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LISTA DE EXERCÍCIOS PARA RECUPERAÇÃO 1 1º semestre Nome: 2º ano / Ensino Médio Turma: Disciplina(s): Português Data: Professor(a): Janaina Duque ___________________________________________________________________________________________________ O texto abaixo corresponde às questões de 01 a 06. Segundo pesquisas recentes, a maioria das brasileiras quer realizar-se por meio do trabalho. Para elas, nosso tempo é aquele de novos desafios. Como vencê-los, se o mundo profissional parece-nos uma verdadeira “guerra dos sexos”? Penso que no Brasil as mulheres estão mais preocupadas em questionar e interrogar sua identidade do que em opor-se aos homens. Para nós é mais importante estruturar o futuro, nossa relação com a família e o trabalho do que polarizar debates com companheiros, pais e irmãos. [...] A mulher brasileira trabalha há centenas de anos. Nos primórdios da colonização, elas foram fazendeiras, comerciantes, lavadeiras, escravas. Nas primeiras décadas do século XX, grande parte do proletariado era constituída por mulheres. [...] Nos anos 1970, a integração de mulheres em grupos comunitários resultou na participação em comissões jurídicas e políticas que passaram a atuar para ampliar e melhorar suas condições de vida nas grandes cidades. Elas participaram também do processo de elaboração da Constituição de 1988, quando vários direitos relativos à vida e ao trabalho feminino foram definidos e melhorados. Apesar de subsistirem problemas (segregação ocupacional por preconceito racial, disparidades salariais e menor participação feminina nas associações de categorias profissionais, entre outras) as mulheres vêm obtendo progressivamente uma igualdade de reconhecimento, se não de direitos, com os homens. A conquista da autonomia profissional, a evolução dos modelos familiares e o controle da procriação transformaram sua imagem e situação social. A presença feminina afirmou-se notadamente no mundo do trabalho e, desde os anos 1980, o crescimento da população ativa deve muito às mulheres; tudo indica que essa progressão se conserva apesar do desemprego. Estudos demonstram, contudo, a persistência de profundas desigualdades entre os dois sexos: desigualdade econômica, política ou de acesso aos postos de poder. Dentro dos casais, a partilha de tarefas ainda é uma doce utopia; as mulheres consagram-se três vezes mais que seus companheiros às atividades domésticas. (Mary Del Priore, Histórias do cotidiano. São Paulo: Contexto, 2001, p. 86-87) 01. O assunto em torno do qual se desenvolve o texto é: (A) a garantia dos direitos constitucionais à mulher que trabalha. (B) a convivência, no mercado de trabalho, entre homens e mulheres. (C) a importância e a extensão do trabalho feminino na época colonial. (D)) a situação e a participação da mulher no mercado de trabalho. (E) a exigência de qualificação num mercado altamente competitivo. 02. O texto salienta o fato de que as mulheres (A)) permanecem ainda submetidas a formas de discriminação no mercado de trabalho, apesar de terem ocorrido avanços tanto no campo pessoal quanto no social.

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LISTA DE EXERCÍCIOS PARA RECUPERAÇÃO 1

1º semestre

Nome: Nº

2º ano / Ensino Médio Turma: Disciplina(s): Português

Data: Professor(a): Janaina Duque

___________________________________________________________________________________________________

O texto abaixo corresponde às questões de 01 a 06.

Segundo pesquisas recentes, a maioria das brasileiras quer realizar-se por meio do trabalho. Para elas, nosso

tempo é aquele de novos desafios. Como vencê-los, se o mundo profissional parece-nos uma verdadeira “guerra dos

sexos”? Penso que no Brasil as mulheres estão mais preocupadas em questionar e interrogar sua identidade do que em

opor-se aos homens. Para nós é mais importante estruturar o futuro, nossa relação com a família e o trabalho do que

polarizar debates com companheiros, pais e irmãos. [...]

A mulher brasileira trabalha há centenas de anos. Nos primórdios da colonização, elas foram fazendeiras,

comerciantes, lavadeiras, escravas. Nas primeiras décadas do século XX, grande parte do proletariado era constituída por

mulheres. [...] Nos anos 1970, a integração de mulheres em grupos comunitários resultou na participação em comissões

jurídicas e políticas que passaram a atuar para ampliar e melhorar suas condições de vida nas grandes cidades. Elas

participaram também do processo de elaboração da Constituição de 1988, quando vários direitos relativos à vida e ao

trabalho feminino foram definidos e melhorados.

