livro direito constitucional rafael fernandez

626
DIREITO CONSTITUCIONAL Rafael Fernandez

Upload: selingardi

Post on 17-Jul-2016

96 views

Category:

Documents


10 download

DESCRIPTION

Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

TRANSCRIPT

Page 1: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

DIREITO

CONSTITUCIONAL

Rafael Fernandez

Page 2: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O que é Estado?

Estado é uma sociedade organizada política, social e juridicamente, ocupando um território definido, normalmente onde a lei máxima é uma Constituição, e dirigida por um governo que possui soberania reconhecida tanto interna como externamente. Um Estado soberano é sintetizado pela máxima "Um governo, um povo, um território".

Page 3: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Elementos Estruturais do Estado

1. Poder Político, Soberania Nacional ou

Organização

2. Território

3. Povo

4. Objetivos ou Finalidades

Page 4: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

República Federativa do Brasil

Consoante o parágrafo único do art. 1o da CF, a

RFB é uma democracia híbrida, mista, semi-

representativa, semi-direta ou participativa

porque o povo, que é o titular do poder, exerce-

o, em regra, através de representantes eleitos,

todavia há exceções em que o povo exerce o

poder diretamente.

Page 5: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, quais exemplos

temos em que o povo

exerce a democracia diretamente?

Page 6: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Tribunal do Júri

CF, art. 5º, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) a plenitude de defesa

b) o sigilo das votações

c) a soberania dos veredictos

d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida

Page 7: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Ação Popular

CF, art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte

legítima para propor ação popular que vise a

anular ato lesivo ao patrimônio público ou de

entidade de que o Estado participe, à

moralidade administrativa, ao meio ambiente e

ao patrimônio histórico e cultural, ficando o

autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas

judiciais e do ônus da sucumbência

Page 8: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Iniciativa Popular (Âmbito Federal)

CF, Art. 61, § 2º - A iniciativa popular pode ser

exercida pela apresentação à Câmara dos

Deputados de projeto de lei subscrito por, no

mínimo, 1% do eleitorado nacional, distribuído

pelo menos por 5 Estados, com não menos de

0,3% dos eleitores de cada um deles.

Page 9: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Exemplos de Iniciativa Popular

• Lei “Ficha Limpa” que altera a redação da Lei

Complementar 64/90.

• Lei que cria o Fundo Nacional de Habitação de

Interesse Social.

• Lei 8.930/94 que aumentou o rol de crimes

hediondos, alterando a redação da Lei 8.072/90.

Page 10: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Iniciativa Popular (Âmbito Estadual)

CF, Art. 27, § 4º - A lei disporá sobre a

iniciativa popular no processo legislativo

estadual.

Page 11: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Iniciativa Popular (Âmbito Municipal)

CF, Art. 29, XIII - iniciativa popular de

projetos de lei de interesse específico do

Município, da cidade ou de bairros,

através de manifestação de, pelo menos,

cinco por cento do eleitorado.

Page 12: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Consulta Popular (CF, Art. 14, I e II)

• REFERENDO (consulta posterior)

• PLEBISCITO (consulta prévia)

Page 13: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Democracia Participativa

Conselho Municipal de Saúde

Conselho Municipal de Educação

Reuniões comunitárias para discutir

orçamento

Page 14: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

TERRITÓRIO

É o componente espacial do Estado e a

porção de terra ou área onde o mesmo exerce

jurisdição, soberania, poder de império ou poder

de mando.

Page 15: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

POVO

É o conjunto de pessoas que compõem o Estado, na forma de seu componente humano ou pessoal e unido ao mesmo pelo vínculo jurídico-político da nacionalidade. (CF, Art. 12)

Page 16: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Objetivos

ou

Finalidades

do

Estado

Page 17: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, para que serve o ESTADO?

Para alcançar o bem comum e o interesse coletivo.

Page 18: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CF, Art. 3º Constituem OBJETIVOS

FUNDAMENTAIS da RFB:

I - construir uma sociedade livre, justa e

solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e

reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem

preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade

e quaisquer outras formas de discriminação.

Page 19: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Divisão Espacial

ou

Organização do Estado

1.Forma de Estado

2.Forma de Governo

3.Sistema ou Regime de Governo

Page 20: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Forma

de

Estado

Page 21: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, dentro de um território, quantas pessoas jurídicas com capacidade

política existem? Ou melhor... Rafael, dentro de um território, quantos

centros que manifestam poder, ou seja, que produzem leis, existem?

Page 22: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

FORMAS DE ESTADO

Estado Unitário Puro

Descentralizado Administrativamente

Estado Composto Federação

Confederação (Não é pacífico)

Page 23: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

FEDERAÇÃO

CONFEDERAÇÃO

Como nasce? CONSTITUIÇÃO

TRATADO

INTERNACIONAL

As unidades parciais

possuem direito de

secessão?

NÃO SIM

Unidades Parciais AUTONOMIA

SOBERANIA

Page 24: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Características da Federação

1.Indissolubilidade do vínculo federativo;

Page 25: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Indissolubilidade do vínculo federativo

CF, Art. 1º A República Federativa do

Brasil, formada pela união indissolúvel

dos Estados e Municípios e do Distrito

Federal, constitui-se em Estado

Democrático de Direito e tem como

fundamentos(...)

Page 26: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Mecanismo de Proteção de

Indissolubilidade do Vínculo Federativo

(Intervenção Federal)

CF, Art. 34. A União não intervirá nos

Estados nem no DF, exceto para:

I - manter a integridade nacional;

II - repelir invasão estrangeira ou de uma

unidade da Federação em outra (...)

Page 27: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Crimes Políticos e Competência

CF, Art. 109. Aos juízes federais compete

processar e julgar:

IV - os crimes políticos e as infrações penais

praticadas em detrimento de bens, serviços ou

interesse da União ou de suas entidades

autárquicas ou empresas públicas, excluídas as

contravenções e ressalvada a competência da

Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;

Page 28: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Lei nº 7.170/83 (Lei de Segurança Nacional)

Art. 1º - Esta Lei prevê os crimes que lesam ou expõem a perigo de lesão:

(...)

Il - o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de Direito;

Art. 11 - Tentar desmembrar parte do território nacional para constituir país

independente.

Pena: reclusão, de 4 a 12 anos.

Art. 22 - Fazer, em público, propaganda:

(...)

V - de qualquer dos crimes previstos nesta Lei.

Pena: detenção, de 1 a 4 anos.

Page 29: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Condenação por Crime Político

CF, Art. 102. Compete ao Supremo

Tribunal Federal, precipuamente, a guarda

da Constituição, cabendo-lhe:

II - julgar, em recurso ordinário:

b) o crime político;

Page 30: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Características da Federação

1.Indissolubilidade do vínculo federativo;

2.Divisão constitucional de competências;

Page 31: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Divisão Constitucional de Competências

Ente Federativo Artigo (s)

União 21 e 22

Estados 25

Distrito Federal 32

Municípios 29 e 30

Page 32: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Características da Federação

1.Indissolubilidade do vínculo federativo;

2.Divisão constitucional de competências;

3.Participação das unidades parciais na

formulação da vontade geral;

Page 33: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CF, Art. 46. O Senado Federal compõe-se de

representantes dos Estados e do Distrito

Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.

CF, Art. 60. A Constituição poderá ser

emendada mediante proposta:

III - de mais da metade das Assembléias

Legislativas das unidades da Federação,

manifestando-se, cada uma delas, pela maioria

relativa de seus membros.

Page 34: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Principais Características da Federação

1.A indissolubilidade do vínculo federativo;

2.Divisão constitucional de competências;

3.Participação das unidades parciais na

formulação da vontade geral;

4.Corte ou Tribunal responsável pela guarda

ou supremacia da Constituição;

Page 35: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CF, Art. 102. Compete ao

Supremo Tribunal Federal,

precipuamente, a guarda da

Constituição, cabendo-lhe (...)

Page 36: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Principais Características da Federação

1.A indissolubilidade do vínculo federativo;

2.Divisão constitucional de competências;

3.Participação das unidades parciais na

formulação da vontade geral;

4.Corte ou Tribunal responsável pela guarda

ou supremacia da Constituição; e

5.A existência de uma Constituição.

Page 37: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

FEDERAÇÃO

CONFEDERAÇÃO

Como nasce? CONSTITUIÇÃO

TRATADO

INTERNACIONAL

As unidades parciais

possuem direito de

secessão?

NÃO SIM

Unidades Parciais AUTONOMIA

SOBERANIA

Page 38: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Forma de Estado é cláusula pétrea? Sim!

CF, Art. 60, § 4º - Não será objeto de

deliberação a proposta de emenda

tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado; (...)

Obs.: Constituição Super-rígida (Alexandre de Moraes)

Page 39: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Forma

de

Governo

Page 40: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Formas de Governo

(Política, Aristóteles, 340 a.C.)

Monarquia: governo de um

Aristocracia: governo de poucos

República: governo de muitos

Page 41: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Formas Corrompidas de Governo

(Política, Aristóteles, 340 a.C.)

Monarquia: TIRANIA

Aristocracia: OLIGARQUIA

República: DEMAGOGIA

Page 42: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O Príncipe (1513, Niccolò Machiavelli)

“Todos os Estados, todos os

governos que tiveram e têm

autoridade sobre os homens, foram e

são ou repúblicas ou principados...”

Page 43: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, como é a relação entre governantes e governados

dentro de um território?

Page 44: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MONARQUIA REPÚBLICA

HEREDITÁRIA ELETIVA

VITALÍCIA TEMPORÁRIA

IRRESPONSÁVEL RESPONSÁVEL

DE QUE MANEIRA O PODER É EXERCIDO

EM CADA FORMA DE GOVERNO?

Page 45: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, a forma de governo constitui cláusula pétrea tal

qual a forma de estado?

NÃO! Mas...

Page 46: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

...a forma de governo constitui princípio

constitucional sensível em sede estadual,

ou seja, trata-se de princípio constitucional

que deverá ser observado pelos Estados-

membros e pelo Distrito Federal.

V. art. 34, VII, “a”, CF. (Princípios Constitucionais Sensíveis)

Page 47: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípios Constitucionais Sensíveis em sede Estadual

CF, Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no DF, exceto para:

VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:

a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;

b) direitos da pessoa humana;

c) autonomia municipal;

d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.

e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais,

compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e

desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

Page 48: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Sistema ou Regime

de

Governo

Page 49: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, como se relacionam o Poder Executivo e o Poder Legislativo dentro de um

governo?

Page 50: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Presidencialismo versus Parlamentarismo

PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO

A função executiva é

exercida por uma única

pessoa

A função executiva é

exercida por duas ou mais

pessoas

Executivo Monocrático: a

mesma autoridade acumula

as funções de Chefe de

Estado e de Governo

Executivo Dual: as funções

de Chefe de Estado e de

Governo são

desempenhadas por

autoridades diferentes

Independência política do

Poder Executivo em relação

ao Legislativo

Dependência política do

Poder Executivo em relação

ao Legislativo

O mandato do Chefe do

Poder Executivo é

determinado

O mandato daquele ou

daqueles que exercem a

função legislativa pode ser

reduzido

Page 51: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Presidencialismo → Executivo Monocrático

CF, Art. 76. O Poder Executivo é

exercido pelo Presidente da

República, auxiliado pelos Ministros

de Estado.

Page 52: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Espécies de Parlamentarismos

Parlamentarismo Monárquico Constitucional Inglaterra, Japão, Espanha, Suécia, Dinamarca, Países Baixos, Mônaco...

Rei, Rainha, Príncipe, Imperador etc: Chefe de Estado

Primeiro- Ministro, Premiê, Premier, Presidente etc: Chefe de Governo

Parlamentarismo Republicano Itália, França, Israel...

Presidente: Chefe de Estado

Primeiro-Ministro, Premiê, Premier, etc: Chefe de Governo

Page 53: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, o sistema ou regime de governo constitui cláusula pétrea

tal qual a forma de estado?

também NÃO!

Page 54: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS DO PRESIDENTE

ART. 84, CF/88

REGRA INDELEGABILIDADE (V. CF, Art. 84, parágrafo único)

PRESIDENCIALISMO

EXECUTIVO MONOCRÁTICO

CHEFIA DE ESTADO

CHEFIA DE GOVERNO

Page 55: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CHEFE DE GOVERNO: Chefe do Poder

Executivo Federal, da gerência

administrativa do governo e da

representação interna política.

CHEFE DE ESTADO: Chefe da República

Federativa do Brasil em suas relações

internacionais e na concretização da

unidade nacional.

Page 56: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PRESIDENTE CHEFE DE ESTADO

CF, Art. 84, VII - manter relações com Estados estrangeiros

e acreditar seus representantes diplomáticos;

CF, Art. 84, VIII - celebrar tratados, convenções e atos

internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;

CF, Art. 84, XIX - declarar guerra, no caso de agressão

estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou

referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões

legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou

parcialmente, a mobilização nacional;

Page 57: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PRESIDENTE CHEFE DE GOVERNO (Exercício da chefia superior da administração pública no âmbito da União)

CF, Art. 84, II - exercer, com o auxílio dos Ministros de

Estado, a direção superior da administração federal;

CF, Art. 84, VI - dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração

federal, quando não implicar aumento de despesa

nem criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando

vagos;

Page 58: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Em regra, as atribuições presidenciais são indelegáveis, EXCETO:

CF, Art. 84, VI – dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar

aumento de despesa nem CRIAÇÃO ou EXTINÇÃO de órgãos públicos;

b) EXTINÇÃO de funções ou cargos públicos, QUANDO VAGOS;

CF, Art. 84, XII - conceder INDULTO e COMUTAR PENAS, com audiência, se

necessário, dos órgãos instituídos em lei;

CF, Art. 84, XXV - PROVER e extinguir os cargos públicos federais, na forma da

lei;

CF, Art. 84, Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as

atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, PRIMEIRA PARTE, aos

MINISTROS de Estado, ao PGR ou ao AGU, que observarão os limites traçados

nas respectivas delegações.

Page 59: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O Direito Constitucional

• Natureza

• Conceito

• Objeto

Page 60: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O Direito Constitucional

• é ramo do Direito Público Interno

• tem a Constituição como seu objeto de

estudo

• analisa e interpreta as normas

constitucionais

• fundamenta-se na organização e

funcionamento do Estado

• é o estudo metódico da Constituição de um

Estado

Page 61: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O Direito Constitucional...

É o conhecimento sistematizado das

regras jurídicas relativas à:

1. FORMA DE ESTADO

2. FORMA DE GOVERNO

3. MODO DE AQUISIÇÃO E EXERCÍCIO DO PODER

4. ESTABELECIMENTO DOS ÓRGÃOS

5. LIMITES DE AÇÃO DO ESTADO

Page 62: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Constituição da República

Federativa do Brasil de 1988

Page 63: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CF/88

• NORMA SUPREMA E FUNDAMENTAL DO ESTADO

• ENCONTRA-SE NO TOPO DO ORDENAMENTO

JURÍDICO BRASILEIRO

• SOMENTE ALTERÁVEL POR PROCESSO

LEGISLATIVO ESPECIAL E MAIS DIFICULTOSO

• RÍGIDA (OU SUPER-RÍGIDA)

• SERVE DE PARÂMETRO DE VALIDADE PARA TODAS

AS OUTRAS ESPÉCIES NORMATIVAS

• CONSTITUIÇÃO “CIDADÔ (Ulysses Guimarães)

Page 64: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CF/88 • LEI FUNDAMENTAL

• LEI SUPREMA

• LEI DAS LEIS

• LEI MAIOR

• CARTA MAGNA

• ESTATUTO FUNDAMENTAL

• CARTA POLÍTICA

• LEX FUNDAMENTALIS

Page 65: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Pirâmide Normativa de Hans Kelsen

CF

NORMAS

SUPRALEGAIS

NORMAS LEGAIS (Lei Complementar, Lei Ordinária, Medida Provisória,

Lei Delegada, Decreto Legislativo...) STF (até 2007)

NORMAS INFRALEGAIS

Art. 59, CF/88

Page 66: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ORDENAMENTO JURÍDICO NACIONAL

NORMAS CONSTITUCIONAIS (CF/88, EC, ECR e Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos com rito de EC)

NORMAS SUPRALEGAIS

(Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos)

NORMAS LEGAIS

(Leis Complementares, Leis Ordinárias, Leis Delegadas, MP, Decretos Legislativos...)

NORMAS INFRALEGAIS

(Decretos Regulamentares, Instruções Normativas, Portarias...)

Page 67: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

NOVA CONSTITUIÇÃO E O ORDENAMENTO LEGAL

“Controle da constitucionalidade” analisa a compatibilidade de leis existentes

antes de 04-10-1988, para validá-las a partir de 05/10/88. A rigidez de uma

constituição cria uma relação vertical de hierarquia normativa, onde a Carta Magna é

o seu ápice. Objetivo economia legislativa. Tenta-se apresentar as normas já

existentes e verificar se elas não colidem com a nova constituição.

Aspectos

da norma

Formal

“como?”

• Decreto lei

• Lei delegada

• Medida provisória

• Lei ordinária

Material

O que? Conteúdo da Norma

NÍVEL CONSTITUCIONAL

Nível infraconstitucional

Ordenamento

jurídico

CF

Aspectos do processo

legislativo de criação

da norma

Não podendo ser contrário

ao princípio constitucional do

qual deriva. Ex. Pena de Morte

Page 68: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SUPREMACIA DA

CONSTITUIÇÃO

Page 69: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípio da Supremacia da Constituição

A Constituição associada a outras normas, rege

o comportamento da sociedade de um

determinado Estado de Direito que esta sob sua

égide. Entretanto, a Constituição diferencia-se

dessas outras normas pelo fato de encontrar-se

no topo do ordenamento jurídico, portanto todas

as outras normas são hierarquicamente

inferiores à ela e portanto devem estar de

acordo com a mesma.

Page 70: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípio da Supremacia da

Constituição

Para que seja suprema, a Constituição deve apresentar certas

particularidades, como por exemplo, ser rígida e não flexível. Por

flexível, entende-se uma Constituição em que o processo de

alteração de uma norma constitucional é o mesmo do de uma

norma hierarquicamente inferior. Já por uma Constituição rígida,

entende-se que o processo de alteração de uma norma

constitucional é muito mais trabalhoso do que o de uma norma

inferior. No caso de Brasil, a Constituição é rígida (ou super-rígida

de acordo com alguns doutrinadores) e para fazer alguma alteração

nas normas nela contidas, é necessário respeitar o rito especial

preconizado no artigo 60 da CF/88.

Page 71: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípio da Supremacia da

Constituição

Consoante o Professor José Afonso, é da

rigidez que resulta a supremacia da

Constituição. A rigidez também se relaciona

com o fato de normas constitucionais

serem mais estáveis e de duração mais longa,

em contraposição com normas inferiores que

podem ser mudadas mais frequente e

rapidamente. E daí se conclui o porquê dela se

posicionar no vértice da pirâmide do

ordenamento jurídico.

Page 72: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

TEORIA DO PODER

CONSTITUINTE

Page 73: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Soberania Popular (Art. 1º, parágrafo único, CF/88)

Todo o poder emana do povo, que o exerce

por meio de representantes eleitos ou

diretamente, nos termos desta

Constituição.

Page 74: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Poder Constituinte

Considerando que o Poder Legislativo,

Executivo e Judiciário são poderes

constituídos, podemos concluir que existe

um poder maior que os constituiu, isto é, o

Poder Constituinte. Logo, a Constituição

Federal de 1988 é fruto de um poder

distinto daqueles que ela institui, ou seja,

do Poder Constituinte.

Page 75: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Poder Constituinte

O pensamento de supremacia da

constituição decorre de sua origem, baseada

num poder instituidor de todos os outros

poderes, que constitui os demais; daí sua

denominação poder constituinte.

Em um outro ângulo podemos afirmar que o

poder constituinte pode ser estudado em uma

dupla dimensão: originário e reformador ou

derivado. Trata-se do poder que constitui, que

faz e que elabora normas constitucionais.

Page 76: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Titularidade do Poder

Constituinte

O poder constituinte pertence ao

POVO, que o exerce por meio dos seus

representantes reunidos em uma

Assembléia Nacional Constituinte.

“Todo o poder emana do povo, que o

exerce por meio de representantes

eleitos ou diretamente, nos termos

desta Constituição” . (art.1º, parágrafo único da CF/88)

Page 77: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ASSEMBLÉIA NACIONAL CONSTITUINTE

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em

Assembléia Nacional Constituinte para instituir um

Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício

dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a

segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a

igualdade e a justiça como valores supremos de uma

sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,

fundada na harmonia social e comprometida, na ordem

interna e internacional, com a solução pacífica das

controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a

seguinte Constituição da República Federativa do

Brasil. (prêambulo, CF/88)

Page 78: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Poder Constituinte

ORIGINÁRIO

• 1º Grau

• Poder de Fato

• Incondicionado

• Autônomo

• Primário

• Ilimitado

• Irrestrito

• Permanente

• Inicial

DERIVADO

• 2º Grau

• Poder de Direito

• Condicionado

• Subordinado

• Secundário

• Limitado

• Restrito

• Transitório

Page 79: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Poder Constituinte Derivado

1. REFORMADOR

EC artigo 60, CF/88

ECR Revisão. Já exercido em 1993 (art. 3º, ADCT)

Poder Constituinte Difuso “Mutação Constitucional”

2. DECORRENTE

Institucionalizador (Cria as CE e LODF)

Reforma (CE e LODF)

Page 80: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Mutação Constitucional

É o fenômeno informal de alteração, revisão,

atualização ou transição do conteúdo da

Constituição e informal porque a mudança

ocorre, simplesmente, no entendimento da

mesma em virtude da dinâmica evolução social.

Trata-se do fenômeno de modificação dos

textos constitucionais sem emendas ou

quaisquer revisões formais.

Page 81: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

FGV/2008, POLÍCIA CIVIL

O Poder Constituinte Originário tem

por características ser:

a) incondicionado e irrestrito.

b) permanente e limitado.

c) primário e condicionado.

d) autônomo e restrito.

e) ilimitado e transitório.

Page 82: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Emenda à Constituição

Poder Constituinte Derivado

Reformador

Page 83: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Proposta de Emenda Constitucional (Art. 60, CF/88)

Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante

PROPOSTA:

I - de 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos

Deputados ou do Senado Federal;

II - do PRESIDENTE da República;

III - de MAIS DA METADE das Assembléias Legislativas

das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma

delas, pela maioria RELATIVA de seus membros.

Page 84: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Limitações Circunstanciais às EC à CF/88

A Constituição não poderá ser emendada

na vigência de:

INTERVENÇÃO FEDERAL

ESTADO DE DEFESA

ESTADO DE SÍTIO

Page 85: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Discussão e Votação de EC (Art. 60, § 2º, CF/88)

§ 2º - A proposta será discutida e votada

em CADA CASA do Congresso Nacional,

em 2 TURNOS, considerando-se aprovada

se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dos

respectivos membros.

Page 86: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Art. 60, § 3º, CF/88

“§ 3º - A emenda à Constituição

será promulgada pelas Mesas

da Câmara dos Deputados e do

Senado Federal, com o

respectivo número de ordem.”

Page 87: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Art. 60, § 4º, CF/88

“§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.”

Page 88: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CLÁUSULA PÉTREA (Art. 150, inciso III, alínea “b”, CF/88 c/c ADI 939-7/DF)

Sem prejuízo de outras garantias

asseguradas ao contribuinte, É VEDADO à

União, aos Estados, ao DF e aos títulos ou

direitos;

III - cobrar TRIBUTOS:

b) no mesmo exercício financeiro em que

haja sido publicada a lei que os instituiu ou

aumentou...

Page 89: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípio da Irrepetibilidade (Art. 60, § 5º, CF/88)

“§ 5º - A matéria constante de

proposta de emenda rejeitada ou

havida por prejudicada não pode

ser objeto de nova proposta na

mesma sessão legislativa.”

Page 90: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos (Art. 5º, § 3º, CF/88)

Os tratados e convenções internacionais

sobre direitos humanos que forem

aprovados,em cada Casa do Congresso

Nacional, em 2 turnos, por 3/5 dos votos dos

respectivos membros, SERÃO

EQUIVALENTES ÀS EC.

Page 91: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CONCEITOS E TIPOLOGIAS

DE CONSTITUIÇÃO

Page 92: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CONTEÚDO

MATERIAL

Constituição material designa o conjunto de

normas constitucionais escritas ou costumeiras,

inseridas ou não em um texto único, que regulam a

estrutura do Estado, a organização de seus órgãos e

os direitos fundamentais. Refere-se apenas às

matérias essencialmente constitucionais, ou seja,

aquelas que dizem respeito aos elementos

constitutivos do Estado, como vimos: o poder, o povo,

o território, o governo e a finalidade

FORMAL

Constituição formal é aquela contida em um

documento solene estabelecido pelo poder

constituinte e somente modificável por processos e

formalidades especiais previstos no próprio texto

constitucional.

CLASSIFICAÇÃO DAS

CONSTITUIÇÕES

Page 93: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

FORMA

escrita é aquela sistematizada num texto escrito,

elaborado por um órgão constituinte ou imposta pelo

governante, contendo, em regra, todas as normas tidas como

fundamentais sobre a estrutura do Estado, a organização dos

poderes constituídos, seu modo de exercício e limites de

atuação e os direitos fundamentais.As Constituições formais

serão sempre por escritas, pois apresentam normas

constantes em um texto único.

não escrita ou costumeira baseada nos costumes e

tradições de um povo, geralmente não é escrita.

A Constituição não escrita é a aquela cujas normas não

constam de um documento único e solene, baseando-se,

principalmente, nos costumes, na jurisprudência, em

convenções e em textos escritos esparsos. A doutrina

enumera como sinônimo de Constituição não escrita as

expressões: Constituição Costumeira e Constituição

Consuetudinária. Preponderaram até o final do século XVIII,

sendo que atualmente é rara, nos dias de hoje tem-se

apenas a Constituição Inglesa.

CLASSIFICAÇÃO DAS

CONSTITUIÇÕES

Page 94: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Democráticas ou promulgadas – (Constituições Populares)

As Constituições populares são aquelas que se

originam de um órgão constituinte composto de

representantes do povo, eleitos para o fim de

as elaborar e estabelecer. Como exemplo

temos as Constituições 1891, 1934, 1946 e

1988.

Outorgadas - As Constituições outorgadas são as impostas

pelo governante, sem a participação popular.

Exemplo: 1824, 1937, 1967 e 1969

Cesarista – outorgada por um ditador com referendo

popular. Exemplo: Constituição Cubana

ORIGEM

CLASSIFICAÇÃO DAS

CONSTITUIÇÕES

Page 95: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

1 - Constituição Dogmática A Constituição dogmática é a

elaborada por um órgão constituinte, em que

sistematiza os princípios (dogmas) fundamentais

da teoria política e do direito dominantes em uma

época certa, sendo sempre escrita.

2 - Constituição Histórica A Constituição histórica é a

resultante de lenta formação histórica, do

lento evoluir das tradições, dos fatos sócio-políticos,

que se cristalizam como normas fundamentais da

organização de determinado Estado, sendo sempre

costumeira (não escrita).

MODO

DE

ELABORAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO DAS

CONSTITUIÇÕES

Page 96: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

1 - Constituição Concisa ou Breve A classificação

quanto à extensão a Constituição concisa abrange

apenas princípios gerais ou regras básicas de

organização e funcionamento do Estado. Em regra

geral, é uma Constituição material, isto porque

apresenta a matéria constitucional, em sentido estrito.

Como exemplo encontra-se a Constituições

americanas, francesas de 1946, as chilenas de 1833

e 1925 e a dominicana de 1947.

2 - Constituição Prolixa A Constituição prolixa traz matéria

alheia ao Direito Constitucional propriamente dito e,

ainda, preocupa-se em regulamentar os assuntos que

tratam, deixando a legislação ordinária pouco deste

papel. Como exemplo encontra-se a atual Constituição

Brasileira.

