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Literatura 01. Tomando como referência o indianismo, na literatura brasileira, considere as telas e os textos apresentados abaixo. Analise as observações que são feitas a seguir. (O nascimento de Vênus, de Alexandre Cabanel) (Moema (1866), de Victor Meireles (baseado no poema O Caramuru, de Frei Santa Rita Durão, escrito no período Barroco)) “Era a virgem do mar, na escuma fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d’alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia!” (Álvares de Azevedo) “Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.” (José de Alencar, Iracema) “Falam nas tradições das raças perdidas das florestas como se lá tivessem dormido ao menos uma noite... Mentidos! Tudo isso lhes veio à mente lendo as páginas de algum viajante que se esqueceu talvez de contar que na floresta há insetos repulsivos, répteis imundos, que a pele do tigre não tem o perfume das flores – que tudo isso é sublime nos livros, mas soberanamente desagradável na realidade”. (Álvares de Azevedo, Macário) 0-0) Os textos 2 e 3, de José de Alencar e de Álvares de Azevedo, autores pertencentes ao Romantismo, apresentam idéias idênticas acerca do tratamento dado na literatura ao indianismo. 1-1) Pode-se perceber a idealização da figura do índio, tanto na descrição de Iracema, por José de Alencar, quanto na pintura de Moema, de Victor Meireles. 2-2) A idealização da mulher no poema de Álvares de Azevedo assemelha-se à da figura feminina na tela O nascimento de Vênus. Em ambos, não há referência ao indianismo. 3-3) Remetendo-se ao passado, como faziam os românticos, ao retratar a personagem de uma obra do período barroco, o pintor brasileiro Victor Meireles cria uma Moema exótica, com cabeça de índia e corpo de européia, como o da Vênus de Cabanel. 4-4) Influenciado por Lord Byron e mergulhado no sarcasmo e no negativismo da vertente ultra- romântica, Álvares de Azevedo, no fragmento 3, ataca, com ironia, em seu drama Macário, a literatura romântica da fase indianista. Resposta: FVVVV Justificativa: 0-0) Falso. Nos fragmentos apresentados, as posturas de José de Alencar e de Álvares de Azevedo, quanto ao indianismo, são diferentes. 1-1) Verdadeiro. Tanto o texto de Alencar quanto a pintura de Meireles embelezam a índia, idealizando a sua figura. 2-2) Verdadeiro. O texto e o quadro citados não fazem referência ao indianismo. 3-3) Verdadeiro. A exótica Moema de Victor Meireles tem cabeça de índia, mas o corpo, semelhante aos das mulheres das pinturas européias. 4-4) Verdadeiro. Neste trecho de Macário, Álvares de Azevedo contesta a idealização romântica do índio. 02. Analise a descrição do parnasiano Olavo Bilac, transformado em personagem, no fragmento abaixo. Considerando esse fragmento e marcas da escola literária a que o poeta pertenceu, podemos fazer as seguintes afirmações. “Podia ser alto, esbelto, elegante, o poeta mais querido do Brasil na época (início do século XX), mas era vesgo. Então Bilac adotou o pince-nez, que camuflou a vesguice, embora o monóculo estivesse mais de acordo com as últimas correntes literárias de Paris do que com a inculta realidade brasileira. As cariocas de 1903 passavam pela porta da Colombo (onde Bilac pontificava às tardes) na esperança de que o poeta citasse algum de seus versos de vinte e quatro quilates, assim como “Ora, (direis) ouvir estrelas!”. (Rui Castro. Bilac vê estrelas, 2000. Adaptado) 0-0) A expressão poética parnasiana, pelo culto da forma, por seu apego à rima e à métrica perfeita, foi a preferida no Brasil, no início do século XX, tendo como representante máximo o poeta Bilac. 1-1) Ao adotar as últimas correntes literárias da época, Bilac desligou-se da “inculta realidade brasileira” e incorporou valores europeus, sonhando com Paris, que o fascinava. 2-2) Ouvir Estrelas, poema que encantava o público feminino da época, está entre as suas criações mais consagradas, no gênero lírico-amoroso.

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Page 1: Literatura - Colégio Núcleo · são feitas a seguir. (O nascimento de Vênus , ... no fragmento abaixo. Considerando esse fragmento e marcas da escola ... e os comentários que

Literatura

01. Tomando como referência o indianismo, na literatura brasileira, considere as telas e os textos apresentados abaixo. Analise as observações que são feitas a seguir.

(O nascimento de Vênus, de Alexandre Cabanel)

(Moema (1866), de Victor Meireles (baseado no poema O

Caramuru, de Frei Santa Rita Durão, escrito no período Barroco))

“Era a virgem do mar, na escuma fria Pela maré das águas embalada! Era um anjo entre nuvens d’alvorada Que em sonhos se banhava e se esquecia!”

