) = 8.O elemento 4 ∈ X serelaciona com o elemento 8 ∈ Y.

Essas ideias de associação podem ser representadas por meio de um

diagrama de echas denominado de diagrama de Venn-Euler, como mos-tra a gura abaixo.

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 319

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Noções de função – Unidade 7

Y

X

1

2

3

4

0

2

3

4

6

7

8

10

Diagrama de Venn-Euler para a função y = f(x) = 2x

A notação f: X → Y, lê-se f de X em Y representa uma função com do-mínio dado pelo conjunto X e contradomínio dado por Y. Isto signica que odomínio da função é dado pelo conjunto dos elementos x (primeiro conjuntos)e o contradomínio da função é dado pelo conjunto dos elementos y (segundoconjuntos). Observe no diagrama de Venn-Euler representado anteriormenteque cada elemento x tem um único elemento correspondente y, segundo a lei

de formação y = f(2) = 2x. Assim, o conjunto domínio da função é X = {1, 2,3, 4} e o conjunto contradomínio é Y = {0, 2, 3, 4, 6, 7, 8, 10}.

O conjunto dos elementos de Y que foram relacionados é chamadode conjunto imagem. Vê-se que os números, elementos de Y, 2, 4, 6 e 8,formam o que se chama conjunto imagem de f de X em Y. Em geral, re- presentamos o conjunto imagem pela letra I. Assim, I = {2, 4, 6, 8}

Exemplo: Sejam A = {– 1, 1, 0, 1}, B = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6} dois con -

 juntos e f: A → B , a função que a cada x do conjunto A associa um elementoy do conjunto B, de forma que y = f(x) = x2 + 1. Faça um diagrama de Venn- Euler , mostrando a associação entre os elementos dos conjuntos A e B.

SoluçãoInicialmente, vamos determinar os elementos do conjunto B que são

relacionados, pela função, com os elementos do conjunto A.y = f (–1) = (–1)2 + 1 = 2 ,y = f (1) = y = 2 · (1) = 2.O elemento – 1

∈ A se relaciona com o elemento 2 ∈ B .

y = f (0) = (0)2 + 1 = 1 ,y = f (1) = y = 2 · (1) = 2.O elemento 0 ∈ Ase relaciona com o elemento 1 ∈ B .

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 320

Matemática básica

y = f (1) = (1)2 + 1 = 2 ,y = f (1) = y = 2 · (1) = 2.O elemento 1 ∈ Ase relaciona com o elemento 2 ∈ B.

y = f (2) = (2)2 + 1 = 5 ,y = f (1) = y = 2 · (1) = 2.O elemento 2 ∈ Ase relaciona com o elemento 5 ∈ B.

B

 A

 –1

0

1

2

0

1

2

3

4

5

2

O conjunto domínio da função é D = A = {– 1, 0, 1, 2}O conjunto contradomínio da função CD = B = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6} .

O subconjunto dos elementos y que foram relacionados é o conjuntoimagem, dado por I = {1, 2, 5}.

Função o primeiro grau 7.2 Denição – Chama-se função polinomial do 1o grau, ou função

am, a qualquer função f de em , isto é, de real em real, dada por f (x) = ax + b, em que a e b são números reais dados e ≠ 0.

O coeciente a é denominado de coeciente angular e b é denomi-nado de coeciente linear.Exemplos

f (x) = 8x – 2 cujos coecientes são: a = 8 e b = – 2.a)f (x) = – 4x – 8 cujos coecientes são a = – 4 e b = – 8. b)f (x) = 15x, cujos coecientes são: a = 15 e b = 0c)

O gráco de uma função polinomial do primeiro é uma reta. Como

exemplo, vamos construir o gráco de y = 3x – 6.O gráco é uma reta, então basta escolher adequadamente dois de

seus pontos e ligá-los com o auxílio de uma régua. Os pontos escolhidossão o de intersecção da reta com os eixos x e y. Assim, façamos:

Page 321: Livro Modulo 1.1

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 321

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Noções de função – Unidade 7

Para x = 0, temos y = 3 · 0 – 6 = – 6. O ponto encontrado (0, – 6) re -a) presenta a intersecção da reta com o eixo y.

Para y = 0, temos 0 = 3x – 6b) ⇒ 3x = 6 ⇒ x = 2. Portanto, oponto (2;0) representa a intersecção da reta com o eixo x.

Marcamos os pontos (0; – 6 )e (2; 0) no plano cartesiano e ligamosos dois com uma reta. O gráco, assim, obtido está representado a seguir.

6

5

4

3

2

1

0 –1

 –2

 –3

 –4

 –5

 –6

 –7

 –8

 –11

 –12

 –9 –10

 –2 –1 1 2 3 4

y

x

A forma de se determinar os pontos de intersecção da reta com oseixos cartesianos é sempre a mesma. Podemos resumi-la no seguinte dis- positivo prático apresentado na tabela a seguir:

 x y = f( x)

Faz x = 0 Calcule o y Ponto onde a reta corta o eixo y.

Calcule o x Faz y = 0 Ponto onde a reta corta o eixo x.

Exemplo: Faça o gráco de f ( x) = –  x + 2, denida de em .Resolução

 para , tem-se:

 para tem-se:

 x f 

 y f x

= = − + == =

0 0 1 0 2 2

0 0

( ) ·

, ( )

  − + = x 2 0

   x = 2

x y = f(x)

x = 0 y = 2

x = 2 y = 0

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 322

Matemática básica

v

y

x

a > 0: concavidade para cima

Parábola com a concavidade voltada para cima.

v

y

a > 0: concavidade para baixo

x

Parábola com a concavidade voltada para baixo.

1 2 3 4 –1

 –1

 –2

 –2 –3

y

x

4

3

2

1

raiz da função

Função o seguno grau 7.3 A função do segundo grau é do tipo f (x) = ax2 + bx + c , com a, b, e

c constantes reais e .a≠ 0 Essa função é denida de em e o seu grácoé uma curva denominada parábola.

A parábola apresenta uma concavidade que pode estar voltada

para cima, se a > 0 , ou voltada para baixo, se a < 0, como mostram asguras a seguir.

O ponto V da parábola, como pode ser visto nas guras representadas,é denominado de vértice. O vértice pode ser um ponto de máximo (maior 

valor de y), para a < 0 , ou de mínimo (menor valor de y), para a > 0 .

Page 323: Livro Modulo 1.1

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 323

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Noções de função – Unidade 7

x1 x2

v

y

x

a > 0: concavidade para cima.

> 0: duas raízes reais e distintas, x1 e x2.

y

xx1 = x2

a > 0: concavidade para cima. = 0: raízes iguais.

y

x

a > 0: concavidade para cima.< 0: não existem raízes reais.

x1 x2

y

x

a < 0: concavidade para baixo.

> 0: duas raízes reais e distintas, x1e x

2.

A intersecção da parábola com o eixo das ordenadas (y) é obtidafazendo-se x = 0 . Assim:

f (0) = a · 02 + b · 0 + c ⇒ f (0) = cIsto é, o ponto de intersecção da parábola com o eixo y é (0,c).

As raízes da função do segundo grau são calculadas pela fórmula deBáskara, como visto na seção 2 desta unidade. Relembrando:

x b b ac

a b a c=

− ± −= − ⋅ ⋅

224

24, onde é chamado de discriminante.∆

Entretanto, você deve observar que se , então a função apresentaduas raízes reais e distintas: a parábola intercepta o eixo x em dois pontos.

Se ∆ = 0, então a função apresenta uma única raiz real: a parábola inter -cepta o eixo x num único ponto. Se ∆ < 0 , então a função não apresentaraízes reais: a parábola não intercepta o eixo x.

As guras a seguir mostram os esboços de parábolas obtidas por meio das diversas combinações entre as raízes e concavidade.

Page 324: Livro Modulo 1.1

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 324 

Matemática básica

a < 0: concavidade para baixo.= 0: raízes iguais.

x1 = x2

x

y

a < 0: concavidade para baixo.< 0: não existem raízes reais.

x

Em relação ao vértice da parábola, demonstra-se que a abscissa do

vértice, indicado por xV, e a ordenada do vértice, indicado por yV, podemser calculadas, respectivamente, por:

x b

aV =−⋅2

e yaV = −

⋅∆

4

Exemplo: Faça o esboço do gráco da função f (x) = x2 – 4x + 3.Resolução

A concavidade da parábola que representa a função tem concavida-de voltada para cima, pois a = 1 > 0.

Calculamos as raízes pela fórmula resolutiva de Báskara:

= − ⋅ ⋅ = −( ) − ⋅ ⋅ = − =

∴ =− ±

=− −( ) ±

⋅=

±=

 b a c

x b

a

x

2 24 4 4 1 3 16 12 4

2

4 4

2 1

4 2

2.

11

4 2

21

4 2

2 32

=−

=

=+

=

x

Lembre-se de que as raízes indicam os pontos de intersecção da pa-rábola com o eixo x (eixo das abscissas).

Vamos, agora, determinar as coordenadas do vértice V. Assim:

x b

ay

a

V

V

=−

=− ( )

=

=−

=−

=−

= −2

4

2 12

4

4

4 1

4

41

. .

. .

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 325

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Noções de função – Unidade 7

Finalmente, determinamos o ponto de intersecção da parábola como eixo das ordenadas. Isto é:

f(0) = 02 – 4 · 0 + 3 = 3Com todas essas informações, podemos determinar o gráco da fun-

ção, como mostra a seguir.

17

15

13

11

9

7

5

3

1

 –1

 –3

 –2 –1 1 2 4 5 6 7 8

c

y

3

x

vértice

Muitos dos grácos que vemos em livros, revistas e jornais abordamo conceito de função. Sem dúvida, o conceito de função é um dos prin-

cipais conceitos em matemática e o seu entendimento é de fundamentalimportância.

 AtiviaesA partir das tabelas que se seguem, identique os pares de grandezas01.

diretamente proporcionais, os de grandezas inversamente proporcionais eos que não são nem diretamente nem inversamente proporcionais.

x 5 10 20 40 80 160y 2 4 8 16 32 64

a)

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 326

Matemática básica

x 5 10 20 40 80 160

y 2 4 8 16 32 64b)

x 5 10 20 40 80 160

y 2 4 8 16 32 64

c)

x 5 10 20 40 80 160

y 2 4 8 16 32 64d)

x 5 10 20 40 80 160

y 2 4 8 16 32 64e)

Utilizando o exercício 01, nos itens em que as grandezas são direta-02.mente ou inversamente proporcionais, escreva uma fórmula que relacioneos valores das duas grandezas (x e y) e que seja vericada para todos osvalores apresentados nas correspondentes tabelas.

Uma torneira despeja 15 litros de água por minuto em um tanque03.inicialmente vazio. Expresse o volume V (em litros) de água no tanque emfunção do tempo t (em minutos).

Expresse por meio de uma fórmula (regra que relaciona as grandezas04.

envolvidas):o perímetro P de um quadrado de lado x em função do lado;a)

a altura h de um retângulo de área 50 mb) 2 em função da base b;

a base b de um retângulo de altura 10 m em função da sua área A.c)

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 327 

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Noções de função – Unidade 7

Dados os conjuntos A = {5, 6, 7} e B = {15, 16, 17, 18, 19, 20, 21},05.considere a função denida de A em B dada por y = 3x.

Represente no diagrama de echas a função.a)

Dê o conjunto imagem de f : Ab) → B.

Faça a representação no digrama de echas da função06.  f : A →  B, denida por  f ( x) = x2 – 4, sabendo-se que A = {0, 1, 2, 3, 4} e B = {– 4, – 3, 0}.

Considere a função07.  f : A → B dada por  f ( x) = x2 – 6 x + 10, com A ={1, 2, 3, 4, 5}.

Faça um diagrama de echas para representar a funçãoa)  f : A → A.

Quantos são os elementos do domínio que têm imagem igual a 2?b)

Quais são os elementosc)  x ∈ A tais que f ( x) = 5?

Existemd)  x ∈  A tais que f ( x) = 3? Quais?

Existeme)  x ∈ A tais que f (x) = x? Quais?

Page 328: Livro Modulo 1.1

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 328

Matemática básica

Considere a função08.  f ( x) = 2x + 4 denida no conjunto dos númerosreais, isto é, f : → . Determine:

 f a) (0)

 f b) (– 1)

 f c) (1)

 f d) (2)

 f e) (– 10)

 f  12

    

  f)

 f  −  

   

1

2g)

 f 3

4

 

 

 

  h)

 f i) (3, 2)

A raiz de f (x) j)

O valor de x para o que f(x) = – 5k)

x tal que f(x) = 6l)

Considere a função09.  f : → denida por  f ( x) = – 2x + 8. Calcule o

valor de x para que se tenha:f (x) = 2a)f (x) = 20b)f (x) = 0c)

Page 329: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

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 329

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Noções de função – Unidade 7

f (x) = – 2d)

f x( ) =1

2e)

Dada a função10.  f : → , denida por  f ( x) = x2 – x + 4 , determine: f a) (6) f b) (– 1)

 f c) (1)

 f 1

2  

   d)

 f e) (0)x tal que f (x) = 6f)x tal que f (x) = 0g)

Considere a função11.  f :→ denida por  f ( x) = 2x. Sabendo que a ∈e b ∈ *, calcule:

 f a) (a) f b) (b)

 f c) (a + b) f d) (a · b) f e) (2 a) f f) (a – b)

 f a

 b  

   

g)

Page 330: Livro Modulo 1.1

7/16/2019 Livro Modulo 1.1

http://slidepdf.com/reader/full/livro-modulo-11 330/471

 330

Matemática básica

Considere a função12.  f : → denida por  f ( x) = x + 1. Sabendo quea ∈ e b ∈ *, calcule:

 f a) (a) f b) (b)

 f c) (a + b) f d) (a · b) f e) (2 a) f f) (a – b)

 f a

 b  

   g)

Considere a função13.  f : → denida por  f ( x) = x2 + 1. Sabendo quea ∈ e b ∈ * calcule:

 f a) (a) f b) (b) f c) (a + b) f d) (a · b) f e) (2 a) f f) (a – b)

 f 

a

 b

 

 

 

  g)

Considere a função14.  f : → denida por f ( x) = x2 + 1. Sabendo quea ∈ e b ∈ *, calcule:

 f a) (a)

 f b) (b)

Page 331: Livro Modulo 1.1

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 331

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Noções de função – Unidade 7

 f c) (a + b) f d) (a · b) f e) (2 a) f f) (a – b)

 f  a b

    

  g)

Considere a função15.  f : → denida por  f ( x) = x2 + 2. Sabendo quea ∈ e b ∈ *, calcule

 f a) (a) f b) (b) f c) (a + b) f d) (a · b) f e) (2a)

 f f) (a – b)

Considere a função16.  f : → dada por  f ( x) = x2

– 6x. Verique seexistem valores reais de x, tais que: f a) (x) = 9 f b) (x) = – 5 f c) (x) = – 9 f d) (x) = 10

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 332

Matemática básica

Considere a função17.  f : – {1}→ denida por  f ( )xx

x=

+−11

1. Calcule:

 f a) (7) f b) (11)

 f c) (0)x tal qued)  f ( x) = 2x tal quee)  f ( x) = 0

Considere a função f :18. → dada por f (x) = x3 + x2 – x – 1. Determine: f a) (1) f b) (– 1) f c) (0) f d) (a + 1)

 f e) (a – 1) f f) (x + 1) f g) (2x)

Considere os conjuntos A = {–1, 0, 1, 2} e B = {– 2, – 1, 0, 1, 2, 3, 4}.19.Faça a tabela e o gráco da função f : A → B, dada por y = 2x.

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Noções de função – Unidade 7

Faça a tabela e o gráco correspondentes à função f : A20. → B dada por y = x2 – 2x + 2, com A = {1, 2, 3, 4} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10}

Faça a tabela e o gráco correspondentes à função f : A21. → B dada por f (x) = x3 – 2x, com A = {– 2, – 1, 0, 1, 2,} e B = {– 4, – 3, – 2, – 1, 0,1, 2, 3, 4}

Faça o gráco de cada uma das funções abaixo.22.y = 2xa)y = 4xb)y = – 2xc)y = x + 1d)y = – x + 5e)

y = xf) 2

y = – xg) 2 + 4

Para cada função abaixo, denida no conjunto dos números reais, de-23.termine os pontos de intersecção com os eixos coordenados (eixos x e y).Faça também o gráco correspondente a esses pontos de intersecção.

f (x) = 2x + 4a)f (x) = – 2x + 4b)f (x) = 15 – 3xc)f (x) = 2x – 10d)f (x) = – 2x – 6e)

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 334 

Matemática básica

Para cada item abaixo, faça o gráco da função do segundo grau. Para24.isso, determine as raízes, se existirem, o vértice e o ponto onde a parábolacorta o eixo dos y.

 f a) (x) = x2

 f b) (x) = x2 – 2x f c) (x) = x2 – 2x + 4 f d) (x) = x2 – 2x + 1 f e) (x) = – x2 + 4 f f) (x) = x2 – 7x + 12 f g) (x) = x2 – 8x + 15 f h) (x) = – x2 + 8x – 15

 f i) (x) = – x2

+ 9 f  j) (x) = – x2 + 4x f k) (x) = x2 – 4x +7 f l) (x) = – x2 + 2x – 2

Reflexão Estudamos o conceito de função. Na verdade, o estudo de funções é muitoamplo e sua abrangência é notável. Você terá oportunidade, ao prosseguir nos estudos, de visualizar situações em que o uso de funções pode “pre-ver” alguns acontecimentos. Entre essas situações destacamos a aplicação

em bolsas de valores, crescimento ou decrescimento populacional, trajetó-rias dos foguetes, satélites, etc.

 Leituras recomenaasProcure saber mais sobre as aplicações envolvendo equações e funçõesnos sites:http://www.somatematica.com.br/http://educar.sc.usp.br/experimentoteca/matematica/matematica_funda-

mental/

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Noções de função – Unidade 7

Referências

GUELLI, Oscar. Matemática em construção  – 5a a 8a séries. EditoraÁtica , 2004.

IEZZI, G.; DOLCE, O.; MACHADO, A.; DEGENSZAJN, D.; PERI-GO, R. Matemática. Vol. único. Editora Atual, 2006.

GIOVANNI, J.R.; GIOVANNI Jr., J.R.; CASTRUCCI, B.; A conquis-ta da matemática  – 5a a 8a séries. Editora FTD,

GIOVANNI, J.R.; GIOVANNI Jr., J.R.; BONJORNO, J.R.; Matemáti-ca fundamental. Editora FTD,s

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Matemática básica

Minhas anotações: 

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MicroinformáticaA Internet e, particularmente, a Web e

seus serviços e produtos transformaram omundo! Foram transformações sociais, políti-cas, econômicas e cientícas. Hoje, não fazemos

mais comércio como fazíamos há 20 anos. As novastecnologias de comunicação revolucionam a convivência

cada vez mais.Falar de Tecnologia de Informação pode parecer óbvio

às vezes. Mas não é! A infraestrutura que existe por trás do que

conhecemos como Tecnologia de Informação é muito vasta. Sãomuitos conceitos nas áreas de Sistemas, Redes, Bancos de Dados,

Hardware e Software que suportam toda nossa comunicação digital,todos os meios que nos permitem trabalhar, estudar, entreter, paque-

rar, consumir, protestar, aprender, ensinar!Fica claro que esse tema é vasto e que vamos nos aprofundar 

em suas diversas áreas neste nosso material de estudo. Eu os convido a

 participar ativamente desta leitura. Você pode participar fazendo as ativi-dades propostas, as pesquisas sugeridas, assistindo aos vídeos recomen-dados, enviando perguntas, debatendo com seus colegas, participandodos fóruns, dos chats e das aulas com grande entusiasmo. Não se contenteapenas com o que for apresentado, pois estudar é um processo contínuo eeu desejo que você seja uma pessoa faminta por conhecimento. Busquemais informações e conte comigo para ajudá-lo(a)!

 A própria luta em direção ao topo é suciente para preencher um

coração humano. (Albert Camus)Professor Reginaldo Gotardo

  A   p  r  e

  s  e  n  t a ç 

 ã  o

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   U  n    i  U  a  U e  U

Introdução à Tecnolo-gia de Informação

Olá, pessoal! Vamos começar denindo

nossa área de estudo? Faremos um breve“passeio” pelos conceitos iniciais envolvendoTecnologia da Informação

Objetivos de sua aprendizagem Nossos objetivos iniciais serão:denir Tecnologia de Informação;•entender a relação da Tecnologia de Informação com ou-•

tras áreas;apresentar exemplos sobre a importância da Tecnologia de Infor -•

mação para as pessoas;demonstrar como a Tecnologia de Informação pode ser usada em•

algumas carreiras;apresentar exemplos sobre a importância da Tecnologia de Informa-•ção para as empresas.

Você se lembra?Você já ouviu alguém falar ou mesmo já falou sobre algum destes ter-mos?

Tecnologia de Informação•Conhecimento•Computação•Informação•

Sistemas•

Já? Não?Talvez nem todos?

Tudo bem, não tem problema. Vamos começar denindoalguns deles, cruciais no desenvolvimento do nosso tema

 principal, que será apresentar a Tecnologia de Informação

a vocês!Bom trabalho a todos nós!

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 340

Microinformática

Definino Tecnologia a Informação U.UO termo Tecnologia da Informação (TI), apesar de não ser um termo

novo, é o nosso “termo da moda”! Isso mesmo! São diversas as nomencla-turas usadas quando queremos nos referir a sistemas que envolvam infor-

mação e o processamento automatizado desta, como, por exemplo, compu-tação, informática, sistemas computacionais, sistemas de informação. Paracomeçarmos nossa viagem a este mundo em que vocês, com certeza, jáestão inseridos, vamos analisar as denições desses vários termos e discutir o porquê de nosso estudo. Abaixo, nós temos termos-chave e iniciais paranosso estudo denidos de acordo com o dicionário Houaiss:

Tecnologia1 – teoria geral e/ou estudo sistemático sobre técnicas, processos,métodos, meios e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios daatividade humana (p.ex., indústria, ciência etc.). Ex.: o estudo da t. é

fundamental na informática.

Informação

Ato ou efeito de informar(-se)1 – comunicação ou recepção de um conhecimento ou juízo2 – o conhecimento obtido por meio de investigação ou instrução; es-clarecimento, explicação, indicação, comunicação, informe8 – elemento ou sistema capaz de ser transmitido por um sinal ou com- binação de sinais pertencentes a um repertório nito11 – Rubrica: informática.

mensagem suscetível de ser tratada pelos meios informáticos; conteú-do dessa mensageminterpretação ou signicado dos dados produto do processamento de dados

ComputaçãoAção ou efeito de computar 

1 – cômputo, cálculo, contagem; operação matemática ou lógicarealizada por regras práticas preestabelecidas

Ex.: <c. de um prazo> <c. de uma dívida>2 – Rubrica: informática.

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Introdução à Tecnologia de Informação – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

m.q. processamento de dados3 – Derivação: por metonímia.ação ou atividade exercida por meio de computadores eletrônicos

Sistema2.1 Derivação: por extensão de sentido.qualquer conjunto natural constituído de partes e elementos interde-

 pendentesEx.: <s. planetário> <s. animal, vegetal, mineral etc.> <s. auditivo>

<s. nervoso>2.2 Derivação: por extensão de sentido.

arrolamento de unidades e combinação de meios e processos quevisem à produção de certo resultadoEx.: <s. eleitoral> <s. curricular> <s. educacional> <s. nanceiro>2.2.1 Derivação: por extensão de sentido.inter-relação das partes, elementos ou unidades que fazem funcionar 

uma estrutura organizadaEx.: <s. computacional> <s. de irrigação> <s. de sinais de trânsito>

<s. viário>

Informáticaramo do conhecimento dedicado ao tratamento da informação mediante

o uso de computadores e demais dispositivos de processamento de dados

ProcessarRubrica: informática.

submeter a processamento de dados; organizar dados, de acordocom a sequência de instruções codicada num programa

AutomáticoRubrica: tecnologia.que funciona por si, dispensando operadores (diz-se de aparelho)Ex.: arma a.

Pelas diversas denições que vimos, podemos agora escrever anossa própria interpretação da Tecnologia de Informação. A minha é quea tecnologia de informação reúne métodos e técnicas que se tornaram au-tomáticos em sua maioria e que servem para manipulação da informação.

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Microinformática

Por exemplo, o celular é um dispositivo eletrônico que manipula informa-ções de maneira automática para prover ao seu usuário a capacidade deconversar com pessoas distantes de si.

 Ativiae U.UEsta foi a minha denição. E a sua? Pense

e escreva a sua própria denição para Tecno-logia de Informação. Depois disto, faça uma pesquisa na Internet (que será um dos as-suntos do nosso material) e veja se encontranovas denições. Faça comparações, discuta

com seus colegas e com seu professor!

Do que é formaa a TI? U.2 Ao analisarmos as denições anteriores e nossa própria denição de

TI, foi possível notar que ela depende (ou é formada) de alguns compo-nentes, ou não?

