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Livro de Resumos

1ª Edição Disponível em: www.inib.com.br/eventos/srb3/download.php

Diagramação: Gesoaldo Oliveira Guimarães Comissão Científica:

Profa. Dra. Andréa Mendonça Gusmão Cunha - EBMSP/ FIOCRUZ-BA Prof. Dr. Luis Carlos Junior Alcântara - FIOCRUZ-BA Prof. Dr. Penildon Silva - UFBA-BA Profa. Dra. Samira Abdallah Hanna - UFBA-BA Presidente:

Profa. Dra. Nilse Querino

 

Sumário AVALIAÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE DE CANDIDA SPP. AO ANTIFÚNGICO ANFOTERICINA B ........................................................................................................................... 6 

 

OTITE EXTERNA DE CÃES (CANIS FAMLILIARIS): ANÁLISE MICROBIOLÓGICA E ANTIBIOGRAMA ............................................................................................................................ 7 

 

PERFIL ANTIMICROBIANO DE BACTÉRIAS ISOLADAS DE AVESTRUZES (STRUTHIO CAMELUS) EM CRIADOUROS DOS ESTADOS DO RIO DE JANEIRO E ESPÍRITO SANTO .. 8 

 

PREVALÊNCIA E SENSIBILIDADE DE ESTAFILOCOCOS A DROGAS EM COMUNIDADES CARENTES NO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ. ......................................... 9 

 

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE FUNGOS MACROSCÓPICOS DA REGIÃO DO       SEMI‐ÁRIDO .................................................................................................................................. 10 

 

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS DE HYPTIS PLATANIFOLIA ........................ 11 

 

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE MÉIS DE ABELHAS SEM FERRÃO DO ESTADO DA BAHIA ............................................................................................................................................. 12 

 

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE ESPÉCIES DE PLANTAS DA AMAZÔNIA: GUATTERIA POEPPIGIANA (ANONACEAE); RENEALMIA SP. (ZINGIBERACEAE); SIPARUNA GUIANENSIS (MONIMIACAE); MYRCIARIA TENELLA E CALYCOLPUS GOETHEANUS (MYRTACEAE); PHILODENDRON IMBE (ARACEAE); VIROLA CALOPHYLLA (MYRISTICACEAE) E PIPER HISPIDUM (PIPERACEAE). .................. 13 

 

PERFIL ANTIMICROBIANO DE CORYNEBACTERIUM SPP. ISOLADAS A PARTIR DE CASOS DE INFECÇÃO URINÁRIA DE CÃES E GATOS .............................................................. 14 

 

ISOLAMENTO DE ENTEROCOCCUS SP.  MULTIRESISTENTES A ANTIMICROBIANOS, DE CÃES E GATOS ............................................................................................................................... 15 

 

AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE CONTAMINANTES FECAIS E SUA SUSCETIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS EM LAGOA DO MUNICÍPIO DE RIO DAS OSTRAS ............................. 16 

 

CIPROFLOXACINA: AVALIAÇÃO DE SUA RESISTÊNCIA FRENTE A ESCHERICHIA COLI EM UROCULTURAS DE TRÊS LABORATÓRIOS CLÍNICOS DE ARACAJU‐SE ............................... 17 

 

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE LIPPIA THYMOIDES ........................................................ 18 

 

DETECÇÃO DE STAPHYLOCOCCUS SPP. RESISTENTE A ANTIBIÓTICOS EM HOSPITAL MATERNO‐INFANTIL DE VITÓRIA DA CONQUISTA ‐ BA ...................................................... 19 

 

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE ESPÉCIES DO GÊNERO MARCETIA (MELASTOMATACEAE) ................................................................................................................ 20 

 

DETECÇÃO E MONITORIZAÇÃO DA INFECÇÃO ATIVA POR HERPESVÍRUS HUMANO HHV‐5, HHV‐6 E HHV‐7 EM TRANSPLANTADOS DE FÍGADO .............................................. 21 

 

CMV, HHV‐6 AND HHV‐7 IN ADULT LIVER TRANSPLANT RECIPIENTS: DIAGNOSIS BASEAD ON ANTIGENEMIA ....................................................................................................... 22 

 

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS E FLORES DE HYPTIS PLATANIFOLIA ......................................................................... 23 

 

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS METANÓLICOS DE MYRCIA CUPREA (MYRTACEAE) E ANAXAGOREA DOLICHOCARPA (ANNONACEAE) .... 24 

 

PERFIL DE RESISTÊNCIA DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA ISOLADAS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE UM HOSPITAL DE DOURADOS/MS ......................... 25 

 

RESISTÊNCIA DE SALMONELLA SP ISOLADAS EM UM AMBIENTE DE CRIAÇÃO DE FRANGO DE CORTE EM DOURADOS/MS ................................................................................ 26 

 

 

ESTUDO DE ADESÃO, COLONIZAÇÃO E RESISTÊNCIA BACTERIANA NAS FORMIGAS COLETADAS DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE ILHÉUS ............................................................. 27 

 

HIGH WIDESPREAD OF CLASS 2 INTEGRON AMONG A. BAUMANNII (AB) CLINICAL ISOLATES FROM ARGENTINA AND CHILE. .............................................................................. 28 

 

EMERGENCE OF QNRB10 ASSOCIATED COMPLEX CLASS 1 INTEGRONS AMONG CLINICAL ENTEROBACTERIAL ISOLATES FROM ARGENTINA. ............................................. 29 

 

UTILIZAÇÃO DA ANTIGENEMIA QUANTITATIVA NA MONITORAÇÃO DA INFECÇÃO ATIVA PELO CITOMEGALOVÍRUS (CMV) NO PÓS‐TRANSPLANTE HEPÁTICO .................. 30 

 

DIAGNÓSTICO MOLECULAR DO HERPESVÍRUS HUMANO 8 (HHV‐8) EM PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE HEPÁTICO NO ESTADO DA BAHIA. ............................... 31 

 

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO PELO MÉTODO DA BIOAUTOGRAFIA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE ESPÉCIES DA AMAZÔNIA, BRASIL. ......... 32 

III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

AVALIAÇÃO DA SUSCEPTIBILIDADE DE Candida spp. AO ANTIFÚNGICO ANFOTERICINA B

OLIVEIRA G. S. A.*, SOUSA Z. L., ANDRIOLI J. L. Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC - Ilhéus - BA

([email protected]) INTRODUÇÃO: A candidíase vulvovaginal é uma doença que acomete grande parte das mulheres ao longo da vida, sendo que uma parte destas possui constantes recorrências. Isso pode ser devido à espécie causadora da infecção, condições debilitantes do hospedeiro ou a falhas terapêuticas. A anfotericina B é um antifúngico de amplo espectro e sua administração não tem sido associada a episódios de resistência, embora seu uso não seja bem aceito em tratamentos para essa vulvovaginite em decorrência de sua elevada toxicidade e reações adversas apresentadas. OBJETIVO: Avaliar o perfil de susceptibilidade in vitro de leveduras Candida spp. frente à anfotericina B. MÉTODOS: O teste foi realizado pelo método de microdiluição em caldo pela Norma M27-A2, proposta pelo National Committee for Clinical Laboratory Standards – NCCLS em 101 isolados provenientes da região vulvovaginal, sendo 45 Candida tropicalis, 44 C. albicans e 12 C. krusei. RESULTADOS: Dos 45 isolados de C. tropicalis, 100% (n=45) apresentaram-se sensíveis. Os 44 de C. albicans também mostraram 100% (n=44) de sensibilidade. Dentre as 12 leveduras C. krusei, 91.7% (n=11) foram sensíveis e 8.3% (n=1) exibiram sensibilidade intermediária. CONCLUSÃO: De modo geral, os testes in vitro confirmaram ser a anfotericina B um antifúngico eficaz, entretanto por tratar-se de uma droga de amplo espectro, seu uso deve ser evitado para tratamento de candidíase vulvovaginal. APOIO FINANCEIRO: UESC e FAPESB

Livro de Resumos                                                                                                                                Página 6 de 32 

III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

OTITE EXTERNA DE CÃES (Canis famliliaris): ANÁLISE MICROBIOLÓGICA E ANTIBIOGRAMA

JUNIOR A. B. S.1, CASSEB L. M. N.2, VIEIRA C. M. A. 3, MOREIRA V. M. T. S.3*, CASSEB, A. R.3

1,3Universidade Federal Rural da Amazônia - Belém - Pará

2Instituto Evandro Chagas - Belém - Pará ([email protected])

