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MÚSICA COM ARTE PARA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA Colégio Estadual Professor Fernando Antônio Raja Gabaglia 2012

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Projeto para registro de produção textual dos alunos do Colégio Estadual Professor Fernando Antônio Raja Gabaglia, em Campo Grande, RJ.

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MÚSICA COM ARTE PARA CONSTRUÇÃO

DA CIDADANIA

Colégio Estadual Professor Fernando Antônio Raja Gabaglia

2012

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Ficha Técnica

Direção: Profª. Lúcia SaurinaProfª. Alcimere Ferreira de SouzaProfª. Ana Beatris BayerProfª. Vilma Fátima Caetano DominguesCoordenação do Projeto: Profª. Mônica Alvarenga

Professores participantes:Profª. Janice Cabral da Cruz de Almeida ( Língua Portuguesa)Profª. Josilanda da Silva Cavalcante (Coord. Pedagógica)Profª. Márcia Guedes Vaz da Silva (Língua Portuguesa)Profª. Marinete da Silva de Alburquerque (Língua Portuguesa)Profª. Ofélia Ferraz (Sociologia )

Diagramação e Edição: Profª. Mônica Alvarenga

Homenagem especial: Luiz Gonzaga

Apoio Gráfico: Gráfica Brunner - Tel: 2415-0160.

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MISSÃO

Nossa escola tem por missão garantir o acesso e a permanência – com sucesso – dos alunos, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e autônomos preparados para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

VISÃONossa escola será de excelência pela qualidade de ensino que

ministramos, pelo respeito e valorização dos alunos, pais, colaboradores e comunidade em geral.

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PROjETO POlíTICO-PEDAGóGICO

No mês de novembro de 2011, a escola reuniu os diferentes componentes curriculares e fez uma avaliação dos trabalhos realizados naquele ano letivo. Ao mesmo tempo, projetou-se para o ano de 2012, escolhendo, por votação, o tema do PPP/2012: “Música com arte para construção da cidadania”.

A arte, a linguagem e o conhecimento geral são frutos da ação humana sobre o mundo, sobre a realidade. Ao mesmo tempo em que criamos, agem sobre nós, identificamo-nos de muitas maneiras, dependentes do tempo histórico e dos grupos sociais em que nascemos. Estabelecemos novas realidades, novas formas de inserção no mundo e de visão deste mundo, quando, como autores e atores, dançamos, pintamos, tocamos instrumentos, entre muitas possibilidades, elaborando e reconhecendo de modo sensível nosso pertencimento ao mundo.

A chamada natureza humana não existe de modo independente da cultura, o homem, diferente dos animais, não é capaz de organizar sua experiência sem a orientação de sistemas simbólicos. Os símbolos não são simples expressões e instrumentos da natureza humana, são historicamente constituídos da natureza das pessoas de diferentes maneiras.

Há situações culturais, de formas devidas, objetos e prazeres que são peculiares a determinados grupos e sociedades e não podem ser desprezados, sob o risco de serem descaracterizados cultural e politicamente, despersonalizados, pelo valor humano essencial que possuem para aquelas pessoas que tem suas vidas por eles marcadas. Na educação, considerando os objetivos de alargar e aprofundar o conhecimento do ser humano, possibilitando-lhe maior compreensão da realidade e maior participação social, não podemos prescindir de

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trabalhar com arte e a música.

Daí a necessidade de levar jovens e adolescentes a participarem de exposições de vários tipos, assistirem filmes, dançarem, ouvirem músicas de diferentes compositores, entre muitas e outras atividades. Hoje, por meio de novas tecnologias e mesmo a televisão, este trabalho está facilitado. Consideramos, portanto, que o tema gerador “Música com Arte para construção da Cidadania”, tem fundamental importância na construção das práticas pedagógicas a serem desenvolvidas na Escola, partindo do princípio de que o aluno é o agente principal desse processo.

ATIVIDADES PEDAGÓGICAS 20121. Combate ao Racismo2. Semana da Saúde3. Semana de Formação Profissional4. Jornal Rajada de Notícias5. Livros de Produções textuais com alunos6. Semana de Sociologia7. Chá Literário8. Festa Cultural9. Coral Raja Music

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Homenagem Especial

No ano em que Luiz Gonzaga completaria 100 anos, o Colégio Estadual Prof. F. A. Raja Gabaglia

homenageia o Rei do Baião.

Salve mestre lua, Salve o Rei do Baião!Os deuses da música escolheram Exu naqueles 13 de dezembro

de 1912. Januário e Santana, pais de Lua, não imaginaram que o menino se tornaria o “Pai do Brasil” e “Gênio do Sertão”. Lua tanto fez e tanto cantou que não se sabe quem veio primeiro: Gonzaga ou o Nordeste!

Seu Lua é feito balanço de rede, ciranda, banho de rio, Quermesse, novena, Asa Branca, Assum Preto, água de cacimba e légua tirana.

Lua é o Brasil entranhado nas suas raízes, voz da seca, lamento de dor e florada no pé de serra.

Luiz Gonzaga é um desses eleitos do Deus Maior, “abençoado pelas musas de pés rachados e cheiro de fulô, que transformou um país em canção”. É retrato da nossa terra!

Foi menino de pé no chão, que se transformou em rei. Rei da alegria, do Nordeste e do Brasil.

Texto de Danielle Rocha, professora de História

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O que sou?Philippe Lima – T. 1008 - Profª Janice

Em comprei um tênis maneiroMas eu sou meio caloteiroE se a oportunidade pintarÉ lógico que eu não vou pagar.

As pessoas acham que caloteiro é maloqueiroMas eu acho que nãoPois eu “roubo com dignidade”E não sou nenhum político ladrão.

Eu faço o que é digno de um vagabundoSaio por aí dando calote em todo mundo.

Parcelo em mil prestaçõesE tenho a cara de pau de não pagar.Você pode até achar que sou bandidoMas isso não é rouboÉ apenas um calote bem sucedido.

Se meu caso for pra polícia eu vou ser presoPois até pro delegado já mostrei meu jeito.Caloteiro pode ser qualquer umBasta ter o dom do 171.

