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  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    NDICE

    Conselho Econmico e Social:

    Arbitragem para definio de servios mnimos:

    ...

    Regulamentao do trabalho:

    Despachos/portarias:

    - Fitagro Grupo, SL - Autorizao de laborao contnua ............................................................................................................... 226

    Portarias de condies de trabalho:

    ...

    Portarias de extenso:

    ...

    Convenes coletivas:

    - Contrato coletivo entre a AEEP - Associao dos Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo e o SPLIU - Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politcnicos e Universidades - Reviso global .......................................................... 227

    Decises arbitrais:

    ...

    Avisos de cessao da vigncia de convenes coletivas:

    ...

    Propriedade Ministrio da Solidariedade,

    Emprego e Segurana Social

    Edio Gabinete de Estratgia

    e Planeamento

    Centro de Informao e Documentao

    Conselho Econmico e Social ...

    Regulamentao do trabalho 226

    Organizaes do trabalho 255

    Informao sobre trabalho e emprego 289

    N.o Vol. Pg. 2015 4 82 222-293 29 jan

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    Acordos de revogao de convenes coletivas:

    ...

    Jurisprudncia:

    ...

    Organizaes do trabalho:

    Associaes sindicais:

    I Estatutos:

    - Associao Sindical Autnoma de Polcia - ASAPOL - Alterao .............................................................................................. 255

    II Direo:

    - Associao Sindical Autnoma de Polcia - ASAPOL - Direo ................................................................................................. 264- Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional - Direo ....................................................................................................... 264- Sindicato dos Trabalhadores do Sector Txtil - Direo .............................................................................................................. 264- Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Servio Pblico de Emprego e Formao Profissional - STEMPFOR - Direo ...... 265

    Associaes de empregadores:

    I Estatutos:

    - Associao Nacional dos Industriais de Papel e Carto - ANIPC - Alterao ............................................................................. 265- AJEVST - Associao dos Jovens Empresrios do Vale do Sousa e Tmega - Cancelamento .................................................... 273

    II Direo:

    - Associao Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos para Animais - IACA - Direo ............................................. 273- ANIL - Associao Nacional dos Industriais de Lacticnios - Substituio ................................................................................. 273

    Comisses de trabalhadores:

    I Estatutos:

    - FEHST Componentes, L.da - Alterao ....................................................................................................................................... 274- Sindicato dos Bancrios do Norte - Alterao .............................................................................................................................. 274

    II Eleies:

    - MEO - Servios de Comunicaes e Multimdia, SA - Eleio .................................................................................................. 284

    223

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    Representantes dos trabalhadores para a segurana e sade no trabalho:

    I Convocatrias:

    - Cmara Municipal de Gondomar - Convocatria ......................................................................................................................... 285- Cmara Municipal de Paos de Ferreira - Convocatria .............................................................................................................. 285- Cmara Municipal da Pvoa de Varzim - Convocatria ............................................................................................................... 285- Cmara Municipal de Paredes - Convocatria .............................................................................................................................. 285- Cmara Municipal de Lousada - Convocatria ............................................................................................................................ 286- Cmara Municipal de Marco de Canaveses - Convocatria ......................................................................................................... 286- Cmara Municipal do Porto - Convocatria ................................................................................................................................. 286- Cmara Municipal de Amarante - Convocatria .......................................................................................................................... 286- Cmara Municipal de Felgueiras - Convocatria ......................................................................................................................... 287- Cmara Municipal da Maia - Convocatria .................................................................................................................................. 287- Cmara Municipal de Penafiel - Convocatria ............................................................................................................................. 287- Cmara Municipal de Baio - Convocatria ................................................................................................................................. 287- Borgstena Textile Portugal - Convocatria ................................................................................................................................... 288

    II Eleio de representantes:

    - Bollinghaus Steel, SA - Eleio .................................................................................................................................................... 288

    Conselhos de empresa europeus:

    ...

    Informao sobre trabalho e emprego:

    Empresas de trabalho temporrio autorizadas:

    ...

    Catlogo Nacional de Qualificaes:

    Catlogo Nacional de Qualificaes ............................................................................................................................................ 2891. Integrao de novas qualificaes ............................................................................................................................................ 290

    224

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    Aviso: Alterao do endereo eletrnico para entrega de documentos a publicar no Boletim do Trabalho e Emprego

    O endereo eletrnico da Direo-Geral do Emprego e das Relaes de Trabalho para entrega de documentos a publicar no Boletim do Trabalho e Emprego passou a ser o seguinte: [email protected]

    De acordo com o Cdigo do Trabalho e a Portaria n. 1172/2009, de 6 de outubro, a entrega em documento electrnico respeita aos seguintes documentos:

    a) Estatutos de comisses de trabalhadores, de comisses coordenadoras, de associaes sindicais e de associaes de empregadores;

    b) Identidade dos membros das direces de associaes sindicais e de associaes de empregadores;c) Convenes colectivas e correspondentes textos consolidados, acordos de adeso e decises arbitrais;d) Deliberaes de comisses paritrias tomadas por unanimidade;e) Acordos sobre prorrogao da vigncia de convenes coletivas, sobre os efeitos decorrentes das mesmas em caso de

    caducidade, e de revogao de convenes.

    Nota: - A data de edio transita para o 1. dia til seguinte quando coincida com sbados, domingos e feriados.- O texto do cabealho, a ficha tcnica e o ndice esto escritos conforme o Acordo Ortogrfico. O contedo dos textos

    da inteira responsabilidade das entidades autoras.

    SIGLAS

    CC - Contrato coletivo.AC - Acordo coletivo.PCT - Portaria de condies de trabalho.PE - Portaria de extenso.CT - Comisso tcnica.DA - Deciso arbitral.AE - Acordo de empresa.

    Execuo grfica: Gabinete de Estratgia e Planeamento/Centro de Informao e Documentao - Depsito legal n. 8820/85.

    225

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    conselho econmico e social

    arbitragem para definio de servios mnimos

    ...

    regulamentao do trabalho

    despachos/portarias

    Fitagro Grupo, SL - Autorizao de laborao contnua

    a empresa fitagro grupo, sl, nif 980282063, com sede na herdade do sobrado, estrada dos gaspares, Km 6.7, em ferreira do alentejo, freguesia e concelho do mesmo nome, distrito de beja, requereu, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 16., nmero 3, da lei n. 105/2009, de 14 de setembro, autorizao para laborar continuamente no seu estabelecimento industrial localizado no local da sede, no mbito da campanha agrcola da azeitona, no perodo compreendido entre outubro 2014 e fevereiro 2015.

    a atividade que prossegue est subordinada, do ponto de vista laboral, disciplina do cdigo do trabalho, aprovado pela lei n. 7/2009, de 12 de fevereiro, sendo aplicvel o contrato coletivo de trabalho para a atividade agrcola, pu-blicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1. srie, n. 19, de 22 de maio de 2010.

    a requerente fundamenta o pedido em razes, essencial-mente, de ordem tcnica e econmica, porquanto se encontra inserida numa atividade de carter sazonal e porque para ob-teno de padres de qualidade pretendidos para o produto final haver necessidade de adaptar os perodos de trabalho em funo do aprovisionamento da matria prima, a qual se encontra sujeita a diversos condicionantes, designadamen-te os climticos. o objetivo principal ser, por conseguinte, minimizar o tempo entre a receo da azeitona e a sua trans-formao em azeite, processo que pressupe aumentar ao mximo o rendimento/eficincia da estrutura que suporta a atividade, obviando, assim, a elevadas perdas a nvel econ-mico. por conseguinte, trata-se de situao que apenas ser passvel de concretizao mediante o recurso ao regime de

    laborao solicitado.Os profissionais envolvidos no regime de laborao re-

    querido foram consultados, no levantando obstculos ao processo em curso.

    assim, e considerando que: 1- No se conhece a existncia de conflitualidade na em-

    presa; 2- no existem estruturas de representao coletiva dos

    trabalhadores, legalmente constitudas, nem desenvolvida atividade sindical na empresa;

    3- a situao respeitante ao posicionamento dos trabalha-dores abrangidos pelo regime de laborao requerido encon-tra-se acima expressa;

    4- se encontra autorizada a laborao no estabelecimento, por deciso da direo regional de agricultura e pescas do alentejo, do ministrio da agricultura, do desenvolvimento rural e das pescas;

    5- o processo foi regularmente instrudo e se comprovam os fundamentos aduzidos pela empresa.

    nestes termos, e ao abrigo do nmero 3 do artigo 176. da lei n. 35/2004, de 29 de Julho, determinado o seguinte:

    autorizada a empresa fitagro grupo, sl a laborar continuamente no seu estabelecimento industrial, localizado na herdade do sobrado, estrada dos gaspares, Km 6.7, em ferreira do alentejo, freguesia e concelho do mesmo nome, distrito de beja, no mbito da campanha agrcola da azei-tona, no perodo compreendido entre outubro 2014 e feve-reiro 2015.

    14 de Janeiro de 2015 - o secretrio de estado da agri-cultura, Jos Diogo Santiago de Albuquerque - o secretrio de estado do emprego, Octvio Flix de Oliveira.

    226

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    portarias de condies de trabalho

    ...

    portarias de extenso

    ...

    convenes coletivas

    Contrato coletivo entre a AEEP - Associao dos Es-tabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo e o SPLIU - Sindicato Nacional dos Professores Li-

    cenciados pelos Politcnicos e Universidades - Reviso global

    reviso global do contrato coletivo de trabalho celebrado entre a aeep - associao de estabelecimentos de ensino particular e cooperativo e o spliu - sindicato nacional dos professores licenciados pelos politcnicos e universidades, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego, 1. srie, n. 11, de 22 de maro de 2007, com as revises parciais (altera-es salariais e outras) publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego n. 10, de 15 de maro de 2008, Boletim do Traba-lho e Emprego n. 8, de 28 de fevereiro de 2009 e Boletim do Trabalho e Emprego n. 30, de 15 de agosto de 2011.

    o presente contrato entra em vigor 5 dias aps publica-o e substitui imediatamente todos os outros existentes en-tre as partes.

    artigo 1.

    mbito

    1- a presente conveno aplicvel, em todo o territrio nacional, aos contratos de trabalho celebrados entre os esta-belecimentos de ensino particular e cooperativo, represen-tados pela associao dos estabelecimentos de ensino par-ticular e cooperativo (aeep) e os trabalhadores docentes sindicalizados ao seu servio, representados pela associao sindical outorgante, abrangendo 480 (quatrocentos e oitenta) empregadores e 2500 (dois mil e quinhentos) trabalhadores docentes, bem como os trabalhadores docentes que a ela adi-ram.