INTRODUÇÃO: Otite externa é uma inflamação aguda ou crônica do epitélio do meato auditivo externo, às vezes envolvendo a pina ou pavilhão auricular. OBJETIVOS: Pesquisar os principais agentes microbianos que podem causar otite externa canina, assim como verificar a sensibilidade in vitro dos agentes microbianos à antimicrobianos, normalmente utilizados em otites caninas. Avaliando assim o padrão de eficácia in vitro de 15 fármacos antimicrobianos. MÉTODOS: 57 amostras de secreções otológicas provenientes de 39 cães foram coletadas assepticamente dos animais que apresentavam sinais clínicos de otite. As amostras foram semeadas em meio de Agar sangue de carneiro a 5%, Ágar Mackonkey, Ágar sabouraud, caldo cérebro-coração e incubados a 37°C. As espécies microbianas foram identificadas com base na morfologia de colônia, coloração pelo método de Gram, produção de pigmento, e prova bioquímica. RESULTADOS: Foram isolados cocos Gram positivos: Staphylococcus spp (37.8%), Streptococcus spp (12.2%); bacilos Gram positivos: Bacillus spp (7.32%); enterobacterias: Proteus spp (10.98%), Escherichia coli (3.66%) e Klebsiella spp (1.22%); bacilos Gram negativos não fermentadores: Pseudomonas aeruginosas (17.07%) e bacilos não identificados (9.76%); leveduras (13.68%): Candida albicans (84.62%) e Malassezia pachydermatis (15.38%). A susceptibilidade a antimicrobianos foi avaliada pelo método de difusão em Agar. Gentamicina (68.6%), Norfloxacina (61.11%), Enrofloxacina (58.33%), Amicacina (54.17%), Estreptomicina (48.61%), Tetraciclina (29.17%), Ciprofloxacina (27.78%), Cloranfenicol (25,00%), Cefalexina (23.61%), Florfenicol (18.06%), Ceftriaxona (12.50%), Cefalotina (11.11%), Sulfonamidas (5.56%), Penicilina G (2.78%) e Ácido Nalidíxico (1.39%). CONCLUSÃO: Os cocos Gram positivos foram os mais prevalentes (Staphylococcus spp). As amostras bacterianas causadoras de otite externa nos cães estudados são multirresistentes

Livro de Resumos                                                                                                                                Página 7 de 32 

III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

PERFIL ANTIMICROBIANO DE BACTÉRIAS ISOLADAS DE AVESTRUZES (Struthio camelus) EM CRIADOUROS DOS ESTADOS

DO RIO DE JANEIRO E ESPÍRITO SANTO TOBIAS F. L.1,2*, VIEIRA-DA-MOTTA O.2, BROM-DE-LUNA J. G.2,

GARCIA, L. N. N.2, LEMOS M.3

1Centro Universitário Vila Velha- UVV- Vila Velha - ES 2Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF- Campos dos

Goytacazes - RJ. 3Universidade do Grande Rio - UNIGRANRIO - RJ. ([email protected])

INTRODUÇÃO: O Brasil tem se revelado como um dos países com grande potencial na criação de avestruzes (Struthio camelus). Bactérias que fazem parte da microbiota das avestruzes podem ser fonte de contaminação e ocasionar patologias graves nas aves e em humanos. OBJETIVOS: Avaliar o perfil de sensibilidade a antimicrobianos as bactérias presentes nas fezes de avestruzes de criadouros localizados em municípios dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. MÉTODOS: Foram avaliados 58 aves de um plantel de aproximadamente 500 matrizes. As amostras colhidas foram submetidas ao sistema de identificação com o kit da bioMérieux. Após identificadas, foram submetidas a um painel de antimicrobianos segundo Kirby-Bauer contendo 11 drogas para bactérias Gram-positivas e 11 drogas para bactérias Gram-negativas. RESULTADOS: Foram identificadas bactérias Gram-negativas como: Enterobacter cloaclae, Escherichia coli, Eschirichia fergusoni e Klebsiela pneumoniae pneumoniae, Proteus miriabilis e Pseudomonas spp.. As bactérias Gram-positivas encontradas foram: Enterococcus spp., Staphylococcus spp. e Corynebacterium spp. As cepas de E. coli apresentaram um padrão de resistência frente a oito drogas, ciprofloxacina, tobramicina, sulfazotrin, tetraciclina, gentamicina, enrofloxacina, cloranfenicol e ampicilina. As cepas de Enterobacter cloacae apresentaram um padrão de resistência frente a três drogas, cefalotina, cefoxitina e sulfazotrin. As cepas de Klebsiela pneumoniae, uma apresentou resistência a ciprofloxacina. As cepas de Escherichia fergusonii, Proteus miriabilis e Pseudomonas spp. não apresentaram resistência as drogas testadas. CONCLUSÃO: Os achados revelam a existência de bactérias resistentes a drogas utilizadas tanto em animais quanto em humanos e reforçam a necessidade de procedimentos que visem o controle destes microrganismos. APOIO FINANCEIRO: Centro Universitário Vila Velha- UVV, Fundação Estadual do Norte Fluminense e Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro.

Livro de Resumos                                                                                                                                Página 8 de 32 

III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

PREVALÊNCIA E SENSIBILIDADE DE ESTAFILOCOCOS A DROGAS EM COMUNIDADES CARENTES NO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS

GOYTACAZES/ RJ. PONTES L. A. E.2, SANTOS S. R.2, SANTORO P. N.2, PARENTE C. E.

S. R.2, TOBIAS F. L.1,2*, VIEIRA-DA-MOTTA O.2 1Centro Universitário Vila Velha - UVV - Vila Velha - ES

2Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF - Campos dos Goytacazes - RJ.

([email protected]) INTRODUÇÃO: O gênero Staphylococcus é ubíquo e encontrado de amostras diversas e isolados de superfícies ambientais, humanas e animais. OBJETIVOS: Verificar o índice de resistência de cepas estafilocócicas frente as drogas testadas. MÉTODOS: Um estudo (2006/2007) foi realizado em três comunidades carentes de Campos dos Goytacazes-RJ, coletando-se 104 amostras de animais domésticos, com o auxílio de swab microbiológico. As amostras foram inoculadas em caldo BHI com 7,5% de NaCl, cultivadas em ágar sangue, incubadas a 37°C/24 horas, com caracterização morfotintorial pelo Gram. Testes bioquímicos específicos identificaram Staphylococcus sp. O perfil de resistência/sensibilidade foi testado contra doze drogas em discos pela técnica de difusão em ágar Muller Hinton. RESULTADOS: As bactérias apresentaram perfil sensível (S), resistente (R) ou intermediário (I) a várias drogas. Amoxicilina (S- 67,30%/ I - 9,62%/ R - 23.07%), Clindamicina (S - 86,54%/ R - 13,46%), Penicilina G (S - 47,20% / R - 52,80%), Oxacilina (S - 95,20% / I - 0,95% / R - 3,85%%), tetraciclina (S - 96,15% / R - 3,85), Ampicilina (S - 64,42% / I - 11,53% / R - 24,05%), Eritromicina (S - 76,9% / I - 8,6% / R - 14,5%), Sulfazotrim (S - 96,15% / I - 3,85%), Gentamicina (S - 94,23% / I - 3,85% / R - 1,92%%), Cefoxitina (S - 85,60% / I - 10,57% / R - 3,83%) e Cefalotina e vancomicina (S - 100%). CONCLUSÃO: Com o perfil das bactérias frente aos diversos antibióticos podemos inferir que há riscos para as comunidades estudadas.

Livro de Resumos                                                                                                                                Página 9 de 32 

III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE FUNGOS MACROSCÓPICOS DA REGIÃO DO SEMI-ÁRIDO

PINTO F. P.1*, UETANABARO A. P. T.2, GÓES-NETO A.1, MENDES C. C.1, LUCCHESE A. M.1

1Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, Bahia. 2Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia.

([email protected]) INTRODUÇÃO: Os fungos macroscópicos, ou basidiomicetos, contêm quantidades significativas de substâncias biologicamente ativas a exemplo das substâncias antimicrobianas. Estas são capazes de inibir o desenvolvimento de bactérias, actinobactérias e outros fungos do seu microhabitat, fato que revela o enorme potencial dos basidiomicetos como uma fonte de novas substâncias antimicrobianas e, conseqüentemente, novas classes de antibióticos que poderão solucionar o problema atual da resistência microbiana. OBJETIVO: Investigar a atividade antimicrobiana de fungos macroscópicos de ocorrência no semi-árido. MÉTODOS: Os basidiomas de três espécies de macrofungos foram coletados no semi-árido, identificados no Laboratório de Pesquisa em Microbiologia (LAPEM) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e processados no Laboratório de Química de Produtos Naturais e Bioativos (LAPRON/UEFS). Os extratos metanólicos obtidos foram submetidos ao teste de atividade antimicrobiana no LAPEM através da determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) frente a Staphylococcus aureus, Bacillus cereus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Candida albicans e Candida parapsilosis, utilizando a técnica da microdiluição. RESULTADOS: Os extratos de Hexagonia variegata, Phellinus rimosus e Pycnoporus sanguineus inibiram o crescimento microbiano em extensões variadas e, para cada espécie, pelo menos quatro resultados foram representativos. A bactéria e a levedura mais suscetíveis foram B. cereus e C. parapsilosis e o extrato de P. rimosus foi o que apresentou melhor atividade antibacteriana e antifúngica. CONCLUSÃO: Os dados obtidos confirmam informações existentes na literatura relativas à ação antimicrobiana de compostos oriundos de basidiomicetos e apontam as três espécies ensaiadas como alvo de um futuro isolamento e identificação de substâncias bioativas. APOIO FINANCEIRO: PPBio/CNPq, IMSEAR/CNPq

Livro de Resumos                                                                                                                                Página 10 de 32 

III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS DE Hyptis platanifolia PINTO R. P.1*, NOBRE I. K. C.1, LUCCHESE A. M.1, QUEIROZ L. P.1,

UETANABARO A. P. T.2, MENDES C. C.1 1Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, Bahia.

2Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia. ([email protected])

INTRODUÇÃO: O gênero Hyptis (Labiatae) é rico em espécies de grande importância etnofarmacológica. Estudos mostram a ocorrência de espécies contendo compostos com atividade antiinflamatória, antiviral e, principalmente, antibacteriana e antifúngica, revelando o gênero Hyptis como uma possível fonte de novos antimicrobianos. OBJETIVO: Avaliar a atividade antimicrobiana de extratos de Hyptis platanifolia de ocorrência no semi-árido. MÉTODOS: Os espécimes foram coletados no campus da Universidade Estadual de Feira de Santana. As partes vegetais foram separadas, secas a temperatura ambiente e pulverizadas. Os extratos foram preparados por maceração em metanol e por partição líquido-líquido com solventes de diferentes polaridades. A atividade antimicrobiana foi avaliada frente a Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Candida albicans, Candida parapsilosis e duas cepas de Staphylococcus aureus. Foram realizados testes de difusão em disco e dez extratos foram submetidos ao teste de determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM). RESULTADOS: Todos os extratos foram ativos contra pelo menos um microrganismo testado. As bactérias Gram-positivas e as leveduras foram mais sensíveis a um número maior de extratos que as bactérias Gram-negativas, sendo Candida parapsilosis o microrganismo mais susceptível aos extratos. As frações em hexano e diclorometano de folhas apresentaram maior atividade contra as leveduras. Oito extratos foram ativos contra pelo menos uma bactéria Gram-negativa, destacando-se o extrato acetato de etila de folhas com a melhor atividade contra Escherichia coli (CIM 0,658 mg.mL-1). CONCLUSÃO: Os resultados indicam que Hyptis platanifolia é uma fonte potencial de antimicrobianos e estudos posteriores de caracterização química poderão levar à identificação dos compostos bioativos. APOIO FINANCEIRO: Fapesb, IMSEAR/CNPq, Renorbio/CNPq

Livro de Resumos                                                                                                                                Página 11 de 32 

III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE MÉIS DE ABELHAS SEM FERRÃO DO ESTADO DA BAHIA

MERCÊS M. D.1*, PERALTA E. D.1, MENDES C. C.1, UETANABARO A. P. T.2, LUCCHESE A. M.1

1Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, Bahia.

2Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia. ([email protected])

INTRODUÇÃO: Méis de abelhas sem ferrão são utilizados na medicina popular por suas propriedades antimicrobianas e cicatrizantes. Microrganismos resistentes à terapêutica convencional têm aumentado a procura de antimicrobianos alternativos, embora estudos das propriedades biológicas de méis dessas abelhas ainda sejam escassos. OBJETIVO: Verificar a atividade antimicrobiana de méis de abelhas sem ferrão do estado da Bahia. MÉTODOS: Sete amostras de méis de abelhas sem ferrão das espécies Melipona asilvai, Frieseomelitta doederlein, Melipona quadrifasciata anthidioides, Tetragonisca angustula e Plebeia sp foram avaliadas pelo teste de difusão em poço frente as bactérias Staphylococcus aureus CCMB262, Pseudomonas aeruginosa CCMB268, Escherichia coli CCMB261 e a levedura Candida albicans CCMB266. Posteriormente as amostras foram submetidas ao teste de concentração inibitória mínima (CIM) frente a E. coli e S. aureus, 03 amostras frente a P. aeruginosa e 02 amostras frente a C. albicans e comparadas a padrões de antibióticos segundo o NCCLS. RESULTADOS: No teste de difusão em poço S. aureus foi sensível a todas as amostras e E.coli a três amostras. As amostras estudadas no teste de CIM mostraram-se ativas em impedir o crescimento das bactérias e uma amostra foi eficaz contra C.albicans. CONCLUSÃO: Os resultados indicam que méis de abelhas sem ferrão do Estado da Bahia apresentam ação antimicrobiana, apontando para a validação do uso popular como medicamento. APOIO FINANCEIRO: Fapesb, IMSEAR/CNPq.

Livro de Resumos                                                                                                                                Página 12 de 32 

III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE ESPÉCIES DE PLANTAS DA AMAZÔNIA: GUATTERIA POEPPIGIANA (anonaceae); RENEALMIA SP. (zingiberaceae); SIPARUNA

GUIANENSIS (monimiacae); MYRCIARIA TENELLA E CALYCOLPUS GOETHEANUS (myrtaceae); PHILODENDRON IMBE (araceae);

VIROLA CALOPHYLLA (myristicaceae) E PIPER HISPIDUM (piperaceae).

SANTANA. M. L.1*, CONÇEIÇÃO T.1, PONZZES C. M. P. B. S.1, SILVA N. A.1, OLIVEIRA B. M.1, GONÇALVES. C.1, GONÇALVES. J.1,

UETANABARO A. P. T.2, GADÉA S.3, ZOGBI M. G.1,4 1Pós-graduandos em Biotecnologia, Universidade Estadual de Feira de Santana (PPGBiotec) - UEFS - BA 2Programa de Pós-graduação em Biotecnologia, UEFS/FIOCRUZ-BA. 3Bióloga - UEFS - BA 4,1Museu

Paraense Emílio Goeldi, Belém, PA. ([email protected])

INTRODUÇÃO: Óleos essenciais são originados no metabolismo secundário de plantas e contêm uma mistura de compostos complexos que podem ser estudados com diversas finalidades, incluindo a terapêutica. A imensa biodiversidade vegetal da região amazônica nos apresenta significantes desafios relacionados à sua intrínseca complexidade, possibilitando o uso de seus recursos como alternativa para produção de produtos de elevado valor sócio-econômico, tendo como cadeias potenciais os óleos essenciais, plantas medicinais, frutas tropicais e pescado. Com destaque para os óleos essenciais, que possuem diversas aplicações nas indústrias alimentícias, farmacêuticas e em indústrias de cosméticos e de perfumes. OBJETIVO: O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana de óleos essenciais de espécies de plantas da Amazônia: Guatteria poeppigiana, Renealmia sp., Siparuna guianensis, Myrciaria tenella, Calycolpus goetheanus, Philodendron imbe, Virola colophylla e Piper sp., frente às linhagens das bactérias Escherichia coli CCMB261 e Staphylococcus aureus CCMB262 e contra a levedura Candida albicans CCMB286. METODOLOGIA: A atividade antimicrobiana dos óleos essenciais foi avaliada através da técnica de bioautografia. RESULTADOS E CONCLUSÕES: Os resultados obtidos demonstraram que todos os óleos apresentaram bioatividade contra S. aureus e apenas às especies Guatteria poeppigiana, Calycolpus goetheanus, Myrciaria tenella, Siparuna guianensis nas condições testadas, apresentaram atividade contra E. coli e C. albicans.

Livro de Resumos                                                                                                                                Página 13 de 32 

III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

PERFIL ANTIMICROBIANO DE Corynebacterium spp. ISOLADAS A PARTIR DE CASOS DE INFECÇÃO URINÁRIA DE CÃES E GATOS

MOTTIN V. D.*, SCARTEZZINI M., VOGT F. I., OLIVEIRA S. J. Universidade Luterana do Brasil, Canoas, Rio Grande do Sul

([email protected])

INTRODUÇÃO: O gênero Corynebacterium constitui-se em 93 espécies e 11 subespécies constituindo-se de células pleomórficas, Gram-positivas, imóveis e não esporuladas. A importância deste gênero em infecções genito-urinárias é reconhecida, sendo a resistência a antimicrobianos um fator preocupante entre os clínicos de pequenos animais. O grupo C. renale, geralmente associado a infecções urinárias, é sensível à penicilina, estreptomicina, canamicina, eritromicina e polimixina B. C. renale e o C. cystitidis são sensíveis à tetraciclina (10 µg/mL) enquanto que o C. pilosum é resistente a esta concentração. MATERIAIS E MÉTODOS: amostras de urina de pacientes do Hospital Veterinário da Ulbra foram enviadas ao Laboratório de Bacteriologia e Micologia a fim de se isolar e identificar patógenos. Todas as amostras foram submetidas a exames bacteriológicos. Após a identificação das cepas bacterianas, procedeu-se ao teste de suscetibilidade a antimicrobianos amplamente utilizados em medicina veterinária. RESULTADOS: de janeiro a agosto de 2008 foram enviadas ao Laboratório de Bacteriologia e Micologia do Hospital Veterinário da Ulbra, 118 amostras de urina de pacientes com prováveis afecções no trato urinário. Destes, 11 (9,32%) amostras de Corynebacterium sp. foram isoladas, sendo 10 amostras provenientes de felinos, identificas e submetidas ao teste de suscetibilidade antimicrobiana. 100% das amostras foram resistentes a amoxicilina, amoxicilina + ácido clavulânico, amicacina, azitromicina, ciprofloxacina, gentamicina, penicilina G, neomicina, cefaclor, tobramicina, ceftazidima e cefoxitina. 90,9% dos isolados foram resistentes a cefalexina e 100% foram sensíveis a polimixina B e doxiciclina. CONCLUSÕES: com estes resultados observa-se uma grande resistência de Corynebacterium sp. a antimicrobianos comumente utilizados em Medicina Veterinária, explicando casos de infecções urinárias de difícil tratamento.

