livro do projeto bairros de porto alegre

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Livro feito pelas turmas da E.E.E.F. Evarista Flores da Cunha, dentro do projeto Bairros, que visa aprofundar os conhecimentos a respeito dos principais bairros de Porto alegre

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Page 1: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
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A G R O N O M I A

TURMA 62 – 6ª SÉRIE PROF.ª LERIANE

O bairro Agronomia localiza-se na zona leste da capital e foi oficializado em 21 de setembro de

1976, através da lei 4166.

Sua origem remonta ao século XVIII, e sua gestação se deve ao tráfego contínuo em duas

estradas que foram fundamentais para o desenvolvimento da cidade de Porto Alegre: Caminho do Meio,

atual Oswaldo Aranha e Protásio Alves, e estrada do Mato Grosso, atual Bento Gonçalves.

O bairro apresenta baixo índice demográfico ainda na atualidade. Por estar localizado entre as

duas estradas já citadas, o bairro Agronomia acabou por desenvolver apenas um pequeno comércio local,

em nível de subsistência.

No que diz respeito aos limites do bairro, encontra-se o município de Viamão, o bairro Partenon e

Jardim Carvalho. Dentro do bairro, os limites da universidade percorrem uma latitude delimitada pelo Arroio

Dilúvio e a Av. Bento Gonçalves.

O bairro deve o nome à instalação, na região, da Faculdade de Agronomia da Universidade

Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em 1899.

H i s t ó r i a d a U F R G S

A história da UFRGS começa com a fundação da Escola de Farmácia e Química em 1895 e, em

seguida, da Escola de Engenharia. Assim iniciava também a educação superior no Rio Grande do Sul.

Ainda no século XIX foram fundadas a Faculdade de Medicina de Porto Alegre e a Faculdade de Direito

que, em 1900, marcou o inicio dos cursos humanísticos no Estado.

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Mas, somente em 28 de novembro de 1934 foi criada a Universidade de Porto Alegre, integrada

inicialmente pelas escolas de Engenharia com os Institutos de Astronomia, Eletrotécnica e Química

Industrial, Agronomia e Veterinária, Filosofia, Ciências, Letras e pelo Instituto de Belas Artes.

Faculdade de Agronomia da UFRGS – origem do nome do bairro

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A N C H I E T A

TURMA 23 – 2º ANO

PROF.ª MARIA DAS GRAÇAS

O nome do bairro é em referência ao padre Anchieta. Em 1970 era considerado um bairro novo,

em formação na cidade.

Por situar-se em zona baixa com grama em toda a sua extensão, não oferecia atrativos que

motivassem a ocupação imediata. Sob o ponto de vista urbanístico o bairro encontra-se abaixo da cota de

construção.

Dados demográficos

População 203 moradores:

o 99 homens

o 104 mulheres

Taxa de crescimento 0,5 ao ano.

Área 84 hectares.

Densidade 2 habitantes por hectares.

Número de domicílios 49

Rendimento médio por responsáveis 8,41 salários mínimos.

O bairro possui uma linha de ônibus circular, que tem seu terminal de ônibus na Praça Rui

Barbosa. Há uma escola de Ensino Fundamental Brigadeiro Eduardo Gomes.

Também podemos encontrar a CEASA aberta diariamente. CEASA (Centro de Abastecimento de

Produtos de Primeira Necessidade) funciona como órgão de base no abastecimento e de contato entre

produtores e consumidores.

Neste bairro podemos encontrar uma república para estudantes japoneses.

Page 6: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Aeroporto Internacional Salgado Filho

Aeroporto Salgado Filho

Ainda fazem parte do bairro o Laçador e o Aeroporto

Internacional Senador Salgado Filho.

O Laçador foi tombado como patrimônio histórico em 2001. Em

homenagem aos 123 aniversários da Revolução Farroupilha. Pesa

3,8 toneladas e mede quase 5 metros de altura. È um dos principais

símbolos da capital. A estátua foi inspirada na figura do tradicionalista

Paixão Cortês.

Alberto Santos Dumont nasceu em Minas Gerais, era um

homem rico e viveu muitos anos na França. Criou 9 balões, dois se

tornaram famosos, o Brasil e o Amérique. Ele também inventou o 14

Bis. Era conhecido como o pai da aviação.

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A R Q U I P É L A G O

TURMA: 43 – 4ª SÉRIE

PROF.ª ANDRÉA

Região denominada Delgado do Jacuí. Sua fauna é riquíssima, 108 espécies ou um quinto das

espécies de aves de todo o estado, é um ecossistema em constante evolução. Suas terras são planas, com

solo úmido, formado por pântanos e banhados. O bairro Arquipélago é formado por 16 ilhas. A maior parte

da população está concentrada na Ilha das Flores, da Pintada, dos Marinheiros e do Pavão.

Nessas ilhas faltam: infraestrutura, recursos, esgoto, empregos e alimentação fazendo com que a

maioria da população sobreviva da coleta de lixo, catando lixo na rua a pé ou de carroça.

―Um povo sem identidade; uma comunidade sem identidade, não pode viver.‖

Algumas informações

Uma ponte para pessoas ligando a Av. Mauá até a Ilha da Pintada;

As pessoas usavam barcos e canoas para se locomoverem;

Houve uma enchente que deixou tudo alagado em 1936;

Colônia dos Pescadores fundada em 1921;

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Artesanato em extinção feito de taquara;

Estaleiro Mabilde está desativado;

Em 1914 a empresa constrói casas, escolas e armazéns;

Assistência médica e grêmio esportivo;

Em 1943 o Mabilde vendeu para o Caden;

A luz que vinha para a Ilha era do barco estaleiro Mabilde que tinha um gerador;

Depois da greve as pessoas desempregadas foram deixando a Ilha. Ninguém recebeu nada

até hoje;

Grande festa da Nossa Senhora dos Navegantes;

Uma imagem fica na Ilha dos Navegantes. É trazida da Ilha dos Navegantes até o

Gasômetro.

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O Verdadeiro Arquipélago

O Arquipélago é o lugar escolhido para ser depósito de lixo. Mas o lixo não fica só num lugar, ele

fica espalhado por todas as ilhas.

O Arquipélago é formado por 19 ilhas: Ilha do Pavão, Ilha do Humaitá, Ilha das Garças (pertence a

Canoas), Ilha do Oliveira, Ilha grande dos Marinheiros, Ilha do Serafim, Ilha do Limo, Ilha do Lage, Ilha do

Cipriano, Ilha das Flores, Ilha da casa da Pólvora, Ilha do Chico Inglês, Ilha Coroa dos Bagres

(desaparecida), Ilha da Pintada, Ilha das balseiras, Ilha das Pombas, Ilha da Figueira (pertencente a

Eldorado), as duas últimas ilhas não tem denominação.

Essas 19 ilhas, todas muito pobres, têm casas de madeira, hortas, galinhas e porcos, mas quando

chove alaga e destrói tudo o que eles possuem.

No Arquipélago não tem ponte para ligar uma ilha à outra, tampouco ligando a outros bairros.

Muitos moradores não trabalham por causa disso e acabam se alimentando dos restos de lixo.

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Igreja Nª Srª de Belém

B E L É M N O V O

TURMAS 31 e 32 – 3º ANO PROF.ª SILVIA

É com enorme prazer que estamos fazendo esta homenagem a este maravilhoso bairro.

Temos nossa infância aqui em Belém Novo com lembranças recheadas de episódios muitas vezes

divertidos e outras vezes dolorosos.

Nossos pais, familiares e amigos também passaram a infância, a adolescência e hoje vivem a fase

adulta aqui em nosso bairro.

Eles trazem na lembrança o Poleto, o Hotel, as carroças de bois, o chão de terra, o carnaval na

Saben, o cinema... Mas, enfim o que interessa pra nós é o hoje. E isso só é possível graças à contribuição

de todos vocês que aqui estão e que pintam de cores vivas e alegres esta época de nossas vidas.

Desfrutar deste indescritível prazer é sem dúvida viver intensamente no melhor bairro de Porto

Alegre, com seu Guaíba, suas praças, seus campos, os animais.

A vocês, pessoas comuns ou não, anônimas ou não, que fazem a diferenças para nosso bairro

crescer e se desenvolver serão guardados nas nossas lembranças pelas atitudes de respeito, amizade,

colaboração, contribuição.

Aos heróis profissionais que colocam sua vida para nos proteger, nos dando segurança sem medir

esforços e sem pedir nada em troca. Aos professores de nossa escola que nos ensinam a sermos pessoas

do bem e principalmente a todas as pessoas que acreditam que Belém Novo é, e sempre será o melhor

bairro para se viver.

Nossos agradecimentos a todos vocês.

Há muito tempo atrás Belém Novo era habitado pelos

índios guaranis. Belém Novo era uma enorme fazenda que

pertencia ao senhor Antonio Inácio da Silva o qual doou parte de

suas terras para construir a Igreja, a praça central e o cemitério. Não

havia quase estradas e as pessoas usavam carreta de boi e carroça

como transporte terrestre. O trapiche localizado atrás da escola

Evarista servia para o transporte fluvial.

Nosso bairro fica localizado a 26Km do centro de Porto

Alegre. Fazem divisa com Belém Novo: Arroio da Guabiroba, Ponta

Grossa, Lageado e Lami. Em 1996 foi realizado o último censo em

Belém Novo. Sua população é de 13.135 habitantes.

Belém Novo é um bairro de pescadores e pertence à colônia zonal 4.

Antigamente a venda de peixes era feito direto nas canoas. Hoje contamos com algumas peixarias.

Os moradores, muito religiosos, construíram em 1876 a Igreja Católica Nossa Senhora de Belém.

Atualmente o Frei Padre Paulo Labres administra a Igreja. Hoje contamos com outras religiões. A

comunidade de Belém tem uma grande devoção pela Nossa Senhora de Belém, padroeira do bairro e por

Nossa Senhora dos Navegantes, protetora dos pescadores.

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Figueira na Praia do Leblon – bairro Belém Novo

Belém Novo é um balneário muito freqüentado

pela sua beleza natural. Existia o Hotel Cassino

onde as pessoas se hospedavam para desfrutar das

praias, carnavais e de toda a sua beleza, ele era um

hotel de luxo. Nossa orla apresenta 4 praias: Leblon,

Veludo, Copacabana e Arado.

A 7ª Delegacia de Policia foi criada no dia 21

de janeiro de 1966 pelo Decreto Lei 17772/66

inaugurando as 13 primeiras delegacias. O delegado

atual é o senhor João Carlos S. de Mendonça.

O corpo de bombeiros foi construído através de

um mutirão comunitário e foi fundado em 21 de junho de 1985. O comandante atual é o 1º Tenente Adroir

de Andrade Farias. O posto de saúde Unidade de Saúde Belém Novo foi fundado em 1972. A partir de 17

de março de 2004 passou a se chamar Unidade de Saúde Dr. Edson de Moura Braga.

Contamos com dois Centros de Tradição Gaúcha (CTG): Lanceiros da Zona Sul e Piquete da

Amizade. Existem 3 escolas importantes: Escola Estadual de Ens. Fund. Evarista Flores da Cunha, Diretora

Rosane Moraes; Escola de Ens. Fund. Madre Raffo, Diretora Irmã Ângela Maria Pientznauer e o Colégio

Estadual Dr. Glicério Alves, Diretora Ivanéria Meneses.

Existiam três clubes sociais, o Belém Praia Clube, o SABEN Sociedade Amigos de Belém Novo e

o Esporte Clube Xavante ainda em atividade. Havia também um cinema que funcionava numa construção

antiga de madeira onde hoje se localiza o Banco BANRISUL.

Um dos pontos turísticos de nosso bairro é a escadaria com 178 degraus, construída pelo General

Jose Antonio Flores da Cunha. O bairro recebe de vários lugares alunos para o curso de piloto realizado no

Aeroclube do Rio Grande do Sul.

O desenvolvimento foi chegando aos poucos e com ele o 1º ônibus doado por Podalírio Machado.

Agora contamos com uma empresa de transporte coletivo Viação Belém Novo.

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Apresentação no Salão Paroquial da Igreja Nª Srª de Belém

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B E L É M V E L H O

TURMAS 11 E 13 – 1º ANO PROF.ª ELOISA

É um dos bairros mais antigos da cidade e está localizado na zona sul. Foi fundado por

descendentes de açorianos que mantiveram as características como: casas baixas rentes às calçadas, ruas

estreitas e a capelinha.

O nome Belém Velho deve-se a devoção de Nossa Senhora de Belém. Em 1830 foi construída a

capela. Nas terras de Francisca Maria de Jesus. Passados vinte anos a Igreja desabou quase total.

