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LITURGIA DAS HORAS EDIÇÃO ABREVIADA © Secretariado Nacional de Liturgia

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  • LITURGIA DAS HORASEDIO ABREVIADA

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  • ISBN 978-989-8293-20-6

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  • O F C I O D I V I N OREFORMADO SEGUNDO OS DECRETOSD O C O N C L I O VAT I C A N O I I EP R O M U L G A D O P O R PA U L O V I

    LITURGIA DAS HORASSEGUNDO O RITO ROMANO

    EDIO ABREVIADA

    LAUDESTRCIA SEXTA NOA

    VSPERASCOMPLETAS

    8. EDIO

    SECRETARIADO NACIONAL DE LITURGIA

    2016

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  • APRESENTAO

    A Igreja escolheu a expresso Liturgia das Horas, para designar a orao pblica e comunitria de todo o povo santo de Deus. A Liturgia das Horas uma forma de celebrar o mis-trio pascal de Cristo na vida quotidiana. o que guia e inspira a Liturgia das Horas, qual sacrifcio espiritual e grande cntico de louvor que a Igreja eleva a Deus como incenso (Sl 140). A sacramentalidade da Liturgia das Horas exatamente a cele-brao do mistrio pascal de Cristo no tempo atravs das horas.

    O imperativo paulino orai continuamente (1Tes 5,17) foi assumido pela Constituio Conciliar Sacrosanctum Concilium de forma direta. Desde a Igreja antiga, a Liturgia das Horas tem a caracterstica de santificar o curso do dia e da noite. Por isso, a Liturgia das Horas est intimamente unida ao ritmo do tempo, porque a prpria Liturgia se insere no tempo e celebra o tempo da salvao.

    A Igreja recorda a importncia da Liturgia das Horas como orao de todos, nestes termos: a Liturgia das Horas destina--se a ser a orao de todo o povo de Deus. Nela, o prprio Cristo continua esse mnus sacerdotal por intermdio da sua Igreja (SC 83). Cada qual participa nela segundo o seu lugar prprio na Igreja e as circunstncias da sua vida: os sacer-dotes, enquanto dedicados ao ministrio pastoral, porque so chamados a permanecerem assduos na orao e no ministrio da Palavra; os religiosos e as religiosas, em virtude do caris-ma da sua vida consagrada; e todos os fiis, segundo as suas possibilidades (Catecismo da Igreja Catlica, 1175).

    Deste modo, ultrapassa-se a ideia de que esta orao seria uma prerrogativa dos sacerdotes e dos religiosos. Com efeito, a Liturgia das Horas, como que um prolongamento da Euca-ristia, no exclui outras oraes e at outras devoes do povo de Deus. No entanto, a Liturgia interpelada diretamente pela nova evangelizao, pelo desafio da arte mistaggica, pela redescoberta do valor do silncio, pela ousadia da orao da Liturgia das Horas. A este respeito, o Papa So Joo Paulo II

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  • 6 APRESENTAO

    lanou uma proposta: o dia em que na comunidade crist se conjuguem os mltiplos compromissos pastorais e de testemu-nho no mundo com a celebrao eucarstica e mesmo com a reza de Laudes e Vsperas, talvez mais pensvel do que se cr (Novo Millennio Ineunte, 34).

    Conhecemos algumas catedrais, parquias e comunidades onde uma ou mais horas da Liturgia das Horas, especialmente as Vsperas ao Domingo, j se celebram na nobre simplicidade da Igreja em Orao. , por isso, um grande desafio para as comunidades paroquiais descobrirem a beleza da Liturgia das Horas ao ritmo do ano litrgico e na relao com a piedade popular, por exemplo, nos trduos e nas novenas de preparao paras as festas marianas e dos santos, to peculiares nas nossas Dioceses. Recorde-se, ainda que a celebrao do mistrio de Cristo na Liturgia das Horas, como orao pblica da Igreja, fonte de piedade e alimento da orao pessoal (SC 90).

    A edio abreviada com a incluso da Hora Intermdia, regista a sua 8 edio. Louvamos pelo numeroso uso desta edio, a fim de constituir um renovado convite a rezar a Ora-o da Igreja, nas suas horas principais de Laudes e Vsperas e a orao de Completas e da Hora Intermdia (Trcia, Sexta e Noa).

    O carcter horrio da Liturgia das Horas liga-se ao conte-do temtico dos mistrios da salvao que celebram:

    As Laudes destinam-se a santificar o tempo da manh. Ao serem rezadas ao despontar do novo dia evocam a Res-surreio de Cristo, o verdadeiro Sol nascente. Cada louvor matinal constitui, portanto, uma celebrao da Ressurreio de Cristo;

    As Vsperas esto ligadas com a tarde que concluiu o dia e inicia a noite a fim de agradecermos tudo quanto neste dia nos foi dado e ainda o bem que ns prprios tenhamos feito (IGLH 39) e recorda-se a obra da redeno;

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  • 7APRESENTAO

    Trcia, Sexta e Noa ou Hora Intermdia, relacionam--se com alguns acontecimentos da paixo do Senhor;

    As Completas so a orao que se faz antes do repouso noturno, realando a dimenso escatolgica da vida crist.

    Aprender esta arte de rezar entrar dentro do mistrio da Liturgia como meta e fonte da vida eclesial e da santidade mi-sericordiosa de Deus.

    Bragana, 10 de junho de 2016Memria do Santo Anjo da Guarda de Portugal

    Jos Manuel Garcia CordeiroBispo de Bragana-MirandaPresidente da Comisso Episcopal da Liturgia e Espiritualidade Portugal

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  • INSTRUO GERALSOBRE A LITURGIA DAS HORAS

    EXCERTOS

    I

    A LITURGIA DAS HORAS NA VIDA DA IGREJA

    1. A orao pblica e comunitria do povo de Deus com razo considerada uma das principais funes da Igreja. Assim, logo no princpio, os baptizados eram assduos ao ensino dos Apstolos, unio fraterna, fraco do po e s oraes (Actos 2,42). Da orao unnime da comunidade crist nos do repetidos testemunhos os Actos dos Apstolos.1

    Que tambm os fiis se costumavam entregar ora-o in di vidual em determinadas horas do dia, provam-no igualmente os documentos da primitiva Igreja. Depois foi-se introduzindo muito cedo, aqui e alm, o costume de consagrar orao comunitria alguns tempos especiais, por exemplo, a ltima hora do dia, ao entardecer, no momento em que se acendiam as luzes, e a primeira hora da manh, quando, ao despontar o astro do dia, a noite chega ao seu termo.

    Com o decorrer dos tempos, foram-se ainda santificando pela orao comunitria outras horas, que os Padres viam insinuadas na leitura dos Actos dos Apstolos. Assim, os Actos falam-nos dos discpulos reunidos [para a orao] terceira hora;2 o Prncipe dos Apstolos sobe ao terrao da casa para orar, por volta da sexta hora (10, 9); Pedro... e Joo sobem ao templo, para a orao da hora nona (3, 1); a meio da noite, Paulo e Silas, em orao, entoavam louvores a Deus (16, 25).

    1 Cf. Actos 1, 14; 4, 24; 12, 5.12; cf. Ef 5, 19-21.2 Cf. Actos 2, 1-15.

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  • 10 INSTRUO GERAL

    2. Estas oraes, feitas em comunidade, foram-se pro-gressivamente organizando, at que vieram a constituir um ciclo horrio bem definido. Esta Liturgia das Horas, ou Ofcio Di vino, embora enriquecido de leituras, antes de mais orao de louvor e de splica: orao da Igreja, com Cristo e a Cristo.

    I. ORAO DE CRISTO

    3. Vindo ao mundo para comunicar aos homens a vida di vina, o Verbo que procede do Pai como esplendor da sua glria, Sumo Sacerdote da Nova e Eterna Aliana, Cristo Jesus, ao assumir a natureza humana, introduz nesta terra de exlio o hino que eternamente se canta no Cu.3 Desde aquele momento, ressoa no corao de Cristo o louvor divino expresso em termos humanos de adorao, propiciao e intercesso.4. A sua actividade quotidiana vemo-la estreitamente ligada orao, como que nasce da orao;4 levanta-se alta madrugada 5 ou fica pela noite alm, at quarta viglia,6 entregue orao a Deus.7

    At aos derradeiros momentos da sua vida prximo j da Paixo,8 na ltima Ceia, 9 na agonia, 10 na Cruz 11 o Divino Mestre apresenta-nos a orao como sendo a alma do seu mi-nistrio messinico e do termo pascal da sua vida. Assim, nos dias da sua vida mortal, apresentou oraes e splicas, entre clamores e lgrimas, quele que O podia livrar da morte, e foi atendido pela sua piedade (Hebr 5, 7); e, mediante a oblao perfeita consumada na ara da cruz, realizou a perfeio defi-

    3 Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 83. 4 Mc 1, 35; 6, 46; Lc 5, 16; cf. Mt 4, 1 par.; Mt 14, 23. 5 Mc 1, 35. 6 Mt 14, 23.25; Mc 6, 46.48. 7 Lc 6, 12. 8 Jo 12, 27 s. 9 Jo 17, 1-26.10 Mt 26, 36-44 par.11 Lc 23, 34.46; Mt 27, 46; Mc 15, 34.

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    nitiva daqueles que so santificados (Hebr 10, 14); finalmente, ressuscitado de entre os mortos, continua sempre vivo a inter-ceder por ns. 12

    II. ORAO DA IGREJA

    5. Aquilo que Jesus fez, ordenou que tambm ns o fizssemos. Orai diz repetidas vezes rogai, pedi,13 em meu nome.14 E at nos deixou, na orao dominical, um modelo de orao.15

    Os Apstolos, por sua vez, apresentam-nos com fre-quncia, nas suas Epstolas, frmulas de orao, mormente de louvor e aco de graas, e exortam-nos a orar no Esprito Santo,16 pela mediao de Cristo,17 ao Pai,18 com perseverana e assiduidade;19 sublinham a eficcia da orao para alcanar a santidade;20 exortam orao de louvor,21 de aco de graas,22 de splica,23 de intercesso por todos os homens. 24

    12 Cf. Hebr 7, 25.13 Mt 5, 44; 7, 7; 26, 41; Mc 13, 33; 14, 38; Lc 6, 28; 10, 2; 11, 9; 22,

    40.46.14 Jo 14, 13 s.; 15, 16; 16, 23 s. 26.15 Mt 6, 9-13; Lc 11, 2-4.16 Rom 8, 15.26; 1 Cor. 12, 3; Gal 4, 6; Jud 20.17 2 Cor 1, 20; Col. 3, 17.18 Hebr 13, 15.19 Rom 12, 12; 1 Cor 7, 5; Ef 6, 18; Col 4, 2; 1 Tes 5, 17; 1 Tim 5, 5; 1 Pedro

    4, 7.20 1 Tim 4, 5; Tg 5, 15 s.; 1 Jo 3, 22; 5, 14 s.21 Ef 5, 19 s.; Hebr 13, 15; Ap 19, 5.22 Col 3, 17; Fil 4, 6; 1 Tes 5, 17; Tim 2, 1.23 Rom 8, 26; Fil 4, 6.24 Rom 15, 30; 1 Tim 2, 1 s.; Ef 6, 18; 1 Tess 5, 25; Tg 5, 14.16.

    A LITURGIA DAS HORAS NA VIDA DA IGREJA

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  • 12 INSTRUO GERAL

    6. Mas a orao dirigida a Deus tem de estar ligada a Cristo, Senhor de todos os homens, nico Mediador,25 o nico por quem temos acesso a Deus.26 Ele une a Si toda a comunidade dos homens,27 e de tal forma que entre a orao de Cristo e a de toda a humanidade existe uma estreita relao. Em Cristo, e s nEle, que a religio humana adquire valor salvfico e atinge o seu fim.7. O sacerdcio de Cristo tambm participado por todo o Corpo da Igreja. Os baptizados, mediante a regenerao e a uno do Esprito Santo, so consagrados como casa espiritual e sacerdcio santo;28 e por esta forma, ficam habilitados a exercer o culto da Nova Aliana, culto este proveniente, no das nossas foras, mas dos mritos e dom de Cristo.