EXTENSÃO

CLASSIFICAÇÃO DAS

CONSTITUIÇÕES

Page 97: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

IDEOLOGIA

1 – Eclética - representa, portanto, um texto que será fruto das

reivindicações e pressões de grupos com

interesses diferentes e muitas vezes

opostos, dentro do Estado, interesses

antagônicos que irão manifestar-se, com

mais intensidade, quanto maior for o grau de

participação da sociedade civil, na elaboração

constitucional.das Constituições que sofrem

influências de mais de uma ideologia ou

programa político, social e econômico.

2 – Ortodoxa – são as Constituições socialistas e liberais,

que se alinham a uma única ideologia sócio-

econômica.

CLASSIFICAÇÃO DAS

CONSTITUIÇÕES

Page 98: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

1 - Constituição Imutável A Constituição imutável é aquela onde se proíbe

qualquer alteração.

2 - Constituição Rígida são aquelas que necessitam de um processo

formal, que dificulta a alteração de seu texto, estabelecendo

mecanismos parlamentares específicos, quorum para a aprovação

com maiorias especiais, competência restrita para propor a sua

alteração, além de limites temporais, circunstanciais e materiais

para o funcionamento do poder de reforma.

As cláusulas pétreas no texto ou as cláusulas imodificáveis, são

elementos importantes, no estabelecimento da rigidez do texto.

Somente as Constituições escritas podem ser classificadas

como rígidas.

3 - Constituição Flexível podem ser alteradas através de procedimentos

simplificados, perdendo com isto o caráter de supremacia que

devem ter. Pois, uma vez que, pelo mesmo processo que se

elabora uma lei, pode-se, também, alterar o texto constitucional..

Entretanto, maioria da doutrina entende não ser possível a

existência de uma Constituição costumeira e rígida, ou seja, todas

as constituições costumeiras são flexíveis.

4 - Constituição Semi-Rígida A Constituição semi-rígida é a aquela

que contém uma parte rígida e outra flexível. Como exemplo

temos a Constituição de 1824 (a Constituição do Império).

Pelo fato de uma parte ser rígida, só as Constituições escritas

serão classificadas como semi-rígidas.

MUTABILIDADE

ou

ESTABILIDADE

ou

RIGIDEZ

CLASSIFICAÇÃO DAS

CONSTITUIÇÕES

Page 99: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Outras Classificações

GARANTIA – é a Constituição que se preocupa especialmente em

proteger os direitos individuais frente aos demais indivíduos e

especialmente ao Estado. Impõe limites à atuação do Estado na

esfera privada e estabelece ao Estado o dever de não-fazer

(obrigação-negativa, status negativus).

DIRIGENTE (Programática ou Compromissória) - é a Constituição

que contém um conjunto de normas-princípios, ou seja, normas

constitucionais de princípio programático, com esquemas genéricos,

programas a serem desenvolvidos ulteriormente pela atividade dos

legisladores ordinários.

BALANÇO – é a Constituição que, ao caracterizar uma determinada

organização política presente, prepara a transição para uma nova

etapa.

Page 100: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Constituições Brasileiras

• Constituição de 1824 (Império)

• Constituição de 1891

• Constituição de 1934 (Após a Rev. Constitucionalista de 1932)

• Constituição de 1937 (Golpe de Vargas; Estado Novo)

• Constituição de 1946

• Constituição de 1967

• Constituição de 1969 (Emenda nº 1 à CF/67)

• Constituição de 1988 (Atual)

Page 101: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CF/88

• FORMAL

• ESCRITA

• DOGMÁTICA

• PROMULGADA (ou DEMOCRÁTICA)

• RÍGIDA (ou SUPER-RÍGIDA)

• DIRIGENTE

• PROLIXA

Page 102: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PRINCÍPIOS

FUNDAMENTAIS

Page 103: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em

Assembléia Nacional Constituinte para instituir um

Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício

dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança,

o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça

como valores supremos de uma sociedade fraterna,

pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social

e comprometida, na ordem interna e internacional, com a

solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a

proteção de Deus, a seguinte Constituição da República

Federativa do Brasil.

Preâmbulo da CF/88

Page 104: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Preâmbulo da CF/88

Considerações acerca do preâmbulo constitucional

É parte integrante da CF/88;

Não é componente indispensável da Constituição;

Não é uma declaração de direitos, nem conjunto de preceitos,

não cria direitos nem deveres;

Sua violação não cria inconstitucionalidade, logo não pode ser

utilizado como referência para o controle de constitucionalidade;

O STF adota a TESE DA IRRELEVÂNCIA JURÍDICA, logo, o

preâmbulo não se concentra no campo do direito e sim na seara

político-ideológica;

É destituído de valor normativo;

Não é norma de reprodução obrigatória pelas Constituições

Estaduais; e

Segundo o STF, sua menção expressa a “Deus” não fere a

laicidade do Estado.

Page 105: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Preâmbulo

Considerações acerca do preâmbulo constitucional

É parte integrante da CF/88;

Não é componente indispensável da Constituição;

Não é uma declaração de direitos, nem conjunto de preceitos,

não cria direitos nem deveres;

Sua violação não cria inconstitucionalidade, logo não pode

ser utilizado como referência para o controle de

constitucionalidade;

O STF adota a TESE DA IRRELEVÂNCIA JURÍDICA, logo, o

preâmbulo não se concentra no campo do direito e sim na

seara político-ideológica; e

É destituído de valor normativo.

Não é norma de reprodução obrigatória pelas Constituições

Estaduais.

Page 106: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Soberania

Povo

Território

Finalidade ou Objetivo

Elementos do Estado

Page 107: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

FORMA DE GOVERNO: REPÚBLICA

FORMA DE ESTADO: FEDERAÇÃO

SISTEMA DE GOVERNO: PRESIDENCIALISMO

REGIME de Governo DEMOCRACIA MISTA ou

DEMOCRACIA SEMI-DIRETA

Page 108: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

INDISSOLUBILIDADE DA RFB (Art. 1º, caput, CF/88)

Art. 1º A República Federativa do Brasil,

formada pela união INDISSOLÚVEL dos

estados e municípios e do DF, constitui-se

em Estado Democrático de Direito e tem

como fundamentos...

Page 109: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Estados+Municípios+DF (Art. 1º, caput, CF/88)

Art. 1º A República Federativa do Brasil,

formada pela união indissolúvel dos

ESTADOS e MUNICÍPIOS e do DISTRITO

FEDERAL, constitui-se em Estado

Democrático de Direito e tem como

fundamentos...

Page 110: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

FUNDAMENTOS DA RFB (Art. 1º, I a V, CF/88)

I. A soberania

II. A cidadania

III. A dignidade da pessoa humana

IV. Os valores sociais do trabalho e da livre

iniciativa

V. O pluralismo político

Page 111: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

DIVISÃO ORGÂNICA DE MONTESQUIEU (Art. 2º, CF/88)

São Poderes da UNIÃO,

independentes e harmônicos

entre si, o Legislativo, o

Executivo e o Judiciário.

Page 112: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

OBJETIVOS FUNDAMENTAIS DA

RFB (Art. 3º, I a IV, CF/88)

I. construir uma sociedade livre, justa e solidária

II. garantir o desenvolvimento nacional

III. erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais

IV. promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação

Page 113: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PRINCÍPIOS REGENTES DA RFB NAS

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

(Art. 4º, I a X, CF/88)

I. Independência nacional

II. Prevalência dos direitos humanos

III. Autodeterminação dos povos

IV. Não-intervenção

V. Igualdade entre os estados

VI. Defesa da paz

VII. Solução pacífica dos conflitos

VIII.Repúdio ao terrorismo e ao racismo

IX. Cooperação entre os povos para o progresso da

humanidade

X. Concessão de asilo político

Page 114: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

OBJETIVO INTERNACIONAL (Art. 4º, parágrafo único, CF/88)

A RFB buscará a integração

econômica, política, social e cultural dos

povos da América Latina, visando à

formação de uma comunidade latino-

americana de nações.

Page 115: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direitos e Garantias Fundamentais (Título II, Lex Fundamentalis)

Direitos e Deveres Individuais e Coletivos (art. 5º)

Direitos Sociais (arts. 6º ao 11)

Nacionalidade (arts. 12 e 13)

Direitos Políticos (arts. 14 ao 16)

Partidos Políticos (art. 17)

Page 116: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direitos e Deveres

Individuais e Coletivos (Art. 5º, CF/88)

Page 117: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direitos e Deveres

Individuais e Coletivos (Art. 5º, CF/88)

Page 118: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Localização dos Direitos e Deveres

Individuais e Coletivos

Explicitamente no Art. 5º, CF

Implicitamente ao longo de todo o texto da CF

(ADI 939-7/DF)

No regime e nos princípios adotados pela CF

(Art. 5º, §2º)

Nos tratados e convenções internacionais de

que a RFB seja parte (Art. 5º, §§2º e 3º)

Page 119: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Evolução dos Direitos Fundamentais (Classificação Doutrinária dos Direitos Fundamentais)

1a Dimensão ou Geração: Liberdade

2a Dimensão ou Geração: Igualdade

3a Dimensão ou Geração: Solidariedade/Fraternidade

4a Dimensão ou Geração: Evolução da Ciência/Genética*

5a Dimensão ou Geração: Realidade Virtual*

119

Page 120: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Classificação Doutrinária

dos Direitos Fundamentais

1a Dimensão

Séculos XVII, XVIII e XIX

Estado Liberal

Direitos Negativos

Liberdade

Direitos Civis e PolÍticos

2a Dimensão

Meados do século XIX

Estado Social

Direitos Positivos

Igualdade

Direitos Sociais, Econômicos e Culturais

3a Dimensão

Século XX

Fraternidade

Direito ao Meio Ambiente sadio, à Paz, ao Progresso, à Defesa do Consumidor

Page 121: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direitos versus Garantias

Direitos Fundamentais: possuem caráter

declaratório e são bens e vantagens em si

mesmos considerados.

Garantias Fundamentais: possuem caráter

assecuratório (preventivo) ou reparatório

(repressivo) e funcionam como mecanismos ou

instrumentos de proteção aos direitos,

limitando o poder.

Page 122: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

DIREITO GARANTIA

Direito à vida Vedação à pena

de morte

Direito à liberdade

de locomoção Habeas corpus

Liberdade de

manifestação do

pensamento

Proibição da

censura prévia

122

Page 123: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Características

dos

Direitos e Garantias

Fundamentais

Page 124: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Características dos Direitos e Garantias Fundamentais

Historicidade: possuem caráter histórico, passando pelos tempos.

Universalidade: deve alcançar todos os seres humanos.

Limitabilidade/Relatividade: não são absolutos e no caso

concreto deverá ser conjugada a máxima observância dos direitos

fundamentais envolvidos com a mínima restrição.

Concorrência: podem ser exercidos cumulativamente.

Page 125: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Características dos Direitos e Garantias Fundamentais

Imprescritibilidade: não desaparecem pelo decurso do tempo.

Inviolabilidade: impossibilidade de não serem observados por

normas subconstitucionais ou por atos administrativos.

Efetividade: o Estado deverá garantir a efetivação desses direitos.

Irrenunciabilidade: será admitido seu não exercício, mas não a sua

renúncia.

Inalienabilidade: são indisponíveis por serem conferidos a todos,

ou seja, universais.

Page 126: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Características dos Direitos e Garantias Fundamentais

Interdependência: as previsões constitucionais, embora autônomas,

possuem inúmeras intersecções para atingirem seus objetivos; logo, o

direito ambulatório está conectado ao habeas corpus e assim por diante.

Complementaridade: não devem ser interpretados de maneira

isolada, mas sempre que possível, de forma conjunta para alcançar as

finalidades do constituinte.

Individualidade e/ou Coletividade: o jurista Jair Teixeira dos Reis

noticia que os direitos fundamentais possuem a peculiaridade da

individualidade e/ou coletividade e vice-versa, uma vez que são

individuais porque são portados pelo indivíduo, como o direito à

alimentação e à moradia (art. 6o, CF) e doutra pertencem a toda

coletividade, como o acesso à informação e a democracia

participativa.

Page 127: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Titulares ou Destinatários

de Direitos Fundamentais

CF, Art. 5º Todos são iguais perante a lei,

sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à

liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade (...) 127

Page 128: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Titulares ou Destinatários de Direitos Fundamentais

Princípio da Universalidade

Rol meramente exemplificativo e enumeração aberta

Caput histórico da CREUB/1891

Regime e Princípios adotados pela CF (Art. 5º, §2º)

Tratados/Convenções Internacionais (Art. 5º, §3º)

Estrangeiros não residentes (turistas, passageiros etc)

Apátridas ou heimatlos

Pessoas Jurídicas de Direito Privado

Pessoas Jurídicas de Direito Público

Embrião (no ventre materno)

Page 129: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A aplicabilidade das normas definidoras

dos direitos e garantias fundamentais (Art. 5º, § 1º, CF/88)

As normas definidoras dos direitos e

garantias fundamentais têm aplicação

imediata.

129

Page 130: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Abrangência dos

Direitos e Garantias Fundamentais (Art. 5º, § 2º, CF/88)

Rol Exemplificativo e Enumeração Aberta

Os direitos e garantias expressos nesta

Constituição não excluem outros decorrentes do

regime e dos princípios por ela adotados, ou dos

tratados internacionais em que a Repú ̇blica

Federativa do Brasil seja parte.

Page 131: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Abrangência dos

Direitos e Garantias Fundamentais (Art. 5º, § 3º, CF/88)

Tratados e Convenções Internacionais

com força de Emenda Constitucional

Os tratados e convenções internacionais sobre direitos

humanos que forem aprovados, em cada casa do

Congresso Nacional, em 2 turnos, por 3/5 dos votos dos

respectivos membros, serão equivalentes às emendas

constitucionais. (EC 45/04) 131

Page 132: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Tratados e Convenções Internacionais

A recepção dos tratados internacionais no direito

brasileiro;

A natureza jurídica dos tratados internacionais que

não versam sobre direitos humanos;

Os tratados internacionais sobre direitos humanos

anteriores à EC 45/04; e

A natureza jurídica da Convenção Americana de

Direitos Humanos ou Pacto de San José da Costa

Rica (1969).

Page 133: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

CF, Art. 5º, § 4º: O Brasil se submete à

jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja

criação tenha manifestado adesão.

133

Page 134: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

Criado pelo Estatuto de Roma em 2002

Corte internacional permanente com jurisdição sobre pessoas

acusadas de cometerem graves violações aos direitos humanos e

competente para julgar crimes contra a humanidade, genocídio, de

guerra e o crime de agressão de um Estado contra outro.

Estado Soberano ou Organismo Internacional?

Acatamento de decisões do TPI (CF, art. 105, I, “i”) e abrandamento

das noções de soberania da RFB;

ADCT, Art. 7º. O Brasil propugnará pela formação de um tribunal

internacional dos direitos humanos.

A RFB assina o Estatuto de Roma em 07.02.2000; o Congresso o

referenda através do Decreto Legislativo 112, de 06.06.2002, para em

seguida ser promulgado pelo Decreto Presidencial 4.388, de

25.06.2002 e publicado no DOU um dia após, quando entrou em

vigência.

Page 135: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direitos Fundamentais

CF, Art. 5º Todos são iguais perante a lei,

sem distinção de qualquer natureza,

garantindo-se aos brasileiros e aos

estrangeiros residentes no País a

inviolabilidade do direito à vida, à

liberdade, à igualdade, à segurança e à

propriedade (...)

135

Page 136: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direitos Fundamentais Básicos

1. VIDA

2. LIBERDADE

3. IGUALDADE

4. SEGURANÇA

5. PROPRIEDADE

136

Page 137: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

DIREITO À VIDA

Elementar/Básico

Vida digna

Extrauterina e intrauterina

Aborto

Pena de Morte

Fertilização in vitro; O STF e a

constitucionalidade do art. 5o da Lei

11.105/2005. 137

Page 138: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

DIREITO À LIBERDADE

Conceito muito amplo

Liberdade de locomoção

Liberdade de crença

Liberdade de convicções

Liberdade de associação

Liberdade de reunião

Liberdade de expressão do pensamento

138

Page 139: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PRINCÍPIO DA ISONOMIA OU IGUALDADE

CF, Art. 5º, caput - Todos são iguais perante a lei,

sem distinção de qualquer natureza (...)

CF, Art. 5º, I - homens e mulheres são iguais em

direitos e obrigações, nos termos desta

Constituição;

Igualdade na lei (legislador)

Igualdade perante a lei (aplicador da lei)

A diferenciação é permitida, porém os critérios não

poderão ser arbitrários, mas baseados em lei. 139

Page 140: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

Nasce como oposição ao poder

autoritário e antidemocrático.

CF, Art. 5º, II - ninguém será obrigado a

fazer ou deixar de fazer alguma coisa

senão em virtude de lei; (Princípio da

Legalidade Ampla)

140

Page 141: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Proibição da Tortura

CF, Art. 5º, III - ninguém será

submetido a TORTURA nem a

tratamento DESUMANO ou

DEGRADANTE;

141

Page 142: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Liberdade de Expressão e Anonimato

CF, Art. 5º, IV - É livre a manifestação

do pensamento, sendo vedado o

anonimato.

STF: Não exigência do diploma de jornalismo para o exercício profissional.

A proibição ao anonimato impede, em regra, o acolhimento de denúncias anônimas

(delação apócrifa).

A proibição do anonimato também funciona como meio de responsabilizar quem

cause danos em decorrência de juízos/opiniões ofensivas, caluniosas ou

difamatórias.

142

Page 143: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direito de Resposta

CF, Art. 5º, V - É assegurado o direito

de resposta, proporcional ao agravo,

além da indenização por dano

material, moral ou à imagem. Princípio da Proporcionalidade no mesmo meio de comunicação (sonoro ou

audiovisual), com o mesmo destaque e duração. Se escrito, o mesmo tamanho.

143

Page 144: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Liberdade de Expressão e

Vedação à Censura Prévia

CF, Art. 5º, IX - É livre a expressão da

atividade intelectual, artística, científica e

de comunicação, independentemente de

censura ou licença.

Relatividade; Vedação ao racismo e a inviolabilidade da vida privada e intimidade.

144

Page 145: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Sigilo da Fonte

CF, Art. 5º, XIV - É assegurado a todos o

acesso à informação e resguardado o

sigilo da fonte, quando necessário ao

exercício profissional.

Acesso à informações de que possam ser de interesse geral.

O sigilo da fonte tem como principais destinatários os jornalistas, para que possam

obter importantes informações que não obteriam sem essa garantia.

O sigilo da fonte não conflita com a vedação ao anonimato.

O jornalista protegerá a fonte e veiculará a informação em seu nome, respondendo por

qualquer ato que viole à intimidade ou a vida privada. 145

Page 146: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Intimidade, vida privada, honra e imagem

CF, Art. 5º, X - são invioláveis a

intimidade, a vida privada, a honra e a

imagem das pessoas, assegurado o direito

a indenização pelo dano material ou

moral decorrente de sua violação.

146

Page 147: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Intimidade, vida privada, honra e imagem (art. 5º, inciso X, CF/88)

ANOTE!

1. O sigilo bancário é espécie do direito à privacidade, mas esse direito

deverá ceder perante o interesse social, público e da justiça.

2. A indenização (material e moral) poderá ser cumulativa.

3. Conforme o STF, não se faz necessário ofensa à reputação da

pessoa para geração de dano moral.

4. A simples publicação não consentida de fotografias pode gerar dano

moral, pois gera desconforto e constrangimento ao indivíduo.

5. A dor que se sente ao perder um familiar é indenizável a título de

danos morais, pois a expressão “danos morais” não se limita aos

casos danosos à imagem e a dignidade do indivíduo como pessoa.

Page 148: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Liberdade de Crença Religiosa

CF, Art. 5º, VI - é inviolável a liberdade de consciência e

de crença, sendo assegurado o livre exercício dos

cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a

proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

CF, Art. 5º, VII - é assegurada, nos termos da lei, a

prestação de assistência religiosa nas entidades civis

e militares de internação coletiva;

A República Federativa do Brasil é um Estado laico, mas não é ateu.

V. Preâmbulo e Art. 19, I da CF/88

Page 149: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Liberdade de crença religiosa

e convicção política e filosófica (Escusa de consciência, objeção de consciência ou alegação de imperativo de consciência)

CF, Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por

motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica

ou política, salvo se as invocar para eximir-se de

obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir

prestação alternativa, fixada em lei;

Se também houver recusa na prestação alternativa, poderá ocorrer privação de

direitos.

CF, Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se

dará nos casos de: (...) IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação

alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;

Page 150: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Inviolabilidade de domicílio

CF, Art. 5º, XI - a casa é asilo inviolável do

indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem

consentimento do morador, salvo em caso de

flagrante delito ou desastre, ou para prestar

socorro, ou, durante o dia, por determinação

judicial;

Caráter extensivo: Residência, recinto fechado, escritório, consultório, dependência

privativa de pessoa jurídica etc.

Page 151: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Inviolabilidades das

correspondências e comunicações

CF, Art. 5º, XII - é inviolável o sigilo da

correspondência e das comunicações telegráficas,

de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no

último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na

forma que a lei estabelecer para fins de investigação

criminal ou instrução processual penal;

STF: A garantia da inviolabilidade das correspondências, comunicações

telegráficas e de dados não é absoluta.

Page 152: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Requisitos para a Interceptação Telefônica (art. 5º, inciso XII, CF/88)

1. LEI prevendo situações e procedimentos para que

possa ocorrer a interceptação telefônica, sempre no

âmbito de investigação criminal ou instrução

processual penal. (Lei nº 9.296/96)

2. ORDEM JUDICIAL específica para o caso em tese, ou

seja, para o caso concreto (Reserva de Jurisdição)

Page 153: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Liberdade de Atividade Profissional

CF, Art. 5º, XIII - É livre o exercício de

qualquer trabalho, ofício ou profissão,

atendidas as qualificações profissionais

que a lei estabelecer.

Norma constitucional de eficácia contida, dotada de aplicabilidade imediata, todavia

sujeita a restrições ulteriores impostas pelo legislador ordinário.

Page 154: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Liberdade de Reunião

CF, Art. 5º, XVI - todos podem reunir-se pacificamente,

sem armas, em locais abertos ao público,

independentemente de autorização, desde que não

frustrem outra reunião anteriormente convocada para

o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à

autoridade competente;

Abrange passeatas, comícios, desfiles etc.

Alcança o direito de não se reunir.

É direito coletivo, ou seja, é forma de manifestação coletiva da liberdade de

expressão, onde pessoas se associam temporariamente.

Características: finalidade pacífica, sem armas, locais abertos ao público, não frustar

outra reunião anteriormente marcada, sem necessidade de autorização e necessário

aviso prévio à autoridade competente.

Page 155: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Liberdade de Associação

CF, Art. 5º, XVII - é plena a liberdade de associação para

fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar.

CF, Art. 5º, XVIII - a criação de associações e, na forma

da lei, a de cooperativas independem de autorização,

sendo vedada a interferência estatal em seu

funcionamento.

CF, Art. 5º, XIX - as associações só poderão ser

compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades

suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro

caso, o trânsito em julgado.

Page 156: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Liberdade de Associação

CF, Art. 5º, XX - ninguém poderá ser compelido a

associar-se ou a permanecer associado;

CF, Art. 5º, XXI - as entidades associativas,

quando expressamente autorizadas, têm

legitimidade para representar seus filiados judicial

ou extrajudicialmente;

Page 157: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direito de Propriedade CF, Art. 5º, XXII - é garantido o direito de propriedade;

CF, Art. 5º, XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

CF, Art. 5º, XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para

desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por

interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro,

ressalvados os casos previstos nesta constituição;

O direito de propriedade não é absoluto.

A propriedade urbana deverá ser utilizada e edificada bem como se rural, produtiva, sob

pena de desapropriação (intervenção estatal) por interesse social se não atender sua

função social.

V. Art. 182, §4º, III, CF (Desapropriação urbanística; caráter sancionatório)

V. Art. 184, CF (Desapropriação rural; reforma agrária; caráter sancionatório)

V. Art. 243, CF. (Desapropriação confiscatória; sem indenização)

Page 158: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direito de Propriedade

CF, Art. 5º, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade

competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao

proprietário indenização ulterior, se houver dano;

CF, Art. 5º, XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei,

desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para

pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo

a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;

Requisição administrativa; Ato autoexecutório; Direito Fundamental cujo titular é o Estado; O

Estado utilizará a propriedade particular de forma gratuita e compulsória; Todavia, há para o

particular a garantia de indenização posterior se do uso estatal resultar dano. (Art. 5º, XXV, CF)

Pequena propriedade rural e pequeno produtor rural (Art. 5º, XXVI, CF)

Imunidade ao imposto territorial rural para a pequena propriedade rural produtiva

(Art. 153, §4º, II, CF)

Requisição de bens no Estado de Sítio (Art. 139, VII, CF)

Desapropriação Confiscatória (Art. 243, CF)

Page 159: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípio da Inafastabilidade de Jurisdição

CF, Art. 5º, XXXV - A lei não excluirá da

apreciação do Poder Judiciário lesão ou

ameaça a direito.

Sistema de Jurisdição Única: somente o Poder Judiciário decide com força de coisa

julgada.

Nem toda controvérsia poderá ser submetida ao Poder Judiciário: como exemplo, a

prática de atos interna corporis e o mérito administrativo (conveniência e

oportunidade; elementos motivo e objeto do ato).

Inexistência da “instância administrativa de curso forçado” ou da “jurisdição

condicionada”: justiça desportiva (CF, art. 217, §1º), habeas data (STF, HD 22/DF,

rel . Min. Celso de Mello, 19.09.1991) e ato/omissão administrativa contrária à SV (Lei

11.417/2006, art. 7º, §1º).

V. Súmula 667, STF e SV 28

Page 160: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Mandado de Segurança Coletivo

SÚMULA 629/STF – “A impetração de mandado de

segurança coletivo por entidade de classe em favor

dos associados independe da autorização

destes”.

SÚMULA 630/STF – “A entidade de classe tem

legitimação para o mandado de segurança ainda

quando a pretensão veiculada interesse apenas a

uma parte da respectiva categoria”.

Page 161: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Mandado de Segurança de Coletivo

RE 196.184, REL. MIN. ELLEN GRACIE – “O partido político só pode

impetrar mandado de segurança coletivo para a defesa de seus

próprios filiados, em questões políticas, quando autorizadas pela lei e

pelo estatuto, não lhe sendo possível pleitear, por exemplo, os direitos

da classe dos aposentados em geral, ou dos contribuintes em matéria

tributária”.

RE 193.382, REL. MIN. CARLOS VELOSO – “A legitimação das

organizações sindicais, entidades de classe ou associações, para a

segurança coletiva, é extraordinária, ocorrendo, em tal caso, substituição

processual. CF, art. 5º, LXX. Não se exige, tratando-se de segurança

coletiva, a autorização expressa aludida no inciso XXI do art. 5º da

Constituição, que contempla hipótese de representação”.

Page 162: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direito Adquirido, Coisa Julgada

e Ato jurídico Perfeito

CF, Art. 5º, XXXVI - a lei não prejudicará o

direito adquirido, o ato jurídico perfeito e

a coisa julgada;

Garantia à segurança jurídica

V. Súmula 654, STF

STF: Não existe direito adquirido em face do texto originário de uma nova

Constituição, mudança do padrão monetário, criação ou majoração de tributos e

alteração de regime jurídico estatutário.

O STF ainda não apreciou quanto a possibilidade de ECs desconstituírem direitos

adquiridos firmados no texto constitucional anterior.

Page 163: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípio do Juízo Natural

CF, Art. 5º, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal

de exceção;

CF, Art. 5º, LIII - ninguém será processado nem

sentenciado senão pela autoridade

competente;

Garantia de atuação imparcial do Poder Judiciário.

Obstáculos à arbitrariedades ou casuísmos com o estabelecimento de

tribunais ad hoc (para o julgamento de caso específico) ou ex post facto

(criados após o caso que será julgado) ou com competências não previstas

pela CF.