(Álvares de Azevedo)

“Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.”

(José de Alencar, Iracema)

“Falam nas tradições das raças perdidas das florestas como se lá tivessem dormido ao menos uma noite... Mentidos! Tudo isso lhes veio à mente lendo as páginas de algum viajante que se esqueceu talvez de contar que na floresta há insetos repulsivos, répteis imundos, que a pele do tigre não tem o perfume das flores – que tudo isso é sublime nos livros, mas soberanamente desagradável na realidade”.

(Álvares de Azevedo, Macário)

0-0) Os textos 2 e 3, de José de Alencar e de Álvares de Azevedo, autores pertencentes ao Romantismo, apresentam idéias idênticas acerca do tratamento dado na literatura ao indianismo.

1-1) Pode-se perceber a idealização da figura do índio, tanto na descrição de Iracema, por José de Alencar, quanto na pintura de Moema, de Victor Meireles.

2-2) A idealização da mulher no poema de Álvares de Azevedo assemelha-se à da figura feminina na tela O nascimento de Vênus. Em ambos, não há referência ao indianismo.

3-3) Remetendo-se ao passado, como faziam os românticos, ao retratar a personagem de uma obra do período barroco, o pintor brasileiro Victor Meireles cria uma Moema exótica, com cabeça de índia e corpo de européia, como o da Vênus de Cabanel.

4-4) Influenciado por Lord Byron e mergulhado no sarcasmo e no negativismo da vertente ultra-romântica, Álvares de Azevedo, no fragmento 3, ataca, com ironia, em seu drama Macário, a literatura romântica da fase indianista.

Resposta: FVVVV Justificativa: 0-0) Falso. Nos fragmentos apresentados, as posturas

de José de Alencar e de Álvares de Azevedo, quanto ao indianismo, são diferentes.

1-1) Verdadeiro. Tanto o texto de Alencar quanto a pintura de Meireles embelezam a índia, idealizando a sua figura.

2-2) Verdadeiro. O texto e o quadro citados não fazem referência ao indianismo.

3-3) Verdadeiro. A exótica Moema de Victor Meireles tem cabeça de índia, mas o corpo, semelhante aos das mulheres das pinturas européias.

4-4) Verdadeiro. Neste trecho de Macário, Álvares de Azevedo contesta a idealização romântica do índio.

02. Analise a descrição do parnasiano Olavo Bilac, transformado em personagem, no fragmento abaixo. Considerando esse fragmento e marcas da escola literária a que o poeta pertenceu, podemos fazer as seguintes afirmações.

“Podia ser alto, esbelto, elegante, o poeta mais querido do Brasil na época (início do século XX), mas era vesgo. Então Bilac adotou o pince-nez, que camuflou a vesguice, embora o monóculo estivesse mais de acordo com as últimas correntes literárias de Paris do que com a inculta realidade brasileira. As cariocas de 1903 passavam pela porta da Colombo (onde Bilac pontificava às tardes) na esperança de que o poeta citasse algum de seus versos de vinte e quatro quilates, assim como “Ora, (direis) ouvir estrelas!”.

(Rui Castro. Bilac vê estrelas, 2000. Adaptado) 0-0) A expressão poética parnasiana, pelo culto da

forma, por seu apego à rima e à métrica perfeita, foi a preferida no Brasil, no início do século XX, tendo como representante máximo o poeta Bilac.

1-1) Ao adotar as últimas correntes literárias da época, Bilac desligou-se da “inculta realidade brasileira” e incorporou valores europeus, sonhando com Paris, que o fascinava.

2-2) Ouvir Estrelas, poema que encantava o público feminino da época, está entre as suas criações mais consagradas, no gênero lírico-amoroso.

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3-3) O poeta procurou compensar seu desenraizamento cultural pela elaboração de uma poesia nacional, patriótica e ufanista.

4-4) Em sua obra poética, Bilac versou sobre o amor, restringindo-se, no entanto, ao prisma do erotismo e da sensualidade.

Resposta: VVVVF Justificativa: 0-0), 1-1), 2-2) e 3-3). Verdadeiros. As opções encontram apoio nas informações sobre o poeta e no texto apresentado. 4-4). Falso. O poeta versou sobre o amor tanto sob o prisma erótico como sob o prisma platônico.

03. A raça negra teve grande influência na arte brasileira, como pode ser observado nas telas e nos textos apresentados a seguir. Tendo-os em conta, considere as afirmações seguintes.