Os componentes que formam a TI são:hardware;•

software;• banco de dados;•redes de telecomunicações;•nós, os usuários nais.•

A gura a seguir exemplica os componentes da TI:

Pessoas

Software

Hardware

Dados

Redes

A d A p t A d  o  d e  (   o ´  B R I  e N  ,2  0  0 4  )  

Componentes da Tecnologia da Informação

Mas como ca a relação entre esses componentes e a TI?

 Conexão:

Recomendações 1.1

 Assista ao lme sobre a impor -tância da informação de Waldez

Ludwig, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=IvJKT-92-

uDw

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Introdução à Tecnologia de Informação – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

As pessoas dependem da tecnologia de informação para manipular •informações (transmitir ou receber, guardar, recuperar etc).Esta manipulação da informação é feita por meio de software de com-• putador. O software é a descrição das tarefas necessárias às pessoas,

mas uma descrição de forma que o hardware do computador entende.Já o hardware reúne os componentes eletrônicos, que farão o real•“processamento dos dados”.Os dados são a representação das informações das pessoas num for-•mato que possa ser armazenado.E tudo isto pode ser feito localmente (ou seja, isoladamente) ou usan-•do recursos e computadores remotos. Assim, no último caso, seria

necessária uma infraestrutura de comunicação, também chamada derede!

 Como poemos efinir ao, informação e U.3  conhecimento? Com qual eles trabalhamos na Tecnologia e Informação? 

Vamos discutir um pouco esses conceitos e as diferenças entre eles?

Abaixo, apresento trechos da denição dada pelo professor Dr. Val-demar W. Setzer, disponibilizada em:

http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/dado-info.htm• lSegundo o professor Dr. Valdemar Setzer, podemos dizer que dado

é:(...) uma sequência de símbolos quanticados ou quanticáveis.

Portanto, um texto é um dado. De fato, as letras são símbolos

quanticados, já que o alfabeto, sendo um conjunto nito, pode por si só constituir uma base numérica (a base hexadecimal emprega

tradicionalmente, além dos 10 dígitos decimais, as letras de A a E).

Também são dados fotos, guras, sons gravados e animação, pois

todos podem ser quanticados a ponto de se ter eventualmente di-

culdade de distinguir a sua reprodução, a partir da representação

quanticada, com o original. É muito importante notar-se que, mes-

mo se incompreensível para o leitor, qualquer texto constitui um

dado ou uma sequência de dados (...)

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 344 

Microinformática

Segundo o Dr. Setzer, o dado é uma entidade matemática puramentesintática, ou seja, os dados podem ser descritos por estruturas de represen-tação. Assim sendo, podemos dizer que o computador é capaz de arma-zenar dados. Estes dados podem ser quanticados, conectados entre si e

manipulados pelo Processamento de Dados.Podemos denir dado também como unidades básicas a partir das

quais as informações poderão ser elaboradas ou obtidas. São fatos brutos,ainda não organizados nem processados.

Já a informação seria:(...) uma abstração informal (isto é, não pode ser formalizada atra-

vés de uma teoria lógica ou matemática), que está na mente dealguém, representando algo signicativo para essa pessoa. Note- 

-se que isto não é uma denição, é uma caracterização, porque

“algo”, “signicativo” e “alguém” não estão bem denidos; assu-

mo aqui um entendimento intuitivo (ingênuo) desses termos. Por 

exemplo, a frase “Paris é uma cidade fascinante” é um exemplo de

informação – desde que seja lida ou ouvida por alguém, desde que

“Paris” signique para essa pessoa a capital da França (supondo-se

que o autor da frase queria referir-se a essa cidade) e “fascinante”tenha a qualidade usual e intuitiva associada com essa palavra.

Assim, a informação depende de algum tipo de relacionamento,avaliação ou interpretação dos dados.

Veja também que informação e dado mantêm relações:(...) Se a representação da informação for feita por meio de dados,

como na frase sobre Paris, pode ser armazenada em um computador.Mas, atenção, o que é armazenado na máquina não é a informação,

mas a sua representação em forma de dados. Essa representação

 pode ser transformada pela máquina, como na formatação de um

texto, o que seria uma transformação sintática. A máquina não pode

mudar o signicado a partir deste, já que ele depende de uma pessoa

que possui a informação. Obviamente, a máquina pode embaralhar 

os dados de modo que eles passem a ser ininteligíveis pela pessoa

que os recebe, deixando de ser informação para essa pessoa. Alémdisso, é possível transformar a representação de uma informação de

modo que mude de informação para quem a recebe (por exemplo, o

computador pode mudar o nome da cidade de Paris para Londres).

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Introdução à Tecnologia de Informação – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Houve mudança no signicado para o receptor, mas no computador 

a alteração foi puramente sintática, uma manipulação matemática

de dados.

Assim, não é possível processar informação diretamente em um

computador. Para isso é necessário reduzi-la a dados. No exemplo,“fascinante” teria que ser quanticado, usando-se por exemplo uma

escala de zero a quatro. Mas então isso não seria mais informação

(...).

Podemos agrupar dados isolados e torná-los consistentes ao setransformarem em informações. Por exemplo, se tivermos um conjunto de

dados que descreva a temperatura do ambiente num local, horário e data, poderíamos ter a seguinte relação:

Em Ribeirão Preto, SP,

no dia 3 de fevereiro,

às 15h10 estava uma

temperatura de 24°.

15h10

3 de fevereiro

24°

Entrada

(Dados)

Processamento

Classificar 

Filtrar 

Organizar 

Saída

(Informações)

Ribeirão

Preto/ SP

A d A p t A d  o d e  (   C  Ô R t e  S  ,2  0  0  8  )  

Assim, o conjunto de dados inicial foi organizado de maneira que“faça sentido” àqueles que o estiverem lendo. Isto os torna informação. No entanto, a representação no computador é feita baseada nos dados.

Veremos mais detalhes disto na unidade sobre Banco de Dados(Unidade 6).

E como ca o conhecimento?Caracterizo Conhecimento como uma abstração interior, pessoal, de

algo que foi experimentado, vivenciado, por alguém. Continuando

o exemplo, alguém tem algum conhecimento de Paris somente se avisitou.

Desta maneira, o conhecimento precisa ser descrito por informa-ções.

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 346

Microinformática

(...) A informação pode ser inserida em um computador por meio

de uma representação em forma de dados (se bem que, estando na

máquina, deixa de ser informação). Como o conhecimento não é

sujeito a representações, não pode ser inserido em um computador.

Assim, neste sentido, é absolutamente equivocado falar-se de uma“base de conhecimento” em um computador. O que se tem é, de

fato, é uma tradicional “base (ou banco) de dados”.

Um nenê de alguns meses tem muito conhecimento (por exemplo,

reconhece a mãe, sabe que chorando ganha comida, etc.). Mas não

se pode dizer que ele tem informações, pois não associa conceitos.

Do mesmo modo, nesta conceituação não se pode dizer que um ani-

mal tem informação, mas certamente tem muito conhecimento. (...)

A informação, segundo o Dr. Setzer, asso-cia-se à semântica, enquanto o conhecimentoestá associado à pragmática, ou seja, algoexistente no mundo real.

Então, será que é impossível aos com- putadores manipularem conhecimento? Será

que não há computadores capazes de armaze-nar tais conhecimentos? É uma discussão quedeixo para vocês e para conversarmos no chat, nofórum e nas aulas!

 Ativiae U.3 Leia o artigo do Box Conexão 1.3, faça buscas de novas fontes e

discuta este tema com seus colegas. Depois, diga-me: Será que sistemascomputacionais podem manipular o conhecimento? _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 Conexão:

Recomendações 1.3

Leia na íntegra o artigo do Dr.Setzer em: http://www.ime.usp.

br/~vwsetzer/dado-info.html

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 347 

Introdução à Tecnologia de Informação – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

 Como a TI poe ser usaa nas empresas e U.4  pelas pessoas? 

Vamos comparar situações (casos) em que podemos usar a Tecno-logia de Informação (TI) para melhoraria e otimização dos processos en-

volvidos. Em geral, isto também garantirá mais satisfação para as pessoasou as empresas usuárias nestas situações. Vamos fazer as comparaçõesconsiderando um cenário sem o uso da TI e com o uso da TI.

Caso 1 – Compra de equipamentos ou bens de consumo pelaspessoas

Sem a TI

 No formato tradicional, você visitaria algumas lojas que comercia-lizam o produto que deseja. Perguntaria sobre preços, condições de paga-mento, prazos de entrega. Faria as devidas comparações, “choraria” por um descontinho, até escolher e, enm, realizaria a compra. Muitas vezesvocê sairia da loja com o produto (depende do tamanho do produto e de aloja tê-lo à pronta entrega!).

Com a TI

Você entra on-line no site da loja que comercializa os produtos quedeseja. Através do site destas empresas, você pode comprar os itens di-retamente e pedir que sejam enviados à sua residência. Ou, então, vocêentra on-line em sites como o  Buscapé1 e solicita aos sistemas de buscado site que localizem as empresas que vendam o produto da sua escolha.Então você recebe a informação na tela de seu computador sobre os sitesencontrados que vendem o seu produto, bem como os valores, as condi-

ções de pagamento e os prazos de entrega de cada um deles.Adaptado de (TURBAN, JR. e POTTER, 2005)

Quer ver um exemplo?Entre em www.buscape.com.br.•

Onde eu (isto, eu mesmo!) digitei “DIGITE AQUI O NOME DO•PRODUTO”, escreva o nome do produto que quer buscar. Vamos ten-

tar uma TV LCD Samsung de 40 polegadas?

1 disoíve e www.bscae.co.br 

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Microinformática

R e p R  o d  u  ç ã   o 

Veja que, após a busca, vieram vários resultados, pois não especi-camos modelo.

Vamos clicar no segundo item (pois está mais barato!) e ver as com- parações das lojas que vendem este modelo. Na minha busca, este segun-do item foi o modelo LN40B530.

R e p R  o d  u  ç ã   o 

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Introdução à Tecnologia de Informação – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Após clicar no segundo item (em “Compare Preços”), o site nos re-tornou diversas opções de loja vendendo determinado produto. Podemosvericar o que os usuários acharam do produto (opinião dos usuários),fazer comparações, vericar a qualicação das lojas, dentre outros.

R e p R  o d  u  ç ã   o 

Veja que podemos, rapidamente, encontrar melhores opções decompra para um determinado produto. Outra opção seria perguntar paraseus vizinhos e amigos sobre o produto que deseja comprar. Vericar seeles conhecem este produto ou saibam de alguém que conheça. Além dis-to, você poderia visitar umas 20 lojas diferentes, perguntar aos vendedores

sobre o produto que deseja, comparar os preços e as opções de pagamen-to. Pareceu difícil? Então você percebeu como a TI pode nos ajudar?

Caso 2 – Compra de livrosSem a TIBasta ir a uma livraria próxima e comprar os livros que deseja. Exis-

tem livrarias que comercializam livros usados. Assim você poderá vender os livros que comprou, posteriormente.

Com a TIVocê entra no site da editora que publica os livros ou num site que co-

mercializa apenas (e não necessariamente publica! Ex. Amazon.com, Subma-rino etc.), faz a compra, escolhe para onde os livros devem ser enviados!

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 350

Microinformática

Caso 3 – Compra em supermercadoSem a TIVocê vai ao supermercado de sua preferência, passeia por ele esco-

lhendo seus produtos. Às vezes você compra mais do que precisa (prin-

cipalmente algumas guloseimas!). Coloca tudo no carrinho de compras evai para a la dos caixas. Lá, dependendo do dia, você espera um pouqui-nho ou espera muito! Depois passa os itens pelo caixa, faz o pagamentoem cheque, dinheiro, cartão de crédito ou débito, coloca as compras emsacolas e leva para a casa. Alguns supermercados oferecem a entrega dascompras.

Com a TIAlguns supermercados estão se reformulando para permitir quevocê leve seus itens a um quiosque de autoatendimento, onde você passao código de barras de cada item em uma leitora. Depois de ter passadotodos os seus itens, o quiosque oferece instruções sobre como pagar, sejaem dinheiro, cartão de crédito ou de débito. Nestes cenários, a espera nala do caixa tende a ser bastante reduzida.

Adaptado de (TURBAN, JR. e POTTER, 2005)

Caso 4 – Televisão interativaSem a TIÉ o formato da TV convencional, ou seja, você pode mudar de ca-

nal! O número de canais é reduzido e você não tem acesso eletrônico à programação do canal.

Com a TI

Hoje, no Brasil, a TV digital já chegou e é uma das grandes novi-dades tecnológicas. Em breve seremos capazes de participar de votaçõeson-line (enquanto assistimos ao nosso próprio programa), teremos maisrecursos para a programação da TV e quem sabe até um canal de com- pras! Você sabe eletronicamente da programação da TV e pode interagir!

Caso 5 – A TI usada por diferentes áreas de uma empresaSem a TI

Todo o controle das empresas poderia ser feito via anotações em papel. Além disso, o funcionamento dos procedimentos cava com as pes-soas que os desempenhavam.

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Introdução à Tecnologia de Informação – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Com a TIO controle pode ser feito pelo uso de sistemas de computador. O

funcionamento dos procedimentos pode ser escrito nestes sistemas e, as-sim, ca mais fácil aprender e passar adiante tais conhecimentos.

A TI pode ser usada desde o controle de entrada e saída dos funcio-nários da empresa até para fazer previsões de lucros em investimentos daempresa. Nas áreas nanceiras e de contabilidade, a TI pode ser usada por gerentes para previsão de receitas e despesas, para gerenciamento do u-xo de caixa, realizar auditorias, entre outras atividades.

Em vendas, em marketing, os gerentes utilizam a TI para denir os preços dos produtos e serviços, denir campanhas de vendas, acompanhar 

o andamento das vendas, gerenciar o relacionamento com o cliente, entreoutras atividades.Adaptado de (TURBAN, JR. e POTTER, 2005)

 Ativiae U.4 Após esses exemplos, pense um pouquinho e formule os seus, ok?

Quero dois exemplos de situação com o uso da TI e sem o uso da TI. Bomtrabalho!

Situação 1 _____________________________________________________ Sem TI

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

Com TI

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

Situação 2 _____________________________________________________ Sem TI

 _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

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Microinformática

Com TI _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

Tecnologia e Informação e CarreirasU.5 Vimos exemplos de aplicação da TI em

alguns cenários. Vimos também algumasdenições iniciais sobre os termos tec-

nologia, informação, conhecimentoetc. Você já parou e pensou: “tudo bem, mas e quanto à minha carreira,o que a TI tem a ver com ela?”

É isto que vamos discutir agora.Vamos apresentar o relacionamento deTI com algumas áreas e carreiras.

 Contabiliae U.5.UA Contabilidade foi uma das primeiras áreas a usar computadores.

Desde a década de 1950, com o lançamento dos primeiros computadores para uso comercial, diversos foram os esforços no desenvolvimento desistemas de informação contábeis, como sistema para controle de folhade pagamento, livros de escrituração, dentre outros. Cada vez mais oscontadores passaram a depender de sistemas de informação para criação

de registros nanceiros, organização de dados, análises nanceiras, enm,tarefas que podem (e podiam) ser realizadas sem o uso de meios tecnoló-gicos, mas que, face ao volume de informações hoje existente, torna-seimpraticável. Podemos enumerar algumas competências em Tecnologiade Informação interessantes para os estudantes de contabilidade:

Conhecimento das mudanças na tecnologia de informação que é usada•nas empresas, nos órgãos públicos, em consultorias. Estas mudançasestão relacionadas a hardware, software e meios de telecomunicação.

Compreensão das aplicações contábeis e nanceiras para garantir que•as empresas mantenham registros contábeis corretos.Saber como usar os sistemas para emissão de relatórios nanceiros•corporativos em escala nacional ou global.

 Conexão:

Recomendações 1.4

Para se aprofundar mais sobre aimportância da TI nas empresas, leia

alguns artigos:

http://tribunaemfoco.wordpress.com/2007/06/26/tecnologia-da-informacao-e-

sua-importancia-no-mundo-globalizado/

http://www.gestaodecarreira.com.br/coaching/blog-de-ti/a-importancia-

do-ti-na-sua-empresa.html

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Introdução à Tecnologia de Informação – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Como temos muitos sistemas que usam a Internet como infraestru-•tura, é interessante conhecer sobre transações on-line, ambiente denegócios móvel, segurança de redes etc.

Imagine, por exemplo, a abertura de uma nova fábrica de calça-dos em outro país. Trata-se de uma decisão estratégica, que precisará deconhecimentos e informações para embasá-la. Os gerentes nanceiros econtábeis precisam da Tecnologia de Informação para calcular e analisar este investimento, prevendo receitas e determinando melhor a utilizaçãodos recursos, além de permitir a realização de auditorias para que o inves-timento mantenha-se mais seguro e os cálculos, mais exatos!

 Aministração U.5.2 Os administradores desenvolvem ampla gama de atividades em

todos os setores da economia. Estas atividades incluem liderança, planeja-mento, coordenação, organização e comunicação em equipes de trabalho.Também são responsáveis pela operação eciente das empresas e pelasupervisão dos funcionários. Grande parte dos postos de trabalho atuaisexige diploma universitário, capacidade de liderança, habilidades de reda-

ção, apresentação e análise crítica.Os conhecimentos sobre Tecnologia de Informação também são

exigidos. Cada vez mais o uso de tecnologias digitais como Internet, celu-lares e smartphones, e-mail etc. permitem aos administradores o monito-ramento das atividades, a coordenação do relacionamento com clientes efuncionários e a tomada de decisões de maneira cada vez mais precisa.

O trabalho dos administradores foi e tem sido transformado pelo

grande uso de Tecnologia de Informação. Algumas competências aos es-tudantes de administração que podemos citar em relação à TI são:conhecimento das novidades em hardware e software que possam ser •usadas na administração mais eciente dos negócios;entender, por exemplo, por que bancos de dados desempenham uma•função importante na administração dos recursos de informações daempresa;compreender os sistemas de informação corporativos para gestão de•

 produção, gestão das vendas, do relacionamento com clientes e forne-cedores etc.;conhecer e compreender os sistemas que integram os sistemas ante-•riores.

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Microinformática

Turismo U.5.3 Os avanços na tecnologia de informação e comunicação nos últimos

trinta anos revolucionaram a maneira de comercializar produtos e serviçosligados a viagens (MARÍN, 2004). São inúmeros os portais hoje existentes

que permitem ao consumidor nal montar seu próprio pacote de viagensde férias, por exemplo. O número de opções de sistemas tecnológicos dis- poníveis que possam auxiliar o agente de viagens é muito vasto. Por isso,algumas necessidades importantes que podemos ressaltar são:

compreender tanto as alternativas como a maneira de usar sistemas de•informação para melhor atender os clientes;compreender sistemas que auxiliem na montagem de pacotes especí-•

cos para clientes;entender e conhecer sistemas de comunicação para auxiliar o cliente•em suas viagens, além de sistemas para pagamentos on-line, agenda-mentos e reservas etc.;conhecer e compreender sistemas de buscas e sistemas de mapas on-•line;conhecer e saber operar um Sistema Global de Distribuição (GDS).•

Economia e finançasU.5.4 O setor de serviços nanceiros, imobiliários, securitários, acioná-

rios, bancários é um setor muito grande. O crescimento, no mundo e so- bretudo no Brasil, está acima da média. Com este crescimento, o aumentodo número de postos de trabalho também será muito grande. Para isto, osestudantes nesta área precisarão de sólidos conhecimentos nas ferramen-tas que os apoiarão no mercado de trabalho. Algumas habilidades que

 podemos citar são:conhecimento das tecnologias de hardware e software usadas em apli-•cações nanceiras, gerenciamento de uxo de caixa, gerenciamentode riscos;compreender os sistemas on-line de transações;•aprender e compreender sistemas que funcionem em tempo real,•como bolsas de valores etc.;domínio de ferramentas como relatórios nanceiros, sistemas que•

usem inteligência articial ou descoberta de conhecimento em basede dados para auxiliar na tomada de decisões etc.

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Introdução à Tecnologia de Informação – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Marketing U.5.5 A Internet mostrou novos conceitos à área de marketing e publicida-

de. Alguns destes surgiram com a própria Internet. O comércio eletrônicoexpande-se rapidamente pela Internet e isto tem atraído diversos inves-

timentos na área de publicidade on-line. Seja qual for a categoria pros-sional de marketing, os conhecimento em tecnologia da informação serãocruciais, pois atividades como branding (Gestão de Marcas), promoção erelações públicas envolvem cada vez mais o domínio de sistemas de in-formação e tecnologias relacionadas à Internet. Algumas habilidades que podemos citar aos futuros prossionais são:

capacidade para entender como as tecnologias de hardware e software•

 podem auxiliar nas atividades de marketing, como desenvolvimentode marcas, promoção, vendas etc.conhecer e compreender as tecnologias relacionadas à Internet e como•elas inuenciam em campanhas de marketing social, por exemplo;aprender o poder que os bancos de dados e as tecnologias para explo-•ração dos dados possuem na análise do comportamento do cliente;compreender como os sistemas corporativos e os sistemas de geren-•ciamento do relacionamento com os clientes podem ser usados no

desenvolvimento de produtos e análise de demanda.

Gestão e Tecnologia e Informação e U.5.6  esenvolvimento e sistemas

A administração de tecnologias de informação e de sistemas de in-formação é outra importante carreira a ser apresentada e discutida.

Caso o prossional dessa área seja um gestor de tecnologia de infor -

mação, algumas habilidades essenciais serão: profundo conhecimento de hardware e software usados pelas empre-•sas para auxiliar na aquisição ou substituição, visando a maior eci-ência e ecácia nas operações dos processos organizacionais; profundo conhecimento sobre como os sistemas de informação cor-• porativos podem afetar a gestão da empresa e a produtividade, sobrecomo estes sistemas podem gerir o relacionamento com os clientes ecom fornecedores;

capacidade de liderar projetos de implantação de novos sistemas de•informação, de integrar uma equipe com prossionais de diversasáreas, entender as necessidades tecnológicas do negócio e traduzi-las

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Microinformática

em necessidades de equipamentos, softwares e processos de trabalhoapoiados pela TI;conhecimentos sólidos em redes de computadores, softwares, banco•de dados, sistemas integrados etc.

caso o prossional desta área seja um desenvolver ou engenheiro de•sistemas, precisará de habilidades como:capacidade de compreender problemas e traduzi-los em ferramentas•de hardware e software que automatizem a solução destes problemas;capacidade de desenvolver tecnologias que facilitem o cotidiano das• pessoas, seja nas empresas, em casa, no lazer;capacidade de aprimorar conhecimento e tecnologias existentes usan-•

do recursos computacionais;necessidade de aprendizagem de ferramentas que possibilitam o de-•senvolvimento de software;entender profundamente sobre redes de computadores e telecomuni-•cação, bancos de dados, arquitetura de computadores e sistemas ope-racionais, segurança da informação etc.

 Ativiae U.5  Nós falamos da importância da TI em várias áreas e carreiras. Veja

que não falamos todas, pois são muitas! Faltou falar das engenharias, daarquitetura, da pedagogia! Será que a TI pode ser usada na pedagogia? Ena física? Na medicina? Viu? Existem diversas outras carreiras que envol-vem aprender e usar Tecnologia da Informação. Por isto, sua tarefa agoraserá responder a duas atividades:

Qual a importância da TI para a sua área? A carreira que está cur -

sando e que em breve estará apto a desempenhar no mercado de trabalho. _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

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Introdução à Tecnologia de Informação – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Escolha mais duas carreiras quaisquer. Lembre-se de que citamosalgumas acima. Não vale escolher a sua nem as carreiras já citadas. Tenteresponder à mesma pergunta anterior para cada uma destas carreiras. Dis-cuta com seus colegas, professor, tutor e faça pesquisas antes de respon-

der, ok?Boa atividade!

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

Reflexão sobre a U.6  uniae U

 Nes ta un idade , nósfalamos sobre definiçõesacerca de temas relacionadosà Tecnologia da Informação,sobre informação, dado e co-

nhecimento e o uso destes pelaTI. Além disto, falamos sobreas carreiras e a importância da TInas empresas. Procure pensar, a partir 

Conexão:

Recomendações 1.5Leia artigos sobre carreiras e a TI. Abaixo,

temos alguns deles:

TI e Contabilidade

http://www.contabeis.com.br/artigos.aspx?id=75

TI e Marketing

http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/tecnologia-e-marketing-o-que-tem-haver-uma-coisa-com-a-

outra/11697/

TI e Turismo

http://www.espacoacademico.com.br/046/46ccampos.htm

Busque sempre novas fontes e novasinformações a respeito de sua

carreira!

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 358

Microinformática

da leitura desta unidade, como a TI inuencia sua vida, sua carreira, seulazer, enm, qual o relacionamento entre a TI e toda a sua rede social e deconvivência.

Para encerrarmos nossa discussão, leia o texto do Box Recomenda-

ções 1.6 e responda às perguntas abaixo.

 Leituras RecomenaasArtigo – O papel da informação no processo de capacitação tecno-

lógica das micro e pequenas empresas. Escrito por Paulo César Rezendede Carvalho Alvim.

Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_ 

arttext&pid=S0100-19651998000100004

Livro – Administração de Sistemas de Informação, do autor PedroLuiz Cortes. Livro muito interessante e abrangente sobre o uso de siste-mas de informação nas empresas. Aborda vários elementos que estudare-mos em várias unidades. Para mais informações, veja as Referências.

Questão de Encerramento 1.6.1

Quanto vale a informação para você? Dê exemplos.

Questão de Encerramento 1.6.2Quanto pode valer a informação para as empresas? Dê exemplos.

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Introdução à Tecnologia de Informação – Unidade 1

   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Referências

CÔRTES, P. L. Administração de Sistemas de Informação. São Pau-lo: Saraiva. 2008.

MARÍN, A. Tecnologia da informação nas agências de viagens: em busca da produtividade e do valor agregado. São Paulo: Aleph. 2004.

O´BRIEN, J. A. Sistemas de Informação e as decisões gerenciais naera da Internet. São Paulo: Editora Saraiva. 2004.

TURBAN, E.; JR., R. K. R. e POTTER, R. E. Administração de Tec-nologia da Informação – Teoria e prática. Rio de Janeiro, RJ: Cam- pus. 2005.

Na próxima uniae Você já se perguntou como funciona um computador? Sim? Ótimo!Obteve a resposta? Não? Sem problemas, pois nós vamos falar sobre isto agora na Uni-

dade 2.Vem comigo?

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Microinformática

Minhas anotações: 

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   U  n    i  U  a  U e   2

 Como funciona o

computador 

As guras tra-dicionais dos com- putadores que você

vê abaixo não foramsempre assim. Um compu-

tador foi concebido com nsmuito mais “humildes” do que

as aplicações que vemos hoje em

dia. Nesta unidade, nós vamos ex- plorar e entender como funciona um

computador e ver que estrutura básica,originalmente concebida para ns mais

“humildes”, ainda persiste. Claro queesta estrutura foi aprimorada, mas a teoria

que a gerou ainda é utilizada nos mais mo-

dernos computadores da atualidade.

Objetivos de sua aprendizagem Nesta unidade, faremos uma breve

viagem sobre os principais conceitos queexplicam o funcionamento dos compu-tadores. Você entenderá como surgiramos computadores eletrônicos e verá que

existe uma classificação para distin-guir tipos de computadores. Também

verá os principais componentesde um computador e entenderá como um computador pessoal

funciona. Não deixe de apreciar as referências apresentadasnos assuntos e faça todos os exercícios pedidos. Lembre- 

-se da nossa frase:

 Na teoria, não há diferença entre teoria e prática. Mas, na prática, há.Jan L.A van de Snepscheut

I  mA  g e d  J  

 S p I  k e mA f f 

 o R d  /   S t  o  C k b y t e  /   g e t t y I  mA  g e  S 

 g  o  C e  /  d R e A m S t I  me . C  o m

Computadores da atualidade

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Microinformática

Por isto, faça todos os exercícios e as consultas pedidas. Participeativamente dos fóruns e dos plantões, além das aulas!

Você se lembra?Qual foi a última vez que você usou um computador? Foi hoje? Mas

qual foi o tipo de computador que você utilizou? Como funciona o com- putador que você usou? Você saberia me explicar?

ma breve viagem pela história 2.UUm dos pontos interessantes na história do surgimento dos computa-

dores foi a rápida evolução das tecnologias utilizadas para sua produção.

O primeiro computador de grande porte a usar eletrônica digitalfoi o ENIAC (Electrical Numerical Integrator and Calculator). Ele erade grande porte, devido à quantidade de cálculos que ele era capaz derealizar: cerca de 5 mil somas ou 360 multiplicações por segundo (muito pouco comparado à capacidade de nossos computadores atuais).

WI  k I  me d I  A 

ENIAC (Parte dele, na verdade, pois aqui vemos sua interface de operação.)

O ENIAC começou a ser desenvolvido por John Eckert e John

Mauchly. O desenvolvimento iniciou-se em 1943, com nanciamentomilitar, para ser usado na Segunda Guerra Mundial, mas só se tornou ope-racional em 1946. Tinha cerca de 30 toneladas e ocupava 180 m2 de área.

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Como funciona o computador – Unidade 2

Em 1944, juntou-se ao grupo de pesquisadores o engenheiro John von Neumann. Este criou a arquitetura (chamada de arquitetura de von Neu-mann) que é usada até hoje nos computadores comerciais.

W

I  k I  me d I  A 

O ENIAC numa visão mais ampla

O ENIAC não tinha sistema operacional (na unidade 3, falaremosmais sobre o que são estes sistemas) e todas as operações eram inseridasdiretamente na máquina usando códigos numéricos.

Foi produzido usando a tecnologia de válvulas a vácuo, que foi atecnologia inicial para computadores eletrônicos. Por isto, ele é o marco

da Primeira Geração de Computadores. O problema das válvulas era ocusto alto para manutenção. Para você ter uma ideia, o ENIAC foi cons-truído usando mais de 17 mil válvulas e gastava mais de 200.000 watts,aquecendo muito!

As válvulas eletrônicas possuíam o tamanho aproximado de umalâmpada elétrica.

A era da computação comercial iniciou-se no ano de 1951, quandoo UNIVAC (Universal Automatic Computer) foi entregue ao primeiro

cliente: o escritório do Censo do Estados Unidos para tabulação dos dadosdo censo do ano anterior. Pode-se dizer que o UNIVAC foi o resultado demodicações positivas no ENIAC.

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Microinformática

Em 1947, os cientistas John Barde-en, Walter H. Brattain e William Shockleydesenvolveram o transistor. O transistor é um pequeno dispositivo que transmite

sinais eletrônicos usando um resistor. Ostransistores revolucionaram a eletrônica ea maneira de construir computadores. Alémde serem muito menores do que as vál-vulas, consumiam muito menos energia egeravam menos calor. Também eram maisrápidos e mais conáveis do que as válvu-

las. Um novo avanço, nesta mesma época,foi a criação de uma linguagem simbólica para manipular instruções das máquinasem vez de códigos numéricos, e isto tornouum pouco menos ardil a tarefa de criar pro-gramas para os computadores. Depois daslinguagens assembly (as linguagens sim- bólicas), surgiram as linguagens de “mais

alto nível”, como Fortran e COBOL. Sãolinguagens com comandos em inglês, em vez de símbolos e marcaçõescomo nas linguagens assembly. E esta foi chamada a segunda geraçãodos computadores. Nesta época, os computadores ainda não atingiamas pessoas “comuns” da socie-dade, sendo usados apenas por universidades e por organiza-

ções do governo e militares.Entre 1965 e 1970, surgiuo Circuito Integrado (CI). Tra-ta-se de um circuito eletrônicocompleto num pequeno chip feito de silício. Em 1965, osCIs começaram a substituir ostransistores nos computadores

e aí nós tivemos os Computa-dores de Terceira Geração.

WI  k I  me d I  A 

Foto de uma válvula eletrônica

Foto de um transistor simples

A n n e d A v e  /  d R e A m S t I  me . C  o 

m

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Como funciona o computador – Unidade 2

A l e x  S k  o p  J  e  /  d R e A m S t I  me . C  o m

Foto de circuitos integrados

O silício é um material chamado semicondutor, pois conduz correnteelétrica quando misturado com impurezas químicas em sua constituição (você pode pesquisar os detalhes de materiais semicondutores se car curioso!).

O marco importante desta terceira geração foi o lançamento do computador da série IBM 360 em 1964. Trata-se de uma linha de computadores projetada pela

IBM tanto para uso comercial quanto cientíco. Foi uma série com o intuito deinserir o uso de computadores nos negócios e em operações comerciais.

n A  S A  /  WI  k I  me d I  A 

O IBM 360

International Business Machines (IBM) – trata-se de uma

empresa de desenvolvimento de hardware e software, estaduniden-se, com quase um século de existência. Mais informações em http://

www.ibm.com/ibm/br/pt/

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Microinformática

Já a quarta geração de computadores, com início na década de 1970,traz consigo a criação do microprocessador. Os computadores atuais sãomuito menores, mais de 100 vezes menores que aqueles de primeira ge-ração, mas um único chip é mais poderoso que o próprio ENIAC. Para

você ter uma ideia, em 1977 uma calculadora podia fazer cerca de 250multiplicações por segundo, custava de 300 a 500 dólares e pesava maisde 500 gramas. Hoje, uma calculadora pesa muito pouco, custa 1 dólar oumenos às vezes (depende da cotação) e realiza muito mais cálculos. Emcomparação ao ENIAC, um Pentium de 150 MHz era capaz de mais de300 milhões de operações de soma por segundo, enquanto que o ENIAC processa apenas 5.000 operações.

Dê uma olhada na gura a seguir.

Evolução dos computadores

Retirado de “A história dos processadores, desde ENIAC até Neha-

lem” / INTEL.

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Como funciona o computador – Unidade 2

Aevolução na

velocidade dos microproces-sadores é tida para alguns como

a quinta geração dos computadores. O

marco seria o microprocessador Intel 386,que permitia a execução de várias tarefas ao

mesmo tempo.

 S Wt p  C  6  8  0  0  /  WI  k I  me d I  A 

MITS Altair 

Apple I

v  o l k e R  S t e  g e R  /   S  C I  e n  C e p H  o t  o l I  b R A R y  /   S p l d  C  /  l A t I  n  S t  o  C k 

Claro que a históriamais recente dos compu-tadores você já conhece,mas vamos apenas co-

mentar um pouco sobreos computadores pesso-ais. Estes computadoresmudaram completamenteo paradigma do uso decomputadores.

O primeiro compu-

tador pessoal que foi dis- ponibilizado ao públicoem geral foi o MITS Al-tair, produzido em 1975. Na época, foi “choque” grande, pois os computadores só faziamsentido para empresas, uni-versidades, o governo ou os

militares! Para que ter umcomputador em casa? Sefosse para investir, inves-tiria em maquinários, emferramentas, mas um com- putador? Não teria serventia!Esse seria um típico discurso

de um pai cujo lho acabou de

lhe fazer um pedido naquela época!Quando Steve Jobs e Steve Wo-

zniak mostraram ao público jovem oApple I, todo mundo foi ao delírio!Ele possuía um teclado fácil de usar e tela! A Apple mostraria, mais tarde,

sua facilidade em conseguir sucessocomercial com o Apple II e o softwa-re de planilha eletrônica VisiCalc.

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 368

Microinformática

v  o l k e R  S t e  g e R  /   S  C I  e n  C e p H  o t  o l 

I  b R A R y  /   S p l d  C  /  l A t I  n  S t  o  C k 

Apple II

Em 1981, a IBM lançou seu primeiro computador pessoal e captu-rou a maior fatia de mercado em 18 meses. O padrão IBM PC foi adotadoe copiado por outras empresas.

H  o  /  I  b m /  A f p 

IBM PC

 Não podemos nos esquecer de um nome importantíssimo no século

 passado. Claro, ainda é um nome muito importante: Microsoft. A hoje giganteempresa de software forneceu o sistema operacional para o computador pesso-al da IBM. Este software, chamado de MS-DOS, foi usado pela IBM e pelasempresas que criaram computadores pessoais baseadas no padrão IBM PC.

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   1

Como funciona o computador – Unidade 2

Com grande expansão, a Microsoft logo evoluiu para novas versões de seu sistema operacional atéque “descobriram” e popularizaram a interfacegráca com o sistema operacional Windows!

Os sistemas Windows mudaram o conceito deinterface entre usuário e computador. Não foi aMicrosoft que criou o conceito de interface grá-ca, mas foi uma das principais empresas (senão a principal) a popularizá-lo!

 Ativiae 2.U

 Nesta atividade, vou sugerir a você uma busca pelas informações dolme  Piratas do Vale do Silício (Pirates of Silicon Valley). Se gostar dadica, tente encontrá-lo numa locadora ou com um amigo e assista a ele.Você ai gostar, pois o lme é muito bom!

 Classificação os Computaores2.2 

 Computaores pessoais2.2.USão os chamados computadores de mesa (desktop) ou microcom-

 putadores. Esta linha de computadores é usada para tarefas rotineiras,domésticas ou em escritórios. Uma variação deste tipo de computador queé usada para serviços mais avançados são as estações de trabalho (works-

tations). São PCs com conguração muito mais robusta.

 g  o  C e  /  d R e A m S t 

I  me . C  o m

Uma Workstation PC

 Conexão:

Recomendações 2.1

 Assista ao lme história

do computador em minutos

disponível em www.youtube.com/watch?v=F3qWg1JBPZg

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 370

Microinformática

Computaores notebook 2.2.2 Estes computadores são mais leves, projetados para o uso portátil.

Equipados com bateria com boa duração, são usados em viagens ou emqualquer lugar. Atualmente existem notebooks com congurações tão ro-

 bustas e caras quanto workstations.Recentemente, surgiu uma variação dos notebooks. São modelos

com tela menor (de 7 a 11 polegadas), bateria com maior duração, semleitores de CD ou DVD e muito mais leves, além de serem mais baratos(em geral). São os chamados netbooks. Planejados para portabilidade enavegação na Internet em qualquer lugar. Com a grande difusão das redesque fornecem Internet sem o, este modelo tem ganhado popularidade e

vem sendo adotado até por escolas como ferramenta de auxílio às ativida-des em sala.k mt H e mA n  /  d R e A m S t I  me . C  o m

Um notebook versus um netbook

Mainframes2.2.3 São os chamados computadores de grande porte. São projetados

 para processamento de grandes quantidades de dados a velocidades muitoaltas. Em geral, são usados em grandes empresas, como bancos, indús-trias, companhias aéreas e de seguro. São computadores projetados paravários usuários (multiusuário) ao mesmo tempo e com custo bem elevado.

Pelo alto custo, os mainframes perderam muito espaço para os servidores baseados na arquitetura PC.

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Como funciona o computador – Unidade 2

 Computaores2.2.4  hanhel 

O handheld, também cha-mado de PDA (Personal Digital

Assistant), foi criado original-mente para controlar agendasde compromissos, informações pessoais, catálogo de endereçose telefones. Geralmente aces-sados por meio de uma canetagráca, possuem tela sensível

ao toque, sendo possível escre-ver sobre ela.Estes computadores evo-

luíram e passaram a ter suasfuncionalidades integradas emcelulares, surgindo o chamado

 smartphone. Um  smartphone é basicamente um celular com funções deum PDA.

y  o  S H I  k A z  u t  S  u n  o  /  A f p 

H y  S I  d e  /  d 

R e A m S t I  me . C  o m

d A v I  d A R t  S  /  d R e A m S t I  me . C  o m

Um dos smartphones mais procurados e mais desejados desde oseu lançamento é o iphone, da Apple.

Um computador ultraportátil, o popular Iphone e um handheldda Compac

R H I  l b e R  /  WI  k I  me d I  A 

Mainframe IBM

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 372

Microinformática

Supercomputaores2.2.5 São os mais caros e mais poderosos computadores. Usados para

grandes simulações, como previsão do tempo, análise do mercado deações, efeitos especiais em produções cinematográcas. Também são

muito usados por órgãos do governo para tarefas que envolvam gigantes-ca manipulação de dados.

l e R  o y n . S A n  C H e z  ,R e  C  o R d  S mA n A  g e me n 

t  /  me d I  A  S e R v I   C e  S A n d  o p e R A t I   o n  S  /  WI  k I  me d I  A 

Supercomputador RoadRunner 

 Ativiae 2.2 Liste os computadores aos quais você tem ou teve acesso. Aponte o

maior número de detalhes possível sobre cada um deles. _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _______________________________________________  __________________________________________  _________________________________________  ________________________________________  ________________________________________ 

 ________________________________________  _________________________________________  _____ 

 Conexão:

Recomendações 2.2

Verique mais informações

em informatica.hsw.uol.com.br/questao543.htm

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Como funciona o computador – Unidade 2

Visão geral e um computaor pessoal 2.3 O hardware de seu computador pessoal precisa dos seguintes com-

 ponentes para um efetivo funcionamento:dispositivos de entrada;•

dispositivos de saída;•dispositivos de armazenamento secundário;•unidade de processamento.•

O funcionamento básico de um computador convencional acontecede acordo com a gura abaixo:

Armazenamento secundário

O dispositivo de

armazenamento

secundário armazena

dados e programas

O dispositivo

de entrada envia

dados à unidade

central de

processamento

 A unidade central deprocessamento (CPU)

executa instruções

de computador 

 A memória mantém

dados e programas em

uso no momento

O dispositivo

de saída

disponibiliza

os dados

processados

(as Informações)

Entrada Processamento Saída

A d A p t 

A d  o d e :   (   C A p R  o n e  J   o H n  S  o n  ,2  0  0 4  )  

Componentes principais de um computador e mecanismo de funcionamento.

As informações são inseridas no ambiente computacional por meiodos dispositivos de entrada. Estes dispositivos permitem que nós, sereshumanos, ou equipamentos forneçamos informações para serem processa-

das. Exemplos seriam o mouse, o teclado, leitores óticos, dentre outros.Estas informações de entrada são armazenadas na memória, e a uni-

dade central de processamento (CPU) realiza o devido tratamento destas.

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 374 

Microinformática

Após isto, dispositivos de saída podem exibir o resultado do processa-mento. Exemplos de dispositivos de saída são monitores, impressoras,dispositivos de som etc.

Além disso, existem componentes que permitem a gravação de da-

dos de maneira permanente e também o intercâmbio de dados. Estes dis- positivos são chamados de dispositivos de armazenamento secundário.

Detalhando um pouco mais os componentes de um computador, te-mos a gura a seguir.

1

23

4

5

6

7

8

9

Componentes básico do computador: 1 – monitor, 2 – placa-mãe, 3 – processador, 4 –memória RAM, 5 – placas de expansão, 6 – fonte de alimentação, 7 – leitor ótico (DVD, CDetc.), 8 – disco rígido (hd), 9 – mouse, 10 – teclado.

Dispositivos de entrada: 10 e 9Dispositivos de saída: 1

Armazenamento secundário: 7 e 8Elementos da CPU: 2, 3, 4, 5 e 6.

A CPU representa toda a unidade que faz o processamento, masnão é um único componente, pois reúne diversos outros. Por exem- plo, a placa-mãe, que recebe este nome em razão de todos os demaiscomponentes da CPU, periféricos de entrada e de saída, dependeremdela para conexão. É uma placa que faz a interligação entre todos os

componentes do computador. Nela há os  slots de memória, onde ca amemória RAM do computador. A memória RAM (memória de acessorandômico) é a memória de trabalho da máquina. Nela cam os progra-mas que estão sendo processados e todas as informações necessárias.

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Como funciona o computador – Unidade 2

Além da memória RAM, temos o próprio processador, a unidade capaz de realizar com- plexas operações matemáticas, e as placas deexpansão, que permitem adicionarmos no-

vas funcionalidades ao nosso computador,como uma placa que faça processamento de-dicado de vídeo. Enquanto a memória RAMguarda as informações de trabalho, os discosrígidos guardam todas as informações e todos os programas. Quando desligamos o computador, as informações são salvasno disco. Quando ligamos o computador, os programas necessários para

utilização dele, bem como aquele que desejarmos, são carregados do dis-co para a memória RAM.Além dos componentes vistos, podemos enumerar um outro tipo de

dispositivo: Dispositivo para Comunicação Externa. No hardware de seucomputador, ele é tratado com um dispositivo de entrada e saída, mas éinteressante diferenciá-lo. Exemplos destes dispositivos são:

 placas de rede;•hub;•

switch;•modems.•

Veremos mais sobre estes dispositivos na unidade sobre Redes.

 Ativiae 2.3 Você consegue listar os componentes do seu computador? Se não

tiver um em casa, pode ser do trabalho, de um amigo. O importante é

tentar! Vamos lá? Ah, não se esqueça de tentar listar características doscomponentes (ex. a marca da placa-mãe). Vamos tentar? _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 Conexão:

Recomendações 2.3

Veja o vídeo do Olhar Digital sobre o que considerar 

na hora de comprar um compu-tador, em www.youtube.com/watch?v=vYo6IceDsVQ

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 376

Microinformática

 A arquitetura interna e o funcionamento e um 2.4  computaor 

Lembra-se de termos comentado sobre John von Neumann, que par-ticipou da criação do ENIAC?. Apesar de Von Neumann ter sua formação

na área de matemática, sua contribuição foi muito importante em diversasoutras áreas e, ele popularizou a chamada Arquitetura de Von Neumann,que será nosso objeto de estudo agora.

A arquitetura de Von Neumann é a base da construção da principalarquitetura dos computadores modernos, os PCs.

De maneira bem simples, ela funciona assim:

A unidade central de processamento (UCP) faz operações cominformações. Estas operações podem ser:1.operações de entrada e saída, como leitura de dados do tecladoa)e escrever dados na tela. São operações para inserção de dadosna memória do computador ou para exibição de informaçõesque estejam armazenadas nesta.operações aritméticas como adição, subtração, multiplicação b)e divisão de valores inteiros ou ponto utuante (basicamente,

números reais representados num formato denido);operações lógicas e relacionais como comparações, testes dec)condições lógicas etc.;movimentação de dados entre os vários componentes, ou seja,d)resgate e inserção de informação na memória ou em dispositi-vos de entrada e saída.

2. Para fazer estas operações, necessitará de que as informações

estejam na memória. Trata-se de um componente eletrônico para armazenar informações.3. Além da memória, existem os dispositivos de entrada e saí-

da, como teclado e mouse (entrada) ou monitor e impressora(saída), que emitirão as informações num formato legível aousuário do computador.

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Como funciona o computador – Unidade 2

Memória Primária Dados

      D     a      d     o     s

      D     a      d     o     s

ControleUnidade Lógico

e Aritmética

Unidade de

Controle

Unidade de

Entrada e

Saída

A arquitetura de von Neumann – Visão interna do funcionamento de um computador 

Então, basicamente, na arquitetura de von Neumann, o que ocorreé que uma máquina pode armazenar seus programas e executá-los numaunidade responsável por diferentes operações.

Pela gura, pudemos ver que as informações podem ser dados ouinformações de controle. As informações de controle são aquelas que

dizem o que deve ser feito com os dados. Por exemplo, se tivéssemos, dealguma maneira, na memória a informação da expressão “5 + 7 < 10 ?”,saberíamos que estamos tentando comparar a soma de 5 e 7 com o valor 10 e saber quem é maior. Logo, 5, 7 e 10 são dados e “+” , “<” e “?” sãoinformações de controle. O computador entenderia que deve somar os da-dos 5 e 7 (controle +) e vericar se o resultado é menor que 10 (controle< e resultado ?).

As duas outras unidades da gura são a ULA (Unidade Lógica eAritmética) que serve para realizar as operações, efetivamente, e a UC(Unidade de Controle), que serve para decodicar as operações, ou seja,entender o que precisa ser feito, e disparar novas operações, caso neces-sário.

A UCP entende operações num determinado formato. Vamos aquichamar formato de linguagem, ok?

Bom, o computador entende a linguagem eletrônica que popular-

mente é chamada de binária, devido à sua representação. Como um pro-gramador vai escrever códigos que descrevam operações em binário? Nãovai (geralmente)!

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 378

Microinformática

 Neste ponto, entrará em cena uma camada intermediária que cuidarádisto para ele! Um programador de hoje escreve código em linguagem de altonível. Isto quer dizer que a linguagem é de mais fácil compreensão humana!

Os passos seguidos por um programador são:ele pensa no problema e o analisa;1.depois formula algoritmos que possam resolver este problema;2.na sequência, transforma os algoritmos em código de alto nível3.(esta fase é chamada de codicação ou programação);após isto, traduz o código de alto nível, que resultará num4.“executável”;

um executável é um programa que roda sobre uma plataforma;5. uma plataforma é um computador com sua arquitetura e6.um sistema “principal” de gerenciamento de seus recursos,chamado sistema operacional;o sistema operacional “sabe” como fazer o executável fun-7.cionar, usando memória, dispositivos de entrada e saída etc.O Windows, o Linux, o Solarix e o Unix, dentre outros, são8.exemplos de sistemas operacionais (veremos mais sobre siste-

mas operacionais no capítulo seguinte).Mas sistema operacional – por exemplo Windows, não é9.aquela interface que você vê com editores de texto e planilhas.Ele compreende os programas, as rotinas que estão por trás detodo o funcionamento de seu computador (também veremosmais disto no capítulo seguinte).

 Ativiae 2.4 Faça uma busca (livros, Internet, amigos, etc) e me responda: Aarquitetura de funcionamento que vimos é a única existente? Existem (ouexistiam) outras maneiras de um computador funcionar? _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

Um algoritmo é uma forma de descrever a solução de um

 problema usando algum tipo de método e notação. Por exemplo,uma receita de bolo é um algoritmo que ensina o que deve ser coloca-

do num bolo e como prepará-lo.

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Como funciona o computador – Unidade 2

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________ 

 Capaciae e processamento os computaores2.5 Existem computadores de diversos tamanhos, com diferentes recur -

sos para processar informações. Vimos desde dispositivos “de mão”, oshandhelds, até os mainframes e os supercomputadores.