Page 164: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Júri Popular

CF, Art. 5º, XXXVIII - é reconhecida a instituição

do júri, com a organização que lhe der a lei,

assegurados:

a) a plenitude de defesa;

b) o sigilo das votações;

c) a soberania dos veredictos;

d) a competência para o julgamento dos crimes

dolosos contra a vida;

Page 165: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Júri Popular

Soberania popular.

Escolha aleatória de cidadãos locais.

Juiz Togado + 25 jurados sorteados entre alistados; são 7

os jurados que comporão o Conselho de Sentença em

cada sessão de julgamento.

A soberania dos veredictos não exclui a recorribilidade

de suas decisões bem como poderá ser objeto de revisão

criminal.

Foro especial por prerrogativa de função (V. Arts. 102, I,

“b” e 29, X, CF).

V. Sumula 721, STF.

Competência para julgar crimes dolosos contra a vida.

165

Page 166: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CRIMES CONTRA A VIDA (MODALIDADE DOLOSA)

1. Homicídio simples ou qualificado (art. 121, CP)

2. Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio (art. 122, CP)

3. Infanticídio (art. 123, CP)

4. Aborto provocado pela gestante ou com seu

consentimento (art. 124, CP)

5. Aborto provocado por terceiro (art. 125 ao 128, CP)

Page 167: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípio da Legalidade Penal e da

Retroatividade da Lei Penal mais favorável

CF, Art. 5º, XXXIX - não há crime sem lei anterior que o

defina, nem pena sem prévia cominação legal;

CF, Art. 5º, XL - a lei penal não retroagirá, salvo para

beneficiar o réu;

Page 168: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Vedação ao Racismo

CF, Art. 5º, XLII - a prática do racismo constitui

crime inafiançável e imprescritível, sujeito à

pena de reclusão, nos termos da lei.

Page 169: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Tortura, Tráfico de Entorpecentes,

Terrorismo e Crimes Hediondos

CF, Art. 5º, XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis

e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura,

o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o

terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por

eles respondendo os mandantes, os executores e os

que, podendo evitá-los, se omitirem.

Page 170: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Ação de Grupos Armados

CF, Art. 5º, XLIV - constitui crime inafiançável e

imprescritível a ação de grupos armados,

civis ou militares, contra a ordem

constitucional e o Estado Democrático.

Page 171: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípio da Intransmissibilidade da Pena

ou da Pessoalidade da Pena

CF, Art. 5º, XLV - nenhuma pena passará da pessoa do

condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e

a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da

lei, estendidas aos sucessores e contra eles

executadas, até o limite do valor do patrimônio

transferido;

Page 172: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípio da Individualização da Pena

Penas Admitidas

CF, Art. 5º, XLVI - a lei regulará a individualização da

pena e adotará, entre outras, as seguintes:

a) privação ou restrição da liberdade

b) perda de bens

c) multa

d) prestação social alternativa

e) suspensão ou interdição de direitos

Page 173: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Penas Vedadas

CF, Art. 5º, XLVII - não haverá PENAS:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos

termos do art. 84, XIX

b) de caráter perpétuo

c) de trabalhos forçados

d) de banimento

e) cruéis

Page 174: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Extradição

CF, Art. 5º, LI - nenhum brasileiro será

extraditado, salvo o naturalizado, em caso de

crime comum, praticado antes da

naturalização, ou de comprovado

envolvimento em tráfico ilícito de

entorpecentes e drogas afins, na forma da lei.

Page 175: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Extradição

CF, Art. 5º, LII - não será concedida extradição

de estrangeiro por crime político ou de

opinião.

Page 176: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Contraditório e Ampla Defesa

CF, Art. 5º, LV - aos litigantes, em processo

judicial ou administrativo, e aos acusados em

geral são assegurados o contraditório e ampla

defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

Page 177: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Vedação à prova ilícita

CF, Art. 5º, LVI - são inadmissíveis, no

processo, as provas obtidas por meios ilícitos;

Page 178: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípio da Presunção de Inocência

CF, Art. 5º, LVII - ninguém será considerado

culpado até o trânsito em julgado de sentença

penal condenatória;

Page 179: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Identificação criminal do civilmente identificado

CF, Art. 5º, LVIII - o civilmente identificado não

será submetido a identificação criminal, salvo

nas hipóteses previstas em lei;

V. Art. 5º, Lei 9.034/95 (Crime Organizado)

Processo datiloscópico “tocar piano” e fotográfico

Page 180: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Possibilidades constitucionais de prisão

CF, Art. 5º, LXI - ninguém será preso senão em flagrante

delito ou por ordem escrita e fundamentada de

autoridade judiciária competente, salvo nos casos de

transgressão militar ou crime propriamente militar,

definidos em lei;

CF, Art. 5º, LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela

mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com

ou sem fiança;

Page 181: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direito do preso a não autoincriminação

CF, Art. 5º, LXIII - o preso será informado de

seus direitos, entre os quais o de permanecer

calado, sendo-lhe assegurada a assistência da

família e de advogado;

Princípio da ampla defesa

Direito ao silêncio

Direito público subjetivo assegurado a qualquer indivíduo

Page 182: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direitos do preso

CF, Art. 5º, LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local

onde se encontre serão comunicados imediatamente ao

juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele

indicada;

CF, Art. 5º, LXIV - o preso tem direito à identificação dos

responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório

policial;

CF, Art. 5º, LXV - a prisão ilegal será imediatamente

relaxada pela autoridade judiciária;

V. SV 11 (Uso de algemas em caráter excepcional)

Page 183: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Prisão civil por dívida

(Devedor de alimentos/depositário infiel)

CF, Art. 5º, LXVII - não haverá prisão civil por dívida,

salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário

e inescusável de obrigação alimentícia e a do

depositário infiel;

Súmula Vinculante 25 (“É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a

modalidade do depósito.”)

V. Súmula 619, STF (Revogada)

V. Art 7º, 7 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José da

Costa Rica)

V. Art. 11 do Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos

Page 184: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Assistência jurídica gratuita

CF, Art. 5º, LXXIV - o Estado prestará

assistência jurídica integral e gratuita

aos que comprovarem insuficiência de

recursos;

V. Art. 134, CF.

Isenção do pagamento de honorários advogatícios (e perito) e custas

judiciais, para que não afete o sustento do requerente e de sua família.

Assistência em todos os graus pela Defensoria Pública (instituição essencial

à função jurisdicional do Estado).

Direito público subjetivo estendido também às pessoas jurídicas de direito

privado, com ou sem fins lucrativos

Page 185: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Erro judiciário e excesso de prisão

CF, Art. 5º, LXXV - o Estado indenizará o

condenado por erro judiciário, assim como o

que ficar preso além do tempo fixado na

sentença;

O erro judiciário deste dispositivo é exclusivo da esfera penal; Condenação

penal indevida; Há responsabilidade civil do Estado; Cabimento de

indenização por danos morais e materiais.

A prisão além do tempo fixado decorre de erro administrativo, e não

judiciário; Há responsabilidade civil do Estado; A indenização pelos danos

patrimoniais e morais desta ação ou omissão estatal deverão ser

reclamados mediante ação cível específica.

Page 186: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ATENÇÃO!

ATOS NECESSÁRIOS AO EXERCÍCIO DA CIDADANIA: GRATUITOS

NA FORMA DA LEI.

REGISTRO DE NASCIMENTO: GRATUITO AOS

RECONHECIDAMENTE POBRES

CERTIDÃO DE ÓBITO: GRATUITO AOS RECONHECIDAMENTE

POBRES

ASSISTÊNCIA JURÍDICA INTEGRAL PELO ESTADO: GRATUITA A

QUEM COMPROVE INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS.

Page 187: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípios da celeridade processual

e da razoável duração do processo

CF, Art. 5º, LXXVIII - a todos, no âmbito judicial

e administrativo, são assegurados a razoável

duração do processo e os meios que garantam

a celeridade de sua tramitação.

A morosidade e a baixa efetividade dos processos judiciais promovem impunidade,

inadimplência e enfraquecem o regime democrático.

Princípios que reforçam o direito de petição aos poderes públicos, a

inafastabilidade de jurisdição, o contraditório, a ampla defesa e o devido processo

legal.

Page 188: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

REMÉDIOS

CONSTITUCIONAIS

Page 189: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Remédios Constitucionais

NATUREZA JURÍDICA

São os meios colocados à disposição do

indivíduo (cidadão ou estrangeiro) ou

pessoa jurídica para salvaguardar direitos

diante de ilegalidades ou abusos de

poder cometidos pelo Poder Público.

Page 190: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Remédios Constitucionais

Administrativos

Direito de Petição

Obtenção de Certidão

Obs.: Independentemente do pagamento de taxas

Page 191: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

DIREITO DE PETIÇÃO

CF/88, Art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados,

independentemente do pagamento de taxas:

a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa

de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

Natureza informal e democrática

Não requer advogado

Garante participação política e fiscalização na gestão da coisa pública, efetivando o

exercício da cidadania

Comporta 2 situações: defesa de direitos e reparo de ilegalidade ou abuso de poder,

sendo que na segunda poderá ser exercida pelo interesse coletivo ou geral, desvinculada

da comprovação da existência de lesão a interesses personalíssimos do autor da petição

Legitimação Universal: pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira.

Se não atendida a petição em prazo razoável → Mandado de Segurança

V. Art. 5º, LXXVIII, CF

Súmula Vinculante 21, STF: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento

prévio de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.

Page 192: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

DIREITO DE CERTIDÃO

CF/88, Art. 5º, XXXIV - são a todos assegurados,

independentemente do pagamento de taxas:

(...)

b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para

defesa de direitos e esclarecimento de situações de

interesse pessoal;

O Estado é obrigado a fornecer informações solicitadas, salvo as exceções de sigilo

para a defesa nacional, da sociedade e do próprio Estado.

A lesão, por negativa ilegal ao fornecimento de certidões, a este direito será reparada

na via do Mandado de Segurança e não do habeas data.

Não é exigível a demonstração da finalidade específica do pedido (jurisprudência).

Page 193: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

REMÉDIOS

CONSTITUCIONAIS

JUDICIAIS

Page 194: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

1. HABEAS CORPUS

2. HABEAS DATA

3. MANDADO DE SEGURANÇA

4. MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO

5. MANDADO DE INJUNÇÃO

6. MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO

7. AÇÃO POPULAR

Page 195: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Habeas

Corpus

Page 196: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Habeas Corpus (Art. 5º, LXVIII, CF/88)

“Conceder-se-á "habeas-corpus"

sempre que alguém sofrer ou se

achar ameaçado de sofrer violência

ou coação em sua liberdade de

locomoção, por ilegalidade ou

abuso de poder.”

Page 197: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Espécies:

1. Liberatório/Repressivo (Alvará de Soltura)

2. Preventivo (Salvo Conduto)

Page 198: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Objetivo:

PROTEGER O DIREITO DE LIVRE

LOCOMOÇÃO, OU SEJA, O

DIREITO DE IR E VIR.

Page 199: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Legitimidade Ativa:

QUALQUER PESSOA INDEPENDENTEMENTE

DE CAPACIDADE CIVIL, COM EXCEÇÃO DO

MAGISTRADO, NA QUALIDADE DE JUIZ.

Page 200: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Legitimidade Passiva: (AUTORIDADE COATORA)

1. AUTORIDADE PÚBLICA

2. PESSOA PRIVADA

Page 201: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

NÃO ESQUEÇA!

1. GRATUITO

2. ÚNICO REMÉDIO CONSTITUCIONAL

JUDICIAL QUE DISPENSA ADVOGADO

3. “NÃO CABERÁ "HABEAS-CORPUS" EM

RELAÇÃO A PUNIÇÕES DISCIPLINARES

MILITARES.”(STF, HC 70.648/RJ)

Page 202: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SÚMULA 395/STF – “Não se conhece de recurso de habeas corpus

cujo objeto seja resolver sobre o ônus das custas, por não estar mais

em causa a liberdade de locomoção”.

SÚMULA 693/STF – “Não cabe habeas corpus contra decisão

condenatória a pena de multa, ou relativo a processo em curso por

infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada”.

SÚMULA 694/STF – “Não cabe habeas corpus contra a imposição da

pena de exclusão de militar ou de perda de patente ou de função

pública”.

Page 203: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SÚMULA 695/STF – “Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena

privativa de liberdade”.

HC 70.648, REL. MIN. MOREIRA ALVES – “A imposição do artigo 142, §2º

da CF/88 (“Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares

militares”) não impede que se examine, nele, a ocorrência dos quatro

pressupostos de legalidade dessas transgressões (a hierarquia, o poder

disciplinar, o ato ligado à função e a pena susceptível de ser aplicada

disciplinarmente).

HC 91.570, REL. MIN. MRCO AURÉLIO – “O habeas corpus não sofre

qualquer peia, sendo-lhe estranhos os institutos da prescrição, da

decadência e da preclusão ante o fator tempo”.

Page 204: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

HC 72.391, REL. MIN. CELSO DE MELLO –

“Inquestionável o direito de súditos estrangeiros

ajuizarem, em causa própria, a ação de habeas corpus

eis que esse remédio constitucional – por qualificar-se

como verdadeira ação popular – pode ser utilizado por

qualquer pessoa, independentemente de condição

jurídica resultante de sua origem nacional. A petição com

que impetrado o habeas corpus deve ser redigida em

português, sob pena de não-conhecimento do writ

constitucional.

Page 205: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Habeas

Data

Page 206: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Habeas Data (Art. 5º, LXXII, CF/88)

Conceder-se-á "habeas-data":

a) para assegurar o CONHECIMENTO de informações

relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros

ou bancos de dados de entidades governamentais ou de

caráter público.

b) para a RETIFICAÇÃO de dados, quando não se prefira

fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo.

Page 207: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Objetivo:

PROTEGER DIREITO DE OBTER OU

RETIFICAR INFORMAÇÕES SOBRE O

IMPETRANTE CONSTANTE DE

REGISTROS OU BANCOS DE DADOS

GOVERNAMENTAL OU PÚBLICO.

Page 208: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Legitimidade Ativa:

1. PESSOA FÍSICA

2. PESSOA JURÍDICA

3. NACIONAL

4. ESTRANGEIRO

Page 209: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Legitimidade Passiva:

1. ENTIDADE GOVERNAMENTAL.

2. PESSOA JURÍDICA QUE TENHA

REGISTRO OU BANCO DE DADOS DE

CARÁTER PÚBLICO.

Page 210: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

NÃO ESQUEÇA!

1. GRATUITO

2. AGUARDA-SE A RECUSA

ADMINISTRATIVA

3. SEMPRE INFORMAÇÕES SOBRE A

PESSOA DO IMPETRANTE

Page 211: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Habeas Data (STJ Súmula nº 2 - 08/05/1990 - DJ 18.05.1990)

Não cabe o habeas data se não

houve recusa de informações por

parte da autoridade administrativa.

Page 212: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Legitimidade Ativa:

1. PESSOA FÍSICA

2. PESSOA JURÍDICA

3. NACIONAL

4. ESTRANGEIRO

Page 213: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Legitimidade Passiva: (AUTORIDADE COATORA)

• AUTORIDADE PÚBLICA

• AGENTE DE PJ NA ATRIBUIÇÃO DO

PODER PÚBLICO

Page 214: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

NÃO ESQUEÇA!

POSSUI CARÁTER SUBSIDIÁRIO,

POIS SOMENTE SERÁ CABÍVEL

QUANDO NÃO HOUVER AMPARO DE

HC OU HD

Page 215: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Mandado de Segurança

SÚMULA 101/STF – “O mandado de segurança não substitui a ação popular”.

SÚMULA 266/STF – “Não cabe mandado de segurança contra lei em tese”.

SÚMULA 267/STF – “Não cabe mandado de segurança contra ato judicial

passível de recurso ou correição”.

SÚMULA 268/STF – “Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial

com trânsito em julgado”.

SÚMULA 269/STF – “O mandado de segurança não é substitutivo de ação de

cobrança”.

SÚMULA 632/STF – “É constitucional lei que fixa prazo de decadência para

impetração de mandado de segurança”.

Page 216: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MANDADO

DE

SEGURANÇA

COLETIVO

Page 217: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO (Art. 5º, LXX, CF/88)

LXX - o MS coletivo pode ser impetrado por:

a) PARTIDO político com representação no CN;

b) organização SINDICAL, ENTIDADE DE

CLASSE ou ASSOCIAÇÃO legalmente

constituída e em funcionamento há pelo menos

1 ano, em defesa dos interesses de seus

membros ou associados;

Page 218: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Espécies:

1.PREVENTIVO (JUSTO RECEIO)

2.REPRESSIVO (LESÃO CONCRETA)

Page 219: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Objetivo:

PROTEGER DIREITO LÍQUIDO E

CERTO, NÃO AMPARADO POR HC OU

HD.

Page 220: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Legitimidade Ativa:

1. Partido Político (com representação no CN)

2. Organização Sindical

3. Entidade de Classe

4. Associação (legalmente constituída e em

funcionamento há pelo menos 1 ano)

Page 221: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Legitimidade Passiva: (AUTORIDADE COATORA)

• AUTORIDADE PÚBLICA

• AGENTE DE PJ NA ATRIBUIÇÃO DO

PODER PÚBLICO

Page 222: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

NÃO ESQUEÇA!

1. POSSUI CARÁTER SUBSIDIÁRIO, POIS

SOMENTE SERÁ CABÍVEL QUANDO NÃO HOUVER

AMPARO DE HC OU HD.

2. SOMENTE TUTELA DE DIREITO DOS

MEMBROS/ASSOCIADOS.

3. INCABÍVEL A TUTELA DE DIREITO PRÓPRIO DE

PARTIDO, SINDICATO, ENTIDADE DE CLASSE OU

ASSOCIAÇÃO.

Page 223: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Mandado de Segurança Coletivo

SÚMULA 629/STF – “A impetração de mandado de

segurança coletivo por entidade de classe em favor

dos associados independe da autorização

destes”.

SÚMULA 630/STF – “A entidade de classe tem

legitimação para o mandado de segurança ainda

quando a pretensão veiculada interesse apenas a

uma parte da respectiva categoria”.

Page 224: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Mandado de Segurança de Coletivo

RE 196.184, REL. MIN. ELLEN GRACIE – “O partido político só pode

impetrar mandado de segurança coletivo para a defesa de seus

próprios filiados, em questões políticas, quando autorizadas pela lei e

pelo estatuto, não lhe sendo possível pleitear, por exemplo, os direitos

da classe dos aposentados em geral, ou dos contribuintes em matéria

tributária”.

RE 193.382, REL. MIN. CARLOS VELOSO – “A legitimação das

organizações sindicais, entidades de classe ou associações, para a

segurança coletiva, é extraordinária, ocorrendo, em tal caso, substituição

processual. CF, art. 5º, LXX. Não se exige, tratando-se de segurança

coletiva, a autorização expressa aludida no inciso XXI do art. 5º da

Constituição, que contempla hipótese de representação”.

Page 225: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MANDADO

DE

INJUNÇÃO

Page 226: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MANDADO DE INJUNÇÃO (Art. 5º, LXXI, CF/88)

Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta

de norma regulamentadora torne inviável o exercício

dos(as):

1. direitos e liberdades constitucionais

2. prerrogativas inerentes à:

a) nacionalidade

b) soberania

c) cidadania

Page 227: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Objetivo:

SUPRIR A FALTA DE NORMA QUE

VIABILIZE O EXERCÍCIO DE DIREITOS E

LIBERDADES CONSTITUCIONAIS E DAS

PRERROGATIVAS INERENTES À

NACIONALIDADE, À SOBERANIA E À

CIDADANIA.

Page 228: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Legitimidade Ativa:

1. PESSOA FÍSICA

2. PESSOA JURÍDICA

3. NACIONAL

4. ESTRANGEIRO

Page 229: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Legitimidade Passiva:

• AGENTE PÚBLICO OMISSO

• ÓRGÃO PÚBLICO OMISSO

Page 230: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

NÃO ESQUEÇA!

OMISSÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE NORMA

CONSTITUCIONAL.

Page 231: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MANDADO

DE

INJUNÇÃO

COLETIVO

Page 232: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

1. Possui os mesmos ELEMENTOS do

Mandado de Injunção Individual

2. O MI Coletivo só existe por

entendimento da JURISPRUDÊNCIA

DO STF (MI 20/DF)

Page 233: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Mandado de Injunção

MI 20, REL. MIN. CELSO DE MELLO – “A jurisprudência do STF firmou-se no

sentido de admitir a utilização, pelos organismos sindicais e pelas entidades de

classe, do mandado de injunção coletivo”.

MI 798, MIN. REL. GILMAR MENDES – “O Tribunal, por maioria, conheceu do

mandado de injunção e propôs a solução para a omissão legislativa com a

aplicação da lei 7.783/89, no que couber, vencidos os ministros Ricardo

Lewnandowski, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio, que limitavam a decisão à

categoria representada pelo sindicato.”

MI 725, MIN. REL. GILMAR MENDES – “Não se deve negar aos municípios

(Pessoa Jurídica de Direito Público), peremptoriamente, a titularidade de direitos

fundamentais(...) e a eventual possibilidade das ações constitucionais cabíveis

para a sua proteção”.

Page 234: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

AÇÃO

POPULAR

Page 235: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

AÇÃO POPULAR (Art. 5º, LXXIII, CF/88)

Qualquer CIDADÃO é parte legítima para propor ação popular

que vise a anular ato lesivo à(ao):

PATRIMÔNIO PÚBLICO

PATRIMÔNIO DE ENTIDADE DE QUE O ESTADO PARTICIPE

MORALIDADE ADMINISTRATIVA

MEIO AMBIENTE

PATRIMÔNIO HISTÓRICO

PATRIMÔNIO CULTURAL

Ficará o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas

judiciais e do ônus da sucumbência.

Page 236: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Espécies:

1. Repressiva (Lesão consumada)

2. Preventiva (Ameaça de lesão)

Page 237: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Objetivo:

PROTEGER

1. PATRIMÔNIO PÚBLICO

2. PATRIMÔNIO DE ENTIDADE DE QUE O ESTADO PARTICIPE

3. MORALIDADE ADMINISTRATIVA

4. MEIO AMBIENTE

5. PATRIMÔNIO HISTÓRICO

6. PATRIMÔNIO CULTURAL

Page 238: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

LEGITIMIDADE ATIVA

CIDADÃO O brasileiro, nato ou naturalizado, no gozo pleno de seus direitos políticos

CIDADÃO = 12 + 14

Page 239: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Legitimidade Passiva:

1. PESSOAS PÚBLICAS

2. PESSOAS PRIVADAS

3. ENTIDADES

4. AUTORIDADES

5. FUNCIONÁRIOS

6. ADMINISTRADORES

Page 240: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

NÃO ESQUEÇA!

FICARÁ O AUTOR, SALVO COMPROVADA

MÁ-FÉ, ISENTO DE:

1. CUSTAS JUDICIAIS

2. ÔNUS DA SUCUMBÊNCIA

Page 241: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

NÃO PODERÃO PROPOR AÇÃO POPULAR

ESTRANGEIRO

PESSOA JURÍDICA

PESSOA C/ PERDA/SUSPENSÃO DE DIREITOS

POLÍTICOS

MINISTÉRIO PÚPLICO (MAS PODERÁ DAR CONTINUIDADE)

Page 242: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Ação Popular

Súmula 365/STF – “Pessoa

jurídica NÃO tem legitimidade

para propor ação popular”.

Page 243: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

DIREITOS SOCIAIS (art. 6º ao 11, CF/88)

Page 244: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direitos e Garantias Fundamentais (Título II, CF/88)

Direitos e Deveres Individuais e

Coletivos (art. 5º)

Direitos Sociais (arts. 6º ao art. 11)

Nacionalidade (arts. 12 e 13)

Direitos Políticos (arts. 14 a 16)

Partidos Políticos (art. 17)

Page 245: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS SOCIAIS

Tratam-se de direitos humanos fundamentais de 2ª dimensão surgidos no pós 1ª

Grande Guerra Mundial e na busca pelo Estado Social em detrimento do

liberalismo. Denominados direitos de promoção ou prestacionais porque exigem

uma atitude positiva do Poder Público mediante a implementação de políticas

públicas, no intuito de reduzir as desigualdades sociais.

Teoria da

Reserva do

Possível

Esta teoria, desenvolvida na Alemanha, age como limitação à

plena realização dos direitos prestacionais, levando-se em

consideração o elevado grau de onerosidade para a implementação

dos direitos sociais aliado à escassez de recursos orçamentários.

Mínimo

Existencial

Situado dentro dos direitos sociais, o Mínimo Existencial é um

subgrupo menor e preciso, todavia de extrema necessidade e

imprescindível para uma vida humana digna. Possui caráter

absoluto, logo não se sujeita à reserva do possível.

Vedação ao

Retrocesso

Para garantir o nível de realização social já assegurado, as medidas

legais concretizadoras de direitos sociais devem ser alçadas a nível

constitucional como direitos humanos fundamentais dos indivíduos.

Page 246: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CF, Art. 6º São DIREITOS SOCIAIS a

educação, a saúde, a alimentação, o

trabalho, a moradia, o lazer, a

segurança, a previdência social, a

proteção à maternidade e à infância,

a assistência aos desamparados, na

forma desta Constituição. (Redação

dada pela EC 64/10)

Page 247: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SÃO DIREITOS SOCIAIS, NA FORMA DA CF/88:

1. EDUCAÇÃO

2. SAÚDE

3. ALIMENTAÇÃO (EC 64/2010)

4. TRABALHO

5. MORADIA (EC 26/2000)

6. LAZER

7. SEGURANÇA

8. PREVIDÊNCIA SOCIAL

9. PROTEÇÃO À MATERNIDADE E À INFÂNCIA

10.ASSISTÊNCIA AOS DESAMPARADOS

Page 248: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Direitos sociais individuais

dos trabalhadores

CF, Art. 7º São direitos dos

trabalhadores urbanos e rurais,

além de outros que visem à

melhoria de sua condição

social: (...)

Page 249: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Destinatários dos direitos

previstos no art. 7º, CF/88

Trabalhadores subordinados

Trabalhadores assalariados

Trabalhadores que prestam

pessoalmente serviços de caráter

permanente.

Page 250: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

RELAÇÃO DE EMPREGO PROTEGIDA

CF, Art. 7º, I - relação de emprego protegida

contra despedida arbitrária ou sem justa causa,

nos termos de lei complementar, que preverá

indenização compensatória, dentre outros

direitos;

Obs.: É o único direito dos trabalhadores nos

termos de lei complementar.