    Nenhum dom poderia Deus ter feito aos homens mais valioso do que este: ter-lhes dado por Cabea o seu Verbo, pelo qual criou todas as coisas, e t-los unidos a Ele como membros seus; ter feito com que Ele seja ao mesmo tempo Filho de Deus e Filho do homem, um s Deus com o Pai e um s homem com os homens. Deste modo, quando falamos a Deus na orao, no podemos separar dEle o Filho; e, quando ora o Corpo do Filho, no pode separar de Si mesmo a Cabea. E assim, Ele prprio, o Salvador nico do seu Corpo, Nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus, quem ora por ns, ora em ns e a Ele ns adoramos. Ora por ns, como nosso Sacerdote; ora em ns, como nossa Cabea; a Ele oramos, como nosso Deus. Reco-nheamos, pois, nEle a nossa voz, e a voz dEle em ns.29

    E nisto que assenta a dignidade da orao crist: em participar da piedade mesma do Filho Unignito para com o Pai e daquela orao que Ele, durante a sua vida na terra, expressou por palavras e continua agora, sem interrupo, em toda a Igreja e em cada um dos seus membros, em nome e para salvao de todo o gnero humano.

    25 1 Tim 2, 5; Hebr 8, 6; 9, 15; 12, 24.26 Rom 5, 2; Ef 2, 18; 3, 12.27 Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 83.28 Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, n. 10.29 S. Agostinho, Enarrat. in Psalm. 85, 1: CCL 39, 1176.

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    9. O exemplo e o preceito do Senhor e dos Apstolos, de orar incessantemente, ho-de considerar-se, no como regra puramente legal, mas como um elemento que faz parte da mais ntima essncia da prpria Igreja, enquanto esta uma comu-nidade e deve expressar, inclusive pela orao, a sua natureza comunitria.

    III. LITURGIA DAS HORAS

    Consagrao do tempo

    10. Cristo disse: preciso orar sempre, sem desfalecimento (Lc 18, 1). E a Igreja, seguindo fielmente esta recomendao, no cessa nunca de orar, ao mesmo tempo que nos exorta com estas palavras: Por Ele (Jesus), ofereamos continua mente a Deus o sacrifcio de louvor (Hebr 13, 15). Este preceito cumprido, no apenas com a celebrao da Eucaristia, mas tambm por outras formas, de modo particular com a Liturgia das Horas. Entre as demais aces litrgicas, esta, segundo a antiga tradio crist, tem como caracterstica peculiar a de consagrar todo o ciclo do dia e da noite.3011. Ora, uma vez que a finalidade da Liturgia das Horas a santificao do dia e de toda a actividade humana, a sua estru-tura teve que ser reformada, no sentido de repor cada uma das Horas, tanto quanto possvel, no seu tempo verdadeiro, tendo em conta o condicionalismo da vida moderna.31

    Por isso, j para santificar realmente o dia, j para rezar as prprias Horas com fruto espiritual, importa recit-las no momento prprio, quer dizer, naquele que mais se aproxime do tempo verdadeiro correspondente a cada Hora cannica.32

    30 Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, nn. 83-84.31 Cf. Ibid., n. 88.32 Cf. Ibid., n. 94.

    A LITURGIA DAS HORAS NA VIDA DA IGREJA

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    Relao entre a Liturgia das Horas e a Eucaristia

    12. A Liturgia das Horas alarga aos diferentes momentos do dia 33 o louvor e aco de graas, a memria dos mistrios da salvao, as splicas, o antegozo da glria celeste, contidos no mistrio eucarstico, centro e vrtice de toda a vida da comu-nidade crist.34

    A prpria celebrao eucarstica tem na Liturgia das Horas a sua melhor preparao, porque esta suscita e nutre da melhor maneira as disposies necessrias para uma frutuosa celebrao da Eucaristia, quais so a f, a esperana, a caridade, a devoo, o esprito de sacrifcio.

    Exerccio da funo sacerdotal de Cristona Liturgia das Horas

    13. A obra da redeno e da perfeita glorificao de Deus 35 realiza-a Cristo no Esprito Santo por meio da Igreja. E isto, no somente na celebrao da Eucaristia e na administrao dos Sacramentos, mas tambm, e dum modo primacial, na Liturgia das Horas.36 Nela est Cristo presente, quando a assembleia est reunida, quando proclamada a palavra de Deus, quando ora e salmodia a Igreja.37

    Santificao do homem

    14. Na Liturgia das Horas, opera-se a santificao do ho-mem 38 e presta-se culto a Deus, por forma a estabelecer uma

    33 Cf. Conc. Vat. II, Decr. Presbyterorum Ordinis, n. 5.34 Conc. Vat. II, Decr. Christus Dominus, n. 30.35 Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 5.36 Cf. Ibid., nn. 83 e 98.37 Ibid., n. 7.38 Ibid., n. 10.

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    espcie de intercmbio, um dilogo entre Deus e o homem: Deus fala ao seu povo, ... e o povo responde a Deus no canto e na orao.39

    Louvor prestado a Deus, em unio com a Igreja celeste

    15. Na Liturgia das Horas, a Igreja exerce a funo sacer-dotal da sua Cabea, oferecendo ininterruptamente 40 a Deus o sacrifcio de louvor, ou seja, o fruto dos lbios que glorificam o seu nome.41 Esta orao a voz da Esposa a falar ao Esposo, e tambm, a orao que o prprio Cristo, unido ao seu Corpo, eleva ao Pai.42 Consequentemente, todos os que assim rezam desempenham, por um lado, o ofcio da prpria Igreja, e, por outro, participam da excelsa honra da Esposa de Cristo, porque esto, em nome da Igreja, diante do trono de Deus, a cantar os divinos louvores.43 16. Cantando os louvores de Deus nas Horas cannicas, a Igreja associa-se quele hino de louvor que por toda a eternidade cantado na celeste morada.44 Ao mesmo tempo, antegoza as delcias daquele celestial louvor que Joo nos descreve no Apocalipse e que ressoa ininterruptamente diante do trono de Deus e do Cordeiro.

    Esta liturgia celeste, j os profetas a anteviram na vitria do dia sem noite, da luz sem trevas: J no ser o sol a tua luz durante o dia, nem a claridade da lua ser a tua luz durante a noite, porque o Senhor ser a tua luz eterna (Is 60, 19; cf. Ap 21, 23.25). Ser um dia contnuo, conhecido somente do Se-nhor, sem alternncia do dia e da noite; ao entardecer, brilhar a luz (Zac 14, 7). Ora, a ltima fase dos tempos chegou j para ns (cf. 1 Cor 10, 11); a restaurao do mundo encontra-se

    39 Ibid., n. 33.40 1 Tes 5, 17.41 Cf. Hebr 13, 15.42 Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 84.43 Ibi., n. 85.44 Cf. Ibid., n. 83.

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    irrevogavelmente realizada e, em certo sentido, antecipada j no tempo presente.45

    Na Liturgia das Horas, proclamamos a nossa f, expri-mimos e fortalecemos a nossa esperana, e tomamos parte j, de certo modo, na alegria do louvor perene, do dia que no conhece ocaso.

    Splica e intercesso

    17. Mas, na Liturgia das Horas, a par do louvor divino, a Igreja expressa igualmente os votos e anseios de todos os cristos; mais ainda: roga a Cristo e, por Ele, ao Pai pela salvao do mundo inteiro.46 E esta voz no somente a voz da Igreja; tambm a voz de Cristo, uma vez que todas as oraes so proferidas em nome de Cristo por Nosso Senhor Jesus Cristo. Deste modo, a Igreja prolonga as preces e splicas que o mesmo Cristo fazia nos dias da sua vida mortal;47 da, a sua particular eficcia. No , portanto, somente pela caridade, pelo exemplo, pelas obras de penitncia, mas tambm pela orao, que a comunidade eclesial exerce uma verdadeira maternidade para com as almas, no sentido de as conduzir a Cristo.48

    Vrtice e fonte da actividade pastoral

    18. Aqueles que tomam parte na Liturgia das Horas con-tribuem, por uma misteriosa fecundidade apostlica, para o incremento do povo de Deus.49 Efectivamente, o objectivo do trabalho apostlico conseguir que todos aqueles que pela f e pelo baptismo se tornaram filhos de Deus se renam em assembleia, louvem a Deus na Igreja, participem no sacrifcio, comam a Ceia do Senhor.50

    45 Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, n. 48.46 Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 83.47 Cf. Hebr 5, 7.48 Cf. Conc. Vat. II, Decr. Presbyterorum Ordinis, n. 6.49 Cf. Conc. Vat. II, Decr. Perfectae Caritatis, n. 7.50 Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 10.

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    Por outro lado, as leituras e as preces da Liturgia das Horas so fonte de vida crist. Esta vida alimenta-se na mesa da Escritura Sagrada e nas palavras dos Santos, e robustece-se na orao.

    O esprito concorde com a voz19. Para que esta orao seja prpria de cada um daqueles que nela tomam parte, seja fonte de piedade e da multiforme graa divina e sirva tambm de alimento orao pessoal e actividade apostlica, importa celebr-la com dignidade, aten-o e devoo, e fazer com que o esprito concorde com a voz.51 necessrio que todos cooperem com a graa divina, para que no a recebam em vo. Buscando a Cristo e esforando-se por aprofundar o seu mistrio na orao,52 louvem a Deus e elevem as suas splicas com o mesmo esprito com que orava o Divino Salvador.

    IV. QUEM CELEBRA A LITURGIA DAS HORAS

    a) Celebrao comunitria

    20. A Liturgia das Horas, tal como as demais aces litrgicas, no aco privada, mas pertence a todo o corpo da Igreja, manifesta-o e afecta-o.53 O carcter eclesial da celebrao aparece-nos com toda a sua clareza e, por isso mesmo, sumamente recomendvel quando realizada, com a presena do prprio Bispo rodeado dos seus presbteros e restantes ministros,54 por uma Igreja particular, na qual est presente e operante a Igreja de Cristo, una, santa, catlica e apostlica.55

    51 Ibid., n. 90; cf. S. Bento, Regula Monasteriorum, c. 19.52 Cf. Conc. Vat. II, Decr. Presbyterorum Ordinis, n. 14; Decr. Optatam

    totius, n. 8.53 Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 26.54 Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 41.55 Cf. Conc. Vat. II, Decr. Christus Dominus, n. 11.

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    21. As outras assembleias de fiis, entre as quais h que destacar as parquias como clulas da diocese, localmente constitudas sob a presidncia dum pastor como substituto do Bispo, e que dalgum modo representam a Igreja visvel estabelecida por toda a terra,56 celebrem as Horas principais na igreja e em forma comunitria.25. Os ministros sagrados e todos os clrigos no obrigados por outro ttulo celebrao comunitria, quando vivem em comunidade ou se encontram juntos, procurem celebrar em comum pelo menos algumas das partes da Liturgia das Horas, mormente Laudes pela manh e Vsperas tarde.57

    26. Aos religiosos de ambos os sexos no obrigados celebrao comunitria e aos membros de qualquer Instituto de perfeio, recomenda-se encarecidamente que se renam em comum, ou entre si ou juntamente com o povo, para celebrar a Liturgia das Horas ou alguma parte da mesma.27. Os grupos de leigos, onde quer que se encontrem reunidos, seja qual for o motivo destas reunies orao, apostolado ou outro motivo so igualmente convidados a desempenhar esta funo da Igreja,58 celebrando alguma parte da Liturgia das Horas.

    Convm, finalmente, que a famlia, qual santurio domstico da Igreja, no se contente com a orao feita em comum; mas, dentro das suas possibilidades, procure inserir-se mais intimamente na Igreja, com a recitao dalguma parte da Liturgia das Horas.59

    56 Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 42; cf. Decr. Aposto-licam Actuositatem, n. 10.

    57 Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 99.58 Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 100.59 Cf. Conc. Vat. II, Decr. Apostolicam Actuositatem, n. 11.