Transferiram a sede para as margens do Guaíba, com a instalação em Belém Novo. Belém Velho não

morreu, mas imobilizou-se no tempo.

A população manifestou a vontade de construir outra capela baseada em donativos.

Pontos de atração do bairro:

Antigo Casario em frente à praça

Figueiras centenárias

Hospital Parque Belém

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Unidade de Ensino Pacheco Prates

Instituto São Benedito

Amparo Santa Cruz

Cemitério

Festa da uva e da ameixa

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B O M F I M

TURMA 37 – 3ª SÉRIE PROF.ª MARLI

Bom fim é um bairro da cidade brasileira de Porto alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul,

criado pela Lei 2022 de 7 de dezembro de 1959.

Dados demográficos:

População/2000: 11.351

o Homens: 4802

o Mulheres: 6549

Área: 38 há

Densidade: 299 hab/há

Taxa de crescimento: 91/2000: (-)0,40% AA

Domicílios: 4961

Rendimento médio mensal dos responsáveis pelo domicílio/2000: 15,80 salários mínimos.

Histórico

O Bom fim teve origem no antigo Campo da Várzea, uma área pública de 69 hectares que servia de

acampamento para os carreteiros e na qual permanecia o gado destinado ao abastecimento da cidade. O

campo de Várzea converteu-se em Campo do Bom Fim devido à construção da Capela do Senhor do Bom

Fim, iniciada em 1867 e concluída em 1872.

Até o século XIX não houve grandes alterações no local. Poucas casas velhas e algumas chácaras

espalhavam-se na região. Todo o resto, segundo cronistas como Ary Veiga Sanhudo, ―era bom mato, com

excelente caça, onde inúmeras vezes encontravam seguro abrigo os escravos fugidos‖. Após a Abolição

muitos libertos, sem ter para onde ir, instalaram-se na região, que passou a chamar-se _extra-oficialmente-

de ―Campo da Redenção‖.

Por volta do final de década de 1920, os primeiros membros da comunidade judaica começaram a

se instalar ao longo da Avenida Bom Fim.

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Algumas residências, pequenas lojas e oficinas deram início ao processo de povoamento efetivo do

bairro. A diversificação desse pequeno comércio acompanhou o crescimento natural da cidade, vindo o

Bom Fim a constituir-se como bairro residencial e comercial.

Características atuais

Atualmente, o Bom Fim constitui-se como bairro residencial e comercial, destacando-se as

sofisticadas lojas de móveis e o tradicional brique da José do Patrocínio. Apesar da atual diversidade de

moradores, o Bom Fim permanece como símbolo da colonização judaica em Porto Alegre.

Aos sábados e domingos é um bairro bucólico, com ares de interior, com suas feiras de artesanato,

antiguidades e briques. Durante a semana, é um bairro nervoso e rápido em sua larga e extensa Av.

Osvaldo Aranha.

Freqüentado por intelectuais e integrantes de movimentos alternativos e de contracultura, a

atmosfera do bairro é efervescente e diversificada. Nele situam-se universidades, escolas tradicionais,

capelas, sinagogas, anfiteatros e parques. O Parque da Redenção é o principal ponto de atração do bairro.

Limites atuais

Rua Osvaldo Aranha, da esquina da Rua Sarmento Leite até a Rua Felipe Camarão, desta até a

Rua Castro Alves, desta e seu prolongamento em direção leste-oeste, sempre paralelo à Av. Independência

até encontrar o extremo da Praça D. Sebastião, daí pela Rua Sarmento Leite até a Av. Osvaldo Aranha.

Av. Osvaldo Aranha, principal Avenida do Bairro Bom Fim

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C A V A L H A D A

TURMA 81 – 8ª SÉRIE

PROF.ª KÁTIA

Cavalhada é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul e que se

caracteriza por ser estreito e comprido. Foi criado pela Lei nº 2022, de 7 de dezembro de 1959.

Dados demográficos:

População/2000: 19.854 moradores 9

— Homens: 9.085

— Mulheres: 10.769

Área: 357 há

Densidade: 56 hab/há

Taxa de crescimento 91/2000: 0,10 aa

Domicílios: 6.545

Rendimento médio mensal dos responsáveis pelo domicílio/2000: 7,48 salários mínimos.

Limites Atuais

Rua Campos Velho, da convergência do arroio Passo Fundo até a Avenida Vicente Monteggia,

desta até a Estrada Eduardo Prado; desta até a Estrada Juca Batista, por esta, em direção sul/norte até a

Estrada Velha da Cavalhada e daí, na direção sul/norte, por uma linha reta, seca e imaginária até o ponto

de convergência com o limite dos bairros Ipanema e Camaquã defronte à estrada João Salomoni, e daí em

direção Oeste/leste até a convergência da estrada Vila Maria com João Moura, Rua João Moura e seu

prolongamento em linha reta, passando pela Rua Jaguari, até encontrar a Rua Cel. Massot esquina com

Cel. Timóteo e por esta, numa linha reta, seca e imaginária, direção sul/norte, até encontrar o ponto de

partida do arroio passo Fundo com a Rua Dr. Campos Velho.

Histórico do Bairro Cavalhada

O bairro Cavalhada, segundo o Censo do IBGE de 2000, continha 19854 moradores, em uma área

de 357 hectares. Apresenta-se no sentido norte-sul, percorrendo uma longa faixa desde o Cristal até Vila

Nova e Ipanema.

A origem do nome do bairro é bastante remota e remete ao século XVIII, quando o sesmeiro André

Bernardes Rangel teve expropriadas suas terras para a constituição de um campo para a guarda da

cavalhada pertencente à Fazenda Real, a serviço de Porto Alegre. Por ter atuado por 20 anos com esses

propósitos, o local ficou conhecido como Cavalhada d’el Rey ou Campo da Cavalhada. Com a devolução do

rincão ao mesmo sesmeiro, a Fazenda Real se transferiu para Viamão. Entretanto, houve denúncias de que

André teria conseguido a devolução de uma terra pela qual já havia obtido indenização, mas aquelas terras

não voltaram à posse governamental.

Assim como a maioria dos bairros da Zona Sul, a Cavalhada sofria com as dificuldades de

comunicação com o centro de Porto Alegre. Os moradores precisavam se deslocar a pé ou por carroças até

o bairro de Teresópolis para conseguir embarcar no bonde que partia da região em direção ao Centro. A

única via de acesso então era a Estrada da Cavalhada, que abrangia todas as atuais Avenidas Carlos

Barbosa, Teresópolis, Nonoai e Cavalhada, ligando o bairro da Azenha ao Ipanema, então uma região

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praticamente rural. A partir da década de 50, com o asfaltamento da Estrada, se tornaram populares no

bairro as corridas de ―baratinha‖ (apelido dado aos carros de corrida de Fórmula 1, pelo seu formato), que

percorriam a Rua Otto Niemayer até a Tristeza, passavam pela Pedra Redonda e Ipanema e retornavam

pela Estrada da Cavalhada, nas chamadas ―12 horas de Porto Alegre‖.

Com o crescimento urbano, cada trecho da Estrada da Cavalhada foi separado com uma

designação própria, e a Avenida Cavalhada passou a ser assim denominada por lei de 1957. As facilidades

de acesso ao bairro proporcionou sobremaneira o desenvolvimento da região, que cresceu

vertiginosamente a partir de então. No entanto, com o crescimento do Cavalhada, problemas típicos foram

se acumulando, principalmente a partir da década de 70: o Arroio Cavalhada, um dos mais longos de Porto

Alegre (nasce próximo ao Sanatório Belém, em Belém Velho, até desembocar no Rio Guaíba) se tornou

extremamente poluído e sujeito a inundações e desmoronamentos em suas margens. Apesar das inúmeras

reclamações dos moradores, em alguns pontos do arroio a canalização acabou ficando por

responsabilidade dos próprios habitantes, enquanto que em outros a Prefeitura canalizou definitivamente o

córrego. Atualmente, o arroio segue com graves problemas de poluição.

A presença de instituições de auxílio a populações carentes é marcante, como o Instituto Santa

Luzia, entidade de apoio e educação para deficientes visuais, bem como o Cidade de Deus, ligado ao

Departamento do Secretariado de Ação Social da Arquidiocese de Porto Alegre, que desde 1960 auxilia a

população do bairro na tentativa de melhoras das condições de vida. Fazem parte do bairro grandes

loteamentos como Parque Madepinho e Jardim das Palmeiras. A duplicação das Avenidas Cavalhada e

Eduardo Prado estimulou a construção de condomínios fechados durante a década de 90, diferenciando

uma parte do bairro da antiga conformação, na qual se destacavam prédios de menor porte. Com isso, o

comércio, que já se localizava nas principais avenidas do bairro, apresentou um novo crescimento, tornando

o Cavalhada praticamente auto-suficiente nesse sentido. Referências Bibliográficas: AHPAMV, Arquivo

Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho.

Arroio Cavalhada

O Arroio Cavalhada é um dos muitos cursos d’água que cortam Porto Alegre em todas as direções.

Sua nascente situa-se no alto do Morro da Pedra Redonda, de onde desce, passando pelo Morro Belém

Velho e, atravessando diversos bairros, vai desaguar no Guaíba, próximo ao Cristal.

Em seu percurso, ao aproximar-se do bairro Cavalhada,

já está bastante poluído. Mas se subirmos na direção de

sua nascente, quando nos aproximamos do bairro

Belém Velho já podemos encontrá-lo em condições

bastante boas. A partir daí, há trechos em que a água

ainda desce cristalina entre a vegetação original,

serpenteando sobre as pedras, dando-nos uma idéia

aproximada de como deveria ter sido antes.

Page 24: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

―Os arroios são rios guris... Vão pulando e cantando dentre as pedras. Fazendo borbulhas d’água no caminho: bonito! (...) e às vezes vão tão devagar que conhecem o cheiro e a cor das flores que se debruçam

sobre eles nos matos que atravessam e onde parece quererem sestear.‖ (Do poema ― Os Arroios‖, de Mário Quintana)

Cavalhada é Demais Cavalhada é que tem Um jeito legal É lá que as gurias Etc. e tal Nas manhãs de domingo No Zaffari encontrar O Pinheiro Machado Comprando por lá Cavalhada me faz Tão sentimental Cavalhada me dói Não diga a ninguém Cavalhada me tem Não leve a mal A saudade é demais É lá que eu vivo em paz Quem dera eu pudesse No shopping passear Ir ao Jardim das Palmeiras Dar uma volta por lá Passear pelas ruas Nas noites de verão Jogar um boliche No bar Revolução Cavalhada me faz Tão sentimental Cavalhada me dói Não diga a ninguém Cavalhada me tem Não leve a mal A saudade é demais É lá que eu vivo em paz Cavalhada é demais... Adaptação da música Porto Alegre é Demais, feita pelo aluno Bruno José Melo Farias, turma 81.

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C E N T R O

TURMA 71 – 7ª SÉRIE PROF.ª MÁRCIA

O Centro é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul.

Foi criado pela Lei 2022 de 7 de dezembro de 1959 alterada pela Lei 4685 de 21 de dezembro de 1979.

Características atuais

Por sua antiguidade, o Centro é a área de Porto Alegre que concentra a maior parte dos marcos

históricos da Capital, e também atuais. Alguns destes marcos são:

A Praça da Matriz, atual Praça Marechal Deodoro, onde a história da cidade começou, com

a construção da primeira igreja. Ali também teve início a Revolução Farroupilha. Em torno

da Praça existem importantes edifícios, como o Palácio Piratini (sede do Governo Estadual),

a Catedral Metropolitana de Porto Alegre, a Assembléia Legislativa e o Theatro São Pedro;

Page 27: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Cais do Porto, ponto de contato do Estado com o resto do país e do mundo;

Santa Casa de Misericórdia, um marco de quase dois séculos da Medicina no Estado;

Biblioteca Pública, que apresenta um raro calendário positivista em sua fachada e, em seu

interior, salas cujas decorações homenageiam culturas tão diversas como a egípcia e a

mourisca;

Prefeitura de Porto Alegre, na Praça Montevidéu, onde está a fonte Talavera de La Reina;

Igreja Nossa Senhora das Dores em estilo eclético é a mais antiga da cidade;

Museu de Artes do Rio Grande do Sul (MARGS);

Prédio Velho dos Correios e Telégrafos ("Correio Velho");

Museu Júlio de Castilhos;

Casa de Cultura Mario Quintana;

Santander Cultural;

Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa;

Usina do Gasômetro;

Museu da Companhia Estadual de Energia Elétrica;

Mercado Público de Porto Alegre;

O Centro é o lugar onde as denominações originais das

principais ruas e praças se mantêm intactas graças ao uso popular.

