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3 encontro da 6 ENQFor º º Encontro Nacional de Química Forense 04 a 08 de novembro de 2018 Congresso Integrado LIVRO DE RESUMOS

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3encontro da

6ENQForº ºEncontro Nacional de Química Forense

04 a 08 de novembro de 2018

Congresso Integrado

LIVRO DE

RESUMOS

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LIVRO DE

RESUMOS

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Comissão OrganizadoraPresidente do Evento

Prof. Dr. Celso Teixeira Mendes Junior - DQ - FFCLRP-USP

Comitê Executi voProfa. Dra. Aline Thaís Bruni - DQ - FFCLRP-USP

Perito Criminal Antônio José Ipólito - SPTC-SSP-SPProf. Dr. Bruno Spinosa De Marti nis - DQ - FFCLRP-USP

Perito Criminal Celso Perioli – SPTC-SSP-SP]Prof. Dr. Celso Teixeira Mendes Junior - DQ - FFCLRP-USP

Perito Criminal Claudemir Rodrigues Dias Filho – SPTC-SSP-SPProf. Dr. Daniel Junqueira Dorta - DQ - FFCLRP-USP

Perito Criminal Federal Erick Simões da Câmara e Silva – Departamento de Polícia FederalProf. Dr. Jesus Antonio Velho - Polícia Federal e DQ - FFCLRP-USP

Profa. Dra. Márcia Andréia Mesquita Silva da Veiga - DQ - FFCLRP-USPPerita Criminal Federal Narumi Pereira Lima - INC-DFProf. Dr. Ricardo Henrique Alves da Silva - FORP-USP

Comitê Cientí fi coDr. Adriano Maldaner, Polícia Federal, INC-DF

Profa. Dra. Alice da Matt a Chasin, Faculdades Oswaldo Cruz-SPProfa. Dra. Aline Thaís Bruni- DQ - FFCLRP-USP

Dra. Ana Flávia Belchior de Andrade – PCDFProf. Dr. Bruno Spinosa De Marti nis - DQ-FFCLRP-USP

Prof. Dr. Celso Teixeira Mendes Junior - DQ - FFCLRP-USPProfa. Dra. Clarice Sampaio Alho - PUCRS

Prof. Dr. Cláudio do Prado Amaral - FDRP e 2ª Vara Criminal da Infância e Juvent.de São Carlos- SPProfa. Dra. Clesia Nascentes - UFMG

Dra. Cristi na Barazzetti Barbieri– IGP-RSProf. Dra. Dalva Lúcia Araújo de Faria - IQ-USP-SP

Prof. Dr. Daniel Junqueira Dorta - DQ – FFCLRP-USPDr. Evandro Gomes da Silva – IGP-RS

Prof. Dr. Jesus Antonio Velho - DQ - FFCLRP-USPProf. Dr. Jorge Eduardo de Souza Sarkis – Insti tuto de Pesquisas Energéti cas e Nucleares – SP

Dr. Juliano de Andrade Gomes - PCDFProfa. Dra. Karime Bentes - UFAM

Perito Criminal MSc. Luciano Arantes – PCDFPerito Criminal MSc. Luiz Rodrigo Grochocki – Polícia Cientí fi ca do Paraná – PR

Profa. Dra. Márcia Andréia Mesquita Silva da Veiga - DQ - FFCLRP-USPProfa. Dra. Maria Paula Costa Bertran Muñoz- FDRPProf. Dr. Marco Aurélio Guimarães – CEMEL/FMUSP

Prof. Dr. Maurício Yonamine – FCF/USPPerito Criminal MSc. Pablo Alves Marinho – Insti tuto de Criminalísti ca de Minas Gerais

Perito Criminal MSc. Rony Anderson Rezende Costa, Insti tuto de Polícia Cientí fi ca do Estado da ParaíbaDr. Rafael Scorsatt o Orti z – Departamento de Polícia Federal - RS

Prof. Dr. Ricardo Henrique Alves da Silva - FORP-USPDra. Rosemeire Soares Talamone - Analista de Comunicação da USP-RP

Prof. Dr. Thiago Regis Longo Cesar da Paixão - IQ-USPProf. Dr. Wanderson Romão - UFES

ORGANIZAÇÃOAGeventos Assessoria

EDITORAÇÃOIsabel Kubaski - [email protected]

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Prezado parti cipante,

Os resumos apresentados a seguir foram reproduzidos de cópias fornecidas pelos autores, os quais foram aprovados por membros do Comitê Cientí fi co do Congresso Integrado 3º Encontro da SBCF/6º ENQFor.

Agradecemos a todos que enviaram seus trabalhos e parabenizamos os selecionados!

Desejamos um óti mo evento. Sejam bem-vindos!!

Profa. Dra. Aline Thais Bruni Prof. Dr. Jesus Antonio Velho Presidente da SBCF Coordenador Cientí fi co do 6° ENQFOR e 3° Encontro da SBCF Vice Presidente da SBCF

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Sumário

BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR (BQ) ..................................................................................12

ANÁLISE DE STRs AUTOSSÔMICOS POR SEQUENCIAMENTO DE NOVA GERAÇÃO EM AMOSTRA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA .................................................................................................................................................13

Valle-Silva, G.; Marcorin, L.; Pereira, A.L.E.; Oliveira, M.L.G.; Fracasso, N.C.A.; Debortoli, G.; Simões, A.L.; Donadi, E.A.; Castelli, E.C.; Mendes-Junior, C.T.

ANÁLISE DO SISTEMA HIRISPLEX PARA PREDIÇÃO DE FENÓTIPOS DE OLHO E CABELO EM AMOSTRA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA ...........................................................................................................................................14

Carratt o, T.M.T.; Souza, F.D.N.; Marcorin, L.; Silva, G.V.; Pereira, A.L.E.; Fracasso, N.C.A.; Oliveira, M.L.G.; Debortoli, G.; Donadi, E.A.; Simões, A.L.; Castelli, E.C.; Mendes-Junior, C.T.

CARACTERIZAÇÃO DA DIVERSIDADE GENÉTICA DAS REGIÕES REGULATÓRIAS E CODIFICANTES DO GENE SLC24A5 E ASSOCIAÇÃO COM FENÓTIPOS DE PIGMENTAÇÃO HUMANA EM AMOSTRA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA .................................................................................................................................................15

Silva, A.B.C.; Mendes-Junior, C.T.

ESTIMATING ANCESTRAL PROPORTIONS WITH 165 ANCESTRY-INFORMATIVE MARKERS IN A HIGHLY ADMIXED BRAZILIAN SAMPLE .........................................................................................................................................16

Felkl, A.B.; Avila, E.; Graebin, P.; Alho, C.S.

GENETIC ANCESTRY ANALYSIS OF SOUTHERN BRAZIL SUBJECTS WITH DISTINCTIVE EUROPEAN, AFRICAN OR AMERINDIAN PHENOTYPIC TRAITS .............................................................................................................17

Felkl, A.B.; Avila, E.; Graebin, P.; Alho, C.S.

IDENTIFICAÇÃO E RASTREABILIDADE DE CANNABIS SATIVA POR MEIO DE SISTEMA MULTIPLEX DE MICROSSATÉLITES ......................................................................................................................................................18

Ribeiro, L.O.P.; Alho, C.S.; Ávila, E.F.; Mariot, R.F.

IDENTIFICAÇÃO E RASTREABILIDADE DE CANNABIS SATIVA POR MEIO DE SISTEMA MULTIPLEX DE MICROSSATÉLITES ......................................................................................................................................................19

Ribeiro, L.O.P.; Alho, C.S.; Ávila, E.F.; Mariot, R.F.

INFERÊNCIA DE ANCESTRALIDADE EM POPULAÇÕES AMERÍNDIAS BRASILEIRAS UTILIZANDO MARCADORES InDel .........20Sabbag, L.R.; Rosário, M.M.T.; Petzl-Erler, M.L.; Malaghini, M.; Malheiros, D.

MASSIVE PARALLEL SEQUENCING AS A TOOL IN MATERNAL UNIPARENTAL DISOMY 21 INVESTIGATION ......................21Cavalheiro, C.P.; Graebin, P.; Avila, E.F.A.; Rodenbusch, R.; Alho, C.S.

NEW STATISTIC MODEL TO PREDICT SKIN AND EYE COLORS IN SOUTH BRAZILIAN SUBJECTS ........................................22Gonçalves, C.E.I.; Sawitzki, F.R.; Kahmann, A.; Anzanello, M.J.; Silva, D.S.B.S.; Malaghini, M.; Silva, E.F.A.; Bicalho, M.G.; Alho, C.S.

REGULAÇÃO, GOVERNANÇA E BOAS PRÁTICAS NA GENÉTICA FORENSE BRASILEIRA: UMA ANÁLISE COMPARADA NA PERSPECTIVA DOS DIREITOS HUMANOS .............................................................................................. 23

Louzada, L.C.

VALIDAÇÃO DE PAINEL DE SNPS COM PODER PREDITIVO DE FENÓTIPOS CAPILARES EM INDIVÍDUOS DO RS PARA FINS FORENSES ............................................................................................................................................24

Flores, K.S.; Gonçalves, C.E.I.; Silva, E.F.A.; Alho, C.S.

CRIMINALÍSTICA GERAL (CRI) .........................................................................................................25

ANÁLISE 2D DA ÁREA SUPERFICIAL DO GOTEJAMENTO DE SANGUE EM DIFERENTES ALTURAS ....................................26Miguel, A.L.W.R.; Oliveira, P.P.

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CRIMINALÍSTICA COMPARADA: ANÁLISE COMPARATIVA SOBRE A LEI DE DROGAS VIGENTE ENTRE BRASIL E PORTUGAL ........................................................................................................................................................ 27

Mariott o, L.S.; Bruni, A.T.

ESTUDO DE CONFRONTO BALÍSTICO POR MEIO DE IMAGENS DE PROJÉTEIS E ANÁLISE DISCRIMINANTE POR MÚNIMOS QUADRADOS PARCIAIS ............................................................................................... 28

Santos, A.C.S.; Facci, R.R.; Rodrigues, C.H.P.; Velho, J.A.; Leite, V.B.P.; Bruni, A.T.

NTA AMMUNITION COLLECTED IN CRIME SCENE AND THE SHOOTING RESIDUE EXAMINATION ..................................29Teixeira, F.B.; Facci, R.R.; Siqueira, D.S.

PERFIL NACIONAL DE APREENSÕES DE AGROTÓXICOS PELA POLÍCIA FEDERAL ..............................................................30Lemos, V.F.; Carvalho, A.C.B.; Orti z, R.S.

REGULAÇÃO, GOVERNANÇA E BOAS PRÁTICAS NA GENÉTICA FORENSE BRASILEIRA: UMA ANÁLISE COMPARADA NA PERSPECTIVA DOS DIREITOS HUMANOS .............................................................................................. 31

Louzada, L.C.

DOCUMENTOSCOPIA (DOC) ...........................................................................................................32

ANÁLISE DAS REGIÕES DE MAIORES PRESSÕES DE PUNHO EM ASSINATURA .................................................................33Siqueira, A.N.; Sarkis, J.E.S.; Negrini, O.; Leite, M.D.

ESTUDO DE DOCUMENTOS A PARTIR DA ANÁLISE QUÍMICA E MORFOLÓGICA DE TEXTOS PRODUZIDOS POR DIFERENTES IMPRESSORAS PARA IDENTIFICAÇÃO FORENSE ............................................................34

S���������, I.; N������ N���, O.; S�����, J.E.S.; Z�������, M.C.T.

ANÁLISE DA PRESSÃO DE PUNHO NA ESCRITA MANUAL ................................................................................................. 35Negrini Neto, O.; Sarkis, J.E.S.; Freitas, A.Z.

ANÁLISE OBJETIVA DE CRUZAMENTOS DE TRAÇOS UTILIZANDO IMAGENS HIPERESPECTRAIS NO RAMAN E TÉCNICAS QUIMIOMÉTRICAS ..........................................................................................................................36

Brito, L.R.; Chaves, A.B.; Braz, A.; Pimentel, M.F.

IDENTIFICAÇÃO DA ORDEM CRONOLÓGICA DE CRUZAMENTOS DE TRAÇOS EM DOCUMENTOS REAIS POR IMAGEM HIPERESPECTRAL NA REGIÃO VISÍVEL .......................................................................................................37

Marti ns, A.R.; Talhavini, M.; Braga, J.W.B.; Braz, A.

ENSINO DE CIÊNCIAS FORENSES (ECF) ............................................................................................38

A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE FIOS (PÊLOS / CABELOS) HUMANOS NA INVESTIGAÇÃO CRIMINALÍSTICA EM LABORATÓRIOS FORENSES .............................................................................................................39

Figueiredo, K.M.; Velloso, A.P.S.; Ventura, R.M.

A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DA LIGA ACADÊMICA INTERDISCIPLINAR DE CIÊNCIAS FORENSES (LACiF) .....................40Santos, C.M.M.; Pereira, T.L.; Silveira, C.I.; Coelho, M.M.M.; Marques, I.S.; Ribes, B.S.C.; Alves, B.R.; Freitas, M.M.; Soares, M.P.; Wiegand, M.M.

ANÁLISE QUALITATIVA DE CHUMBO PARA SIMULAR A DETECÇÃO DE VESTÍGIOS DE DISPARO DE ARMA DE FOGO, PARA FINS PEDAGÓGICOS ....................................................................................................................41

Silva, F.I.1; Almeida, A.A.1; Godinho, A.F.1; Chaguri, J.L.1; Sandrim, V.C.2

CIÊNCIAS FORENSES COMO FERRAMENTA DE ENSINO E APRENDIZAGEM .....................................................................42Poletti , T.; Pacheco, B.S.; Rosa, B.N.; Nicolodi, C.; Silva, C.C.; Pereira, C.M.P.

O USO DO JOGO “ROUBO AO BANCO” NO ENSINO DE QUÍMICA NO CONTEXTO DA QUÍMICA FORENSE ......................43Pinheiro, M.E.; Barros, V.V.S.S.; Felinto, I.L.; Oliveira, D.S.; Gonçalves, M.A.B.; Lucena, M.A.M.; Weber, I.T.; Cavalcanti , E.L.D.

PRÁTICAS DE QUÍMICA FORENSE NO ENSINO TÉCNICO EM QUÍMICA ............................................................................44Silva, F.I.; Almeida, A.A.; Godinho, A.F.; Sandrim, V.C.

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QUÍMICA FORENSE E O LABORATÓRIO DE ENSINO: NOVAS PERSPECTIVAS E EXPERIMENTOS .......................................45Bentes, K.R.S.; Souza, R.H.; Prestes, M.L.D.A.P.; Chaves, J.G.M.; Nunes, G.C.S.; Souza Junior, L.P.S.; Costa, L.C.A.

USO DO TEMA GERADOR: QUÍMICA FORENSE, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA DO IFRJ – CAMPUS DUQUE DE CAXIAS ............................................................46

Penco, V.S.N.; Oliveira, P.P.

ENTOMOLOGIA FORENSE (EF) ........................................................................................................47

COLEOPTEROFAUNA ASSOCIADA A CARCAÇAS DE SUÍNOS COM FERIMENTOS PERFURO-CORTANTES ..........................48Brum, A.C.S.; Eulalio, A.D.M.M.; Paula, M.C.; Michelutti , K.B.; Oliveira, F.C.; Reginaldo, L.S.; Rissato, I.B.; Souza, D.F.; Antonialli-Junior, W.F.

COMPOSIÇÃO DA FAUNA DE DÍPTEROS ASSOCIADOS À DECOMPOSIÇÃO DE MACACO PREGO (Sapajus libidinosus Spix, 1823) NO CAMPUS SAMAMBAIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ..............................49

Bessa, B.G.O.; Barreto, L.O.; Lopes, W.R.; Silva, B.M.

DETECÇÃO DO INSETICIDA TIAMETOXAM EM LARVAS DE MOSCAS COLETADAS EM CARCAÇAS DE SUÍNOS CONTAMINADOS ................................................................................................................................................ 50

Eulalio, A.D.M.M.; Paula, M.C.; Oliveira, F.C.; Michelutti , K.B.; Brum, A.C.S.; Lunas, B.M.M.; Reginaldo, L.S.; Cardoso, C.A.L.; Antonialli-Junior, W.F.

DETERMINAÇÃO DA DL50 DO INSETICIDA TIAMETOXAM NA MOSCA VAREJEIRA Chrysomya Megacephala (DIPTERA: CALLIPHORIDAE) ......................................................................................................................51

Lunas, B.M.M.; Paula, M.C.; Eulalio, A.D.M.M.; Cardoso, C.A.L.; Antonialli-Junior, W.F.

DETERMINAÇÃO DA IDADE PUPAL DE UMA ESPÉCIE DE MOSCA DE IMPORTÂNCIA FORENSE: IMPLICAÇÕES PARA ESTIMATIVA DO INTERVALO PÓS-MORTE ........................................................................................52

Paula, M.C.; Michelutti , K.B.; Eulalio, A.D.M.M.; Oliveira, F.C.; Lunas, B.M.M.; Brum, A.C.S.; Cardoso, C.A.L.; Antonialli-Junior, W.F.

DIVERSIDADE DE COLEOPTERA ASSOCIADOS À DECOMPOSIÇÃO DE CARCAÇA DE MACACO PREGO (Sapajus libidinosus) ........................................................................................................................................................ 53

Ávila, M.F.A.; Lopes, W.R.

ESPÉCIES DE MOSCAS DE IMPORTÂNCIA FORENSE COLETADAS EM CADÁVER HUMANO EM ÁREA DE MONOCULTURA ............................................................................................................................................................... 54

Eulalio, A.D.M.M.; Paula, M.C.; Brum, A.C.S.; Reginaldo, L.S.; Rissato, I.B.; Souza, D.F.; Harada, A.K.; Gomes, G.V.; Hatt ori Junior, A.D.; Antonialli-Junior, W.F.

TOXICIDADE DO CHUMBO EM LARVAS DE Lucilia cuprina (Diptera: Calliphoridae) ........................................................55Bessa, B.G.O.; Rocha, T.L.; Lopes, W.R.

VARIAÇÃO NO PERFIL QUÍMICO CUTICULAR DE Euspilotus azureus (COLEOPTERA: HISTERIDAE) SOB O EFEITO DO INSETICIDA TIAMETOXAM ..........................................................................................................................56

Oliveira, F.C.; Paula, M.C.; Michelutti , K.B.; Eulalio, A.D.M.M.; Brum, A.C.S.; Lunas, B.M.M.; Rissato, I.B.; Cardoso, C.A.L.; Antonialli-Junior, W.F.

VARIAÇÃO NO PERFIL QUÍMICO DE Dermestes maculatus (COLEOPTERA: DERMESTIDAE) SOB O EFEITO DO INSETICIDA TIAMETOXAM .............................................................................................................................57

Oliveira, F.C.; Paula, M.C.; Michelutti , K.B.; Lunas, B.M.M.; Eulalio, A.D.M.M.; Brum, A.C.S.; Souza, D.F.; Cardoso, C.A.L.; Antonialli-Junior, W.F.

MEDICINA LEGAL (MED) ................................................................................................................58

FORENSIC DIFFERENTIATION BETWEEN PERIPHERAL AND MENSTRUAL BLOOD IN CASES OF ALLEGED SEXUAL ASSAULT – VALIDATING AN IMMUNOCHROMATOGRAPHIC MULTIPLEX ASSAY FOR SIMULTANEOUS DETECTION OF HUMAN HEMOGLOBIN AND D-DIMER .........................................................................59

Holtkött er, H.; Dias Filho, C.R.; Schwender, K.; Stadler, C.; Vennemann, M.; Pacheco, A.C.; Roca, M.G.

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ODONTOLOGIA LEGAL (OL) ............................................................................................................60

ANÁLISE DO SEIO FRONTAL POR MEIO DE MÉTODOS BIDIMENSIONAIS E TRIDIMENSIONAIS PARA A IDENTIFICAÇÃO HUMANA ...............................................................................................................................................61

Matos, R.A.; Sousa, S.P.; Serra, M.C.; Fernandes, C.M.S.

ANÁLISE DOS PROCESSOS ENVOLVENDO A RESPONSABILIDADE CIVIL DE CIRURGIÕES DENTISTAS NO MUNICÍPIO DE FRANCA, SP .............................................................................................................................................62

Borges, B.S.; Bachur, A.C.T.; Silva, R.H.A.

ESTIMATIVA DE IDADE DENTAL POR MEIO DA METODOLOGIA LONDON ATLAS EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS .........63Sousa, A.M.S.; Romano, F.B.; Guimarães, M.A.; AlQahtani, S.J.; Jacometti , V.; Silva, R.H.A.

O CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA A RESPEITO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER ...................................................................................................................................................64

Sousa, S.P.; Silva, R.H.A.

PRODUÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE ODONTOLOGIA LEGAL EM REVISTAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS ..................65Machado, A.L.R.; Recalde, T.S.F.; Sousa, S.P.; Silva, R.H.A.

OUTROS TÓPICOS (OT) ..................................................................................................................66

ASPECTOS DE UMA COMPARAÇÃO INTERLABORATORIAL NA ELABORAÇÃO DE UMA CURVA ANALÍTICA DE COCAÍNA .............................................................................................................................................67

Pinheiro, F.A.S.D.; Murga, L.F.; Junior, O.S.G.; Araújo, P.S.; Gomes, C.S.; Ferreira, L.S.

AVALIAÇÃO DAS EMBALAGENS DE MEDICAMENTOS ALOPÁTICOS APREENDIDOS PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NA CIDADE DE MACAPÁ .................................................................................................................................68

Almeida, A.F.; Monteiro, H.S.; Andrade, L.V.L.; Gomes, M.R.F.; Bezerra, G.N.H.

AVALIAÇÃO DAS EMBALAGENS DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS APREENDIDOS PELA VIGILÂNCIA SANITÁRIA NA CIDADE DE MACAPÁ .................................................................................................................................69

Almeida, A.F.; Monteiro, H.S.; Andrade, L.V.L.; Gomes, M.R.F.; Bezerra, G.N.H.

DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTA PARA BANCO DE DADOS DE ESPECTROS TEÓRICOS DE DROGAS DE DESENHO ...............................................................................................................................................70

Reis, V.E.N.; Bruni, A.T.; Velho, J.A.

ENZIMAS MICROBIANAS APLICADAS NA REMEDIAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS: UM AUXÍLIO BIOTECNOLÓGICO ÀS LEIS AMBIENTAIS ..........................................................................................................................71

Messias, J.M.; Velho, J.A.; Barbosa-Dekker, A.M.; Dekker, R.F.H.; Andrade, M.M.; Polizeli, M.L.T.M.; Veiga, M.A.M.S.; Bruni, A.T.

ESTUDO IN SILICO DA TOXICIDADE DE UM GRUPO DE HERBICIDAS BENZIMIDAZÓLICOS ...............................................72Peruquetti , P.H.; Bruni, A.T.

FONOAUDIOLOGIA FORENSE: UMA ANÁLISE DA METODOLOGIA PARA VERIFICAÇÃO DO LOCUTOR ............................73Santos, M.M.S.; Morais, E.P.G.; Maynart, V.P.L.

INVESTIGAÇÃO EXPERIMENTAL E MODELAGEM DA DISPERSÃO UTILIZANDO FIRE DYNAMICS SIMULATOR (FDS) PARA VAZAMENTO DE GLP EM UMA RESIDÊNCIA ..............................................................................74

Cunha, I.O.P.; Lacerda Junior, V.; Lugon, A.P.; Bona, B.M.; Romão, W.

O PAPEL DA PERÍCIA DE INCÊNDIO FRENTE AS MUDANÇAS DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS MATERIAIS .....................75Lugon, A.P.; Cunha, I.O.P.; Lacerda Junior, V.; Bona, B.M.; Romão, W.

UMA ANÁLISE JURISPRUDENCIAL DA PROVA PERICIAL: É, O LAUDO PERICIAL, VALORADO COMO MEIO PROBATÓRIO, NO ÂMBITO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, EM CRIMES AMBIENTAIS? ............................76

Amaral, M.E.A.; Giacomolli, N.J.

UTILIZAÇÃO DO FIRE DYNAMICS SIMULATOR (FDS) PARA AUXILIAR NA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA DE INCÊNDIO ...........77Bona, B.M.; Cunha, I.O.P.; Lacerda Junior, V.; Lugon, A.P.; Romão, W.

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PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA FORENSE (PPF) ...................................................................................78

CRIMINOLOGIA E VITIMOLOGIA SOB A ÓTICA DA PSICOLOGIA FENOMENOLOGIA-EXISTENCIAL ...................................79Toyoshima, H.T.G.; Belancieri, M.F.

DOENÇA MENTAL, DELITO E LEI: A IMPUTABILIDADE E A CONDIÇÃO AO ILÍCITO PENAL ................................................80Soares, M.F.; Karlinke, E.S.G.; Gomez, F.M.P.

PSICOPATIA: TENDÊNCIAS AO CRIME ...............................................................................................................................81Karlinke, E.S.G.; Soares, M.F.; Gomez, F.M.P.

QUÍMICA FORENSE (QF) ................................................................................................................82

1,5-BIS(p-TOLUILFENIL)PENTA-1,4-DIEN-3-ONA COMO REVELADORES DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES .................83Nicolodi, C.; Pacheco, B.S.; Silva, C.C.; Poletti , T.; Rosa, B.N.; Pereira, C.M.P.; Carreño, N.L.V.; Mariotti , K.C.

ANÁLISE DE COMPRIMIDOS PARA DISFUNÇÃO ERÉTIL UTILIZANDO IMAGEAMENTO RAMAN ASSISTIDO POR MÉTODOS MULTIVARIADOS ...................................................................................................................84

Moreira, R.V.; López, M.B.M.; Tavares, M.F.M.; Freitas, F.A.; Soares, A.L.; Faria, D.L.A.

ANÁLISE DE NANOPARTÍCULAS DE GSR POR ICP-TOFMS ................................................................................................. 85Heringer, R.D.; Ranville, J.F.; Borovinskaya, O.

ANÁLISE DE RESÍDUOS DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS DERIVADOS DO PETRÓLEO EM AMOSTRAS FORENSES PROVENIENTES DE LOCAIS DE INCÊNDIO POR SPME-GC/MS .........................................................................86

Merlo, B.B.; Fernandes, R.B.M.; Pissinate, J.; Pelição, F.S.

ANALYSIS OF Cannabis sati va L. SEIZED SAMPLES AND THEIR POSSIBLE DILUENTS BY ATR-FTIR AND CHEMOMETRY ........87González, M.; Borille, B.T.; Santos, M.K.; Ramos, M.F.; De Rose, N.M.; Fett , M.S.; Orti z, R.S.; Camargo, F. A.O.; Ferrão, M.F.; Limberger, R.P.

APPLICATION OF SMARTPHONES FOR IDENTIFICATION OF BLOOD STAIN TRACES .........................................................88Moura, N.P.; Soares, T.C.L.; Balsan, J.D.; Santos, C.M.M.

AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CUTICULAR DE HIDROCARBONETOS E AMINOÁCIDOS EM OVOS DE DUAS MOSCAS DE INTERESSE FORENSE Lucilia eximia E Lucilia cuprina ........................................................................89

Lunas, B.; Paula, M.C.; Michelutti , K.B.; Antonialli, W.F.; Cardoso, C.

AVALIAÇÃO DE COMPOSTOS INORGÂNICOS EM AMOSTRAS DE COCAÍNA .....................................................................90Barreto, D.N.; Ribeiro, M.M.A.C.; Sudo, J.T.C.; Richter, E.M.; Rodrigo, A.A.; Muñoz, R.A.A.; Silva, S.G.

AVALIAÇÃO DE INTERFERENTES NA IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE EXPLOSIVOS PÓS-EXPLOSÃO .............................91Abritt a, V.R.M.; Mauricio, F.G.M.; Aquino, R.L.; Logrado, L.P.L.; Weber, I.T.

AVALIAÇÃO DO PERFIL CUTICULAR DE OVOS DE MOSCAS VAREJEIRAS DE IMPORTÂNCIA FORENSE VISANDO A DIFERENCIAÇÃO DAS ESPÉCIES ....................................................................................................................92

Lunas, B.; Paula, M.C.; Michelutti , K.B.; Antonialli, W.F.; Cardoso, C.

AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DA ESPECTROSCOPIA RAMAN PORTÁTIL E QUIMIOMETRIA NA IDENTIFICAÇAO DE APREENSÕES DE CATINONAS SINTÉTICAS .......................................................................................93

Peixoto, A.C.S.; Braz, A.; Pimentel, M.F.; Silva, C.S.; Braga, P.C.C.S.; Marti ni, A.L.; Alcântara, T.L.F.

CARACTERIZAÇÃO DE CANETAS ESFEROGRÁFICAS UTILIZANDO MALDI QUADRUPOLE TIME-OF-FLIGHT MASS SPECTROMETRY: APLICAÇÃO DA TÉCNICA EM QUÍMICA FORENSE ..........................................................94

Silva, C.A.J.; Araújo, P.S.; Segura, P.A.

CHALCONAS REVELADORAS DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES ...................................................................................95Rosa, B.N.; Pacheco, B.S.; Silva, C.C.; Nicolodi, C.; Poletti , T.; Pereira, C.M.P.

CHARACTERIZATION OF COUNTERFEIT VIAGRA AND CIALIS BY DIFFERENTIAL SCANNING CALORIMETRY ....................96Santos, M.K.; Mariotti , K.C.; Orti z, R.S.; Limberger, R.P.

CHARACTERIZATION OF IRREGULAR MEDICINES BY FTIR-ATR .........................................................................................97Santos, M.K.; Lemos, V.; Gonzalez, M.; Limberger, R.P.; Orti z, R.S.

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COLORIMETRIC ANALYSIS OF PSYCHOACTIVE SUBSTANCE USING MOBILE APPLICATION ...............................................98Balsan, J.D.; Soares, T.C.L.; Moura, N.P.; Santos, C.M.M.

COPOLÍMEROS BASEADOS EM DERIVADOS DE TIOFENO PARA DETERMINAÇÃO DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES ....................................................................................................................................................99

Costa, C.V.; Soares, W.M.G.; Assis, A.M.L.; Ribeiro, A.S.

DESAFIOS NA IDENTIFICAÇÃO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS TERMOLÁBEIS: O CASO DO 25I-NBOH .............100Caldas, L.N.B.; Zacca, J.J.; Machado, L.F.; Maldaner, A.O.; Vieira, M.L.; Botelho, E.D.; Serrano, J.N.P.; Oliveira, A.L.; Souza, M.P.

DESAFIOS NA IDENTIFICAÇÃO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: O CASO DOSDIFERENTES POLIMORFOS ENCONTRADOS NO GRUPO DAS CATINONAS SINTÉTICAS ......................................................................101

Souza, M.P.; Zacca, J.J.; Botelho, E.D.; Serrano, J.N.P.; Benedito, L.E.C.; Machado, A.H.L.; Oliveira, A.L.; Caldas, L.N.B.

DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA ANALÍTICA DE IDENTIFICAÇÃO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS UTILIZANDO ÍNDICE DE RETENÇÃO EM CG-EM .................................................................102

Giudice, G.H.; Machado, A.H.L.; Souza, M.P.; Caldas, L.N.B.; Vieira, M.L.; Botelho, E.D.; Ambrósio, J.C.L.; Zacca, J.J.

DETECÇÃO DE N-ACETIL-25I-NBOME EM SELOS APREENDIDOS NA CIDADE DE JOINVILLE-SC ......................................103Pericolo, S.; Parabocz, G.; Souza, M.P.

DETERMINAÇÃO DE MIDAZOLAM, COMO DROGA DE ESTUPRO EM BEBIDAS, UTILIZANDO ELETRODOS DE DIAMANTE DOPADOS COM BORO ........................................................................................................104

Rocha, R.G.; Silva, W.P.; Santana, M.H.P.; Munoz, R.A.A.; Richter, E.M.

DIFERENCIAÇÃO DE MOFS E LGSR POR MEIO DO ESPECTRO DE EMISSÃO DO Eu3+ UTILIZANDO PCA ..........................105Carneiro, C.R.; Silva, C.S.; Weber, I.T.

EMPREGO DE SA-LLE E GC-MS PARA EXTRAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE CAFEÍNA EM AMOSTRAS DE URINA ..............106Duarte, L.O.; Malaquias, K.S.

ESTUDO COMPARATIVO ENTRE REVELADORES FÍSICOS E QUÍMICOS EM FUNÇÃO DO TEMPO DE DEPOSIÇÃO DAS IMPRESSÕES DIGITAIS .........................................................................................................................107

Barcelos Junior, A.E.; Soares, A.K.; Paula, W.X.; Nascentes, C.C.

ESTUDO DA ATIVIDADE ELETROQUÍMICA DA COCAÍNA EM ELETRODO DE PASTA DE CARBONO QUIMICAMENTE MODIFICADO COM Cu (II) TRANS 3-MEO SALCN ...............................................................................108

Castro, A.S.; Rodrigues, C.H.P.; Azevedo, L.S.; Patelli, A.C.C.; Menezes, M.M.T.; Bruni, A.T.; Oliveira, M.F.

ESTUDO DA FRAGMENTAÇÃO DO ANABOLIZANTE PRASTERONA POR ESPECTROMETRIA DE MASSAS ........................109Silva, N.G.; Okuma, A.A.; Garcia, C.F.; Cavalcanti , A.D.

ESTUDO VOLTAMÉTRICO PARA DISCRIMINAÇÃO DE TIPOS DE ARMA DE FOGO ...........................................................110Silva, L.P.; Braz, A.; Areias, M.C.C.

ESTUDOS DE ADULTERANTES DA COCAÍNA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR ..............................................111Oliveira, M.A.S.; Souza Filho, J.D.; Cavalcanti , A.D.; Souza, L.A.A.

ESTUDOS IN SILICO APLICADOS A CANABINÓIDES SINTÉTICOS EM RELAÇÃO À DETECÇÃO E TOXICIDADE ..................112Castro, J.S.; Hamanaka, B.; Melo, E.B.; Bruni, A.T.

EVALUATION OF EXTRACTION PROCEDURES IN THE ANALYSIS OF APPREHENDED ANABOLIC ANDROGENIC STEROIDS ................................................................................................................................................113

Berneira, L.M.; Freitas, S.C.; Santos, M.A.Z.; Winkel, K.T.; Ferreira, L.B.; Pereira, C.M.P.

FIVE DIFFERENT DRUG GROUPS DETECTED ON BLOTTER PAPER ...................................................................................114Arantes, L.; Ferrari Junior, E.; Alves, B.E.P.; Andrade, A.F.B.

FOLHA DE GRAFITE PIROLÍTICO COMO DISPOSITIVO PARA COLETA E DETECÇÃO ELETROQUÍMICA DE RESÍDUOS DE TNT .......................................................................................................................................................... 115

Castro, S.V.F.; Cardoso, R.M.; Richter, E.M.; Muñoz, R.A.A.

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IDENTIFICAÇÃO DE ADULTERANTES EM AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS PELA POLÍCIA FEDERAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ........................................................................................................116

Araújo, P.S.; Pinheiro, F.A.S.D.; Murga, F.G.; Gomes, C.S.; Bichinho, K.M.

INCLUSION OF THE GENERIC CLASSIFICATION FOR SYNTHETIC CANNABINOIDS IN THE LIST OF CONTROLLED SUBSTANCES IN BRAZIL ...........................................................................................................................117

Lopes, L.S.; Giudice, G.H.; Latuf, G.M.O.; Macedo, M.L.S.; Machado, L.F.; Santana, E.S.; Souza, R.M.; Souza, S.R.S.C.

INCLUSION OF THE GENERIC CLASSIFICATION FOR SYNTHETIC CATHINONES IN THE LIST OF CONTROLLED SUBSTANCES IN BRAZIL ...........................................................................................................................118

Macedo, M.L.S.; Arantes, L.C.; Bonach, R.; Cruz, R.P.A.; Giudice, G.H.; Lopes, L.S.; Machado, L.F.; Passos, C.B.C.; Santana, E.S.; Silva, I.R.C.; Souza, M.P.; Souza, R.M.; Souza, S.R.S.C.

MECANISMOS DE FRAGMENTAÇÃO DE ADULTERANTES DA COCAÍNA POR ESPECTROMETRIA DE MASSAS COM IONIZAÇÃO POR ELETRÓNS (EI-MS) ........................................................................................................119

Souza, L.A.A.; Okuma, A.A.; Machado, A.M.R.; Cavalcanti , A.D.

MÉTODO IN SILICO DE PREVISÃO DA TENDÊNCIA DA AFINIDADE DE CATINONAS PELO RECEPTOR DOPAMINÉRGICO ....................................................................................................................................................120

Rodrigues, C.H.P.; Bruni, A.T.; Melo, E.B.

METODOLOGIA ALTERNATIVA DE EXTRAÇÃO DA DMT DE MIMOSA TENUIFLORA COM FINS FORENSES ......................121Moreira, A.C.B.; Okuma, A.A.; Garcia, C.F.; Cavalcanti , A.D.

METODOLOGIA VOLTAMÉTRICA RÁPIDA E DE BAIXO CUSTO PARA ANÁLISE DE LSD .....................................................122Ferreira, B.; Ribeiro, M.F.M.; Oiye, E.N.; Katayama, J.; Oliveira, M.F.

MÉTODOS COMPUTACIONAIS APLICADOS AO ESTUDO ESTRUTURAL DE ISÔMEROS DO n-MAPB ...............................123Pedrina, N.J., Bruni, A.T.

MÉTODOS IN SILICO PARA IDENTIFICAÇÃO DE DERIVADOS DE CATINONAS NO CONTEXTO DA ESPECTROSCOPIA DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR ........................................................................................124

Assis, V.O.; Rodrigues, C.H.P.; Bruni, A.T.

OTIMIZAÇÃO DE METODOLOGIA VOLTAMÉTRICA PARA ANÁLISE DE MACONHA E COCAÍNA EM SISTEMA DE BAIXO CUSTO .............................................................................................................................................125

Oliva, P.H.B.; Oiye, E.N.; Katayama, J.M.T.; Oliveira, M.F.; Ribeiro, M.F.M.; Ipólito, A.J.

PERFIL DE DROGAS PSICOTRÓPICAS ENCAMINHADAS PARA A PERÍCIA OFICIAL NA REGIÃO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC ............................................................................................................................................126

Vieira, K.C.; Kreft a, B.G.; Oliveira, A.F.; Piovesan, S.; Borba Junior, G.L.B.; Bussmann Filho, I.F.

QUANTIFICAÇÃO DE CHUMBO EM RESÍDUOS DE DISPARO DE ARMAS DE FOGO OBJETIVANDO UM PADRÃO DE IDENTIFICAÇÃO DA ARMA EMPREGADA ....................................................................................................127

Mendes, L.R.; Rodrigues, C.H.P.; Nakadi, F.V.; Velho, J.A.; Bruni, A.T.; Veiga, M.A.M.S.

REVELAÇÃO DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES ATRAVÉS DA ELETROPOLIMERIZAÇÃO DA ANILINA EM DIFERENTES SUBSTRATOS ........................................................................................................................................128

Gama, L.I.L.M.; Silva, R.C.; Ribeiro, A.S.

TWO-STAGE SYNTHETIC DRUGS DISCRIMINATION IN BLOTTER PAPERS BY MIR SPECTROSCOPY AND PLS-DA .............129Custódio, M.F.; Magalhães, L.O.; Arantes, L.C.; Braga, J.W.B.

USO DE MÉTODOS COMPUTACIONAIS PARA O ESTUDO DE ANFETAMINAS SINTÉTICAS ..............................................130Fernandes, J.C.; Bruni, A.T.; Rodrigues, C.H.P.; Dias, G.S.

UTILIZAÇÃO DA IMUNOCROMATOGRAFIA NO EXAME PRELIMINAR DE CONSTATAÇÃO DE LSD ...................................131 Marinho, P.A.

TOXICOLOGIA (TOX) .....................................................................................................................132

ANÁLISE TOXICOLÓGICA EM CONTEÚDO ESTOMACAL: UMA NOVA ABORDAGEM DE CLEAN-UP ................................133Peres, M.D.; Nascimento, S.; Pelição, F.S.

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DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO MULTIANALÍTICO PARA DETECÇÃO DE DROGAS DE ABUSO UTILIZANDO A TÉCNICA DE DRIED SPOT EM AMOSTRAS DE FLUIDO ORAL ...................................................................134

Bonazzoni, J.B.; Salazar, F.R.; Bütt enbender, S.L.; Jacques, A.L.B.; Limberger, R.P., Mendez, A.S.L.

DETERMINAÇÃO DE CLOROFÓRMIO, DICLOROMETANO E TRICLOROETILENO EM SANGUE SINTÉTICO POR CROMATOGRAFIA GASOSA COM DETECTOR DE IONIZAÇÃO DE CHAMA (GC-FID) E HEADSPACE .........................135

Pedersoli, D.C.; Chaves, S.C.; Nascentes, C.C.

DETERMINATION OF COCAINE AND METABOLITES IN DRIED BLOOD SPOTS EMPLOYING ULTRA-HIGH PERFORMANCE LIQUID CHROMATOGRAPHIC COUPLED WITH TANDEM MASS SPECTROMETRIC (LC-MS/MS) ............136

Lizot, L.L.F.; Silva, A.C.C.; Basti ani, M.F.; Hahn, R.Z.; Linden, R.

DROGAS FACILITADORAS DE ABUSO SEXUAL: IMPORTÂNCIA NA TOXICOLOGIA FORENSE ...........................................137Mendonça, J.B.; Vieira, A.A.; Marques, G.L.M.; Peres, M.D.; Pelição, F.S.

EPIDEMIOLOGIA DOS SUICÍDIOS OCORRIDOS DE 2014 A 2017 NA REGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA E ENVOLVIMENTO DE SUBSTÂNCIAS LÍCITAS E ILÍCITAS ................................................................................138

Soares, J.C.; Parabocz, G.C.; Pericolo, S.; Ramos, S.A.

ESTUDOS IN SILICO DA TOXICIDADE EM DAPHNIA MAGNA PARA AVALIAÇÃO DE DANO AMBIENTAL PARA DERIVADOS DE PETRÓLEO ....................................................................................................................................139

Altafi ni R.M.; Bruni, A.T.

FORENSIC TOXICOLOGICAL ANALYSIS IN CYANIDE POISONING: TWO CASE REPORTS ...................................................140Pelição, F.S.; Paula, D.M.L.; Botelho, E.D.; Peres, M.D.; Hampel, G.; Pissinate, J.F.; Ambrósio, J.C.L.; Marti nis, B.S.

IDENTIFICAÇÃO DE ADB-FUBINACA EM AMOSTRA DE SELO APREENDIDA NO CEARÁ ..................................................141Aquino, F.S.; Cândido, M.C.L.; Arruda Filho, A.C.V.; Kimura, R.Y.; Magalhães, D.P.; Marti ns, M.E.M.L.; Santi ago, V.R.; Sousa, F.A.

IDENTIFICAÇÃO DE ADULTERANTES EM AMOSTRAS DE COCAÍNA APRENDIDAS EM UBERABA-MG POR CROMATOGRAFIA GASOSA E ESPECTROMETRIA DE MASSAS (CG-MS) ..................................................................142

Sudo, J.T.C.; Barreto, D.N.; Sousa, R.M.F.; Silva, S.G.

INVESTIGAÇÃO DA POSSÍVEL INTERFERÊNCIA DE COMPONENTES DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES EM IMUNOENSAIOS EMPREGADOS NO SCREENING DE COCAÍNA ................................................................................143

Menezes, N.H.M.; Campos, E.G.; Marti nis, B.S.

MORTE POR INALAÇÃO DE GÁS DE REFRIGERAÇÃO R-22: RELATO DE CASO ................................................................144Assunção, A.V.; Coimbra, J.B.; Mendonça, J.B.; Peres, M.D.; Pelição, F.S.

OPTIMIZATION OF QUECHERS EXTRACTION FOR GC-MS DETERMINATION OF CANNABINOIDS IN HUMAN UMBILICAL CORD TISSUE .................................................................................................................................145

Silva, J.P.; Tavares, I.S.; Francisco, R.P.V.; Krebs, V.L.J.; Oliveira, A.M.S.S.; Yonamine, M.

OPTIMIZED METHOD FOR THE DETERMINATION OF ETHYL PALMITATE IN HAIR USING AUTOMATED HEADSPACE SOLID-PHASE MICROEXTRACTION AND GAS CHROMATOGRAPHY-MASS SPECTROMETRY (HS-SPME-GC-MS) ......................................................................................................................................................... 146

Basti ani, M.F.; Lizot, L.L.F.; Silva, A.C.C.; Hahn, R.Z.; Peteffi , G.P.; Linden, R.

PANORAMA DAS APREENSÕES DE MACONHA (CANNABIS SATIVA) ENCAMINHADAS PARA ANÁLISE NA PERÍCIA FORENSE DO CEARÁ (PEFOCE), SEDE FORTALEZA, NO ANO DE 2016 .........................................................147

Sousa, F.A.; Santi ago, V.R.; Cândido, M.C.L.; Aquino, F.S.; Marti ns, M.E.M.L.; Ibiapina, J.R.; Magalhães, D.P.; Holanda Júnior, W.P.

QUANTIFICAÇÃO DE MINÉRIOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA DO RIO AMAZONAS NO BAIRRO ELESBÃO, SANTANA – AP .........................................................................................................................................................148

Cardoso, F.M.N.; Telles, C.R.; Bezerra, R.M.; Sarges, F.B.; Gomes, M.R.F.

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BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR (BQ)

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ANÁLISE DE STRs AUTOSSÔMICOS POR SEQUENCIAMENTO DE NOVA GERAÇÃO EM AMOSTRA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

V����-S����, G.1; M�������, L.2; P������, A.L.E.2; O�������, M.L.G.2; F�������, N.C.A.2; D��������, G.2; S�����, A.L.2; D�����, E.A.3; C�������, E.C.4; M�����-J�����, C.T.1

1 Departamento de Química, FFCLRP, Universidade de São Paulo; 2 Departamento de Genéti ca, FMRP, Universidade de São Paulo; 3 Departamento de Clínica Médica, FMRP, Universidade de São

Paulo; 4 Departamento de Patologia, UNESP, Faculdade de Medicina de Botucatu.

Marcadores genéti cos são amplamente usados na identi fi cação humana, pois permitem disti nguir indivíduos com alta acurácia. Os STRs (Short Tandem Repeats) são marcadores altamente informati vos e atualmente os mais uti lizados na práti ca forense. Os mais modernos kits disponíveis no mercado geram perfi s através da técnica de PCR juntamente com eletroforese capilar, como GlobalFiler (Thermo Fisher Scienti fi c) e PowerPlex Fusion System (Promega), baseando-se na análise de mais de 20 loci STRs de uma só vez [1]. O desenvolvimento de técnicas de sequenciamento de nova geração (NGS) para análise de DNA proporcionou uma obtenção de perfi s de DNA mais acurada e sensível, com a possibilidade de análises mais detalhadas voltadas não só para o tamanho de cada alelo, mas também variações das sequências desses alelos [2,3]. Algumas plataformas permitem gerar perfi s de até 96 indivíduos simultaneamente com inúmeros marcadores. O objeti vo deste trabalho foi avaliar o sucesso de obtenção de perfi s de 29 STRs autossômicos convencionalmente uti lizados na práti ca forense através da plataforma de sequenciamento de nova geração MiSeq Personal Sequencer (Illumina Inc.), uti lizando o kit HaloPlex (Agilent Technologies, Inc) para gerar bibliotecas com as regiões específi cas de interesse, bem como calcular as frequências alélicas e genotí picas, aderência ao equilíbrio de Hardy-Weinberg e parâmetros forenses, em 340 indivíduos miscigenados da região da cidade de Ribeirão Preto - SP. Os resultados obti dos apresentaram elevados níveis de informati vidade,

com probabilidade de match de 1,19 x 10-36 e poder de exclusão de 0,999999999997. Seis loci (D1S1656, D2S1338, D8S1179, F13B, LPL e SE33) apresentaram desvios ao equilíbrio de Hardy-Weinberg. A técnica de sequenciamento de nova geração apresenta grande robustez e acurácia em geral, porém, alelos de maior comprimento, apresentam difí cil detecção em alguns loci específi cos, como D2S1338 e SE33. Isso ocorre por a região necessária para a detecção do locus não ser totalmente sequenciada ou apresentar baixa qualidade na presença de alelos maiores, o que acarreta em baixa cobertura de sequenciamento e faz com que genóti pos heterozigotos se apresentem como homozigotos para o alelo menor. A aplicação desta tecnologia apresenta inúmeras vantagens à práti ca forense, como elevada acurácia para a análise de misturas complexas de perfi s de DNA, mas deve estar sempre associada a análise criteriosa incluindo verifi cação visual dos perfi s gerados por parte do analista

REFERÊNCIAS1. Butler JM. 2015. The future of forensic DNA analysis. Phi-losophical transacti ons of the Royal Society of London Se-ries B, Biological sciences 370(1674).2. Borsti ng C, and Morling N. 2015. Next generati on sequen-cing and its applicati ons in forensic geneti cs. Forensic scien-ce internati onal Geneti cs 18:78-89.3. Van Neste C, Van Nieuwerburgh F, Van Hoofstat D, and Deforce D. 2012. Forensic STR analysis using massive pa-rallel sequencing. Forensic science internati onal Geneti cs 6(6):810-818.

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ANÁLISE DO SISTEMA HIRISPLEX PARA PREDIÇÃO DE FENÓTIPOS DE OLHO E CABELO EM AMOSTRA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

C�������, T.M.T.1; S����, F.D.N.1; M�������, L.2; S����, G.V.1; P������, A.L.E.1; F�������, N.C.A.2; O�������, M.L.G.2; D��������, G.2; D�����, E.A.3; S�����, A.L.2; C�������, E.C.4; M�����-J�����, C.T.1

1 Departamento de Química, LPFG, FFCLRP, Universidade de São Paulo; 2 Departamento de Genéti ca, FMRP, Universidade de São Paulo; 3 Divisão de Imunologia Clínica, Departamento de Clínica Médica, FMRP, Universidade de

São Paulo; 4 Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina, Unesp – Univ. Estadual Paulista, Botucatu.

A pigmentação humana é um traço complexo, envolvendo vários genes. A predição de fenóti pos uti lizando SNPs presentes nesses genes é de grande interesse forense. Para isso, foi desenvolvido o sistema HIrisPlex, com objeti vo de predizer simultaneamente cor de olho e cabelo, o qual mostrou uma alta acurácia entre europeus (76% e 82%, respecti vamente). Porém, em populações miscigenadas, como a brasileira, interações gene-gene diferentes das que ocorrem em europeus podem direcionar o surgimento de fenóti pos. Logo, a aplicação desse sistema nessas populações deve ser melhor estudada. Esse estudo tem por objeti vo analisar o conjunto de 24 marcadores HIrisPlex em 340 indivíduos da região de Ribeirão Preto (SP), obtendo a predição da cor dos olhos cabelo e comparando com dados fenotí picos anotados dos indivíduos. O DNA foi extraído das amostras de sangue pela metodologia de salti ng-out. As bibliotecas de fragmentos foram geradas uti lizando o kit HaloPlex (Agilent Technologies, Inc.). O sequenciamento foi feito na Plataforma MiSeq (Illumina). Através do pacote BWA as sequências foram alinhadas ao genoma

humano de referência (hg19) e ferramentas do pacote GATK foram empregadas para a identi fi cação dos síti os de variação. Análises genéti cas populacionais foram realizadas uti lizando o soft ware Arlequin 3.5. A predição da cor dos olhos e cabelo foi realizada pela ferramenta online do sistema HIrisPlex. O sistema apresentou uma acurácia geral de 64,2% para cores de cabelo, com a taxa de acerto variando de 29,9% para castanho-claro a 98,8% para preto. Em relação à cor dos olhos, uma acurácia de 78,5% foi ati ngida. Apesar da ferramenta ter predito corretamente uma grande parte dos indivíduos de olho azul (86,5%) e castanho (97,5%), o HIrisPlex falhou completamente na predição de cores intermediárias. Combinando a predição de cor de olho e cabelo para os indivíduos, o sistema acertou apenas 53% dos casos. O HIrisPlex se mostrou uma ferramenta efi ciente para determinação de fenóti pos extremos de pigmentação, porém falha na determinação dos intermediários, o que, além de diminuir a acurácia geral, diminui sua confi abilidade ao ser aplicado à resolução de casos em populações miscigenadas. Agradecimentos: FAPESP e CNPq.

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CARACTERIZAÇÃO DA DIVERSIDADE GENÉTICA DAS REGIÕES REGULATÓRIAS E CODIFICANTES DO GENE SLC24A5 E ASSOCIAÇÃO COM FENÓTIPOS DE PIGMENTAÇÃO

HUMANA EM AMOSTRA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

S����, A.B.C.; M�����-J�����, C.T.Departamento de Química – Faculdade de Filosofi a, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo.

A identi fi cação forense por DNA possui uma limitação relacionada à necessidade de uma amostra de referência para comparação com a amostra encontrada na cena do crime. Uma forma de contornar tal obstáculo é o estudo de fenóti pos que visam predizer as característi cas externas visíveis de um indivíduo desconhecido, como cor da pele, olhos e cabelo, a parti r de uma amostra suspeita.[1] As característi cas em questão têm origem na melanogênese, o que culmina no estudo de genes de pigmentação, como o gene SLC24A5 (solute carrier family 24 member 5) que transcreve a proteína NCXK5 com papel na produção de melanossomos.[2] O estudo apresentado visa avaliar 412 indivíduos e determinar associações entre os SNPs encontrados no gene SLC24A5 e suas característi cas de pigmentação. As regiões reguladoras e codifi cantes são avaliadas sob a metodologia HaloPlex para o preparo de bibliotecas do Sequenciamento de Nova Geração e ferramentas de bioinformáti ca para identi fi cação de genóti pos em cada SNP encontrado, análises populacionais, análises dos efeitos dos SNPs na regulação e função do gene e análises de associações entre fenóti pos e genóti pos e

fenóti pos e haplóti pos. A determinação dos genóti pos já foi realizada para 393 indivíduos que ti veram boa qualidade de sequenciamento. A probabilidade de inferência das fases destes indivíduos foi determinada com probabilidade de 99,9995%. As análises populacionais estão em curso e as demais serão realizadas em breve. A identi fi cação dos genóti pos teve sucesso, obtendo alta média de probabilidade de inferência das fases. Os próximos passos determinarão a relação do gene com fenóti pos de pigmentação, o que determinará a sua importância na área forense, podendo atuar como uma “testemunha molecular”.