Livro de Resumos                                                                                                                                Página 14 de 32 

III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

ISOLAMENTO DE Enterococcus sp. MULTIRESISTENTES A ANTIMICROBIANOS, DE CÃES E GATOS

MOTTIN V. D., SCARTEZZINI M.*, VOGT F. I., OLIVEIRA S. J. Universidade Luterana do Brasil, Canoas, Rio Grande do Sul

([email protected]) INTRODUÇÃO: o gênero Enterococcus é representado por cocos gram-positivos, geralmente vistos aos pares ou em cadeias curtas, divididos em nove espécies, sendo E. faecalis e E. faecium os responsáveis pela maioria das infecções. Estes microrganismos sobrevivem e multiplicam-se no solo, água, em insetos e nos alimentos, fazendo parte da microbiota do aparelho gastrintestinal e urinário dos animais e do homem. São organismos muito resistentes, podendo multiplicar em presença de 6.5% de NaCl e não são inibidos pelo antimicrobiano penicilina G. Conseqüentemente, uma combinação sinergística de penicilina e um aminoglicosídeo é necessária para inativação dos enterococos. A vancomicina também pode ser empregada, mas os enterococos resistentes a esta têm emergido e tornaram-se importantes e temidos causadores de infecções nosocomiais. MATERIAIS E MÉTODOS: amostras coletadas de pacientes atendidos no Hospital Veterinário (HV) da Ulbra, Canoas, foram enviados ao Laboratório de Bacteriologia e Micologia do HV e analisados por meio de técnicas microbiológicas já padronizadas. Após o isolamento e identificação das colônias bacterianas, foi realizado o teste de sensibilidade a antimicrobianos, pela técnica de difusão em ágar. RESULTADOS: do total de 621 amostras de pacientes analisadas entre janeiro e agosto de 2008, 32 (5,15%) revelaram a presença de Enterococcus sp. Verificou-se que 100% das amostras foram resistentes a mais de um antimicrobiano. Dentre os antimicrobianos testados, observou-se a maior resistência dos isolados à tobramicina (96,87%), seguida de cefoxitina, cefaclor, neomicina, doxiciclina e cefalexina (93,75%), utilizados com freqüência na clínica veterinária. CONCLUSÃO: os resultados contribuem para o uso de antimicrobianos em infecções por Enterococcus spp em animais.

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE CONTAMINANTES FECAIS E SUA SUSCETIBILIDADE A ANTIMICROBIANOS EM LAGOA DO

MUNICÍPIO DE RIO DAS OSTRAS OLIVEIRA R. A.*, LUCENA M. L. S., MALHEIROS B.,

CARVALHO C. A. CARVALHO. Universidade Federal Fluminense, Pólo Universitário de Rio das Ostras

([email protected])

INTRODUÇÃO: Águas destinadas a recreação não devem oferecer riscos à população. Porém, diversas atividades humanas podem levar à contaminação de lagoas, introduzindo agentes nocivos à saúde humana, como bactérias patogënicas resistentes a drogas antimicrobianas. A poluição resultante é muitas vezes devida à presença de efluentes domésticos, de serviços de saúde, ou ainda, contaminação freática. OBJETIVOS: Neste estudo, visamos avaliar a presença de contaminantes fecais na Lagoa do Iriri, e determinar-lhes a suscetibilidade às drogas constantes da lista do Sistema de Monitoramento para Resistência Microbiana/ANVISA-CURAREM. MÉTODOS: Foram analisadas amostras de água obtidas de quatro diferentes setores da Lagoa, em dois momentos, utilizando kits comerciais (Aquatest®), para detecção e quantificação de coliformes fecais e totais, obedecendo às normas aprovadas pelo Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. Nas amostras positivas procedeu-se o isolamento seletivo de bactérias resistentes a cefazolina. Colönias cultivadas nestas condições foram submetidas a ensaio de suscetibilidade utilizando ceftazidima, cefotaxima, cefepima, ciprofloxacina, imipenem, meropenem, ertapenem. RESULTADOS: A partir destes ensaios, identificamos a presença de coliformes fecais e totais em todas as amostras de todos os pontos e momentos de coleta em elevadas concentrações. Não houve resistência a nenhuma das drogas testadas. CONCLUSÃO: Nossos ensaios apresentaram as condições microbiológicas de balneabilidade da lagoa do Iriri. Não puderam ser demonstradas cepas resistentes de bactérias entéricas na Lagoa do Iriri, apesar dos altos índices de contaminação fecal. Noentanto, bactérias com perfil de resistência incomum para infecções comunitárias podem estar sendo veiculadas, colocando em risco a saúde dos seus frequentadores.

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

CIPROFLOXACINA: AVALIAÇÃO DE SUA RESISTÊNCIA FRENTE A Escherichia coli EM UROCULTURAS DE TRÊS LABORATÓRIOS

CLÍNICOS DE ARACAJU-SE PINHEIRO M. S.*, MENEZES K. M. P., GÓIS M. A. G., OLIVEIRA I. D.,

COSTA C. S. V.P., BRITO A. M. G. UniversidadeTiradentes - Aracaju - Sergipe

([email protected]) INTRODUÇÃO: A infecção do trato urinário é causada principalmente por bacilos gram-negativos, pertencentes à família Enterobacteriaceae e a Escherichia coli, em especial, responde por 75% a 90% dos casos. Estudos realizados em vários países alertam para resistência da bactéria acima citada a diversos antimicrobianos, inclusive a ciprofloxacina, que possui larga utilização em terapias empíricas. OBJETIVO: O presente trabalho objetivou avaliar a resistência da Escherichia coli a ciprofloxacina a partir dos resultados de uroculturas e seus antibiogramas no município de Aracaju-SE, no ano de 2007. MÉTODOS: Para tal, utilizou-se os registros do setor de microbiologia de dois laboratórios ambulatoriais e um hospitalar. RESULTADOS: Foram executadas no período em estudo, 3.646 uroculturas, sendo 2.629 negativas e 1.017 positivas. Dentre as positivas (64,1%) foram para Escherichia coli, seguida de Enterobacter spp (10,7%) Klebsiella spp (10,1%), Staphylococcus spp (7,3%), Proteus spp (5,4%), Morganella spp (1%), Serratia spp (0,8%) e Pseudomonas spp (0,7%). Já os antibióticos utilizados nas uroculturas positivas foram: ciprofloxacina (98,9 %), ceftriaxona (97,5%), amicacina (95,3%), ampicilina (94,9%), ceftazidima (94,7%), nitrofurantoína (90,3%) e tobramicina (90,1%). CONCLUSÃO: Neste estudo a Escherichia coli mostrou uma resistência de 21,3%. Mediante esse resultado sugere-se que, ao ser administrado ciprofloxacina para tratamento de infecções urinárias por Escherichia coli em Aracaju-SE, ele seja realizado com bastante parcimônia.

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE Lippia thymoides RODRIGUES V. D.1*, PINTO C. P.1, MENDES C. C.1, QUEIROZ L. P.,

SILVA T. R., UETANABARO A. P. T.2, LUCCHESE A. M.1

1Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, Bahia. 2Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia.

