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Yúhaikapavo Vemó’u Lições Ambientais dos Terena Avidades em língua Terena LIVRO DO PROFESSOR CHRISTIANE GIOPPO (ORG.)

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Yúhaikapavo Vemó’u

Lições Ambientais dos TerenaAtividades em língua Terena

LIVRO DO PROFESSOR

CHRISTIANE GIOPPO (ORG.)

ATIVIDADES Em LínguA TEREnA

ChRISTIAnE gIOPPO(ORGANIzAdORA)

Yúhaikapavo Vemó’u Lições Ambientais dos Terena

dEPARTAMENTO dE TRANSPORTESUNIVERSIdAdE FEdERAL dO PARANÁ

2015

LIVRO DO PROFESSOR

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Vétekeke

Enepora vétekeke hánaiti, kóane éxoti, áhati ivávakea xâne hane ôvo xoko ovoku uté. Apé koéne xo̍ ópetina yane̍ e noíxoane, píkoane, úkeane ehakóvo:

– Ako pikêa, kíxoane úte, íhexa îha Váva koéha ra mbéyo, éxoti.

Ihíkaxoti: Matilde Miguel Pereira

VE veLIÇÃO 1 VÉ T E K E K E

SEQuÊnCIA DIDÁTICA

Leitura deleite: opcional

Conteúdo: répteis/vétekeke

Objetivo:• Identificar diferentes tipos de animais.• Pesquisar tipos de animais em extinção (répteis).• Classificar• Construir um texto relacionado ao conteúdo.

Recursos:• Livro didático Yuhaikapavo Vemo’u• vídeos, revistas, jornais, fotos• materiais do educando.

Estratégia/Desenvolvimento:

1ª Etapa:

• Leitura deleite.

• Iniciar cantando a seguinte música:

Um, dois, três indiozinhosQuatro, cinco, seis indiozinhos,Sete, oito, nove indiozinhosDez no pequeno bote.Íam navegando pelo rio abaixoQuando o jacaré se aproximouE o pequeno bote dos indiozinhosQuase, quase virou.Mas não virou...

• Ensinar os estudantes a fazer a coreografia da música.

• Perguntar aos estudantes: “você conhece Jacaré...”

• Escutar as respostas e comentar com os estudan-tes sobre a música enfatizando que nesta lição estu-daremos o Jacaré e as características desse animal.

Jacaré

Este Jacaré é grande, muito manso, e gosta de observar as pessoas. Ele mora na casa da minha irmã mais velha. De repente apareceu uma visita que, vendo o jacaré, ficou com medo e saiu em disparada:

– Não tenha medo, disse minha irmã, chame-o pelo nome, o nome dele é Vavá, e ele é manso.

Ihíkaxoti: Matilde Miguel Pereira

Eduardo Ratton

Christiane Gioppo

A realização do Programa de Educação Ambiental BR262 – Faço parte deste Caminho é uma medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal conduzido pelo Ibama.

Coordenador de Projetos

Programa de Educação Ambiental BR-262/MS

Analice delfino Vicente CaboCristiane Vertelino Marquesdalila Luizdélio delfino Marilene Moreira RibamarMatilde Miguel PereiraNilza Leite AntonioRegina Miguel de MoraesRosely Fialho Miguel diasSônia Regina Soares Marques Batista

Felipe Justino Moreira Héber delfino da SilvaKléber Básilio Cabo

Professores colaboradores – Aquidauana

Estudantes colaboradores – Aquidauana

www.sxc.huPrograma de Educação Ambiental BR262 – Faço parte deste Caminho.

Fotos e ilustrações

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• Em seguida ler a história do livro “Lições Ambien-tais dos Terena” e a partir da leitura perguntar:“Você acha que todos os jacarés são mansos como o Vavá?”“Será que pode-se criar um Jacaré em casa, como foi contado na história?”“Os jacarés podem ser domesticados?”

• A partir das respostas da turma e das discussões que elas geraram, perguntar ainda:“A história de Vavá é real ou imaginada?”“O que você acha que é uma história imaginada?”

• Escutar com atenção as respostas dos estudantes, dialogando com eles sobre o real e o imaginado. Co-mentar um pouco sobre a diferença entre imaginar uma história e contar uma história que ocorreu, de verdade.

• A partir disso propor que os estudantes, em dupla, escolham um animal da preferência deles, imaginem uma história e escrevam a história imaginada.

• Após as histórias imaginadas terem sido escritas, cada dupla deverá lê-las para a turma.

• depois que todas as histórias forem lidas, o pro-fessor poderá digitar o material e montar um livro e deixá-lo à disposição na caixa de leitura.

• Avaliação:– Verificar se a história foi imaginada ou a dupla contou uma história que aconteceu na aldeia ou em outro local.

– Observar a participação das duplas na atividade.– Analisar a coesão do texto da história, observando se há relação entre os parágrafos, se o texto tem um começo e um final.– Avaliar a leitura do estudante observando alguns aspectos como os listados no quadro 1 (abaixo).– Observar que essa sugestão não inviabiliza nem se sobrepõe ao preenchimento da ficha de avaliação proposta pela Secretaria de Educação do Município (Ficha descritiva do aluno para avaliar o desempe-nho nas diversas áreas), ou o instrumento de registro de acompanhamento da aprendizagem das crianças proposto pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na idade certa. A intenção é apenas a complementação de informações de forma visual.

2ª Etapa:

• Nesta etapa trabalharemos a família silábica VE e também a introdução ao significado de substantivo.

• Propor novamente a leitura da lição do Vétekeke, para trabalhar a compreensão do texto (livro “Lições Ambientais dos Terena”). Em seguida solicitar aos es-tudantes que resolvam os exercícios 1, 2 e 3.

• depois de compreender o texto iniciar o trabalho com a família silábica VE e resolver os exercícios.

• Após compreender o texto e a família silábica VE vamos trabalhar com a noção de substantivo. Expli-car o significado de substantivo e resolver os exercí-cios 5 e 6.

Lê com harmonia e ritmo

Lê soletrando

Lê parando nas palavras difíceis

Lê dando ênfase às pontuações

-

+

+

-

+

-

-

+

nunCA ÀS VEzES / PARCIALmEnTE SEmPRE

QUAdRO 1 – AVALIAÇÃO dE LEITURA

3ª Etapa:

• Na etapa anterior iniciamos a compreensão do significado de Substantivo, nesta etapa aprofundare-mos esse significado.

• Para entender substantivo comum pedir aos alu-nos que recortem figuras de jornais e revistas que representem substantivos comuns.

• Montar um painel com as imagens deixando espa-ço entre elas para que os alunos escrevam os subs-tantivos comuns que aparecem nas imagens. Certi-ficar-se de inserir algumas imagens de répteis tais como: jacarés, jabutis, cágados, serpentes diversas, lagartos, lagartixas, etc. Se precisar selecione algu-mas imagens previamente para disponibilizá-las para a turma.

• É importante ter o cuidado de, na hora de prepa-rar o painel, deixar separado a parte dos répteis, pois estes serão utilizados na próxima etapa.

• Para entender substantivo próprio pedir aos alu-nos que escrevam o nome de seus animais de es-timação e também de dois coleguinhas da turma (substantivo próprio).

• Avaliação:– Verificar se o estudante consegue: recortar/colar/nomear pelo menos dois substantivos comuns. A partir da realização das atividades propostas.– Nomear e escrever pelo menos dois substantivos próprios.– Explicar, oralmente, a diferença entre os dois.

4º Etapa:

Nas etapas anteriores estudamos um pouco de Lín-gua Portuguesa e Língua Terena, agora vamos estu-dar ciências, especialmente os répteis.

• Apresentação de vídeo (répteis).

• Produção de texto sobre seu animal doméstico.

• Realizar as atividades do livro.

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SEQuÊnCIA DIDÁTICA

Eixos contemplados: língua portuguesa, matemáti-ca, Geografia, História, Educação Física, Arte e língua terena.

Leitura deleite: A Casa Sonolenta

Conteúdos: • Geografia e História: tipos de moradia e tipos fa- miliares• Língua Portuguesa: leitura, produção escrita e oralidade (descrição). • Matemática: grandeza de medidas e numerais, instrumentos de medidas• Artes: proporção de estruturas volumétricas• Língua Terena: oralidade, leitura e escrita.• Educação Física: lateralidade e orientação espa- cial

Objetivos:• Identificar formas geométricas, grandezas de me- didas.• Construir a maquete externa da casa e posicionar espacialmente a maquete das casas de cada aluno.• Escrita da palavra “casa”, dos nomes das ruas, os nomes dos pontos de referência no trajeto da casa para a escola.

Recursos: livro didático Yuhaikapavo vemo’u, Livro do acervo do PNLd: A casa sonolenta. Material do educando: caderno, lápis, borracha, cola, tesoura, lápis de cor Material da Escola: isopor, material de papelão reciclado (por exemplo: caixa de pasta de dentes, caixa de fósforos) espuma, papel manilha, pincel atômico, tinta guache, sulfite, canetinhas, cola colorida, giz de cera, massinha de modelagem, e li-vro:

Estratégia/Desenvolvimento:

1ª Etapa:

• Leitura deleite do livro “A casa sonolenta”.

• Interpretação oral do livro: como é a casa / onde fica a casa / quem mora na casa /

• desenhar a família que aparece na história.

• O professor questiona sobre a família do estudan- te. É similar a do livro / quantas pessoas / quem são

• desenhar a família do estudante e compará-la oral- mente com a família do livro (tipos familiares).

• Avaliação: – descrição oral de cada estudante sobre sua casa e sua família– Analisar se o aluno consegue diferenciar, a partir do desenho, a família descrita no livro e a família dele.

2ª Etapa:

• Aula de observação do meio. Professor e estudan-tes saem pela aldeia observando as casas, as ruas, a localização, os nomes de ruas. Trabalhar lateralidade (esquerda direita, frente e atrás em diferentes posi-ções).

• desenhar o trajeto da escola até a casa do estu-dante identificando ruas, e pontos-chave (por exem-plo: uma quadra de esportes, ou um pé de fruta).

• Avaliação: – Se o aluno consegue perceber lateralidade (direita, esquerda, frente, atrás).– Se o aluno é capaz de desenhar e identificar o trajeto da escola até a casa (orientação espacial).– Produção escrita da identificação dos nomes de rua e pontos do trajeto.

3ª Etapa:

• Construir a maquete do exterior da casa de cada estudante. Para fazer isso primeiro use os pés para medir a o comprimento e a largura externa da casa. Identificar a forma geométrica da casa.

• depois usar a régua para transformar o número de pés em uma medida de centímetros.

• depois de cada casa construída é hora de fazer a montagem espacial das casas, posicionando cada casa em relação as demais e a escola (volume e orientação espacial).

• Avaliação: – A capacidade do estudante medir largura e com primento usando os pés. – Se o estudante consegue comparar a proporção da medida de pés com a medida em centímetros.– Se o estudante consegue posicionar espacialmen- te sua casa em relação as demais.

4ª Etapa:

• Ler o texto do livro e fazer as atividades.

• Pedir que cada estudante observe o desenho e a maquete que fez da casa dele e perceba as dife-renças entre o bidimensional (desenho com largura e comprimento) e o tridimensional (largura, compri-mento e volume).

