literatura e jornalismo: a importância da revista verde
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Literatura e Jornalismo: A Importância da Revista Verde Para o
Movimento Modernista Brasileiro1
MARTINUZZO, Victor Augusto Bastos (Graduado)2
NATHANAILIDIS, Andressa Zoi (Doutora)3
Universidade Vila Velha, Espírito Santo
Resumo: Este artigo tem como objetivo apresentar um estudo sobre a importância da revista Verde –
que circulou de setembro de 1928 a maio de 1929 - para o movimento modernista brasileiro e se a mesma
manteve os objetivos iniciais ao longo de suas publicações. O estudo intenta, a partir de um resgate
histórico, ressaltar as interseções existentes entre o jornalismo e a literatura, sendo o periódico em
questão, uma ferramenta fundamental para a difusão do movimento já referido e de seus ideais, sendo
ainda, assim, um agente construtor da história brasileira, por meio das vertentes jornalísticas. A fim de
viabilizar o presente trabalho, são adotados os métodos de pesquisa bibliográfica e, principalmente, de
análise de conteúdo, em que serão utilizadas como material de pesquisa três edições da Revista Verde,
sendo elas a primeira, a terceira e a quinta.
Palavras-chave: Modernismo; Jornalismo literário; Revista Verde; Movimento Verde; Análise de
conteúdo
Introdução
O Modernismo Brasileiro foi uma das principais correntes artísticas que ocorreram no
Brasil e, nesta época, o jornalismo no país não havia sofrido interseções estrangeiras, estando
ligado intimamente à literatura. Por isso, torna-se importante o estudo da influência do
jornalismo literário na difusão de um movimento artístico, delimitando como tema de estudo a
Revista Verde, criada em Cataguases por jovens em 1927, e sua importância para o modernismo
brasileiro em sua fase inicial (1922-1930). Douglas Tufano (2007), na obra Modernismo
Literatura brasileira (1922-1945) disserta sobre tal fase. Segundo o autor, trata-se de um
período que se iniciou em 1922, após a Semana de Arte Moderna, quando:
As ideias modernistas saíram de São Paulo e do Rio de Janeiro e espalharam-se por
todo o Brasil, gerando polêmicas e contribuindo para a formação de diversos grupos
1 Trabalho apresentado no GT de História do Jornalismo, integrante do IV Encontro Regional Sudeste de História
da Mídia – Alcar Sudeste, 2016.
2 Graduado em Jornalismo pela Universidade Vila Velha (UVV); email: [email protected]
3 Graduada em Jornalismo, Mestre em Letras/Estudos literários pela Universidade do Espírito Santo (UFES),
Doutora em Letras/Estudos Literários pela UFES, Docente da Universidade Vila Velha (UVV) e orientadora
deste presente trabalho; email: [email protected]
de vanguarda, que dariam novos matizes ao processo de renovação artística [...]
surgiram também várias revistas de arte [...] (TUFANO, 2007, p.33)
O presente artigo é resultado de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), defendido
em julho de 2016, para obtenção do grau de bacharel em jornalismo da Universidade Vila Velha
(UVV), e teve como intenção estudar e examinar a influência do jornalismo literário por meio
da análise de conteúdo a ser realizada sobre três exemplares da Revista Verde, o primeiro, o
terceiro e o quinto. Pretendeu-se verificar, então, conforme o exposto, em que medida a
publicação manteve presente em suas matérias os objetivos iniciais identificados por este autor
a partir, inicialmente, de um estudo superficial dos exemplares, sendo eles: a ênfase ao
fortalecimento identitário regional, a difusão dos propósitos do movimento e a ênfase ao
fortalecimento identitário nacional.
A hipótese que fora levantada se constituiu no fato de que a Revista Verde mantera sua
linha editorial e de pensamento ao longo das publicações por meio da análise de conteúdo.
Herscovitz (2010) disserta que essa metodologia é importante para constatar tendências,
características de produções de um certo grupo, como, o grupo Verde da Revista de mesmo
nome aqui analisada, além de ser possível categorizar o conteúdo jornalístico de várias culturas
e mídias.
Há pouco conteúdo produzido sobre a grande difusão dos veículos jornalísticos, que, à
época, estabeleciam correlações com a literatura, do expansionismo que o movimento
vanguardista assumia em território brasileiro. Os estudos iniciais apontam para a participação
da grande maioria dos modernistas na fundação e ou colaboração das revistas literárias, sendo,
elas, criadas a priori para a divulgação dos princípios vanguardistas da época. Crê-se, portanto,
que este será um trabalho a oferecer certa contribuição à comunidade acadêmica.