([email protected])

INTRODUÇÃO: O gênero Lippia (Verbenaceae) compreende cerca de 200 espécies, das quais 111 são encontradas no Brasil. Dentre estas se encontra a L. thymoides, cuja infusão das folhas é usada para combater infecções de pele. OBJETIVO: Avaliar a atividade antimicrobiana das folhas e caules de L. thymoides. MÉTODOS: A espécie foi coletada em Feira de Santana e as folhas e o caule foram separados, secos e pulverizados. Os extratos foram preparados através do método de maceração em metanol e as frações em hexano, diclorometano, acetato de etila e água por partição líquido-líquido. Os testes antimicrobianos foram realizados através do teste de determinação da Concentração Inibitória Mínima frente a Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, duas cepas de Staphylococcus aureus, Candida albicans e Candida parapsilosis. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os extratos metanólicos dos caules e folhas foram ativos frente a C. albicans e as duas cepas de S. aureus. As frações em hexano das folhas e em diclorometano das folhas e caules foram ativas frente às duas cepas de S. aureus. Já a fração em acetato de etila das folhas e caules inibiu apenas o crescimento de S. aureus resistente a novobiocina, enquanto a fração em hexano foi ativa frente a S. aureus resistente a estreptomicina e a dihidroestreptomicina. CONCLUSÃO: A espécie L. thymoides possui atividade antimicrobiana frente a bactérias e leveduras, embora com o fracionamento dos extratos metanólicos a atividade tenha sido reduzida, provavelmente devido a perda de sinergismo presente no extrato ou a degradação dos compostos durante o processo de fracionamento. APOIO FINANCEIRO: Fapesb, IMSEAR/CNPq, Renorbio/CNPq.

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

DETECÇÃO DE Staphylococcus spp. RESISTENTE A ANTIBIÓTICOS EM HOSPITAL MATERNO-INFANTIL DE VITÓRIA

DA CONQUISTA - BA CAMPOS G. B.*, DA SILVA D. C. C., SOUSA D. S., SOUZA S. G., SILVA

F. C., MARQUES L. M., YATSUDA R. UFBA / IMS-CAT. Vitória da Conquista – BA

([email protected]) INTRODUÇÃO: Com a emergência da resistência aos antimicrobianos nas últimas décadas, as infecções hospitalares ressurgem como um grave problema de saúde pública que contribui para o aumento da morbi-mortalidade de pacientes hospitalizados. Os estafilococos são de grande preocupação, pois possuem grande habilidade de adquirir resistência aos antibióticos. OBJETIVO: Detectar Staphylococcus spp em pontos sugestivos de maior contaminação na UTI neonatal, semi-intensiva e sala de expurgo do Hospital Municipal Esaú Matos e determinar a susceptibilidade dos isolados aos antibióticos oxacilina, vancomicina e clindamicina. MÉTODOS: Foram coletadas amostras em 17 pontos (1 sala de expurgo; 2 semi-intensiva; 14 UTI neonatal). Utilizou-se swabs estéreis para coleta e tubos de ensaio com Tryptic Soy Broth (TSB) para transporte até o laboratório. As amostras foram semeadas em Ágar Manitol e incubadas à 37ºC por 24hs. Os isolados obtidos foram submetidos a testes bioquímicos para a identificação do gênero Staphylococcus e a testes de concentração inibitória mínima, em triplicata, com os antibióticos oxacilina (1µg/ml a 8µg/ml) clindamicina (0,5µg/ml a 8µg/ml) e vancomicina (4µg/ml a 32µg/ml) em placas com ágar Mueller-Hinton (manual do CLSI, 2005). RESULTADOS: Foram isoladas 24 amostras pertencentes ao gênero Staphylococcus. Dentre as quais, foram encontradas 9 (37,5%) amostras resistentes a oxacilina, 7 (29,2%) a clindamicina e 9 (37,5%) a vancomicina todos com a CIM ≥ 4 ug/ml. CONCLUSÃO: O estudo demonstra a presença de Staphylococcus spp. resistentes a antibióticos em locais que exigem um maior rigor na desinfecção, como a UTI-neonatal, sugerindo portanto, melhoria nas ações de controle das infecções.

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE ESPÉCIES DO GÊNERO MARCETIA (Melastomataceae)

LEITE T. C. C.*, SENA A. R., MAGALHÃES-GADÉA S. F., OLIVEIRA B. M., UETANABARO A. P. T., BRANCO A.

Universidade Estadual de Feira de Santana - Feira de Santana - Bahia ([email protected])

INTRODUÇÃO: O gênero Marcetia contempla 28 espécies descritas na literatura, sendo a Bahia dotada de 85% das mesmas e que na sua maioria são endêmicas. É importante mencionar que este gênero não possui qualquer estudo de sua atividade biológica nem de sua composição química. OBJETIVOS: Avaliar a atividade antimicrobiana de espécies do gênero Marcetia frente a bactérias sensíveis e resistentes a antibióticos. MÉTODOS: Foram coletadas e identificadas no município de Morro-do-chapéu/BA as espécies Marcetia canescens, M. latifolia, M. macrophyla e M. taxifolia. Estas foram secas à sombra, pulverizadas em moinhos de facas, extraídas por maceração com metanol, hexano e acetato de etila. Avaliou-se a atividade antimicrobiana dos extratos pela metodologia da difusão em ágar utilizando-se disco de papel. Os microrganismos analisados foram Escherichia coli CCMB 258, Escherichia coli CCMB 261 (resistente à sulfonamida); Pseudomonas aeruginosa CCMB 268; Salmonella sp. CCMB 281; Staphylococcus aureus CCMB 262 (resistente à estreptomicina e dihidroestreptomicina); Staphylococcus aureus CCMB 263; Staphylococcus aureus CCMB 264 (resistente a novobiocina), Candida albicans CCMB 266, Candida albicans CCMB 286 e Candida parapsilosis CCMB 288 (ambas resistentes a Fluconazol e Anfotericina B). RESULTADOS: Todas as espécies apresentaram atividade contra algum dos microrganismos testados, contudo o extrato hexânico de M. latifolia e o extrato acetato de etila de M. taxifolia apresentaram os melhores resultados, sendo de 17,75mm o tamanho do halo de inibição contra Staphylococus aureus CCMB 264 e 15,5mm contra Candida parapsilosis CCMB 288. CONCLUSÃO: O gênero Marcetia como outros membros da família Melastomataceae é possuidor de compostos inibidores do crescimento de microrganismos

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

DETECÇÃO E MONITORIZAÇÃO DA INFECÇÃO ATIVA POR HERPESVÍRUS HUMANO HHV-5, HHV-6 E HHV-7 EM

TRANSPLANTADOS DE FÍGADO SAMPAIO A. M. 2*, THOMASINI R. L1, COSTA A. F., SASAKI A. N.1,

BONON S. H. A.1, ANDRADE P. D.1, LEONARDI L. S.2, STUCCHI R.2, LEONARDI M. I.2, ROSSI C. L.3, BOIN I. F. S. F.2, COSTA. S. C. B.1,

1Departamento de Clínica Médica, 2Unidade de Transplante de Fígado, 3Departamento de Patologia Clinica

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Campinas, SP ([email protected])

INTRODUÇÃO: O Herpesvírus Humano 5 (HHV-5), Herpesvirus Humano 6 (HHV-6) e o Herpes Humano 7 (HHV-7), são vírus universais pertencentes à subfamília dos betaherpesvírus, e apresentam alta prevalência na população brasileira. Em adultos saudáveis, após infecção primária permanecem latentes, podendo ser reativados em período de imunossupressão, como acontece em pacientes submetidos à transplantes, podendo causar várias complicações. OBJETIVOS: Esse estudo visou a monitorização da co-infecção pelo HHV-5, HHV-6 e HHV-7 em receptores de transplantes hepáticos no Hospital das Clínicas da UNICAMP para compreender melhor os aspectos que envolvem a co-infecção HHV-5/HHV-6/HHV-7, utilizando técnicas laboratoriais para diagnóstico precoce de infecção ativa. MÉTODOS: Foram monitorizados 53 pacientes transplantados hepáticos através de testes de antigenemia e NESTED-PCR (N-PCR) em sangue periférico para a detecção do HHV-5, e NESTED-PCR em sangue periférico para a detecção do HHV-6, NESTED-PCR em soro para detecção de HHV-7, que foram realizadas no pré-operatório e periodicamente no pós-operatório. RESULTADOS: Com essa metodologia, 62,3% dos pacientes apresentaram infecção ativa por HHV-5, 39,6% por HHV-6 e 43,4% por HHV-7. Para HHV-5/HHV-6 a co-infecção apresentou em 15,1% dos pacientes, 9,4% para HHV-5/HHV-7, 3,8% por HHV-6/HHV-7 e 1,9% pelos três vírus estudados (HHV-5/HHV-6/HHV-7). 58,5% dos pacientes estudados apresentaram infecções oportunistas e 28,3% apresentaram algum tipo de episódio de rejeição do enxerto. CONCLUSÃO: A infecção ativa pelo HHV-5 bem como a co-infecção HHV-5/HHV-6/HHV-7 mostraram ser de grande prevalência nos transplantados hepáticos estudados representando um possível fator de risco para infecções oportunistas e rejeição do enxerto.