(A negra, de Jean-Baptiste Debret)

(A negra, de Tarsila do Amaral)

“na música, no andar, na fala, no canto de ninar menino pequeno, em tudo que é expressão sincera de vida, trazemos quase todos a marca da influência negra. Da escrava que nos embalou. Que nos deu de mamar.”

(Gilberto Freyre, Casa grande e senzala)

“A operação de desmamar podia fazer-se em meia linha, mas as lástimas das amas, as despedidas, tudo isso exigia uma boa página ou mais. Poucas linhas bastariam para as amas-secas, porquanto não diria se eram altas nem baixas, feias ou bonitas... Cavalinhos de pau, bandeirolas... toda a quinquilharia da infância ocuparia muito mais que o lugar de seus nomes.”

(Machado de Assis, Esaú e Jacó)

“Das crianças que vêm da negra noite, dum leite de venenos e de treva, dentre os dantescos círculos do açoite, filhas malditas da desgraça de Eva.”

(Cruz e Sousa, Crianças negras) 0-0) As duas telas e os três textos destacam,

indistintamente, o papel da mulher negra na amamentação das crianças brancas, nos primórdios da sociedade brasileira.

1-1) Gilberto Freyre valoriza o papel das amas de leite negras, na vida da família patriarcal branca, na época da escravidão no Brasil. Machado de Assis, ao contrário, reserva a essa função umas poucas linhas, enfatizando o desprezo e o esquecimento das famílias por essas mulheres.

2-2) Cruz e Souza, escritor negro do Simbolismo, estava condicionado aos preconceitos e estereótipos dos brancos com relação à sua raça, como mostra o poema “Crianças negras”, fundado no mito bíblico de que os negros eram uma raça amaldiçoada, destinada a beber “dum leite de venenos e de treva”.

3-3) Assim como os textos de Freyre e Machado fazem referência às amas de leite negras, tanto Jean-Baptiste Debret como Tarsila do Amaral, em seus retratos de negras, acentuam o detalhe do seio farto.

4-4) Cruz e Souza, assim como Castro Alves, foi um ardente defensor da libertação dos escravos no Brasil.

Resposta:FVVVF Justificativa: 0-0) Falso. Há diferenças na abordagem do tema

entre os três escritores. 1-1) Verdadeiro. Freyre valoriza o papel das amas de

leite negras, enquanto Machado enfatiza o desprezo e o esquecimento das famílias por essas mulheres.

2-2) Verdadeiro. O poema de Cruz e Sousa reproduz o preconceito dos brancos contra a sua raça, afirmando que as crianças negras, “filhas malditas da desgraça de Eva”, estariam destinadas a beber “dum leite de venenos e de treva”.

3-3) Verdadeiro. Tanto Freyre quanto Machado fazem referência à amamentação, assim como os quadros de Debret e de Tarsila acentuam o detalhe do seio farto das negras.

4-4) Falso. Cruz e Souza não foi um abolicionista como Castro Alves.

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04. Jorge Amado, em seus romances, criou personagens que se tornaram populares, nacionalmente, em livros, filmes e novelas. Sobre o seu romance Capitães de Areia, analise as afirmações apresentadas a seguir.

0-0) Capitães de Areia está entre as obras da primeira fase do autor, as quais abordam o mundo proletário e marginal de Salvador.

1-1) Pedro Bala, personagem-herói da obra, é o representante desse mundo marginal, que toma consciência das injustiças sociais e se transforma em líder revolucionário.

2-2) Dentro da narrativa, percebe-se um forte sentido político, presente na elaboração dos personagens e das mensagens, que expressam a posição política do autor.

3-3) O romance divide o mundo em heróis e vilões. Para Jorge Amado, a burguesia encarna os heróis, e os grupos marginais e as crianças abandonadas representam o que existe de mais sórdido na sociedade: são os vilões.

4-4) O romance descreve a realidade social das crianças abandonadas na cidade, que vivem uma situação de violência e miséria. Para expressar esse aspecto, Jorge Amado usa uma linguagem paradoxalmente lírica e crua, misturando expressões de efeitos poéticos com termos de cunho vulgar.

Resposta: VVVFV Justificativa: 0-0),1-1), 2-2) e 4-4). Verdadeiros. As opções encontram apoio na análise sobre o romance em questão. 3-3) Falso. O esquema do romance se dá exatamente ao contrário: os maus e vilões são os burgueses e a sociedade organizada, enquanto os heróis são os tipos marginais.

05. Com base em elementos que caracterizam o movimento do Modernismo, analise as telas e os textos abaixo, e os comentários que são feitos a seguir.