Um coisa muito incerta é o que sou.Sou eu um caloteiro?Sou eu um maloqueiro?Só sei que sou mais um cara sem dinheiro.

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O trem

Philippe Lima – T. 1008 - Profª Janice

Pegar trem às seis da manhã é muito difícilTem mais gente louca na estação do que no hospício.

Na hora de entrar e de sair, é sempre um “empurra” “empurra”Por isso tem que ter cuidadoPode rolar dedo na bunda.

Quem fica em pé é sempre bolinadoQuem entra solteiro pode até sair casado.

Pra sentar, não pode dar bobeiraTem que ficar sempre atentoParece até dança das cadeiras.

Quem fica sentado sempre tira um cochiloMas tem que ter cuidadoPode ter algum bandido.

E os camelôs, sempre nesse vai e vemVendendo com dignidadeSeu produtos dentro do trem.

O balanço do trem pode até deixar você enjoadoMas se você não segurar o vômitoVocê vai ser espancado.

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Quem disse que “dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar”

estava errado,Pois a teoria do trem diz o contrário.

Na hora de sair ainda me sinto angustiadoPor que quando corro para portaSinto-me segurado.Mas quando eu saio é só alegriaPois saí daquela angústia

Que eu ando quase todo dia.

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O que me falta

Maíra Evangelista – T. 3002 Profª. Marinete da Silva de Albuquerque

O que me falta agoraÉ difícil explicarAlgo que aperta por dentroUma dor que não quer passar.

Esse sentimento que não cabe mais no peitoescorre pelos meus olhose me deixa insatisfeito.

Por que é tão intensome corrói o coraçãoadentra em minh´almae não é uma ilusão.

O adeus do meu amorO lugar que desapareceuA infância que passouEsse alguém que já morreu.

Já não sei comocontornar essa situaçãomas vou vivendo assimfaltando algo no coração.

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No meu quarto tem estrelasMelissa da Fraga Carreiro – T. 1005 - Profª Márcia Guedes

No meu quarto tem estrelasNas estrelas eu viajoOnde músicas eu cantoOnde valsa eu danço

Neste céu tem mais estrelasOnde eu vivo o brilharO meu quarto iluminaSem saber onde pisar

Em ficar sozinha, à noiteMais emoção vivo láNo meu quarto tem estrelasOnde eu vivo a brilhar

O meu quarto iluminaQue tais coisas encontro láEm ficar sozinhaMais emoção vivo lá

Eu viajo em amoresSem que haja horroresQue coisas irreais vivo láTendo sonhos tão loucosSem saber onde pisar

No meu quarto vivo euTendo sonhos a realizar

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Asas da alma

Rafaela Araújo – T. 3007

Asas para voar, um sonho a alcançarO coração a bater, feliz até a dançar...Sem medo de cair e se machucar.Enfim, a tentar, ser feliz ou só arriscarQuem nunca sonhou em um sonho impossível alcançar.

Asas para voar, e o mundo inteiro a enfrentar.Pra ser feliz de verdade é preciso por experiências ruins passar.Seguir em frente, sem pararMesmo com o coração em pedaços a chorarE sempre com a esperança de que um diaTudo irá melhorar.

Asas para voar, um dia eu vou, ah, eu vou voar...Deixar tudo de lado e só em sua direção voar.Você é a minha luz e o meu maior motivo de brilhar.E por você eu vou tudo enfrentar.Deixarei meu orgulho de lado, o meu coração a ti entregareiPois você é meu motivo de viver, de existire de respirar.

Asas para voar, largo toda a aventura, toda a adrenalinasó para te amar, só para te vivere só para ti.

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Somente em sua direção eu quero voar...Pois você me deu tudoMe deu forças para lutar, me ensinou a caminhare me mostrou o que é amar.E, além de tudo isso, me deu asas para voar.

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Amor – Contos ou realidades

Emanuele Fernandes da Silva - T. 1012

Amores a gente sempre tem, mas aquela pessoa que conhecemos há muito tempo e percebemos que estamos sentindo algo diferente. É um sentimento que ressurge dentro do nosso coração, quando começamos a ter olhares para essa pessoa, procurando e apreciando seus modos, seus valores, seus ideais.

E aí, a cada batida que seu coração faz, sai um som diferente e mais nítido, dizendo “EU TE AMO”. O meu coração acelera. Fico ofegante e sem fala, mas tudo isso é sinal de que te quero mais que tudo.

O amor é algo inexplicável, sem erros e acertos você se entrega inteiramente ao amor sem pensar nas consequências como dizem: “O amor é cego”. Se não fosse, não adiantaria nada. Como viver sem amar?

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Férias de inverno

Alex Pereira Soares - T. 2009

Chegaram as férias de invernoEstação boa para um ternoPara ir na casa do Verno.

Chegaram as férias do frioestação de festas para o Kikoque mora num ninho.

Chegaram as férias do casacoque nos protege de congeladoUma armadura de lã, quer parecer fã.

Chegaram as férias do doenteCom uma garganta arranhada correnteRespira-se fogo nesse nariz ardente.

Chega enfim a salvaçãoCom nascer de lindas flores, cor de verãoUma linda primavera, iluminada pelo sol.

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O tempo acabou

Stephanie Caroline S. Silva – T. 1002Profª. Marinete da Silva de Albuquerque

O tempo em que tudo eram flores, em que eu não tinha com o que me preocupar, a não ser com a hora de começar a brincar, o tempo em que não havia responsabilidade alguma e que o único motivo de minhas lágrimas era um joelho ralado ou um brinquedo quebrado, acabou.

Antes, eu passava o tempo planejando minhas brincadeiras do dia, mas, esse tempo acabou. Hoje, planejo meu futuro, minha vida profissional.

O tempo da boneca, da bola, do carrinho e de brincadeiras de pega-pega com os colegas se foi. O tempo da infância acabou.