Durante a confecção da monografia, que resultou no presente artigo, um objetivo geral
foi empreendido: realizar um estudo que proporcione a avaliação sobre o papel do jornalismo
literário, praticado pela revista Verde, na difusão do movimento modernista e a hipótese de que
o periódico manteve uma linha editorial durante toda sua circulação.
Este trabalho também sustentou objetos específicos, como: reforçar o expansionismo
que o movimento teve fora dos principais centros; coletar informações e dissertar sobre a
importância cultural e vanguardista do movimento verde, formado pelo grupo de jovens que
fundaram a revista Verde; explicar os principais pontos que marcaram o modernismo em âmbito
brasileiro e de Minas Gerais; compreender a história do jornalismo literário; propagar o
conhecimento sobre o movimento verde para a sociedade.
De acordo com o pesquisador Douglas Tufano (2012), o modernismo é dividido em duas
partes: a primeira fase compreende de 1922, após a Semana de Arte Moderna, até 1930 e a
segunda de 1930 a 1945. E neste trabalho, será abordada a primeira fase, na qual Tufano (2012)
compreende ser um período de “combate ou destruição”. “Nessa fase, a primeira geração
modernista procura difundir as novas ideias e não hesita em criticar violentamente a literatura
tradicionalista, provocando muitas polêmicas” (TUFANO, 2007, p.9)
Neste primeiro momento do modernismo, são criadas publicações jornalísticas, tais
como, revistas e jornais, conforme relata o escritor Raul Bopp:
[...] formou-se um campo fecundo para publicações literárias. O grande público tinha
fome de explicações. Cada ensaísta, com doutrinas próprias, fazia interpretações a seu
modo, muitas vezes em contradições com outros ‘semanistas’, que definiam
diferentemente as suas posições e ideias (BOPP, 2012, p.65)
Ainda segundo Bopp (2012), os periódicos tiveram grande relevância para a repercussão
dos novos valores artísticos, a fim de manifestar estímulos e debates sobre formas diferentes de
se ver um mesmo tema.
O autor relata em seu livro, Movimentos Modernistas do Brasil (1922-1928), os
principais periódicos sobre o assunto na época, dentre eles as revistas Klaxon e Estética:
A revista Klaxon foi a primeira do gênero e criada logo após a Semana de Arte de
Moderna, em São Paulo. Segundo Bopp, o periódico era ultravanguardista e carregava um
cunho agressivo. Colaboraram, principalmente, Mário de Andrade, Menotti del Picchia, Manuel
Bandeira e Sérgio Millet.
Já a revista Estética, segundo periódico modernista brasileiro, foi fundada por Sérgio
Buarque de Hollanda e Prudente de Morais no Rio de Janeiro. Bopp relata que foi a primeira
revista a expor os ideais do movimento e teve em seus materiais estudos brasileiros, ensaios e
análises de doutrinas.
Bopp (2012) também dissertou o aparecimento da corrente em outros núcleos
intelectuais do Brasil, como, em Minas Gerais, em que foram fundadas duas revistas.
A Revista (1925, Belo Horizonte) fora fundada no centro cultural de Minas Gerais e
contou com as colaborações de grandes modernistas, como, Carlos Drummond de Andrade,
Martins de Almeida, Emíio Moura e João Albuquerque.
A outra importante publicação modernista em solo mineiro foi a revista Verde, fonte de
análise e pesquisa desse trabalho. O periódico foi inspirado em um movimento de mesmo nome,
criado em 1927, por jovens escritores vanguardistas da zona da mata mineira, como relata a
pesquisadora Ana Lúcia G. Richa L. de Menezes (USP/UFRJ)4.
A penetração da revista fundada por esses moços foi significativa. O grupo conseguiu
lançar seis números da revista e quatro livros de poemas – além do “Manifesto do
Grupo Verde de Cataguases”, em novembro de 1927. A publicação circulou não só
por Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, como chegou via correio a diversas
partes do país [...]. Verde também se internacionalizou, acolhendo textos de autores
uruguaios e argentinos, sendo enviada a grupos da América do Sul, entre os quais os
que editavam as revistas Proa e Martin Fierro
O movimento alcançou repercussão nacional e até internacional, sendo considerado uma
das mais importantes publicações fora do “eixo RJ-SP”.
A pesquisadora Rivânia Maria Trotta Sant’Ana (UFOP)5 relata também que a revista
teve a contribuição, desde seus primeiros exemplares, de modernistas consagrados no Brasil,
como, Oswald de Andrade, Carlos Drummond e Mário de Andrade. A autora explica que fora
a audácia dos “meninos de Cataguases” que chamou a atenção desses escritores mais
conhecidos.