Podemos avaliar os computadores sobre diversos aspectos, mas o que

mais é usado é o tempo necessário para realizar um FLOPS (oating pointoperations per second, ou operações de ponto utuante por segundo). Quantomais rápido um computador puder realizar um FLOP, maior será seu desem- penho. Por exemplo, enquanto um computador de mão tem uma “potência”de 500 FLOPS, um supercomputador pode chegar a 1 trilhão de FLOPS.

Você com certeza está habituado ao PC ( personal computer – com- putador pessoal), que é o computador de mesa. Se você trabalha com apli-cativos avançados com poderosos recursos grácos, provavelmente terá

uma Workstation, que também é um computador de mesa, mas com poder superior a um PC.

Se sua empresa tem diversos computadores trabalhando em conjun-to, ela necessitará de um servidor. Servidores são computadores otimiza-dos para prover recursos a outros computadores numa rede de computado-res. São componentes importantes da infraestrutura de TI, pois fornecem plataformas, por exemplo, para o comércio eletrônico.

Os mainframes são computadores de alto desempenho, capazesde processar enormes quantidades de informação. Surgiram por volta dadécada de 1960. São usados em corretoras de ações, companhias aéreas,grandes bancos etc.

Um supercomputador é um projeto maissosticado, utilizado para cálculos comple-xos. São usados em simulações como a previsão do tempo e em projetos que exigem

cálculos com milhares de variáveis e umtempo de resposta rápido.

 Conexão:

Recomendações 2.4

Leia o artigo sobre o que éum algoritmo de computador 

em “How stuff works”, disponível

em informatica.hsw.uol.com.br/questao717.htm

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 380

Microinformática

Além disso, podemos unir computadores e formar supermáquinasvirtuais. Isto é possível por meio do clustering  ou da computação emgrade. Um cluster é um agregado com diversos outros computadores tra- balhando de maneira dedicada, cumprindo tarefas de um computador de

grande porte, como um mainframe. Já a computação em grade envolveoutros conceitos, como aproveitar a ociosidade dos computadores pesso-ais numa rede.

A tabela abaixo mostra uma comparação entre alguns tipos de com- putadores. (LAUDON e LAUDON, 2007)

ComputadorProcessador/Velocidade

Desempenho Comentários

Computador de mão, Palm,PDA

IntelTM PXA270 – 312 MHz

500 FLOPS

Executam, em geral,uma tarefa de cada vez.Maior parte do poder de

 processamento é usada para formar as imagensda tela e produzir men-sagens de voz.

Computador  pessoal DellXPS

Pentium® DDual Core – 3.20 GHz

4 Giga FLOPS

Máquina robusta para jogos. Maioria dosPCs usados no mundoempresarial tem de 1a 2 GHz, com desem-

 penho de 2 GFLOPS,mais do que suciente para textos, planilhas enavegar na Web.

Servidor (computador de médio por-te) SUN Fire

E4900 server 

UltraSPARCIV + 1.5 GHz

32 GigaFLOPS

Podem ser usados maisde 16 processadores.

MainframeIBM Z990eServer 

Z9901.2 GHz 1 Tera FLOPS Podem ser usados mais

de 54 processadores.

Supercomputa-dor IBM BlueGene/L

PowerPC4400700 MHz

~136-183 TeraFLOPS

Cerca de 64 mil pro-cessadores PowerPCconectados numa únicamáquina.

Computação

em Grade Fol-ding@home(FAH)

Vários pro-

cessadores dePC dentre osdisponíveis

~160 TeraFLOPS

Programa sem nslucrativos com 160 milCPUs on-line.

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Como funciona o computador – Unidade 2

Obs.: para facilidade nos cálculos, considere um giga (230) como 1milhão de instruções e 1 tera (240) como 1 trilhão.

Pelo que pudemos ver, o computador é um conjunto de componen-

tes eletrônicos que “reagem” à inserção de dados de entrada, seguindoalguma lógica. Esta lógica é o programa, o software que dá vida ao com- putador!

 Ativiae 2.5 Acesse o site www.top500.org e apresente alguns dos mais rápidos e

 poderosos computadores do mundo, além do local onde são utilizados.

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

Reflexão sobre a niae 2 2.6 Vimos até aqui que há muito mais sobre computadores do que sim-

 plesmente entender como eles funcionam. A história e a evolução doscomputadores determinaram, de certa forma, como as pessoas passaram

a pensar em tecnologia e a “consumir” tecnologia. Mesmo que você nãose torne especialista na área de tecnologia da informação, é sempre im- portante saber como funcionam os equipamentos que serão usados no diaa dia. Isto facilita o diálogo entre nós e as novastecnologias.

 Leituras RecomenaasArtigo: Como os computadores fun-

cionam?http://www.fazfacil.com.br/manuten-

cao/computador_funcionamento.html

 Conexão:

Recomendações 2.5

Assista ao vídeo do Olhar Digital sobre supercomputadoresdisponível em: www.youtube.com/

watch?v=3TT1Vhm8_AM

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 382

Microinformática

Artigo: Entenda o funcionamento do computador http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/ult2766u10.jhtmLivro: Introdução à Informática, de Capron e Johnson. Livro que

aborda aspectos técnicos e teóricos sobre o funcionamento do computador 

e dos softwares básicos para seu uso. Para mais informações, veja as Re-ferências.

Para encerrar esta unidade, vou deixar algumas questões a você.Pense criticamente sobre elas, discuta com seus colegas, tutor e professor.Faça pesquisas e anote suas considerações. Vamos lá?

Questão de Encerramento 2.1Os computadores tornam a vida das pessoas mais fácil ou mais difí-cil? Qual sua opinião? Qual a opinião das pessoas que você conhece? _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

Questão de Encerramento 2.2

Discuta com seus colegas como os computadores são e serão usadosna carreira que você pretende seguir. Aponte exemplos detalhados. _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

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Como funciona o computador – Unidade 2

Questão Crítica de Encerramento 2.3 Na sua opinião, se um computador falhar, a falha é humana? (Esta

 pergunta pode ser polêmica e isto é muito bom!). Discuta a quem devemser atribuídas as falhas em computadores, principalmente aqueles usados

em sistemas críticos como aviação, sistemas médicos, etc. _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

Questão de Encerramento 2.4Apresente ao menos duas carreiras que não precisem do uso de

computadores. Discuta seus resultados com seus colegas e faça um breve

resumo da sua discussão. _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

Questão de Encerramento 2.5 Nós devemos aprender eletrônica básica para podermos manipular 

um computador? Por que nós não estudamos tudo sobre um equipamento

(como o computador) antes de usá-lo? _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

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 384 

Microinformática

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

 _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________  _____________________________________________________________________ 

Referências

CAPRON, H. L. e JOHNSON, J. A. Introdução à Informática. SãoPaulo: Pearson Prentice Hall. 2004.

LAUDON, K. C. e LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Geren-ciais. São Paulo: Prentice Hall. 2007.

Na próxima niae  Na próxima unidade, nós falaremos sobre tipos especícos de sof -

twares ou programas de computador. Vamos entender que existem dife-rentes tipos de software para funções diferentes, assim como existem fer -ramentas diferentes para tarefas diferentes. Mais uma vez, será de grandeimportância habilitar-se neste conteúdo e favorecer-se do que a tecnologiaoferece de melhor.

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   U  n    i  U  a  U e   3

 Sistemas

Operacionais eSoftwares Aplicativos

O software dá vida ao hardware inanimado!!É, a frase parece um pouco forte, mas tente usar um computador sem um software! Como veremos,

na verdade, existem tipos de software, divididos emcamadas. Veremos que existem softwares que “conver -

sam” com o hardware do seu computador e softwares queconversam com estes softwares (que já estão em contato com

o hardware do computador). Pareceu muito? Então, temos tam-

 bém softwares para criarmos outros softwares! Vamos entender um pouco mais sobre eles?

Objetivos de sua aprendizagem Nesta unidade, trataremos dos softwares de computador. Fa-

remos a apresentação desde os softwares que realizam o controle dohardware até àqueles que realizam as tarefas do usuário ou mesmo, que

 permitem ao usuário criar novos softwares.

Você se lembra?Quais são os softwares de computador que você usa? Quan-

do foi a última vez que usou um software? Sabe o que é um siste-ma operacional? Pois, para usar um software como um editor detextos, você, com certeza, precisou usar um sistema operacional. Então vamos ver a diferença entre os tipos de software e o que cada um

deles faz!

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Microinformática

Software o computaor  3.UComo falamos antes, para usar os recursos de hardware você preci-

sará de software. Sem o software, seu hardware apenas cará inerte. Por meio do software, o hardware recebe instruções detalhadas que dizem ao

computador o que deve ser feito. Basicamente, nós temos dois tipos desoftware. Antes, na época do ENIAC, todo o software era escrito desdeo começo, e o próprio software precisava saber manipular tudo o quefosse necessário: tanto a informação quanto os próprios componentes docomputador. Os dois tipos de software hoje existentes são o software desistema e o software aplicativo.

Hardware

Software de sistemas

Software aplicativo

Software de Sistemas

Sistemas operacionais

Tradutores de linguagem

Programas utilitários

Software Aplicativo

Linguagens de programação

Linguagens de quarta geraçãoPacotes de software e ferramentas de produtividade para PCs

A d A p t A d  o 

d e  (  l A  u d  o n e l A  u d  o n  ,2  0  0 7  )  

Principais tipos de software.

O software de sistema inclui os sistemas operacionais, os tradutoresde linguagem e os programas utilitários. Os softwares aplicativo incluemas linguagens de programação, as linguagens de quarta geração e os paco-tes de software.

Os softwares aplicativos com os quais temos mais contatos sãoestes pacotes de software. São ferramentas como suítes de aplicati-vos para escritório, como o Ofce, da Microsoft. Incluem editores de

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texto, planilhas eletrônicas, editores de apresentações, dentre outros.Um navegador para Internet, como o Internet Explorer, o Firefox ou oOpera, é um exemplo de software aplicativo também. Enm, são softwa-res para utilização do usuário nal.

Estes softwares aplicativos foram construídos, de alguma maneira,usando linguagens de programação. No entanto, o desenvolvedor, ao criar um software, precisa cuidar de muitos detalhes de funcionamento. Istotorna custoso o processo de desenvolvimento. Porém, este desenvolvedor não precisa saber como o computador faz para escrever ou desenhar umainterface gráca na tela do seu monitor. Para isto, basta que ele solicite(escreva) isto no seu código, e quem cuidará da execução deste tipo de

tarefa é o sistema operacional.

Software e sistema  3.2 

Sistemas operacionais 3.2.UO software de sistema operacional é aquele que “conversa” com o

hardware e manipula seus recursos. Ele “sabe” como escrever informa-ções na saída, seja um vídeo ou impressora. Ele também sabe como inter-

 pretar as informações vindas da entrada, como o mouse e o teclado. Alémdisto, sabe como guardar estas informações na memória e levá-las ao pro-cessador quando necessário, para que as tarefas descritas por linguagensde programação possam ser executadas e transformem-se em programasúteis aos usuários nais, como uma planilha de cálculo, por exemplo.

É por isto que, na gura vista, o sistema operacional ca próximodo núcleo do computador, que é o hardware. Ele traduz as necessidades

dos softwares aplicativos e, assim, os desenvolvedores têm mais facilida-de para trabalhar.Um sistema operacional de propósito geral (pois existem S.Os. para

atividades especícas) é uma coleção de outros softwares que gerenciamtodos os dispositivos do computador. Em geral, ele possui os seguintescomponentes:

gerenciador (escalonador) de processos;•gerenciador de memória;•

gerenciador de entrada e saída;•gerenciador de sistema de arquivos.•

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Microinformática

Um programa é apenas um conjunto de instruções a serem re-alizadas, como uma receita. No entanto, o programa está escritonuma linguagem de máquina, que o computador possa compreender.Quando você deseja usar este programa, ele se torna um processo para o

sistema operacional. Por isso, o SO possui um escalonador de processos.Por meio dele o SO consegue controlar os programas em execução, ma-nipular informações para este processo, controlar os arquivos que este processo está usando, dentre outros.

O gerenciador de memória atua no sistema operacional para ga-rantir que cada processo tenha seu espaço de trabalho reservado na me-mória RAM (a memória de trabalho). O gerenciador de entrada e saída

controla e manipula informações que, por exemplo, entram pelo teclado,digitadas pelo usuário, e devem ser escritas na tela do monitor. Alémdisso, também controlam dispositivos de armazenamento, como discos,CDs, pen drives etc. Já o gerenciador do sistema de arquivos garante amanipulação de arquivos em dispositivos de armazenamento, cuida paraque os arquivos quem organizados e possam ser acessados.

Estes componentes do sistema operacional, normalmente, não sãovisíveis ao usuário nal. Digo normalmente porque, em sistemas com

código fonte aberto, como o Linux, é possível ao usuário não só ver como alterar os códigos para os componentes do sistema operacional.

Para os usuários nais, a manipulação dos recursos oferecidos éfeita por meio de uma interface. Esta interface começou em seus pri-mórdios, como a famosa “linha de comando” ou interface modo texto!E hoje evoluímos para interfaces grácas (tão comuns para as novas ge-rações que já nasceram com a existência dela), interfaces por comandos

de voz etc.A seguir temos dois exemplos de interfaces no modo texto: umano Linux e outra no Windows.

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Já as interfaces grácas são bem comuns entre nós, mas vamos fazer um levantamento de alguns tipos dessas para diferentes sistemas opera-cionais.

Windows 7

O mais novo sistema Windows da Microsoft. Recém-lançado emmeados de 2009, o Windows 7 traz como principais modicações a tenta-tiva de manter a melhor compatibilidade possível entre diferentes tipos dehardwares e softwares.

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Microinformática

Windows VistaÉ um dos sistemas operacionais Windows da Microsoft. Tem aper-

feiçoamento em suas opções de segurança, como o Windows Defender,mecanismos de busca interna, sincronização nativa com dispositivos mó-

veis com o Mobile Device Center, além de melhor suporte a vídeos e TV.Possui recursos visuais, como transparência, e um sistema para troca de janelas usando o Aero.

Windows XPO Windows XP é uma família de sistemas operacionais produzida

 pela Microsoft, para uso em computadores pessoais. É um sistema robus-

to, com versões para usuários domésticos e corporativos. Possui suporte para Internet, multimídia, trabalho em grupo, gerenciamento de recursosde rede, segurança e trabalho corporativo.

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Windows Server 2003É um sistema operacional de rede desenvolvido como sucessor do

Windows 2000 Server. É também conhecido como Windows NT 5.2.Apresenta o Active Directory como principal ferramenta para a admi-

nistração de domínios. É um sistema utilizado estritamente em redes decomputadores.

Windows CEÉ o SO da microsoft para dispositivos com pouca capacidade de

armazenamento, como celulares, PDAs, smartphones etc. Isso mesmo!Existem sistemas operacionais especícos para celulares, smartphones,

PDAs. Eles são escritos para gerenciar recursos mais “escassos”, mas emgeral tem todas as funcionalidades dos sistemas operacionais mais robus-tos.

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Microinformática

UnixTrata-se de um SO para PCs poderosos, estações de trabalho e servi-

dores em rede. Possui suporte para multitarefa, processamento multiusu-ário e trabalho em rede, além de poder ser instalado em diversas platafor-

mas de hardware.

LinuxTrata-se de uma alternativa grátis e conável com relação ao Win-

dows e ao Unix. Pode ser instalado em diversas plataformas de hardwaree possui código fonte aberto. Isto signica que pode ser modicado por  programadores e adaptado para necessidades de uma empresa, por exem-

 plo. Existem diversos “sabores” ou distribuições Linux. Cada uma temcaracterísticas distintas, mas, em geral, o núcleo (ou kernel) do sistema é bem semelhante.

Mac OS XÉ o SO da Apple com uma interface com o usuário muito elegante,

recursos fáceis de encontrar e de utilizar. O sistema é bem robusto e temrecursos avançados para vídeos, além do navegador Safari, que é muitorápido.

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Abaixo temos um relatório divulgado pelo CybernetNews que mos-tra quais os sistemas operacionais mais usados no mundo para PCs.

May 2008 June 2008 Change

Windows XP 72,12 % 71,20% -0,92%Windows Vista 15,26 % 16,14 % 0,88 %

Mac - Intel 5,02% 5,25% 0,23 %

Mac OS 2,81% 2,69% -0,12%

Windows 2000 2,25% 2,11% -0,14%

Linux 0,68% 0,80% 0,12 %

Windows NT 0,68% 0,69% 0,01 %

Windows 98 0,48% 0,43% -0,05%

Windows ME 0,27% 0,25% -0,02%

iPhone 0,16% 0,16% 0,00 %

http://cybernetnews.com/browser-os-stats-for-june-2008/#more-13498

Trautores e linguagem e programas utilitários 3.2.2 Além dos sistemas operacionais, temos também os softwares que fa-

zem a tradução de linguagem e os softwares utilitários. Os softwares de tra-dução convertem o código escrito numa linguagem de programação (veja otópico seguinte) para a linguagem de máquina que será compreendida pelohardware e usará recursos administrados pelo sistema operacional.

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Microinformática

Já os programas utilitários são aqueles que auxiliam o usuáriona conguração e no gerenciamento do sistema operacional de seucomputador. Um exemplo de programa utilitário é o Windows Explo-rer para Windows. Trata-se de um gerenciador de janelas que permite

ao usuário encontrar seus arquivos no computador, como na gura aseguir.

Você já deve estar habituada a ela, não é mesmo?

Outra ferramenta que podemos citar é o Desfragmentador de Dis-cos, que serve para reorganizar os arquivos que estão no disco rígido demaneira a ocuparem menos espaço.

Além destes, existem diversas outras ferra-mentas para auxiliar na conguração da áreade trabalho, no logon (entrada do usuário nosistema), no gerenciamento de recursos etc.

 Conexão:

Recomendações 3.2

Se você quiser saber, detalha-damente, sobre o funcionamentodo sistema operacional, acesse:

http://informatica.hsw.uol.com.br/sistemas-operacionais.htm

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Software aplicativo  3.3 Dentre os softwares aplicativos, nós temos as linguagens de pro-

gramação tradicionais, as linguagens de quarta geração, os pacotes desoftware, as ferramentas de produtividade e os softwares de integração

empresarial (em geral, nos referimos a estes últimos como sistemas deinformação ou sistemas integrados de informação).

 Linguagens e programação  3.3.UDentre os softwares aplicativos existentes, temos as linguagens de

 programação, as chamadas linguagens de quarta geração e os pacotes desoftware e ferramentas de produtividade. Existem diversas linguagens de

 programação famosas, como C, C++, Java, COBOL, Visual Basic, C#,PHP, Python e muitas outras. A linguagem de programação serve pararepresentarmos as instruções que um programa deve realizar para algumatarefa. O computador entende apenas sinais elétricos. Como representa-mos a existência (1) ou a ausência (0) de sinal, a linguagem que o compu-tador entende é chamada de binária. Logo, se instruirmos o computador  por meio de uma linguagem binária, ele poderá realizar a tarefa que dese- jamos.

100100100100100111

001100011111101011

 No entanto, é muito difícil escrever na linguagem do computador,assim como é muito difícil escrever em inglês ou em japonês se você nãoconhece a fundo a linguagem! Mas, se precisamos dar estas instruções enão sabemos a linguagem daquele que será instruído, então podemos usar algum intermediário, por exemplo um tradutor.

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Microinformática

 ???

Mostre um número

na sua tela.

Esse intermediário, o tradutor, precisa saber falar a sua linguageme a linguagem do computador. Assim, ele precisará converter o que você

quiser para a linguagem de computador (o binário!).

Mostre um número

na sua tela.

100100100100100111

001100011111101011Compilador 

Em computação, esse tradutor é chamado de compilador, e a con-versão de uma linguagem em outra é chamada de processo de compilação.O tradutor é uma ferramenta de sistema, enquanto a linguagem é um sof-tware voltado ao usuário (para que possa “programar” o sistema).

Linguagens e quarta geração  3.3.2 As linguagens de quarta geração consistem num conjunto de diver-

sas ferramentas de software para auxiliar os usuários nais no desenvol-vimento de softwares aplicativos sem necessitar tanto de conhecimentos mais técnicos. Al-gumas linguagens de programação, comoJava e C++, são consideradas de quartageração por não serem procedurais, massim orientadas a objetos. A tabela a se-guir mostra sete tipos de linguagens de

quarta geração.

Conexão:Recomendações 3.3

Veja mais informações sobre aslinguagens e suas gerações em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o_de_

quarta_gera%C3%A7%C3%A3o

http://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagem_de_programa%C3%A7%C3%A3o

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Sistemas Operacionais e Softwares Aplicativos – Unidade 3

Ferra-mentas delinguagemde quartageração

Descrição Exemplo

Ferramentasde softwarede PC

Pacotes de softwares de uso geral para PCs.

WordPerfectInternet Explores Access

Orientada para ousuário

nal

Linguagensde consulta

Linguagens para extrair dados arma-zenados em arquivos ou bancos dedados. Suportam requisições de in-formações que não são predenidas

SQL

Geradores derelatórios

Extraem dados de arquivos ou bancosde dados para criar relatórios especí-cos sob uma grande variedade deformatos que não são produzidos por sistemas de informação.

Geralmente proporcionam maior controle sobre a maneira como dosdados são formatados, organizados eapresentados do que as linguagens deconsulta.

Cristal Reports

Linguagensgrácas

Extraem dados de arquivos ou bancode dados e os apresentam sob o for-

mato de grácos. alguns softwaresgeradores de grácos também podeexecutar operações aritméticas ou ló-gicas com os dados.

SAS GraphSystat

Geradores deaplicações

Contém módulos pré-programadosque poderm gerar aplicações comple-tas, incluindo sites Web, conferindogrande velocidade ao desenvolvi-mento. O usuário pode especicar oque precisa ser feito e o gerador deaplicação criará o código de progra-ma apropriado para entrada, valida-ção, atualização e apresentação.

FOCUSPowerBuilder Microsoft Fron-tPage

Pacotes desoftwaresaplicativos

Programas de software vendidos ouarrendados por empresas comerciaisque eliminam a necessidade de sof-tware personalizado, da casa.

PeopleSoftHRMSSAP R/3

Linguagensde programa-

ção de altíssi-mo nível

Gerem códigos de programa com umnúmero menor de instruções do queas linguagens convencionais, comoCOBOL ou FORTRAN. Projetadas

 primordialmente como ferramentasde produtividade para programadores prossionais.

APL

 Normad2

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Microinformática

Pacotes e software e ferramentas e  3.3.3 

 proutiviae Um pacote de software é um conjunto de programas criados e dis-

 poníveis no mercado que possuem funções predeterminadas. Assim, elesnão necessariamente são feitos sob medida para as empresas, mas visam arealizar tarefas bem denidas.

Dentre os tipos de software que podem fazer parte do pacote, temoseditores de texto, planilhas eletrônicas, programas para gerenciamento dedados, editores grácos e de apresentações, navegadores Web, pacotes para trabalho colaborativo, dentre outras.

Você, provavelmente, usa com frequência um software paraedição de texto. Este tipo de software serve para armazenar textos

de maneira eletrônica, como arquivos no seu computador. Além disso,este tipo de software oferece uma interface ao usuário para que este possa editar o texto, adicionando informações, pode também forma-tar o texto adicionando efeitos visuais, ou mesmo usar recursos maisavançados para criar guras, tabelas, malas-diretas, dentre outros.

Abaixo a imagem de um editor de textos famoso: o MicrosoftWord.

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Existem diversos outros recursos para um processador de textos (ousoftware para edição), como os corretores ortográcos (que permitem aousuário realizar uma correção ortográca e às vezes gramatical de acordocom o idioma escolhido no seu texto), os vericadores de estilo, os dicio-

nários de sinônimos.Já para edições voltadas a empresas do ramo publicitário, por 

exemplo, são necessários mais recursos e, assim, elas usam softwares deeditoração eletrônica. Estes softwares permitem maior controle do textoe efeitos. Alguns exemplos são Corel Draw, InDesign, Illustrator e Pho-toshop, que é famoso por retoques em fotos!

R e p R  o d  u  ç ã   o 

Imagem do Illustrator.

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Microinformática

R e p R  o d  u  ç ã   o 

Photoshop em ação!

Além dos editores de texto, temos também as famosas planilhas

eletrônicas. São ferramentas computacionais que simulam as tradicionaistécnicas de modelagem nanceira, como o livro de registros contábeiscom lápis e calculadora. A planilha eletrônica é organizada como umagrade com linhas e colunas. O cruzamento entre uma linha e uma colunaé chamado de célula. Um dos recursos mais interessantes é o fato de osvalores poderem ser atualizados dinamicamente.

As planilhas eletrônicas são frequentemente usadas em aplicações

de modelagem matemática e simulações. Os pacotes com planilhas eletrô-nicas incluem funções grácas, que podem apresentar os dados em váriosformatos de grácos (linhas, colunas, pizza). O Excel é o pacote maisconhecido e utilizado.

A seguir temos um exemplo de uma planilha que analisa o ponto deequilíbrio e o seu gráco correspondente.