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O tempo acabou

Jorge Vinícius – T. 1003Prof. Marinete da Silva de Albuquerque

O tempo... Ah, o tempo, o tempo é uma coisa crucial para o dia a dia. Algumas pessoas dizem “Eu não tenho tempo”, outrosdizem “Tenho tempo de sobra”. Mas todos temos o mesmo tempo e todos nós não podemos desperdiçar esse fenômeno tão importante que é o tempo. Afinal, o tempo não para, não avança, não volta. O tempo só corre. Por isso, temos que aproveitar o máximo nosso cronômetro da vida, que faz a contagem regressiva. Até quando você vai ter tempo? Tempo de mudar, tempo de crescer, tempo pro tempo.

Quando pensamos no tempo, pensamos em tic, tac, tic, tac... É esse tic, tac sem parar que define que o nosso tempo está acabando. O que podemos pensar é: até quando o tempo vai correr? Até quando vamos ter tempo? Até quando vamos desperdiçar tempo?

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O tempo acabou

Flávia L. da Silva – T. 1002Prof. Marinete da Silva de Albuquerque

Acabou o tempo em que as crianças brincavam até os onze anos sem nenhuma maldade, que as meninas brincavam de casinha e os meninos, de bonecos.

Hoje em dia, as crianças só querem saber de brinquedos caros e tecnológicos. Acabou também o tempo em que as crianças corriam atrás de doces, de manhã até a tarde, de brincar na chuva, de correr descalço.

Foi-se o tempo em que as crianças tinham entusiasmo pra estudar e tinham paciência com seus pais e que respeitavam os mais velhos, que os ajudavam a atravessar a rua, davam-lhe preferência nos lugares e que os ouviam com paciência.

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A primeira vezJulia Cezário, Thays Ferreira, Rayane Dias e Bianca Gomes – T. 1003Prof. Marinete da Silva de Albuquerque

Minha primeira vez,Beijos, abraços e caríciaAmor, carinho e malíciaMinha primeira vez,Ele estava seguro e calmoEu estava insegura e nervosaFiquei com medo de ser fraca e infantilEle me passou confiança e me fez sentir adultaEu lhe perguntava se existia amor e paixãoEle dizia que, se não existisse, não teria razão.Éramos só um corpo e um coração,e nada de ficção, e nada de ilusão.Me senti única, me sentia o carro dele.O carro que ele manuseava, cuidava e que dirigia.A imaginação e a fantasia estavam além.Não desejava nunca dizer amém.

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O mundo teria perdido se você não tivesse nascido?

Deborah Mariano – T. 1021 – Prof. Leandro

Boa pergunta para fazer a si mesmo. Neste caso, “o que o mundo teria perdido se eu não tivesse nascido?”

Refleti por alguns minutos e tive a cruel sensação de que não tenho feito muita diferença. Tentei procurar nos espaços preenchidos da minha mente uma resposta adequada, mas apenas o vazio ecoou.

Neste momento, percebi o quão sábias eram as palavras da cantora Pitty em uma de suas canções, na qual diz: “não deixe nada para depois. Não deixe o tempo passar. Não deixe nada para a semana que vem, porquea semana que vem pode nem chegar”. Concluindo, que a cada nascer do sol, nós tenhamos uma nova oportunidade de fazer a vida valer a pena, de batalhar para realizar as nossas metas, de dar apoio ao nosso próximo, de nos tornarmos pessoas especiais e de fazer a diferença, não somente em nossas vidas, mas também na de alguém.

Sendo assim, o Mundo teria perdido muita coisa, pois eu ainda tenho muito pela frente.

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Não desistaDeborah Mariano – T. 1021 – Prof. Leandro

Mesmo quando pequenos, apreciamos cada coisa que aprendemos de um jeito novo. Algumas vezes, em nossas tentativas de aprendizado, somos surpreendidos por quedas, mas não desistimos e continuamos a tentar, e, em meio a essa sequência de tombos, nos cansamos e abrimos mão de algo que poderia ser caracaterizado como um verdadeiro talento.

Quantas vezes você para para refletir sobre qual é o seu “dom”? Quantas vezes você desiste de fazer o que gosta por ter ouvido algumas críticas ruins?

Assim como Charles (criador dos personagens Charlie Brown e Snoopy), não podemos para no primeiro tropeço. Cada alma viva, cada ser que respira, cada um de nós tem uma qualidade, que só precisa ser desenvolvida, para que possa ser mostrada como um potencial incrível ao mundo.

Então, mesmo que você esteja vendo tudo a sua volta desabar,resgate seu sonho, lute por ele e faça seu esforço valer a pena. Não para provar algo a alguém, mas para mostrar a si mesmo que pode ir mais além.

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Amazônia Azul e a Marinha do Brasil

A Marinha do Brasil realizou uma palestra no Raja como parte da “Operação Cisne Branco 2012” que visa a incentivar alunos do 6o. ao 9o. ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio a ingressarem em seus quadros. Os alunos foram convidados a participar de um concurso de redação com o tema “Amazônia Azul - interesse nacional”. Os melhores trabalhos concorreram a uma viagem no navio veleiro Cisne Branco e a um laptop para registrar o diário de bordo da viagem.

O futuro do Brasil está no mar

Rafaela Araújo dos Santos – T. 3007

1º lugar do Raja - Concurso de Redação “Operação Cisne Branco 2012” da Marinha do Brasil

Recentemente, a Marinha brasileira realizou uma operação chamada Cisne Branco, visando a divulgação do nosso patrimônio, de nossa história cultural e da Amazônia Azul.

Amazônia Azul é toda a área marítima que envolve nosso País, possui quase 4 milhões de quilômetros quadrados, o que seria aproximadamente 50% de área territorial do nosso País, uma área maior do que a Amazônia Verde.

Cerca de 95% do comércio marítimo é de responsabilidade da Marinha. As importações e exportações que são transportadas

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pelo nosso mar somam mais de 180 bilhões de dólares por ano. O petróleo, o gás natural e as atividades pesqueiras são grandes riquezas da Amazônia Azul, pois geram empregos para milhares de pessoas. O lazer, os esportes aquáticos e o turismo são outras potencialidades de nossas águas brasileiras porque despertam em milhões de pessoas o desejo de conhecer melhor o mar, seja com um simples mergulho ou mesmo com a prática de algum tipo de esporte que lhe dê adrenalina, além, é claro, de aumentar o lucro de nosso País.