O Movimento Modernista No Brasil: Do Futurismo à Arte Brasileira
O movimento modernista brasileiro é resultante de outro agrupamento artístico, o
Futurismo italiano. Segundo Annateresa Fabris (1994), a corrente foi idealizada pelas premissas
apresentadas por Filippi Tommaso Marinetti (1876-1944), renomado poeta italiano, em um
manifesto. Ainda de acordo com a autora a publicação de “Fundação e Manifesto do
Futurismo”, no jornal Le Figaro, de Paris em 20/02/1909 tinha como slogan a “liberdade para
as palavras” e fora influenciada pelas teorias dos filósofos Friedrich Nietzsche (1844-1900),
Georges Sorel (1847-1922) e Henri Bérgson (1859-1941).
De acordo com a pesquisadora Mariarosaria Fabris6, a escolha da capital francesa para
o lançamento oficial do movimento se deve a uma maior repercussão em semelhança ao seu
4 MENEZES, Ana Lúcia G. Richa L. de. A correspondência de Mário de Andrade com os rapazes
do grupo verde de Cataguases como território de criação. Disponível em:<
http://www.filologia.org.br/xv_cnlf/tomo_2/96.pdf> Acesso em: 01 de Abr. de 2016 5 SANT’ANA, Rivânia Maria Trotta. O Movimento Modernista Verde, de Cataguases — MG.
Disponível em:< O Movimento Modernista Verde, de Cataguases — MG> Acesso em: 01 de Abr de 2016.
6 FABRIS, Mariarosaria. Notas sobre o futurismo literário. Disponível em:<
http://www2.assis.unesp.br/cilbelc/triceversa/publicacao/ed1/mariarosariafabris.pdf>. Acesso em 09 Mar. 2016.
país de origem, mesmo que pesquisas recentes apontem para publicações do manifesto dias
antes em dois periódicos de Nápoles.
Com a publicação de “Fundação e Manifesto do Futurismo em Le Figaro, a 20 de
fevereiro de 1909, o movimento futurista era lançado em Paris. A escolha da cidade-
luz para a apresentação oficial do Futurismo e sua veiculação num jornal como Le
Figaro não foram gratuitas, pois vinham assegurar ao movimento uma repercussão no
meio cultural italiano e internacional muito maior do que se tivesse sido anunciado no
país de origem. De fato, apesar do lançamento na França, pesquisas mais recentes
assinalam que “Fundação e Manfesto do Futurismo” já havia sido divulgado alguns
dias antes em dois periódicos napolitanos. Na revista La Tavola Retonda (14 de
fevereiro), que publicou na íntegra, e no jornal Il Giorno (16-17 de fevereiro), que
reproduziu alguns de seus trechos
O objetivo parece ter sido alcançado e o manifesto em Paris ecoou de maneira global,
chegando até mesmo ao Brasil, “distante dos grandes cenários artísticos”, por meio do
intelectual Oswald de Andrade, que tomou conhecimento do Futurismo após uma viagem à
Europa em 1912, como aponta Raul Bopp (2102), em sua obra Movimentos Modernistas no
Brasil – 1922- 1945. Em uma dessas viagens à França, Oswald tomou conhecimento dos ideais
futuristas de Marinetti e resolveu difundir o movimento, inicialmente, nas rodas de intelectuais
da elite paulista. Segundo Bopp (2012) Oswald em uma das primeiras conversas do movimento
denunciou que o país estaria atrasado culturalmente pelo menos cinquenta anos, “afundado na
lama” do parnasianismo.
O pesquisador e professor Douglas Tufano (2007) relata que, após a divulgação da ideia
futurista em São Paulo, aos poucos começaram se formar círculos de escritores a fim de levantar
a ideia de renovação e modernidade, mesmo que sem uma convicção clara do que pretendiam.
Os jovens escritores só entendiam que a renovação era necessária, chegando até a uma série de
ataques à Academia Brasileira de Letras, que era considerada ali o centro do tradicionalismo
literário nacional.
Tufano (2007) discorre ainda que no início de 1921 fora publicado um texto em que são
explanadas as principais ideias do Modernismo, por Menotti del Picchia, no Correio Paulistano.
O autor relata que as ideias foram, assim, resumidas pelo historiador Mário da Silva Brito:
O rompimento com o passado, ou seja, a repulsa às concepções românticas,
parnasianas e realistas; a independência mental brasileira, abandonando-se as
sugestões europeias, mormente as lusitanas e gaulesas; uma novas técnicas para a
representação da vida em vista de que os processos antigos ou conhecidos não
apreendem mais problemas contemporâneos; outra expressão verbal para a criação
literária, que não é mais a mera transcrição naturalista mas recriação artística,
transcrição para o plano da arte das realidades vitais (TUFANO APUD BRITO, 2007,
p.16)
Segundo Tufano (2007), ainda no mesmo ano, o escritor Mário de Andrade assenta que
os intocados poetas do Parnasianismo, assim como, o próprio movimento, já não eram mais
inspiradores e seu tempo já havia passado.