A "Rua da Praia", a mais central, é na verdade a Rua dos

Andradas.

Page 28: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Limites atuais

Av. Loureiro da Silva, Av. João Goulart até seu encontro com a Av. Mauá; desta até a sua

convergência com a Av. Presidente Castelo Branco; desta até seu encontro com o Largo Vespasiano Júlio

Veppo; deste até o Complexo Viário Conceição (túnel, elevadas, acessos e Rua da Conceição) em seu

prolongamento até a Rua Sarmento Leite; desta até a Rua Engenheiro Luiz Englert; desta até seu encontro

com a Avenida Perimetral e desta até a confluência da Av. Loureiro da Silva.

Page 29: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 30: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Shopping Nova Olaria Bar Opinião

C I D A D E B A I X A

TURMA 10 – CLASSE ESPECIAL

PROF.ª MARIA EDUARDA

O bairro Cidade Baixa é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio

Grande do Sul. Foi criado pela Lei 2022 de 7 de dezembro de 1959 e teve

Seus limites alterados pela Lei 4685 de 21 de dezembro de 1979.

O bairro faz limites com a Av. Praia de Belas, Getúlio Vargas, Venâncio Aires, João Pessoa e parte

da Borges de Medeiros.

Apesar das propostas de arruamento desde 1856, boa parte da Cidade Baixa permaneceu

desabitada por vários anos, principalmente o trecho entre as atuais rua Venâncio Aires e Rua da República.

Consistia em um terreno baixo e acidentado, cortado por árvores e capões, que dificultavam o trânsito e

facilitavam os esconderijos. O lugar abrigava tanto escravos fugidos quanto bandidos.

Em meados do século XIX, ―Cidade Baixa‖ foi a designação utilizada para toda a região situada ao

sul da colina da Rua Duque de Caxias. Mas, o território que hoje é conhecido como bairro Cidade Baixa

possuiu vários nomes associados ao seu território:

Arraial da Baronesa, Emboscada e ilhota.

A implantação das linhas de bonde de tração animal, através do Caminho da Azenha (Av. João

Pessoa) e da Rua da Margem (João Alfredo) contribuiu para a urbanização do local. A partir de 1880 novas

ruas foram inauguradas, como a Lopo Gonçalves e a Luiz Afonso. A atual Rua Joaquim Nabuco também foi

oficialmente aberta nessa época, batizada de Rua Venezianos, pois sediava o famoso grupo carnavalesco

com o mesmo nome. O carnaval da Cidade Baixa era reconhecido e prestigiado na época, com destaques

para os coros que movimentavam as ruas.

Características Atuais

Atualmente, o bairro se caracteriza pela grande quantidade de bares e é conhecido por ser o local

preferido dos boêmios da cidade, principalmente nas ruas General Lima e Silva, República e João Alfredo.

Page 31: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Situa-se próximo ao Parque Farroupilha (também

conhecido como Redenção), uma das áreas mais arborizadas

da capital gaúcha. A proximidade do campus antigo da

UFRGS

Favorece a concentração de universitários, intelectuais e

artistas.

O terreno baixo é irregular como define o próprio nome do bairro Cidade Baixa, deixou o bairro

isolado por muitos anos apesar das várias tentativas de ocupação que surgiram desde 1856. Da Azenha

(atual João Pessoa), e da Rua da Margem (atual João Alfredo), onde, na época chegava, o rio. Da Rua da

Margem saíam várias ruelas todas conhecidas por becos. Muitas delas se tornariam famosas por seus

nomes estranhos tais como: Beco do Vintém, Beco do Curral das Éguas, Beco dos Coqueiros e Beco

Ajuda-me a viver. Apesar de projetos de arruamento terem sido propostos desde 1856, boa parte da Cidade

Baixa permaneceu desabitada por vários anos, principalmente entre os trechos entre as atuais

Venâncio Aires e Rua da República, conhecido pelo nome de ―Emboscadas‖.

A partir da década de 1880, novas ruas foram abertas como a Lopo Gonçalves e a Luiz Afonso que

homenageavam vereadores da cidade. A Joaquim Nabuco, chamada também de Rua dos Venezianos, foi

aberta nesta época. O nome era uma homenagem a um famoso grupo carnavalesco. Aliás, o carnaval da

Cidade Baixa era um dos mais reconhecidos e prestigiados da época. Outra característica marcante do

bairro era a atmosfera familiar que imperava. As famílias de classe média costumavam colocar cadeiras na

calçada, assistiam matinês no cinema Capitólio e frequentavam armarinhos em busca de secos e molhados.

Avenida Praia de Belas

A origem do nome da Avenida Praia de Belas é controvertida. A via de cerca de 2,3 mil metros e

que batiza o bairro nasceu as margens do Guaíba. Já no século XIX, a faixa de terra à beira d água era

conhecida como Caminho de Belas.

A versão mais aceita é a de que o nome refere-se a Antônio Rodrigues Belas, comerciante e

morador da região.

Avenida Venâncio Aires

Em 11/12/1889, quando a Rua do Imperador mudou para a Rua da República, a Rua da Imperatriz

mudou para Rua Venâncio Aires, em homenagem ao ilustre paulista: Venâncio de Oliveira Aires, político e

jornalista, cunhado de Pinheiro Machado, propagandista da República e diretor do jornal ―Federação‖.

Avenida João Pessoa

A Avenida João Pessoa inicia no centro da Capital, na Avenida Salgado Filho.

Limite: à leste o Bairro Cidade Baixa, Bairro Farroupilha/Redenção, Bairro Santana e finaliza na Av. Bento

Parque Farroupilha ou Redenção

Page 32: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Rua da República

Travessa dos Venezianos

Gonçalves/Bairro Azenha. João Pessoa Cavalcante de Albuquerque nasceu na Paraíba, em 1878 foi grande

advogado e político, trabalhou na Justiça Militar, foi Auditor Geral da Marinha e Ministro do Supremo

Tribunal Militar.

Largo Zumbi dos Palmares

O Largo Zumbi dos Palmares, constituiu-se em espaço privilegiado de convivência comunitária. A

realização de uma das maiores feiras-livres do Rio Grande do Sul consolida-se como tradição no bairro.

Como costuma acontecer com as feiras-livres, a Feira ali realizada auxilia na regulação dos preços ao

consumidor, além de ser um ponto de encontro entre os moradores do bairro e arredores.

Rua da República

A antiga Rua do Imperador inicia na Avenida João

Pessoa e vai até a Praia de Belas.

Sua criação foi proposta pelo vereador Luiz da Silva Flores,

em 23/l1/1945, para homenagear a visita do Imperador D.

Pedro II e D. Tereza Cristina, a Imperatriz que pela mesma

razão e ocasião, originou a criação da Rua da Imperatriz

(atual Av. Venâncio Aires).

A proposta foi analisada pela Câmara Municipal em

30/10/1845, que aprovou a abertura destas duas ruas. As

copas das árvores se uniram formando um lindo túnel.

Travessa dos Venezianos

Travessa inicia na Rua Lopo Gonçalves e termina na Rua Joaquim Nabuco – unindo-as. Em 06 de

julho de 1936, quando a Rua Venezianos mudou seu nome para Joaquim Nabuco, conservou a

denominação original TRAVESSA VENEZIANOS, para esta pequena ligação constituída de um conjunto de

casas em fita/açorianos que foram tombadas pelo

Patrimônio Cultural do Município.

Estas casas são ditas, em fita, por possuírem telhado

contínuo e, apenas uma parede divisória comum entre

elas. O módulo, de um grupo lateral, tem duas janelas e

uma porta central. No outro lado, o módulo apresenta

apenas uma porta e uma janela. A distância entre estes

módulos tem a largura de apenas 09 metros, para

trânsito calmo e social.

A denominação VENEZIANOS faz nos crer, constituir

Page 33: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Casario antigo – Rua João Alfredo

Ponte de Pedra – Foto Antiga Ponte de Pedra Atualmente

uma homenagem a Sociedade Carnavalesca alojada naquele local e que disputava nos desfiles

classificação com a Sociedade Carnavalesca Esmeralda.

Entretanto, relatos históricos referem às inundações ocorridas copiosamente, em época de chuvas,

num passado distante, lembrando Veneza (Itália).

PONTOS TURISTICOS DO BAIRRO CIDADE BAIXA

Igreja Sagrada Família

Page 34: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

História do Príncipe Negro Custodio Joaquim de Almeida

O Príncipe Custódio, morou na rua Lopo Gonçalves, 498, bairro Cidade

Baixa.

CUSTODIO JOAQUIM DE ALMEIDA, nasceu no antigo reino de

DAOMÉ (atual BENIN), em uma fortaleza portuguesa chamada São João

Batista de Ajudá.

Seu nome verdadeiro era OSUANLELE OKIZI ERUPÊ.

Quando o país foi invadido em 1897 pela Inglaterra, os ingleses fizeram

um acordo: Custodio poderia viver em qualquer lugar do mundo, sendo

custeado pela coroa inglesa, mas não poderia pisar em solo Africano.

Evitando o massacre do seu povo.

Custodio partiu para o exílio, foi para o Brasil, chegou com 70 anos.

Primeiro foi para Salvador, depois Rio de Janeiro, chegou ao Rio Grande

do Sul, indo para Rio Grande, Pelotas e finalmente instalou-se em Porto

Alegre, a convite de Julio de Castilhos, que possuía câncer na garganta.

O Príncipe teve 8 filhos: 5 meninas e 3 meninos. Aos poucos a família foi crescendo já eram 26

pessoas vivendo com o Príncipe.

Carlinda, esposa de Borges de Medeiros, procura o Príncipe, ela vai pedir proteção para seu

marido, está preocupada com as lutas entre Chimangos e Maragatos.

As festas que aconteciam na casa do Príncipe duravam 3 dias e 3 noites, com muita comida e

bebida do bom e do melhor. Ricos e pobres compareciam as festas.

No verão, o programa era ir para a praia de Cidreira, naquela época uma viagem que duravam

alguns dias, o Príncipe levava semanas, pois era aguardado com festas em muitos lugares.

Mas a maior festa que o bairro CIDADE BAIXA já viu, foi quando o Príncipe completou 100 anos.

Muita gente ―de bem‖ foi abraçá-lo em sua casa. Para mostrar aos convidados que estava bem de saúde,

ele montou num cavalo e saiu a galopar. O Príncipe andou a cavalo até dias antes de morrer.

No dia 26 de maio de 1936, morre o Príncipe Negro Custodio Joaquim de Almeida aos 104 anos.

Verdade ou mentira? Historia ou lenda? O Príncipe Negro Custodio Joaquim de Almeida, existiu ou

não? Será que estas perguntas ficarão eternamente sem respostas? O Príncipe existiu, hoje ainda estão

vivos um filho que mora em Porto Alegre e duas filhas uma São Paulo e outra no Rio de Janeiro.

Page 35: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Participaram desta peça:

Príncipe – Nilson

Mãe e esposa do Príncipe – Camila

Carlinda - esposa de Borges de Medeiros –

Jaqueline

Empregado - Greisso

Julio de Castilhos – Henrique

Filho do Príncipe – Renan

Narradora – Professora Maria Eduarda

A Turma 10/Classe Especial agradece a professora Silvia, por nos ceder às alunas Camila e

Jaqueline, a professora Eloísa por nos ceder o aluno Renan e agradecemos aos alunos por colaborarem

conosco.

Page 36: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 37: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

C R I S T A L

TURMA 52 – 5ª SÉRIE PROF.ª CRISTINA

Há duas versões para o bairro ter o nome de Cristal: a primeira fala que o General Bento Gonçalves

da Silva e sua tropa, anos antes da Revolução Farroupilha, teria repousado sob a sombra de uma figueira

na região – esta, conservada até hoje pelos moradores do bairro situada na confluência da Rua Curupaiti

com a Av. Dr. Campos Velho. Como Bento possuía uma estância denominada Cristal, pode ter sido este o

motivo do nome do bairro.

A segunda versão trata do fato de que, no espaço onde se consagrou o bairro, havia uma rica

concentração de quartzos, que brilhavam no solo da região, fazendo com que a terra, brilhasse aos olhos

dos navegadores no rio, levando-os a apelidar a zona de ―cristal‖.

