livro hospital cap 1, 2

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Geral

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O Hospital o

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O Hospital, 2 Classificaes e Tipos, 2 Estatstica de Sade, 3 Unidade Ambulatorial, 4 Unidade de Internao ou Unidade do Paciente, 5 Apoio ao Diagnstico e Terapia, 6 Apoio Tcnico, 8 Apoio Logstico, 9 Unidade de Conforto e Higiene, 10 Consideraes Gerais, 11 Nelson Mozachi Virgnia Helena Soares de Souza Carolina Milius Guarneri Charles London

Geral* O Hospihil

O Hospital

at instituies aparentemente lucrativas que, utilizando os mais diversos artifcios, adquirem a natureza jurdica de filantrpicas". No Brasil, o setor hospitalar filantrpico/beneficente , atualmente, responsvel por cerca de 1/3 do parque hospitalar existente no pas. So 1.917 unidades com, aproximadamente, 132 mil leitos, a maioria prestadores de servios do Sistema nico de Sade (SUS), conforme dados da pesquisa sobre Assistncia Mdico-Sanitria. Esta enorme rede, espalhada por todo o territrio nacional, apresenta uma grande heterogeneidade nas suas estruturas gerenciais, tecnolgicas, perfis e prticas assistenciais e, naturalmente, quanto clientela. Cumpre desde funes bsicas e isoladas em termos de vinculao a redes de servios, particularmente no interior do pas, at prticas mdicas de ltima gerao e elevado grau de complexidade, sobretudo nos grandes centros urbanos, sendo alguns estabelecimentos referncias tecnolgicas e assistenciais para a sade no Brasil. Dos hospitais filantrpicos, 40% possuem menos de 50 leitos, 73% menos de 100 leitos e somente 3,25% possuem mais de 300 leitos, concentrando-se nas regies Sudeste (49,15%) e Sul (25,11%). Os filantrpicos, em sua grande maioria (80% dos hospitais e 67% dos leitos), esto localizados no interior do pas.

' Mn liuspilal OIKIIIIH s do latim hospitiu, que quei ili/oi "local cindi; s hospoihin possuiu PUI referncia a estabelecimentos fundados pelo clero, a partir do sculo IV d.C, cuja finalidade on piovni cuidados a doentes e oferecer abrigo a viajantes peregrinos. Hospital um estabelecimento prprio para internao e tratamento de doentes ou deferido:.. i|ur deve agir com hospitalidade e benevolncia (HOUAISS, 2004]. Segundo o Ministrio da Sade (MS), hospital definido como "estabelecimento de sade dos tinado a prestar assistncia sanitria em regime de internao a uma determinada clientela, ou de no internao, no caso de ambulatrios e outros servios". Os Hospitais ou Estabelecimentos Assistenciais de Sade (EAS), de acordo com a natureza da Unidade, podem ser divididos ou classificados de vrias maneiras.

*

Classificaes e Tipos EspecialidadesDe acordo com as especialidades existentes, o hospital pode ser classificado como:

Estatstica de Sade

Geral Destinado a prestar assistncia nas quatro especialidades mdicas bsicas - clnica-mdica, clnicacirrgica, clnica gineco-obsttrica e clnica peditrica.

EspecializadoCom assistncia em especialidades como maternidade, neurocirurgia, etc.

Nmero de LeitosDe acordo com seu nmero de leitos, o hospital pode ser classificado em porte: Pequeno - at 50 leitos. Mdio - de 51 a 150 leitos. Grande-de 151 a 500 leitos. Porte especial para os acima de 500 leitos.