    2- entende-se por estabelecimento de ensino particular e cooperativo a instituio criada por pessoas, singulares ou coletivas, privadas ou cooperativas, em que se ministre edu-cao, ensino e formao coletivo a mais de cinco crianas.

    3- as disposies do presente contrato coletivo de trabalho consideram-se sempre aplicveis a trabalhadores de ambos

    os sexos.4- enquanto no forem regulamentados os custos de ade-

    so individual ou publicada portaria de extenso, a adeso presente conveno livre.

    artigo 2.

    mbito temporal

    1- a presente conveno entra em vigor cinco dias aps a sua publicao no Boletim do Trabalho e Emprego e vigorar at 31 de agosto, renovando-se sucessivamente por perodos de um ano, salvo denncia.

    2- as tabelas salariais e as clusulas de expresso pecu-niria tero uma vigncia mnima de um ano, sero revistas anualmente, produzindo efeitos a 1 de setembro.

    3- a denncia pode ser feita, por qualquer das partes, nos termos da lei, com a antecedncia de, pelo menos, trs me-ses em relao ao prazo de vigncia previsto no nmero 1, e deve ser acompanhada de propostas de alterao e respetiva fundamentao.

    4- no caso de haver denncia, a conveno mantm-se em regime de sobrevigncia durante o perodo em que decorra a negociao ou no mximo durante 12 meses.

    5- decorrido o perodo referido no nmero anterior, o cct mantm-se em vigor durante 30 dias aps qualquer das par-tes comunicar ao ministrio responsvel pela rea laboral e outra parte que o processo de negociao terminou sem acordo, aps o que caduca.

    artigo 3.

    Manuteno de regalias

    com salvaguarda do entendimento de que esta conven-o representa, no seu todo, um tratamento globalmente mais favorvel, a presente conveno revoga integralmente a con-veno anterior.

    artigo 4.

    Deveres da entidade patronal

    so deveres da entidade patronal:

    227

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    a) cumprir, na ntegra, o presente contrato e demais legis-lao em vigor;

    b) respeitar e tratar o trabalhador com urbanidade e pro-bidade;

    c) No impedir nem dificultar a misso dos trabalhadores que sejam dirigentes sindicais ou delegados sindicais, mem-bros de comisses de trabalhadores e representantes nas ins-tituies de previdncia;

    d) exigir a cada trabalhador apenas o trabalho compatvel com a respetiva categoria profissional;

    e) prestar aos organismos competentes, nomeadamente departamentos oficiais e associaes sindicais, todos os ele-mentos relativos ao cumprimento do presente contrato;

    f) instalar os seus trabalhadores em boas condies de hi-giene e segurana;

    g) Dispensar das atividades profissionais os trabalhado-res que sejam dirigentes ou delegados sindicais, quando no exerccio de funes inerentes a estas qualidades, dentro dos limites previstos na lei;

    h) contribuir para a melhoria do desempenho do trabalha-dor, nomeadamente proporcionando-lhe formao profissio-nal adequada a desenvolver a sua qualificao;

    i) proporcionar, sem prejuzo do normal funcionamento do estabelecimento, o acesso a cursos de formao profissio-nal, nos termos da lei geral, e a reciclagem e/ou aperfeioa-mento que sejam considerados de reconhecido interesse pela direco pedaggica;

    j) proporcionar aos trabalhadores o apoio tcnico, mate-rial e documental necessrio ao exerccio da sua atividade;

    l) passar ao trabalhador, a pedido deste e em 10 dias teis, certificados de tempo de servio conforme a legislao em vigor;

    m) cumprir as normas de sade, higiene e segurana no trabalho aplicveis.

    artigo 5.

    Deveres dos trabalhadores

    so deveres dos trabalhadores:a) cumprir as obrigaes emergentes deste contrato;b) Exercer, com competncia, zelo e dedicao, as funes

    que lhes sejam confiadas;c) Acompanhar, com interesse, os que ingressam na profis-

    so, designadamente no caso dos trabalhadores com ativida-des pedaggicas, bem como assistir a aulas e salas de estudo dadas por aqueles, sem agravamento do perodo normal de trabalho;

    d) prestar informaes, oralmente ou por escrito, sobre alunos segundo o que for definido no rgo pedaggico da escola;

    e) prestar informaes, oralmente ou por escrito, desde que solicitadas, acerca dos cursos de formao, reciclagem e/ou de aperfeioamento referidos na alnea i) do artigo 4., at 30 dias aps o termo do respetivo curso;

    f) abster-se de aconselhar ou, por qualquer forma, dar pa-recer aos alunos do estabelecimento relativamente hiptese de uma eventual transferncia dos alunos;

    g) guardar lealdade ao empregador, nomeadamente no

    negociando por conta prpria ou alheia em concorrncia com ele, nem divulgando informaes referentes sua organiza-o, mtodos de produo ou negcios;

    h) cumprir as normas de sade, higiene e segurana no trabalho aplicveis;

    i) abster-se de atender particularmente alunos que nesse ano se encontrem matriculados no estabelecimento, no que respeita aos psiclogos;

    j) Zelar pela preservao e uso adequado das instalaes e equipamentos;

    l) colaborar com todos os intervenientes no processo edu-cativo favorecendo a criao e o desenvolvimento de rela-es de respeito mtuo, especialmente entre docentes, alu-nos, encarregados de educao e pessoal no docente;

    m) participar empenhadamente nas aes de formao pro-fissional que lhe sejam proporcionadas;

    n) prosseguir os objetivos do projeto educativo do esta-belecimento de ensino contribuindo, com a sua conduta e desempenho profissional, para o reforo da qualidade e boa imagem do estabelecimento.

    artigo 6.

    Deveres profissionais especficos

    1- So deveres profissionais especficos dos docentes:a) gerir o processo de ensino/aprendizagem no mbito dos

    programas definidos e das diretivas emanadas do rgo de direo pedaggica do estabelecimento;

    b) aceitar a nomeao para servio de exames, segundo a legislao aplicvel;

    c) Acompanhar, dentro do seu horrio, a ttulo de assistn-cia pedaggica, os seus alunos em exames oficiais;

    d) assistir a quaisquer reunies escolares marcadas pela direo do estabelecimento, desde que a marcao no coli-da com obrigao inadiveis, quer legitimamente assumidas pelos trabalhadores enquanto professores, quer resultantes da participao em organismos sindicais e instituies de previdncia ou que consistam no cumprimento de deveres cvicos;

    e) aceitar, sem prejuzo do seu horrio de trabalho, o de-sempenho de funes em estruturas de apoio educativo, bem como tarefas relacionadas com a organizao da atividade escolar;

    f) no lecionar particularmente alunos que estejam ou hajam estado, nesse mesmo ano, matriculados no estabele-cimento, salvo autorizao expressa da direo pedaggica.

    artigo 7.

    Garantias dos trabalhadores

    vedado entidade patronal:a) opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exer-

    a os seus direitos ou aplicar-lhe sanes por causa desse exerccio;

    b) exercer presso sobre o trabalhador para que atue no sentido de influir desfavoravelmente nas condies de traba-lho dele ou dos colegas;

    c) transferir o trabalhador para outro local de trabalho, salvo quando a transferncia no cause ao trabalhador pre-

    228

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    juzo srio ou se resultar da mudana, total ou parcial, do estabelecimento, devendo nestes casos a entidade patronal custear sempre as despesas feitas pelo trabalhador que sejam diretamente impostas pela transferncia;

    d) obrigar o trabalhador a adquirir bens ou utilizar servi-os fornecidos pela entidade patronal ou pessoa por ela in-dicada;

    e) Impedir a eficaz atuao dos delegados sindicais, mem-bros das comisses de trabalhadores ou membros da direo sindical que seja exercida dentro dos limites estabelecidos neste contrato e na legislao geral competente, designada-mente o direito de afixar no interior do estabelecimento e em local apropriado para o efeito, reservado pela entidade pa-tronal, textos, convocatrias, comunicaes ou informaes relativos vida sindical e aos interesses socioprofissionais dos trabalhadores, bem como proceder sua distribuio;

    f) impedir a presena, no estabelecimento, dos trabalha-dores investidos de funes sindicais em reunies de cuja realizao haja sido previamente avisada;

    g) Baixar a categoria profissional aos seus trabalhadores;h) forar qualquer trabalhador a cometer atos contrrios

    sua deontologia profissional;i) faltar ao pagamento pontual das remuneraes, na for-

    ma devida;j) lesar os interesses patrimoniais do trabalhador;l) ofender a honra e dignidade do trabalhador;m) advertir, admoestar ou censurar em pblico qualquer

    trabalhador, em especial perante alunos e respetivos fami-liares;

    n) despedir e readmitir um trabalhador, mesmo com o seu acordo, havendo o propsito de o prejudicar em direitos ou garantias j adquiridos;

    o) prejudicar o trabalhador em direitos ou regalias j ad-quiridos, no caso de o trabalhador transitar entre estabele-cimentos de ensino que data da transferncia pertenam, ainda que apenas em parte, mesma entidade patronal, sin-gular ou coletiva.

    artigo 8.

    Formao profissional

    o trabalhador tem direito, em cada ano, a um nmero m-nimo de trinta e cinco horas de formao contnua ou, sendo contratado a termo por perodo igual ou superior a trs me-ses, um nmero mnimo de horas proporcional durao do contrato nesse ano, nos termos da lei.

    artigo 9.

    Categorias profissionais

    os trabalhadores abrangidos pela presente conveno sero obrigatoriamente classificados, segundo as funes efetivamente desempenhadas, nas categorias profissionais constantes do anexo ii.

    artigo 10.

    Acesso e progresso na carreira

    1- O acesso a cada um dos nveis das carreiras profissionais

    condicionado pelas habilitaes acadmicas e ou profissio-nais, pelo tempo de servio e pela classificao de servio.

    2- s tero acesso carreira docente, designadamente progresso nos vrios nveis de remunerao, os professores que exeram a funo docente no ensino particular e coo-perativo, ainda que em mais do que um estabelecimento de ensino, em regime de dedicao exclusiva ou predominante, isto sem prejuzo do direito aos valores de retribuio base correspondentes s respetivas habilitaes acadmicas e profissionais dos professores a prestar servio em regime de acumulao.

    3- para efeitos da presente conveno aplicam-se as regras e os critrios de avaliao de desempenho previstos no anexo i.

    4- sempre que for aplicado o regulamento de avaliao de desempenho constante do anexo I, a progresso fica depen-dente dos resultados na avaliao, nos exatos termos defini-dos nesse regulamento.

    5- na falta de avaliao de desempenho por motivos no imputveis ao trabalhador, considera-se como bom o servio prestado pelo trabalhador no cumprimento dos seus deveres profissionais.