(América terceira parte, de Theodore de Bry)

(Abaporu, de Tarsila do Amaral)

“Querendo Deus que São Pedro ensinasse a fé àqueles gentios, diz-lhe que os mate e que os coma... E ambos estes efeitos havia de fazer a doutrina de São Pedro naqueles gentios ferozes e bárbaros. Primeiro haviam de morrer, porque haviam de deixar de ser gentios; e logo haviam de ser comidos e convertidos em membros de São Pedro, porque haviam de ficar cristãos.”

(Padre Antônio Vieira, Sermão do Espírito Santo)

“Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. Tupi or not tupi, that is the question.”

(Oswald de Andrade, Manifesto Antropófago)

0-0) A imagem do canibal que aparece na pintura de Theodore de Bry retrata, com crueza de detalhes, a percepção que o pintor europeu tinha dos costumes dos índios.

1-1) No texto 1, o padre Antônio Vieira utiliza uma metáfora antropofágica para descrever o processo de conversão dos gentios.

2-2) A noção de antropofagia proposta pelo Padre Antônio Vieira não considera a cultura indígena, enquanto a noção de antropofagia proposta por Oswald de Andrade pressupõe a incorporação da cultura do europeu à brasileira.

3-3) No segundo texto, com o fragmento “Tupi or not tupi, that is the question”, Oswald de Andrade exercita o princípio da antropofagia cultural proposta pelo manifesto, ao se apropriar de uma frase de Shakespeare, parodiando-a.

4-4) A tela Abaporu, de Tarsila do Amaral, cujo título significa, em tupi, “aquele que come”, inspirou o movimento antropofágico.

Resposta: VVVVV Justificativa: 0-0) Verdadeiro. A pintura de de Bry retrata a

percepção do europeu dos costumes canibais dos índios.

1-1) Verdadeiro. O Padre Vieira fala em “matar e comer”, uma metáfora antropofágica.

2-2) Verdadeiro. A noção de antropofagia proposta pelo Padre Vieira no seu Sermão pressupõe a

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destruição da cultura do índio, enquanto a noção de antropofagia de Oswald de Andrade pressupõe a incorporação da cultura do europeu.

3-3) Verdadeiro A frase de Oswald, construída sobre a de Shakespeare, ilustra a proposta do Manifesto Antropófago.

4-4) Verdadeiro A tela Abaporu (“aquele que come”) inspirou o movimento antropofágico.

06. Sobre a poesia de Cecília Meireles, ilustrada abaixo no fragmento de um de seus poemas, analise as afirmações a seguir.

Eu canto porque o instante existe e a minha vida está completa. Não sou alegre nem triste, Sou poeta. Irmão das coisas fugidias, Não sinto gozo nem tormento. Atravesso noites e dias No vento. (...) Sei que canto. E a canção é tudo. Tem sangue eterno a asa ritmada. E um dia sei que estarei mudo: - mais nada.

(Motivo. Cecília Meireles) 0-0) A poesia de Cecília é ligada à tradição lírica do

passado, seja quanto ao estilo, seja quanto à temática.

1-1) A herança simbolista está presente na expressão de estados de ânimo vagos e imprecisos.

2-2) Predominam os sentimentos de amor não correspondido, de paixão, desespero, solidão e revolta.

3-3) A consciência da passagem do tempo e a missão do poeta são temas freqüentes em sua obra poética.

4-4) Seus versos, delicados e intimistas, sobre temas em que o prosaico e o cotidiano não estão presentes, apresentam um caráter inovador, condizente com as correntes modernistas da época.

Resposta: VVFVF Justificativa: 0-0), 1-1) e 3-3). Verdadeiros. As opções correspondem ao que expressa a autora em sua poesia. 2-2) e 4-4) Falsos. Os sentimentos exacerbados não estão presentes na sua poesia. A poesia de Cecília teve um caráter pouco inovador, estando, assim, em desacordo com as correntes modernistas da época.

07. Dentro da temática do romance brasileiro da década de 30, analise as telas e as proposições que são apresentadas a seguir.

(Os retirantes, de Cândido Portinari)

(Samba, de Emiliano Di Cavalcanti)

0-0) No romance de 30, que busca retratar o homem

disperso nos mais distantes recantos de nossa terra, o regionalismo ganha uma importância até então não alcançada na literatura brasileira.

1-1) Assim como na pintura de Portinari, os romances O Quinze, de Raquel de Queiroz, Vidas Secas, de Graciliano Ramos e o poema Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, tematizam o problema da seca no Nordeste e o sofrimento dos retirantes.

2-2) A inegável atração da obra de Jorge Amado deve-se às sensuais evocações da vida baiana, generosamente apimentadas com a mitologia africana, que torna esse Estado tão exótico em termos culturais.