REFERÊNCIAS1. Caliebe A, Walsh S, Liu F, Kayser M, Krawczak M 2017. Likelihood rati o and posterior odds in forensic geneti cs: Two sides of the same coin. Forensic Sci Int Genet 28: 203-210. doi: 10.1016/j.fsigen.2017.03.0042. Williams RM, Winkfein RJ, Ginger RS, Green MR, Schne-tkamp PP, Wheeler GN 2017. A functi onal approach to un-derstanding the role of NCKX5 in Xenopus pigmentati on. PLoS One 12: e0180465. doi: 10.1371/journal.pone.0180465

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ESTIMATING ANCESTRAL PROPORTIONS WITH 165 ANCESTRY-INFORMATIVE MARKERS IN A

HIGHLY ADMIXED BRAZILIAN SAMPLE

F����, A.B.; A����, E.; G������, P.; A���, C.S. Laboratório de Genéti ca Humana e Molecular – Genéti ca Forense, Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular

e Molecular, Ponti fí cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre – RS, Brasil

Geneti c ancestry elucidati on of DNA samples has considerable potenti al in development of forensic tools that can help guide criminal investi gati ons. Biogeographical ancestry analysis focuses on populati on variati on found in an individual and can trace its origin from a parti cular geographic region. Lati n American populati ons, such as the Brazilian one, exhibit a complex geneti c structure due to predominant geneti c contributi ons of Nati ve American, European and African ancestral populati ons – although in Brazil such structure is not uniformly distributed in the fi ve geopoliti cal regions, due to directed migratory processes and irregular distributi on of nati ve peoples. Federal District (FD), a federal unit where country’s capital is located, is made up of migrants from all Brazil’s regions, especially Northeast and Southeast1. Considering that elucidati ng geneti c background of admixed samples has fundamental importance for medical and forensic areas, this research aims to determine ancestral compositi on of adult individuals from a highly admixed populati on in Brazil. For this purpose, a total of 165 ancestry-informati ve markers

(AISNPs) were genotyped (Precision ID Ancestry Panel; Applied Biosystems™) and analyzed in 63 unrelated individuals living in Federal District. Geneti c data from 1000 Genomes2 and Human Genome Diversity3 Projects databases were compiled for four reference populati ons: Yoruba in Ibadan, Nigeria (YRI), Utah residents with Northern and Western European ancestry (CEU), Han Chinese in Beijing, China (CHB) and Suruí/Kariti ana (Amerindians; AMI). Individual co-ancestry proporti ons and the average were esti mated using Structure v.2.3.4 soft ware. The AISNPs gave average proporti ons for FD of: EUR = 62.6%; AFR = 24.1%; AMI = 10.8%; CHB = 2.5%. Distributi on of individual admixture esti mates in FD sample show a wide range of ancestry proporti ons: EUR = 0.175-0.934, AFR = 0.367-0.817, AMI = 0.003-0.513, and CHB = 0.003-0.144. Here, Asian component (CHB) was considered, unlike other studies with the same populati on. With only slight diff erences in EUR-AFR-AMI proporti ons - probably due to sampling issues - our results are comparable to those of other published studies of the Brazilian Center-West populati on.

1 Tabela 631 - População residente, por sexo e lugar de nascimento. Insti tuto Brasileiro de Geografi a e Estatí sti ca. 2010.2 htt p://www.internati onalgenome.org/3 htt p://www.hagsc.org/hgdp/

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GENETIC ANCESTRY ANALYSIS OF SOUTHERN BRAZIL SUBJECTS WITH DISTINCTIVE EUROPEAN, AFRICAN

OR AMERINDIAN PHENOTYPIC TRAITS

F����, A.B.; A����, E.; G������, P.; A���, C.S. Laboratório de Genéti ca Humana e Molecular – Genéti ca Forense, Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular

e Molecular, Ponti fí cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre – RS, Brasil

1 Parra, F.C.; Amado, R.C.; Lambertucci, J.R.; Rocha, J.; Antunes, C.M.; Pena, S. D. J. Color and genomic ancestry in Brazilians. Proceedings of the Nati onal Academy of Sciences of the United States of America, 100:177–182, 2003.

2 IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Pesquisa das Característi cas Étnico-Raciais da População, 2008.

3 htt p://www.internati onalgenome.org/4 htt p://www.hagsc.org/hgdp/

Individual ancestry can be geneti cally esti mated from a set of ancestry-informati ve markers (AIMs), whose allelic frequencies are highly diff erenti ated between populati ons. Among AIMs, single nucleoti de polymorphisms (AISNPs) stand out because of the low mutati on rates and the wide genomic distributi on. In Brazil, a country characterized by a high degree of admixture derived from African, European and Nati ve American roots, ancestry is oft en directly associated with visible phenotypic characteristi cs, such as skin color or face appearance. However, studies indicate that these traits are weak predictors of genomic ancestry1. In the State of Rio Grande do Sul (RS), according to a survey by the Brazilian Insti tute of Geography and Stati sti cs2 (IBGE), 63.5% of the individuals are self-classifi ed as Whites; 6.7%, as Blacks; 1.2%, as Amerindians, 16.3%, as Browns; and 12.3% as Others. Therefore, this study aims to analyze the geneti c ancestry of adult individuals, with disti ncti ve phenotypic traits characterized as European, African or Amerindian, residents in Rio Grande do Sul, Brazil. In order to esti mate admixing proporti ons, we used as proxies for African and European ancestors: the Yoruba in Ibadan, Nigeria (YRI), and the Utah residents with Northern and

Western European ancestry (CEU), respecti vely, both obtained from the 1000 Genomes Project3 database. For Amerindian ancestors, a combinati on of South American nati ve groups Suruí and Kariti ana (Human Genome Diversity Project4) was used. Using Massive Parallel Sequencing, we genotyped 165 autosomal markers that provide biogeographic ancestry (Precision ID Ancestry Panel; Applied Biosystems™) for 75 unrelated individuals from RS whose phenotypes were accurately evaluated and characterized as European, African or Amerindian. The Amerindian samples were collected from Kaingang individuals from the metropolitan region of Porto Alegre and from Cacique Doble - RS; for the analyzes, these individuals were kept in separate groups. Preliminary analyzes using Structure v.2.3.4 soft ware, assuming three ancestral populati ons (K=3), with a burn-in period of 100.000 followed by 100.000 MCMC steps, indicate that the subjects sampled with African phenotypic traits have a high degree of tri-hybrid admixture compared to those with European traits, as well as the Kaingang individuals from the metropolitan region in relati on to those from Cacique Doble - RS. Additi onal stati sti cal analyzes are being conducted to complement these results.

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IDENTIFICAÇÃO E RASTREABILIDADE DE CANNABIS SATIVA POR MEIO DE SISTEMA MULTIPLEX DE MICROSSATÉLITES

R������, L.O.P.; A���, C.S.; Á����, E.F.; M�����, R.F.Ponti fí cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

A preocupação social e médica referente ao consumo de substâncias psicoati vas potencialmente aditi vas ou danosas à saúde é um assunto presente desde 1925. A Conferência Internacional do Ópio, realizada no mesmo ano, proibiu a exportação, venda, produção ou uso de substância consideradas de risco (e.g., Ópio, Cocaína, Morfi na, Maconha, etc.). Atualmente, esti ma-se que 30 milhões de pessoas usaram maconha (Cannabis sati va) mais de uma vez no ano de 2016, mantendo -a como a droga ilícita mais consumida a nível global. Apesar da queda do consumo ilegal em alguns países europeus, nas Américas o inverso vem ocorrendo, no Brasil, cerca de 3% dos indivíduos de 15 a 65 anos fi zeram uso dessa droga mais de uma vez. Devido ao seu caráter ilegal em vários países, a aquisição de maconha ocorre, na sua grande maioria, através do mercado ilícito. Mundialmente, 65% do crime organizado está envolvido com o narcotráfi co, no Brasil, um terço da população carcerária responde pelo crime de tráfi co, no estado do Rio Grande do Sul esse número é de 26%. No Rio Grande do Sul, o mercado ilícito dá-se através de quatro principais rotas de tráfi co, drogas oriundas do Uruguai, Paraguai, Polígono da Maconha (nordeste brasileiro) e Europa (via correios). Nesse aspecto, a rastreabilidade torna-se uma ferramenta auxiliar no combate de drogas ilícitas, tendo vários estudos propondo técnicas para monitorar a origem destes produtos de tráfi co. A análise de microssatélites (STR), padrão-ouro para identi fi cação humana, ganhou destaque dentre as demais técnicas pela sua capacidade de individualização e identi fi cação de cada planta. Este estudo objeti vou avaliar a efi ciência de dois painéis de 13 lócus STR na identi fi cação e na rastreabilidade de 75 apreensões, em território nacional, de Cannabis sati va oriundas das principais rotas de tráfi co no RS. Nossos resultados demonstram a capacidade de individualização e de rastreabilidade de ambos

os painéis, os quais foram capazes de identi fi car um perfi l comum para cada culti var de onde se originaram as plantas trafi cadas. Desta forma, evidencia-se a potencial aplicação do uso destes painéis na roti na policial, auxiliando no combate ao tráfi co da maconha, uma vez que o resultado da análise genéti ca revelara a origem da droga e, consequentemente, a rota de narcotráfi co.

REFERÊNCIAS1. League of Nati ons. Albania - Internati onal conventi on, adopted by the second opium conference signed at Geneva. 1925. Disponível em: <htt p://www.worldlii.org/int/other/lntser/1928/231.html.>2. Jungerman, Flávia S. et al. Prevalence of Cannabis use in Brazil: data from the brazilian nati onal alcohol survey (bnas). Addicti ve Behaviors, [s. l.], v. 35, n. 3, p. 190–193, 20103. UNODC. Global overview of drug demand and supply. [s. l.], 2017. Disponível em: <htt ps://www.unodc.org/wdr2017/fi eld/booklet_2_health.pdf4. Velasco, C.; D’agosti no, R.; Reis, T. Um em cada três pre-sos do país responde por tráfi co de drogas | políti ca | g1. 2017. Disponível em: <htt ps://g1.globo.com/politi ca/noti -cia/um-em-cada-tres-presos-do-pais-responde-por-trafi co-de-drogas.ghtml>5. European Union. serious and organised crime threat as-sessment. [s.l: s.n.].6. Alghanim, H. J.; Almirall, J. R. Development of microsa-tellite markers in Cannabis sati va for DNA typing and ge-neti c relatedness analyses. Analyti cal and Bioanalyti cal Che-mistry, [s. l.], v. 376, n. 8, p. 1225–1233, 2003. a.7. Houston, Rachel et al. Evaluati on of a set 13-loci str mul-ti plex system for Cannabis sati va geneti c identi fi cati on. In-ternati onal Journal of Legal Medicine, [s. l.], v. 130, n. 3, p. 635–647, 2015. 8. Houston, Rachel et al. Developmental and Internal Vali-dati on of a novel 13 loci str multi plex method for Cannabis sati va DNA profi ling. Legal Medicine, [s. l.], v. 26, p. 33–40, 2017.

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IDENTIFICAÇÃO E RASTREABILIDADE DE CANNABIS SATIVA POR MEIO DE SISTEMA MULTIPLEX DE MICROSSATÉLITES

R������, L.O.P.; A���, C.S.; Á����, E.F.; M�����, R.F.Ponti fí cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

A preocupação social e médica referente ao consumo de substâncias psicoati vas potencialmente aditi vas ou danosas à saúde é um assunto presente desde 1925. A Conferência Internacional do Ópio, realizada no mesmo ano, proibiu a exportação, venda, produção ou uso de substância consideradas de risco (e.g., Ópio, Cocaína, Morfi na, Maconha, etc.). Atualmente, esti ma-se que 30 milhões de pessoas usaram maconha (Cannabis sati va) mais de uma vez no ano de 2016, mantendo -a como a droga ilícita mais consumida a nível global. Apesar da queda do consumo ilegal em alguns países europeus, nas Américas o inverso vem ocorrendo, no Brasil, cerca de 3% dos indivíduos de 15 a 65 anos fi zeram uso dessa droga mais de uma vez. Devido ao seu caráter ilegal em vários países, a aquisição de maconha ocorre, na sua grande maioria, através do mercado ilícito. Mundialmente, 65% do crime organizado está envolvido com o narcotráfi co, no Brasil, um terço da população carcerária responde pelo crime de tráfi co, no estado do Rio Grande do Sul esse número é de 26%. No Rio Grande do Sul, o mercado ilícito dá-se através de quatro principais rotas de tráfi co, drogas oriundas do Uruguai, Paraguai, Polígono da Maconha (nordeste brasileiro) e Europa (via correios). Nesse aspecto, a rastreabilidade torna-se uma ferramenta auxiliar no combate de drogas ilícitas, tendo vários estudos propondo técnicas para monitorar a origem destes produtos de tráfi co. A análise de microssatélites (STR), padrão-ouro para identi fi cação humana, ganhou destaque dentre as demais técnicas pela sua capacidade de individualização e identi fi cação de cada planta. Este estudo objeti vou avaliar a efi ciência de dois painéis de 13 lócus STR na identi fi cação e na rastreabilidade de 75 apreensões, em território nacional, de Cannabis sati va oriundas das principais rotas de tráfi co no RS. Nossos resultados demonstram a capacidade de individualização e de rastreabilidade de ambos os painéis, os quais foram capazes de identi fi car um perfi l comum para cada culti var de onde se originaram as plantas trafi cadas. Desta forma,

evidencia-se a potencial aplicação do uso destes painéis na roti na policial, auxiliando no combate ao tráfi co da maconha, uma vez que o resultado da análise genéti ca revelara a origem da droga e, consequentemente, a rota de narcotráfi co.

REFERÊNCIAS1. league of nati ons. albania - internati onal conventi on, adopted by the second opium conference signed at geneva. 1925. disponível em: <htt p://www.worldlii.org/int/other/lntser/1928/231.html.2. jungerman, fl ávia s. et al. prevalence of cannabis use in brazil: data from the brazilian nati onal alcohol survey (bnas). addicti ve behaviors, [s. l.], v. 35, n. 3, p. 190–193, 2010. disponível em: htt p://www.ncbi.nlm.nih.gov/pub-med/19892469.3. unodc. global overview of drug demand and supply. [s. l.], 2017. disponível em: <htt ps://www.unodc.org/wdr2017/fi eld/booklet_2_health.pdf4. velasco, clara; d’agosti no, rosanne; reis, thiago. um em cada três presos do país responde por tráfi co de drogas | políti ca | g1. 2017. disponível em: <htt ps://g1.globo.com/politi ca/noti cia/um-em-cada-tres-presos-do-pais-respon-de-por-trafi co-de-drogas.ghtml5. european union. serious and organised crime threat as-sessment. [s.l: s.n.].6. alghanim, h. j.; almirall, j. r. development of microsatelli-te markers in cannabis sati va for dna typing and geneti c re-latedness analyses. analyti cal and bioanalyti cal chemistry, [s. l.], v. 376, n. 8, p. 1225–1233, 2003. a. disponível em: <htt p://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/128114617. houston, rachel et al. evaluati on of a set 13-loci str mul-ti plex system for cannabis sati va geneti c identi fi cati on. in-ternati onal journal of legal medicine, [s. l.], v. 130, n. 3, p. 635–647, 2015. disponível em: <htt p://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/266619458. houston, rachel et al. developmental and internal vali-dati on of a novel 13 loci str multi plex method for cannabis sati va dna profi ling. legal medicine, [s. l.], v. 26, p. 33–40, 2017. disponível em: <htt p://linkinghub.elsevier.com/re-trieve/pii/s1344622317300767

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INFERÊNCIA DE ANCESTRALIDADE EM POPULAÇÕES AMERÍNDIAS BRASILEIRAS UTILIZANDO MARCADORES InDel

S�����, L.R.1,2; R������, M.M.T.2; P����-E����, M.L.1; M��������, M.2; M��������, D.1

1 Laboratório de Genéti ca Molecular Humana, UFPR; 2 Laboratório de Genéti ca Molecular Forense, Polícia Cientí fi ca

Marcadores informati vos de ancestralidade (AIMs) são amplamente distribuídos no genoma, suas frequências alélicas variam conforme a localização geográfi ca do indivíduo e sugerem uma taxa de ancestralidade tanto individual quanto populacional. Um dos ti pos de marcadores de ancestralidade são os polimorfi smos do ti po InDel (inserção/deleção), os quais estão sendo cada vez mais uti lizados nas esferas de estudos populacionais e forenses, auxiliando na identi fi cação do doador de uma determinada evidência, podendo contribuir diretamente com a investi gação criminal. Muitos painéis de AIMs já foram propostos. No presente trabalho, foi testada a efi ciência de um painel de 46 marcadores de ancestralidade do ti po InDel (46-Al-InDel), em atribuir ancestralidade a populações ameríndias Guarani (n=44) e Kaingang (n=33) do centro-sul do Brasil, uma vez que tal painel foi desenvolvido com base em ameríndios da América Central e do norte do Brasil. As frequências alélicas

dos 46 AIMs foram esti madas para as populações Guarani e Kaingang e comparadas com as frequências alélicas das populações de referência ancestrais africana (n=105), européia (n=158) e ameríndias (n=64). As frequências alélicas de Guarani e Kaingang não diferiram estati sti camente das frequências dos demais ameríndios (Colombianos, Kariti anos, Mayas, Surui, Pima), mas foram diferentes das populações de outros conti nentes, como a africana e europeia. Portanto, este conjunto de marcadores é efi ciente em caracterizar populações ameríndias do centro-sul do Brasil, agrupando-as com os demais ameríndios do conti nente e diferenciando estas populações das de outros conti nentes. Tais resultados demonstram que o painel 46-Al-InDel pode ser considerado sufi ciente para inferir proporções de ancestralidade individual e global de populações e indivíduos com mais de uma ancestralidade, contemplando assim as esferas populacional e forense.

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MASSIVE PARALLEL SEQUENCING AS A TOOL IN MATERNAL UNIPARENTAL DISOMY 21 INVESTIGATION

C���������, C.P.1; G������, P.1; A����, E.F.A.1; R���������, R.2; A���, C.S.1

1 Laboratório de Genéti ca Humana e Molecular – Genéti ca Forense, Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular, Ponti fí cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; 2 Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul.

Uniparental disomy (UPD) corresponds to an alterati on in chromosomal inheritance where the child receives one or more pairs of chromosomes from a single parente only. In a forensic context, UPD occurrence can lead to inconsistencies that are diffi cult to interpret in kinship analysis and/or lineage reconstructi on. In the present paternity investi gati on case in which 19 STRs (CPI = 230.141.977.694,44) were evaluated, two inconsistencies were observed in OPAs (obligate paternal alleles), both on chromosome 21 (D21S11 and PENTA D STR markers). Interesti ngly, the child was homozygous for one of the maternal alleles in both loci, not presenti ng paternal genomic contributi on. Further investi gati on was carried out with four additi onal STRs located in chromosome 21, plus 38 STRs and 255 SNPs additi onal markers distributed throught autosomic DNA, as well as 34 SNPs on the Y chromosome. The phenotypically healthy child had geneti c inheritance within the standard of Mendelian segregati on for all other chromosomes, but displayed maternal uniparental disomy of chromosome 21. This

fi nding highlights the disomy rescue of a possibly trisomic zygote, occurring aft er ferti lizati on. However, natural exclusion process of the extra chromosome 21 eliminated paternal DNA contributi on, resulti ng in two remaining random maternal 21 chromosomes, as a consequence of ovule meiosis II non-disjuncti on. The present case has forensic repercussion, since it exemplifi es inconsistencies in kinship studies that are not caused by allelic mutati ons, but rather due to chromosomic segregati on errors during embryogenesis. This work sheds light on alternati ve approaches to inconsistencies in kinship analysis, not rarely detected in human identi fi cati on studies.

REFERENCES1. Engel E: A new geneti c concept: uniparental disomy and its potenti al eff ect, isodisomy. Am J Med Genet 1980, 6:137-143. 2. Robinson W, P. Mechanisms leading to uniparental di-somy and their clinical consequences. Bioessays 2000, 22:452-459.

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NEW STATISTIC MODEL TO PREDICT SKIN AND EYE COLORS IN SOUTH BRAZILIAN SUBJECTS

G��������, C.E.I.1,2; S�������, F.R.1; K������, A.3; A��������, M.J.3; S����, D.S.B.S.1,4; M��������, M.5; S����, E.F.A.1,6,7; B������, M.G.2; A���, C.S.1,7

1 Laboratório de Genéti ca Forense, PUCRS, Porto Alegre-RS; 2 Laboratório de Imunogenéti ca e Histocompati bilidade, UFPR, Curiti ba-PR; 3 Laboratório de Oti mização de Produtos e Processos, UFRGS, Porto Alegre-RS; 4 Forensic Sciences Insti tute, North Carolina State University, USA; 5 Laboratório de Genéti ca Molecular Forense, ICPR, Curiti ba-PR; 6 Departamento

de Polícia Federal, Porto Alegre-RS; 7 Insti tuto Nacional de Ciência e Tecnologia Forense, Porto Alegre-RS.

Forensic DNA phenotyping (FDP) is a novel fi eld within forensic geneti cs that aims to predict appearance traits of an individual based on a DNA sample. An effi cient FDP technology would be especially useful in cases where the investi gators have no leads to identi fy the individual [1-3]. Skin and eye colors are important externally visible characteristi cs (EVCs), since they are highly heritable geneti c traits and are the most obvious and disti nguishable EVCs to be used for human identi fi cati on. Genotype-phenotype associati on studies have focused in detecti ng single nucleoti de polymorphisms (SNPs) within genes directly or indirectly involved in the synthesis of pigments [1-5]. In this work, eight SNPs were selected in the following human pigmentati on associated genes: HERC2 (rs12913832), OCA2 (rs4778138), SLC24A5 (rs1426654), SLC45A2 (rs16891982), TYRP1 (rs2733832), TYR (rs1042602), SLC45A2 (rs26722), HERC2 (rs916977) and MC1R (rs8045560) [5]. We aimed to investi gate this set of SNPs and their effi ciency to predict skin and eye colors for forensic purposes in 478 individuals with diff erent phenotypes from South Brazil and to construct a multi nomial logisti c regression model able to predict phenotype. For SNP analysis we use SNaPshot® Multi plex System ABI Prism, ABIPRISM® 3130xl Geneti c Analyzer, GeneMapper ID soft ware version 4.0 (all from Applied Biosystems®) and the R 3.3.2 soft ware. We constructed three phenotype predicti on panels for eyes: considering 5 (Blue, Green, Hazel, Light and Dark Brown), 3 (Light, Intermediate and Dark) and 2-class (Blue and Non-Blue, Brown and Non-Brown) categorizati on. Another three for skin: considering 6 (White, Pale, Beige, Light Brown, Medium Brown and Dark Brown), 3 (Light, Intermediate

and Dark) and 2-class (Light and Dark) categorizati on. These models presented an acceptable error rate, with increase of the accuracy as we grouped the categories, and it was able to predict skin and eye pigmentati on, with high asserti veness, in subjects with extreme phenotypes. This is important since Brazil has an ethnically mixed populati on in which genomic structure may favor epistati c and pleiotropic eff ects not observed in populati ons that are more homogeneous.

REFERENCES1. Kayser M. Forensic DNA Phenotyping: Predicti ng human appearance from crime scene material for investi gati ve pur-poses. Forensic Sci. Int. Genet. 2015;18:33-48. doi:10.1016/j.fsigen.2015.02.003.2. Liu F., van Duijn K., Vingerling J. R., Hofman A., Uitt erlin-den A. G., Janssens A. C. J. W., Kayser M. Eye color and the predicti on of complex phenotypes from genotypes. Curr. Biol. 2009;19:192-193. doi:10.1016/j.cub.2009.01.027. 3. Walsh S., Lidenbergh A., Zuniga S. B., Sijen T., Knijff P., Kayser M., Ballantyne K. N. Developmental validati on of the IrisPlex system: Determinati on of blue and brown iris colour for forensic intelligence. Forensic Sci. Int. Genet. 2011;5:464-471. doi:10.1016/j.fsigen.2010.09.008.4. Liu F., Wenb B., Kayser M. Colorful DNA polymorphis-ms in humans. Semin. Cell. Dev. Biol. 2013;24(6-7):562-75. doi:10.1016/j.semcdb.2013.03.013.5. Cook A. L., Chen W., Thurber A. E., Smit D. J., Smith A. G., Bla-den T. G., Brown D. L., Duff y D. L., Pastorino L., Bianchi-Scarra G., Leonard J. H., Stow J. L., Sturm R. A. Analysis of cultured human melanocytes based on polymorphisms within the SLC45A2/MATP, SLC24A5/NCKX5, and OCA2/P loci. J. Invest. Dermatol. 2009; 129(2):392-405. doi:10.1038/jid.2008.211.

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REGULAÇÃO, GOVERNANÇA E BOAS PRÁTICAS NA GENÉTICA FORENSE BRASILEIRA: UMA ANÁLISE COMPARADA

NA PERSPECTIVA DOS DIREITOS HUMANOS

L������, L.C.Insti tuto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Os bancos de perfi s genéti cos para fi ns de investi gação criminal (BPGIC) já estão bem estabelecidos no Brasil, pelo menos no que diz respeito ao panorama regulatório. No entanto, sua existência levanta diversas discussões a respeito da garanti a de direitos humanos. O presente estudo tem como objeti vos analisar e comparar as boas práti cas adotadas na regulamentação da cadeia de custódia por outros países com o panorama regulatório brasileiro, buscando discuti r estratégias de governança dos BPGIC brasileiros que viabilizem a garanti a de direitos, o padrão cientí fi co da identi fi cação genéti ca, bem como seus esperados efeitos na investi gação criminal. Para isso, foram analisados relatórios de boas práti cas na genéti ca forense promovidos por organismos como o Conselho da Europa, a relatoria de privacidade da ONU e mesmo por organizações da sociedade civil como a Forensic Geneti cs Policy Initi ati ve, além da legislação de diversos países. Isso nos permiti u identi ficar, de forma comparati va, alguns gargalos na regulação brasileira em relação as formas de coleta do DNA; o descarte do material biológico, a exclusão de dados dos bancos; o controle de qualidade dos laboratórios

e supervisão independente; a governança dos bancos; aos mecanismos de proteção de dados genéti cos e de segurança da informação genéti ca; aos instrumentos de prevenção de contaminação, a gestão de erros, e; às garanti as para a correta interpretação do laudo pericial no processo penal. Concluiu-se, então, que para garanti r o melhor uso da ferramenta de identi fi cação genéti ca em prol da investi gação criminal, prevenindo efeitos negati vos - como discriminação genéti ca, contaminação de amostras, interpretações equivocadas pelo tribunal, violação da privacidade genéti ca, entre outros -, fazer uso das boas práti cas já bem estabelecidas na esfera internacional representa uma excelente estratégia para amenizar os problemas de regulação dos BPGIC do Brasil até que esses sejam reparados.

REFERÊNCIA1. FORENSIC GENETICS POLICY INITIATIVE (2017). Esta-blishing Best Practi ce for Forensic DNA Databases. Dispo-nível em htt p://dnapolicyiniti ati ve.org/wp-content/uploa-ds/2017/08/DNACover.png Acessado em 02 de agosto de 2018.

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VALIDAÇÃO DE PAINEL DE SNPS COM PODER PREDITIVO DE FENÓTIPOS CAPILARES EM INDIVÍDUOS DO RS PARA FINS FORENSES

F�����, K.S.1; G��������, C.E.I.2; S����, E.F.A.3; A���, C.S.4

1,2,3,4 Laboratório de Genéti ca Forense, PUCRS, Porto Alegre, RS, Brasil; 2Laboratório de Imunogenéti ca e Histocompati bilidade, UFPR, Curiti ba, PR, Brasil; 3,4Insti tuto Nacional de Ciência e Tecnologia Forense, Porto Alegre, RS, Brasil

A uti lização de técnicas moleculares tem se destacado para o aprimoramento do processo de identi fi cação humana na área das ciências forenses. A busca por marcadores moleculares capazes de predizer característi cas externamente visíveis (EVCs) tem como intuito a complementação do processo de identi fi cação de suspeitos que não possuem um perfi l genéti co disponível para confronto. Dentre as característi cas fenotí picas a parti r de DNA (FDPs) possíveis, a pigmentação do cabelo humano é considera um atributo relevante capaz de auxiliar na investi gação criminal. O êxito da associação entre o fenóti po e os marcadores moleculares é dependente do background genéti co da população em estudo, visto que varia conforme a ancestralidade e a distribuição geográfi ca. Devido a esta variação, o atual estudo objeti va a formação de um painel de polimorfi smos de nucleotí deo único (SNPs) como uma ferramenta forense que apresente alto poder de predição do fenóti po capilar na população do sul do Brasil. Para isso, foram coletadas e processadas amostras biológicas de indivíduos residentes no RS, seguida da genoti pagem uti lizando a metodologia de espectrofotometria de massas, analisando 75 SNPs envolvendo os genes MC1R, TYRP1, EXOC2, SLC45A2, SLC45A4, ASIP, OCA2, TYR, HERC2, KITLG e IRF4. Os resultados preliminares analisados, com o tamanho amostral de 120 indivíduos, revelaram o set específi co de marcadores capazes de

predizer com alto grau de confi abilidade os fenóti pos disti ntos de coloração capilar na população em estudo. Análises complementares estão em processo, a fi m de refi nar o poder prediti vo do painel e, assim, viabilizar sua uti lização na roti na de investi gação policial com índice de concordância mais elevado do que painéis não brasileiros. O sucesso do presente trabalho contribuirá no processo de identi fi cação humana forense da população sul-brasileira, especialmente nos casos onde o perfi l genéti co de referência está ausente.

REFERÊNCIAS1. KAYSER, M. Forensic DNA Phenotyping: Predicti ng hu-man appearance from crime scene material for investi gati ve purposes. Forensic Science Internati onal: Geneti cs, v. 18, p. 33–48, 2015. 2. KAYSER, M.; SCHNEIDER, P. M. DNA-based predicti on of human externally visible characteristi cs in forensics: Moti -vati ons, scienti fi c challenges, and ethical considerati ons. Forensic Science Internati onal: Geneti cs, v. 3, n. 3, p. 154–161, 2009. 3. POŚPIECH, E. et al. Further evidence for populati on spe-cifi c diff erences in the eff ect of DNA markers and gender on eye colour predicti on in forensics. Internati onal Journal of Legal Medicine, v. 130, n. 4, p. 923–934, 2016. 4. WALSH, S. et al. The HIrisPlex system for simultaneous predicti on of hair and eye colour from DNA. Forensic Scien-ce Internati onal: Geneti cs, v. 7, n. 1, p. 98–115, 2013.

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CRIMINALÍSTICA GERAL (CRI)

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ANÁLISE 2D DA ÁREA SUPERFICIAL DO GOTEJAMENTO DE SANGUE EM DIFERENTES ALTURAS

M�����, A.L.W.R.; O�������, P.P.Insti tuto de Pós-Graduação & Graduação, Goiânia - GO

A análise de padrão de manchas de sangue (BPA) em cenas de crimes é de extrema importância para a perícia. Há várias técnicas aplicadas, dentre elas a comparação do diâmetro da gota formada a parti r da sua queda de diferentes alturas. Porém esse diâmetro pode variar de acordo com superfí cie de contato, além de fi car constante a parti r de uma determinada altura de queda.[1] Esse trabalho tem como objeti vo analisar o comportamento do gotejamento de sangue em diferentes alturas e superfí cies (azulejo e concreto). Para realizar tal estudo fez-se uso de sangue, em tubo EDTA, coletado especialmente para o experimento; pipeta Pasteur; luvas de látex; garra e suporte metálicos; paquímetro; trena de 3m; concreto e azulejos. O estudo foi realizado dentro do laboratório de Bioquímica no Insti tuto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ - no Campus Nilópolis. Esse consisti u no gotejamento do sangue, preso ao suporte metálico. As alturas de gotejamento variaram de 5 a 200 cm, nas superfí cies uti lizadas. O diâmetro da gota formado foi medido, usando um paquímetro analógico e os dados foram anotados para posterior análise, com a elaboração de um gráfi co ilustrati vo, comparati vo

e explicati vo. Todos os experimentos foram feitos em triplicata, onde a média e o desvio padrão foram calculados. Para o experimento realizado os resultados obti dos foram muito signifi cati vos, uma vez que estes estavam dentro do esperado, variando o diâmetro da gota de sangue em superfí cies disti ntas. Esse método de análise é pouco efi ciente, uma vez que, a parti r de determinada altura o diâmetro tende a fi car constante. Além disso, há outros interferentes, como temperatura, umidade, ação de corrente de vento, entre outros. Com isso não há como afi rmar, com precisão, de qual altura a gota foi originada. A parti r dos experimentos realizados chegou-se a conclusão que a superfí cie de contato na qual o sangue foi gotejado é de extrema importância, vez que os diâmetros do gotejamento variaram, entretanto a parti r de determinada altura se mantém constante, difi cultando a precisão da altura de queda.

REFERÊNCIA 1. VELHO, J. A. ; COSTA, K. A. ; DAMASCENO, C. T. M. Locais de crime - dos vestí gios à dinâmica criminosa. 3.ª ed. Cam-pinas, SP: Millennium, 2013.

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CRIMINALÍSTICA COMPARADA: ANÁLISE COMPARATIVA SOBRE A LEI DE DROGAS VIGENTE ENTRE BRASIL E PORTUGAL

M�������, L.S.; B����, A.T.Laboratório de Estudos Interdisciplinares Direito/Química, Departamento de Química, Faculdade

de Filosofi a, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

No Brasil, o uso e o tráfi co de drogas são disciplinados pela Lei Nº 11.343/2006. Apesar do rigor da Lei, há muitas difi culdades no controle das substâncias proibidas, além de haver muitos problemas sociais decorrentes de ausência de critérios bem defi nidos quando da aplicabilidade ao caso concreto. Em contraparti da, Portugal com a lei Nº 30/2000, descriminalizou o porte de drogas até determinada quanti dade, tratando os usuários em âmbito administrati vo. O propósito desse trabalho é comparar a políti ca de drogas entre os países Brasil e Portugal a fi m de criar um paralelo comparati vo com o objeti vo de identi fi car as principais idiossincrasias associadas. A pesquisa foi fundamentada na comparação entre a lei brasileira Nº 11.343 de 23 de agosto de 2006 e a lei portuguesa Nº 30/2000 de 29 de novembro, ambas responsáveis pela políti ca de drogas vigente nos dois países, analisando majoritariamente as suas consequências sociais. Segundo a lei de droga brasileira, o juiz diferenciará usuário de trafi cante, condenando-o em até 15 anos de prisão por tráfi co. A subjeti vidade da lei refl ete no caos penitenciário e na falta de assistência aos usuários. Em Portugal, o tráfi co só se confi gura se o indivíduo portar quanti dade maior do que a permiti da para consumo pessoal por 10 dias. É oferecido ao usuário tratamento não obrigatório, mas se for reincidente, poderá ser

submeti do a sansões administrati vas (arti gos 15 e 17). A fl exibilidade da lei que investe em redução de danos e reinserção social, causou a diminuição do consumo de drogas, redução de mortes e doenças relacionadas, e a baixa da criminalidade. Portugal tem o foco em redução de danos e tratamento de usuários, com recursos liberados para grandes apreensões de interesse devido ao impacto social positi vo da descriminalização. Avaliações jurisprudenciais mostram que a Lei brasileira tem problemas ao diferenciar usuários e trafi cantes o que acarreta problemas em ter dados reais sobre o tráfi co. A ausência de padronização na aplicação da Lei brasileira tem consequências no encarceramento, controle do tráfi co bem como em políti cas públicas voltadas à oferta de estrutura ao usuário.

REFERÊNCIAS 1. GREENWALD, Gleen, Drug Decriminalizati on in Portugal - Lessons For Creati ng Fair And Successful Drug Policies, Science, v. 246, n. 4934, p. 1104–1104, 1989.2. MARTINES, Fernando, Lei de Drogas teve efeito inverso e piorou situação carcerária, apontam especialistas. Disponí-vel em: htt ps://www.conjur.com.br/2016-set-23/lei-drogas-teve-efeito-inverso-piorou-situacao-carceraria3. CAPAZ, Nuno Portugal, Políti ca da Droga em Portugal, [s.l.: s.n.], 2011.

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ESTUDO DE CONFRONTO BALÍSTICO POR MEIO DE IMAGENS DE PROJÉTEIS E ANÁLISE DISCRIMINANTE

POR MÚNIMOS QUADRADOS PARCIAIS

S�����, A.C.S.1; F����, R.R.2; R��������, C.H.P.¹; V����, J.A.1; L����, V.B.P.3; B����, A.T.1

¹ Laboratório de Estudos Interdisciplinares Direito-química, LEI-DQ. Departamento de Química, FFCLRP– USP; ² Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro – PCERJ; 3 Departamento de Física, IBILCE-UNESP

A resolução de crimes com arma de fogo pode gerar muitos questionamentos. Por essa razão, exames de caráter balístico tornam-se indispensáveis na aquisição de provas em uma investigação criminal. O objetivo do trabalho foi investigar a viabilidade de uma metodologia para comparação entre projéteis por meio das imagens de suas superfícies. A ideia é além de proporcionar um conhecimento inter e transdisciplinar para o entendimento de problemas abordados pela balística, utilizando os padrões de ranhuras contidos nos canos das armas de fogo de alma raiada a fim de se obter um método menos subjetivo para essa análise. A metodologia geral consistiu em fotografar quinze projéteis remanescentes de disparos de duas pistolas Taurus, calibre 40, pertencentes à Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Cada projétil foi fotografado por uma câmera digital Sony Cyber-shot Dsc-w800 20.1 mp, que com uma otimização da distância focal nos proporcionou imagens com ótimas resoluções, em ângulos que variaram de

0º a 330º, com intervalo de 30º. O software GIMP 2.8 foi utilizado para o tratamento de imagem, a fim de que apenas as ranhuras fossem analisadas. As imagens tratadas foram submetidas ao MATLAB para que a identidade RGB (Red-Green-Blue) fosse obtida. Cada uma das imagens deu origem a matrizes com dimensões de 1630 x 1545. As matrizes foram redimensionadas e vetorizadas para cada uma das identidades de cor. Os resultados mostraram que a análise discriminante por mínimos quadrados parciais (PLS-DA, Partial Least Squares Discriminant Analysis) foi hábil em reconhecer a origem do projétil de acordo com a arma.

REFERÊNCIAS1. Velho, J. A., Geiser, G. C. & Espindula, A. Ciências Forenses - Uma introdução às principais áreas da Criminalísti ca. (2a Edição - Milennium Editora, 2013).2. Mendonça, R. M. de et al. Forensic in silico: multi variate methods applied to image analysis on ballisti c comparison. 2017 (2017).

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NTA AMMUNITION COLLECTED IN CRIME SCENE AND THE SHOOTING RESIDUE EXAMINATION

T�������, F.B.; F����, R.R.; S�������, D.S.Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro PCERJ

The world trend of all industries segments with the technological development is to protect the nature and the product user’s health. The war industry following this trend is manufacturing a type of ammuniti on called Non Toxic Ammuniti on (NTA) which theoreti cally is free of Lead (Pb) and Barium (Ba). When the theme is gun shooti ng residue (GSR) is widely disseminated that the Forensics Expert needs to fi nd spherical parti cle with irregular and non-crystalline morphology composed of Ba, Pb and Anti mony (Sb) with the instrumental technique of reference SEM-EDS1. However the Forensics Expert working in the “Divisão de Homicídios da PCERJ” was fi nd NTA ammuniti on in some crime scene. The aim of this work is investi gate the frequency of the NTA ammuniti on used in crime scene processed by the authors and verify if really there isn’t lead and barium in the GSR parti cles. The GSR collecti on was performed by 100 contacts of a stub in the shooter hand aft er shooti ng with a PT 940 .40S&W caliber with NTA ammuniti on. The GSR analysis was performed with a SEM-EDS Phenom ProX. Search on crime scene fi les in an offi cial computer was realized to quanti fy the use of NTA ammuniti on. Several parti cles were

found in the stub but none containing Ba and Pb. The major consti tuents of the parti cles were Aluminum and Silicium. Sequenti al shooti ng was realized and again no was found Ba and Pb in the parti cles. In a total of 54 suspected death investi gated by the authors in this year 51 was classifi ed as homicide. However only 43 was perpetrated using fi rearm and in 8 crime scene was fond NTA ammuniti on resulti ng in 18,6%. This shows that this kind of ammuniti on has a worrisome frequency to the current analysis methodology of GSR. Thereby the gun shooti ng residue examinati on in real cases only searching parti cles composed of Ba, Pb and Sb no more is suffi cient. The evoluti on of war industry stands out the importance of organic gun shooti ng residue analysis2.

REFERENCES1. Dalby, O., Butler, D. & Birkett , J. W. Analysis of gunshot residue and associated materials - A review. J. Forensic Sci. 55, 924–943 (2010).2. MacCrehan, W. A., Layman, M. J. & Secl, J. D. Hair com-bing to collect organic gunshot residues (OGSR). Forensic Sci. Int. 135, 167–173 (2003).

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PERFIL NACIONAL DE APREENSÕES DE AGROTÓXICOS PELA POLÍCIA FEDERAL

L����, V.F.1,2; C�������, A.C.B.1,3; O����, R.S.1,4 1 Insti tuto Nacional de Ciência e Tecnologia Forense; 2 Programa de Pós-Graduação em Ciências

Farmacêuti cas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 3 Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 4 Superintendência de Polícia Federal no Rio Grande do Sul

O Brasil é um grande consumidor de produtos agrotóxicos, sejam estes comercializados de forma legal ou ilegal. Os crimes de contrabando e falsifi cação destes produtos são responsáveis por diversos prejuízos para a sociedade, sejam estes relacionados à saúde pública, ao meio ambiente ou à economia. A Polícia Federal (PF) possui informações importantes sobre as apreensões de agrotóxicos no país, que podem ser compiladas e organizadas para descrever o panorama atual dos crimes relacionados a estes produtos no Brasil. Neste contexto, este estudo teve como objeti vo fazer um levantamento do perfi l nacional de apreensão de agrotóxicos, de forma a contribuir como embasamento para o desenvolvimento de metodologias analíti cas que auxiliem na repressão a estes crimes. Através da análise dos dados conti dos nos laudos periciais emiti dos pela PF entre os anos de 2012 e 2017, disponíveis na base de dados Criminalísti ca, foram coletadas as seguintes informações: local de análise e de apreensão, quanti dade apreendida, ingrediente ati vo descrito no rótulo, ingrediente ati vo encontrado nas análises químicas, e países de fabricação e de registro. Foi possível traçar um panorama da situação atual sobre as apreensões de agrotóxicos no Brasil, revelando, dentre outros dados, que o Rio Grande do Sul foi o estado com maior demanda de exames periciais destes produtos (58%). Ainda, determinou-se que o ingrediente ati vo metsulfurom-metí lico foi o mais frequentemente presente nos

agrotóxicos contrabandeados durante este período, seguido por imidacloprido, benzoato de emamecti na e fi pronil. Sendo assim, verifi ca-se que as informações levantadas por este projeto poderão servir como base para outros estudos, sendo importantes, por exemplo, para o delineamento de rotas de contrabando e para o desenvolvimento de novas tecnologias de análise para estas substâncias. Agradecimentos a Polícia Federal do Rio Grande do Sul (Porto Alegre/RS) por disponibilizar os dados para a realização deste trabalho. Ao CNPq, a CAPES e a FAPERGS pelo fomento. Este estudo é parte do projeto aprovado junto a Chamada Pública MCTI/CNPQ/CAPES/FAPS nº 16/2014 – Programa INCT, CNPq 465450/2014-8, inti tulado “Insti tuto Nacional de Ciência e Tecnologia Forense”.

REFERÊNCIAS1. Souza DZ, Rossato LG, Limberger RP, Dallegrave E. Agrotó-xico no Rio Grande do Sul: o grave problema do contraban-do. Toxicovigilância – Toxicologia Clínica: dados e indicado-res selecionados Rio Grande do Sul 2008-2009. 2019;4:19-27.2. Dorfman A, França ABC, Soares GO. Marcos legais e redes de contrabando de agrotóxicos: análise escalar a parti r da fronteira Brasil-Uruguai. Revista Terr@Plural 2014;8(1):37-53.3. Porto MF, Soares WL. Modelo de desenvolvimento, agro-tóxicos e saúde: um panorama da realidade agrícola brasi-leira e propostas para uma agenda de pesquisa inovadora. Rev. Bras. Saúde Ocup. 2012;37(125):17-31.

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REGULAÇÃO, GOVERNANÇA E BOAS PRÁTICAS NA GENÉTICA FORENSE BRASILEIRA: UMA ANÁLISE COMPARADA

NA PERSPECTIVA DOS DIREITOS HUMANOS

L������, L.C.Insti tuto de Medicina Social da Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Os bancos de perfi s genéti cos para fi ns de investi gação criminal (BPGIC) já estão bem estabelecidos no Brasil, pelo menos no que diz respeito ao panorama regulatório. No entanto, sua existência levanta diversas discussões a respeito da garanti a de direitos humanos. O presente estudo tem como objeti vos analisar e comparar as boas práti cas adotadas na regulamentação da cadeia de custódia por outros países com o panorama regulatório brasileiro, buscando discuti r estratégias de governança dos BPGIC brasileiros que viabilizem a garanti a de direitos, o padrão cientí fi co da identi fi cação genéti ca, bem como seus esperados efeitos na investi gação criminal. Para isso, foram analisados relatórios de boas práti cas na genéti ca forense promovidos por organismos como o Conselho da Europa, a relatoria de privacidade da ONU e mesmo por organizações da sociedade civil como a Forensic Geneti cs Policy Initi ati ve, além da legislação de diversos países. Isso nos permiti u identi ficar, de forma comparati va, alguns gargalos na regulação brasileira em relação as formas de coleta do DNA; o descarte do material biológico, a exclusão de dados dos bancos; o controle de qualidade dos laboratórios

e supervisão independente; a governança dos bancos; aos mecanismos de proteção de dados genéti cos e de segurança da informação genéti ca; aos instrumentos de prevenção de contaminação, a gestão de erros, e; às garanti as para a correta interpretação do laudo pericial no processo penal. Concluiu-se, então, que para garanti r o melhor uso da ferramenta de identi fi cação genéti ca em prol da investi gação criminal, prevenindo efeitos negati vos - como discriminação genéti ca, contaminação de amostras, interpretações equivocadas pelo tribunal, violação da privacidade genéti ca, entre outros -, fazer uso das boas práti cas já bem estabelecidas na esfera internacional representa uma excelente estratégia para amenizar os problemas de regulação dos BPGIC do Brasil até que esses sejam reparados.

REFERÊNCIA1. FORENSIC GENETICS POLICY INITIATIVE (2017). Esta-blishing Best Practi ce for Forensic DNA Databases. Dispo-nível em htt p://dnapolicyiniti ati ve.org/wp-content/uploa-ds/2017/08/DNACover.png Acessado em 02 de agosto de 2018.

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DOCUMENTOSCOPIA (DOC)

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ANÁLISE DAS REGIÕES DE MAIORES PRESSÕES DE PUNHO EM ASSINATURA

S�������, A.N.; S�����, J.E.S.; N������, O.; L����, M.D.

Universidade de São Paulo (USP) - Insti tuto de Pesquisas Energéti cas e Nucleares (IPEN-CENEN/SP) - Centro de Laser e Aplicações (CLA)

Neste trabalho analisamos as regiões de maiores pressões de punho em uma assinatura. Segundo o primeiro princípio fundamental da escrita, a mesma é individual, sendo criada a parti r de estí mulos cerebrais, e de acordo com a segunda lei da escrita, o senti mento é inconsciente ao escrever, sendo o esforço para realizar a escrita relacionado ao consciente e subconsciente. Com isso, foi possível verifi car que as áreas de maiores pressões mudam de acordo com cada indivíduo. O objeti vo deste trabalho foi observar a variação das áreas de pressão de punho de cada indivíduo a parti r da reprodução de uma mesma assinatura. A metodologia consisti u na uti lização do comprimento de onda de luz ultravioleta (UV) de 830 nm e da luz plana de

superfí cie (EPI – luz lateral), provenientes de um equipamento Docucenter 2000 (Projecti na®) para a análise de assinaturas reproduzidas por 3 indivíduos disti ntos que se voluntariaram, uti lizando a mesma caneta esferográfi ca azul em folha de sulfi te A4 (75 g/m²) e onde todos os voluntários foram submeti dos às mesmas condições (sentados com apoio para escrever e um bloco de folhas sob a folha a ser assinada). Os resultados preliminares (FIG. 1) mostraram, a parti r da espessura dos sulcos deixados pelo instrumento escrevente no papel, as áreas em que houve maiores pressões ao escrever. Os resultados da análise permiti ram disti nguir as assinaturas dos 3 indivíduos, através da observação das áreas de maiores pressões de cada voluntário.

Figura 1 - Comparação das áreas de maiores pressões de cada indivíduo.

a- Voluntário 1; b- Voluntário 2; c- Voluntário 3Fonte: DIAS, M.L e SIQUEIRA, A.N., 2018

REFERÊNCIAS1. Mendes, L.B. Documentoscopia. Editora Millennium. 2ª ed. p.29-31. São Paulo, 2003.2. Pellat, S. Le lois de l’écriture. Paris: Libraire Vuibert, p. 63, 1927.

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ESTUDO DE DOCUMENTOS A PARTIR DA ANÁLISE QUÍMICA E MORFOLÓGICA DE TEXTOS PRODUZIDOS POR DIFERENTES

IMPRESSORAS PARA IDENTIFICAÇÃO FORENSE

S���������, I.; N������ N���, O.; S�����, J.E.S.; Z�������, M.C.T.Insti tuto de Pesquisas Energéti cas e Nucleares – IPEN/CNEN

INTRODUÇÃO: O crescente número de documentos fraudados envolvendo manipulações, decorrentes de processos gráfi cos industriais, tornou a documentoscopia uma área na criminalísti ca muito requerida. Neste contexto, os impressos por laser têm importância para defi nir de qual impressora teria se originado o impresso, visto que diferentes impressoras apresentam disti ntas característi cas de processos de impressão e de toners. As impressões por vias digitais são subdivididas e em impressoras laser, o sistema baseia-se em eletricidade estáti ca. OBJETIVO: O processo proposto para esta diferenciação envolve análises dos impressos de variadas cores e por diversas impressoras laser por microscopia eletrônica, a qual revela característi cas morfológicas e químicas das amostras sob comparação a fi m de disti ngui-las. MATERIAIS E MÉTODOS: Para as análises da composição e morfologia de impressos a laser, foi uti lizado o microscópio eletrônico de varredura (MEV) e impressos das impressoras a laser selecionadas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: As imagens do MEV tem uma aparência

tridimensional e proporcionaram a visualização das diversas formas da impressão e toners aplicados sobre o papel, e sua composição que foram quanti fi cadas no MEV. Padrões de diferentes impressoras foram então comparados para discriminá-las. CONCLUSÃO: O MEV evidência sati sfatoriamente as discriminações, indicando que há diferenças nas impressões de acordo com a marca da impressora independente do modelo e cor, e torna possível a identi fi cação da impressora. PALAVRAS-CHAVE: Análise Forense de Documentos; Química Forense; Ciência Forense; Toner de Impressora Laser; Documentoscopia.

REFERÊNCIA1. Teixeira, S.D. dos Santos.; Silva, U. R. L.; Bezerra, C. M. C.; de Castro, A. B. C. Caracterização Da Mistura De Pó De Toner, 2016. R. Cássio. Tudo Que Você Queria Saber Sobre Partí culas De Toner E Ninguém Conseguia Explicar, 2008. Holink A.S.; Kambour R.P.; Fink D.G.; Hobbs.Y. Microstructu-ral science, 1979.

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ANÁLISE DA PRESSÃO DE PUNHO NA ESCRITA MANUAL

N������ N���, O.; S�����, J.E.S.; F������, A.Z.Insti tuto de Pesquisas Energéti cas e Nucleares – IPEN/CNEN.

INTRODUÇÃO: Todo indivíduo exibe característi cas únicas ao escrever, por uma razão fácil de se entender: quem escreve, na realidade, é o cérebro. Embora existam variações naturais na escrita, as característi cas individualizadoras estarão sempre presentes, sendo uma dessas a pressão diferencial exercida pelo instrumento escrevente sobre o suporte. Denominamos pressão diferencial às variações da força do punho do escritor exercida sobre ao longo do traçado de um texto. Trata-se de importante elemento para análise da escrita; é extremamente difí cil a um falsário reproduzir as variações de pressão de uma escrita. OBJETIVO: Neste trabalho apresentamos uma técnica não-destruti va que permite uma análise mais profunda deste fator, através da uti lização do uso conjunto de duas técnicas: a observação ópti ca com variação de luz incidente e uso de diversos fi ltros passa-banda e a análise por tomografi a de coerência ópti ca (OCT, na sigla em inglês). Através de observações sob iluminação e fi ltros especiais seguida de medições precisas no OCT, é possível avaliar a profundidade dos sulcos causados pela pressão diferencial de punho. MATERIAIS E

MÉTODOS: Para as análises da pressão de punho de assinaturas de voluntários, uti lizou-se o equipamento ópti co Docucenter (Forensic Technology) e um aparelho de Tomografi a por Coerência Ópti ca (OCT) da Thorlabs. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Imagens ópti cas selecionaram as regiões de maiores pressões de punho, que foram posteriormente medidas no OCT com precisão de frações de milímetro. Pressões de diferentes escritores foram então comparadas para demonstrar as divergências de punho. CONCLUSÃO: O método mostrou-se perfeitamente viável nos exames de documentos, visto ser de fácil operação, ter custos compatí veis com insti tutos ofi ciais de perícia e ser uma técnica não-destruti va.

REFERÊNCIAS1. Ellen, D. - Scienti fi c Examinati on of Documents – Methods and Techniques – Taylor & Francis – Florida (2005); Wilson, J.D.; Laporte, G.M.; Cantu, A. – Diff erenti ati on of Black Gel Inks Using Opti cal and Chemical Techniques – J. Forensic Sci. Vol 49, 2, (2004).Fercher, A.F.; Drexler, W.; Hitzenberger, C.K.; Lasser, T. – Opti cal Coherence Tomography – Principles and Applicati ons – Rep. Prog. Phys. 66.