• Avaliação:– Se a casa construída tem similaridade com a casa original do estudante, ou seja, se ele desenvolveu ca-pacidade de observação e reprodução de desenho e maquete a partir dessa observação (por exemplo: se a casa do estudante tem duas janelas e uma porta na frente a maquete e o desenho devem ter também duas janelas e uma porta na frente).

Ovokúti

Ovokúti râˈa.

Óvoku sêno koéhati ârunoe, kúxoti ko̍ ovokuti yara vipuxovoku. Ápemaka peyo tamúku koéhati Neguinha, ako kurika enepo ape yonoku ne únae.

Ihíkaxoti: Analice delfino Vicente Cabo

VO voLIÇÃO 2 O V O K Ú T I

Casa

Esta é uma casa.

É a casa de uma senhora chamada Albina, moradora antiga da nossa comunidade. Ela tem uma cadela chamada Neguinha, quando sua dona sai a cadela vai junto, não larga dela.

Ihíkaxoti: Analice delfino Vicente Cabo

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KA kaLIÇÃO 4 H Ô V O V O Y O K O K Á M O

Hovôvo Yoko kámo

Apé koénehi ne kámo yoko hovôvo parekáxokokoti, éxoa hovôvo xuxápayea ne kámo. Yane kóusokovone ne kámo motovâti ehákeovo, kene ne hovôvo hóˡuxone iníkone, motovâti kóhirereyeovo xoko turíxeovoku vékoku ehákeovohiko. Koêku vekoku ehákeovo ne kámo koane noíxea ne hovôvo anúˡukeane. Yoko yeˡekovone símea xoko hunókoku nóixoane kámo ne hovôvo, simotíne.

Hara kôe ne kúxotinoe xâne, ako ápasika itúkeovo xúnati Yoko hánaiti, itea itúkeovo ne apêti éxone Yoko itúkeovo koˡisóneti, koane konokoâti akóyea omótova okóvo ne xâne.

Ihíkaxovoti: Felipe Justino Moreira (9º ano)

O sapo e o cavalo

Certo dia um cavalo e um sapo apostaram uma corrida. O sapo sabia que o cavalo era veloz. O cavalo se preparou para a disputa e o sapo reuniu seus amigos e colocou-os ao longo do trajeto. Por mais que o cavalo corresse continuava a ver o sapo na dianteira. E, quando já estava no final, o cavalo percebeu que o sapo já tinha chegado.

Nossos antepassados diziam que não bastar ser forte e grande, tem que ser sábio, inteligente e amar o próximo.

Ihíkaxovoti: Felipe Justino Moreira (9º ano)

SEQuÊnCIA DIDÁTICA

Eixos contemplados: Língua Portuguesa, Matemáti-ca, Ciência, História.

Leitura Deleite: Música O sapo não lava o pé

Conteúdos:• Língua Portuguesa: leitura• Matemática: maior/menor• Ciências: animais• História/Geografia: meios de transporte

Objetivos:• desenvolver as habilidades de leitura• Identificar maior/menor• Reconhecer as características de animais anfíbios/ equinos• Pesquisar os meios de transportes mais utilizados na comunidade local

Recursos: Livro didático Yuhaikapavo vemó’u, lápis, caderno, borracha, tesoura, colaMetodologia/Estratégia

Estratégia/Desenvolvimento:

1ª Etapa:

• Ler o texto Hôvovo Yoko kámo para desencadear a atividade

• Pedir aos alunos que identifiquem qual animal que aparece no texto é considerado maior e/ou menor

• Identificar as figuras de animais e nomeá-los (o professor deverá selecionar figuras de animais me-nores e maiores para que os alunos façam duas colu-nas para recortar e colar)

• Avaliação:– Avaliar se o aluno consegue realizar a leitura indi- vidualmente– Avaliar a capacidade de diferenciar animais maio- res e menores– Avaliar a capacidade de construir duas colunas se- parando animais menores e maiores

2ª Etapa:

• Perguntar aos alunos se conhece outra fábula con- tada na família

SO soLIÇÃO 3 S O P Ô R O

Sopôro

Enepone kopénoti ainovo noti sopôro. Énomonemaka itukóvo koati nókone ûti. Itúkokono ipixáti ne tonóˈiti mótoki sopôro, ipíxa ohone tutíye, ukêti yoko oêti. Ako axúˈina ya vípuxovokuke itukoâti yúkui.

Koáne vaháˈaxo ne ipunúpae. Súkeokono ina itutúkokono motovâti kalísoyea, yane usonéˈe ina ho̍ ûxo xe̍ éxaxapa ne Têrenoe, motovâti kóuhepekea níkea ipunúpae.

Ihíkaxovoti: Kléber Básilio Cabo (9º Ano)

O Milho

Os indígenas são plantadores de milho. É o que mais necessitamos. Da casca do milho verde se faz remédio para dor de cabeça, dor nos olhos e dor de dente. Algumas pessoas fazem pamonha.

Nós também gostamos da farinha de milho. Torramos e socamos até virar pó. Depois de pronta os Terena juntam a família para saborear prazerosamente a farinha de milho.

Ihíkaxovoti: Kléber Básilio Cabo (9º Ano)

• Encenar a fábula do sapo e o cavalo: dividir dois grupos (hôvovo Yoko kámo)

• desenhar os personagens da história hôvovo Yoko kámo

• Avaliação:– Avaliar o desenvolvimento da oralidade – Avaliar o desempenho dos grupos durante a ence- nação– Avaliar o desenho

3ª Etapa:

• Cantar a musiquinha “O sapo não lava o pé”

• Comentar sobre animais répteis

• Expor figuras de outros animais répteis para en- riquecer o conhecimento em relação a este tipo de animais

• Avaliação:– Avaliar o conhecimento prévio do aluno sobre ani- mais répteis– Pesquisar a classificação do cavalo – Avaliar se o aluno compreendeu a diferença entre equinos e répteis

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SEQuÊnCIA DIDÁTICA

Eixo contemplado: língua portuguesa, língua terena, ciências, artes e matemática.

Leitura deleite: Bom dia todas as cores! Ruth Rocha (Opcional)

Conteúdo: Mitos e crendices, Úpikovoe kouhé exo-voti, quantidades (matemática), cores (artes e ciên-cias), luz (ciências).

Objetivos:• Reconhecer a importância e o significado do mito do arco-íris exposto pelos anciões. • Reconhecer que mitos relativos ao arco-íris exis- tem em diferentes culturas, inclusive a cultura cien-tífica.• Fortalecer a comunicação e o idioma Terena• Contar e recontar, comparar as explicações sobre o arco-íris• Identificação de cores e cores primárias (artes)• Reconhecer quantidades e visualizar graficamente as quantidades (empilhar) (matemática)• Reconhecer a luz branca como a composição de todas as cores

Recursos: Livro didático Yúhaikapavo vemó’u, ca-derno, lápis, borracha, papel sulfite, cartolina, lápis de cor, giz de cera, EVA, papel cartão, cola quente, pistola, cola de bastão, tesoura, cristais, projetor e internet.

metodologia/Estratégia

1ª Etapa:

• Ler o livro “Bom dia Todas as cores!” de Ruth Ro-cha para desencadear a atividade.

• Pedir que os estudantes identifiquem as cores nas roupas que vestem no dia dessa aula.

• Reconhecer a existência de várias cores.

• Pedir aos estudantes que representem a si mes-mos em um desenho, usando as roupas que gostam, em seguida devem pintar o desenho, especialmente as roupas.

• Identificar nos desenhos as cores primárias (artes)

• Observar, a partir da análise das roupas dese-nhadas, as cores preferidas da turma (por exemplo, quantos desenhos têm roupas azuis, amarelas, ver-des, vermelhas, e outras) e observar que cores apa-recem com maior frequência e com menor frequên-cia.

• Usando quadradinhos de cartão coloridos e peda-cinhos de fita adesiva, peça a cada aluno que cole os quadradinhos no quadro ou na parede, empilhando os cartões da mesma cor. desta forma, ao final, será possível visualizar graficamente as cores escolhidas

pela turma (matemática). Um exemplo pode ser visto abaixo, onde cada tom de cinza corresponde a uma cor. Observe que se a criança estiver com mais de uma cor, todas devem ser computadas, assim, o nú-mero de quadradinhos é maior que o número de es-tudantes.

• Avaliação:– da capacidade de leitura e compreensão de texto do estudante no livro Bom dia todas as cores.– Avaliação do desenho– Matemática (reconhecimento dos números e quantidades e visualização de quantidades)

2ª Etapa:

• Convidar um ancião da comunidade local para palestrar sobre o mito do arco íris e comparando as crenças do passado a atualidade (cultura terena)

• Fazer um desenho que represente a história con-tada pelo ancião. (compreensão da oralidade a partir de imagem)

• Ler a lenda do arco-íris de outras culturas, por exemplo a lenda do pote de ouro (ver anexo 1). (ou-tras culturas e o mito do arco-íris)

• Fazer um desenho da lenda do pote de ouro (ou outra escolhida pelo professor).

• Comparar as duas lendas (ou mais conforme o que foi apresentado pelo docente).

• Avaliação:– Por meio dos desenhos dos estudantes observar a compreensão das duas lendas.

3ª Etapa:

• Realizar leitura coletiva ou individual do texto Úpi-kovoe kouhé exovoti

• Realizar as atividades do livro em dupla.

• Avaliação:– da leitura do estudante por meio da leitura do texto (oral)

– Na escrita e compreensão a partir das atividades do livro– Ouça a música além do arco-íris: http://www.you-tube.com/watch?v=5IG7WM9PwtA&hd=1– Faça com os alunos um trabalho de interpretação gestual da musica.

4ª Etapa:

• Nomear as cores do arco-íris.

• Observar a sequência em que estas cores apare-cem no arco-íris.

• Fazer experimentos com a luz do datashow e co-pos de vidro, óculos, brincos de cristal ou outros cris-tais para observar a quebra da luz branca em várias cores e a formação do arco-íris (ciências: composição da luz branca, cores, prisma)

• Uma sugestão de imagem de prisma decompon-do a luz branca pode ser acessada no site Wikipédia, pesquisando-se o arquivo “dispersion prism.jpg”.

• Confeccionar o disco de Newton para observar que todas as cores juntas formam o branco (observe o ví-deo): http://www.youtube.com/watch?v=XXVIIHYT bys&hd=1)

• Escrever um texto contando o experimento do disco de Newton realizado em sala de aula.

• Comparar as diferentes culturas (terena, cultura científica, cultura não indígena) sobre a formação/ constituição do arco-íris.

• Pedir que os alunos interpretem a frase:“Quem deseja ver o Arco-íris precisa aprender a gos-tar da Chuva”, de Paulo Coelho.

• Avaliação:– Compreensão da cultura científica sobre o arco-íris: como a luz branca se decompõe em todas as cores quando passa por um prisma (copo de água, gotículas de água, óculos, etc.) e se recompõe no ex-perimento do disco de Newton.

u uLIÇÃO 5 Ú P I K O V O E

Úpikovoe

Enepora exetínati, éxetina úpikovoe koati píkone kalivónohiko. Enepo apêˈe ne úpikovoe ya ike úko, enepone háˈa ne kalivónohiko hara kíxoa, ákoyea omótova so̍ íxea ne úpikovoe, vo̍ oku sa̍ ixâ kalîhapoamo ne káva̍ o vôˈu, so̍ íxope.