3-3) Romances como Gabriela, Cravo e Canela e Tieta do Agreste, de Jorge Amado, exploram características regionalistas, pitorescas e sensuais também presentes nas mulatas dos quadros de Di Cavalcanti.

4-4) Os romances de José Lins do Rego, do chamado “ciclo-da-cana-de-açúcar” (Menino de Engenho, Doidinho, Usina) têm, como cenário, o sertão nordestino e, como personagens, os retirantes da seca.

Resposta: VVVVF Justificativa: 0-0) Verdadeiro. O regionalismo ganha grande

impulso na literatura com o romance de 30.

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1-1) Verdadeiro. O Quinze, Vidas Secas e Morte e Vida Severina tematizam o problema da seca no Nordeste e o sofrimento dos retirantes.

2-2) Verdadeiro. As sensuais evocações da vida baiana e da mitologia africana contribuem para a popularidade da obra de Jorge Amado.

3-3) Verdadeiro. Romances, como Gabriela, Cravo e Canela e Tieta do Agreste, e quadros, como os de Di Cavalcanti, exploram as características regionalistas, pitorescas e sensuais das mulatas baianas.

4-4) Falso. O cenário dos romances de José Lins do Rego é o engenho, e seus personagens não são retirantes.

08. Pernambucano, o poeta João Cabral de Melo Neto foi da geração modernista de 45 e revolucionou a linguagem poética. Sobre sua obra Morte e Vida Severina, podemos fazer as seguintes observações.

0-0) Tem um título sugestivo: a seqüência dos termos inverte a ordem natural das coisas. A obra é caracterizada pela presença contínua da morte no caminho do personagem, desde o sertão até o litoral.

1-1) Severina, nome próprio, é transformado em adjetivo, para qualificar a vida miserável do sertanejo.

2-2) O poema foi escrito para ser apresentado como peça teatral: possui rimas fáceis e musicalidade excepcional.

3-3) A saga do personagem central envolve, na sua trajetória, vários tipos inaceitáveis de morte: de velhice, antes dos trinta, de emboscada, antes dos vinte, de fome um pouco por dia, e de fraqueza e de doença, antes mesmo de nascer.

4-4) O final do poema segue a linha pessimista de seu desenrolar. Nele, Severino lamenta o nascimento do filho de seu José Carpina, que, como todo nordestino, veio ao mundo para sofrer.

Resposta: VVVVF Justificativa: 0-0),1-1), 2-2) e 3-3) Verdadeiros. As opções se aplicam a dados do poema em análise. 4-4) Falso. A mensagem final do poema é de otimismo.

09. Rachel de Queiroz iniciou sua carreira literária escrevendo sobre a vida no sertão, ambiente a que voltou na sua última obra Memorial de Maria Moura, obra sobre a qual é correto afirmar o que segue.

0-0) O narrador do romance é do tipo ‘narrador onisciente’. A narrativa é impessoal, sem diálogo e sempre em terceira pessoa.

1-1) É uma narrativa de aventuras, tendo como personagem central uma mulher forte e brava, que assume o papel de líder, num ambiente hostil e machista do sertão.

2-2) Resumidamente, a história relata as desventuras de uma jovem cearense, que vive na zona rural e, tendo problemas de relacionamento com sua mãe, foge de casa, emigrando para o sul e construindo uma vida nova.

3-3) A linguagem do romance flui com naturalidade e é salpicada de termos regionais, bem ajustados ao tema abordado e ao ambiente rural onde se desenvolve a história.

4-4) Além de Maria Moura, a protagonista, destacam-se os personagens: o Padre (que se transforma em Beato Romano), Marialva, Tonho, além de João Rufo, Siá Mena, Zé Soldado, Mestre de Souza, Liberato e outros de menor destaque.

Resposta: FVFVV Justificativa: 1-1), 3-3), 4-4) Verdadeiros As opções aludem corretamente aos personagens, à linguagem e ao tipo de narrativa efetivado no romance. 0-0) e 2-2) Falsos. O narrador não é onisciente nem o resumo apresentado corresponde ao enredo do romance.

10. Confronte a temática revelada nos quadros e nos textos abaixo e analise as observações seguintes.

(Retrato de Gala, de Salvador Dalí)

(A reprodução proibida, de René Magritte)

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“Eu não tinha esse rosto de hoje Assim calmo, assim triste, assim magro Nem estes olhos tão vazios, Nem o lábio amargo. (...) Eu não dei por esta mudança, Tão simples, tão certa, tão fácil: Em que espelho ficou perdida A minha face?”