De acordo com Bopp (2012), o clima era de inquietação na roda dos intelectuais de São
Paulo, com Oswald de Andrade a perguntar o motivo pelo qual a capital paulista não realizava
de vez uma “renovação geral das artes”. Tufano (2007) completa ainda que os paulistas e
cariocas estavam se comunicando intensamente a fim de encontrar um marco definitivo para o
movimento, que viria a ser a Semana de Arte Moderna de 1922. O autor narra o primeiro
projeto:
Segundo depoimento do pintor Di Cavalcanti, foi ele quem sugeriu a realização de
uma semana de arte moderna. Inicialmente, o objetivo era modesto: uma pequena
exposição de arte moderna na livraria e editora O livro, em São Paulo. Nessa livraria,
os modernistas costumavam reunir-se para palestras, declamações e mostras de
trabalho (TUFANO, 2007, pp.17-18)
Bopp (2012) disserta que a ideia inicial do projeto foi ampliada para que a Semana de
Arte Moderna tomasse uma maior repercussão e Tufano (2007) completa que a presença intensa
de pessoas da alta sociedade paulista fez com que a cobertura da imprensa se intensificasse e,
assim, o espaço de uma livraria acabara se tornando pequeno para o evento. “Escolhe-se, então,
um novo local para a realização da semana: o majestoso Teatro Municipal de São Paulo, que
tinha sido inaugurado em 1912 e era o reduto da aristocracia da cidade” (TUFANO, 2007, p.18).
O marco inicial do modernismo brasileiro, a Semana de Arte Moderna, aconteceu nos
dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922 e contou com a participação dos artistas mais influentes
da corrente vanguardista, como, por exemplo, a exposição das obras de Anita Malfatti e Victor
Brecheret, poemas de Menotti del Picchia, Mário de Andrade, Sérgio Millet, Oswald de
Andrade e ainda uma apresentação musical de Villa-Lobos, segundo disserta Bopp (2012).
O autor completa que mesmo diante de reações negativas do público, avaliou a
importância e a repercussão do evento, considerando que o mesmo:
[...] teve inegavelmente reflexos proveitosos. Sua penetração, como notícia, foi
enorme. Jornais do Rio deram-lhe ampla cobertura. Entrou até, com ar de burlão, pelos
teatros do Largo do Rocio e em canções carnavalescas. A iniciativa, não há dúvida,
teve méritos enormes. Abriu caminho a manifestações literárias modernas, incutindo
ideias de renovação, pelos centros culturais do país. Fez o inventário dos efetivos de
arte nacional e de uma literatura, prenhe de gostos retóricos (BOPP, 2012, p.39)
É possível concluir que para ambos escritores o evento, mesmo diante dos obstáculos e
da estranheza pelo público, foi um marco inicial para a quebra das antigas regras de bom gosto
na arte brasileira e a criação de uma consciência do movimento, como Bopp (2012) relata:
O impacto de ideias de vanguarda, que teve uma ressonância em todo o país, lançou
os intelectuais em posições novas. Consequentemente, verificou-se, em vários setores,
um abandono gradativo dos princípios, que sujeitavam letras e artes aos moldes
formais da época. Iniciou-se um ciclo diferente para a conquista da expressão própria,
em ruptura com o conformismo (BOPP, 2012, p.41-42)
Ainda de acordo com Bopp (2012) foi entendido pela sociedade que a Semana de 22
não fora só uma “psicose de uma pequena elite” e que a evolução era imprescindível. Para o
autor, o movimento não parou com o término do evento e uma sensação jovem adentrou nos
espíritos dos artistas e escritores em todo o brasil.
Foi um ponto de partida, para [...] irem se buscando, aos poucos, com uma nova
compreensão do momento. Embora ela não tivesse exercido uma influência imediata,
o movimento formou, gradualmente, e cm um alcance coletivo, um conjunto de ideias
básicas, coerentes com a realidade brasileira (BOPP, 2012, p.42)
O deleite inicial fez com que os maiores nomes modernistas saíssem pelo Brasil a fim
de divulgar ainda mais o novo movimento e sua revolução nas letras e na arte, como relata Bopp
(2012). O autor ainda disserta que com a difusão das ideias nasceram vários movimentos
regionais, como, em solo mineiro, onde fora fundada a Revista Verde, objeto deste estudo e que
será detalhada no próximo capítulo sobre o modernismo em Minas Gerais.
A Revista Verde e o Movimento Homônimo de Cataguases
A Revista Verde teve como principais escritores e fundadores Ascânio Lopes, Rosário
Fusco, Guilhermino César, Francisco Ignácio Peixoto, Enrique de Rezende e Martins Mendes.