Enepo áva kalivôno yoko hánaiti xâne so̍ ixoâti, konókoti ípihea ne káva̍ o vôˈu ya pahákuke, motovâti ákoyea akálihu, póehane ya tulípokeke motóva so̍ íxea ûti.

Ihíkaxoti: Sônia Regina Soares Marques Batista

Arco-íris

O arco-íris é bastante temido entre as crianças por conta de uma lenda. Quando o arco-íris aparece depois da chuva, os pais diziam que as crianças não poderiam apontar o arco-íris, porque se apontassem o dedo diminuiria.

Caso uma criança ou um adulto aponte, precisa colocar o dedo na boca para que não diminua. Somente com o cotovelo é que podemos apontar.

Ihíkaxoti: Sônia Regina Soares Marques Batista

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mA maLIÇÃO 6 m A R A K Á Y A M I M I

O Gato Mimi

Havia um gatinho chamado Mimi.

Este gatinho viu um filhote de rata perto de sua casa. Porém Mimi estava com fome, teve a ideia de imitar o rato.

Teve várias ideias para poder pegar o ratinho e comê-lo naquela tarde.

Mas o filhote da rata é bem rápido, Mimi o assustou, mas não conseguiu pegá-lo, pois o ratinho se escondeu no mato.

Ihíkaxoti: Nilza Leite Antonio

Marakáya Mimi

Po̍ íke káxe ápe kali xe̍ exa marakáya koéhati Mími.

Enepone kali marakáya nóxone kali xe̍ exa ôho xeókuke óvoku. Yóko ne Mími epékoati hímakati, itúkone isóneu, itúkea emo̍ u ôho.

Ako tôpi isóneu motovâti namúkea ne ôho, motovâti nikópea yaneko kíyoi káxe.

Itea enepone kali xe̍ exa ôho, koati xuxápati, hopéno̍ ixoa Mími, itea ako íta, héˈonopovone xapákuke úhiti.

Ihíkaxoti: Nilza Leite Antonio

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SEQuÊnCIAS DIDÁTICAS

Eixos contemplados: Língua Portuguesa, Matemáti-ca, Língua Terena, Ciências.

Conteúdo: Plantas/Xúpu

Objetivos: • diferenciar os dois tipos de pé de mandioca• Identificar as fases do desenvolvimento da planta-ção de mandioca.• Adquirir conhecimentos tradicionais.• Produção escrita e oralidade.

Recursos: Livro didático Yuhaikapavo Veno’u, fotos, material do educando e entrevista a um ancião da comunidade.

Xu xuLIÇÃO 7 H E V E X Ú P U

Pé de mandioca

A mandioca é necessária para os Terena. Na roça há muitos pés de mandioca. Logo após a chuva o pé de mandioca fica bem verdinho.

Fazemos várias coisas com a mandioca: farinha, bolinho de mandioca, biju, mingau e polvilho.

Os animais como o porco, o cavalo, a galinha, a vaca e o tatu também se alimentam de mandioca.

É preciso cuidar da plantação para que o mato não tome conta. Meu avô tem muita mandioca plantada, ele gosta de plantar mandioca na sua roça, chegando a ter duzentos pés. Fica muito contente com sua plantação.

Ihíkaxoti: Nilza Leite Antonio

Heve xúpu

Êno kónokea ûti ra xúpu. Êno xuve xúpu kavanéke. Ikene ra úko êno tamúˈipea ne inámati xuve xúpu.

Ako tôpi vitúkoake ne xúpu. Itúkokono râmoko, hîhi, lapâpe, pôreo yoko yûma.

Níkoamaka hóˈopeno kuteâti kûre, kámo, tapîˈi, váka yoko xulûki.

Konókoti kátarakeokono motovâti ákoyea íta úhiti. Êno xûpa ne ônju, áhati nóˈiyea xuve xúpu ya isáneke. Itopono piˈâti sêndu xuve xûpa. Êno elókeyea okóvo ne ônju vo̍ oku nóne.

Ihíkaxoti: Nilza Leite Antonio

Estratégia/Desenvolvimento:

1ª Etapa:

• Leitura deleite

• Interpretação oral do livro: como é o pé de man-dioca/ qual o tamanho/ onde fica a mandioca: pen-durada ou embaixo da terra/ o que pode ser feito com a mandioca.

• desenhar o pé de mandioca

• Avaliação: – descrição oral de cada aluno– desenho.

2ª Etapa:

• Aula de campo (roça)

• Observar as etapas do plantio da mandioca: corte dos talos, quantos talos vão em cada buraco, qual é a distância de cada buraco.

• Em sala: produção escrita das etapas observadas na aula de campo.

• Avaliação: – Interesse– Produção escrita: identificação das fases do plan-tio da mandioca.

3ª Etapa:

• diferenciar os tipos de pé de mandioca

• Conhecer o tipo de mandioca apropriada para o consumo.

• Pesquisar na comunidade quais os alimentos que são feitos com a mandioca.

• Relatar aos colegas o que foi pesquisado.

• Avaliação: – Avaliação da pesquisa e da oralidade do estudante durante o relato.

4ª Etapa:

• Leia o texto do livro coletivamente

• Realize as atividades

• Pesquise com os familiares se o costume de fazer lapâpe ainda persiste na família e em que ocasião ele é preparado.

• Investigue com seus familiares uma receita de la-pâpe. Escreva a receita que lhe contarem, com deta-lhes, separando ingredientes e modo de fazer.

• Compare as receitas observando as diferentes for-mas de cozinhar o lapâpe.

• Em seguida, convide uma senhora da comunidade para ensinar a fazer o lapâpe com a turma.

• Os estudantes devem fotografar as etapas de pro-dução do lâpape. discuta aspectos como luminosida-de da foto. Para que os estudantes possam aperfei-çoar

• Uma das receitas de lapâpe é a seguinte:– Para cada estudante use ½ xícara de polvilho natu-ral.– Coloque todo o polvilho em uma frigideira de ta-manho médio, espalhe para cobrir o fundo da frigi-deira. Ligue a boca do fogão no baixo e, em seguida, com a mão vá apertando o polvilho para que os grão-zinhos grudem entre si. Estará pronto quando você perceber que formou-se uma panqueca.– Retire da frigideira e está pronto para o consumo.

• O lapâpe come-se puro, geralmente na refeição matinal. Não se usa sal nem recheio.

• Em seguida a turma vai degustar o lapâpe.

• Imprima algumas das fotos tiradas na atividade, deixando espaço para escrita.

• divida a turma em duplas e entregue uma foto para cada dupla que deverá escrever sobre aquela etapa. Ao final, monte um livro com as diferentes receitas de lapâpe, e as fotos tiradas na atividade. disponibilize na caixa de leitura.

• Avaliação:– Avalie o texto que a criança escreveu com a recei-ta do lapâpe.– Avalie o texto que a criança escreveu para compor o livro sobre o lapâpe (em dupla).

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SEQuÊnCIA DIDÁTICA

Eixo contemplado: Língua portuguesa, língua tere-na, geografia (rios e mares) ciências (ambiente fluvial e animais e plantas do rio e diferenças com o mar) artes (animação, teatro e artes plásticas), histórias tradicionais.

Leitura deleite: Os manos, Pira (Opcional)

Conteúdo: lenda/ Seno hôe

Objetivos:• desenvolver as habilidades de leitura e escrita• Aprimorar conhecimento em relação a lendas e historias tradicionais dos terena.• Adquirir conhecimentos tradicionais• diferenciar seres vivos do rio e do mar• Reconhecer características do ambiente fluvial.• Reconhecer características de animação e teatro.

Recursos: Livro didático Yúhaikapavo vemó u, lápis de cor, caderno, lápis, borracha, papel sulfite, pincel, guache, pincel atômico, papel manilha, cola, tesoura, vídeo (Pequena Sereia), datashow, notebook, TNT, EVA.

SE seLIÇÃO 8 S E N O M A Y A N E H Ô E

Mulher metade peixe (sereia)

Quando pescamos, não podemos ir sozinhos, temos que ter companhia. Se formos sozinhos, a mulher metade peixe (sereia) nos levará para dentro da água. Se ela gostar de um rapaz bonito, aparece e o leva consigo. Por isso o pescador deve ir acompanhado.

As crianças que não obedecem, não voltam mais para a casa, a mulher metade peixe (sereia) as leva para a casa dela.

Ainda hoje existem mulheres metade peixe (sereias), elas ficam observando os lindos rapazes que vão pescar sozinhos.

Ihíkaxoti: Sônia Regina Soares Marques Batista

Seno mayane hôe

Enepo numíkuxo ûti, ako omótova póhuxeovo ûti, kono-koâti ápeyea xánena ûti. Vo̍ oku pahúxapu ûti, enepone seno mayane hôe omópo̍ ovitimo ya kúveo úne, enepo apêˈe óyoe íkomomoxova koane omópa ne exóketi homôehou motovâti óvea xokóyoke. Énomone kónokino ápeyea xánena ne numí-kuxoti.

Enepone kalivónohiko ákoti akutipo, akone káyukapapu ya óvokuke, omópane seno mayane hôe ya óvokuke.

Anêko yara koêku ne seno mayane hôe, komómohexea enepone exóketinoe homôehou pihôti númikuxea pohúxovoti.

Ihíkaxoti: Sônia Regina Soares Marques Batista

metodologia/Estratégia

1ª Etapa:

• Leitura deleite. Comentários sobre a leitura. Inse-rir o questionamento sobre que outros seres podem viver no rio e apontar para a ideia de sereia.

• Perguntar aos estudantes o que eles conhecem sobre a lenda da Sereia.

• Pedir que eles contem e desenhem o que sabem. (conhecimento prévio)

• Pedir que os alunos busquem os anciões para que lhes contem a lenda Terena da Sereia.

• Os estudantes deverão recontar a lenda que ouvi-ram dos anciões.

• Os estudantes devem coletivamente observar as diferenças e semelhanças entre o que eles sabiam e o que lhes foi contado pelos anciões.

• Avaliação: O professor poderá montar um portfólio para cada estudantes e incluir:– Os desenhos que os estudantes fizeram da sereia.– Criar um conjunto de critérios para avaliar a orali-dade do aluno. Por exemplo:

▪ Consegue contar uma história de sereia que co-nhece▪ Buscou uma história de sereia com os anciões econsegue recontar a história dos anciões▪ Conseguiu diferenciar a história que conhecia da história contada pelos anciões

– Avaliar a leitura dos estudantes no livro Os mano pira.– Avaliar conhecimentos de ciências sobre seres vi-vos (animais e plantas que vivem no rio).

2ª Etapa:

• Caracterizar o gênero textual Lenda contextuali-zando na lenda da Sereia e da Mãe d’água (se for o caso desta aparecer na oralidade do aluno).

• Apresentar o texto Seno Hoe e desenvolver as ati-vidades propostas no livro.

• Avaliação: – Avaliar a leitura do texto Seno Hoe feita pelos es-tudantes.– Observar e corrigir as atividades do livro (escrita).