Apesar de subsistirem problemas (segregação ocupacional por preconceito racial, disparidades salariais e menor

participação feminina nas associações de categorias profissionais, entre outras) as mulheres vêm obtendo

progressivamente uma igualdade de reconhecimento, se não de direitos, com os homens. A conquista da autonomia

profissional, a evolução dos modelos familiares e o controle da procriação transformaram sua imagem e situação social. A

presença feminina afirmou-se notadamente no mundo do trabalho e, desde os anos 1980, o crescimento da população

ativa deve muito às mulheres; tudo indica que essa progressão se conserva apesar do desemprego. Estudos demonstram,

contudo, a persistência de profundas desigualdades entre os dois sexos: desigualdade econômica, política ou de acesso

aos postos de poder. Dentro dos casais, a partilha de tarefas ainda é uma doce utopia; as mulheres consagram-se três

vezes mais que seus companheiros às atividades domésticas.

(Mary Del Priore, Histórias do cotidiano. São Paulo: Contexto, 2001, p. 86-87)

01. O assunto em torno do qual se desenvolve o texto é:

(A) a garantia dos direitos constitucionais à mulher que trabalha.

(B) a convivência, no mercado de trabalho, entre homens e mulheres.

(C) a importância e a extensão do trabalho feminino na época colonial.

(D)) a situação e a participação da mulher no mercado de trabalho.

(E) a exigência de qualificação num mercado altamente competitivo.

02. O texto salienta o fato de que as mulheres

(A)) permanecem ainda submetidas a formas de discriminação no mercado de trabalho, apesar de terem ocorrido avanços

tanto no campo pessoal quanto no social.

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(B) parecem estar mais sujeitas ao desemprego do que os homens, em razão de sua menor resistência às pesadas

condições do trabalho operário.

(C) assumiram, desde o período colonial, posição de destaque no mundo do trabalho, opondo-se ao predomínio dos

homens e equiparando-se a eles.

(D) estão mais voltadas para os afazeres pessoais, valorizando o relacionamento familiar mais do que as precárias

condições de trabalho fora do lar.

(E) continuam trabalhando em atividades pouco reconhecidas, especialmente pela sociedade brasileira, onde prevalecem

valores masculinos.

03. Considere as seguintes afirmativas a respeito do texto:

I. A mulher brasileira volta-se cada vez mais para o mercado de trabalho, com presença marcante nesse universo, o qual,

porém, conserva características acentuadamente masculinas.

II. A possibilidade de planejar o número de filhos constitui um dos fatores de mudanças na condição social e econômica da

mulher, permitindo-lhe o trabalho fora do lar.

III. A participação feminina no mercado de trabalho ocorreu a partir da possibilidade de divisão das atividades domésticas,

em igualdade de condições com os homens.

Está correto o que se afirma em:

(A) I, somente.

(B) III, somente.

(C)) I e II, somente.

(D) II e III, somente.

(E) I, II e III.

04. ... e, desde os anos 1980, o crescimento da população ativa deve muito às mulheres ... (meio do 3o parágrafo)

O sentido correto do segmento grifado acima está reproduzido, em outras palavras, da seguinte forma:

(A) o desemprego atinge, na maioria das vezes, preferencialmente, a mão-de-obra feminina.

(B) a mão-de-obra feminina apresenta maior qualificação profissional do que a dos homens.

(C) as mulheres exercem um maior número de funções, no trabalho, do que os homens.

(D)) as mulheres passaram a constituir grande parte da força de trabalho.

(E) o crescimento do número de trabalhadores no mercado de trabalho desconsidera as mulheres.

05. ... que passaram a atuar para ampliar e melhorar suas condições de vida nas grandes cidades. (final do 2o parágrafo)

O pronome grifado na frase acima substitui, no texto, a expressão:

(A) de vários direitos.

(B)) das mulheres.

(C) das grandes cidades.

(D) dos grupos comunitários.

(E) das comissões políticas e jurídicas.

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06. (segregação ocupacional por preconceito racial, disparidades salariais e menor participação feminina nas associações

de categorias profissionais, entre outras) (início do 3o parágrafo)

O segmento entre parênteses isola, no contexto:

(A) informação desnecessária, por estar prevista anteriormente.

(B) repetição, para dar mais ênfase à afirmativa que o precede.

(C) citação de termos técnicos referentes ao assunto abordado.

(D) interrupção intencional, para introduzir uma afirmativa importante no contexto.

(E)) enumeração que especifica um termo anterior a ele.

07. Há palavras escritas de modo INCORRETO na frase:

(A)) A transmisção de conhecimentos ao trabalhador tem buscado a excelência da mão-de-obra, ezigida pelo uso intensivo

da tecnologia no sistema de produção.