Page 251: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CF, Art. 7º, II - seguro-desemprego, em caso de

desemprego involuntário;

CF, Art. 7º, III - fundo de garantia do tempo de

serviço;

CF, Art. 7º, IV - salário mínimo, fixado em lei,

nacionalmente unificado, capaz de atender a suas

necessidades vitais básicas e às de sua família com

moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,

vestuário, higiene, transporte e previdência social,

com reajustes periódicos que lhe preservem o poder

aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para

qualquer fim;

Page 252: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SALÁRIO MÍNIMO

FIXADO EM LEI

NACIONALMENTE UNIFICADO

REAJUSTADO PERIODICAMENTE

VEDADA VINCULAÇÃO PARA QUALQUER FIM

GARANTIA DE SALÁRIO, NUNCA INFERIOR AO

MÍNIMO, PARA OS QUE PERCEBEM REMUNERAÇÃO

VARIÁVEL

Obs.: A retenção DOLOSA do salário é crime (CF, art. 7º, X - proteção do salário na

forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;)

Page 253: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

IRREDUTIBILIDADE DO SALÁRIO

CF, Art. 7º, VI - irredutibilidade do

salário, salvo o disposto em

convenção ou acordo coletivo;

Page 254: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Licenças

PATERNIDADE: NOS TERMOS FIXADOS EM LEI

GESTANTE: 120 DIAS

SEM PREJUÍZO DE EMPREGO

SEM PREJUÍZO DE SALÁRIO

Page 255: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SALÁRIO-FAMÍLIA (nos termos da lei)

TRABALHADOR DE BAIXA RENDA

TRABALHADOR COM DEPENDENTES

Page 256: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Jornada de trabalho

Máximo de 8h/dia

Máximo de 44h/semana

Máximo de 6h para turnos ininterruptos de

revezamento, salvo negociação coletiva

É facultado compensar horários ou reduzir jornada,

desde que haja acordo ou convenção coletiva de

trabalho

Serviço extraordinário deve ser remunerado em, no

mínimo, 50% a mais (Vide Del 5.452/43, art. 59, § 1°, tal decreto-lei aprova a CLT)

Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno

Page 257: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Turnos ininterruptos de revezamento

CF, Art. 7º, XIV - jornada de 6 horas

para o trabalho realizado em turnos

ininterruptos de revezamento, salvo

negociação coletiva;

Page 258: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Férias anuais remuneradas

CF, Art. 7º, XVII - gozo de férias

anuais remuneradas com, pelo

menos, 1/3 a mais do que o salário

normal;

Page 259: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Acidente de trabalho

CF, Art. 7º, XXVIII - seguro contra

acidentes de trabalho, a cargo do

empregador, sem excluir a

indenização a que este está obrigado,

quando incorrer em dolo ou culpa;

Page 260: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Créditos resultantes das

relações de trabalho (EC n° 28/2000)

CF, Art. 7º, XXIX - ação, quanto aos

créditos resultantes das relações de

trabalho, com prazo prescricional de

5 anos para os trabalhadores urbanos e

rurais, até o limite de 2 anos após a

extinção do contrato de trabalho;

Page 261: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

IDADES MÍNIMAS PARA O TRABALHO

REGRA: 16 ANOS

1ª EXCEÇÃO → 18 ANOS SE:

NOTURNO

PERIGOSO

INSALUBRE

2ª EXCEÇÃO → 14 ANOS SE: APRENDIZ

Page 262: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Menores trabalhadores

CF, Art. 7º, XXXIII - proibição de

trabalho noturno, perigoso ou

insalubre a menores de 18 anos e de

qualquer trabalho a menores de 16

anos, salvo na condição de aprendiz,

a partir de 14 anos;

Page 263: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Trabalhador avulso

CF, Art. 7º, XXXIV - igualdade de

direitos entre o trabalhador com

vínculo empregatício permanente

e o trabalhador avulso.

Page 264: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Outros Direitos dos Trabalhadores Urbanos e

Rurais previstos no artigo 7º, CF/88:

VIII – 13º SALÁRIO

V - PISO SALARIAL PROPORCIONAL AO TRABALHO

XI – PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS DESVINCULADA DA REMUNERAÇÃO

XV – REPOUSO SEMANAL REMUNERADO, PREFERENCIALMENTE AOS

DOMINGOS

XX – PROTEÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO DA MULHER COM INCENTIVOS

ESPECÍFICOS CONFORME A LEI

XXI - AVISO PRÉVIO MÍNIMO DE 30 DIAS

XXII – REDUÇÃO DE RISCOS INERENTES AO TRABALHO

XXIII – ADICIONAL PARA ATIVIDADES PENOSAS, INSALUBRES OU PERIGOSAS

XXIV - APOSENTADORIA

XXV – AUXÍLIO CRECHE E PRÉ-ESCOLAR DE 0 ATÉ 5 ANOS

XXX – PROIBIÇÃO DE DIFERENÇAS POR COR, SEXO, IDADE OU ESTADO CIVIL

Page 265: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Outros Direitos dos Trabalhadores Urbanos e

Rurais previstos no artigo 7º, CF/88:

XXVI - RECONHECIMENTO DAS CONVENÇÕES/ACORDOS COLETIVOS DE

TRABALHO

XXVII - PROTEÇÃO EM FACE DA AUTOMAÇÃO, NA FORMA DA LEI;

XXVIII - SEGURO CONTRA ACIDENTES DE TRABALHO, A CARGO DO

EMPREGADOR, SEM EXCLUIR A INDENIZAÇÃO A QUE ESTE ESTÁ

OBRIGADO, QUANDO INCORRER EM DOLO OU CULPA;

XXX - PROIBIÇÃO DE DIFERENÇA DE SALÁRIOS, DE EXERCÍCIO DE

FUNÇÕES E DE CRITÉRIO DE ADMISSÃO POR MOTIVO DE SEXO, IDADE,

COR OU ESTADO CIVIL;

XXXI - PROIBIÇÃO DE QUALQUER DISCRIMINAÇÃO NO TOCANTE A SALÁRIO

E CRITÉRIOS DE ADMISSÃO DO TRABALHADOR PORTADOR DE

DEFICIÊNCIA;

XXXII - PROIBIÇÃO DE DISTINÇÃO ENTRE TRABALHO MANUAL, TÉCNICO E

INTELECTUAL OU ENTRE OS PROFISSIONAIS RESPECTIVOS;

Page 266: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

APLICA-SE AOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS (Art. 7º, parágrafo único, CF/88)

IV – SALÁRIO MÍNIMO

VI – IRREDUTIBILIDADE DO SALÁRIO, SALVO ACORDO/CONVENÇÃO

COLETIVA

VIII – 13º SALÁRIO

XV – REPOUSO SEMANAL REMUNERADO, PREFERENCIALMENTE AOS

DOMINGOS

XVII – FÉRIAS ANUAIS COM PELO MENOS 1/3 A MAIS QUE O SALÁRIO

NORMAL

XVIII – LICENÇA MATERNIDADE

XIX – LICENÇA PATERNIDADE

XXI – AVISO-PRÉVIO PROPORCIONAL AO TEMPO DE SERVIÇO (≥30 DIAS)

XXIV - APOSENTADORIA

Page 267: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

NÃO É PREVISTO CONSTITUCIONALMENTE

AO TRABALHADOR DOMÉSTICO

SEGURO-DESEMPREGO

SEGURO-ACIDENTE

SALÁRIO-FAMÍLIA

REMUNERAÇÃO NOTURNA SUPERIOR A DIURNA

HORA-EXTRA

FGTS*

Page 268: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Servidores Públicos

CF, Art. 39, § 3º: Aplica-se aos servidores

ocupantes de cargo público o disposto no

art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI,

XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a

lei estabelecer requisitos diferenciados de

admissão quando a natureza do cargo o

exigir.

Page 269: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Aplica-se aos Servidores Públicos (Art. 39, §3º, CF)

IV – SALÁRIO MÍNIMO

VII – SALÁRIO NUNCA INFERIOR AO MÍNIMO PARA QUEM RECEBE R. VARIÁVEL

VIII – 13° SALÁRIO

IX – ADICIONAL NOTURNO

XII – SALÁRIO-FAMÍLIA

XIII – JORNADA DE 8H DIÁRIAS OU 44H SEMANAIS

XV – REPOUSO SEMANAL REMUNERADO, PREFERENCIALMENTE AOS DOMINGOS

XVI – HORA EXTRA (50% OU MAIS DA HORA NORMAL)

XVII – FÉRIAS ANUAIS COM PELO MENOS 1/3 A MAIS QUE O SALÁRIO NORMAL

XVIII – LICENÇA MATERNIDADE

XIX – LICENÇA PATERNIDADE

XX – PROTEÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO DA MULHER

XXII – REDUÇÃO DE RISCOS INERENTES AO TRABALHO

XXX – PROIBIÇÃO DE DIFERENÇAS POR COR, SEXO, IDADE OU ESTADO CIVIL

Page 270: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Associação Profissional ou Sindical Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical,

observado o seguinte:

I - a lei NÃO PODERÁ exigir autorização do Estado para a

fundação de sindicato, ressalvado o REGISTRO no órgão

competente, vedadas ao Poder Público a INTERFERÊNCIA e

a INTERVENÇÃO na organização sindical;

II - é vedada a criação de MAIS DE UMA organização sindical,

EM QUALQUER GRAU, representativa de categoria

PROFISSIONAL ou ECONÔMICA, NA MESMA BASE

TERRITORIAL, que será definida pelos trabalhadores ou

empregadores interessados, não podendo ser inferior à área

de um MUNICÍPIO;

Page 271: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Defesa

e

Contribuição Sindical ou Confederativa

Art. 8°, III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e

interesses COLETIVOS ou INDIVIDUAIS da categoria,

inclusive em questões JUDICIAIS ou ADMINISTRATIVAS;

Art. 8°, IV - a ASSEMBLÉIA GERAL fixará a

contribuição que, em se tratando de categoria profissional,

será DESCONTADA EM FOLHA, para custeio do

SISTEMA CONFEDERATIVO da representação sindical

respectiva, independentemente da contribuição prevista

em lei;

Page 272: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CONTRIBUIÇÃO

Corporativa TRIBUTO (art. 149, CF/88)

Instituída por LEI

OBRIGATÓRIA a TODOS

Confederativa Não é Tributo (art. 8°, IV)

ou Sindical Instituída por ASSEMBLÉIA GERAL

Obrigatória somente aos FILIADOS

DESCONTADA EM FOLHA

Page 273: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Associação Profissional ou Sindical Art. 8º, V - NINGUÉM SERÁ obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a

sindicato;

Art. 8º, VI - é OBRIGATÓRIA a participação dos sindicatos nas

negociações COLETIVAS de trabalho;

Art. 8º, VII - o APOSENTADO filiado tem direito a VOTAR e SER

VOTADO nas organizações sindicais;

Art. 8º, VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir

DO REGISTRO DA CANDIDATURA a cargo de direção ou

representação sindical e, se eleito, ainda que SUPLENTE, ATÉ 1 ANO

após o final do mandato, SALVO SE COMETER FALTA GRAVE NOS

TERMOS DA LEI.

Page 274: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Sindicato Rural

e

Colônia de Pescadores

CF, Art. 8°, parágrafo único: as

disposições deste artigo aplicam-se à

organização de SINDICATOS RURAIS e

de COLÔNIAS DE PESCADORES,

atendidas as condições que a lei

estabelecer.

Page 275: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

• INDEPENDE de Lei para seu exercício.

• Direito normatizado pela Lei nº 7.783/89.

• Lei disporá sobre:

1. Serviços e Atividades ESSENCIAIS

2. Atendimento de necessidades INADIÁVEIS da comunidade

3. Punição a quem cometer ABUSOS

Direito de Greve

Page 276: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

É assegurada a eleição de 1

representante entre os empregados

com a finalidade exclusiva de

promover o entendimento direto

com os empregadores.

Empresa com + de 200 empregados

Page 277: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Literalidade das disposições

CF, Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores

decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por

meio dele defender.

§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o

atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

CF, Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores

nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais

ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

CF, Art. 11. Nas empresas de mais de 200 empregados, é assegurada a

eleição de 1 representante destes com a finalidade exclusiva de promover-

lhes o entendimento direto com os empregadores.

Page 278: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

NACIONALIDADE (Art. 12 e 13, CF)

Page 279: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Relembrando

Conceitos

Page 280: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O que é Estado?

Um governo, um POVO e um

território dotado de objetivos

definidos.

Page 281: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Elementos Estruturais do Estado

1. Poder Político

2. Território

3. Povo

4. Objetivos

Page 282: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Povo

É o conjunto de pessoas unidas ao Estado pelo VÍNCULO JURÍDICO-POLÍTICO da NACIONALIDADE;

São aqueles que a Constituição denomina NACIONAIS;

É o ELEMENTO HUMANO e pessoal do Estado.

Page 283: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

POVO ≠ POPULAÇÃO

População não é um conceito jurídico.

Trata-se de uma definição demográfica

que expressa o somatório de

RESIDENTES de um território (nacionais

+ estrangeiros + apátridas ou heimatlos).

Page 284: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CONFLITOS DE NACIONALIDADE

Conflito Positivo de Nacionalidade

Polipátrida

Conflito Negativo de Nacionalidade

Apátrida

Art. XV, Declaração Universal dos Direitos

Humanos (1948)

Page 285: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Declaração Universal

dos Direitos Humanos (1948)

Art. XV. Todo o indivíduo tem direito a ter

uma nacionalidade. Ninguém pode ser

arbitrariamente privado da sua

nacionalidade nem do direito de mudar de

nacionalidade.

Page 286: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Espécies

de

Nacionalidade

PRIMÁRIA

ORIGINÁRIA

DE 1º GRAU

NATA

(Art. 12, I)

SECUNDÁRIA

DERIVADA

DE 2º GRAU

POR NATURALIZAÇÃO

POR AQUISIÇÃO

ADQUIRIDA

(Art. 12, II)

Page 287: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Nacionalidade Originária Resulta de Fato Natural e Involuntário NASCIMENTO

Nacionalidade Secundária Resulta de Ato Jurídico e Voluntário NATURALIZAÇÃO

Page 288: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Critérios para Aquisição

da Nacionalidade Originária

ius sanguinis (sangue, filiação, ascendência)

Estados de Emigração (Estados europeus)

ius solis (territorialidade)

Estados de Imigração (República Federativa do Brasil)

Page 289: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Nacionalidade Secundária (Art. 12, II)

Tácita “Grande Naturalização de 1891”

Art. 69, § 4º, CREUB/1891

Expressa (Art. 12, II)

Ordinária Art. 12, II, “a”

Estrangeiros, exceto os originários de países de língua portuguesa (Lei 6.815/80)

Estrangeiros de países de língua portuguesa, exceto portugueses (Art. 12, II, “a”)

Portugueses (Quase nacionalidade; Art. 12, §1º c/c Dec. 3.927/01 )

Legais (Lei 6.815/80)

(Radicação Precoce e Conclusão de Curso Superior)

Extraordinária ou Quinzenária

Art. 12, II, “b”

Page 290: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ius solis (critério da territorialidade)

CF, Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil (território brasileiro), ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país (exceção);

Regra Nasceu no território brasileiro, será NATO!

Page 291: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Exemplos:

a) Um casal turco gozando férias no litoral bahiano dá a luz a

um menino. Este menino é brasileiro nato? Sim.

b) Um casal alemão vem ao Brasil. O alemão está a serviço do

governo dos EUA. O filho do casal nasce em território

brasileiro. Será o menino brasileiro nato? Sim.

c) Um casal argentino vem ao Brasil. A mulher argentina está a

serviço do governo argentino. Em território brasileiro nasce o

filho do casal. Será o menino brasileiro nato ou estrangeiro?

Estrangeiro.

d) Um casal belga vem ao Brasil. O belga está a serviço da

Interpol (Organismo Internacional). Em território brasileiro

nasce o filho do casal. Será o menino brasileiro nato ou

estrangeiro? Estrangeiro.

Page 292: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

EXEMPLOS DE

ORGANISMOS INTERNACIONAIS

1.ONU

2.FMI

3. INTERPOL

4.UNESCO

5.OMC

6.TPI

7.OMS

Page 293: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ius sanguinis + Serviço do Brasil (critério de sangue + critério funcional)

CF, Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

Page 294: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

República Federativa do Brasil

Art. 1º A República Federativa do Brasil,

formada pela união indissolúvel dos

Estados e Municípios e do Distrito

Federal, constitui-se em Estado

Democrático de Direito e tem como

fundamentos:

Page 295: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

República Federativa do Brasil

Pessoa jurídica com capacidade política

União, Estados, Distrito Federal e Municípios

Administração Pública Direta e Indireta

Page 296: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, o atleta que está no estrangeiro,

competindo por intermédio do Comitê

Olímpico Brasileiro (COB) ou da

CBF, está a serviço da República

Federativa do Brasil? NÃO!

Page 297: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, a criança adotada regularmente,

no estrangeiro, por um casal de

brasileiros, será considerada brasileira

nata ou naturalizada no Brasil?

Page 298: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

1ª Posição → Nato: Princípio da

Dignidade da Pessoa Humana (Art. 1º, III,

CF) e vedação constitucional ao

tratamento discriminatório entre filhos do

casamento e adotivos. (Art. 227, §6º, CF)

2ª Posição → Naturalizado: Conflito de

princípios e insegurança nacional (Art. 12,

§3º, I e II, CF)

Page 299: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CF, Art. 227, § 6º - Os filhos,

havidos ou não da relação do

casamento, ou por adoção, terão os

mesmos direitos e qualificações,

proibidas quaisquer designações

discriminatórias relativas à filiação.

Page 300: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ius sanguinis + registro (art. 12, I, “c”, primeira parte)

CF, Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela EC 54/07)

Page 301: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ius sanguinis + opção confirmativa (art. 12, I, “c”, segunda parte) → NACIONALIDADE POTESTATIVA

CF, Art. 12. São brasileiros:

I - natos:

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela EC 54/07)

Observação: Ato volitivo e opção personalíssima.

Page 302: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Caro Rafael, no caso da nacionalidade

potestativa, se o indivíduo vier residir antes da

maioridade em território nacional, como ficará

sua situação? Haverá conflito negativo de

nacionalidade? Ele será apátrida até atingir a

maioridade quando só então poderá optar pela

nacionalidade brasileira?

Page 303: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Posso recorrer ao Prof. José Afonso da

Silva para responder essa? rsrsrsrsrs…

“A aquisição da nacionalidade dá-se no

momento da fixação da residência no

País; este o fato gerador da

nacionalidade. No entanto, esta fica

sujeita à opção confirmativa. Assim, a

condição de brasileiro nato fica suspensa

até a implementação da condição.” (grifos meus)

Page 304: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Nacionalidade Secundária

Tácita “Grande Naturalização de 1891”

Art. 69, § 4º, CREUB/1891

Expressa

Ordinária Art. 12, II, “a”

Estrangeiros, exceto os originários de países de língua portuguesa (Lei 6.815/80)

Estrangeiros de países de língua portuguesa, exceto portugueses (Art. 12, II, “a”)

Portugueses (Quase nacionalidade; Art. 12, §1º c/c Dec. 3.927/01 )

Legais (Lei 6.815/80)

(Radicação Precoce e Conclusão de Curso Superior)

Extraordinária ou Quinzenária

Art. 12, II, “b”

Page 305: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

NACIONALIDADE TÁCITA (exceção)

“Grande Naturalização de 1891”.

Exceção histórica porque em regra a

nacionalidade secundária necessita de

manifestação de vontade.

Realizada para aumentar a arrecadação de

tributos com a naturalização de estrangeiros

em massa.

A Constituição de 1824 fez algo similar em

relação aos portugueses.

Page 306: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Naturalização TÁCITA ou

“Grande Naturalização de 1891”

Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 1891

Art 69 - São cidadãos brasileiros: (...)

4º) os estrangeiros, que achando-se no Brasil aos 15 de

novembro de 1889, não declararem, dentro em seis meses

depois de entrar em vigor a Constituição, o ânimo de

conservar a nacionalidade de origem;

Page 307: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Nacionalidade Secundária

Tácita “Grande Naturalização de 1891”

Art. 69, § 4º, CREUB/1891

Expressa

Ordinária Art. 12, II, “a”

Estrangeiros, exceto os originários de países de língua portuguesa (Lei 6.815/80)

Estrangeiros de países de língua portuguesa, exceto portugueses (Art. 12, II, “a”)

Portugueses (Quase nacionalidade; Art. 12, §1º c/c Dec. 3.927/01 )

Legais (Lei 6.815/80)

(Radicação Precoce e Conclusão de Curso Superior)

Extraordinária ou Quinzenária

Art. 12, II, “b”

Page 308: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Nacionalidade Secundária Expressa Ordinária NÃO CRIA Direito Público Subjetivo para o naturalizando

Preenchidos os requisitos, o naturalizando NÃO TEM direito líquido e certo

O ato de concessão da nacionalidade é DISCRICIONÁRIO

Nacionalidade Secundária Expressa Extraordinária

CRIA Direito Público Subjetivo para o naturalizando

Preenchidos os requisitos, o naturalizando TEM direito líquido e certo

O ato de concessão da nacionalidade é VINCULADO

Page 309: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Nacionalidade Secundária

Tácita “Grande Naturalização de 1891”

Art. 69, § 4º, CREUB/1891

Expressa

Ordinária Art. 12, II, “a”

Estrangeiros, exceto os originários de países de língua portuguesa (Lei 6.815/80)

Estrangeiros de países de língua portuguesa, exceto portugueses (Art. 12, II, “a”)

Portugueses (Quase nacionalidade; Art. 12, §1º c/c Dec. 3.927/01 )

Legais (Lei 6.815/80)

(Radicação Precoce e Conclusão de Curso Superior)

Extraordinária ou Quinzenária

Art. 12, II, “b”

Page 310: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

TODOS OS ESTRANGEIROS, EXCETO AQUELES

ORIGINÁRIOS DOS PAÍSES LUSÓFONOS. (CF, Art. 12, II, “a”)

Art. 12. São brasileiros:

II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade

brasileira, exigidas aos originários de países de língua

portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e

idoneidade moral;

Lei 6.815/89, Estatuto do Estrangeiro

Page 311: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Lei 6.815/80, Estatuto do Estrangeiro

Art. 112. São condições para a concessão da naturalização:

I - capacidade civil, segundo a lei brasileira;

II - ser registrado como permanente no Brasil;

III - residência contínua no território nacional, pelo prazo mínimo de quatro anos,

imediatamente anteriores ao pedido de naturalização;

IV - ler e escrever a língua portuguesa, consideradas as condições do

naturalizando;

V - exercício de profissão ou posse de bens suficientes à manutenção própria e da

família;

VI - bom procedimento;

VII - inexistência de denúncia, pronúncia ou condenação no Brasil ou no exterior por

crime doloso a que seja cominada pena mínima de prisão, abstratamente

considerada, superior a 1 (um) ano; e

VIII - boa saúde. (ATENÇÃO! Não foi recepcionado pela CF/88 porque ofende o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana))

Page 312: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Estrangeiros de países lusófonos,

exceto portugueses (Angola, Moçambique, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe)

Art. 12. São brasileiros:

II - naturalizados:

a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade

brasileira, exigidas aos originários de países de língua

portuguesa apenas residência por 1 ano ininterrupto

e idoneidade moral;

Page 313: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PORTUGUESES → QUASE NACIONALIDADE

Sem perder a nacionalidade portuguesa e sem

adquirir a brasileira, os portugueses aqui residentes,

poderão exercer os direitos inerentes aos brasileiros

NATURALIZADOS, mas continuará estrangeiro.

“CF, Art. 12, § 1º Aos portugueses com

residência permanente no País, se houver

reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos

os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos

previstos nesta Constituição. (Redação dada pela

ECR 3/94)”

Page 314: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Decreto no 3.927 de 19.09.2001

Promulga o Tratado de Amizade,

Cooperação e Consulta, entre a

República Federativa do Brasil e a

República Portuguesa, celebrado em

Porto Seguro em 22 de abril de 2000.

Page 315: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, o português que possui, em solo

brasileiro, a qualidade de quase

nacional, poderá votar? Se ele residir no

Brasil pelo prazo mínimo de 3 anos ele

passará a exercer direitos políticos, ou

seja, ele poderá votar!

Page 316: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, o português que possui, em solo

brasileiro, a qualidade de quase

nacional, poderá ser servidor público?

Sim, conforme nos noticia o art. 37, I da CF/88

Page 317: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Estrangeiro Servidor

CF, Art. 37, I - os cargos, empregos e

funções públicas são acessíveis aos

brasileiros que preencham os requisitos

estabelecidos em lei, assim como aos

estrangeiros, na forma da lei; (Redação

dada pela EC 19/98)

Page 318: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, o português que possui, em solo

brasileiro, a qualidade de quase nacional,

possui capacidade eleitoral passiva? Sim, mas

em razão da reciprocidade, somente poderão

ser candidatos em eleições locais, ou seja,

municipais. Poderão concorrer para prefeito e

vereador. Isto ocorre porque Portugal é um

Estado Unitário.

Page 319: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Nacionalidade Secundária

Tácita “Grande Naturalização de 1891”

Art. 69, § 4º, CREUB/1891

Expressa

Ordinária Art. 12, II, “a”

Estrangeiros, exceto os originários de países de língua portuguesa (Lei 6.815/80)

Estrangeiros de países de língua portuguesa, exceto portugueses (Art. 12, II, “a”)

Portugueses (Quase nacionalidade; Art. 12, §1º c/c Dec. 3.927/01 )

Legais (Lei 6.815/80)

(Radicação Precoce e Conclusão de Curso Superior)

Extraordinária ou Quinzenária

Art. 12, II, “b”

Page 320: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

LEGAIS (Lei 6.815/80, Estatuto do Estrangeiro)

HIPÓTESES DE RARA OCORRÊNCIA

1.Radicação Precoce

2.Conclusão de Curso Superior

Page 321: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Radicação Precoce (Art. 116, Lei 6.815/80, Estatuto do Estrangeiro)

Art. 116. O estrangeiro admitido no Brasil durante os

primeiros 5 anos de vida, estabelecido definitivamente

no território nacional, poderá, enquanto menor, requerer

ao Ministro da Justiça, por intermédio de seu

representante legal, a emissão de certificado provisório

de naturalização, que valerá como prova de

nacionalidade brasileira até dois anos depois de atingida

a maioridade.

Page 322: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Conclusão de Curso Superior (Art. 115, §2o, II, Lei 6.815/80, Estatuto do Estrangeiro)

Art. 115, § 2º, II - estrangeiro que tenha

vindo residir no Brasil antes de atingida a

maioridade e haja feito curso superior

em estabelecimento nacional de ensino,

se requerida a naturalização até 1 ano

depois da formatura.

Page 323: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Nacionalidade Secundária

Tácita “Grande Naturalização de 1891”

Art. 69, § 4º, CREUB/1891

Expressa

Ordinária Art. 12, II, “a”

Estrangeiros, exceto os originários de países de língua portuguesa (Lei 6.815/80)

Estrangeiros de países de língua portuguesa, exceto portugueses (Art. 12, II, “a”)

Portugueses (Quase nacionalidade; Art. 12, §1º c/c Dec. 3.927/01 )

Legais (Lei 6.815/80)

(Radicação Precoce e Conclusão de Curso Superior)

Extraordinária ou Quinzenária

Art. 12, II, “b”

Page 324: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Nacionalidade Secundária

Expressa Extraordinária ou Quinzenária

Art. 12. São brasileiros:

II - naturalizados:

b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade,

residentes na República Federativa do Brasil há mais

de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal,

desde que requeiram a nacionalidade

brasileira. (Redação dada pela ECR 3/94)

CRIA Direito Público Subjetivo para o naturalizando

Preenchidos os requisitos, o naturalizando TEM direito líquido e certo

O ato de concessão da nacionalidade é VINCULADO

Page 325: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Diferenças entre Natos e Naturalizados

Regra: A CF/88 VEDA esta diferenciação!

Caso se faça necessário alguma

diferenciação entre ambos, somente a

Constituição terá competência para tal.

CF, Art. 12,§ 2º - A lei não poderá estabelecer

distinção entre brasileiros natos e naturalizados,

salvo nos casos previstos nesta Constituição.

Page 326: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Diferenças Constitucionais

entre Natos e Naturalizados

1. Exercício de Cargos Privativos (Art. 12, §3o)

2. Exercício de Função (Art. 89, VII)

3. Propriedade (Art. 222)

4. Extradição (Art. 5o, LI)

5. Perda da Condição de Nacional (Art. 12, §4o, I)

Page 327: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Exercício de Cargos Privativos (Art. 12, §3o; Linha Sucessória Presidencial e Segurança Nacional)

CF, Art. 12,§ 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos:

I - de Presidente e Vice-Presidente da República;

II - de Presidente da Câmara dos Deputados;

III - de Presidente do Senado Federal;

IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V - da carreira diplomática;

VI - de oficial das Forças Armadas.

VII - de Ministro de Estado da Defesa (Incluído pela EC 23/99)

Page 328: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Exercício de Função (Art. 89, VII)

CF, Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do

Presidente da República, e dele participam:

I - o Vice-Presidente da República;

II - o Presidente da Câmara dos Deputados;

III - o Presidente do Senado Federal;

IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;

V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;

VI - o Ministro da Justiça;

VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de

idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos

pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com

mandato de três anos, vedada a recondução.