3ª Etapa:

• Assistir o vídeo da Pequena Sereia.

• Fazer um desenho da história do vídeo

• Mostrar o desenho que os estudantes fizeram na etapa 1 e pedir que o comparem com o desenho da etapa 3.

• Listar no quadro as diferenças e semelhanças dos desenhos produzidos (enfatizar as diferenças da se-reia dos rios e dos mares).

• discutir o que é animação (como é feita)

• Avaliação:– avaliar os desenhos dos estudantes e colocá-los nos portfólios – avaliar a oralidade nesta etapa a partir das dife-renças e semelhanças que os estudantes levantaram.– os conhecimentos adquiridos sobre ambiente flu-vial mais especificamente os rios próximos da sua re-gião, por exemplo rio Aquidauana (geografia)– os conhecimentos adquiridos sobre seres vivos do mar (ciências)– informações sobre animação (artes).

4ª Etapa:

• Os estudantes devem iniciar esta etapa observan-do o sítio eletrônico com fotos de sereias inventadas “http://www.ideafixa.com/uma-sereia-para-cada--pais/”

• Peça a eles que pensem como seria uma compo-sição criada para a comunidade indígena da aldeia, onde a foto seria tirada, o que estaria na foto (casa, cadeira, quadra de esportes... enfim, ouvir as ideias do grupo).

• Após ouvir as ideias, os estudantes devem, coleti-vamente, decidir qual seria a ambientação mais ade-quada para caracterizar uma sereia local. Em seguida devem criar uma cauda de sereia com TNT e um ce-nário em EVA para ambientalizar o local onde vive a sereia (ambientalização do rio e caracterização dos animais e plantas que vivem do rio e fazer um teatro com as crianças, que devem criar e cantar um canto de sereia).

• discutir o que é teatro.

• Apresentar o teatro.

• Avaliação:– A criação da cauda, e da ambientação da sereia.– A criação coletiva da música e letra. – Conhecimentos adquiridos sobre teatro.– A apresentação teatral dos estudantes.

20 21

SEQuÊnCIA DIDÁTICA

Eixo Contemplado: Arte, História, Ciência, Língua Te-rena, Língua Portuguesa.

Leitura Deleite: O Peralta de Geferson Galdino

Conteúdo: Teatro, (Arte), Fatos Reais (História), Ani-mais de estimação (Ciência), Leitura Coletiva (Língua Terena), Tipos de Texto (Língua Portuguesa)

Objetivo:• desenvolver a expressividade através do teatro• Compreender a diferença entre fatos reais e fic-ção• Identificar animais de estimação e animais selva-gens• Compartilhar a leitura fortalecendo a fluência da Língua Materna• Identificar o tipo de texto (narrativa)Recursos: Livro didático Yúhaikapavo vemó u, lápis preto, borracha, caderno, lápis de cor, sulfite, carto-lina, EVA, tesoura, datashow, internet.Metodologia/Estratégia

K O Ê K U T A mÚ K U I V O K Ó V O N E Ú N A Emu muLIÇÃO 9

Koêku tamúku ivokóvone únae

Ápe kali tamúku, akoti omotóvo ókovo únae. Yane ivókovone ne únae, ekoxokónone neko hóyeno. Ôvane ne kali tamúku xoko ekóxokonoku ne únae. Êno óvohexea xoko ekóxovoku únae neko kali tamúku. Noixókonone ákoyea pihápa neko kali tamúku, omínokonone nîka. Kali êno xoénae óvohexea xoko ekóxovoku únae neko kali tamúku tumúneke ivókeovomaka. Imáko ákoyea omótova okóvo kali tamúkuna neko únae. Koati kanáˈuti ra exetínati. Kóekune ra éxetina tamúku.

Ihíkaxovoti: Héber delfino da Silva (9º ano)

Como o cachorro fica com a morte do seu dono

Havia um cachorrinho, que gostava muito do seu dono. Quando este homem faleceu, sepultaram-no. O cachorrinho ficou lá sobre o túmulo onde o homem foi sepultado e ficou lá por vários dias. As pessoas viram que o cachorrinho não saía do cemitério, então começaram a levar comida para ele. O animal ficou lá por vários anos até morrer. Assim é o fim da história do cachorro e esta história é verdadeira.

Ihíkaxovoti: Héber delfino da Silva (9º ano)

Estratégia/Desenvolvimento:

1ª Etapa:

• Expor o livro O Peralta incentivando os alunos a atuarem como narradores das ilustrações do cachor-rinho

• Pedir a cada aluno que comente sobre seu cachor-ro de estimação e/ou outro animal que tem em casa

• Reconhecer que o animal de estimação precisa de cuidados como: higiene, alimentação, responsabili-dade, carinho, etc

• Pedir que as crianças desenhem um cachorro na folha sulfite nomeando-o

• Avaliação:– da capacidade de narrar a história O Peralta – da capacidade de falar sobre seu próprio animalzi-nho de estimação e os cuidados com o mesmo– Avaliação do desenho

2ª Etapa:

• Exibir o filme “Espot” (relata as aventuras de um Pastor Alemão Policial)

• Após o filme refletir com os alunos que um ca-chorro, além de ser considerado o melhor amigo do homem, pode exercer algumas funções importantes como: cão policial, cão pastor, cão-guia, etc.

• Avaliação:– da capacidade de contar e recontar o filme assisti-do– da capacidade de refletir sobre a importância de um cachorro em diferentes funções

3ª Etapa:

• Realizar leitura coletiva do texto Koêku tamúku ivokovoti

• Realizar as atividades do livro em grupo

• Avaliação:– Avaliar se a criança conseguiu acompanhar os co-legas na leitura coletiva– Avaliar a reciprocidade entre as duplas na realiza-ção das atividades do livro

4ª Etapa:

• Encenar o texto Koêku tamúku ivokovoti (teatro)

• Montar o cenário da história e a máscara para o personagem principal (cachorro).

• Avaliação:– Avaliar a criatividade na montagem do cenário – Avaliar a oralidade durante o ensaio e a encena-ção da peça teatral

Xuve tikóti koéhati ápiniku

Enepora xuve tikóti koéhati âpiniku uhéiekoti hîu, hóhomo kóye, uha koeti xoénae kóhiuyea.

Imáko úhe̍ ekino ne mêum enepo simôvo kóhiupe. Ákoikopo sikôa ûti tétukexeokono yoko oróˈokeokono ne xuve âpiniku, konokoâtikopo nóˈiyea ûti motovâti ákoyea áuke̍ e.

Ihíkaxoti: délio delfino

A árvore chamada Ipê

Esta árvore chamada Ipê tem flores lindas de cor roxa. Todo ano ela floresce.

A paisagem fica maravilhosa quando chega a época de florescer. Vamos preservar não cortando e nem queimando. Precisamos plantar para continuar a espécie.

Ihíkaxoti: délio delfino

X U V E T I K Ó T I K O É hA T I Á P I N I K UhA haLIÇÃO 10

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nA naLIÇÃO 11 X U V E n R A N G A

Xuve nâranga

Êno xuve nâranga yara vípuxovoku koéhati Kali Lâvona.

Uhéˈekoti ne xuve nâranga enepo simôvo kaxena kóhiupe, hóhopu kôe hîu koane úheti ihópune.

Koati kouhéˈexovoti ra xuve nâranga, píˈa kóiyevoku háˈi enepo itovóne, híhiya kóye koane itíveti. kene hóhonono koyê kixo̍ êkoti ávoyea itápu koane kotívetikoya.

Ihíkaxoti: délio delfino

Pé de Laranja

Há muitos pés de laranja na aldeia Lagoinha.

O pé de laranja fica muito bonito quando chega a época de florescer, as flores são brancas e têm um aroma agradável.

O pé de laranja é muito interessante, o fruto possui duas cores, quando está maduro fica amarelo e é bem doce. Quando está com a cor verde significa que ainda não amadureceu e é bem azedo.

Ihíkaxoti: délio delfino

KA kaLIÇÃO 12 K Á X E

Káxe

Enepora káxe yupíhova otúko. Itéa kónokoamaka ûti ra káxe. Koane kónokoamaka hóˈopenohiko, nonéti, héu koeti apêti omíxone yara kúveo mêum. Vo̍ okuke ne káxe poréxovi uhápu̍ ine, koane otúko. Enepo kása ne mêum, vopósikoa ne káxe. Yaneko mekúke enepone viyénoxapa énomone hóko motovâti exea itukóvotiye ne ôra, kuteâti, yupóniti, itumúkoti koane kíyoi káxe.

Ihíkaxoti: dalila Luiz

Sol

O sol está muito quente. Porém necessitamos dele. Os animais, as plantas e todos os seres vivos do planeta Terra precisam do sol por causa da sua claridade e do seu calor. Quando o tempo está frio sentimos falta do sol. Antigamente os nossos antepassados acompanhavam o sol para saber as horas, pela manhã, ao meio dia e também à tarde.

Ihíkaxoti: délio delfino

SEQuÊnCIA DIDÁTICA

Eixo Contemplado: Língua Portuguesa, Geografia, Língua Terena

Conteúdo: Leitura, produção escrita e oralidade (Lín-gua Portuguesa), orientação através do sol: pontos cardeais (Geografia), Conhecimentos Tradicionais (Língua Terena).

Objetivo:• Consolidar a leitura e escrita e praticar a oralidade• Conhecer as medidas do tempo dos antepassados• Valorizar os conhecimentos da cultura TerenaRecursos: Livro didático Yúhaikapavo vemó’u, lápis, borracha, caderno, lápis de cor, canetinha.

Estratégia/Desenvolvimento:

1ª Etapa:

• Fazer a leitura deleite selecionado pelo professor

• Em roda de conversa, comentar sobre o texto lido

• desenhar o sol e pintar

• Produzir um pequeno texto sobre o sol

• Avaliação:– Avaliar a oralidade– Avaliar o desenho– Avaliar a capacidade de produzir um pequeno tex-to

2ª Etapa:

• O professor deve ler o texto káxe aos alunos

• Interpretação oral

• Realizar as atividades do livro em dupla

• Correção das atividades

• Avaliação:– Avaliar a interpretação oral de forma individual– Avaliar as possíveis dificuldades na realização das atividades

3ª Etapa:

• Pesquisar sobre a orientação pelo sol em livros didáticos ou internet, principalmente junto aos an-ciões da comunidade (Orientavam-se pelo sol para quê? Para acordar? Para trabalhar? Para descansar?)

• Compartilhar os resultados da pesquisa

• Perguntar aos alunos se os pais ou avós contaram a eles como se orientavam pelo sol.

• Em sala de aula, fixar na parede a letra (o) oeste ou (n) nascente e (l) leste ou (p) poente.

• Fazer leitura coletiva do quadro

• Identificar os pontos pedido pelo professor.

• Avaliação:– Avaliar a percepção do aluno referente às direções em que o sol nasce e se põe– Avaliar a capacidade de produzir um pequeno tex-to

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YA yaLIÇÃO 13 V Á H A H A YÁ Y A

Váhaha Yáya

Kúveuke ne pupûˈi anêko váhaha.

Váhaha vârere̍ okoa kúveuke ne pupûˈi.

Pupûˈi vârere̍ okoa váhaha.