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    b) Mandato de celebrar a Liturgia das Horas

    28. A Liturgia das Horas est, de modo muito particular, confiada aos ministros sagrados. E assim, cada um deles est obrigado a celebr-la, mesmo na ausncia de povo, fazendo, claro est, as necessrias adaptaes. Efectivamente, os ministros sagrados so deputados pela Igreja para celebrar a Liturgia das Horas, para que esta funo de toda a comunidade seja desempenhada ao menos atravs deles, de uma forma certa e constante, e se continue na Igreja, ininterruptamente, a orao de Cristo.60

    29. Por conseguinte, os bispos, os presbteros e todos os outros ministros sagrados, que receberam da Igreja o mandato de celebrar a Liturgia das Horas, esto obrigados a celebrar dia-riamente o ciclo completo destas mesmas Horas, guardando, quanto possvel, a sua correspondncia com a respectiva hora do dia.

    Primeiramente, daro a devida importncia s Horas que constituem, por assim dizer, o fulcro desta Liturgia, isto , Laudes matutinas e Vsperas. Estas Horas procurem no as omitir, a no ser por motivo grave.

    Para melhor santificarem o dia, procuraro rezar tambm a Hora Intermdia, bem como Completas, com as quais terminam o servio divino e se encomendam ao Senhor antes de recolher ao leito.

    da mxima convenincia que os diconos perma-nentes recitem todos os dias pelo menos parte da Liturgia das Horas, conforme a Conferncia Episcopal determinar.61

    60 Cf. Conc. Vat. II, Decr. Presbyterorum Ordinis, n. 13.61 Paulo VI, Motu proprio Sacrum Diaconatus ordinem, 18 de Junho de

    1967, n. 27: A.A.S. 59 (1967), p. 703.

    A LITURGIA DAS HORAS NA VIDA DA IGREJA

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    31. As comunidades religiosas obrigadas Liturgia das Horas, e cada um dos respectivos membros, celebraro as Horas segundo o que estiver determinado pelo seu direito particular, salvo o prescrito no n. 29 para os que receberam as Ordens sacras.32. s restantes comunidades religiosas e a cada um dos seus membros, recomenda-se que, tanto quanto lho permitirem as condies em que se encontram, celebrem algumas partes da Liturgia das Horas, porque esta a orao da Igreja, que faz de todos os que andam dispersos um s corao e uma s alma.62

    Igual recomendao feita aos leigos.63

    c) Estrutura da celebrao33. A Liturgia das Horas regulada segundo leis prprias. Nela se combinam, de uma forma particular, elementos comuns s outras celebraes crists. Na sua estrutura geral, inclui sempre: primeiramente o hino, depois a salmodia, a seguir uma leitura, longa ou breve, da Sagrada Escritura, finalmente as preces.

    Tanto na celebrao comunitria como na recitao in-dividual, a estrutura essencial sempre a mesma: dilogo entre Deus e o homem. Todavia, a celebrao comunitria manifesta mais claramente a natureza eclesial da Liturgia das Horas.

    IIAS DIVERSAS HORAS LITRGICAS

    I. INTRODUO A TODO O OFCIO

    34. A introduo a todo o Ofcio normalmente formada pelo Invitatrio. Este constitudo pelo versculo Abri, Senhor, os meus lbios: E a minha boca anunciar o vosso

    62 Cf. Actos 4, 32.63 Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 100.

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    louvor e pelo salmo 94. Este salmo um convite dirigido todos os dias aos fiis para que celebrem os louvores de Deus e escutem a sua voz, e ao mesmo tempo uma exortao a esperarem o repouso do Senhor.1

    II. LAUDES E VSPERAS

    37. O Ofcio de Laudes, como orao da manh, e o de Vsperas, como orao da tarde, constituem segundo uma ve-nervel tradio da Igreja universal, como que os dois plos do Ofcio quotidiano; por isso, devem considerar-se como Horas principais, e como tais se devem celebrar.238. O Ofcio de Laudes destina-se a santificar o tempo da manh; e, como se pode ver por muitos dos seus elementos, neste sentido esto estruturados. O seu carcter de orao da manh est belamente expresso nestas palavras de S. Baslio Magno: As Laudes matutinas tm por fim consagrar a Deus os primeiros movimentos da nossa alma e do nosso esprito, de modo a nada empreendermos antes de nos alegrarmos com o pensamento de Deus, segundo o que est escrito: Lembrei-me de Deus, e enchi-me de alegria (Salmo 76, 4); e ainda para que o corpo no se entregue ao trabalho antes de fazermos o que est escrito: Eu Vos invoco, Senhor, pela manh, e ouvis a minha voz: de manh vou vossa presena e espero confiado (Salmo 5, 4-5).3

    Esta Hora, recitada ao despontar da luz de um novo dia, evoca tambm a Ressurreio do Senhor Jesus, a Luz verdadeira que ilumina todos os homens (cf. Jo 1, 9), o Sol de Justia (Mal 4, 2), o Sol nascente que vem do alto (Lc 1, 78). Neste sentido, compreende-se perfeitamente a recomendao de S. Cipriano: Devemos orar logo de manh para celebrar, na orao matinal, a Ressurreio do Senhor.4

    1 Hebr 3, 7 4, 16.2 Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 89 s.; cf. Ibid., n.

    100.3 S. Baslio M., Regulae fusius tractatae, Resp. 37, 3: PG 31, 1014.4 S. Cipriano, De oratione dominica 35: PL 4, 561.

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    39. As Vsperas celebram-se tarde, ao declinar do dia, a fim de agradecermos tudo quanto neste dia nos foi dado e ainda o bem que ns prprios tenhamos feito.5 Com esta orao, que fazemos subir como incenso na presena do Senhor e em que o erguer das nossas mos como o sacrifcio vespertino,6 recordamos tambm a obra da Redeno. E, num sentido mais sagrado, pode ainda evocar aquele verdadeiro sacrifcio vespertino que o nosso Salvador confiou aos Apstolos na l tima Ceia, ao inaugurar os sacrossantos mistrios da Igreja, quer daquele sacrifcio vespertino que, no dia seguinte, no fim dos tempos, Ele ofereceu ao Pai, erguendo as mos para a salvao do mundo inteiro.7 Finalmente, no sentido de orientar a nossa esperana para a luz sem crepsculo, oramos e pedimos que sobre ns brilhe de novo a luz, imploramos a vinda de Cristo, que nos vir trazer a graa da luz eterna.8 40. Dar-se-, portanto, a estas duas Horas de Laudes e Vsperas a mxima importncia como orao da comunidade crist. Promover-se- a sua celebrao pblica e comunitria, principalmente entre as pessoas que vivem em comunidade. Recomenda-se mesmo a sua recitao a todos os fiis que no possam tomar parte na celebrao comunitria.

    III. TRCIA, SEXTA E NOA, OU HORA INTERMDIA

    74. Segundo a mais antiga tradio, e a exemplo do que se fazia na Igreja Apostlica, costumavam os cristos, por devoo privada, orar a certas horas do dia, mesmo no meio do trabalho. Com o decorrer dos tempos, esta tradio veio a revestir diversas formas de celebrao litrgica.75. O uso litrgico, tanto do Oriente como do Ocidente, conservou as trs Horas de Trcia, Sexta e Noa, sobretudo por

    5 S. Baslio, o. c.: PG 31, 1015.6 Cf. Salmo 140, 2.7 Cassiano, De Institutione coenob., L. 3, c. 3: PL 49, 124. 125.8 S. Cipriano, De Oratione dominica, 35: PL 4, 560.

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    lhes andar ligada a memria de certos acontecimentos da Pai-xo do Senhor e da primeira propagao do Evangelho.

    IV. COMPLETAS

    84. As Completas so a ltima orao do dia. Rezam-se antes de iniciar o descanso nocturno, ainda que, eventualmente, j passe da meia-noite.

    V. LIGAO OCASIONAL DAS HORAS DO OFCIO COM A MISSA OU ENTRE SI

    93. Em casos particulares, quando as circunstncias o pe-direm, na celebrao pblica ou comunitria, pode-se fazer uma ligao mais estreita da Missa com uma Hora do Ofcio, dentro das normas a seguir indicadas, contanto que a Missa e a Hora pertenam ao mesmo Ofcio. Evitar-se-, porm, que isto redunde em prejuzo do bem pastoral, mormente aos domingos.94. Quando a Missa precedida imediatamente de Laudes, celebradas no coro ou em comum, a aco litrgica pode comear ou pelo versculo introdutrio e o hino de Laudes, sobretudo nos dias feriais, ou pelo canto e procisso de entrada e saudao do celebrante, principalmente nos dias festivos. Num e noutro caso, omitir-se- um destes dois ritos iniciais.

    Segue-se a salmodia de Laudes, na forma habitual, at leitura breve exclusive. Terminada a salmodia, omitido o acto penitencial e eventualmente o Krie, diz-se o Gloria, segundo as rubricas, e o celebrante recita a orao da Missa. Segue-se a Liturgia da palavra, como de costume.

    A orao universal faz-se na devida altura e na forma acostumada para a Missa. Contudo, nos dias feriais, na Missa matutina, em vez dos formulrios quotidianos da orao uni-versal, podem-se dizer as preces matinais prprias de Laudes.

    Depois da comunho, com o respectivo cntico, diz-se o Benedictus com sua antfona de Laudes. Segue-se a orao depois da comunho, e tudo o mais como de costume.

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    95. No caso de a Missa ser precedida imediatamente da celebrao pblica da Hora Intermdia, quer dizer, de Trcia, Sexta ou Noa, a aco litrgica pode igualmente comear ou pelo versculo introdutrio e o hino da respectiva Hora, so-bretudo nos dias feriais, ou pelo canto e procisso de entrada e saudao do celebrante, mormente nos dias festivos. Num e noutro caso, omitir-se- um destes dois ritos iniciais.

    Segue-se a salmodia da respectiva Hora, como de cos-tume, at leitura breve exclusive. Terminada a salmodia, omitido o acto penitencial e eventualmente o Krie, diz-se o Gloria, segundo as rubricas, e o celebrante recita a orao da Missa.96. Quando a Missa precedida imediatamente de Vsperas, estas ligam-se Missa da mesma forma que Laudes. Note-se, porm, que no se podem celebrar as primeiras Vsperas das solenidades, domingos e festas do Senhor que ocorram ao domingo, seno depois de celebrada a Missa do dia anterior ou sbado.97. No caso de a Hora Intermdia, quer dizer, Trcia, Sexta ou Noa, ou as Vsperas, se seguirem Missa, esta ser celebrada na forma habitual at orao depois da comunho inclusive.

    Dita a orao depois da comunho, comea imediata-mente, a salmodia da respectiva Hora. Na Hora Intermdia, terminada a salmodia, omite-se a leitura breve e diz-se logo a orao; e faz-se a despedida como na Missa. Nas Vsperas, terminada a salmodia, omite-se a leitura e diz-se logo o cntico Magnificat com a respectiva antfona; e, omitidas as preces e a orao dominical, diz-se a orao conclusiva e d-se a bno ao povo. Se

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  • III

    ELEMENTOS CONSTITUTIVOSDA LITURGIA DAS HORAS

    I. OS SALMOS E A SUA RELAO COM A ORAO CRIST

    100. Na Liturgia das Horas, a Igreja utiliza, em grande parte, para sua orao aqueles belssimos hinos que, sob a inspirao do Esprito Santo, foram compostos pelos autores sagrados do Antigo Testamento. Por sua prpria origem, os salmos possuem, de facto, a virtude de elevar para Deus o esprito dos homens, de excitar neles santos e piedosos afectos, de os ajudar admiravelmente a dar graas na prosperidade, de os consolar e robustecer na adversidade.

    101. Todavia, os salmos no encerram mais que uma sombra daquela plenitude dos tempos que se revelou em Cristo Senhor e da qual tira a orao da Igreja todo o seu valor. Por esse motivo, no admira que, apesar da elevada estima em que os salmos so tidos por todos os cristos, surjam por vezes certas dificuldades quando algum pretende fazer seus estes poemas venerandos, servindo-se deles para orar.

    102. Porm, o Esprito Santo, que inspirou os salmistas a cant-los, no deixa nunca de assistir com a sua graa aqueles que, animados de f e boa vontade, salmodiam estes sagrados hinos. Alm disso, necessrio que todos, na medida das suas foras, procurem adquirir uma formao bblica o mais rica possvel, sobretudo quanto aos salmos,1 e aprendam tambm a maneira de fazer da salmodia sua orao pessoal.