ÓRGÃO COLEGIADO E DE

ASSESSORAMENTO DO

PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Page 329: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Propriedade de empresa jornalística... (Art. 222, caput; Difusão da Cultura Nacional)

CF, Art. 222. A propriedade de empresa

jornalística e de radiodifusão sonora e de

sons e imagens é privativa de brasileiros natos

ou naturalizados há mais de 10 anos, ou de

pessoas jurídicas constituídas sob as leis

brasileiras e que tenham sede no País. (Redação

dada pela EC 36/02)

Page 330: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Extradição (Art. 5o, LI; STF → Norma Constitucional de Eficácia Limitada)

Art. 5º, LI - nenhum brasileiro será extraditado,

salvo o naturalizado, em caso de crime comum,

praticado antes da naturalização, ou de

comprovado envolvimento em tráfico ilícito de

entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;

Omissão Legislativa; Ausência de Norma Regulamentadora

Page 331: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Perda da Condição de Nacional (Art. 12, §4o, I)

Art. 12,§ 4º - Será declarada a perda da

nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por

sentença judicial, em virtude de atividade

nociva ao interesse nacional;

Page 332: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Institutos e Hipóteses Taxativas de

Exceção à Regra Geral

1. Banimento

2. Expulsão

3. Deportação

4. Extradição

5. Entrega

Page 333: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, existe banimento ou expulsão de

brasileiros? Não, porque destinar

compulsoriamente brasileiros ao exterior

caracterizaria a pena de banimento, que é

inadimitida pelo ordenamento jurídico

brasileiro, além de ser expressamente vedada

pela Constituição no Art. 5º, XLVII, “d”.

Page 334: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PENAS PROIBIDAS

CF, Art. 5º, XLVII - não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada,

nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis;

Page 335: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

EXPULSÃO, QUANDO OCORRERÁ? (Art. 65, Lei 6.815/80)

Art. 65 É passível de expulsão o estrangeiro

que, de qualquer forma, atentar contra a

segurança nacional, a ordem política ou

social, a tranquilidade ou moralidade pública

e a economia popular, ou cujo procedimento

o torne nocivo à conveniência e aos

interesses nacionais (...)

Page 336: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

EXPULSÃO (Art. 67, Lei 6.815/80; Exceção)

Art. 67 Desde que conveniente ao

interesse nacional, a expulsão do

estrangeiro poderá efetivar-se, ainda que

haja processo ou tenha ocorrido

condenação.

TAL EXCEÇÃO DEVERÁ BASEAR-SE EM TRATADO INTERNACIONAL

Page 337: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

COMPETÊNCIA PRIVATIVA (CF, Art. 22, XV)

Art. 22. Compete privativamente à União

legislar sobre:

XV - emigração e imigração, entrada,

extradição e expulsão de estrangeiros;

Page 338: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

VEDAÇÃO À EXPULSÃO (SÚMULA 01, STF)

“É vedada a expulsão de

estrangeiro casado com brasileira,

ou que tenha filho brasileiro,

dependente da economia paterna.”

Page 339: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

HIPÓTESES DE VEDAÇÃO À EXPULSÃO (Art. 75, Lei 6.815/80)

Se implicar extradição inadmitida pela lei brasileira;

Quando o estrangeiro tiver cônjuge brasileiro do qual

não esteja divorciado ou separado, de fato ou de direito,

e desde que o casamento tenha sido celebrado há mais

de 5 anos;

Quando o estrangeiro tiver filho brasileiro que,

comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele

dependa economicamente, não constituindo

impedimento à expulsão a adoção ou o reconhecimento

de filho brasileiro supervenientes ao fato que o motivar.

Page 340: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

EXPULSÃO - OBSERVAÇÕES

Aplica-se somente aos ESTRANGEIROS!

Competência privativa legislativa da União (CF, Art. 22, XV)

Regra: O estrangeiro pratica um crime em território nacional, então é

preso, processado, julgado, condenado e aqui cumprirá sua pena. Após o

cumprimento da pena será expulso.

Exceção: Desde que conveniente ao interesse nacional, e baseado na

assinatura de tratados internacionais, a expulsão do estrangeiro poderá

efetivar-se, ainda que haja processo ou tenha ocorrido condenação.

A PF instaura IP para fins de expulsão do estrangeiro.

Fundamentado no IP, será ou não decretada a prisão do estrangeiro para

fins de expulsão do mesmo.

A CF/69 permitia que a prisão para fins de expulsão fosse decretada pelo

Ministro da Justiça (autoridade administrativa), mas tal dispositivo não foi

recepcionado pela CF/88.

Page 341: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

DEPORTAÇÃO (Art. 57, Lei 6.815/80)

Diferentemente da expulsão, a deportação

não está ligada à pratica de um delito, mas

aos casos de entrada ou estada irregular de

estrangeiro, que se não se retirar

voluntariamente do território nacional no prazo

fixado em Regulamento, será promovida sua

deportação.

Page 342: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

DEPORTAÇÃO – OBSERVAÇÕES

O estrangeiro não cometeu crime, mas praticou ilícito

administrativo.

A deportação consistirá na saída compulsória do

estrangeiro e far-se-á para o país da nacionalidade ou

de procedência do estrangeiro, ou para outro que

consinta em recebê-lo.

Não se procederá à deportação se implicar em

extradição inadmitida pela lei brasileira.

Não sendo exequível a deportação ou quando existirem

indícios sérios de periculosidade ou indesejabilidade

do estrangeiro, proceder-se-á à sua expulsão.

Page 343: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

EXTRADIÇÃO (Art. 76, Lei 6.815/80)

Art. 76 - A extradição poderá ser

concedida quando o governo requerente

se fundamentar em tratado, ou quando

prometer ao Brasil a reciprocidade.

Obs.: A extradição é um instituto da Cooperação Jurídica Internacional.

Page 344: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Espécies de Extradição

Ativa: solicitada PELA RFB por um estado estrangeiro.

Passiva: solicitada À RFB por um estado estrangeiro.

Obs.: Há uma relação entre 2 (dois) estados estrangeiros soberanos.

Page 345: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Regras da Extradição Passiva

1) Quando um estrangeiro adentra o território brasileiro após

a prática de ilícito penal em Estado estrangeiro, é

decretado contra ele um MANDADO DE PRISÃO

INTERNACIONAL pelo Estado onde o crime foi cometido.

2) Este mandado de prisão internacional poderá ser

fundamentado em razão de sentença penal condenatória

definitiva ou processual, temporária ou preventiva.

3) O mandado de prisão internacional é distribuído

internacionalmente pela INTERPOL.

4) A Polícia Federal localizará o estrangeiro e o STF

decretará sua prisão para fins de extradição passiva.

Page 346: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CF, Art. 102. Compete ao Supremo

Tribunal Federal, precipuamente, a guarda

da Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente: (...)

g) a extradição solicitada por Estado

estrangeiro;

Page 347: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Regras da Extradição Passiva

5) A extradição será concedida se o governo solicitante se

fundamentar em tratado, ou prometer reciprocidade.

6) A RFB só extraditará se o fato que fundamentou o pedido

de prisão também for considerado crime no Brasil.

Caso seja simples contravenção penal, não importará

extradição. (Princípio da Dupla Incriminação ou

Tipicidade)

7) Não haverá extradição se o crime já estiver prescrito no

Brasil consoante a legislação brasileira.

8) Será aplicado o Princípio da Comutação.

Page 348: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Regras da Extradição Passiva

9) Portugueses somente poderão ser extraditados para

Portugal e vice-versa.

10) Não impede a extradição a circunstância de ser o

extraditando casado com brasileira ou ter filho

brasileiro. (Súmula 421, STF)

11) Não será concedida extradição de estrangeiro por crime

político ou de opinião. (CF, Art. 5o, LII)

Page 349: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PRINCÍPIO DA COMUTAÇÃO (Art. 91, Lei 6.815/80)

Art. 91. Não será efetivada a entrega sem que

o Estado requerente assuma o compromisso:

(...)

III - de comutar em pena privativa de

liberdade a pena corporal ou de morte,

ressalvados, quanto à última, os casos em que

a lei brasileira permitir a sua aplicação;

Page 350: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SÚMULA 421, STF

Não impede a extradição a

circunstância de ser o

extraditando casado com

brasileira ou ter filho brasileiro.

Page 351: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CRIMES POLÍTICOS E DE OPINIÃO

CF, Art. 5o, LII - Não será concedida

extradição de estrangeiro por crime

político ou de opinião.

Page 352: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, é possível a prática

de crime comum com

motivação política?

Page 353: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, é possível a prática

de crime comum com

motivação política?

SIM!

Page 354: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, se é possível a prática

de crime comum com motivação política,

então o estrangeiro que incida neste ilícito

penal estará sujeito à extradição passiva

caso haja solicitação de estado estrangeiro?

Page 355: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, se é possível a prática

de crime comum com motivação política,

então o estrangeiro que incida neste ilícito

penal estará sujeito à extradição passiva

caso haja solicitação de estado estrangeiro?

Segundo o STF, SIM!

Page 356: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

EXTRADIÇÃO (OBSERVAÇÕES)

Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime

comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento

em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. (CF, Art.

5o, LI)

O brasileiro nato nunca poderá ser extraditado. (CF, Art. 5o, LII)

Leitura Recomendada:

1) Pet. 3.569/MS, relator Ministro Celso de Mello

2) Ext. 855/República do Chile, relator Ministro Celso de Mello,

26/08/2004

3) Ext. 1.085/Governo da Itália, relator Ministro Cezar Peluso,

18/11/2009 (caso Cesare Battisti)

Page 357: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ENTREGA

A ENTREGA é um instituto criado pelo “Estatuto de

Roma” que também criou o Tribunal Penal Internacional -

TPI (Haia, Holanda).

A EC nº 45/2004 constitucionalizou o TPI.

CF, Art. 5o, §4º. O Brasil se submete à jurisdição de

Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha

manifestado adesão. (Incluído pela EC nº 45/2004)

ADCT, Art. 7º. O Brasil propugnará pela formação de um

tribunal internacional dos direitos humanos.

Page 358: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, qual a

diferença entre a

EXTRADIÇÃO PASSIVA

e a ENTREGA?

Page 359: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, qual a diferença entre a

EXTRADIÇÃO PASSIVA e a ENTREGA?

Na extradição passiva a relação bilateral ocorre entre

dois estados estrangeiros soberanos enquanto que

na entrega esta relação ocorre entre um estado

estrangeiro soberano e um organismo internacional

(TPI), sendo o último desprovido de soberania.

Page 360: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafael, nacionais NATOS

poderiam ser ENTREGUES

ao TPI?

Page 361: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Resposta: Sim, os brasileiros natos

não podem ser extraditados, mas

podem ser ENTREGUES ao TPI

caso a jurisdição nacional falhe, haja

vista o TPI atua observando o

Princípio da Especialidade ou

Complementariedade.

Page 362: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Perda da Condição de Nacional (Art. 12, §4o, I)

Art. 12,§4º - Será declarada a perda da

nacionalidade do brasileiro que:

I - tiver cancelada sua naturalização, por

sentença judicial, em virtude de atividade

nociva ao interesse nacional;

Page 363: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Perda da Condição de Nacional

Somente o brasileiro naturalizado está sujeito a perda desta

condição em função da prática de atividades nocivas ao

interesse nacional.

Após o cometimento do ilícito a ação será ajuizada pelo MPF, pois

será de competência da Justiça Federal.

CF, Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

(...) X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de

estrangeiro, a execução de carta rogatória, após o "exequatur", e

de sentença estrangeira, após a homologação, as causas

referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à

naturalização;

Page 364: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafa, o que é ATIVIDADE

NOCIVA ao interesse nacional?

Resposta: Apesar de não existir em nosso ordenamento

jurídico norma que defina atividade nociva ao interesse

nacional, poderíamos definir como quaisquer atividades

danosas ou atentatórias à segurança da sociedade e

do Estado.

Page 365: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Rafa, perdendo a condição de brasileiro

naturalizado, ele poderá readquirir sua

nacionalidade?

Resposta: SIM! Somente através de

AÇÃO RESCISÓRIA e no prazo previsto

no Código de Processo Civil (art. 485, CPC).

Page 366: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Perda

da

Nacionalidade

Page 367: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Perda de Nacionalidade

Regra: Todo brasileiro, nato ou naturalizado, que volitivamente adquirir

outra nacionalidade perderá a condição de nacional. (CF, Art. 12, §4o, II)

Exceção 1: adquiriu outra nacionalidade em reconhecimento de

nacionalidade originária pela lei estrangeira. (CF, Art. 12, §4o, II, “a”)

Exceção 2: imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao

brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para

permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

(CF, Art. 12, §4o, II, “b”)

Polipátridas; Conflito positivo de nacionalidade.

Apátridas ou heimatlos; Conflito negativo de nacionalidade.

Page 368: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA (art. 127 a 135, CF/88)

MINISTÉRIO PÚBLICO

(art. 127 a 130, CF/88)

ADVOCACIA PÚBLICA

(art. 131 e 132, CF/88)

ADVOCACIA e DEFENSORIA PÚBLICA

(art. 133 a 135, CF/88)

Page 369: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

e-mail: [email protected]

Direito Constitucional

Prof. Rafael Fernandez

Dos Direitos Políticos (Arts. 14 a 16 da Constituição Federal)

Page 370: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Democracia

Estado de Direito

Estado Democrático de Direito

É aquele em que o poder exercido é limitado pela ordem Jurídica vigente, que irá dispor,

especificamente, desde a forma de atuação do Estado, suas funções e limitações, até às

garantias e direitos dos cidadãos.

Segundo José Afonso da Silva: “A democracia é um processo de convivência social em que o

poder emana do povo, há de ser exercido, direta ou indiretamente, pelo povo e em proveito do

povo”.

O Estado Democrático é mais do que Estado de Direito, pois o elemento “democrático”

pressupõe que o poder está subordinado a soberania popular.

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,

com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

e-mail: [email protected] PLEBISCITO REFERENDO INICIATIVA POPULAR

Page 371: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

e-mail: [email protected]

Democracia

Segundo José Afonso da Silva: “A democracia é um processo de convivência social em que o poder emana do

povo, há de ser exercido, direta ou indiretamente, pelo povo e em proveito do povo”.

Democracia Indireta ou Representativa

Democracia Direta

Indireta

Segundo José Afonso da Silva: “É aquela na

qual o povo fonte primária do poder, não

podendo dirigir os negócios do Estado

diretamente, em face da extensão territorial, da

densidade demográfica e da complexidade dos

problemas sociais, outorga as funções de

governo aos seus representantes.”

Democracia

Direta

Semi-direta

É a forma pela qual todos os cidadãos podem

participar diretamente no processo de tomada

de decisões. Decisões

tomadas

pelo próprio

povo

Decisões tomadas

por representantes

do povo

É uma forma de democracia que possibilita um

sistema mais bem-sucedido de democracia

frente as democracias Representativa e Direta,

ao permitir um equilíbrio operacional entre a

representação política e a soberania popular

Democracia Semi-direta Regime adotado pelo

Brasil

Art. 1º § único. Todo o poder emana do

povo, que o exerce por meio de

representantes eleitos ou diretamente,

nos termos desta Constituição.

Direta + Indireta

Page 372: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

e-mail: [email protected]

Dos Direitos Políticos

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,

com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

Direito Exercício

O direito ao sufrágio é materializado pela

capacidade de votar e de ser votado,

representando a essência dos direitos

políticos. O direito ao sufrágio deve ser visto

sob dois aspectos:

Sufrágio

Capacidade eleitoral ATIVA

Capacidade eleitoral PASSIVA

Representa o direito de votar, o direito de

alistar-se como eleitor (ALISTABILIDADE)

Representa o direito de ser votado, de

eleger-se para um cargo político

(ELEGIBILIDADE)

O Direito ao sufrágio poderá ser:

Quando é assegurado o direito de votar a

todos os nacionais, independentemente da

exigência de quaisquer requisitos.

UNIVERSAL

RESTRITO

Quando o direito de votar for concedido tão

somente àqueles que cumprirem

determinadas condições fixadas por Lei. O

sufrágio restrito poderá ser:

Censitário Capacitário

Sufrágio adotado pelo Brasil

Page 373: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

e-mail: [email protected]

Sufrágio censitário

Concede-se o direito de voto apenas ao cidadão que preencher certa condição

econômica, opondo-se ao universal. A alistabilidade eleitoral pressupõe condição

econômica satisfatória.

Dado o seu caráter censitário, a questionada eleição da autoridade policial é só

aparentemente democrática: a redução do corpo eleitoral aos contribuintes do IPTU

Constituição do Estado do RJ - Art. 183, § 4º - Nas jurisdições policiais com sede

nos Municípios, o delegado de polícia será escolhido entre os delegados de carreira,

por voto unitário residencial

c) o voto unitário residencial será representado pelo comprovante de pagamento de

imposto predial ou territorial.

Espécies de Sufrágio

Sufrágio capacitário

É o sistema de sufrágio limitado, opondo-se ao universal. Por ele, o eleitorado, isto é,

as pessoas que têm a faculdade de votar, devem possuir um certo grau de instrução,

comprovado pela posse de um diploma acadêmico ou pelo exercício de certas

profissões.

STF - ADIN 600/90

Page 374: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

e-mail: [email protected]

Dos Direitos Políticos

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto,

com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

Direito Exercício

É uma consulta prévia que se faz aos

cidadãos no gozo de seus direitos

políticos, sobre determinada matéria a ser,

posteriormente, discutida pelo Congresso

Nacional.

Consiste em uma consulta posterior, sobre

determinado ato governamental para

ratificá-lo, ou no sentido de conceder-lhe

eficácia, ou, ainda, para retirar-lhe a

eficácia.

Instrumentos para o exercício da Soberania Popular:

Ex.: Plebiscito sobre a

Forma e Sistema de

Governo

(ADCT art. 2º)

Ex.: sobre a proibição da

comercialização de armas de fogo e

munições(estatuto do desarmamento)

Plebiscito Referendo

A realização de plebiscito e referendo dependerá de autorização do Congresso Nacional

(CF, art.49, XV), excetuados os casos expressamente previstos na Constituição (CF, art. 18,

§§ 3º e 4º), para alteração territorial de Estados e Municípios, e no art. 2º do ADCT, sobre a

forma e o sistema de governo.

Page 375: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Do Plebiscito

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil

compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos,

nos termos desta Constituição.

§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou

desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou

Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente

interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei

complementar.

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios,

far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei

Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante

plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos

Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei

ESTADOS

MUNICÍPIOS

Page 376: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Ação Popular

Ação Popular Iniciativa Popular

Garantia Constitucional

Natureza Natureza

Instrumento da democracia participativa

Objeto Objeto

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para

propor ação popular que vise a anular ato lesivo

ao patrimônio público ou de entidade de que o

Estado participe, à moralidade administrativa, ao

meio ambiente e ao patrimônio histórico e

cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé,

isento de custas judiciais e do ônus da

sucumbência;

Anular ato lesivo

Art. 61,§ 2º - A iniciativa popular pode ser

exercida pela apresentação à Câmara dos

Deputados de projeto de lei subscrito por, no

mínimo, um por cento do eleitorado nacional,

distribuído pelo menos por cinco Estados, com

não menos de três décimos por cento dos

eleitores de cada um deles.

legitimidade Ativa

“cidadão”

Iniciativa de Lei

Eleitor em dia com as

obrigações eleitorais

legitimidade Passiva

Poder Público

Pessoas jurídicas,

públicas ou privadas,

bem como os

beneficiários diretos do

ato ou contrato ilegal

um por cento

do eleitorado

Distribuídos

pelo menos

por 5 estados

com não menos de três

décimos por cento dos

eleitores de cada um deles.

Page 377: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Dos Direitos Políticos

Capacidade Eleitoral

Art. 14, § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são:

I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;

II - facultativos para:

a) os analfabetos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito

anos.

Capacidade eleitoral ativa (direito de votar) Art. 14, § 2º - Não podem alistar-se como

eleitores os estrangeiros e, durante o período do

serviço militar obrigatório, os conscritos.

Vedação a capacidade

ativa

Obs.: Português equiparado

pode!!!

Capacidade eleitoral Passiva

(Direito de ser votado)

Art. 14, § 3º - São condições de

elegibilidade, na forma da lei:

I) Nacionalidade brasileira (ou português

equiparado)

II) Pleno exercício dos direitos políticos

III) Alistamento eleitoral

IV) Domicílio eleitoral na circunscrição

V) Filiação partidária

c) vinte e um anos para Deputado Federal,

Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito

e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador.

VI - a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-

Presidente da República e Senador;

b) trinta anos para Governador e Vice-Governador

de Estado e do Distrito Federal;

Page 378: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Impugnação de mandato eletivo

§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da

diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da

lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

Segundo o Código eleitoral, podem propor ação de impugnação:

Ministério Público Partido Político, Coligação Partidária, Candidato

Privação dos direitos políticos

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

II - incapacidade civil absoluta;

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa...

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos

casos de:

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não

se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência

Princípio da anualidade da lei Eleitoral

(PERDA)

(SUSPENSÃO)

(SUSPENSÃO)

(PERDA) (SUSPENSÃO) (SUSPENSÃO)

Lei 8239/91

Art. 4º

ou

Page 379: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua

publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua

vigência

Princípio da anualidade da lei Eleitoral

4 meses Dia da Eleição

03/10/2010

Data da

Publicação

04/06/2010

1 ano

Vigência

05/06/2011

Aplicabilidade

Page 380: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ORGANIZAÇÃO DOS

PODERES

PODER LEGISLATIVO

PODER EXECUTIVO

PODER JUDICIÁRIO

FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA

Page 381: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Poder Judiciário

Page 382: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

FUNDAMENTO

FUNÇÃO TÍPICA

FUNÇÃO ATÍPICA

PODER

JUDICIÁRIO

1) Aplica a lei ao caso concreto,

substituindo a vontade das partes

e resolvendo o conflito com força

definitiva.

2) Tutela de Direitos

Fundamentais.

3) Resolve os conflitos entre o

Poder Executivo e Legislativo.

4) Controle de

Constitucionalidade.

“Legislativa”: edição de

regimento interno e Súmula

Vinculante.

Executiva: regulamenta e

administra seus próprios assuntos

- “Autogoverno dos Tribunais”.

O Poder Judiciário elege seus

órgãos diretivos próprios.

Page 383: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Supremo Tribunal Federal

Superior

Tribunal

de

Justiça

TJs

Juízes De

Direito (Estaduais,

do DF e Territórios)

TJM ou TJ

Juízes de Direito (Juiz-

Auditor) e Conselhos de

Justiça (Auditorias

Militares Estaduais,

do DF e Territórios)

TRFs

Juízes Federais

Tribunal

Superior

do

Trabalho

TRTs

Juízes do

Trabalho

Tribunal

Superior

Eleitoral

TREs

Juízes e

Juntas Eleitorais

Superior

Tribunal

Militar

Conselhos de

Justiça (Auditorias

Militares da União)

Page 384: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

OBSERVAÇÕES INICIAIS

• O poder judiciário e a separação de poderes;

• A natureza da função jurisdicional;

• Função atípica e típica;

• A independência do poder judiciário; e

• Art. 92 ao 126, Lex Fundamentalis.

Page 385: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípio da Inafastabilidade do

Controle Jurisdicional

Art. 5º, XXXV, CF/88 - a lei não

excluirá da apreciação do Poder

Judiciário lesão ou ameaça a

direito.

Page 386: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Garantias do Poder Judiciário a) capacidade de eleger seus presidentes e demais

auxiliares.

b) organizar os seus serviços auxiliares, provendo-lhes

os cargos.

c) conceder licença e férias aos seus membros, aos

juízes e serventuários.

d) iniciativa de projetos de leis criando ou extinguindo

cargos e a fixação dos vencimentos.

e) liberdade de estruturação interna dos tribunais –

regimentos, câmaras ou turmas isoladas com funções

jurisdicionais ou administrativas.

Page 387: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

GARANTIAS DOS MAGISTRADOS

VITALICIEDADE art. 95, I c/c art. 93, VIII, CF/88

INAMOVIBILIDADE art. 95, II c/c art. 93, VIII, CF/88

IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS art. 95, III, CF/88

Page 388: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

VEDAÇÕES AOS MAGISTRADOS (art. 95, parágrafo único, CF/88)

1. Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou

função, salvo uma de magistério

2. Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou

participação em processo

3. Dedicar-se à atividade político-partidária

4. Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou

contribuições de pessoas físicas, entidades públicas

ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei

5. Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se

afastou, antes de decorridos 3 anos do afastamento do

cargo por aposentadoria ou exoneração

Page 389: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO (art. 92, CF/88)

1. Supremo Tribunal Federal (STF)

2. Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

3. Superior Tribunal de Justiça (STJ)

4. Tribunais Regionais Federais e JUÍZES FEDERAIS

5. TRINUNAIS e JUÍZES DO TRABALHO

6. TRIBUNAIS e JUÍZES ELEITORAIS

7. TRIBUNAIS e JUÍZES MILITARES

8. TRIBUNAIS e JUÍZES DOS ESTADOS, DF e

TERRITÓRIOS

Page 390: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO (art. 92, §§1º e 2º, CF/88)

§ 1º O STF, o CNJ e os Tribunais

Superiores têm sede na CAPITAL

FEDERAL.

§ 2º O STF e os Tribunais Superiores

têm jurisdição em todo o TERRITÓRIO

NACIONAL.

Page 391: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Quantitativo de

Ministros ou Membros

• STF 11

• CNJ 15

• STJ 33

• STM 15

• TSE 7

• TST 27

• CNMP 14 (Não é órgão do Poder Judiciário)

Page 392: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (art. 101, CF/88)

Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-

se de 11 Ministros, escolhidos dentre cidadãos

com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de

notável saber jurídico e reputação ilibada.

Parágrafo único. Os Ministros do Supremo

Tribunal Federal serão nomeados pelo

Presidente da República, depois de aprovada a

escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.

Page 393: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

COMPETÊNCIA DO STF (art. 102, CF/88)

Art. 102. Compete ao STF, precipuamente, a guarda da

Constituição, cabendo-lhe:

I - processar e julgar, originariamente:

a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato

normativo federal ou estadual e a ação declaratória de

constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;

b) nas infrações penais comuns, o Presidente da

República, o Vice-Presidente, os membros do CN, seus

próprios Ministros e o PGR;

Page 394: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

COMPETÊNCIA DO STF (art. 102, CF/88)

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de

responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da

Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art.

52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de

Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter

permanente;

d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas

referidas nas alíneas anteriores; o mandado de segurança e o

"habeas-data" contra atos do Presidente da República, das Mesas

da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de

Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio

Supremo Tribunal Federal;

e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e

a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território;

Page 395: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

COMPETÊNCIA DO STF (art. 102, CF/88)

f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados,

a União e o DF, ou entre uns e outros, inclusive as

respectivas entidades da administração indireta;

g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; (...)

i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal

Superior ou quando o coator ou o paciente for

autoridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos

diretamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal,

ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em uma

única instância;

Page 396: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

COMPETÊNCIA DO STF (art. 102, CF/88)

j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus julgados;

l) a reclamação para a preservação de sua competência e

garantia da autoridade de suas decisões;

m) a execução de sentença nas causas de sua competência

originária, facultada a delegação de atribuições para a prática

de atos processuais;

n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam

direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais

da metade dos membros do tribunal de origem estejam

impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados;

Page 397: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

COMPETÊNCIA DO STF (art. 102, CF/88)

o) os conflitos de competência entre o STJ e quaisquer

tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e

qualquer outro tribunal;

p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de

inconstitucionalidade;

q) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma

regulamentadora for atribuição do Presidente da República,

do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, do

Senado Federal, das Mesas de uma dessas Casas

Legislativas, do TCU, de um dos Tribunais Superiores, ou

do próprio STF;

r) as ações contra o CNJ e contra o CNMP;

Page 398: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

COMPETÊNCIA DO STF (art. 102, CF/88)

II - julgar, em recurso ordinário:

a) o “HC", o MS, o “HD" e o MI decididos

em única instância pelos Tribunais

Superiores, se denegatória a decisão;

b) o crime político;

Page 399: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

COMPETÊNCIA DO STF (art. 102, CF/88)

III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas

decididas em única ou última instância, quando a

decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo desta Constituição;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou

lei federal;

c) julgar válida lei ou ato de governo local

contestado em face desta Constituição.

d) julgar válida lei local contestada em face de lei

federal.

Page 400: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

e-mail: [email protected]

Supremo Tribunal Federal – Outros Temas

CF, Art. 102, § 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei.