    6- a progresso na carreira ocorre em 1 de setembro de cada ano, de acordo com a estrutura de carreira vigente, quando, nessa data, o trabalhador reunir as condies neces-srias para a progresso.

    7- Quando a reunio das condies para progresso na carreira ocorrer entre 2 de setembro e 31 de dezembro, os efeitos da progresso retroagem a 1 de setembro.

    8- para efeitos de progresso nos vrios nveis de venci-mento dos docentes, psiclogos, terapeutas da fala, terapeu-tas ocupacionais, fisioterapeutas e tcnicos de servio social, conta-se como tempo de servio no apenas o tempo de servio prestado anteriormente no mesmo estabelecimento de ensino ou em estabelecimentos de ensino pertencentes mesma entidade patronal, mas tambm o servio prestado anteriormente noutros estabelecimentos de ensino particular ou pblico desde que declarado no momento da admisso e devidamente comprovado logo que possvel.

    9- a suspenso do contrato de trabalho no conta para efei-tos de progresso na carreira, na medida em que a progresso pressupe a prestao de efetivo servio.

    10- caso no decorrer do ano letivo seja aplicada ao tra-balhador sano disciplinar de perda de dias de frias, de suspenso do trabalho com perda de retribuio e antigui-dade ou despedimento sem indemnizao ou compensao, considera-se que o servio prestado nesse ano no conta para efeitos de progresso na carreira.

    11- sem prejuzo do disposto nos nmeros anteriores, aps a entrada em vigor do presente contrato, s releva para con-tagem de tempo de servio, o trabalho prestado pelo traba-lhador durante o tempo em que a sua relao laboral estiver subordinada ao presente contrato.

    12- a carreira docente tem um condicionamento na pas-sagem, do nvel 3 para o nvel 2, apenas sendo obrigatria a progresso de docentes at que se encontre totalmente preen-chida, no conjunto dos nveis 1 e 2, a percentagem de 20 % do total de docentes, com um mnimo de 1.

    229

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    13- Quando se aplique o condicionamento do nmero an-terior, tm prioridade na passagem para o nvel 2, reunidos os demais requisitos, os docentes com maior antiguidade ao abrigo do presente contrato.

    14- Quando, aps aplicao do disposto no nmero ante-rior, haja empate, ter prioridade o trabalhador com mais an-tiguidade no estabelecimento de ensino e, sendo necessrio novo critrio, o trabalhador com mais idade.

    artigo 11.

    Reclassificao na carreira docente

    1- a aquisio de grau superior ou equiparado que, de acordo com a legislao em vigor, determine uma reclassi-ficao na carreira docente produz efeitos a partir do dia 1 de setembro seguinte data da sua concluso, desde que o docente o comprove em tempo oportuno.

    2- A obteno de qualificaes para o exerccio de outras funes educativas em domnio no diretamente relacionado com o exerccio em concreto da docncia no determina a reclassificao dos educadores ou professores, exceto se a entidade patronal entender o contrrio.

    3- Os docentes que obtiverem a profissionalizao em ser-vio e os docentes legalmente dispensados da profissiona-lizao sero integrados nas respetivas carreiras de acordo com as suas habilitaes acadmicas e profissionais, com efeitos a 1 de setembro do ano civil em que a conclurem.

    4- os docentes que, nos termos dos nmeros anteriores, forem reclassificados, so enquadrados na carreira para que transitam no nvel com salrio imediatamente superior ao que auferiam, iniciando ento a contagem de tempo de servi-o a partir do nvel em que forem reclassificados.

    artigo 12.

    Contagem de tempo servio

    1- o trabalhador completa um ano de servio aps presta-o, durante um ano consecutivo, de um perodo normal de trabalho semanal de 35 horas.

    2- no caso de horrio incompleto, o tempo de servio prestado calculado proporcionalmente.

    artigo 13.

    Docentes em acumulao

    No tm acesso carreira docente os professores em re-gime de acumulao de funes entre o ensino particular e o ensino pblico

    artigo 14.

    Perodo experimental

    1- a admisso dos trabalhadores considera-se feita a ttulo experimental pelos perodos e nos termos previstos na lei.

    2- para estes efeitos, considera-se que os trabalhadores com funes pedaggicas exercem um cargo de elevado grau de responsabilidade e especial confiana pelo que o seu per-odo experimental de 180 dias.

    3- decorrido o perodo experimental, a admisso conside-rar-se- definitiva, contando-se a antiguidade dos trabalha-

    dores desde o incio do perodo experimental.4- durante o perodo experimental, qualquer das partes

    pode pr termo ao contrato, sem necessidade de aviso prvio nem alegao de justa causa, no havendo lugar a nenhuma compensao nem indemnizao.

    5- no se aplica o disposto nos nmeros anteriores, enten-dendo-se que a admisso desde o incio definitiva, quando o trabalhador seja admitido por iniciativa da entidade patronal, tendo para isso rescindido o contrato de trabalho anterior.

    6- tendo o perodo experimental durado mais de 60 ou 120 dias, para denunciar o contrato o empregador tem de dar um aviso prvio de 7 ou 15 dias teis, respetivamente.

    7- nos contratos de trabalho a termo, a durao do perodo experimental de 30 ou 15 dias, consoante o contrato tenha durao igual ou superior a seis meses ou durao inferior a seis meses.

    8- para os contratos a termo incerto, cuja durao se pre-veja no vir a ser superior a 6 meses, o perodo experimental de 15 dias.

    artigo 15.

    Contrato a termo

    1- a admisso de um trabalhador por contrato a termo, cer-to ou incerto, s permitida nos termos da lei.

    2- o contrato de trabalho a termo s pode ser celebrado para satisfao de necessidade temporria da empresa e pelo perodo estritamente necessrio satisfao dessa necessi-dade.

    3- o contrato de trabalho a termo est sujeito a forma es-crita e deve conter:

    a) Identificao, assinaturas e domiclio ou sede das par-tes;

    b) atividade do trabalhador e correspondente retribuio;c) local e perodo normal de trabalho;d) data de incio do trabalho;e) indicao do termo estipulado e do respetivo motivo

    justificativo;f) datas de celebrao do contrato e, sendo a termo certo,

    da respetiva cessao.4- considera-se sem termo o contrato de trabalho:a) Em que a estipulao de termo tenha por fim iludir as

    disposies que regulam o contrato sem termo;b) celebrado fora dos casos em que admissvel por lei a

    celebrao de contrato a termo;c) Em que falte a reduo a escrito, a identificao ou a

    assinatura das partes, ou, simultaneamente, as datas de cele-brao do contrato e de incio do trabalho, bem como aquele em que se omitam ou sejam insuficientes as referncias ao termo e ao motivo justificativo;

    d) celebrado em violao das normas previstas para a su-cesso de contratos de trabalho a termo.

    5- converte-se em contrato de trabalho sem termo:a) aquele cuja renovao tenha sido feita em violao das

    normas relativas renovao de contrato de trabalho a termo certo;

    b) aquele em que seja excedido o prazo de durao ou o nmero de renovaes mximas permitidas por lei;

    230

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    c) o celebrado a termo incerto, quando o trabalhador per-manea em atividade aps a data de caducidade indicada na comunicao do empregador ou, na falta desta, decorridos 15 dias aps a verificao do termo.

    artigo 16.

    Contrato a tempo parcial

    1- considera-se trabalho a tempo parcial o que correspon-da a um perodo normal de trabalho semanal inferior ao pra-ticado a tempo completo em situao comparvel.

    2- o contrato de trabalho a tempo parcial est sujeito a for-ma escrita e deve conter:

    a) Identificao, assinaturas e domiclio ou sede das par-tes;

    b) indicao do perodo normal de trabalho dirio e sema-nal, com referncia comparativa a trabalho a tempo comple-to.

    artigo 17.

    Trabalho intermitente

    exercendo os estabelecimentos de ensino atividade com descontinuidade ou intensidade varivel, pode a entidade empregadora e o trabalhador acordar que a prestao de tra-balho seja intercalada por um ou mais perodos de inativida-de, nos termos do regime de trabalho intermitente previsto na lei.

    artigo 18.

    Comisso de servio

    1- pode ser exercido em comisso de servio cargo de ad-ministrao ou equivalente, de direo ou chefia diretamente dependente da administrao ou de diretor-geral ou equi-valente, funes de secretariado pessoal de titular de qual-quer desses cargos, ou outras funes cuja natureza tambm suponha especial relao de confiana em relao a titular daqueles cargos, designadamente os cargos de coordenao pedaggica.

    2- pode exercer cargo ou funes em comisso de servio um trabalhador da empresa ou outro admitido para o efeito.

    3- o contrato para exerccio de cargo ou funes em co-misso de servio est sujeito a forma escrita e deve conter:

    a) Identificao, assinaturas e domiclio ou sede das par-tes;

    b) indicao do cargo ou funes a desempenhar, com meno expressa do regime de comisso de servio;

    c) no caso de trabalhador da empresa, a atividade que exerce, bem como, sendo diversa, a que vai exercer aps cessar a comisso;

    d) no caso de trabalhador admitido em regime de comis-so de servio que se preveja permanecer na empresa, a ati-vidade que vai exercer aps cessar a comisso.

    artigo 19.

    Perodo normal de trabalho para os trabalhadores com funes docentes

    1- o perodo normal de trabalho dos docentes de 35 ho-

    ras semanais.2- o perodo normal de trabalho dos docentes integra uma

    componente letiva e uma componente no letiva.3- aos docentes ser assegurado, em cada ano letivo, um

    perodo de trabalho letivo semanal igual quele que hajam praticado no ano letivo imediatamente anterior.

    4- a garantia assegurada no nmero anterior poder ser reduzida quanto aos professores com nmero de horas de trabalho letivo semanal superior aos perodos normais defi-nidos no artigo 20., mas o perodo normal de trabalho letivo semanal no poder ser inferior a este limite.

    5- Quando no for possvel assegurar a um docente o pe-rodo de trabalho letivo semanal que tivera no ano anterior, em consequncia de alterao de currculo ou diminuio do tempo de docncia de uma disciplina ou diminuio com-provada do nmero de alunos que determine a reduo do nmero de turmas, poder o contrato ser convertido em con-trato a tempo parcial enquanto se mantiver o facto que deu origem diminuio, com o acordo do docente e depois de esgotado o recurso ao nmero 2 do artigo 24.

    6- a aplicao do disposto no nmero anterior impede nova contratao para as horas correspondentes diminui-o enquanto esta se mantiver.

    artigo 20.