    103. Os salmos nem so leituras nem oraes em prosa, mas so poemas de louvor. Por isso, embora admitindo que s vezes

    1 Conc. Vat. II, Const. sobre a Sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 90.

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    tenham sido recitados em forma de leitura, todavia, dado o seu gnero literrio, com razo so designados em hebraico pelo termo Tehillim, quer dizer, cnticos de louvor, e em grego psalmi, ou seja cnticos acompanhados ao som do saltrio. De facto, todos os salmos possuem um certo carcter musical, que determina o modo como devem ser executados. E assim, mesmo quando o salmo recitado sem canto, ou at indivi-dualmente ou em silncio, a sua recitao ter de conservar este carcter musical. Apresentando embora um texto ao nosso esprito, ele visa principalmente a excitar os coraes dos que os salmodiam ou escutam, e mesmo dos que os acompanham ao som do saltrio e da ctara.

    104. Aquele que salmodia sabiamente ir percorrendo vers-culo a versculo, meditando um aps outro, de corao sempre pronto a responder como o quer o Esprito que inspirou o salmista e assistir igualmente os homens piedosos que esto dispostos a receber a sua graa.

    108. Na Liturgia das Horas, quem salmodia no o faz tanto em seu prprio nome como em nome de todo o Corpo Mstico de Cristo, e at na pessoa do prprio Cristo. Se tivermos isto em conta, desaparecem as dificuldades que possam surgir para quem salmodia, caso os seus sentimentos ntimos se sintam em desacordo com os afectos expressos num salmo. Por exemplo: quando a uma pessoa triste e angustiada se depara um salmo de jubilao, ou, ao contrrio, quando a algum que se sente feliz aparece um salmo de lamentao. No caso da orao estritamente privada, esta discordncia pode evitar-se, uma vez que pode escolher um salmo mais condizente com os sentimentos pessoais. No caso, porm, do Ofcio divino, a salmodia no tem carcter privado, mesmo que algum recite as Horas sozinho; o ciclo dos salmos, oficialmente estabelecido, recitado em nome da Igreja. Ora, salmodiando em nome da Igreja, podem- se encontrar sempre motivos de alegria ou de tristeza, pois aqui tem aplicao a palavra do Apstolo: Alegrar-se com os que se alegram, chorar com os que choram (Rom 12, 1). Deste modo, a fragilidade humana,

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    ferida pelo amor prprio, recupera a sade pela caridade que faz com que o esprito concorde com a voz de quem salmodia.2

    109. Quem salmodia em nome da Igreja dever captar o sentido pleno dos salmos, particularmente o sentido messinico, pois foi este o que levou a Igreja a adoptar o Saltrio. Este sentido messinico aparece-nos em toda a sua clareza no Novo Testamento, e o prprio Cristo Senhor o apontou expressamente aos Apstolos quando lhes disse: preciso que se cumpra tudo quanto est escrito a meu respeito na Lei de Moiss, nos Profetas e nos Salmos (Lc 24, 44).

    Nesta mesma ordem de ideias, os Santos Padres admi-tiram e explicaram todo o Saltrio como profecia referente a Cristo e Igreja. E dentro deste mesmo critrio que os salmos tm sido utilizados na sagrada Liturgia. E, se bem que, por vezes, se tenham aceitado interpretaes algo retorcidas, no geral, legtima a interpretao quer dos Santos Padres quer da Liturgia, que nos salmos ouviram Cristo a clamar ao Pai ou o Pai a dirigir-se ao Filho, ou reconhecem neles at a voz da Igreja, dos Apstolos e dos Mrtires.

    II. ANTFONAS E OUTROS ELEMENTOS SUBSIDIRIOS DA ORAO DOS SALMOS

    110. Trs elementos, dentro da tradio latina, muito con-tribuem para a inteligncia dos salmos ou para fazer deles orao crist: os ttulos, as colectas salmdicas e principalmente as antfonas.111. No Saltrio da Liturgia das Horas, cada salmo precedido dum ttulo, a indicar o sentido do mesmo salmo e o seu valor para a vida humana do crente. Estes ttulos, no livro da Liturgia das Horas, visam unicamente utilidade de quem salmodia. Para facilitar a orao luz da Revelao nova, acres centa--se uma sentena tirada do Novo Testamento ou dos Santos Padres, a qual serve como de convite a rezar o salmo no sentido cristolgico.

    2 Cf. S. Bento, Regula Monasteriorum, c. 19.

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    112. As colectas salmdicas ajudam a quem recita os salmos a entend-los num sentido predominantemente cristo. Estas colectas vm no Suplemento ao livro da Liturgia das Horas, uma para cada salmo. Podem-se utilizar livremente, de acordo com a antiga tradio, da seguinte maneira: terminado o salmo, aps uns momentos de silncio, reza-se a colecta, como que a resumir os afectos de quem salmodia e a concluir a orao.

    113. Cada salmo acompanhado da respectiva antfona, mesmo quando a Liturgia das Horas se celebre sem canto, inclusive na recitao individual. As antfonas servem para tornar mais claro o gnero literrio do salmo; transformar o salmo em orao pessoal; pem em relevo esta ou aquela sentena digna de particular ateno, e que doutro modo passaria despercebida; do ao salmo um colorido especial, em harmonia com as circunstncias em que utilizado; ajudam muito a interpretar o salmo num sentido tipolgico conforme as festas, desde que se excluam acomodaes arbitrrias; finalmente, contribuem para tornar a recitao dos salmos mais agradvel e variada.

    III. MANEIRA DE SALMODIAR

    121. Para mais facilmente se poder sentir a fragrncia espiri-tual e literria dos salmos, estes podem-se recitar de diferentes maneiras, de acordo com o gnero literrio ou a extenso de cada um.122. No canto ou recitao dos salmos, podem adoptar--se diversas modalidades confirmadas pela tradio ou pela experincia: ou tudo seguido (in directum), ou alternando os versculos ou as estrofes, quer entre dois coros quer entre duas partes da assembleia, ou ainda em forma responsorial.

    IV. CRITRIO SEGUIDO NA DISTRIBUIO DOS SALMOS DO OFCIO

    126. Os salmos esto distribudos por um ciclo de quatro semanas. Omitem-se alguns salmos, muito poucos. Outros,

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    que a tradio tornou mais conhecidos, repetem-se com mais frequncia. Alm disso, para os ofcios de Laudes e Vsperas, foram escolhidos salmos a condizer com a respectiva Hora.3 127. Como Laudes e Vsperas se destinam mais particular-mente celebrao com o povo, foram escolhidos para estas Horas salmos que se prestam melhor a este modo de celebra-o.129. Para o domingo, foram escolhidos salmos que, segundo a tradio, melhor traduzem o mistrio pascal. Para a sexta--feira, escolheram-se os salmos penitenciais ou relacionados com a Paixo.

    V. PRECES, ORAO DOMINICAL,ORAO CONCLUSIVA

    a) Preces ou intercesses em Laudes e Vsperas179. A Liturgia das Horas celebra os louvores de Deus. Todavia, nem a tradio judaica nem a tradio crist separa o louvor divino da orao de splica; e at, no raro, fazem esta derivar daquele. O apstolo Paulo recomenda que se faam preces, oraes, splicas e aces de graas por todos os homens, pelos reis e por todas as autoridades, para que possamos levar uma vida tranquila e pacfica, com toda a piedade e dignidade. Isto bom e agradvel aos olhos de Deus, nosso Sal vador, pois Ele quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (1 Tim 2, 1-4). Esta recomendao, no raro os Santos Padres a interpretam como devendo fazer-se essas intercesses pela manh e ao fim da tarde.4

    182. Pelo nome de preces so designadas tanto as inter-cesses de Vsperas como as invocaes de Laudes para consagrar o dia a Deus.

    3 Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 91.4 Assim, p. ex., S. Joo Crisstomo, In Epist. ad Tim. I, Homilia 6: PG 62,

    530.

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    185 Tal como na orao dominical, tambm nas preces se h-de unir splica o louvor de Deus ou proclamao da sua glria, ou a memria da histria da salvao.186. Nas preces de Vsperas, a ltima inteno ser sempre pelos defuntos.188. Tanto em Laudes como em Vsperas, podem-se acres-centar algumas intenes particulares.189. As preces do Ofcio so estruturadas de modo a pode-rem-se adaptar quer celebrao com o povo, quer celebra-o numa pequena comunidade, quer recitao individual.190. Na recitao com o povo ou em comum, as preces so introduzidas por uma breve admonio feita pelo sacerdote ou ministro. Nesta admonio, enuncia-se j a resposta, invarivel, que a assembleia dever repetir.192. Cada frmula de inteno consta de duas partes, poden-do a segunda servir de resposta varivel.193. Assim, podem-se usar diferentes maneiras: dizer o sacerdote ou ministro as duas partes da frmula, e a assembleia responder com o refro invarivel ou fazer uma pausa de silncio; ou ento dizer o sacerdote ou ministro s a primeira parte da frmula, e a assembleia responder com a segunda parte.

    b) Orao dominical

    194. Em Laudes e Vsperas, que so as Horas mais parti-cularmente destinadas celebrao com o povo, a seguir s preces, de acordo com uma venervel tradio, recita-se, pela sua especial dignidade, a orao dominical.195. Doravante, portanto, a orao dominical dir-se- trs vezes ao dia: na Missa, em Laudes e em Vsperas.196. O Pai Nosso recitado por todos em conjunto, poden-do, se se considerar oportuno, ser introduzido por uma breve admonio.

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    c) Orao conclusiva197. No fim da Hora, diz-se, para terminar, a orao con-clusiva. Na celebrao pblica e com povo, ao sacerdote ou dicono que pertence, tradicionalmente, recitar esta orao.5

    VI. SILNCIO SAGRADO

    201. Geralmente, em todas as celebraes litrgicas se h-de procurar guardar, nos momentos prprios, um silncio sagra-do.6 Consequentemente na celebrao da Liturgia das Horas, facultar-se- tambm a possibilidade de uns momentos de silncio.202. E assim, conforme as convenincias e a prudncia aconselharem, seguindo o costume dos nossos maiores, poder--se- introduzir uma pausa de silncio aps cada salmo, depois de repetida a antfona, mormente quando, a seguir ao salmo, se disser uma colecta salmdica (cf. n. 112); ou ainda aps as leituras, breves ou longas, antes ou depois do responsrio. Este momento de silncio visa obter a plena ressonncia da voz do Esprito Santo nos coraes e unir mais estreitamente a orao pessoal palavra de Deus e orao oficial da Igreja.202. Cuidar-se-, porm, que o silncio no venha alterar a estrutura do Ofcio ou causar aos que nele participam mal-estar ou enfado.

    5 Cf. infra, n. 256.6 Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium. n. 30.

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  • IV

    DIFERENTES CELEBRAES NO DECURSO DO ANO LITRGICO

    I. CELEBRAO DOS MISTRIOS DO SENHOR

    a) Domingo204. O Ofcio do domingo principia com as primeiras Vs-peras. Nestas, diz-se tudo do Saltrio, com excepo das partes indicados como prprias.207. Onde for possvel, da mxima convenincia celebrar com o povo, segundo o antiqussimo costume, pelo menos as Vsperas.1

    b) Trduo Pascal208. No Trduo Pascal, celebra-se o Ofcio conforme indi-cado no Prprio do Tempo.210. Na Sexta-feira da Paixo do Senhor e no Sbado Santo, antes do Ofcio matinal de Laudes, celebrar-se-, na medida do possvel, em forma pblica e com o povo, o Ofcio de Leitura.213. As Laudes do Domingo da Ressurreio so rezadas por todos. As Vsperas, convm celebr-las em forma solene, para festejar a tarde deste dia sagrado e comemorar as aparies do Senhor aos seus discpulos.

    c) Tempo Pascal214. O carcter pascal da Liturgia das Horas marcado pela aclamao Aleluia, com que termina a maior parte das ant-fonas, pelos hinos, antfonas e preces especiais, e ainda pelas leituras prprias escolhidas para cada Hora.