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ANÁLISE OBJETIVA DE CRUZAMENTOS DE TRAÇOS UTILIZANDO IMAGENS HIPERESPECTRAIS NO

RAMAN E TÉCNICAS QUIMIOMÉTRICAS

B����, L.R.1,2; C�����, A.B.3; B���, A.1; P�������, M.F.3

1 Departamento de Química Fundamental, Universidade Federal de Pernambuco; 2 Insti tuto de Criminalísti ca Professor Armando Samico, Polícia Cienti fi ca do Estado de Pernambuco; 3 Departamento de Engenharia Química, Universidade Federal de Pernambuco.

Ao longo dos anos, metodologias vêm sendo propostas para determinar a ordem de traços em cruzamentos, um problema recorrente da Documentoscopia (Brito et al 2017). Apesar da tendência ser o desenvolvimento de metodologias mais objeti vas com o uso de técnicas analíti cas tais como a espectroscopia Raman, a interpretação dos resultados conti nua sendo visual e, portanto, subjeti va. Este trabalho avalia o potencial das imagens hiperespectrais (HSI) no Raman associadas a técnicas quimiométricas para determinar a ordem de traços feitos com canetas do ti po gel de ti ntas azul e preta. Para tornar a interpretação dos resultados mais objeti va, foi desenvolvida uma metodologia baseada na seleção de pixels. Foram adquiridas HSI de cruzamentos envolvendo 8 canetas usando o espectrômetro Raman SENTERRA II confocal da Bruker. Os espectros foram pré-processados com os mínimos quadrados assimétricos (AsLS) e normalização vetorial e as imagens foram analisadas uti lizando-se k-means, Resolução Multi variada de Curvas com Mínimos Quadrados Alternados (MCR-ALS) e Análise Discriminante por Mínimos Quadrados Parciais (PLS-DA). A determinação da ordem dos traços com o k-means foi feita de forma visual, analisando-se as imagens falsas obti das; com a MCR-ALS, além da análise visual, foi calculada a quanti dade de pixels pertencentes a cada ti nta na

região do cruzamento com base na concentração média e desvio padrão das concentrações de cada ti nta separadamente e considerando os valores dos limites inferiores de dois intervalos de confi ança (95% e 99%); com a PLS-DA, também foi feita a análise visual e calculada a quanti dade de pixels, mas, nesse caso, foram uti lizados os valores limites defi nidos pelo soft ware PLS_Toolbox e o valor padrão comumente uti lizado (0,5). Foram selecionados os pixels, na região do cruzamento, cujos valores de concentração eram iguais ou maiores do que os valores limites e considerou-se que o traço que estava por cima era aquele cuja ti nta apresentou a maior quanti dade de pixels selecionados. Tanto na análise visual quanto na objeti va, os melhores resultados foram obti dos para a MCR-ALS, tendo-se obti do percentuais de acerto de 46,4% e 73,2%, respecti vamente. Os resultados da análise objeti va representam uma melhora signifi cati va quando comparados aos da análise visual e demonstram o potencial da metodologia, que pode ser uti lizada na roti na dos peritos.

REFERÊNCIA1. Brito, L. R.; Marti ns, A. R.; Braz, A.; Chaves, A. B.; Braga, J. W.; Pimentel, M. F. Criti cal review and trends in foren-sic investi gati ons of crossing ink lines. Trends in Analyti cal Chemistry. 2017; 94: 54-69. doi: htt ps://doi.org/10.1016/j.trac.2017.07.005.

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IDENTIFICAÇÃO DA ORDEM CRONOLÓGICA DE CRUZAMENTOS DE TRAÇOS EM DOCUMENTOS REAIS POR IMAGEM HIPERESPECTRAL NA REGIÃO VISÍVEL

M������, A.R.1; T��������, M.1; B����, J.W.B.2; B���, A.3

1 Insti tuto Nacional de Criminalísti ca, Polícia Federal, Brasília- DF; 2 Laboratório de Automação, Quimiometria e Química Analíti ca (AQQUA), Insti tuto de Química, UnB; 3 Laboratório de Combustí veis, Departamento de Engª. Química, UFPE

Um dos desafi os da Documentoscopia é a determinação da ordem de cruzamentos de traços. Métodos objeti vos vêm sendo desenvolvidos no intuito de reduzir a infl uência do analista1. Este estudo mostra a aplicação de uma metodologia baseada em imagem hiperespectral na região visível e Resolução Multi variada de Curvas (MCR) para solucionar casos de cruzamentos de traços entre canetas esferográfi cas. As análises foram realizadas no VSC 6000 (Foster e Freeman) disponível no Insti tuto de Criminalísti ca da Policia Federal do Distrito Federal, empregando os modos refl etância (400 e 1000 nm) e hiperespectral. Os dados foram tratados por MCR através

da ferramenta HyperTools2, uti lizando 2 componentes e a restrição de não negati vidade. A fi gura 1 apresenta um dos casos em que o método foi aplicado, na qual são apresentados os mapas de distribuição do MCR de três regiões da evidência questi onada, cuja escala de cores (do azul para o vermelho) indica a ordem crescente de intensidade relacionada à presença de cada ti nta. Pretendia-se saber se o traço horizontal rasurado foi executado antes ou depois da assinatura. Observa-se que há uma conti nuidade no traço horizontal e uma interrupção na assinatura, o que indica que o traço rasurado foi escrito depois da assinatura.

Figura 1 - Resultado da análise por MCR de um cruzamento entre assinatura e traço horizontal.

O método apresentado foi aplicado com sucesso em outras investi gações criminais reais, as quais geraram laudos ofi ciais de insti tuições policiais federal e estadual. Tem como vantagens ser não destruti vo e obter caracterização química de uma área grande da evidência, conferindo objeti vidade e aumentando a confi abilidade da perícia, o que viabiliza sua aplicação

em análises de roti na e amplia o uso do VSC para a análise de cruzamentos.

REFERÊNCIAS1. Brito, L. R. e; Marti ns, A. R.; Braz, A.; Chaves, A. B.; Braga, J. W.; Pimentel, M. F. ;Trends Anal. Chem. 2017, 54.2. Amigo, J. M.; Mobaraki, N. ;Chemom. Intell. Lab. Syst. 2017, 1.

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ENSINO DE CIÊNCIAS FORENSES (ECF)

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A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE FIOS (PÊLOS / CABELOS) HUMANOS NA INVESTIGAÇÃO

CRIMINALÍSTICA EM LABORATÓRIOS FORENSES

F���������, K.M.; V������, A.P.S.; V������, R.M.FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas , Faculdade de Medicina de Ribeirão

Preto - FMRP – USP , FMU – Faculdades Metropolitanas Unidas

A análise de vestí gios em locais de crime é fundamental para auxiliar no esclarecimento da dinâmica de um crime, na identi fi cação de pessoas envolvidas em um delito e até mesmo no conhecimento de sua autoria. Fios de cabelo e pêlos são capazes de fornecer informações úteis na identi fi cação de suspeitos ou víti mas. A Tricologia Forense busca estudar e analisar fi os humanos ou não, mediante metodologias laboratoriais para fi ns de identi fi cação ou reconstrução de dinâmica de crimes. O tema principal deste estudo foi destacar a aplicação da Tricologia Forense, especifi camente em relação a fi os (pêlos e cabelos) humanos, através da análise de DNA nuclear, que pode ser encontrado em fi os íntegros e que contenham bulbo e DNA mitocondrial, encontrado em fi os onde parte do material genéti co já tenha sido degradado ou o vestí gio esteja muito deteriorado. A metodologia consisti u em levantamento bibliográfi co de defi nições e ti pos de análises feitas a parti r de fi os humanos, com relevância para pesquisas em laboratórios forenses, levando em consideração questões que devem ser respondidas para eventuais resoluções de crimes. Como fonte

da pesquisa foram revisados arti gos sobre análise microscópica de fi os, principalmente morfologia e análise biológica molecular, considerando que cada folículo piloso passa por um ciclo específi co de crescimento onde se encontram duas fases: fase anágena, na qual ocorre maior síntese de DNA e intensa ati vidade mitóti ca e fase catágena, que é intermediária e onde ocorre interrupção do processo de divisão celular e início da degradação do DNA nuclear. Alternando a fase de crescimento, ocorre uma fase de repouso, onde prevalece a fase telógena, que é um período latente que dura em torno de 3 a 4 meses. Resultados mostraram que a extração de DNA, principalmente nuclear, e mitocondrial tem grande aplicação e confi abilidade na identi fi cação humana, revelando o autor e/ou víti ma de um crime, baseada em marcadores genéti cos. Finalmente, o resultado da análise de fi os humanos deve ser uti lizado em conjunto com outras evidências associadas para complementar à investi gação criminalísti ca. Palavras-chave: vestí gios. tricologia forense. investi gação criminal. DNA

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A IMPORTÂNCIA DA ATUAÇÃO DA LIGA ACADÊMICA INTERDISCIPLINAR DE CIÊNCIAS FORENSES (LACiF)

S�����, C.M.M.; P������, T.L.; S�������, C.I.; C�����, M.M.M.; M������, I.S.; R����, B.S.C.; A����, B.R.; F������, M.M.; S�����, M.P.; W������, M.M.

Universidade Federal de Pelotas, Centro de Ciências Químicas, Farmacêuti cas e de Alimentos.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação sugerem que sejam uti lizadas metodologias que privilegiem a integração entre o ensino, a pesquisa e a extensão desenvolvendo ati tudes voltadas para a cidadania. A parti r daí, surgem, cada vez mais, formas alternati vas de esti mular e comparti lhar experiências profi ssionais ainda durante a formação profi ssional. Dentre estas alternati vas estão às Ligas Acadêmicas: organizações estudanti s cujas ati vidades são executadas por meio da colaboração de professores, buscando explorar e aprofundar os conhecimentos sobre temas diversos e abrangentes com uma visão multi disciplinar. A Liga Acadêmica Interdisciplinar de Ciências Forenses (LACiF) da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) em Pelotas no RS é uma enti dade formada por um grupo de discentes de diferentes cursos de graduação sob a supervisão de docentes vinculados à UFPEL. Esta enti dade não tem fi ns lucrati vos, é aparti dária, não religiosa, de duração ilimitada e com fi nalidade de incenti var o estudo de áreas afi ns das Ciências Forenses em paralelo ao desenvolvimento de projetos extensionistas, tais como Jornadas Acadêmicas, Palestras e Minicursos. Dessa forma, têm-se por

objeti vo apresentar a contribuição do trabalho da LACiF tratando-se de um relato de experiência de ati vidades acadêmicas por discentes dos cursos de Antropologia, Biologia, Farmácia, Medicina, Odontologia, Química Forense e, entre outros cursos de graduação e pós-graduação. A LACiF tendo em vista o desenvolvimento, a promoção e a difusão de conhecimentos acerca das Ciências Forenses contribui de forma relevante para a formação acadêmica e profi ssional reiterando o conceito de Liga Acadêmica. Além disso, salientamos a importância das Jornadas Acadêmicas LACiF I e II realizadas em novembro de 2017 e junho de 2018 totalizando aproximadamente 250 parti cipantes ouvintes, 12 palestrantes e 6 minicursos com temáti cas afi ns. Sendo assim, os resultados das ati vidades da LACiF tem favorecido o comparti lhamento de conhecimentos e experiências sob diversos aspectos das Ciências Forenses por discentes, docentes e profi ssionais no estado do Rio Grande do Sul e país despertando o interesse pela atuação de especialistas e peritos com conhecimento cientí fi co e práti co pericial. Agradecimento: Cézanne Filmes (colaboradora das trilhas temáti cas das jornadas acadêmicas).

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ANÁLISE QUALITATIVA DE CHUMBO PARA SIMULAR A DETECÇÃO DE VESTÍGIOS DE DISPARO DE ARMA

DE FOGO, PARA FINS PEDAGÓGICOS

S����, F.I.1; A������, A.A.1; G������, A.F.1; C������, J.L.1; S������, V.C.2

1 Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX), Insti tuto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP; 2 Departamento de Farmacologia, Insti tuto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP.

Introdução: A química é uma disciplina que na maioria das escolas públicas, é ministrada por professores de outras áreas correlatas. Isto provoca um prejuízo na qualidade do ensino desta ciência tão importante para a sociedade. Por ser uma ciência investi gati va, dentre suas diversas aplicações, existe a química analíti ca qualitati va, que consiste em detectar a presença ou ausência de certas substâncias químicas em amostras a serem analisadas. Objeti vo: Desenvolver uma ati vidade práti ca possível de ser aplicada nas escolas técnicas ou em escola que tenha um laboratório de química mesmo com poucos reagentes e vidrarias. Essa práti ca pretendia simular uma cena de crime na qual seriam encontradas algumas luvas e outros vestí gios a serem periciados. Essas luvas deveriam ser analisadas quanto à presença ou ausência de chumbo, visando descobrir se alguma delas teria sido uti lizada por um autor de disparo de arma de fogo. Materiais e Métodos: Nesta práti ca foram uti lizadas luvas cirúrgicas de látex, soluções de nitrato de chumbo a 0,5% e iodeto de potássio, a 5,0% (m/v). Com o auxílio de um conta gotas, foi espalhada um pouco da solução de Pb(NO3)2 na região próxima dos dedos de uma luva e aguardou-se um tempo até a evaporação do solvente aquoso. Após a explicação da situação da cena do crime para

os alunos, colocou-se a solução de KI (iodeto de potássio) em um frasco contendo um bico capaz de fazer um “spray” e esta solução foi nebulizada sobre toda a superfí cie das luvas em teste. Resultados e Discussão: Na região da luva em que foi aplicada a solução contendo íons Pb+2, estes reagiram com os íons iodeto (I-) formando uma substância denominada iodeto de chumbo, de cor amarelo intenso, revelando que esta luva foi a uti lizada pelo autor do disparo da arma de fogo. A luva que não conti nha chumbo permaneceu com sua coloração natural, pois a solução reveladora (KI) é incolor. Conclusão: Esta experiência práti ca demonstrou que é possível uti lizar materiais de fácil obtenção para realizar uma reação química relati vamente simples, porém muito interessante para ressaltar a importância da química analíti ca qualitati va no contexto das ciências forenses, nas escolas de ensino médio e profi ssionalizante.

REFERÊNCIA1. OLIVEIRA, M. F. Química Forense: A uti lização da química na pesquisa de vestí gios de crime. Química Nova na Esco-la. Nº 24, Novembro, 2006. VOGUEL, A.I. Química Analíti ca Qualitati va, 1981, Editora Mestre Jou.

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CIÊNCIAS FORENSES COMO FERRAMENTA DE ENSINO E APRENDIZAGEM

P������, T.; P������, B.S.; R���, B.N.; N�������, C.; S����, C.C.; P������, C.M.P.Laboratório de Lipidômica e Bioorgânica, LLipBio (INCT Forense), Centro de Ciências

Químicas, Farmacêuti cas e de Alimentos, Universidade Federal de Pelotas.

Através da aprendizagem signifi cati va, um novo conhecimento se relaciona de maneira não-literal a um aspecto relevante da estrutura cogniti va do aluno, ou seja, a algum conceito que ele já tenha conhecimento. Com o desenvolvimento tecnológico-cientí fi co é necessário a uti lização de temas que estejam presentes na vida dos discentes, como a química contextualizada com assuntos da atualidade e do coti diano.1 As ciências forenses são uma ferramenta importante neste contexto, visto que o interesse dos jovens nesta área vem crescendo devido as séries televisivas, as quais retratam investi gações criminais.2 A Química Forense pode propiciar a oportunidade de desenvolver ati vidades interdisciplinares no processo de ensino-aprendizagem, principalmente por técnicas como revelações de digitais, identi fi cação de sangue, de substâncias entorpecentes, testes de bafômetros, exames de DNA, entre outras.3 O objeti vo do projeto foi divulgar as ciências forenses para estudantes da cidade de Pelotas/RS, a fi m de despertar o interesse pelo estudo da química, uti lizando conceitos e técnicas forenses. A metodologia consti tuiu com encontros em escolas públicas com a execução de ati vidades práti cas sobre papiloscopia, onde alunos do 3º e 4º anos revelaram suas impressões digitais com ti nta guache e uti lizaram estas imagens na criação de desenhos

e para interação entre os colegas. Com os alunos do ensino médio, foi desenvolvido o teste de bafômetro uti lizando solução de Dicromato de Potássio, e a identi fi cação de sangue uti lizando o reagente Kastler-Meyer. Resultados preliminares mostram que as técnicas foram bem sucedidas. Obteve-se os desenhos nas impressões digitais relevadas com guache, e também analisou-se a mudança de cor no teste do bafômetro e na identi fi cação de sangue. Com a realização destas ati vidades, pode-se concluir que este projeto foi efeti vo na conscienti zação de alunos do ensino fundamental e médio sobre as ciências forenses, além de despertar o interesse pelo estudo da química.

REFERÊNCIAS 1. SANTOS, O.R., SOUZA, A. D. Uti lização de experimentos de Química Forense no ensino de Química. 2014. Disponível em: htt p://www.eneq2016.ufsc.br/anais/resumos/R0423-1.pdf. 2. CRUZ, C.A.A., RIBEIRO, P.G.V., Longhinotti , E., Mazzett o, E.S. A Ciência Forense no Ensino de Química. Química Nova na Escola, n. 2, p. 167-172, 2016.3. ROSA, F.M., SILVA, S.P., GALVAN B.F. Ciência Forense no Ensino de Química por Meio da Experimentação. Química Nova na Escola, 2014.

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O USO DO JOGO “ROUBO AO BANCO” NO ENSINO DE QUÍMICA NO CONTEXTO DA QUÍMICA FORENSE

P�������, M.E.1; B�����, V.V.S.S.1; F������, I.L.1; O�������, D.S.1; G��������, M.A.B.2; L�����, M.A.M.1; W����, I.T.1; C���������, E.L.D.1

1 Universidade de Brasília; 2 Universidade Federal de Goiás.

As ciências forenses despertam o interesse de inúmeros jovens, seja através de seriados, fi lmes ou reportagens. No entanto, poucos jovens costumam se interessar por uma matéria essencial para a elucidação de crimes: a química. Uma das alternati vas para incenti var a explorar o universo da química e por meio de ati vidades lúdicas¹. Neste contexto, o jogo “Roubo ao Banco” foi desenvolvido com o objeti vo de despertar o interesse dos alunos, aplicando a química aos contextos da investi gação forense. O live-acti on, uma variação do Role Playing Game (RPG), é uma modalidade de jogo em que os jogadores interpretam os personagens¹. O jogo conta a história de um roubo ao banco. Os jogadores devem analisar a cena de crime, coletar e analisar as evidências, além de interrogar alguns suspeitos. A cena do crime é formada por um túnel (construído com tecido e arcos), que simulava a união do cofre do banco à casa onde os criminosos se reuniam. Dentro do túnel são encontradas algumas evidências: um pouco de terra, uma pá “ensanguentada”, um recibo rasgado e uma pomada Bepantol®. Os jogadores receberam um manual do jogo, o qual guiou as análises que foram feitas, como

por exemplo teste de chama para a identi fi cação de cáti ons na amostra de terra e a análise de impressão digital no recibo. Com base nos resultados e nos interrogatórios, os jogadores devem identi fi car os integrantes da quadrilha responsável pelo roubo. Ao fi nal do jogo, eles elaboraram um laudo indicando os culpados e os fundamentos que os fi zeram chegar a essa conclusão. O jogo “Roubo ao banco” é uma ati vidade lúdica, relati vamente complexa, que envolve os estudantes tanto nas etapas de criação (escolha das evidências a serem analisadas, montagem da cena, preparação dos testes, etc.) quanto na realização do jogo propriamente dito. É uma ati vidade que proporciona uma discussão sobre diversos aspectos da química básica (conceitos) e aplicada (situações de interesse forense), em uma atmosfera descontraída - o que propicia a interação dos alunos.

REFERÊNCIA1. CAVALCANTI, Eduardo Luiz Dias. O uso do RPG (Role Playing Game) no Ensino de Química. Dissertação de Mes-trado, Insti tuto de Química, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2007

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PRÁTICAS DE QUÍMICA FORENSE NO ENSINO TÉCNICO EM QUÍMICA

S����, F.I.1; A������, A.A.1; G������, A.F.1; S������, V.C.2

1 Centro de Assistência Toxicológica (CEATOX), Insti tuto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP; 2 Departamento de Farmacologia, Insti tuto de Biociências de Botucatu – UNESP, Botucatu SP.

Introdução: A química forense pode ser defi nida como a aplicação dos conhecimentos e técnicas químicas como um apoio à justi ça na resolução de crimes. Objeti vo: Elaborar e realizar algumas práti cas envolvendo reações químicas de modo a simular aplicações forenses, a fi m de esti mular o interesse dos alunos pela química e outras ciências. Materiais e Métodos: Foi preparada uma simulação de cena de crime, com a parti cipação dos professores e dos alunos do 3º módulo do curso técnico em química de uma ETEC (Escola Técnica) situada na cidade de São Manuel - SP. Foi ministrada para os alunos ingressantes no curso, uma palestra sobre a química forense e em seguida, os alunos do 3º módulo do curso realizaram as práti cas e explicaram os fenômenos envolvidos. Foram realizadas análises qualitati vas visando detectar íons Pb+2 nas luvas previamente impregnadas com solução de Pb(NO3)2, simulando a investi gação de vestí gios de disparo de arma de fogo, uti lizando para isso, o reagente iodeto de potássio a 5%. A seguir, foi feita a revelação de impressões digitais deixadas em uma folha de papel branco, por meio da exposição com vapor de iodo dentro de um bequer fechado (devido à toxicidade do iodo). Por últi mo foi feita a simulação da “presença de sangue”, por meio da reação dos íons ti ocianato (SCN)- com íons férrico (Fe+3) no suposto “local do crime”. Resultados e Discussão: Na primeira

práti ca, formou-se uma substância de coloração amarela intensa nas regiões das luvas em que haviam vestí gios de Pb+2, diferente das luvas em que não havia a presença desses íons. Na práti ca da impressão digital, o vapor do iodo reagiu com as moléculas presentes nas impressões digitais fi xadas no papel e estas passaram de incolor para cinza escuro e o restante do papel fi cou alaranjado. Na últi ma práti ca, quando foi nebulizado o reagente cloreto férrico sobre o local que conti nha o (SCN)-, formou-se uma substância denominada ti ocianato férrico, de cor vermelho-sangue. No entanto, para evitar confusão dos alunos, foi esclarecido que essa reação foi feita pelo fato de se parecer com sangue, mas na realidade ela não o detecta. Foi explicado que um dos produtos para detectar traços de sangue é o luminol. Conclusão: Este trabalho demonstrou que é possível empregar algumas reações químicas simples e de baixo custo para moti var os alunos quanto ao interesse pela química e demais ciências forenses.

REFERÊNCIA1. OLIVEIRA, M. F. Química Forense: A uti lização da química na pesquisa de vestí gios de crime. Química Nova na Esco-la. Nº 24, Novembro, 2006. VOGUEL, A.I. Química Analíti ca Qualitati va, 1981, Editora Mestre Jou.

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QUÍMICA FORENSE E O LABORATÓRIO DE ENSINO: NOVAS PERSPECTIVAS E EXPERIMENTOS

B�����, K.R.S.; S����, R.H.; P������, M.L.D.A.P.; C�����, J.G.M.; N����, G.C.S.; S���� J�����, L.P.S.; C����, L.C.A.

Departamento de Química, ICE, Universidade Federal do Amazonas.

Este estudo buscou empregar as ciências forenses como ambiente não formal de ensino. Foram abordados temas atuais e cujos princípios estão pautados em conceitos químicos abordados no ensino médio e que são mostrados em séries de TV. O objeti vo principal foi empregar um tema de alcance e interesse dos jovens como forma de ensino e divulgação da ciência. Os experimentos foram desenvolvidos pelos alunos do Programa “Desvendando as Ciências Forenses” em 2017-2018 e a formação de alunos do ensino médio de escolas de Manaus no ano corrente. A metodologia consisti u no levantamento bibliográfi co de experimentos que possam ser desenvolvidos por professores do ensino médio (levando em consideração o assunto abordado e os materiais necessários para sua realização), posterior oti mização desses experimentos e ao fi nal aplicação junto aos alunos em escolas públicas e privadas da capital. Foram desenvolvidos experimentos relacionados (1) à revelação da ti pagem sanguínea empregando soluções de sais como amostras e reagentes além reações de precipitação como forma de identi fi cação; (2) realização de teste de alcoolemia por ti tulação em amostras sintéti cas; (3) análise por cromatografi a em papel de amostras de batom e canetas esferográfi cas e ao fi nal (4) o estudo da estrutura, organização dos resultados e redação de um laudo pericial. Os alunos do ensino médio receberam um curso de formação

com duração de 20 horas fi nalizando com a perícia de uma cena de crime fi ctí cia. Coube a eles identi fi car os vestí gios, coletar, analisar, confeccionar o laudo buscando identi fi car nexo causal entre os vestí gios e se possível, a autoria do delito. Resultados mostraram que os alunos têm interesse imediato no tema, parti ciparam de todo o treinamento e se empenharam para realizar um trabalho efi ciente. Observou-se que existem muitas lacunas no conhecimento cientí fi co desses alunos e defi ciência na língua pátria, ao mesmo tempo em que se mostraram interessados a vencer essas difi culdades. Como este é um projeto relati vamente novo e o tema ainda é pouco abordado no estado, busca-se iniciar um estudo sobre a inter-relação entre o nível de aprendizagem do aluno do ensino médio do estado, evasão e como a ferramenta descrita pode ser empregada como forma de incenti var esses jovens a permanecer na escola e ingressar nas carreiras de ciências.

REFERÊNCIAS1. Branco, R. P. O. (organizadora). Química Forense sob Olha-res Eletrônicos. Campinas, SP. Millennium Editora. 2005.2. Tocchett o, D. (organizador). Dati loscopia e Revelação de Impressões Digitais. Campinas, SP. Millennium Editora. 2012.3. Dorea, L. E. (organizador). Local de Crime. 2a. Ed. Campi-nas, SP. Millennium Editora. 2012.

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USO DO TEMA GERADOR: QUÍMICA FORENSE, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA COM ALUNOS DO CURSO DE LICENCIATURA

EM QUÍMICA DO IFRJ – CAMPUS DUQUE DE CAXIAS

P����, V.S.N.; O�������, P.P.IFRJ – Insti tuto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro – Campus Duque de Caxias.

O presente trabalho teve por objeti vo fornecer ferramentas metodológicas relacionadas ao tema Química Forense como meio de aprendizagem signifi cati va para os licenciandos em química do Insti tuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, campus Duque de Caxias. Primeiramente foi empregado um questi onário que versava sobre a relação entre alunos do curso de licenciatura em química com as disciplinas de Metodologia do Ensino de Química e Pesquisa em Ensino de Química, destacando-se as metodologias que podem ser aplicadas ao longo das aulas de Química. A seguir realizou-se uma ofi cina temáti ca sobre Química Forense, resgatando-se relatos investi gati vos relacionados a crimes de ampla divulgação por parte da mídia, a nível nacional.

Discuti u-se as técnicas uti lizadas para revelação de impressões digitais, desde a antropometria ao sistema atual. Outros temas químicos envolvendo manchas de sangue, balísti ca, adulteração de chassi e uso de drogas. A terceira etapa do projeto foi a vivência de uma cena de crime, com a presença de um policial militar do estado do Rio de Janeiro, na qual os licenciandos poderiam discuti r, através da simulação, as técnicas e materiais uti lizados nas ofi cinas temáti cas da segunda etapa do trabalho. Como conclusão do trabalho, foi realizada uma discussão acerca dos procedimentos que poderiam ser feitos pelo futuro professor de química no tocante ao tema Química Forense e suas contribuições para os estudantes de ensino médio, que serão os públicos-alvo destes profi ssionais.

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ENTOMOLOGIA FORENSE (EF)

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COLEOPTEROFAUNA ASSOCIADA A CARCAÇAS DE SUÍNOS COM FERIMENTOS PERFURO-CORTANTES

B���, A.C.S.1; E������, A.D.M.M.1,2; P����, M.C.1; M���������, K.B.1,3; O�������, F.C.1,2; R��������, L.S.1; R������, I.B.1; S����, D.F.1; A���������-J�����, W.F.1,2,3

1 Laboratório de Ecologia comportamental (LabECo), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Dourados-MS, Brasil; 2 Programa de Pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Universidade Federal da Grande Dourados, 79804-970 Dourados-MS, Brasil; 3 Programa de Pós-graduação em Recursos

Naturais, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, 79804-970 Dourados-MS, Brasil.

Dentre os insetos de interesse forense, os coleópteros são considerados como a segunda ordem de maior importância para as ciências forenses, ocorrendo principalmente nos estágios fi nais da decomposição [1]. Sua abundância pode ser infl uenciada por diversos fatores presentes no local da morte e no cadáver. Desta forma o objeti vo deste estudo foi avaliar a riqueza de coleópteros em carcaças de suínos com ferimentos perfuro-cortantes. Para isso, foram expostas duas carcaças em uma plantação de cana-de-açúcar próximo a Fazenda Experimental de Ciências Agrárias/UFGD, Dourados, MS. Em um dos porcos foram realizados ferimento após a morte com auxílio de um bisturi, a fi m de simular uma morte violenta. Em outro porco não foi realizado nenhum ti po de ferimento. As coletas foram realizadas de forma ati va e ocorreram durante o estágio de decomposição denominado como “Secos e Restos”. Foram coletados um total de 47 espécimes nos dois modelos suínos, sendo que 11 ocorreram no porco sem ferimento e 36 no porco com ferimento. As famílias de coleópteros encontrados nas carcaças foram: Cleridae (N=30), Dermesti dae (N=7), Histeridae (N=4), Staphylinidae (N=4), Scarabaeidae (N=1) e Trogidae (N=1). As famílias Histeridae e Scarabaeidae foram exclusivas para o suíno com ferimento. Entretanto, observou-se

que o porco com ferimento teve sua decomposição antecipada, um dia de diferença do porco sem ferimento. Estes resultados demonstram que se caso a carcaça apresentar ferimentos, ou seja, pontos de acesso à área úmidas, além nos orifí cios naturais, este sofrerá mais ação dos insetos tendo sua decomposição acelerada. Estes ferimentos serão mais atrati vos para a entomofauna, aumentando a abundância encontrada no local. As espécies encontradas aqui já foram descritas em outros estudos, sendo frequentes nos estágios fi nais da decomposição [2]. Desta forma, podemos concluir que alguns fatores devem ser levados em consideração no momento da uti lização dos insetos para as investi gações criminais, sobretudo em relação aos padrões de sucessão dos coleópteros em víti mas com ferimentos.

REFERÊNCIAS1. Matuszewski S, Bajerlein D, Konwerski S, Szpila K. (2008). An initi al study of insect succession and carrion decomposi-ti on in various forest habitats of Central Europe. Forensic Sci Int 180(2-3):61- 69.2. Mise, K. M., Almeida, L. M. D., & Moura, M. O. (2007). A study of the Coleoptera (Insecta) fauna that inhabits Sus scrofa L. carcass in Curiti ba, Paraná. Revista Brasileira de en-tomologia, 51(3), 358-368.

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COMPOSIÇÃO DA FAUNA DE DÍPTEROS ASSOCIADOS À DECOMPOSIÇÃO DE MACACO PREGO (Sapajus libidinosus Spix, 1823) NO CAMPUS SAMAMBAIA

DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

B����, B.G.O.; B������, L.O.; L����, W.R.; S����, B.M.Laboratório de Insetos Necrófagos, ICB, Universidade Federal de Goiás

Estudos sobre a decomposição e a entomofauna cadavérica em primatas são escassos e de grande relevância uma vez que os seres humanos e outras linhagens de “macacos” apresentam proximidade fi logenéti ca bastante recente. Porém, em estudos de entomologia forense é freqüente a uti lização de suínos como modelos no estudo da decomposição, tanto por questões bioéti cas quanto devido a semelhanças fi siológicas com humanos. Para verifi car a composição da entomofauna, com ênfase em Diptera, associada à decomposição de um macaco prego em seu hábitat natural foi realizado um experimento em julho de 2017 no bosque Auguste de Saint-Hilaire no Campus Samambaia. Uti lizou-se como isca uma fêmea de macaco prego (2,4 kg) morta por atropelamento. A isca foi manti da em uma bandeja com vermiculita para contenção e pupariação dos imaturos que colonizaram a carcaça e sobre esse conjunto foi instalada uma armadilha do ti po Shannon modifi cada. As coletas de adultos foram realizadas diariamente no mesmo horário (entre as 10:00 e 11:00 horas). Durante os quinze dias do experimento o recurso permaneceu atrati vo. Nesse período foram observados três estágios de decomposição (Fresco, Inchamento e Decomposição Ati va). Foram coletados 557 indivíduos

adultos de dípteros, distribuídos em 9 famílias. As famílias representadas foram: Fanniidae (26,07%), Phoridae (26,07%), Sarcophagidae (22,66%), Calliphoridae (11,87%) Muscidae (7,01%), Drosophilidae (5,21%), Piophilidae (0,53%), Ulidiidae (0,35%) e Neriidae (0,17%). Com excessão desta últi ma, todas as demais famílias são de interesse forense por terem espécies necrófagas. Apesar de Fanniidae, Phoridae e Sarcophagidae terem maior número de indivíduos coletados, somente representantes das famílias Phoridae e Sarcophagidae apresentaram constância durante todos os dias de experimento, corroborando com estudos anteriores. As famílias com maior frequência de ocorrência foram as mesmas que são registradas tanto para carcaças de suínos quanto para cadáveres humanos. Diante dos resultados, é necessário que mais estudos sejam realizados na área a fi m de explorar as possibilidades dessa ciência de estudo.

REFERÊNCIA1. S. Matuszewski, D. Bajerlein, S. Konwerski, K. Szpila, An initi al study of insect succession and carrion decompositi on in various forest habitats of Central Europe, Forensic Sci. Int. 180 (2008) 61–69.

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DETECÇÃO DO INSETICIDA TIAMETOXAM EM LARVAS DE MOSCAS COLETADAS EM CARCAÇAS DE SUÍNOS CONTAMINADOS

E������, A.D.M.M.1,2; P����, M.C.1; O�������, F.C.1,2; M���������, K.B.1,3; B���, A.C.S.1; L����, B.M.M.4; R��������, L.S.1; C������, C.A.L.3,4; A���������-J�����, W.F.1,2,3

1 Laboratório de Ecologia comportamental (LABECO), Centro de estudo em Recursos Naturais (CERNA), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Dourados-MS, Brasil; 2 Programa de Pós-graduação em Entomologia e Conservação da

Biodiversidade, Universidade Federal da Grande Dourados, 79804-970 Dourados-MS, Brasil; 3 Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, 79804-970 Dourados-MS, Brasil; 4 Programa de

Pós-Graduação em Química, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 79804-970 Dourados-MS, Brasil.

Os insetos são muito uti lizados em procedimentos relacionados a processos criminais, um destes é a análise toxicológica, com a fi nalidade de identi fi car substâncias tóxicas presentes no tecido da víti ma, bem como, o efeito causado por estas substâncias no desenvolvimento destes insetos, sendo esta área denominada como entomotoxicologia [1]. Desta forma, o objeti vo deste estudo foi avaliar a presença do inseti cida ti ametoxam em larvas de moscas coletadas em carcaças de suínos. Para isso, foram expostas duas carcaças em uma plantação de cana-de-açúcar próximo a Fazenda Experimental de Ciências Agrárias/UFGD, Dourados, MS. Sendo um porco contaminado com inseti cida e outro controle (não foi submeti do a contaminação). As larvas foram coletadas em 4 regiões: cabeça, genitálias, sob e sobre o corpo, perfazendo um total de 10 larvas por região. A massa das amostras entomológicas variou de 0,05g a 0,90g para a carcaça tratada com ti ametoxam e 0,01g a 1,04g para o controle. As extrações do material entomológico foram realizadas empregando colocar aqui os

solventes e as análises foram realizadas empregando cromatografi a líquida de alta efi ciência. A carcaça tratada com ti ametoxam, em geral, apresentou uma quanti dade menor de larvas. O ti ametoxam variou de 0,21ng/g a 0,29ng/g nas larvas presentes na carcaça contaminada, demonstrando que a contaminação das larvas se manteve constante durante todo o processo de decomposição. Portanto, estes resultados apontam que larvas de moscas em contato com ambientes tóxicos têm o potencial de acumular substâncias em seus tecidos. Trata-se de uma resposta ao estresse causado pela presença de algo exógeno ao ambiente em que a espécie vive. Assim, é possível concluir que larvas de moscas em contato com cadáveres contaminados por ti ametoxam podem ser uti lizadas como vestí gios para análises toxicológicas.

REFERÊNCIA1. Introna, F., Campobasso, C. P., & Goff , M. L. (2001). En-tomotoxicology. Forensic Science Internati onal, 120(1), 42-47.

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DETERMINAÇÃO DA DL50 DO INSETICIDA TIAMETOXAM NA MOSCA VAREJEIRA Chrysomya Megacephala (DIPTERA: CALLIPHORIDAE)

L����, B.M.M.3; P����, M.C.1; E������, A.D.M.M.1,2; C������, C.A.L.3; A���������-J�����, W.F.1,2

1 Laboratório de Ecologia comportamental (LABECO), Centro de estudo em Recursos Naturais (CERNA), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Dourados-MS, Brasil; 2 Programa de Pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Universidade Federal da Grande Dourados, 79804-970 Dourados-MS, Brasil; 3 Programa de Pós-

graduação em Química, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, 79804-970 Dourados-MS, Brasil.

Nos últi mos anos vêm aumentando a ocorrência de achados de corpos em meio a canaviais devido a facilidade de ocultação do cadáver nestes locais. Neste senti do caso ocorra a aplicação de inseti cidas, este corpo pode ser contaminado e isto poderá infl uenciar a fauna cadavérica, alterando a taxa de decomposição. O inseti cida que vem sendo muito uti lizado para a cultura da cana-de-açúcar é o ti ametoxam [1]. É de suma importância saber qual é a ação deste ti po de substância em diferentes espécies de mosca, principalmente durante os estágios imaturos. Sendo assim, o objeti vo desde estudo foi determinar a dose letal mediana (DL50) do inseti cida ti ametoxam sobre o ovo e todos instares larvais da espécie de mosca varejeira de importância forense Chrysomya megacephala. Para este experimento foram avaliados 150 ovos (N=3) e 150 larvas (N=3) para os instares larvais (L1, L2, L3). Os testes foram realizados em 9 concentrações diferentes variando de 2760 a 6,9 mg L-1, sendo 3 ensaios independentes para cada concentração. Foi empregado como referência a concentração indicada do inseti cida Actara 250WG para a cultura de cana-de-açúcar (1000 g ha-1). Para cada ensaio uti lizou-se 30 gramas de carne moída contaminadas com 1 mL das soluções para cada concentração e acondicionados potes plásti cos. Adicionou-se posteriormente os

imaturos em cada pote e acondicionou-os em BOD com temperatura controlada de 25ºC. Foram obti dos como valores de DL50 47,67 mg L-1 para o ovo, 233,1415 mg L-1 para L1, 973,75 mg L-1 para o L2 e 2584,75 mg L-1 para L3. As doses letais de cada estágio foram obti das através de retas individuais de cada estágio, obtendo o valor do coefi ciente de correlação (R): 0,9878 para a DL50 do ovo, 0,99235 para a L1, 0,9913 para L2 e 0,9967 para L3, o que demonstram que os resultados são confi áveis. Os dados obti dos mostram que há uma ascensão da concentração letal do inseti cida Actara 250WG em relação ao desenvolvimento dos imaturos, uma vez que a dose letal no 3° instar é cerca de 50 vezes maior do que a dose letal para o ovo. Os resultados são importantes para a ciências forenses, pois mostra que é necessário conhecer a dose letal para imaturos, uma vez que estes são os abundantes e frequentes em carcaças, e serão impactados caso expostos a toxina, afetando o tempo de decomposição e a esti mati va do IPM.

REFERÊNCIA1. Dinardo-Miranda, L. L., Gil, M. A. (2007). Esti mati va do nível de dano econômico de Mahanarva fi mbriolata (Stål)(Hemiptera: Cercopidae) em cana-de-açúcar. Braganti a, 66(1), 81-88.

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DETERMINAÇÃO DA IDADE PUPAL DE UMA ESPÉCIE DE MOSCA DE IMPORTÂNCIA FORENSE: IMPLICAÇÕES

PARA ESTIMATIVA DO INTERVALO PÓS-MORTE

P����, M.C.1; M���������, K.B.1,3; E������, A.D.M.M.1,2; O�������, F.C.1,2; L����, B.M.M.4; B���, A.C.S.1; C������, C.A.L.3,4; A���������-J�����, W.F.1,2,3

1 Laboratório de Ecologia comportamental (LabECo), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Dourados-MS, Brasil; 2 Programa de Pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Universidade Federal da Grande Dourados, 79804-970 Dourados-MS, Brasil; 3 Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, 79804-970 Dourados-

MS, Brasil; 4 Programa de Pós-graduação em Química, Universidade Federal da Grande Dourados, 79804-970 Dourados-MS, Brasil.

As moscas varejeiras são importantes no campo das ciências forenses, sendo uti lizadas principalmente para a esti mati va do Intervalo Pós Morte (IPM) [1]. Para isso é necessário uti lizar o indivíduo mais velho presente no cadáver, que muitas vezes são pupas encontradas nas imediações [1]. Seria vantajoso então, uma técnica para se determinar a idade desta pupa, uma vez que o método mais uti lizado é a criação destes imaturos até a emergência, para posterior determinação da idade e consequentemente esti mar o IPM. Desta forma o objeti vo deste trabalho foi avaliar os compostos químicos cuti culares para determinar a idade da pupa de Chrysomya megacephala. Para o experimento foram uti lizadas cerca de 500 larvas da geração F1, proveniente de adultos selvagens coletados no município de Dourados-MS, Brasil. Assim que a pupação se iniciou, foram feitas extrações a cada hora (N=7) desde a hora 0 até a décima hora. Após isso foram coletas amostras a cada 12 horas (N=7) até o momento da eclosão dos adultos. No total, foram identi fi cados 32 compostos nas pupas de diferentes idades da mosca C. megacephala. Foi possível detectar

uma diferença qualitati va e quanti tati va e diferença signifi cati va (Wilks’ lambda= 0,000; F= 3,894; p=0.0000) entre o perfi l de hidrocarbonetos cuti culares de pupas de diferentes idades. Os compostos identi fi cados compõem a classe de alcanos ramifi cados, alcanos lineares, alcenos, alcadienos e alcanólides. De forma geral, até a 13ª hora de desenvolvimento da pupa, é possível observar maior área de alcanos ramifi cados, seguido dos alcanos lineares e por últi mo os alcenos. A parti r da 14ª hora há um aumento signifi cati vo dos alcenos e uma redução drásti ca dos alcanos ramifi cados e lineares. Nesse senti do, saber como esta evolução do perfi l químico cuti cular ocorre em resposta ao tempo, pode auxiliar nas investi gações. A hipótese do estudo foi confi rmada, indicando, que há uma evolução signifi cati va do perfi l de CHCs da pupa de C. megacephala no decorrer do seu tempo de desenvolvimento.

REFERÊNCIA1. Amendt, J., Krett ek, R., & Zehner, R. (2004). Forensic ento-mology. Naturwissenschaft en, 91(2), 51-65.

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DIVERSIDADE DE COLEOPTERA ASSOCIADOS À DECOMPOSIÇÃO DE CARCAÇA DE MACACO PREGO (Sapajus libidinosus)

Á����, M.F.A.; L����, W.R.Departamento de Ecologia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia-GO, Brasil

A entomofauna associada à carcaça é uti lizada na Entomologia Forense para esti mar o intervalo pós-morte (IPM) e Coleoptera é uma das ordens de maior interesse forense. O objeti vo deste trabalho foi verifi car a composição da comunidade de besouros que são atraídos por carcaças de macaco prego (Sapajus libidinosus) em uma unidade de conservação no município de Goiânia, GO. Para tanto, foram realizados três experimentos no bosque Auguste Saint-Hillarie uti lizando carcaças de macaco prego (Sapajus libidinosus), bastante comum dentro do Campus Samambaia da Universidade Federal de Goiás. As iscas foram colocadas em uma bandeja contendo vermiculita sob uma armadilha ti po Shannon modifi cada. Foram feitas observações diárias durante 10 dias e ao fi nal do experimento coletou-se os Coleoptera presentes na vermiculita e na carcaça. No primeiro experimento, realizado em fevereiro de 2017, foram coletados adultos (n=191) de três famílias: Histeridae (63,8%), Staphylinidae (35,6%) e Trogidae (0,6%). No segundo experimento, realizado em julho de 2017, três famílias (n=92) foram representadas: Histeridae (83,6%), Staphylinidae (10,8%) e Dermesti dae (5,6%). No

terceiro experimento, realizado em março de 2018, somente duas famílias (n=48): Histeridae (56,25%) e Staphylinidae (43,75%). Todas as famílias encontradas são de interesse forense e estavam presentes em todas as fases de decomposição da carcaça, com exceção de Trogidae que esteve presente apenas quando a carcaça já havia perdido sua atrati vidade e a maioria das larvas de Diptera já haviam empupado. Dermesti dae foram registrados somente no experimento 2 que foi realizado durante a estação de seca na região. Mas foram encontrados em todas as etapas de decomposição. Das quatro famílias encontradas, Dermesti dae e Trogidae são classifi cadas como essencialmente necrófagas, Histeridae como predadora e Staphylinidae além de ser predadora, as larvas de um dos gêneros encontrados (Aleochara) é parasitoide de larvas de moscas.

REFERÊNCIA1. ALMEIDA, Lúcia M.; MISE, Kleber M.. Diagnosis and key of the main families and species of South American Coleop-tera of forensic importance. Rev. Bras. entomol., São Paulo, v. 53, n. 2, p. 227-244, June 2009

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ESPÉCIES DE MOSCAS DE IMPORTÂNCIA FORENSE COLETADAS EM CADÁVER HUMANO EM ÁREA DE MONOCULTURA

E������, A.D.M.M.1,2; P����, M.C.1; B���, A.C.S.1; R��������, L.S.1; R������, I.B.1; S����, D.F.1; H�����, A.K.3; G����, G.V.3; H������ J�����, A.D.3; A���������-J�����, W.F.1,2

1 Laboratório de Ecologia Comportamental (LABECO), Centro de estudo em Recursos Naturais (CERNA), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Dourados-MS, Brasil; 2 Programa de Pós-graduação em Entomologia

e Conservação da Biodiversidade, Universidade Federal da Grande Dourados, 79804-970 Dourados-MS, Brasil; 3 Unidade Regional de Perícia e Identi fi cação – URPI Dourados, 79840-505 Dourados-MS, Brasil.

As moscas são consideradas o grupo de maior importância para a entomologia forense, pois localizam o corpo logo após a morte e realizam a ovipostura, além de ser o grupo mais frequente e abundante [1]. Identi fi car as espécies deste grupo é essencial para elucidar questões que podem ajudar a solucionar um crime [1]. Aqui, descrevemos o primeiro relato de caso de colonização de moscas em um cadáver após crime e ocultação em uma área de plantação no município de Dourados, MS, Brasil. No dia 02 de abril de 2018, o corpo de uma mulher foi encontrado em uma plantação de milho em avançado estágio de decomposição. Foi encontrado grande número de larvas de mosca na região genital, cabeça e outros orifí cios naturais do corpo. Foram coletadas larvas de diferentes instares em várias regiões do corpo. Todos as amostras, com exceção de uma foram identi fi cadas a nível de espécie. As espécies coletadas foram: Chrysomya albiceps (Wiedemann, 1830), Hemilucilia segmentaria (Rondani, 1850) (Calliphoridae), além de uma espécie da família Sarcophagidae. As espécies de Calliphoridae encontradas aqui já foram registradas em diferentes estudos relacionados a entomofauna cadavérica, demonstrando a importância desta família para a entomologia forense [2]. A família Sarcophagidae vem sendo indicada como a segunda

de maior importância dentre os dípteros, podendo ser muito úti l para as investi gações criminais [2]. A espécie H. segmentaria é considerada por alguns autores como uma indicadora de locais não habitados e de fl orestas preservadas [3]. Apesar do local do crime ser uma área rural, ela é cercada de fragmentos de mata. Os resultados confi rmam que a fauna de dípteros é de fato signifi cati va na colonização de cadáveres, usando-os como recurso e, por conta disto fornece várias informações que podem ajudar a solucionar um crime, como por exemplo, fornecer parâmetros para responder perguntas como, quando e onde a morte ocorreu.

REFERÊNCIAS1. Amendt, J., Krett ek, R. And Zehner, R. (2004). Forensic en-tomology. Naturwissenschaft en 91: 51–65.2. Byrd, J. H., & Castner, J. L. (2010). Insects of forensic im-portance. Byrd y Castner (Eds.). Forensic Entomology. The Uti lity of Arthropods in Legal Investi gati ons. Second editi on. CRC Press, Boca Raton, FL, USA.3. Rodrigues-Guimarães, R.; R. R. Guimarães; H. M. Barros; R. W. Carvalho, G. E. Moya-Borja. (2007). Abundância Abso-luta, Relati va e Sazonalidade de Dípteros Califorídeos (Dip-tera, Calliphoridae) na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil. Revista de Ciência e Tecnologia 7: 50–63.

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TOXICIDADE DO CHUMBO EM LARVAS DE Lucilia cuprina (Diptera: Calliphoridae)

B����, B.G.O.1; R����, T.L.2; L����, W.R.1

1 Laboratório de Insetos Necrófagos, ICB, Universidade Federal de Goiás; 2 Laboratório de Biotecnologia Ambiental e Ecotoxicologia, IPTSP, Universidade Federal de Goiás.

Entomotoxicologia é uma ciência que consiste na detecção de substâncias tóxicas em insetos necrófagos que se desenvolvam em tecidos em decomposição. Em caso de morte por arma de fogo, as larvas que colonizam o cadáver ingerem resíduos de metais presentes no projéti l, o que poderia implicar em erro na esti mati va de intervalo pós-morte (IPM), o qual é esti mado com base na biologia dos insetos necrófagos. A proposta deste estudo foi avaliar os efeitos do chumbo (Pb) no desenvolvimento de Lucilia cuprina (Wiedemann, 1830) e suas implicações na esti mati va de IPM. Para tanto, colônias de adultos coletados em campo foram manti das em gaiolas plásti cas para obtenção das neolarvas. Como substrato para oviposição foi oferecida carne bovina moída em decomposição. As neolarvas foram distribuídas em quatro tratamentos contendo dieta arti fi cial: controle e três concentrações de Pb (1, 10 e 50 µgPb g-1). Foram realizados dois bioensaios em triplicatas: um com manipulação e coleta de amostras e outro sem manipulação. Para as análises, 15 larvas em primeiro ínstar (10h) e 15 larvas em terceiro ínstar (70h) foram coletadas de cada tratamento. Os parâmetros analisados foram: taxa de mortalidade, tempo total de desenvolvimento e comprimento total. Os resultados demonstraram infl uência do Pb no desenvolvimento dos imaturos de L. cuprina nos seguintes parâmetros: taxa mortalidade,

tempo total de desenvolvimento e comprimento total. Houve mortalidade nas concentrações de 10 e 50 µgPb g-1, sendo signifi cati va (p < 0,05) na concentração de 50 µgPb g-1. O tempo de desenvolvimento dos imaturos presentes na concentração 1 µgPb g-1 foi acelerado em 24 horas comparados ao controle. Os imaturos na concentração de 50 µgPb g-1 ti veram o tempo de desenvolvimento retardado em 48 horas quando comparadas com o controle. Ao analisar o parâmetro comprimento total das larvas, foi possível observar variações signifi cati vas (p < 0,05) entre os grupos da concentração 50 µgPb g-1, apresentando aumento do comprimento nos imaturos em primeiro ínstar (10h), variando entre 0,5 mm e 1,0 mm e diminuição do comprimento dos imaturos em terceiro ínstar, variando entre 0,5 mm e 1,2 mm. Os resultados mostram infl uência do Pb em importantes parâmetros usados na esti mati va de IPM, podendo prejudicar o cálculo da esti mati va. Sendo assim, a realização de mais estudos na área é necessária para explorar o potencial dessa ciência de estudo.

REFERÊNCIA1. Wallace DR. Evoluti on of forensic entomotoxicology. Toxicol Forensic Med Open J. 2017; SE(1): Se1-Se4. doi: 10.17140/TFMOJ-SE-1-e001

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VARIAÇÃO NO PERFIL QUÍMICO CUTICULAR DE Euspilotus azureus (COLEOPTERA: HISTERIDAE)

SOB O EFEITO DO INSETICIDA TIAMETOXAM

O�������, F.C.1,2; P����, M.C.1; M���������, K.B.1,3; E������, A.D.M.M.1,2; B���, A.C.S.1; L����, B.M.M.4; R������, I.B.1; C������, C.A.L.3,4; A���������-J�����, W.F.1,2,3

1 Laboratório de Ecologia comportamental (LabECo), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Dourados-MS, Brasil; 2 Programa de Pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Universidade Federal da Grande Dourados, 79804-970 Dourados-MS, Brasil; 3 Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, 79804-970 Dourados-

MS, Brasil; 4 Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal da Grande Dourados, 79804-970 Dourados-MS, Brasil.

A superfí cie externa de todos os insetos é composta por hidrocarbonetos cuti culares (HCs), que são responsáveis por prevenir a desidratação e penetração de microrganismos patógenos, além de serem usados para a comunicação química [1]. A caracterização desses compostos vem sendo uma ferramenta complementar bastante uti lizada para identi fi cação de espécies, determinação da idade e populações de insetos de interesse forense [1]. No entanto não há nenhum estudo que caracterize a infl uência de toxinas no perfi l químico cuti cular, e se este perfi l apresenta algum padrão para que seja possível a identi fi cação e ou percepção da possível toxina no cadáver. Neste senti do o objeti vo deste estudo foi analisar a variação do perfi l químico cuti cular de Euspilotus azureus ao ingerir larvas de Diptera contaminadas com inseti cida ti ametoxam. Foram uti lizados 14 indivíduos sendo, 7 para controle (N=7) e os outros para 7 para o tratamento (N=7). Os indivíduos pertencentes ao grupo tratamento foram alimentados com as larvas contaminadas por 10µL da solução do inseti cida e o grupo controle com larvas sem qualquer toxina. No segundo dia após a ingestão do alimento, os compostos foram extraídos através da imersão do inseto em 2000 µL de hexano durante 2 minutos, e analisados por cromatografi a gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-

EM). Houve variação nos compostos cuti culares das amostras analisadas, sendo encontrado um total de 17 compostos, no entanto, 12 ocorreram no grupo controle e apenas 7 no tratamento. O comprimento de cadeia variou do C16 ao C34 para o grupo controle e do C25 ao C32 para o tratamento. Já as classes de compostos para o grupo controle foram representados por alcenos, alcanos lineares e alcanos ramifi cados nesta ordem de importância. Entretanto, no tratamento houve uma volati lização total dos alcenos. Esta perda da diversidade química pode estar relacionada ao fato de que os espécimes após a ingestão paralisavam e após 1,28±0,48 dias morriam. Sabe que os compostos de cadeias mais leves estão sujeitos a uma maior volati lização e possivelmente estes devem ter volati lizados ao passo que os indivíduos morriam. Pode concluir que há um padrão, pois após a contaminação por toxinas a diversidade química de Euspilotus azureus tende a cair, possibilitando assim inferir a possível causa de morte, auxiliando a perícia forense.