Ihíkaxoti: Matilde Miguel Pereira

A aranha Yáya

Dentro da jarra tem uma aranha.

A aranha arranha a jarra.

A jarra arranha a aranha.

Ihíkaxoti: délio delfino

SEQuÊnCIA DIDÁTICA

Eixo contemplado: Língua Portuguesa, Língua Tere-na, Ciência, Matemática, Arte

Leitura Deleite: Cantar a musiquinha Dona Aranha (Galinha Pintadinha).

Conteúdo: Trava-língua (Língua Portuguesa) A letra H substitui a letra R na língua terena (Língua Terena), aracnídeos (Ciência), Quantidade (Matemática) Mú-sica (Arte)

Objetivo:• Identificar o tipo de texto (trava-língua)• Consolidar a leitura e a escrita na Língua Materna (Língua Terena)• Ampliar o conhecimento em relação a classifica-ção dos animais• Observar a estrutura desse animal (aranha)Recurso: livro didático Yúhaikapavo vemó u, lápis preto, borracha, caderno, lápis de cor, sulfite, carto-lina, EVA, tesoura, datashow, internet, toca Cd, Cd’s.

metodologia/Estratégia

1ª Etapa:

• No pátio da escola em roda ouvir e cantar a musi-quinha Dona Aranha

• Comentar sobre a personagem da música (Ara-nha)

• Procurar no pátio os possíveis esconderijos da Aranha

• Comentar sobre os cuidados que devemos ter para evitar visitas indesejáveis deste animal

• Avaliação:– da capacidade de ler a música e cantar ao mesmo tempo– Avaliar o conhecimento prévio dos alunos em rela-ção a animais nocivos à saúde

2ª Etapa:

• Imprimir o trava-língua A aranha arranha o jarro e ler para os alunos

• Comparar o texto em Língua Terena e Língua Por-tuguesa

• Comparar a pronúncia da letra H nas duas Línguas

• Circular a letra H no texto em Terena

• Avaliação:– Avaliar se o aluno consegue ler os textos na Língua Portuguesa e na Língua Terena– Avaliar se o aluno compreendeu a pronúncia da letra H nas duas Línguas (Português e Terena).– Avaliar se o aluno conseguiu identificar a letra H no texto circulando-a.

3ª Etapa:

• Copiar da internet uma imagem que descreve a estrutura da aranha

• O aluno deve contar quantas patas ela tem

• Copiar da internet imagens de outros tipos de aracnídeos

• desenhar uma aranha detalhando sua estrutura

• Avaliação:– da capacidade de compreender que os animais possuem órgãos– da capacidade de contar– Avaliar a compreensão em relação aos aracnídeos– Avaliar o desenho

I iLIÇÃO 14 K A L I V Ô N O I Y O P Ó N O T I K Á X E

Kalivôno iyopónoti káxe

Kóehiko ne yékoteno xâne híyeoke ne senóhiko koxe̍ éxati, enepone kalivôno ako omótova iyóyea ya kiyoe káxe vo̍ oku omópeokono okóvo koane konókoti káunakopeovo héu koeti itúkovoke ya kúveoke ovokúti, kuteâti ípovo, môhi... Ako omótova kókiyea káxe óvea, vo̍ oku motova omópeokono okóvo ne kalivôno, óma ká’arineyea. Motovâti unátipea konókoti ómeokono xoko ve̍ ókoti exoati iháxikopea okóvo.

Ihíkaxoti: dalila Luiz

Criança que chora ao entardecer

Diziam os anciões para as mulheres que têm filhos que esses não podem chorar a tarde, porque acredita-se que o por do sol leva o espírito das crianças. Além disso, todos os pertences da criança como roupas e brinquedos devem ser recolhidos para dentro da casa. Se a criança ou as coisas dela ficarem para fora depois do entardecer o espírito da criança pode ser levado ou então a criança pode adoecer.

Para ser curada a criança precisa ser levada no curador que sabe trazer seu espírito de volta.

Ihíkaxoti: dalila Luiz

SEQuÊnCIA DIDÁTICA

Eixo Contemplado: Língua Portuguesa, Língua Tere-na, Ciências, História.

Leitura Deleite: O que tem debaixo do cobertor

Conteúdo: Lenda (Língua Portuguesa); Gramáti-ca (Língua Terena); Funções da Natureza (Ciências); Crença Terena (História).

Objetivos: • Identificar o gênero textual (LENdA)• Aperfeiçoar a leitura e escrita na língua materna (Língua Terena)• Refletir sobre a importância da Natureza (Ciência)• Valorizar a tradição Terena (História)Recursos: Livro didático Yuháikapavo Vemó‘u, lápis de cor, caderno, lápis preto, borracha, livros do acer-vo do Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC)

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metodologia/Estratégia

1ª Etapa:

• Ler o livro “O que tem debaixo do cobertor” para desencadear o assunto

• Em roda de conversa o professor deve perguntar: a que horas você dorme? Você ajuda a guardar seus brinquedos antes de dormir? Você tem medo do es-curo? Você chora para dormir? Por que não devemos chorar a noite?

• Avaliação:– Avaliar a oralidade de cada um– Avaliar a socialização e interação– Avaliar o raciocínio em relação ao assunto

2ª Etapa:

• Leitura coletiva do texto Kalivôno iyopónoti Káxe

• Perguntar aos alunos se eles conhecem outras len-das semelhantes a esta

• Se conhecerem pedir que compartilhem com os colegas

• Realizar as atividades do livro em dupla

• Avaliação:– Avaliar se o aluno consegue acompanhar os cole-gas na leitura– Avaliar o conhecimento prévio do aluno em rela-ção a este tipo de texto (lenda)– Avaliar a reciprocidade entre as duplas na realiza-ção dos exercícios

3ª Etapa:

• Convidar um ancião da comunidade local para pa-lestrar sobre a lenda de que a criança não deve cho-rar a noite

• O aluno ou professor deve entrevistar o ancião para obter mais informações sobre lendas

• Avaliação:– Avaliar a participação durante a palestra do ancião– da capacidade de entrevistar o ancião– Avaliar a oralidade

RA raLIÇÃO 15 M A R A K Á Y A

O gato

Havia uma mulher que estava sentada em baixo de uma árvore descansando. De repente surgiu um gato que arrepiou-se olhando para a beira da casa, onde havia um pequeno buraco, e percebeu que algo mexia e remexia, vai ver que era um rato, e o gato foi conferir.

Ihíkaxoti: Marilene Moreira Ribamar

Marakáya

Ápe póhuti sêno vâta kóye opékuke tikóti omómikoti. Ape koéne marakáya, xe̍ ó koene xe̍ ókuke péti, kene apêti kali uhôroya, komomó kíxoixoane, apêti verá verá koyêti énomone komómohexo, manîrapo ôho énomone hóko.

Ihíkaxoti: Marilene Moreira Ribamar

SEQuÊnCIA DIDÁTICA

Eixo contemplado: Língua Terena, Língua Portugue-sa, Ciências, Arte, Matemática Geografia, História

Leitura Deleite: O flautista de Hamelin: ler o livro do acervo do Pacto Pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) ou assistir o desenho do Flautista de Hamelin, disponível no You Tube. http://www.youtube.com/watch?v=YHW41NtgFUE&hd=1 http://globotv.globo.com/globo-news/pelo-mundo/v/confira-a-reporta-gem-especial-sobre-o-flautista-hamelin/2838812/

Conteúdo: Animais (Ciências) Quantidade (Matemá-tica) desenhos Animados (Artes) Onde você mora? Em que aldeia? País, estado, cidade (Geografia) Ani-mais que vivem na comunidade (História)

Objetivo:• Conscientizar-se dos cuidados básicos que deve-mos ter com os gatos domésticos• Consolidar o conhecimento em relação a números• Obter conhecimento tecnológico básico em rela-ção a construção do desenho animado• Consolidar informações importantes sobre a pró-pria moradia• Pesquisar que tipos de animais mais comum são encontrado na comunidade

Recursos: Livro didático Yuháikapavo Vemou, lápis de cor, lápis preto, borracha, caderno, sulfite, EVA, cola quente, tesoura, datashow, internet

metodologia/Estratégia

1ª Etapa:

• O Professor deve ler a obra O Flautista de Hamelin e promover comentário sobre o texto

• Confeccionar um mural com diversas figuras de animais felinos

• Apresentação de vídeo de animais pantaneiros

• O aluno deve desenhar o animal que mais gosta

• Avaliação:– Avaliar a oralidade e a interação individualmente– da capacidade do aluno em colaborar na confec-ção do mural– Avaliar a atenção no momento dos vídeos– Avaliar o desenho

2ª Etapa:

• Convidar os estudantes a falar sobre um animal de estimação

• Promover atividades musicais explorando lingua-gem oral

• Convidar um antigo morador da comunidade indí-gena para contar uma Hstória

• Avaliação:– Avaliar a capacidade de narrar uma história– Avaliar a expressividade através da música

3ª Etapa:

• Leitura coletiva do texto Marakáya

• Comentários sobre o texto. O professor deve per-guntar: De qual gato que aparece no texto você mais gostou?

• Realização das atividades do livro em duplas

• Leitura do livro Ciranda das vogais de Sandra La-vandeira

• Produzir texto em quadrinhos

• Avaliação:– Avaliar se o aluno compreendeu a história do tex-to– Avaliar possíveis dificuldades na realização dos exercícios do livro

4ª Etapa:

• Vamos voltar à história do Flautista de Hamelin para estudar a Flauta, o instrumento musical apre-sentado na história, e a diferença entre tipos de flau-tas e entre as flautas industrializadas e as produzidas na aldeia.

• Estudar os tipos de flautas

• Investigar a produção de flautas na aldeia.

• Produzir o instrumento e tentar tocar a música do Flautista.

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Vaka-vákahikoPoema: Vinícius de Moraes

HopúketiHononóketiHiyáketiYoko haháketiUhapúˈitikeKomohíEnepone uhéˈekotihikoVaka-váka.

Aínovo elóketi okovo yoko únati itúkeovoNe hopúketi vaka-váka.

Koati yómoti uhapú´itiNe hononóketi vaka-vákahiko

Koati kali exóketihikoNe kálihunoe hiyáketi.

Kene ne haháketi, nexoânekopo…Imáko, kaháhakuxeovo!

Ihíkaxoti: Cristiane Vertelino Marques

VA vaLIÇÃO 16 VA K A - V Á K A H I K O

As BorboletasVinícius de Moraes

BrancasAzuisAmarelasE PretasBrincamNa luzAs belasBorboletas.

Borboletas brancasSão alegres e francas.

Borboletas azuisGostam muito de luz.

As amarelinhassão tão bonitinhas!

E as pretas entãoOh, que escuridão!

Ihíkaxoti: Cristiane Vertelino Marques

SEQuÊnCIA DIDÁTICA

Eixos contemplados: língua portuguesa, ciências, ar-tes, matemática e língua terena.

Leitura deleite: A borboletinha e o gatinho solitário

Conteúdos: • Língua Portuguesa: Gênero textual – Poema – ora-lidade, leitura, escrita e produção.• Ciências: Animais/insetos/borboletas e fases da vida/metamorfose • Matemática: Figura geométrica: quadrado e cilin-dro. Calendário e identificação dos dias da semana• Artes: cores e formas• Língua Terena: oralidade, leitura e escrita.