(Cecília Meireles, Retrato)

“Sinto que o tempo sobre mim abate Sua mão pesada. Rugas, dentes, calva Uma aceitação maior de tudo, E o medo de descobertas. (...) Há muito suspeitei o velho em mim. Ainda criança, já me atormentava. Hoje estou só. Nenhum menino salta De minha vida, para restaurá-la.”

(Carlos Drummond de Andrade, Versos à boca da noite)

“Os sonhos cobrem-se de pó. Um último esforço de concentração Morre no meu peito de homem enforcado. Tenho no meu quarto manequins corcundas Onde me reproduzo E me contemplo em silêncio.”

(João Cabral de Melo Neto, Os manequins)

0-0) Nas duas telas, como nos três textos, a temática principal é a contemplação de si mesmo.

1-1) Nos três textos, além de se contemplarem, os poetas admitem que a passagem do tempo não os impede de se auto-reconhecerem.

2-2) Nas duas telas, os personagens retratados produzem um certo desconforto no espectador, ao sugerirem a impossibilidade de se reconhecerem: o duplo da mulher, no quadro de Dalí, e o reflexo do homem no espelho, no quadro de Magritte, aparecem de costas.

3-3) Cecília e Drummond falam da nostalgia que sentem com a passagem do tempo impressa em seus próprios corpos com a chegada da velhice.

4-4) Os “manequins corcundas”, nos quais João Cabral diz se “reproduzir”, funcionam, no poema, como espelhos do poeta.

Resposta: VFVVV Justificativa: 0-0) Verdadeiro. Nas duas telas e nos três textos, a

temática principal é a contemplação de si mesmo. 1-1) Falso. Nos três textos, os poetas atribuem à

passagem do tempo a razão do estranhamento de suas próprias imagens.

2-2) Verdadeiro. Mostrando o duplo e o reflexo de seus personagens de costas, os dois quadros sugerem a impossibilidade do auto-reconhecimento.

3-3) Verdadeiro. A chegada da velhice é vista com nostalgia por Cecília e Drummond.

4-4) Verdadeiro. Os “manequins corcundas”, nos quais João Cabral diz se “reproduzir”, funcionam, de fato, no poema, como espelhos do poeta.

11. Graciliano Ramos, escritor regionalista, é autor de alguns romances marcantes, como Memórias do Cárcere, que pode ser caracterizado como se descreve a seguir.

0-0) Memórias do Cárcere é um impressionante relato autobiográfico, sobre as condições da prisão do autor, durante um período ditatorial, quando, de presido em presídio, Graciliano, desrespeitado em sua condição humana, assistiu a fatos sórdidos.

1-1) No romance, o autor registra não apenas os fatos a que assistiu, mas ainda a fase política que vivia o país no obscuro regime militar de 64.

2-2) A obra restou inacabada, embora involuntariamente, pois Graciliano morreu antes de concluir o último capítulo.

3-3) Em Memórias do Cárcere, o autor, apesar de deter-se em dados de sua trajetória pessoal, como prisioneiro, realiza uma síntese entre sua visão individual e a visão social da época.

4-4) Seu texto é realista, áspero, sem ser planfetário, vazado em linguagem precisa, despojada e correta conforme os cânones da norma padrão.

Resposta: VFVVV Justificativa: 0-0), 2-2), 3-3) e 4-4). Verdadeiros. A narrativa é autobiográfica, ficou inacabada, apresenta uma síntese entre a visão individual e a social dos acontecimentos. Sua linguagem reflete sua preocupação com a correção gramatical. 1-1) Falso. A obra não relata os episódios do regime militar de 64 e, sim, do regime de Getúlio Vargas, de 37.

12. Analise os poemas abaixo e considere as proposições a seguir:

A casa Dentro da casa em que nasceste és tudo... Como tudo é feliz, no fim do dia, Quando voltas das aulas e do estudo! Aqui deves entrar como num templo. Com a alma pura, e o coração sem susto: Aqui recebes da Virtude o exemplo. Aqui aprendes a ser meigo e justo. Ama esta casa! Pede a Deus que a guarde, Pede a Deus que a proteja eternamente! Porque talvez, em lágrimas, mais tarde, Te vejas, triste, desta casa ausente...

(Olavo Bilac)

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A casa Era uma casa/Muito engraçada Não tinha teto/Não tinha nada Ninguém podia/Entrar nela não Porque na casa/Não tinha chão Ninguém podia/Dormir na rede Porque na casa/Não tinha parede Ninguém podia/Fazer pipi Porque penico/Não tinha ali Mas era feita/Com muito esmero Na rua dos Bobos/Número Zero.