REFERÊNCIA1. Blomquist, G. J., & Bagnères, A. G. (Eds.). (2010). Insect hydrocarbons: biology, biochemistry, and chemical ecology. Cambridge University Press.

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VARIAÇÃO NO PERFIL QUÍMICO DE Dermestes maculatus (COLEOPTERA: DERMESTIDAE) SOB

O EFEITO DO INSETICIDA TIAMETOXAM

O�������, F.C.1,2; P����, M.C.1; M���������, K.B.1,3; L����, B.M.M.4; E������, A.D.M.M.1,2; B���, A.C.S.1; S����, D.F.1; C������, C.A.L.3,4; A���������-J�����, W.F.1,2,3

1 Laboratório de Ecologia comportamental (LabECo), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Dourados-MS, Brasil; 2 Programa de Pós-graduação em Entomologia e Conservação da Biodiversidade, Universidade Federal da Grande Dourados, 79804-970 Dourados-MS, Brasil; 3 Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, 79804-970 Dourados-

MS, Brasil. 4 Programa de Pós-graduação em Química, Universidade Federal da Grande Dourados, 79804-970 Dourados-MS, Brasil

A família Dermesti dae é de grande importância forense, por possuir hábito necrófago e se alimentar de pele seca e tecidos moles de animais em decomposição [1]. Em associação a estes insetos, uma ferramenta que vem sendo muito uti lizada para auxiliar nestas investi gações, provém da camada mais superfi cial da cutí cula dos insetos, na qual estão presentes os hidrocarbonetos cuti culares (HCs), que tem função de proteger contra a dessecação e microrganismos patógenos além de serem úteis na comunicação química [2]. Visto isso, o objeti vo deste trabalho foi analisar a variação dos HCs na cutí cula de Dermestes maculatus expostos ao inseti cida ti ametoxam. Para isto os indivíduos foram alimentados com carne suína contaminada com o inseti cida e com carne sem contaminação. Foram uti lizados 14 indivíduos, sendo 7 como grupo controle e 7 do tratamento, alimentados com a carne de porco contaminada com 10 µL do inseti cida (N=7). Para a análise foram extraídos os hidrocarbonetos através da imersão em 2 mL de hexano durante 2 minutos. As amostras foram analisadas por cromatografi a gasosa acoplada a espectrometria de massas. Foi possível observar uma variação qualitati va e quanti tati va entre os compostos do grupo tratamento em relação ao controle, sendo que, no total, foram identi fi cados 20 compostos, sendo 15 no grupo controle e 16 no tratamento. Os compostos variaram do C24 ao C33 para ambos, controle e tratamento. As

classes de compostos identi fi cadas correspondem aos alcenos, alcanos ramifi cados e alcanos lineares. Pode-se observar ainda que nos indivíduos do tratamento houve diminuição dos alcanos ramifi cados e em contraparti da houve aumento de alcenos e alcanos lineares. Neste senti do, por meio da análise dos HCs é possível indicar uma alteração do perfi l da espécie que pode auxiliar na precisão do Intervalo Pós- Morte (IPM), já que se sabe que espécies sob infl uência de inseti cida podem acelerar ou reduzir o tempo de desenvolvimento do inseto. Além da possibilidade de indicar uma possível translocação do corpo, sabendo quais alterações ocorrem no perfi l do inseto, pode-se reduzir as possibilidades de locais na qual o corpo possa ter sido movimentado. Assim, é possível concluir que a análise dos HCs pode ser uma importante ferramenta, apresentando padrões disti ntos que podem as auxiliar as investi gações criminais.

REFERÊNCIAS1. Charabidze, D., Colard, T., Vincent, B., Pasquerault, T., & Hedouin, V. (2014). Involvement of larder beetles (Coleop-tera: Dermesti dae) on human cadavers: a review of 81 fo-rensic cases. Internati onal journal of legal medicine, 128(6), 1021-1030.2. Blomquist, G. J., & Bagnères, A. G. (Eds.). (2010). Insect hydrocarbons: biology, biochemistry, and chemical ecology. Cambridge University Press.

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MEDICINA LEGAL (MED)

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FORENSIC DIFFERENTIATION BETWEEN PERIPHERAL AND MENSTRUAL BLOOD IN CASES OF ALLEGED SEXUAL

ASSAULT – VALIDATING AN IMMUNOCHROMATOGRAPHIC MULTIPLEX ASSAY FOR SIMULTANEOUS DETECTION

OF HUMAN HEMOGLOBIN AND D-DIMER

H���������, H.1; D��� F����, C.R.2; S��������, K.1; S������, C.3; V��������, M.1; P������, A.C.2; R���, M.G.3

1 Insti tute of Legal Medicine, University of Münster, Münster, Germany; 2 Insti tuto de Criminalísti ca, Superintendência de Polícia Técnico-Cientí fi ca, São Paulo, Brazil; 3 SERATEC® Gesellschaft für Biotechnologie mbH, Goetti ngen, Germany.

Reliable rapid tests for the detecti on of seminal fl uid and saliva exist for investi gati ng sexual assaults but the detecti on of other body fl uids, such as vaginal or menstrual fl uid, do not exist. For this purpose, the PMB test, an immunochromatographic duplex rapid test, was developed (SERATEC GmbH). It combines the use of anti bodies against human hemoglobin (for the detecti on of peripheral blood) and D-dimer (for the detecti on of menstrual blood). The test was validated for the discriminati on of blood and menstrual blood in forensic samples, and it was investi gated whether DNA extracti on from these samples and STR profi ling was possible. For validati on purposes menstrual blood on swabs (16 donors) and liquid peripheral blood samples (14 donors) were collected. The sensiti vity of the PMB test was assessed by testi ng various volumes and diluti ons of buff er and body fl uids or blood. The specifi city was investi gated using human and non-human body fl uids, including as well mixtures of human body fl uids. In additi on to the validati on samples, postmortem samples were tested. Diff erent cases were investi gated: a historical arti fact (African statue used in punishment rituals) and blood samples from 10 police

cases of alleged sexual assault were analyzed. The police cases were additi onally tested using the Feca-Cult One Step Test. DNA extracti on was done from the used test pad and from the remaining sample-buff er soluti on to conduct STR profi ling. Our results showed a defi ned detecti on limit of 240 nl of menstrual fl uid, proving the high sensiti vity of the assay. The test reliably detected the presence of human hemoglobin and identi fi es menstrual blood ‘in vitro’. The assay was successfully used on case work samples. It was possible to extract suffi cient DNA for amplifi cati on, from both the used test pad and sample-buff er soluti on. No signifi cant diff erences in peak height or quality of the STR profi les were observed between the analyzed samples. We discuss that a possible source of false positi vity could occur from postmortem samples, but it is of limited relevance, because most blood samples observed at crime scenes can be expected to originate from a living individual. Finally, we conclude that the new duplex test is a substanti al progress towards analyzing and interpreti ng evidence from sexual assault cases and providing high quality DNA profi les easily to be incorporable into standard forensic laboratory work.

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ODONTOLOGIA LEGAL (OL)

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ANÁLISE DO SEIO FRONTAL POR MEIO DE MÉTODOS BIDIMENSIONAIS E TRIDIMENSIONAIS

PARA A IDENTIFICAÇÃO HUMANA

M����, R.A.1; S����, S.P.2; S����, M.C.3; F��������, C.M.S.3

1 Departamento de Odontologia Restauradora – DOR, Universidade de São Paulo; 2 Departamento de Estomatologia, Saúde Coleti va e Odontologia Legal – DESCOL, Universidade de São Paulo; 3 Departamento

de Odontologia Social - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP.

As característi cas do seio frontal são importantes no processo de identi fi cação humana, sendo considerados, neste contexto, como a “impressão digital da face”. São informações de grande relevância para as Ciências Forenses, em parti cular para a Odontologia Legal e a Antropologia Forense. Imagens radiográfi cas do mesmo têm sido uti lizadas, tradicionalmente, com tal fi nalidade. Porém, com o advento de novas tecnologias tridimensionais e de exames por imagem computadorizados, como Tomografi as Computadorizadas, a análise tridimensional do seio frontal tornou-se possível, embora muitos pesquisadores ainda salientem a necessidade de padronização das medições e técnicas. Exames ante mortem, realizados normalmente por indicação clínica, que apresentam imagens do seio frontal, podem ser de extrema importância - e mesmo decisivos - em um processo de identi fi cação humana. Este trabalho tem como objeti vo realizar uma revisão da literatura sobre o emprego da análise do seio frontal na identi fi cação

humana, uti lizando-se métodos bidimensionais e tridimensionais. Embora a verifi cação dos seios frontais seja realizada por métodos bidimensionais tradicionalmente, através das radiografi as, observa-se uma crescente tendência de estudos destes por tomografi a computadorizada, que possibilitam uma abordagem tridimensional e grande precisão em todas as medições. Apesar da análise tridimensional não ser uma roti na, o seu uso é, indiscuti velmente, uma excelente ferramenta proporcionada pelo as novas tecnologias.

REFERÊNCIAS1. Silva RLB, Chilvarquer I, Ph D. The Frontal Sinus Cavity Exhibits Sexual Dimorphism in 3D Cone-beam CT Images and can be Used for Sex Determinati on *. 2017;(11):1–7.2. Da Silva RF, Pinto RN, Ferreira GM, Daruge E. Importância das radiografi as de seio frontal para a identi fi cação humana. Braz J Otorhinolaryngol. 2008;74(5):798.

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ANÁLISE DOS PROCESSOS ENVOLVENDO A RESPONSABILIDADE CIVIL DE CIRURGIÕES DENTISTAS NO MUNICÍPIO DE FRANCA, SP

B�����, B.S.1; B�����, A.C.T.2; S����, R.H.A.2

1 Departamento de Patologia e Medicina Legal, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2 Departamento de Estomatologia, Saúde Coleti va e Odontologia Legal, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.

Os cirurgiões-denti stas, no decorrer de sua profi ssão, estão sujeitos a responder perante as esferas civil, penal, éti ca e administrati va e, especifi camente a responsabilidade civil, tem por objeti vo, reparar uma pessoa pelo dano sofrido. Para que se estabeleça essa responsabilidade, é necessário a presença de uma conduta, um dano e um nexo de causalidade entre eles. Atualmente, a população vem adquirindo cada vez mais acesso à informações e à Justi ça, o que vêm gerando um maior número de lití gios contra cirurgiões-denti stas. O objeti vo desse trabalho foi levantar e analisar os processos de responsabilidade civil instaurados contra os profi ssionais do município de Franca (SP), a parti r de listagem disponibilizada pela Associação Paulista de Cirurgiões-Denti stas (APCD), entre os anos 2015 e 2018. Através de uma busca no site do Tribunal de Justi ça de São Paulo, foi realizado um levantamento do número de processos e selecionados os que se tratavam de ações movidas contra os profi ssionais. Entre os 279 nomes pesquisados, foram encontrados um total de oito processos envolvendo a Odontologia, encontrados em maior número no ano de 2015, e tendo como especialidade mais envolvida a Implantodonti a.

Foi verifi cada a contratação de Assistente Técnico Pericial em apenas um dos processos e, em dois casos foi acionado o seguro de responsabilidade civil. Foi verifi cado presença de laudo pericial em três dos processos e, dentre os três processos já julgados, dois foram considerados procedentes. Conclui-se, diante do exposto, que processos de responsabilidade civil envolvendo a Odontologia são uma realidade nos dias atuais e que é essencial que o cirurgião-denti sta conheça as questões que envolvem a responsabilidade profi ssional.

REFERÊNCIAS1. Lino Junior HL. Levantamento de processos de responsa-bilidade civil envolvendo a odontologia na comarca de Lon-drina, Paraná, Brasil. Revista Juridica.vol.01, nº46, pp.515-531, Curiti ba, 2017.2. Medeiros UV, Coltri AR. Responsabilidade civil do cirur-gião-denti sta. Rev bras odontol. 2014;71(1):10–6. 3. Terada ASSD; Araujo LG; Flores MRP, Silva RHA. Responsa-bilidad Civil del Cirujano-Denti sta: Análisis de las Demandas Presentadas en el Municipio de Ribeirão Preto-São Paulo, Brasil Int. J. Odontostomat. 2014;8(3):365-369.

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ESTIMATIVA DE IDADE DENTAL POR MEIO DA METODOLOGIA LONDON ATLAS EM RADIOGRAFIAS PANORÂMICAS

S����, A.M.S.1; R�����, F.B.1; G��������, M.A.2; A�Q������, S.J.3; J��������, V.2; S����, R.H.A.1

1 Departamento de Estomatologia, Saúde Coleti va e Odontologia Legal, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2 Departamento de Patologia e Medicina Legal, Faculdade de Medicina de

Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 3 Forensic Odontology, King Saud University, Arábia Saudita.

A esti mati va de idade dental é conti nuamente necessária para fi ns judiciais e é relevante para razões criminais. Os métodos radiográfi cos são facilmente reproduzidos, de fácil entendimento e as radiografi as podem ser empregadas no reconhecimento da idade tanto de cadáveres quanto de pessoas vivas ou desconhecidas. O objeti vo do deste estudo foi avaliar a precisão do método London Atlas na esti mati va de idade em amostra brasileira, verifi cando sua confi abilidade e viabilidade em contexto pericial. Para a metodologia foram avaliadas 288 radiografi as (155 mulheres e 133 homens) panorâmicas, incluindo indivíduos entre cinco e 23 anos de idade, para determinar as fases de erupção de todos os dentes presentes e esti mar a idade de cada indivíduo. Os resultados constataram uma tendência do método em superesti mar a idade real, onde p<0,001 em ambos os sexos e lados. A superesti mação da idade ocorreu em maior número em indivíduos do sexo feminino, quando comparado

ao sexo masculino. Do mesmo modo foi observado que a precisão diminuiu conforme o avanço da idade, entretanto os achados estão de acordo com o que tem sido observado na literatura. Baseado nos resultados ati ngidos, concluímos que apesar de a superesti mação da idade em algumas faixas etárias ser maior do que o esperado, os dados obti dos mostram boa precisão do método.

REFERÊNCIAS1. Willems G, Olmen VA, Spiessens B, Carels C. Dental age esti mati on in Belgian children: Demirjian’s technique revisi-ted. J Forensic Sci. 2001;46(4):893-5. 2. Maber M, Liversidge HM, Hector MP. Accuracy of age es-ti mati on of radiographic methods using developing teeth.ForensicSci Int. 2006 15;159(1):S68-73.3. Priyadarshini C, Puranik MP, Uma SR.Dental Age Esti mati on Methods: A Review. Int J Advanced Health Sci 2015;12(1).

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O CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DE ODONTOLOGIA A RESPEITO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER

S����, S.P.; S����, R.H.A.Departamento de Estomatologia, Saúde Coleti va e Odontologia Legal, Faculdade

de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.

Considerado hoje não somente um assunto da esfera judicial, mas também como um problema de saúde pública, esti ma-se que uma a cada quatro mulheres seja ati ngida pela violência domésti ca e, nesse senti do, deve-se considerar o cirurgião-denti sta um agente em potencial na identi fi cação desta situação, já que múlti plas lesões em sua área de atuação podem ser encontradas. O objeti vo deste trabalho foi verifi car o conhecimento de estudantes do primeiro e últi mo período de um curso de Odontologia frente ao tema violência domésti ca contra a mulher. Foram aplicados questi onários objeti vos em 94 sujeitos da pesquisa, com posterior análise descriti va dos dados. Frente ao conhecimento da descrição e epidemiologia da violência domésti ca contra a mulher, 92% dos alunos de 10º período ati ngiram o nível alto, referente a máxima pontuação, enquanto 77% dos pertencentes ao 1º período ati ngiram tal escore. Em relação ao grupo de questões legais, éti cas e manejo de casos as taxas obti das para um desempenho designado como Bom, com um acerto mínimo de 3 questões, foram de 82% e 94%, para o primeiro e últi mo ano, respecti vamente. Entretanto, esse número apresenta uma queda ao avaliar a área desti nada a infl uência da graduação, segundo a visão dos alunos, onde 45% da amostra do 1º período apresentou um desempenho ruim, frente a 20% do segundo grupo. Os estudantes em geral conhecem bem a defi nição de violência,

possuem ciência da Lei referente ao assunto que tem atuação direta na Odontologia, bem como o devido conhecimento do Código de éti ca. E apesar dos bons resultados, é perceptí vel a diferença quando as amostras são avaliadas independentemente. Os disti ntos momentos dos grupos em relação a grade curricular do curso pesam ainda mais quando se avalia a noção de identi fi cação das lesões tí picas, confecção de noti fi cação compulsória e abordagem da víti ma, tendo a amostra do 10º período uma grande vantagem. Pode-se concluir que a graduação tem um papel decisivo no preparo dos futuros profi ssionais de saúde frente ao atendimento de uma víti ma de violência domésti ca, sendo esta responsável pela formação e implementação desse assunto mais ati vamente no dia-a-dia de seus alunos, desenvolvendo nesses a competência de diagnosti car e tomar condutas frente a esta situação.

REFERÊNCIAS1. Silva RF , Prado MM , Garcia RR, Júnior ED, Daruge E. Atuação profi ssional do cirurgião-denti sta diante da Lei Maria da Penha Professional practi ce of the denti st in light of the “ Maria da Penha ” law. Rev Sul-Brasileira Odontol. 2009;7(1):110–62. Narvaz MG, Koller SH. Mulheres víti mas de violência do-mésti ca: compreendendo subjeti vidades as sujeitadas. PSI-CO. 2006; 37(1):7-13

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PRODUÇÃO CIENTÍFICA NA ÁREA DE ODONTOLOGIA LEGAL EM REVISTAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

M������, A.L.R.1; R������, T.S.F.1; S����, S.P.2; S����, R.H.A.2

1 Departamento de Patologia e Medicina Legal, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2 Departamento de Estomatologia, Saúde Coleti va e Odontologia Legal, Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo.

Os periódicos cientí fi co-acadêmicos visam o desenvolvimento do conhecimento de qualidade e credibilidade, possibilitando a compreensão sobre os avanços da ciência e a divulgação dos resultados de pesquisas e estudos nas inúmeras áreas relacionadas. Dessa forma, a Plataforma Sucupira da CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior analisa e classifi ca as revistas cientí fi cas de acordo com seu fator de impacto, periodicidade, competi ti vidade e internacionalização. À vista disso, o presente estudo objeti vou mapear os periódicos nacionais e internacionais com publicações na área de Odontologia Legal por meio da Plataforma Sucupira, na qual foram selecionados apenas as revistas com publicações na referida área, uti lizando as palavras chaves: “forensic denti stry”, “law” e “civil”. Foram encontradas diversas revistas que aceitam publicações relacionadas à área, entretanto 33,16% delas não apresentaram trabalhos publicados em temáti cas da Odontologia Legal. Além disso, as revistas nacionais

mostraram escassa produção com alto fator de impacto e, as revistas internacionais apesar do maior fator de impacto, apresentam uma minoria de temas relacionados à Odontologia Legal dentro da produção total. Foi possível observar também que autores de arti gos que abrangem legislações e normas brasileiras na Odontologia possuem difi culdades em publicar em periódicos com alto fator de impacto, visto que revistas publicadas no exterior, as quais possuem, normalmente maiores fatores de impacto, não possuem interesse em leis que regem obrigações e penas aplicadas em um país específi co. Conclui-se que fi ca clara a necessidade de um planejamento estratégico e operacional com maior profi ssionalização e parti cipação internacional para as publicações em Odontologia Legal, bem como o desenvolvimento de novos espaços de publicação.

REFERÊNCIA1. Shinkai R. O cenário atual dos periódicos brasileiros de odontologia. RFO Passo Fundo. 2011; 16(3): 242-3.

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OUTROS TÓPICOS (OT)

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ASPECTOS DE UMA COMPARAÇÃO INTERLABORATORIAL NA ELABORAÇÃO DE UMA CURVA ANALÍTICA DE COCAÍNA

P�������, F.A.S.D.1; M����, L.F.3; J�����, O.S.G.2; A�����, P.S.4; G����, C.S.2; F�������, L.S.1

1 Departamento de Farmácia, DFAR/CCS/UFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2 Setor Técnico Cientí fi co da Superintendência Regional da Polícia Federal do Rio Grande do Norte SETEC/SR/PF/RN; 3 Setor Técnico Cientí fi co da Superintendência Regional da Polícia Federal da Paraíba – SETEC/

SR/PF/PB; 4 Departamento de Química, DQ/CCEN/UFPB, Universidade Federal da Paraíba

Comparações interlaboratoriais (CI), proporcionam uma maneira de demonstrar o grau de exati dão, precisão, sensibilidade e seleti vidade, quando uti liza, o mesmo método analíti co e mesmo modo de preparo de amostra entre dois laboratórios¹,2. Dessa forma, o objeti vo deste trabalho foi avaliar o limite de detecção (LD), quanti fi cação (LQ) e a faixa de linearidade, bem como o grau de exati dão entre os laboratórios de química forense da Polícia Federal dos estados do Rio grande do Norte e da Paraíba, que uti lizam de cromatografi a em fase gasosa acoplada à espectrometria de massa (CG-MS) para quanti fi cação do teor de cocaína. Os equipamentos uti lizados foram: o cromatógrafo da marca ThermoScienti fi c modelo FOCUS GC com espectrômetro de massas ISQ II; e o cromatógrafo da marca Agilent Technologies, modelo 7890A com espectrômetro de massa da marca Agilent Technologies, modelo 5975C inert XL. As análises foram realizadas com coluna cromatográfi ca da marca Agilent Technologies, modelo DB-5 e as injeções foram feitas por amostrador automáti co. O modelo construído para este estudo envolveu uma curva analíti ca de 14 pontos, com concentrações

variando na faixa de 625 mgL-1 a 0,0382 mgL-1. Para cada nível de concentração a solução foi lida cinco vezes no GC-MS. Cada laboratório forneceu os valores de áreas de todos os níveis, e quando comparados em gráfi cos, os equipamentos apresentaram faixas de linearidades disti ntas, sendo o da marca Agilent com menor linearidade. Ao analisar o desvio padrão, o equipamento da Thermo apresentou menor precisão, porém os valores de área obti dos para a cocaína são maiores. A razão entre as áreas obti das por cada equipamento (Thermo/Agilent) para um mesmo nível decresce a parti r dos níveis mais diluídos até 1,22 mgL-1, mantendo-se relati vamente constante até 156 mgL-1. Os resultados sugerem que há grande variação de desempenho quando um mesmo método é aplicado em equipamentos diferentes.

REFERÊNCIAS1. Internati onal Organizati on for Standardizati on. ISO 13528:2015(E) Stati sti cal methods for use in profi ciency tes-ti ng by interlaboratory comparison. 2015;2015:100.2. INMETRO. DOQ-CGCRE-008 - ORIENTAÇÃO SOBRE VALI-DAÇÃO DE MÉTODOS ANALÍTICOS. Brasil; 2016:31.

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AVALIAÇÃO DAS EMBALAGENS DE MEDICAMENTOS ALOPÁTICOS APREENDIDOS PELA VIGILÂNCIA

SANITÁRIA NA CIDADE DE MACAPÁ

A������, A.F.1,3; M�������, H.S.2; A������, L.V.L.2; G����, M.R.F.1,3; B������, G.N.H.4

1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuti cas da Universidade Federal do Amapá, Macapá, Brasil; 2 Curso de Graduação em Farmácia da Universidade Federal do Amapá, Macapá, Brasil; 3

Insti tuto Nacional de Ciência e Tecnologia Forense, INCT-Forense, Porto Alegre, Brasil.

O comércio ilegal de medicamentos ainda é um fato frequente em diversas regiões do país, essa venda pode ser feita tanto por venda direta, vendedor e cliente ou através da internet. A venda ilegal de medicamentos pode trazer riscos para a saúde de quem o consome, visto que estes produtos não trazem garanti a de autenti cidade. Por este moti vo, o presente trabalho objeti vou avaliar minunciosamente as embalagens dos medicamentos alopáti cos apreendidos em operações de fi scalização sanitária no município de Macapá. A inspeção macroscópica das embalagens seguiu os critérios estabelecidos pela RDC n° 71, de 22 de dezembro de 2009 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). As amostras, já apreendidas, foram cedidas pela polícia técnica cientí fi ca do estado do Amapá (POLITEC-AP) e a análise foi realizada em maio de 2018 no laboratório forense da mesma. O material apreendido totaliza 410 medicamentos, oriundo de venda ilegal na cidade de Macapá, dentre estes 107 frascos de Cloridrato de ambroxol, 20 frascos de ampicilina, 7 frascos de Bacsulfaprim, 206 cartelas de Ciclo 21, 23 frascos de Polaradex e 47 frascos do suplemento Pharmavity kids. Os medicamentos Cloridrato de Ambroxol, Bacsulfaprim (Sulfametoxazol + Trimetoprima), Ciclo 21 (levonorgestrel + eti nilestradiol) e Polaradex (Maleato de Dexclorfeniramina) apresentam em suas embalagens primárias todos os requisitos preconizados pela ANVISA, entretanto o medicamento anti microbiano Ampicilina não apresentava algumas informações como o C.N.P.J da empresa fabricante,

nome do farmacêuti co responsável técnico e data de fabricação. Os medicamentos Ampicilina e Ciclo 21 apresentam em sua embalagem a seguinte informação “Ministério da Saúde” e “Proibido ao comércio”. Contudo, estes medicamentos avaliados não possibilitou a identi fi cação de falsifi cação, no entanto, podem ter sido alvos de desvio, visto que eram distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O contrabando destes medicamentos, o exercício ilegal da profi ssão farmacêuti ca e o charlatanismo é crime e está previsto no arti go 283 do Código Penal brasileiro. Nenhum dos medicamentos alopáti cos apreendidos conti nham bula e estavam sendo comercializados sem a sua embalagem secundária, trazendo um risco potencial para a saúde dos consumidores.

REFERÊNCIAS1. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Re-solução da diretoria colegiada-RDC nº 71, de 22 de de-zembro de 2009. Estabelece regras para a rotulagem de medicamentos. Disponível em <htt p://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0071_22_12_2009.pdf/84755241-6284-48f9-a446-ec9d34841622> Acesso em 04 jul. 2018.2. BRASIL. Ministério da Saúde. Lei n° 9.677 de 02 de julho de 1998. Altera dispositi vos do capítulo III do Título VIII do Código Penal, incluindo na classifi cação dos delitos con-siderados hediondos crimes contra a saúde pública, e dá outras providências. Brasília, 1998c. Disponível em <htt p://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9677.htm>. Acesso em: 05 jul. 2018.

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AVALIAÇÃO DAS EMBALAGENS DE MEDICAMENTOS FITOTERÁPICOS APREENDIDOS PELA VIGILÂNCIA

SANITÁRIA NA CIDADE DE MACAPÁ

A������, A.F.1,3; M�������, H.S.2; A������, L.V.L.2; G����, M.R.F.1,3; B������, G.N.H.4

1 Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuti cas da Universidade Federal do Amapá, Macapá, Brasil; 2 Curso de Graduação em Farmácia da Universidade Federal do Amapá, Macapá, Brasil; 3

Insti tuto Nacional de Ciência e Tecnologia Forense, INCT-Forense, Porto Alegre, Brasil.

Os medicamentos falsifi cados consti tuem um grave problema de saúde pública mundial, por comprometer a efi cácia terapêuti ca do paciente ou até mesmo trazer algum risco a saúde do consumidor. No Brasil a adulteração, de qualquer forma fí sica ou química do medicamento, armazenar e comercializar medicamentos falsifi cados está prevista na Lei 9.677 e é considerado crime hediondo contra a saúde pública. Tendo em vista esses aspectos, este trabalho avaliou as embalagens dos medicamentos apreendidos em operações de fi scalização sanitária. A avaliação macroscópica das embalagens respeitou os critérios estabelecidos pela RDC n° 71, de 22 de dezembro de 2009 e RDC n° 26, de 13 de maio de 2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). As amostras, já apreendidas, foram cedidas pela polícia técnica cientí fi ca do estado do Amapá (POLITEC-AP) e a análise foi realizada no laboratório forense da mesma. Foram apreendidos na cidade de Macapá 39 medicamentos fi toterápicos, 26 possuíam identi fi cação em suas embalagens e os outros 13 não ti nham nenhum rótulo de identi fi cação. Nas embalagens conti nham informações sobre produtos de origem vegetal, com indicações terapêuti cas e com autodenominações de produtos 100% natural. As embalagens primárias dos produtos fi toterápicos não condiziam com a legislação, apresentavam característi cas de reaproveitamento de embalagens de outros produtos, os fabricantes envazavam em garrafas ti po “long neck” e o rótulo era fi xado com fi ta adesiva. Estas análises por si só não

confi rmam falsifi cação, sendo necessária a realização de testes fí sicos e químicos. No entanto, o fato destes medicamentos estarem sendo manipulados em condições insalubres e ainda, comercializados fora de um estabelecimento regularizado, sem a autorização de funcionamento (AFE), já confi gura uma grave infração sanitária.

REFERÊNCIAS1. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Reso-lução da diretoria colegiada-RDC nº 26, de 13 de maio de 2014. Estabelece regras sobre registro de medicamentos fi toterápicos e o registro e a noti fi cação de produtos tradi-cionais fi toterápicos. Disponível em <htt p://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf> Acesso em 04 jul. 2018.2. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Re-solução da diretoria colegiada-RDC nº 71, de 22 de de-zembro de 2009. Estabelece regras para a rotulagem de medicamentos. Disponível em <htt p://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/res0071_22_12_2009.pdf/84755241-6284-48f9-a446-ec9d34841622> Acesso em 04 jul. 2018.3. BRASIL. Ministério da Saúde. Lei n° 9.677 de 02 de julho de 1998. Altera dispositi vos do capítulo III do Título VIII do Código Penal, incluindo na classifi cação dos delitos con-siderados hediondos crimes contra a saúde pública, e dá outras providências. Brasília, 1998c. Disponível em <htt p://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9677.htm>. Acesso em: 05 jul. 2018.

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DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTA PARA BANCO DE DADOS DE ESPECTROS TEÓRICOS DE DROGAS DE DESENHO

R���, V.E.N.; B����, A.T.; V����, J.A.Departamento de Química, FFCLRP, Universidade de São Paulo.

O tema principal do projeto são as drogas de desenho, que são drogas cuja estrutura molecular correspondem à alteração da estrutura de uma droga considerada de uso proscrito no Brasil. O objeti vo principal foi a construção de uma ferramenta capaz de armazenar espectros teóricos e experimentais das drogas desenho. A metodologia uti lizada consisti u na escolha de uma linguagem que permiti u o desenvolvimento da interface do banco de dados, a linguagem HTML5, e uso de uma linguagem secundária, a CSS3, responsável pela formatação da página, que permiti u a organização da estrutura, das listas com os nomes das moléculas, a disposição dos espectros no banco de dados e a interação do usuário com o banco. Os resultados mostraram que as linguagens foram sufi cientes para

o desenvolvimento do banco de dados. As moléculas com espectros disponíveis foram compiladas em duas colunas listadas por nome IUPAC, e após o click sobre o nome, o usuário do banco é direcionado à página contendo os espectros teóricos gerados pelo LEI-DQ (Laboratório de Estudos Interdisciplinares Direito/Química) e os experimentais quando disponíveis. Com a estrutura do banco montada, pode-se prosseguir com a implementação de outras linguagens que permitam o aprimoramento da interação com o banco de dados.

REFERÊNCIA1. RS, P. A. et al. Designers Drugs:Aspectos analíti cos e bio-lógicos. v. 35, n. 1, p. 149–158, 2012.

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ENZIMAS MICROBIANAS APLICADAS NA REMEDIAÇÃO DE SOLOS E ÁGUAS: UM AUXÍLIO BIOTECNOLÓGICO ÀS LEIS AMBIENTAIS

M������, J.M.1; V����, J.A.1; B������-D�����, A.M.2; D�����, R.F.H.3; A������, M.M.4; P�������, M.L.T.M.5; V����, M.A.M.S.1; B����, A.T.1

1 Universidade de São Paulo, FFCLRP, Dep. de Química; 2 Universidade Estadual de Londrina, CCE, Dep.de Química; 3 Universidade Tecnológica Federal do Paraná, PPGEA, Londrina; 4 Universidade Tecnológica

Federal do Paraná, COLIQ, Apucarana; 5 Universidade de São Paulo, FFCLRP, Dep. de Biologia.

A principal fonte de poluição de solos e águas é o despejo persistente de inseti cidas, pesti cidas, corantes, plásti cos, resíduos petrolíferos e substâncias que contenham hidrocarbonetos recalcitrantes. Tóxicos e carcinogênicos, o acúmulo destes torna-se perigoso para o meio ambiente, fl ora e fauna1. Quanto às questões ambientais brasileiras, nota-se um maior rigor legal, como a insti tuição da Políti ca Nacional de Resíduos Sólidos pela Lei nº 12.305 (2 de agosto de 2010) que no seu Art. 42 (VI e VII) trata da descontaminação de áreas e também do desenvolvimento de pesquisas voltadas para tecnologias limpas aplicáveis aos resíduos2; ressalta-se conjuntamente a Resolução CONAMA nº 430 (13 de maio de 2011) que dispõe sobre as condições e padrões de lançamentos de efl uentes (Seção II, Art. 16)3. Dado o exposto acima, o objeti vo deste trabalho foi destacar a aplicação da remediação enzimáti ca na degradação de compostos xenobióti cos. Empregada a sanar ecossistemas contaminados e a tratar resíduos e efl uentes, a biorremediação é um método biotecnológico ati vo que pode ser aplicado in situ (feito no próprio local) e ex situ (reti rado do seu local de origem) e envolve principalmente o uso de microrganismos e suas enzimas1,4. As metodologias que uti lizam microrganismos inteiros na degradação de contaminantes podem ser insati sfatórias em comparação ao uso de enzimas somente, pois estas são específi cas aos substratos e frequentemente são gerados aos solos e águas menos subprodutos tóxicos. Não só isto, técnicas de engenharia genéti ca (obtenção de recombinantes) e imobilização melhoram a estabilidade e a ati vidade enzimáti ca, como também o seu reúso1,5. De acordo com a literatura, resultados promissores foram observados quanto a remediação enzimáti ca e merecem destaque as lacases, pois removem prótons e elétrons de grupos hidroxi-fenólicos e amino aromáti cos; as fosfotriesterases que hidrolisam os fosfotriésteres, componentes de organofosforados (causadores de intoxicações

gravíssimas); as celulases e hemicelulases porque quebram materiais lignocelulósicos (como a palha e o bagaço da cana-de-açúcar) em açúcares mais simples e também as lipases, que nos efl uentes da indústria de lati cínios, por exemplo, removem as gorduras1. Em virtude do que foi mencionado, é muito importante uma extensa análise da viabilidade da remediação a ser empregada, como também a tomada de seguras e boas decisões que repercuti rão na verdadeira reabilitação da área contaminada.

REFERÊNCIAS1. Sharma, B.; Dangi, A. K.; Shukla, P. Contemporary enzyme based technologies for bioremediati on: A review. Journal of Environmental Management, v. 210, p. 10-22, 2018. doi.org/10.1016/j.jenvman.2017.12.075.2. Brasil. Decreto-Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Insti tui a Políti ca Nacional de Resíduos Sólidos, altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e dá outras providên-cias. DOU, 03 ago. 2010. Disponível em:< htt p://www.pla-nalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.htm>. Acesso em: 07 ago. 2018.3. Brasil. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONA-MA nº 430, de 13 de maio de 2011. Dispõe sobre condi-ções e padrões de lançamento de efl uentes, complementa e altera a Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. DOU, 16 mai. 2011. Disponível em:<htt p://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=646>. Acesso em: 07 ago. 2018. 4. Jariyala, M.; Jindalb, V.; Mandalc, K.; Guptab, V. K.; Singh, B. Bioremediati on of organophosphorus pesti cide phorate in soil by microbial consorti a. Ecotoxicology and Environ-mental Safety, v. 159, p. 310-316, 2018. doi.org/10.1016/j.ecoenv.2018.04.063.5. Thatoi, H.; Das, S.; Mishra, J.; Rath, B. P.; Das, N. Bacterial chromate reductase, a potenti al enzyme for bioremediati on of hexavalent chromium: A review. Journal of Environmental Management, v. 146, p. 383-399, 2014. doi.org/10.1016/j.ibiod.2016.08.013.

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ESTUDO IN SILICO DA TOXICIDADE DE UM GRUPO DE HERBICIDAS BENZIMIDAZÓLICOS

P���������, P.H.; B����, A.T.Departamento de Química, FFCLRP, Universidade de São Paulo.

O Brasil é um país que uti liza defensivos agrícolas em larga escala e, agora, com o novo projeto de lei nº 3.200/15 objeti vando maior fl exibilização em relação ao uso de pesti cidas, estudos de sua toxicidade são de extrema importância. O objeti vo principal desse trabalho foi avaliar a dose letal aguda para 50% de uma população de ratos, DL50. O grupo estudado consiste em uma série de herbicidas benzimidazólicos, os 2-trifl uormeti lbenzimidazois. Foi realizada uma busca bibliográfi ca da uti lização desses compostos ao longo do tempo e seus efeitos, tanto no ambiente quanto nos seres humanos. Programas de de acesso livre foram uti lizados para esti mar valores de DL50 aguda para ratos; esses valores foram comparados com dados experimentais. Métodos de ab-initi o de química teórica foram empregados na obtenção de descritores fí sico-químicos para serem uti lizados na confecção de um modelo quimiométrico que relacione estrutura química com a propriedade toxicológica em questão. A ideia é uti lizar essa modelagem para prever o mecanismo de ação desses herbicidas e verifi car quais seriam os aspectos químicos relacionados à maior toxicidade. Essa avaliação leva principalmente

em consideração os efeitos danosos do grupo de herbicidas estudado. O grupo de moléculas escolhido apresenta poucos dados experimentais. Por esse moti vo, estudos de toxicidade in-silico podem ser uma ferramenta de grande uti lidade para a análise de risco dessas substâncias. Resultados preliminares mostraram que os valores in silico calculados são representati vos dos experimentais e contemplam as mesmas faixas de toxicidade. Conclui-se que a metodologia in silico tem potencial para auxiliar na avaliação do impacto ambiental e consequentemente em questi onamentos referentes a perícia ambiental.

REFERÊNCIAS1. Adamson, G. W., Bawden, D., Saggers, D. T. Quanti tati -ve Structure-Acti vity Relati onship Studies of Acute Toxicity (LD50) in a Large Series of Herbicidal Benzimidazoles. Pesti c Sci, 1984, v. 15: 31-39. DOI: 10.1002/ps.27801501062. Folgado, C. A. R. Sistema Normati vo De Agrotóxicos Na Contemporaneidade. Revista Jurídica da Universidade Esta-dual de Feira de Santana, 2016, v. 1, n. 1. DOI: htt p://dx.doi.org/10.12102/rjuefs.v1i1.1819

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FONOAUDIOLOGIA FORENSE: UMA ANÁLISE DA METODOLOGIA PARA VERIFICAÇÃO DO LOCUTOR

S�����, M.M.S.; M�����, E.P.G.; M������, V.P.L.Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL, Maceió, Alagoas.

O tema principal deste estudo é mostrar essa nova área da Fonoaudiologia que tem sido considerada promissora e seu conhecimento permite não só uma nova visão da Fonoaudiologia enquanto profi ssão, como também promoverá avanços jamais vistos na área forense. Além de mostrar que na análise percepti vo-auditi va, o fonoaudiólogo seria o profi ssional capacitado para realização de tal análise. O objeti vo desse estudo é o de conhecer, por meio de uma revisão da literatura, quais os métodos de verifi cação do locutor mais uti lizados no Brasil, bem como seus parâmetros de avaliação considerados de maior robustez, correlacionando com o perfi l do profi ssional envolvido no exame. O trabalho trata-se de uma revisão integrati va da literatura, com busca eletrônica nas bases de dados Medline (via PubMed), LILACS, Scielo, APCF, com atualização em maio de 2017. Os critérios de inclusão consisti ram em publicações em formato de arti gos publicados na íntegra disponíveis online, independente do ano de publicação e realizados no Brasil. Foram excluídas as publicações em formato de teses e dissertações, estudos de revisão de literatura narrati va, sistemáti ca ou integrati va, publicações que apresentassem apenas resumo/abstracts. Ao total foram incluídos seis arti gos, totalizando uma amostra de 347 vozes. O Método combinado foi o mais uti lizado, os parâmetros

percepti vo-auditi vos, arti culação, velocidade de fala, coordenação pneumofonarti culatória, modulação de fala, pitch, ressonância e qualidade vocal foram os mais uti lizados. A frequência fundamental foi o parâmetro acústi co considerado de maior robustez. Dentro dos métodos e parâmetros considerados para o exame de verifi cação do locutor, o fonoaudiólogo é um profi ssional apto a realizar tal ati vidade pericial. A busca pela identi fi cação do falante permiti u visibilidade e inclusão do fonoaudiólogo nas ciências forense.

REFERÊNCIAS1. Braid ACM. Fonéti ca Forense: tratado de perícias crimina-lísti cas. Campinas: Millenium; 2003.2. Brasil. Lei no 9.296 (lei das interceptações telefônicas), de 24 de julho de 1996. Diário Ofi cial da República Federati va do Brasil; 1996.3. Morisson ALC. A identi fi cação humana pela voz: Uma re-alidade no Insti tuto Nacional de Criminalísti ca. Rev. Perícia Federal [internet]. 2003 nov/dez [acesso em: 06 mai 2016]; 4(16): 18-24. Disponível em: www.apcf.org.br/Portals/0/re-vistaAPCF/16.pdf4. Gold E, French P. Internati onal practi ces in forensic spe-aker comparison. Int. J. Speech, Lang. and Law. 2011 aug; 18:293-307.

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INVESTIGAÇÃO EXPERIMENTAL E MODELAGEM DA DISPERSÃO UTILIZANDO FIRE DYNAMICS SIMULATOR

(FDS) PARA VAZAMENTO DE GLP EM UMA RESIDÊNCIA

C����, I.O.P.1,2; L������ J�����, V.2; L����, A.P.1; B���, B.M.1; R����, W.2,3

1 Departamento de Perícia em Incêndio e Explosão, DepPIE, Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo; 2 Programa de Pós-Graduação em Química, UFES, Universidade Federal do Espírito Santo; 3 IFES, Insti tuto Federal do Espírito Santo

Um cenário de incêndio e explosão é um ambiente peculiar e desafi ador para o perito na busca da elucidação dos moti vos de seu acontecimento. O gás liquefeito de petróleo (GLP) é uma mistura de propano e butano, sendo um importante combustí vel para o funcionamento de sistemas de aquecimento e em fornos residenciais e industriais para cocção de alimentos1. Sua comercialização é feita em boti jão de diversos tamanhos, sendo o P13 (13 kg) o mais uti lizado em ambiente residencial. O objeti vo principal deste trabalho foi realizar um estudo de caso de uma explosão ocorrida no município de Vila Velha/ ES, no dia 31 de maio de 2018 e investi gar a dispersão ocorrida durante o vazamento de GLP em um boti jão do ti po P13 uti lizando um soft ware de modelagem computacional, identi fi cando os riscos presentes nesse ti po de ambiente e a potencial chance de ocasionar a ignição do gás liberado, confl itando com as fontes de ignição presente no local sinistrado. A metodologia desenvolvida no presente trabalho se baseia na construção de um modelo com o uso da Fluidodinâmica Computacional (CFD) visando simular a liberação do GLP e sua consequente dispersão em uma área fechada, medindo as concentrações ati ngidas do gás na região da possível fonte de ignição que provocou a explosão. O perfi l de concentração de combustí vel no comparti mento foi produzido, considerando o levantamento dos dados realizados pelo Perito de Incêndio no local da ocorrência da explosão sobre os parâmetros de venti lação e aberturas de portas e janelas obti das. Para a comparação dos dados obti dos, foi uti lizado os limites de infl amabilidade

inferior de 1,8% e superior de 9% encontrados na literatura. Resultados demonstraram que com a dispersão do GLP presente na boti ja, em um tempo de aproximadamente 1 hora e 40 minutos com um fl uxo de massa de 0,0007142857 kg/s durante uma simulação de 14.400 segundo (4 horas) a uma altura de 1,20 metros (altura do interruptor acionado antes da explosão), a concentração do GLP foi registrada em 2,0% em relação a quanti dade de ar atmosférico, situando-se assim dentro dos limites de explosividade do GLP, sendo possível a ocorrência de uma explosão com a presença de uma potencial fonte de ignição, reforçando a hipótese de causa acidental.

REFERÊNCIAS1. BRZEZINSKA, Dorota; MARKOWSKI, Adam S. Experimental investi gati on and CFD modelling of the internal car park en-vironment in case of accidental LPG release. Process Safety and Environmental Protecti on, v. 110, p. 5-14, 2017.2. DADASHZADEH, Mohammad; AHMAD, Arshad; KHAN, Fai-sal. Dispersion modelling and analysis of hydrogen fuel gas released in an enclosed area: A CFD-based approach. Fuel, v. 184, p. 192-201, 2016.3. DE HAAN, John D.; ICOVE, David J. Kirk’s Fire Investi ga-ti on: Pearson New Internati onal Editi on. Pearson Higher Ed, 2013.4. McGRATTAN, Kevin et al. Fire Dynamics Simulator (ver-sion 6.5.3): User’s guide. Washington: Nati onal Insti tute of Standards and Technology, 2017.5. NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION et al. NFPA 921: Guide for Fire & Explosion Investi gati ons. Technical Committ ee on Fire Investi gati ons, 2013.

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O PAPEL DA PERÍCIA DE INCÊNDIO FRENTE AS MUDANÇAS DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS MATERIAIS

L����, A.P.1; C����, I.O.P.1,2; L������ J�����, V.2; B���, B.M.1; R����, W.2,3

1 Departamento de Perícia em Incêndio e Explosão, DepPIE, Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo; 2 Programa de Pós-Graduação em Química, UFES, Universidade Federal do Espírito Santo; 3 IFES, Insti tuto Federal do Espírito Santo.

A consti tuição dos materiais de acabamento, revesti mento e dos móveis presente nas edifi cações sofreram mudanças ao longo do tempo. A crescente uti lização de plásti cos sintéti cos como a poliacrilonitrilo (PAN), poliamida e poliuretano, além dos tratamentos químicos em madeiras e outros materiais como aplicação de ti ntas e revesti mentos tem aumentado a quanti dade elementos que possuem como produtos da combustão, substâncias nocivas como o monóxido de carbono (CO), cianeto de hidrogênio (HCN) e o sulfeto de hidrogênio (H2S)1. Incêndios como o ocorrido na Boate Kiss (2013)2, que resultou em 942 mortos e o incêndio na torre Grenfell em Londres (2017)3, que resultou em 79 mortes, nos abre um alerta sobre a composição dos revesti mentos que podem ser potenciais causadores de desastres. O objeti vo principal deste trabalho foi levantar quais aspectos são importantes durante os trabalhos da perícia de incêndio realizada pelo Corpo de Bombeiros e determinar qual a infl uência para a melhoria da segurança dos usuários que frequentam esse ti po de ambiente. A metodologia desenvolvida foi um estudo de caso das perícias realizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, levantando o que é apurado durante a fase investi gati va e os refl exos que isso traz nas exigências das Normas de Segurança Contra Incêndio e Pânico. Resultados apontam que estudar a ocorrência de um incêndio permite elucidar os aspectos que contribuíram para a confl agração e desenvolvimento do mesmo, verifi car falhas nos sistemas de segurança, necessidade de alteração de

Normas Técnicas, principalmente quanto condições a serem atendidas pelos materiais de acabamento e de revesti mento empregados nas edifi cações, para que, na ocorrência de incêndio, restrinjam a propagação de fogo e o desenvolvimento de fumaça. Além disso, a investi gação permite avaliar a atuação das equipes de combate a incêndio, conferindo a insti tuição, uma oportunidade valiosa de retroalimentar suas ati vidades e com isso melhorar conti nuamente a prestação de serviço para a sociedade.

REFERÊNCIAS1. PURSER, David A.; MCALLISTER, Jamie L. Assessment of hazards to occupants from smoke, toxic gases, and heat. In: SFPE handbook of fi re protecti on engineering. Springer, New York, NY, 2016. p. 2308-24282. LOUTFI, Marcelo. Investi gação do acidente da Boate Kiss em Santa Maria-Rio Grande do Sul-Brasil. 2015. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.3. HAYES, Jan. Disaster incubati on: Grenfell Tower’s unne-cessary lessons. Constructi on Research and Innovati on, v. 8, n. 3, p. 76-79, 2017.4. ZHAO, Xuansu et al. Fundamental Study of Gas Toxicity with Respect to Fire Stages. Fire Science and Technology, v. 36, n. 1, p. 11-24, 2017.5. NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION et al. NFPA 921: Guide for Fire & Explosion Investi gati ons. Technical Committ ee on Fire Investi gati ons, 2013.6. STOLL, S. et al. Hydrogen cyanide in fi re tests. Rechtsme-dizin, v. 26, n. 3, p. 184-188, 2016.

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UMA ANÁLISE JURISPRUDENCIAL DA PROVA PERICIAL: É, O LAUDO PERICIAL, VALORADO COMO MEIO PROBATÓRIO, NO ÂMBITO

DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, EM CRIMES AMBIENTAIS?

A�����, M.E.A.1; G���������, N.J.2

1 Biomédica. Especialista em Perícia Criminal e Ciências Forenses. Bolsista de Doutorado do INCT Forense no Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais da Ponti fí cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; 2 Advogado. Doutor

em Direito pela Universidade Complutense de Madrid, com estudos de Pós-Doutorado na Università degli Studi di Torino. Professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais da Ponti fí cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Introdução: a explosão cientí fi ca ocorrida nos últi mos anos vem desvelando diversos obstáculos para o Direito. Neste âmbito, surge a prova cientí fi ca e o laudo pericial como possíveis elementos probatórios na esfera do Processo Penal. O distanciamento dos campos de fala entre as ciências duras e o Direito, muitas vezes, difi culta a comunicação entre as áreas, com consequente questi onamentos sobre a produção e a uti lização do laudo pericial como elemento probatório. Objeti vo: o presente estudo objeti va avaliar decisões colegiadas proferidas no âmbito do STJ e tentar identi fi car a importância e a valoração dada ao laudo pericial e em que medida a prova cientí fi ca infl uenciou a decisão. Metodologia: trata-se de uma pesquisa documental descriti va. Realizou-se uma busca jurisprudencial no website do Superior Tribunal de Justi ça, no dia 11 de junho de 2018, uti lizando como palavra-chave “prova pericial E crimes ambientais”. Resultados: foram encontrados 8 acórdãos, os quais foram analisados. Dos oito, apenas em um não havia menção ao laudo pericial. Em um dos casos, embora o réu tenha questi onado sobre a falta de robustez e a característi ca inconclusiva do laudo, a denúncia foi aceita, sendo considerado que havia um lastro mínimo probatório, composto não só pelo laudo pericial. Em

outros casos, o laudo pericial foi essencial para avaliar as alegações de inépcia da denúncia e a identi fi cação da conduta prati cada. Ainda, em outra análise documental, a solicitação de exame pericial, por parte do réu, negada pelo juiz singular, foi considerado fato relevante para a interpretação do caso e decisão do ministro. Discussão: é perceptí vel a falta de consenso sobre o assunto. Alguns operadores do direito interpretam o laudo pericial como prova sufi ciente e robusta para fundar sua decisão. Outros, acreditam que mais provas são necessárias. Em alguns casos, a negação da produção de prova cientí fi ca em primeiro grau é interpretada como prejuízo ao réu. Em outros, entende-se que se há um bom embasamento do juiz singular, não é necessário que se conceda a produção da prova requerida. Assim, percebe-se que não há um consenso em relação à uti lização e valoração da prova cientí fi ca no processo penal. Conclusão: Assim, uma maior interação entre as áreas do conhecimento seria importante para um melhor entendimento de como e a parti r de que metodologias laudo é produzido, facilitando a interpretação deste pelo magistrado e auxiliando na sua decisão de uti lização ou não como elemento probatório.

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UTILIZAÇÃO DO FIRE DYNAMICS SIMULATOR (FDS) PARA AUXILIAR NA REALIZAÇÃO DA PERÍCIA DE INCÊNDIO

B���, B.M.1; C����, I.O.P.1,2; L������ J�����, V.2; L����, A.P.1; R����, W.2,3

1Departamento de Perícia em Incêndio e Explosão, DepPIE, Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo; 2Programa de Pós-Graduação em Química, UFES, Universidade Federal do Espírito Santo; 3 IFES, Insti tuto Federal do Espírito Santo.

O FDS é um soft ware de dinâmica computacional de fl uidos (CFD)1 que calcula o fl uxo de calor impulsionado pelo fogo. Resolve numericamente uma forma das equações de Navier-Stokes1 apropriado para a baixa velocidade, fl uxo térmico com ênfase na fumaça e no transporte de calor, com isso consegue descrever o comportamento dos gases resultantes da combustão dos materiais parametrizados, a propagação do calor e das chamas em um incêndio construído em um ambiente computacional. A parametrização do material é realizada com base em estudos validados, apontando a sua composição, calor específi co, densidade, calor de combustão, entre outros parâmetros, sendo possível instalar dispositi vos para monitorar dados como a temperatura, o fl uxo de calor, a composição química, durante o desenvolvimento do incêndio2. O objeti vo principal deste trabalho foi levantar quais informações são necessárias para parametrizar os componentes do ambiente estudado (inputs) e quais as informações que o soft ware é capaz de fornecer que podem auxiliar na elucidação do trabalho da perícia de incêndio. A metodologia desenvolvida no trabalho foi um estudo de caso nas perícias do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo que uti lizaram o soft ware para auxiliar o trabalho do perito e reconstruir um ambiente computacional para demonstrar a uti lização do soft ware e a geração de dados que ele é capaz de produzir. Resultados demonstraram que o soft ware é uti lizado para avaliar os efeitos do calor sobre os materiais presentes na edifi cação incendiada (grau de destruição, consumo e infl amabilidade), comparando com as observações feitas in loco pelo

perito; as condições de sobrevida na edifi cação com o desenvolvimento normal e acelerado do incêndio, avaliando até que ponto uma víti ma seria capaz de sobreviver e uma pessoa seria capaz de adentrar sem uti lizar os equipamentos adequados; a composição química resultante da queima dos materiais e como isso afeta os níveis dos gases atmosféricos; a dispersão de gases em um ambiente fechado e como a venti lação é capaz de afetar essa dispersão. Portando, o emprego do FDS demonstrou ser uma importante ferramenta para a aplicação na perícia de incêndio, sendo capaz de montar todo cenário e avaliar a progressão do fogo de uma maneira barata e efi ciente fornecendo evidências importantes para investi gação de incêndio.