“Nome dado ao estudo nas empresas, principalmente na

área da contabilidade, em que o total das receitas é igual ao total dasdespesas.” http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponto_de_equil%C3%ADbrio

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Custo xototal 19.000,00

Custovariável por unidade

3,00

Preço médiode venda 17,00

Margem decontribuição 14,00

Ponto deequilíbrio 1.357

Gravatas modelotradicional

Demonstração de resultados proforma

Unidadesvendidas 0,00 679 1.357 2.036 2.714Receita 011.536 23.071 34.607 46.143

Custo xo 19.000 19.000 19.000 19.000 19.000

Custovariável 0 2.036 6.107 6.107 8.143

Custo total 19.000 21.036 23.071 25.107 27.143

Lucros/per-das (19.000) (9.500) 9.500 9.500 19.000

50

40

30

20

10

0

   D   ó   l  a  r  e  s

   (  m   i   l   h  a  r  e  s   )

0,00 679 1.357 2.036 2.714

Unidades vendidas

Gravatas modelo tradicional

 Análise do ponto de equilíbrio

Custo fixo Custo total Receita

 (  l A  u d  o n e l A  u d  o n  ,2  0  0 7  )  

Vamos ler um pouco sobre a Intuit e sobre o mercado de software para pequenas empresas e consumidores nais.

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Microinformática

 Ativiae 3.3  Nesta atividade, sugiro a você a leitura do texto:

“Intuit: desao e inovação em softwares para consumi-

dores e pequenas empresas”.Extraído de (O´BRIEN, 2004) Adaptado de SOLOMON, Jolie.The secrets of his success. FSB: Fortune Small Business, p. 35-

38, Oct. 2001.Time, Inc. 2001.Todos os di reitos reservados.

Sott Cook tinha seus vinte e poucos anos quando ele e sua esposa,Signe, chegaram ao Vale do Silício no ápice da explosão de software doinício dos anos 1980. Ouvindo Signe reclamar de fazer as contas da casa,

Cook teve o clássico momento de “eureka” de um empresário: por quenão criar um software para controlar as nanças domésticas? Mas Cook,que era um consultor com MBA por Harvard, trabalhando na Procter &Gamble – aquele era seu primeiro emprego –, tentou conseguir fundos,colidiu com uma barreira semelhante àquela que os empresários das pon-

tocom encontram atualmente. No nal, a Intuit rompeu barreiras nanceiras e psicológicas,

afastou-se de sua desaceleração e de sua bancarrota para se tornar uma

das maiores histórias de sucesso do nal dos anos 1980 e 1990. Hoje, os softwares da Intuit, produtos como o Quicken para nanças pessoais, oQuickBooks para pequenas empresas de contabilidade e o TurboTax paraa preparação de declarações de imposto são, sem dúvida, os mais popula-

res em seus mercados. A revista FSB (Fortune Small Business ) conversou com Cook, en-

tão com 49 anos e presidente do comitê da diretoria executiva.

Você foi o primeiro a perceber este mercado?

 Não, já havia produtos desse tipo. Fomos quase a 25ª companhia aelaborar software para nanças pessoais, com concorrentes como a Home

 Acco-unt, a Dollars & Sense e o Managing Your Money de Andrew Tobias. Eu comprei o produto principal esperando descobrir que “Oh, eles já resolve-ram problema”. Mas ele era tremendamente lento e difícil de usar. Todos eleseram terríveis, mas vendiam bem. Que eu saiba, fomos a primeira companhia

de software que fez o teste do consumidor. A Procter & Gamble havia meensinado a cultura da inovação voltada ao cliente; aprender com os clientes

e dirigir o produto e a organização para conquistá-los. Mas se você retor -

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nar aos softwares tal como eram em 1983, quando começamos,você vai ver que, na maioria das vezes, eles eram produtos projetados

 por engenheiros e vendidos para corporações. Estávamos elaborando um produto de consumo. Por isso os controles necessários para vender a clientes

empresariais eram inúteis. Então, quando estávamos a meio caminho do Qui-cken, recrutamos grupos de donas de casa para trabalhar conosco em nossoslaboratórios. Isso é comum hoje, mas provavelmente nós zemos isso cincoanos antes dos outros.

 Então, você nunca conseguiu qualquer fundo de capital de risco

(VC)?

 Não. Isso foi durante a enorme bolha dos softwares de 1982-1983. Mesmo ideias verdadeiramente estúpidas, companhias realmente ruinsestavam recebendo dinheiro dos fundos de capital de risco. Tínhamosnosso produto pronto para demonstração em 1984 e fomos em busca de

 fundos. Mas naquela altura o mercado de software ruiu. O operador queme atendia, Tom LaFevre, disse: “Vamos falar com algumas pessoas ri-cas”. Eu disse: “Eu não conheço nenhuma pessoa rica”. Ele disse: “Bem,eu conheço duas”. Elas investiram um total de US$ 151.000. Mas está-

vamos procurando US$ 3 milhões. Tivemos que recalcular nossos planosumas 20 vezes. Não poderíamos gastar nada com marketing. Em vez denós mesmos vendermos o Quicken, começamos a vendê-lo por meio debancos, seguindo a sugestão de um amigo que conheci trabalhando emconsultoria, o presidente do banco Wells Fargo. Mas em maio de 1985,estávamos quase sem dinheiro. Paramos de pagar salários, devolvemosnossos computadores e móveis alugados; paramos de pagar contas, com

exceção de algumas, como as de telefone. Três pessoas nos deixaram;quatro de nós trabalhávamos sem receber nada. Meu casamento quaseruiu. Minha tarefa era vender aos bancos e eu vinha falhando nisso du-

rante meses. Finalmente, em setembro, eu comecei a contratar um banco por mês. Finalmente estávamos dando certo. Ultrapassamos todos nossosconcorrentes ao nal de 1987. Foi tão rápido que quase não vimos o nal dos anos 1980 passar.

Como você lançou o QuickBooks?

 Estávamos tão ocupados em atender aos pedidos do Quicken que nemo notamos. Isso é uma história sobre o que torna os empreendimentos

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Microinformática

tão maravilhosos. Tudo aconteceu por acidente. Tínhamos feitoo Quicken para ser um produto utilizado pelo consumidor em sua casa.

Quando zemos uma pesquisa com nossos clientes, a metade deles – 48% – declarou ser uma pequena empresa. Eu ignorei isso; pensei: “Deve haver um

engano”. Então, zemos a mesma pesquisa um ano e meio mais tarde: 49%. Ignorei-a. Apenas bem mais tarde entendemos aquilo.

Como puderam não perceber?

 Pensávamos, por que eles não estão comprando software de conta-

bilidade? Em resumo, a resposta era que a grande maioria de pequenasempresas não possui um contador em seu pessoal. Não distinguem débito

de crédito; acreditam que o livro-razão foi um herói da Segunda Guerra Mundial. Além disso, ninguém havia feito um produto de contabilidade projetado apenas para eles. É o poder do paradigma. Ele faz com quevocê torça e interprete mal os fatos, vendo apenas o que você quer ver.

Qual é o perigo maior para a Intuit agora?

Os lucros operacionais (no ano que termina em 31 de julho de 2001) foram 42% maiores, as receitas subiram 15%. A Intuit sentiu alguma pres-

 são da recessão econômica, mas nem tanto quanto as outras companhias.Quase a metade de nossa receita vem de atividades relacionadas a impos-tos. Você já ouviu falar que “apenas a morte e os impostos são certos”,e a certeza dos impostos acarreta um grande e crescente negócio para a

 Intuit — um negócio com volatilidade relativamente baixa. Nosso maior risco seria a falta de inovações. Nosso maior negócio está fornecendo soluções para pessoas de pequenas em¬presas. Estas necessitam muito

delas. A maior tragédia seria, de alguma maneira, deixar de inovar.

Softwares para Web  3.3.4 Como veremos na Unidade 5, a Internet com a Web se tornou um

ambiente não só de entretenimento, mas de negócios. As empresas, nosúltimos anos, migraram suas aplicações empresariais, que antes rodavamem Intranets ou em Mainframes, para o ambiente Web. Para isto, é preciso

usar tecnologias que atendam às necessidades deste ambiente. Dentre es-tas tecnologias, destaca-se o HTML (Hypertext Markup Language), que éuma linguagem para marcação de hipertextos, como o próprio nome diz.Os hipertextos são links (ligações) com outras páginas.

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   1

Sistemas Operacionais e Softwares Aplicativos – Unidade 3

Outras tecnologias, além do HTML, são usadas em softwares paraWeb e na integração em aplicações empresariais. No passado, as empresasdesenvolviam suas próprias aplicações. Isso trouxe à tona um cenário comdiversas aplicações diferentes, que, muitas vezes, tinham grande diculdade

 para “conversar” entre si. Para resolver problemas deste tipo (existiam outros,como por exemplo portar aplicações de Mainframe para um cenário domina-do por PCs), surgiram tecnologias como o EDI (Eletronic Data Interchange).EDI signica troca eletrônica de dados sobre uma rede de computadores. Nomundo real e comercial, EDI signica a troca de informações entre processosde negócios de empresas distintas. Trata-se de uma técnica para, por exemplo,trocar informações sobre encomendas entre uma empresa de vendas e uma

empresa de logística. É a comunicação eletrônica entre processos.Outro exemplo é a Rede Nacional de Dados (RND2), que permitea comunicação entre empresas parceiras na cadeia automotiva, trocandoinformações. Existem diversas aplicações que podem ser realizadas por meio desta rede e seus integrantes.

A ideia do EDI é trocar a comunicação entre empresas parceiras que,comumente, seria realizada via fax, ofícios, ou outros documentos em papel, pela comunicação eletrônica. O EDI traz diversas vantagens, entre elas a

redução de custos operacionais e administrativos, a agilidade nos processosexternos, a melhoria no monitoramento desses processos, dentre outras.

Outra tecnologia é o EAI (Enterprise Application Integration). A in-tegração de aplicações empresariais é um termo relativamente novo e sur-ge com o conceito de unicar as aplicações de dentro e de fora da empresa por meio de um conjunto de ferramentas e tecnologias.

Para exemplicar o uso de EAI, imagine o caso do sistema nanceiro

de um banco. Imagine que o sistema de transações internas é desenvolvido emCOBOL, uma linguagem um pouco antiga, mas muito poderosa para este tipo deaplicações. Como este banco poderia prover que outras instituições realizassemtransações nanceiras com ele? Por meio de um serviço, que poderia ser forneci-do usando serviços web, por exemplo, este banco poderia prover o acesso a umainterface em que outras nanceiras pudessem se conectar e realizar transações.Esta interface traduziria as informações externas em transações internas para ossistemas da empresa, tradicionalmente escritos em COBOL.

2 para cohecer as rasações isoíveis esa ree visie: www.afavea.co.br/r.h

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Microinformática

Figura antes e depois do EDI

Mais recentemente, surgiu o SOA (Service Oriented Architecture).A arquitetura orientada a serviços é a evolução da integração de sistemas.Trata-se de um termo em alta no mercado corporativo. A proposta de SOA

é simples: conectar sistemas sem depender de softwares e interfaces pro- prietários, ou seja, independentemente de plataforma. Isto é possível gra-ças à XML (Extensible Markup Language) da qual falaremos um poucomais adiante.

A integração entre aplicações, com tecnologias proprietárias, de-manda alto investimento, seja na tecnologia, seja em pessoal. É por issoque falamos um pouco sobre EDI e EAI.

Como o mundo corporativo é cada vez mais dinâmico e integrar éuma das palavras da vez, todo processo usando EAI ou EDI pode ser mui-to caro e dispendioso.

Podemos pensar, então, em usar padrões abertos, ou seja, disponí-veis para qualquer um, a m de otimizar essa integração. Geralmente, sãomais fáceis de aceitar, devido ao custo zero. Haja vista a própria internet ea Web. É claro que existem mantenedores de padrões abertos para melho-rar a divulgação e garantir ótimas especicações, como o consórcio W3C

(WWW Consortium), que é responsável pela evolução das especicaçõesdo padrão HTML (Hypertext Markup Language), que permite a qualquer  browser acessar e visualizar documentos.

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Sistemas Operacionais e Softwares Aplicativos – Unidade 3

Um ponto importante a ressaltar é que a Programação Orientada aObjetos (POO) inuenciou no surgimento de SOA. Um conceito impor -tante inserido pela POO foi o encapsulamento, em que os dados de umobjeto cam “protegidos” e só podem ser acessados por métodos (interfa-

ces). Isto melhora e documenta o uso dos objetos por aplicações.

Métodos

(comportamento)

Objeto

Variáveis

(estado)

Encapsulamento de dados

Os diversos objetos podem conter informações, e estas só poderão

ser alteradas pelos métodos disponíveis. Os usuários do sistema conhecemas interfaces, mas não necessariamente as variáveis do sistema.

João

35 anosandar 

falar pular  

1,75 m58 Kg

Maria

20 anosandar 

falar pular  

1,68 m58 Kg

José

42 anosandar 

falar pular  

1,80 m78 Kg

Exemplos de objetos com dados (variáveis) e métodos (interfaces) bem denidos

Outra vantagem da POO é que a comunicação entre objetos do sis-tema ca mais bem denida através da troca de mensagens via interfacesdos objetos.

Infelizmente, embora o conceito fosse muito interessante, não seconseguiu, na prática, obter a desejada interoperabilidade entre os objetosde diferentes tecnologias. Por exemplo, objetos escritos em Java não con-seguem “conversar” com objetos escritos em C#, Python etc.

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Microinformática

Maria José

Qual o seu nome?

Mensagem

Comunicação entre objetos

Algumas empresas tiveram iniciativas para tentar a integração entre“plataformas de objetos” diferentes, como o OMG (Object ManagementGroup), que desenvolveu a especicação CORBA (Common ObjectRequest Broker) e a Microsoft com o DCOM (Distributed ComponentObject Model), mas “a moda” não pegou por serem opções comerciais efechadas.

 No entanto, com o advento do padrão XML, surgiu também o con-

ceito de softwares denominados Web Services (Serviços Web). Os padrõesde Serviços Web foram denidos pelo W3C por especicações de padrões para interoperabilidade, todos baseados em XML, que são o SOAP (Sim- ple Object Access Protocol) para troca de mensagens entre aplicações,UDDI (Universal Description Discovery and Integration) como padrão para localização e identicação de Serviços Web e o WSDL (Web Servi-ces Description Language) para descrição dos Serviços Web.

Através do uso de Serviços Web, podemos pensar em interoperabi-lidade e em padrões aberto. Cabe ressaltar que SOA é uma estratégia oumetodologia, enquanto os Serviços Web são um padrão de desenvolvi-mento de software.

A XML(eXtended Markup Language), ou linguagem demarcação estendida, é uma “metalinguagem” baseada em mar-

cadores com a função de descrever estruturas de dados, oferecendo

 benefícios que não existem na linguagem HTML (Hipertext MarkupLanguage). O HTML, que também é uma linguagem de marcação,

tem propósito distinto do XML.

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Sistemas Operacionais e Softwares Aplicativos – Unidade 3

O HTML dene um conjunto de tipos de elementos que se preocupam em como as informações serão exibidas (aparência),

enquanto o XML não possui elementos pré-denidos, pois se trata deuma metalinguagem e serve para denições de novas estruturas, de

acordo com o que deseja o programador. Veja o exemplo a seguir:

3

<? xml version ="1.0" encoding ="UTF-8"?>

<autor Ɵpo ="Diversos"> 

<nome > Jose </nome>

<id> 409 </id> 

<html>

<head>

</head>

Exemplo de documento HTML<Ɵtle> </Ɵtle>

Exemplo de XML e HTML

3 www.w3.org/xml/

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Microinformática

Como você pode ver pela gura, caso oHTML seja exibido num navegador, ele iráformatar a saída, enquanto que o XMLnão fará nada, a não ser tentar proces-

sar a saída. Para que a aplicação possaentender o que o XML quer dizer, é preciso um “Parser” ou interpretador,que associa o XML a um DTD ( Docu-

ment Type Denition) ou XML Esquema. Não é nosso escopo entrar em detalhes so- bre isso, mas você pode ler mais a respeito na

especicação do XML.

Reflexão sobre a niae 3  3.4  Nesta unidade, vimos como o software de computador “dá vida” ao

hardware. Os programas que fazem com que o hardware possa trabalhar eresponder às necessidades humanas para as quais foram projetados. Pensenos softwares e tente analisar quais deles envolvem você em seu dia a diaem casa, na escola e no trabalho.

 Leituras RecomenaasArtigo: Sistemas operacionaishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_operativoArtigo: Como funcionam os sistemas operacionaishttp://informatica.hsw.uol.com.br/sistemas-operacionais.htm

Livro: Sistemas de Informações Gerenciais, de Kenneth Laudon eJane Laudon. Livro com conceitos de sistemas de informações de maneiramuito abrangente. Possui informações aliadas às decisões estratégicas nasempresas, funcionamento de softwares, segurança e ética, dentre outros.Para mais informações, veja as Referências.

Vamos responder a algumas questões. Pense criticamente sobreelas, discuta com seus colegas, tutor e professor. Faça pesquisas e ano-

te suas considerações. Vamos lá?

 Conexão:

Saiba mais sobre XML em:

www.gta.ufrj.br/grad/00_1/miguel/

www.apostilando.com/sessao.

php?cod=9www.codigofonte.com.br/artigos/xml

www.webtutoriais.com/categorias.php?categoria=xml

www.dicas-l.com.br/dicas-l/20050326.php

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Sistemas Operacionais e Softwares Aplicativos – Unidade 3

Questões dissertativasQuestão de Encerramento 3.1Qual sistema operacional você conhece e/ou utiliza?

Questão de Encerramento 3.2Qual sua opinião sobre os sistemas Windows, Linux e Mac OS? Al-

gum deles leva vantagem? Em quais quesitos?

Questão de Encerramento 3.3Você prefere a interface gráca (GUI) ou a linha de comandos?

Quais as diferentes habilidades que um usuário precisa ter para aprender ausar cada uma dessas interfaces?

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Microinformática

Complete as questões abaixo – Fonte: (O´BRIEN, 2004)O software ____________________ direciona o desempenho de um01.

uso particular de computadores para atender às necessidades de informa-ção dos usuários nais.

Um ____________________ de software é um conjunto de softwares02.que combina a capacidade de realizar várias aplicações de nalidades ge-rais (como processamento de textos, planilhas eletrônicas e grácos) emum programa.

Programas chamados ____________________________ gerenciam03.

os recursos de hardware, software e dados do sistema do computador du-rante sua execução dos vários trabalhos de processamento de informaçõesdos usuários.

A Microsoft introduziu o(a) _________________________________ 04.em 1995. Trata-se de um sistema operacional poderoso, multitarefa, mul-tiusuário, que está sendo instalado em servidores de rede para gerenciar redes de área local e em PCs com requisitos de alto desempenho de com-

 putação.

Um sistema operacional contém programas de ____________________ 05.que controlam a criação, a anulação e o acesso de arquivos de dados e programas. Esses programas também acompanham a localização física dearquivos em discos magnéticos e outros dispositivos de armazenamentosecundário.

Questões de múltipla escolha – Fonte: (O´BRIEN, 2004)Qual das seguintes alternativas01. não seria considerada exemplo de um

 programa de gerenciamento de sistemas?Software de sistemas operacionaisa)Programas de gerenciamento de redesb)Sistemas de gerenciamento de bancos de dadosc)Programa de groupwared)

Qual das seguintes alternativas é geralmente considerada software de02.aplicação?

Software de sistemas operacionaisa)

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Sistemas Operacionais e Softwares Aplicativos – Unidade 3

Um pacote de grácosb)Programas utilitários do sistemac)Programas de gerenciamento de arquivosd)

A função de gerenciamento de recursos de um sistema operacional03.normalmente:

 permite que usuários nais se comuniquem com ele de forma a poder a)carregar programas, acessar arquivos e realizar outras tarefas.

gerencia os recursos de hardware de um sistema de computado-b)res.

controla a criação, a anulação e o acesso de arquivos de dados e pro-c)

gramas.gerencia a realização das tarefas de computação dos usuários -d)nais.

Qual das seguintes alternativas se inclui na função de gerenciamento04.de recursos de um sistema operacional?

Entrada/saída de dadosa)Monitoração de tarefas de usuários naisb)

Controle da criação e anulação de dadosc)Alocação de periféricos de entrada/saídad)

Qual das seguintes alternativas05. não é uma das principais categoriasde linguagens de programação?:

Linguagens de máquinaa)Sistemas operacionaisb)

Linguagens assembler c) Linguagens de alto níveld)

O programa tradutor de linguagem de programação conhecido como06.intérprete desempenha a seguinte função:

Traduz os códigos simbólicos de instrução de programas escritos ema)uma linguagem assembler para instruções em linguagem de máquina.

Traduz instruções de linguagem em alto nível.b)

Traduz e executa uma instrução de programa de cada vez.c) Nenhuma das alternativas acima.d)

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Microinformática

Verdadeiro ou falso  – Fonte: (O´BRIEN, 2004)

O correio eletrônico é utilizado por usuários nais para se comunica-01.rem uns com os outros enviando e recebendo mensagens eletrônicas via

Internet ou intranets e extranets de suas organizações.( ) Verdadeiro ( ) Falso

O software de sistemas atua como uma interface vital de software en-02.tre o hardware de sistemas de computadores e os programas de aplicaçãodos usuários nais. Consiste em programas que gerenciam e apoiam umsistema de computadores e suas atividades de processamento de informa-

ções. ( ) Verdadeiro ( ) FalsoMS-DOS, o OS/2 e o Sistema Mac OS X são exemplos de programas03.

conhecidos de aplicações empresariais para microcomputadores.( ) Verdadeiro ( ) Falso

Referências

LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Geren-ciais. São Paulo: Prentice Hall. 2007.

O´BRIEN, J. A. Sistemas de Informação e as decisões gerenciais naera da Internet. São Paulo: Editora Saraiva. 2004.

Na próxima unidade

Você imagina que possam existir computadores isolados, trabalhan-do sozinhos? É difícil pensar nisto hoje em dia. O termo “rede” se tornoutão popular nos últimos vinte anos que superou todos os números da TV edo telefone xo.

 Na próxima unidade, nós falaremos sobre como funcionam as redesque interconectam os computadores.

Vamos juntos?

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   U  n    i  U  a  U e  4

 Infraestrutura de

comunicação e redesde computadores

me d I   o I  mA  g e  S  /  p H  o t  o d I   S  C  /   g e t t y I  mA  g e  S 

Quando falamos em redes, não é esta a imagem que vem à suacabeça, certo?

Pelo contrário, redes conectam pessoas. Isto mesmo! Claro, você vai

dizer que as redes conectam dispositivos eletrônicos. E você estará certo. Masas pessoas usam os dispositivos e, logo, estão conectadas por meio deles. Nesta unidade, veremos o importante tema que dene a infraestru-

tura de comunicação numa rede. Falaremos dos dispositivos físicos, dastopologias de rede, do funcionamento de uma rede, para que você possacompreender como as rede conectam as pessoas!

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Microinformática

Objetivos de sua aprendizagemVamos aprender os componentes básicos de uma rede de telecomu-

nicações. Também diferenciaremos os tipos de redes de telecomunica-ções, destacando as suas principais características. Vamos compreender 

como as redes se comunicam e trocam informações e quais são algumasdas principais aplicações que funcionam numa rede de computadores.

Você se lembra?Você se lembra dos diferentes tipos de computadores? Caso não,

reveja nossa Unidade 2 e aproveite para revisar a unidade 3 também. Pre-cisaremos entender que cada nó de uma rede será um recurso computacio-

nal diferente (pode ser um PC, um notebook, um mainframe etc.).

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Infraestrutura de comunicação e redes de computadores – Unidade 4

Era uma vez computaores que trabalhavam “sozinhos”4.UDepois do surgimento dos microcomputadores nos anos 1970 e

depois que as empresas começaram a adotá-los para execução das maisdiversas tarefas, como geração de relatórios, uso de planilhas para con-

trole de despesas, dentre outras, surgiu a necessidade de melhorar a formacomo estes computadores trocavam dados. E, então, o conceito de interli-gação ou rede de computadores passou a fazer muito sentido!

As empresas, no passado, usavam dois tipos de redes: redes telefô-nicas e redes de computadores. Estas redes são (eram) fundamentalmentediferentes. As redes telefônicas foram construídas ao longo do século XX por grandes companhias no mundo todo. As redes de computadores foram

sendo construídas e interligadas por empresas que necessitavam interligar seus computadores para trocas de informações.Aos poucos, as duas redes foram se fundindo e, apesar de esta fusão

ainda não estar completa, hoje as redes de computadores e as redes de telefo-nias interligam-se utilizando padrões da Internet para troca de informações.

 Ativiae 4.UAntes de seguirmos, vamos fazer uma leitura sobre a importância da

infraestrutura de comunicações numa empresa.