    Componente letiva

    1- para os trabalhadores com funes docentes, a com-ponente letiva do perodo normal de trabalho semanal a seguinte:

    a) educador de infncia e professor do 1. ceb - vinte e cinco horas de trabalho letivo;

    b) professor dos 2. e 3. ciclos do ensino bsico e do ensi-no secundrio - vinte e duas horas de trabalho letivo;

    c) outros trabalhadores com funes docentes - vinte e cinco horas de trabalho letivo.

    2- os horrios letivos dos docentes so organizados de acordo com o projeto curricular de cada escola e a sua orga-nizao temporal, tendo em conta os interesses dos alunos e as disposies legais aplicveis.

    3- Se, por fora da organizao flexvel do currculo e da unidade de tempo letivo adotada, a componente letiva sema-nal do docente referida na alnea b) do nmero 1 for superior a 1100 minutos, a diferena, at ao limite dos 1320 minutos (22 horas de trabalho letivo semanal), ser deduzida com-ponente no letiva de estabelecimento, por conta dos inter-valos entre aulas.

    4- por acordo das partes, o perodo normal de trabalho leti-vo semanal dos docentes dos 2. e 3. ciclos do ensino bsico e do ensino secundrio pode ser elevado at 33 horas de tra-balho letivo semanal.

    5- os docentes dos 2. e 3. ciclos do ensino bsico e do ensino secundrio no podero ter um horrio letivo superior a trinta e trs horas, ainda que lecionem em mais do que um estabelecimento de ensino.

    6- o no cumprimento do disposto no nmero anterior, quando se dever prestao de falsas declaraes ou no declarao da situao de acumulao pelo professor, consti-

    231

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    tui justa causa de resciso do contrato.7- No caso dos docentes que lecionam em cursos profis-

    sionais, a componente letiva do perodo normal de trabalho prevista no nmero 1 poder corresponder a uma mdia anu-al, desde que no exceda, em momento algum, as 33 horas letivas semanais e seja assegurada a retribuio mensal fixa correspondente componente letiva acordada.

    8- caso o estabelecimento de ensino no efetue a deduo prevista no nmero 3, esse tempo ser pago nos termos do disposto no artigo 44.

    9- Quando nos estabelecimentos de ensino aos professores sejam distribudas funes de diretores de turma, delegados de grupo ou disciplina ou outras funes de coordenao pe-daggica, os respetivos horrios sero reduzidos no mnimo de duas horas.

    10- as horas referidas no nmero anterior fazem parte do horrio de trabalho letivo semanal, no podendo ser conside-radas como extraordinrias se este exceder o limite de vinte e duas horas previsto no nmero 1.

    artigo 21.

    Organizao da componente no letiva

    1- a componente no letiva corresponde diferena entre as 35 horas semanais e a durao da componente letiva.

    2- a componente no letiva abrange a realizao de traba-lho individual e a prestao de trabalho do estabelecimento de ensino.

    3- o trabalho individual compreende:a) preparao de aulas;b) avaliao do processo ensino-aprendizagem;c) elaborao de estudos e de trabalhos de investigao de

    natureza pedaggica ou cientfico-pedaggica de interesse para o estabelecimento de ensino, com o acordo da direo pedaggica.

    4- o trabalho de estabelecimento de ensino abrange a rea-lizao de quaisquer trabalhos ou atividades indicadas pelo estabelecimento com o objetivo de contribuir para a concre-tizao do seu projeto educativo, tais como:

    a) atividades de articulao curricular entre docentes;b) atividades de apoio educativo e de reforo das apren-

    dizagens;c) atividades de acompanhamento de alunos motivado

    pela ausncia do respetivo docente, por perodo nunca supe-rior a trs dias seguidos;

    d) atividades de informao e orientao educacional dos alunos;

    e) reunies com encarregados de educao;f) Reunies, colquios ou conferncias que tenham a

    aprovao do estabelecimento ensino;g) aes de formao e atualizao aprovadas pela direc-

    o do estabelecimento de ensino;h) reunies de natureza pedaggica enquadradas nas es-

    truturas do estabelecimento de ensino;i) servio de exames.5- o trabalho de estabelecimento prestado neste, sempre

    que existam condies fsicas adequadas.6- a organizao e estruturao da componente no leti-

    va, salvo o trabalho individual, so da responsabilidade da direco pedaggica, tendo em conta a realizao do projeto educativo do estabelecimento de ensino.

    7- sem prejuzo do disposto no nmero seguinte, o traba-lho individual no pode ser inferior a 50 % da componente no letiva.

    8- no caso da componente letiva, por acordo das partes, ser superior a 22 horas, as horas letivas acima destas, at s 33, so deduzidas componente no letiva de trabalho individual e, se esgotadas estas, componente no letiva de trabalho de estabelecimento.

    artigo 22.

    Componente no letiva dos docentes com horrio incompleto

    a componente no letiva dos docentes com horrio in-completo ser reduzida proporcionalmente ao nmero de horas semanais da componente letiva.

    artigo 23.

    Fixao do horrio de trabalho

    1- compete entidade patronal estabelecer os horrios de trabalho, dentro dos condicionalismos da lei e do presente contrato.

    2- na elaborao dos horrios de trabalho devem ser pon-deradas as preferncias manifestadas pelos trabalhadores.

    3- a entidade patronal dever desenvolver os horrios de trabalho em cinco dias semanais, entre segunda-feira e sexta- -feira, sem prejuzo do disposto no artigo 31.

    4- A entidade patronal fica obrigada a elaborar e a afixar anualmente, em local acessvel, o mapa de horrio de tra-balho.

    artigo 24.

    Regras quanto elaborao do horrio letivo dos docentes

    1- uma vez atribudo, o horrio letivo considera-se em vi-gor dentro das horas por ele ocupadas at concluso do ano escolar e s por acordo entre o professor e a direo do esta-belecimento ou por determinao do ministrio da educao e Cincia podero ser feitas alteraes que se repercutam nas horas de servio letivo do docente.

    2- Se se verificarem alteraes que se repercutam no ho-rrio letivo e da resultar diminuio do nmero de horas de trabalho letivo, o professor dever completar as suas horas de servio letivo mediante desempenho de outras atividades a acordar com a direo do estabelecimento.

    3- a organizao do horrio dos professores ser a que re-sultar da elaborao dos horrios das aulas, tendo-se em con-ta os interesses dos alunos, as exigncias do ensino, as dispo-sies legais aplicveis, o nmero de programas a lecionar.

    4- a entidade patronal no poder impor ao professor ho-rrio que ocupe os trs perodos de aulas, manh, tarde e noite.

    5- para os trabalhadores dos servios gerais adstritos ao servio de transportes de alunos poder ser ajustado entre as partes um horrio mvel entre cada trabalhador e a entidade patronal respetiva, segundo as necessidades do estabeleci-mento.

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  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    artigo 25.

    Adaptabilidade

    1- o empregador e o trabalhador podem, por acordo e nos termos da lei, definir o perodo normal de trabalho em termos mdios.

    2- o acordo referido no nmero anterior pode ser celebra-do mediante proposta, por escrito, do empregador, presumin-do-se aceitao por parte do trabalhador que a ele no se oponha, por escrito, nos 14 dias seguintes ao conhecimento da mesma.

    3- a entidade patronal pode aplicar o regime ao conjunto dos trabalhadores de uma equipa ou seco do estabeleci-mento de ensino caso, pelo menos, 60 % desses trabalha-dores sejam por ele abrangidos, mediante filiao em asso-ciao sindical celebrante da conveno e por escolha desta conveno como aplicvel.

    4- caso a proposta a que se refere o nmero 2 seja aceite por, pelo menos, 75 % dos trabalhadores da equipa ou sec-o, o empregador pode aplicar o mesmo regime ao conjunto dos trabalhadores dessa estrutura.

    5- no conceito de equipa ou seco incluem-se os docen-tes, por nvel de ensino em que lecionam, e os no docentes, por categoria profissional.

    artigo 26.

    Banco de horas

    1- o perodo normal de trabalho pode ser aumentado at duas horas dirias e cinco horas semanais, tendo o acrscimo por limite 155 horas por ano.

    2- a compensao do trabalho prestado em acrscimo feita mediante reduo equivalente do tempo de trabalho, pa-gamento em dinheiro ou aumento do perodo de frias, nos termos a definir pela entidade patronal.

    3- o empregador deve comunicar ao trabalhador com a antecedncia mnima de 10 dias a necessidade de prestao de trabalho.

    5- a compensao do trabalho prestado em acrscimo po-der ser gozada, nos perodos de interrupo letiva, em dia(s) ou meios dias, por iniciativa do trabalhador, ou, em qualquer altura do ano escolar, por deciso da entidade patronal, de-vendo qualquer deles informar o outro da utilizao dessa reduo com a antecedncia mnima de 15 dias.

    6- Quando, at 31 de agosto de cada ano, no tiver havido compensao do trabalho prestado em acrscimo a partir de 1 de setembro do ano anterior atravs de reduo equivalente do tempo de trabalho ou do aumento do perodo de frias, o trabalhador tem direito ao pagamento em dinheiro do traba-lho prestado em acrscimo.

    artigo 27.

    Intervalos de descanso

    1- nenhum perodo de trabalho consecutivo poder exce-der cinco horas de trabalho.

    2- os intervalos de descanso resultantes da aplicao do nmero anterior no podero ser inferiores a uma nem supe-riores a duas horas.

    3- o previsto nos nmeros anteriores poder ser alterado mediante acordo expresso do trabalhador.

    artigo 28.

    Trabalho suplementar

    1- S em casos inteiramente imprescindveis e justific-veis se recorrer ao trabalho suplementar.

    2- o trabalhador deve ser dispensado de prestar trabalho suplementar quando, havendo motivos atendveis, expressa-mente o solicite.

    3- Quando o trabalhador prestar horas suplementares no poder entrar ao servio novamente sem que antes tenham decorrido, pelo menos, onze horas sobre o termo da presta-o.

    4- A entidade patronal fica obrigada a assegurar ou a pa-gar o transporte sempre que o trabalhador preste trabalho suplementar e desde que no existam transportes coletivos habituais.

    5- sempre que a prestao de trabalho suplementar obri-gue o trabalhador a tomar qualquer refeio fora da sua resi-dncia, a entidade patronal deve assegurar o seu fornecimen-to ou o respetivo custo.

    6- no considerado trabalho suplementar a formao profissional, ainda que realizada fora do horrio de trabalho, desde que no exceda duas horas dirias.

    7- mediante acordo com o trabalhador, o empregador pode substituir as duas horas dirias por um perodo de at 8 horas de formao, a ministrar em dia de descanso semanal com-plementar.

    artigo 29.

    Trabalho noturno

    1- considera-se trabalho noturno o prestado no perodo que decorre entre as vinte e uma horas de um dia e as sete do dia imediato.