Hospitais Universitrios TOTAL Filantrpicos Hospitais Privados Lucrativos TOTAL

1.6933.495

1.802 5.861

ResolutibilidadeHospital secundrio - Geral ou especializado, com assistncia nas especialidades mdicas bsicas. Geralmente, oferece alto grau de resoluo de problemas de sade de seus pacientes no prprio hospital. Hospital terc/rio - Especializado ou com especialidades. Destina-se ao atendimento tambm em outras reas mdicas alm das especialidades bsicas.Federal Leitos de Hospitais Pblicos Estadual Municipal Leitos de Hospitais Universitrios TOTAL Filantrpicos Leitos de Hospitais Privados Lucrativos TOTAL Leitos UTI Leitos Cirrgicos Leitos Psiquiatria Leitos Reabilitao Leitos Hospital Dia TOTAL DATASUS-2003 - site FBH - Federao Brasileira de Hospitais - Estatsticas do Setor de Sade.

PropriedadeHospital Pblico - Aquele que integra o patrimnio da Unio, Estados, Distrito Federal e municpios; autarquias, fundaes institudas pelo poder pblico, empresas pblicas e sociedade de economia mista (pessoas jurdicas de direito privado). Hospital Privado ou Particular - Integra o patrimnio de uma pessoa natural ou jurdica de direito privado, no-instituda pelo Poder Pblico. No Brasil (MS), na rea hospitalar, 80% dos estabelecimentos que prestam servios ao Sistema nico de Sade (SUS) so privados e 75% da ateno ambulatorial prestada pela rede de hospitais pblicos.

Beneficncia e FilantropiaOs hospitais privados podem ser ou no beneficentes - estes, mantidos com contribuies e doaes particulares, para prestao de servios a seus associados (revertidos na manuteno e desenvolvimento de seus objetivos sociais); podem prestar servios a terceiros (SUS, convnios, etc.). O hospital filantrpico presta servios para a populao carente, por intermdio do SUS, respeitando a legislao em vigor. Sob a denominao de filantrpico, a pesquisa BNDES (Hospitais Filantrpicos no Brasil, Srie BNDES Social, volume 1 - Objetivos) diz "encontrou-se um conjunto de instituies que compreende desde as tradiconais Santas Casas de Misericrdia, bero da rede hospitalar brasileira,

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Consideraes GeraisPara que o paciente receba todos os cuidados de que necessita durante sua internai,:.ii> lu>ti|nhil n deve haver no s o envolvimento de diversos servios integrados, mas tambm equipes do pi i il r . .nu i. n-. competentes - Corpo Clnico, Equipe de Enfermagem, Servio de Nutrio e Diettica, etc. O ambiente hospitalar considerado um local de trabalho insalubre onde pacientes e profissioiiiis esto expostos a agresses de diversas naturezas: agentes fsicos Cradiaes de Raio X e radioalivos), agentes qumicos [medicamentos e solues) e agentes biolgicos (microrganismos).

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O Hospital

1 1H

Sala de Triagem Local destinado ao atendimento, seleo e encaminhamento do paciente, segundo a gravidade e patologia. Dotada de lavatrio. Sala de Higienizao Ambiente dotado de chuveiro e lavatrio, destinado a higienizar os pacientes, se necessrio. Sala de Gesso Local dotado de pia com cuba profunda, destinada imobilizao com gesso ou similares. Sala de Reanimao Ambiente destinado assistncia imediata de pacientes graves. Dever possuir as seguintes instalaes: pias equipadas para lavagem das mos, posto de enfermagem e armrio para materiais e equipamentos estreis, fluxmetros de oxignio e de ar comprimido, vacumetros, (preferencialmente 2 bicos de cada, na parede, ligeiramente acima da cabeceira da maca ou leito de reanimao), equipamento de proteo individual - EPI, equipamentos de monitoragem cardaca, oximetria, capnografia e de reanimao ventilatria (AMBU, mscara de Hudson ou reanimador manual Muller, cateteres de oxignioterapia, mscara de ventilao mecnica no-invasiva, respiradores para ventilao mecnica invasiva, equipamentos de intubao (cnulas, laringoscpio, etc.), material cirrgico de interveno de emergncia (drenagem torcica, traqueostomia/cricostomia, puno abdominal), Raio X porttil, SNG, frascos de drenagem, sondas vesicais e de aspirao traqueal, cateteres de acesso venoso central e perifrico, soros e drogas (vide parada cardiorrespiratria e choques, respectivamente pginas 278, 262).