REFERÊNCIAS1. McGRATTAN, Kevin et al. Fire Dynamics Simulator (ver-sion 6.5.3): User’s guide. Washington: Nati onal Insti tute of Standards and Technology, 2017.2. BRAGA, George C. B. A temperatura e fl uxo de calor em uma situação. XI Seminário Nacional de Bombeiro/ SENA-BOM – Blumenau/SC, 2010.3. D’ANGELO, Cristi na. Fire investi gati on on a car park. In-ternati onal journal of forensic engineering, v. 3, n. 1-2, p. 30-44, 2016.4. DE HAAN, John D.; ICOVE, David J. Kirk’s Fire Investi ga-ti on: Pearson New Internati onal Editi on. Pearson Higher Ed, 2013.5. YUEN, Anthony Chun Yin et al. Fire scene investi gati on of an arson fi re incident using computati onal fl uid dynamics based fi re simulati on. In: Building Simulati on. Tsinghua Uni-versity Press, 2014. p. 477-487.

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PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA

FORENSE (PPF)

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CRIMINOLOGIA E VITIMOLOGIA SOB A ÓTICA DA PSICOLOGIA FENOMENOLOGIA-EXISTENCIAL

T��������, H.T.G.1; B���������, M.F.2

1 Centro Universitário de Adamanti na – UNIFAI, Adamanti na-SP; 2 Centro Universitário de Adamanti na – UNIFAI, Adamanti na-SP.

A criminologia e a viti mologia é um campo do saber e de práti cas que envolve vários profi ssionais, entre eles o psicólogo. Assim, este estudo teve como objeti vo investi gar as contribuições da psicologia para a compreensão da criminologia e viti mologia na perspecti va fenomenológico-existencial. Caracterizado como um estudo de revisão bibliográfi ca, os dados foram coletados em bases de dados como: Scienti fi c Eletronic Library Online (SCIELO), Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PEPSIC), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE), a parti r das seguintes palavras-chave: “fenomenologia x criminalísti ca forense”; “fenomenologia x direito”; “direito fenomenológico x criminalísti ca forense”; “psicologia fenomenológica x psiquiatria forense”.Os dados obti dos foram organizados de acordo com a técnica de análise de conteúdo (BARDIN, 2006). Foram selecionados 7 estudos que versam sobre a viti mologia e criminologia, sendo três do ano de 2004, dois de 2010 e um em 2006, 2007, 2011, 2013 e 2014, respecti vamente. Na área criminal, as contribuições

da psicologia estão relacionadas à conduta deliti va, buscando dados sobre as causas e moti vações da criminalidade, bem como investi gar as característi cas da personalidade e comportamento do criminoso, ou seja, investi gará e avaliará a conduta criminosa, visando elucidar dúvidas e questões para auxiliar o judiciário no julgamento dos crimes. Quanto à viti mologia, a psicologia poderá contribuir no apoio psicológico e emocional no que se refere ao desgaste fí sico e mental da víti ma, em que são observados diversos e intensos transtornos, como a depressão, transtorno do pânico, estresse pós-traumáti co, entre outros. Especifi camente sobre a perspecti va fenomenológico-existencial, não foram encontrados estudos. Esperamos, dessa forma, abrir caminhos para ampliar os estudos nesta temáti ca, especialmente, tendo como arcabouço teórico a fenomenologia-existencial.

REFERÊNCIA1. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2006.

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DOENÇA MENTAL, DELITO E LEI: A IMPUTABILIDADE E A CONDIÇÃO AO ILÍCITO PENAL

S�����, M.F.1; K�������, E.S.G.1; G����, F.M.P.2

1 Discente de Ciências Forenses – Investi gação Criminal do IPEBJ – Insti tuto Paulista de Estudos Bioéti cos e Jurídicos, Ribeirão Perto, SP; 2 Psicólogo Puc Campinas, Mestre em Ciências USP – Ribeirão Preto e Professor e Coordenador do

Curso de Psicologia Jurídica do IPEBJ – Insti tuto Paulista de Estudos Bioéti cos e Jurídicos, Ribeirão Preto, SP.

Introdução A Criminologia analisa o crime, personalidade e conduta de quem o cometeu, a víti ma do delito e a razão social em que esta situação e ação criminosa condizem. A Psicologia e a Psiquiatria Forense analisam o indivíduo, procuram relacionar sua personalidade com o delito, determinando se cabe ao incriminado penalidade através de um diagnósti co responsável pelo profi ssional. A parti r da perspecti va, o perito responsável determina a capacidade civil e a responsabilidade penal do indivíduo. Para caracterizar a imputabilidade diante da justi ça se considera os seguintes critérios: biológico, psicológico e biopsicológico. Objeti vo Pesquisar e informar ao leitor uma discussão sobre os transtornos e doenças mentais e a suas relações da inimputabilidade perante a justi ça. Metodologia Realizar uma revisão bibliográfi ca e estudo de casos através de um levantamento da literatura com base em bancos de dados aos temas de transtornos psíquicos envolvendo mortes violentas

em situação de inimputabilidade. Assim, fez-se uma pesquisa sistemáti ca no Google Acadêmico, Scielo, PubMed e Dialnet. Discussão e Conclusão Os inimputáveis são aqueles que apresentam distúrbios mentais como a esquizofrenia e a psicose e que não condenados pela justi ça. São encaminhados para Hospitais de Custódia para tratamento psiquiátrico. Muitas vezes esses são excluídos da sociedade em razão do prolongamento do prazo de sua estada, em permissão das Autoridades públicas e seus familiares. Palavras-chave: Criminologia, Psiquiatria e Psicologia Forense, Inimputabilidade.

REFERÊNCIA 1. BRASIL. Decreto Lei nº 2.848, de 07 de Dezembro de 1940. Código de Processo Penal. 2- CROCE, D.; CROCE JU-NIOR, D. Manual de Medicina Legal. 8ª ed. São Paulo: Sarai-va, 2012. 3- FILHO, N. S. P.; FRUGOLI, U. O.; VASQUES, P. A. Criminologia e Medicina Legal. São Paulo: Saraiva, 2014.

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PSICOPATIA: TENDÊNCIAS AO CRIME

K�������, E.S.G.1; S�����, M.F.1; G����, F.M.P.2

1 Discente de Ciências Forenses – Investi gação Criminal do IPEBJ – Insti tuto Paulista de Estudos Bioéti cos e Jurídicos, Ribeirão Perto, SP; 2 Psicólogo Puc Campinas, Mestre em Ciências USP – Ribeirão Preto e Professor e Coordenador do

Curso de Psicologia Jurídica do IPEBJ – Insti tuto Paulista de Estudos Bioéti cos e Jurídicos, Ribeirão Preto, SP.

O conceito estabelecido pela obra de Hervey Cleckey em 1941, The Mask of Sanity forneceu um retrato clínico sistemáti co do quadro da psicopati a, apresentando uma lista de 16 característi cas para caracterizar um indivíduo psicopata. Robert Hare desenvolveu em 1991 o PCL-R, um instrumento capaz de identi fi car traços de psicopati a. Hare explica que psicopatas não são loucos e sim frios e calculistas. A psicopati a pode se apresentar em um indivíduo em diversos graus (leve, moderado e severo). Assassinos em série cometem séries de homicídios com intervalo de tempo. Este trabalho realiza uma revisão de literatura sobre análise do conceito de psicopati a, assassinos em série e apresentar o instrumento de determinação dessas característi cas e o conceito de assassinos em série e seus comportamentos. Explicar o programa VICAP/FBI. Este estudo consti tui-se de uma revisão da literatura especializada abordando a temáti ca sobre psicopatas e assassinos em série e os domínios em interesse, no qual se realizou uma consulta a livros e arti gos

cientí fi cos através de busca no banco de dados do Scielo e do Google Acadêmico. O histórico de abusos e negligências sofrido na infância são característi cas comuns na maioria dos psicopatas e seriais killers, O Projeto de Lei 6858/10 com a aplicação do instrumento PCL- R que avalia a personalidade do preso e prevê a reincidência criminal é uma proposta que contempla a necessidade de separar os bandidos comuns dos psicopatas. Palavras-chave: Psiquiatria e Psicologia Forense e Serial Killer.

REFERÊNCIA 1. BALLONE, G J. Personalidade criminosa. In: PsiqWeb, 2003; 2- HARE R D. Manual for the Hare Psychopathy Checklist-Revised. Toronto: Multi -Health Systems; 1991; 3- HARE, R.D.; NEUMMANN, C.S. Psychopathy as a clinical and empirical construct. Annual Review of Clinical Psychology, 4(2), 217-246, 2008; 4- CLECKLEY H M. The mask of sanity. St. Louis: Mosby; 1976.

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QUÍMICA FORENSE (QF)

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1,5-BIS(p-TOLUILFENIL)PENTA-1,4-DIEN-3-ONA COMO REVELADORES DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES

N�������, C.1; P������, B.S.1; S����, C.C.1; P������, T.1; R���, B.N.1; P������, C.M.P.1; C������, N.L.V.2; M�������, K.C.3

1 Laboratório de Lipidômica e Bio-Orgânica (INCT Forense), Universidade Federal de Pelotas; 2 Centro de Desenvolvimento Tecnológico, Universidade Federal de Pelotas; 3 Polícia Federal, Brasil.

Dentre os diferentes métodos de identi fi cação humana, a dati loscopia, área da papiloscopia relacionada às impressões digitais, fi rmou-se em sólidas bases cientí fi cas e experimentais, estruturando-se em sistemas precisos, prati cáveis e de uso corrente e comum em todos os organismos de identi fi cação.1

Dentre as técnicas uti lizadas na revelação de impressões digitais latentes, a mais uti lizada atualmente é a técnica do pó. No entanto, estes reveladores podem apresentar elevada toxicidade. Estudos vem sendo realizados para desenvolver novas fórmulas de pó para revelação baseadas em compostos orgânicos que apresentem baixa ou nenhuma toxicidade.2 A curcumina, composto isolado da Curcuma longa, apresenta interessantes propriedades biológicas, como anti oxidante e anti -infl amatória.3 Além disso, a curcumina também já demostrou ter potencial na revelação de impressões digitais latentes, devido sua característi ca de cor dourada.4 Nesse senti do, este trabalho teve como objeti vo sinteti zar análogos de curcumina e avalia-los quanto ao seu potencial como reveladores de impressões digitais latentes. Os análogos de curcumina foram sinteti zados de acordo com a metodologia descrita por Lee e colabores5 e avaliados como reveladores de impressões digitais latentes. Para isso, foram depositadas impressões digitais em plásti co e vidro, as quais foram reveladas 24 horas após a deposição, uti lizando-se pincéis específi cos para esta fi nalidade. Para fi ns de comparação, também foi uti lizado como padrão o revelador comercial Gold da marca Sirchie. O composto (1E,4E)-1,5-bis(p-toluilfenil)penta-1,4-dien-3-ona apresentou melhor desempenho em ambas superfí cies avaliadas. Para este composto foram realizadas análises de granulometria (Cilas, 1064)

e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Este composto apresenta perfi l granulométrico semelhante ao padrão, embora a morfologia das partí culas seja disti nta, conforme demonstrado na análise de MEV. Com isso, acredita-se que estas característi cas fazem deste composto um potencial candidato no desenvolvimento de novas formulações reveladoras de impressões digitais latentes. Além disso, diversos estudos já relatam a baixa toxicidade de compostos derivados de curcumina. Mais estudos são necessários a fi m de propor uma formulação adequada, bem como, para elucidar a maneira como esta molécula interage com os consti tuintes da impressão digital.

REFERÊNCIAS1. Tocchett o, D., Figini, A. R. L. Dati loscopia e Revelação de Impressões Digitais. Campinas, SP: Millennium Editora, 2012:37.2. Garg, R. K., Kumari, H., Kaur, R. A new technique for vi-sualizati on of latent fi ngerprints on various surfaces using powder from turmeric: A rhizomatous herbaceous plant (Curcuma longa). Egypti an Journal of Forensic Sciences. 2011:53-57.3. Liang, G., Yang, S., Jiang L., Zhao Y., Shao, L., Xiao, J., Ye, F., Li, Y., Li, X. Synthesis and Anti -bacterial Properti es of Mono-carbonyl Analogues of Curcumin. Chem. Pharm. Bull. 2008;56(2):162-167.4. UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS. Uti lização de aná-logos de curcumina como reveladores de impressões digi-tais latentes. BR 10 2017 027807 7, 21 dec. 2017.5. Lee, K. H., Farida, F. H., Syahida, A., Abas, F., Shaari, K., Is-raf, D. A., & Lajis, N. H. (2009). Synthesis and biological eva-luati on of curcumin-like diarylpentanoid analogues for anti -infl ammatory, anti oxidant and anti -tyrosinase acti viti es. Eu-ropean Journal of Medicinal Chemistry, 44(8), 3195–3200.

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ANÁLISE DE COMPRIMIDOS PARA DISFUNÇÃO ERÉTIL UTILIZANDO IMAGEAMENTO RAMAN ASSISTIDO POR MÉTODOS MULTIVARIADOS

M������, R.V.1; L����, M.B.M.2; T������, M.F.M.1; F������, F.A.3; S�����, A.L.4; F����, D.L.A.1

1 Insti tuto de Química, Universidade de São Paulo, São Paulo - SP; 2 Centro de Ciências Naturais e Humanas, Universidade Federal do ABC, Santo André - SP; 3 Faculdade União das Américas, UNIAMÉRICA, Foz do Iguaçu

- PR; 4 Superintendência da Polícia Técnico-Cientí fi ca, Insti tuto de Criminalísti ca, São Paulo - SP.

A grande quanti dade de apreensões de medicamentos e o enorme volume de produtos em cada uma delas tem causado uma demanda de novos protocolos, equipamentos e técnicas a fi m de permiti r uma triagem mais efeti va em laboratórios de perícia forense[1]. A espectroscopia Raman serve muito bem a esse propósito já que é uma técnica vibracional (quimicamente específi ca) e é considerada classe A pela SWG DRUG[2]. Em geral, as análises de roti na possuem como alvo apenas o princípio ati vo, desprezando os outros componentes da mistura (excipientes) os quais, para fi ns forenses, não são menos importantes já que podem trazer outras informações como origem e modo de produção, permiti ndo traçar um perfi l químico desses produtos e mapear sua origem, rotas de distribuição e locais de

venda no território brasileiro. Este trabalho analisou comprimidos para disfunção eréti l uti lizando imagem Raman aliada ao método de resolução de curvas MCR-ALS (Multi variate Curve Resoluti on-Alternati ng Least Squares) em ambiente Matlab®. Essa ferramenta permite a resolução espectral de uma mistura sem um conhecimento prévio dos seus componentes, o que é conveniente para aplicações forenses. Como pode-se observar na Figura 1, os mapeamentos Raman permiti ram discriminar os espectros obti dos dos comprimidos Pramil apreendidos (à esquerda) dos de Viagra, que é o medicamento de referência (à direita) e as componentes resolvidas pelo MCR-ALS possibilitaram identi fi car pelo menos 3 componentes desses comprimidos.

Figura 1 - Mapeamento Raman (λ0=785 nm) de comprimidos de Pramil apreendidos (à esquerda) e de Viagra comercial (à direita) e suas respecti vas componentes resolvidas por MCR-ALS (espectros de referência em preto).

Análises pontuais por espectroscopia Raman (λ0=785 nm) realizadas no revesti mento desses comprimidos apresentaram TiO2 e os corantes alimentí cios erioglaucina (Pramil) e índigo carmim (Viagra) complementando a especiação química dos comprimidos. O protocolo uti lizado foi capaz de separar os componentes espectrais de misturas desconhecidas em 20 minutos, semelhante aos vários protocolos cromatográfi cos uti lizados, porém sem gerar resíduos químicos de extração, reações, gasto

de solventes ou gases de arraste e identi fi cando 5 substâncias que geralmente não são identi fi cadas em uma mesma análise cromatográfi ca, demonstrando ser um procedimento promissor para aplicação em análises de roti na em laboratórios de perícia forense.

REFERÊNCIAS1. World Drug Report 2018 (United Nati ons publicati on, Sa-les No. E.18.XI.9).2. SWGDRUG Recommendati ons Version 7.1 (2016).

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ANÁLISE DE NANOPARTÍCULAS DE GSR POR ICP-TOFMS

H�������, R.D.1; R�������, J.F.2; B�����������, O.3

1 Universidade Federal de Goiás; 2 Colorado School of Mines; 3 TOFWERK.

Os resíduos de disparo de arma de fogo (GSR), decorrentes da detonação da espoleta de arma de fogo, contém micro e nano partí culas resultantes do rápido resfriamento dos gases liberados e do material sólido da arma e munição1. A pesquisa apresentada aqui é baseada em misturas detonantes que geram partí culas característi cas de GSR2 contendo anti mônio (Sb), bário (Ba) e chumbo (Pb), que compõem a vasta maioria das munições modernas2. Pesquisa recente3 mostra a aplicabilidade do uso de ICP-QMS (espectrometria de massas por quadrupolo com plasma induti vamente acoplado) para a análise de GSR, contudo a técnica está limitada à identi fi cação de um ou dois íons por vez. Esta barreira é rompida com a análise por TOFMS (espectrometria de massas por tempo de voo), onde prati camente a maior parte da tabela periódica é identi fi cada a cada 60 µs. Assim, são identi fi cadas partí culas característi cas de GSR contendo Sb, Ba, e Pb; bem como seus isótopos e outros elementos porventura presentes nas nanopartí culas. Este trabalho vem demonstrar a aplicabilidade do uso da técnica de análise de partí culas singulares por Espectrometria de Massas por Tempo de Voo com Plasma Induti vamente Acoplado (spICP-TOFMS) para a identi fi cação e caracterização de partí culas de GSR. Em cada amostra analisada foi possível a identi fi cação

de ao menos duas nano partí culas característi cas de GSR e mais de 100 nano partí culas consistentes com GSR em menos de 10 minutos e em apenas parte da amostra. Esta técnica é muito mais rápida que a análise por Microscopia Eletrônica de Varredura, onde uma amostra leva horas para ser analisada. O método se mostrou capaz de identi fi car os três íons que caracterizam uma partí cula de GSR (Sb-Ba-Pb), abrindo uma alternati va promissora para a análise de GSR. A simplicidade na preparação das amostras e o curto tempo de análise permite a análise de mais de 100 amostras em um dia.

REFERÊNCIAS1. “Guide for Primer Gunshot Residue Analysis by Scanning Electron Microscopy/Energy Dispersive X-Ray Spectrome-try.” 11-29-11. “SWGGSR.” Date accessed 11 May 2016.2. ASTM E1588-17, Standard Practi ce for Gunshot Residue Analysis by Scanning Electron Microscopy/Energy Dispersi-ve X-Ray Spectrometry, ASTM Int. West Conshohoken, PA. (2017). doi:10.1520/E1588-17.3. Heringer, d. R., Ranville, F. J. 2018. Gunshot residue (GSR) analysis by single parti cle inducti vely coupled plasma mass spectrometry (spICP-MS). Forensic Sci Int. 2018 Jul;288:e20-e25. doi: 10.1016/j.forsciint.2018.05.010.

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ANÁLISE DE RESÍDUOS DE LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS DERIVADOS DO PETRÓLEO EM AMOSTRAS FORENSES

PROVENIENTES DE LOCAIS DE INCÊNDIO POR SPME-GC/MS

M����, B.B.1; F��������, R.B.M.1; P��������, J.2; P������, F.S.3

1 Laboratório de Química Forense - Departamento de Laboratório Forense - PCES; 2 Laboratório de Toxicologia Forense - Departamento de Laboratório Forense - PCES; 3 Departamento de Laboratório Forense - PCES.

A análise de resíduos de líquidos infl amáveis usados como acelerantes em incêndios é uma demanda usual em laboratórios forenses. Os combustí veis voláteis, como os derivados do petróleo, pode deixar traços que possibilitam sua detecção até mesmo após incêndios de grandes proporções, fornecendo informações importantes. O objeti vo do trabalho foi confi rmar a presença de substâncias infl amáveis em amostras remanescentes de locais de incêndio. Foram analisadas amostras de terra, madeira, tecidos, papel, espuma e debris provenientes de incêndios supostamente criminosos ocorridos no ano de 2018 no Estado do Espírito Santo. As amostras foram acondicionadas em recipientes hermeti camente fechados, devidamente identi fi cadas e analisadas seguindo procedimentos estabelecidos nas normas ASTM E-1618 e E-2154. A extração dos resíduos de líquidos infl amáveis foi realizada aquecendo-se os recipientes contendo as amostras suspeitas a 80ºC por 15 min em estufa e em seguida, procedendo-se a microextração em fase sólida por exposição da fi bra de polidimeti lsiloxano 100µm no interior dos recipientes de coleta por 15min. Antes de cada análise a fi bra foi condicionada por 15min a 250ºC no injetor do GC. O material adsorvido da fi bra foi, então, dessorvido no injetor (250ºC) por 10min, durante a corrida cromatográfi ca. A análise foi realizada por GC Agilent, 7890A equipado com MS Agilent 5975C, em coluna capilar DB-5MS (30m X 0.25mm X 0.25µm). O programa de aquecimento do forno foi de 50ºC por 3 min; com aquecimento

linear a 5°C/min até 110°C, e até 280ºC com rampa de 20ºC/min. Esta temperatura foi manti da por 4 min, totalizando um tempo de corrida de 27,5 min. O fl uxo do gás de arraste (He) foi de 0,8mL/min. A análise dos cromatogramas foi realizada em modo full scan verifi cando a presença ou ausência dos marcadores tí picos para cada combustí vel derivado do petróleo, segundo norma ASTM E-1618. Foram identi fi cados resíduos de líquidos infl amáveis derivados do petróleo em diversos ti pos de amostras, permiti ndo ao perito confi rmar a uti lização de agentes acelerantes em casos de incêndio. A técnica de SPME-CG/MS mostrou-se adequada e sensível na detecção de resíduos de líquidos infl amáveis derivados do petróleo, mesmo em amostras altamente carbonizadas.

REFERÊNCIAS1. ASTM E2154- Standard practi ce for separati on and con-centrati on of Ignitable Liquid Residues from fi re debris by passive Headspace concentrati on with Solid Phase Microex-tracti on (SPME). 2. ASTM 1618 - Standard Test Method for Ignitable Liquid Residues in Extracts from Fire Debris Samples by Gas Chro-matography-Mass Spectrometry. 3. Fetti g, I et al. Evaluati on of a Headspace Solid-Phase Mi-croextracti on Method for the Analysis of Ignitable Liquids in Fire Debris. J Forensic Sci: 59, 3. 2014. doi: 10.1111/1556-4029.12342. 4. Stauff er, E; Dolan, J. e Newman, R. Fire debris analysis. Academic Press: 2007.

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ANALYSIS OF Cannabis sati va L. SEIZED SAMPLES AND THEIR POSSIBLE DILUENTS BY ATR-FTIR AND CHEMOMETRY

G�������, M.1; B������, B.T.1; S�����, M.K.1; R����, M.F.2; D� R���, N.M.3; F���, M.S.4; O����, R.S.5; C������, F. A.O.2; F�����, M.F.5; L��������, R.P.1

1 LABTOXICO, UFRGS; 2 Soil Science Graduate Program, UFRGS; 3 Acre Technical and Scienti fi cal Division, Federal Police, Rio Branco, AC; 4 Rio Grande do Sul Technical and Scienti fi cal Division, Brazilian Federal Police, Porto Alegre, RS; 5 Chemistry Insti tute, UFRGS.

The focus of this study was to analyze samples of Cannabis sati va L. and its principal form of presentati on, marijuana, seized by the Federal Police (PF), verifying if there are any diff erences between the samples with the inclusion of analysis of some diluents. The main objecti ve was to conduct chemical profi le study with the use of unsupervised chemometric tools to reinforce the materiality of drug traffi cking crime. Were performed analyzes of 51 Cannabis sati va L. samples and 24 diluent samples by Fourier Transform Infrared Spectroscopy with Att enuated Total Refl ectance (FTIR-ATR) accessory. 29 samples were indoor growing plants in the PF from seed seizures, 9 were outdoor seizure plants in the São Francisco River valley; 10 samples of marijuana seized in the state of Acre and 3 of marijuana seized by PF in the state of Rio Grande do Sul. Diluent samples were divided into 9 samples of aromati c plants; 4 of commercial tobacco; 4 of horse feces and 1 of soil. Isolated analysis and mixtures were done. For the multi variate stati sti cal analysis were used Principal Component Analysis (PCA) and Hierarchical Cluster Analysis (HCA). The results showed that there are diff erences between indoor and outdoor Cannabis samples, which in turn diverge from marijuana samples, characterized by the dry, pressed plant prepared smoke mixture. Diluents analysis helped to detect these diff erences. FTIR-ATR methodology is fast, easy to apply, requires litt le sample volume

and, mainly, preserves the sample from destructi on, an important detail for the forensic sciences. The multi variate analysis of data obtained through infrared analysis were reliable and sati sfactory, considering the results of chemical profi le of drugs of abuse, since it gathers several relevant informati on in a short period of research. This study was a precursor to suggesti ons about the contaminati on of marijuana seizure samples and could serve as a model for a broader survey that refl ects on the nati onal cases of the most consumed drug in Brazil and world.

REFERÊNCIAS1. R.S. Orti z, et al, Counterfeit Cialis and Viagra fi ngerprin-ti ng by ATR-FTIR spectroscopy with chemometry: Can the same pharmaceuti cal powder mixture be used to falsi-fy two medicines?, Forensic Sci. Int. 226 (2013) 282–289. doi:10.1016/j.forsciint.2013.01.043. 2. K. De Cássia, et al.;, Science and Justi ce Seized cannabis seeds culti vated in greenhouse : A chemical study by gas chromatography – mass spectrometry and chemometric analysis, Sci. Justi ce. 56 (2016) 35–41. doi:10.1016/j.sci-jus.2015.09.002.3. B. Tassi, et al., Spectrochimica Acta Part A : Molecular and Biomolecular Spectroscopy Near infrared spectroscopy com-bined with chemometrics for growth stage classi fi cati on of cannabis culti vated in a greenhouse from seized seeds, SAA. 173 (2017) 318–323. doi:10.1016/j.saa.2016.09.040.

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APPLICATION OF SMARTPHONES FOR IDENTIFICATION OF BLOOD STAIN TRACES

M����, N.P.; S�����, T.C.L.; B�����, J.D.; S�����, C.M.M.Federal University of Pelotas, Center for Chemical, Pharmaceuti cal and Food Sciences.

Blood spots are traces commonly found in crime scenes that may be apparent or not apparent. Moreover, a criminal’s intent is to avoid leaving any evidence that may be related to him. In this way, preliminary tests can aid in the visibility and identi fi cati on of these traces and, in order to opti mize the work of the expert, smartphone applicati ons are been seen as useful tools. Therefore, the objecti ve of this study was the development of a preliminary method of qualitati ve analysis of blood spots using a smartphone applicati on. The colorimetric test used was with Kastle-Meyer reagent, due to its great applicati on in the laboratories of criminology for chemical identi fi cati on of blood. The test consists in identi fying the presence of hemoglobin through the acti vity of the peroxidase present in the blood, which catalyzes the oxidati on of phenolphthalein giving the reacti on, when positi ve, a pink colorati on. The color evaluati ons were made through the smartphone applicati on aft er periods of 24h, 48h, 72h and 96h. When capturing the image, the applicati on informs about the color obtained including the base color type, RGB and HSV values, exact tonality and color category. To evaluate the blood samples, the

color capture was done as soon as the colorimetric reacti on showed a pink colorati on. In the fi rst 42h there was no signifi cant color diff erence between the tonaliti es observed, however, compared with the 96h samples, there was a notable color change, mainly in hue, saturati on and value, representi ng a probable relati onship between blood age and the colorimetric test result. The results presented are preliminary, therefore experiments are being improved on the feasibility of using smartphone applicati ons in the forensic sciences. However, the use of smartphone applicati ons turns out as a potenti al auxiliary tool in investi gati ng bloodstains traces. Acknowledgments: CNPq, CAPES and FAPERGS.

REFERENCES1. CAVALCANTI, D. R. Métodos para Análise do Tempo des-de a Deposição de Manchas de Sangue em Cenas de Crime: Um Diagnósti co Comparati vo. Brazilian Journal of Forensic Sciences, Medical Law and Bioethics, 6(2), 178-193, 2017.2. VELHO, J. A.; GEISER, R. C.; ESPINDULA, A. Ciências fo-renses: Uma introdução às principais áreas da criminalísti ca moderna. 3ª ed., Campinas, Millenium Editora, 2017.

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AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CUTICULAR DE HIDROCARBONETOS E AMINOÁCIDOS EM OVOS DE DUAS MOSCAS DE

INTERESSE FORENSE Lucilia eximia E Lucilia cuprina

L����, B.1; P����, M.C.2; M���������, K.B.2; A���������, W.F.2; C������, C.1,2

1 Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD; 2 Centro de Estudos em Recursos Naturais, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul – UEMS.

Nos últi mos anos vários estudos vêm sendo feitos a fi m de buscar alternati vas rápidas e precisas para a identi fi cação de espécies, visando auxiliar os peritos interpretar e uti lizar dados entomológicos presentes em corpos em cenas de crime.1 É muito comum observar ovos de moscas nos cadáveres em decomposição já que as moscas ovipositam pouco tempo após a morte.2 Neste senti do, seria vantajoso para as perícias forenses identi fi car a espécie por meio do ovo, eliminando a necessidade de criação criação em laboratório para então após a emergência os adultos serem identi fi cados. Alguns estudos sugerem uma boa efi ciência na identi fi cação de espécies uti lizando o perfi l de aminoácidos e perfi l de hidrocarbonetos cuti culares.2,3 Sendo assim o objeti vo deste estudo foi avaliar e comparar a efi ciência da composição de hidrocarbonetos e aminoácidos na diferenciação de ovos de duas espécies de moscas varejeiras: Lucilia eximia e Lucilia cuprina, para isso fez-se extração dos hidrocarbonetos cuti culares com hexano e a análise foi realizada empregando cromatografi a gasosa acoplado a espectrometria de massas. Já a extração de aminoácidos foi feita com água em aquecimento de 50°C por 40 min, e a análise foi feita uti lizando cromatografi a líquida de alta efi ciência com detector de arranjo de diodos. As amostras das duas espécies apresentaram diferenças tanto qualitati vas como quanti tati vas no perfi l de hidrocarbonetos cuti culares de seus ovos (P = 0,0002; F = 9,72). Para o perfi l de aminoácidos foram observadas também diferenças tanto qualitati vas como quanti tati vas (P = 0,0004; F = 15,4). O valor de F indica o nível de heterogeneidade entre os dados, quanto maior o seu valor maior é a diferença entre os dados e maior será a sua signifi cância, sendo assim pode-se observar que a análise mais

adequada para uma maior separação entre espécies é a de perfi l de aminoácidos. A espécie L. cuprina possuiu 2 aminoácidos exclusivos (alanina e triptofano) já a espécie L. eximia possui apenas a cisteína. A aplicação da análise de correspondência detectada (DCA) para hidrocarbonetos revelou 4 compostos exclusivos da espécie L. cuprina e 4 compostos exclusivos da espécie L.eximia, sendo que os mesmos possuíram posições próximas no diagrama, o restante dos compostos foram comparti lhados por ambas as espécies, mas não ti veram grande signifi cância na separação das mesmas. Já a DCA para aminoácidos mostrou uma separação muito mais níti da das espécies empregando seus compostos. Com isso foi possível verifi car a maior capacidade de separação da análise de aminoácidos na diferenciação de espécies de ovos de moscas. Como também observado por Giff en et al., (2017), no qual conseguiram disti nguir claramente seis espécies de moscas de importância forense por meio do perfi l de aminoácidos dos ovos. Pode-se concluir que o perfi l de aminoácidos se mostrou uma alternati va valiosa para identi fi cação de espécies de moscas de importância forense podendo auxiliar a perícia forense na obtenção de resultados mais ágeis e consequentemente em uma esti mati va IPM mais precisa.

REFERÊNCIAS1. Braga, M.V., Pinto, Z.T., de Carvalho Queiroz, M.M., Mat-sumoto, N., Blomquist, G.J., 2013. Acta Trop. 128, 479–485. htt ps://doi.org/10.1016/j.actatropica.2013.07.0142. Giff en, J.E., Rosati , J.Y., Longo, C.M., Musah, R.A., 2017. Analyti cal Chemistry 89, 7719–7726. htt ps://doi.org/10.1021/acs.analchem.7b017083. PAULA, M. C. et al. Journal of Medical Entomology, v. 54, n. 1, p. 14–23, 2017. htt ps://doi.org/10.1093/jme/tjw142

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AVALIAÇÃO DE COMPOSTOS INORGÂNICOS EM AMOSTRAS DE COCAÍNA

B������, D.N.; R������, M.M.A.C.; S���, J.T.C.; R������, E.M.; R������, A.A.; M����, R.A.A.; S����, S.G.Universidade Federal de Uberlândia, Insti tuto de Química.

A cocaína é uma das drogas mais consumidas no mundo, e o Brasil está entre os maiores usuários da droga, com 0,7% dos usuários entre 12 e 65 anos. O Brasil é o único país que faz fronteira com todos os países produtores de cocaína e, consequentemente, um dos principais países de trânsito da droga. 1,2 As amostras de cocaína ilícita geralmente apresentam baixo teor da droga e inúmeros contaminantes. Algumas impurezas podem ser geradas a parti r de compostos da folha da planta ou adicionadas à cocaína para diluir a droga; esses diluentes podem potencializar ou mimeti zar os efeitos farmacológicos da cocaína. O conhecimento

dos adulterantes presentes nas amostras apreendidas pode auxiliar nas investi gações policiais que buscam identi fi car rotas e fornecedores1. Amostras apreendidas pela Polícia Civil de Uberaba-MG foram submeti das à eletroforese capilar com detecção condutométrica (CE-C4D), que permiti u a separação e identi fi cação de contaminantes inorgânicos (Cl-, NO3

-, SO42- e CO3

2-). Por meio de espectrometria de absorção atômica com forno de grafi te foi possível identi fi car a presença de manganês nas 21 amostras analisadas. Os resultados obti dos estão na tabela e gráfi co que são apresentados abaixo:

Table 1 - Relação entre contaminantes (%) Graph1 - Contaminantes inorgânicos identi fi cados.

Todas as 21 amostras analisadas apresentaram mais de um composto inorgânico. As baixas concentrações de cocaína (<30%) foram detectadas em 76% das amostras analisadas e apresentaram níveis moderados a altos de cloridrato e carbonato, amostras com concentrações de cocaína acima de 70% mostraram a presença do íon sulfato. O manganês foi detectado em todas as amostras, com concentrações de até 11,26 μg g-1.

REFERÊNCIAS1. E. J. Magalhãesa, C. C. Nascentesa L. S.A. Pereira, M. L.O. Guedesb, R. A. Lordeiro, L. M.L.A. Aulerc, R. Augusti a, M. L.R. de Queiroz. Evaluati on of the compositi on of street co-caine seized in two regions of Brazil. Science and Justi ce 53 (2013) 425-4322. United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime. Word Drug Report 2011. Vienna, 2011

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AVALIAÇÃO DE INTERFERENTES NA IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE EXPLOSIVOS PÓS-EXPLOSÃO

A������, V.R.M.1; M�������, F.G.M.1; A�����, R.L.1; L������, L.P.L.2; W����, I.T.1

1 Universidade de Brasília - UnB; 2 Insti tuto Nacional de Criminalísti ca, Polícia Federal de Brasília.

No Brasil, a análise de explosivos tem se tornado uma práti ca corriqueira, uma vez que esses dispositi vos estão sendo muito uti lizados em roubos de caixas eletrônicos. Os explosivos mais encontrados são dispositi vos de pólvora cloratada e emulsão de ammonium nitrate fuel oil (ANFO). O procedimento de coleta é fundamental para a correta identi fi cação dos resíduos de explosivos, entretanto muitos dos materiais de coleta empregados podem conter interferentes que provoquem falso-positi vos. Dentre as técnicas mais uti lizadas, a cromatografi a iônica (CI) é a mais empregada nesse ti po de identi fi cação. Os íons de interesse encontrados nesses explosivos são Cl-, ClO3-, ClO4-, NO3-, NO2-, SO4

2-, S2O42-, NH4+, Na+

e K+. O objeti vo deste trabalho é estudar a presença de interferentes em materiais uti lizados para coleta e processamento de resíduos de explosão, como hastes fl exíveis de algodão, algodões, swabs e fi ltro de seringa, empregando CI. Para a extração dos possíveis interferentes, os materiais foram colocados dentro de seringas contendo 3 mL de água Milli-Q e agitados por vórtex. Já os fi ltros foram acoplados às seringas e passados 10 mL de água. Os procedimentos foram repeti dos seis vezes e após cada extração a

água de lavagem foi analisada. Os dados mostraram que os fi ltros de seringa não possuem analitos em quanti dades sufi cientes para causar interferência nos resultados e podem ser uti lizados sem pré-tratamento. Para os swabs, cotonetes e algodões, foram observadas quanti dades signifi cantes de interferentes, mesmo aqueles desti nados às ati vidades periciais. Entretanto, após a segunda lavagem, as concentrações reduziram drasti camente (inferiores a 1 µg/mL) tornando-os próprios para a coleta. Após o procedimento experimental verifi cou-se que alguns materiais se tornaram inapropriados (deformados). Já aqueles que não se deformaram após a segunda lavagem, tornam-se recomendados para o uso pois não apresentaram íons em concentrações que possam interferir na interpretação dos resultados periciais. Foram observadas ainda variações nas quanti dades de analitos presentes nas diferentes marcas testadas assim, sugere-se fazer no mínimo duas lavagens para garanti r a redução de possíveis interferentes.

REFERÊNCIA1. MOORE, David S. Instrumentati on for trace detecti on of high explosives, 2004.

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AVALIAÇÃO DO PERFIL CUTICULAR DE OVOS DE MOSCAS VAREJEIRAS DE IMPORTÂNCIA FORENSE

VISANDO A DIFERENCIAÇÃO DAS ESPÉCIES

L����, B.1; P����, M.C.2; M���������, K.B.2; A���������, W.F.2; C������, C.1,2

1 Programa de Pós-Graduação em Química, Universidade Federal da Grande Dourados – UFGD; 2 Centro de Estudos em Recursos Naturais, Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul – UEMS.

A determinação correta da espécie de mosca é fundamental quando se uti liza dados entomológicos para determinação do Intervalo Pós-Morte (IPM). A identi fi cação inequívoca de espécies interfere diretamente no cálculo do IPM, uma vez que para a determinação uti liza-se o tempo de desenvolvimento do inseto sendo que cada espécie possui um tempo específi co.1 Atualmente, para a determinação da espécie, faz-se necessário a criação de ovos, larvas, pupas que são encontrados como evidência em cenas de crimes, até a sua fase adulta, tornando a identi fi cação por meio de chaves morfológicas um processo lento e pouco produti vo.2 Uma alternati va para auxiliar esta identi fi cação por métodos taxonômicos tradicionais seria muito vantajoso para as ciências forenses. Neste senti do o objeti vo deste estudo foi avaliar a efi ciência da análise do perfi l de hidrocarbonetos cuti culares na diferenciação de ovos de duas espécies, Chrysomya megacephala e Chrysomya albiceps. Foi realizada a extração de 10 ovos de cada espécie com hexano e a análise empregando um cromatografo a gás acoplado a um espectrômetro de massas. As condições de análise foram rampa de aquecimento de 150 á 280°C à 3°C min-1 permanecendo na temperatura fi nal por 10°C, foi empregando o hélio como gás de arraste (1 mL min-1) e as injeções foram de 1 µL no modo splitless. As amostras das 2 espécies apresentaram diferenças tanto qualitati vas como quanti tati vas no perfi l químico de hidrocarbonetos cuti culares de seus ovos (P = 0,0001; F = 34,76). Apresentando hidrocarbonetos cuti culares com cadeia carbônica que variam de C16 a C29 e foram identi fi cados 8 compostos nos ovos da

espécie C. megacefala e 11 compostos nos ovos de C. albiceps. A espécie C. albiceps apresentou 3 compostos exclusivos em relação a espécie C. megacefala (C29:9, C29, 2-MeC29), enquanto a espécie C. megacephala possuiu apenas um composto exclusivo (8-MeC24). A aplicação da análise de correspondência detectada (DCA) (Figura 1) revelou que os compostos C29, C29:9, 2-MeC29 e o C23:1 foram cruciais para a separação da espécie C. albiceps e para C. megacephala os compostos foram 4-MeC16, 8-MeC24 e 9-MeC21. Com os dados obti dos foi possível verifi car o grande potencial da técnica para diferenciação de espécies por meio de seu perfi l químico cuti cular, corroborando com os dados obti dos por Pechal et al., (2014) que disti nguiram diferentes espécies de moscas varejeiras pelo seu perfi l químico. Nosso estudo demonstra um novo potencial para a identi fi cação por meio da análise do perfi l químico de ovos de moscas varejeiras, e assim agilizar a identi fi cação das espécies e com isto melhorar a esti mati va do IPM.

REFERÊNCIAS1. Jordaens, K., Sonet, G., Richet, R., Dupont, E., Braet, Y., Desmyter, S., 2013.Int. J. Legal Med. 127, 491–504. htt ps://doi.org/10.1007/s00414-012-0767-62. Guo, Y., Cai, J., Chang, Y., Li, X., Liu, Q., Wang, Xinghua, Wang, Xiang, Zhong, M., Wen, J., Wang, J., 2011. J. Forensic Sci. 56, 1534–1540. htt ps://doi.org/10.1111/j.1556-4029.2011.01882.3. Pechal, J. L., Moore H., Drijfh out F., Benbow M. E. 2014. Forensic Sci. Int. 245, 65-71. htt ps://doi.org/10.1016/j.fors-ciint.2014.10.019.

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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DA ESPECTROSCOPIA RAMAN PORTÁTIL E QUIMIOMETRIA NA IDENTIFICAÇAO

DE APREENSÕES DE CATINONAS SINTÉTICAS

P������, A.C.S.1; B���, A.1; P�������, M.F.1; S����, C.S.1; B����, P.C.C.S.2; M������, A.L.2; A��������, T.L.F.2

1 Departamento de Engenharia Química, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE; 2 Polícia Técnico Cientí fi ca de Goiás, Goiânia, GO.

Cati nonas sintéti cas são um grupo de substâncias ilícitas que surgiram no mercado apenas recentemente e consistem de pequenas, porém variadas, modifi cações na estrutura química de outras substâncias controladas. A perícia neste ti po de substâncias usa essencialmente testes colorimétricos, que são pouco confi áveis, e a cromatografi a gasosa, que pode ser demorada e destruti va. A espectroscopia Raman tem-se revelado úti l em diversos contextos forenses por ser uma técnica rápida, não-destruti va, sem preparação de amostra, portáti l, alta sensibilidade e confi abilidade para identi fi car diversos ti pos de drogas1,2. Neste senti do, este estudo avaliou o potencial de um espectrofotômetro Raman portáti l (Metrohm) para identi fi car cati nonas sintéti cas. Foram analisadas 17 amostras apreendidas pelas policias cientí fi cas de Goiânia/GO e Recife/PE, sendo 10 cati nonas de três ti pos (n-eti lpenti lonas, eti lonas e βk-DMBDB) e 7 contendo misturas de MDMA ou clorobenzorex com adulterantes comuns como cafeína e lidocaína. Todas as outras amostras apresentavam-se na forma de comprimidos exceto as de n-eti lpenti lona e eti lona que se apresentavam como cristais. Inicialmente, as amostras foram analisadas diretamente e através de plásti co e de vidro. Não foram observadas diferenças espectrais signifi cati vas entre elas, sendo que os espectros medidos no vidro mostraram menos ruído. Algumas amostras de comprimido apresentaram forte interferência de fl uorescência e os espectros não foram

adquiridos. Foi oti mizado o pré-processamento dos dados e a Análise de Componentes Principais (PCA) foi uti lizada para avaliar a tendência de separação entre as amostras. Observa-se que há uma tendência de separação das cati nonas em relação às outras drogas já na 1ª componente principal (PC). Os valores altos dos loadings obti dos na 1ª PC estão relacionados a bandas característi cas das cati nonas (aprox. 1605cm-

1 e 1672cm-1) 2. Algumas das amostras das cati nonas foram purifi cadas por cromatografi a, recristalizadas e caracterizadas por espectroscopia de Ressonância Magnéti ca Nuclear, dada a difi culdade em conseguir padrões de referência. Dessa forma, foi possível determinar a presença de cafeína como o principal adulterante e identi fi car os sinais característi cos de cada substância nos espetros Raman. Este estudo demonstra o potencial da espectroscopia Raman para identi fi cação de cati nonas sintéti cas em locais de crime de forma rápida, não destruti va e confi ável.

REFERÊNCIAS1. R. Christi e, et al. Discriminati on of cathinone regioiso-mers, sold as ‘legal highs’, by Raman spectroscopy. Drug Test. Analysis. 2013; v.6,7-8, p. 651-657 doi:10.1002/dta.1518.2. Steven E.J. Bell, et al. Raman spectroscopy for forensic examinati on of -ketophenethylamine “legal highs”: Refe-rence and seized samples of cathinone derivati ves. Analyti -ca Chimica Acta. 2012. v.711 p. 1–6 doi: doi:10.1016/j.aca.2011.10.018

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CARACTERIZAÇÃO DE CANETAS ESFEROGRÁFICAS UTILIZANDO MALDI QUADRUPOLE TIME-OF-FLIGHT MASS SPECTROMETRY:

APLICAÇÃO DA TÉCNICA EM QUÍMICA FORENSE

S����, C.A.J.1,2; A�����, P.S.1; S�����, P.A.2

1 Departamento de Química, DQ/CCEN/UFPB,Universidade Federal da Paraíba; 2 Université de Sherbrooke, Departamento de Química, Sherbrooke, Québec, Canadá.

A química forense emprega instrumentos analíti cos modernos no exame direto de evidências cientí fi cas apreendidas ou na assistência de casos forenses. Neste contexto, a espectrometria de massas apresenta-se como uma técnica poderosa para identi fi car compostos desconhecidos e elucidar a estrutura e as propriedades químicas das moléculas. A identi fi cação de diferentes ti ntas de canetas é uma técnica importante na química forense, podendo, por exemplo, ser usada para identi fi car falsifi cações em documentos manuscritos. As ti ntas comerciais são geralmente compostas de corantes orgânicos dissolvidos em solventes à base de glicol contendo outros aditi vos, como polímeros1. Neste trabalho, foi testada a aplicação de Matrix-Assisted Laser Desorpti on/Ionizati on coupled to quadrupole-ti me-of-fl ight mass spectrometer (MALDI-QqTOF/MS) para identi fi car corantes orgânicos na ti nta de diversas canetas esferográfi cas azuis e vermelhas do Canadá e do Brasil. As vantagens parti culares do MALDI-QqTOF/MS são aquisição rápida do espectro, preparação simples da amostra, sensibilidade e tolerância às impurezas2. Neste estudo, foi usada uma solução contendo metanol e água (50:50 v/v) para extrair os pigmentos orgânicos da ti nta e, em seguida, a amostra foi analisada por MALDI-QqTOF/MS usando

ditranol como matriz. Foram encontradas a presença de basicviolet 3 ou violeta meti l dianabase 3B Cristal ([M+H]+m/z 372,2396, Δm = 3,8 mmu), basicviolet 1 ou violeta meti l dinabase 2B (([M+H]+m/z 372,2278, Δm = 1,0 mmu) e basic red 9 ou rodaminadianabase (([M+H]+m/z 344,2121, Δm = 0,6 mmu) nas amostras analisadas. Os resultados indicaram que o presente método baseado na extração sólido-líquido seguido por MALDI-QqTOF/MS é um método efi ciente para a análise de corantes orgânicos em ti ntas de canetas esferográfi cas, tornando possível a caracterização das canetas esferográfi cas brasileiras e canadenses mais comuns. Este mesmo método pode ser aplicado para estudar a presença de outros corantes orgânicos em canetas esferográfi cas comerciais.

REFERÊNCIAS1. SOLTZBERG, L. J. et al. MALDI-TOF mass spectrometric identi fi cati on of dyes and pigments. Journal Of The Ame-rican Society For Mass Spectrometry, 2007. Springer Na-ture.2. COUMBAROS, John et al. Applicati on of ti me of fl ight secondary ion mass spectrometry to the in situ analysis of ballpoint pen inks on paper. Forensic Science Internati onal, 2009. Elsevier BV.

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CHALCONAS REVELADORAS DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES

R���, B.N.; P������, B.S.; S����, C.C.; N�������, C.; P������, T.; P������, C.M.P.Laboratório de Lipidômica e Bioorgânica, LLipBio, Centro de Ciências Químicas,

Farmacêuti cas e de Alimentos, Universidade Federal de Pelotas.

Chalconas são substâncias que podem ser encontradas em produtos naturais ou produzidas por meio de síntese, comumente obti da pela condensação aldólica de Claisen-Schimidt. Essa classe de compostos tem se destacado devido suas propriedades farmacológicas atribuídas à presença α, β-insaturações¹. Diversas dessas ati vidades são descritas na literatura, como: anti -infl amatória, anti fúngica, anti leishimania, anti tumoral e anti oxidante². A aromati cidade dos compostos e a estrutura heterocíclica confere às estruturas estabilidade, coloração e forma sólida, o que permiti ria a uti lização dos compostos como um produto menos tóxico para revelação das impressões digitais. Uma vez que, os pós empregados atualmente apresentam elevada toxicidade. A parti r disso, sabendo que as impressões digitais latentes são vestí gios comumente encontrados em local de crime e que são únicos para cada indivíduo, contribuindo para investi gações forenses³, o objeti vo do presente trabalho é a aplicação das chalconas para revelação desses vestí gios. Para síntese das substâncias reveladoras foram uti lizados diferentes aldeídos substi tuídos juntamente com acetofenona conforme Ritt er e colaboradores4. Os compostos foram obti dos com altos rendimentos (68-94%) e ti veram suas estruturas confi rmadas por cromatografi a gasosa acoplada a espectrometria de massas, modelo QP2010SE (Shimadzu, Kyoto, Japão.) A identi fi cação dos picos foi feita de acordo com a biblioteca NIST-08. Dessa forma, todos os compostos foram confi rmados de acordo com o íon molecular. Quanto a revelação das impressões digitais, foram depositadas as impressões digitais de um doador em vidro e plásti co. A revelação

foi feita após 24 horas uti lizando os heterociclos preparados, sendo aplicados com pincéis específi cos. Da mesma forma foi uti lizado um pó padrão que já é empregado pela Polícia Federal. De acordo com isso, foi possível observar que os compostos sinteti zados e aplicados para revelação de impressões digitais latentes demonstraram-se promissores, possibilitando a visualização das impressões digitais, bem como minucias presentes apresentando bom contraste com a superfí cie, semelhante ao padrão. Além disso, estudos de microscopia eletrônica de varredura estão em progresso.

REFERÊNCIAS1. PANDHURNEKAR, C. P., MESHRAM, E. M., CHOPDE, H. N., BATRA, R. J. Synthesis, Characterizati on, and Biological Acti vity of Derivati ves. Organic Chemistry Internati onal, v. 2013, p. 1–10, 2013. 2. BANO, S., JAVED, K., AHMAD, S., RATHISH, I. G., SINGH, S., CHAITANYA, M., ARUNASREE, K. M., ALAM, M. S. Synthesis of some novel chalcones, fl avanones and fl avones and eva-luati on of their anti -infl ammatory acti vity. European Jour-nal of Medicinal Chemistry, v. 65, p. 51–59, 2013.3. MALIK, A. H.; KALITA, A.; IYER, P. K. Development of Well-Preserved, Substrate-Versati le Latent Fingerprints by Aggregati on-Induced Enhanced Emission-Acti ve Conjugated Polyelectrolyte. ACS Applied Materials and Interfaces, v. 9, n. 42, p. 37501–37508, 2017.4. RITTER, M., ROSIANE, M., ROSA, S. A., MALAVOLTA, J. L., LUND, R. G., FLORES, A. F. C., PEREIRA, C. M. P. Green syn-thesis of chalcones and microbiological evaluati on. Journal of the Brazilian Chemical Society, v. 26, n. 6, p. 1201–1210, 2015.

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CHARACTERIZATION OF COUNTERFEIT VIAGRA AND CIALIS BY DIFFERENTIAL SCANNING CALORIMETRY

S�����, M.K.1,3; M�������, K.C.2,3; O����, R.S.2,3; L��������, R.P.1,3

1 Graduati on Program of Pharmaceuti cal Sciences, Faculty of Pharmacy, Federal University of Rio Grande do Sul, Brazil; 2 Federal Police, Superintendence of the Federal Police of Rio Grande do Sul, Brazil; 3 Nati onal Insti tute of Forensic Science and Technology -INCT Forensic.

Erecti le dysfuncti on medicines such as Cialis and Viagra are very popular worldwide and have a great representati veness in Brazilian counterfeit market (1). Diff erent analyti cal methods have been used to analyze Cialis and Viagra, such as ATR-FTIR, GC-MS and UPLC–MS, with no data of using DSC for the analysis of counterfeit medicines. DSC is a thermal analysis that provides useful informati on of phase transiti ons, allowing exothermic or endothermic studies. The aim of this work was to analyze counterfeit Viagra and Cialis tablets using DSC to determine its specifi c physico-chemical properti es over controlled temperature, and compare with authenti c medicines. 25 samples of Viagra and Cialis seized by Brazilian Federal Police of Rio Grande do Sul, were analyzed by a DSC 60 (Shimadzu, Kyoto, Japan) using a TA-60 soft ware. Tablets were crushed, homogenized and then 1-2 mg placed in hermeti cally sealed aluminum crucibles. Measurements were performed at a heati ng rate of 10°C/min, with a temperature range between 30-330ºC. DSC characterizati on of sildenafi l citrate and tadalafi l, the acti ve pharmaceuti cal ingredients (API) of Viagra and Cialis, respecti vely, showed characteristi c endothermic peaks of melti ng at 196.5 and 303 ºC.