Rede global do McDonald’s desativada rapidamente(LAUDON e LAUDON, 2007)

Servir hambúrguer é um negócio grande! O McDonald’s, uma empre-

 sa de US$ 15,4 bilhões, possui mais de 30.000 restaurantes em 121 países, servindo mais de 46 milhões de clientes por dia. Porém, a em-

 presa possui uma série de problemas. Era primeiro lugar, as notas obtidas pelo McDonald’s na American Cus-tomer Satisfaction Índex (ACSI) foram menores que as de Wendy’s, Burger 

 King, Pizza Hut e Kentucky Fried Chicken, seus maiores concorrentes. Asreclamações do cliente giraram em torno de serviço lento e um menu “velhoe cansado”. O McDonald’s deseja agilizar o serviço e desenvolver um menuoferecendo opções mais “saudáveis”. Em segundo lugar, os dados que fo-

ram processados em lote no sistema de mainframe próprio do McDonald’s,

em sua sede, a cada noite, não ofereciam detalhe de que os executivos precisavam, e era necessária uma semana inteira para serem analisados e

distribuídos aos gerentes.

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Microinformática

 Embora o McDonald’s colete dados de vendas diários, os sis-temas de relatório nanceiro de uma década da empresa não foram

criados visando à inteligência de negócios em tempo real. Em terceirolugar, trabalhadores não preparados e a troca de funcionários exigiam trei-

namento de novos funcionários rapidamente e tornar o método de linha demontagem da preparação de alimentos extremamente fácil de entender.O McDonald´s planejou gastar US$ 1 bilhão por cinco anos para unir todas as suas operações em uma rede digital de tempo-real, global,baseada na Internet, chamada Innovate, o projeto de tecnologia deinformação mais dispendioso e extenso da história da empresa. A sedequeria criar um meio de controlar a qualidade fundamental que torna

uma cadeia de fast-food bem-sucedida: coerência. Portanto, os execu-tivos precisavam saber o que estava acontecendo nas lojas.O Innovate foi projetado para ser uma rede baseada na Web com computa-

dores e monitores conectados a cada equipamento de cada loja. As informa-

ções oferecidas instantaneamente teriam dado aos executivos a capacidadede monitorar e possivelmente afetar, em tempo real, a capacidade da em-

 presa de levar um produto coerente para os clientes o mais rápido possível.O Innovate também teria dado aos executivos uma visão geral do sistema

inteiro a qualquer minuto do dia. O McDonald’s esperava que o Innovate permitisse que seus executivos vissem, a qualquer momento do dia, como asvendas de qualquer produto em qualquer loja estavam prosseguindo, ondeos estoques de reserva estavam localizados, em qualquer lugar entre suaslojas e as fábricas de seus fornecedores, e gerenciar suas lojas de acordo.O centro do Innovate teria sido um sistema de planejamento de recur -

 sos empresariais Oracle, que substituiria o sistema de contabilidade

 geral do antigo mainframe IBM da empresa e os sistemas de nanças, gerenciamento da cadeia de fornecimento e recursos humanos da em-

 presa. A rede teria ligado todos os restaurantes da empresa e todos os seus mais de 300 fornecedores 24 horas por dia, sete dias por semana,ao sistema de back-ofce em sua sede.O Innovate simplicaria o agendamento para os membros da equipe,

 pois o sistema diria aos gerentes, por exemplo, exatamente quantosclientes pedem Big Macs ou Mac Fishes entre rneio dia e 2 horas da

tarde todos os dias da semana. O Innovate também agilizaria a remes- sa de dados de treinamento e benefícios aos funcionários pela Web.

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Infraestrutura de comunicação e redes de computadores – Unidade 4

O McDonald’s esperava usar o Innovate para facilitar a vida para seus franqueados, gerando automaticamente regis-

tros de temperatura, históricos para os relatórios de segurança dealimentos, exigidos pelo FDA (Food and Drug Administradon). Ele

também poderia alertar os proprietários no evento de uma transaçãocancelada incomum no sistema de ponto de vendas da janela de drive- 

-through (sugerindo que um membro da equipe poderia estar embol - sando dinheiro em vez de colocá-lo na caixa registradora). Depois de apenas dois anos, porém, o McDonald´s perdeu US$ 170milhões quando a empresa descontinuou o Innovate. Embora a empre-

 sa tivesse mostrado pouca ou nenhuma experiência em implementação

de sistemas de informação em grande escala quando o Innovate foiiniciado, seus executivos acharam que poderiam remodelar completa-

mente toda a sua infraestrutura básica de tecnologia.O MacDonald´s se sentiu vítima das armadilhas clássicas que acon-

tecem com corporações, tentando implementar e justicar projetos de sistemas de informação desse tamanho pela primeira vez. A empresatinha uma falta de experiência nessa área, pois nunca esteve na pontada tecnologia. Além do mais, seus executivos não entendiam de tecno-

logia e a tornaram uma prioridade baixa para a empresa.

Atualmente, é praticamente impossível não pensar em redes decomputadores ao utilizarmos um computador. Um ambiente de trabalho,com computadores isolados, sem comunicação em rede, atualmente, éinconcebível. Além da possibilidade de troca de arquivos, é possível o

compartilhamento de periféricos como impressoras, o compartilhamentode recursos como a conexão com Internet, o compartilhamento de softwa-re como o acesso a um servidor de aplicações.

A comunicação numa rede de computadores é possível graças aosseguintes componentes (O´BRIEN, 2004):

PCs e outros terminais (1)• : são os computadores conectados a umarede;

Cabe ressaltar que os dispositivos nais de comunicação (aqueles

que cam nas pontas da rede) são chamados de terminais.Processadores de telecomunicações (2)• : dispositivos de hardwareque apoiam a transmissão e a recepção de dados entre os terminais decomputadores;

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Microinformática

Alguns exemplos são: modems, hubs, switches, comutadores e ro-teadores;

Canais e meios de telecomunicações (3)• : são os meios, ou mídias pelas quais os dados trafegam, seja na transmissão ou recebimento;

Podemos considerar dois principais tipos de meios: meios a cabo oumeios de difusão.

5

Software de

Telecomunicações

4

32

1

2

Canais e Meios de

Telecomunicações

PCs e

Outros

Terminais

Computadores

Processadores de

Telecomunicações

A d A p t A d  o d e  (   o ´  b R I  e n  ,2  0  0 4  )  

Os componentes básicos de uma conexão entre computadores.

Computadores (4):• todos os tipos e categorias de computadores,

como mainframes, supercomputadores, computadores pessoais, note- books, etc.

Software de controle de telecomunicações (5):•  programas queapoiam a comunicação ou a gerenciam. Sistemas operacionais pararedes, browsers etc.

 Classificação as rees quanto ao alcance 4.2 Podemos classicar as redes de computadores quanto ao seu alcancee quanto à sua topologia. Com relação ao alcance, temos desde as redes de pequeno ao alcance até redes globais. Vamos a elas.

PAN (Personal Area Network):• trata-sede uma rede com alcance restrito. Emgeral, você pode conectar dispositivos

numa PAN por meio de Bluetooth (tec-nologia de comunicação sem o para dis- positivos muito próximos uns dos outros), por exemplo, ou por meio de infravermelho.

 Conexão:

Recomendações 4.1

Leia mais sobre redes decomputadores em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_

de_computadores

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   1

Infraestrutura de comunicação e redes de computadores – Unidade 4

PAN

InfraRed

A d A p t A d  o d e  (   C  Ô R t e  S  ,2  0  0  8  )  

Exemplo de Rede PAN usando infravermelho

LAN (Local Area Network):• uma LAN conecta computadores próximos e, geralmente, internos a uma empresa. Um exemplo, na

gura a seguir, é a conexão de diversos subsistemas de uma empresa.Um sistema de estoque, por exemplo, poderia solicitar ao setor decompras a compra de mais materiais, pois o nível de estoque desteschegou a um valor crítico. Um sistema de vendas poderia informar aonanceiro para efetuar a cobrança de uma venda efetuada, à contabili-dade para registros e à produção para iniciar a montagem do produtoem questão.

ComprasEstoque

Financeiro

Produção

Vendas

Contabilidade

hub ou

switch

A d A p t A d  o d e  (   C  Ô R t e  S  ,2  0  0  8  )  

Exemplo de uma LAN conectando áreas internas de uma empresa.

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 422

Microinformática

MAN (Metropolitan Area Network):• redes que cobrem cidadessão chamadas de MAN. Em geral, conectam diversas LANs. Estaconexão pode incluir tecnologias de comunicação diferentes e meiosde transmissão diferentes. No exemplo abaixo, temos uma rede que

conecta diversos setores de uma empresa. Veja que há meios de trans-missão por cabo e sem o; além disto, há tecnologias de transmissão pela própria Internet ou usando uma linha dedicada.

A BSetor 

 Administrativo

C Fábrica

Linha Dedicada

(fibra óptica, por exemplo)

L i  nh  aD e d i   c  a d  a

 (  f  i   b r  a ó  p t  i   c  a , p or  ex  em pl   o )  

Central de

Distribuição

Comunicação Via Rádio

D Fábrica

Comunicação

Via Internet

A d A p t A d  o d e  (   C  Ô R t e  S  ,2  0  0  8  )  

Exemplo de uma Rede MAN.

WAN (Wide Area Network):• trata-se de uma rede que pode abranger cidades, estados, países ou um continente. Também chamada de redegeogracamente distribuída. Nossa maior WAN existente é a Inter-net.

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   1

Infraestrutura de comunicação e redes de computadores – Unidade 4

Londrina

Brasília

Manaus Belém

Recife

Rio de Janeiro

São Paulo

Curitiba

Salvador

Belo Horizonte

A d A p t A d  o d e  (   C  Ô R t e  S  ,2  0  0  8  )  

Exemplo de abrangência de uma rede WAN

 Ativiae 4.2 Faça uma pesquisa e apresente exemplos dos tipos de redes vistas.

Por exemplo, podemos dizer que um banco X possui uma rede metropoli-tana, pois suas operações se estendem a mais de uma cidade. Apresente osexemplos com as devidas considerações e fontes das pesquisas.

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 ___________________________________________________________________________________ 

 ___________________________________________________________________________________ 

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 424 

Microinformática

 Classificação as rees quanto à topologia 4.3 A camada física de uma rede chama-se topo-

logia, ou seja, é a forma como os computadoresestão realmente (e sicamente) conectados.

Existem três tipos comuns de topologias e podemos classicar as redes quanto a estestipos. Numa topologia de rede, cada compo-nente é chamado de nó. Um nó, geralmente,é um computador da rede. As topologias co-muns são:

Rede em anel: todos os nós são unidos por uma cadeia circular.Todos os dados percorrem um único sentido em torno do anel. Todos osdados são examinados por cada nó para vericar se a ele pertence estatransmissão. Caso não pertença, é repassada ao próximo nó. Se um nófalha, o anel se rompe e a rede cai.

A d A p t A d  o d e  (   C  Ô 

R t e  S  ,2  0  0  8  )  

Rede em barramento: existe uma linha única (BUS) em que todosos nós da rede estão conectados. Os nós tentam enviar informações e,caso exista colisão entre eles, simplesmente tentam de novo. Todos os nós“escutam” a rede e vericam se a informação a eles pertence. Em caso

armativo, fazem uma cópia dela. É possível adicionar e remover nós sem prejudicar o barramento.

 Conexão:

Recomendações 4.2

Leia o artigo sobre rede metro-politana de alta velocidade em:

http://www.rnp.br/newsgen/9911/rmav.html

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Infraestrutura de comunicação e redes de computadores – Unidade 4

A d A p t A d  o d e  (   C  Ô R t e  S  ,2  0  0  8  )  

Rede em estrela:• existe um centralizador responsável por gerenciar arede. Este centralizador é chamado, por vezes, de Hub. O Hub trata asrequisições e evita as colisões. É possível adicionar novos nós e remo-ver nós da rede sem prejuízo a esta. Basta que o Hub (para adicionar)tenha slots de conexão disponíveis. Cabe aqui uma ressalva impor -tante sobre o Hub. Embora o nome Hub seja o adequado, a tecnologia

dos dispositivos Hub vendidos no mercado nem sempre funciona daforma como deveria. Em geral, você encontra-rá Hubs que farão sua rede funcionar comouma topologia em barramento, ou seja, oHub apenas interliga os computadores,mas não faz a “arbitragem” que deve-ria. Este tipo de problema é resolvidocom a compra de um Switch. Este dis-

 positivo é, sim, um Hub “completo” quefaz o papel de centralizador e “árbitro” darede.

Topograa em estrela

HUB

A d A p t A d  o d e 

 (   C  Ô R t e  S  ,2  0  0  8  )  

 Conexão:

Recomendações 4.3

Leia mais sobre estas diferen-ças em:

http://www.infowester.com/hubswi-tchrouter.php

http://www.abusar.org.br/

hub_e_switch.html

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 426

Microinformática

 Ativiae 4.3 Faça uma pesquisa e apresente exemplos das topologias de redes

vistas. Qual topologia se aplica à sua empresa ou ao seu local de trabalho?Por quê?

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 ___________________________________________________________________________________ 

Transmissão física e aos e o harware para 4.4  rees e computaores

Para que os computadores possam, efetivamente, comunicar-se,é preciso que um produza sinais elétri-cos que o outro (ou outros) possacompreender. Assim, o funcio-namento das redes necessita,inicialmente, da troca dedados entre computadores

através de algum meiofísico. A comunicaçãoentre duas máquinas podeser feita usando-se sinaisanalógicos ou sinais digitais.Como há a interligação en-tre redes de telefonia e redes decomputadores, talvez haja a necessi-

dade de conversão destes sinais. Por quê?

Atransmissão de

sinais digitais envia dadoscomo pulsos distintos (ou ligados

ou desligados) de uma maneira parecidacomo a forma de os dados trafegarem no

computador. No entanto, as redes de telefoniaoperam com sinais analógicos e, como boa

parte da infraestrutura da Internet se relacionacom estas redes, muitas vezes a conexão

precisa passar de um tipo de sinal paraoutro.

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 427 

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Infraestrutura de comunicação e redes de computadores – Unidade 4

Digital signal

 Analog signal

Para que um sinal digital possa ser enviado por uma linha telefônica

(analógica), por exemplo, é preciso que este sinal seja convertido na for -ma analógica. Nesta conversão, podem ser alteradas a amplitude (alturada onda) ou a frequência (número de repetições num intervalo de tempo)do sinal. A conversão dos sinais digitais em analógicos chama-se modu-lação, e o processo inverso chama-se demodulação. Para realizar a (de)modulação, é necessário um dispositivo chamado modem.

 No mundo da Internet, a função do modem não é apenas conversãode sinais. Ele conecta você à rede mundial de computadores. O problema

dos primeiros dispositivos para este tipo de conexão foi, sem dúvida, anecessidade da transmissão de volumes maiores de dados num tempo me-nor. Os modems convencionais mais modernos chegavam a uma taxa de56.000 bps (bits por segundo).

A d A p t A d  o d e  (   C A p R  o n e  J   o H 

n  S  o n  ,2  0  0 4  )  

Computador 

Modem

Sinal

digital

Modem

Terminal

Sinal

digital

Sinal

analógico

A conexão através de um modem.

 No entanto, os modems convencionais foram (no Brasil ainda estãosendo) substituídos por outras tecnologias. O serviço de linha digital de

assinante (DSL) usa técnicas eletrônicas avançadas para transmitir sinaiseletrônicos convertidos em analógicos usando a mesma infraestruturade redes analógicas, mas com velocidade de transmissão muito maior.

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 428

Microinformática

Em geral, este tipo de tecnologia permite compartilhar a linha telefônica(ou seja, você pode usar seu telefone ao mesmo tempo em que está usandoa linha para navegar na Internet).

Outra tecnologia para conexão são os Modems a cabo, que são

muito rápidos e usam cabos coaxiais de televisão já instalados sem inter -romper a recepção normal da TV. Além disso, temos também Modemscelulares, que usam as tecnologias de telefones celulares para transmissãode dados. Os sistemas celulares digitais de terceira geração (3G) apre-sentam velocidades bem superiores e “aceitáveis” para a navegação naInternet.

O envio de dados a um destino funcionará se o dispositivo que iráreceber tais dados estiver preparado para isto. O “sincronismo” entre odispositivo que envia e o que recebe dados permite dois tipos de transmis-são:

transmissão síncrona: neste caso, os dois nós de transmissão se comu-•nicam e sincronizam suas ações. Assim, os dados que serão transmiti-dos ou recebidos são sincronizados num uxo contínuo;

transmissão assíncrona: neste tipo de transmissão, bits especiais são•inseridos no início e no m de cada conjunto de bits transmitido. Isto permite ao receptor “compreender” o que foi transmitido.

Dependendo da direção do uxo de tráfego permitido, temos aindaas seguintes congurações:

transmissão simplex: envia dados numa única direção apenas. Ex.:• televisão, painéis de aeroportos (com chegadas e partidas) etc.transmissão half duplex: permite transmissões em qualquer direção,•mas apenas um sentido por vez. Ex.: conversa por rádio;transmissão full duplex: a transmissão pode ser feita em ambos os•sentidos simultaneamente. Ex.: conversa telefônica.

O meio de transmissão determina como o sinal é sicamente envia-

do de um dispositivo para outro. As formas possíveis de transmissão são(CAPRON e JOHNSON, 2004):

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Infraestrutura de comunicação e redes de computadores – Unidade 4

 pares de os: também são conhecidos como pares trançados. São dois•os trançados um ao redor do outro para reduzir a interferência elé-trica. São estas as vantagens: são relativamente baratos e, em muitoscasos, já estão instalados (para sistemas telefônicos). No entanto, es-

tão suscetíveis a interferências elétricas e a ruídos (qualquer coisa que provoque distorção do sinal);cabos coaxiais: neste tipo de cabo, um o condutor central é envol-•to por uma camada isolante e de blindagem metálica. É comumenteusado para conectar a TV a cabo, possuindo maior largura de banda esendo menos suscetível a ruído do que os pares trançados;bra óptica: esta tecnologia usa a luz em vez de eletricidade para en-•

viar dados. A largura de banda é muito maior do que a dos cabos co-axiais, além disto é imune a interferências elétricas. Os materiais, emgeral, são mais baratos do que os cabos coaxiais, no entanto o custode instalação é mais elevado;

l A t e n t l I   g H t  /  d R e A m S t I  me . C  o m

b A R A n I  v  o  /  WI  k I  me d I  A 

Coaxial Par trançado Fibra ópticaTipos de cabos usados em conexão de redes

transmissão por micro-ondas: esta transmissão usa sinais que possam•ser “enxergados” pelo emissor e pelo receptor na atmosfera. As mi-cro-ondas do emissor precisam “ver” o receptor. Isto requer estaçõesrepetidoras aproximadamente a cada 48 quilômetros. Isto ocorre por -que as ondas seguem uma linha reta, mas a Terra é curva. Oferecemalta velocidade e eciência quanto ao custo, no entanto é suscetível àscondições climáticas;

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 430

Microinformática

EstaçãoEmissora

de Micro-ondas

EstaçãoEmissora

de Micro-ondas

EstaçãoEmissora

de Micro-ondas

EstaçãoEmissora

de Micro-ondas

Transmissão por micro-ondas

transmissão por satélite: trata-se de uma outra forma de transmissão• por micro-ondas. Neste caso, o satélite age como uma estação de re-transmissão. Assim, a estação terrestre envia e recebe sinais do satéli-te e um transponder recebe e amplica o sinal, modica a frequênciae retransmite os dados. É uma forma útil quando os sinais devem percorrer milhares de quilômetros;

Terra

36 quilômetros36 quilômetr os36 quilômetros

Estaçãoterrestre

Estaçãoterrestre

A d A p t A d  o d e  (   C A p R  o n e  J   o H n  S  o n  ,2  0  0 4  )  

Transmissão via satélite

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Infraestrutura de comunicação e redes de computadores – Unidade 4

transmissão sem o: é um formato para transmissão de dados em•curtas distâncias (sem o). Exemplos possíveis para transmissão são:IrDA – que utiliza infravermelho; o bluetooth – que usa ondas de rá-dio para conexão de dispositivos móveis; e os padrões 802.11 – que

regem a transmissão sem o.

Como exemplo, vamos usar a seguinte situação descrita em (CA-PRON e JOHNSON, 2004) e que está relacionada à gura a seguir.

 Imagine um contador com um escritório em Sacramento necessitede informações de imposto de renda dos arquivos do computador da ma-

triz que ca em Savannah. Uma rota possível para o pedido do usuário eda resposta seria:O Contador solicita os dados,1.

 A solicitação percorre o sistema telefônico local até2.Uma estação de microondas vizinha que transmite o pedido3.

 paraUma estação terrestre de transmissão por satélite mais próxi-4.ma

Onde ele é retransmitido a um satélite no espaço que o re-5.transmite à Terra

 Para uma estação terrestre de comunicação próxima a Savan-6.nah

 Este sinal será enviado a uma estação de microondas7. Depois, através de linhas telefônicas8.O computador da matriz recebe e processa o pedido.9.

O computador faz o processamento da re-quisição, solicitando as informações ao disco(ou base de dados, se for o caso) e devolvea resposta num caminho inverso.

 Conexão:

Recomendações 4.4

Veja mais sobre os padrões 802.11em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/IEEE_802.11

http://www.ieee802.org/11/

Para a conexão das LANs, MANs,WANs, podemos usar os diversostipos de meios combinando-os

para cada necessidadeespecíca.

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Microinformática

Sacramento

Savannah

12

3

4

5

6

7

8

9

A d A p t A d  o d e  (   C A p R  o n e  J   o H n  S  o n  ,2  0  0 4  )  

Combinando os meios para conexão de grandes redes.

Podemos destacar, ainda, alguns outros componentes necessários

numa rede de computadores, como:repetidores: é um dispositivo que amplia os sinais recebidos, retrans-•mitindo-os pela rede. Desta maneira, acaba por conseguir aumentar a extensão do cabeamento da rede, pois o sinal se degrada enquanto percorre a infraestrutura da rede;hubs: dispositivos que distribuem os sinais físicos recebidos em redes•em estrela. Além disto, são centralizadores (devido à topologia estrela

da rede), recebendo os sinais e retransmitindo-o às unidades conec-tadas. Os Hubs disponíveis no mercado distribuem o sinal a todosos nós conectados e, logo, a topologia de funcionamento passa a ser  barramento, e não estrela;switches: o conceito adequado de switch é que funcione como um hub•que, em vez de ser um distribuidor de sinais, atue como uma conexãológica entre duas estações. Assim, em vez de encaminhar os pacotes para todos os nós, ele encaminha apenas para o destinatário correto;

roteadores: são responsáveis por conectar grandes redes e decidir o•caminho de pacotes de dados até seu destino.

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Infraestrutura de comunicação e redes de computadores – Unidade 4

Esteacordo dene, entre

outras coisas, como será opadrão dos bits ou do sinal analógico

que será lido e escrito nos transmissores

e receptores (cabos, satélites etc).

Protocolos de redesUm protocolo de redes

é um conjunto de normas para intercâmbio de dados

entre um dispositivo derede e um computador ouentre dois computadores.Trata-se de um acordo so- bre como se devem enviar dados e como o recebimentodeve ser conrmado.

Isto é necessário para que com- putadores de diferentes fornecedores se comuniquem. O exemplo mais“famoso” atualmente é o Transmission Control Protocol/Internet Protocol  (TCP/IP), que permite a qualquer computador comunicar-se com a Inter -net.

Outro exemplo de protocolo é o Ethernet. Trata-se de um protocolo predominante nas topologias de barramento ou em estrela. No Ethernet,

um nó “ouve” a rede para se certicar de que ela esteja disponível. Sedois computadores transmitirem ao mesmo tempo, ocorrerá colisão. Noentanto, é um protocolo que prevê e trata colisão, assim cada computador aguarda certa quantidade aleatória de tempo e retransmite.

Mais um exemplo de protocolo, padrão nas redes com topologia emanel, é o Token Ring. Ele usa uma cha, ou token (sinal elétrico), que con-trola qual nó pode enviar mensagens num determinado instante. A cha

 percorre os nós e, para que um computador possa enviar uma mensagem,ele aguarda a chegada de uma cha vazia, anexa à mensagem, e a trans-mite.

 Ativiae 4.4 Você consegue dizer qual é o protocolo de rede para comunicação

na Internet? É possível denir apenas um protocolo? ___________________________________________________________________________________ 

 ___________________________________________________________________________________ 

 ___________________________________________________________________________________ 

 ___________________________________________________________________________________ 

 ___________________________________________________________________________________ 

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 434 

Microinformática

Software e rees4.5 A tecnologia de redes de computadores pode ser usada para diversas

aplicações com diversos ns. Vamos a algumas delas (CAPRON e JOHN-SON, 2004):

Correio eletrônico (e-mail): envia mensagens de um computador  para outro. As mensagens são armazenadas até que o destinatário“abra”a correspondência. Este serviço não interrompe a atividade de uma pes-

 soa, como ocorre com uma ligação telefônica, e não exige que ambos os participantes estejam presentes no momento da transmissão.

Tecnologia de fac-símile (fax): usa tecnologia de computador elinks de comunicações para enviar documentos praticamente para qual -quer lugar do mundo. Pode enviar desenhos, grácos e texto. O docu-

mento é colocado no aparelho de fax e digitalizado. Um modem embutidoconverte sinais digitais em analógicos e os transmite. O aparelho de faxrecebedor recompõe o documento e o imprime. O fax modem executa asmesmas funções no PC.

Groupware: software que possibilita a grupos de pessoas trabalhar em arquivos ou projetos de forma conjunta. Os dados são armazenadosem bancos de dados em disco. Linhas de comunicação são necessárias

 para que empregados distantes possam trabalhar juntos.