É responsabiliade da Marinha defender os interesses da nação no mar, protegendo assim os recursos naturais brasileiros e evitando a pirataria, o contrabando, o despejo de materiais poluentes nas águas e ainda a exploração da fauna brasileira.

Mas será que a Amazônia Azul seria capaz de fazer o país crescer ou, quem sabe, ser a nova Potência Mundial? Talvez, mas é preciso saber explorar com sustentabilidade, pois os interessados em explorar seus recursos naturais com maldade são muitos. Sem preservar a biodiverisidade de nosso mar, todo o País entrará em uma terrível crise, pois estaríamos privados de todos os recursos mineirais e detoda a variedade de peixes. Tal crise seria tão forte que seria capaz de paralisar todo o País.

Por fim, o maior objetivo dessa operação é reforçar a identidade das pessoas com o mar e conhecer as riquezas que ele possui, para que assim elas venham a se preocupar com a biodiversidade do mar e também contribuir para um maior conhecimento e envolvimento da população com a cultura náutica, que é a história de tantas lutas e vitórias que nossa nação conquistou ao longo dos anos.

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O Grande Blue

Maíra Evangelista de Lima

2º lugar do Raja – Concurso de Redação “Operação Cisne Branco 2012” da Marinha do Brasil

É notório que o Brasil é vasto de muitas belezas naturais que acabam provocando a cobiça em quem quer tirar vantagem sobre isto. Com isso, temos a Amazônia Azul, que é o futuro no mar, espalhado por mais de 4 milhões de quilômetros quadrados.

Nessa perspectiva, esta riquíssima áreas é de suma importância porque gera emprego com a extração de recursos naturais e não deixa a economia cair. Se não fosseesta fonte de sobrevivência, a ciência de produção, circulação e distribuição de bens estaria com “déficit”.

Sendo assim, o papel da Marinha é fundamental para que não haja ameaças contra este território. Com tantas riquezas minerais e biológicas, há interesses internacionais que podem afetar o desenvolvimento do País.

Cabe ressaltar que há uma proposta enviada à ONU para que esses extensos quilômetros quadrados aumentem ainda mais. Com certeza, o que seria muito bom e de grande proveito nacional, pois se estaria dando um avanço para a História em diversos aspectos.

Fica evidente, portanto, que esse grandioso patrimônio azul é muito importante para o futuro brasileiro e que sem ele o País estaria em decadência.

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Por isso, o governo deve investir em tecnologia e ajudar a Marinha a fiscalizar, reunindo esforços para definir estratégias de melhor aproveitamento e exploração da região.

Amazônia Azul

Júlia Valentina de Macedo – T. 3002

3º lugar do Raja – Concurso de Redação “Operação Cisne Branco 2012” da Marinha do Brasil

A grandeza do mar, desde a antiguidade, era reconhecida pelos recursos que proporcionava à humanidade, como por exemplo, canal de navegação, meio pelo qual Cabral descobriu o Brasil.

Extensão da costa, a Amazônia Azul, chamada assim devido a suas enormes riquezas, apresenta desmensurado potencial de desenvolvimento para a nação. Como, por exemplo, o transporte de produtos importados e exportados que são responsáveis por 95% do fluxo nacional, e extração do petróleo, que tem 90% da produção extraída do mar e 10%, da terra.

Por ser possuidora dessas riquezas e de outras, como a biodiversidade, a atividade pesqueira e o lazer, faz-se necessário a ação da marinha brasileira, protegendo, cuidando e viajando, o que é dos brasileiros por direito, estabelecido pela convenção das Nações Unidas sobre os direitos do mar.

A ação dos marinheiros em mar requer centenas de navios para que se possa ter controle total sobre o território marítimo. Contudo, não é possível a realização desta, devido aos custos que ela impõe. Como solução a este problema, patrulha-se em sistema de rodízio – que embora não ofereça maior rigor na fiscalização - é a mais viável atualmente.

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Em suma, embora na última fronteira, a fiscalização seja mais complexa para a Amazônia Verde, a Marinha tem desempenhado seu papel com excelência, protegendo e cuidando das águas brasileiras.

A fronteira brasileira no mar

Mariana Marques Fernandes – T. 3001

4º lugar do Raja - Concurso de Redação “Operação Cisne Branco 2012” da Marinha do Brasil

A Marinha do Brasil é responsável pela condução das operações navais. Sua missão é a defesa do mar territorial brasileiro. Sendo assim, há um projeto chamado “Amazônia Azul” cuja responsabilidade dos marinheiros é proteger e fiscalizar as fronteiras náuticas.

Através de muitas pesquisas foi possível quantificar e apresentar sob a forma de mapas a margem continental brasileira. São cerca de 12.951.766 km² de água. Porém, essa extensão poderá aumentar após serem aceitas as recomendações da CLPC. Os espaços marítimos poderão atingir aproximadamente 4,5 milhões de km².

Este vasto território enfrenta alguns problemas. Não há marcações delimitadas, então é dever da Marinha impedir invasões aquáticas. Eles protegem o local com navios espalhados por toda a área, que é aproximadamente a metade do território terrestre. Esta força armada também deve cuidar de toda forma aquática presente neste lugar.

A última fronteira está sendo traçada no mar. A marinha vem chamando de “Amazônia Azul”, na tentativa de alertar a sociedade sobre a importância estratégica e econômica desse imenso território. Medidas de estruturas e políticas para a exploração devem ser defendidas, para que no futuro haja uma total vigilância desse gigantesco território

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brasileiro.