Apesar de a área fazer parte, primeiramente, da Sesmaria do Tenente Sebastião Francisco Chaves

e ter como denominação Estância São José, uma ocupação mais efetiva do arraial, posteriormente bairro,

iniciou somente no século XIX, com a chegada de famílias italianas que cultivavam pomares e hortas. Há

registros, também, que apontam para a existência, nesta mesma época, de charqueadas na região.

Page 38: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

No decorrer do século XIX, o Cristal passou a abrigar importantes instituições como a Hospedaria

para Imigrantes em 1881, que cedeu lugar, dezoito anos depois, ao alojamento do 3o Batalhão de Infantaria

da Brigada Militar e onde, posteriormente, foi construída a Enfermaria da Brigada. Neste mesmo período, há

um fato que tornou a área pouco atraente para novos moradores: tratava-se de local escolhido pelo Poder

Público para o despejo dos chamados cubos, depósitos usados para carregar dejetos humanos da área

central para a Ponta do Melo, também conhecida como Ponta do Asseio.

Durante a primeira metade do século XX, o Cristal insere-se no caráter de urbanização e

modernização concebido pela Capital, visto ter sido escolhido para abrigar o Hipódromo, o que se traduzia

em urbanização, modernidade e status. Outras instituições posteriormente se instalaram no bairro, como o

Estaleiro Só e a fábrica de garrafas térmicas Termolar.

Em função desse amplo estágio de urbanização,

avenidas foram asfaltadas, ruas foram abertas e novas

edificações construídas. Como pontos turísticos do

bairro estão, além do Jockey Clube, o Clube Veleiros

do Sul, o Iate Clube Guaíba , o Museu Iberê Camargo,

Barra Shopping Sul , Hipermercado Big, a TV Cristal e

não esquecendo do lindo pôr do sol às margens do

Guaíba.

Museu Iberê Camargo

Page 39: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

F A R R A P O S

TURMA 83 – 8ª SÉRIE

PROF.ª RENATA

Farrapos é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul.

Foi criado pela Lei 6218 de 17 de novembro de 1988.

Dados demográficos:

População/2000: 17.019 moradores

o Homens: 8.193

o Mulheres: 8.826

Área: 165 ha

Densidade: 103 hab/ha

Taxa de crescimento 91/2000: 2,6% aa

Número de domicílios: 4.814

Rendimento médio mensal dos responsáveis pelo domicílio/2000: 3,00 salários mínimos

Rendimento médio mensal do chefe do domicílio/1991: 2,2 salários mínimos

Limites atuais

Ao norte, desde o limite da faixa portuária seguindo pela Av. Padre Leopoldo Brentano em toda a

sua extensão; ao leste, a partir do ponto de encontro das avenidas Padre Leopoldo Brentano e a

A.J.Renner seguindo na extensão desta até a Rua Dona Teodora; ao sul, pela Rua Dona Teodora, desde a

Av. A.J.Renner até o ponto de encontro com D. Teodora com a Rua Voluntários da Pátria, seguindo em

linha perpendicular até e no sentido do Cais Marcílio Dias; a oeste, a partir do Cais Marcílio Dias, na altura

da Rua D. Teodora, daí seguindo no sentido da Rua João Moreira Maciel até o limite da faixa portuária.

A Av. Farrapos foi aberta em 1940 e estava prevista no ―Plano de Melhoramentos‖ do eng. João

Moreira Maciel desde 1914. Histórico

O bairro teve início pela Estrada da Floresta (atual Cristóvão Colombo), que ligava o centro ao

longínquo morro coberto de densa vegetação arbustiva, verdadeira mata virgem. Com o tempo, esta floresta

foi virando lenha para os fogões domésticos ou servindo de matéria-prima para madeireiras da região.

Assim, o morro foi sendo pelado, a estrada habitada e o bairro foi sendo gerado.

Em dezembro de 1849, no topo do morro ainda bastante arborizado, foi inaugurado um hospital, a

Casa de Saúde Bela Vista. Mais de cinqüenta anos depois, em 1903, o hospital foi adquirido pelo Exército,

tornando-se o Hospital Militar da Terceira Região, que contribuiu para o desenvolvimento urbano da região,

mas que atualmente não pertencendo mais aos limites do bairro.

Em 1888 foi construída a Igreja de São Pedro. Com a construção da igreja, em terreno doado por

uma senhora muito religiosa, Dona Carmen, a urbanização da região tomou novo impulso.

Page 40: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Com o passar do tempo, observou-se a tendência industrial da região, abrigando, entre outras, a

Bopp, Sasse, Ritter e Cia. Ltda. e a Cervejaria Brahma. Nas redondezas das fábricas, os funcionários foram

construindo suas casas.

Em 1925 o bairro foi remodelado, modernizando sua estrutura. Hoje, conta com grande variedade

comercial, preservando ainda algumas de suas indústrias e não deixou de ser residencial. Outras igrejas

foram erguidas, católicas e protestantes, respeitando a homogeneidade de seus moradores.

Características atuais

Atualmente, possui muitos prédios, na maioria antigos. Este bairro é conhecido principalmente pelo

altíssimo índice de prostituição, tanto nas avenidas principais, quanto em ruas paralelas. Pode-se achar

uma quantidade enorme de boates, além da chamada "prostituição de rua", à noite. Durante o dia

caracteriza-se por ser um grande bairro comercial, com moradias humildes e pitorescas, em razão dos

prédios antigos, em sua maioria das décadas de 1950, 1960 e 1970, tendo os mesmo pouca ou, às vezes,

nenhuma conservação.

Em virtude de sua história arquitetônica (imóveis de grande porte) juntamente com a desvalorização

que o bairro sofreu em virtude do descaso da prefeitura, oportunidades surgiram. Muitos empreendimentos

de grande porte, como o Shopping Total e o Shopping Floresta, bem como a migração de muitas empresas

de médio porte, estão contribuindo de forma significativa para o melhoramento do bairro.

Outro fator importante é que sua proximidade com o centro da capital gaúcha proporciona às

empresas e aos seus moradores facilidades no manejo e logística. Atualmente com os aportes financeiros

de capital privado, espera-se que o bairro encontre novo impulso rumo ao progresso do passado.

Localização

Próximo ao centro de Porto Alegre, e sendo via principal do aeroporto para o centro, este bairro tem

em como principais avenidas: Farrapos, Cristóvão Colombo, São Pedro e Voluntários da Pátria. Faz divisa,

além do centro, com os bairros Moinhos de Vento, Higienópolis e São Geraldo.

Page 41: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 42: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

F L O R E S T A

Foi pela Estrada da Floresta ( Cristóvão Colombo ), que tudo começou, ― ligando o centro ao

longínquo morro coberto de densa vegetação arbustiva, verdadeira mata virgem...‖ Com o tempo, esta

floresta foi virando lenha para os fogões domésticos ou servindo de matéria-prima para madeireiras da

região. Assim, o morro foi sendo pelado, a estrada habitada e o bairro se gerando.

Em 1849, no topo do morro ainda bastante

arborizado, construiu-se um prédio que em dezembro

do mesmo ano, inaugurou um hospital, a Casa de

Saúde Bela Vista. Mais de cinqüenta anos depois, em

1903, o hospital foi adquirido pelo Exército para tornar-

se o Hospital Militar da Terceira Região, não

pertencendo mais aos limites do bairro Floresta, mas

que ao seu tempo, contribuiu para o desenvolvimento

urbano de toda aquela região.

A instalação de um hospital por aquelas terras

gerou a necessidade de abrir-se vias de acesso.

Assim, ano após ano, via-se surgindo em torno da

Estrada da Floresta e demais vielas, casas e, logo em

seguida, algumas pequenas fábricas, principalmente

madeireiras e serralherias. Logo surgiu ali um espírito

de comunidade, e com ele a inspiração de se ter uma

igreja. Em 1888 foi construída a Igreja de São Pedro,

legitimando o processo de desenvolvimento

comunitário do bairro.

Ainda por esse tempo, o único acesso com a

cidade era a Estrada da Floresta, isolando a região do centro da cidade. Com a construção da igreja, em

terreno doado por uma senhora muito religiosa, Dona Carmen, a urbanização da região toma novo impulso

e já pelo início deste século vê-se alguns bondinhos passar por lá. É então que o nome da estrada principal

se espalha e estende-se a todo território, inspirando o surgimento do bairro Floresta.

Desde o final do século passado, observa-se a tendência industrial da região, abrigando, entre

outras, a Bopp, Sasse, Ritter e Cia. LTDA., onde hoje é a Brahma. Nesta cervejaria fabricaram-se as

famosas Continental e a Elefante, que há seus tempos foram as melhores cervejas que se tinha.

Page 43: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Não demorou muito para que os funcionários destes inúmeros postos de serviço construíssem suas

casas pelas redondezas de suas fábricas. Em 1925 o bairro é remodelado, modernizando sua estrutura.

Hoje, conta com grande variedade comercial, preserva ainda algumas de suas indústrias e não

deixou de ser residencial. Outras igrejas foram erguidas, católicas e protestantes, respeitando a

homogeneidade de seus moradores.

Page 44: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 45: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

G L Ó R I A

TURMA 72 – 7ª SÉRIE PROF.ª ELISA

Glória é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. Foi

criado pela Lei 2022 de 7 de dezembro de 1959, com limites alterados pela Lei 2681 de 21 de dezembro de

1963.

Dados demográficos

População/2000:8.809 moradores

o Homens: 3.996

o Mulheres: 4.813

Área: 105 ha

Densidade: 84 hab/ha

Taxa de crescimento 91/2000: (-)0,4% aa

Número de domicílios: 2.750

Rendimento médio mensal dos responsáveis pelo domicílio/2000: 10,37 salários mínimos

Histórico

Aspecto ainda semi-rural dos arredores do Morro da Glória, também conhecido como Morro da

Polícia

O arraial da Glória nasceu, no final do século XIX, por iniciativa da família Silveira Nunes, que doou

ao poder público um terreno através do qual foi aberta uma via de ligação entre duas estradas paralelas,

hoje conhecidas como Av. Carlos Barbosa e Av. Oscar Pereira.

A denominação Glória, segundo a tradição, remete à figura de Dona Maria da Glória, esposa do

coronel Manoel Py, o proprietário de um sobrado que servia como ponto de referência na região.

Page 46: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Antes do processo de urbanização, o bairro correspondia a um campo vasto, repleto de árvores de

grande porte. Nessa época, o único caminho existente era a Estrada de Belém - que ligava Porto Alegre à

povoação de Belém Velho - posteriormente chamada de Estrada da Cascata e, atualmente, de Avenida

Professor Oscar Pereira.

A inauguração da linha de bondes Glória, em 1896, contribuiu para o crescimento do bairro. Um

desenvolvimento mais intenso, todavia, se daria apenas a partir de 1935, quando o serviço regular de

abastecimento de água foi implantado.

Entre 1893 e 1894 foi construída uma

pequena capela que foi substituída, em 1915,

pela Igreja de Nossa Senhora da Glória. No

bairro também se localiza o Morro da Glória,

mais conhecido como Morro da Polícia (com

287 metros de altitude) que, junto com a Igreja

da Glória, se constituem em símbolos do bairro.

O Morro da Glória oferece magníficos

panoramas de todo entorno, desimpedidos de

qualquer obstáculo visual em todas as direções

salvo pelos lados Leste e Nordeste, e ainda em

certas partes apresenta características quase

rurais, mesmo distando relativamente pouco do

Centro da cidade.

Bem sobre o cume foi erguido o Santuário católico da Mãe de Deus. O bairro também é conhecido

por lá ter morado o cantor Teixeirinha.

Limites atuais

Rua Nunes da ponte sobre o Arroio Cascata até a Avenida Professor Oscar Pereira; por esta até a

Rua João VI seguindo até o Arroio Águas Mortas; pelo talvegue deste até encontrar a Rua Allan Kardec e

seu prolongamento por uma linha reta, seca e imaginária, na direção norte-sul, até encontrar a Rua

Manduca Nunes; por esta até encontrar a Rua Ascensão; desta, em direção sul, até a Rua Domício da

Gama e desta até a Rua Madre Ana indo, por esta última via pública, até a Rua Professor Carvalho de

Freitas; desta até a Avenida Cel. Aparício Borges seguindo até o ponto sobre o Arroio Cascata e, pelo

talvegue deste arroio, no sentido sul/norte, até a ponte da Rua Nunes na junção com a Rua Irmãos Calvet.

Roteiro de Peça de Teatro Apresentada por alunos da Turma 72

Victória - Oi gente! Nós da turma 72 estamos conhecendo e aprendendo a história do bairro Glória

Graziele pergunta pra Victória – Victória tu sabe dizer como era antigamente o bairro Glória?