    2- considera-se tambm trabalho noturno o prestado de-pois das sete horas, desde que em prolongamento de um pe-rodo de trabalho noturno.

    artigo 30.

    Efeitos da substituio de trabalhadores

    1- sempre que um trabalhador no docente substitua outro de categoria superior sua para alm de 15 dias, salvo em caso de frias de durao superior a este perodo, ter direito retribuio que categoria mais elevada corresponder du-rante o perodo dessa substituio.

    2- se a substituio a que alude o nmero anterior se pro-longar por 150 dias consecutivos ou interpolados no perodo de um ano, o trabalhador substituto ter preferncia, durante um ano, na admisso a efetuar na profisso e na categoria.

    3- o disposto nos nmeros anteriores no prejudica as dis-posies deste contrato relativas ao perodo experimental.

    artigo 31.

    Descanso semanal

    1- a interrupo do trabalho semanal corresponder a dois

    233

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    dias, dos quais um ser o domingo e o outro, sempre que possvel, o sbado.

    2- nos estabelecimentos de ensino com atividades ao s-bado e nos que possuam regime de internato ou de semi-internato, os trabalhadores necessrios para assegurar o fun-cionamento mnimo dos estabelecimentos no sbado e no domingo tero um destes dias, obrigatoriamente, como de descanso semanal, podendo o dia de descanso complementar a que tm direito ser fixado de comum acordo entre o traba-lhador e a entidade patronal, com a possibilidade de este dia corresponder a dois meios dias diferentes.

    3- para os trabalhadores referidos no nmero anterior que pertenam ao mesmo setor, os sbados ou domingos como dias de descanso obrigatrio devero ser rotativos e estabe-lecidos atravs de uma escala de servios.

    artigo 32.

    Frias - Princpios gerais

    1- os trabalhadores abrangidos pela presente conveno tm direito a um perodo de frias retribudas em cada ano civil, nos termos da lei.

    2- o direito a frias adquire-se com a celebrao do con-trato de trabalho e vence-se no dia 1 de janeiro de cada ano civil.

    3- o perodo anual de frias tem a durao mnima de 22 dias teis.

    4- o empregador elabora o mapa de frias, com indicao do incio e do termo dos perodos de frias de cada traba-lhador, at 15 de abril de cada ano e mantm-no afixado nos locais de trabalho entre esta data e 31 de outubro.

    5- o perodo de frias dos trabalhadores dever ser esta-belecido de comum acordo entre o trabalhador e a entidade patronal.

    6- na falta de acordo previsto no nmero anterior, compete entidade patronal fixar as frias entre 1 de maio e 31 de outubro, assim como nos perodos de interrupo das ativi-dades letivas estabelecidas por lei.

    artigo 33.

    Direito a frias dos trabalhadores contratados a termo

    1- os trabalhadores admitidos por contrato a termo cuja durao inicial ou renovada no atinja seis meses tm direito a um perodo de frias equivalente a dois dias teis por cada ms completo de durao do contrato, contando-se para este efeito todos os dias, seguidos ou interpolados, em que foi prestado trabalho.

    2- nos contratos cuja durao total no atinja seis meses, o gozo das frias tem lugar no momento imediatamente ante-rior ao da cessao, salvo acordo das partes.

    artigo 34.

    Impedimentos prolongados

    1- determina a suspenso do contrato de trabalho o im-pedimento temporrio por facto no imputvel ao trabalha-dor que se prolongue por mais de um ms, nomeadamente o servio militar ou servio cvico substitutivo, doena ou

    acidente.2- o contrato caduca no momento em que se torne certo

    que o impedimento definitivo.3- Quando o trabalhador estiver impedido de comparecer

    ao trabalho por facto que no lhe seja imputvel, nomeada-mente doena ou acidente, manter o direito ao emprego, categoria, antiguidade e demais regalias que por esta con-veno ou por iniciativa da entidade patronal lhe estavam a ser atribudas, mas cessam os direitos e deveres das partes na medida em que pressuponham a efetiva prestao de tra-balho.

    artigo 35.

    Frias e impedimentos prolongados

    1- no ano da suspenso do contrato de trabalho por im-pedimento prolongado, respeitante ao trabalhador, se se ve-rificar a impossibilidade total ou parcial do gozo do direito a frias j vencido, o trabalhador tem direito retribuio correspondente ao perodo de frias no gozado e respetivo subsdio.

    2- no ano da cessao do impedimento prolongado, o tra-balhador tem direito s frias nos mesmos termos previstos para o ano da admisso.

    3- no caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decor-ridos seis meses sobre a cessao do impedimento prolonga-do ou antes de gozado o direito a frias, pode o trabalhador usufrui-lo at 30 de abril do ano civil subsequente.

    4- cessando o contrato aps impedimento prolongado res-peitante ao trabalhador, este tem direito retribuio e ao subsdio de frias correspondentes ao tempo de servio pres-tado no ano de incio da suspenso.

    artigo 36.

    Feriados

    alm dos feriados obrigatrios previstos na lei, observa- -se ainda o feriado municipal da localidade em que se situe o estabelecimento.

    artigo 37.

    Encerramento para frias

    1- a entidade patronal pode encerrar o estabelecimento de ensino, total ou parcialmente, para frias dos trabalhadores, quer por perodo superior a 15 dias consecutivos entre 1 de julho e 31 de agosto, quer por perodo inferior a 15 dias con-secutivos nos restantes perodos de interrupo das ativida-des letivas.

    2- a entidade patronal pode ainda encerrar o estabeleci-mento de ensino, total ou parcialmente, para frias dos tra-balhadores um dia que esteja entre um feriado que ocorra tera-feira ou quinta-feira e um dia de descanso semanal.

    artigo 38.

    Licena sem retribuio

    1- a entidade patronal pode conceder ao trabalhador, a pe-dido deste, licena sem retribuio.

    2- a licena sem retribuio determina a suspenso do

    234

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    contrato de trabalho.3- o trabalhador conserva o direito ao lugar, ao qual re-

    gressa no final do perodo de licena sem retribuio.4- durante o perodo de licena sem retribuio cessam os

    direitos, deveres e garantias das partes na medida em que pressuponham a efetiva prestao do trabalho. no caso de o trabalhador pretender e puder manter o seu direito a be-nefcios relativamente caixa geral de aposentaes ou segurana social, os respetivos descontos sero, durante a licena, da sua exclusiva responsabilidade.

    5- durante o perodo de licena sem retribuio os traba-lhadores figuraro no quadro de pessoal.

    6- o trabalhador tem direito a licenas sem retribuio de longa durao para frequncia de cursos de formao minis-trados sob a responsabilidade de uma instituio de ensino ou de formao profissional ou no mbito de programa espe-cfico aprovado por autoridade competente e executado sob o seu controlo pedaggico ou frequncia de cursos ministrados em estabelecimentos de ensino.

    7- a entidade patronal pode recusar a concesso da licena prevista no nmero anterior nas seguintes condies:

    a) Quando ao trabalhador tenha sido proporcionada forma-o profissional adequada ou licena para o mesmo fim nos ltimos 24 meses;

    b) Quando a antiguidade do trabalhador no estabelecimen-to de ensino seja inferior a trs anos;

    c) Quando o trabalhador no tenha requerido a licena com uma antecedncia mnima de 90 dias em relao data do seu incio;

    d) Quando tratando-se de trabalhadores includos em n-veis de qualificao de direo ou chefia ou quadros de pes-soal altamente qualificado no seja possvel a substituio dos mesmos durante o perodo de licena, em prejuzo srio para o funcionamento do estabelecimento de ensino.

    8- considera-se de longa durao a licena no inferior a 60 dias.

    artigo 39.

    Faltas - Definio

    1- Falta a ausncia do trabalhador durante o perodo nor-mal de trabalho a que est obrigado.

    2- No caso de ausncia durante perodos inferiores a um dia de trabalho, os respetivos tempos sero adicionados con-tando-se estas ausncias como faltas na medida em que se perfizerem um ou mais perodos normais dirios de trabalho.

    3- relativamente aos trabalhadores docentes dos 2. e 3. ciclos do ensino bsico, do ensino secundrio e de cursos extracurriculares ser tido como um dia de falta a ausncia ao servio por quatro horas letivas seguidas ou interpoladas, salvaguardando o disposto no nmero 2 do artigo 41.

    4- excetuam-se do disposto no nmero anterior os profes-sores com horrio incompleto, relativamente aos quais se contar um dia de falta quando o nmero de horas letivas de ausncia perfizer o resultado da diviso do nmero de horas letivas semanais por cinco.

    5- para efeitos do disposto no presente artigo, uma hora letiva corresponde a um tempo letivo, exceto no caso de tem-

    pos letivos superiores a uma hora, caso em que a falta corres-ponde a falta a duas horas letivas.

    6- em relao aos trabalhadores docentes so tambm consideradas faltas as provenientes da recusa de participa-o, sem fundamento, na frequncia de cursos de aperfeio-amento ou reciclagem.

    7- considerada falta a um dia de trabalho, a ausncia dos docentes a servio de exames e a reunies de avaliao de alunos.

    8- A ausncia a outras reunies de natureza pedaggica, quando devidamente convocadas, considerada falta do do-cente a dois tempos letivos.

    9- As faltas podem ser justificadas ou injustificadas.

    artigo 40.

    Efeitos das faltas justificadas

    1- As faltas justificadas so as previstas na lei.2- As faltas justificadas no determinam a perda ou preju-

    zo de quaisquer direitos ou regalias do trabalhador, salvo o disposto no nmero seguinte.

    3- determinam perda de retribuio as seguintes faltas ain-da que justificadas:

    a) as dadas por motivo de acidente de trabalho, desde que o trabalhador tenha direito a qualquer subsdio ou seguro;

    b) as dadas por motivo de doena, desde que o trabalha-dor esteja abrangido por um regime de segurana social que cubra esta eventualidade, independentemente dos seus ter-mos;

    c) As faltas para assistncia a membro do agregado fami-liar;

    d) As que por lei sejam consideradas justificadas quando excedam 30 dias por ano;

    e) as autorizadas ou aprovadas pelo empregador.4- Durante o perodo de ausncia por doena ou parenta-

    lidade do trabalhador fica a entidade patronal desonerada do pagamento do subsdio de frias e de natal correspondente ao perodo de ausncia, desde que o trabalhador esteja abran-gido por um regime de segurana social que cubra esta even-tualidade, independentemente dos seus termos.

    5- Os pedidos de dispensa ou as comunicaes de ausncia devem ser feitos por escrito em documento prprio e em du-plicado, devendo um dos exemplares, depois de visado, ser entregue ao trabalhador.