The authenti c samples of Viagra showed a compati ble thermal profi le with the API and Cialis showed to be diff erent with additi onal endothermic peaks, probably due to the excipients interference. The counterfeit samples of Viagra were compati ble with the authenti c samples, while Cialis showed an enlargement and displacement of endothermic peaks, indicati ng the occurrence of reacti ons and/or interacti ons between the components of formulati on. Also, Cialis samples showed melti ng peaks correspondent to sildenafi l instead tadalafi l, the API of Viagra, confi rming previous results obtained by UPLC-MS. DSC can be considered as a good auxiliary method in forensic casework samples, providing useful data to perform the identi fi cati on of counterfeit and authenti c medicines, combined with complementary analyti cal techniques such as ATR-FTIR and liquid chromatography.

REFERENCES1. JUNG, Claudio R. et al. A new methodology for detecti on of counterfeit Viagra ® and Cialis ® tablets by image proces-sing and stati sti cal analysis. Forensic Science Internati onal, v. 216, n. 1–3, p. 92–96, 2012.

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CHARACTERIZATION OF IRREGULAR MEDICINES BY FTIR-ATR

S�����, M.K.1,3; L����, V.1,3; G�������, M.1; L��������, R.P.1,3; O����, R.S.2,3

1 Graduate Program of Pharmaceuti cal Sciences, Faculty of Pharmacy, Federal University of Rio Grande do Sul, Brazil; 2 Federal Police, Superintendence of the Federal Police of Rio Grande do Sul, Brazil; 3 Nati onal Insti tute of Forensic Science and Technology -INCT Forensic.

The illicit trade of medicines through falsifi cati on, adulterati on or contraband/misuse of medicines is a worldwide problem. In additi on to the criminal aspect, the serious public health problems caused by illegal trade of these products are highlighted (1). Thus, studies to obtain chemical or physical profi les of counterfeit medicines are intended to prove materially the existence of a crime or to give precise chemical informati on to the forensic intelligence that will assist in the investi gati on (2). The aim of this work was determinate the chemical and technological profi le of solid medicines through spectroscopic method associated with multi variate data analysis. 142 tablets and capsules of seizure medicines had their technological profi le determined. Thereaft er, solid medicines were crushed, homogenized, and the powder analyzed by Fourier Transform Infrared spectroscopy with Att enuated Total Refl ectance sampling accessory, (FTIR-ATR). Each spectrum consisted of 32 co-added scans measured at a spectral resoluti on of 4 cm-1 in the 4000–525 cm-1 range. Spectral data were acquired with EZ OMNIC soft ware, version 7.2a (Nicolet Instrument Co.). Multi variate Analysis will sti ll be employed using Principal component analysis (PCA), to classify samples based on the fi ngerprint region mid-infrared

spectra (1800–525 cm-1). In additi on, will be applied the similarity match (SM) method to demonstrate that some of the irregular medicines could shown a similar profi le with a mixture of pharmaceuti cal powders deriving from a common origin. Preliminary results of FTIR-ATR confi rmed diff erent pharmaceuti cal classes between the irregular medicines, comprising: steroids, erecti le dysfuncti on medicines and amphetamine-type sti mulants. FTIR-ATR provided fast (less than 30 s) and reliable results of irregular medicines and further analysis using multi variate analysis will sti ll be generate to provide relevant informati on for chemical profi le research.

REFERENCES1. WHO GSMS. WHO Global Surveillance and Monitoring System for substandard and falsifi ed medical products. Available at: <htt p://www.who.int/medicines/regulati on/ssff c/publicati ons/GSMS_Report.pdf?ua=1>. 2. DÉGARDIN, Klara; ROGGO, Yves; MARGOT, Pierre. Un-derstanding and fi ghti ng the medicine counterfeit market. Journal of Pharmaceuti cal and Biomedical Analysis, v. 87, n. 2014, p. 167–175, 2014. Available at: <htt p://dx.doi.org/10.1016/j.jpba.2013.01.009>

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COLORIMETRIC ANALYSIS OF PSYCHOACTIVE SUBSTANCE USING MOBILE APPLICATION

B�����, J.D.; S�����, T.C.L.; M����, N.P.; S�����, C.M.M.Federal University of Pelotas, Center for Chemical, Pharmaceuti cal and Food Sciences.

Benzodiazepines are among the most prescribed drugs in the world due to their sedati ve, hypnoti c, anxiolyti c, muscle relaxant or anti convulsant acti on. Thus, colorimetric methods can be used as presumpti ve tests to identi fy this class of substances when present in drug mixtures. The techniques current employed in this analyzes are relati vely costly, have lengthy analysis ti me which are disadvantageous factors in forensic investi gati on. In order to reduce the cost of analysis, there are increasing forms of innovati on in the fi eld of analyti cal chemistry, and this development extends to the use of smartphone applicati ons. In this study, the objecti ve was the use of mobile device applicati on for qualitati ve and quanti tati ve analysis of the psychoacti ve substance clonazepam. The selected colorimetric test was with 7.3% hydrochloric acid (HCl) which, in the presence of benzodiazepines, shows yellow colorati on. For the test, clonazepam was mixtured with starch in the rati os of 1: 9, 2: 8 and 3: 7 followed by the additi on of a few drops of HCl. The reacti on, when positi ve, resulted in yellow staining and then a calibrati on curve was made for preliminary quanti fi cati on and evaluati on of this applicati on for that purpose. The results obtained were evaluated by the linear correlati on of clonazepam concentrati ons. Thus, several channels

of the applicati on are available for the evaluati on of the linear correlati on for the evaluated points. For channel G (green), there was no linear correlati on since it was 0.930, also, the straight line equati on for it was y = 2.831x + 123.57 and the mean obtained was 22.9335 ± 0.2. For the S-channel (saturati on), there was no linear correlati on as well since it was 0.941, the straight line equati on was y = 0.011x + 0.325 and the mean obtained was 19.155 ± 0.7. Thus, the calibrati on curve with best linear correlati on was obtained using the R-channel (red) that being of 0.999 and the equati on of the straight line was y = 0.733x + 48.219. Aft er this evaluati on, clonazepam was quanti fi ed in the concentrati ons of 5, 10 and 20 mg and the results obtained were sati sfactory. The presented method can be an alternati ve tool for qualitati ve and quanti tati ve evaluati on as a preliminary analysis of psychoacti ve substances in drug mixtures. Therefore, the results presented are being evaluated for other parameters of development of analyti cal methodology, as well as other psychoacti ve substances will be studied in order to extend the applicability and assist the work of the expert in Forensic Science research. Acknowledgments: CAPES, CNPq and FAPERGS.

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COPOLÍMEROS BASEADOS EM DERIVADOS DE TIOFENO PARA DETERMINAÇÃO DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES

C����, C.V.1; S�����, W.M.G.1; A����, A.M.L.2; R������, A.S.1

1 Universidade Federal de Alagoas, Inst. de Química e Biotecnologia, Campus A. C. Simões, Maceió-AL; 2 Insti tuto Nacional de Criminalísti ca, Polícia Federal, Brasília-DF.

As impressões digitais têm sido usadas como o maior meio de identi fi cação de indivíduos em investi gações criminais. O interesse no desenvolvimento de novas metodologias de revelação de impressões digitais se dá pelo fato de que uma mesma técnica de revelação pode não ser efi ciente para todos os ti pos de superfí cies. Existe a necessidade em oti mizar as técnicas existentes para a revelação de impressões latentes presentes em superfí cies metálicas, como, por exemplo, revólveres, armas brancas e elementos de munição, como cartuchos e estojos [1]. Este trabalho usou uma abordagem a parti r do uso de técnicas eletroquímicas na deposição de polímeros conjugados sobre a superfí cie metálica contendo impressão digital

latente que contêm material não condutor sufi ciente para formar uma camada isolante na superfí cie do metal, evitando a deposição eletroquímica do polímero na região onde o material sebáceo está presente. As propriedades relacionadas à variação de coloração do polímero conjugado podem ser manipuladas em função do potencial elétrico aplicado [2]. O objeti vo é a eletrodeposição de um copolímero baseado em 3,4-eti lenodioxiti ofeno (EDOT) e 2,2’:5’,2’’-terti ofeno (TT) sobre um substrato metálico contendo impressão digital latente. O (PEDOT) e o poli(EDOT-co-TT) foram depositados eletroquimicamente aplicando-se potencial de 0,9 V vs. Ag/AgCl, variando-se o tempo de entre 10 e 600 s, conforme pode ser observado na Figura 1.

a) b)

Figura 1 - Imagens das impressões digitais reveladas a parti r da eletrodeposição do (a) PEDOT e (b) poli(EDOT-co-TT).

As imagens mostram que é possível revelar impressões digitais latentes depositadas sobre superfí cie metálica através de eletrodeposição do PEDOT e do poli(EDOT-co-TT), e manipular o contraste entre a imagem dati loscópica e os fi lmes poliméricos através da variação do potencial elétrico aplicado.

REFERÊNCIAS1. BERESFORD, A. L. et al., Journal of Forensic Science 57: 93-102, 2012. 2. ROSSEINSKY, D. R. e MORTIMER, R. J. Advanced Materials. V. 13, n. 11, 2001.

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DESAFIOS NA IDENTIFICAÇÃO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS TERMOLÁBEIS: O CASO DO 25I-NBOH

C�����, L.N.B.1; Z����, J.J.1; M������, L.F.1; M�������, A.O.1; V�����, M.L.1; B������, E.D.1; S������, J.N.P.2; O�������, A.L.2; S����, M.P.1

1 Insti tuto Nacional de Criminalísti ca da Polícia Federal; 2 Universidade de Brasília.

Atualmente, os órgãos de segurança pública têm enfrentado um grande desafi o na identi fi cação de novos compostos químicos sinteti zados para uso abusivo, também conhecidos como novas substâncias psicoati vas – NSP, com o fi m de burlar a legislação vigente. Na maioria dos laboratórios forenses, a cromatografi a gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM) é a técnica analíti ca preferencialmente adotada para a identi fi cação destas substâncias. O aparecimento de NSP termicamente degradáveis representa uma preocupação adicional a ser considerada na uti lização dessa técnica. O presente trabalho tem por foco os principais desafi os associados à análise química de NSP termolábeis, e, em especial, apresentar os resultados obti dos para o caso do 25I-NBOH, uma vez que a análise desse ti po de composto demanda procedimentos analíti cos não usuais. Considerando que a análise de compostos termolábeis é uma limitação da técnica de CG-EM, observou-se a necessidade de uti lização de técnicas não-térmicas, tais como espectroscopia de absorção no infravermelho (FTIR) e no ultravioleta-visível (UV-Vis), ressonância magnéti ca nuclear (RMN), cromatografi a líquida de alta performance com detector de arranjo de diodos (CLAE-DAD), cromatografi a líquida de alta performance acoplada a triplo quadrupolo (CLAE/EM/EM) e cromatografi a líquida de alta performance

com analisador híbrido quadrupolo/tempo de vôo (CLAE-Q-TOF). Além disso, fez-se uso de protocolos de derivati zação com MSTFA1 para que a substância pudesse ser analisada por CG-EM. O comportamento termolábil do 25I-NBOH foi comprovado por análise termogravimétrica (TGA) e calorimetria diferencial de varredura (DSC). Pelo fato de a classe de substâncias do ti po 25X-NBOH (à exceção do 25I-NBOH) não ser de uso proscrito, conforme a legislação vigente, mas seus respecti vos produtos de degradação térmica1 e 2 (do ti po 2C-X) o serem, uma identi fi cação química errônea da substância pode acarretar sérios problemas na persecução penal. Portanto, observa-se a necessidade de uma mudança de paradigmas na perícia, sendo imperiosa a uti lização de técnicas em geral subuti lizadas e por vezes indisponíveis para a identi fi cação inequívoca das NSP.

REFERÊNCIAS1. ANALYTICAL REPORT 25I-NBOH (C17H20INO3) - htt ps://www.policija.si/apps/nfl _response_web/0_Analyti cal_Re-ports_fi nal/25I-NBOH-ID-1383-15-report_fi nal.pdf, acesso em 05/07/20182. Arantes LC et al. 25I-NBOH: a new potente serotonina 5-HT2A receptor agonist identi fi ed in blott er paper seizures in Brazil. Forensic Toxicol. 2017; July 2017, Volume 35, Is-sue 2, pp 408–414|

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DESAFIOS NA IDENTIFICAÇÃO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS: O CASO DOSDIFERENTES POLIMORFOS

ENCONTRADOS NO GRUPO DAS CATINONAS SINTÉTICAS

S����, M.P.1; Z����, J.J.1; B������, E.D.1; S������, J.N.P.2; B�������, L.E.C.2; M������, A.H.L.2; O�������, A.L.2; C�����, L.N.B.1

1Insti tuto Nacional de Criminalísti ca da Polícia Federal; 2 Universidade de Brasília.

As novas substâncias psicoati vas – NSP – estão se proliferando em um ritmo sem precedentes no Brasil. Embora o mercado de NSP ainda seja relati vamente pequeno, representam um risco signifi cati vo para a saúde pública e um desafi o para a políti ca de drogas. Nesse contexto, a Polícia Federal se insere de maneira ímpar: suas apreensões ocorrem em todos os Estados, podendo fornecer um panorama nacional dessas substâncias, além de possuir laboratórios e Peritos altamente capacitados para a identi fi cação de NSP. Entre os grupos das NSP encontram-se as cati nonas sintéti cas, substâncias estruturalmente análogas à cati nona, uma substância natural isolada da planta Catha edulis. As técnicas usuais para a caracterização dessas substâncias são a cromatografi a gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM) e espectroscopia de absorção no infravermelho (FTIR). Em ambos os casos, encontram-se disponíveis bibliotecas gratuitas de NSP fornecidas por projetos ou grupos de trabalhos cientí fi cos internacionais que analisam drogas apreendidas1 e 2. Durante as análises por FTIR no estado sólido de diversas cati nonas sintéti cas, verifi cou-se a incompati bilidade entre os espectros da biblioteca e os obti dos, embora as análises por CG-

EM sugerissem a identi dade das substâncias. Após análises por cromatografi a líquida de alta performance com analisador híbrido quadrupolo/tempo de vôo (CLAE-Q-TOF) e, por vezes, ressonância magnéti ca nuclear (RMN), foram confi rmadas as identi dades das substâncias, sugerindo a existência de polimorfos diferentes daqueles encontrados nos bancos de dados de FTIR, o que resultou em espectros disti ntos. Este trabalho tem como objeti vo trazer exemplos de polimorfi smo3 em cati nonas sintéti cas apreendidas pela Polícia Federal e propor alguns protocolos para sua análise por FTIR. Por fi m, destaca-se a presença de polimorfos semelhantes em diversas apreensões da Polícia Federal, o que poderia sinalizar semelhanças no processo de cristalização dos materiais analisados.

REFERÊNCIAS1. Ver mais em htt p://www.swgdrug.org/index.htm2. Ver mais em htt ps://www.policija.si/eng/index.php/generalpolicedirectorate/1669-nfl -page-response3. Maheux C. R., Alarcon I. Q., Copeland C. R., Cameron T. S., Linden A. e Grossert J. S. Identi fi cati on of polymorphism in ethylonehydrochloride: synthesis and characterizati on Drug Test. Analysis 2016;8:847-857.DOI 10.1002/dta.1859.

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DESENVOLVIMENTO E VALIDAÇÃO DE METODOLOGIA ANALÍTICA DE IDENTIFICAÇÃO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS

PSICOATIVAS UTILIZANDO ÍNDICE DE RETENÇÃO EM CG-EM

G������, G.H.1,2; M������, A.H.L.2; S����, M.P.3; C�����, L.N.B.3; V�����, M.L.3; B������, E.D.3; A�������, J.C.L.3; Z����, J.J.3

1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); 2 Universidade de Brasília; 3 Insti tuto Nacional de Criminalísti ca Departamento de Polícia Federal.

Novas Substâncias Psicoati vas (NSP) são defi nidas pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) como “substâncias de abuso, que podem estar tanto em sua forma pura quanto em preparações e que não são controladas pelas Convenções de Narcóti cos de 1961 ou pela Convenção de Psicotrópicos de 1971, mas que apresentam risco para saúde. O termo “novas” não se refere necessariamente a novas invenções, mas sim a substâncias que foram recentemente disponibilizadas no mercado”.1 Por serem substâncias desenhadas com o objeti vo de contornar normas em vigor, possuem alta velocidade de introdução no mercado de drogas, o que representa um enorme desafi o tanto do ponto de vista regulatório quanto do ponto de vista pericial. Nesse contexto, surge a necessidade, na roti na técnica, de um método capaz de identi fi car NSP, sem a aquisição de padrões analíti cos certi fi cados. Assim, o objeti vo do trabalho é a elaboração e validação de um método analíti co para identi fi cação de NSP uti lizando o Índice de Retenção, por Cromatografi a Gasosa acoplada com Espectrometria de Massas. A metodologia consisti u no aperfeiçoamento do método em CGEM - de forma a ser aplicável à ampla diversidade de NSP existente - sua validação – uti lizando fi guras de mérito como

como especifi cidade, linearidade, robustez, precisão - e cálculo do Índice de Retenção de Kovátz para as substâncias analisadas. Esse índice foi selecionado por ter sido uti lizado para identi fi cação com alta precisão de compostos2 e por ter sido empregado para identi fi cação de drogas com resultados de desvios padrões relati vos menores que 0,35%3. Resultados preliminares do método do estudo uti lizando 23 drogas (14 NSP, 1 droga de origem vegetal e 8 drogas clássicas), somado ao levantamento bibliográfi co realizado, apontam para a possibilidade de uti lização do Índice de Retenção de Kovátz na identi fi cação de NSP ao uti lizar o método desenvolvido.

REFERÊNCIAS1. htt ps://www.unodc.org/LSS/Page/NPS2. Koo I, Shi X, Kim S, Zhang X. iMatch2: Compound identi fi -cati on using retenti on index for analysis of gas chromatogra-phy–mass spectrometry data. Journal of Chromatography A. 2014; 1337: 202–210. doi: 10.1016/j.chroma.2014.02.0493. Kelly K, Bell S. Evaluati on of the reproducibility and re-peatability of GCMS retenti on indices and mass spectra of novel psychoacti ve substances. Forensic Chemistry. 2018; 7: 10–18.

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DETECÇÃO DE N-ACETIL-25I-NBOME EM SELOS APREENDIDOS NA CIDADE DE JOINVILLE-SC

P�������, S.1; P�������, G.1; S����, M.P.2

1 Insti tuto Geral de Perícias, IGP - Joinville (SC), Brasil; 2 Insti tuto Nacional de Criminalísti ca – INC/PF, Brasília (DF), Brasil.

Nos últi mos anos, os centros forenses mundiais tem constatado o crescimento das apreensões de novas substâncias psicoati vas, dentre elas, os derivados de 2,5-dimetoxifenil-N-[(2-metoxifenil)meti l]etanoamina (NBOMe) em selos coloridos. Estas substâncias promovem efeitos alucinógenos e são comumente uti lizadas com fi nalidade recreati va[1]. Em 2014, a Anvisa incluiu os primeiros compostos da classe dos NBOMes na lista F2 (substâncias psicotrópicas proscritas) da Portaria nº 344/98[2]. Este trabalho teve como objeti vo identi fi car inequivocamente um novo análogo estrutural do 25I-NBOMe, detectado em selos de uma apreensão realizada em Joinville-SC, numa parceria entre IGP/SC e PF. O material foi submeti do à análise por GC/MS e HPLC/MS com analisador híbrido quadrupolo/tempo de vôo (Q-TOF/MS). O resultado obti do por GC/MS apontou para um análogo estrutural do 25I-NBOMe, com maior massa molar e não disponível, na época, nas bibliotecas de espectros de massas pesquisadas. A análise Q-TOF/

MS detectou um íon com m/z de 470,0826, compatí vel com a fórmula C20H25INO4, confi rmando a identi fi cação do composto N-aceti l-25I-NBOMe (25I-NBOMe AC). Essa substância teve sua primeira, e até então, única, noti fi cação pelo Centro de Pesquisas e Educação em Ciências Forenses em parceria com o Departamento de Justi ça dos Estados Unidos, no início do ano vigente[3]

. Portanto, há fortes indícios de que o 25I-NBOMe AC é uma novíssima droga no mercado ilícito, servindo a sua detecção como alerta para órgãos normati zadores e laboratórios forenses do Brasil e todo o mundo.

REFERÊNCIAS1. UNODC. MARKET ANALYSIS OF SYNTHETIC DRUGS Am-phetamine-type sti mulants, new psychoacti ve substances United Nati ons, Viena, 2017.2. BRASIL. RDC Nº 06, DE 18 DE FEVEREIRO DE 2014. Órgão emissor: ANVISA.3. NMS LABs. N-aceti l-25I-NBOMe, 2018.

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DETERMINAÇÃO DE MIDAZOLAM, COMO DROGA DE ESTUPRO EM BEBIDAS, UTILIZANDO ELETRODOS

DE DIAMANTE DOPADOS COM BORO

R����, R.G.1; S����, W.P.1; S������, M.H.P.2; M����, R.A.A.1; R������, E.M.1

1 Insti tuto de Química, IQ-UFU, Universidade Federal de Uberlândia; 2 Unidade Técnica e Cienti fi ca, Superintendência Regional da Polícia Federal em Minas Gerais, Uberlândia.

As drogas de estupro (do inglês “date rape drugs”) são uti lizadas geralmente em festas e bares, adicionando-as a bebidas e comidas da víti ma para facilitar assaltos e abusos sexuais. O principal efeito é perda de memória e sonolência. Dentre os ti pos de drogas mais uti lizados se encontra o grupo dos benzodiazepínicos, dentre os quais, destaca-se o midazolam (MID) (1). MID é uma droga uti lizada como tranquilizante, sedati vo e relaxante muscular, diminuindo a resposta psicomotora. O uso desta droga associada ao álcool, potencializa o seu efeito (2). Por isso, é importante encontrar métodos rápidos, portáteis e de baixo custo para a determinação deste ti po de droga em caso de suspeita de uso. Assim, o trabalho apresenta os resultados iniciais para a determinação de MID em amostras de bebidas (whisky e vodka), empregando voltametria de pulso diferencial e diamante dopado com boro (BDD) como eletrodo de trabalho. A determinação de MID por oxidação é apresentada pela primeira vez. Plati na e AgCl/KCl(sat) foram uti lizados como eletrodos auxiliar e referência, respecti vamente. Dois ti pos de pré-tratamentos/ati vações eletroquímicas do eletrodo de BDD foram estudadas, o anódico (+10 mA por 16,7min) em meio de tampão Britt on-Robinson (BR) pH = 2 e o catódico (-10 mA por 16,7 min) em meio de H2SO4 0,1 mol L-1. O efeito do pH (2 a 10) no comportamento eletroquímico de MID foi inicialmente estudado por voltametria cíclica Britt on-Robinson (0,12 mol L-1). Os resultados mostraram que o MID apresenta pico de oxidação em +1,60 V, sendo que na ati vação catódica do eletrodo de BDD, a corrente de oxidação do MID se mostrou mais intensa. Para os estudos posteriores, a

ati vação catódica do eletrodo de BDD foi empregada e o eletrólito escolhido foi o tampão BR 0,12 mol L-1 pH = 2,0. Na detecção e quanti fi cação da MID por voltametria de pulso diferencial foram uti lizados os valores oti mizados de tempo de modulação = 25 ms, amplitude = 70 mV e incremento de potencial = 5 mV. Nessas condições, o MID apresentou respostas lineares nas faixas de concentração entre 5-25 (r = 0,998) e entre 1-10 µmol L-1 (r =0,997) em análises de vodka (diluição de 1:19 (v/v)) e whisky (diluição de 1:99 (v/v)), respecti vamente. O método proposto mostrou-se efi ciente na quanti fi cação (recuperações entre 88-103%) de MID em amostras de vodka e whisky. Nos estudos de repeti bilidade realizadas com amostra de vodka e whisky dopadas, DPRs (n = 10) de 4,3 e 0,9% foram obti dos, respecti vamente. Os resultados iniciais obti dos mostram que o método proposto tem potencial para triagem rápida e quanti fi cação de MID em bebidas. Estudos adicionais para detecção de MID em outras bebidas e em urina estão em andamento.

REFERÊNCIAS1. Munevver Acikkol, Selda Mercan, Sukriye Karadayi. Si-multaneous Determinati on of benzodiazepines and keta-mine from alcoholic and nonalcoholic beverages by GC-MS in drug facilitated crimes. Cromatography. 2009, (70) 1295-1298.2. Piotr Adamowicz, Maria Kała. Simultaneous screening for and determinati on of 128 date-rape drugs in urine by gas chromatography–electron ionizati on-mass spectrometry. Forensic Science Internati onal. 2010 (198), 39-45

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DIFERENCIAÇÃO DE MOFS E LGSR POR MEIO DO ESPECTRO DE EMISSÃO DO Eu3+ UTILIZANDO PCA

C�������, C.R.1; S����, C.S.2; W����, I.T.1

1 Laboratório de inorgânica e materiais (LIMA), Insti tuto de Química, Universidade de Brasília (UnB) – Brasília, Brasil; 2 Departamento de engenharia química, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Recife, Brasil.

O resíduo de ti ro (GSR) é uma evidência de extrema importância para a perícia criminal, pois sua análise pode apontar uma correlação entre o autor do disparo, a víti ma e/ou uma cena de crime, além de possibilitar uma esti mati va da distância do disparo, auxiliar na diferenciação de suicídio e homicídio, etc. Com a implementação de munições livres de chumbo (NTA) a identi fi cação de GSR tem se mostrado um desafi o para análise forense1. Para auxiliar na identi fi cação de GSR, evitar falsos positi vos e má interpretação de interferentes externos, nosso grupo vem estudando a incorporação de marcadores luminescentes a munições2. Um dos objeti vos da pesquisa é avaliar a possibilidade de marcação seleti va ou codifi cações de munições. Foram sinteti zados três MOFs com potencial para marcadores luminescentes: [Eu(BTC)], [Eu(DPA)-(HDPA)], e [Eu2(BDC)3(H2O)2]n. Espectros de luminescência de emissão desses três marcadores foram adquiridos e submeti dos a uma análise de componentes principais (PCA) e uma análise Hierárquica (K-médias) a fi m de agrupá-los com base na similaridade entre os espectros adquiridos. Os três marcadores apresentaram uma tendência de separação no gráfi co de escores da PC1xPC3, explicando cerca de 77 e 7% da variabilidade dos dados, respecti vamente. Os gráfi cos dos pesos indicam que a transição 5D0-7F2 possui maior infl uência nessa separação. Após os

disparos, os resíduos das munições marcadas ti veram seus espectros adquiridos e projetados no modelo PCA, sendo possível observar que as amostras do LGSR se aproximam das amostras dos marcadores puros, sugerindo a possibilidade de prever a MOF uti lizada na marcação da munição. O fato dos espectros adquiridos pós-disparo manter o perfi l espectral daqueles adquiridos com a MOF sinteti zada inicialmente mostra que é possível fazer uma marcação seleti va de munições e a identi fi cação do ti po de marcador uti lizado de forma simples e rápida. Considerando toda a gama de ligantes possíveis para a produção de MOFs estáveis de Eu3+ é possível pensar em um código de marcação bastante refi nado o qual pode vir a identi fi car as munições, por exemplo, com base em seu uso (civil ou militar), calibre, produtor, etc.

REFERÊNCIAS1. Marti ny, A., Campos, A. P. C., Sader, M. S. & Pinto, M. A. L. SEM/EDS analysis and characterizati on of gunshot residues from Brazilian lead-free ammuniti on. Forensic Sci. Int. 177, (2008).2. Lucena, M. a. M. et al. Applicati on of the Metal-Organic Framework [Eu(BTC)] as a Luminescent Marker for Gunshot Residues: A Synthesis, Characterizati on, and Toxicity Study. ACS Appl. Mater. Interfaces 9, 4684–4691 (2017).

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EMPREGO DE SA-LLE E GC-MS PARA EXTRAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DE CAFEÍNA EM AMOSTRAS DE URINA

D�����, L.O.; M��������, K.S.Curso de Química, Insti tuto de Ciências Exatas, Universidade Federal de Goiás.

A cafeína é uma substância presente em diversas fontes diárias de alimentação e, devido sua propriedade esti mulante e metabolização rápida no corpo humano, já esteve presente na lista de compostos proibidos pela World Anti -doping Agency (WADA). No âmbito forense, é bastante empregada como adulterante e/ou diluente. O objeti vo deste estudo se concentrou na quanti fi cação de cafeína em urina empregando cromatografi a gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG-MS) e na preparação da amostra, do analito e do padrão interno pela técnica de Extração Líquido-Líquido assisti da por Salti ng Out (SA-LLE). Com o extrato, a determinação foi realizada em GC-MS do ti po íon trap, no modo Selected Ion Regarding (SIR) de detecção. A análise se deu em coluna OPTIMA®-5 (5% fenil, 95% dimeti lpolisiloxano) com duas rampas de temperatura, entre 130-170 ºC (10ºC.min-1) e 170-250 ºC (20ºC.min-1), em tempo total de 10 minutos. O impacto eletrônico (EI) foi de 70 eV e o gás de arraste, Hélio a uma vazão de 1 mL.min-1. O volume de injeção foi de 1 μL no modo split (razão 1:20). O método para linearidade seguiu os critérios estabelecidos pela ANVISA, na faixa de 5,0 a 60 mg/L. Os dados

experimentais foram submeti dos ao Teste de Huber (α = 0,05) à fi m de rejeitar os valores anômalos. As condições estabelecidas resultaram na equação de reta y = 0,438x - 0,0309 e coefi ciente de determinação (r²) maior que 0,994. O método foi uti lizado em 06 amostras de urina coletadas de 05 voluntários que haviam ingerido bebidas contendo cafeína a no máximo 09 horas, de acordo com o Parecer do Comitê de Éti ca em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás (CEP/UFG). O método apresentou razoáveis limiares analíti cos (LD ≤ 8,5 mg/L; LQ ≤ 12 mg/L) e, portanto, um estudo mais detalhado dos parâmetros de análise, como alteração na pressão, ou mesmo através da mudança da instrumentação, como emprego de colunas da classe DB®-35 (35% difenil, 65% dimeti lpolisiloxano), seriam necessários para elevar a sensibilidade do método, visto que ambas diminuiriam a interação analito-coluna.

REFERÊNCIA1. Bruni, A. T., Velho, J. A., & Oliveira, M. F. (2012). Funda-mentos de Química Forense: Uma análise práti ca da quími-ca que soluciona crimes. Campinas/SP: Millennium.

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ESTUDO COMPARATIVO ENTRE REVELADORES FÍSICOS E QUÍMICOS EM FUNÇÃO DO TEMPO DE

DEPOSIÇÃO DAS IMPRESSÕES DIGITAIS

B������� J�����, A.E.1; S�����, A.K.2; P����, W.X.2; N��������, C.C.1 1 Laboratório de Espectrometria Atômica e Química Analíti ca Ambiental, Departamento de

Química, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil; 2 Insti tuto de Criminalísti ca da Polícia Civil de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

Segundo o Princípio de troca de Edmond Locard, “todo contato deixa um vestí gio”. Dentre os vestí gios mais comumente encontrados em locais de crime encontram-se as impressões digitais1. Em razão de seus princípios fundamentais1 claramente consolidados, consti tui um instrumento preciso na análise pericial. A importância de serem identi fi cadas em locais de eventuais delitos é vincular infrator(es) ao fato. Dessa forma, foi realizado um estudo comparati vo para revelação de impressões digitais depositadas em superfí cie lisa (lâmina de vidro) uti lizando reveladores fí sicos (pó preto magnéti co e pó verde fl uorescente) e químicos (cianoacrilato com os realçadores amarelo básico e rodamina 6g por um período de 2 meses, sendo as revelações realizadas a cada semana. As impressões digitais foram depositadas em 36 lâminas de vidro lisas polidas de 26 x 76 x 1 mm, as quais foram armazenadas em câmara fechada. Foram realizadas 4 revelações a cada semana, referente a cada um dos reveladores. Os pós foram aplicados sobre as impressões latentes e o excesso removido. O cianoacrilato foi aplicado em câmara fechada dentro de capela de exaustão e, posteriormente, aplicados os

realçadores. Por últi mo, foram uti lizados a luz forense (branca, azul e turquesa) e fi ltros adequados (amarelo e laranja) em câmara escura. Os registros fotográfi cos foram realizados uti lizando o smartphone ASUS Zenfone 3 com resolução de 16 MP. As revelações com os pós, embora tenham apresentando um efeito inesperado ao longo do tempo (aumento da quanti dade de pó aderido à superfí cie), apresentaram bons resultados. Nas revelações com cianoacrilato, verifi cou-se uma difi culdade em realizar os registros fotográfi cos em função do excesso depositado em algumas lâminas, apesar das impressões serem reveladas com boa qualidade. De maneira geral, os reveladores apresentaram boa efi ciência na revelação no intervalo de 2 meses, apesar dos efeitos inesperados observados. Estudos complementares estão sendo desenvolvidos.

REFERÊNCIA1. FIGINI, A.R.L. Dati loscopia e revelação de impressões di-gitais. Campinas, SP: Millennium, 2012.

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ESTUDO DA ATIVIDADE ELETROQUÍMICA DA COCAÍNA EM ELETRODO DE PASTA DE CARBONO QUIMICAMENTE

MODIFICADO COM Cu (II) TRANS 3-MEO SALCN

C�����, A.S.1; R��������, C.H.P.2; A������, L.S.1; P������, A.C.C.1; M������, M.M.T.2; B����, A.T.2; O�������, M.F.1

1 Grupo de Eletroquímica, Eletroanalíti ca e Química Forense – Departamento de Química – Faculdade de Filosofi a, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto – São Paulo – Brazil;

2 Laboratório de Estudos Interdisciplinares – Departamento de Química – Faculdade de Filosofi a, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto – São Paulo – Brazil; 3 Insti tuto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo – Campus Catanduva – Catanduva – São Paulo – Brazil.

Tendo em vista a contí nua presença nos noti ciários sobre a apreensão de drogas em diversos locais, como aeroportos, rodovias, etc., este trabalho apresenta o estudo da ati vidade eletroquímica da cocaína em eletrodo de pasta de carbono quimicamente modifi cado com complexos do ti po base de Schiff . Para os estudos experimentais foram realizadas voltametria cíclica e voltametria de onda quadrada em eletrólito suporte KCl 0,1 mol.L-1, uti lizando uma célula eletroquímica composta por três eletrodos: o eletrodo de Ag/AgCl (fi lled KCl 3 mol.L-1) da Metrohm®, como eletrodo de referência, um eletrodo espiral de plati na e, como eletrodo de trabalho, um eletrodo de pasta de carbono quimicamente modifi cado com Cu (II) trans 3-Meo salcn. O método computacional PM7 previu que a forma de cloridrato é mais estável que a forma base livre da cocaína, assim com a voltametria cíclica, encontramos sinal eletroquímico apenas para a cocaína na forma

de cloridrato, com LD e LQ de 2,39x10-5 e 7,26x10-5 mol.L-1, respecti vamente. Ao usar a voltametria de onda quadrada, podemos detectar cocaína em ambas as formas, assim, para o cloridrato de cocaína, o LD foi de 7,92x10-5 e o LQ de e 2,41x10-5 mol.L-1. Para a cocaína na forma de base livre o LD e LQ foram 2,24x10-5 e 6,82x10-5 mol.L-1, respecti vamente. Todo o estudo aqui apresentado comprova que a cocaína é adsorvida na superfí cie do eletrodo de trabalho, onde através de um processo irreversível, onde se observa apenas picos anódicos, temos a oxidação da cocaína, que acontece na região hidrofí lica pelo pela perda de 2 elétrons. O mecanismo foi comprovado pelo método quânti co ab-inito. Palavras-chave: cocaína, eletrodos quimicamente modifi cados, voltametria, complexos de base de Schiff , método computacional, teoria do funcional de densidade.

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ESTUDO DA FRAGMENTAÇÃO DO ANABOLIZANTE PRASTERONA POR ESPECTROMETRIA DE MASSAS

S����, N.G.1; O����, A.A.1; G�����, C.F.1; C���������, A.D.2 1 Departamento de Química, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais; 2

Setor Técnico-Cientí fi co, Superintendência Regional MG - Polícia Federal.

Os anabolizantes esteroidais sintéti cos são substâncias derivadas do hormônio testosterona e desenvolvidas para fi ns terapêuti cos. No entanto, tais substâncias têm sido uti lizadas por muitos atletas amadores e profi ssionais com o propósito de melhorar o desempenho fí sico, a estéti ca corporal e o ganho de massa muscular. Em função do uso indevido e dos variados efeitos colaterais que produzem, os anabolizantes encontram-se relacionados nas listas de substâncias controladas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, da Portaria SVS/MS nº 344/1998. A identi fi cação química de anabolizantes apreendidos em situação irregular é uma ati vidade de roti na dos laboratórios forenses. Um exemplo interessante de anabolizante é a Prasterona, versão sintéti ca da Desidroepiandrosterona (DHEA) - um hormônio esteroide natural derivado do colesterol. Estudos realizados por Doron e colaboradores (2006) do Multi disciplinary Brain Research Center em Israel sugerem um papel potencial para a DHEA no controle do abuso da cocaína, reduzindo tanto o desejo de uso quanto a incidência de recaída, por bloquear o efeito de recompensa produzido pelo consumo da droga. Nesse contexto, o presente trabalho apresenta a identi fi cação da Prasterona em materiais apreendidos no Brasil, mediante análise do perfi l de fragmentação por Espectrometria de Massas com Ionização por Impacto de Elétrons (EI-MS). Foram interpretados

os espectros de massas da Prasterona cedidos pela Polícia Federal, obti dos a parti r da análise de materiais apreendidos, considerando os espectros de massas do padrão e dados da literatura. O espectro de massas da Prasterona apresentou o íon molecular em m/z 288, o pico base em m/z 91 e os fragmentos em m/z 159 e m/z 145 característi cos da substância, possibilitando a sua identi fi cação e diferenciação na classe dos anabolizantes esteroidais. Foram observados também os fragmentos tí picos de esteroides e propostos os principais caminhos e mecanismos de fragmentação. Dessa forma, o presente estudo possibilitou a identi fi cação segura da Prasterona, via EI-MS, bem como a elaboração de um banco de dados de fragmentos de massas para uso forense e para a comunidade cientí fi ca, promovendo o desenvolvimento de estudos em áreas correlatas, como Bioquímica, Toxicologia e Neuropsicofarmacologia.

REFERÊNCIAS1. ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Dispo-nível em:<htt p://portal.anvisa.gov.br/lista-de-substancias-sujeitas-a-controle-especial>. Acesso em: 17 jun. 2018.2. Doron R, Fridman L, Herman IG, Maayan R, Weizman A, Yadid G. DHEA, a Neurosteroid, Decreases Cocaine Self-Ad-ministrati on and Reinstatement of Cocaine-Seeking Beha-vior in Rats. Neuropsychopharmacology. 2006; 31:2231-2236. doi:10.1038/sj.npp.1301013.

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ESTUDO VOLTAMÉTRICO PARA DISCRIMINAÇÃO DE TIPOS DE ARMA DE FOGO

S����, L.P.; B���, A.; A�����, M.C.C.Departamento de Química Fundamental, Universidade Federal de Pernambuco, UFPE.

A violência urbana, associada ao grande número de mortes por arma de fogo torna a detecção de resíduos de disparo (GSR) de extrema importância no auxílio à elucidação de crimes. A busca por técnicas confi áveis, rápidas e baratas é cada vez maior nesse ramo. Os métodos eletroquímicos estão sendo cada vez mais incorporados em análises forenses por apresentarem alta sensibilidade, prati cidade e por possuírem dispositi vos miniaturizados que podem ser levados em locais de crime. Este trabalho tem como objeti vo desenvolver um método voltamétrico para determinação de GSR visando diferenciar o ti po de armamento uti lizado, com o auxílio de quimiometria. Foram disparadas munições de três ti pos de armamentos, revolver calibre 38, pistola 0.30 e 0.40. Os disparos foram efetuados no Insti tuto de Criminalísti ca de Pernambuco. As amostras foram coletadas diretamente da mão do ati rador uti lizando um suabe embebido em solução tampão acetado pH 4,5. A voltametria de onda quadrada foi realizada usando o analisador portáti l EmStat e um eletrodo impresso (dimensões 3,4 × 1 × 0,05 cm), composto por um eletrodo de trabalho e um contra eletrodo feitos de carbono e um eletrodo de referência de prata.

Visualmente, todos os voltamogramas se diferenciam do branco. As amostras obti das pelo resíduo gerado por revolver apresentaram um pico intenso no potencial de -0.75, característi co do elemento chumbo. As munições da pistola 0.40 são clean range (livre de metais pesados na mistura iniciadora) e não apresentaram picos de metais. As amostras dos resíduos gerados pela pistola 0.38 mostraram um pico característi co do chumbo, ainda que pouco intenso, possivelmente porque este ti po de armamento libera pouca quanti dade de GSR. Além disso, é perceptí vel a presença de um pico discreto no potencial de +0,04 V, em todas as amostras, acreditando-se que seja de um resíduo orgânico por aparecer na parte positi va do voltamograma. Porém, ainda não foi possível identi fi car a substância. A análise dos componentes principais (PCA) mostrou a separação das amostras (incluindo o branco) em grupos de acordo com o ti po de armamento, realçando as diferenças químicas já notadas visualmente. O método voltamétrico proposto revelou grande potencial para discriminar diferentes ti pos de munição, podendo ser empregada em locais de crime e acelerar a apreensão de suspeitos.

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ESTUDOS DE ADULTERANTES DA COCAÍNA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR

O�������, M.A.S.1; S���� F����, J.D.2; C���������, A.D.3; S����, L.A.A.4

1 Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais; 2 Departamento de química da Universidade Federal de Minas Gerais; 3 Laboratório de química forense do setor Técnico-Cientí fi co da Superintendência Regional

da Polícia Federal em Minas Gerais; 4 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais.

A espectroscopia de ressonância magnéti ca nuclear é uma técnica efi ciente para análise estrutural de compostos orgânicos, ela se baseia na capacidade de alguns núcleos atômicos interagirem com os componentes magnéti cos da radiação eletromagnéti ca. O consumo de drogas, é um problema de saúde pública, e dentre as drogas mais consumidas, está a cocaína. A cocaína que é uma substância extraída da planta Erythroxylon coca, possui ação no sistema nervoso central do indivíduo, causando efeitos psicoati vos além de levar a tolerância, dependência e vários prejuízos sociais. A cocaína é usualmente adulterada, e essa adulteração desencadeia vários danos adicionais ao usuário. Os adulterantes vêm sido encontrados e analisados em vários estudos cientí fi cos. Os principais adulterantes encontrados em amostras de cocaína apreendidas pela polícia federal no período de 2007 a 2017 foram: benzocaína, fenaceti na, lidocaína, levamisol e cafeína. A técnica de RMN foi uti lizada nesse estudo para analisar os principais adulterantes da cocaína encontrados em

amostras apreendidas pela polícia federal em Minas Gerais. Para a aquisição dos dados de RMN em uma e duas dimensões, os experimentos foram realizados em um espectrômetro Bruker ® AVANCEIII 400 MHz ONEBAY. Os resultados demonstraram que a técnica é efi ciente para identi fi cação destes compostos, permiti ndo a discriminação das substâncias mesmo quando presentes em mistura. Essa metodologia é importante para futuras análises de drogas no meio criminalísti co.

REFERÊNCIAS1. Fukushima AR, Carvalho VM, Carvalho DG, Diaz E, Bus-ti llos JOWV, Spinosa HS, Chasin AAM. Purity and adulterant analysis of crack seizures in Brazil. Forensic Sci. Int.,2014; 243:95-982. Gama AL, Merlo BB, Lacerda V, Romão W, Neto AC, No-deuterium proton NMR (No-D NMR): A simple, fast and po-werful method for analyses of illegal drugs. Microchemical Journal, 2015; 118:12-18.

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ESTUDOS IN SILICO APLICADOS A CANABINÓIDES SINTÉTICOS EM RELAÇÃO À DETECÇÃO E TOXICIDADE

C�����, J.S.1,2; H�������, B.3; M���, E.B.4; B����, A.T.1,2

1 Departamento de Química, FFCLRP – USP – RP; 2 Insti tuto Nacional de Ciência e Tecnologia Forense (INCT Forense), Ribeirão Preto/SP; 3 Departamento de Biologia, FFCLRP – USP – RP; 4 Laboratório de

Química Medicinal e Ambiental Teórica (LQMAT), UNIOESTE, campus Cascavel, PR.

De acordo com o UNODC (United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime), o comportamento das novas substâncias psicoati vas (NPS) não é bem conhecido, pois as propriedades fí sico-químicas e farmacológicas não são facilmente encontradas1. Muitos dos efeitos nocivos e fatalidades foram associadas à cannabis sintéti ca. O conhecimento sobre essas substâncias é muito importante para a ciência criminal. Uma maior quanti dade de informações pode auxiliar tanto a aplicação da lei e quanto políti cas de redução de danos. Além disso, também pode fornecer padrões de análise e classifi cações de similiariadade para novas substâncias encontradas. Nesse senti do, os métodos in silico são uma alternati va para entender o comportamento dessas novas substâncias, uma vez que as medidas experimentais costumam consumir muito tempo e podem envolver altos custos. O principal objeti vo deste trabalho foi avaliar uma série de canabinoides sintéti cos identi fi cados em amostras forenses. Em um primeiro momento estudamos aspectos relacionados à detecçãp. Foi uti lizado o pacote ORCA 4.0.1. uti lizando teoria de densidade funcional para a obtenção dos espetros teóricos de infravermelho. A simulação de espectros pode auxiliar como referência de análise para as novas substâncias

encontradas, uma vez que padrões experimentais são geralmente caros, raros e de difí cil acesso. Na segunda parte do trabalho estudamos essas moléculas com relação à toxicidade. Neste caso uti lizamos o soft ware online de uso livre ProTox-II, que permite a classifi cação em diferentes níveis de toxicidade, indica o valor de LD50 e revela a taxa de precisão e similaridade. Também foram uti lizados valores experimentais de receptores CB1 e CB2 humanos2. Nos dois estudos os resultados foram submeti dos à análise multi variada, que permiti u identi fi car nos dois casos as diferenças entre os compostos estudos. Os estudos in silico e experimentais foram capazes de fornecer informações sobre o comportamento dessas drogas em relação à identi fi cação e toxicidade, estabelecendo diferenças entre essas substâncias.

REFERÊNCIAS1. United Nati ons. United Nati ons Offi ce on Drugs and Cri-me, World Drug Report 2017. Unodc (2017).2. Hess, C., Schoeder, C. T., Pillaiyar, T., Madea, B. & Müller, C. E. Pharmacological evaluati on of syntheti c cannabinoids identi fi ed as consti tuents of spice. Forensic Toxicol. 34, 329–343 (2016).

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EVALUATION OF EXTRACTION PROCEDURES IN THE ANALYSIS OF APPREHENDED ANABOLIC ANDROGENIC STEROIDS

B�������, L.M.; F������, S.C.; S�����, M.A.Z.; W�����, K.T.; F�������, L.B.; P������, C.M.P.Universidade Federal de Pelotas.

Anabolic androgenic steroids (AASs) comprise a class of molecules strictly controlled in several countries due to side eff ects. For forensic purposes, these compounds have to be extracted and identi fi ed which can be hampered by its complex matrix. In this order, sonicati on and microwave irradiati on can be feasible methods to improve the extracti on process and enhance the results. In this sense, the aim of this work was to evaluate the eff ect of sonicati on and microwaves in the extracti on of AASs. For this purpose, 50 mg of AASs allegedly containing oxymetholone,

oxandrolone and stanozolol were extracted with 5 mL of methanol in 10 minutes through a solid-liquid (SLE), ultrasonic bath (UBAE) and microwave assisted extracti on (MAE). Aft er extracti on, the soluti on was fi ltered and injected in a GC-FID with internal standard of cholesterol. Extracti on of oxymetholone, stanozolol and oxandrolone by SLE, UBAE and MAE (Fig. 1) resulted in disti nct concentrati ons recovered from the sample except for stanozolol that did not had a signifi cant diff erence in the results. For the other analytes, MAE performed bett er than UBAE and LLE successively.

Figure 1 - Comparison between extracti on procedures on AASs.

Between the reasons that could explain the enhanced recoveries of MAE is the higher temperatures and the increased interacti on solvent-sample proporti onated by the microwave irradiati on. On the other hand, sonicati on also slightly increased the results due to the cavitati on bubbles generated by the acousti c energy. Since it was not associated with any assisted energy, SLE produced poor results for the analytes with the excepti on of stanozolol. Therefore, disti nct extracti on procedures aff ected considerably the recovery of AASs

being MAE the most eff ecti ve procedure to extract the analytes. The authors are thankful for the Brazilian Federal Police and to the Forensic Nati onal Insti tute of Technology and Science.

REFERENCE1. GALESIO, M. et al. Accelerated sample treatment for scre-ening of banned doping substances by GC–MS: ultrasonica-ti on versus microwave energy. Analyti cal and Bioanalyti cal Chemistry, v.399, n.2, p.861-875, 2011.

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FIVE DIFFERENT DRUG GROUPS DETECTED ON BLOTTER PAPER

A������, L.; F������ J�����, E.; A����, B.E.P.; A������, A.F.B.Seção de Perícias e Análises Laboratoriais, Insti tuto de Criminalísti ca, Polícia Civil do Distrito Federal, Brasília – DF.

Blott er paper is a common drug presentati on nowadays. It all started in 1970s when the fi rst blott er papers impregnated with LSD hit the streets. By the end of the decade, blott er paper was the most common presentati on of LSD. Unti l 2012, LSD was the only psychoacti ve substance detected on blott er papers apprehended by the Polícia Civil do Distrito Federal. Since 2013, LSD apprehensions dropped down to less than 5% while DOC and members from NBOMe and NBOH phenethylamine derivati ves families accounted for most of the seized blott er paper detected substances. Recently, we also detected syntheti c cathinones, syntheti c cannabinoids and fentanyl on blott er papers. In this work, we present the changing trend of substances seized on blott er paper format from 2013 to present. We also report two new members of the NBOH family, which are not controlled by the Brazilian legislati on. In order to identi fy the substances, one to fi ve individual blott er papers from each apprehended item were transferred to a transparent glass vial and extracted with 1mL methanol in an ultrasonic bath sonicator for 10 min. Vials were submitt ed to gas chromatography-mass spectrometry

analysis with a previously published method [1]. Blott er papers from more than 600 apprehensions were analyzed and results are presented. From 2013 to 2016, NBOMe family was the prevalent group, with almost 11,500 apprehended doses. Since 2016, NBOH family surpasses the number of all other blott er paper seized drug groups. LSD and members of NBOMe and NBOH families are known to be highly potent drugs. Syntheti c cannabinoids, fentanyl, fentanyl derivati ves and some syntheti c cathinones are also very potent drugs. Their usual doses are less than or close to 1mg. Choosing sublingual administrati on route, with the drug dispensed on a blott er paper, might be a way not only to avoid fi rst pass metabolism but also to increase the control of the amount of drug administered.

REFERENCE1. Neto JC, Andrade, AFB, Lordeiro RA, Machado Y, Elie M, Ferrari Júnior E, Arantes LC. Preventi ng misidenti fi cati on of 25I-NBOH as 2C-I on routi ne GC-MS analyses. Forensic Toxicology 2017; 35: 415-420. doi: 10.1007/s11419-017-0362-0.

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FOLHA DE GRAFITE PIROLÍTICO COMO DISPOSITIVO PARA COLETA E DETECÇÃO ELETROQUÍMICA DE RESÍDUOS DE TNT

C�����, S.V.F.; C������, R.M.; R������, E.M.; M����, R.A.A.Insti tuto de Química, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, Minas Gerais, Brasil.

A detecção de explosivos é uma etapa importante para manutenção da segurança pública. Em locais pós-explosão, comumente são encontrados resíduos de explosivos não consumidos ou produtos de reação, invisíveis a olho nu. Uma estratégia para a detecção de amostras contendo estes resíduos é o uso de swabs, isto é, dispositi vos que permitem a coleta do material no local de interesse 1. Dentro desta possibilidade, surge como alternati va para este ti po de aplicação a folha de grafi te pirolíti co (PGS), um fi lme polimérico de grafi te altamente ordenado que apresenta alta fl exibilidade e possibilidade de ser cortado de diversas formas 2. Desta forma, o principal objeti vo deste trabalho consiste na uti lização de PGS como material fl exível para aplicação na detecção de TNT em diferentes superfí cies. A técnica de voltametria de onda quadrada (SWV) foi uti lizada para a realização dos experimentos, que foram conduzidos sob condições oti mizadas (amplitude 50 mV; frequência 50 s-1; step 8 mV), uti lizando como eletrólito suporte solução de HCl 0,1 mol L-1 e acetonitrila (90/10 v/v). Os testes foram realizados através do espalhamento de resíduos de TNT em superfí cies de granito, metal, luvas e mãos, sendo coletados na superfí cie de PGS, posteriormente colocada em uma célula eletroquímica, com volume de 10 mL. Os sinais de redução eletroquímica de

TNT foram obti dos em triplicata e a quanti fi cação foi realizada pelo método de adição de padrão. O LD do método foi esti mado em 0,06 µmol L-1, com amplo intervalo linear entre 1 e 1300 µmol L-1 e alta precisão entre as medidas (DPR = 1.6%). Os resultados referentes a cada superfí cie estão representados na Figura 1. Na superfí cie metálica, foram encontradas concentrações de 2,01 µmol L-1 (4,6 µg); em granito, 2,1 µmol L-1 (4,8 µg); em luva 2,47 µmol L-1 (5,6 µg) e 1,45 µmol L-1 (3,3 µg) na coleta realizada em mãos. Os resultados obti dos demonstram uma boa interação entre as moléculas de TNT e a superfí cie de PGS, o que favorece a detecção qualitati va e quanti tati va deste composto. Observa-se, assim, o potencial de aplicação deste novo material como dispositi vo para análises no campo, podendo também ser explorado para outros nitro-explosivos, como DNT e nitropenta.