Victória – Ah eu sei que lá pelo Século XIX (19) era conhecido como Arraial da Glória

Graziele – Mas, Luan conta pra nós como nasceu o bairro Glória?

Luan – Bom, foi assim: uma família chamada Silveira Nunes doou um terreno para o poder público e foram

abertas duas estradas. Você sabe Paula, quais eram estas estradas?

Igreja Nª Srª da Glória

Page 47: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Integrantes da peça e Professora Elisa

Paula – Sei sim, a Av. Carlos Barbosa, que passa

em frente ao Estádio Olímpico e a Estrada da

Cascata, que atualmente se chama Profº Oscar

Pereira, aquela onde tem vários cemitérios.

Graziele - Ouvi falar de umas Chácaras no bairro...

Victória - Ah sim, existiam muitas, pois com o inicio

do bairro, as famílias vinham passar as férias ou fins

de semana, já que o bairro era muito afastado do

centro da cidade.

Graziele – Alguém sabe dizer por que o bairro se chama Glória?

Luan - Existem duas hipóteses:

A primeira é que nome foi dado em homenagem a Dona Maria da Glória, esposa de um proprietário do

bairro, coronel Manoel Py

Paula – E a segunda é que foi devido a ―Gloriosa‖ Proclamação da República, um ano antes.

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Page 49: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

H I G I E N Ó P O L I S

TURMA 82 – 8ª SÉRIE PROF.ª ELISA

Higienópolis é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do

Sul. Foi criado pela Lei 2022 de 7 de dezembro de 1959.

Dados demográficos

População/2000: 9096 moradores

o Homens: 4211

o Mulheres: 4885

Área: 103 ha

Densidade: 88 hab/ha

Taxa de crescimento 91/2000: 0,1% aa

Domicílios: 3396

Rendimento médio mensal dos responsáveis pelo domicílio/2000: 17,53 salários mínimos

Características atuais

Neste bairro localizam-se algumas escolas, entre as quais o Colégio Pastor Dohms, fundado em

1931, e o Colégio Dom Bosco, fundado em 1952, que também é faculdade desde 2003. A paróquia católica

está localizada ao lado da escola.

No bairro também está localizado o Cemitério São João Batista e a sede de uma paróquia luterana,

a Igreja Martin Luther, existente desde 1934.Em 1983 foi construída uma nova sede. A paróquia dispõe de

um órgão de tubos, e por isso ali são realizados diversos concertos.

Entre as suas praças, está a Praça Província de Shiga.

Page 50: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Praça Província de Shiga

Limites atuais

Avenida Plínio Brasil Milano, da esquina da Av. Carlos Gomes até a Rua Mal. José Inácio da Silva;

desta até a Travessa Mal. Semeão e Travessa Humaitá, e por esta e seu prolongamento até encontrar a

Rua Américo Vespúcio; desta até a Rua São Francisco da Califórnia; desta até a Rua Cristóvão Colombo e

por esta até a Rua Dom Pedro II; desta até o seu projetado prolongamento até a Av. Carlos Gomes no

entroncamento com a Av. Plínio Brasil Milano.

Page 51: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 52: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Sociedade Hípica Porto-alegrense

H Í P I C A

TURMAS 34 E 36 – 3ª SÉRIE PROF.ª GISELE

Hípica é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul. Foi

criado pela Lei 6893 de 12 de setembro de 1991. Seu nome é atribuído a presença em seus limite da

Sociedade Hípica Porto alegrense.

Dados demográficos

População/2000: 10.363 moradores

o Homens: 5.065

o Mulheres: 5.298

Área: 447 ha

Densidade: 23 hab/ha

Taxa de crescimento: -

Número de domicílios: 2.924

Rendimento médio mensal dos responsáveis pelo domicílio/2000: 4,85 salários mínimos

Page 53: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Limites atuais

Estrada Cristiano Kraemer com Av. Juca Batista e desta última até o Arroio do Salso; pelo arroio, na

direção da foz, até o seu ponto de encontro com a rua Dorival Castilhos Machado; deste ponto, por uma

linha reta, seca e imaginária, até o encontro da Rua Agenor com Beco do Osório; deste ponto, por uma

linha imaginária, coincidindo com a rua projetada Diretriz 6315 do Plano Diretor, até o prolongamento da rua

Giorgio Negroni; por esta rua e seu prolongamento até a esquina da estrada Cristiano Kraemer com a Av.

Juca Batista.

Novos limites foram propostos para o bairro no projeto de lei PLL No 053/08.

Page 54: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Urbanização

O bairro atualmente está em crescimento demográfico, contando com loteamentos de boa

infraestrutura, tais como Vila Nova Ipanema, Urubatã, Nova Ipanema, Moradas da Hípica, Moradas do Sul e

Parque Amazônia.

Page 55: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 56: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

I A P I

TURMA 41 – 4ª SÉRIE PROF.ª CRISTIANI

O IAPI (pronuncia-se I-A-P-I, letra por letra), foi

um dos primeiros bairros operários de Porto Alegre,

erguido na década de 40.

Foi criado durante o governo do prefeito Ildo

Meneghetti, seu nome tem origem no Instituto de

Aposentadorias e Pensões dos Industriários (IAPI),

que financiou projetos de habitação popular em

grandes cidades do Brasil.

A residente mais ilustre foi Elis Regina, que

nasceu e cresceu no lugar.

É um bairro predominantemente de classe-média

baixa e pobre, mas tem muitas construções

interessantes.

A Vila do IAPI, berço de personagens como Elis Regina e David Coimbra, é um conglomerado de

prédios e casas de arquitetura peculiar e semelhante a um grande loteamento, localizado na cidade

brasileira de Porto Alegre.

Reportagens Elis Regina – trazidas pela turma

Page 57: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Escola de Samba União da Vila IAPI

Localização

O bairro localiza-se entre os bairros Passo d'Areia, Boa Vista, Higienópolis e São João, e suas

principais referências são as avenidas Plínio Brasil Milano e Assis Brasil. Não é um bairro oficial de Porto

Alegre, estando na verdade localizado no bairro Passo d'Areia.

Neste bairro surgiu a escola de samba União da Vila do IAPI.

Page 58: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 59: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

INDEPENDÊNCIA

TURMA 55 – 5ª SÉRIE PROF.ª CERES

Localizado próximo ao Centro de Porto Alegre, o bairro Independência tem suas origens no

segundo quartel do século XVIII.

Seu eixo principal, Avenida Independência, foi um caminho que

surgiu espontaneamente, como uma das saídas da vila de Porto

Alegre para a Aldeia dos Anjos (atual cidade de Gravataí).

Neste período, tem início a povoação da região, impulsionada pela

construção do moinho de vento e fundação da Igreja da Conceição,

em 1858.

Na mesma época, é fundada a Beneficência Portuguesa, que se

instala, primeiramente, numa sala cedida pela Santa Casa, passando,

em 1858, para sua sede própria, na rua da Figueira, atual Cel.

Genuíno, aguardando a construção do Hospital, que é inaugurado em

1870. No mesmo local até os dias de hoje, o prédio matriz conserva

seus traços originais, mesmo após suas instalações receberem

ampliações e reformas. Em finais do século XVIII é implantada linhas de bondes na região. Localizado em

parte elevada da metrópole, o bairro começa a tornar-se local preferido da classe média porto-alegrense, no

início do século, sobretudo a Av. Independência.

As construções ali realizadas – de destacada arquitetura - demonstram o crescimento industrial e

comercial da cidade. Aos poucos, a partir da década

de 1940, o desenvolvimento e urbanização de outros

arrabaldes em Porto Alegre fez com a classe média

diminuísse seu interesse por ali residir, e as casas

residenciais dão lugar a grandes prédios de

apartamentos e comerciais. Ainda assim, mantém-se

como um bairro tradicional, com antigos moradores

ainda ali residindo, oriundos das famílias que se

instalaram em seus primeiros tempos. Oficializado em

dezembro de 1959 pela lei nº 2.022, atualmente

dispõe de um variado comércio e serviços, mesclando ares de bairro residencial e comercial.

Além da Beneficência Portuguesa, está ali situado o hospital Presidente Vargas, inaugurado em

1947, mas desde 1978 presta serviços especializados no atendimento de adolescentes, de grávidas de alto

risco e com uma bem equipada UTI neo-natal; também presta atendimento na área da saúde mental. Boa

parte do Hospital Moinhos de Vento está sediada no bairro. No início da primeira década de 2000, o

Hospital da Criança Santo Antônio, antiga instituição de Porto Alegre, é transferido para Av. Independência,

esquina com a rua Sarmento Leite. Também dispõe de instituições de ensino tradicionais como os Colégios

Page 60: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Bom Conselho (fundado em 1905) e Nossa Senhora do Rosário, fundado em 1904, mas no prédio que

ocupa até hoje desde 1926.

Duas antigas praças fazem parte do bairro: a praça Dom Sebastião, em frente à Igreja da Conceição,

que possui este nome desde 1884, e a Praça Júlio de Castilhos, que é assim conhecida desde 1890.

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Page 62: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

I P A N E M A

TURMA 44 – 4ª SÉRIE PROF.ª CRISTIANE

O bairro Ipanema foi criado por lei que data de 1959. As origens do bairro remontam ao início da

década de 1930, quando o Ipanema não passava de uma grande zona rural de Porto Alegre. Locais

vizinhos como a Pedra Redonda, Tristeza e Cavalhada já apresentavam ocupação anterior a esta data, mas

o Ipanema ainda era uma região desabitada. Dessa forma, Oswaldo Coufal comprou uma parte da

propriedade então pertencente a Otto Niemayer, para em seguida loteá-la.

O bairro era caracterizado por ser uma zona de cultivo de arroz, milho, aipim e frutas, além da

presença de gado leiteiro. Toda essa produção era obtida através da irrigação que o Arroio Capivara

proporcionava à região. A única

possível via de acesso ao Ipanema

era pela Estrada da Cavalhada. O

bairro foi assim batizado por

Oswaldo Coufal, que desejava

homenagear a homônima praia de

Ipanema, na capital carioca. Com a

chegada dos primeiros moradores

ao local, a idéia da construção da

Igreja de Nossa Senhora Aparecida

tomou corpo em 1937, com o forte

incentivo de Dea Coufal (esposa de

Oswaldo e hoje nome de uma rua

do bairro). No entanto, algo que parece deixar claro o quanto o bairro permaneceu ainda um tanto

desconhecido é o fato de que o primeiro pároco da Igreja assumiu seu posto apenas em 1959. Com estilo

espanhol colonial, da Igreja parte a tradicional procissão dos motoqueiros, no dia 12 de outubro.

Durante as décadas de 50 e 60, o Ipanema passou a ser um bairro não apenas de veraneio, mas

também residencial. Moravam às margens do Guaíba alguns dos profissionais liberais mais bem sucedidos

da capital, como médicos e advogados, o que dava um caráter aristocrático ao bairro. Por estas

características balneárias, o bairro se tornou local de várias sedes campestres, como a da AABB e a da

Fundação Rubem Berta. No entanto, ao final da década de 60, a região perde sua balneabilidade devido

aos progressivos problemas de poluição que começavam a criar dificuldades em Porto Alegre. Passando

pelos mesmos problemas ambientais da maioria das demais praias da capital, o Ipanema ficou esquecido

pelas autoridades durante a década de 1970 e início da de 1980. Com isso, reclamações da população

envolvendo o Arroio Capivara, como constantes alagamentos e mau cheiro foram deixadas de lado.

Entretanto, o córrego foi canalizado em algumas partes. A partir da segunda metade da década de 80, o

Ipanema volta a ser motivo de atenção, graças aos projetos de Prefeitura sobre a construção de um aterro,

que aumentaria a largura da faixa de areia da praia. No entanto, o projeto não foi adiante pela discordância

entre a população do bairro e o governo municipal.

Page 63: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

No início da década de 1990, a Prefeitura elaborou um novo projeto paisagístico e urbanístico para

o Ipanema, dentro do programa Guaíba Vive. No entanto, a retirada dos bares irregularmente instalados na

beira da praia foi extremamente longa, tendo sido essa polêmica iniciada em 1989 e somente encerrada em

2000. Entretanto, a própria Prefeitura pôs o antigo plano em banho-maria, pois acreditou ser necessário um

novo projeto que abarcasse o planejamento de toda a orla do Guaíba conjuntamente, e não cada bairro ter

seu próprio modelo.

No início de 2004, o Morro do Osso, localizado no norte do bairro, foi ocupado por cerca de 25

famílias de índios caingangues, que afirmam ser antigos moradores do local, devido à presença de um

cemitério indígena na região. Até os dias de hoje, a situação não foi definida.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AHPAMV, Arquivo Histórico de Porto Alegre Moysés Vellinho. FRANCO, Sérgio da Costa. Porto

Alegre: Guia histórico. Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 1992.