Objetivos:• Identificar informações relevantes para compre-ensão do gênero solicitado.• desenvolver a entonação apropriada para a leitu-ra da poesia.• Escrita: Localizar a palavra Borboleta no texto e escrever na lousa• Identificar as fases de desenvolvimento de uma borboleta, fases da vida, e desenvolver noções de preservação a partir da análise do que a borbole-ta precisa para sobreviver (o que ela come, quanto tempo vive).• Compor e decompor– Figuras geométricas planas (especialmente quadra-do e triângulo).– Figura geométrica tridimensional (cilindro: corpo da borboleta)

• Utilizar a arte como linguagem através de uma atitude de busca individual ou coletiva. Articular a percepção, a imaginação, a emoção, a investigação e a sensibilidade ao vivenciar e fruir a produção artísti-ca.• Identificar as cores e formas a partir da borboleta (modelagem e desenhos).

Recursos: livro didático Yuhaikapavo vemo’u, cader-no, lápis, borracha, cola, tesoura, lápis de cor, papel manilha, pincel atômico, sulfite, canetinhas, cola co-lorida, giz de cera, massinha de modelagem.

metodologia/Estratégia:

1ª Etapa:

• Fazer a leitura deleite coletivamente mostrando as imagens de cada página para os estudantes e me-diar a compreensão do texto.

• Avaliar a oralidade dos alunos e a compreensão do texto.

2ª Etapa:

• Questionar os alunos sobre as borboletas: vocês já viram borboletas? Como elas são?

• Em seguida os alunos devem desenhar borboletas (sem mostrar nenhum modelo, cada um faz o dese-nho a partir da memória) e pintá-las.

• Fazer um varal e pendurar os desenhos na sala. Pedir aos estudantes que observem os desenhos e falem sobre as diferenças que veem. (por exemplo: alguns fazem antena e outros não, as cores são dis-tintas, o formato da asa, asas desenhadinhas, corpo da borboleta dividido ou não, etc.)

• Perguntar aos alunos: Como nascem as borbole-tas?

• Trabalhar com a identificação das palavras: ovo – lagarta – casulo – borboleta.

• Se possível coletar um casulo e deixar em local es-curo na sala (por exemplo dentro de um armário, por alguns dias para ver a borboleta se desenvolvendo.

• Fazer observações diárias do casulo e fazer dese-nhos ou anotações dessas observações, por exem-plo:

– Primeiro dia: data / hora / desenho do casulo– Segundo dia: data / hora / desenho do casulo– Terceiro dia: data / hora / desenho do casuloe assim por diante...

• Pesquisar sobre o desenvolvimento de uma bor-boleta:

• Quantos dias demoram para cada transformação:Ovo – lagartaLagarta – casuloCasulo – borboletaBorboleta – morte

• Representar as fases da metamorfose da borbole-ta com massa de modelar e identificar cada fase com seu nome por escrito.

• Relacionar o corpo da borboleta com a forma ci-líndrica a partir da massa de modelagem. Escrever a palavra “cilindro”

• Pesquisar e responder:– O que come a lagarta?– O que come a borboleta?

• Em seguida coletar uma borboleta e observar atentamente o formato do corpo, a posição das asas e antenas, a partir da observação do animal dese-nhar novamente a borboleta e comparar com os de-senhos do varal observando os detalhes.

• Assistir o vídeo de metamorfose da borboleta:http://www.youtube.comwatch?v=nrw9qtpQe dc&hd=1

• Avaliação: – A partir dos desenhos anteriores (conhecimento prévio) e posteriores à observação da borboleta.– dos desenhos da metamorfose do casulo– A escrita das palavras: ovo – larva – casulo – bor-boleta – cilindro.– Calendário e identificação dos dias da semana

3ª Etapa:

• Conversar sobre a importância da escuta e sobre o ouvir poemas.

• Trabalhar as características do gênero textual apresentado no livro (oralmente).

• Ler o poema do livro em voz alta (várias vezes) chamando atenção das crianças para a sonoridade das palavras.

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• Solicitar que os alunos leiam novamente a poesia, para tanto orientá-los a lerem da seguinte forma: meninos leem a primeira estrofe, meninas a segun-da, todos juntos a terceira. (vá alternando).

• Questioná-los sobre o que eles perceberam no poema: Como são as borboletas no poema?

• Ressaltar as cores variadas, destacando as belezas de todas as cores, principalmente as cores amarelas, azuis, brancas e pretas.

• Observar novamente os dois desenhos realizados e identificar as cores ressaltadas no texto em cada desenho, se houver. Escrever os nomes das cores em Português e em Terena.

• Fazer os exercícios da lição do livro.

4ª Etapa:

• Trabalhar a figura geométrica do quadrado.

• Confeccionar borboletas através de dobraduras (atividade do livro).

• Escrever a palavra quadrado.

• Avaliação: – A escrita da palavra quadrado– Coordenação motora para fazer a dobradura

Tikóti

Inámati ra tikóti.

Koati uhéˈekoti ne ovokúti apêti ênoti tikótiya.

Enepora tikóti hánaitimo ya héu koêti tikóti apêti yara kali Lâvona.

Ihíkaxoti: Matilde Miguel Pereira

TI tiLIÇÃO 17 T I K Ó T I

A árvore

Esta árvore é nova.

A casa fica belíssima quando há muitas árvores.

Esta árvore será a maior de todas as que existem na aldeia Lagoinha.

Ihíkaxoti: Matilde Miguel Pereira

SEQuEnCIAS DIDÁTICAS

Eixos Contemplados: Língua Portuguesa / Matemá-tica / Geografia / Língua Terena

Leitura Deleite: Opcional

Conteúdo: Leitura, produção de escrita, oralidade, quantidade, tipos de árvores.

Objetivos: • Escrita da palavra “árvore”.• Escrita dos nomes das árvores que você conhece• Identificar quantidades de árvores existentes no pátio da escola e na casa.• Identificar os tipos de árvores• Identificar as fases de crescimento de uma árvore.• Identificar as partes de uma árvore.

Recursos: Livro didático Yuhakopavo vemo’u, mate-rial do educando, sulfite, pincel atômico, cola colo-rida.

metodologia/Estratégia

1ª Etapa:

• Leitura deleite.

• Interpretação oral do livro.

• desenhar as árvores que existem em seu quintal.

• Avaliação: – Verificar se o aluno é capaz de desenhar e identifi-car as diferenças das árvores desenhadas por ele.

2ª Etapa:

• Visitar a propriedade de pelo menos dois vizinhos e fazer um levantamento dos tipos de árvores que há no quintal dessas famílias.

• Anotar o nome e a quantidade das árvores da pro-priedade de cada vizinho. Você poderá usar a suges-tão abaixo.

• Elaborar uma grande tabela, colocando o nome de cada aluno da sala e quais são os tipos de árvores que predominam na comunidade. Veja, a seguir, um modelo para você usar na sala de aula.

NOME dAS ÁRVORES QUANTIdAdE

VIzINHO 1

VIzINHO 2

TOTAIS

32 33

Anahiko

– Anahiko râˈa?

– Êm, Anahiko râˈa: Ana Mônica, Ana Paula yoko Ana Karen.

– Kuti itukovohiko?

– Komohitihiko. Koanemaka yomotihiko níkea pânana, nâranga yoko emúkayea.

Ihíkaxoti: Matilde Miguel Pereira

A aLIÇÃO 18 A N A H I K O

As Anas

- Estas são as Anas?

- Sim, estas são as Anas: Ana Monica, Ana Paula e Ana Karen.

- O que elas estão fazendo?

- Estão brincando, mas também gostam de comer banana, laranja e bocaiúva.

Ihíkaxoti: Matilde Miguel Pereira

nO noLIÇÃO 19 K O n Ô U M

SEQUÊNCIAS dIdÁTICAS

Eixo contemplado: .......

Leitura deleite: ABC dos animais da autora Renata Aragão Santiago

Conteúdo: cadeia alimentar

Objetivos:• discutir animais presentes ou não na fauna brasi-leira (a partir da leitura deleite).• Conhecer histórias tradicionais da cultura terena (especialmente sobre o coelho).

• Ampliar conhecimento sobre a dependência de animais e vegetais em uma cadeia alimentar, a partir da cadeia alimentar do coelho.• Observar, registrar e comunicar algumas seme-lhanças e diferenças entre animais de estimação e animais do mato.• Entender o uso de desenhos e modelagens em ar-gila como representações artísticas.• Compreender o processo de produção da cerâmi-ca, desde a extração da argila até o cozimento (a par-tir de conhecimento tradicional da comunidade).• Avançar no conhecimento do sistema de escrita e na aquisição da leitura e da escrita convencional.• Ler para localizar informações.

Konôum

Ápe kali exóketi konôum óvonguke, yómoti komóhiyea itunêovoti.

Ápe xâne kopeyoâti ne konôum.

Ihíkaxoti: Cristiane Vertelino Marques

Coelho

Na minha casa tem um lindo coelhinho, que gosta de brincar com flores.

Há pessoas que tem o coelho como animal de estimação.

Ihíkaxoti: Cristiane Vertelino Marques

Totais de cada aluno Nome das árvores Quantidade

Aluno 1 Vizinho 1 e 2:

Aluno 2 Vizinho 1 e 2:

Aluno 3 Vizinho 1 e 2:

.... insira todos os alunos

Totais

4ª Etapa:

• Aula de campo.

• Explicar as partes de uma planta desde a raiz até os frutos.

• dividir os alunos em 4 grupos.

• Pedir que cada grupo escolha uma árvore e mos-tre as partes dessa árvore para os demais colegas ex-plicando para que serve cada uma.

• Avaliação: Participação dos alunos coletivamente.

5ª Etapa:

• Ler o texto do livro coletivo e individual.

• Fazer as atividades.

• Corrigir os exercícios

• Avaliação:– Leitura – Execução das atividades.

• Observar a tabela e analisar qual árvore aparece em maior quantidade. Conforme o resultado da pes-quisa, já tabulada, da árvore predominante será pro-duzido um pequeno texto.

3ª Etapa:

• Pesquisar na internet um vídeo sobre as fases de crescimento de uma árvore.

• Passar o vídeo na sala para os alunos.

• Representar as fases de crescimento de uma árvo-re através de desenhos.

• Avaliação:– Analisar se o aluno consegue diferenciar as fases do crescimento de uma árvore.

34 35

• desenvolver o comportamento leitor e escritor durante o processo de produção Textual.

Recursos: quadro de giz, apagador, giz, cadernos lá-pis, livro “ABC dos animais”, cola, argila, Estratégia/ desenvolvimento:

metodologia/Estratégia

1ª Etapa:

• Sentar em roda com a turma e fazer a Leitura de-leite: “ABC dos Animais” de Renata Aragão Artiaga.

• Abrir espaço para que os estudantes comentem o que entenderam e as conexões que fazem com a vida deles.

• Conversar sobre os animais que aparecem no tex-to: quais são. Pedir que eles falem sobre como são esses animais e perguntar se os animais que eles conhecem aparecem no livro. (Geralmente os livros trazem bichos que não são brasileiros: rinoceronte, hipopótamo, girafa, etc.) e os animais daqui são me-nos conhecidos, mas são os animais com que estes estudantes mais convivem.• Em seguida explicar que você espera que ao longo das aulas desse tema eles aprendam um pouco so-bre animais, especialmente os de estimação e sobre o coelho.