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

CMV, HHV-6 AND HHV-7 IN ADULT LIVER TRANSPLANT RECIPIENTS: DIAGNOSIS BASEAD ON ANTIGENEMIA

SAMPAIO A. M. 2*, THOMASINI R. L1, COSTA A. F., SASAKI A. N.1, BONON S. H. A.1, ANDRADE P. D.1, LEONARDI L. S.2, STUCCHI R.2, LEONARDI M. I.2, ROSSI C. L.3, BOIN I. F. S. F.2, COSTA. S. C. B.1

1Departamento de Clínica Médica, 2Unidade de Transplante de Fígado, 3Departamento de Patologia Clinica

Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, Campinas, SP ([email protected])

INTRODUCION: Betaherpesviruses remain latent after primary infection and can reactivale during immunosupression following organ transplantation. CMV active infection is known as major infectious complications after transplantation and has been considered na important caused of morbidity and mortality in transplant recipients but HHV-6 and HHV-7 have been acknowledged only recently. CMV had been currently monitored by PCR and/or antigenemia but HHV-6 and HHV-7 active infections are frequently diagnosed by PCR. OBJECTIVES: The purpose of this study was the monitoring of herpesvirus CMV, HHV-6 and HHV-7 in patients liver transplantation by the technique of antigenemia and correlate with PCR, to better understand the issues surrounding the infection and active co-infection of herpesvirus. METHODS: Twenty-eigth adult liver transplant recipients were enrolled in this study. HHV-6 and HHV-7 antigenemia were performed in peripheral blood mononuclear cells (PBMCs) using monoclonal antibodies and immunoperoxidase staining. CMV active infection was diagnosed by pp65 antigenemia in polymorphonuclear leukocytes (PMNLs). RESULTS: CMV antigenemia was foud in 8 (28.5%) patients (median 28.5 days, range 0-302), HHV-6 antigenemia was positive in 11 (39.2%) patients (median 9 days, range 0-37) and HHV-7 antigenemia was positive in 4 (14.2%) patients (median 16 days, range 0-33). Co-infections were not frequently found. Compared to PCR positivity pattern in our research center (data not shown), antigenemia was similar although positive PCR were frequently more persistent after first detection. CONCLUSION: The results found indicate that few patients remain free of betaherpesviruses but most patients who had active infection were infected sequentially and not concurrently. Antigenemia presented results similiar compared to PCR techniques.

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS E FLORES DE Hyptis platanifolia MOREIRA J. S.1*, MACHADO S. S.1, UETANABARO A. P. T.2,

LUCCHESE A. M.1 1Laboratório de Produtos Naturais e Bioativos, Universidade Estadual de

Feira de Santana, Feira de Santana, Bahia 2Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia

([email protected]) INTRODUÇÃO: O gênero Hyptis (Labiatae) compreende plantas aromáticas que podem ser encontradas na região do semi-árido brasileiro. Algumas espécies da família são recomendadas pela medicina folclórica no tratamento de dores, infecções de pele e gastrintestinais. OBJETIVO: Avaliar a composição química e atividade antimicrobiana do óleo essencial das folhas e flores de H. platanifolia. MÉTODOS: O material vegetal foi coletado em Feira de Santana – Bahia, de janeiro de 2004 a março de 2005. O material fresco foi submetido à hidrodestilação para obtenção do óleo essencial e analisado por cromatografia a gás com detector de ionização de chama e cromatografia a gás acoplada a espectrômetro de massas para identificação dos constituintes químicos. A atividade antimicrobiana foi testada frente à Bacillus cereus, Staphylococcus aureus, Salmonella choleraesuis e Candida albicans pelo método de difusão em disco. RESULTADOS: Os óleos das folhas e flores são compostos em sua maioria por sesquiterpenos. (E)-γ-bisaboleno e (3E, 6E)-α-farneseno, (E)-γ-bisaboleno e β-cariofileno foram, respectivamente, os constituintes majoritários de folhas e flores. Todos os óleos analisados apresentaram atividade antibacteriana. CONCLUSÃO: A variação observada na composição química dos óleos extraídos de diferentes partes vegetais aéreas era esperada, pois diferentes órgãos de uma mesma planta podem produzir ou acumular óleos de caracteres físico-químicos e odores bem distintos. Diversos compostos da classe dos terpenos apresentam atividade antimicrobiana, o presente trabalho confirmou esta afirmação, pois de forma geral, os óleos extraídos da espécie H. platanifolia apresentaram atividade inibitória frente aos microrganismos B. cereus, S. aureus e S. choleraesuis. APOIO FINANCEIRO: IMSEAR/CNPQ, RENORBIO/CNPQ, FAPESB

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE EXTRATOS METANÓLICOS DE Myrcia Cuprea (myrtaceae) E Anaxagorea

Dolichocarpa (annonaceae) MOREIRA J. S. 1*, GONÇALVES C. M.2, UETANABARO A. P. T.3

1Laboratório de Produtos Naturais e Bioativos, 2Laboratório de Microbiologia - Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana, Bahia, 3Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia

([email protected])

INTRODUÇÃO: Annonaceae é uma grande família de árvores e arbustos tropicais e subtropicais, cujos estudos químicos revelaram a presença de substâncias com importantes atividades farmacológicas tais como citotóxica (flavanonas), antitumoral (diterpenos, alcalóides), bactericida (alcalóides) e antifúngica (terpenos). A família Myrtaceae possui cerca de 3.000 espécies que são utilizadas na medicina popular como antidiabéticas, antidiarréicas, anti-reumáticas, adstringentes, antiinflamatórias e no tratamento de úlceras crônicas, bem como, estudos indicam a presença de substâncias químicas com atividades biológicas e farmacológicas importantes, tais como flavonóides, flavonóides glicosilados, monoterpenos, triterpenos e sesquiterpenos. OBJETIVO: Avaliar a atividade antimicrobiana de extratos metanólicos de Myrcia cuprea (Myrtaceae) e Anaxagorea dolichocarpa (Annonaceae). MÉTODOS: Testou-se a atividade antimicrobiana dos extratos metanólicos das folhas (F) e caule (Gf) de M. cuprea e A. dolichocarpa contra Escherichia coli CCMB 261, Staphylococcus. aureus CCMB 262, Pseudomonas. aeruginosa CCMB 268, Bacillus. cereus CCMB 282 e Candida. albicans CCMB 286 através da técnica de difusão dos extratos em ágar. RESULTADOS: No teste de difusão em disco o extrato de M. cuprea BPM81F apresentou atividade contra S. aureus e B. cereus, o de M. cuprea BPM81Gf apresentou atividade contra S. aureus, P. aeruginosa e B. cereus. O extrato de A. dolichocarpa (BPM118F/Gf) não apresentou nenhuma atividade em relação aos microrganismos analisados. CONCLUSÃO: Um estudo detalhado relacionando a atividade antimicrobiana com o perfil químico dos extratos analisados se faz necessário para que o potencial antimicrobiano dessas espécies possa ser definido visto que os resultados apresentados não definem o papel antimicrobiano dos extratos. APOIO FINANCEIRO: CNPQ, FAPESB.

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

PERFIL DE RESISTÊNCIA DE Pseudomonas aeruginosa ISOLADAS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE UM

HOSPITAL DE DOURADOS/MS BRABES K. C. S.*, NEGRÃO F. J., GOES R. H. T. B., RINALDI A. W.,

FRESCHI G. P. G., SANABRIA L. N., BRAIT D. R. H., SILVA T. S., SCHWERTNER E., RINALDI J. C.

Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) – FACET - Dourados/MS ([email protected])

INTRODUÇÃO: A ocorrência de pacientes hospitalizados colonizados ou infectados por microrganismos multiresistentes tem merecido atenção das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e dos serviços de saúde, especialmente considerando a diversidade da condição clínica dos pacientes e a variedade de condutas profissionais. Dentre os gram-negativos a Pseudomonas aeruginosa (P. aeruginosa) demonstra maior facilidade de desenvolvimento de resistência aos antibióticos podendo causar infecções nosocomiais graves, com elevada letalidade, se posicionando atualmente entre as principais bactérias causadoras de infecções hospitalares. Relatos de redução da susceptibilidade da P. aeruginosa aos antimicrobianos vêm sendo publicados destacando-se a diminuição de sensibilidade aos antibióticos de maior espectro de ação como os carbapenêmicos e as cefalosporinas anti-pseudomonas. OBJETIVO: Avaliar a prevalência de resistência de cepas de P. aeruginosa de ambientes hospitalares de terapia intensiva neonatal. MÉTODOS: Este estudo iniciou-se em janeiro e parte da avaliação dos dados ocorreu em julho de 2008 e foram provenientes de uma UTI neonatal de um hospital de Dourados/MS. Os testes foram realizados em 50 cepas de P. aeruginosa segundo os padrões do NCCLS. RESULTADOS: Observou-se 100% de resistência aos seguintes antibióticos penicilina, cefalexina, clorofenicol, ceflacor, ampicilina, clindamicina, ácido clavulonico e amoxicilina. Apresentou semsiblilidade a tetraciclina (66,2%) e norfloxacina (59,8%). CONCLUSÃO: A freqüência de cepas multi-resistentes de P. aeruginosa foi semelhante à descrita na literatura nacional e maior do que a mundial. Uma das alternativa para a redução da freqüência destes indivíduos multi-resistentes é a monitorização epidemiológica e a racionalização destes antimicrobianos. APOIO FINANCEIRO: UFGD, Fundect/MS