Amazônia Azul – interesse nacional

Mirian Silva de Almeida – T. 3003

Concurso de Redação “Operação Cisne Branco 2012” da Marinha do Brasil

Amazônia Azul, uma imensa região com cerca de 3,5 milhões de km² nessa imensa área onde o Brasil possui grandes interesses, uma Amazônia em pleno mar, embora com o futuro incerto e ainda promissor. O Brasil, nos limites de sua Amazônia Azul, pode em si explorar e aproveitar desse subsolo marinho, demonstrando que o mar não é apenas usado como meio de transporte, mas sim que pode ser usado como recurso biológico. Isso pode nos fazer bem, com grandes objetivos de fortalecer esse imenso mar que nos pertence, nos dando uma grande responsabilidade de preservação e o interesse por parte da população, desenvolvendo conhecimentos para ampliar e aprimorar a utilização dos benefícios marinhos. Por esses e outros motivos que a Marinha ainda que presente na Amazônia Azul tem que cuidar dos interesses do Brasil no oceano, para que possamos ter um futuro cheio de recursos e oportunidades para o povo brasileiro.

Uma área oceânica onde o Brasil possui interesses importantes com o comércio exterior, um elemento fundamental para o desenvolvimento do nosso País, e tendo sempre certeza de que a Marinha do Brasil está pronta, como sempre esteve, para se juntar a esse esforço de âmbito nacional que é cuidar desse nosso imenso mar chamado “Amazônia Azul”.

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Programa AutonomiaNa conclusão do primeiro módulo do programa, conduzido pela

professora Mara Regina, os alunos escreveram sua opinião.

Lindinês C. de Souza Araújo

Eu me sinto muito feliz em ter terminado esse módulo porque o próximo sei que vai ser melhor. Gosto muito da minha professora Mara porque ela se preocupa com a gente e com o nosso desempenho nos estudos, preocupação que os outros professores não tinham. As atividadesque tivemos também foram muito legais. Eu espero, no próximo módulo, que eu aprenda mais do que aprendi no primeiro, e que continuemos a ter as atividades. E que aqueles que ficaram de brincadeira aprendam que devemos respeitar a nossa professora e prestar atenção nas aulas.

Leonardo Batista da Silva

Estou concluindo o primeiro módulo de Autonomia e sinto que estou sendo um bom aluno, fazendo atividades completas e participando de todas as aulas. Estou preparado para continuar no Autonomia e seguir com meus objetivos de tirar notas boas e concluir os módulos seguintes. Eu sinto que houve bastante progresso intelectual e pessoal, com atividades como as de grupo, que ajudaram bastante na aprendizagem.

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Giuliana de Santana

As aulas são muito boas e a professora é muito dedicada. Ela preocupa-se muito com a turma, sabe explicar bem as matérias. Quando passei para o Autonomia, senti que tive mais responsabilidade com os meus estudos, passando a fazer todos os trabalhos. Espero tirar notas boas, pois sei que estou cumprindo com os meus deveres e minhas obrigações.

Vander P. Silva

O Autonomia foi uma ótima escolha para minha vida e está sendo um ótimo projeto, estou aprendendo com facilidade e estou com novas amizades e a nossa professora explica com facilidade, fazendo com que a gente aprenda e entenda melhor a matéria. É raro achar uma professoria assim, que sabe lidar com as pessoas, sendo durona na hora que tem que ser. Estou feliz por ter terminado esse módulo e estar aprendendo mais e mais com esse projeto. A professora é uma grande pessoa e grande profissional.

Elayne Ferreira do Nascimento

Sinto uma grande felicidade na conclusão desse módulo, e me esforçarei ao máximo no próximo. Com as matérias separadas por etapas, consegui acompanhar e aprender bem mais do que no ensino regular. Participando desse projeto, me importei bem mais pois estou tendo a chance de me recuperar, coisa que no ensino regular me desanimava bastante, pois já tinha perdido um ano. No início, esperava algo fácil demais, o que preocupava meus pais, mas aconteceu o contrário. Hoje, eles percebem que há mais coisas no meu caderno e livro do que antes. Fazemos várias apresentações em sala de aula, o que me ajuda bastante a falar em público, me auxiliando em trabalhos daqui pra frente.

A professora, logo no início, nos deixou à vontade, falando que seríamos como uma família, e até acho que tem muita paciência com

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alguns fatos, tentando sempre pensar e fazer realmente o certo. Espero não decepcionar meus pais, professora e amigos, tendo boas notas e comportamento.

Alan Vitor

Eu me sinto bem por ter uma nova oportunidade para estudar. Graças ao projeto Autonomia, eu vou ter uma chance de terminar o Ensino Médio mais rápido do que no ensino tradicional. Com aulas melhores e mais produtivas, eu poderei adquirir mais conhecimentos. A professora é uma ótima profissional, que não desiste dos alunos.

Carlos Rosemberg Rodrigues Ferreira Junior

Eu me sinto muito bem porque fiz amigos, me acostumei com a escola, sinto-me feliz na turma. No próximo módulo, teremos matérias novas, novos desafios. No primeiro módulo, matérias que eu não assimilava ficaram melhores de serem entendidas. Reconheço que não estou 100%, mas melhorei muito. A professora, às vezes, se aborrece com a gente, mas também ri das nossas piadas, diverte-se a cada aula e, no fundo, ama a gente!

Daniel Marques

Estou feliz porque estou aprendendo a matéria e conheci uma professora muito especial que está me ajudando muito. Com isso, melhorei minha capacidade de estudo e meu comportamento.

Wando Vieira Mendes

Foi tudo muito melhor do que eu esperava. Não esperava ter uma professora tão boa quanto a senhora, apesar de ser um aluno lento e distraído. Espero que os próximos módulos sejam tão bons quanto este.

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Semana de SociologiaA Semana de Sociologia, entre 3 e 6 de setembro, contou com

a participação de toda a comunidade escolar. Segundo Ofélia Pereira Ferraz, idealizadora do evento, o objetivo é, entre outros,”contribuir com a formação de cidadãos pensantes e críticos através da construção de fóruns de debates e da elaboração de projetos de pesquisa que permitam a construção de um saber genuíno e não apenas a reprodução do conhecimento formal”. Os professores de Sociologia Josilanda Cavalcante e José Geraldo dos Santos também coordenaram o evento, cuja programação incluiu oficinas, palestras, apresentação de forró, mesa redonda e mostra de trabalhos dos alunos (veja abaixo).

Por conta do sucesso do evento, os três professores participarão do 3º Encontro de Sociologia da UFRJ e promoverão um curso no CIEP José Lins do Rego, em São João do Meriti.