• Fazer a leitura coletiva do texto Konôum do livro Yuhaikpavo Vemo´u

• Pedir aos alunos que descrevam o coelho, como ele é, que cores pode ter, o tamanho, e a diferença entre os coelhinhos criados e os coelhinhos do mato.

• Pedir aos estudantes que um a um venham ao quadro para escrever algumas dessas diferenças.

• Entregar aos estudantes folhas de sulfite. Colocar a folha no sentido paisagem e pedir à turma que faça um traço dividindo a folha ao meio.

• de um lado os estudantes devem desenhar o coe-lho de estimação e do outro lado o coelho do mato, conforme a conversa que tiveram na sala.

• Perguntar “o que são animais de estimação”, e que outros animais foram domesticados para viver junto aos humanos.

• Finalizar este momento realizando as atividades do livro Lições ambientais dos Terena.

• Avaliação:– Avaliar a escrita das palavras no quadro, individu-almente, mas não precisa avaliar todos os estudan-tes nessa atividade. Aproveitar também para avaliar a escrita dos alunos a partir da correção dos exercí-cios do livro “lições Ambientais dos Terena”.– Avaliar a oralidade durante e a roda de conversa sobre a leitura deleite.– Avaliar a leitura a partir da leitura coletiva.

2ª Etapa:

Na etapa anterior aprendemos sobre animais do-mésticos ou de estimação. Nesta etapa vamos focar no coelho e sua cadeia alimentar (Ciências).

• Iniciar perguntando aos estudantes o que eles acham que o coelho come.

• Anotar no quadro as ideias da turma. Pode ser que apareçam ideias bastante distintas, por isso propor uma pesquisa com os pais e parentes, sobre o coelho do mato: o que ele come, como vive e que animais atacam e se alimentam do coelho.

• Pedir ainda aos estudantes que recolham histórias que aconteceram com os pais ou alguém da família, ou conhecido, que envolvam coelhos.

• Os estudantes devem redigir a história contada e trazer para a sala de aula.

• Os estudantes devem listar os alimentos mencio-nados pela família na pesquisa.

• Na sala de aula o professor pede para a turma que conte o que descobriu sobre a alimentação do coe-lho. Em seguida mostra alguns elementos da alimen-tação do coelho que são fáceis de localizar (gramíne-as e broto de bocaiuva ou folhas em geral).

• depois disso o professor e os estudantes saem para tirar fotos de alguns vegetais mencionados na lista.

• A partir das fotos, use argila para modelar os vege-tais fotografados.

• Pedir para a turma fazer desenhos dos animais que comem coelho e também desenhar o coelho. Pedir aos alunos que coloquem os nomes de cada animal nos desenhos.

• A partir do desenho dos animais, o professor pode começar a trabalhar com artes ensinando o processo de extração da argila para confeccionar cerâmica e moldar os animais que fazem parte da cadeia alimen-tar do coelho. No final, analisar coletivamente o sig-nificado de cadeia alimentar e seus níveis (produtor: vegetais, consumidor primário: coelho, consumidor secundário: gato o mato, lobinho, cachorro do mato, raposa, etc.).

• Com as fotos e os desenhos montar uma cadeia alimentar em três níveis colocando na parte de baixo os produtores vegetais, em seguida o coelho, e de-pois por cima os animais.

• depois que este modelo em papel estiver pronto o professor pode fazer um móbile ou sino de vento com a cadeia alimentar do coelho montada em argi-la, mas para isso precisa cozer a argila.

• Explicar o processo de cozimento e transformação da argila em cerâmica e discutir modelos tradicionais de queima e fornos para a feitura da cerâmica.

• Organizar uma visita a um ceramista local, que tenha um forno para que os estudantes possam co-nhecer o processo de feitura da cerâmica e possam colocar suas argilas para cozer.

• Os estudantes devem tirar fotografias e montar uma linha do tempo na produção da cerâmica, desde a extração da argila até o produto final.

• Imprimir as fotos, entregar uma para cada dupla de alunos e pedir que lembrem o que foi feito naque-la etapa de produção, escrevendo um pequeno texto sobre a foto.

• Com as fotos e textos, montar um livro sobre a produção de cerâmica local e colocá-lo à disposição da turma, na caixa de leitura. O livro pode, inicial-mente circular entre as famílias, indo para casa de cada aluno, para que ele mostre à família a visita fei-ta e o resultado do processo pedagógico, em forma de livro.

• Com os animais e plantas moldados em argila e cozidos para transformá-los em cerâmica montar o

sino de vento em uma argola de madeira com os se-res vivos da cadeia em diferentes alturas, represen-tando a cadeia alimentar do coelho, assim, na parte mais baixa devem ficar os vegetais, no meio o coelho e na parte mais alta os animais que se alimentam do coelho. Pendure o móbile ou sino de vento na sala para que todos possam desfrutar.

• Avalie a oralidade do aluno pedindo para que ele explique a cadeia alimentar utilizando o sino de ven-to.

• Avaliação:– Avaliar a construção do móbile/sino do vento, ve-rificando se os alunos entenderam e colocaram cor-retamente os produtores, consumidores primários e consumidores secundários em diferentes níveis re-presentando a cadeia alimentar do coelho.– Avaliar a produção artística do aluno em dese-nhos, fotos, livro e argila/cerâmica.– Avaliar se os alunos conseguiram representar corretamente, na forma de desenhos e com argila, as imagens dos diferentes seres vivos (animais e ve-getais) da cadeia alimentar do coelho. Verificar se o aluno colocou no desenho aqueles elementos que efetivamente fazem parte da cadeia.– Avaliar a escrita do aluno a partir dos nomes dos animais escritos nos desenhos e dos textos produzi-dos para o livro de fotografias (avaliação da dupla).

3ª Etapa:

No segundo momento focamos mais nas artes e ciên-cias a partir da produção de um livro de fotos sobre o processo de produção da cerâmica e tambem da criação de um móbile/sino de vento com a cadeia ali-mentar do coelho. Neste momento vamos enfatizar mais o processo de escrita a partir de uma discussão matemática/estatística sobre animais de estimação.

• Iniciar este momento fazendo um levantamento sobre o animal de estimação preferido de cada es-tudante. Para isso pedir que cada um pense em um animal doméstico que gosta.

• Em seguida pedir que cada um escreva o nome deste animal (por exemplo cachorro, gato, bem-te--vi, coelho, arara, etc) em um papelzinho.

• Junar os papéis e colocá-los em uma caixinha.

• Escolher dois estudantes para ajudar a fazer as marcações no quadro e outro para abrir a caixinha e ler os animais preferidos de cada um.

36 37

• Escrever o nome dos animais no quadro de giz, conforme eles forem aparecendo. Usar giz de dife-rentes cores para cada animal e numerar as quanti-dades. (um exemplo pode ser visto no gráfico abai-xo).

7

6

5

4

3

2

1

Gato Coelho Arara Cachorro

• Conversar com a turma sobre os resultados. Pedir aos alunos que identifiquem o animal que a turma escolheu e pedir que expliquem porque aquele ani-mal foi eleito (leitura e interpretação de gráficos).

• A partir das respostas analisar se os estudantes compreenderam como o gráfico foi produzido.

• A partir do resultado da eleição, verificar qual foi o animal preferido dos estudantes e propor a escrita de um texto coletivo sobre este animal. O texto deve ser descritivo. Explicar o que é um texto descritivo. Antes do início da escrita, se necessário, buscar in-formações que complementem a descrição do ani-mal.

• dar um nome para o animal escolhido.

• Ao final seria interessante ler coletivamente o tex-to produzido.

• Avaliação:– Avaliar a produção coletiva observando a partci-pação da turma na escolha e discussão dos animais, na identificação de aspectos característicos do ani-mal escolhido.– Avaliar a compreensão dos alunos sobre o gráfico produzido (leitura e interpretação de gráfico).– Avaliar a leitura coletiva do texto produzido.Obs: a avaliação coletiva (de produção de texto e lei-tura) é uma avaliação diagnóstica, e nos ajuda a per-ceber quem são os estudantes com maior dificulda-de e quais as dificuldades mais frequentes na turma.

4ª Etapa:

Para finalizar esta unidade vamos fazer uma peque-na discussão sociológica/filosófica sobre posse res-ponsável de animais de estimação.

• Os animais de estimação em algumas culturas são bem cuidados e valorizados e em outras são vistos como coisas de que se pode dispor conforme a ne-cessidade e, se a família precisa viajar, por exemplo, acaba matando ou soltando na rua os animais, ou afogando os filhotes indesejáveis. Nesse sentido, é importante discutir o que é posse responsável e o que isso representa. Um animal não é um brinque-do, é uma vida e precisa ser cuidada, como qualquer outra. Isso implica em banho, vacinação, preocupa-ção com a alimentação e com o que fazer quando a família toda está fora de casa para uma viagem ou atividade externa. • É importante discutir onde os animais vão ficar, com quem, e quem os alimentará, assim, como se a comunidade permite ou não que estes animais fi-quem na rua. O que a família faz com os animais do-mésticos quando está muito calor, ou quando chove demais e o que fazer quando os animais latem muito, invadem festas e churrascos comendo ou urinando nas toalhas ou ainda os gatos que entram nas casas dos vizinhos, sobem na mesa e na pia e fuçam na co-mida que está ali, incomodando os vizinhos.

• Para isso o professor pode fazer alguns questiona-mentos com os estudantes para ver os que as crian-ças sabem sobre seus animais domésticos e o que fazem ou devem fazer.

• Levantar quais seriam as obrigações dos proprie-tários e quais seriam os direitos dos vizinhos.

• Após fazer este levantamento os estudantes po-deriam verificar o que poderia ser feito na aldeia para melhorar a convivência entre vizinhos em rela-ção aos animais de estimação.

• A turma poderia conversar e escrever uma peque-na proposta de melhoria

• Em seguida poderiam chamar o cacique e o conse-lho para uma discussão e para entregar a proposta. Para tanto a turma pode escolher um orador para falar em nome de todos. E outro aluno para entre-gar a proposta ao cacique. Isso deve ser visto apenas

Ihaxíkopoti okovo kalivôno

Enepo yóno hôi ne kalivôno háˈa yoko êno, xáne. Ihôko, veyo yúku yoko véyo kaháˈixopeti konókoti kókohiyana kíxeokono oránake pihópea óvokuke.

Uhá koêti enepo pihapánehiko ya kiyo̍ i káxe, hóikuke, isáneke ákoti itukovo po̍ ike vípuxovoku, konókoti iháxikopeokono okóvo ne kalivôno, íhaxeovo îha, mopo̍ âti kayukovo motovâti xané kixópea, vo̍ oku ákotimo kixuaneye enepone okóvo ne kalivôno pihohî koetimo, yanêˈe ákomo imaka ya yóti, úkeakunemo káˈarineyea.