    1 Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 100.

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    d) Natal do Senhor215. Na noite do Natal do Senhor, antes da Missa, convm celebrar uma viglia com o Ofcio de Leitura. Os que tomarem parte nesta Viglia no rezam Completas.

    216. O Ofcio de Laudes, no dia de Natal, reza-se normal-mente antes da Missa da aurora.

    II. CELEBRAES DOS SANTOS

    218. As celebraes dos Santos esto organizadas de modo que no se sobreponham s festas e tempos sagrados em que se comemoram os mistrios da salvao,2 no interrompam com excessiva frequncia o ciclo da salmodia e da leitura divina, nem dem ocasio a repeties indevidas; mas, por outro lado, favoream de forma conveniente a legtima devoo de cada um.

    219. As celebraes dos Santos classificam-se em soleni-dades, festas, memrias.

    220. As memrias podem ser obrigatrias ou, quando no se indique nada, facultativas. Para decidir sobre a convenincia ou no de celebrar num Ofcio com o povo ou em comum tal ou tal memria facultativa, atender-se- ao bem geral ou devoo autntica da prpria assembleia, e no apenas devoo de quem preside.221. No caso de ocorrncia de vrias memrias facultativas no mesmo dia, celebrar-se- somente uma delas, omitindo as outras.

    222. S as solenidades gozam de direito de transferncia, segundo as rubricas.

    DIFERENTES CELEBRAES DO ANO LITRGICO

    2 Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 111.

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  • 34 INSTRUO GERAL

    1. Ordenamento do Ofcio nas solenidades

    225 As solenidades tm primeiras Vsperas, no dia anterior.

    226. Nas Vsperas, tanto primeiras como segundas, so pr-prios: o hino, as antfonas, a leitura breve com seu responsrio, a orao conclusiva. Quando os no tiverem prprios, to mam--se do Comum.

    227. Em Laudes, so prprios: o hino, as antfonas, a leitura breve com seu responsrio, a orao conclusiva. Quando os no tiverem prprios, tomam-se do Comum. Os salmos so os do domingo I do Saltrio. As preces ou so prprias ou do Comum.

    229. Na Hora Intermdia, Trcia, Sexta e Noa, salvo indicao em contrrio, diz-se o hino quotidiano. Os salmos so tirados de entre os graduais, com antfona prpria. Ao domingo, dizem-se os salmos correspondentes ao domingo I do Saltrio. A leitura breve e a orao so prprias. Nalgumas solenidades do Senhor, os salmos tambm so prprios.

    230. Nas Completas, diz-se tudo do domingo, respectivamente depois das primeiras ou das segundas Vsperas.

    2. Ordenamento do Ofcio nas festas

    231. As festas, com excepo das festas do Senhor que ocorrem ao domingo, no tm primeiras Vsperas. No Ofcio de Leitura, Laudes e Vsperas, faz-se tudo como nas solenidades.232. Na Hora Intermdia, ou Trcia, Sexta e Noa, diz-se o hino quotidiano. Os salmos com suas antfonas so da fria, a no ser que um motivo particular ou a tradio exija, para a Hora Intermdia, antfona prpria, o que ir indicado no res-pectivo lugar. A leitura breve e a orao so prprias.233. As Completas dizem-se como nos dias comuns.

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    3. Ordenamento do Ofcio nas memrias

    234. Salvo o caso das memrias facultativas que ocorram nos tempos privilegiados, nenhuma diferena existe, no ordenamento do Ofcio, entre memria obrigatria e memria facultativa, quando esta efectivamente se celebre.

    a) Memrias ocorrentes nos dias comuns235. Nas Laudes e Vsperas:

    a) os salmos com suas antfonas dizem-se da fria ocorrente, salvo no caso de haver antfonas ou salmos prprios, o que em seu lugar ir indicado;

    b) a antfona do Invitatrio, o hino, a leitura breve, as antfonas de Benedictus e Magnificat e as preces dizem-se do Santo, quando forem prprios; caso contrrio, dizem-se ou do Comum ou da fria ocorrente;

    c) a orao conclusiva diz-se do Santo.236. Na Hora Intermdia, ou Trcia, Sexta e Noa, e nas Com-pletas, reza-se tudo da fria, e nada do Santo.

    b) Memrias ocorrentes nos tempos privilegiados

    237. Aos domingos, nas solenidades e festas, na Quarta-feira de Cinzas, durante a Semana Santa e oitava da Pscoa, no se faz nada das memrias ocorrentes.238. Nas frias de 17 a 24 de Dezembro inclusive, durante a oitava do Natal e nas frias da Quaresma, no se celebra nenhuma memria obrigatria, nem sequer nos calendrios parti culares. As que eventualmente ocorrerem durante o tempo da Quaresma consideram-se, nesse ano, memrias facultativas.239. Nos tempos atrs indicados, querendo celebrar-se a memria dalgum Santo no prprio dia em que ela ocorrer: em Laudes e Vsperas, aps a orao conclusiva, pode-se acrescentar a antfona (prpria ou do Comum) e a orao do Santo.

    DIFERENTES CELEBRAES DO ANO LITRGICO

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  • 36 INSTRUO GERAL

    c) Memria de Santa Maria no sbado240. Nos sbados do Tempo Comum, em que so permitidas as memrias facultativas, pode celebrar-se, com o mesmo rito, a memria, igualmente facultativa, de Santa Maria, com a leitura prpria.

    III. CALENDRIO A SEGUIR E ESCOLHA DO OFCIO OU ALGUMAS DAS SUAS PARTES

    a) Calendrio a seguir

    241. Na celebrao coral ou comunitria, o Ofcio tem de ser conforme ao calendrio prprio, isto , da diocese, da famlia religiosa ou de cada igreja.3 243. Na recitao individual, permitido seguir ou o calen-drio do lugar ou o calendrio prprio, salvo nas solenidades e festas prprias.4

    b) Faculdade de escolha quanto ao Ofcio

    245. Fora das solenidades, dos domingos do Advento, Qua-resma e Pscoa, da Quarta-feira de Cinzas, Semana Santa, oitava da Pscoa e dia 2 de Novembro, permitido, por uma razo de utilidade pblica ou por motivo de devoo, celebrar, na ntegra ou parcialmente, um Ofcio votivo, por exemplo: por ocasio duma peregrinao, duma festa local, da solenidade externa dalgum Santo.

    c) Faculdade de escolha quanto aos formulrios

    246. Em certos casos particulares, podem-se escolher, no Ofcio, formulrios diferentes dos indicados, contanto que no se altere a estrutura geral de cada Hora e se observem as nor-mas seguintes.

    3 Cf. Normae universales de anno liturgico et de calendario, n. 52.4 Cf. Tabula dierum liturgicorum, nn. 4 e 8 Cf. infra, pp. 93-95.

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    247. No Ofcio dos domingos, solenidades, festas do Senhor inscritas no Calendrio geral, frias da Quaresma e da Semana Santa, dias dentro das oitavas da Pscoa e do Natal, frias de 17 a 24 de Dezembro inclusive, no permitido nunca substituir os formulrios prprios, ou apropriados, destas celebraes, tais como: antfonas, hinos, leituras, responsrios, oraes e, quase sempre, tambm os salmos.

    Todavia, se for oportuno, os salmos dominicais da semana corrente podem substituir-se pelos salmos dominicais doutra semana, e at, no caso duma celebrao com o povo, por outros salmos especialmente escolhidos de molde a iniciar progressivamente o povo na sua compreenso.251. As leituras breves, as oraes, os cnticos e as preces marcados para as frias dalgum tempo peculiar, podem-se dizer nas outras frias do mesmo tempo.252. Deve-se ter o maior respeito pelo ciclo do Saltrio, tal como est distribudo por semanas.5 Todavia, por motivos de ordem espiritual ou pastoral, em vez dos salmos marcados para tal dia, permitido dizer os salmos dessa mesma Hora marcados para outro dia. Podem at ocorrer circunstncias ocasionais em que permitido escolher salmos e outros textos apropriados, maneira de Ofcio votivo.

    V

    DIFERENTES FUNES A DESEMPENHARNA CELEBRAO COMUNITRIA

    253. Tal como nas demais aces litrgicas, tambm na ce-lebrao da Liturgia das Horas cada qual, ministro ou simples fiel, no desempenho do seu ofcio, far tudo e s o que lhe compete, segundo a natureza do rito e as normas litrgicas.1

    DIFERENTES FUNES NA CELEBRAO LITRGICA

    5 Cf. supra, nn. 100-109.1 Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 28.

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    254. Quando for o Bispo a presidir, sobretudo na Igreja ca-tedral, h-de estar rodeado do seu presbitrio e ministros, com participao plena e activa do povo. Todas as celebraes com o povo, por via de regra, so presididas por um sacerdote ou dicono, com a presena de ministros.255. O presbtero ou dicono que presidir celebrao pode ir revestido de estola por cima da alva ou sobrepeliz, podendo o presbtero revestir tambm o pluvial.256. Ao sacerdote ou dicono que preside celebrao per-tence dar incio ao Ofcio, dizendo, da sua sede, o versculo introdutrio, comear a orao dominical, recitar a orao conclusiva, saudar, abenoar e despedir a assembleia.257. As preces podem ser recitadas ou pelo sacerdote ou pelo ministro.258. Na falta de presbtero ou dicono, quem presidir ao Ofcio em tudo igual aos outros. Por isso, nem ocupar o presbitrio, nem saudar nem abenoar a assembleia.259. Os que desempenharem o ofcio de leitor faro as lei-turas, de p, no lugar prprio.260. A entoao das antfonas, salmos e cnticos ser feita pelo cantor ou cantores.

    261. Em Laudes e Vsperas, durante o cntico evanglico, pode-se incensar o altar, o sacerdote e o povo.263. Todos os participantes esto de p:

    a) durante a introduo ao Ofcio e versculo introdutrio de cada Hora;

    b) durante o hino; c) durante o cntico evanglico; d) durante as preces, orao dominical e orao

    conclusiva.264. Todos escutam sentados as leituras.265. Durante os salmos e cnticos, com suas antfonas, a assem bleia pode estar sentada ou de p, conforme o costume.

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    266. Todos fazem o sinal da cruz, da fronte ao peito e do ombro esquerdo ao direito:

    a) no princpio das Horas, ao Deus, vinde; b) ao comear os cnticos evanglicos, Benedictus,

    Magnificat, Nunc dimittis. Faz-se o sinal da cruz sobre os lbios, no princpio do

    Invitatrio, s palavras Abri, Senhor, os meus lbios.

    VIO CANTO NO OFCIO

    268. A celebrao do Ofcio divino com canto a forma mais condizente com a natureza desta orao. Alm disso, ela marca tambm uma solenidade mais completa, ao mesmo tempo que traduz uma unio mais profunda dos coraes no canto dos louvores de Deus. Por isso, vivamente se recomenda queles que celebram o Ofcio divino no coro ou nas comuni-dades.2

    269. As declaraes do Conclio Vaticano II a respeito do canto litrgico 3 nas aces litrgicas em geral valem de modo particular para a Liturgia das Horas. Todas e cada uma das suas partes foram, certo, reformadas de modo a permitirem uma recitao frutuosa mesmo individual. Contudo, a maior parte dos seus elementos tm carcter lrico; e, por conseguinte, no sendo cantados, no podem traduzir plenamente o seu sentido. Isto se aplica de modo particular aos salmos, cnticos, hinos e responsrios.

    270. Sendo assim, na celebrao da Liturgia das Horas, o canto no se pode considerar mero adorno, extrnseco orao.

    O CANTO NO OFCIO

    2 S. Cong. dos Ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Maro de 1967, n. 37: A.A.S. 59 (1967), p. 310; cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrocanctum Conci-lium, n. 99.

    3 Cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Concilium, n. 113.

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    Antes, irrompe das profundezas da alma de quem reza e louva o Senhor, ao mesmo tempo que manifesta, numa forma plena e perfeita, o carcter comunitrio do culto.