Http://www.portoalegre.rs.gov.br

Calçadão do bairro Ipanema

Page 64: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 65: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

J A R D I M B O T Â N I C O

TURMA 33 – 3ª SÉRIE PROF.ª ROSEMARI

Jardim Botânico é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande

do Sul. Foi criado pela Lei 2022 de 7 de dezembro de 1959. Dentro deste bairro fica o Jardim Botânico de

Porto Alegre

Dados demográficos

População/2000: 11.494 moradores

o Homens: 5163

o Mulheres: 6331

Área: 203 ha

Densidade: 57 hab/ha

Taxa de crescimento 91/2000: (-)0,6% aa

Domicílios: 4171

Rendimento médio mensal dos responsáveis pelo domicílio/2000: 12,32 salários mínimos

Limites atuais

Do ponto de convergência da Av. Ipiranga (talvegue do Arroio Dilúvio) com a Rua Gen. Tibúrcio;

desta pela Rua Eça de Queiroz, Rua Itaboraí e Rua Machado de Assis; desta até a Rua Felizardo até

encontrar a Rua Felizardo Furtado; desta até o limite norte com o Jardim Botânico e por este limite sempre

por uma linha reta, seca e imaginária, direção oeste/leste, até a Avenida Cristiano Fischer; por esta até a

Av. Ipiranga seguindo pela linha do Arroio Dilúvio até o ponto de convergência com a Rua Gen. Tibúrcio.

Page 66: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 67: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

L A M I

TURMA 42 –46ª SÉRIE PROF.ª KARLA

O bairro Lami até a década de 70 era bastante isolado do restante da cidade e seus moradores

eram, em sua maioria, pescadores que retiravam do Guaíba seu sustento, uma vez que as águas eram

próprias para pesca.

O bairro não possuía vias de ligação com o centro da cidade e isso dificultava uma maior integração

econômica entre os pescadores e os locais de venda de seus produtos.

A partir da década de 70, a construção da estrada ligando Lami e Belém Novo contribuiu para uma

valorização do bairro.

Page 68: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Também foram fatores que contribuíram para o crescimento do bairro Lami:

Constituição da Reserva Ecológica do Lami

Incentivo ao turismo

Reserva indígena Guarani

Instalação do aterro sanitário

Projeto de urbanização e paisagismo

Calçadão

Novo sistema de iluminação pública

Em 1992 o Lami foi o primeiro bairro de Porto Alegre a ter suas águas liberadas para banho.

Page 69: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 70: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

M E N I N O D E U S

TURMA 63 – 6ª SÉRIE PROF.ª LUCY

É um dos bairros mais antigos e tradicionais da cidade de Porto Alegre. O nome do bairro originou-

se da capela construída junto às ruas José de Alencar e Avenida Getúlio Vargas.

Os caminhos que cruzaram esta zona eram raros. Havia um principal que margeava o Guaíba, e

que se chamava Caminho de Belas. Por se tratar de um bairro aprazível, aos domingos, principalmente nos

dias quentes, muita gente em pesados carros ou a cavalo visitavam o bairro que naquela época possuía

uma vegetação exuberante e poucos habitantes.

Em 1853 com visita do bispo Dom Feliciano Prates a esta capital, ordena que se construa uma

Capela do Menino Deus principalmente nas noites de 24 de dezembro a fim de comemorar o natal.

Page 71: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

As festas na Capela se tornaram muito conhecidas e com isso o desenvolvimento do bairro foi se

acelerando.

Inicialmente eram bondes com

tração animal da Companhia Carris,

sendo que o primeiro bonde em 1881,

no seu percurso do centro da cidade

até o final do Menino Deus demorou

seis horas.

Hoje o bairro Menino Deus é

considerado um dos bairros mais

agradáveis para se morar. Tem como

característica o comércio, casa de

cultura e lazer, com residências

modernas e antigas que dão um

charme especial ao bairro.

Page 72: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 73: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

M O I N H O S D E V E N T O

TURMA 61 – 6ª SÉRIE PROF.ª GRACIELA

Moinhos de Vento é um dos mais belos e antigos bairros de nossa cidade, com uma área de 96

hectares, relevo formado basicamente por rochas elevadas, limitando-se com bairros Auxiliadora,

Mont’Serrat e Rio Branco.

Ganhou este nome devido aos moinhos trazidos pelas famílias de açorianos que ali se

estabeleceram, era também o lugar onde plantavam e moíam trigo.

Fatores que contribuíram para o crescimento do bairro:

Implantação da linhas de bonde pela companhia CARRIS em 1893.

Criação do Prado Independência

em 1894 (atual hipódromo) que mais

tarde foi transferido para o bairro

Cristal, surgindo em seu lugar o

Parque Moinhos de Vento (atual

Parcão) que se tornou o maior

atrativo da região.

Construção da Hidráulica Moinhos

de Vento em 1904, e com ela trouxe

a abertura de várias ruas nas suas

proximidades.

Page 74: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

A inauguração em 1927 do Hospital Alemão, hoje muito conhecido por Hospital Moinhos de Vento,

na divisa com o bairro Independência.

População/2000: 8067 moradores

Homens: 3469

Mulheres: 4598

Área: 82 há

Densidade: 98 hab/há

Taxa de crescimento 91/2000: (-) 0.2% AA

Números de domicílios: 3187

Rendimento médio mensal dos responsáveis pelo domicílio/2000: 29,664 salários mínimos

Taxa de alfabetização da população com 15 anos e mais: 99,318%.

Características atuais

Um dos bairros mais elegantes de Porto Alegre foi bastante modificado nos últimos anos através da

construção de muitos edifícios residenciais e com a grande expansão do comércio, com a construção de

shoppings, lojas, bares e restaurantes ao longo de suas calçadas.

Há seis anos, o Moinhos de Vento também abriga um dos melhores hotéis da cidade, o

internacionalmente reconhecido Hotel Sheraton.

O Moinhos, conforme é chamado pelos seus freqüentadores, possui bastante arborização,

residências, diversas lojas e prédios comerciais, e muitas opções de diversão e lazer. Abriga a Avenida

Goethe e a Rua Fernando Gomes, conhecida como a ―Calçada da Fama‖ local perfeito para um happy our

com os amigos.

Ambas são locais para curtir a noite porto-alegrense, pois apresentam grande quantidade de bares

e restaurantes, e por onde passa muita gente bonita e famosa. Também encontramos no Moinho de Vento

a Rua Padre Chagas, a rua mais badalada de Porto Alegre, com diversos bares, restaurantes e lojas de

grifes famosas.

O parque moinhos de Vento (ou ―Parcão‖) é um ótimo lugar para a prática de exercícios, além de

cenário para várias atrações culturais – inclusive, há no local um moinho de verdade. No bairro também

estão localizados clubes tradicionais como associação Leopoldina Juvenil e o Grêmio Náutico União.

Page 75: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Localização

É contornado pelas ruas 24 de Outubro, Mostardeiro, Comendador Caminha, Quintino Bocaiúva e

Cortado pela Av. Goethe.

Informações Gerais

O Parcão, como também é conhecido pelos porto-alegrenses, foi oficialmente criado em 1972,

possui 115 mil metros quadrados e localiza-se no sofisticado bairro que leva o mesmo nome.

O nome ―moinho de vento‖ lhe foi atribuído em virtude da existência, em sua área, de moinhos que

transformavam o trigo em farinha. O Rio Grande do Sul foi o maior produtor de trigo no Brasil no final do

século XVIII e na segunda década do século XIX.

Um fator positivo para o desenvolvimento do bairro foi a abertura do Prado Independência

(hipódromo) em 1894. Sua remoção para o bairro Cristal, em 1957, propiciou a implantação do Parque

Moinhos de Vento.

Page 76: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 77: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

N A V E G A N T E S

TURMA 21 E 24 – 2º ANO PROF.ª DÓRIS

Principais Pontos e características do Bairro

Tem o nome da Santa Padroeira

Localização: entre o Centro da cidade e o Vale dos Sinos

Ponte do Guaíba

Shopping DC Navegantes

Igreja Nossa Senhora dos Navegantes

Parque mais próximo: marechal Mascarenhas de Moraes

Principal rua: Frederico Mentz

Seis escolas: quatro estaduais, uma municipal e uma particular

Quilombos: antigamente o povoado negro tocava os tambores e as outras pessoas

aproximavam-se para assistir

Albergue Municipal

Tinha um trem de ferro que levava as pessoas até Novo Hamburgo

Posto de Saúde e Farmácia Distrital que atende os bairros mais próximos

O bairro possui várias retíficas e metalúrgicas por isso é muito poluído.

Page 78: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

O Bairro Navegantes é um dos mais antigos da cidade. Sua localização já era nítida nas plantas da

cidade no final do século XIX. As origens e ocupação da região estão ligadas ao trajeto para as colônias

alemãs a partir 1824 e, em meados do século XIX, a ocupação do bairro já era digna de nota. Desde seu

início, o bairro Navegantes já demonstrava sua importância devido à ligação que fazia entre o Centro da

cidade e a região de imigração (vale do Rio dos Sinos), além da antiga Estrada de Baixo em direção a

Gravataí, Santo Antonio e Osório.

Em 1874, houve a implantação da Estrada de Ferro Porto Alegre – Novo Hamburgo, o que

dinamizou bastante o bairro, sobretudo após a inauguração da primeira Estação Navegantes, por volta de

1886. Ainda no século XIX, a região revelou-se com forte vocação industrial, e especialmente a partir de

1890, quando várias indústrias da Capital instalam-se no bairro. O crescimento industrial contribuiu para o

aumento da população, pois seus moradores, em sua maioria operários, passaram a habitá-lo em função da

proximidade com seus locais de trabalho.

Em 1875, é criada a capela consagrada a Nossa Senhora

dos Navegantes, devoção introduzida pelos imigrantes

portugueses poucos anos antes. No entanto, a construção da

capela só ficou pronta em 1897, erguida em terreno doado pela

senhora Margarida Teixeira de Paiva, dona de vastos terrenos

na região. A capela foi elevada a condição de Paróquia em

1919, já na sua atual sede. Em frente à Igreja, está localizada a

Praça Navegantes, onde é realizada uma das maiores

expressões religiosas da cidade: de acordo com a fé católica, é

comemorado no dia 2 de fevereiro a devoção a Santa Padroeira

da Capital – Nossa Senhora dos Navegantes.

Um dos grandes impactos urbanísticos para a região do bairro Navegantes foi a construção da

ponte sobre o Rio Guaíba, inaugurada em 1958. Com a nova edificação, a tradicional Praça Navegantes

ficou em baixo de uma das elevadas, mas se manteve centro dos festejos realizados anualmente em honra

da Santa Padroeira.

Page 79: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Oficialmente, o bairro Navegantes foi criado pela lei nº 2022 de 07/12/1959, sendo seus limites

oficiais assim estabelecidos: rua Voluntários da Pátria, da esquina da Av. Brasil até o seu prolongamento

por uma linha na direção oeste/leste, seguindo a margem atual do rio até encontrar a rua Dona Teodora;

desta até a Praça do Bombeador; deste segue pela avenida Ceará até a avenida Brasil; desta até encontrar

novamente a rua Voluntários da Pátria. Porém em 1988 o decreto de lei nº 6218 altera os limites norte do

bairro que passa a ser definido a partir do Cais Marcílio Dias no sentido até o ponto de encontro das ruas

Voluntários da Pátria e Dona Teodora.

Atualmente, a região mantém seu caráter industrial, entretanto ampliou o setor de serviços. No

bairro está localizado um dos maiores centros comerciais da cidade, o Shopping DC Navegantes, que

atende tanto aos moradores do bairro quanto à redondeza, com seu comércio, restaurantes, teatro e, mais

recentemente, um campus de faculdade gaúcha.

Referências Bibliográficas: FRANCO, Sérgio da Costa. Porto Alegre: Guia Histórico. 2º edição.

Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1992. MACEDO, Francisco Riopardense de. Porto Alegre :

Origem e Crescimento. Porto Alegre, Livraria Sulina, 1968. http://www.portoalegre.rs.gov.br/spm

Page 80: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 81: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

PARTENON

TURMA 12 – 1º ANO PROF.ª MARILENE

Este bairro foi criado pela Lei 2022 de 7/12/59, com limites ampliados no sentido leste, pela Lei

6572 de 08/01/90. Os bairros que se avizinham são: Vila João Pessoa, São José, Santo Antônio, Glória,

Santana, Santa Cecília, Petrópolis, Jardim Botânico, Jardim do Salso, Jardim Carvalho e Agronomia. O

nome faz referência ao templo Partenon, localizado em Atenas, Grécia, que tinha por objetivo homenagear

a Deusa Minerva. Em Porto Alegre, o nome Partenon foi adotado por um grupo de literatos, que criou a

―Sociedade do Partenon Literário‖, fundada no ano de 1868. Seus associados sonhavam construir ali uma

réplica do Partenon Grego.

Notícias da época dão conta que, em 1873, onde hoje é a Igreja

Santo Antônio, nos altos da rua Luis de Camões, foi solenemente

lançada a pedra fundamental do templo, que se manteve somente nessa

inauguração. Na mesma conjuntura em que estava sendo planejado o

Partenon, se estabelecia também um grande plano de urbanização e

loteamento para a área, valorizando a natureza e o clima agradável da

região.

Em função de um acordo, o loteamento usufruiria do nome Partenon e

a sociedade receberia parte do terreno a ser loteado, o que não

aconteceu. Mas, em 1899, a sociedade se dissolve e doa seus terrenos a

Santa Casa de Misericórdia.

Afora este plano piloto, o loteamento recebeu outros impulsos para

a sua urbanização, dentre eles o bonde que, apesar de levar mais de

uma hora para completar o trajeto do centro ao bairro, facilitou muito a vida dos moradores da região.

Ainda no século XIX, o bairro tornou-se cenário do primeiro hospital psiquiátrico do Estado: 41

alienados inauguraram os pavilhões do Hospício São Pedro, que teve sua primeira pedra assentada no dia

02/12/1879, e foi inaugurado formalmente em 1884. Atualmente, o bairro é cortado pela a Av. Bento

Gonçalves, que se tornou uma das principais artérias da cidade de Porto Alegre, era conhecida por ―Estrada

do Mato Grosso‖. Às margens desta avenida se desenvolveu uma ampla rede comercial, que vai de

pequenos estabelecimentos a hipermercados reconhecidos nacionalmente.

Page 82: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

A mesma diversificação de oferta se dá também no que se refere à educação onde, na mesma

avenida, encontramos desde escolas de segundo grau estaduais e particulares, até a Pontifícia

Universidade Católica do Rio Grande do Sul, que inaugurou seu Campus em 1968, ocupando uma grande

área dentro do bairro. O Partenon tem com uma de suas marcas os grandes contrastes em termos

residenciais, talvez em função de sua grande área, que perfaz 470 ha. Observa-se nele diferenças

marcantes, como por exemplo, caracterizam as áreas da Intercap e a vila Maria da Conceição: a primeira

possui belas praças, amplas ruas pavimentadas e arborizadas, com residências bem distribuídas no espaço

e, em sua grande maioria, construídas em alvenaria, e a Conceição, possui casas distribuídas de acordo

com as possibilidades do morro, geralmente construídas em madeira e com estrutura precária.

Page 83: Livro do projeto bairros de Porto Alegre
Page 84: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

R E S T I N G A

TURMA: 43 – 4ª SÉRIE PROF.ª ANDRÉA

Restinga é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul.

Foi criado pela Lei 6571 de 8 de janeiro de 1990, que denomina de Bairro Restinga as atuais Vila Pitinga,

Vila Restinga Nova, Vila Restinga Velha, Vila Mariana, Barro Vermelho, Chácara do Banco, Vila Flor da

Restinga, Vila Monte Castelo e Vila Santa Rita

Dados demográficos

População/2000: 50.020 moradores

Homens: 24.008

Mulheres: 26.012

Área: 2.149 ha

Densidade: 23 hab/ha

Taxa de crescimento 91/2000: 4,6% aa

Número de domicílios: 13.421

Rendimento médio mensal dos responsáveis pelo domicílio/2000: 3,03 salários mínimos.

Histórico

É um dos maiores bairros da cidade, distante do Centro e também é um dos maiores pólos

de pobreza. Sua fama é de ser um bairro violento.

A partir da década de 40, vários agricultores mudaram-se para as cidades, procurando

melhores condições de vida. Os migrantes chegaram a Porto Alegre cheio de sonhos e com esperança de

melhoria de vida. Contudo, aqui deparavam-se com uma triste realidade: a indústria requeria mão-de-obra

especializada. Restava ao agricultor sujeitar-se a aceitar empregos como biscateiro, catador de papel etc.

Foi quando surgiram as malocas em Porto Alegre. Os casebres, localizados no antigo bairro da Ilhota

Page 85: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

(próximo à Avenida Azenha), formavam várias vilas pela cidade. A Lei de 30 de dezembro de 1965, que

criou o Departamento Municipal de Habitação (DEMHAB), transferiu os habitantes destes casebres para um

local 22 km longe do centro de Porto Alegre, a Restinga.

De 1966 até 1971 não houve preocupação em melhorar a vida da população da Restinga.

Enquanto esperavam pelas melhorias prometidas pelos governantes, os moradores resolveram se unir para

lutar por seus direitos e por proteção contra possíveis atos de violência.

Características atuais

O que era para se transformar num grande grupo habitacional, o maior de Porto Alegre e

um exemplo para o Brasil, hoje em dia é um dos bairros mais populosos da cidade, com uma população três

vezes maior do que do que a imaginada. A paisagem da Restinga caracteriza-se pela presença de cavalos,

carroças e pelas figueiras preservadas pelos moradores, que dão ao local uma imagem de interior em meio

ao asfalto. O bairro é um exemplo em sua infra-estrutura nas áreas regulares, contando com várias praças,

campos de futebol e entidades que desenvolvem diversas atividades para a comunidade.

Personagens célebres do bairro

Como todos os bairros, a Restinga traz consigo alguns personagens que ali nasceram e

ajudam a trazer uma nova imagem ao bairro, que é um dos mais distantes do centro de Porto Alegre mas,

nem por isto, é menos importante do que os outras subdivisões da capital gaúcha.

No esporte, o personagem mais destacado é o jogador de futebol Paulo César Tinga, que

iniciou no Grêmio e já jogou no Botafogo e no Internacional. Filho de uma faxineira, o menino Paulo César

jogava futebol nos campinhos restinguenses até fazer testes no Grêmio, onde começou a jogar em 1997.

Em 2002, aquilo que era um sonho torna-se realidade na comunidade da Restinga: é

inaugurada a Unidade Social ACM Vila Restinga Olímpica. Foi apostando na inserção social de jovens em

situação de risco, através do esporte, que a Associação Cristã de Moços do Rio Grande do Sul juntamente

com o Instituto Dunga de Desenvolvimento, começou, em 2002, a transformar a vida de crianças e jovens

dessa comunidade.

Tinga, teu povo te ama!

Este é o grito de guerra da escola

de samba mais famosa da Zona Sul de

Porto Alegre, a Estado Maior da Restinga,

fundada em 1977 e sete vezes campeã

do carnaval porto-alegrense. Seu

contingente é formado, maciçamente, por

moradores do bairro e das vilas ao redor

da Restinga, além de moradores do Eixo

Extremo-Sul da cidade.

Page 86: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Corre a história, entre os componentes mais tradicionais da escola, de que somente

assumem funções-chave na escola - intérprete do samba, diretor de bateria, diretor de harmonia e diretor de

carnaval - aqueles que agradarem à comunidade. Alguns nomes famosos do carnaval de Porto Alegre já

participaram da escola sem o mesmo sucesso obtido em outras agremiações, talvez pelo fato de não

contarem com a simpatia da comunidade.

A outra escola de samba do bairro é a União da Tinga, fundada em 1989 por dissidentes do

Estado Maior da Restinga. Com uma estrutura muito menor do que a sua vizinha, a Tinguinha, como é

chamada, vem lutando por um espaço notável no carnaval da cidade. Participou do Grupo Especial de 1994

à 1997, tendo como melhor colocação o quarto lugar em 1995.

Limites atuais

Os limites são os seguintes: do encontro da Av. Edgar Pires de Castro com a Estrada Costa

Gama, indo por esta no sentido norte até a Estrada Octávio Frasca. Por esta até a Estrada do Rincão e por

esta até a Estrada João Antônio da Silveira. Deste ponto, por uma linha reta, seca e imaginária até o marco

geodésico do Morro São Pedro. Deste marco, por uma linha reta, seca e imaginária até a esquina da Av.

Edgar Pires de Castro com a Estrada Francisca de Oliveira Vieira, indo, finalmente, pela Av. Edgar Pires de

Castro até encontrar a Estrada Costa Gama.

Pólo Moveleiro do Bairro Restinga é Inaugurado na Capital

Seis empresas que compõem a Associação Moveleira Metropolitana trabalharão para potencializar a

produção

O Pólo Moveleiro do bairro Restinga, na Capital, foi inaugurado no final da manhã deste

sábado pelo prefeito José Fogaça, no Parque Industrial. O secretário municipal da Produção, Indústria e

Comércio (Smic), Idenir Cecchim, anunciou a conclusão das obras da cobertura com mais de 500 metros

quadrados do Pólo Moveleiro, que servirá de oficina compartilhada onde ficarão máquinas, matérias-primas

e ferramentas.

Seis empresas que compõem a Associação Moveleira Metropolitana (Ormetro), das quais

cinco já estão em funcionamento, vão trabalhar em conjunto para potencializar a produção: Marcenaria

Personart, Meik-Móveis, Monticeli Móveis, Marcenaria M. Haffe, Oficina Cor e Albion Móveis.

O grupo de pequenos empresários do ramo moveleiro traça um plano de ações com base

em atividades conjuntas, visando ao fortalecimento do setor na região. A Rede Ormetro comercializa móveis

sob medida para residências, comércio, indústria, hospitais, além de armações, forros e esquadrias.

O projeto de criação do Pólo Moveleiro na Restinga foi elaborado com a presença do titular

da Smic, por meio da antiga Incubadora Empresarial da Restinga (Ietinga), em outubro de 2005. A

concepção do principal Arranjo Produtivo Local do Parque Industrial (PIR), resultado de parceria da

prefeitura e Associação das Empresas Moveleiras de Bento Gonçalves, tornou o Pólo Moveleiro uma

realidade.

Clientes como Copesul e Outback Steakhouse optaram pelos móveis produzidos na

Restinga. Isso é a prova da qualidade dos produtos. Os ótimos resultados respaldam os arranjos produtivos

locais promovidos pela prefeitura — destaca Cecchim.

Page 87: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

Conforme dados da Smic, a Restinga possui 22 mil jovens para formação de mão-de-obra.

O projeto consiste na formação de um condomínio empresarial do ramo moveleiro. O Pólo Moveleiro tem a

supervisão técnica da Pontifícia Universidade Católica (PUC). As informações são do site da prefeitura.

Fonte:

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Economia&newsID=a1796491.

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A Atuação da Polícia no Bairro Restinga - Breve Análise

Texto produzido para o II Encontro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Oficina 2: Rede latino-americana de policiais e sociedade civil

O objetivo da análise é mostrar, através das ações de polícia desenvolvidas pela 2ª Cia de Polícia

Militar do 21ºBPM, no bairro Restinga , que, apesar de desenvolver significativo trabalho comunitário, suas

ações de repressão ao crime seguem os padrões dos demais Batalhões de Polícia, ou seja, atuações

fragmentadas e individualizadas, que pouco contribuem para a melhoria das condições de segurança

daquela comunidade. É preciso mudar esse quadro.

A 2ª Companhia de Polícia Militar pertence ao 21º Batalhão Polícia Militar e sua área de

atuação é basicamente o bairro Restinga.

O bairro Restinga iniciou sua povoação em meados dos anos setenta, a partir de loteamentos

planejados pelo Departamento Municipal de Habitação (DEMHAB). A Prefeitura de Porto Alegre, através do

DEMHAB, implementou políticas de remoção de favelas espalhadas pela cidade e transferiu seus

habitantes para a Restinga, localizada à cerca de 22 Km de Porto Alegre. A paisagem caracteriza-se pela

presença de cavalos, carros de boi e pelas figueiras preservadas pelos moradores que dão ao local uma

impressão de zona rural, muito embora em sua avenida principal ocorram acidentes e atropelamentos como

qualquer outro bairro da cidade.

Hoje, o bairro Restinga é um dos mais populosos da cidade, apresenta grande

vulnerabilidade social. Está entre os bairros onde ocorre o maior número de homicídios. A ambivalência das

políticas de urbanização dividiu a Restinga em duas áreas, a Nova e a Velha, separadas pela avenida

principal do bairro.