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

RESISTÊNCIA DE Salmonella sp ISOLADAS EM UM AMBIENTE DE CRIAÇÃO DE FRANGO DE CORTE EM DOURADOS/MS

BRABES K. C. S.*, NEGRÃO F. J., GOES R. H. T. B., RINALDI A. W., FRESCHI G. P. G., SANABRIA L. N., BRAIT D. R. H., SILVA T. S.,

SCHWERTNER E., RINALDI J. C. Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) - FACET -

Dourado/MS ([email protected])

INTRODUÇÃO: Salmonelas continuam sendo uma das causas mais importantes de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA’s) em todo o mundo e o trato intestinal do homem e dos animais são seu principal reservatório. Alimentos de origem animal têm sido freqüentemente envolvidos em surtos de salmonelose em humanos. Muitos sorovares de Salmonella têm um reservatório animal específico, estando sua transmissão ligada a alimentos obtidos destes animais. OBJETIVO: Avaliar o perfil de resistência de Salmonella sp de água, cloaca, ração e da cama de um galpão de criação de frango de corte em Dourados/MS. MÉTODOS: Este estudo iniciou-se em abril de 2008. Os testes foram realizados em 75 cepas de Salmonella segundo os padrões do National Committee for Clinical and Laboratory Standards (NCCLS). RESULTADOS: Cepas provenientes da água de bededouros, cloaca, cama e ração apresentaram resistência de 100% a penicilina, cefalexina, cefaclor, ampicilina e clindamicina. Na cloaca 100% das cepas apresentaram resistência a tetraciclina e sensibilidade a norfloxacina (28%) e a Clorofenicol (12%). Na ração o perfil de sensibilidade foi 20% para tetraciclina, 33% para norfloxacina e 15% para clorofenicol. Para cama de frango foi 80% para tetraciclina, 30% para norfloxacina e 19% para clorofenicol. Na água foi 19% para tetraciclina, 28% para norfloxacina e 25% para clorofenicol e na cloaca foi 70% para tetraciclina, 29% para norfloxacina e 12% para clorofenicol. CONCLUSÃO: O perfil de sensibilidade e resistência à antimicrobianos de salmonelas em uma determinada região, representa um marcador epidemiológico, serve para orientar procedimentos terapêuticos em medicina humana e veterinária. APOIO FINANCEIRO: UFGD, Fundect/MS

Livro de Resumos                                                                                                                                Página 26 de 32 

III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

ESTUDO DE ADESÃO, COLONIZAÇÃO E RESISTÊNCIA BACTERIANA NAS FORMIGAS COLETADAS DE UM HOSPITAL

PÚBLICO DE ILHÉUS BORJA L. S.1 *; LIMA S. A.2, DOS SANTOS E. O.3, DELABIE J. H. C.4,

FONTANA R.5 Universidade estadual de Santa Cruz (UESC), 1Discente do Curso de

Biomedicina do DCB/UESC ([email protected])

INTRODUÇÃO: Um dos problemas associados à urbanização é o aumento nas doenças causadas ou transmitidas pelos artrópodes. Nos últimos anos, a atenção está se voltando para as formigas, principalmente, aquelas espécies que vivem em ambientes hospitalares. As formigas são insetos que se adaptam a vários ambientes, são dotadas de grande mobilidade, circulando por vários locais, dentro e fora do hospital. Além do incômodo causado pela sua presença e dos prejuízos materiais que podem causar, estudos demonstraram que as formigas podem transportar microrganismos patogênicos nos ambientes hospitalares. OBJETIVOS: Propomos com este trabalho identificar as bactérias associadas às formigas, localizar o local aonde ocorre a sua adesão, bem como avaliar sua resistência frente aos diversos antibióticos em um Hospital Público, localizado na cidade de Ilhéus. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram coletadas 78 formigas em diferentes setores de um Hospital Público da cidade de Ilhéus. As formigas foram identificadas no laboratório de Mimercologia da CEPLAC e analisadas no laboratório de Microbiologia da UESC. Foi feito o processamento das amostras utilizando três meios de cultura (ágar sangue, ágar MacConkey e agar Manitol). Foram realizadas as provas bioquímicas para bactérias não fermentadoras e fermentadoras de açúcares, além de prova de catalase e coagulase para a identificação dos Staphylococcus aureus e estafilococos coagulasse negativos (ECoN). Foi feito o antibiograma das bactérias encontradas, sendo essa técnica de difusão em ágar (antibiograma) segundo Bauer, et al., (1966), recomendada pelo NCCLS (M2-A8). RESULTADOS: As espécies de formigas mais encontradas foram Tapinoma melanocephalum, Paratrechina longicornis e Camponotus vittatus. Das formigas coletadas, 82% apresentaram contaminação bacteriana, 47,4% por bactérias patogênicas. As espécies bacterianas mais identificadas foram: ECoN, S. aureus, Streptococcus sp., Pseudomonas sp. e Enterobacter cloacae. A maior contaminação bacteriana ocorreu na cabeça, e a menor nas antenas. Quanto à resistência das bactérias frente aos antimicrobianos, pode-se observar a multirresistência de uma cepa de Acinetobacter baumannii isolada, e também a presença de cepas de outras espécies resistentes a diversos antibióticos. CONCLUSÃO: Pode-se avaliar a necessidade de um tratamento eficaz contra esses insetos, principalmente no âmbito hospitalar, devido à presença de bactérias patogênicas resistentes a certos antibióticos. AGÊNCIAS FINANCIADORAS: UESC

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

HIGH WIDESPREAD OF CLASS 2 INTEGRON AMONG A. Baumannii (AB) CLINICAL ISOLATES FROM ARGENTINA AND CHILE.

RAMIREZ M. S.1, BELLO H.2, MERKIER A. K.1, GONZALEZ G2, CENTRÓN D.1*

1Departamento de Microbiología, Parasitología e Inmunología, Facultad de Medicina UBA, CABA, Argentina, 2Facultad de Ciencias Biológicas,

Departamento de Microbiología, Laboratorio de Antibióticos, Universidad de Concepción, Concepción, Chile.

([email protected]) INTRODUCTION: Ab is considered a serious threat in the hospital environment over the world being some strains resistant to almost all available antibacterial agents. Integrons are genetic elements that contain the components of a site-specific recombination system that recognizes and captures mobile gene cassettes. The type 2 integron integrase is not functional, this might be the reason for the few new rearrangements found There is hardly few evidence of the distribution of this class of integron in multiresistant Ab isolates. OBJECTIVES: The aim of this study was to evaluate the dispersion and characterization of class 2 integrons among 213 Ab multiresistant clinical isolates from 14 hospital from Buenos Aires and 4 distinct regions of Chile. METHODS: Total DNA was extracted, subjected to PCR amplifications for the intI2 gene and PCR cartography in order of characterize the integrons. RESULTS: We found a high prevalence of class 2 integrons in Ab (53%). Among the class 2 integron positive isolates, we found 9 different genetic structures. Unexpectedly, the novel rearrangement In2-8 previously found in three Argentinean Ab isolates, was also detected in 6 Chilean samples. In addition, a great diversity of class 2 integron in our Ab isolates was found, which is in contrast to the available literature for this class of integrons. CONCLUSION: Our study shows a huge distribution of this element among Ab clinical isolates from Argentina and Chile, revealing a particular geographical behavior. We thought that the mechanisms of construction of new rearrangements in some species are not defined yet

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

EMERGENCE OF QNRB10 ASSOCIATED COMPLEX CLASS 1 INTEGRONS AMONG CLINICAL ENTEROBACTERIAL ISOLATES

FROM ARGENTINA. QUIROGA M. P.1, MERKIER A. K.1, CENTRÓN D.1*

1Departamento de Microbiología, Parasitología e Inmunología, Facultad de Medicina UBA, CABA, Argentina.