    271. Primeiramente, convm utilizar o canto pelo menos aos domingos e dias festivos. Alm disso, o canto dever marcar tambm, pela forma como utilizado, os diferentes graus de solenidade.

    272. Por outro lado, nem todas as Horas tm a mesma impor-tncia. Por isso, conveniente distinguir com o canto aquelas que so realmente, por assim dizer, os dois plos do Ofcio divino, isto , Laudes e Vsperas.

    273. Desde que seja feita com elevao artstica e espiritual, de recomendar uma celebrao integralmente cantada. Todavia, pode ser vantajoso aplicar o princpio de uma solenizao progressiva.

    Este princpio da solenizao progressiva admite graus intermdios entre um Ofcio integralmente cantado e a simples recitao de todas as suas partes. Esta soluo permite uma grande e agradvel variedade, que se avaliar em funo da tonalidade do dia ou da Hora que se celebra, da natureza de cada elemento constitutivo do Ofcio, da importncia numrica e caractersticas da comunidade celebrante, finalmente, do nmero de cantores de que possvel dispor no caso concreto.274. A Igreja no exclui das aces litrgicas nenhum gnero musical, desde que se harmonize com o esprito da mesma aco litrgica e com a natureza de cada uma das suas partes e, por outro lado, no impea a devida participao activa do povo.4 Quando, no Ofcio cantado, no houver melodia para determinada antfona, ir-se- buscar ao repertrio musical outra antfona a condizer.

    4 S. Cong. dos Ritos, Instr. Musicam sacram, 5 de Maro de 1967, n. 9: A.A.S. 59 (1967), p. 303; cf. Conc. Vat. II, Const. Sacrosanctum Conci-lium, n. 116.

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    277. Quais os elementos que de preferncia devem ser can-tados, isso determinado pelo genuno ordenamento da prpria celebrao litrgica, ordenamento este que exige uma justa apreciao do sentido e natureza de cada uma das suas partes e do prprio canto. Partes h, com efeito, que de si mesmas exigem o canto.5 Tais so, em primeiro lugar, as aclamaes, as respostas s saudaes do sacerdote e dos ministros, as res-postas das preces litnicas, bem como as antfonas e salmos, os versculos intercalares e os refres, os hinos e cnticos.6 280. Os hinos, quando possuem autntico valor doutrinal e artstico, contribuem grandemente para alimentar a orao de quem recita as Horas. Em si, destinam-se a ser cantados. Por isso, muito se recomenda que, na medida do possvel, se d preferncia a esta forma de execuo na celebrao comunit-ria.281. O responsrio breve a seguir leitura, em Laudes e Vsperas destina-se por si mesmo a ser cantado, e cantado pelo povo.283. As leituras, longas ou breves, em si mesmas, no se destinam a ser cantadas. Ao proclam-las, por-se- todo o cuidado em as ler com dignidade, clareza, distino, de modo que todos as possam ouvir e entender perfeitamente. Neste sentido, a nica forma musical que se pode aceitar para as leituras aquela que permita melhor audio das palavras e mais perfeita compreenso do texto.

    284. Os textos proferidos s pelo presidente, por exemplo as oraes, podem muito bem ser cantados, com arte e beleza.

    O CANTO NO OFCIO

    5 Cf. Ibid., n. 6: p. 302.6 Cf. Ibid., nn. 16a, 38: pp. 305, 311.

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  • TABELA DOS DIAS LITRGICOS

    Segundo as normas universais sobre o ano litrgicoe o Calendrio, nn. 59-61

    A precedncia entre os dias litrgicos, no que se refere sua celebrao, rege-se unicamente pela tabela seguinte:

    I

    1. Trduo pascal da Paixo e Ressurreio do Senhor.

    2. Natal do Senhor, Epifania, Ascenso e Pentecostes. Domingos do Advento, da Quaresma e da Pscoa. Quarta-feira de Cinzas. Frias da Semana Santa, da segunda quinta-feira

    inclusive. Dias da oitava da Pscoa.

    3. Solenidades do Senhor, da Bem-aventurada Virgem Maria e dos Santos inscritos no Calendrio geral. Comemorao de todos os fiis defuntos.

    4. Solenidades prprias, a saber:a) Solenidade do Padroeiro principal do lugar, da

    cidade e da nao.b) Solenidade da Dedicao e do aniversrio da Dedi-

    cao da igreja prpria.c) Solenidade do Ttulo da igreja prpria.d) Solenidade ou do Titular ou do Fundador, ou do

    Padroeiro principal da Ordem ou Congregao.

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    II

    5. Festas do Senhor inscritas no Calendrio geral. 6. Domingos do Tempo do Natal e domingos do Tempo

    Comum. 7. Festas de Nossa Senhora e dos Santos, inscritas no Calen-

    drio geral. 8. Festas prprias a saber:

    a) Festa do Padroeiro principal da diocese.b) Festa do aniversrio da Dedicao da Igreja Cate-

    dral.c) Festa do Padroeiro principal da regio ou da provn-

    cia, da nao ou de um territrio mais vasto.d) Festas do Titular, do Fundador, do Padroeiro prin-

    cipal da Ordem ou Congregao e da provncia religiosa, salvo o que se prescreve no n. 4.

    e) Outras festas prprias de alguma igreja.f) Outras festas inscritas no Calendrio de cada Dio-

    cese ou Ordem ou Congregao. 9. Frias do Advento do dia 17 ao dia 24 de dezembro inclu-

    sive. Dias da oitava do Natal. Frias da Quaresma.

    III

    10. Memrias obrigatrias inscritas no Calendrio geral. 11. Memrias obrigatrias prprias, a saber:

    a) Memrias do Padroeiro secundrio do lugar, da Diocese, da regio ou da provncia, da nao ou dum territrio mais vasto, da Ordem ou Congre-gao e da Provncia religiosa.

    TABELA DOS DIAS LITRGICOS

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    b) Outras memrias obrigatrias prprias de alguma igreja.

    c) Outras memrias obrigatrias inscritas no Calend-rio de cada Diocese ou Ordem ou Congregao.

    12. Memrias facultativas que, todavia, tambm se podem celebrar nos dias referidos no n. 9, segundo o modo peculiar descrito nas Instrues sobre a Missa e sobre o Ofcio.

    Do mesmo modo podem celebrar-se como mem-rias facultativas as memrias obrigatrias que, aciden-talmente, ocorrem nas frias da Quaresma.

    13. Frias do Advento at ao dia 16 de dezembro inclusive. Frias do Tempo do Natal, do dia 2 de janeiro at ao

    sbado depois da Epifania. Frias do Tempo Pascal, da segunda-feira depois

    da oitava da Pscoa at ao sbado antes do Pentecostes inclusive.

    Frias do Tempo Comum.

    Da ocorrncia e da concorrncia das celebraes

    Se ocorrerem vrias celebraes num mesmo dia, faz--se o Ofcio daquela que na tabela dos dias litrgicos vier em primeiro lugar. Contudo, se uma solenidade for impedida por um dia litrgico que goze de precedncia, transfira-se para o dia mais prximo que esteja livre das celebraes enumeradas nos nn. 1 a 8 da tabela referida, tendo em conta o que se estabelece no n. 5 das Normas sobre o ano litrgico. As outras celebraes impedidas omitem-se nesse ano.

    Se, porm, num mesmo dia, concorrerem as Vsperas do Ofcio corrente com as Vsperas I do dia seguinte, prevalecem as Vsperas da celebrao que, na tabela dos dias litrgicos, tem lugar proeminente. Em caso de igualdade, celebram-se as Vsperas do dia corrente.

    TABELA DOS DIAS LITRGICOS

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  • 2016* c b 10 fev. 27 mar. 8 maio 15 maio2017 A 1 mar. 16 abril 28 maio 4 junho2018 g 14 fev. 1 abril 13 maio 20 maio2019 f 6 mar. 21 abril 2 junho 9 junho2020* e d 26 fev. 12 abril 24 maio 31 maio2021 c 17 fev. 4 abril 16 maio 23 maio2022 b 2 mar. 17 abril 29 maio 5 junho2023 A 22 fev. 9 abril 21 maio 28 maio2024* g f 17 fev. 31 mar. 12 maio 19 maio2025 e 5 mar. 20 abril 1 junho 8 junho2026 d 18 fev. 5 abril 17 maio 24 maio2027 c 10 fev. 28 mar. 9 maio 16 maio2028* b A 2 mar. 16 abril 28 maio 4 junho2029 g 14 fev. 1 abril 13 maio 20 maio2030 f 6 mar. 21 abril 2 junho 9 junho2031 e 26 fev. 13 abril 25 maio 1 junho2032* d c 11 fev. 28 mar. 9 maio 16 maio2033 b 2 mar. 17 abril 29 maio 5 junho2034 A 22 fev. 9 abril 21 maio 28 maio2035 g 7 fev. 25 mar. 6 maio 13 maio2036* f e 27 fev. 13 abril 25 maio 1 junho2037 d 18 fev. 5 abril 17 maio 24 maio2038 c 10 mar. 25 abril 6 junho 13 junho2039 b 23 fev. 10 abril 22 maio 29 maio2040* g A 15 fev. 1 abril 13 maio 20 maio2041 f 6 mar. 21 abril 2 junho 9 junho2042 e 19 fev. 6 abril 18 maio 25 maio

    Letra dom. Ascenso **PscoaCinzas

    PentecostesAno

    TABELA TEMPORRIA

    * Ano bissexto.** Indica-se aqui o dia da transferncia para o domingo seguinte. No Calend-rio romano o dia prprio a quinta-feira anterior.

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  • Corpo eSanguede Cristo**

    Semanas comuns

    antes da Quar. Depois do T. P.

    sem.desde diasem.at dia

    Dom. I Adven.

    2016* 26 maio 9 fev. 5 16 maio 7 27 nov. A2017 15 junho 28 fev. 8 5 junho 9 3 dez. B2018 31 maio 13 fev. 6 21 maio 7 2 dez. C2019 20 junho 5 mar. 8 10 junho 10 1 dez. A2020* 11 junho 25 fev. 7 1 junho 9 29 dez. B2021 3 junho 16 fev. 6 24 maio 8 28 nov. C2022 16 junho 1 mar. 8 6 junho 10 27 nov. A2023 8 junho 21 fev. 7 29 maio 8 3 dez. B2024* 30 maio 13 fev. 6 20 maio 7 1 dez. C2025 19 junho 4 mar. 8 9 junho 10 30 nov. A2026 4 junho 17 fev. 6 25 maio 8 29 nov. B2027 27 maio 9 fev. 5 17 maio 7 28 nov. C2028* 15 junho 1 mar. 8 5 junho 9 3 dez. A2029 31 maio 13 fev. 6 21 maio 7 2 dez. B2030 20 junho 5 mar. 8 10 junho 10 1 dez. C2031 12 junho 25 fev. 7 2 junho 9 30 nov. A2032* 27 maio 10 fev. 5 17 maio 7 28 nov. B2033 16 junho 1 mar. 8 6 junho 10 27 nov. C2034 8 junho 21 fev. 7 29 maio 8 3 dez. A2035 24 maio 6 fev. 5 14 maio 6 2 dez. B2036* 12 junho 26 fev. 7 2 junho 9 30 nov. C2037 4 junho 17 fev. 6 25 maio 8 29 nov. A2038 24 junho 9 mar. 9 14 junho 11 28 nov. B2039 9 junho 22 fev. 7 30 maio 9 27 nov. C2040* 31 maio 14 fev. 6 19 maio 7 2 dez. A2041 20 junho 5 mar. 8 10 junho 10 1 dez. B2042 5 junho 18 fev. 6 26 maio 8 30 nov. C

    DAS CELEBRAES MVEIS

    * Ano bissexto.** No Calendrio romano o dia prprio a quinta-feira, como aqui se indica. Quando no se celebra neste dia transfere-se para o domingo seguinte.

    AnoCi-clo fes-tivo

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  • LETRA DOMINICAL

    Cada um dos dias do ano precedido de uma destas letras: A, b, c, d, e, f, g, que representam os sete dias da se-mana (cf. Calendrio Litrgico, nas pginas seguintes). Destas sete letras chama-se dominical aquela que em cada ano indica o domingo. Por exemplo, ao ano 2018 corresponde a letra do-minical g (cf. Tabela temporria, p. 14); portanto, todos os dias assinalados com essa letra so domingo: janeiro 7, 14, 21, etc.