REFERÊNCIAS1. Song-im, N., Explosive residue analysis: evaluati on and opti misati on of sampling, storage and cleanup protocols. 2011, University of Canberra.2. Panasonic Corporati on, Automoti ve & Industrial Systems Company. <htt ps://industrial.panasonic.com/cdbs/www-data/pdf/AYA0000/AYA0000C27.pdf>.

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IDENTIFICAÇÃO DE ADULTERANTES EM AMOSTRAS DE COCAÍNA APREENDIDAS PELA POLÍCIA FEDERAL

NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

A�����, P.S.1; P�������, F.A.S.D.2; M����, F.G.3; G����, C.S.4; B�������, K.M.1

1 Departamento de Química, DQ/CCEN/UFPB,Universidade Federal da Paraíba; 2 Departamento de Farmácia, DFAR/CCSN/UFRN, Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 3 Setor Técnico Cientí fi co da Superintendência Regional da Polícia Federal da Paraíba – SETEC/SR/PF/PB; 4 Setor Técnico Cientí fi co da Superintendência Regional da Polícia Federal do Rio Grande do Norte– SETEC/SR/PF/RN.

A cocaína é uma das drogas de abuso mais consumida em todo o mundo. Progressivamente, diferentes aditi vos químicos como adulterantes e diluentes vêm sendo adicionados à cocaína, representando um desafi o em termos de legislação e saúde pública, tornando-se necessária uma constante identi fi cação dos diferentes ti pos de substâncias em uso para essa fi nalidade1,2. Desta forma, o objeti vo deste trabalho foi identi fi car adulterantes em amostras de cocaína apreendidas pela Polícia Federal no estado do Rio Grande do Norte (PF/RN) por cromatografi a em fase gasosa acoplada à espectrometria de massa. Foram analisadas todas as amostras de cocaína apreendidas no estado do RN entre os anos de 2014 a 2017, em um total de 31. Os adulterantes identi fi cados foram: fenaceti na, cafeína, lidocaína, levamisol, acetaminofeno e aminopirina. A fenaceti na foi o adulterante mais comumente encontrado, correspondendo a 45 % do total pesquisado, seguido da cafeína, 32 % das amostras. A lidocaína e o levamisol foram menos frequentes, variando de 3 % a 6 % do total das amostras estudadas. Em 10 das 31 amostras (32,3 %), não foram constatadas a presença de adulterantes. Resultado diferente foi encontrado em estudo realizado com amostras apreendidas no estado da Paraíba, em

que a adulteração foi constatada em 100 % das amostras3. Ainda, por amostra analisada, o número de adulterantes variou entre zero e 2 para o estado do RN e entre 1 e 5 para o estado da PB, evidenciando que a pluralidade de adulterantes identi fi cados nas amostras do RN é menor do que no estado da PB e mais similar à de estados fronteiriços. Desta forma, este trabalho produziu informações relevantes sobre as diferentes substâncias adulterantes encontradas nas amostras de cocaína apreendidas pela PF/RN (2014 a 2017), contribuindo futuramente para a identi fi cação do perfi l químico e estruturação de ações estratégicas da PF, visando à redução da criminalidade.

REFERÊNCIAS1. RONALDO, C. S. J.; et al. Demysti fying ‘‘oxi’’ cocaine: Chemical profi ling analysis of a ‘‘new Brazilian drug’’from Acre State. FORENSIC SCIENCE INTERNATIONAL, 2012, V221,p113–119.2. UNITED NATIONS OFFICE ON DRUGS AND CRIME. World Drug Report. New York, 2016.3. ARAÚJO, P. S.; et al.Perfi l Químico Qualitati vo de Cocaínas Apreendidas no estado da Paraíba. In: Anais XXIV CONGRES-SO NACIONAL DE CRIMINALÍSTICA, 2017, Florianópolis, SC.

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INCLUSION OF THE GENERIC CLASSIFICATION FOR SYNTHETIC CANNABINOIDS IN THE LIST OF

CONTROLLED SUBSTANCES IN BRAZIL

L����, L.S.1; G������, G.H.1; L����, G.M.O.1; M�����, M.L.S.1; M������, L.F.2; S������, E.S.1; S����, R.M.1; S����, S.R.S.C.2

1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária; 2 Polícia Federal.

In the drug market, the number of substances that are not controlled but can mimic the eff ects of prohibited traditi onal drugs is growing. The variety and speed with which these new drugs, called “New Psychoacti ve Substances” (NPS) are developed, represent a challenge for the regulatory control of all countries.1 To try to curb the emergence and spread of NPS, many countries have opted to complement the regulatory control system with more comprehensive approaches. In Brazil, the Working Group composed by Anvisa and the Ministries of Justi ce and Public Security, came up with a generic classifi cati on proposal for the class of NPS known as syntheti c cannabinoids, which mimic the eff ects of Cannabis and are the most widely widespread NPS class worldwide1. The elaborati on of the proposal is the objecti ve of this study. To prepare the proposal, the Group studied legislati on from other countries, scienti fi c publicati ons about chemical structure and biological acti vity on cannabinoid receptors2,3,4, in additi on to materials published by the United Nati ons5,6,7. The generic classifi cati on defi nes a nuclear molecular structure and specifi es variati ons in the structure that generate substances that must be controlled8. Any cannabimimeti c substances falling within one of the ten structural classes described have been banned. Example of generic structure can be found below:

The proposal was approved by Anvisa’s Board of Directors and culminated in the inclusion of the generic classifi cati on of syntheti c cannabinoids in the Portaria SVS N 344/98, which classifi es all controlled

substances in Brazil.9 The dynamism of the NPS market represents a major challenge for the fi ght against drugs in all countries. The additi on of a new form of control is an important step for the convergence of Brazilian strategies to those of other countries that already have positi ve experiences and represents an evoluti on in the control system in the fi ght against NPS.

REFERENCES1. United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime, New Psycho-acti ve Substances (NPS). Available on: htt ps://www.unodc.org/LSS/Page/NPS2. Rösner P., Fritschi G. Molecular and Pharmacological Re-view of Cannabimimeti cs. Available on: htt p://www.desig-ner-drugs.de/cannabimimeti cs.pdf.3. Howlett Et al. Internati onal Union of Pharmacology. XXVII. Classifi cati on of Cannabinoid Receptors. Available on: htt p://pharmrev.aspetjournals.org/content/54/2/161.full. 4. Takur Et al. CB1 Cannabinoid Receptor Ligands. Availa-ble on: htt ps://www.thevespiary.org/rhodium/Rhodium/Vespiary/talk/fi les/153-CB1-Cannabinoid-receptor-ligands-12ce65.pdf. 5. United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime (UNODC). Syn-theti c cannabinoids. Available on: htt ps://www.unodc.org/LSS/SubstanceGroup/Details/ae45ce06-6d33-4f5f-916a-e873f07bde02. 6. United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime (UNODC). Syntheti c cannabinoids in herbal products. Available on: https://www.unodc.org/documents/scientific/Synthetic_Cannabinoids.pdf.7. United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime (UNODC). Re-commended methods for the Identi fi cati on and Analysis of Syntheti c Cannabinoid Receptor Agonists in Seized Ma-terials. Available on: htt ps://www.unodc.org/documents/scienti fi c/STNAR48_Syntheti c_Cannabinoids_ENG.pdf.8. United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime (UNODC). Le-gal responses. Available on: htt ps://www.unodc.org/LSS/Page/NPS/LegalResponses9. Resolução de Diretoria Colegiada RDC nº 227/2018. Avai-lable on: htt p://portal.anvisa.gov.br/lista-de-substancias-sujeitas-a-controle-especial

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INCLUSION OF THE GENERIC CLASSIFICATION FOR SYNTHETIC CATHINONES IN THE LIST OF CONTROLLED SUBSTANCES IN BRAZIL

M�����, M.L.S.1; A������, L.C.2; B�����, R.2; C���, R.P.A.1; G������, G.H.1; L����, L.S.1; M������, L.F.3; P�����, C.B.C.1; S������, E.S.1; S����, I.R.C.3; S����, M.P.3; S����, R.M.1; S����, S.R.S.C.3

1 Agência Nacional de Vigilância Sanitária; 2 Polícia Civil do Distrito Federal; 3Polícia Federal.

According to the United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime (UNODC), New Psychoacti ve Substances (NPS) are substances of abuse that are not controlled by Internati onal Conventi ons, but which may pose a public health threat.1 The NPS market is characterized by the emergence at an unprecedented rate of large numbers of diff erent substances (111 countries have reported a cumulati ve total of 803 individual NPS), requiring new legislati ve approaches to tackle the drug problem.2 In additi on to individual listi ngs, Brazil began to adopt generic legislati on for the classes of the syntheti c cathinones in 2017. The elaborati on of the proposal by the Working Group comprised of representati ves from Anvisa and the Ministries of Justi ce and Public Security is the object of this study. The exchange of informati on and experiences between diff erent areas (sanitary, forensic and legal) were fundamental.3 The proposal was based on legislati on from other countries4, scienti fi c publicati ons about chemical structure and biological acti vity5,6 and materials published by the United Nati ons. Generic legislati on defi nes a core molecular structure and specifi es parti cular variati ons of the structure that fall under its control. The advantage is the simultaneous control of large groups of substances without the need to list them individually7. The Group proposed the following generic structure of the syntheti c cathinones group, which are sti mulants drugs that have similar eff ects of traditi onal drugs such as cocaine, amphetamine, methamphetamine and ecstasy.8

The NPS market conti nue to shift and diversify at alarming speed, posing a signifi cant risk to public health and a challenge to drug policy. The adopti on of generic legislati on represents an evoluti on in the control system and an important strategy in the fi ght against the appearance and misuse of NPS, conti nuing with the strategy adopted in Brazil in 2016 with the class of the syntheti c cannabinoids.

REFERENCES1. United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime, New Psycho-acti ve Substances (NPS). Available on: htt ps://www.unodc.org/LSS/Page/NPS2. World Drug Report 2018. Available on: htt p://www.unodc.org/wdr2018/prelaunch/WDR18_Booklet_3_DRUG_MARKETS.pdf 3. Resolução de Diretoria Colegiada RDC nº 227/2018. Avai-lable on: htt p://portal.anvisa.gov.br/lista-de-substancias-sujeitas-a-controle-especial 4. Kikura-Hanajiri Et al. Changes in the prevalence of new psychoacti ve substances before and aft er the introducti on of the generic scheduling of syntheti c cannabinoids in Japan. Disponível em: htt p://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/dta.1584/abstract;jsessionid=FE12C003E365668631E288A447BA85AB.f03t01.5. Structure-Acti vity Relati onships of Syntheti c Cathinones. Richard A. Glennon and Malgorzata Dukat. Springer Interna-ti onal Publishing Switzerland 2016, Curr Topics Behav Neu-rosci DOI 10.1007/7854_2016_416. Structural modifi cati on of the designer sti mulant α-pyrrolidinovalerophenone (α-PVP) infl uences potency at dopamine transporters. R. Kolanos, F. Sakloth, A. D. Jain, J S Parti lla, M H Baumann, R. A Glennon. ACS Chemical Neuros-cience7. United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime (UNODC). Le-gal responses. Available on: htt ps://www.unodc.org/LSS/Page/NPS/LegalResponses8. United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime (UNODC). Syn-theti c cathinones. Available on: htt ps://www.unodc.org/LSS/SubstanceGroup/Details/67b1ba69-1253-4ae9-bd93-fed1ae8e6802

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MECANISMOS DE FRAGMENTAÇÃO DE ADULTERANTES DA COCAÍNA POR ESPECTROMETRIA DE MASSAS

COM IONIZAÇÃO POR ELETRÓNS (EI-MS)

S����, L.A.A.1; O����, A.A.1; M������, A.M.R.1; C���������, A.D.2 1 Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (DEQUI/CEFET-MG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil;

2 Departamento de Polícia Federal de Minas Gerais (SETEC/SR/DPF/MG), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

A análise sistemáti ca da composição de amostras de cocaína apreendidas pode contribuir para a investi gação de tendências do tráfi co, bem como colocar em evidência a uti lização sistemáti ca de determinados adulterantes relacionados nas listas de substâncias controladas pela Polícia Federal. A técnica analíti ca mais empregada para identi fi cação de adulterações é a Cromatografi a Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas com Ionização por Elétrons (EI-MS).1 No presente estudo se apresenta a análise de alguns dos principais adulterantes encontrados em amostras de cocaína apreendidas pela Polícia Federal de Minas Gerais (PFMG) nos anos de 2017 e 2018, tendo como objeti vo a identi fi cação destes em amostras de cocaína, mediante análise do perfil de fragmentação por EI-MS. A metodologia consisti u no estudo dos espectros de massas dos adulterantes de cocaína obti dos por meio da base de dados do Sistema de Criminalísti ca (SISCRIM) da Polícia Federal, sendo estudados os mecanismos de fragmentação dos

principais adulterantes e apresentado como exemplo a lidocaína e a cafeína. Observou-se que o espectro de massas para a lidocaína apresentou como pico do íon-molecular m/z 234 [C14H22N2O] .+ e pico-base m/z 86 corresponde ao íon [C5H12N].+, enquanto para a cafeína o pico base que é também o pico do íon-molecular foi o m/z 194 correspondente ao íon [C8H10 N4O2].

+ e outros três picos com maior abundância relati va o m/z 109 que corresponde ao íon [C5H7 N3]

.+ m/z 67 corresponde ao íon [C3H3 N2]

.+.e 82 correspondente ao íon [C4H6N2] .+ . A interpretação dos espectros de massa por meio da análise dos mecanismos de fragmentação molecular pode ser extremamente úti l na elucidação estrutural da natureza química de substâncias questi onadas.

REFERÊNCIA1. LAPACHINSKE, Silvio Fernandes et al. Analysis of cocaine and its adulterants in drugs for internati onal traffi cking sei-zed by the Brazilian Federal Police. Forensic science interna-ti onal, v. 247, p. 48-53, 2015.

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MÉTODO IN SILICO DE PREVISÃO DA TENDÊNCIA DA AFINIDADE DE CATINONAS PELO RECEPTOR DOPAMINÉRGICO

R��������, C.H.P.1; B����, A.T.1,2; M���, E.B.1,3

1 Departamento de Química, Faculdade de Filosofi a, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - USP; 2 Insti tuto Nacional de Ciência e Tecnologia Forense (INCT Forense); 3 Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

O surgimento de novas substâncias psicoati vas (NPS-New Psychoacti ve Substances) levantou muitas questões no contexto da aplicação da lei e políti cas públicas de drogas. Esses novos compostos foram projetados como uma alternati va às drogas proibidas e formulados para escapar à legislação de controle de drogas, criando um fenômeno que se tornou um problema internacional. No Brasil, essas substâncias são controladas e penalmente puníveis, pela Lei 11.343/2006, também conhecida como Lei de Drogas. Este trabalho traz estudo relati vo às cati nonas sintéti cas com metodologia in silico para investi gar tendência de atuação no organismo humano. Essa avaliação consiste em um estudo de docking, ou seja, introduzimos a substância de interesse no receptor

e de acordo com a afi nidade dela pelos aminoácidos que compõe a cavidade teremos uma maior ou menor afi nidade. Uti lizamos como receptor de estudo o dopaminérgico. De acordo com os resultados obti dos, as cati nonas apresentaram maior afi nidade pelas cavidades do que suas anfetaminas homólogas e quanto maior a complexidade da estrutura esse resultado torna-se mais proeminente, confi rmando assim, dados experimentais relatados na literatura. Em suma, esse estudo demostrou que métodos teóricos podem oferecer uma boa ideia da tendência que essas novas drogas terão no organismo, para assim, auxiliar de forma mais efeti va em políti cas públicas de drogas e nas políti cas de redução de danos. Palavras-chave: in silico; cati nonas, DAT

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METODOLOGIA ALTERNATIVA DE EXTRAÇÃO DA DMT DE MIMOSA TENUIFLORA COM FINS FORENSES

M������, A.C.B.1; O����, A.A.1; G�����, C.F.1; C���������, A.D.2 1 Departamento de Química, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais; 2

Setor Técnico-Cientí fi co, Superintendência Regional MG, Polícia Federal.

A Ayahuasca é uma bebida psicoati va tradicionalmente uti lizada por diversas etnias indígenas da Amazônia. Atualmente, seu uso encontra-se difundido no meio urbano no Brasil e em cerca de 20 países, sendo uti lizada para fi ns terapêuti cos e ritualísti cos. A Ayahuasca possui dois ti pos de alcalóides indólicos: as β-carbolinas e a triptamina. Os alcalóides são substâncias orgânicas de origem natural que possuem um átomo de nitrogênio em um heterociclo1. Na classe das β-carbolinas destacam-se três substâncias: harmina, harmalina e a tetraidro-harmina (THH). Na classe das triptaminas tem-se como representante a N,N-dimeti ltriptamina (DMT). A ingestão da Ayahuasca provoca no organismo, especialmente no sistema nervoso central, um efeito serotoninérgico: as β-carbolinas atuam como agonistas serotoninérgicas indiretas ao inibirem a ação da enzima monoaminoxidase (MAO), responsável pela desaminação oxidati va da noradrenalina e serotonina; a DMT, por sua vez, atua como agonista de receptores semelhantes aos da serotonina2. O uso da bebida fora de ambientes ritualísti cos não é autorizado por lei e, nesta situação, pode vir a ser objeto de exames forenses. O objeti vo deste estudo é o desenvolvimento de técnicas alternati vas e efi cazes, de acordo com os princípios da Química Verde, para a obtenção da DMT.

Inicialmente, realizou-se a extração sólido-líquido de uma amostra pulverizada da planta Mimosa tenuifl ora - popularmente conhecida como ”Jurema-preta” e que possui considerável concentração de DMT - com solução aquosa diluída de ácido sulfúrico sob aquecimento. O extrato aquoso ácido foi alcalinizado com hidróxido de amônio concentrado. A mistura resultante foi submeti da à extração líquido-líquido simples com éter dietí lico e salti ng out. A análise do extrato orgânico por Cromatografi a Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (GC-MS) possibilitou a identi fi cação da DMT. Portanto, a metodologia proposta neste trabalho proporcionou a obtenção da DMT mediante aplicação de técnicas simples e rápidas de extração sólido-líquido e líquido-líquido, sob condições brandas, uti lizando reagentes e solventes verdes, atendendo aos princípios da Química Verde.

REFERÊNCIAS1. Simões CMO, Schenkel EP, Gosmann G, Mello JCP, Mentz LA, Petrovick PR. Farmacognosia: da planta ao medicamen-to. 6. ed. Porto Alegre: Editora da UFRGS. Florianópolis: Edi-tora da UFSC, 2010. 1104p.2. Dos Santos RG. Ayahuasca: neuroquímica e farmacolo-gia. SMAD: Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas. 2007; 3(1): 1-11.

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METODOLOGIA VOLTAMÉTRICA RÁPIDA E DE BAIXO CUSTO PARA ANÁLISE DE LSD

F�������, B.; R������, M.F.M.; O���, E.N.; K�������, J.; O�������, M.F.GEEQFor - Departamento de Química – FFCLRP – USP – Ribeirão Preto, SP.

A dieti lamida do ácido lisérgico, popularmente mencionada como LSD, é uma das mais potentes drogas sintéti cas psicotrópicas conhecidas do mundo moderno. Apenas uma dose dessa droga pode ser completamente absorvida pelo sistema gastrointesti nal causando diversos efeitos adversos ao usuário, como alucinações, mudança do estado comportamental, taquicardia, sudorese e dilatação pupilar. O trabalho tem como escopo principal a uti lização de um método simples, rápido e com alta sensibilidade para a detecção e quanti fi cação do LSD. Fez-se uso da metodologia de voltametria cíclica, através do potenciostato portáti l (Potenciostat-Galvanostat Uniscan instruments PG581), e uti lizou-se o eletrodo impresso de carbono vítreo como eletrodo de trabalho (Screen-printed). Foram feitos estudos de variação de eletrólito de suporte (KCL, NaCl, LiCl, KClO4, NaClO4 e LiClO4), assim como a oti mização dos parâmetros da voltametria cíclica. Os melhores resultados foram obti dos para o KCl 0,005 mol.L-1, com aplicação de potencial de 0,0

V por 60 segundos para uma faixa de potencial de 0,0 até 1,1 V. A uti lização de apenas 50 µL de solução para a analise torna a metodologia mais econômica, devido ao uso reduzido de reagentes. Os limites de detecção e quanti fi cação obti dos foram de 1,47 e 4,89 µmol L-1, respecti vamente, em faixa linear de 1,47 10-7 a 1,01 10-5 mol L-1 de LSD. Esses resultados mostram um método efi ciente, rápido, barato e portáti l para detecção desta droga por voltametria cíclica. A aplicação dessa metodologia é extensa no campo forense, podendo ser uti lizada em locais de crime para apreensão de drogas, empregando pouca quanti dade de reagente e de material apreendido.

REFERÊNCIA1. M.F.M. Ribeiro, É.N. Oiye, J.M.T Katayama, A.J. Ipólito, M.F. de Oliveira, Simple and Fast Analysis of LSD By Cyclic Voltamemetry in Aqueous Medium, . ECS Transacti ons, v. 80, n. 10, p. 1259-1268, 2017. doi: 10.1149/08010.1259

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MÉTODOS COMPUTACIONAIS APLICADOS AO ESTUDO ESTRUTURAL DE ISÔMEROS DO n-MAPB

P������, N.J., B����, A.T. Departamento de Química, FFCLRP, Universidade de São Paulo.

As novas substâncias psicoati vas (NPS-New Psychoacti ve Substances) têm crescido em número e complexidade, ocasionando diversos problemas forenses em termos de identi fi cação e comportamento toxicológico. Moléculas conhecidas como n-MAPB, (1-(1-benzofuran-n-yl)-Nmethylpropan-2-amine), as quais estruturalmente são derivadas do MDMA (3,4-methylenedioxymethamphetamine) são exemplos dessas substâncias que e têm sido reportadas na literatura. Neste trabalho, o objeti vo principal foi avaliar a toxicidade dos isômeros de posição, n-MAPB (n= 4, 5, 6, 7) e também os isômeros óti cos (R-R, R-S, S-S, S-R), analisando a diferença de algumas de suas propriedades. A metodologia consisti u em uti lizar métodos de química computacional por meio de programas de código aberto para a construção da molécula e cálculos das propriedades. As moléculas foram construídas a parti r da estrutura cristalográfi ca do MDMA, com as alterações necessárias processadas no soft ware Avogadro®. Para determinar a energia, a estrutura e as propriedades das moléculas foi uti lizado

o método DFT B3LYP com a base triplo zeta no programa ORCA®. Resultados preliminares mostraram que o 5-MAPB foi o isômero de posição com menor energia e entre os isômeros óti cos os que obti veram menor energia foram R-R e S-R. A toxicidade in silico também foi avaliada pelo programa ProTox-II. Neste caso, somente o 7-MAPB foi classifi cado como classe 4 com LD50 de 1400mg/kg, sendo que os demais isômeros encontram-se na classe 3 com LD50 de 57mg/kg. Os estudos demonstraram a viabilidade e potencialidade dos métodos in silico para estudar o comportamento estrutural de isômeros dessas drogas, podendo estes auxiliar no entendimento do comportamento em relação a questões estruturais e toxicológicas.

REFERÊNCIA1. Shevyrin, V., & Shafran, Y. (2017). Disti nguishing of 2-MAPB and 6-MAPB: Soluti on of the problem. Journal of Mass Spectrometry, 52(10), 633–637. htt ps://doi.org/10.1002/jms.3970

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MÉTODOS IN SILICO PARA IDENTIFICAÇÃO DE DERIVADOS DE CATINONAS NO CONTEXTO DA ESPECTROSCOPIA

DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR

A����, V.O.; R��������, C.H.P.; B����, A.T.Departamento de Química, FFCLRP, Universidade de São Paulo.

Um dos atuais problemas relacionados às drogas de abuso é o aparecimento de novas substâncias estruturalmente modifi cadas daquelas que, a princípio, são proscritas e proibidas em lei. Com isso, o objeti vo principal foi gerar espectros teóricos de RMN e validá-los confrontando-os com os experimentais. Adiante, esses resultados têm a fi nalidade de consisti r em uma ferramenta que possa auxiliar os peritos na identi fi cação dessas drogas sem a necessidade de padrões experimentais, os quais, dado o custo a eles associado, fazem com que seja constante o desconhecimento sobre as Novas Substâncias Psicoati vas (NPS). Para ati ngir esses resultados, após um levantamento bibliográfi co acerca dos espectros experimentais referentes à pesquisa, as estruturas do sistema de estudo foram submeti das aos cálculos a nível da teoria do funcional da densidade no soft ware ORCA® em sua versão 4.0.1 pelos métodos B3LYP, PBE0 e M06-2X. Posteriormente, para fi ns comparati vos de resultado VS custo computacional, também foram efetuados cálculos em métodos semi-empíricos e Hartree Fock. Resultados mostraram que os espectros teóricos obti dos são compatí veis com os

experimentais encontrados na literatura, entretanto, de forma a aproximar ainda mais os valores teóricos dos experimentais, o Nati onal Insti tute of Standarts and Technology (NIST) aplica um fator de correção nos resultados calculados, o qual ainda não consta em bancos de dados disponíveis abertamente, dessa forma está sob avaliação formas de obtenção dessa correção. Dado que as NPS são de preocupação global e que estão se difundindo rapidamente, estudos teóricos como esse têm ganho popularidade no meio acadêmico e se mostram promissores como ferramentas de auxílio em investi gações periciais.

REFERÊNCIAS1. Valente, M. J., Guedes De Pinho, P., De Lourdes Bastos, M., Carvalho, F. & Carvalho, M. Khat and syntheti c cathino-nes: A review. Arch. Toxicol. 88, 15–45 (2014).2. Velho, J. A., Geiser, G. C. & Espindula, A. Ciências Foren-ses - uma introdução às principais áreas da Criminalísti ca moderna. (Millenium Editora, 2011).3. United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime (UNODC). World Drug Report 2013. (United Nati ons publicati on, Sales No. E.13.XI.6, 2013).

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OTIMIZAÇÃO DE METODOLOGIA VOLTAMÉTRICA PARA ANÁLISE DE MACONHA E COCAÍNA EM SISTEMA DE BAIXO CUSTO

O����, P.H.B.1; O���, E.N.1,2; K�������, J.M.T.1; O�������, M.F.1; R������, M.F.M.1; I������, A.J.3

1 USP – Faculdade de Filosofi a Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Departamento de Química – Ribeirão Preto, São Paulo, Brazil; 2 Henbak - São Paulo, São Paulo – Brazil; 3 SPTC – Nucleo de Perícias Criminalísti cas de Ribeirão Preto – Ribeirão Preto, São Paulo, Brazil.

O estudo foca a análise das drogas mais comuns no mundo moderno, a maconha e a cocaína, que trazem consigo não só os problemas de saúde do usuário, mas também muitas complicações na sociedade como um todo. A metodologia estudada tem como objeti vo fornecer uma análise rápida, simples, confi ável e de baixo custo, para auxiliar e agregar às necessidades policiais. Logo, foi explorada no trabalho a técnica de voltametria cíclica e de onda quadrada, uti lizando pasta de carbono como eletrodos de trabalho e auxiliar e Ag/AgCl como referência. Foi realizada a oti mização dos parâmetros voltamétricos, estudo da linearidade e dos interferentes mais comuns. Para as análises voltamétricas foi uti lizado um potensiostato (Autolab, modelo µAutolab III) junto ao soft ware NOVA 1.11. Para a análise de maconha (∆9-THC), a técnica de voltametria cíclica apresentou maior linearidade, enquanto para a análise de cocaína, a voltametria de onda quadrada apresentou melhores voltamogramas. Com o estudo de interferentes, foi possível assegurar

a especifi cidade do método, o que é extremamente importante, uma vez que amostras apreendidas são compostas por vários adulterantes. Tendo em mãos uma metodologia rápida, simples, confi ável e de baixo custo, possibilita-se como próximos passos a adaptação para eletrodos impressos e papertrodos a fi m de tornar o método portáti l.

REFERÊNCIAS1. J.M. Freitas, D.L.O. Ramos, R.M.F. Sousa, T.R.L.C. Paixão, M.H.P. Santana, R.A.A. Muñoz, E.M. Richter, A portable elec-trochemical method for cocaine quanti fi cati on and rapid screening of common adulterants in seized samples, Sen-sors Actuators, B Chem. 243 (2017) 557–565. doi:10.1016/j.snb.2016.12.024.2. I. Publishing, M.A. Balbino, I.C. Eleoterio, Sensors & Trans-ducers Electrochemical Study of Delta-9-Tetrahydrocanna-binol by Cyclic Voltammetry Using Screen Printed Electrode , Improvements in Forensic Analysis, 207 (2016) 2887.

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PERFIL DE DROGAS PSICOTRÓPICAS ENCAMINHADAS PARA A PERÍCIA OFICIAL NA REGIÃO DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC

V�����, K.C.2; K�����, B.G.2; O�������, A.F.2; P�������, S.2; B���� J�����, G.L.B.2; B������� F����, I.F.2

1 Universidade do Vale do Itajaí; 2 Insti tuto Geral de Perícias de Baln.Camboriú.

O Brasil é considerado um país de consumo médio de drogas ilícitas, sendo o tráfi co destas, associado a fatores sociais, contribuinte da alta criminalidade. Nesta coleta de dados é possível traçar um perfi l de recebimento de drogas encaminhadas pela Polícia Civil, para perícia no Insti tuto de Análises Forenses (IAF), especifi camente no laboratório de Química Forense da região de Balneário Camboriú-SC. Foram considerados dados do sistema informati zado Sirsaelp, que mantém informações de exames e respecti vos laudos periciais, sendo comparados dados de apreensões de maconha, cocaína e crack de 2016 e 2017. Ao acessarmos informações do Sistema de Segurança Pública de Santa Catarina (SSP/SC), foram fornecidas as quanti dades de apreensões, sendo uti lizado o fi ltro “Vale do Itajaí” nos anos de 2016 e 2017. Mostrou-se uma quanti dade crescente em 2017, totalizando 18,3 toneladas apreendidas entre maconha, cocaína e crack, se comparado a 16.7 toneladas do ano de 2016. No IAF de Baln. Camboriú, de um total de 1.856 solicitações periciais em 2016 e 2.037 em 2017, os dados obti dos traçam um perfi l onde se tem a maconha como droga em maior quanti dade encaminhada para perícia, contabilizando 59% e 53% em 2016 e 2017 respecti vamente, seguida de crack, com 25% e 30% e cocaína com 16% e 17%, demonstrando elevação das

duas últi mas em 2017. Em relação aos procedimentos policiais, predominam-se os ligados ao crime de tráfi co, com 1.709 casos, correspondendo a 39% das solicitações, havendo pouca diferença dos relacionados à menores de idade, com 37%. Em seguida, os ligados ao crime de uso de drogas, aparecem com 24%. Com os dados presentes, podemos observar que apesar dos esforços da Segurança Pública do Estado de Santa Catarina, houve elevação dos percentuais quando se comparam os dois últi mos anos, além do alto número envolvendo menores de idade, sendo também um problema social, trazendo preocupação sobre medidas que devem ser tomadas contra o crescimento da criminalidade no estado. Estudos sociais complementares poderiam ilustrar quais fatores infl uenciaram os resultados obti dos, sendo importantes para compreender o fenômeno e adotar medidas necessárias para implantação de melhorias.

REFERÊNCIAS1. PASSAGLI, M. Toxicologia Forense: Teoria e Práti ca. 3. ed. Campinas: Millennium Editora, 2011.2. Portal da Segurança Pública de Santa Catarina. Disponível em: htt p://portal.ssp.sc.gov.br/sspestati sti cas.html. Acesso: 07/07/2018 ás 11:22h.

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QUANTIFICAÇÃO DE CHUMBO EM RESÍDUOS DE DISPARO DE ARMAS DE FOGO OBJETIVANDO UM

PADRÃO DE IDENTIFICAÇÃO DA ARMA EMPREGADA

M�����, L.R.; R��������, C.H.P.; N�����, F.V.; V����, J.A.; B����, A.T.; V����, M.A.M.S.Departamento de Química, Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil.

O uso frequente de armas de fogo em infrações demanda o desenvolvimento de métodos que permitam avaliar e analisar os resíduos de disparos de armas de fogo (GSR – gunshot residues), com a fi nalidade de responder questões técnicas formuladas pela justi ça à perícia, relati vas a caracterização de GSRs. Neste estudo, buscou-se identi fi car um padrão dos resíduos por meio da determinação de Pb nas mãos de 23 ati radores que usaram um revólver e uma pistola semi-automáti ca, empregando abordagens univariadas e multi variadas para estudar o conjunto de dados. Todas as medidas foram realizadas por espectrometria de absorção atômica com atomização eletrotérmica. As amostras de GSRs foram coletadas por meio de swabs nas mãos logo após o disparo. Em seguida, a extremidade do swab foi cortada e inserida em tubo com HNO3 10% v/v. Para a extração empregou-se um banho ultrassônico, seguido de um banho termostati zado e centrifugação. Alíquotas de 20 uL

forma introduzidas no forno de grafi te para detecção. Os dados foram coletados e avaliados. No estudo univariado foram uti lizados gráfi co de barras para a análise. Observou-se uma tendência na separação das concentrações de chumbo pelas regiões de coleta avaliadas. A região da pinça interna foi a que apresentou maior concentração, seguida das regiões da palma, pinça externa e dorso. Na abordagem multi variada uti lizamos análise de componentes principais para observar o aglomeramento natural entre as amostras. Foram feitas duas investi gações: no primeiro caso foi observada a distribuição das amostras de acordo com a arma uti lizada (revólver e automáti ca). A segunda investi gação foi feita de acordo com as regiões de coleta nas mãos dos ati radores. Nesse caso conseguimos verifi car as diferenças de concentração de chumbo nas regiões avaliadas indicando diferença de perfi l de acordo com o disparo de cada arma.

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REVELAÇÃO DE IMPRESSÕES DIGITAIS LATENTES ATRAVÉS DA ELETROPOLIMERIZAÇÃO DA

ANILINA EM DIFERENTES SUBSTRATOS

G���, L.I.L.M.1; S����, R.C.2; R������, A.S.1

1 Universidade Federal de Alagoas, Insti tuto de Química e Biotecnologia – Maceió, Alagoas, Brasil; 2 Insti tuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano – Bahia, Brasil.

Em locais de crime, os elementos materiais, objetos e mesmo as vestes e o corpo de qualquer víti ma apresentam superfí cies que podem conter vestí gios do fato ocorrido, dentre estes, fragmentos de impressões digitais. À princípio qualquer superfí cie pode vir a conter fragmentos de impressões digitais que precisam ser reveladas para se tornarem visíveis. A escolha da técnica a ser uti lizada para revelação da impressão digital latente é importante pois, dependendo da metodologia empregada, a visualização e confrontamento da impressão digital pode ser inefi ciente ou ainda danifi car a mesma. De modo geral, superfí cies metálicas apresentam uma baixa taxa de recuperação [1] e ainda necessitam de metodologias mais elaboradas, tais como revelação

com vapores de cianoacrilato, para que a visualização seja efi ciente. Neste trabalho se propõe uma metodologia alternati va baseada na eletrodeposição da Polianilina (PAni), sobre superfí cies metálicas. Tal procedimento permite a oti mização do contraste visual entre a impressão digital e a superfí cie de acordo com o estado de oxidação da PAni. Foram investi gadas diferentes superfí cies metálicas (aço inoxidável, armas brancas e cartuchos de munição). As impressões digitais reveladas a parti r da eletrodeposição da PAni foram submeti das a aplicação de diferentes potenciais (-0,4 a 1,0 V vs. Ag/AgCl) para oti mização do contraste de cor entre a impressão digital revelada e a superfí cie metálica (Figura 1).

Figura 1 - Imagens das impressões digitais reveladas através da eletrodeposição da PAni sobre uma superfí cie de aço inoxidável em função do potencial elétrico aplicado.

A metodologia uti lizada permiti u a revelação das impressões digitais latentes em diferentes superfí cies metálicas de forma simples e efi ciente.

REFERÊNCIA1. BERESFORD, A. L. et al., Journal of Forensic Science 57: 93-102, 2012.

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TWO-STAGE SYNTHETIC DRUGS DISCRIMINATION IN BLOTTER PAPERS BY MIR SPECTROSCOPY AND PLS-DA

C�������, M.F.1; M��������, L.O.1; A������, L.C.2; B����, J.W.B.1

1 Insti tuto de Química, Universidade de Brasília; 2 Polícia Civil do Distrito Federal.

Over the last years, blott er papers seizures containing New Psychoacti ve Substances (NPS) such as NBOMe and NBOH have been increased in Brazilian Police Departments. This occurs due mainly to the molecularly modifi cati ons of those substances and the facility of avoiding control agencies. The reference analyti cal method for characterizati on of these substances in blott er papers is based on liquid or gas chromatography with mass spectrometry detecti on, which is costly and destructi ve. Recently, it was reported that NBOH needs a high resoluti on chromatographic method (LC-QTOF-MS) to avoid a misidenti fi cati on with the substance, 2C-I.1 Therefore, a screening method prior to chromatography analysis, using middle infrared spectroscopy and multi variate analysis, could be a fast2 and non-destructi ve way for discriminati on of blott er papers, minimizing costs and speeding up police reports. In this study, att enuated total refl ectance Fourier-transform infrared spectroscopy was used to analyze 156 seized blott er paper samples and blank from blott er papers without drugs. Five spectra were measured for each sample containing drugs and 225 spectra from six batches of blank samples. A two-stage PLS-DA model was proposed. In the fi rst stage, samples

containing or not drugs are discriminated (Model A). Aft er that, a new model was used to discriminate the blott er papers containing NBOMe or NBOH (Model B). Dataset was preprocessed using second derivati ve and mean center. Veneti an blinds cross-validati on was applied for choosing the number of latent variables. Outlier detecti on was accomplished in both models based on Soares et al.3 but, in this method, samples presenti ng values of residues Q or Hotelling T2 above their 99% confi dence limits were considered outliers. The fi gures of merit were esti mated as FNR – false negati ve rate, FPR – false positi ve rate and EFR – effi ciency rate. The results in Table 1 showed that both developed models provided effi ciency rates higher than 96% in training and validati on phases. These results have proved that these PLS-DA models are an alternati ve way to give fast identi fi cati on of seized samples, mainly in relati on to the presence of NPS drugs in blott er papers and also diff erenti ate samples containing NBOMe from those ones that contains NBOH, directi ng them to the right chromatographic method in forensics laboratories. Furthermore, the overall dimensions of FT-IR spectrometer used in this work allow in situ analysis.

Table 1 - Figures of merit of Model A and B using PLS-DA.

MODEL A (10 latent variables) MODEL B (11 latent variables)Phase Class FNR (%) FPR (%) EFR (%) Class FNR (%) FPR (%) EFR (%)

TrainingNo NPS 0 0 100 NBOMe 1.8 0 98.2

NPS 0 0 100 NBOH 0 1.8 98.2

Validati onNo NPS 1.3 0 98.7 NBOMe 3.6 0 96.4

NPS 0 1.3 98.7 NBOH 0 3.6 96.4

REFERÊNCIAS1. Arantes, L. C.; Ferrari Júnior, E.; Souza, L. F.; Cardoso, A. C.; Alcântara, T. L. F.; Lião, L. M.; Machado, Y.; Lordeiro, R. A. Coelho Neto, J.; Andrade, A. F. B. Forensic Toxicol. 35 (2017) 480. doi: 10.1007/s11419-017-0357-x.2. Pereira, L. S. A., Lisboa, F. L. C., Coelho Neto, J., Valla-

dão, F. N., Sena, M. M., Microchem. J. 133 (2017) 96. doi: 10.1016/j.microc.2017.03.032.3. Soares, L. F., Silva, D. C., Bergo, M. C. J., Coradin, V. T. R., Braga, J. W. B., Pastore, T. C. M., Quim. Nova, 40 (2017) 418-426: doi: 10.21577/0100-4042.20170014.

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USO DE MÉTODOS COMPUTACIONAIS PARA O ESTUDO DE ANFETAMINAS SINTÉTICAS

F��������, J.C.; B����, A.T.; R��������, C.H.P.; D���, G.S.Departamento de Química, FFCLRP, Universidade de São Paulo.

A alpha-methylphenethylamine racêmica, mais conhecida como anfetamina, foi descoberta em 1910 e sinteti zada pela primeira vez em 1927, na tentati va de se encontrar um substi tuto mais barato para a efedrina. Por apresentar propriedades esti mulantes do Sistema Nervoso Central (SNC), a anfetamina foi extensamente adotada por acadêmicos, estudantes e profi ssionais médicos, na tentati va de reduzir o estresse e melhorar a concentração e o desempenho intelectual, fato este que implicou em seu uso generalizado. Pensando-se num contexto mais atual, anfetaminas sintéti cas têm sido produzidas através da introdução de pequenas modifi cações na estrutura química de substâncias controladas, com o principal objeti vo de contornar legislações de controle de drogas, ao passo que imitam efeitos recreati vos de drogas ilícitas. Tais substâncias sintéti cas, conhecidas como Novas Substâncias Psicoati vas (NPS), tornaram-se uma grande preocupação, uma vez que várias propriedades relacionadas a essas drogas são desconhecidas. Dessa forma, métodos in silico apresentam grande potencial para auxiliar na caracterização dessas substâncias. O principal objeti vo deste trabalho foi uti lizar métodos teóricos para prever espectros de RMN para alguns derivados sintéti cos de anfetamina. As estruturas

foram oti mizadas em B3LYP / 6-31G **. Os espectros de RMN foram gerados por diferentes soft wares in silico gratuitos: ORCA 4.0.1 (GIAO B3LYP, M06-2X, PBE0 e RHF / TZVP) e nmrdb.org. O MestReLab, um soft ware comercial, também foi usado. Os dados experimentais disponíveis foram comparados uti lizando classifi cação multi variada. Os resultados mostraram que soft wares livres e comerciais ti veram boas previsões. No entanto, os métodos empíricos (nmrdb.org e MestReLab) apresentaram resultados semelhantes e mais próximos dos experimentais que os resultados do ORCA, que necessita de uma correção obrigatória. Conclui-se que os métodos quânti cos podem ser uma boa ferramenta para esses cálculos, mas demandam uma quanti dade de tempo superior.

REFERÊNCIAS1. GUIRGUIS, A. et al. Identi fi cati on of new psychoacti -ve substances (NPS) using handheld Raman spectroscopy employing both 785 and 1064 nm laser sources. Forensic Science Internati onal, v. 273, p. 113–123, abr. 2017. 2. HEAL, D. J. et al. Amphetamine, past and present - A phar-macological and clinical perspecti ve. Journal of Psychophar-macology, v. 27, n. 6, p. 479–496, 2013.

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UTILIZAÇÃO DA IMUNOCROMATOGRAFIA NO EXAME PRELIMINAR DE CONSTATAÇÃO DE LSD

M������, P.A.1,2

1 Centro Universitário UNA; 2 Insti tuto de Criminalísti ca de Minas Gerais.

Nos últi mos anos as drogas sintéti cas têm sido cada vez mais uti lizadas pela população mundial. A dieti lamida do ácido lisérgico (LSD) é uma das principais drogas alucinógenas encontradas em selos, juntamente com os derivados dos NBOMes e NBOH, necessitando, assim, da sua análise pericial em materiais apreendidos pelas forças policiais. Desse modo, objeti vou-se com esse trabalho, avaliar a efi ciência da técnica imunocromatográfi ca para constatar preliminarmente o LSD em amostras reais de selos. A análise consisti u em colocar um selo em um microtubo, adicionar 1 mL de água desti lada e agitar por 10 segundos manualmente. A fi ta imunocromatográfi ca foi inserida no líquido e a leitura realizada após 5 minutos. Os resultados obti dos por esta técnica analíti ca foram comparados com as análises dos selos realizadas pelo ensaio colorimétrico de Erlich, por GC-MS e LC-MS. Todas as amostras que a análise por imunocromatografi a detectou a presença de LSD foram também confi rmadas por GC-MS ou LC-MS. A presença de derivados de NBOH nos selos não

resultou em falsos positi vos pela imunocromatografi a, demonstrando sua adequada seleti vidade ao LSD. Em uma das amostras o reagente de Erlich não detectou o LSD, porém ele foi identi fi cado tanto pela imunocromatografi a quanto pelas técnicas cromatográfi cas, evidenciando uma maior sensibilidade do imunoensaio. Desta forma, a imunocromatografi a torna-se mais uma técnica analíti ca capaz de detectar preliminarmente o LSD, não reagindo a outras drogas comumente presentes em selos, fornecendo ao Perito Criminal uma maior confi abilidade no resultado do laudo preliminar de constatação de droga.

REFERÊNCIAS1. UNODC. Recommended methods for testi ng lysergide (LSD). ST/NAR/17. 1989.2. G.A.T. Pinto et al. Avaliação da técnica de imunocromato-grafi a para análise de drogas de abuso no contexto da quí-mica forense. Rev. Bras. Crimin. 4(3), 28-37, 2015

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TOXICOLOGIA (TOX)

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ANÁLISE TOXICOLÓGICA EM CONTEÚDO ESTOMACAL: UMA NOVA ABORDAGEM DE CLEAN-UP

P����, M.D.1; N���������, S.2; P������, F.S.1

1 Laboratório de Toxicologia Forense, Departamento de Laboratório Forense, SPTC, PC-ES; 2 Agilent Technologies Brasil.

O conteúdo estomacal é uma matriz biológica frequentemente uti lizada em casos post-mortem, principalmente em casos de intoxicação oral. As principais vantagens desta matriz são as altas concentrações dos analitos normalmente encontradas e o fato de não sofrer biotransformação. Entretanto, mesmo após extenso preparo de amostra, o extrato fi nal nem sempre é apropriado para análise. Matrizes complexas, como o conteúdo estomacal, precisam de um clean-up após extração com solvente para reduzir interferentes. O método QuEChERS foi inicialmente desenvolvido para análise de resíduos de agrotóxicos em alimentos e produtos agrícolas, e neste estudo foi aplicado para análise em conteúdo estomacal. O objeti vo do trabalho foi desenvolver um método alternati vo para extração e clean-up de substâncias de interesse forense em amostras de conteúdo estomacal. O preparo de amostra se inicia com a adição de 15 mL de acetonitrila com 1% de ácido acéti co na amostra (5 mL ou 5g de conteúdo estomacal), seguido de padrão interno (trifenilfosfato), 10 mL de água, e os sais de QuEChERS (6.0 g MgSO4/1.5 g acetato de sódio). Posteriormente, foi realizado o clean-up de 5 mL do extrato, adicionando o sobrenadante em tubos com 1g do sorbente EMR-Lipid previamente ati vado com água. Depois, foi adicionado 1g de MgSO4/NaCl em 5 mL do sobrenadante e, fi nalmente, foi adicionado 500mg de MgSO4 em 2,5 mL do sobrenadante. Todos

os passos foram seguidos de agitação vigorosa em vórtex por 1 min e centrifugação (2500 rpm/12 min). O sobrenadante fi nal (1 mL) foi evaporado, ressuspendido em 100 µL de acetato de eti la e injetado no GC-MS em modo full scan. Essa abordagem foi aplicada com sucesso em conteúdo estomacal, resultado em extratos limpos, com baixo conteúdo lipídico, principalmente colesterol. O método foi validado para medicamentos, drogas de abuso e agrotóxicos (fenobarbital, tramadol, amitripti lina, diazepam, cocaína, carbaril, diazinon, heptaclor, malati on, permetrina e procloraz). Todos os parâmetros de validação estão de acordo com os guias vigentes. O limite de detecção foi de 100 ng/g para todos os analitos, a faixa de trabalho foi de 200 – 2000 ng/g, com coefi ciente de determinação maior que 0,99. A precisão variou de 2,4 a 19,2% e exati dão de 0,4 a 19,6%. A recuperação foi entre 81,2 a 108,1% para todos os analitos, exceto heptaclor (144%), permetrina (40%), procloraz (52%). O método foi aplicado a amostras de casos forenses reais e outros analitos também foram detectados (carbofuram, terbufos, fl uoxeti na). Esse trabalho demonstra que o método descrito permite um clean-up efeti vo, incluindo em amostras com alto conteúdo lipídico (como o conteúdo estomacal), permiti ndo a análise de medicamentos, drogas de abuso e agrotóxicos em casos de toxicologia forense.

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DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO MULTIANALÍTICO PARA DETECÇÃO DE DROGAS DE ABUSO UTILIZANDO A TÉCNICA

DE DRIED SPOT EM AMOSTRAS DE FLUIDO ORAL

B��������, J.B.1; S������, F.R.1; B�����������, S.L.1,2; J������, A.L.B.1; L��������, R.P.1, M�����, A.S.L.2

1 Laboratório de Toxicologia, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2 Laboratório de Controle de Qualidade Farmacêuti co, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Dried Matrix Spots (DMS) é uma técnica de coleta de amostras onde matrizes biológicas podem ser aplicadas diretamente em papel fi ltro de especifi cações defi nidas, para absorver um volume de amostra em determinada área do material. Está sendo amplamente uti lizada para análises em sangue, urina, suor e fl uido oral(1). Essa tecnologia está estabelecida para triagem neonatal por mais de 40 anos e, atualmente, ganhou interesse substancial em apoio à descoberta de drogas e desenvolvimento de metodologias para o monitoramento de substâncias. Suas principais vantagens são a uti lização de pouco volume de amostra, baixo custo e facilidade no transporte e armazenamento, além de ser uma técnica simples e pouco invasiva(1,2-4). Na área da toxicologia, a técnica de DMS é uti lizada para o monitoramento de fármacos e detecção de drogas de abuso. Nesse contexto, sabe-se que o uso de substâncias psicoati vas (SPA), como benzodiazepínicos, anfetamínicos, cocaináceos e canabinoides é relati vamente alto em nosso país, destacando-se mundialmente pelo crescimento no consumo(5). Para a monitorização do consumo de SPA em usuários, além do desenvolvimento de políti cas públicas e preventi vas relacionadas às drogas de abuso, é necessário o emprego de métodos analíti cos confi áveis e adequados às matrizes biológicas de

interesse. Neste trabalho, a cromatografi a líquida de alta efi ciência acoplada à espectrometria de massas (LC-MS) será uti lizada para avaliação de amostras de fl uido oral coletadas por DMS. O objeti vo do trabalho é desenvolver um método multi analíti co por LC-MS capaz de detectar diversas SPA e metabólitos, uti lizando protocolos de coleta e extração de DMS previamente desenvolvidos por nosso grupo de pesquisa (resultados ainda não publicados). Palavras-chave: dried matrix spot, bioanálises, LC-MS, drogas de abuso.

REFERÊNCIAS1. Resano M. et al. Dried matrix spots and clinical elemental analysis. Current status, diffi culti es, and opportuniti es. TrAC Trends In Analyti cal Chemistry. 2018;99:75-87. 2. Hannon WH; Therrell Junior BL. Overview of the his-tory and applicati ons of dried blood samples. In: Li W; Lee MS. Dried Blood Spots: Applicati ons and Techniques. 2014:2-15.3. Guthrie R. Blood Screening for Phenylketonuria. JAMA. 1961;178(8):863.4. Rao RN. Emerging liquid chromatography–mass spectro-metry technologies improving dried blood spot analysis. Ex-pert Review Of Proteomics. 2014;11(4):425-430. 5. United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime. World Drug Report 2017. 2017.

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DETERMINAÇÃO DE CLOROFÓRMIO, DICLOROMETANO E TRICLOROETILENO EM SANGUE SINTÉTICO POR

CROMATOGRAFIA GASOSA COM DETECTOR DE IONIZAÇÃO DE CHAMA (GC-FID) E HEADSPACE

P��������, D.C.1; C�����, S.C.2; N��������, C.C.1

1 Departamento de Química – UFMG; 2 Insti tuto Médico Legal de Belo Horizonte.

Este trabalho foi realizado com o intuito de desenvolver um método para quanti fi cação de três compostos voláteis – Clorofórmio (CL), Diclorometano (DC) e Tricloeti leno (TC), substâncias comumente encontradas em drogas uti lizadas como inalantes de abuso1. Foi empregado extração por headspace seguida de cromatografi a gasosa com detector de ionização em chama (FID). O método desenvolvido será implementado na roti na de análises toxicológicas do Insti tuto Médico Legal de Belo Horizonte (IML-BH) para auxiliar médicos legistas e autoridades judiciárias no esclarecimento de causa morti s ou dinâmica de crime. A necessidade de se desenvolver um método quanti tati vo para drogas inalantes em sangue moti vou o desenvolvimento desse estudo. Os inalantes escolhidos foram, já citados, os que mais estão sendo detectados qualitati vamente nas amostras reais no IML-BH, e para oti mização do método foram avaliados o tempo e temperatura de incubação para extração por headspace. O método foi validado de acordo com as normas de validação estabelecidas pelo Insti tuto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, sendo avaliados a linearidade, efeito de matriz, precisão, exati dão,

limite de detecção e limite de quanti fi cação. Para avaliação das premissas da calibração pelo método dos mínimos quadrados ordinários (MMOQ) foram feitos o teste do resíduo padronizado Jacknife (outliers), teste de Ryan-Joiner (normalidade), teste de Durbin-Watson (independência), teste de Brown-Forsythe (homocedasti cidade) para e ANOVA (regressão e linearidade). A matriz uti lizada no estudo foi o sangue sintéti co, a fi m de mimeti zar um sangue real e diminuir a probabilidade de erro. As condições oti mizadas para extração foram 60 ºC por 10 minutos com agitação. O método apresentou boa seleti vidade, sem sobreposição dos picos quando testado com outros dez solventes na mesma corrida, boa linearidade (R2 = 0,99 para os 3 compostos), precisão entre 2,7 e 13,5 %, exati dão entre 95,0% e 105,1%, limite de detecção calculado de 1 mg/L e limite de quanti fi cação experimental de 2,5 mg/L, sendo que os resultados foram aceitáveis para os três analitos em sangue sintéti co.

REFERÊNCIA1. OGA, Seize; CAMARGO, Márcia Maria de A.; BATISTUZZO, José Antonio de O. Fundamentos de Toxicologia. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2014.