Ihíkaxoti: Rosely Fialho Miguel dias

XI xiLIÇÃO 20 I H A Xí K O P O T I O K O V O K A L I V Ô N O

Chamando o espírito da criança

Quando uma criança vai ao mato, são acompanhados pelo pai e pela mãe. Quando caçam, apanham lenha e pegam vassoura de mato é preciso ter muito cuidado na hora de voltar para a casa.

Toda vez que for embora a tardezinha do mato, da roça ou de qualquer outro lugar que for da nossa aldeia e preciso chamar o espírito da criança, chamar três vezes pelo nome da criança para que o espírito vá junto, do caso contrário seu espírito vai andarilhar por aí , e a noite a criança não vai dormir direito, e assim ficará doente.

Ihíkaxoti: Rosely Fialho Miguel dias

SEQuÊnCIA DIDÁTICA

Eixo Contemplado: Língua Portuguesa, Língua tere-na, História.

Leitura Deleite: Segunda-Feira de Adriana Falcão

Conteúdo: Lenda (Língua Portuguesa), Gramática (Língua Terena), Conhecimentos tradicionais (Histó-ria)

Objetivo:• Compreender que lendas fazem parte da cultura Terena• Consolidar a leitura e a escrita da Língua Terena• Valorizar a crença dos antepassadosRecursos: Livro didático Yuhaikapavo Vemo’u, lápis preto, lápis de cor, caderno, quadro, giz, apagador.

como uma proposta pedagógica e não há necessida-de ou obrigatoriedade desta ultima etapa e muito menos que o cacique tenha que, de alguma forma acatar ou criar normas específicas para esse caso.

• Avaliação:Este momento tem um caráter de desenvolvimento da cidadania e de desenvolvimento de responsabi-lidade e de valores, que são comuns à etnia. Nesse sentido, é importante avaliar:

– A participação dos estudantes na discussão coleti-va.– A produção de argumentos válidos.– O desenvolvimento da escrita, para redigir a pro-posta.– A oralidade, na apresentação da proposta.

A atividade também pode auxiliar no desenvolvi-mento de lideranças positivas/afirmativas na aldeia.

38 39

metodologia/Estratégia

1ª Etapa:

• Leitura deleite, Segunda Feira de Adriana Falcão

• Leitura e interpretação oral do texto IHAXIKOPOTI OKOVO KALIVÔNO

• Avaliação:– Avaliar a interpretação oral das crianças

2ª Etapa:

• Convidar um ancião para relatar outras crenças

• Pedir que os alunos recontem o que eles ouviram

• Questionar os alunos se já ouviram relatos dos pais e/ou avós sobre crenças

• Pedir aos alunos que reproduzam através de dese-nhos o que ouviram dos colegas

Marakáyahiko

Ápe mopôati marakáya koéhati Haháˈoti, Oêti yoko Pu̍ iti Úke.

Ako tôpi yónoku ne marakáyahiko, koati pihóheotihiko, yómoti yúho̍ íxea xûruno xâpa ko̍ óvokutihiko. Imaikinovanehiko xanéhiko ne únae marakáya, vo̍ oku úhepeyea imókea, inipone ko̍ ovokutihiko ákone aúhepe imókea.

Ihíkaxoti: Regina Miguel de Morais

hI hiLIÇÃO 21 M A R A K Á Y A h I K O

Os gatos

Existem três gatos chamados Pretinho, Dentinho e Olhudo.

Esses gatos andam por toda parte, são bem andarilhos, gostam de mexer as panelas nas casas dos moradores da aldeia. As pessoas ficaram bravas com o dono dos gatos porque enquanto ele dorme tranquilo os outros moradores já não dormem em paz.

Ihíkaxoti: Regina Miguel de Morais

SEQuÊnCIA DIDÁTICA

Eixo contemplado: Língua Portuguesa, Língua Tere-na, Ciência, Matemática.

Leitura Deleite: Cantiga de roda “Não atire o pau no gato-to” na versão terena

Conteúdo: Gênero textual (Língua Portuguesa), Or-tografia (Língua Terena), Animais felinos (Ciência), Números em Terena (Matemática)

Objetivos:• Resgatar as cantigas de roda• Produzir textos narrativos

• Avaliação:– Avaliar a oralidade e a compreensão dos alunos– Avaliar o desenho

3ª Etapa:

• Realizar as atividades do Livro Yuhaikapavo Ve-mou

• Comparar os textos Kalivôno yopónoti Káxe lição 14, e Ihaxíkopo okovo Kalivôno lição 20.

• Correção das atividades do livro

• Avaliação:– Avaliar se o aluno conseguiu executar as tarefas passo a passo

4ª Etapa:

• Se o professor for utilizar esta etapa com as séries mais avançadas, deve aprofundar mais a história do povo Terena e as suas crenças.

• desenvolver a oralidade através das cantigas na versão Terena• Consolidar a leitura e escrita da Língua TerenaRecursos: Lápis, caderno, borracha, sulfite, livro di-dático Yúhaikapavo Vemó’u, lápis de cor, canetinha, pincel, tinta guache, datashow, internet.

metodologia/Estratégia

1ª Etapa:

• No pátio da escola cantar com os alunos a cantiga de roda “atirei o pau no gato” na versão Terena

• Os alunos devem escrever pequenos textos narra-tivos e trocar os cadernos com os colegas para leitu-ra

• Um texto será escolhido e exposto na lousa para leitura coletiva

• Avaliação:– Avaliar a participação do aluno na música em Te-rena– Avaliar a capacidade de escrever textos narrativos– Avaliar a leitura coletiva

2ª Etapa:

• Trabalhar os números tanto em Terena como em Português

• Pesquisar entre os alunos quantos gatos tem em sua casa

• desenhar seu gato de estimação e escrever o nome do animal

• Avaliação:– Avaliação diagnóstica em relação a números (Por-tuguês/Terena)– Avaliar o resultado da pesquisa– Avaliar o desenho

3ª Etapa:

• Falar sobre mamíferos especificamente sobre o gato

• Perguntar se os alunos conhecem outros mamífe-ros

• Realizar as atividades do livro

• Avaliação:– Avaliar o conhecimento/aprendizagem em relação a mamíferos– Avaliar o desempenho na realização das ativida-des do livro

40 41

TA taLIÇÃO 22 T A M Ú K U

O cachorro

Havia um cachorro chamado Branquinho, muito esperto, gostava de acompanhar o seu dono,o Reginaldo quando ele ia para a igreja. Branquinho era diferente de outros cachorros que gostam de andarilhar pelas casas, ele só ia atrás do seu dono. Quando o cachorrinho saía era amado por todos pelo seu comportamento. Certo dia, Branquinho ficou doente de repente. Todos ficaram preocupados, deram-lhe remédios, que infelizmente não fizeram efeito e ele acabou morrendo, então todos ficaram tristes pela morte do cachorro.

Ihíkaxoti: Regina Miguel de Moraes

Tamúku

Ápe póhuti tamúku koéhati kali hópu̍ iti, koati exo´émoti, áhati xanéˈiyea únae koehati Hoyenóˈo ya imokóvokutike. Ako akútea po̍ inuhiko tamúku áhati léveheyea xapákuke ko´óvokuti, poéhane yóno únae Ina pího ikéneke koati oyokókonoti itúkeovo ne tamúku. Po̍ i káxe apé koéne raráˈikea, marînapo ka̍ árineti, heú kóenehiko yónea okóvo poréxoanehiko ipixáti, itea ákone kíxoaku, ihane ivókovo, yanê´e, rara̍ ikê kóenehiko kotivêati ne péyo.

Ihíkaxoti: Regina Miguel de Moraes

Ovokúti âtupu

Koati kouhéˈexovoti ko̍ ovokuyea ne kuxotihiko viyénoxapa mekûke.

Âtupu ituko îpi ne ovokúti hîe yoko tuti exáte hiˈéxeokono koati kásati koane úhepeti opékuke.

Ihíkaxoti: délio delfino

A casa de Adobe

As casas dos nossos antepassados eram muito interessantes.

As paredes eram construídas com adobe, a cobertura era de palha ou fohas de bacuri, as casas eram muito frescas e arejadas.

Ihíkaxoti: délio delfino

Pu puLIÇÃO 23 O V O K Ú T I Â T U Pu

AnEXO 1

A LENDA DO ARCO-ÍRIS

O João era pobre. O pai tinha morrido e era muito difícil a mãe manter a casa e sustentar os filhos.

Um dia ela pediu-lhe que fosse pescar alguns peixes para o jantar.

O João reparou numa coisa a mexer-se no meio do arvoredo....viu um pequeno homem... Aproximou-se sorrateiro, abaixou-se, afastou as folhas devagarinho e . . . viu um pequeno homem sentado num mi-núsculo banco de madeira. Costurava um colete verde com um ar compenetrado enquanto cantarolava uma musiquinha.

À frente do João estava um anão. Rapidamente esticou o braço e prendeu o homenzinho entre os dedos.

– Boa tarde, meu senhor.

Como estás, João? - respondeu o homenzinho com um sorriso malicioso.

Mas o anão tinha montes de truques para se libertar dos humanos. Inventava pessoas e animais a aproximarem-se, para que desviassem o olhar e ele pudesse escapar.

– Diz-me lá, onde fica o tesouro do arco-íris?

...vinha lá um touro a correr para o João...Mas o anão gritou para o João que vinha lá um touro bravo a correr bem na sua direcção. Ele assustou-se, abriu a mão e o anão desapareceu.

O João sentiu uma grande tristeza, pois quase tinha ficado rico.

E, com estas andanças, voltou para casa de mãos a abanar, sem ter pescado peixe nenhum. Mal chegou contou à mãe o sucedido. Esta, que já conhecia a manha dos anões, ensinou-o:

– Se alguma vez o encontrares, diz-lhe que traga o tesouro imediatamente....um dia encontrou o anão...

Passaram-se meses.

Até que um dia, ao voltar para casa, sentiu os olhos ofuscados com um brilho intenso. O anão estava sen-tado no mesmo pequeno banco de madeira, só que desta vez consertava um dos seus sapatos.Cuidado! Vem lá o gavião!

– Cuidado! Vem lá o gavião! - gritou o anão, fazendo uma cara de medo.

– Não me tentes enganar! - disse o João. - Traz já o pote de ouro!

– Traz já o pote de ouro ou eu nunca mais te solto.

– Está bem! - concordou o anão. - Desta vez ganhaste!

O pequeno homem fez um gesto com a mão e imediatamente um belíssimo arco-íris iluminou o céu, sain-do do meio de duas montanhas e terminando bem aos pés do João....até esconderam o pequeno pote...

As 7 cores eram tão intensas que até esconderam o pequeno pote de barro, cheio de ouro e pedras pre-ciosas, que estava à sua frente.

O anão baixou-se, com o chapéu fez-lhe um aceno de despedida, e gritou, pouco antes de desaparecer para sempre:Adeus João. Terás sorte e serás feliz para sempre!

– Adeus, João! És um menino esperto! Terás sorte e serás feliz para sempre!

E foi o que aconteceu. O pote de ouro nunca se esgotou e o João e a sua família tiveram uma vida de muita fartura e de muita alegria.

http://sotaodaines.chrome.pt/sotao/histor89_l.html

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Esta publicação foi elaborada no âmbito da Gestão Ambiental como um dos instrumentos do Programa de Educação Ambiental (PEA), realizado como medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal conduzido pelo Ibama.