Todos tinham à época entre 17 e 28 anos e formavam inicialmente o grupo Verde, do qual se
originou a revista de arte e cultura denominada com o mesmo nome do movimento e ainda uma
editora, do qual lançou-se vários livros dos Verdes, com trechos inéditos e divulgações dentro
da revista.
De acordo com o pesquisador Joaquim Branco7, o inicio do movimento se dá no Ginásio
7 BRANCO, Joaquim. Verdes vozes modernistas. Disponível
em:<http://http://alpha.unipam.edu.br/documents/18125/19714/verdes-vozes.pdf> Acesso em 23 Mai. 2016
Municipal de Cataguases, uma instituição educacional, onde os Verdes se reuniram pela
primeira vez para “combater os velhos ideais”, por meio do Grêmio Literário Machado de Assis.
Branco relata que:
[...] foi com o trabalho dos ‘verdes’ – no grêmio, nos jornais e revistas – que aconteceu
a ruptura com a velha ordem para se instalar o Modernismo em Cataguases. A ação
desenvolvida pelo grupo deveu-se à ação de cada um dos participantes do movimento,
desde meados dos anos 20
Ainda segundo Branco, as ações do grupo se dividiam por jornais da cidade, que
serviram como ensaio para o que viria a ser Revista Verde, tendo em 1926 sido publicado poema
“Rua”, de autoria de Camilo Soares, no jornal Mercúrio e considerado como o primeiro texto
com teor modernista publicado pelo grupo.
Branco disserta que o movimento fora ganhando repercussão nacional e animados com
o contato de modernistas de outros estados, como Mário de Andrade e Oswald de Andrade, de
São Paulo, e Carlos Drummond de Andrade, de Belo Horizonte, o grupo criou em 1927 a
Revista Verde, mesmo com a oposição local, ainda tradicionalista. Essa oposição poderá ser
acompanhada durante a análise das edições, uma vez que os Verdes citam continuamente esse
fato na revista.
Branco ainda relata sobre os passos seguintes da publicação:
Emergia a nova arte cataguasense nos seis números editados da revista Verde – de 1927 a
1929 –, na correspondência que mantiveram no país e no exterior, na troca de ideias com
outros modernistas, nas polêmicas com um e outro conservador. Nesse momento
distinguiram-se mais as vozes de Rosário Fusco, Ascânio Lopes e Enrique de Resende
O fim da Revista, segundo Branco, se deu por dois fatores: a morte prematura de um
dos maiores colaboradores da Verde, Ascânio Lopes e a dissidência do grupo, com alguns dos
seus integrantes se mudando para a capital mineira e para o Rio de Janeiro.
Análise de Conteúdo: Método Principal
Neste trabalho o principal método utilizado foi a análise de conteúdo, a fim de resolver
a problematização inicial das hipóteses aqui defendidas. Segundo Leonor Bardin (2001), na
obra Análise de conteúdo, a metodologia homônima consiste em:
Um conjunto de técnicas de análise das comunicações visando obter por
procedimentos sistemáticos e objetivos do conteúdo das mensagens indicadores
(quantitativos ou não) que permitam a inferência de conhecimentos relativos às
condições de produção/recepção (variáveis inferidas) dessas mensagens". (BARDIN,
2011, p. 48)
Bardin (2001) disserta também que esta metodologia, de uma forma geral, compreende
os propósitos da ultrapassagem da incerteza e do enriquecimento da leitura, além de ter duas
funções que podem ou não interagir: a função heurística, que compreende a tentativa de
descoberta, “para ver o que dá”, como define a autora, e a função de administração de provas,
em que o pesquisador irá utilizar quando há uma hipótese estabelecida em seu estudo, a fim de
confirmar ou invalidar essa questão, como o que se pretende fazer neste trabalho.
Passado à contextualização do método e as primeiras definições, irá se utilizar da
bibliografia da pesquisadora Heloiza Golbspan Herscovitz (2010), que trata exclusivamente do
método aplicado ao jornalismo, no qual este trabalho se utiliza.
Herscovitz (2010), é uma importante pesquisadora sobre inferência de arquivos
jornalísticos, como, por exemplo, vídeos, DVDs, CDs, jornais e até uma revista, exemplo sobre
o qual recai o objeto de estudos desta pesquisa, como previamente externado, será analisada a
Revista Verde de Cataguases.