    6- os documentos a que se refere o nmero anterior sero obrigatoriamente fornecidos pela entidade patronal a pedido do trabalhador.

    7- As faltas justificveis, quando previsveis, sero obriga-toriamente comunicadas entidade patronal, com a antece-dncia mnima de cinco dias.

    8- Quando imprevistas, as faltas justificadas sero obriga-toriamente comunicadas entidade patronal, logo que pos-svel.

    9- o no cumprimento no disposto nos nmeros 2 e 3 deste artigo torna as faltas injustificadas.

    10- a entidade patronal pode, em qualquer caso de falta justificada, exigir ao trabalhador a prova dos factos invoca-dos para a justificao.

    235

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    11- as faltas a servio de exames e a reunies de avalia-o de alunos, apenas podem ser justificadas por casamento do docente, por maternidade ou paternidade do docente, por falecimento de familiar direto do docente, por doena do do-cente, por acidente em servio do docente, por isolamento profiltico do docente e para cumprimento de obrigaes le-gais pelo docente.

    artigo 41.

    Efeitos das faltas injustificadas

    1- A falta injustificada constitui violao do dever de as-siduidade e determina perda da retribuio correspondente ao perodo de ausncia, que no contado na antiguidade do trabalhador.

    2- A falta injustificada a um ou meio perodo normal de trabalho dirio, imediatamente anterior ou posterior a dia ou meio dia de descanso ou a feriado, constitui infrao grave.

    3- na situao referida no nmero anterior, o perodo de ausncia a considerar para efeitos da perda de retribuio prevista no nmero 1 abrange os dias ou meios-dias de des-canso ou feriados imediatamente anteriores ou posteriores ao dia de falta.

    4- no caso de apresentao de trabalhador com atraso in-justificado:

    a) sendo superior a sessenta minutos e para incio do tra-balho dirio, o empregador pode no aceitar a prestao de trabalho durante todo o perodo normal de trabalho;

    b) sendo superior a trinta minutos, o empregador pode no aceitar a prestao de trabalho durante essa parte do perodo normal de trabalho.

    5- incorre em infrao disciplinar grave o trabalhador que:a) Faltar injustificadamente com a alegao de motivo ou

    justificao comprovadamente falsa;b) Faltar injustificadamente durante cinco dias consecuti-

    vos ou dez interpolados no perodo de um ano.6- excetuam-se do disposto no nmero anterior os profes-

    sores dos 2. e 3. ciclos do ensino bsico e ensino secundrio e de cursos extracurriculares que no caso de faltarem injus-tificadamente a um ou mais tempos letivos no podero ser impedidos de lecionar durante os demais tempos letivos que o seu horrio comportar nesse dia.

    artigo 42.

    Retribuies mnimas

    1- considera-se retribuio, a remunerao base e todas as prestaes regulares e peridicas feitas, direta ou indireta-mente, em dinheiro ou em espcie.

    2- Esta retribuio dever ser paga no ltimo dia do ms a que respeite.

    3- a retribuio mnima mensal dos trabalhadores com funes docentes calculada multiplicando o nmero de ho-ras letivas semanais atribudas pelo valor hora semanal da respetiva tabela.

    4- Quando o horrio letivo dos docentes referidos na al-nea b) do nmero 1 do artigo 20. for superior a 22 horas, a retribuio mnima calculada multiplicando o valor hora semanal constante da respetiva tabela e nvel pelo nmero de

    horas letivas atribudas ao docente.5- os limites mnimos constantes das tabelas salariais do

    anexo iii podem ser reduzidos at 15 %, com carter exce-cional e temporrio, caso se verifique no estabelecimento de ensino uma situao de dificuldade econmica.

    6- o estabelecimento de ensino que evoque a situao pre-vista no nmero anterior apenas o poder fazer desde que se verifiquem, cumulativamente, as seguintes situaes:

    a) tenham uma frequncia inferior a 75 alunos, no caso de estabelecimentos de ensino com um ou dois nveis de ensino ou 150 alunos no caso de estabelecimentos de ensino com trs ou mais nveis de ensino;

    b) o nmero de alunos mdio por turma seja inferior a 15 alunos, nos ensinos pr-escolar e primeiro ciclo do ensino bsico, ou inferior a 20 alunos nos segundo e terceiro ciclos do ensino bsico e ensino secundrio;

    c) pratiquem anuidades que impliquem um valor/turma inferior ao valor/turma previsto no contrato de associao.

    artigo 43.

    Clculo da retribuio horria e diria

    1- para o clculo da retribuio horria utilizar-se- a se-guinte frmula:

    retribuio horria = (12 x retribuio mensal) / (52 x perodo normal de trabalho semanal)

    2- para o clculo da retribuio diria utilizar-se- a se-guinte frmula:

    retribuio diria = retribuio mensal / 30

    3- para clculo da retribuio do dia til, utilizar-se- a se-guinte frmula:

    retribuio diria til = rh x (perodo normal de traba-lho semanal / 5)

    artigo 44.

    Remuneraes do trabalho suplementar

    o trabalho suplementar d direito a reduo equivalente do tempo de trabalho ou a remunerao especial, nos termos do cdigo do trabalho.

    artigo 45.

    Retribuio do trabalho noturno

    1- as horas de trabalho prestado em regime de trabalho noturno sero pagas com um acrscimo de 25 % relativa-mente retribuio do trabalho equivalente prestado durante o dia.

    2- o acrscimo previsto no nmero anterior pode, com o acordo do trabalhador, ser substitudo por reduo equiva-lente do perodo normal de trabalho.

    artigo 46.

    Subsdios - Generalidades

    os valores atribudos a ttulo de qualquer dos subsdios previstos pela presente conveno no sero acumulveis com valores de igual ou idntica natureza j concedidos pe-

    236

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    los estabelecimentos de ensino.

    artigo 47.

    Subsdios de refeio

    1- atribudo a todos os trabalhadores abrangidos pelo presente contrato por cada dia de trabalho um subsdio de refeio no valor de 4,33 , quando pela entidade patronal no lhes seja fornecida refeio.

    2- aos trabalhadores com horrio incompleto ser devida a refeio ou subsdio quando o horrio se distribuir por dois perodos dirios ou quando tiverem quatro horas de trabalho no mesmo perodo do dia.

    artigo 48.

    Retribuio das frias

    1- a retribuio correspondente ao perodo de frias no pode ser inferior que os trabalhadores receberiam se es-tivessem ao servio efetivo e deve ser paga antes do incio daquele perodo.

    2- aos trabalhadores abrangidos pela presente conveno devido um subsdio de frias de montante igual ao que re-ceberia se estivesse em servio efetivo.

    3- o referido subsdio deve ser pago at 15 dias antes do incio das frias.

    4- o aumento da durao do perodo de frias no tem consequncias no montante do subsdio de frias.

    5- Qualquer dispensa da prestao de trabalho ou aumento da durao do perodo de frias no tem consequncias no montante do subsdio de frias.

    artigo 49.

    Subsdio de Natal

    1- aos trabalhadores abrangidos pelo presente contrato ser devido subsdio de natal a pagar at 15 de dezembro de cada ano, equivalente retribuio a que tiverem direito nesse ms.

    2- no ano de admisso, no ano de cessao e em caso de suspenso do contrato de trabalho por facto respeitante ao trabalhador, o valor do subsdio proporcional ao tempo de servio prestado nesse ano civil.

    artigo 50.

    Exerccio de funes inerentes a diversas categorias

    1- Quando, na pendncia do contrato de trabalho, o tra-balhador vier a exercer habitualmente funes inerentes a diversas categorias, para as quais no foi contratado, rece-ber retribuio correspondente mais elevada, enquanto tal exerccio se mantiver.

    2- o trabalhador pode ser contratado para exercer funes inerentes a diversas categorias, sendo a retribuio corres-pondente a cada uma, na respetiva proporo.

    artigo 51.

    Regime de pensionato

    1- os estabelecimentos de ensino com internato ou semi-

    internato podem estabelecer o regime de pensionato como condio de trabalho. nestes casos, os valores mximos a atribuir penso (alojamento e alimentao) devem ser:

    a) 162,74 , para os trabalhadores docentes cujo venci-mento seja igual ou superior a 1071,20 ;

    b) 98,88 , para os restantes trabalhadores docentes.2- aos professores do 1. ciclo do ensino bsico, educa-

    dores de infncia, auxiliares de educao e vigilantes que, por razes de ordem educativa, devem tomar as refeies juntamente com os alunos ser-lhe-o as mesmas fornecidas gratuitamente.

    3- para efeitos do presente artigo, consideram-se estabele-cimentos em regime de internato aqueles em que os alunos, alm da lecionao tm alojamento e tomam todas as refei-es, e estabelecimento em regime de semi-internato aqueles em que os alunos, alm da lecionao tm salas de estudo e tomam almoo e merenda confecionada no estabelecimento.

    artigo 52.

    Trabalhadores estudantes

    o regime do trabalhador estudante o previsto na lei ge-ral.

    artigo 53.

    Modalidades de cessao do contrato de trabalho

    o contrato de trabalho pode cessar, nos termos da lei, por:

    a) caducidade;b) revogao;c) despedimento por facto imputvel ao trabalhador;d) despedimento coletivo;e) despedimento por extino de posto de trabalho;f) despedimento por inadaptao;g) resoluo pelo trabalhador;h) denncia pelo trabalhador.

    artigo 54.

    Casos especiais de caducidade

    1- o contrato caduca no termo da autorizao provisria de lecionao concedida pelo ministrio da educao e ci-ncia para o respetivo ano letivo.

    2- no termo do ano escolar para que foi concedida a au-torizao de acumulao de funes docentes pblicas com funes privadas, cessa igualmente por caducidade o contra-to de trabalho celebrado.

    3- a caducidade prevista nos nmeros anteriores no de-termina o direito a qualquer compensao ou indemnizao.

    4- contratao de trabalhadores reformados ou aposen-tados aplica-se o regime legal de converso em contrato a termo aps reforma por velhice ou idade de 70 anos.

    artigo 55.

    Processos disciplinares

    O processo disciplinar fica sujeito ao regime legal apli-cvel.

    237

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    artigo 56.

    Previdncia - Princpios gerais

    as entidades patronais e os trabalhadores ao seu servio contribuiro para as instituies de previdncia que os abran-jam nos termos dos respetivos estatutos e demais legislao aplicvel.

    artigo 57.

    Subsdio de doena

    os trabalhadores que no tenham direito a subsdio de doena por a entidade patronal respetiva no praticar os descontos legais tm direito retribuio completa corres-pondente aos perodos de ausncia motivados por doena ou acidente de trabalho.

    artigo 58.