(Vinícius de Moraes). 0-0) Olavo Bilac e Vinícius de Moraes assumem,

nos poemas, perspectivas condizentes com os movimentos literários que representam.

1-1) Enquanto Bilac chega a quase sacralizar o ambiente doméstico, Vinícius o percebe na dimensão prosaica e episódica do cotidiano.

2-2) O poema de Vinícius idealiza a “casa” como um lugar perfeito, acolhedor e seguro, enquanto o poema de Bilac descarta qualquer sensação de segurança a respeito da “casa”.

3-3) No poema de Bilac, observa-se um tom didático e moralista. O uso dos imperativos e a ameaça velada de uma tristeza futura tencionam educar a criança, pela obediência e pelo medo, para atitudes positivas de amor e respeito à família.

4-4) No poema de Vinícius, mais do que a intenção educativa, destaca-se, no lirismo dos versos, a leveza e o bom-humor.

Resposta: VVFVV Justificativa: 0-0) Verdadeiro. Os poetas, cada um a seu modo,

assumem, nos poemas, a perspectiva e a forma próprias dos movimentos literários a que pertencem.

1-1) Verdadeiro. Bilac chega a falar em “templo”, em seu poema. Vinícius, ao contrário, concentra-se nos aspectos, de fato, bem prosaicos do “ambiente doméstico.”

2-2) Falso. O poema que idealiza a “casa” é o de Bilac. O de Vinícius não transmite nenhuma sensação de segurança: a “casa” não tem chão, nem teto, nem paredes.

3-3) Verdadeiro. O poema de Bilac apresenta um tom didático e moralista.

4-4) Verdadeiro. O poema de Vinícius apresenta, em um tom bastante leve, lirismo e bom-humor.

13. O texto abaixo, publicado recentemente, reflete uma opinião do autor sobre as correntes que marcaram o início do Modernismo no Brasil. Com base nesse tema e no fragmento apresentado, analise as proposições a seguir.

“No campo cultural, o colonialismo interno decretou que foi a Semana de Arte Moderna de 22, em São Paulo, que iniciou a modernização das diversas expressões culturais do país. José Lins do Rego e outros escritores que não têm nada a ver com a promoção, são colocados como caudatários dos ricaços paulistas desocupados que a fizeram.”

(Juracy Andrade. JC. Caderno Opinião, 14/08/2004).

0-0) Pelo texto se pode admitir que a corrente do Romance Regionalista, da qual José Lins do Rego faz parte, é cronologicamente anterior à Semana de Arte Moderna.

1-1) A Semana de Arte Moderna e o Romance Regionalista tiveram objetivos, forma e conteúdo bem diversificados. Enquanto o Romance tendia para o rural e o regional e era engajado nos problemas sociais, a Semana foi elaborada sob o domínio de doutrinas européias mal assimiladas.

2-2) A Semana de Arte Moderna e o Romance Regionalista têm em comum, a renovação estética, a busca de uma expressão nacional, numa linguagem que se aproxima do coloquialismo e do estilo simples.

3-3) Mário de Andrade julgava que a Semana de Arte Moderna não tinha alcançado plenamente seus objetivos, embora reconhecesse que ela proporcionou a estabilização da consciência criadora nacional, a atualização de pesquisas e da criação estética e um maior contato com as vanguardas européias.

4-4) A valorização do pioneirismo da Semana de Arte Moderna, em detrimento do Romance Regional, é chamado pelo autor do fragmento acima de “colonialismo interno”, uma vez que não considera expressões literárias produzidas em outras regiões do Brasil, como, por exemplo, o Romance Regional de 30.

Resposta: FVVVV Justificativa: 1-1), 2-2), 3-3) e 4-4) Verdadeiros, pois, além de corresponderem aos fatos, estão respaldadas pelo texto. 0-0) Falso. O Romance de 30 foi cronologicamente posterior à Semana de Arte Moderna de 22.

14. Sobre as antologias poéticas de Manuel Bandeira, considere as observações a seguir.

0-0) Estrela da Vida Inteira reúne a produção poética de Bandeira, incluindo Mafuá do Malungo, coletânea de poemas folclóricos sobre os pregões de ruas recifenses.

1-1) A referência às estrelas é freqüente na obra de Bandeira, tanto nos versos (“Vi uma estrela tão alta/Vi uma estrela tão fria!”), como nos títulos de antologias (Estrela da Manhã, Estrela da Tarde, Estrela da Vida Inteira) e sempre simboliza algo inacessível, distante, mas que lhe serve de guia.