A autora relata que o método é bastante utilizado nas pesquisas jornalísticas a fim de:
[...] detectar tendências e modelos na análise de critérios de noticiabilidade,
enquadramentos e agendamentos. Serve também para descrever e classificar produtos,
gêneros e formatos jornalísticos, para avaliar características da produção de
indivíduos, grupos e organizações, para identificar elementos típicos, exemplos
representativos e discrepâncias e para comparar o conteúdo jornalístico de diferentes
mídias em diferentes culturas (HERSCOVITZ, 2010, p.123)
A partir da definição das hipóteses, Herscovitz (2010) disserta que é necessário delimitar
uma unidade de análise, que neste trabalho será toda a parte de conteúdo de três edições da
Revista Verde, a primeira, a terceira e a quinta edição, excluídos os anúncios comerciais.
As edições escolhidas para a análise seguem a necessidade de se credibilizar o estudo e,
para isso, foram extraídos os conteúdos de três edições, considerando, assim, o inicio com a
primeira edição, em setembro de 1927, o meio com a terceira edição, lançada em novembro do
mesmo ano e o fim, com a quinta edição, publicada em janeiro de 1928, uma vez que a sexta
edição do periódico só viera a ser publicada em maio de 1929, devido a homenagem à morte de
um dos fundadores da Verde, o poeta Ascanio Lopes (1906-1929), que decretara o fim do
periódico.
Segundo Herscovitz (2010), o processo da análise de conteúdo organiza-se em quatro
pontos: a conceituação; a definição nominal; a definição operacional; e a interpretação
estabelecida sobre o mesmo, a mensuração.
De acordo com a pesquisadora, grande parte dos conteúdos jornalísticos medidos são
conceitos e “[...] para trabalhar com estes conceitos é preciso especificá-los com precisão,
estabelecendo os indicadores, [...] as dimensões [...] e os atributos” (HERSCOVTIZ, 2010,
p.132).
A definição nominal da análise se dá, segundo a autora, por meio de outras pesquisas,
dicionários e pela literatura específica. Deste modo, procurou-se incluir neste trabalho o que há
de mais relevante e interessante sobre os assuntos abordados, com as bibliografias e pesquisas
em comum mais importantes.
Herscovitz (2010) disserta ainda que dentro da definição nominal, há o processo de
codificação, que circunda decidir a especificação da categoria e os níveis de medição, ficando,
assim, deliberado no trabalho a utilização destas categorias ordinais: altamente engajada aos
objetivos iniciais do projeto da Revista Verde, moderadamente engajada aos objetivos iniciais
do projeto da Revista Verde e pouco engajada aos objetivos iniciais do projeto da Revista Verde.
O nível de medição das categoriais foi sentenciado tendo em vista três abordagens que
definem o engajamento modernista do conteúdo a ser analisado: ênfase ao fortalecimento
identitário regional; ênfase ao fortalecimento identitário nacional; e a difusão dos propósitos
do movimento modernista. O aparecimento das três questões no objeto analisado, será definido
como altamente engajado, de duas questões, moderadamente engajado e de apenas uma
questão, pouco engajado. Todos os conteúdos jornalísticos analisados da revista foram
codificados, mesmo os que em primeira vista eram considerados sem postura aparente, e se
confirmados, foram taxados como sem importância para a pesquisa, não sendo classificados
qualitativamente e só quantativamente, como, as categorias outros e estrangeirismo.
A fim de realizar a codificação, Herscovitz (2010) relata que é preciso definir uma
unidade de registro para dar início a questão operacional da pesquisa, que pode ser a palavra, o
tema, um parágrafo e o texto inteiro, que fora utilizado nesta análise. A escolha por essa unidade
de texto se dá por ser uma contagem de frequência em que será preciso saber o conteúdo
manifesto por inteiro, se recomendando assim por pesquisadores “[...] a utilização de textos
inteiros como unidades de registro no caso de manchetes, notícias e reportagens curtas[...]”
(HERSCOVITZ apud WEBER, 2010, p. 135). É o caso da Revista Verde, composta em média
por 25 páginas de conteúdo – poesias, poemas, críticas, reportagens e notícias - por edição
analisada.
Análise Quantitativa da Primeira Edição da Revista Verde
Foram identificadas 23 matérias que se enquadraram em categorias da pesquisa
quantitativa, dos quais, destes, 16 textos continham aspectos relacionados aos objetivos iniciais
do projeto da Revista Verde, iniciado pelo grupo de mesmo nome em Cataguases, e foram
analisados também qualitativamente.
Atentando-se para a análise dos resultados da pesquisa qualitativa e quantitativa desta
primeira edição da Revista Verde, foi possível observar que 16 matérias contemplaram algum
dos objetivos dispostos inicialmente no projeto, contra sete matérias em que não foram
observadas nenhuma característica. Desta forma, pode-se considerar que o trabalho de
fortalecimento identitário e de divulgação do movimento fora bem realizado, conforme
projetado pelos idealizadores.