    Invalidez

    no caso de incapacidade parcial para o trabalho habitual proveniente de acidente de trabalho ou doenas profissionais ao servio da entidade patronal, esta diligenciar conseguir a reconverso do trabalhador diminudo para funes compa-tveis com a diminuio verificada.

    artigo 59.

    Seguros

    1- o empregador obrigado a transferir a responsabilidade por indemnizao resultante de acidente de trabalho para en-tidades legalmente autorizadas a realizar este seguro.

    2- para alm da normal cobertura feita pelo seguro obri-gatrio de acidentes, devero os trabalhadores, quando em servio externo, beneficiar de seguro daquela natureza, com a incluso desta modalidade especfica na aplice respetiva.

    artigo 60.

    Direito atividade sindical no estabelecimento

    1- Os trabalhadores e os sindicatos tm direito a desenvol-ver atividade sindical no estabelecimento, nomeadamente atravs de delegados sindicais, comisses sindicais, comis-ses intersindicais do estabelecimento e membros da direo sindical.

    2- entidade patronal vedada qualquer interferncia na atividade sindical dos trabalhadores ao seu servio, desde que esta se desenvolva nos termos da lei.

    3- entende-se por comisso sindical de estabelecimento a organizao dos delegados sindicais desse estabelecimento.

    4- entende-se por comisso intersindical de estabeleci-mento a organizao dos delegados sindicais de diversos sindicatos no estabelecimento.

    5- Os delegados sindicais tm o direito de afixar, no inte-rior do estabelecimento e em local apropriado, para o efeito reservado pela entidade patronal, textos, convocatrias, co-municaes ou informaes relativos vida sindical e aos interesses socioprofissionais dos trabalhadores, bem como proceder sua distribuio, mas sem prejuzo, em qualquer dos casos, do normal funcionamento do estabelecimento.

    6- os dirigentes sindicais ou seus representantes, devida-mente credenciados, podem ter acesso s instalaes do es-tabelecimento, desde que seja dado conhecimento prvio entidade patronal ou seu representante do dia, hora e assunto a tratar.

    artigo 61.

    Nmero de delegados sindicais

    1- o nmero mximo de delegados sindicais a quem so atribudos os direitos referidos no artigo 62. o seguinte:

    a) estabelecimentos com menos de 50 trabalhadores sin-dicalizados - 1;

    b) estabelecimentos com 50 a 99 trabalhadores sindicali-zados - 2;

    c) estabelecimentos com 100 a 199 trabalhadores sindica-lizados - 3;

    d) estabelecimentos com 200 a 499 trabalhadores sindica-lizados - 6.

    2- nos estabelecimentos a que se refere a alnea a) do n-mero anterior, seja qual for o nmero de trabalhadores sin-dicalizados ao servio, haver sempre um delegado sindical com direito ao crdito e horas previsto no artigo 62.

    artigo 62.

    Tempo para o exerccio das funes sindicais

    1- cada delegado sindical dispe, para o exerccio das suas funes, de um crdito de horas no inferior a oito ou cinco mensais conforme se trate ou no de delegado que faa parte da comisso intersindical, respetivamente.

    2- o crdito de horas estabelecido no nmero anterior res-peita ao perodo normal de trabalho e conta, para todos os efeitos, como tempo de servio efetivo.

    3- os delegados sempre que pretendam exercer o direito previsto neste artigo devero comunic-lo entidade patro-nal ou aos seus representantes, com antecedncia de vinte e quatro horas, exceto em situaes imprevistas.

    4- o dirigente sindical dispe, para o exerccio das suas funes, de um crdito no inferior a quatro dias por ms, que contam, para todos os efeitos, como tempo de servio efetivo.

    5- os trabalhadores com funes sindicais dispem de um crdito anual de seis dias teis, que contam, para todos os efeitos, como tempo de servio efetivo, para frequentarem cursos ou assistirem a reunies, colquios, conferncias e congressos convocados pelas associaes sindicais que os representam, com respeito pelo regular funcionamento do estabelecimento de ensino.

    6- Quando pretendam exercer o direito previsto nmero 5, os trabalhadores devero comunic-lo entidade patronal ou aos seus representantes, com a antecedncia mnima de um dia.

    artigo 63.

    Direito de reunio nas instalaes do estabelecimento

    1- os trabalhadores podem reunir-se nos respetivos locais de trabalho, fora do horrio normal, mediante convocao

    238

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    de um tero ou de 50 trabalhadores do respetivo estabeleci-mento, ou do delegado da comisso sindical ou intersindical.

    2- sem prejuzo do disposto no nmero anterior, os traba-lhadores tm direito a reunir-se durante o horrio normal de trabalho at ao limite de quinze horas em cada ano, desde que assegurem servios de natureza urgente.

    3- os promotores das reunies referidas nos pontos ante-riores so obrigados a comunicar entidade patronal respe-tiva ou a quem a represente, com a antecedncia mnima de um dia, a data e hora em que pretendem que aquelas se efe-tuem, devendo afixar, no local reservado para esse efeito, a respetiva convocatria.

    4- os dirigentes das organizaes sindicais representativas dos trabalhadores do estabelecimento podem participar nas reunies, mediante comunicao dirigida entidade patro-nal ou seu representante, com a antecedncia mnima de seis horas.

    5- as entidades patronais cedero as instalaes conve-nientes para as reunies previstas neste artigo.

    artigo 64.

    Cedncia de instalaes

    1- nos estabelecimentos com cem ou mais trabalhadores, a entidade patronal colocar disposio dos delegados sin-dicais, quando estes o requeiram, de forma permanente, um local situado no interior do estabelecimento ou na sua proxi-midade para o exerccio das suas funes.

    2- nos estabelecimentos com menos de cem trabalhado-res, a entidade patronal colocar disposio dos delega-dos sindicais, sempre que estes o requeiram, um local para o exerccio das suas funes.

    artigo 65.

    Atribuio de horrio a dirigentes e a delegados sindicais

    1- os membros dos corpos gerentes das associaes sindi-cais podero solicitar direo do estabelecimento de ensino a sua dispensa total ou parcial de servio enquanto membros daqueles corpos gerentes.

    2- para os membros das direes sindicais de professores sero organizados horrios nominais de acordo com as su-gestes apresentadas pelos respetivos sindicatos.

    3- na elaborao dos horrios a atribuir aos restantes membros dos corpos gerentes das associaes sindicais de professores e aos seus delegados sindicais ter-se-o em conta as tarefas por eles desempenhadas no exerccio das respeti-vas atividades sindicais.

    artigo 66.

    Quotizao sindical

    1- mediante declarao escrita do interessado, as entida-des empregadoras efetuaro o desconto mensal das quotiza-es sindicais nos salrios dos trabalhadores e remet-las-o s associaes sindicais respetivas at ao dia 10 de cada ms.

    2- da declarao a que se refere o nmero anterior cons-tar o valor das quotas e o sindicato em que o trabalhador se encontra inscrito.

    3- a declarao referida no nmero 2 dever ser enviada ao sindicato e ao estabelecimento de ensino respetivo, po-dendo a sua remessa ao estabelecimento de ensino ser feita por intermdio do sindicato.

    4- o montante das quotizaes ser acompanhado dos ma-pas sindicais utilizados para este efeito, devidamente preen-chidos, donde consta nome do estabelecimento de ensino, ms e ano a que se referem as quotas, nome dos trabalhado-res por ordem alfabtica, nmero de scio do sindicato, ven-cimento mensal e respetiva quota, bem como a sua situao de baixa ou cessao do contrato, se for caso disso.

    artigo 67.

    Greve

    os direitos e obrigaes respeitantes greve sero aque-les que, em cada momento, se encontrem consignados na lei.

    artigo 68.

    Constituio da comisso paritria

    1- dentro dos 30 dias seguintes entrada em vigor des-te contrato, ser criada, mediante a comunicao de uma outra parte e conhecimento ao ministrio da solidariedade, emprego e segurana social, uma comisso paritria cons-tituda por seis vogais, trs em representao da associao patronal e trs em representao das associaes sindicais outorgantes.

    2- por cada vogal efetivo ser sempre designado um subs-tituto.

    3- os representantes das associaes patronais e sindicais junto da comisso paritria podero fazer-se acompanhar dos assessores que julguem necessrio, os quais no tero direito a voto.

    4- a comisso paritria funcionar enquanto estiver em vigor o presente contrato, podendo os seus membros ser substitudos pela parte que os nomear em qualquer altura, mediante prvia comunicao outra parte.

    artigo 69.

    Competncia da comisso paritria

    compete comisso paritria:a) interpretar as disposies da presente conveno;b) integrar os casos omissos;c) Proceder definio e ao enquadramento das novas pro-

    fisses;d) deliberar sobre as dvidas emergentes da aplicao

    desta conveno;e) deliberar sobre o local, calendrio e convocao das

    reunies;f) deliberar sobre a alterao da sua composio sempre

    com respeito pelo princpio da paridade.

    artigo 70.

    Funcionamento da comisso paritria

    1- a comisso paritria funcionar, a pedido de qualquer das partes, mediante convocatria enviada outra parte com a antecedncia mnima de oito dias, salvo casos de emer-

    239

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    gncia, em que a antecedncia mnima ser de trs dias e s poder deliberar desde que esteja presente a maioria dos membros efetivos representantes de cada parte e s em ques-tes constantes da agenda.

    2- Qualquer dos elementos componentes da comisso pa-ritria poder fazer-se representar nas reunies da mesma mediante procurao bastante.

    3- as deliberaes da comisso paritria sero tomadas por consenso; em caso de divergncia insanvel, recorrer-se- - a um rbitro escolhido de comum acordo.

    4- as despesas com a nomeao do rbitro so da respon-sabilidade de ambas as partes.

    5- as deliberaes da comisso paritria passaro a fazer parte integrante da presente conveno logo que publicadas no Boletim do Trabalho e Emprego.

    6- A presidncia da comisso ser rotativa por perodos de seis meses, cabendo, portanto, alternadamente a uma e a ou-tra das duas partes outorgantes.

    artigo 71.

    Transmisso e extino do estabelecimento

    1- o transmitente e o adquirente devem informar os traba-lhadores, por escrito e em tempo til antes da transmisso, da data e motivo da transmisso, das suas consequncias jurdicas, econmicas e sociais para os trabalhadores e das medidas projetadas em relao a estes.

    2- em caso de transmisso de explorao a posio jur-dica de empregador nos contratos de trabalho transmite-se para o adquirente.

    3- se, porm, os trabalhadores no preferirem que os seus contratos continuem com a entidade patronal adquirente, po-dero os mesmos manter-se com a entidade transmitente se esta continuar a exercer a sua atividade noutra explorao ou estabelecimento, desde que haja vagas.

    4- a entidade adquirente ser solidariamente responsvel pelo cumprimento de todas as obrigaes vencidas emergen-tes dos contratos de trabalho, ainda que se trate de trabalha-dores cujos contratos hajam cessado, desde que os respetivos direitos sejam reclamados pelos interessados at ao momen-to da transmisso.

    5- para os efeitos do disposto no nmero anterior, deve-r o adquirente, durante os 30 dias anteriores transmisso, manter afixado um aviso nos locais de trabalho e levar ao conhecimento dos trabalhadores ausentes, por meio de carta registada com aviso de receo, a enderear para os domic-lios conhecidos no estabelecimento, que devem reclamar os seus crditos, sob pena de no se lhe transmitirem.

    6- no caso de o estabelecimento cessar a sua atividade, a entidade patronal pagar aos trabalhadores as indemniza-es previstas na lei, salvo em relao quelas que, com o seu acordo, a entidade patronal transferir para outra firma ou estabelecimento, aos quais devero ser garantidas, por es-crito, pela empresa cessante e pela nova, todos os direitos decorrentes da sua antiguidade naquela cuja atividade haja cessado.

    7- Quando se verifique a extino de uma seco de um estabelecimento de ensino e se pretenda que os trabalhado-

    res docentes sejam transferidos para outra seco na qual o servio docente tenha de ser prestado em condies substan-cialmente diversas, nomeadamente no que respeita a estatu-to jurdico ou pedaggico, tero os trabalhadores docentes direito a rescindir os respetivos contratos de trabalho, com direito s indemnizaes referidas no nmero anterior.

    artigo 72.

    Disposies transitrias

    1- sem prejuzo do disposto no nmero 5, no ano lectivo 2014/2015, no h lugar a aumentos salariais nem progres-ses ou reclassificaes nas carreiras do pessoal docente, mantendo estes a remunerao, categoria e nvel em que fo-ram classificados em setembro de 2013.

    2- sem prejuzo do disposto no nmero anterior e dos re-quisitos aplicveis para progresso na carreira, o tempo de servio decorrido entre 1 de setembro de 2013 e 31 de agosto de 2015 releva para efeitos de reclassificao e progresso na nova carreira, que ter como estrutura a da tabela a agora aprovada, a terem lugar em 1 de setembro de 2015, para os docentes que estiverem abrangidos pelo presente contrato na data da sua entrada em vigor.

    3- os estabelecimentos de ensino que utilizem o mecanis-mo previsto nos nmeros 5 e 6 do artigo 42., devero, no prazo de 30 dias a contar da data de aplicao, comunicar tal facto e as condies de aplicao do mesmo s partes ou-torgantes do presente contrato para que estas possam avaliar anualmente os efeitos deste mecanismo.

    4- os docentes que estiverem abrangidos pelo presente contrato na data da sua entrada em vigor, e apenas estes, se forem abrangidos pelo constrangimento previsto no nmero 12 do artigo 10., beneficiaro de um acrscimo remunerat-rio mensal de 50,00 (cinquenta euros mensais), a cada trs anos, no podendo ultrapassar o valor do nvel 2, e apenas at progredirem para o nvel seguinte, vencendo-se o primei-ro acrscimo no momento em que o constrangimento produz efeitos para o trabalhador.

    5- No dia um do ms seguinte entrada em vigor do pre-sente contrato, os docentes que progrediram a 1 de setembro de 2014 so reposicionados na categoria e nvel em que fo-ram classificados em setembro de 2013.

    6- no caso dos docentes reposicionados nos termos do n-mero anterior, quando, por aplicao do presente contrato, reunirem condies para progredir para categoria e nvel su-perior, esta progresso no produz efeitos no ms de setem-bro mas no ms de fevereiro seguinte.

    anexo i

    Regulamento de avaliao de desempenho

    artigo 1.

    mbito

    1- o presente regulamento de avaliao de desempenho aplica-se a todos os docentes que se encontrem integrados na carreira.

    240

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    2- a avaliao de desempenho resultante do presente re-gulamento releva para efeitos de progresso na carreira no mbito do presente contrato coletivo de trabalho.

    3- na falta de avaliao de desempenho por motivos no imputveis ao docente, considera-se como bom o servio prestado por qualquer docente no cumprimento dos seus de-veres profissionais.

    4- o presente regulamento de avaliao de desempenho no aplicvel ao exerccio da funo de direo pedag-gica, considerando-se que o servio bom enquanto durar o exerccio de tais funes.

    artigo 2.

    Princpios

    1- o presente regulamento de avaliao de desempenho desenvolve-se de acordo com os princpios constantes da lei de bases do sistema educativo, das bases do ensino particular e cooperativo e do estatuto do ensino particular e cooperativo.

    2- A avaliao de desempenho tem como referncia o pro-jeto educativo do respetivo estabelecimento de ensino.

    artigo 3.

    mbito temporal

    a avaliao do desempenho dos docentes realiza-se no final de cada nvel salarial e reporta-se ao tempo de servio nele prestado que releve para efeitos de progresso na car-reira.

    artigo 4.

    Objeto

    1- So objeto de avaliao trs domnios de competncias do docente: (i) competncias para lecionar, (ii) competncias profissionais e de conduta e (iii) competncias sociais e de relacionamento.

    2- no caso de docentes com funes de coordenao ou chefia, ainda objeto de avaliao o domnio de competn-cias de gesto.

    3- cada domnio compreende diversas ordens de compe-tncias, conforme anexo B, sendo cada uma destas avaliada mediante a verificao dos indicadores constantes das gre-lhas de avaliao de desempenho anexas ao presente regula-mento, que podero ser adaptados em cada estabelecimento de ensino, pelos respetivos rgos de gesto pedaggica, tendo por referncia o seu projeto educativo, desde que pre-viamente conhecidos pelos docentes.

    artigo 5.

    Resultado da avaliao

    1- o nvel de desempenho atingido pelo docente deter-minado da seguinte forma:

    a cada ordem de competncias atribuda uma classifi-cao numa escala de 1 a 5;

    calculada a mdia das classificaes obtidas no con-junto das ordens de competncias;

    o valor da mdia arredondado unidade;

    ao valor obtido atribudo um nvel de desempenho nos termos da seguinte escala: 1 e 2 = nvel de desempenho in-suficiente; 3 = nvel de desempenho suficiente; 4 e 5 = nvel de desempenho bom.

    artigo 6.

    Sujeitos

    1- a avaliao de desempenho docente da responsabi-lidade da direo pedaggica do respetivo estabelecimento de ensino.

    2- o desenvolvimento do processo de avaliao e a clas-sificao final so da responsabilidade de uma comisso de avaliao constituda por trs elementos.

    3- integram a comisso de avaliao o diretor pedaggico e dois docentes com funes de coordenao no estabeleci-mento de ensino.

    4- os elementos que integram a comisso de avaliao so avaliados pelo diretor pedaggico.

    5- da competncia da entidade titular a ratificao da avaliao de desempenho com o resultado que lhe proposto pela direo pedaggica.

    artigo 7.

    Procedimentos de avaliao

    1- nos primeiros trinta dias do 3. perodo letivo do ano em que o docente completa o tempo de permanncia no escalo de vencimento em que se encontra deve entregar direo pedaggica do estabelecimento a sua autoavaliao, realizada nos termos do presente regulamento.

    2- A no entrega injustificada pelo docente do seu relat-rio de autoavaliao implica, para efeitos de progresso na carreira, a no contagem do tempo de servio do ano letivo em curso.

    3- no desenvolvimento do processo de avaliao do de-sempenho, a comisso de avaliao tem em conta a autoa-valiao de desempenho feita pelo docente, bem como da-dos resultantes de outros procedimentos de avaliao ou do percurso profissional do docente que considere pertinentes e adequados para o efeito, nomeadamente:

    a) Planificaes letivas;b) aulas ou outras atividades letivas orientadas pelo do-

    cente que tenham sido assistidas;c) Entrevista(s) de reflexo sobre o desempenho profissio-

    nal do docente;d) parecer dos responsveis pedaggicos;e) formao realizada;f) assiduidade e pontualidade.4- at ao dia 30 de junho subsequente data referida no

    nmero 1, a comisso de avaliao apresenta entidade titu-lar um relatrio de avaliao, que dever conter uma descri-o dos elementos tidos em conta na avaliao, a classifica-o atribuda e respetiva fundamentao.

    5- a entidade titular do estabelecimento deve, no prazo de 15 dias teis contados a partir da data referida no nmero anterior, ratificar a avaliao ou pedir esclarecimentos.

    6- os esclarecimentos devem ser prestados no prazo de 10 dias teis, aps o que a entidade titular do estabelecimento

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  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 4, 29/1/2015

    ratifica a avaliao.7- O relatrio de avaliao com o resultado final do pro-

    cesso de avaliao deve ser comunicado ao docente no prazo de 5 dias aps a deciso referida no nmero anterior.

    8- Sempre que o resultado da avaliao difira significativa-mente do resultado da autoavaliao realizada pelo docente, dever a direo pedaggica entregar o relatrio de avaliao numa entrevista, com objetivos formativos.

    artigo 8.

    Efeitos da avaliao

    1- o perodo em avaliao que tenha sido avaliado como bom releva para progresso na carreira.

    2- no escalo de ingresso na carreira, dado que o docente se encontra na fase inicial da sua vida profissional, releva para progresso na carreira o tempo de servio cujo desem-penho seja avaliado no mnimo como Suficiente.

    artigo 9.

    Recursos

    1- Sempre que o docente obtenha uma classificao infe-rior a bom na avaliao de desempenho, poder recorrer da deciso nos termos do disposto nos nmeros seguintes.

    2- o procedimento de recurso inicia-se mediante noti-ficao do docente entidade patronal de que deseja uma arbitragem, indicando desde logo o seu rbitro e respetivos contactos e juntando as suas alegaes de recurso.

    3- as alegaes devero conter a indicao expressa dos parmetros do relatrio de avaliao com cuja classificao o docente discorda e respetivos fundamentos.

    4- A notificao referida no nmero 2 dever ser efetuada no prazo de 15 dias teis aps a notificao da deciso de no classificao do ano de servio como bom e efetivo.

    5- a entidade titular dispe do prazo de 15 dias teis para nomear o seu rbitro e contra-alegar, notificando o docente e o rbitro nomeado pelo mesmo da identificao e contactos do seu rbitro e das suas contra-alegaes.

    6- No prazo de 5 dias teis aps a notificao referida no nmero anterior, os dois rbitros renem-se para escolher um terceiro rbitro.

    7- Os rbitros desenvolvem as dilign