Page 88: Livro do projeto bairros de Porto Alegre

O espaço denominado Restinga Nova, é relativamente estruturado, possui ruas calçadas,

rede de água e esgotos, iluminação e apresenta problemas de segurança comuns a um bairro de periferia.

Já na Restinga Velha, a infra-estrutura é muito precária, pois a maioria dos loteamentos são invadidos. A

principal característica deste lado do bairro é a intensa atividade de grupos que compram e estocam drogas.

A população envolvida nesta atividade é composta principalmente por jovens entre 10 e 24 anos de idade e

que se submetem a esse tipo de atividade por absoluta fala de opções e oportunidades. Esses grupos

controlam seus territórios porque estão fortemente armados. Seus integrantes são da própria comunidade e,

por isso, acabam sendo protegidos pela chamada Lei do Silêncio. A presença do Estado no local é quase

inexistente e a comunidade acaba se apoiando mais nos traficantes do que no próprio Estado para a

resolução de seus problemas.

O bairro possui uma territorialidade espacial e social marcada pela diferença e pelo estigma.

A comunidade devido a esses fatores é organizada e luta por melhores condições de vida, criando

mecanismos de proteção constituídos por cidadãos que trabalham com hip-hop, mídias alternativas,

promotoras legais populares, enfim, atividades alternativas que contribuem para melhor ocupação do tempo

e diminuição da violência no bairro. Todas essas iniciativas tem o apoio e participação dos integrantes da 2ª

Cia do 21ºBPM , seja em debates ou prestando segurança nos locais dos eventos. Da mesma forma, esteve

sempre presente na construção de alternativas para a melhoria das condições de vida do bairro, tais como a

manutenção do atendimento da unidade de saúde 24 hs. , pois a ULBRA (Universidade Luterana) que

prestava esse atendimento, retirou suas equipes por discordar das condições de trabalho impostas pela

prefeitura. Na ocasião, as Associações de bairro, o 21º BPM, através da 2ª Cia, a polícia civil, o poder

legislativo (representado por vereadores) e até o Poder judiciário (representado pela juíza) uniram-se e,

num curto espaço de tempo conquistaram a permanência do atendimento 24 hs, não com a ULBRA, mas

com o Hospital Moinhos de Vento.

O que se quer mostrar com este exemplo, é que a 2ª Cia do 21º BPM desenvolve seu

trabalho promovendo ações conjuntas tanto com a comunidade quanto com os demais órgãos do Estado

presentes na comunidade. No entanto, quanto às ações de repressão ao crime, a 2ª Cia sofre todas as

limitações impostas pela conjuntura atual, e pouco ou nada contribui para a melhoria das condições de

segurança desta comunidade.

Neste sentido, a Conferência das Nações Unidas sobre assentamentos humanos – A Habiat

2 (1996), ocorrida em Istambul (Turquia), foi a última promovida pela ONU que iniciou em 1990 com uma

cúpula mundial sobre a infância, cúpula da terra (Rio 92), Conferência sobre direitos humanos (Viena 93),

Conferência sobre população e desenvolvimento (Cairo 94), Cúpula Social Mundial (Copenhague 95) e a

Conferência Mundial sobre Mulheres (Pequim 95). O evento tentou encontrar soluções para problemas de

assentamentos humanos sustentáveis. Dentre os indicadores apontados está: -― A compreensão sociológica

da função social da polícia no agregado urbano.‖

A função social da polícia precisa ser ampliada. A sociedade reivindica uma ação mais

decisiva no atendimento de suas necessidades básicas de segurança. Para exemplificar, vejamos um

atendimento realizado pela 2ª Cia, a captura de um foragido por porte ilegal de armas, na Restinga Velha.

Ao analisar o histórico da ocorrência, não se pode deixar de fazer o seguinte questionamento: - A captura

deste indivíduo melhorou as condições de segurança daquela comunidade? O indivíduo em questão tinha

17 anos, morava com a avó que por sua vez abrigava no casebre, a neta com um filho de 07 anos. Nenhum

dos moradores da casa tinha emprego. O sustento de todos era mantido por este adolescente que prestava

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serviços a um dos grupos de traficantes da vila. Em que pese a ação ilegal cometida pelo adolescente:

Porte ilegal de armas, a ação da polícia foi eficiente, mas não eficaz, na medida em que, este adolescente é

substituído em sua função por outro, pois há recurso humano suficiente para este fim. Por outro lado, o

grupo familiar do qual o adolescente pertence, fica sem condições de suprir suas necessidades básicas,

uma vez que o Estado é ausente. Verifica-se nesse exemplo também, a evidente desagregação familiar

presente nessa e na maioria dos casebres da vila. Não há mais a presença do pai e da mãe. A avó abriga

os filhos dos filhos e a cada geração, as oportunidades diminuem e a chances de exclusão aumentam.

Verifica-se também, que a opção feita pelo adolescente visa tão somente suprir as necessidades mínimas

de sobrevivência do grupo familiar, a julgar pelas condições precárias de moradia em que vivem.

Assim, verifica-se que mesmo desenvolvendo um forte trabalho comunitário no bairro

Restinga, a 2ª Cia de Polícia Militar, no atendimento de ocorrências e repressão ao crime, segue os padrões

adotados pelos demais Batalhões.

A atividade policial, como é atualmente concebida, é relativamente nova, especialmente se

levarmos em conta que o exercício do policiamento ostensivo, planejado e executado pela polícia militar,

ocorreu no final da década de 1960. A Polícia Militar ainda busca firmar-se no exercício desta atividade e,

acima de tudo, necessita construir uma identidade própria e definir claramente suas funções.

É urgente a necessidade de mudança. As corporações precisam organizar e planejar

estrategicamente suas práticas policiais. É preciso pensar em ações conjuntas com os demais órgãos do

Estado, e que dão suporte à Segurança Pública. É preciso unificar condutas e informações para o

enfrentamento da violência, com qualidade e eficácia, assim, poderemos estar melhorando as condições de

vida dessas comunidades.

A OCUPAÇÃO DA RESTINGA

Na década de 40 a subabitação agravou em Porto Alegre. Como ocorreu a expansão da

indústria, milhares de agricultores ficaram sem trabalho, isto é, trocaram a mão-de-obra pela mecanização

na lavoura e vieram para a cidade em busca de melhores condições de vida. (Depoimento 1)

Devido aos migrantes terem vindo pra

cá surgiram as malocas, isto é, não tinham

dinheiro suficiente para comprar casas.

Os migrantes que vinham para Porto

Alegre moravam no centro de Porto Alegre,

isso porque podiam fazer biscates e era

perto de suas moradias. (Depoimento 2)

Em 1966 essas pessoas que estavam

nas malocas foram removidas para a

Restinga. Não havia luz nem água. Só tinha

um ônibus que saia às 5 horas e voltava às

18 horas. (Depoimento 3)

Em 1970 estava pronta a Restinga

Nova. As pessoas da Restinga Velha

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deveriam ter o privilégio de morar na Restinga Nova, o que não houve. Pessoas de outras localidades

compravam sem problema algum.

Enquanto a Restinga Nova não sofreu acréscimo de população recentemente, pois não

foram construídas novas unidades, nem prédios projetados para a quinta unidades vicinal,a Restinga Velha

foi sendo ocupado por novos aglomerados.(Depoimento 4)

Os novos aglomerados, alguns em áreas que não eram do Demhab,foram aos poucos se

organizando em associações e se aproximando dos núcleos mais antigos, porque dependiam da mesma

infra-estrutura de saneamento básico, transportes e saúde.

"Nossa associação começou a se formar em 81, mas apareceu a partir de 82(...) Então nossas

conquistas foram fruto do trabalho da associação com a comunidade em geral. Nós buscamos pra cá água,

a energia elétrica. A nossa primeira conquista foi abertura das ruas, porque não tinha ruas traçadas‖.

(Depoimento 5)

RESTINGA-- Ganhou o nome devido à vegetação existente.

1966-- Data em que o nome Restinga foi oficializado.

1970-- Data da fundação da primeira escola, José do Patrocínio.

1977-- Hoje contamos com Escola de 2ª Grau, a Esplanada da Restinga , praça onde

acontece grandes eventos,duas escolas de samba -Estado Maior da Restinga e União da Tinga-,o Cecores

,área de recreação e lazer ,diversas praças,o ambulatório da Outra, Distrito Industrial da Restinga e "Tinga"

jogador destaque do Grêmio, entre outras benfeitorias e destaque do bairro Restinga.

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T E R E S Ó P O L I S

TURMA 22 – 2º ANO

PROF.ª Mª DAS GRAÇAS

A origem do bairro segundo a tradição, remota ao ano 1876, quando Guilherme Ferreira de Abreu

dividiu um terreno de sua propriedade em lotes a fim de assentar algumas famílias imigrantes italianos. O

nome do Loteamento seria uma homenagem a seu irmão, Francisco Ferreira de Abreu, médico no Rio de

Janeiro e agraciado por D. Pedro II com o título de Barão de Teresópolis.

A área do bairro é de 295 hectares. A densidade é de 44 habitantes por hectares.

O número de domicílios é 3.950. A taxa de crescimento 2000 é de 1 ao ano. O rendimento médio do

chefe de família é 6,42 salários mínimos.

O clima do bairro é ameno devido à presença da mata nativa.

Havia algumas chácaras destinadas ao repouso e veraneio. E outras áreas destinadas à produção

de vinhos, hortifrutigranjeiros e criação de animais de pequeno porte.

No século XIX, a Praça Guia Lopes se tornou o núcleo central de Teresópolis.

Seu primeiro nome foi Praça Dona Maria Luiza.

A circulação dos bondes no bairro proporcionou aumento da população.

Foi construída na praça a capela Nossa Senhora da Saúde. Em homenagem a protetora dos

italianos que ali residiam.

Acontece na praça à primeira festa da uva, organizada por moradores da Vila Nova e Teresópolis.

Dr. Campos Velho tirou o primeiro lugar no conjunto de uvas para a mesa e para o vinho.

A segunda festa da árvore, existindo ainda hoje, na praça um momento referente à preservação da

mesma.

A capela Nossa Senhora da Saúde se tornou paróquia e foi responsável pela criação da escola São

Luiz.

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Outra instituição a fazer parte do bairro foi a Igreja Episcopal Anglicana do

Brasil em 1923, construída sob influência da arquitetura gótica.

Também fazia parte do bairro à extinta escola Cruzeiro do Sul, na qual

passaram celebres personalidades como Érico Veríssimo e Josué Guimarães.

Outras instituições vieram a fazer parte do bairro como Hospital Espírita da

Porto Alegre, Círculo da Luz, baseado na doutrina espírita de Allan Kardec,

Teresópolis Tênis Clube, Penitenciária Feminina Madre Pelletier, Casa Bom Pastor

(pensionato feminino).

Hoje o bucólico bairro de Teresópolis convive com a intervenção da

urbanização da cidade como a construção da III Perimetral que trouxe

transformações de grande porte para a área.

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T R I S T E Z A

TURMA 35 – 3ª SÉRIE PROF.ª ROSE

Tristeza é um bairro da cidade brasileira de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul.

Foi criado pela Lei 2022 de 7 de dezembro de 1959.

Histórico

O nome do bairro se origina do apelido do mais antigo habitante da região chamado José da Silva

Guimarães, o "Tristeza". Até o final do século XIX, a região que daria origem ao bairro Tristeza era

basicamente rural e despovoada.

Em 1900, com a inauguração da Estrada de

Ferro do Riacho, intensificou-se o desenvolvimento do

bairro. Outro fator importante para o seu crescimento

foi a instalação da rede elétrica, em 1923.

De caráter fortemente residencial, tem se

tornado ao longo dos anos um pólo comercial para a

Zona Sul da cidade. Sua principal atração é o Morro

do Osso, parque natural com bela vista para a cidade

e para o lago Guaíba.

Limites atuais

Da margem do rio Guaíba, pela Avenida Copacabana até encontrar a Rua Padre João Batista Réus,

desta até a Av. Wenceslau Escobar; desta até a convergência com a Av. Cel. Marcos, daí por uma linha

reta, seca e imaginária até o ponto cotado do Morro do Osso; deste, na direção sul/norte, até encontrar a

Rua Álvaro Guterres e no prolongamento desta até a Rua Marechal Hermes; desta até a Rua General

Rondon; deste ponto por uma linha reta, seca e imaginária até a Rua Cel. Aristides com a Rua Cel. Massot;

por esta, em direção oeste, até Av. Wenceslau Escobar; desta até a Avenida Copacabana e desta até

encontrar a margem do rio.