CF, Art. 102, § 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de 2/3 de seus membros.

Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)

CF, Art. 102, § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo STF, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.

Eficácia erga omnes e efeito vinculante das ADI e ADC

Recurso Extraordinário (RE) e Repercussão Geral

Page 401: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (art. 104, CF/88)

Art. 104 - O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, 33

MINISTROS.

Parágrafo único. Os Ministros do STJ serão nomeados pelo Presidente

da República, dentre brasileiros com mais de 35 e menos de 65 anos, de

notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha

pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

I – 1/3 dentre juízes dos TRFs e 1/3 dentre desembargadores dos TJs,

indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;

II – 1/3, em partes iguais, dentre advogados e membros do MPF, Estadual,

do DF e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.

Page 402: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Competências do STJ (art. 105, CF/88)

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente:

a) nos crimes COMUNS, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e,

nestes e nos de RESPONSABILIDADE, os desembargadores dos Tribunais de

Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas

dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos

Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou

Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que

oficiem perante tribunais;

b) os MANDADOS DE SEGURANÇA e os HABEAS DATA contra ato de

Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica

ou do próprio Tribunal;

Page 403: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Competências do STJ (art. 105, CF/88)

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente: (...)

d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado

o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não

vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos;

e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados;

f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da

autoridade de suas decisões;

Page 404: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Exequatur às Cartas Rogatórias (art. 105, I, “i”, CF/88)

A carta rogatória é um instrumento jurídico de cooperação entre dois países. É

similar à carta precatória, mas se diferencia deste por ter caráter internacional. A carta

rogatória tem por objetivo a realização de atos e diligências processuais no exterior, como,

por exemplo, audição de testemunhas, e não possui fins executórios.

No Brasil, a competência para se conceder o exequatur (significando execute-se,

cumpra-se) é do Superior Tribunal de Justiça, de acordo com o art. 105 da CF. O art. 109, X,

da CF determina que compete ao juiz federal a execução de carta rogatória, após

concessão de "exequatur" pelo STJ. Trata-se, portanto, de um instrumento de intercâmbio

processual que viabiliza medidas judiciais entre diferentes países.

Nas palavras do então Ministro do STJ, Luiz Fux, em seu voto na Carta Rogatória

Nº 438 - BE (2005/0015196-0), a Carta Rogatória "é um meio de cooperação judicial entre

Nações, fundamentada no Direito Internacional, representando instrumento de intercâmbio

internacional para o cumprimento extraterritorial de medidas processuais provenientes de outra

Nação. Lastreia-se, outrossim, no princípio da reciprocidade, denominado pela doutrina de

"Teoria da Cortesia Internacional"."

Este instrumento se encontra regulado pelo art. 202 do Código de Processo Civil

(lei 5879/73) e, principalmente, pela Resolução n°. 09 do STJ, de 04 de maio de 2005.

Page 405: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Competências do STJ (art. 105, CF/88)

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

I - processar e julgar, originariamente: (...)

g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da

União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro

ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União;

h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for

atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, da administração direta ou

indireta, excetuados os casos de competência do Supremo Tribunal Federal e dos

órgãos da Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça

Federal;

i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur às

cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Page 406: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Competências do STJ (art. 105, CF/88)

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...)

II - julgar, em recurso ordinário:

a) os "habeas-corpus" decididos em única ou última instância pelos Tribunais

Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do DF e Territórios, quando a

decisão for denegatória;

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais

Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do DF e Territórios, quando

denegatória a decisão;

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo

internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou

domiciliada no País;

Page 407: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Competências do STJ (art. 105, CF/88)

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...)

III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em

única ou última instância, pelos Tribunais Regionais

Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e

Territórios, quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

b) julgar válido ato de governo local contestado em face

de lei federal;

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe

haja atribuído outro tribunal.

Page 408: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Competências do STJ (art. 105, CF/88)

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: (...)

Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior Tribunal de

Justiça:

I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de

Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os

cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira;

II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe exercer, na forma

da lei, a supervisão ADMINISTRATIVA e ORÇAMENTÁRIA da

Justiça FEDERAL de PRIMEIRO e SEGUNDO graus, como órgão

CENTRAL do sistema e com poderes CORREICIONAIS, cujas

decisões terão caráter VINCULANTE.

Page 409: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

TRIBUNAIS E JUÍZES

DOS ESTADOS

Art. 125 e 126, CF/88

Page 410: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Organização Judiciária do

Estado Art. 125. Os Estados organizarão sua

Justiça, observados os princípios

estabelecidos nesta Constituição.

§ 1º - A competência dos tribunais será

definida na Constituição do Estado, sendo a

lei de organização judiciária de iniciativa

do Tribunal de Justiça.

Page 411: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Controle de Constitucionalidade

em sede de Constituição Estadual

Art. 125, § 2º - Cabe aos Estados a

instituição de representação de

inconstitucionalidade de leis ou atos

normativos estaduais ou municipais

em face da Constituição Estadual,

vedada a atribuição da legitimação

para agir a um único órgão.

Page 412: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Justiça Militar Estadual

Art. 125, § 3º A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de

Justiça, a Justiça Militar estadual, constituída, em 1o grau, pelos juízes de

direito e pelos Conselhos de Justiça e, em 2o grau, pelo próprio Tribunal de

Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em que o efetivo

militar seja superior a 20.000 integrantes. (Observação: Policiais militares +

Bombeiros militares > 20.000 integrantes)

Art. 125, § 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os

militares dos Estados, nos crimes militares definidos em lei e as ações

judiciais contra atos disciplinares militares, ressalvada a competência do

júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente decidir sobre a

perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças.

Art. 125, § 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e

julgar, singularmente, os crimes militares cometidos contra civis e as ações

judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao Conselho de

Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais

crimes militares.

Page 413: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Câmaras Regionais, Justiça Itinerante,

Varas Especializadas, Questões Agrárias…

Art. 125, § 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar

descentralizadamente, constituindo CÂMARAS REGIONAIS, a fim de

assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases

do processo.

Art. 125, § 7º O Tribunal de Justiça instalará a JUSTIÇA ITINERANTE,

com a realização de audiências e demais funções da atividade

jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-

se de equipamentos públicos e comunitários.

Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribunal de Justiça proporá a

criação de VARAS ESPECIALIZADAS, com competência exclusiva para

QUESTÕES AGRÁRIAS.

Parágrafo único. Sempre que necessário à eficiente prestação

jurisdicional, o juiz far-se-á presente no local do litígio.

Page 414: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MINISTÉRIO PÚBLICO (art. 127 a 130, CF/88)

Page 415: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MINISTÉRIO PÚBLICO

• É INSTITUIÇÃO PERMANENTE

• ESSENCIAL À FUNÇÃO

JURISDICIONAL DO ESTADO

Page 416: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MINISTÉRIO PÚBLICO

COMPETE-LHE A DEFESA:

1. DA ORDEM JURÍDICA

2. DO REGIME DEMOCRÁTICO

3. DOS INTERESSES SOCIAIS E

INDIVIDUAIS INDISPONÍVEIS

Page 417: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Princípios InstitucioNais

do MP

• UNIDADE

• INDIVISIBILIDADE

• INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL

Page 418: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez
Page 419: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O MP na CF/88

Art. 128, § 5º - Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:

I - as seguintes garantias: (...) II - as seguintes vedações: (...)

Page 420: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

GARANTIAS DOS MEMBROS

a) VITALICIEDADE, após 2 anos de exercício, não

podendo perder o cargo senão por sentença judicial

transitada em julgado;

b) INAMOVIBILIDADE, salvo por motivo de interesse

público, mediante decisão do órgão colegiado

competente do Ministério Público, pelo voto da

maioria absoluta de seus membros, assegurada

ampla defesa;

c) IRREDUTIBILIDADE DE SUBSÍDIO, fixado na

forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;

Page 421: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ESTABILIDADE ≠ VITALICIEDADE

1. SERVIDORES PÚBLICOS ESTATUTÁRIOS

2. APÓS 3 ANOS (EXERCÍCIO)

3. SERVIÇOS AUXILIARES

4. PERDA: 1. PAD

2. AVAL. DE DESEMPENHO (LCP)

3. EXCESSO DE DESPESA COM PESSOAL (ART. 169, CF/88)

4. SENT. JUD. TRANS. EM JULGADO

Page 422: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ESTABILIDADE ≠ VITALICIEDADE

1. MAGISTRADOS/MEMBROS DO MP/TCU...

2. APÓS 2 ANOS (EXERCÍCIO)

3. PERDA:

SENTENÇA JUDICIAL

TRANSITADA EM JULGADO

Page 423: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

GARANTIAS DOS MEMBROS DO MPU

INAMOVIBILIDADE

por motivo de interesse público

decisão do Conselho Superior ou

órgão colegiado competente do MP

voto de maioria absoluta

ampla defesa

Page 424: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

AUTONOMIA DO MP

FUNCIONAL

ADMINISTRATIVA

FINANCEIRA

Page 425: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Ministério

Público

Ministério

Público

da União

Ministério

Público

Federal

Ministério

Público

do Trabalho

Ministério

Público

Militar

Ministério

Público do

DF e Territórios

Ministérios

Públicos

dos Estados

Page 426: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O MP na CF/88

Art. 128,§ 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de 35 anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de 2 anos, permitida a recondução.

Art. 128,§ 2º - A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.

Page 427: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O MP na CF/88

Art. 128, § 3º - Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma recondução.

Art. 128, § 4º - Os Procuradores-Gerais nos Estados e no DF e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.

Page 428: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MP da União MP dos Estados, DF e Territórios

Tem como chefe o Procurador Geral da

República.

Tem como chefe o Procurador Geral de

Justiça.

Deve:

Ser integrante de carreira

Ter > 35 anos

Ser aprovado pela maioria absoluta

do Senado Federal

Ser nomeado pelo Presidente da

República

Deve:

Ser integrante de carreira

Ser nomeado pelo Chefe do Poder

Executivo, após o envio de lista

tríplice pelo próprio órgão

Mandato de 2 anos, permitida “A”

recondução.

Para ser destituído pelo Presidente da

República necessita da autorização

prévia da maioria absoluta do Senado

Federal.

Mandato de 2 anos, permitida “UMA”

recondução.

Pode ser destituído por deliberação da

maioria absoluta do Poder Legislativo

em questão, nos termos de lei

complementar.

Page 429: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ACUMULAÇÃO E TETO SALARIAL

1 CARGO DE MAGISTÉRIO

+

GRATIFICAÇÃO ELEITORAL

Page 430: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

EXERCÍCIO DA ADVOCACIA

1. INGRESSO ANTES DA CF/88

2. OPÇÃO PELO REGIME ANTERIOR

Page 431: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

VEDAÇÕES AOS MEMBROS

a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;

b) exercer a advocacia;

c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;

e) exercer atividade político-partidária;

f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

Page 432: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

VEDAÇÕES AOS MEMBROS

Art. 128,§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. “Art. 95. Parágrafo único. Aos juízes é vedado: (...) V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.”

Page 433: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

EXERCÍCIO DA ADVOCACIA

VEDAÇÃO

JUÍZO/TRIBUNAL

3 ANOS

APOSENTADORIA

EXONERAÇÃO

Page 434: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

FUNÇÕES INSTITUCIONAIS

DO MP

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição; V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior; VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais; IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

Page 435: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CONTROLE DA ATIVIDADE POLICIAL

• INTERNO: CORREGEDORIAS

• EXTERNO: MP

Page 436: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

INSTRUMENTOS DE ATUAÇÃO

Competências do MP

Promover o INQUÉRITO CIVIL e a AÇÃO CIVIL

PÚBLICA para a proteção:

dos direitos constitucionais.

do patrimônio público e social, do meio

ambiente, dos bens e direitos de valor

artístico, estético, histórico, turístico e

paisagístico.

dos interesses individuais indisponíveis.

Page 437: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

COMPETÊNCIA EXCLUSIVA

PROMOVER

INQUÉRITO CIVIL

Page 438: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

COMPETÊNCIA CONCORRENTE

PROMOVER

AÇÃO CIVIL PÚBLICA

Page 439: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

OUTRAS DISPOSIÇÕES DO MP

Art. 129. § 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.

Art. 129. § 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.

Art. 129. § 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação.

Art. 129. § 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata.

Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.

Page 440: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MP ESPECIAL (Doutrina)

ART. 130, CF/88

PROCURADORES DOS TRIBUNAIS DE CONTA

MEMBROS DO MP QUE ATUAM JUNTO AOS TRIBUNAIS DE CONTAS

NÃO SÃO FISCAIS DA LEI

FISCALIZAM AS CONTAS

DIREITOS

VEDAÇÕES

FORMAS DE INVESTIDURA

Page 441: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MP ESPECIAL (Doutrina)

Art. 130, CF/88

Aos membros do MP junto aos Tribunais

de Contas aplicam-se as disposições

desta SEÇÃO pertinentes a DIREITOS,

VEDAÇÕES e forma de

INVESTIDURA.

Page 442: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CNMP - COMPETÊNCIAS

1. CONTROLAR A ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA

E FINANCEIRA DO MP

2. CONTROLAR O CUMPRIMENTO DOS

DEVERES DOS MEMBROS DO MP

Page 443: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CONSELHO NACIONAL DO MP

1. ZELAR PELA AUTONOMIA FUNCIONAL.

2. ZELAR PELA AUTONOMIA ADMINISTRATIVA.

3. PODERÁ EXPEDIR ATOS REGULAMENTARES.

4. ZELAR PELO ART. 37, CF/88

5. APRECIAR A LEGALIDADE DOS ATOS PRATICADOS POR MEMBROS/ÓRGÃOS DO MP

Page 444: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CONSELHO NACIONAL DO MP

6. DESCONSTITUIR OU REVER ATOS

7. FIXAR PRAZO PARA PROVIDÊNCIAS

8. RECEBER RECLAMAÇÕES

9. AVOCAR PAD EM CURSO

10.REMOVER, APOSENTAR OU PÔR EM DISPONIBILIDADE COM PROVENTOS OU SUBSÍDIOS PROPORCIONAIS

Page 445: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CONSELHO NACIONAL DO MP

11 REVER PADs DOS MEMBROS JULGADOS HÁ MENOS DE 1 ANO

12 ELABORAR RELATÓRIO ANUAL PROPONDO PROVIDÊNCIAS SOBRE A SITUAÇÃO DO MP NO PAÍS E AS ATIVIDADES DO CNMP

Page 446: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

COMPOSIÇÃO DO CNMP

PGR (PRESIDENTE)

4 MEMBROS DO MPU (1 DE CADA CARREIRA)

3 MEMBROS DO MPE

2 JUÍZES (STF/STJ)

2 ADVOGADOS (CFOAB)

2 CIDADÃOS (SENADO/C. DOS DEP.) A) NOTÁVEL SABER JURÍDICO

B) REPUTAÇÃO ILIBADA

Page 447: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CNMP

ESCOLHA DOS 4 MEMBROS DO MPU

PGR/PGT/PGJM/PGJDFT

> 35 ANOS

> 10 ANOS NA CARREIRA

LISTA TRÍPLICE

O COLÉGIO DE PROCURADORES DE CADA ÓRGÃO VOTARÁ

Page 448: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CNMP

ESCOLHA DOS 3 MEMBROS DO MPE

LISTRA TRÍPLICE

35 ANOS

> 10 ANOS NA CARREIRA

OS PGJs SE REUNEM PARA ESCOLHEREM 3

Page 449: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CORREGEDOR NACIONAL

1. ESCOLHIDO PELO CNMP

2. ENTRE OS MEMBROS DO MPU/MPE

3. VOTAÇÃO SECRETA

4. EMPATE 1: + ANTIGO

5. EMPATE 2: + VELHO

6. MANDATO DE 2 ANOS

7. VEDADA A RECONDUÇÃO

Page 450: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CORREGEDOR NACIONAL

RECEBE RECLAMAÇÕES

RECEBE DENÚNCIAS

DE QQ INTERESSADO

CONTRA MEMBROS DO MP

CONTRA SERVIÇOS AUXILIARES

Page 451: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CORREGEDOR NACIONAL

1.EXERCE FUNÇÕES EXECUTIVAS:

a) DE INSPEÇÃO

b) DE CORREÇÃO

2.REQUISITA/DESIGNA MEMBROS

3.DELEGA ATRIBUIÇÕES AOS MEMBROS

4.REQUISITA SERVIDORES DOS ÓRGÃOS DO

MP

Page 452: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PRESIDENTE DO CFOAB

OFICIARÁ

JUNTO

AO

CNMP

Page 453: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

LEIS ESTADUAIS E FEDERAIS

CRIARÃO OUVIDORIAS DO MP

COMPETENTES PARA RECEBER

RECLAMAÇÕES E DENÚNCIAS

DE QQ INTERESSADO

CONTRA MEMBROS/ÓRGÃOS/SVÇ AUX.

AS OUVIDORIAS REPRESENTARÃO

DIRETAMENTE AO CNMP

Page 454: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

RAFAEL FERNANDEZ

Page 455: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Segurança Pública

Page 456: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Defesa do Estado e das

Instituições Democráticas

(Título V, CF/88)

Capítulos e Seções:

Estado de Defesa (art. 136, CF/88)

Estado de Sítio (art. 137 a 139, CF/88)

Forças Armadas (art. 142 e 143, CF/88)

Segurança Pública (art. 144, CF/88)

Page 457: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Segurança Pública

• Finalidade preservação da

ordem pública e da

incolumidade das pessoas e do

patrimônio.

• Dever do Estado.

• Direito e responsabilidade de

todos.

Page 458: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Polícia Federal

Polícia Rodoviária Federal

Polícia Ferroviária Federal

Polícias Civis

Polícias Militares

Corpos de Bombeiros Militares

Page 459: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Polícia Ostensiva versus

Polícia Judiciária

Polícia Preventiva ou

Administrativa

• Atua antes da ocorrência do

ilícito penal através de

policiamento ostensivo.

• Caracteriza-se, em regra, pelo

uso de uniformes, fardamento,

distintivos, insígnias, galões, e

viaturas caracterizadas de fácil

identificação pelos cidadãos

com o objetivo de dissuadir

possíveis condutas delituosas.

• Ex.: Polícia Rodoviária

Federal, Polícia Ferroviária

Federal, Polícia Militar e

Polícia Federal.

Polícia Repressiva

• Trabalha após o cometimento

da infração penal (crime ou

contravenção) para elucidá-la

através da colheta de indícios

de autoria e materialidade que

serão utilizados no inquérito

policial, cujo dirigente será o

Delegado de Policia

(autoridade policial). Trata-se

da investigação policial que,

geralmente, utiliza transporte e

vestimentas

descaracterizadas.

• Ex.: Polícia Civil e Federal.

Page 460: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CF, art. 144, § 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão

permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira,

destina-se a:

I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em

detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades

AUTÁRQUICAS e EMPRESAS PÚBLICAS, assim como outras infrações

cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija

repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;

II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o

contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de

outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;

III - exercer as funções de polícia MARÍTIMA, AEROPORTUÁRIA e de

FRONTEIRAS;

IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

Page 461: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PRF RODOVIAS

PFF FERROVIAS

Page 462: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Dirigidas por DELEGADOS DE POLÍCIA DE CARREIRA, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia JUDICIÁRIA e a apuração de infrações penais, EXCETO as militares.

Page 463: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

POLICIAMENTO OSTENSIVO

PRESERVAÇÃO DA ORDEM PÚBLICA

Page 464: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CF, art. 144, § 5º - às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da

ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei,

incumbe a execução de atividades de defesa civil.

CF, art. 144, § 6º - As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças

auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos

Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. (ADI 882/MT)

CF, art. 144, § 7º - A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos

responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.

CF, art. 144, § 8º - Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à

proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.

CF, art. 144, § 9º - A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos

relacionados neste artigo será fixada na forma do § 4º do art. 39. (SUBSÍDIO)

Page 465: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

NÃO são órgãos de

Segurança Pública

• Forças Armadas (Marinha, Exército e Aeronáutica)

• Agência Brasileira de Inteligência (ABIN)

• Força Nacional de Segurança Pública (Lei 11.473/07)

• Interpol

• Guarda Municipal (CF, art. 144, § 8º)

• Detran

• Detro

• Instituto Geral de Perícias Estadual (ADI 3469/SC)

• Departamento Penitenciário

• Polícia Penitenciária

• Polícia Legislativa (Senado Federal e Câmara dos Deputados)

• Polícia Judiciária dos Tribunais

Page 466: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

RAFAEL FERNANDEZ

Page 467: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ORDEM SOCIAL

1. Base e Objetivo (art. 193)

2. Seguridade Social (arts. 194 a 204)

3. Educação (arts. 205 a 214)

4. Cultura (arts. 215 e 216)

5. Desporto (art. 217)

6. Ciência e Tecnologia (arts. 218 e 219)

7. Comunicação Social (arts. 220 a 224)

8. Meio Ambiente (art. 225)

9. Família, Criança, Adolescente e Idoso (arts. 226

a 230)

Page 468: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ORDEM SOCIAL

BASE

PRIMADO DO TRABALHO

OBJETIVO

BEM-ESTAR SOCIAL

JUSTIÇA SOCIAL

Page 469: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SEGURIDADE SOCIAL (arts. 194 a 204, CF)

SAÚDE

ASSISTÊNCIA

SOCIAL

PREVIDÊNCIA

SOCIAL

Page 470: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A seguridade social compreende um

conjunto integrado de ações de iniciativa

dos Poderes Públicos e da sociedade,

destinadas a assegurar os direitos relativos

a:

a) SAÚDE (arts. 196 a 200)

b) PREVIDÊNCIA SOCIAL (arts. 201 e 202)

c) ASSISTÊNCIA SOCIAL (arts. 203 e 204)

Page 471: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Compete ao Poder Público, nos termos da

lei, organizar a seguridade social, com base

nos seguintes objetivos:

1. universalidade da cobertura e do

atendimento;

2. uniformidade e equivalência dos benefícios e

serviços às populações urbanas e rurais;

3. seletividade e distributividade na prestação

dos benefícios e serviços;

4. irredutibilidade do valor dos benefícios;

Page 472: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Compete ao Poder Público, nos termos da

lei, organizar a seguridade social, com base

nos seguintes objetivos:

5. eqüidade na forma de participação no custeio;

6. diversidade da base de financiamento;

7. caráter democrático e descentralizado da

administração, mediante gestão quadripartite,

com participação dos trabalhadores, dos

empregadores, dos aposentados e do

Governo nos órgãos colegiados.

Page 473: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A pessoa jurídica em débito

com o sistema da seguridade

social, como estabelecido em lei,

não poderá contratar com o

Poder Público nem dele receber

benefícios ou incentivos fiscais

ou creditícios.

Page 474: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SAÚDE (arts. 196 a 200)

A saúde é direito de todos e dever do

Estado, garantido mediante políticas sociais

e econômicas que visem à redução do risco

de doença e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitário às ações e serviços

para sua promoção, proteção e recuperação.

Page 475: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

São de relevância pública as

ações e serviços de saúde,

cabendo ao Poder Público dispor,

nos termos da lei, sobre sua

regulamentação, fiscalização e

controle, devendo sua execução ser

feita diretamente ou através de

terceiros e, também, por pessoa

física ou jurídica de direito privado.

Page 476: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

As ações e serviços públicos de saúde

integram uma rede regionalizada e

hierarquizada e constituem um sistema único de

saúde, organizado de acordo com as seguintes

DIRETRIZES:

I - descentralização, com direção única em

cada esfera de governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as

atividades preventivas, sem prejuízo dos

serviços assistenciais;

III - participação da comunidade.

Page 477: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A assistência à saúde é livre à

iniciativa privada.

As instituições privadas poderão

participar de forma complementar do

sistema único de saúde, segundo

diretrizes deste, mediante contrato de

direito público ou convênio, tendo

preferência as entidades filantrópicas e

as sem fins lucrativos.

Page 478: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

É vedada a destinação de

recursos públicos para auxílios ou

subvenções às instituições privadas

com fins lucrativos.

É vedada a participação direta ou

indireta de empresas ou capitais

estrangeiros na assistência à saúde

no País, salvo nos casos previstos

em lei.

Page 479: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Transplante, pesquisa e

tratamento

A lei disporá sobre as condições e os

requisitos que facilitem a remoção de

órgãos, tecidos e substâncias humanas

para fins de transplante, pesquisa e

tratamento, bem como a coleta,

processamento e transfusão de sangue e

seus derivados, sendo vedado todo tipo

de comercialização.

Page 480: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PREVIDÊNCIA

SOCIAL (arts. 201 e 202)

Page 481: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A previdência social será organizada sob a forma de

regime geral, de caráter contributivo e de filiação

obrigatória, observados critérios que preservem o

equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos

da lei, a:

I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e

idade avançada;

II - proteção à maternidade, especialmente à

gestante;

III - proteção ao trabalhador em situação de

desemprego involuntário;

IV - salário-família e auxílio-reclusão para os

dependentes dos segurados de baixa renda;

Page 482: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A previdência social será organizada sob a forma de

regime geral, de caráter contributivo e de filiação

obrigatória, observados critérios que preservem o

equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos

da lei, a:

V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher,

ao cônjuge ou companheiro e dependentes (observado

que nenhum benefício que substitua o salário de

contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado

terá valor mensal inferior ao salário mínimo.)

Page 483: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

É vedada a adoção de requisitos e

critérios diferenciados para a

concessão de aposentadoria aos

beneficiários do regime geral de

previdência social, ressalvados os casos

de atividades exercidas sob condições

especiais que prejudiquem a saúde ou

a integridade física e quando se tratar de

segurados portadores de deficiência,

nos termos definidos em lei

complementar.

Page 484: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

1. Nenhum benefício que substitua o salário de

contribuição ou o rendimento do trabalho do

segurado terá valor mensal inferior ao salário

mínimo.

2. Todos os salários de contribuição considerados para

o cálculo de benefício serão devidamente

atualizados, na forma da lei.

3. É assegurado o reajustamento dos benefícios para

preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,

conforme critérios definidos em lei.

4. A gratificação natalina dos aposentados e

pensionistas terá por base o valor dos proventos do

mês de dezembro de cada ano.

GARANTIAS AOS SEGURADOS

Page 485: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

REGIME PRÓPRIO DE

PREVIDÊNCIA

É vedada a filiação ao regime

geral de previdência social, na

qualidade de segurado

facultativo, de pessoa

participante de regime próprio

de previdência.

Page 486: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

REGRAS

PARA

APOSENTADORIA

Page 487: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Estabelece o artigo 201, § 7o, CF, que é assegurada

aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos

da lei, obedecidas as seguintes condições:

a. 35 anos de contribuição para homem;

b. 30 anos de contribuição para mulher;

c. 65 anos de idade para homem;

d. 60 anos de idade para mulher;

e. 60 anos de idade, para homem, e 55 anos de idade, para mulher,

para os trabalhadores rurais e para os que exerçam suas

atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o

produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal;

f. Para o professor, 30 anos de contribuição, e 25 anos se

professora, desde que comprove exclusivamente tempo de

efetivo exercício de funções de magistério na educação infantil e

no ensino fundamental e médio.

Page 488: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CONTAGEM RECÍPROCA

Para efeito de aposentadoria, é

assegurada a contagem recíproca do

tempo de contribuição na administração

pública e na atividade privada, rural e

urbana, hipótese em que os diversos

regimes de previdência social se

compensarão financeiramente, segundo

critérios estabelecidos em lei.

Page 489: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

REGIME DE

PREVIDÊNCIA

PRIVADA

COMPLEMENTAR

Page 490: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PREVIDÊNCIA PRIVADA (EC 20/1998)

O regime de previdência privada, de

caráter complementar e organizado de

forma autônoma em relação ao regime

geral de previdência social, será

facultativo, baseado na constituição de

reservas que garantam o benefício

contratado, e regulado por lei

complementar.