Teleconferência: reúne pessoas e ideias. Videoconferência usa câ-

meras de vídeo, telas, computadores e comunicações para possibilitar a

 grupos distantes de pessoas realizar reuniões. Muito menos dispendiosado que viagens.

 Intercâmbio eletrônico de dados: possibilita que as empresas trans-mitam eletronicamente documentos comerciais padrão. Faturas e ordensde compra são exemplos de documentos comerciais padrão. Usa XMLcomo padrão para denir dados. Elimina a necessidade de preencher 

 formulários de papel em um dos lados e digitá-los em um computador do

outro lado. Reduz a papelada e os custos com pessoal.

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Infraestrutura de comunicação e redes de computadores – Unidade 4

Transferência eletrônica de fundos:  possibilita que as pessoas paguem bens e serviços realizando transferências de fundos entre váriascontas. O caixa eletrônico automático é um exemplo de EFT. Depósitodireto de contracheques, cheques de benefícios do governo etc. são uma

aplicação de alto volume da EFT.

Telecommuting: troca de informações e computadores por viagensde trabalho.

 As pessoas podem ligar-se diretamente às redes da sua companhiaou baixar (download) o trabalho e transferi-lo depois de concluído. Amaioria dos telecommuters trabalha no escritório pelo menos dois dias

 por semana.

 Internet: uma rede global de centenas de milhares de computa-

dores. Amplamente considerada a tecnologia que dene o início deste século.

 Ativiae 4.5 Você consegue apresentar mais algum exemplo de aplicação sobre

uma rede de computadores? ___________________________________________________________________________________ 

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Reflexão sobre a niae 4 4.6  Nesta unidade, vimos como a infraestrutura de conexão de redes de

computadores pode transmitir informações entre vários tipos diferentes dedispositivos. Por meio desta infraestrutura, nós mantemos vários serviçosimportantes, e não apenas a nossa navegação na Web.

Pense e pesquise como seria o mundo sem esta infraestrutura hoje.

E se ela falhar? São bancos, companhias de energia, órgãos do governo,todos conectados numa grande, muito grande, infraestrutura de comunica-ção.

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 436

Microinformática

 Leituras RecomenaasLivro técnico: Redes de computadores, de Gabriel Torres. Para

aqueles que quiserem mais detalhes técnicos de funcionamento das redesde computadores, este é um livro interessante. Veja abaixo indicações no

site do próprio autor (Clube do Hardware):http://www.clubedohardware.com.br/pagina/livro19

Livro: Sistemas de informação e as decisões gerenciais na erada Internet, de O´Brien. Livro também abrangente, com diversos temasrelacionados à TI. Para mais informações, veja as Referências.

Para encerrar nossa unidade 4, temos um conjunto de questões suge-ridas para reexão.

Questão de Encerramento 4.6.1Descreva as características principais das redes de comunicação.

Questão de Encerramento 4.6.2Quais são os diferentes meios de transmissão numa rede?

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Infraestrutura de comunicação e redes de computadores – Unidade 4

Questão de Encerramento 4.6.3Faça uma pesquisa sobre o padrão 801.11. Apresente algumas si-

tuações em que você usa redes sem o (ou que você conheça) que estãodescritas por este padrão.

Questão de Encerramento 4.6.4O que é a tecnologia VoIP ? Faça uma pesquisa para responder a

esta pergunta.

Referências

CAPRON, H. L.; JOHNSON, J. A. Introdução à Informática. SãoPaulo: Pearson Prentice Hall. 2004.

CÔRTES, P. L. Administração de sistemas de informação. São Pau-lo: Saraiva. 2008.

LAUDON, K. C. e LAUDON, J. P. Sistemas de informação geren-ciais. São Paulo: Prentice Hall. 2007.

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 438

Microinformática

O´BRIEN, J. A. Sistemas de Informação e as decisões gerenciais naera da Internet. São Paulo: Editora Saraiva. 2004.

Na próxima unidade

 Na próxima unidade, nós falaremos sobre a Internet, que virou si-nônimo de rede mundial de computadores. Veremos o que é a Internet ecomo ela surgiu e o que é a Web, o recurso que popularizou a Internet!

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   U  n    i  U  a  U e   5

 Internet e aplicações

Um marco importante para a Inter-net foi o ano de 1990, quando o mundo

conheceu a WWW (World Wide Web, ouapenas Web). Em 2000, o número de computa-dores host era de 72 milhões. Em 2002, esse núme-

ro era de 162 milhões e o número de internautas erade 567 milhões. Em 2006, o número de internautas era

mais de 800 milhões. A previsão para 2012 é de 2 bilhõesde usuários de Internet4!

Só para você ter uma ideia, o telefone demorou 91 anos para

atingir 100 milhões de usuários, e a televisão precisou de 54 anos para alcançar esta mesma marca. (CAPRON e JOHNSON, 2004;

LAUDON e LAUDON, 2007)

Objetivos de sua aprendizagem Nesta unidade nós vamos denir o que é a Internet e o que é a Web.

Você verá que são diferentes e complementares.Além disso, falaremos sobre o funcionamento básico de ambas e

você verá alguns exemplos.Também exploraremos um recurso importantíssimo disponível

hoje na infraestrutura da Internet: o comércio eletrônico ecomo ele se estendeu aos negócios eletrônicos (ou os negó-

cios se estenderam ao comércio!).

4 h://g1.gobo.co/noicias/tecoogia/0,,mul175349-6174,00.h

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 440

Microinformática

Você se lembra? Na unidade anterior, nós falamos sobre a infraestrutura de redes. Então,você se lembra o que é um protocolo? Qual o protocolo da Internet?

Quando foi a primeira vez que você usou a Internet e para qual m?Hoje você a usa para quê?

 Pense nestas perguntas.

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Internet e aplicações – Unidade 5

O que é a Internet?  5.U Na década de 1960, a Defense Advan-

ced Projects Research Agency (DARPA) patrocinou um projeto para desenvolver 

uma tecnologia de rede que permitisse que pesquisadores, em várias localizações no país, pudessem compartilhar informações.Esta tecnologia também deveria ser resistentea falhas. O resultado deste projeto foi a ARPA- NET, lançada em setembro de 1969. A ARPANET conectava computado-res em quatro localizações:

UCLA;• Stanford Research Institute;•UC Santa Barbara;•Universidade de Utah.•

 Nos anos que se seguiram, a quantidade de computadores conecta-dos cresceu de maneira bem rápida. Em 1972, foi introduzida a ferramentade e-mail que se tornou a maior aplicação da rede. Em 1973, a ARPANET

conectou à University College of London no Reino Unido e com o RoyalRadar Establishment na Noruega, tornando-se internacional. Em 1986, a NSFnet (a grande rede da National Science Foundation) foi conectada àARPANET, e o resultado passou a ser conhecido como Internet. Com otempo, diversas outras companhias se conectaram à Internet. (CAPRON eJOHNSON, 2004)

 Na arquitetura de funcionamento da Internet, os Backbones (cir -

cuito de transmissão de alta velocidade análogo ao sistema de rodoviasestaduais) principais conectam-se a redes regionais. Estas redes regionais, por sua vez, dão acesso a provedores de serviços, grandes empresas e ins-tituições públicas. Os pontos de acesso à Internet (NAPs – Network AcessPoint) e as Trocas de Internet Metropolitana (MAE – Metropolitan AreaExchanges) são grandes Hub, em que o backbone intercepta redes regio-nais e locais e em que os proprietários dos backbones se conectam uns aosoutros. (LAUDON e LAUDON, 2007)

As pessoas se conectam à Internet de duas maneiras:

 Conexão:

Recomendações 5.1

Assista aos vídeos sobre ahistória da Internet em:

http://videolog.uol.com.br/video.php?id=142573

http://www.youtube.com/watch?v=9hIQjrMHTv4&feature=pl

ayer_embedded

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 442

Microinformática

um provedor de serviços de Internet (Internet Service Provide – ISP):•organização comercial com conexão permanente com a Internet e quevende conexões a assinantes; por meio de suas empresas, universidades ou centros de pesquisas que•

tenham domínios próprios.

MAE

Host

regionais

Host

regionais

Backbone

Linha

T1

Hubs Regionais (MAEs and NAPs)

Domínio

provedor local

Domínio

nyu.edu

Linha

telefônica

comum

Rede do campus

Escritórios

Residência

Cliente IPCliente IP

POP3

Mail

SMTP

Mail

A d A p t A d  o d e :   (  l A  u d  o n e l A  u d  o n  ,2  0  0 7  )  

A arquitetura da Internet.

A Internet é baseada na pilha de protocolos TCP/IP. Todos os com- putadores recebem um endereço IP único (Internet Protocol), que é repre-sentado por um número de 32 bits, com séries de 0 a 255, separadas por 

 pontos. O endereço 64.233.163.104 pertence ao Google!

Quer saber o endereço IP de algum domínio?No WindowsAbra o prompt de comando do seu Windows (Vá em iniciar e em

executar e digite cmd). Após isso, digite nslookup no prompt. Para desco- brir um domínio, digite o domínio e dê enter.

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Internet e aplicações – Unidade 5

No Linux

Abra uma janela de terminal e digite nslookup.Após isso, basta digitar o nome do domínio cujo IP deseja descobrir.

Quando um usuário envia uma mensagem a outro usuário da Internet,a mensagem é decomposta em vários pacotes por meio do TCP. Cada paco-te contém seu endereço de destino. Os pacotes são enviados a um servidor de rede, que encaminha para quantos servidores forem necessários até quetodos os pacotes cheguem ao destino e a mensagem seja remontada.

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 444 

Microinformática

CZ

CB

CX

CY

CC

C A A CB

 A CB

Como vai você?

 A CB

Gateway

 A CB

 A CB

Como vai você?

 A CB

Bem, obrigado!

X ZY

Bem, obrigado!

X ZY

Gateway

ServidoresA d A p t A d  o d e :   (  l A  u d  o n e l A  u d  o n  ,2  0  0 7  )  

Comutação por pacotes

Para os usuários de Internet, seria muito difícil guardar os endere-

ços baseando-se apenas em números. Devido a isto, foi criado o Sistemade Nomes de Domínios (Domain Name System – DNS), que converte osendereços IP em nomes de domínios.

O DNS possui uma estrutura hierárquica: No topo está o domínio raiz.• No domínio de primeiro nível temos nomes com dois ou três caracte-•res, como .com, .edu, .gov, e códigos de país, como .ca para Canadá,.br para Brasil.

 No domínio de segundo nível, temos duas partes, designando o nome•de primeiro nível e o nome de segundo nível.Um nome de hospedeiro na base da hierarquia indica um computador •especíco na Internet ou na rede privada.

edu gov org net

Domínio-raiz

Computer 1

Domínios de

primeiro nível

sales.google.com

computer1.sales.google.com

sales

expedia congressgoogle

com

Domínios de

segundo nível

Domínios de terceiro nível

Hospedeiros

A d A p t A d  o d e :   (  l A  u d  o n e l A  u d 

 o n  ,2  0  0 7  )  

Sistema de nomes de domínios na Internet

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

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   1

Internet e aplicações – Unidade 5

A Internet é baseada na arquitetura cliente / servidor. As pessoasacessam a Internet por meio de aplicações clientes, como o software denavegação Web. Todas as informações trocadas (dados das aplicações,mensagens de e-mail etc.) ou armazenadas em servidores.

Os clientes que acessam a Internet, atualmente, não fazem isto ape-nas por meio de PCs convencionais, mas por diversos dispositivos, entreeles (um dos que vêm ganhando grande popularidade) os celulares.

Quando você conecta seu computador cliente à Internet, passa a ter acesso a uma gama de serviços, como e-mail, grupos de discussão, men-sagem instantânea, blogs, repositórios de vídeos, redes sociais, serviçosdo governo, páginas de comércio eletrônico e serviços corporativos.

Cada serviço na Internet é implementado por um conjunto de programase pode funcionar a partir de um único servidor ou de servidores diferentes.As redes corporativas compreendem um conjunto de várias redes

diferentes (desde a rede telefônica até a Internet e as redes locais) que co-nectam grupos de trabalho, departamentos ou escritórios.

Uma rede corporativa pode oferecer aplicações comerciais aos seusclientes. Por exemplo, pode ser um portal onde o cliente, através de seunavegador Web, acessa relatórios sobre as vendas da empresa.

Para isso, a empresa precisa de uma arquitetura com sistemas back-end. Esse tipo de sistema funciona no servidor como uma aplicação. Elese conecta a bases de dados, faz transações com outros sistemas etc. Alémdisso, você precisará de um servidor de aplicações que tratará o envio deinformações de uma aplicação cliente não apenas como requisições de páginas, mas como requisições de informações a programas.

A d A p t A d 

 o d e :   (  l A  u d  o n e l A  u d  o n  ,2  0  0 7  )  

Sistemas

back-end

Servidor 

de bancode dados

Servidor 

de aplicativoServidor 

Navegador Web

Outro software

Cliente

Servidor 

Web (HTTP)

Simple Mail

Transfer 

Protocol (SMTP)

Domain Name

Serving (DNS)File Transfer 

Protocol (FTP)

Network News

Transfer Protocol

(NNTP)

InternetCliente

PDA

Páginas

Web

 Arquivos

de

correio

Vendas

Produção

Contabilidade

RH

Modelo cliente servidor na Internet.

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 446

Microinformática

Internet, intranets e extranetsA intranet de uma empresa é uma rede privada que utiliza a mesma

tecnologia da Internet (ou tecnologia semelhante) para conectar computa-dores, recursos e aplicações de uma rede, tornando-os disponíveis somen-

te ao seu público interno.Uma intranet deve ser protegida por medidas de segurança como

rewalls, mecanismos para autenticação e controle de acesso,  per-mitindo apenas que usuários autorizados possam fazer uso dos recursosdisponíveis.

As principais diferenças entre a Internet e a intranet são relaciona-das ao conteúdo (que é restrito na intranet e liberado na Internet).

As empresas podem usar intranets para diversos ns, como:ensino eletrônico;•repositório de dados;•TV corporativa;•comunicação instantânea (por texto ou voz);•divulgação de notícias;•gerenciamento de projetos;•

conectar aplicativos;•etc.•

Já a extranet  pode ser considerada como um ponto de conexãoexterno a uma intranet, ou seja, um ponto onde a intranet ca passível deacesso ao público externo (como clientes, fornecedores, parceiros comer -ciais etc.). O acesso da extranet também deve ser controlado. Anal, se

não fosse assim e o acesso fosse público, estaríamos falando da Internet!As extranets fornecem recursos até parecidos com os das intranets,como troca de informações, ensino eletrônico, trans-missão de dados, comunicação instantânea, den-tre outros.

Quando uma empresa conecta sua in-tranet à intranet de outra empresa, podemosdizer que há a formação de uma extranet

(claro, se a conexão for com o m de prover os recursos citados e, ainda, com a devida proteção – se for pública, não faz sentido cha-má-la de extranet).

 Conexão:

Recomendações 5.2

Veja um menu interativo daDiscovery com vários detalhes

sobre a história da Internet.

http://www.discoverybrasil.com/internet/interactivo.shtml

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Internet e aplicações – Unidade 5

Internet

Extranet

Intranet da Filial

Intranet do Cliente ou Fornecedor 

Intranet da Matriz

Extranet composta por intranets de empresas diferentes

Em geral, a conexão para uma extranet exige a chamada rede priva-

da virtual (VPN – Virtual Private Network). Numa VPN, a conexão entre elementos computacionais é protegida.

Assim, você pode trafegar dados sobre a infraestrutura pública da Inter-net, protegendo-os com mecanismos de criptograa. Mesmo que algum“intruso” tente observar os dados, estes estarão “embaralhados” de manei-ra que não farão sentido algum.

 A C

B D

Dados

Dados

Dados

Dados

Internet

A d A p t A d 

 o d e :   (  l A  u d  o n e l A  u d  o n  ,2  0  0 7  )  

Criação de uma VPN na Internet.

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 448

Microinformática

E a Web (WWW) ?  5.2 A World Wide Web é o que podemos chamar de mais conhecido

serviço de Internet. É um padrão universalmente aceito para armazenar,recuperar, formatar e apresentar informações usando uma arquitetura

cliente / servidor. Neste padrão, páginas Web são formatadas por meio dohipertexto que possui links, vinculando documentos.

Para “navegarmos” na Web, precisamos de um browser (navega-dor). O software faz as requisições de objetos usando a arquitetura cliente/ servidor na Web.

Abaixo temos o browser Internet Explorer, usado para navegação naInternet.

R e p R  o d  u  ç ã   o 

Por enquanto, o Internet Explorer ainda é o mais usado no mundo.

A d A p t A d  o d e 

:  H t t p :   /   /  WWW.W 3  C  o  u n t e R . C  o m /  

 g l  o b A l  S t A t  S 

.p H p ? y e A R =2  0 1  0  & m o n t H = 3 

Internet Explorer 

Firefox

Chrome

Safari

Opera

47,9%

32,3%

5,5%

7,4%

2,1%

Web Browser Market Share

Browsers mais usados no mundo. Pesquisa em março de 2010.

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   1 .

   1

Internet e aplicações – Unidade 5

Ahistória da WWW

possui um marco importanteem 1990, quando TIM Berners-Lee

apresentou seu trabalho ao mundo. O Dr.Berners-Lee, físico do laboratório de física departículas em Genebra pertencente ao CERN,

acreditava que o conjunto de links que se interco-nectavam e levavam a documentos era visto como

uma teia, daí o nome Web.

Ao digitarmos um endereço no navegador, o que acontece é o se-guinte:

O endereço é o URL de um objeto: http://www.faculdadescoc.com.br/•

CorpoDocente.aspEsta URL dene um endereço único de um site ou arquivo na Inter -•net.O servidor usa o DNS para traduzir o endereço do computador host•na Internet.Feito isso, ele usa o protocolo apropriado para solicitar ao servidor o•objeto desejado pelo usuário.

http www faculdadescoc com br   protocolo Endereço do Computa

: // . . .ddor Host

domínio

CorpoDocente asp

( )

/ .  Caminho, direetório,

nome do arquivo

 

As páginas Web são baseadas numa linguagem-padrão chamadaLinguagem de Marcação de Hipertex-tos (hypertext markup language

 – HTML). Esta linguagem éinterpretada pelo navegador,que exibirá os resultados natela de seu computador.

O protocolo acimaespecificado é o HTTP(protocolo de transferência

de hipertexto – hypertexttransfer protocol), que é um padrão de comunicações usado para transferência de páginas Web.

Então, aquele endereço que você digitou acima (no nosso exemplo)foi enviado como uma requisição do seu navegador, usando o protocoloHTTP, ao servidor faculdadescoc.com.br solicitando a página dos docen-

tes da faculdade (CorpoDocente.asp).

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 450

Microinformática

Você poderia perguntar: “Não deveria ser uma página .html?”.A resposta é sim, deveria. No entanto, temos nesse caso um servidor 

intermediário de aplicações que recebe a requisição e a converte numaresposta usando HTML. Nesse caso, o servidor entende a estrutura ASP

(active server pages), que interpreta scripts (códigos executáveis) no ladodo servidor e devolve uma resposta em HTML.

Todo o endereçamento na Web é possível graças ao URL (Locali-zador Uniforme de Recursos – Uniform Resource Locator)! Ao digitar oURL num navegador, ele informa ao navegador onde procurar a informa-ção!

Se você quiser testar como o HTML funciona, faça o seguinte:1 – Abra um arquivo novo no notepad ou bloco de notas.2 – Salve-o como teste.html (quando for salvá-lo abaixo da opção

 para colocar o nome do arquivo tem uma chamada tipo, mude o tipo “paratodos os arquivos *.*”)

3 – Digite o código abaixo:( se você não usar um editor especíco como eu usei, não apare-

cerão os nomes das TAGs HTML destacados, mas não há problema, vai

funcionar da mesma forma!).

É um exemplo de uso do HTML com formatação de textos.

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Internet e aplicações – Unidade 5

4 - Depois, salve, feche o arquivo e abra-o (com dois cliques ou ar-rastando para seu browser).

Você verá o efeito abaixo:

Resultado do código anterior executado num browser.

Gostou?Vamos fazer um novo exemplo para testar um formulário:

1 – Aproveitando o exemplo anterior, abra um arquivo novo nonotepad ou bloco de notas, salve-o como teste2.html e digite o conteúdoabaixo:

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Microinformática

2 – Salve-o e execute-o num browser. O resultado será:

É um exemplo de uso do HTML com formatação de textos.

Se você digitar os valores do formulário e clicar em enviar, nadavai acontecer, pois você precisa colocar este formulário num servidor deaplicações que recebe os dados vindos do usuário e os trata. O código quetrata as informações vindas do formulário está disponível em “para_onde_ 

vou_mandar_este_form.asp” como você especicou no código do próprioformulário!

A forma como as pessoas usam a Web tem sido mudada nos últimosanos. Tanto que já falamos em Web 2.0 (em alguns casos, já se fala até daWeb 3.0!).

Noções e e-business e e-commerce  5.3 

Vamos iniciar este tópico de discussão com uma leitura.

 Ativiae 5.3 

Amazon.com – o rei do e-tailing(TURBAN, JR. e POTTER, 2005)

O Empreendedor e pioneiro no e-tailing Jeff Bezos, vislumbrandoo imenso potencial para vendas de varejo pela Internet, selecionou

livros como o produto mais lógico para e-tailing. Em julho de 1995, Bezos iniciou o Amazon.com, oferecendo livros por meio de um ca-

tálogo eletrônico a partir de seu Web site. Os principais recursos

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   E   A   D  -   1   0  -   C   C

   1 .

   1

Internet e aplicações – Unidade 5

oferecidos pela superloja “Amazon.com” foram ampla sele-

ção, preços baixos, busca e pedido fácil, informações úteis sobre o produto e personalização de produtos, sistemas de pagamento segurose atendimento eciente do pedido. Logo cedo, reconhecendo a impor -

tância do atendimento do pedido, a Amazon.com investiu centenas (emilhões de dólares na montagem de depósitos fí  sicos projetados pararemeter pequenos pacotes a centenas de milhares de clientes).

 No decorrer dos anos desde sua fundação, a Amazon.com melhoroucontinuamente seu modelo de negócios, melhorando a experiência docliente. Por exemplo, os clientes podem personalizar suas contas Ama-

 zon e gerenciar pedidos on-line com o recurso de pedido “One-Click”

 patenteado. Esse serviço personalizado inclui uma carteira eletrônica, permitindo que os compradores façam um pedido de maneira segura, sem a necessidade de entrar com seu endereço, número de cartão decrédito, e assim por diante, toda vez que eles comprarem. O One-Click também permite que os clientes vejam Status de pedido e façam mu-

danças nos pedidos que ainda não entraram no processo de envio. Além disso, a Amazon acrescentou serviços e alianças para atrair clientes a fazerem mais com pras, Por exemplo, a empresa agora ofe-

rece bens especializados, como sua loja prossional e técnica. Elatambém está expandindo suas ofertas além de livros. Por exemplo, em

 junho de 2002, ela se tornou revendedor autorizado da Sony Corpo. para vender produtos Sony on-line. Hoje, você pode encontrar quasetodo produto que vende bem na Internet, desde produtos de beleza até

 produtos esportivos e carros. A Amazon possui mais de 500.000 parceiros aliados que enviam

clientes para Amazon.com. A Amazon paga de 3% a 5% de comissão por qualquer venda resultante. Outra extensão de seus serviços, em setembro de 2001 a Amazon assinou um acordo com a Borders Group Inc., oferecendo aos usuários do Amazon a opção de apanhar livros,CDs etc. nas livrarias físicas da Borders. A Amazon.com também está

 se tornando um contratante pela Web para cadeias nacionais comoTarget e Circuit City.

 Em janeiro de 2002, a Amazon.com declarou seu primeiro lucro – para

o quarto trimestre de 2001 – e isso veio acompanhando de um primeirotrimestre lucrativo de 2002. Mesmo assim, seu sucesso nanceiro de

 forma alguma estaria assegurado: a empresa sustentou perdas

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 454 

Microinformática

O e-commerce revolucionou a forma como as pessoas interagemcom a Web (e continua fazendo isso!). Muitas empresas implementam três

modelos básicos de aplicações para e-commerce:Modelo B2C• : neste modelo, as empresas vendem produtos a seusconsumidores através de portais que funcionam como lojas virtuais,com catálogos de produtos, processamento de pedidos (com carrinhosde compras!), sistemas para controle de pagamento com cartão decrédito, boleto etc.

Modelo B2B• : neste modelo, temos a ligação direta entre empresas.

Através de Intranets e Extranets, as empresas trocam informaçõessobre pedidos. Isto também é feito através de EDI (troca eletrônica dedados – Eletronic Data Interchange), Serviços Web ou SOA (arquite-tura orientada a serviços – Service Oriented Architecture).

Modelo C2C• : geralmente associado aos modelos de leilões on-line, comoMercadoLivre (www.mercadolivre.com.br), eBay (www.ebay.com), den-

tre outros. Permite que os consumidores (e as empresas) possam comprar e vender num processo cujo controle é dos consumidores. O portal, geral-mente, oferece ferramentas para auxiliá-los neste processo.