A Semana de Sociologia do Raja acontece há cinco anos, sempre com foco na construção de uma educação de qualidade. Desde o primeiro ano, o pioneiro da pesquisa da fome endêmica alimentar, o médico sanitarista pernambucano Josué de Castro, foi transformado em patrono do fórum permanente de discussões sociológicas da escola. Este ano, o evento rememorou o centenário de Apolônio de Carvalho.

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Sustentabilidade confiscada e injustiças sociais

Marciele do Nascimento Coutinho – T. 3006

Esse tema é bastante atual e polêmico. Todos nós ouvimos falar sobre meio ambiente, nas revistas, nos jornais, televisões e internet. É um fato e estar preocupado ou não vai das consciência de cada um. Com a sustentabilidade, levantou-se a importância sobre o desenvolvimento tecnológico, práticas de plantio e de criação animal para zonas rurais ao redor do mundo. É preciso estabelecer normas e procedimentos para que os agricultores e qualquer outra empresa que se dedique a esse tipo de atividade tenha consciência de que o uso sustentável dos recursos naturais disponíveis no meio ambiente em que atuam tem de ser encarado como a única forma de progresso possível.

E, por razões muito simples, os problemas advindos da exploração indiscriminada dos recursos naturais e das práticas em determinadas culturas pode, em muito pouco tempo, inviabilizar o uso de terras. As consequências disso para o planeta seriam previsíveis e dramáticas: fome, guerras, devastações e o genocídio de populações inteiras. A injustiça ambiental é a desigual distribuição dos benefícios e dos agravantes impostos pela legislação ambiental entre grupos sociais, sendo responsável pelo surgimento de conflitos ambientais. No território dividido, cada grupo social adquire um valor e uma identidade diferente para o território que ocupa. Posteriormente, quando diferentes grupos dividem o mesmo território, podem ocorrer conflitos que precisam ser mediados pela autoridade do Governo local.

A evolução da política ambiental na arena pública vem mostrar como um assunto ultrapassa as escolas, empresas, igrejas e sindicatos. A arena pública é um grande espaço em que todos como sociedade

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acabamos discutindo determinados assuntos como prioritários, como o direito das mulheres, do trabalhador, a crise econômica e a guerra nuclear no final dos anos oitenta. As preocupações vão se tornando maiores ou menores, abraçando a sociedade e, assim, a questão ambiental. Essa preocupação, neste século, começa a ser mais importante quando acontecem alguns eventos já em decorrência da evolução industrial e do desenvolvimento de produtos químicos.

Um deles foi a contaminação de uma baía no Japão pelo mercúrio, que causa vários danos ao sistema nervoso. A contaminação do mercúrio causou, naquela população, dificuldade de articular o pensamento, dificuldade de coordenação motora e de se manter vivo. O mercúrio despejado na baía era absorvido pelo plancton que serve de alimento para os peixes. Os pescadores pescavam aqueles peixes e revendiam para a comunidade. A comunidade, assim como os pescadores e os animais ficaram contaminados pelo mercúrio.

Então a questão ambiental envolve todos nós. Fazemos parte da natureza e nos relacionamos com ela e esses problemas chamaram a atenção

Mariana Vitória de Lelis Salles – T. 3006

A avaliação de equidade ambiental, que é a favor da igualdade entre todos os habitantes e os grandes empresários. Elemento por justiça ambiental, por causa do racismo ambientalista. Em 2001, foi criada a justiça ambiental, trabalho e cidadania. Foi criado também o mapa de injustiça ambiental e saúde. Mesmo com tantos recursos e eventos, ainda existe muita injustiça ambiental.

Falar do meio ambiente é pensar em nosso meio de vida, porque nascemos da natureza. E o olhar da solidariedade, a ajuda um com outro, melhorará a nossa qualidade de vida. Assim como o meio ambiente precisa de proteção, nós, seres humanos, também precisamos de proteção contra gases contaminados, como o que faz acontecer a “chuva de prata” em Santa Cruz.

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Taiane Rodrigues da Silva – T. 3006

Aprendi que sustentabilidade é um assunto que não adianta só discutir e sim participar, pois é através da nossa participação, que teremos um mundo melhor. Para maior desenvolvimento do assunto são realizadas conferências ao redor do Mundo. A primeira Conferência foi no ano de 1972, na cidade de Estocolmo, na Suécia, e 20 anos depois, aconteceu aqui no Rio a Rio 92 no Aterro do Flamengo, que produziu a Agenda 21. Nela, foram abordados vários assuntos a serem tratados como a biodiversidade e mudanças climáticas. Este ano, aconteceu a Rio + 20, no Riocentro, e a Cúpula dos Povos que aconteceu no Aterro do Flamengo.

Também aprendi que indústrias metalúrgicas e químicas como a TKCSA e a Panamericana não estão nem um pouco preocupados com a forma que suas atividades atingem a população e o meio ambiente. Um exemplo disso é que a Panamericana é a segunda maior poluidora do Brasil e a TKCSA vem atingindo a população a sua volta, com um pó que causa vários problemas respiratórios.

Abordados os fatos, pude entender que falar do meio ambiente não é só falar de animais em extinção e sim pensar em melhores métodos de uma vida mais sustentável. E que é preciso perceber se a sustentabilidade solidária.

Allan Johnny – T. 3005

A questão ambiental ultrapassa a questão da coleta seletiva e chega até a economia e envolve todos nós. Em 2001, foi feita e criado a justiça ambiental, do trabalho, da cidadania etc. A população da região do Porto de Itaguaí (Sepetiba) estão sendo afetados pela poluição do mercúrio ou “chuva de prata”, que é uma contaminação perigosa para a população e para o meio ambiente e a empresa responsável por isso é a CSA.

A contaminação por mercúrio representa um grande problema

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para a saúde pública e ambiental, que causa um variedade de efeitos negativos em todo o mundo.