Page 491: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PREVIDÊNCIA PRIVADA (EC 20/1998)

É vedado o aporte de recursos a entidade

de previdência privada pela União, Estados/DF

e Municípios, suas autarquias, fundações,

empresas públicas, sociedades de economia

mista e outras entidades públicas, salvo na

qualidade de patrocinador, situação na qual,

em hipótese alguma, sua contribuição

normal poderá exceder a do segurado.

Page 492: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ASSISTÊNCIA

SOCIAL (arts. 203 e 204)

Page 493: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A assistência social será prestada a quem dela necessitar,

independentemente de contribuição à seguridade social, e tem

por objetivos:

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e

à velhice;

II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;

III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de

deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;

V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa

portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir

meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua

família, conforme dispuser a lei.

Page 494: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

As ações governamentais na área da assistência

social serão realizadas com recursos do orçamento da

seguridade social, além de outras fontes, e

organizadas com base nas seguintes diretrizes:

I - descentralização político-administrativa, cabendo a

coordenação e as normas gerais à esfera federal e a

coordenação e a execução dos respectivos

programas às esferas estadual e municipal, bem

como a entidades beneficentes e de assistência

social;

II - participação da população, por meio de

organizações representativas, na formulação das

políticas e no controle das ações em todos os níveis.

Page 495: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

EDUCAÇÃO (arts. 205 a 214)

Art. 205. A educação, DIREITO DE

TODOS E DEVER DO ESTADO E DA

FAMÍLIA, será promovida e incentivada

com a colaboração da sociedade,

visando ao PLENO

DESENVOLVIMENTO da PESSOA,

seu preparo para o EXERCÍCIO da

CIDADANIA e sua QUALIFICAÇÃO

para o TRABALHO.

Page 496: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO ENSINO

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes PRINCÍPIOS:

I.igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II.liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e

o saber;

III.pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de

instituições públicas e privadas de ensino;

IV.GRATUIDADE do ensino público em estabelecimentos OFICIAIS;

V.valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da

lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de

provas e títulos, aos das redes públicas;

VI.gestão DEMOCRÁTICA do ensino público, na forma da lei;

VII.garantia de padrão de qualidade.

VIII.piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação

escolar pública, nos termos de lei federal.

Page 497: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SÚMULA VINCULANTE 12, STF

“A cobrança de taxa de

matrícula nas Universidades

Públicas viola o disposto no

artigo 206, inciso IV,

da Constituição Federal.”

Page 498: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Autonomia das Universidades

Art. 207. As UNIVERSIDADES gozam de

AUTONOMIA didático-científica, administrativa e

de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão

ao princípio de indissociabilidade entre ensino,

pesquisa e extensão.

§ 1º É FACULTADO às UNIVERSIDADES

admitir professores, técnicos e cientistas

ESTRANGEIROS, na forma da lei.

§ 2º O disposto neste artigo APLICA-SE às

instituições de pesquisa científica e tecnológica.

Page 499: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Deveres do Estado em

relação ao ensino

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a

GARANTIA de:

I - educação BÁSICA OBRIGATÓRIA E GRATUITA DOS 4 AOS 17 ANOS

DE IDADE, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela

não tiveram acesso na idade própria;

II - PROGRESSIVA UNIVERSALIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO GRATUITO;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,

PREFERENCIALMENTE na rede regular de ensino;

IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças ATÉ 5 ANOS

de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação

artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do

EDUCANDO;

VII - atendimento ao educando, EM TODAS AS ETAPAS DA EDUCAÇÃO

BÁSICA, por meio de programas suplementares de material didático-

escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

Page 500: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Fixação de conteúdo

Art. 210. Serão fixados conteúdos MÍNIMOS para o ensino

FUNDAMENTAL, de maneira a assegurar FORMAÇÃO

BÁSICA COMUM e respeito aos VALORES CULTURAIS

e ARTÍSTICOS, NACIONAIS e REGIONAIS.

§ 1º - O ensino RELIGIOSO, de matrícula

FACULTATIVA, constituirá disciplina dos horários

NORMAIS das escolas públicas de ensino

FUNDAMENTAL.

§ 2º - O ensino FUNDAMENTAL regular será ministrado

em língua PORTUGUESA, assegurada às

COMUNIDADES INDÍGENAS também a utilização de suas

línguas MATERNAS e processos próprios de

aprendizagem.

Page 501: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Organização dos

Sistemas de Ensino

Art. 211. A União, os Estados, o DF e os Municípios organizarão em regime

de COLABORAÇÃO seus sistemas de ensino.

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios,

financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria

educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir

equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade

do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao DF e

aos Municípios;

§ 2º Os MUNICÍPIOS atuarão prioritariamente no ensino FUNDAMENTAL e

na educação INFANTIL.

§ 3º Os ESTADOS e o DF atuarão prioritariamente no ensino

FUNDAMENTAL e MÉDIO.

§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o

DF e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a

universalização do ensino obrigatório.

§ 5º A educação BÁSICA pública atenderá prioritariamente ao ensino

REGULAR.

Page 502: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CULTURA (arts. 215 e 216)

Page 503: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Cultura Nacional

Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos DIREITOS CULTURAIS e

acesso às fontes da CULTURA NACIONAL, e apoiará e incentivará a

VALORIZAÇÃO e a DIFUSÃO das MANIFESTAÇÕES CULTURAIS.

§ 1º - O Estado protegerá as manifestações das CULTURAS POPULARES,

INDÍGENAS e AFRO-BRASILEIRAS, e das de outros grupos participantes do

PROCESSO CIVILIZATÓRIO NACIONAL.

§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de DATAS COMEMORATIVAS de ALTA

SIGNIFICAÇÃO para os DIFERENTES SEGMENTOS ÉTNICOS NACIONAIS.

§ 3º - A lei estabelecerá o PLANO NACIONAL DE CULTURA, de duração

PLURIANUAL, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das

ações do poder público que conduzem à:

I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro;

II - produção, promoção e difusão de bens culturais;

III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas

dimensões;

IV - democratização do acesso aos bens de cultura;

V - valorização da diversidade étnica e regional.

Page 504: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Patrimônio Cultural Brasileiro

Art. 216, § 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e

protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância,

tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.

Art. 216, § 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da

documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos

dela necessitem.

Art. 216, § 3º - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens

e valores culturais.

Art. 216, § 4º - Os DANOS e AMEAÇAS ao PATRIMÔNIO CULTURAL serão punidos,

na forma da lei.

Art. 216, § 5º - Ficam TOMBADOS todos os DOCUMENTOS e os SÍTIOS detentores

de REMINISCÊNCIAS HISTÓRICAS dos ANTIGOS QUILOMBOS.

Art. 216, § 6 º - É FACULTADO aos Estados e ao DF vincular a FUNDO ESTADUAL

DE FOMENTO À CULTURA até 0,5% de sua RECEITA TRIBUTÁRIA LÍQUIDA, para o

financiamento de PROGRAMAS E PROJETOS CULTURAIS, VEDADA a aplicação

desses recursos no pagamento de:

I - despesas com pessoal e encargos sociais;

II - serviço da dívida;

III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou

ações apoiados.

Page 505: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

DESPORTO (art. 217)

Page 506: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Desporto

Art. 217. É dever do Estado fomentar PRÁTICAS DESPORTIVAS FORMAIS E NÃO-

FORMAIS, como direito de cada um, observados:

I - a AUTONOMIA DAS ENTIDADES desportivas dirigentes e associações, quanto a

sua organização e funcionamento;

II - a DESTINAÇÃO DE RECURSOS públicos para a promoção prioritária do

desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto

rendimento;

III - o TRATAMENTO DIFERENCIADO para o desporto profissional e o não-

profissional;

IV - a PROTEÇÃO E o INCENTIVO às manifestações desportivas de criação

nacional.

§ 1º - O PODER JUDICIÁRIO só admitirá ações relativas à DISCIPLINA e às

COMPETIÇÕES DESPORTIVAS APÓS ESGOTAREM-SE AS INSTÂNCIAS DA

JUSTIÇA DESPORTIVA, regulada em lei. (V. art. 5º, XXXV, CF)

§ 2º - A JUSTIÇA DESPORTIVA terá o prazo máximo de 60 DIAS, contados da

INSTAURAÇÃO DO PROCESSO, para proferir DECISÃO FINAL.

§ 3º - O Poder Público incentivará o LAZER, como forma de PROMOÇÃO SOCIAL.

Page 507: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CIÊNCIA

e

TECNOLOGIA (arts. 218 e 219)

Page 508: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a

capacitação tecnológicas.

§ 1º - A pesquisa científica BÁSICA receberá tratamento PRIORITÁRIO do Estado,

tendo em vista o bem público e o progresso das ciências.

§ 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos

PROBLEMAS BRASILEIROS e para o DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA

PRODUTIVO NACIONAL E REGIONAL.

§ 3º - O Estado apoiará a FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS nas áreas de

ciência, pesquisa e tecnologia, e concederá aos que delas se ocupem MEIOS E

CONDIÇÕES ESPECIAIS DE TRABALHO.

§ 4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de

tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e

que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao empregado,

DESVINCULADA DO SALÁRIO, participação nos ganhos econômicos resultantes da

produtividade de seu trabalho.

§ 5º - É FACULTADO aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua receita

orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e

tecnológica.

Art. 219. O MERCADO INTERNO INTEGRA O PATRIMÔNIO NACIONAL e será

incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-

estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei federal.

Page 509: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

COMUNICAÇÃO SOCIAL (arts. 220 a 224)

Page 510: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Propriedade e Capital Estrangeiro

Art. 222. A PROPRIEDADE de empresa JORNALÍSTICA e de RADIODIFUSÃO SONORA e

de SONS e IMAGENS é PRIVATIVA de brasileiros NATOS ou NATURALIZADOS há MAIS

DE 10 ANOS, ou de pessoas JURÍDICAS constituídas SOB AS LEIS BRASILEIRAS e que

tenham SEDE no País.

§ 1º Em qualquer caso, pelo menos 70% DO CAPITAL TOTAL E DO CAPITAL VOTANTE

das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens deverá

pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros NATOS OU NATURALIZADOS HÁ MAIS

DE 10 ANOS, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o

conteúdo da programação.

§ 2º A responsabilidade EDITORIAL e as atividades de SELEÇÃO e DIREÇÃO da

PROGRAMAÇÃO VEICULADA são privativas de brasileiros NATOS OU NATURALIZADOS

HÁ MAIS DE 10 ANOS, em qualquer meio de comunicação social.

§ 3º Os meios de comunicação social eletrônica, independentemente da tecnologia utilizada

para a prestação do serviço, deverão observar os princípios enunciados no art. 221, na forma de

lei específica, que também garantirá a prioridade de profissionais brasileiros na execução de

produções nacionais.

§ 4º Lei disciplinará a participação de capital ESTRANGEIRO nas empresas de que trata o §

1º.

§ 5º As ALTERAÇÕES DE CONTROLE SOCIETÁRIO DAS EMPRESAS de que trata o § 1º

serão COMUNICADAS AO CONGRESSO NACIONAL. (OBS.: CONTROLE DO LEGISLATIVO)

Page 511: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MEIO

AMBIENT

E (art. 225)

Page 512: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MEIO AMBIENTE SADIO

Todos têm direito ao meio

ambiente ecologicamente

equilibrado, bem de uso comum do

povo e essencial à sadia qualidade

de vida, impondo-se ao Poder

Público e à coletividade o dever de

defendê-lo e preservá-lo para as

presentes e futuras gerações.

Page 513: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Para assegurar a efetividade do direito ao meio

ambiente sadio, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos

ecológicos essenciais e prover o manejo

ecológico das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do

patrimônio genético do País e fiscalizar as

entidades dedicadas à pesquisa e

manipulação de material genético;

Page 514: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Para assegurar a efetividade do direito ao meio

ambiente sadio, incumbe ao Poder Público:

III - definir, em todas as unidades da Federação,

espaços territoriais e seus componentes a serem

especialmente protegidos, sendo a alteração e a

supressão permitidas somente através de lei, vedada

qualquer utilização que comprometa a integridade dos

atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou

atividade potencialmente causadora de significativa

degradação do meio ambiente, estudo prévio de

impacto ambiental, a que se dará publicidade;

Page 515: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente

sadio, incumbe ao Poder Público:

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego

de técnicas, métodos e substâncias que comportem

risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os

níveis de ensino e a conscientização pública para a

preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da

lei, as práticas que coloquem em risco sua função

ecológica, provoquem a extinção de espécies ou

submetam os animais a crueldade.

Page 516: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PATRIMÔNIO NACIONAL

São patrimônio nacional, e sua utilização

far-se-á, na forma da lei, dentro de condições

que assegurem a preservação do meio

ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos

naturais:

1. Floresta Amazônica brasileira

2. Mata Atlântica

3. Serra do Mar

4. Pantanal Mato-Grossense

5. Zona Costeira

Page 517: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

São indisponíveis as terras

devolutas ou arrecadadas pelos

Estados, por ações

discriminatórias, necessárias à

proteção dos ecossistemas

naturais. Logo, a alienação ou

mesmo a simples legitimação de

posse das supracitadas terras

são nulas.

Page 518: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

REATOR NUCLEAR

As usinas que operem com

reator nuclear deverão ter sua

localização definida em lei

federal, sem o que não poderão

ser instaladas.

Page 519: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PROTEÇÃO À

FAMÍLIA, À

CRIANÇA, AO

ADOLESCENTE,

AO JOVEM E AO

IDOSO (arts. 226 a 230)

Page 520: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A família, base da sociedade,

tem especial proteção do

Estado.

O casamento é civil e gratuita a

celebração.

O casamento religioso tem

efeito civil, nos termos da lei.

Page 521: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Para efeito da proteção do Estado, é

reconhecida a união estável entre o homem e a

mulher como entidade familiar, devendo a lei

facilitar sua conversão em casamento.

Entende-se, também, como entidade familiar a

comunidade formada por qualquer dos pais e

seus descendentes.

Os direitos e deveres referentes à sociedade

conjugal são exercidos igualmente pelo

homem e pela mulher.

O casamento civil pode ser dissolvido pelo

divórcio. (EC 66/2010)

Page 522: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O direito a PROTEÇÃO ESPECIAL

abrangerá os seguintes aspectos:

I - idade mínima de 14 anos para

admissão ao trabalho, observado o

disposto no art. 7º, XXXIII, CF;

II - garantia de direitos previdenciários e

trabalhistas;

III - garantia de acesso do trabalhador

adolescente e jovem à escola;

Page 523: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O direito a PROTEÇÃO ESPECIAL

abrangerá os seguintes aspectos:

IV - garantia de pleno e formal conhecimento

da atribuição de ato infracional, igualdade na

relação processual e defesa técnica por

profissional habilitado, segundo dispuser a

legislação tutelar específica;

V - obediência aos princípios de brevidade,

excepcionalidade e respeito à condição

peculiar de pessoa em desenvolvimento,

quando da aplicação de qualquer medida

privativa da liberdade;

Page 524: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

São penalmente inimputáveis os menores de 18 anos,

sujeitos às normas da legislação especial.

Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos

menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e

amparar os pais na velhice, carência ou

enfermidade.

A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar

as pessoas idosas, assegurando sua participação na

comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e

garantindo-lhes o direito à vida. (Lei 10.741/2003)

Os programas de amparo aos idosos serão executados

preferencialmente em seus lares.

Aos maiores de 65 anos é garantida a gratuidade dos

transportes coletivos urbanos.

Page 525: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

DIREITO

CONSTITUCIONAL RAFAEL FERNANDEZ

Page 526: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ORDEM SOCIAL 1. Base e Objetivo (art. 193)

2. Seguridade Social (arts. 194 a 204)

3. Educação (arts. 205 a 214)

4. Cultura (arts. 215 e 216)

5. Desporto (art. 217)

6. Ciência e Tecnologia (arts. 218 e 219)

7. Comunicação Social (arts. 220 a 224)

8. Meio Ambiente (art. 225)

9. Família, Criança, Adolescente e Idoso (arts. 226

a 230)

10.Índio (arts. 231 e 232)

Page 527: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ORDEM SOCIAL

BASE

PRIMADO DO TRABALHO

OBJETIVO

BEM-ESTAR SOCIAL

JUSTIÇA SOCIAL

Page 528: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SEGURIDADE SOCIAL (arts. 194 a 204, CF)

SAÚDE

ASSISTÊNCIA

SOCIAL

PREVIDÊNCIA

SOCIAL

Page 529: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A seguridade social

compreende um conjunto

integrado de ações de iniciativa

dos Poderes Públicos e da

sociedade, destinadas a assegurar

os direitos relativos a:

a) SAÚDE (arts. 196 a 200)

b) PREVIDÊNCIA SOCIAL (arts. 201

e 202)

c) ASSISTÊNCIA SOCIAL (arts. 203

e 204)

Page 530: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Compete ao Poder Público, nos termos da

lei, organizar a seguridade social, com base

nos seguintes objetivos:

1. universalidade da cobertura e do

atendimento;

2. uniformidade e equivalência dos benefícios e

serviços às populações urbanas e rurais;

3. seletividade e distributividade na prestação

dos benefícios e serviços;

4. irredutibilidade do valor dos benefícios;

Page 531: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Compete ao Poder Público, nos termos da

lei, organizar a seguridade social, com base

nos seguintes objetivos:

5. eqüidade na forma de participação no custeio;

6. diversidade da base de financiamento;

7. caráter democrático e descentralizado da

administração, mediante gestão quadripartite,

com participação dos trabalhadores, dos

empregadores, dos aposentados e do

Governo nos órgãos colegiados.

Page 532: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de

forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos

provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições de

seguridade social (tributos):

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na

forma da lei, incidentes sobre:

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou

creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço,

mesmo sem vínculo empregatício;

b) a receita ou o faturamento;

c) o lucro;

Page 533: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

II - do trabalhador e dos demais segurados

da previdência social, não incidindo

contribuição sobre aposentadoria e pensão

concedidas pelo regime geral de previdência

social de que trata o art. 201;

III - sobre a receita de concursos de

prognósticos.

IV - do importador de bens ou serviços do

exterior, ou de quem a lei a ele equiparar.

Page 534: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Receitas de Concursos de

Prognósticos

São concursos de prognósticos todo e qualquer

sorteio de números, loterias, apostas, inclusive o

realizado em reuniões hípicas, no âmbito federal,

estadual/DF e municipal.

A receita da Seguridade Social será a renda

líquida de tais concursos, assim considerada o total

da arrecadação, deduzidos os valores destinados a

pagamento de prêmios, impostos e despesas de

administração, conforme for determinado na

legislação específica.

Page 535: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

As receitas dos Estados, do

DF e dos Municípios destinadas

à seguridade social constarão

dos respectivos orçamentos, não

integrando o orçamento da União.

Page 536: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A proposta de orçamento da

seguridade social será elaborada de

forma integrada pelos órgãos

responsáveis pela saúde, previdência

social e assistência social, tendo em

vista as metas e prioridades

estabelecidas na lei de diretrizes

orçamentárias, assegurada a cada

área a gestão de seus recursos.

Page 537: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A pessoa jurídica em débito

com o sistema da seguridade

social, como estabelecido em lei,

não poderá contratar com o

Poder Público nem dele receber

benefícios ou incentivos fiscais

ou creditícios.

Page 538: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A lei poderá instituir outras

fontes destinadas a garantir a

manutenção ou expansão da

seguridade social, obedecido

o disposto no art. 154, I, CF.

Page 539: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CF/88, Art. 154. A União poderá

instituir:

I - mediante lei complementar,

impostos não previstos no artigo

anterior, desde que sejam não-

cumulativos e não tenham fato

gerador ou base de cálculo próprios

dos discriminados nesta Constituição;

Page 540: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Nenhum benefício ou

serviço da seguridade social

poderá ser criado, majorado

ou estendido sem a

correspondente fonte de

custeio total.

Page 541: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

São isentas de contribuição

para a seguridade social as

entidades beneficentes de

assistência social que

atendam às exigências

estabelecidas em lei.

Page 542: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O produtor, o parceiro, o meeiro e o

arrendatário rurais e o pescador artesanal,

bem como os respectivos cônjuges, que

exerçam suas atividades em regime de

economia familiar, sem empregados

permanentes, contribuirão para a

seguridade social mediante a aplicação de

uma alíquota sobre o resultado da

comercialização da produção e farão jus aos

benefícios nos termos da lei.

Page 543: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SAÚDE (arts. 196 a 200)

A saúde é direito de todos e dever do

Estado, garantido mediante políticas sociais

e econômicas que visem à redução do risco

de doença e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitário às ações e serviços

para sua promoção, proteção e recuperação.

Page 544: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

São de relevância pública as

ações e serviços de saúde,

cabendo ao Poder Público dispor,

nos termos da lei, sobre sua

regulamentação, fiscalização e

controle, devendo sua execução ser

feita diretamente ou através de

terceiros e, também, por pessoa

física ou jurídica de direito privado.

Page 545: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

As ações e serviços públicos de saúde

integram uma rede regionalizada e

hierarquizada e constituem um sistema único de

saúde, organizado de acordo com as seguintes

DIRETRIZES:

I - descentralização, com direção única em

cada esfera de governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as

atividades preventivas, sem prejuízo dos

serviços assistenciais;

III - participação da comunidade.

Page 546: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A assistência à saúde é livre à

iniciativa privada.

As instituições privadas poderão

participar de forma complementar do

sistema único de saúde, segundo

diretrizes deste, mediante contrato de

direito público ou convênio, tendo

preferência as entidades filantrópicas e

as sem fins lucrativos.

Page 547: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

É vedada a destinação de

recursos públicos para auxílios ou

subvenções às instituições privadas

com fins lucrativos.

É vedada a participação direta ou

indireta de empresas ou capitais

estrangeiros na assistência à saúde

no País, salvo nos casos previstos

em lei.

Page 548: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Transplante, pesquisa e

tratamento

A lei disporá sobre as condições e os

requisitos que facilitem a remoção de

órgãos, tecidos e substâncias humanas

para fins de transplante, pesquisa e

tratamento, bem como a coleta,

processamento e transfusão de sangue e

seus derivados, sendo vedado todo tipo

de comercialização.

Page 549: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Ao sistema único de saúde compete, além de outras

atribuições, nos termos da lei:

I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e

substâncias de interesse para a saúde e participar da

produção de medicamentos, equipamentos,

imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

II - executar as ações de vigilância sanitária e

epidemiológica, bem como as de saúde do

trabalhador;

III - ordenar a formação de recursos humanos na área

de saúde;

IV - participar da formulação da política e da execução

das ações de saneamento básico;

Page 550: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Ao sistema único de saúde compete, além de outras

atribuições, nos termos da lei:

V - incrementar em sua área de atuação o

desenvolvimento científico e tecnológico;

VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o

controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e

águas para consumo humano;

VII - participar do controle e fiscalização da produção,

transporte, guarda e utilização de substâncias e

produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele

compreendido o do trabalho.

Page 551: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PREVIDÊNCIA

SOCIAL (arts. 201 e 202)

Page 552: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A previdência social será organizada sob a forma de

regime geral, de caráter contributivo e de filiação

obrigatória, observados critérios que preservem o

equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos

da lei, a:

I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e

idade avançada;

II - proteção à maternidade, especialmente à

gestante;

III - proteção ao trabalhador em situação de

desemprego involuntário;

IV - salário-família e auxílio-reclusão para os

dependentes dos segurados de baixa renda;

Page 553: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A previdência social será organizada sob a forma de

regime geral, de caráter contributivo e de filiação

obrigatória, observados critérios que preservem o

equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos

da lei, a:

V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher,

ao cônjuge ou companheiro e dependentes (observado

que nenhum benefício que substitua o salário de

contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado

terá valor mensal inferior ao salário mínimo.)

Page 554: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

É vedada a adoção de requisitos e

critérios diferenciados para a

concessão de aposentadoria aos

beneficiários do regime geral de

previdência social, ressalvados os casos

de atividades exercidas sob condições

especiais que prejudiquem a saúde ou

a integridade física e quando se tratar de

segurados portadores de deficiência,

nos termos definidos em lei

complementar.

Page 555: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

GARANTIAS AOS SEGURADOS

1. Nenhum benefício que substitua o salário de

contribuição ou o rendimento do trabalho do

segurado terá valor mensal inferior ao salário

mínimo.

2. Todos os salários de contribuição considerados para

o cálculo de benefício serão devidamente

atualizados, na forma da lei.

3. É assegurado o reajustamento dos benefícios para

preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,

conforme critérios definidos em lei.

4. A gratificação natalina dos aposentados e

pensionistas terá por base o valor dos proventos do

mês de dezembro de cada ano.

Page 556: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

REGIME PRÓPRIO DE

PREVIDÊNCIA

É vedada a filiação ao regime

geral de previdência social, na

qualidade de segurado

facultativo, de pessoa

participante de regime próprio

de previdência.

Page 557: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

REGRAS

PARA

APOSENTADORIA

Page 558: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Estabelece o artigo 201, § 7o, CF, que é assegurada

aposentadoria no regime geral de previdência social, nos

termos da lei, obedecidas as seguintes condições:

a. 35 anos de contribuição para homem;

b. 30 anos de contribuição para mulher;

c. 65 anos de idade para homem;

d. 60 anos de idade para mulher;

e. 60 anos de idade, para homem, e 55 anos de idade, para

mulher, para os trabalhadores rurais e para os que

exerçam suas atividades em regime de economia familiar,

nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o

pescador artesanal;

f. Para o professor, 30 anos de contribuição, e 25 anos se

professora, desde que comprove exclusivamente tempo

de efetivo exercício de funções de magistério na educação

infantil e no ensino fundamental e médio.

Page 559: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CONTAGEM RECÍPROCA

Para efeito de aposentadoria, é

assegurada a contagem recíproca do

tempo de contribuição na administração

pública e na atividade privada, rural e

urbana, hipótese em que os diversos

regimes de previdência social se

compensarão financeiramente, segundo

critérios estabelecidos em lei.

Page 560: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

REGIME DE

PREVIDÊNCIA

PRIVADA

COMPLEMENTAR

Page 561: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PREVIDÊNCIA PRIVADA (EC 20/1998)

O regime de previdência privada, de

caráter complementar e organizado de

forma autônoma em relação ao regime

geral de previdência social, será

facultativo, baseado na constituição de

reservas que garantam o benefício

contratado, e regulado por lei

complementar.

Page 562: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PREVIDÊNCIA PRIVADA (EC 20/1998)

É vedado o aporte de recursos a entidade

de previdência privada pela União, Estados/DF

e Municípios, suas autarquias, fundações,

empresas públicas, sociedades de economia

mista e outras entidades públicas, salvo na

qualidade de patrocinador, situação na qual,

em hipótese alguma, sua contribuição

normal poderá exceder a do segurado.

Page 563: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CARACTERÍSTICAS DO REGIME

DA PREVIDÊNCIA PRIVADA

CARÁTER COMPLEMENTAR

FACULTATIVO

ORGANIZAÇÃO AUTÔNOMA EM RELAÇÃO AO

REGIM GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL

INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA EM RELAÇÃO

AO ESTADO

REGULADO POR LEI COMPLEMENTAR

PUBLICIDADE DE GESTÃO

Page 564: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ASSISTÊNCIA

SOCIAL (arts. 203 e 204)

Page 565: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A assistência social será prestada a quem dela necessitar,

independentemente de contribuição à seguridade social, e tem

por objetivos:

I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e

à velhice;

II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;

III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;

IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de

deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária;

V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa

portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir

meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua

família, conforme dispuser a lei.

Page 566: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

As ações governamentais na área da assistência

social serão realizadas com recursos do orçamento da

seguridade social, além de outras fontes, e

organizadas com base nas seguintes diretrizes:

I - descentralização político-administrativa, cabendo a

coordenação e as normas gerais à esfera federal e a

coordenação e a execução dos respectivos

programas às esferas estadual e municipal, bem

como a entidades beneficentes e de assistência

social;

II - participação da população, por meio de

organizações representativas, na formulação das

políticas e no controle das ações em todos os níveis.