É possível destacar que das 16 matérias, nove foram altamente engajadas à esta
propensão inicial, quatro foram moderadamente engajadas e somente três matérias foram pouco
engajadas. Este predomínio de matérias altamente engajadas denota ainda mais que os
fundadores conseguiram, nesta edição, seguir a linha dos intentos preliminares.
Outra nota a se fazer que ajuda a comprovar que os fundadores cumpriram nesta edição
do periódico o que promoviam pelo grupo mineiro é a de que nenhuma colaboração estrangeira
fora constatada.
Análise Quantitativa da Terceira Edição da Revista Verde
Na terceira edição da Revista Verde, a segunda analisada nesta pesquisa, foram
encontrados 26 textos que se adequaram às categorias da pesquisa quantitativa, dos quais 18
conteúdos continham aspectos relacionados aos objetivos iniciais do projeto da Revista Verde,
iniciado pelo grupo de mesmo nome em Cataguases, e foram analisados também
qualitativamente.
Observando-se a análise dos resultados da pesquisa qualitativa e quantitativa desta
terceira edição da Revista Verde, foram notadas 18 matérias que contemplaram algum dos
objetivos dispostos inicialmente pelos fundadores da publicação, contra cinco textos que foram
descartados da pesquisa, considerados como “outros”, e três matérias contendo estrangeirismos,
aparecendo, assim, pela primeira vez na análise.
É possível identificar uma diminuição de matérias que não tinham ligação com os
objetivos da Revista e um aumento das matérias que seguiram a linha proposta pelos Verdes.
Porém, em contraponto e paradoxalmente à questão do fortalecimento identitário nacionalista,
conta-se com as primeiras ocorrências de matérias e colaborações estrangeiras.
Atentando-se agora às matérias que se enquadraram em algum dos objetivos
identificados como alvos iniciais dos Verdes, o predomínio de matérias altamente engajadas
continua, com os mesmos nove textos da primeira edição analisada. As matérias consideradas
moderadamente engajadas também mantiveram a mesma frequência, com quatro aparições.
Desta vez, porém, os textos pouco engajados tiveram um aumento e contaram com cinco
ocorrências na edição aqui analisada. Esse fenômeno pode se dar uma vez que as matérias no
total também aumentaram, de 26 para 28 textos enquadrados em alguma categoria qualitativa.
Análise Quantitativa da Quinta Edição da Revista Verde
Na quinta edição da Revista Verde, a terceira e última analisada nesta pesquisa, foram
encontrados 25 textos que se adequaram às categorias da pesquisa quantitativa, sendo destes,
17 matérias que continham aspectos relacionados aos objetivos iniciais do projeto da Revista
Verde, iniciado pelo grupo de mesmo nome em Cataguases, e foram analisados também
qualitativamente. Assim, se percebe que houve uma diminuição de conteúdos da última edição
analisada para esta.
Observando-se a análise dos resultados da pesquisa qualitativa e quantitativa desta
terceira edição da Revista Verde cinco textos que foram descartados da pesquisa, oito matérias
não se adequaram aos termos da pesquisa e não foram qualitativamente analisadas, das quais
quatro foram consideradas como “outros”, e quatro considerados “estrangeirismos”, ou seja,
matérias referentes à assuntos estrangeiros.
Atentando-se as matérias que se enquadraram em algum dos objetivos identificados
como alvos iniciais dos Verdes, o predomínio de matérias altamente engajadas não continuou,
sendo, desta vez, as matérias moderadamente engajadas a maioria, com dez textos contra apenas
cinco matérias altamente engajadas e, ainda, outras duas matérias pouco engajadas.
Podemos ressaltar que esse dado mostra que a Revista saiu da linha dos objetivos iniciais
na última edição e tal afirmação se agrava quando analisamos que as matérias sem nenhuma
ligação ao movimento aumentaram, visto que as denominadas “outros” tiveram frequência de
quatro textos e, principalmente, as matérias consideradas estrangeirismos, em paradoxo ao que
tanto os Verdes pregavam, o “abrasileiramento do Brasil” nos contextos literários e ideológicos,
tiveram também quatro aparições.
Considerações Finais
A pesquisa desenvolvida nesta monografia procurou trabalhar, através da análise de
conteúdo, a influência da revista Verde e dos elementos jornalísticos para a divulgação do
Movimento Modernista Brasileiro e, deste modo, fora analisada três edições da publicação
acima citada para responder à tese inicial.
O primeiro passo deste estudo foi discernir, por meio da contextualização histórica do
modernismo e da Revista Verde, as peculiaridades que podem ser consideradas importantes no
levantamento das propostas. Foram reconhecidas três características – ênfase ao fortalecimento
identitário regional, difusão dos propósitos do movimento e a ênfase ao fortalecimento
identitário nacional – e que, posteriormente, foram analisadas individualmente perante os
conteúdos das edições.