Se for descartado entre os resíduos comum, o mercúrio chegará ao meio ambiente onde os organismos que vivem nos rios, lagos ou no solo úmido podem transformá-lo em mercúrio orgânico altamente tóxico. Este tipo de mercúrio é capaz de causar danos ao sistema nervoso mesmo em níveis extraordinariamente baixos e, por ser persistente, acumula-se em animais, peixes e no meio ambiente, em geral. Geralmente, quem foi intoxicado dessa maneira pode apresentar sintomas como dor de estômago, diarreia, ansiedade, gosto de metal na boca, insônia e fraqueza muscular.

Rubem de Jesus R. De Souza – T. 3007

É de conhecimento geral que a busca por responsabilidades ambientais é fato e que existe uma vontade de isso ser reconhecido. Na palestra sobre sustentabilidade, ficou claro que essas responsabilidades estão com certas dificuldades para com a preservação do meio ambiente. Pois, por mais que tentem apresentar seus argumentos e mostrar certas coisas erradas que prejudicam ou podem prejudicar o meio ambiente e as pessoas que nele vivem, não se obtém uma resposta ou um resultado favorável.

Além do mais, é certo que existe uma necessidade de uma nova maneira de interpretar a sustentabilidade, pois esse termo fica na cabeça das pessoas como apenas economizar água, preservar o verde, poluir o ar, enfim, estão corretos, porém a sustentabilidade também tem um conceito sistêmico. Relaciona-se com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana, segundo o palestrante Sebastião, mas não ao pé da letra. Esse conceito propõe-se a ter um meio de configurar a civilização e as atividades humanas de forma que a sociedade em geral possa preencher suas necessidades e, ao mesmo tempo, preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais.

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Ainda convém falar sobre o Arco Metroplitano, que será uma autoestrada construída no contorno da região Metroplitana do Rio de Janeiro, em parceria com o Governo do Estado, com o DNIT. Há um grande interesse no projeto, pois o Governo, na tentativa de aliviar o intenso tráfego de véiculos, que apenas passam pela Cidade e que provocam grandes congestionamentos nos principais acessos da Cidade, resolveu investir num projeto que terá um grande efeito para nossa Cidade.

Em vista da questão anterior relacionada com as relevâncias anteriores, percebe-se um possível resultado negativo que poderá ser provocado pelo Arco Metroplitano que é a proximidade do Arco com a Serra do Mar. Se mexermos na Serra, além da possibilidade de catástrofes por deslizamentos, o desmatamento atingirá o rio Guandu, que é o maior fornecedor de água para a Região Metropolitana. Porém, não existe a finalidade de atrapalhar o projeto, mas sim alertar que esse projeto deve acontecer de forma ordenada e com responsabilidade, pois entende-se a sua importância.

Leonardo Bruno da Costa – T. 3007

O professor doutor Sebastião Raulino iniciou sua palestra comentando sobre o nosso meio ambiente e o que podemos fazer com a nossa força de vontade e apoio político para preservar e manter em condições favoráveis a natureza. Afirmando a falta de preocupação e interesse da população acerca dos riscos e injustiças ambientais, explicou também sobre a agenda 21, o que é, como funciona e os benefícios que a população obteve através desse documento, que é como se fosse uma carta.

Explicou sobre a sustentabilidade da natureza humana e a conferência de autoridades mundiais a qual tivemos o privilégio de receber em nosso estado do Rio de Janeiro, a chamada Rio + 20 onde

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Minha trajetória no Raja e a importância do ensino de Sociologia

Depoimento dos alunos sobre a experiência com a aprendizagem da Sociologia

Juliana Pinna Tarrago – T. 3006

Minha chegada no Raja foi cheia de expectativas. Uma delas era ter um ótimo aprendizado, pois tenho interesse de conhecer coisas novas e saber de onde surgiram. A primeira impressão foi de que estava em um bom lugar para fazer novas amizades.

As pessoas que conheci tiveram muita influência na minha vida, principalmente os professores, que me instruíram, ensinaram e ajudaram a chegar até aqui. Nos anos que passei aqui, fiz muitas amizades e, nelas, aconteceram “zoações”, risadas e várias “pagações de mico”.

A disciplina com que mais tive empatia foi Física, pois adoro resolver os problemas citados da teoria e me sinto “em casa” praticando-a.

Minhas dificuldades foram algumas com readação, em Língua Portuguesa, em que ainda tenho dificuldade, apesar de estar melhorando. Aprendi que a Sociologia é importante para o convívio das pessoas não só na cultura e no cotidiano, mas também no mundo do trabalho.

O trabalho tem seus valores e se pararmos para pensar, vemos a mais valia na maioria ou em quase todas as empresas. Quando entramos

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no mercado de trabalho, somos vistos como lucro pelo capitalismo, pois trabalhamos para outros ganharem uma boa parte cobrada de nosso dinheiro (salário). Sabemos que é injusta essa questão, mas convivemos com essa realidade contínua.

Michelle Graciano Pestana – T. 3006

Chegando no Raja, no ano de 2010, minhas expectativas em relação ao colégio não eram boas. A primeira impressão foi ruim, no dia em que fiz a confirmação de minha matrícula.

Com o passar dos dias, logo após o início das aulas, o colégio começou a conquistar a minha admiração. As aulas que mais me interessavam eram as de Matemática. Eu não tenho afinidade com matérias de Ciências Humanas, mas a professora Ofélia conseguiu me ensinar a ter mais compreensão pelas mesmas.

Agora, chegando ao terceiro e último ano no colégio, vejo que toda a trajetória percorrida até aqui foi muito gratificante. Aprendi a ser uma pessoa melhor e ter um senso crítico sobre os problemas que nos rodeiam e entender como a sociedade deve reagir a esses fatos.

Com tudo isso, percebo que a aulas de Sociologia, que tratavam dos fatos sociais, fizeram com que eu mudasse meu modo de vida e percebesse que há ainda muita miséria e desigualdade pelo Mundo. Emile Durkheim diz algo de extrema importância em relação a isso na definição de fato social. Se todos refletissem sobre estes acontecimentos, o mundo se tornaria muito melhor e com menos sofrimento.