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DETERMINATION OF COCAINE AND METABOLITES IN DRIED BLOOD SPOTS EMPLOYING ULTRA-HIGH

PERFORMANCE LIQUID CHROMATOGRAPHIC COUPLED WITH TANDEM MASS SPECTROMETRIC (LC-MS/MS)

L����, L.L.F.1,2; S����, A.C.C.1; B�������, M.F.1,2; H���, R.Z.1; L�����, R.1,2

1 Laboratory of Analyti cal Toxicology, Feevale University, Novo Hamburgo, Brazil; 2 Nati onal Insti tute of Science and Technology in Forensic Sciences (INCT Forense), Brazil.

INTODUCTION: Cocaine (COC) is one of the most widely abused drugs in the world and its sensiti ve and reliable measurement in blood is of great importance in the fi eld of forensic and clinical toxicology. The main analyti cal marker of COC use in blood is the metabolite benzoylecgonine (BZE). Additi onally, determinati on of cocaethylene (CE), formed by transesterifi cati on of COC in the presence of ethanol, is also relevant in forensic cases. About 40% of COC is hydrolysed to ecgonine methyl ester (EME), an inacti ve metabolite that with BZE are the main quanti tati ve products of biotransformati on of COC. Norcocaine (NCOC) is another product of biotransformati on by cytochrome P450 and presents pharmacological acti vity. The quanti fi cati on of COC and metabolites in dried blood spots (DBS) may be an alternati ve to conventi onal collecti on methods with several advantages, including easier transportati on and storage. OBJECTIVE: To develop and validate a method for the simultaneous determinati on of COC and metabolites in dried blood spots by ultra-performance liquid chromatography-mass spectrometry (UPLC-MS/MS). METHODOLOGY: Whole blood containing COC, BZE, EME CE and NCOC was applied to Whatman 903 paper. Aft er drying, an 8 mm diameter disc was punched and extracted with 500 µL of methanol:acetonitrile (3:1, v/v), containing the internal standards (IS) BZE-D3, COC-D3, CE-D3 and EME-D3. Samples were incubated at room temperature for 45 min under sti rring. The extracti ve phase was evaporated to dryness at 60 °C and recovered with 100 µL of initi al mobile phase. Separati on was performed in an Acquity HSS C18 column (150 x 2.1 mm x 1.8 μm), eluated at a mobile phase fl ow rate of 0.4 mL min-1. Mobile phase was composed of ammonium formiate 5 mM pH 3.0 (A) and acetonitrile containing

0.1% formic acid (B). The method was validated according to internati onal guidelines. RESULTS: The chromatographic run ti me was 8 min. Retenti on ti mes were 0.85, 3.45, 4.05, 4.08 and 4.32 for EME, BZE, COC, NCOC and CE, respecti vely. The method was linear from 5 to 500 ng mL-1 for COC and metabolites (r> 0.99). Intra-assay precision was in the range of 1.76-2.80%, 2.03-2.44%, 2.14-2.72%, 1.93-3.0% and 2.37-3.02%, while inter-assay precision was 2.19-4.34%, 1.83-4.28%, 2.21-3.53%, 3.13-4.01%, 2.49-3.57% for COC, BZE, CE, NCOC and EME, respecti vely. Accuracy was 97.54-105.38 % for COC, 99.01-105.4% for BZE, 97.19-105.13% for CE, 94.49-105.38% for NCOC and 101.28-105.43% for EME. Matrix eff ects were minimal. The extracti on yield was more than 74% for all compounds. CONCLUSION: The UPLC-MS/MS method for determinati on of COC and metabolites in DBS was developed and validated, presenti ng adequate characteristi cs for its use in forensic and clinical toxicology.

REFERENCES1. DOMINGUEZ, Angel Antelo et al. Simultaneous determi-nati on of cocaine and opiates in dried blood spots by elec-trospray ionizati on tandem mass spectrometry. Talanta. v. 117, p. 235-241, 2013. 2. KYRIAKOU, Chrystalla et al. Identi fi cati on and quanti fi ca-ti on of psychoacti ve drugs in whole blood using dried blood spot (DBS) by ultra-performance liquid chromatography tandem mass spectrometry. Journal of Pharmaceuti cal and Biomedical Analysis. v. 128, p. 53-60, 2016. 3. ANTUNES, Marina Venzon; CHARÃO, Mariele Feiff er; LIN-DEN, Rafael. Dried blood spots analysis with mass spectro-metry: Potenti als and pitf alls in therapeuti c drug monito-ring. Clinical Biochemistry. v. 49, p 1035-1046, 2016.

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DROGAS FACILITADORAS DE ABUSO SEXUAL: IMPORTÂNCIA NA TOXICOLOGIA FORENSE

M�������, J.B.1; V�����, A.A.1; M������, G.L.M.1; P����, M.D.1; P������, F.S.1

1 Laboratório de Toxicologia Forense, Departamento de Laboratório Forense, SPTC, PC-ES.

As drogas facilitadoras de abuso sexual também conhecidas como drug-facilitated sexual assault (DFSA), drogas facilitadoras de crime (DFC), drogas facilitadoras de estupro, date-rape drugs, são substâncias uti lizadas para facilitar qualquer ti po de ati vidade sexual não consenti da e/ou roubo com pouca ou nenhuma resistência. Sob a ação destas substâncias, a víti ma pode apresentar alterações de funções cogniti vas, reduzir o seu estado de vigília e ter prejuízos na sua tomada de decisões e uma possível defesa contra o agressor. No ano de 2016, foi desenvolvido no Laboratório de Toxicologia Forense da PCES, um método analíti co em LC-MS/MS para a identi fi cação das principais drogas facilitadoras de abusos sexual, abrangendo diferentes classes farmacêuti cas e drogas de abuso nos cut-off s sugeridos pela UNODC. O objeti vo do presente trabalho foi avaliar os resultados obti dos nos exames toxicológicos realizados no período de 01/01/2017 a 31/07/2018 no Laboratório de Toxicologia Forense uti lizando o novo método desenvolvido e quais foram as drogas mais presentes nos casos investi gados como abuso sexual no estado do Espirito Santo. Os dados foram obti dos no Soft ware de Estati sti ca e Gerador de Laudos - ForenSis. No período, foram analisadas

amostras (sangue/ou urina) do total de 77 casos com histórico de abuso sexual, e em 31 casos foi detectada a presença de uma ou mais das drogas pesquisadas. Os benzodiazepínicos foram detectados em 16 amostras analisadas. Drogas de abuso como canabinoides, cocaína e anfetaminas foram detectadas em 8, 6 e 2 amostras, respecti vamente. Os anti depressivos foram constatados em 7 amostras e, em 2 amostras foi identi fi cado a presença de opioides. No grupo de medicamentos como difenidramina, haloperidol, zolpidem, zolpiclone, triexfenidil e drogas de abuso como GHB, LSD, fenciclidina e cetamina, foi registrado positi vidade em 4 casos. Conclui-se que é importante o desenvolvimento de método analíti co de amplo espectro para identi fi cação de diversas drogas que possam ser uti lizadas na práti ca de crimes de abuso sexual e que os benzodiazepínicos são as substâncias mais uti lizadas para essa fi nalidade.

REFERÊNCIA1. Tiemensma M, Davies B.Investi gati ng drug-facilitated sexual assault at a dedicated forensic centre in Cape Town, South Africa Forensic Sci Int. 2018 Jul; 288:115-122. Epub 2018 Apr 23.

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EPIDEMIOLOGIA DOS SUICÍDIOS OCORRIDOS DE 2014 A 2017 NA REGIÃO NORTE DE SANTA CATARINA E

ENVOLVIMENTO DE SUBSTÂNCIAS LÍCITAS E ILÍCITAS

S�����, J.C.1; P�������, G.C.2; P�������, S.2; R����, S.A.1

1 Universidade da Região de Joinville – Univille; 2 Insti tuto Geral de Perícias de Santa Catarina – IGP/SC.

Embora o suicídio seja um problema recorrente de países desenvolvidos, o Brasil também possui números expressivos. Alguns dos fatores de risco consti tuem: sexo masculino, idade avançada, desordens mentais e planejamento anterior de suicídio1. O objeti vo deste estudo foi avaliar o uso substâncias lícitas e proscritas em casos de suicídio, além de observar o perfi l das víti mas atendidas no IGP/Joinville, no período de 2014 a 2017. A área de abrangência compreendeu a cidade de Joinville, a mais populosa do estado, e outras 5 cidades do entorno. Em 4 anos, foram contabilizados 186 suicídios, uma média de 6,5/100 mil hab, maior que a média brasileira de 5,7/100 mil hab. registrada no ano de 20151. Houve predominância masculina (80,1%; n=149) e dos intervalos de faixa etária de 38 a 47 anos e maiores de 58 anos (41 casos em ambos). Em relação ao meio empregado, destacam-se o enforcamento (64%; n=119), intoxicação exógena (14,5%; n=27) e arma de fogo (9%; n=17). Foram realizados exames toxicológicos em 163 víti mas. Deste total, o álcool foi constatado em 19% dos casos (66% isolado e 34% associado a outras substâncias). A droga

proscrita mais detectada foi a cocaína (n=18; 11%), seguida pelo THC (n=7; 4,3%). Os medicamentos foram encontrados em 59 casos (36,2%). Os mais recorrentes foram os benzodiazepínicos (48,9%), anti depressivos (29,8%) ou ambos em associação (11,1%), revelando que 45 víti mas estavam sob efeito de medicamentos uti lizados em distúrbios psicológicos. Cabe ressaltar, que em 46,2% dos enforcamentos e 58,8% dos casos envolvendo arma de fogo, alguma substância psicoati va foi detectada. Já para os eventos de intoxicação exógena prevaleceram medicamentos (44,4%) e pesti cidas (37%). Os dados apontam semelhança a outros levantamentos nacionais e mundiais no que compete a prevalência do sexo masculino e faixa etária mais avançada. Apesar de o enforcamento ser o meio predominante, a exposição a uma ou mais substâncias psicoati vas é recorrente entre as víti mas suicidas e pode revelar um perfi l populacional mais susceptí vel.

REFERÊNCIA1. BRASIL. Ministério da Saúde. Boleti m epidemiológico: Suicídio. Saber, agir e previnir. v 48, n.30, 2017.

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ESTUDOS IN SILICO DA TOXICIDADE EM DAPHNIA MAGNA PARA AVALIAÇÃO DE DANO AMBIENTAL PARA DERIVADOS DE PETRÓLEO

A������� R.M.; B����, A.T.Laboratório de Estudos Interdisciplinares Direito-Química, LEI-DQ. Departamento de Química, FFCLRP-USP

Danos ambientais relacionados ao derramamento de derivados do petróleo são amplamente discuti dos e estudados. Do ponto de vista técnico podemos destacar principalmente por três metodologias para a avaliação do dano: a valoração monetária realizada pela CETESB, o método de Batt elle o método do IQA (Índice de Qualidade da Água). Essas metodologias, no entanto, não levam em consideração a toxicidade dos produtos poluentes. O objeti vo desse trabalho é a elaboração de uma metodologia simples para avaliação desse dano por meio do uso de métodos computacionais e de Quimiometria, levando em consideração a toxicidade, uma vez que esta tem grande importância em danos ambientais. A obtenção dos dados de toxicidade e propriedades fí sico-químicas dos componentes do petróleo foi realizada uti lizando o programa T.E.S.T.1. Foram calculadas as toxicidades de 71 componentes do petróleo para 3 organismos diferentes, tendo a Daphnia Magna apresentado a melhor correlação entre os dados experimentais e os calculados. Por fi m foram calculados também seis propriedades fí sico-químicas das moléculas. Uti lizando o programa Pirouett e versão 4.52 foram montados modelos uti lizando regressão por mínimos quadrados (PLS-Parti al Least Squares) para se obter a correlação

entre as propriedades e a toxicidade. Observou-se que a toxicidade está relacionada em maior escala a principalmente três propriedades: bioacumulação, viscosidade e densidade. A bioacumulação apresentou a maior correlação com a toxicidade. O resultado se justi fi ca, uma vez que o conceito de bioacumulação em um organismo é relacionado ao aumento na concentração de um composto tóxico. A uti lização dos métodos in silico para a determinação de fatores que representam a toxicidade permitem que esta seja incluída na determinação dos impactos ambientais. Dessa maneira, é possível esti mar o dano ambiental relacionado a essa grandeza sem que haja necessidade de realização de estudos experimentais que são complexos, podem demandar uti lização de animais além de serem custosos em relação a recursos e tempo.

REFERÊNCIAS1. MARTIN, Todd et al. T.E.S.T. : A program to esti mate toxi-city from molecular structure. Version 4.2.1. Cincinnati , OH: U.S. EPA/Nati onal RIsk Management Research, 2016. 2. INFOMETRIX, Inc. Pirouett e: Multi variate Data Analysis Soft ware. Version 3.11, Woodinville, WA. 2003.

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FORENSIC TOXICOLOGICAL ANALYSIS IN CYANIDE POISONING: TWO CASE REPORTS

P������, F.S.1; P����, D.M.L.1; B������, E.D.2; P����, M.D.1; H�����, G.2; P��������, J.F.1; A�������, J.C.L.2; M�������, B.S.3

1 State Police of Espírito Santo, Laboratory of Forensic Toxicology, Vitória, ES, Brazil; 2Federal Police, Nati onal Criminalisti cs Insti tute, Chemical Forensic Laboratory, Brasília, Brazil; 3Department of Chemistry,

Faculty of Philosophy, Science and Literature of Ribeirão Preto, University of São Paulo, Brazil.

The toxicity of cyanide has been known for over two centuries and, although most cyanide intoxicati on cases are accidental, such as fi re victi ms, cyanide poisoning is someti mes moti vated by suicidal or homicidal purposes. The method proposed in this study to detect and quanti fy cyanide in biological samples uses a Headspace extracti on technique with Gas Chromatography coupled with a Nitrogen Phosphorous Detector, which has presented good results, with sati sfactory sensiti vity and reproducibility. Good linearity (r2>0.99), accuracy, precision and recovery were achieved. Limits of detecti on and quanti fi cati on, LOD and LOQ, respecti vely, were determined well

below the lethal cyanide blood concentrati on, making the present method suitable for detecti on of cyanide intoxicati on even at small concentrati ons, and has been successfully applied in two lethal cases of cyanide intoxicati on.

REFERÊNCIAS1. Desharnais B, Huppé G, Lamarche M, Mireault P, Skinner CD. (2012) Cyanide quanti fi cati on in post-mortem biological matrices by headspace GC-MS. Forensic Sci Int 222: 346-351.2. Ma J, Dasgupta P. (2011) Recent Developmets in cyanide detecti on A review. Anal Chim Acta 673: 117-125.

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IDENTIFICAÇÃO DE ADB-FUBINACA EM AMOSTRA DE SELO APREENDIDA NO CEARÁ

A�����, F.S.; C������, M.C.L.; A����� F����, A.C.V.; K�����, R.Y.; M��������, D.P.; M������, M.E.M.L.; S�������, V.R.; S����, F.A.

Núcleo de Toxicologia Forense, CALF, Perícia Forense do Ceará.

As Novas Substâncias Psicoati vas compreendem uma variedade de classes de substâncias com propriedades psicoesti mulantes semelhantes a drogas brutas convencionais, tais como a maconha, cocaína, anfetaminas entre outros. Sinteti zadas com o objeti vo de fugir ao controle legal, estas substâncias tem efeito semelhante ou até mais potente e danoso do que as drogas convencionais. Porém, graças as mais diversas modifi cações químicas moleculares bem como a diversidade e celeridade com que surgem, estas sustâncias representam um forte desafi o a identi fi cação analíti ca, em especial por parte dos órgãos periciais. Neste senti do, propomos com este trabalho uma metodologia de identi fi cação de uma nova substância psicoati va, a saber, ADB-Fubinaca, da classe dos Canabinóides sintéti cos, mediante a técnica de Cromatografi a Gasosa acoplada a Espectrometria de Massas. Para tanto a amostra foi submeti da a extração metanólica e levada ao CG/MS, consti tuído por uma fonte de ionização por elétrons (EI) e um analisador de massas do ti po quadrupolo. O volume injetado foi de 0,5 μL no modo Split (10:1). A coluna cromatográfi ca usada foi a HPS-1 com 30 m de comprimento, diâmetro interno de 0,25 mm e revesti da com um fi lme de espessura de 0,25 µm, composta por 5% de fenil e 95% de dimeti lpolisiloxano. O gás de arraste foi hélio, com fl uxo de1,0 mL.min-1. A temperatura da fonte foi de 230°C, a temperatura do quadrupolo foi de 150°C e a temperatura do injetor foi de 250°C. A rampa de aquecimento foi ajustada da seguinte forma: a

corrida teve início com a coluna a 150°C por 1 min, aumentando 20°C/min até 300°C, permanecendo por 6,5 minutos. Os espectros de CG-MS foram adquiridos no modo full scan com faixa de massa de m/z 50 a 500. Com isto, conseguimos detectar através do tempo de retenção colunar 17.743 e da carga massa molecular 109, 145, 253, 338, entre outras, a substância em análise presente na matriz de um selo. Vale ressaltar que seguindo orientações da SWDRUGS, os resultados foram confi rmados via FTIR e CLAE. Posteriormente noti fi camos ao serviço de controle da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária e conseguimos correlacionar a descoberta a uma nova forma de comercialização e uso de Canabinóides sintéti cos em selos, visto que com base nos levantamentos bibliográfi cos, notadamente estes compostos são comercializados misturados a ervas para consumo por via pulmonar.

REFERÊNCIAS1. PASSAGLI Marcos. Toxicologia social: Verdades e Mitos/. – Campinas, SP: Millennium Editora, 2015.2. ZNALEZIONA, J.; GINTEROVÁ, P.; PETR, J.; ONDRA, P.; VÁLKA, I.; ŠEV9CÍK, J.; CHRASTINA, J.; MAIER, V. Determina-ti on and identi fi cati on of syntheti c cannabinoids and their metabolites in diff erent matrices by modern analyti cal tech-niques – a review. Analyti ca chimica acta, 2015. 15 p. 3. VASCO Gil Calado. Novas Substâncias Psicoati vas. O caso da salvia divinorum. editor: serviço de intervenção nos com-portamentos aditi vos e nas dependências morada: avenida da república, nº61, 2º, 1050-189 lisboa.2013.a

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IDENTIFICAÇÃO DE ADULTERANTES EM AMOSTRAS DE COCAÍNA APRENDIDAS EM UBERABA-MG POR CROMATOGRAFIA

GASOSA E ESPECTROMETRIA DE MASSAS (CG-MS)

S���, J.T.C.; B������, D.N.; S����, R.M.F.; S����, S.G.

Federal University of Uberlandia, Insti tute of Chemistry.

O Brasil é o segundo maior mercado de cocaína e seus derivados no mundo, chegando a representar 20% do consumo mundial, além disso, é um dos principais países de trânsito da droga2,3. Desde 2007, a polícia federal brasileira busca identi fi car padrões químicos entre apreensões de cocaína, buscando estabelecer ligações entre fornecedores e redes de distribuição. Os adulterantes uti lizados para aumentar o volume e a lucrati vidade no comércio da cocaína,

permitem estabelecer padrões e correlacionar diferentes apreensões1, 3. O objeti vo deste trabalho foi identi fi car os principais adulterantes encontrados em amostras de cocaína apreendidas na cidade de Uberaba - Minas Gerais (Brasil) durante o ano de 2018. A identi fi cação dos adulterantes foi feita por cromatografi a gasosa acoplada à espectrometria de massa (GC-MS). Os resultados estão expressos na fi gura e tabela abaixo:

Figura 1 - Adulterantes identi fi cados Tabela 1 - Quanti dade de adulterantes por amostras.

As análises confi rmaram a presença de cocaína nas 44 amostras e detectaram a presença de dez diferentes adulterantes em 42 delas, 34,1% da amostras apresentaram apenas um ti po de adulterantes e 65,9% apresentaram 2 ou mais adulterantes. Também constatou que 27,3% das amostras não apresentaram o alcaloide Cinamoilcocaína indicando alto nível de oxidação de acordo com os parâmetros do DEA1. As análises podem auxiliar na identi fi cação de perfi s químicos, relacionando diferentes apreensões e auxiliando nas investi gações policiais.

REFERÊNCIAS1. E.D. Botelho, R.B. Cunha, A.F.C. Campos, A.O. Maldaner, Chemical Profi ling of Cocaine Seized by Brazilian Federal Po-lice in 2009-2012: Major Components, J. Braz. Chem. Soc. 25 (2014) 611–618.2. II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD) – 2012. Ronaldo Laranjeira (Supervisão) [et al.], São Paulo: Insti tuto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políti cas Pú-blicas de Álcool e Outras Drogas (INPAD), UNIFESP. 2014 3. United Nati ons Offi ce on Drugs and Crime. Word Drug Report 2005.

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INVESTIGAÇÃO DA POSSÍVEL INTERFERÊNCIA DE COMPONENTES DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES EM

IMUNOENSAIOS EMPREGADOS NO SCREENING DE COCAÍNA

M������, N.H.M.; C�����, E.G.; M�������, B.S.Departamento de Química, FFCLRP, Universidade de São Paulo.

A uti lização de imunoensaios em Toxicologia Forense é realizada para a detecção preliminar (screening) e triagem de drogas de abuso em amostras biológicas, especialmente em urina, uma vez que é um método específi co, rápido e de baixo custo. Contudo, apesar de serem específi cos, a presença de alguns interferentes na matriz biológica não-testados previamente pode gerar resultados falso-negati vos ou falso-positi vos. Nos últi mos anos, diferentes suplementos alimentares têm sido produzidos e disponibilizados comercialmente, apresentando diversos componentes e que podem infl uenciar em imunoensaios empregados comumente no screening de drogas de abuso, como a cocaína. O objeti vo deste trabalho foi investi gar o efeito de componentes presentes em amostras de suplementos alimentares em um imunoensaio para screening de cocaína. Para análise, foi empregado o teste para cocaína da Bio Advance Diagnósti cos LTDA. 14 amostras de suplementos (WHEY 3HD® - Black Skull, WHEY Protein morango® – HND, Massa Monster Block® - Probióti ca, WHEY® - Integral Medica, Essenti al Amino®, Crealift ®, Malto® - Atlheti ca Nutriti on, WHEY - Black Skull®, BCAA® 2400mg, Dextrose®, Synta-6 – BSN®, Amino 2222 Tabs - Opti mum Nutriti on®, Creati nina, Psychoti c – Insane Labz®) foram analisadas. 0.5 g de cada amostra de suplemento foram diluídos em 1000 μL de água deionizada e o teste foi realizado para verifi car resultados falso-positi vos. Em seguida, 100 μL de solução de benzoilecgonina em metanol (10 μg/mL), substância para qual o teste é mais sensível,

foram adicionados a mistura e o teste foi repeti do para verifi cação de resultados falso-negati vos. Das 14 amostras de suplementos testados, nenhum gerou resultado falso-positi vo no teste. No entanto, um deles (Psychoti c – Insane Labz™) apresentou resultado falso-negati vo quando em presença da solução de benzoilecgonina, mesmo após a adição de 300μL dessa solução. Possíveis explicações, para esse resultado divergente dos demais, pode ser a presença de alguma substância que tenha reagido com a benzoilecgonina de forma que a tenha “mascarado” do teste. A não observação de interferência no teste em todos os casos de solução pura de suplemento, e em mais de 90% das amostras forti fi cadas com solução de benzoilecgonina, indica a alta especifi cidade do teste para cocaína, pelo screening de seu metabólito majoritário (benzoilecgonina), sendo os imunoensaios, então, considerados testes de triagem mais específi cos que outros testes de triagem como, por exemplo, ensaios colorimétricos.

REFERÊNCIAS1. QUENTAL, Ana Raquel de Pinho Sousa. Análise toxicológi-ca da cocaína e dos seus metabolitos em contexto forense. 2015. Tese de Doutorado. [sn].2. NUNES, Gilvanda Silva. Métodos imunoquímicos para análise de contaminantes ambientais: conceitos, estado da arte e perspecti vas. Química Nova, v. 28, n. 3, p. 462-471, 2005.

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MORTE POR INALAÇÃO DE GÁS DE REFRIGERAÇÃO R-22: RELATO DE CASO

A�������, A.V.; C������, J.B.; M�������, J.B.; P����, M.D.; P������, F.S.Laboratório de Toxicologia Forense, Departamento de Laboratório Forense, SPTC, PC-ES.

Clorodifl uorometano (R-22) é um alcano fl uorado uti lizado como gás de refrigeração, que em baixas concentrações pode causar efeitos narcóti cos e em altas concentrações, asfi xia. Os sintomas podem incluir perda de mobilidade/consciência e a víti ma pode não perceber uma asfi xia (1). No fi m da tarde do dia 30/05/2016, G.M.N.R., 48 anos, foi encontrado morto dentro da área militar da FAB, no radar meteorológico no município de Santa Teresa – ES, víti ma de provável inalação de gás. No local, a víti ma estava deitada, sem vestes, com uma mangueira de ar introduzida nas vias aéreas e conectada a uma boti ja do gás refrigerante R-22. O corpo foi encaminhado ao Departamento Médico Legal da Polícia Civil – ES. Ao exame externo, foi observada cianose de moderada intensidade abrangendo região facial, cervical e torácica superior de cor violácea e, ao exame interno, foi evidenciado ambos pulmões congestos com presença de hemorragias subpleurais (petéquias) e infi ltrado hemorrágico em parênquima pulmonar (lesões tí picas do processo de asfi xia). Quanto aos exames complementares, foi encaminhado amostras de tecido de cérebro, coração, pulmão e fí gado para exame

histopatológico e amostras de sangue e urina para análise toxicológica. Os resultados histopatológicos indicaram edema nas amostras de cérebro e pulmão. Foi detectada a presença de clorodifl uormetano no sangue (GC-FID/GC-MS) da víti ma e no gás presente na boti ja encontrada ao lado do corpo. Nas demais análises toxicológicas não foram detectadas drogas de abuso, medicamentos e outros voláteis. Foi uti lizado um padrão secundário obti do de uma boti ja de R-22 uti lizada por uma ofi cina de conserto e manutenção de ar condicionado. Considerando os achados anatomopatológicos e da toxicologia, foi possível concluir a causa da morte como asfi xia por inalação de gás clorodifl uormetano- R22. Nos anos 60 e início dos anos 70, os propelentes de alcanos fl uorados eram popularmente uti lizados como substâncias voláteis de uso abusivo (2).

REFERÊNCIAS 1. FISPQ – Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos 2. Barceloux, D. G. Medical Toxicology of Drug Abuse: Syn-thesized Chemicals and Psychoacti ve Plants, 2012.

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OPTIMIZATION OF QUECHERS EXTRACTION FOR GC-MS DETERMINATION OF CANNABINOIDS

IN HUMAN UMBILICAL CORD TISSUE

S����, J.P.1; T������, I.S.1; F��������, R.P.V.2; K����, V.L.J.3; O�������, A.M.S.S.2; Y�������, M.1

1 Department of Clinical and Toxicological Analyses, FCF, University of São Paulo; 2 Department of Obstetrics and Gynecology, FM, University of São Paulo; 3 Centre of Neonatology, FM, University of São Paulo.

Background: Cannabis is the most abused drug among pregnant women and the knowledge about the impact of this drug on fetal and neonatal life is scarce2. Thus, the development of analyti cal and toxicological methods is crucial to prove the exposure of such substances and also to understand the patt erns of its distributi on in maternal-fetal biological matrices, e.g., umbilical cord ti ssue. QuECheRS1 (acronym of Quick, Easy, Cheap, Eff ecti ve, Rugged, Safe) is an innovati ve sample preparati on technique that combines miniaturizati on of bench procedures with simple and fast sample handling. Objecti ve: The work aims to develop a QuECheRS-based sample preparati on method for umbilical cord ti ssue to extract tetrahydrocannabinol (THC), cannabinol (CBN), 11-hydroxy-THC (11-OH-THC) and 11-nor-9-carboxy-THC (THCA), using Gas chromatography - Mass Spectrometry for detecti on. Methods: The opti mizati on was performed by factorial analysis, using the stati sti cal tools such as DOE (Design of Experiment), Main Eff ects Graphics and Response Opti mizer in Minitab® Stati sti cal Soft ware. The absolute areas were used to evaluate the opti mal conditi on. Three eff ects were considered according to their criti cal infl uence on the extracti on yield for all analytes. The eff ects were a) Molarity of the KOH soluti on for the hydrolysis of conjugated analytes (1M, 5M, 10M), b) pH of the buff er 0.1M Sodium Acetate (pH 5, pH 7, pH 9), c) Solvents (ethyl acetate, hexane and acetonitrile). The samples were forti fi ed with 200ng/g

of all analytes. THCA was added in its glucuronide form to monitor the hydrolysis occurrence. Results and Discussion: Overall, 27 combinati ons of experiments were examined in triplicate to determine the opti mal associati on of the eff ects with highest recoveries. The extracti on process was highly infl uenced by the pH eff ect, followed by the solvent and KOH molarity. Conclusion: The opti mal parameters combinati on that favoured maximum recovery of all the targeted analytes was 1M KOH, pH 7 buff er and ethyl acetate. This adapted QuECheRS method is for the fi rst ti me described as a sample preparati on for extracti on and hydrolysis of cannabinoids in a human ti ssue, presenti ng advantages of a simple, fast and reproducible procedure. The method can aid in toxicological studies on in utero exposure to cannabis. Acknowledgements to CAPES Pró-Forenses Auxpe 3419/2014 and FAPESP 2015/15700-3.

REFERENCES1. Anastassiades M, Lehotay SJ, Schenck FJ. Fast and Easy Multi residue Method Employing Acetonitrile Extracti on/Parti ti oning and Dispersive Solid-Phase Extracti on for the Determinati on of Pesti cide Residues in Produce. J AOAC Int. 2003;86(2).2. Richardson KA, Hester AK, McLemore GL. Prenatal can-nabis exposure - The fi rst hit to the endocannabinoid sys-tem. Neurotoxicol Teratol. 2016;58:5-14. doi:10.1016/j.ntt .2016.08.003.

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OPTIMIZED METHOD FOR THE DETERMINATION OF ETHYL PALMITATE IN HAIR USING AUTOMATED HEADSPACE SOLID-PHASE MICROEXTRACTION AND GAS CHROMATOGRAPHY-

MASS SPECTROMETRY (HS-SPME-GC-MS)

B�������, M.F.1,2; L����, L.L.F.1,2; S����, A.C.C.1; H���, R.Z.1; P������, G.P.1,2; L�����, R.1,2

1 Laboratory of Analyti cal Toxicology, Feevale University, Novo Hamburgo, Brazil; 2 Nati onal Insti tute of Forensic Science and Technology (INCT Forense), Brazil.

INTODUCTION: The abusive consumpti on of ethanol is a worldwide public health problem, and its characterizati on is relevant in forensic investi gati ons. Fatt y Acid Ethyl Esters (FAEE) concentrati ons in hair are important biomarkers of chronic use of ethanol. FAEE are secondary metabolites formed from free fat acids, triglycerides, lipoproteins or phospholipids in presence of ethanol. Recently, the determinati on of ethyl palmitate (E16) hair levels instead of FAEE as a marker of chronic ethanol consumpti on was proposed, as E16 appear to be more stable and less suscepti ble to external contaminati on than the sum of FAEE. A hair levels of E16 higher than 0.35 ng mg-1 is considered indicati ve of chronic abusive use of ethanol (consumpti on of 60 g or more of pure ethanol per day over several month)(SOHT 2016). OBJECTIVE: To develop and validate an analyti cal methodology to determinate E16 using headspace solid phase microextracti on coupled to gas chromatography-mass spectrometry (HS-SPME-GC-MS). METHODOLOGY: Hair samples were washed with sodium dodecyl sulphate and N-heptane, before milling. Hair extracti on, before HS-SPME, was evaluated using acetone, methanol:dichlorometane (1:1, v/v) and dimethyl sulfoxide (DMSO):N-heptane (1:4, v/v), at the extracti on ti mes of 0.5, 4 and 15 hours. Aft er solvent evaporati on, the dried extract was recovered with phosphate buff er 0.1M pH 7.6, followed by HS-SPME. Extracti on was performed automati cally with a Triplus autosampler, coupled to a Trace GC and ISQ mass spectrometer, all from Thermo Scienti fi c. The opti mal conditi ons for HS-SPME were selected using Box-Behnken experimental design, with the following parameters: incubati on ti me of 5 to 15 minutes, adsorpti on ti me of 15 to 60 minutes and incubati on temperature of 75 to 95 °C. Linearity was evaluated in the range of 0.05 to 3 ng mg-1. Sensiti vity, precision and accuracy were evaluated. RESULTS: The solvent mixture DMSO:N-heptane was chosen, with overnight incubati on. The opti mal HS-SPME conditi ons were 6 and 60 minutes for incubati on and adsorpti on, respecti vely, and 94 °C for incubati on. The

opti mized HS-SPME conditi ons allowed E16 peak areas approximately 33% higher than previously described (Pragst et al. 2001). Retenti on ti me for E16 was 15.3 minutes with total run ti me of 26 minutes. The assay was linear in the evaluated range, with r higher than 0.99. The lower limit of quanti fi cati on was 0.05 ng mg-

1, with acceptable precision and accuracy. Considering all QC levels, accuracy was 95.15-109.91%, within-assay and between-assay precision were 8.58-12.53% and 6.12-6.82%, respecti vely. CONCLUSION: A method for determinati on of E16, using HS-SPME and CG-MS was developed and validated for use in forensic and clinical cases. The opti mizati on of extracti on conditi ons allowed a response 33% higher than the reference method.

REFERENCES1. Pragst F., Auwaerter V., Sporkert F. et al. (2001) Analysis of fatt y acid ethyl esters in hair as possible markers of chro-nically elevated alcohol consumpti on by headspace solid-phase microextracti on (HS-SPME) and gas chromatography mass spectrometry (GC-MS). Forensic Science Internati onal 121:76–88.2. HASTEDT, M. et al. Workplace alcohol testi ng program by combined use of ethyl glucuronide and fatt y acid ethyl es-ters in hair. Alcohol and Alcoholism, v. 47, n. 2, p. 127–132, 2012.3. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global status report on alcohol and health 2014. Global status report on alcohol, p. 1–392, 2014.4. PRAGST, F.; BALIKOVA, M. A. State of the art in hair analy-sis for detecti on of drug and alcohol abuse. Clinica Chimica Acta, v. 370, n. 1–2, p. 17–49, 2006. 5. PRAGST, F. et al. Combined use of fatt y acid ethyl esters and ethyl glucuronide in hair for diagnosis of alcohol abuse: Interpretati on and advantages. Forensic Science Internati o-nal, v. 196, n. 1–3, p. 101–110, 2010. 6. PRAGST, F. et al. Commentary on current changes of the SoHT 2016 consensus on alcohol markers in hair and further background informati on. Forensic Science Internati onal 278 (2017) 326–333.

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PANORAMA DAS APREENSÕES DE MACONHA (CANNABIS SATIVA) ENCAMINHADAS PARA ANÁLISE NA PERÍCIA FORENSE

DO CEARÁ (PEFOCE), SEDE FORTALEZA, NO ANO DE 2016

S����, F.A.; S�������, V.R.; C������, M.C.L.; A�����, F.S.; M������, M.E.M.L.; I�������, J.R.; M��������, D.P.; H������ J�����, W.P.

Coordenadoria de Análises Laboratoriais Forense -Perícia Forense do Estado do Ceará.

A Cannabis sati va L., popularmente conhecida como maconha, é a droga ilícita mais consumida e trafi cada em todo o mundo, sendo o Δ9-tetrahidrocanabinol (Δ9-THC) a principal substância psicoati va encontrada na maconha, estando associada ao uso abuso da planta. O objeti vo principal do presente trabalho foi realizar um levantamento das amostras de maconha analisadas pelo Núcleo de Toxicologia Forense (NUTOF) da PEFOCE, sede Fortaleza, resultantes de apreensões realizadas pela Polícia Civil do Ceará em 2016. A coleta de dados foi realizada a parti r dos registros do Sistema da PEFOCE de entrada de amostras de maconha, referentes ao ano de 2016. Foram coletadas informações como: data de entrada (mês), requerente (delegacia solicitante) e resultado da análise (positi vo ou negati vo para maconha). Os dados coletados foram agrupados em planilhas eletrônicas do programa Microsoft Offi ce Excel® e posteriormente analisados por meio de tabelas, gráfi cos e estatí sti ca descriti va. De acordo com os dados obti dos, no ano de 2016, foi registrada a entrada de 4.242 amostras de maconha. Após a análise pericial, constatou-se que 4.232 (99,76%) apresentaram resultado positi vo para maconha e 10 (0,23%) apresentaram resultado negati vo. Os meses que apresentaram maior número

de apreensões foram Março, com 446 (10,51%) e Fevereiro, com 439 (10,34%). Esses dados refl etem o aumento do uso recreati vo de maconha devido a datas festi vas comuns nos referidos meses. Levando-se em consideração a delegacia solicitante, realizou-se uma distribuição do número de entradas de maconha por região; e dentre as oito áreas de abrangência da PEFOCE, observou-se que a maior demanda de análises foi resultante de apreensões ocorridas na Capital, Fortaleza, a qual correspondia a 3.338 (78,68%) do total das amostras analisadas. Verifi cou-se ainda que a delegacia responsável pelo maior número de envios de amostras de maconha para análise foi a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), fato que demonstra o grande envolvimento de crianças e adolescentes com essa droga. Os dados analisados demonstraram aspectos relevantes sobre o perfi l das apreensões de maconha no Ceará.

REFERÊNCIA 1. BORILLE, B. T. Caracterização química da planta Cannabis Sati va L. a parti r de sementes apreendidas pela Polícia Fe-deral no Estado do Rio Grande do Sul. 230 f. Tese (Doutora-do)- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Farmácia. Porto Alegre- RS, 2016.

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QUANTIFICAÇÃO DE MINÉRIOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA DO RIO AMAZONAS NO BAIRRO ELESBÃO, SANTANA – AP

C������, F.M.N.1,3; T�����, C.R.1,3; B������, R.M.2,3; S�����, F.B.2,3; G����, M.R.F.1,3

1 Insti tuto Nacional de Ciência e Tecnologia Forense – INCT Forense; 2 Laboratório de Absorção Atômica e Bioprospecção – LAAB; 3Universidade Federal do Amapá – UNIFAP.

O tema principal deste estudo corresponde à quanti fi cação de minérios em amostras de água coletadas em um bairro próximo a um parque industrial de uma mineradora responsável pelo transporte, processamento e armazenamento desses minérios, o presente estudo faz uma comparação direta com um estudo anterior que coletou e analisou as amostras de água da mesma região, porém no período de esti agem. O objeti vo principal é quanti fi car minérios em amostras coletadas em águas do rio amazonas no bairro Elesbão em pontos dentro do bairro e proximos à área industrial, localizados em Santana, no estado do Amapá no período chuvoso. As amostras de água foram coletadas em 10 pontos diferentes do bairro, incluindo os igarapés, a uma profundidade de 20 cm da superfí cie, num volume de um litro (1L) em recipientes plásti cos devidamente identi fi cados e previamente preparados com ácido nítrico. A leitura das concentrações foi feita em triplicata e aproveitada a média das leituras do minérios de Ferro (Fe)(1,6666 mg/L - VR(CONAMA): 0,3 mg/L) e Manganês (Mn)( 0,0169 mg/L - VR(CONAMA): 0,056 mg/L), as análises foram realizadas em espectrofotômetro de absorção atômica de chama, Shimadzu AA6300. Alguns destes resultados já foram apresentados em um trabalho recente onde foram achadas concentrações de Ferro e Manganês signifi cati vas na mesma área, porém

em concentrações menores do que no período de chuvas. Na região do bairro No estado do Amapá são recorrentes os estudos sobre a contaminação das águas do rio amazonas por conta da sua constante ati vidade de mineração e o mau armazenamento dos resíduos de minério, dentre os minérios o ferro e o manganês têm destaque. A defi ciência de Fe pode ocasionar vários efeitos negati vos ao organismo, como anemias, porém o excesso desse minério pode ocasionar problemas na resposta imunológica especifi ca e na resistência de agentes infecciosos, já o Mn em excesso pode causar problemas severos ao sistema nervoso central. A constante avaliação dessa região é necessária para que haja uma melhora na qualidade de vida da população e do meio ambiente do local, assim como o aumento na fi scalização até um padrão aceitável no despejo desses resíduos nos efl uentes do rio Amazonas.

REFERÊNCIAS1. APHA. American Public Health Associati on. Standard me-thods for the examinati on of water and wastewater, 2012; 2. CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente, Reso-lução nº 357, de 17 de março de 2005. Seção 1, p. 58-63; 3. SANTOS, E.C.O, et al. Exposição ao mercúrio e ao arsênio em Estados da Amazônia: Síntese dos estudos do Insti tuto Evandro Chagas/FUNASA, 2003.

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Índice Remissivo de Autores

AAbritt a, V.R.M. – 91Alcântara, T.L.F. – 93Alho, C.S. – 16, 17, 18, 19, 21, 22, 24Almeida, A.A. – 41, 44Almeida, A.F. – 68, 69AlQahtani, S.J. – 63Altafi ni R.M. – 139Alves, B.E.P. – 114Alves, B.R. – 40Amaral, M.E.A. – 76Ambrósio, J.C.L. – 102, 140Andrade, A.F.B. – 114Andrade, L.V.L. – 68, 69Andrade, M.M. – 71Antonialli-Junior, W.F. – 48, 50, 51, 52, 54, 56, 57Antonialli, W.F. – 89, 92

Anzanello, M.J. – 22Aquino, F.S. – 141, 147Aquino, R.L. – 91Arantes, L. – 114Arantes, L.C. – 118, 129Araújo, P.S. – 67, 94, 116Areias, M.C.C. – 110Arruda Filho, A.C.V. – 141Assis, A.M.L. – 99Assis, V.O. – 124Assunção, A.V. – 144Avila, E. – 16, 17Ávila, E.F. – 18, 19Avila, E.F.A. – 21Ávila, M.F.A. – 53Azevedo, L.S. – 108

BBachur, A.C.T. – 62Balsan, J.D. – 88, 98Barbosa-Dekker, A.M. – 71Barcelos Junior, A.E. – 107Barreto, D.N. – 90, 142Barreto, L.O. – 49Barros, V.V.S.S. – 43Basti ani, M.F. – 136, 146Belancieri, M.F. – 79Benedito, L.E.C. – 101Bentes, K.R.S. – 45Berneira, L.M. – 113Bessa, B.G.O. – 49, 55Bezerra, G.N.H. – 68, 69Bezerra, R.M. – 148Bicalho, M.G. – 22Bichinho, K.M. – 116

Bona, B.M. – 74, 75, 77Bonach, R. – 118Bonazzoni, J.B. – 134Borba Junior, G.L.B. – 126Borges, B.S. – 62Borille, B.T. – 87Borovinskaya, O. – 85Botelho, E.D. – 100, 101, 102, 140Braga, J.W.B. – 37, 129Braga, P.C.C.S. – 8, 93Braz, A. – 36, 37, 93, 110Brito, L.R. – 36Brum, A.C.S. – 48, 50, 52, 54, 56, 57Bruni, A.T. – 27, 28, 70, 71, 72, 108, 112, 120, 123, 124,

127, 130, 139Bussmann Filho, I.F. – 126Bütt enbender, S.L. – 134

CCaldas, L.N.B. – 100, 101, 102Camargo, F. A.O. – 87Campos, E.G. – 143Cândido, M.C.L. – 141, 147Cardoso, C. – 89, 92Cardoso, C.A.L. – 50, 51, 52, 56, 57Cardoso, F.M.N. – 148

Cardoso, R.M. – 115Carneiro, C.R. – 105Carratt o, T.M.T. – 14Carreño, N.L.V. – 83Carvalho, A.C.B. – 30Castelli, E.C. – 13, 14Castro, A.S. – 108

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150

Castro, J.S. – 112Castro, S.V.F. – 115Cavalcanti , A.D. – 109, 111, 119, 121Cavalcanti , E.L.D. – 43Cavalheiro, C.P. – 21Chaguri, J.L. – 41Chaves, A.B. – 36Chaves, J.G.M. – 45

Chaves, S.C. – 135Coelho, M.M.M. – 40Coimbra, J.B. – 144Costa, C.V. – 99Costa, L.C.A. – 45Cruz, R.P.A. – 118Cunha, I.O.P. – 74, 75, 77Custódio, M.F. – 129

DDebortoli, G. – 13, 14Dekker, R.F.H. – 71De Rose, N.M. – 87Dias Filho, C.R. – 59

Dias, G.S. – 130Donadi, E.A. – 13, 14Duarte, L.O. – 106

EEulalio, A.D.M.M. – 48, 50, 51, 52, 54, 56, 57

FFacci, R.R. – 28, 29Faria, D.L.A. – 84Felinto, I.L. – 43Felkl, A.B. – 16, 17Fernandes, C.M.S. – 61Fernandes, J.C. – 130Fernandes, R.B.M. – 86Ferrão, M.F. – 87Ferrari Junior, E. – 114Ferreira, B. – 122Ferreira, L.B. – 113

Ferreira, L.S. – 67Fett , M.S. – 87Figueiredo, K.M. – 39Flores, K.S. – 24Fracasso, N.C.A. – 13, 14Francisco, R.P.V. – 145Freitas, A.Z. – 35Freitas, F.A. – 84Freitas, M.M. – 40Freitas, S.C. – 113

GGama, L.I.L.M. – 128Garcia, C.F. – 109, 121Giacomolli, N.J. – 76Giudice, G.H. – 102, 117, 118Godinho, A.F. – 41, 44Gomes, C.S. – 67, 116Gomes, G.V. – 54Gomes, M.R.F. – 68, 69, 148

Gomez, F.M.P. – 80, 81Gonçalves, C.E.I. – 22, 24Gonçalves, M.A.B. – 43Gonzalez, M. – 97González, M. – 87Graebin, P. – 16, 17, 21Guimarães, M.A. – 63

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HHahn, R.Z. – 136, 146Hamanaka, B. – 112Hampel, G. – 140Harada, A.K. – 54

Hatt ori Junior, A.D. – 54Heringer, R.D. – 85Holanda Júnior, W.P. – 147Holtkött er, H. – 59

IIbiapina, J.R. – 147 Ipólito, A.J. – 125

JJacometti , V. – 63Jacques, A.L.B. – 134

Junior, O.S.G. – 67

KKahmann, A. – 22Karlinke, E.S.G. – 80, 81Katayama, J. – 122Katayama, J.M.T. – 125

Kimura, R.Y. – 141Krebs, V.L.J. – 145Kreft a, B.G. – 126

LLacerda Junior, V. – 74, 75, 77Latuf, G.M.O. – 117Leite, M.D. – 33Leite, V.B.P. – 28Lemos, V. – 97Lemos, V.F. – 30Limberger, R.P. – 87, 96, 97, 134Linden, R. – 136, 146Lizot, L.L.F. – 136, 146

Logrado, L.P.L. – 91Lopes, L.S. – 117, 118Lopes, W.R. – 49, 53, 55López, M.B.M. – 84Louzada, L.C. – 23, 31Lucena, M.A.M. – 43Lugon, A.P. – 74, 75, 77Lunas, B. – 89, 92Lunas, B.M.M. – 50, 51, 52, 56, 57

MMacedo, M.L.S. – 117, 118Machado, A.H.L. – 101, 102Machado, A.L.R. – 65Machado, A.M.R. – 119Machado, L.F. – 100, 117, 118Magalhães, D.P. – 141, 147Magalhães, L.O. – 129Malaghini, M. – 20, 22

Malaquias, K.S. – 106Maldaner, A.O. – 100Malheiros, D. – 20Marcorin, L. – 13, 14Marinho, P.A. – 131Mariot, R.F. – 18, 19Mariotti , K.C. – 83, 96Mariott o, L.S. – 27

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Marques, G.L.M. – 137Marques, I.S. – 40Marti ni, A.L. – 93Marti nis, B.S. – 140, 143Marti ns, A.R. – 37Marti ns, M.E.M.L. – 141, 147Matos, R.A. – 61Mauricio, F.G.M. – 91Maynart, V.P.L. – 73Melo, E.B. – 112, 120Mendes-Junior, C.T. – 13, 14, 15Mendes, L.R. – 127Mendez, A.S.L. – 134Mendonça, J.B. – 137, 144Menezes, M.M.T. – 108

Menezes, N.H.M. – 143Merlo, B.B. – 86Messias, J.M. – 71Michelutti , K.B. – 48, 50, 52, 56, 57, 89, 92Miguel, A.L.W.R. – 26Monteiro, H.S. – 68, 69Morais, E.P.G. – 73Moreira, A.C.B. – 121Moreira, R.V. – 84Moura, N.P. – 88, 98Munoz, R.A.A. – 104Muñoz, R.A.A. – 90, 115Murga, F.G. – 116Murga, L.F. – 67

NNakadi, F.V. – 127Nascentes, C.C. – 107, 135Nascimento, S. – 133Negrini Neto, O. – 34, 35

Negrini, O. – 33Nicolodi, C. – 42, 83, 95Nunes, G.C.S. – 45

OOiye, E.N. – 122, 125Okuma, A.A. – 109, 119, 121Oliva, P.H.B. – 125Oliveira, A.F. – 126Oliveira, A.L. – 100, 101Oliveira, A.M.S.S. – 145Oliveira, D.S. – 43

Oliveira, F.C. – 48, 50, 52, 56, 57Oliveira, M.A.S. – 111Oliveira, M.F. – 108, 122, 125Oliveira, M.L.G. – 13, 14Oliveira, P.P. – 26, 46Orti z, R.S. – 30, 87, 96, 97

PPacheco, A.C. – 59Pacheco, B.S. – 42, 83, 95Parabocz, G. – 103Parabocz, G.C. – 138Passos, C.B.C. – 118Patelli, A.C.C. – 108Paula, D.M.L. – 140Paula, M.C. – 48, 50, 51, 52, 54, 56, 57, 89, 92Paula, W.X. – 107Pedersoli, D.C. – 135Pedrina, N.J. – 123Peixoto, A.C.S. – 93Pelição, F.S. – 86, 133, 137, 140, 144Penco, V.S.N. – 46Pereira, A.L.E. – 13, 14Pereira, C.M.P. – 42, 83, 95, 113

Pereira, T.L. – 40Peres, M.D. – 133, 137, 140, 144Pericolo, S. – 103, 138Peruquetti , P.H. – 72Peteffi , G.P. – 146Petzl-Erler, M.L. – 20Pimentel, M.F. – 36, 93Pinheiro, F.A.S.D. – 67, 116Pinheiro, M.E. – 43Piovesan, S. – 126Pissinate, J. – 86Pissinate, J.F. – 140Poletti , T. – 42, 83, 95Polizeli, M.L.T.M. – 71Prestes, M.L.D.A.P. – 45

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RRamos, M.F. – 87Ramos, S.A. – 138Ranville, J.F. – 85Recalde, T.S.F. – 65Reginaldo, L.S. – 48, 50, 54Reis, V.E.N. – 70Ribeiro, A.S. – 99, 128Ribeiro, L.O.P. – 18, 19Ribeiro, M.F.M. – 122, 125Ribeiro, M.M.A.C. – 90Ribes, B.S.C. – 40Richter, E.M. – 90, 104, 115

Rissato, I.B. – 48, 54, 56Roca, M.G. – 59Rocha, R.G. – 104Rocha, T.L. – 55Rodenbusch, R. – 21Rodrigo, A.A. – 90Rodrigues, C.H.P. – 28, 108, 120, 124, 127, 130Romano, F.B. – 63Romão, W. – 74, 75, 77Rosa, B.N. – 42, 83, 95Rosário, M.M.T. – 20

SSabbag, L.R. – 20Salazar, F.R. – 134Sandrim, V.C. – 41, 44Santana, E.S. – 117, 118Santana, M.H.P. – 104Santi ago, V.R. – 141, 147Santos, A.C.S. – 28Santos, C.M.M. – 40, 88, 98Santos, M.A.Z. – 113Santos, M.K. – 87, 96, 97Santos, M.M.S. – 73Sarges, F.B. – 148Sarkis, J.E.S. – 33, 34, 35Sawitzki, F.R. – 22Schwender, K. – 59Segura, P.A. – 94Serra, M.C. – 61Serrano, J.N.P. – 100, 101Silva, A.B.C. – 15Silva, A.C.C. – 136, 146Silva, B.M. – 49Silva, C.A.J. – 94Silva, C.C. – 42, 83, 95Silva, C.S. – 8, 93, 105Silva, D.S.B.S. – 22Silva, E.F.A. – 22, 24Silva, F.I. – 41, 44Silva, G.V. – 14Silva, I.R.C. – 118Silva, J.P. – 145Silva, L.P. – 110Silva, N.G. – 109

Silva, R.C. – 128Silva, R.H.A. – 62, 63, 64, 65Silva, S.G. – 90, 142Silva, W.P. – 104Silveira, C.I. – 40Simões, A.L. – 13, 14Siqueira, A.N. – 33Siqueira, D.S. – 29Soares, A.K. – 107Soares, A.L. – 84Soares, J.C. – 138Soares, M.F. – 80, 81Soares, M.P. – 40Soares, T.C.L. – 88, 98Soares, W.M.G. – 99Sousa, A.M.S. – 63Sousa, F.A. – 141, 147Sousa, R.M.F. – 142Sousa, S.P. – 61, 64, 65Souza, D.F. – 48, 54, 57Souza, F.D.N. – 14Souza Filho, J.D. – 111Souza Junior, L.P.S. – 45Souza, L.A.A. – 111, 119Souza, M.P. – 100, 101, 102, 103, 118Souza, R.H. – 45Souza, R.M. – 117, 118Souza, S.R.S.C. – 117, 118Spadrezano, I. – 34Stadler, C. – 59Sudo, J.T.C. – 90, 142

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TTalhavini, M. – 37Tavares, I.S. – 145Tavares, M.F.M. – 84

Teixeira, F.B. – 29Telles, C.R. – 148Toyoshima, H.T.G. – 79

VValle-Silva, G. – 13Veiga, M.A.M.S. – 71, 127Velho, J.A. – 28, 70, 71, 127Velloso, A.P.S. – 39Vennemann, M. – 59

Ventura, R.M. – 39Vieira, A.A. – 137Vieira, K.C. – 126Vieira, M.L. – 100, 102

WWeber, I.T. – 43, 91, 105Wiegand, M.M. – 40

Winkel, K.T. – 113

YYonamine, M. – 145

ZZacca, J.J. – 100, 101, 102 Zampieri, M.C.T. – 34

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