(dcentron@gmail) INTRODUCTION: Enterobacter and Citrobacter spp. are nosocomial pathogens with multiple resistance mechanisms to diverse families of antibiotics. Integrons are genetic elements that contain the components of a site-specific recombination system that recognizes and captures mobile gene cassettes. Class 1 integrons are the most frequently found in clinical isolates and they shows different rearrangements including gene cassettes which codifies for resistance mechanisms to almost all the families of antibiotics. Complex class 1 (CC1) integrons also contain a site specific recombinase which is capable of mobilize antibiotic resistance genes. OBJECTIVES: The aim of this study was to evaluate the dispersion and characterization of class 1 and CC1 integrons among 30 Enterobacter and Citrobacter spp. multiresistant clinical isolates from 7 hospitals from Buenos Aires. METHODS: Total DNA was extracted, subjected to PCR amplifications for the intI1 and orf513 genes and PCR cartography in order of characterize the class 1 and CC1 integrons. RESULTS: We found a high prevalence of class 1 and CC1 integrons in both genus. Among the CC1 integrons, we found different genetic structures downstream of orf513. We found a novel rearrangement containing the new allele qnrB10, this was the first report of this gene in Argentinean isolates. CONCLUSION: Our study shows the emergence in Argentina of a new CC1 integron containing the quinolone resistance gene qnrB10 and the decrease of the blaCTX-M-2 containing integron, during the past few years. This change could be in response to the modification of the antibiotic therapies in the clinical settings.

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

UTILIZAÇÃO DA ANTIGENEMIA QUANTITATIVA NA MONITORAÇÃO DA INFECÇÃO ATIVA PELO CITOMEGALOVÍRUS (CMV) NO PÓS-

TRANSPLANTE HEPÁTICO PEREIRA T. C. S.1,4*, CUNHA A. M. G.1,4, THOMAZ A. M.1,4, SANTOS M.

F.1,4, CUNHA A. G.2, MASCARENHAS L. N.4, PEIXOTO M. M. C. F.1,4,, OLIVEIRA J. C. J4, BASTOS J. L. A.2,3, CAVALCANTI A. R.2,5,

ALCÂNTARA L. C. J.1,4, CASTRO-FILHO B .G.1,4. 1Fundação Oswaldo Cruz (CPqGM/ FIOCRUZ/BA), Salvador-BA,

2Hospital Português, Salvador-BA, 3Hospital Universitário Prof. Edgard Santos (UFBA), Salvador-BA, 4Escola Bahiana de Medicina e Saúde

Pública (EBMSP), Salvador-BA, 5Central de Transplante de Órgãos do Estado da Bahia (CTO-BA), Salvador-BA

INTRODUÇÃO: A infecção ativa pelo Citomegalovírus (CMV) constitui uma importante causa de morbidade e mortalidade em pacientes transplantados de órgãos no mundo. Após a infecção primária o CMV permanece em estado de latência, podendo ser reativado em indivíduos com deficiência da resposta imune, como os pacientes infectados pelo HIV e os transplantados de órgãos que utilizam drogas imunossupressoras. OBJETIVOS: Implantar o teste de antigenemia quantitativa para monitorar a infecção ativa pelo CMV, avaliar o desenvolvimento de doença e a necessidade de terapia antiviral específica no pós-transplante hepático. MÉTODOS: Foram estudados 25 receptores de fígado no período de março de 2007 a junho de 2008. Para monitorar a infecção ativa pelo CMV foi utilizada a antigenemia quantitativa por fluorescência para detecção do antígeno pp65 (CMV-Brite-Turbo). RESULTADOS: Doze pacientes (48% do total) apresentaram pelo menos um teste de antigenemia positiva para o CMV durante a monitoração pós-transplante. Entretanto, nem todos os pacientes necessitaram de terapia específica para o CMV. Sete pacientes (58% dos positivos) apresentavam menos de 10 células positivas em 200.000 leucócitos analisados e controlaram a infecção espontaneamente ou através do manejo da imunossupressão, fato confirmado com o teste de antigenemia negativa. Outros cinco pacientes com 10 ou mais células positivas em 200.000 leucócitos analisados no teste de antigenemia necessitaram de tratamento específico com Ganciclovir para obter antigenemia negativa. CONCLUSÃO: É extremamente importante a monitoração com teste quantitativo para avaliar infecção ativa pelo CMV no pós-transplante hepático e com isso, estabelecer a utilização de uma terapia antiviral racional e específica.

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

DIAGNÓSTICO MOLECULAR DO HERPESVÍRUS HUMANO 8 (HHV-8) EM PACIENTES SUBMETIDOS AO TRANSPLANTE HEPÁTICO NO

ESTADO DA BAHIA. THOMAZ A. M.*1,4, CUNHA A M. G.1,4, PEREIRA T. C. S.1,4, SANTOS M. F.1,4, CUNHA A. G.2, MASCARENHAS L. N.4, PEIXOTO M. M. C. F.1,4,,

OLIVEIRA J. C. J4, BASTOS J. L. A.2,3, CAVALCANTI A. R.2,5, ALCÂNTARA L. C. J.1,4, CASTRO-FILHO B. G.1,4.

1Fundação Oswaldo Cruz (CPqGM/FIOCRUZ/BA), Salvador-BA, 2Hospital Português, Salvador-BA, 3Hospital Universitário Prof. Edgard Santos (UFBA), Salvador-BA, 4Escola Bahiana de Medicina e Saúde

Pública (EBMSP), Salvador-BA, 5Central de Transplante de Órgãos do Estado da Bahia (CTO-BA), Salvador-BA

INTRODUÇÃO: Os esquemas de imunossupressão utilizados em pacientes transplantados têm ampliado as manifestações patológicas de agentes oportunistas. O Herpesvírus humano 8 (HHV-8), agente etiológico de todas as formas de Sarcoma de Kaposi, está associado ao Linfoma Efusional Primário e a Doença de Castleman Multicênctrica. O transplante de órgãos sólidos tem sido abordado como uma provável via de transmissão do HHV-8. OBJETIVO: Detecção molecular do HHV-8 em doadores e receptores de fígado no Estado da Bahia. MÉTODOS: Foram analisados amostras de sangue, pré e pós-transplante, de 25 pacientes transplantados de fígado na Bahia, no período de março de 2007 a março de 2008, para detecção do HHV-8, incluindo amostras do doador. A extração do DNA e a Nested-PCR foram realizadas no Laboratório Avançado de Saúde Pública (LASP/CPqGM/Fiocruz). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fiocruz e do Hospital Português. RESULTADOS: Não foram detectadas seqüências do HHV-8 em amostras de DNA extraído de biópsia hepática dos doadores, nem de leucócitos do sangue periférico dos doadores e receptores. A detecção de seqüências de DNA no sangue periférico tem indicado uma probabilidade elevada para o desenvolvimento do sarcoma de Kaposi, principalmente em pacientes imunocomprometidos. Contudo, o HHV-8 pode induzir latência em seus hospedeiros, e nesse período, a detecção molecular em DNA extraído de leucócitos do sangue periférico é improvável. CONCLUSÃO: Ausência de infecção ativa por HHV-8 e baixo risco para o desenvolvimento de sarcoma de Kaposi em pacientes submetidos ao transplante hepático no Estado da Bahia.

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III Seminário de Resistência Bacteriana e II Seminário de Resistência Microbiana 

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO PELO MÉTODO DA BIOAUTOGRAFIA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE

ESPÉCIES DA AMAZÔNIA, BRASIL. SILVA A. do N. *, PONZZES C. M. P. B. S. de, SANTANA M. L., GONÇALVES C. M., RIBEIRO C. S. P., UETANABARO A. P. T.

Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana - BA ([email protected])

INTRODUÇÃO: A flora oriunda da região amazônica vem sendo intensivamente estudada com a finalidade de comprovação científica da utilização empírica de suas propriedades medicinais. Atualmente, o uso excessivo de medicamentos antimicrobianos pela população causou o aumento no índice de microrganismos que se tornaram resistentes às terapias habitualmente preconizadas. Nesse sentido, a busca por novas substâncias eficazes no combate a infecções, tanto em fontes animais como vegetais, faz-se necessária. OBJETIVOS: Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o potencial antibacteriano e antifúngico dos óleos essenciais obtidos das espécies Xylopia emarginata Mart. (ANNONACEAE), Anaxagorea dolichocarpa Spruce & Sandwith (ANNONACEAE), Aeollanthus suaveolens Mart. ex Spreng. (LAMIACEAE) e Erechtites hieracifolia (L.) Raf. ex DC. (ASTERACEAE) coletadas em diferentes localidades da Amazônia frente aos microrganismos Escherichia coli (Gram-negativa), Staphylococcus aureus (Gram-positiva) e Candida albicans. MÉTODOS: A metodologia utilizada para testar a atividade antimicrobiana in vitro dos óleos essenciais foi a bioautografia. RESULTADOS: O óleo essencial da espécie Aeollanthus suaveolens apresentou atividade antimicrobiana contra os três microrganismos utilizados no experimento, o óleo essencial da Erechtites hieracifolia apenas frente às bactérias, o óleo essencial da Xylopia emarginata somente contra a bactéria Gram-negativa e o óleo essencial da Anaxagorea dolichocarpa apresentou atividade moderada contra a bactéria Gram-positiva. CONCLUSÃO: Sendo assim, novos estudos são sugeridos com a finalidade de identificação dos constituintes químicos presentes nos óleos essenciais das espécies estudadas e responsáveis pela atividade antimicrobiana evidenciada na presente pesquisa.

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