Anna Claudia Oliveira Silva – T. 3006

No ano de 2010, iniciei o primeiro ano do Ensino Médio no Colégio Raja Gabaglia. No primeiro dia, estava toda feliz, pois era o primeiro ano e eu acabava de sair do Ensino Fundamental. Era uma nova vida e novas amizades estavam iniciando. Andar sozinha

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significava ter mais reponsabilidade, pois eu estudo longe da minha casa. Mas era um sensação diferente. Meu primeiro dia foi tranquilo, porque fiz amizades com que convivo até hoje.

Os professores, não tenho nada a reclamar deles. Adoro todos, acho que são super-heróis, pois aturam a gente com paciência, nos ensinam e brincam na hora certa. Todos são divertidos.

Minha matéria favorita é Matemática, porque é aquela com que eu mais me identifico. É melhor de lidar com números. A parte ruim é quando aparecem as letras: aí vem a dor de cabeça. Dificuldades, todo mundo tem. Eu também tive em matérias como Física (pois tem muita letra e número juntos) e mais algumas, mas estou tentando recuperar o que perdi.

A Sociologia é uma matéria muito importante, pois através dela sabemos coisas e acontecimentos que eu não sabia. No meu primeiro ano aqui no Raja, ouvi duas frases de que não me esqueço: “Pensando morreu um burro” e “Só sei que nada sei”, e essa frase foi na aula da professora Ofélia Ferraz.

No estudo da Sociologia, aprendi que mais valia são as horas que o trabalhador dispende de graça para o mercado capitalista. Hoje, estou estudando para poder em breve conseguir um bom trabalho. É melhor estudar agora o máximo que eu puder, pois através do estudo produzirei um futuro brilhante.

Bruno de Oliveira Alexandre – T. 3006

Eu cheguei no Raja no ano de 2010, sem nem ao menos ter ouvido falar nesse colégio e nem saber onde ficaria. Naturalmente, o que me despertou foi a curiosidade por estar chegando em um lugar novo onde eu não conhecia nada. Por sorte, eu não estava chegando no Raja sozinho, pois velhos amigos do Ensino Fundamental também vieram estudar aqui. Minhas expectativas eram as melhores em relação ao ensino que eu iria ter e o conhecimento que iria adquirir. O primeiro

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ano foi bom, porém com algumas carências.

No meu primeiro ano de Raja, fiz várias amizades, que, sem dúvida, me fizeram muito bem na adaptação a esse novo ambiente. Tive bons professores que me ensinaram bastante e outros com quem não tive muita dificuldade. Durante esses anos, tive muita facilidade nas matérias de História e Biologia, por serem matérias em que não encontrei dificuldade em aprender. O problema foi chegar ao Ensino Médio com muita carência de ensino em Ciências, mas consegui me adaptar e aprender rápido.

Na parte de Sociologia, só posso dizer que tive essa matéria na prática no terceiro ano, pois nos anos anteriores não havia professores. A questão da lição tradicional de Max Weber vai ser muito útil na minha vida cultural aprendendo a respeitar tradições e costumes que já existem em um lugar e quem sabe criar novos costumes e aprender novas tradições.

Marcos André Antunes Correia – T. 3006

Minha chegada ao Raja foi muito confusa, pois eu tinha acabado de sair do Município (Escola Municipal Narcisa Amália) e não sabia o que iria enfrentar pela frente. Cheguei no ano de 2010 e tive a primeira impressão de que os próximos anos seriam difíceis. Mas tinha também grandes expectativas de que estava ali para obter um ensino de qualidade e um futuro melhor na vida.

Sou grato aos meus colegas e professores pois eu tinha muita dificuldade de me concentrar nas aulas, mas graças a todos que me ajudaram estou superando.

Uma questão de muita importância na Sociologia é a de Karl Marx sobre a mais valia do mundo do trabalho. Mesmo os professores recebendo um terço das horas trabalhadas e a outra grande parte gerando lucro pro mercado capitalista eles não desistem de ensinar aos alunos.

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E quando eu começar a trabalhar também não desistirei.

Luiza Antonia da Silva Lima – T. 3007

Foi um começo muito complicado. Entrei no ano de 2010, não sabia onde localizava-se a escola e, ainda por cima, não fui locada. Toda enrolada, correndo atrás de uma vaga. Em minha chegada ao colégio não tive uma boa impressão: colégio fechado, parecia um presídio, mas encarei com a cara e a coragem.

Nos primeiros dias, ainda estava meio perdida, tanto com o colégio, quanto com a turma. Ao passar o tempo, fui pegando mais intimidade com os colegas e com os professores. Fui me identificando com as matérias, como Matemática, mas me identifiquei menos com Português.

Com minha luta e força de vontade, superei minha dependencia e consegui passar. Os professores farão muito falta. Hoje, eu saio do Raja com uma lição de superação das dificuldades.

Philip Freire da Silva – T. 3006

Minha cehgada no colégio foi um tanto constrangedora, pois não conhecia muita coisa e muito menos as pessoas. Quando eu cheguei aqui eu tive uma expectativa muito interessante, porque quando eu vi a qualidade do atendimento e a aparência do colégio já pensei “esse sim, é um colégio bom onde vale a pena estudar”.

Meu primeiro ano foi, no entanto, um pouco isolado, porque não fiz amizades, mas com o tempo eu fui me achegando e me enturmando, pois fazer trabalho em grupo, na maioria das vezes, ajuda a conhecer seus colegas e a conviver com eles.

Durante o segundo ano, eu já conhecia boa parte dos alunos e com o passar do tempo comecei a ganhar a confiança dos professores e eles a mesma coisa, no entanto alguns dificilmente brincam com a

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gente. A disciplina de que boa parte da turma mais gosta era Educação Física, porque era nela que todos se juntavam e se divertiam.

Quando terminamos os estudos, a primeira coisa que vem na cabeça é “trabalho” e isso é algo muito sério. As empresas, em se tratando disso, aproveitam-se de nossa mão de obra como termo destacado “mais valia” que no entanto pode se aplicar em nossa vida de trabalho e que se não vigiarmos pode virar rotina. E quem sai no prejuízo? Nós! Então, temos que estar alertas a esse aspecto da vida e do trabalho.

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