Page 567: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

É facultado aos Estados/DF vincular a

programa de apoio à inclusão e promoção

social até 0,5% de sua receita tributária

líquida, vedada a aplicação desses recursos

no pagamento de:

1) despesas com pessoal e encargos sociais

2) serviço da dívida

3) qualquer outra despesa corrente não

vinculada diretamente aos investimentos

ou ações apoiados

Page 568: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

EDUCAÇÃ

O (arts. 205 a 214)

Art. 205. A educação, DIREITO DE

TODOS E DEVER DO ESTADO E DA

FAMÍLIA, será promovida e incentivada

com a colaboração da sociedade,

visando ao PLENO

DESENVOLVIMENTO da PESSOA,

seu preparo para o EXERCÍCIO da

CIDADANIA e sua QUALIFICAÇÃO

para o TRABALHO.

Page 569: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO

ENSINO

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes PRINCÍPIOS:

I. igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II. liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte

e o saber;

III. pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de

instituições públicas e privadas de ensino;

IV. GRATUIDADE do ensino público em estabelecimentos OFICIAIS;

V. valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da

lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público

de provas e títulos, aos das redes públicas;

VI. gestão DEMOCRÁTICA do ensino público, na forma da lei;

VII. garantia de padrão de qualidade.

VIII.piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação

escolar pública, nos termos de lei federal.

Page 570: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

SÚMULA VINCULANTE 12,

STF

“A cobrança de taxa de

matrícula nas Universidades

Públicas viola o disposto no

artigo 206, inciso IV,

da Constituição Federal.”

Page 571: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Profissionais da Educação

Básica

Art. 206, Parágrafo único. A lei

disporá sobre as categorias de

TRABALHADORES CONSIDERADOS

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

BÁSICA e sobre a fixação de prazo

para a elaboração ou adequação de

seus PLANOS DE CARREIRA, no

âmbito da União, dos Estados, do DF e

dos Municípios.

Page 572: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Autonomia das

Universidades Art. 207. As UNIVERSIDADES gozam de

AUTONOMIA didático-científica, administrativa e

de gestão financeira e patrimonial, e obedecerão

ao princípio de indissociabilidade entre ensino,

pesquisa e extensão.

§ 1º É FACULTADO às UNIVERSIDADES

admitir professores, técnicos e cientistas

ESTRANGEIROS, na forma da lei.

§ 2º O disposto neste artigo APLICA-SE às

instituições de pesquisa científica e tecnológica.

Page 573: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Deveres do Estado em relação ao

ensino

Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a

GARANTIA de:

I - educação BÁSICA OBRIGATÓRIA E GRATUITA DOS 4 AOS 17 ANOS

DE IDADE, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela

não tiveram acesso na idade própria;

II - PROGRESSIVA UNIVERSALIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO GRATUITO;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,

PREFERENCIALMENTE na rede regular de ensino;

IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças ATÉ 5 ANOS

de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação

artística, segundo a capacidade de cada um;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do

EDUCANDO;

VII - atendimento ao educando, EM TODAS AS ETAPAS DA EDUCAÇÃO

BÁSICA, por meio de programas suplementares de material didático-

escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

Page 574: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Deveres do Estado em relação ao

ensino

Art. 208, § 1º - O ACESSO AO ENSINO

OBRIGATÓRIO e GRATUITO é DIREITO PÚBLICO

SUBJETIVO.

Art. 208, § 2º - O NÃO-OFERECIMENTO do ensino

obrigatório pelo Poder Público, OU SUA OFERTA

IRREGULAR, importa RESPONSABILIDADE DA

AUTORIDADE COMPETENTE.

Art. 208, § 3º - Compete ao Poder Público

RECENSEAR OS EDUCANDOS no ensino

FUNDAMENTAL, fazer-lhes a chamada e zelar, junto

aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.

Page 575: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Participação da rede privada de

ensino

Art. 209. O ensino é LIVRE À INICIATIVA

PRIVADA, atendidas as seguintes

condições:

I - cumprimento das normas gerais da

educação nacional;

II - autorização e avaliação de qualidade

pelo Poder Público.

Page 576: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Fixação de conteúdo

Art. 210. Serão fixados conteúdos MÍNIMOS para o ensino

FUNDAMENTAL, de maneira a assegurar FORMAÇÃO

BÁSICA COMUM e respeito aos VALORES CULTURAIS

e ARTÍSTICOS, NACIONAIS e REGIONAIS.

§ 1º - O ensino RELIGIOSO, de matrícula

FACULTATIVA, constituirá disciplina dos horários

NORMAIS das escolas públicas de ensino

FUNDAMENTAL.

§ 2º - O ensino FUNDAMENTAL regular será ministrado

em língua PORTUGUESA, assegurada às

COMUNIDADES INDÍGENAS também a utilização de suas

línguas MATERNAS e processos próprios de

aprendizagem.

Page 577: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Organização dos Sistemas de

Ensino Art. 211. A União, os Estados, o DF e os Municípios organizarão em regime

de COLABORAÇÃO seus sistemas de ensino.

§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios,

financiará as instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria

educacional, função redistributiva e supletiva, de forma a garantir

equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade

do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao DF e

aos Municípios;

§ 2º Os MUNICÍPIOS atuarão prioritariamente no ensino FUNDAMENTAL e

na educação INFANTIL.

§ 3º Os ESTADOS e o DF atuarão prioritariamente no ensino

FUNDAMENTAL e MÉDIO.

§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o

DF e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a

universalização do ensino obrigatório.

§ 5º A educação BÁSICA pública atenderá prioritariamente ao ensino

REGULAR.

Page 578: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Aplicação de Recursos

Art. 212. A UNIÃO aplicará, ANUALMENTE, nunca menos de 18%, e os ESTADOS, o DF e

os MUNICÍPIOS 25%, no mínimo, da receita resultante de IMPOSTOS, compreendida a

proveniente de TRANSFERÊNCIAS, na manutenção e desenvolvimento do ENSINO. (princípio

sensível da ordem federativa; Vide CF, art.34, VII, “e” c/c art. 36, III)

§ 1º - A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados, ao DF e aos

Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito do

cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir.

§ 2º - Para efeito do cumprimento do disposto no "caput" deste artigo, serão considerados os

sistemas de ensino federal, estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213.

§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade ao atendimento das

necessidades do ensino obrigatório, no que se refere a universalização, garantia de padrão de

qualidade e equidade, nos termos do plano nacional de educação.

§ 4º - Os PROGRAMAS SUPLEMENTARES DE ALIMENTAÇÃO e assistência à saúde

previstos no art. 208, VII, serão FINANCIADOS com recursos provenientes de

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS e OUTROS RECURSOS orçamentários.

§ 5º A EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA terá como fonte ADICIONAL de financiamento a

contribuição social do SALÁRIO-EDUCAÇÃO, recolhida pelas EMPRESAS na forma da lei.

§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contribuição social do salário-

educação serão distribuídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na

educação básica nas respectivas redes públicas de ensino.

Page 579: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Aplicação de Recursos

Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo

ser dirigidos a escolas COMUNITÁRIAS, CONFESSIONAIS ou

FILANTRÓPICAS, definidas em lei, que:

I - comprovem finalidade NÃO-LUCRATIVA e APLIQUEM seus

EXCEDENTES FINANCEIROS EM EDUCAÇÃO;

II - ASSEGUREM A DESTINAÇÃO DE SEU PATRIMÔNIO a outra escola

comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, NO CASO DE

ENCERRAMENTO DE SUAS ATIVIDADES.

§ 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de

estudo para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que

demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e

cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando,

ficando o Poder Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de

sua rede na localidade.

§ 2º - As atividades UNIVERSITÁRIAS de PESQUISA e EXTENSÃO poderão

receber apoio FINANCEIRO do Poder Público.

Page 580: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Plano Nacional de

Educação Art. 214. A lei estabelecerá o PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO,

de duração DECENAL, com o objetivo de articular o sistema nacional

de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos,

metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e

desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e

modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das

diferentes esferas federativas que conduzam a:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade do ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em

educação como proporção do produto interno bruto.

Page 581: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CULTURA (arts. 215 e 216)

Page 582: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Cultura Nacional Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos DIREITOS CULTURAIS e

acesso às fontes da CULTURA NACIONAL, e apoiará e incentivará a

VALORIZAÇÃO e a DIFUSÃO das MANIFESTAÇÕES CULTURAIS.

§ 1º - O Estado protegerá as manifestações das CULTURAS POPULARES,

INDÍGENAS e AFRO-BRASILEIRAS, e das de outros grupos participantes do

PROCESSO CIVILIZATÓRIO NACIONAL.

§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de DATAS COMEMORATIVAS de ALTA

SIGNIFICAÇÃO para os DIFERENTES SEGMENTOS ÉTNICOS NACIONAIS.

§ 3º - A lei estabelecerá o PLANO NACIONAL DE CULTURA, de duração

PLURIANUAL, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das

ações do poder público que conduzem à:

I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro;

II - produção, promoção e difusão de bens culturais;

III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em suas múltiplas

dimensões;

IV - democratização do acesso aos bens de cultura;

V - valorização da diversidade étnica e regional.

Page 583: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Patrimônio Cultural

Brasileiro Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os BENS

DE NATUREZA MATERIAL E IMATERIAL, tomados

individualmente ou em conjunto, portadores de referência à

identidade, à ação, à memória dos DIFERENTES GRUPOS

FORMADORES DA SOCIEDADE BRASILEIRA, nos quais

se incluem:

I - as FORMAS DE EXPRESSÃO;

II - os modos de criar, fazer e viver;

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais

espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,

paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico

e científico.

Page 584: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Patrimônio Cultural

Brasileiro Art. 216, § 1º - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e

protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância,

tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.

Art. 216, § 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da

documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos

dela necessitem.

Art. 216, § 3º - A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens

e valores culturais.

Art. 216, § 4º - Os DANOS e AMEAÇAS ao PATRIMÔNIO CULTURAL serão punidos,

na forma da lei.

Art. 216, § 5º - Ficam TOMBADOS todos os DOCUMENTOS e os SÍTIOS detentores

de REMINISCÊNCIAS HISTÓRICAS dos ANTIGOS QUILOMBOS.

Art. 216, § 6 º - É FACULTADO aos Estados e ao DF vincular a FUNDO ESTADUAL

DE FOMENTO À CULTURA até 0,5% de sua RECEITA TRIBUTÁRIA LÍQUIDA, para o

financiamento de PROGRAMAS E PROJETOS CULTURAIS, VEDADA a aplicação

desses recursos no pagamento de:

I - despesas com pessoal e encargos sociais;

II - serviço da dívida;

III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos ou

ações apoiados.

Page 585: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

DESPORT

O (art. 217)

Page 586: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Desporto Art. 217. É dever do Estado fomentar PRÁTICAS DESPORTIVAS FORMAIS

E NÃO-FORMAIS, como direito de cada um, observados:

I - a AUTONOMIA DAS ENTIDADES desportivas dirigentes e associações,

quanto a sua organização e funcionamento;

II - a DESTINAÇÃO DE RECURSOS públicos para a promoção prioritária do

desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto

rendimento;

III - o TRATAMENTO DIFERENCIADO para o desporto profissional e o não-

profissional;

IV - a PROTEÇÃO E o INCENTIVO às manifestações desportivas de criação

nacional.

§ 1º - O PODER JUDICIÁRIO só admitirá ações relativas à DISCIPLINA e às

COMPETIÇÕES DESPORTIVAS APÓS ESGOTAREM-SE AS INSTÂNCIAS

DA JUSTIÇA DESPORTIVA, regulada em lei. (V. art. 5º, XXXV, CF)

§ 2º - A JUSTIÇA DESPORTIVA terá o prazo máximo de 60 DIAS, contados

da INSTAURAÇÃO DO PROCESSO, para proferir DECISÃO FINAL.

§ 3º - O Poder Público incentivará o LAZER, como forma de PROMOÇÃO

SOCIAL.

Page 587: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CIÊNCIA

e

TECNOLOG

IA (arts. 218 e 219)

Page 588: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a

pesquisa e a capacitação tecnológicas.

§ 1º - A pesquisa científica BÁSICA receberá tratamento PRIORITÁRIO do

Estado, tendo em vista o bem público e o progresso das ciências.

§ 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente para a solução dos

PROBLEMAS BRASILEIROS e para o DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA

PRODUTIVO NACIONAL E REGIONAL.

§ 3º - O Estado apoiará a FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS nas áreas de

ciência, pesquisa e tecnologia, e concederá aos que delas se ocupem MEIOS E

CONDIÇÕES ESPECIAIS DE TRABALHO.

§ 4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em pesquisa, criação

de tecnologia adequada ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos

humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que assegurem ao

empregado, DESVINCULADA DO SALÁRIO, participação nos ganhos econômicos

resultantes da produtividade de seu trabalho.

§ 5º - É FACULTADO aos Estados e ao Distrito Federal vincular parcela de sua

receita orçamentária a entidades públicas de fomento ao ensino e à pesquisa

científica e tecnológica.

Art. 219. O MERCADO INTERNO INTEGRA O PATRIMÔNIO NACIONAL e será

incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o

bem-estar da população e a autonomia tecnológica do País, nos termos de lei

federal.

Page 589: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

COMUNICAÇÃO SOCIAL (arts. 220 a 224)

Page 590: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Liberdade de

Informação Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma,

processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

§ 1º - NENHUMA LEI CONTERÁ dispositivo que possa constituir embaraço à PLENA LIBERDADE

DE INFORMAÇÃO JORNALÍSTICA em qualquer veículo de comunicação social, observado o

disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.

§ 2º - É VEDADA toda e qualquer CENSURA de natureza POLÍTICA, IDEOLÓGICA e ARTÍSTICA.

§ 3º - Compete à lei federal:

I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público informar sobre a natureza

deles, as faixas etárias a que não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se

mostre inadequada;

II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem

de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como

da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.

§ 4º - A PROPAGANDA COMERCIAL de TABACO, BEBIDAS ALCOÓLICAS, AGROTÓXICOS,

MEDICAMENTOS e TERAPIAS estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso II do

parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de

seu uso.

§ 5º - Os MEIOS de COMUNICAÇÃO SOCIAL não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de

MONOPÓLIO ou OLIGOPÓLIO.

§ 6º - A PUBLICAÇÃO de VEÍCULO IMPRESSO de comunicação INDEPENDE de LICENÇA de

autoridade.

Page 591: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Produção/Programação

Radiotelevisiva

Art. 221. A produção e a programação das

emissoras de rádio e televisão atenderão aos

seguintes princípios:

I - preferência a finalidades educativas, artísticas,

culturais e informativas;

II - promoção da cultura nacional e regional e

estímulo à produção independente que objetive sua

divulgação;

III - regionalização da produção cultural, artística e

jornalística, conforme percentuais estabelecidos em

lei;

IV - respeito aos valores éticos e sociais da

pessoa e da família.

Page 592: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Propriedade e Capital Estrangeiro

Art. 222. A PROPRIEDADE de empresa JORNALÍSTICA e de RADIODIFUSÃO

SONORA e de SONS e IMAGENS é PRIVATIVA de brasileiros NATOS ou

NATURALIZADOS há MAIS DE 10 ANOS, ou de pessoas JURÍDICAS constituídas

SOB AS LEIS BRASILEIRAS e que tenham SEDE no País.

§ 1º Em qualquer caso, pelo menos 70% DO CAPITAL TOTAL E DO CAPITAL

VOTANTE das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e

imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros NATOS OU

NATURALIZADOS HÁ MAIS DE 10 ANOS, que exercerão obrigatoriamente a gestão

das atividades e estabelecerão o conteúdo da programação.

§ 2º A responsabilidade EDITORIAL e as atividades de SELEÇÃO e DIREÇÃO da

PROGRAMAÇÃO VEICULADA são privativas de brasileiros NATOS OU

NATURALIZADOS HÁ MAIS DE 10 ANOS, em qualquer meio de comunicação

social.

§ 3º Os meios de comunicação social eletrônica, independentemente da tecnologia

utilizada para a prestação do serviço, deverão observar os princípios enunciados no art.

221, na forma de lei específica, que também garantirá a prioridade de profissionais

brasileiros na execução de produções nacionais.

§ 4º Lei disciplinará a participação de capital ESTRANGEIRO nas empresas de que

trata o § 1º.

§ 5º As ALTERAÇÕES DE CONTROLE SOCIETÁRIO DAS EMPRESAS de que trata o

§ 1º serão COMUNICADAS AO CONGRESSO NACIONAL. (OBS.: CONTROLE DO

LEGISLATIVO)

Page 593: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Outorga, Concessão, Permissão e

Autorização

Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão

e autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens,

observado o PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIDADE DOS SISTEMAS

PRIVADO, PÚBLICO E ESTATAL.

§ 1º - O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. 64, § 2º e § 4º, a

contar do recebimento da mensagem.

§ 2º - A NÃO RENOVAÇÃO da CONCESSÃO ou PERMISSÃO dependerá de

APROVAÇÃO de, no mínimo, 2/5 do CONGRESSO Nacional, em votação

NOMINAL.

§ 3º - O ato de OUTORGA ou RENOVAÇÃO somente produzirá efeitos legais

APÓS DELIBERAÇÃO do CONGRESSO Nacional, na forma dos parágrafos

anteriores.

§ 4º - O CANCELAMENTO da CONCESSÃO ou PERMISSÃO, ANTES de

vencido o PRAZO, depende de DECISÃO JUDICIAL.

§ 5º - O prazo da CONCESSÃO ou PERMISSÃO será de 10 ANOS para as

emissoras de RÁDIO e de 15 para as de TELEVISÃO.

Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o CONGRESSO NACIONAL

instituirá, como seu ÓRGÃO AUXILIAR, o CONSELHO DE COMUNICAÇÃO

SOCIAL, na forma da lei.

Page 594: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MEIO

AMBIENT

E (art. 225)

Page 595: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

MEIO AMBIENTE SADIO

Todos têm direito ao meio

ambiente ecologicamente

equilibrado, bem de uso comum do

povo e essencial à sadia qualidade

de vida, impondo-se ao Poder

Público e à coletividade o dever de

defendê-lo e preservá-lo para as

presentes e futuras gerações.

Page 596: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Para assegurar a efetividade do direito ao meio

ambiente sadio, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos

ecológicos essenciais e prover o manejo

ecológico das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do

patrimônio genético do País e fiscalizar as

entidades dedicadas à pesquisa e

manipulação de material genético;

Page 597: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Para assegurar a efetividade do direito ao meio

ambiente sadio, incumbe ao Poder Público:

III - definir, em todas as unidades da Federação,

espaços territoriais e seus componentes a

serem especialmente protegidos, sendo a

alteração e a supressão permitidas somente através

de lei, vedada qualquer utilização que comprometa

a integridade dos atributos que justifiquem sua

proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra

ou atividade potencialmente causadora de

significativa degradação do meio ambiente, estudo

prévio de impacto ambiental, a que se dará

publicidade;

Page 598: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Para assegurar a efetividade do direito ao meio

ambiente sadio, incumbe ao Poder Público:

V - controlar a produção, a comercialização e o

emprego de técnicas, métodos e substâncias que

comportem risco para a vida, a qualidade de vida e

o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os

níveis de ensino e a conscientização pública para

a preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma

da lei, as práticas que coloquem em risco sua

função ecológica, provoquem a extinção de

espécies ou submetam os animais a crueldade.

Page 599: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

EXPLORAÇÃO DE RECURSOS

MINERAIS

Aquele que explorar recursos

minerais fica obrigado a recuperar o

meio ambiente degradado, de

acordo com solução técnica exigida

pelo órgão público competente, na

forma da lei.

Page 600: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

CONDUTAS E ATIVIDADES

LESIVAS

As condutas e atividades

consideradas lesivas ao meio

ambiente sujeitarão os infratores,

pessoas físicas ou jurídicas, a

sanções penais e administrativas,

independentemente da obrigação

de reparar os danos causados.

Page 601: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PATRIMÔNIO NACIONAL

São patrimônio nacional, e sua utilização

far-se-á, na forma da lei, dentro de condições

que assegurem a preservação do meio

ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos

naturais:

1. Floresta Amazônica brasileira

2. Mata Atlântica

3. Serra do Mar

4. Pantanal Mato-Grossense

5. Zona Costeira

Page 602: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

São indisponíveis as terras

devolutas ou arrecadadas pelos

Estados, por ações

discriminatórias, necessárias à

proteção dos ecossistemas

naturais. Logo, a alienação ou

mesmo a simples legitimação de

posse das supracitadas terras

são nulas.

Page 603: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

REATOR NUCLEAR

As usinas que operem com

reator nuclear deverão ter sua

localização definida em lei

federal, sem o que não poderão

ser instaladas.

Page 604: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PROTEÇÃO À

FAMÍLIA, À

CRIANÇA, AO

ADOLESCENTE,

AO JOVEM E AO

IDOSO (arts. 226 a 230)

Page 605: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A família, base da sociedade,

tem especial proteção do

Estado.

O casamento é civil e gratuita a

celebração.

O casamento religioso tem

efeito civil, nos termos da lei.

Page 606: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Para efeito da proteção do Estado, é

reconhecida a união estável entre o homem e a

mulher como entidade familiar, devendo a lei

facilitar sua conversão em casamento.

Entende-se, também, como entidade familiar a

comunidade formada por qualquer dos pais e

seus descendentes.

Os direitos e deveres referentes à sociedade

conjugal são exercidos igualmente pelo

homem e pela mulher.

O casamento civil pode ser dissolvido pelo

divórcio. (EC 66/2010)

Page 607: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PLANEJAMENTO FAMILIAR

Fundado nos princípios da dignidade da

pessoa humana e da paternidade

responsável, o planejamento familiar é

livre decisão do casal, competindo ao

Estado propiciar recursos educacionais

e científicos para o exercício desse

direito, vedada qualquer forma coercitiva

por parte de instituições oficiais ou

privadas.

Page 608: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

O Estado assegurará a assistência

à família na pessoa de cada um dos

que a integram, criando mecanismos

para coibir a violência no âmbito de

suas relações.

Page 609: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

PROTEÇÃO ESPECIAL

É dever da família, da sociedade e do

Estado assegurar à criança, ao adolescente e

ao jovem, com absoluta prioridade, o direito

à vida, à saúde, à alimentação, à educação,

ao lazer, à profissionalização, à cultura, à

dignidade, ao respeito, à liberdade e à

convivência familiar e comunitária, além de

colocá-los a salvo de toda forma de

negligência, discriminação, exploração,

violência, crueldade e opressão. (EC 65/2010)

Page 610: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O Estado promoverá programas de assistência integral à

saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a

participação de entidades não governamentais, mediante

políticas específicas e obedecendo aos seguintes preceitos:

I - aplicação de percentual dos recursos públicos

destinados à saúde na assistência materno-infantil;

II - criação de programas de prevenção e atendimento

especializado para as pessoas portadoras de deficiência

física, sensorial ou mental, bem como de integração

social do adolescente e do jovem portador de deficiência,

mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e

a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos,

com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas

as formas de discriminação.

Page 611: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A lei disporá sobre normas de

construção dos logradouros e

dos edifícios de uso público e

de fabricação de veículos de

transporte coletivo, a fim de

garantir acesso adequado às

pessoas portadoras de

deficiência.

Page 612: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O direito a PROTEÇÃO ESPECIAL

abrangerá os seguintes aspectos:

I - idade mínima de 14 anos para

admissão ao trabalho, observado o

disposto no art. 7º, XXXIII, CF;

II - garantia de direitos previdenciários e

trabalhistas;

III - garantia de acesso do trabalhador

adolescente e jovem à escola;

Page 613: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O direito a PROTEÇÃO ESPECIAL

abrangerá os seguintes aspectos:

IV - garantia de pleno e formal conhecimento

da atribuição de ato infracional, igualdade na

relação processual e defesa técnica por

profissional habilitado, segundo dispuser a

legislação tutelar específica;

V - obediência aos princípios de brevidade,

excepcionalidade e respeito à condição

peculiar de pessoa em desenvolvimento,

quando da aplicação de qualquer medida

privativa da liberdade;

Page 614: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O direito a PROTEÇÃO ESPECIAL

abrangerá os seguintes aspectos:

VI - estímulo do Poder Público, através de

assistência jurídica, incentivos fiscais e

subsídios, nos termos da lei, ao

acolhimento, sob a forma de guarda, de

criança ou adolescente órfão ou

abandonado;

VII - programas de prevenção e

atendimento especializado à criança, ao

adolescente e ao jovem dependente de

entorpecentes e drogas afins.

Page 615: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A lei punirá severamente o abuso, a

violência e a exploração sexual da criança

e do adolescente.

A adoção será assistida pelo Poder Público,

na forma da lei, que estabelecerá casos e

condições de sua efetivação por parte de

estrangeiros.

Os filhos, havidos ou não da relação do

casamento, ou por adoção, terão os

mesmos direitos e qualificações, proibidas

quaisquer designações discriminatórias

relativas à filiação.

Page 616: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

A lei estabelecerá:

I - o estatuto da juventude, destinado a

regular os direitos dos jovens;

II - o plano nacional de juventude, de

duração decenal, visando à articulação

das várias esferas do poder público

para a execução de políticas públicas.

Page 617: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

São penalmente inimputáveis os menores de 18

anos, sujeitos às normas da legislação especial.

Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os

filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de

ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou

enfermidade.

A família, a sociedade e o Estado têm o dever de

amparar as pessoas idosas, assegurando sua

participação na comunidade, defendendo sua

dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à

vida. (Lei 10.741/2003)

Os programas de amparo aos idosos serão

executados preferencialmente em seus lares.

Aos maiores de 65 anos é garantida a gratuidade dos

transportes coletivos urbanos.

Page 618: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

ÍNDIOS (arts. 231 e 232)

Page 619: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

São reconhecidos aos índios sua

organização social, costumes,

línguas, crenças e tradições, e os

direitos originários sobre as terras

que tradicionalmente ocupam,

competindo à União demarcá-las,

proteger e fazer respeitar todos os

seus bens.

Page 620: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

São terras tradicionalmente

ocupadas pelos índios as por eles

habitadas em caráter permanente, as

utilizadas para suas atividades

produtivas, as imprescindíveis à

preservação dos recursos

ambientais necessários a seu bem-

estar e as necessárias a sua

reprodução física e cultural, segundo

seus usos, costumes e tradições.

Page 621: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

POSSE PERMANENTE e USUFRUTO

EXCLUSIVO

As terras tradicionalmente

ocupadas pelos índios destinam-se a

sua posse permanente, cabendo-lhes o

usufruto exclusivo das riquezas do

solo, dos rios e dos lagos nelas

existentes.

Page 622: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

O aproveitamento dos recursos

hídricos, incluídos os potenciais

energéticos, a pesquisa e a lavra

das riquezas minerais em terras

indígenas só podem ser efetivados

com autorização do Congresso

Nacional, ouvidas as comunidades

afetadas, ficando-lhes assegurada

participação nos resultados da

lavra, na forma da lei.

Page 623: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

As terras

tradicionalmente ocupadas

pelos índios são

inalienáveis e

indisponíveis, e os direitos

sobre elas, imprescritíveis.

Page 624: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

É vedada a remoção dos grupos

indígenas de suas terras, salvo, "ad

referendum" do Congresso

Nacional, em caso de catástrofe ou

epidemia que ponha em risco sua

população, ou no interesse da

soberania do País, após deliberação

do Congresso Nacional, garantido,

em qualquer hipótese, o retorno

imediato logo que cesse o risco.

Page 625: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

São nulos e extintos, não produzindo

efeitos jurídicos, os atos que tenham por

objeto a ocupação, o domínio e a posse das

terras tradicionalmente ocupadas pelos índios,

ou a exploração das riquezas naturais do

solo, dos rios e dos lagos nelas existentes,

ressalvado relevante interesse público da

União, segundo o que dispuser lei

complementar, não gerando a nulidade e a

extinção direito a indenização ou a ações

contra a União, salvo, na forma da lei, quanto

às benfeitorias derivadas da ocupação de

boa fé.

Page 626: Livro Direito Constitucional Rafael Fernandez

Os índios, suas

comunidades e organizações

são partes legítimas para

ingressar em juízo em defesa

de seus direitos e interesses,

intervindo o Ministério

Público em todos os atos do

processo.