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Unidade Ambulatorial Ambulatrio

a unidade do EAS destinada a atender a populao da rea de abrangncia, na modalidade de consulta mdica geral ou especializada, fonoaudiologia, psicologia, etc., com critrio de promoo, preveno , recuperao e reabilitao de forma programada. O acesso ao ambulatrio dever ser facilitado ao pblico de maneira que no interfira no movimento interno do estabelecimento.

Sala de Aerossol / NebulizaoAmbiente destinado utilizao de aparelhos para veiculao de medicamentos via inalatria. Provido de pia e bancada. A desinfeco das mscaras aps o uso dever ser realizada com gua, sabo e imerso em hipoclorito de sdio conforme protocolo.

Sala de Reidratao OralSala dotada de pia, bancada e sanitrio anexo. A reidratao intravenosa dever ser realizada em leitos de observao. Sala de Curativos Este ambiente destinado a procedimentos contaminados. Provido de pia e bancada. Os procedimentos asspticos s podero ser realizados neste ambiente, aps desinfeco da mesma. Sala de Aplicao de Medicamentos Ambiente destinado aplicao de injees ou outros medicamentos. Provida de pia e bancada. Consultrios Os consultrios de ginecologia-obstetrcia, proctologia e urologia devero possuir banheiro anexo, alm de lavatrio ao lado da mesa de exames.

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Centro Cirrgico AmbulatorialUnidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirrgicas que no demandam internao dos pacientes. As reas que compem o centro cirrgico ambulatria! so as mesmas do centro cirrgico. Unidade de Urgncia e Emergncia Unidade destinada assistncia de pacientes com ou sem risco de vida, cujos agravos sade necessitam de pronto atendimento. A unidade dever dispor de rea externa para desembarque de ambulncia.

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Sala de SuturaAmbiente dotado de pia e bancada, destinada a realizar suturas em tecidos com perda de soluo de continuidade ou atividades afins.

Salas de Observao/Leito de ObservaoLeito destinado a acomodar os pacientes que necessitem ficar sob superviso mdica e/ou de enfermagem para fins de diagnstico ou teraputico durante um perodo inferior a 24 horas.

Salas coletivas de observao peditrica e adulto masculino e femininoAmbiente dotado de lavatrio, para uso exclusivo do profissional de sade, com nmero mximo de 6 (seis) leitos e banheiro anexo. Neste ambiente, dever existir anteparos (biombos) para promover a individualizao de leitos, caso necessrio. As salas de observao devero estar separadas por faixa etria e sexo.

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Unidades de Internao ou Unidades do Pacienterea destinada a promover internao de pacientes adultos e infantis em ambientes individuais

(apartamentos) e/ou coletivas (enfermarias) conforme faixa etria, patologia, sexo e intensidade de cuidados. Esta unidade o espao fsico hospitalar onde o paciente permanecer a maior parte do tempo durante seu perodo de internao. Composta basicamente de cama, mesa de cabeceira, cadeira, mesa de refeies e escadinha. H variao quando se trata de Unidades Especiais de Internao. Qualquer das unidades deve ter espaos adequados, com bom estado de conservao da estrutura fsica, pois influenciam sobre o estado emocional e o humor das pessoas. Decorao atraente, cores agradveis de paredes e tetos, iluminao adequada, ambiente arejado, calmo e silencioso, para proporcionar maior aconchego s pessoas, especialmente quando doentes.

UrgnciaOcorrncia imprevista de agravo sade sem risco potencial de vida, cujo portador necessite de assistncia mdica imediata.

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EmergnciaConstatao mdica de condies de agravo sade que impliquem em risco iminente do vi