    No ano bissexto, porm, h duas letras dominicais: a primeira indica os domingos at 24 de fevereiro, e a segunda indica os domingos desde 25 de fevereiro at ao fim do ano. Por exemplo, no ano 2020 correspondem-lhe as letras e e d. A primeira letra (e) indica os domingos at 24 de fevereiro: 5, 12, 19 de janeiro, etc. A segunda letra (d) dominical indica os domingos depois de 25 de fevereiro: 1, 8, 15 de maro, etc.

    No calendrio, quando no se indica o grau da celebrao a me-mria facultativa.

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  • CALENDRIO ROMANO GERALCom os Prprios de Angola, Cabo Verde, Guin-Bissau,

    Moambique, Portugal e S. Tom e Prncipe

    JANEIRO

    A 1 Oitava do Natal SANTA MARIA, ME DE DEUS Solenidadeb 2 S. Baslio Magno e S. Gregrio de Nazianzo, bispos e doutores da Igreja Memriac 3 Santssimo Nome de Jesus [Angola e S. Tom: Memria]d 4e 5f 6g 7 S. Raimundo de Penhaforte, presbteroA 8b 9c 10 B. Gonalo de Amarante, presbtero [Portugal]d 11e 12f 13 S. Hilrio, bispo e doutor da Igrejag 14A 15b 16c 17 S. Anto, abade Memriad 18e 19f 20 S. Fabio, papa e mrtir S. Sebastio, mrtirg 21 S. Ins, virgem e mrtir MemriaA 22 S. Vicente, dicono e mrtirb 23c 24 S. Francisco de Sales, bispo e doutor da Igreja Memriad 25 Converso de S. Paulo, Apstolo Festae 26 S. Timteo e S. Tito, bispos Memriaf 27 S. ngela Merici, virgemg 28 S. Toms de Aquino, presb. e dout. da Igreja MemriaA 29b 30c 31 S. Joo Bosco, presbtero Memria Domingo entre os dias 2 e 8 inclusivamente: EPIFANIA DO SENHOR Solenidade Domingo entre os dias 9 e 13 inclusivamente: BAPTISMO DO SENHOR Festa

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  • 50 CALENDRIO LITRGICO

    FEVEREIRO

    d 1e 2 Apresentao do Senhor Festa [Guin-Bissau: Nossa Senhora da Candelria Padroeira: Solenidade]f 3 S. Brs, bispo e mrtir S. scar, bispog 4 S. Joo de Brito, presbtero e mrtir [Angola e Portugal: Memria] A 5 S. gueda, virgem e mrtir Memriab 6 SS. Paulo Miki e Companheiros, mrtires Memriac 7 Cinco Chagas do Senhor Festad 8 S. Jernimo Emiliano S. Josefina Bakhita, virgeme 9f 10 S. Escolstica, virgem Memriag 11 Nossa Senhora de LurdesA 12b 13c 14 S. Cirilo, monge, S. Metdio, bispo Memria Padroeiro da Europa [Europa: Festa]d 15e 16f 17 S. Sete Fundadores da Ordem dos Servitas de Nossa Senhorag 18 S. Teotnio, presbtero [Portugal: Memria] A 19b 20 BB. Francisco Marto e Jacinta Martoc 21 S. Pedro Damio, bispo e doutor da Igrejad 22 Cadeira de S. Pedro, Apstolo Festae 23 S. Policarpo, bispo e mrtir Memriaf 24g 25A 26b 27c 28

    Se

    cretar

    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • 51CALENDRIO LITRGICO

    MARO

    d 1e 2f 3g 4 S. CasimiroA 5b 6c 7 S. Perptua e S. Felicidade, mrtires Memriad 8 S. Joo de Deus, religioso Memriae 9 S. Francisca Romana, religiosaf 10g 11A 12b 13c 14d 15e 16f 17 S. Patrcio, bispog 18 S. Cirilo de Jerusalm, bispo e doutor da IgrejaA 19 S. JOS, ESPOSO DA VIRGEM SANTA MARIA Solenidadeb 20c 21d 22e 23 S. Turbio de Mongrovejo, bispof 24g 25 ANUNCIAO DO SENHOR SolenidadeA 26b 27c 28d 29e 30f 31 Se

    cretar

    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • 52 CALENDRIO LITRGICO

    ABRILg 1A 2 S. Francisco de Paula, eremitab 3c 4 S. Isidoro, bispo e doutor da Igrejad 5 S. Vicente Ferrer, presbteroe 6f 7 S. Joo Baptista de la Salle, presbtero Memriag 8A 9b 10c 11 S. Estanislau, bispo e mrtir Memriad 12e 13 S. Martinho I, papa e mrtirf 14g 15A 16b 17c 18d 19e 20f 21 S. Anselmo, bispo e doutor da Igrejag 22A 23 S. Jorge, mrtir S. Adalberto, bispo e mrtirb 24 S. Fiel de Sigmaringa, presbtero e mrtirc 25 S. Marcos, Evangelista Festad 26e 27f 28 S. Pedro Chanel, presbtero e mrtir S. Lus Maria Grignion de Monfort, presbterog 29 S. Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja Memria Co-Padroeira da Europa [Europa: Festa]A 30 S. Pio V, papa

    MAIOb 1 S. Jos Operrioc 2 S. Atansio, bispo e doutor da Igreja Memriad 3 S. Filipe e S. Tiago, Apstolos Festa [Cabo Verde Padroeiro principal: Solenidade]e 4f 5g 6

    Se

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    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • 53CALENDRIO LITRGICO

    A 7b 8c 9d 10e 11f 12 B. Joana de Portugal, virgem [Portugal] S. Nereu e S. Aquileu, mrtires S. Pancrcio, mrtirg 13 Nossa Senhora de Ftima Memria [Angola, Portugal e S. Tom: Festa]A 14 S. Matias, Apstolo Festab 15c 16 d 17e 18 S. Joo I, papa e mrtirf 19g 20 S. Bernardino de Sena, presbteroA 21 SS. Cristvo Magallanes, presbtero, e companheiros, mrtiresb 22 S. Rita de Cssia, religiosac 23d 24e 25 S. Beda Venervel, presbtero e doutor da Igreja S. Gregrio VII, papa S. Maria Madalena de Pazzi, virgemf 26 S. Filipe Nri, presbtero Memriag 27 S. Agostinho de Canturia, bispoA 28b 29c 30d 31 Visitao de Nossa Senhora Festa Quinta-feira depois do VI domingo pascal: ROGAES VII domingo pascal ASCENSO DO SENHOR Solenidade Segunda-feira depois do Pentecostes: [Moambique] Nossa Senhora, Me da Igreja Festa Domingo I depois do Pentecostes: SS. TRINDADE Solenidade Quinta-feira depois do domingo da SS. Trindade: SS. CORPO E SANGUE DE CRISTO Solenidade Sexta-feira depois do domingo II depois do Pentecostes: SAGRADO CORAO DE JESUS Solenidade Sbado depois do domingo II depois do Pentecostes: Imaculado Corao da Virgem Santa Maria Memria [S. Tom e Prncipe: Solenidade]

    Se

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    iado N

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    al de

    Litur

    gia

  • 54 CALENDRIO LITRGICO

    JUNHO

    e 1 S. Justino, mrtir Memriaf 2 S. Marcelino e S. Pedro, mrtiresg 3 SS. Carlos Lwanga e companheiros, mrtires Memria Padroeiros da frica: [frica: Festa]A 4b 5 S. Bonifcio, bispo e mrtir Memriac 6 S. Norberto, bispod 7e 8f 9 S. Efrm, dicono e doutor da Igrejag 10 S. Anjo da Guarda de Portugal [Portugal: Memria]A 11 S. Barnab, apstolo Memriab 12c 13 S. Antnio de Lisboa, presb. e dout. da Igreja Memria Padroeiro Secundrio de Portugal [Portugal: Festa]d 14e 15f 16g 17A 18b 19 S. Romualdo, abadec 20 B. Sancha e B. Mafalda, virgens, e B. Teresa, religiosa [em Portugal]d 21 S. Lus Gonzaga, religioso Memriae 22 S. Paulino de Nola, bispo S. Joo Fisher, bispo, e S. Toms More, mrtiresf 23g 24 NASCIMENTO DE S. JOO BAPTISTA SolenidadeA 25b 26c 27 S. Cirilo de Alexandria, bispo e dout. da Igrejad 28 S. Ireneu, bispo e mrtir Memriae 29 S. PEDRO E S. PAULO, APSTOLOS Solenidadef 30 Primeiros Santos Mrtires da Igreja de Roma Se

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    iado N

    acion

    al de

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    gia

  • 55CALENDRIO LITRGICO

    JULHO

    g 1A 2b 3 S. Tom, Apstolo Festac 4 S. Isabel de Portugal [Guin-Bissau e Portugal: Mem.]d 5 S. Antnio Maria Zacarias, presbteroe 6 S. Maria Goretti, virgem e mrtirf 7g 8A 9 S. Agostinho Zhao Rong, presbtero, e companheiros, mrtires b 10c 11 S. Bento, Abade Memria Padroeiro da Europa [Europa: Festa]d 12e 13 S. Henriquef 14 S. Camilo de Lelis, presbterog 15 S. Boaventura, bispo e doutor da Igreja MemriaA 16 Nossa Senhora do Carmo Memriab 17 BB. Incio de Azevedo, presbtero, e Companheiros, mrtires [Portugal: Memria]c 18 B. Bartolomeu dos Mrtires, bispo [Portugal: Memria]d 19e 20 S. Apolinrio, bispo e mrtir f 21 S. Loureno de Brindes, presb. e dout. da Igrejag 22 S. Maria Madalena FestaA 23 S. Brgida, religiosa Co-Padroeira da Europa [Europa: Festa]b 24 S. Sarblio Maklf, presbteroc 25 S. Tiago, Apstolo Festad 26 S. Joaquim e S. Ana, pais da Virgem Santa Maria Memriae 27f 28g 29 S. Marta MemriaA 30 S. Pedro Crislogo, bispo e dout. da Igrejab 31 S. Incio de Loiola, presbtero Memria

    Se

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    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • 56 CALENDRIO LITRGICO

    AGOSTO

    c 1 S. Afonso Maria de Ligrio, bispo e doutor da Igreja Memriad 2 S. Eusbio de Vercelas, bispo S. Pedro Julio Eymard, presbteroe 3f 4 S. Joo Maria Vianney, presbtero Memriag 5 Dedicao da Baslica de Santa Maria Maior Nossa Senhora de frica [frica: Memria]A 6 Transfigurao do Senhor Festab 7 SS. Sisto II, papa, e companheiros, mrtires S. Caetano, presbteroc 8 S. Domingos, presbtero Memriad 9 S. Teresa Benedita da Cruz, virgem e mrtir Co-Padroeira da Europa [Europa: Festa]e 10 S. Loureno, Dicono e Mrtir Festaf 11 S. Clara, virgem Memriag 12 S. Joana Francisca de Chantal, religiosaA 13 S. Ponciano, papa, e S. Hiplito, presb., mrtiresb 14 S. Maximiliano M. Kolbe, presb. e mrtir Memriac 15 ASSUNO DA VIRGEM SANTA MARIA Solenidaded 16 S. Estvo da Hungriae 17 S. Beatriz da Silva, virgem [Portugal: Memria]f 18g 19 S. Joo Eudes, presbteroA 20 S. Bernardo, abade e doutor da Igreja Memriab 21 S. Pio X, papa Memriac 22 Virgem Santa Maria, Rainha Memriad 23 S. Rosa de Lima, virgeme 24 S. Bartolomeu, Apstolo Festaf 25 S. Lus de Frana S. Jos de Calasanz, presbterog 26A 27 S. Mnica Memriab 28 S. Agostinho, bispo e doutor da Igreja Memria [frica: Festa]c 29 Martrio de S. Joo Baptista Memriad 30e 31

    Se

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    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • 57CALENDRIO LITRGICO