2-2) “Quero a solidão dos píncaros/a rosa que floresceu/a luz da primeira estrela.” A conjugação ‘rosa/estrela’ sugere um equilíbrio de contrários: enquanto a rosa está ao alcance da mão, a estrela está distante. Sua poesia conciliou, assim, os opostos, transformando o cotidiano em elemento de lirismo intenso.

3-3) “Quando a Indesejada das gentes chegar (Não sei se dura ou caroável)/Talvez eu tenha medo.” Um dos temas freqüentes em Bandeira é a morte; tema que ele aborda com desespero e inconformismo, numa linguagem lamentosa e dramática.

Page 8: Literatura - Colégio Núcleo · são feitas a seguir. (O nascimento de Vênus , ... no fragmento abaixo. Considerando esse fragmento e marcas da escola ... e os comentários que

4-4) A arte de Bandeira pode ser considerada uma arte menos valiosa, conforme a própria afirmação do poeta: “Sou poeta menor, perdoai!”

Resposta: FVVFF Justificativa: 1-1) e 2-2).Verdadeiros. As opções trazem dados que condizem com aspectos da produção poética de Bandeira. 0-0), 3-3) e 4-4). Falsos. Mafuá do Malungo não é uma coletânea de poemas folclóricos; o tom da poesia de Bandeira sobre a morte é de aceitação. Bandeira não foi um poeta menor. Essa alusão é apenas um recurso poético.

15. Carlos Drummond de Andrade, cujo primeiro sucesso literário foi o controvertido (na época) poema “No meio do caminho tinha uma pedra”, escreveu depois a coletânea Sentimento do Mundo, sobre a qual é correto afirmar:

0-0) esta é a coletânea de poesias de 1935 a 1940, poemas escritos, pois, nos tempos conturbados da Segunda Guerra Mundial.

1-1) a coletânea corresponde à época em que o poeta renunciou à ironia e mostrou-se solidário com a humanidade.

2-2) entre os poemas que se referem a esta época, estão: Congresso Internacional do Medo, Os ombros suportam o mundo e Mãos Dadas.

3-3) Confidências de um Itabirano é uma ode ufanista, segundo os padrões parnasianos, à sua cidade natal: “Itabira é apenas uma fotografia na parede, mas como dói!”

4-4) Em Dentaduras Duplas, o poeta ironiza os recursos da modernidade, pois utiliza um tema prosaico, em linguagem mesclada de termos cotidianos e técnicos e uma visão metafísica dos problemas do homem: “Dentaduras duplas! Inda não sou bem velho para merecer-vos.”

Resposta: VVVFV Justificativa: 0-0), 1-1) 2/2) e 4-4) Verdadeiros. Os poemas remetem ao tempo da Segunda Guerra Mundial. A proposição 4-4) aborda corretamente o tema, a linguagem e reconhece o tom irônico do poema lembrado. 3-3) Falso. O poema não tem tom ufanista nem é parnasiano na forma.

16. Ariano Suassuna declarou em várias ocasiões que uma das grandes influências na sua obra havia sido Os Sertões, de Euclides da Cunha. Sobre aspectos das obras destes dois escritores, analise as proposições abaixo.

0-0) Euclides da Cunha, procurando explorar o panorama físico, social e humano do sertão brasileiro, usa um estilo rebuscado e brilhante, com palavras de cunho literário e científico. Compõe, assim, uma narrativa dramática, dinâmica e detalhista.

1-1) Ariano cria diálogos vivos e naturais, com léxico regional e construções coloquiais. Mesmo na comicidade das situações, o autor denuncia as dificuldades de vida do sertanejo.

2-2) Os pontos de contato entre ambos os autores estão situados, sobretudo, na tematização do sertão e no respeito com que ambos tratam o sertanejo, seu sofrimento e o abandono em que vivem as populações no interior nordestino.

3-3) Antônio Conselheiro (Os Sertões), assim como os personagens do teatro de Ariano, são personagens de ficção que defendem o império.

4-4) Os Sertões (1902) representa o marco inicial na percepção da realidade sócio-histórica brasileira e alia romance e jornalismo (o romance-reportagem), aspecto em que, atualmente, também se sobressai Ariano Suassuna.

Resposta: VVVFF Justificativa: 0-0),1-1) e 2-2) Verdadeiros. Os estilos dos dois escritores diferem bastante, pois enquanto Euclides busca o erudito, Ariano se apóia no popular. Mas ambos têm como tema a vida difícil e dura do sertanejo, só que em épocas históricas diferentes e com abordagens em diferentes tons: enquanto a narração de Euclides é trágica, a de Ariano é cômica. 3-3) e 4-4) Falsos. O personagem Antônio Conselheiro, de Os Sertões, é real e faz parte da nossa história. Ariano não se dedicou ao romance reportagem.