Este estudo foi incitado pela observação da importância dos periódicos para a difusão
do movimento modernista e ainda pelo pouco material encontrado sobre a Verde referente à sua
tamanha importância. Em uma leitura superficial, a partir da contextualização histórica do
periódico, a Verde continha elementos característicos do seu início ao fim, apontando pelo
seguimento das linhas editoriais e de tais objetivos determinados inicialmente pelo grupo que a
fundou, de mesmo nome. Constatou-se que a revista Verde manteve essa linha de pensamento,
mas modificara sua diretriz ao longo das edições, inclusive, adotando o estrangeirismo em duas
publicações, a terceira e a quinta, criando, assim, um paradoxo referente à um dos conceitos
que pregou desde a apresentação na primeira tiragem: o fortalecimento identitário regional e,
principalmente, o nacional.
Abrangendo os resultados, foi constatado que na primeira edição a Verde se mostrou
majoritariamente com um alto teor de engajamento e seguindo a linha já definida pelo grupo
antes de seu lançamento. A ênfase ao fortalecimento identitário regional constou em 13
matérias, a difusão do movimento modernista teve frequência também em 13 matérias e a
ênfase ao fortalecimento identitário nacional foi identificada em 12 matérias. Esse equilíbrio
mostra que as matérias analisadas confirmam o que fora acima levantado. Esta afirmação ainda
se fortalece com este dado quantitativo: dos 23 conteúdos analisados, 16 se enquadraram nas
características estudadas e sete matérias foram classificadas como outros, sem nenhum
estrangeirismo. Ou seja, mais de 69% das matérias contidas na edição inicial seguiram os
objetivos inicias do Movimento Verde.
Notou-se ainda na terceira tiragem o fenômeno descrito acima na primeira edição da
Verde, uma notória preocupação em se publicar conteúdos ligados ao fortalecimento identitário
e à difusão do Movimento e que podem ser confirmadas na análise quantitativa, em que se
obteve ainda a constatação que mais de 69% das matérias analisadas continuaram a linha
objetiva inicial dos fundadores.
O equilíbrio na distribuição das características também continuou, com 14 matérias
ligadas à difusão do movimento modernista, 12 textos à ênfase ao fortalecimento identitário
nacional e 11 ao fortalecimento identitário regional. Desta vez, porém, houve uma mudança
nesta questão, prevalecendo os textos carregados na difusão da corrente e não mais relacionados
à regionalização do movimento em Cataguases e Minas Gerais.
Na terceira edição ainda temos o aparecimento do estrangeirismo nas matérias, em que
se ressalta o que já fora citado, esse paradoxo referente ao objetivo de fortalecer a questão
identitária. Foram as primeiras três matérias desse tipo nesta pesquisa.
A mudança de visão dos Verdes ficara clara com os resultados presentes na quinta edição
e última analisada nesta pesquisa. A começar com a queda de mais de 1% dos conteúdos que se
alinhavam aos objetivos iniciais da Verde, o que pode parecer pouco, mas não é diante das
observações a seguir. Pela primeira vez as matérias com alto teor de engajamento não
dominaram a publicação, tendo figurado em apenas cinco textos analisados, metade das
matérias com moderado teor de engajamento. E ainda se obteve duas matérias pouco engajadas.
Corroborando estas informações, pode-se atentar a questão qualitativa, em que se notou
esta mudança no ponto de vista dos Verdes, agora mais focados em se valorizar perante o
movimento e sua difusão em contraponto à valorização identitária, tão presença nas primeiras
publicações. A única característica que obteve aumento nas aparições durante as tiragens foi a
difusão dos propósitos do movimento, chegando a ter 17 textos na quinta edição ligados a esse
traço.
Atentando-se às matérias que não foram analisadas qualitativamente e somente
quantitativamente, com os resultados da quinta edição, pode-se concluir que os Verdes se
tenderam a buscar uma maior valorização perante as outras correntes, principalmente, os
presentes na Argentina, Uruguai e na França, de onde vieram as contribuições artísticas. A
quinta edição obteve, logo nas páginas iniciais de conteúdo, duas matérias referentes à artistas
estrangeiros. Fora as matérias presentes na terceira e última edição totalmente em espanhol ou
em francês. Indo contra ao “abrasileiramento do Brasil” que pregaram no inicio do Movimento
Verde.
Conclui-se, então, que a Revista Verde seguiu uma linha proposta inicialmente até o fim
de sua publicação, havendo uma leve diminuição na última edição, com as porcentagens de
matérias engajadas de 69% nas edições um e três e 68% na quinta edição. Entretanto, houve
uma alternância no enfoque dentro dessas características e os fundadores intensificaram ao
longo das edições a difusão do movimento modernista, deixando a questão identitária regional
e nacional em segundo plano.
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