A gura a seguir exibe uma estrutura de e-commerce desenvolvida pela Sun Microsystem e seus parceiros de negócio (O´BRIEN, 2004).Esta organização lógica apresenta:

A infraestrutura da rede de negócios (ou base do e-commerce) é base-•

ada em Internet, intranets e extranets.Os clientes possuem um conjunto de serviços como o catálogo de pro-•dutos do comerciante, informações sobre a empresa, comunicações(como notícias) etc.

operacionais no segundo e terceiro trimestres de 2002,embora elas fossem menores do que as perdas nos mesmos tri-

mestres dos anos anteriores. No quarto trimestre de 2002, a empresanovamente obteve lucro; 2003 foi o primeiro ano com lucro em cada

trimestre. Como todas as empresas, e especialmente todas as empresasde e-tailing, a Amazon.com continuará a caminhar pela tênue linha de

lucratividade pelo futuro previsível.

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   1 .

   1

Internet e aplicações – Unidade 5

Os clientes também devem possuir um conjunto de serviços seguros• para processamento de transações (como a efetivação da compra, o processo de pagamento etc.).Para isso, um dos pontos importantes é a autenticação do cliente, ou seja,•

o cliente precisa possuir credenciais que o identiquem no sistema.

Servidor de

Comunicações

Bancos de dados em

multimídia

Groupware /

Mensagens

 Administração de

documentos

Produtividade na rede

e no escritório

Herança /

Middleware

de rede

 Administraçãode site

Data warehouse /Sistema de apoio à decisão

Banco de dados decontas de clientes

Cadeia de suprimentos eSistemas financeiros

Funcionáriosinternos

Clientes

Parceiros Comerciais

Funcionários Remotos

   M  e  n  s  a  g  e  n  s  s  e  g

  u  r  a  s

   A  u   t  e  n   t   i  c  a  ç   ã  o

Dispositivode Segurança

(Firewall) IntranetInternet

Impulso de Informações

Navegação / Pesquisa

PropagandaServidor do comercianteCatálogoInformaçõesComunidade onlinePublicação

Perfis / Uso e análise

da rede

  F a  t  u r

 a m e n  t o

  P a g a

 m e n  t o

 s e g  u

 r o s

Internet / EDI

   E  x   t  r  a  n  e   t Ferramentas de

criação /Desenvolvimentode aplicações

 Administraçãode conteúdo

A d A p t A d  o d e :   (   o ´  b R I  e n  ,2  0  0 4  )  

Um modelo completo de componentes para um sistema de comércio eletrônico

Os parceiros comerciais contam com a Internet e extranets para troca•de informações e transferência eletrônica de dados (EDI), além deconexão de cadeias de suprimentos, conexões com bases de dados e

sistemas nanceiros.Os funcionários da empresa contam com serviços e recursos dispo-•níveis na intranet da empresa, como ferramentas de colaboração paratroca de mensagens, administração de documentos, ferramentas de produtividade no escritório, dentre outras.Além disso, a empresa conta com ferramentas de software como• bancos de dados de clientes, gerenciadores de cadeias de suprimento,sistemas integrados, sistemas para apoio à decisão, que auxiliam na

 própria gestão da empresa, seus clientes, seus parceiros, enm, emtodo o negócio.

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Microinformática

Veja que esse modelo de e-commerce é muito completo e focadoem diversas tecnologias (algumas das quais já falamos e outras ainda paravermos em nossas unidades).

Quando lidamos com um modelo mais completo de e-commerce, cos-

tumamos deni-lo com e-business, pois vai além da ação de comercialização.

e-commerce – processo de comprar, vender, transferir outrocar produtos, serviços ou informações usando sistemas em rede,

 principalmente a Internet.e-business – é uma denição mais ampla de e-commerce que envolveatendimento aos clientes, colaboração com parceiros, transações ele-

trônicas dentro de uma organização.

Em geral, associamos os sistemas de comércio eletrônico ao casoabaixo:

Servidor de

pagamento

Servidor do

Negociente

na Web

Navegador 

do Cliente

ƒ9HULILFDUQHJRFLDQWHƒ5HFHEHUSHGLGR

ƒ5HFHEHUSDJDPHQWR

ƒ&RQILUPDUSHGLGR

ƒ9HULILFDUFOLHQWHƒ5HH[DPLQDUSDJDPHQWR

ƒ$XWRUL]DURXQHJDU 

pagamento

Cartões de Contas

Crédito

9,6$

Master Card

Pagamento Eletrô-

nico de Conta

CheckFree

BillerXpert

Dinheiro

Eletrônico

Cybergold

Qpass

Bancárias

Cartões de Débito

Online Banking

Compra online

CyberCash

1 ClickCharge

A d A p t A d  o d e :   (   o ´  b R I  e n  ,2  0  0 4  )  

Um modelo mais simples de e-commerce.

Veja que temos o cliente usando seu navegador para acessar o portalde comércio eletrônico (e, assim, o servidor Web da empresa), escolher 

 produtos, adicioná-los em seu carrinho de compras e efetuar o pagamen-to dos mesmos para poder efetivar a operação. O servidor de pagamento pode até ser um servidor de terceiro, contratado pela empresa para geren-ciamento de pagamentos apenas.

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Internet e aplicações – Unidade 5

Novas tecnologias e novos esafios 5.4 Para nalizar nossa discussão e falar sobre as novas tecnologias,

vamos ler o artigo abaixo.

 Ativiae 5.4 

O Google conquista o mundo!(LAUDON e LAUDON, 2007)

Quando podemos dizer que uma marca é um sucesso completo? Talvezquando a marca em si substitui o propósito para o qual é utilizada. Alguns

anos atrás, se você perguntasse a um internauta norte-americano comoencontrar o endereço de um site em particular, ele ou ela provavelmenteo aconselharia a usar uma máquina de busca. Hoje, a resposta seria sim-

 plesmente “Procure no Google”. A ascensão do Google foi rápida e avassaladora. Os fundadores da em-

 presa, Sergey Brin e Larry Page, conheceram-se em 1995, como colegasde faculdade da Universidade Stanford, onde estavam fazendo o douto-

rado em ciência da computação. Eles descobriram um interesse em co-

mum: o desao de ltrar informações relevantes em grandes conjuntos dedados. Sua colaboração resultou em uma máquina de busca, concebidaem seus dormitórios no campus, que eles denominaram BackRub, porque

 produzia resultados de busca com base em links reversos, isto é, links queapontavam para trás (back) para uma página Web particular. A máquinacombina as tecnologias do sistema PageRank, de Larry Page, que avaliaa importância de uma página com base nos links exter nos que apontam

 para ela, e o Web crawler de Sergey Brin, que visita sites e registra umresumo de seu conteúdo. Brin e Page incorporaram seus projetos sob o nome Google em 1998,após levantar 1 milhão de dólares entre amigos, familiares e investido-

res de risco. O primeiro escritório do Google fora dos alojamentos daStanford foi uma garagem em Menlo Park, Califórnia. No m de 1998, oGoogle, que ainda estava na fase de testes beta, recebia 10 mil con sultasde busca por dia. A reputação do Google como uma máquina de busca

eciente se disseminou rapidamente boca a boca e, no primeiro semestrede 1999, o site já estava recebendo 500 mil consultas por dia sem ter feito

nenhuma propaganda.

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Microinformática

 Durante os anos seguintes, o Google continuou a seexpandir e contratar os melhores especialistas em tecnologia da in-

 formação, muitos deles estudantes de pós-graduação do Departamentode Ciência da Computação da Stanford. A AOL/Netscape escolheu o

 premiado serviço para suas pró prias buscas, aumentando a taxa deuso para 3 milhões de buscas por dia. No segundo semestre de 1999, aempresa levou seus 39 funcionários para a nova sede Googleplex, em

 Mountain View, Califórnia. A máquina de busca também saiu ocial -mente do estágio beta. Em 2000, o índice Google incluía 1 bilhão de

 páginas Web. Mas o seu escopo e popularidade estavam apenas engati-nhando.

 Desde a metade de 2005, o Google vasculha um índice com mais de 8

bilhões de páginas Web. Esse índice também inclui 1 bilhão de imagense 1 bilhão de mensagens de grupos de discussão Usenet. Além de buscar 

 páginas Web, os usuários do Google.com podem buscar arquivos PDF, PostScript, de texto, Microsoft Ofce, Lotus, PowerPoint e Shockwave. OGoogle diz ser um dos cinco sites mais populares da Internet, com maisde 80 milhões de usuários únicos por mês e mais de 50% do tráfego vindoatualmente de fora dos Estados Unidos. A empresa emprega mais de 3mil pessoas para cumprir sua missão de “organizar as informações mun-diais e torná-las universalmente acessíveis e úteis”. Para encontrar as

 potenciais fragilidades na abordagem de negócios do Google, é necessárioexaminar primeiro as forças da empresa. Duas fontes principais respondem

 pela maior parte da receita do Google: a publicidade on-line e os serviçosde busca on-line. A Google Search Services possibilita às organizações in-

cluir a máquina de busca Google em suas próprias páginas Web. Trata-sede um contrato simples de licenciamento de tecnologia — algo não muito

original, mas lucrativo, considerando-se que a máquina de busca é tida por muitos como a melhor entre as disponíveis. O lado do Google, que,na verdade, impulsionou seus lucros e seu crescimento fenomenal, éo programa de publicidade. Em uma fração de segundo, a tecnolo-

 gia Google pode avaliar milhões de variáveis sobre seus usuários eanunciantes, cor relacioná-las com milhões de anúncios potenciais eapresentar a mensagem certa para o usuário com mais probabilidadede reagir favoravelmente a ela. Como essa tecnologia torna os anún-

cios mais relevantes, os usuários clicam em anúncios 50% a 100%mais frequentemente no Google do que no Yahoo!, o que garante me-

lhor retorno para os anunciantes. Em 2005, o Google faturou maisde 6 bilhões de dólares com anúncios.

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Internet e aplicações – Unidade 5

 Em 2000, o Google lançou o AdWords, um programa de publi-cidade self-service ao qual os fornecedores aderem on-line usando um

cartão de crédito. Os anunciantes pagam para ter seus anúncios exibidosna barra lateral dos resul tados de buscas por palavras-chave especícas.

 Em 2002, o AdWords Select introduziu o conceito de preço de custo-por-clique(CPC), para que os anunciantes pagassem pelos anúncios apenas quando osusuários efetivamente clicassem sobre eles. O Google determina a exibiçãodos anúncios por meio de uma combinação entre as taxas de CPC e de click-through (número total de diques); assim, os anúncios mais relevantes paraum conjunto de palavras-chave aparecem nas posições mais destacadas. O

 AdWords oferece ampla exposição porque os anúncios direcionados por pala-

vra-chave aparecem por toda a Google Network, o que inclui America Online, Netscape Netcenter, Shopping.com, Ask Jeeves, The New York Times na Web emais de uma dezena de sites com forte presença na Internet.O número de anunciantes ativos do programa AdWords ultrapas-

 sou os 100 mil no início de 2003. No entanto, o programa esteve sob fogo cruzado recentemente, por ser vulnerável a práticas mal- -intencionadas de manipulação. Especicamente, empresas inescrupu-

losas podem usar uma prática conhecida como “fraude do clique” para

aumentar os custos dos anúncios de seus concorrentes. Uma empresa cujoanúncio recebe centenas de diques de fontes que não têm a intenção de

 fazer uma compra pode esgotar seu orçamento de marketing rapidamente, sendo obrigada a suspender qualquer forma de publicidade e cando, as-

 sim, em desvantagem competitiva.O problema cresceu tanto que fez surgir empresas dedicadas a detectar diques fraudulentos. Empresas que vendem a publicidade direcionada por 

 palavra-chave, como o Google e seu concorrente Yahoo!, reconhecem o problema, mas não lhe dão uma resposta objetiva. O Google reembolsa osclientes pelos diques inválidos, além de manter um sistema para detectar 

 fraudes antes que os clientes sejam cobrados. Por questões de segurança,o Google não divulga aos anunciantes detalhes sobre seus métodos anti-

 fraude. A empresa também não quer expor a tecnologia de vigilância emuso, porque isso poderia dar aos infratores uma vantagem a mais. Nemo Google nem o Yahoo! comentam casos especícos de fraude. Ambas

as empresas mostram-se dispostas a trabalhar com detectores de fraudeindependentes, mas ainda são criticadas por sua irresponsabilidade e

ineciência diante do problema.

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Microinformática

 Enquanto os clientes de publicidade estão preocupados comos ataques fraudulentos da concorrência, o Google precisa ocupar-se

com as ofensivas legítimas de seus próprios rivais — e não são poucos. Pequenas e grandes empresas estão em posição de ataque para tirar a su-

 premacia do Google no mercado de máquinas de busca. Liderando a arti-lharia está ninguém menos do que a desenvolvedora de software númeroum do mundo, a Microsoft. A Microsoft tem por hábito abalar e destruir 

 seus concorrentes, explorando o fato de que o seu sistema operacional Mi-crosoft Windows se encontra em 95% dos 6 bilhões de computadores pes-

 soais existentes no mundo. Netscape Navigator, Lotus 1-2-3 e WordPerfect  foram todos derrotados dessa maneira. No entanto, o Google mostrou-se

um adversário tão formidável que Bill Gates, frustrado, está dirigindo pessoalmente as reações estratégicas de sua empresa. Gates viu o Google suplantar a Microsoft como o nome tecnológico do momento, e a ação tec-

nológica do momento, bem debaixo de seu nariz. Houve até mesmo uma signicativa migração de funcionários da Microsoft para o Google. Na maior parte da sua existência, o MSN, o portal Web da Microsoft,terceirizou seus mecanismos de busca. A tecnolo gia de busca nunca foiconsiderada algo lucrativo, até que o Google desenvolveu seu rentável 

 programa de anúncios direcionados, de mãos dadas com sua renomadamáquina de busca. Em 2003, Chris Payne, um funcionário da Microsoft,convenceu Gates a aprovar um projeto de 18 meses e 100 milhões dedólares para desenvolver a própria máquina de busca da Microsoft. O

 MSN Search foi lançado em novembro de 2004, com o auxílio de umacampanha promocional de 150 milhões de dólares. No entanto, nos seis

 primeiros meses, o MSN Search fez apenas um estrago marginal no mer -

cado, respondendo por 13% das solicitações de busca em todo o mundo.Contudo, esses 13% podem crescer facilmente para 25% com a introdu-ção do novo sistema operacional Windows Vista.

 A Microsoft planeja incorporar a tecnologia de busca no Windows Vistae nas futuras versões do Ofce. Para a empresa, esses aperfeiçoamentostornarão antiquada a ideia de ir a uma página Web para fazer uma con-

 sulta e receber centenas de combinações possíveis. Duas outras áreas nasquais a Microsoft pode desbancar o Google são as buscas contextualiza-

das e as buscas na Web oculta. Ao personalizar sua tecnologia de busca,uma máquina de busca pode retor nar resultados que combinem precisa-

mente com o contexto da consulta do usuário.

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Internet e aplicações – Unidade 5

O Google lançou uma ferramenta de busca personalizada queleva em conta as buscas anteriores do usuário ao retornar os resulta-

dos. O efeito cumulativo se traduz em resultados mais relevantes.O conceito de Web oculta refere-se à imensa quantidade de documentos e

dados que existem nos servidores do mundo todo, mas não estão disponí -veis para o público em geral e não podem ser indexados pelas máquinasde busca. Alguns desses dados têm direitos autorais protegidos, enquan-

to outros estão simplesmente armazenados muitas camadas abaixo da superfície dos bancos de dados, emer  gindo apenas quando solicitadosespecicamente por meio de um formulário de site. Estima-se que a Weboculta seja 500 vezes maior que a Web visível. Como Gates dispõe de ca-

 pital para comprar os direitos do material protegido e sua empresa possui formidáveis softwares de gestão de direitos digitais, a Microsoft é vistacomo uma boa candidata a se tornar uma porta de acesso à Web oculta.Uma máquina de busca desenvolvida pela Dipsie, empresa com sede emChicago, alega poder rastrear uma grande parcela dos 99% da Web que amaior parte das máquinas de busca não consegue acessar.

 A lista de candidatos ao trono do Google também inclui pequenas empresascomo Teoma e Mooter. O Teoma, que pertence ao Ask Jeeves, não classica

os sites com base no número de links que apontam para eles. Em vez disso,analisa as comunidades que se desenvolvem espontaneamente em torno deum assunto particular na Web; depois, baseia suas classicações no núme-

ro de páginas sobre o mesmo assunto que apontam para determinado site.O Teoma acre dita que essa técnica torna os resultados mais abalizados,enquanto os do Google seriam mais propriamente uma dis puta de popula-

ridade. O Teoma — ‘especialista’, em gaélico — foi criado por cientistas da

computação da Universidade Rutgers, liderados por Apóstolos Gerasoulis. A Mooter, uma start-up australiana fundada por Liesl Capper, usa princí - pios de psicologia, softwares e tecnologia de rede neural (veja o Capítulo10) para tornar as buscas na Web mais pessoais. Capper e seus sócios,

 Jondarr Gibb e John Zakos, criaram um algoritmo classicador queaprende com as escolhas que um usuário faz ao trabalhar com os resulta-

dos de busca. Primeiro os resultados são exibidos em grupos, de maneiraque o usuário possa imediatamente afunilar a busca até sua categoria de

interesse. O Mooter se lembra de quais grupos o usuário escolheu e, então,ajusta os resultados futuros para que obedeçam ao padrão de interesse.

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Microinformática

 A Microsoft difere desses empreendimentos menores na medi-da em que sua batalha pela participação de mercado do Google vai

além das máquinas de busca. Para a Microsoft, o Google deixou de ser uma empresa de tecnologia de busca e é, hoje, uma empresa de software

capaz de ameaçar os mercados dominados por ela, como o de sistemasoperacionais e produtividade pessoal. No passado, a Microsoft driblou aconcorrência xando preços de maneira estratégica e melhorando seus pro-

dutos; além disso, vinculava seus produtos de tal maneira que eles se torna-

vam os mais convenientes de usar. A integração do navegador Web Internet  Explorer ao sistema operacional Windows, por exemplo, signicou o mda Netscape. Talvez não seja tão fácil para a Microsoft fazer o mesmo com

o Google. Outros fabricantes de software tiveram de conar no Windowscomo a plataforma sobre a qual rodam seus produtos. O Google está distri-buindo seus programas baseados em Linux gratuitamente, pela Internet.O Google está sempre buscando novas maneiras de crescer. Seu programa

 AdSense vasculha páginas Web em busca de palavras-alvo e exibe anún-

cios apropriados, permitindo que os operadores do site lucrem com ele. Aempresa também lançou a barra de ferramentas Google, com a qual o in-

ternauta pode usar o índice Google sem ter de visitar a home-page. A bar -

ra de ferramentas também oferece uma das mais antigas proteções contraanúncios pop-up. O índice de busca por imagens do Google foi lançado em2001 com 250 milhões de imagens arquivadas (agora são mais de l bilhão).

 Em 2002, nascia o Google Labs, permitindo que os usuários mais curiosostestassem as novas iniciativas da empresa on-line, enquanto elas ainda esta-

vam em desenvol vimento. Ainda naquele ano, apareceu o Google News, que se tornou o primeiro serviço de notícias da Internet compilado totalmente

 por algoritmos computacionais. Em seguida veio o Google News Alerts,que permite aos assinantes receber alertas personalizados de notícias por e- -mail.

 Em abril de 2004, o Google anunciou o Gmail, um ser viço de e-mail baseado na Web, que oferece um gigabyte de armazenagem on-line gra-

tuita, um espaço sem precedentes na época. Graças a uma campanhade marketing virai, o Gmail se tornou uma cobiçada commodity. En-

quanto o ser viço estava em versão beta, a única maneira de obter uma

conta Gmail era receber um convite de alguém que já fosse usuário.O Google voltou à boca do povo no m de 2004, quando lançou o Google

 Desktop Search, um programa que podia ser baixado e era capaz de

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Internet e aplicações – Unidade 5

buscar arquivos pessoais no computador, incluindo e-mails,arquivos de produtividade, históricos de navegação e mensagens ins-

tantâneas. Esse lançamento foi uma afronta particular à Microsoft, quedemorou dois meses para oferecer uma ferramenta parecida. Entre outros

 serviços populares que o Google lançou estão o Froogle, um localizador de produtos de consumo, e o Google Maps, que inclui mapeamento dinâ-

mico on-line e fotos de satélite para endereços que podem ser buscados.O Google também adquiriu e melhorou o software de gerenciamento de

 fotos digitais Picasa, que pode ser baixado gratuitamente, e introduziu um serviço de comunicação por voz e mensa gens instantâneas gratuito paracomputadores pessoais, o Google Talk.

 Nem todos os produtos Google foram recebidos com entu siasmo unânime.O Gmail, por exemplo, atraiu a ira dos defensores da privacidade, porqueusa a mesma tecnologia do AdSense para exibir anúncios ao lado dasmensagens. A seleção de anúncios se baseia no texto real das mensagens,o que signica que todas as mensagens do Gmail são lidas por um escâner automatizado. Em 2005, o Google irritou alguns membros da indústriade entretenimento ao arquivar fotos de programas televisivos para testar 

 seu novo serviço de busca Google Vídeo. Segundo executivos do ramo de

entretenimento, o Google havia sido desrespeitoso por não pedir licença para usar materiais protegidos por direitos autorais. A empresa enfrentoucríticas similares quando pensou em digi-talizar o conteúdo de milhõesde livros. Foi ainda processada por uma agência de notícias francesa por 

 possíveis violações de direitos autorais no Google News.Os planos de iniciar um serviço de pagamento eletrônico on-line indicamque a próxima meta do Google é tornar-se um grande comerciante de

mídia. Permitir que os usuários busquem e depois reproduzam programasde TV, eventos esportivos, clipes e vídeos musicais pode requerer estraté- gias de negócio que a empresa ainda não teve de empregar ao lidar cominformações gratuitas. O Yahoo! e a Microsoft já acumulam anos de ex-

 periência na negociação com provedores de conteúdo, que se preocupam particularmente com a pirataria na era digital. Eric Schmidt, o CEO doGoogle, diz que a busca de vídeo e seus respectivos direitos “serão a prin-

cipal preocupação do Google durante anos”. Nesse meio tempo, a em-

 presa continuará a inovar em seu negócio central. Schmidt estima que oGoogle levará 300 anos para organizar todas as informações do mundo.

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Microinformática

Reflexão sobre a niae 5  5.5  Nós vimos, nesta unidade, conceitos importantes sobre o funcio-

namento da Internet e da Web. Também falamos sobre o e-business e ocomércio eletrônico como principais serviços hoje na Internet.

A Web é o serviço mais popular funcionando sobre a infraestruturada Internet. Será que você consegue imaginar qual será o próximo passona evolução da Internet agora? E os próximos passos?

 Leituras RecomenaasLivro: Sistemas de Informação e as decisões gerenciais na era da

Internet, de O´Brien. Livro também abrangente, com diversos temas rela-

cionados à TI. Para mais informações, veja as Referências.

Para encerrarmos nossa discussão, vamos responder a algumas per-guntas sobre nossa unidade 5.

Questão de Encerramento 5.1Por que podemos dizer que a Internet (e toda sua infraestrutura) fa-

cilita a comunicação e o comércio?

Questão de Encerramento 5.2Quais são os principais tipos de comércio eletrônico?

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Internet e aplicações – Unidade 5

Questão de Encerramento 5.3Qual a diferença entre Internet e Web? Explique com exemplos.

Questão de Encerramento 5.4O que é o HTML? Por que ele é importante na implantação de servi-ços que usem a Internet como infraestrutura?

Questão de Encerramento 5.5O que você pode dizer sobre a Web 2.0? E sobre a Web 3.0? Já ou-

viu falar? Faça uma denição delas e, após isto, conclua o que é a Web 1.0

(faça pesquisas e apresente suas fontes).

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Microinformática

Referências

CAPRON, H. L. e JOHNSON, J. A. Introdução à Informática. SãoPaulo: Pearson Prentice Hall. 2004.

LAUDON, K. C.; LAUDON, J. P. Sistemas de Informação Geren-ciais. São Paulo: Prentice Hall. 2007.

O´BRIEN, J. A. Sistemas de Informação e as decisões gerenciais naera da Internet. São Paulo: Editora Saraiva. 2004.

TURBAN, E.; JR., R. K. R.; POTTER, R. E. Administração de Tec-nologia da Informação. Teoria e prática. Rio de Janeiro, RJ: Campus.2005.

Na próxima uniae  Na próxima unidade, falaremos sobre bancos de dados. Veremos

como os dados são organizados, como os Sistemas Gerenciadores de Ban-cos de Dados oferecem recursos para administração dos dados numa em-

 presa. Além disso, falaremos sobre métodos e técnicas para descoberta deinformações importantes em bases de dados que podem subsidiar decisõesimportantes!

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Microinformática

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Minhas anotações: 

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Minhas anotações: 

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Introdução à Tecnologia de Informação – Unidade 1

Minhas anotações: