litoral xxi governança e programa de ação - portugal.gov.pt · • cerca de 14% da linha de...

LITORAL XXI

Governança e Programa de Ação

Nuno Lacasta

Vagos, 1 de julho 2016

2

LITORAL – considerações gerais

A zona costeira assume uma importância estratégica em termos

ambientais, económicos, sociais, culturais e recreativos, pelo que

o aproveitamento das suas potencialidades e a resolução dos

seus problemas exigem uma política de desenvolvimento

sustentável apoiada numa gestão integrada e transversal.

• Extensão – cerca de 987 km de costa

• 75% população concentrada nos concelhos do litoral

(principais áreas urbanas e industriais; importantes

áreas turísticas e infraestruturas)

• 85% do PIB concentrado no litoral

• 26 % ocupação com construções (urbano, turístico,

industrial)

• Território afetado por erosão costeira confirmada ou

com risco potencial de perda de território

• Cerca de 14% da linha de costa artificializada (esporões,

obras aderentes, paredões, infraestruturas portuárias)

• Diversas áreas integradas na Rede Nacional de Áreas

Classificadas

• Investimento muito significativo em infraestruturas de

defesa no litoral nas últimas décadas

Fonte: SIAM II (Santos, F.D. & Miranda, P. (Eds.), 2006)

Litoral – considerações gerais

4

Sobre este território caracterizado por uma grande diversidade e complexidade

intervêm um conjunto de entidades com competências e âmbito de atuação distintos

o que exige um esforço de coordenação e articulação.

Este esforço é ainda maior quando há um claro foco na descentralização e na

integração à escala da região das intervenções a concretizar na costa portuguesa

visando a adoção de medidas que contrariem a crescente erosão das áreas vulneráveis

da zona costeira, mas também ações para a proteção e valorização da zona costeira.

LITORAL – considerações gerais

5

LITORAL – contexto atual

Estratégia Nacional para a Gestão Integrada para a Zona Costeira

• Instrumento estratégico (2009) que define a visão para a gestão integrada do litoral e como tal deve ser

olhado como o instrumento orientador para a operacionalização das intervenções na zona costeira.

Politica de Adaptação às alterações climáticas

• Nas suas três vertentes, Proteção, Acomodação e Recuo Planeado, e

• Dois níveis distintos de atuação com forte articulação entre si: Um nível mais estrutural, que passa por uma

política integrada de sedimentos, e um nível mais local, relacionado com as especificidades locais, como seja

a gestão do território de espaços em risco costeiro (conclusões do Grupo de Trabalho do Litoral, 2015).

Programas da Orla Costeira

• Através dos seus programas de execução, vão nortear as intervenções a realizar ao longo dos diferentes

troços da orla costeira, as quais podem ser de âmbito nacional, regional ou local.

Programa de Ação de Proteção e Valorização do Litoral (PAPVL)

• Plano plurianual de intervenções a realizar no litoral com base na identificação das ações prioritárias de

âmbito nacional e regional.

6

LITORAL - operacionalização

PLANO DE AÇÃO PARA O LITORAL

• Natureza essencialmente operacional, de curto e médio prazo, bem como a sua programação.

• Considera os diferentes atores.

• Reconhece os diferentes níveis de ação designadamente o nível nacional, o regional e local.

• Reconhece a necessidade da descentralização e desconcentração territorial e da coresponsabilização

dos diferentes intervenientes na gestão costeira.

• Identifica os meios financeiros necessários à sua execução

Objetivos ENGIZC

DI1

Normativos e de Gestão

DI2

Temáticas

DI4

Participação

Domínios de Intervenção

DI3

Monitorização

Objetivos temáticos

(OTE)

Objetivos transversais

(OTR)

MED

IDA

S /

PR

OJE

TOS

AÇ

ÕES

Plano de Ação para o Litoral

Plano Anual para o Litoral

AÇÕES

operacional para a gestão da zona costeira)

A ENGIZC e o Plano de Ação para o Litoral (os instrumentos de âmbito estratégico e operacional para a gestão da zona costeira)

1ª fase 2ª fase

3ª fase

2ª e 3 ª fases operacional 1ª fase estratégico

LITORAL – instrumentos de gestão

Os instrumentos para a gestão da zona costeira e o seu âmbito de ação

Operacional


Operacional

Ações

Operacional

Medidas e

Projetos

Operacional

Plano de Ação para

o Litoral

Estratégico

ENGIZC


ICNF

DGRM

Entidades Portuárias

(4 AP+ Docapesca)

IH

Autoridade Marítima

Plano de Ação para o Litoral

Entidades intermunicipais

e municípios

APA*

Estudos e

Monitorização

Planos de

Intervenção

Projetos de

Requalificação

Zona Costeira

Zona de Risco

Normativo e

Administrativo


Programação das intervenções e a governação para o plano de ação para o litoral


* APA: Autoridade Nacional/Regional da Água

1 ª

fas

e -

P

rogr

amaç

ão

Identificação das ações a realizar no ano n, com base nas intervenções do Plano de Ação para o Litoral, de acordo com as prioridades estabelecidas Identificação dos meios financeiros disponíveis

2 ª

fas

e -

co

nce

rtaç

ão e

p

rogr

amaç

ão

Apresentação de uma base para discussão em sede de concertação

Aprovação das ações a realizar no ano n (plano de ação anual).

Preparação da proposta de orçamento para o ano n. 3

ª fa

se -

o

pe

raci

on

aliz

ação

Implementação das ações

4ª

fase

-

aco

mp

anh

ame

nto

Acompanhamento da implementação das ações.

Realização de reuniões periódicas

Monitorização dos resultados.

ano n-1 ano n

Ciclo de planeamento para a implementação do Plano de Ação para o Litoral e do



11


PLANO ANUAL PARA O LITORAL

• Natureza essencialmente operacional, identificando as ações, os montantes de investimentos,

o calendário de execução e o responsável pela execução

• Considera as ações dos diferentes atores.

• Integra ações de nível nacional, regional e local.

• Contratualização – até 30 de outubro do ano anterior.

• Monitorização e operações de reposição do trânsito sedimentar

• Este ano - excecionalmente (POC em elaboração) definição até final de ano.

• Ministério do Ambiente – proposta, em aberto.

12


Intervenções com financiamento POSEUR (15 julho 2016)

Concelhos abrangidos

16

Investimento global previsível

39 Milhões de euros

13


• Programa de monitorização da faixa costeira de Portugal continental – COSMO

• Proteção e reabilitação do sistema costeiro no Molhe Norte do Cávado

• Requalificação e Valorização do Sítio da Barrinha de Esmoriz

• Reforço e Reabilitação dos Esporões da Torreira, Barra, Costa Nova e Mira

• Reconstituição Dunar a Norte da Praia do Furadouro e a Sul do Furadouro - Torrão do Lameiro

• Dragagens da Zona Superior da Lagoa de Óbidos e Tratamento dos Materiais Dragados

• Estabilização da Arriba Norte das Azenhas do Mar

• Estabilização e consolidação das Arribas da Zambujeira

• Renaturalização da Ilha da Culatra

14

LITORAL - operacionalização Intervenções estratégicas já identificadas

Designação Descrição

Alimentação artificial do troço costeiro da Costa Nova - Vagueira

Utilização de inertes do Porto de Aveiro para mitigação do défice sedimentar com vista a atenuar o processo erosivo (1ª fase do “shot” Praia da Barra -Mira). Parceria APA, SA e APA IP.

Reposição sedimentar de elevada magnitude- 3 operações - estudos+obra Espinho-Torreira Figueira da Foz-Leirosa Costa da Caparica

Reposição do balanço sedimentar em troços de costa com tendência erosiva instalada, para proteção da margem terrestre. Prevê-se apenas a 1ª fase de cada uma destas operações, com deposição de cerca de 2 milhões de m3 de areia. Termos de referência para a caraterização das 4 manchas de empréstimo identificadas, em curso

Ria de Aveiro Restabelecimento das condições de hidrodinâmica e o reforço dos processos de equilíbrio do trânsito sedimentar.

Quebra-mares destacados de Ovar e Vagos Medidas ativas de proteção costeira em áreas de manifesto risco.

Ria Formosa Ações de proteção, reabilitação e renaturalização de de sistemas costeiros, incluindo a reposição das condições de hidrodinâmica dos sistema lagunar.

15


Intervenções estratégicas já previstas


13 (6 novos)



16


Intervenções a submeter ao próximo aviso POSEUR

Nº Intervenções

20


17 (4 são novos)



17

LITORAL – gestão descentralizada e partilhada

Gestão descentralizada e partilhada, envolvendo diferentes níveis de atuação:

• Maior proximidade com os atores locais

• Maior eficiência e eficácia na materialização das diferentes intervenções e nos custos globais.

• Promoção da solidariedade entre regiões e entre estas e o poder central e local e a coesão

territorial.

Exigirá:

• Maior articulação e cooperação entre atores locais, CCDR, municípios e entidades

intermunicipais, e

• A identificação de mecanismos que possibilitem uma eficaz coordenação e a delegação de

competências.

18


O âmbito estratégico e operacional para a gestão costeira

1

Âmbito Nacional - ANLPC

Coordenação e articulação ao

nível nacional interinstitucional e

de acompanhamento

Âmbito regional

ARH

Coordenação e articulação

ao nível regional e local i. Desconcentração

Operacional

Delegação de

Competências ii. Descentralização

Contratualização, com

municípios e entidades

intermunicipais

(contratos

interadministrativos)

19


Desconcentração

• Distribuição de tarefas de nível central e regional (ARH) com vista

a aumentar a capacidade nacional e regional

• Nível central – planeamento, coordenação inter e

intrainstitucional; monitorização

• ARH – mais fortes, reforçando a sua capacidade de atuação a nível

regional

APA - alteração da Lei Orgânica e dos Estatutos

20


APA - alteração da Lei Orgânica e dos Estatutos

• Alteração em matéria de recursos hídricos e litoral

• Incluir orientações de política

• Litoral – dar maior dimensão ao litoral, em matéria de gestão

integrada da zona costeira

• ARH – definição de competências próprias

21


Descentralização

• Contratualização, com municípios (contratos

interadministrativos, delegação de competências)

• Fase de experimentação (ações piloto de descentralização)

• Conjunto de municípios

• Existência de condições base (ex. POC aprovado)

22


Descentralização

Contrato Interadministrativo

Primeiro exercício CIRA

23

Plano Anual de Ação - Reposição do Trânsito Sedimentar

ALIMENTAÇÃO ARTIFICIAL DO TROÇO COSTEIRO DA

COSTA NOVA – VAGUEIRA

• Troço com elevado défice sedimentar, o que tem favorecido a erosão costeira e o

recuo acentuado da linha de costa, com risco para as pessoas e bens

• A realização desta intervenção afigura-se como a estratégia de proteção/defesa

costeira mais consentânea com o conceito de adaptação às alterações climáticas e

no âmbito da política de gestão integrada dos sedimentos (GTS)

• Intervenção a efetuar em colaboração com o Porto de Aveiro - aproveitamento das

areias existentes na área portuária – assinatura de protocolo de colaboração

24




Dragagem de um volume de inertes de 2 000 000 m3

1.000.000 m3 de inertes –“ilha” existente na darsena do Porto de Aveiro, em frente à Zona de Atividades Logísticas e Industriais. Dragagem (com draga).

1.000.000 m3 de inertes – em depósito no Porto de Aveiro. Transporte e descarga por imersão na mesma darsena e dragagem (com draga)

Transporte e descarga (por abertura de porão) em frente à zona urbana da Costa Nova

Serão utilizados marcadores com vista a monitorizar, espacial e temporalmente, o deslocamento dos inertes

25


Intervenção Dono de Obra Valor (com IVA)

1. Dragagem (com draga) de uma “ilha” existente na darsena do Porto de Aveiro, em frente à Zona de Atividades Logísticas e Industriais, transporte e descarga (por abertura de porão) em frente à zona urbana da Costa Nova

APA, S.A. 2 829 000,00 €

2. Carga de areias existentes em depósito, transporte e descarga por imersão na darsena do Porto de Aveiro, em frente à Zona de Atividades Logísticas e Industriais, transporte e descarga (por abertura de porão) em frente à zona urbana da Costa Nova

APA, I.P. 3 321 000,00 €

TOTAL 6 150 000,00 €

26




Valor da intervenção

Protocolo Projeto de Execução Empreitada Fiscalização Candidatura aos Fundos Comunitários (POSEUR)

Prazo de execução (global)

6 150 000,00 €

14 meses

Ponto de situação

27




28




litoral xxi governança e programa de ação - portugal.gov.pt · • cerca de 14% da linha de...

Documents