    SETEMBRO

    f 1 g 2A 3 S. Gregrio Magno, papa e dout. da Igreja Memriab 4c 5d 6e 7f 8 Natividade da Virgem Santa Maria Festag 9 S. Pedro Claver, presbtero [frica: Memria]A 10b 11c 12 Santssimo Nome de Maria d 13 S. Joo Crisstomo, bispo e dout. da Igreja Memriae 14 Exaltao da Santa Cruz Festaf 15 Nossa Senhora das Dores Memriag 16 S. Cornlio, papa, e S. Cipriano, bispo, mrtires MemriaA 17 S. Roberto Belarmino, bispo e doutor da Igrejab 18c 19 S. Janurio, bispo e mrtird 20 SS. Andr Kim Taegon, presbtero, Paulo Chong Hasang e Companheiros, mrtires Mem.e 21 S. Mateus, Apstolo e Evangelista Festaf 22g 23 S. Pio de Pietrelcina, presbteroA 24b 25c 26 S. Cosme e S. Damio, mrtiresd 27 S. Vicente de Paulo, presbtero Memriae 28 S. Venceslau, mrtir SS. Loureno Ruiz e Companheiros, mrtiresf 29 S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael, Arcanjos Festag 30 S. Jernimo, presbtero e doutor da Igreja Memria Se

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    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • 58 CALENDRIO LITRGICO

    OUTUBRO

    A 1 S. Teresa do Menino Jesus, virgem e doutora da Igreja Padroeira das Misses [frica: Festa] Memriab 2 Santos Anjos da Guarda Memriac 3d 4 S. Francisco de Assis Memriae 5 f 6 S. Bruno, presbterog 7 Nossa Senhora do Rosrio MemriaA 8b 9 SS. Dionsio, bispo, e Companheiros, mrtires S. Joo Leonardo, presbteroc 10d 11 S. Joo XXIII, papae 12f 13g 14 S. Calisto I, papa e mrtirA 15 S. Teresa de Jesus, virgem e doutora da Igreja Memriab 16 S. Edviges, religiosa S. Margarida Maria Alacoque, virgemc 17 S. Incio de Antioquia, bispo e mrtir Memriad 18 S. Lucas, Evangelista Festae 19 SS. Joo de Brbeuf e Isaac Jogues, presbteros, e Companheiros, mrtires S. Paulo da Cruz, presbterof 20g 21A 22 S. Joo Paulo II, papab 23 S. Joo de Capistrano, presbteroc 24 S. Antnio Maria Claret, bispod 25e 26f 27 B. Gonalo de Lagos, presbtero [Portugal]g 28 S. Simo e S. Judas, Apstolos FestaA 29b 30c 31 Sbado antes do ltimo domingo de Outubro [Angola e S. Tom e Prncipe]: Imaculado Corao de Maria Padroeira de Angola Solenidade

    Se

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    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • 59CALENDRIO LITRGICO

    NOVEMBRO

    d 1 TODOS OS SANTOS Solenidadee 2 Comemorao de Todos os Fiis Defuntosf 3 S. Martinho de Porres, religiosog 4 S. Carlos Borromeo, bispo MemriaA 5b 6 S. Nuno de Santa Maria, religioso [Portugal: Memria]c 7d 8e 9 Dedicao da Baslica de Latro Festaf 10 S. Leo Magno, papa e doutor da Igreja Memriag 11 S. Martinho, bispo MemriaA 12 S. Josafat, bispo e mrtir Memriab 13c 14d 15 S. Alberto Magno, bispo e doutor da Igrejae 16 S. Margarida da Esccia S. Gertrudes, virgemf 17 S. Isabel da Hungria, religiosa Memriag 18 Dedicao das Baslicas de S. Pedro e S. Paulo, ApstolosA 19b 20c 21 Apresentao de Nossa Senhora Memriad 22 S. Ceclia, virgem e mrtir Memriae 23 S. Clemente I, papa e mrtir S. Columbano, abadef 24 SS. Andr Dung-Lac, presbtero, e Companheiros, mrtires Memriag 25 S. Catarina de Alexandria, virgem e mrtirA 26b 27c 28d 29e 30 S. Andr, Apstolo Festa

    ltimo Domingo do Tempo Comum: NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO Solenidade

    Se

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    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • 60 CALENDRIO LITRGICO

    DEZEMBRO

    f 1g 2A 3 S. Francisco Xavier, presbtero Memria Padroeiro das Misses [frica: Festa]b 4 S. Joo Damasceno, presb. e dout. da Igrejac 5 SS. Frutuoso, Martinho de Dume e Geraldo, bispos [Portugal: Memria]d 6 S. Nicolau, bispoe 7 S. Ambrsio, bispo e dout. da Igreja Memriaf 8 IMACULADA CONCEIO DA VIRGEM SANTA MARIA, PADROEIRA PRINCIPAL DE PORTUGAL Solenidadeg 9 S. Joo Diogo CuauhtlatoatzinA 10b 11 S. Dmaso I, papac 12 N. Senhora de Guadaluped 13 S. Luzia, virgem e mrtir Memriae 14 S. Joo da Cruz, presb. e dout. da Igreja Memriaf 15g 16A 17b 18c 19d 20e 21 S. Pedro Cansio, presb. e dout. da Igreja [S. Tom e Prncipe: S. Tom, Apstolo Padroeiro principal: Solenidade]f 22g 23 S. Joo de Kenty (Cncio), presbteroA 24b 25 NATAL DO SENHOR Solenidadec 26 S. Estvo, Primeiro Mrtir Festad 27 S. Joo, Apstolo e Evangelista Festae 28 SS. Inocentes, Mrtires Festaf 29 S. Toms Becket (de Canturia), bispo e mrtirg 30A 31 S. Silvestre I, papa

    Domingo dentro da oitava do Natal ou, na sua falta, dia 30: Sagrada Famlia Festa

    Se

    cretar

    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • P R P R I O D O T E M P O

    Se

    cretar

    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • O hino pode ser escolhido entre os que se encontram nas diversas seces, tendo em conta o esprito da Hora ou da Festa, e ainda da assembleia que celebra o Ofcio.

    Se

    cretar

    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • TEMPO DO ADVENTO

    HINOS

    Vsperas

    I

    Excelso Criador dos grandes astros,Jesus, eterna luz dos vossos crentes,Divino Redentor da humanidade,Ouvi as nossas splicas ardentes.

    Viestes, Jesus, para salvar-nosDa morte em que o demnio nos trazia:Do mundo enfraquecido foi remdioO vosso amor que alenta e que alumia.

    Para salvar-nos todos do pecado,Viestes at ns como um Cordeiro:Dum seio imaculado vs nascestesPara Vos imolardes num madeiro.

    O vosso nome santo e omnipotentePor toda a criao seja adorado:Vs sois, Senhor Jesus, excelso Rei,Todo o poder que existe Vos foi dado.

    Combatendo na terra o bom combate,Queremos vosso reino dilatar:Vireis, divino Rei, no fim dos tempos,A vossa eterna glria proclamar.

    Se

    cretar

    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • 64 TEMPO DO ADVENTO

    II

    Sabedoria infinita,Vinde j ao nosso mundoEnsinar-nos o caminhoDa salvao e da graa.

    Poder de Deus infinito,Vinde j ao nosso mundoLibertar-nos do inimigo,No poder do vosso brao.

    Vs que sois luz infinita,Vinde j ao nosso mundoIluminar a cegueiraPara vermos o caminho.

    Palavra do amor de Deus,Vinde j ao nosso mundo.Nascei, Senhor, na minha almaE ficai para todo o sempre.

    III

    nuvens, chovei do alto,E aparea a salvaoQue Deus nos traz escondidaEm humano corao.

    Abra-se a terra e germine,Em fecunda virgindade,O Salvador prometidoPara toda a humanidade.

    Deus est perto de nsE j se sente pulsarO corao do SenhorQue vem connosco morar.

    Glria seja dada ao PaiE ao Filho que Ele nos deuE ao Esprito fecundoQue sobre a Virgem desceu.

    Se

    cretar

    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • 65

    Completas

    Luz terna, suave, no meio da noite, Leva-me mais longe...No tenho aqui morada permanente: Leva-me mais longe...

    Que importa se to longe para mimA praia aonde tenho de chegar,Se sobre mim levar constantementePoisada a clara luz do teu olhar?Nem sempre Te pedi como hoje peoPara seres a luz que me ilumina;Mas sei que ao fim terei abrigo e acessoNa plenitude da tua luz divina.

    Esquece os meus passos mal andados,Meu desamor perdoa e meu pecado.Eu sei que vai raiar a madrugadaE no me deixars abandonado.

    Se Tu me ds a mo, no terei medo,Meus passos sero firmes no andar.Luz terna, suave, leva-me mais longe:Basta-me um passo para a Ti chegar.

    Invitatrio

    At ao dia 16 de dezembro:Ant. Vinde, adoremos o Senhor, que vem salvar o mundo.Depois do dia 17 de dezembro:Ant. O Senhor est perto: Vinde, adoremos.No dia 24 de dezembro:Ant. Hoje sabereis que o Senhor h-de vir. Amanh vereis a sua glria.Salmo invitatrio: pp. 846 ss.

    HINOS

    Se

    cretar

    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • 66 TEMPO DO ADVENTO

    Laudes

    IUma voz que vem de longeFaz estremecer a noite,Prometendo a madrugadaQue anuncia a luz de Cristo.

    Despertai, adormecidosNa escravido do pecado:J desperta o novo Sol,Vencedor do inimigo.

    Do alto desce o Cordeiro,Que nos traz a salvao.A voz clama no deserto:Preparai os seus caminhos.

    E quando, no fim dos tempos,De novo Cristo vier,Mereamos ser chamadosPara a glria dos eleitos.

    Glria e louvor sejam dadosA Deus Pai e a seu Filho,Com o Esprito Parclito,Agora e por todo o sempre.

    IIErguei-vos, que vem o Senhor!A voz do profeta anunciaAos que O procuram no deserto:Erguei-vos, que vem o Senhor!O Reino de Deus se aproxima!

    Erguei-vos, que vem o Senhor!Em ns a esperana renasceAo ver cumpridas as promessas.Erguei-vos, que vem o Senhor!Endireitai suas veredas!

    Se

    cretar

    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • 67

    Erguei-vos, que vem o Senhor!Nossos coraes estremecemE surgem cantos de alegria.Erguei-vos, que vem o Senhor!Lavai-vos dos vossos pecados!

    Erguei-vos, que vem o Senhor!Na gua Joo vos baptizaComo sinal de penitncia.Erguei-vos, que vem o Senhor! Ele, em verdade, o Messias!

    Erguei-vos, que vem o Senhor!No Esprito Santo e no fogoBaptizar os que O seguirem.Erguei-vos, que vem o Senhor! Ele o Salvador do mundo!

    III

    glria eterna do Cu: p. 913.

    Hora Intermdia

    I

    Senhor poderoso, de imensa piedade,Aceita a oferenda da nossa humildade.

    Do cu e da terra potente Criador,S a Ti reconheo por Deus e Senhor.

    Oh perdoe ao povo a tua piedade,Senhor do universo e da eternidade.

    Abre, claro Cu, tuas portas sublimes,Chove-nos o Justo, com que nos redimes.

    Entreabra-se a terra, e como uma florBrote l de dentro o nosso Salvador.

    HINOS

    Se

    cretar

    iado N

    acion

    al de

    Litur

    gia

  • 68 TEMPO DO ADVENTO

    II

    De novo a nossa terra, sequiosa,Anseia pelas guas da alegria.A esperana fora luminosa:Quem sofre a longa noite atrai o dia.

    De novo a nossa terra, prisioneira,Abriu as portas para a liberdade.A esperana fora verdadeira:Quem sofre o mar domina a tempestade.

    De novo a nossa terra, adormecida,Desperta e para a festa se prepara.Renasce do silncio a flor da vida:Quem morre como o trigo faz seara.

    De novo est um povo peregrinoBuscando em pleno tempo a eternidade.De novo a Igreja santa entoa um hino glria da Santssima Trindade.

    III

    Vs que so