(B) Subsídios destinados a determinados setores agrícolas, em diversos países, garantem a safra de alimentos necessários

à população.

(C) Várias empresas e organizações aplicam recursos direcionados à preparação e aperfeiçoamento de mão-de-obra

especializada.

(D) A industrialização trouxe como consequência o inchaço populacional dos centros urbanos, devido à facilidade de acesso

a serviços essenciais.

(E) Atualmente, o domínio da informática oferece possibilidade de empregos, com a consequente inserção social, à

população desassistida das grandes cidades.

Texto I

A ***

Falo a ti – doce virgem dos meus sonhos,

Visão dourada dum cismar tão puro,

Que sorrias por noites de vigília

Entre as rosas gentis do meu futuro.

Tu m’inspiraste, oh musa do silêncio,

Mimosa flor da lânguida saudade!

Por ti correu meu estro ardente e louco

Nos verdores febris da mocidade.

Tu, que foste a vestal dos sonhos d’ouro,

O anjo-tutelar dos meus anelos,

Estende sobre mim as asas brancas...

Desenrola os anéis dos teus cabelos!

(20/08/1859)

(ABREU, Casimiro. Obras. Rio de Janeiro: MEC, 1955, p. 49-50.)

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Vocabulário:

estro = imaginação criadora

vestal = mulher casta ou virgem

anelo = desejo ardente

08 - O eu-lírico no texto I se dirige a uma mulher com características específicas.

A alternativa em que se atribuem à mulher características semelhantes às definidas nesse texto é:

(A) “Pra distrair minhas mágoas / Namoro e toco vitrola.” (Murilo Mendes)

(B) “É um característico do século: a mulher está perdendo a superstição do homem.” (Machado de Assis)

(C) “Não creias, não, mulher: ele te engana! / As lágrimas são galas da mentira” (J. Manuel de Macedo)

(D) “Eu senti-a tremer, e a transluzir-lhe / nos olhos negros a alma inocentinha” (Álvares de Azevedo)

(E) " A mulher brasileira trabalha há centenas de anos." (Mary Del Priore)

Texto II

Sempre que se agita esta questão das reivindicações femininas, escovam-se os velhos chavões, e, com um grande

ar de importância, os filósofos decidem sem apelação que a mulher não pode ser mais do que o anjo do lar, a vestal

encarregada de vigiar o fogo sagrado, a depositária das tradições da família... e das chaves da despensa. Todo esse

dispêndio de palavras inúteis serve apenas para encobrir a fealdade da única razão séria que podemos apresentar contra

as pretensões das mulheres: o nosso egoísmo, o receio que temos de que nos despojem das nossas prerrogativas

seculares – o medo de perder as posições, as regalias, as honras que o preconceito bárbaro confiou exclusivamente ao

nosso século. Compreende-se: quem se habituou a empunhar o bastão do comando não se resigna facilmente a passá-lo a

outras mãos: é mais fácil deixar a vida do que deixar o poder.

(18/08/1901)

(BILAC, Olavo. Vossa Insolência. São Paulo: Cia. das Letras, 1997, p. 313.)

09 - O narrador do texto II critica o papel atribuído à mulher em nossa sociedade.

Dos trechos abaixo, o único que corresponde ao papel criticado é:

(A) “Ser mulher, e oh! atroz, tantálica tristeza! / ficar na vida qual uma águia inerte, presa / nos pesados grilhões dos

preceitos sociais!” (Gilka Machado)

(B) “Eu não tinha este rosto de hoje, / assim calmo, assim triste, assim magro, / nem estes olhos tão vazios, / nem o lábio

amargo.” (Cecília Meireles)

(C) “Já agora as feministas venceram radicalmente e não há profissão masculina que elas não ataquem e onde não

vençam.” (Rachel de Queiroz)

(D) “É com um pouco de pudor que sou obrigada a reconhecer que o que mais interessa à mulher é o homem.” (Clarice

Lispector)

(E) " A conquista da autonomia profissional, a evolução dos modelos familiares e o controle da procriação transformaram

sua imagem e situação social." (Mary del Priore)

10 - O narrador do texto II expressa a seguinte opinião a respeito da mulher:

(A) Sua função consiste em proteger o lar e as tradições.

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(B) Suas aspirações coincidem com as prerrogativas seculares do homem.

(C) Suas pretensões esbarram na resistência do homem a abrir mão do poder.

(D) Seu papel limita-se ao de mulher casta encarregada das coisas domésticas.

(E) Suas aspirações não estão claras ao longo desses anos.

Texto III

O mal de Isaías é ser ambíguo. Ser e não-ser. Não é índio, nem cristão. Não é homem, nem deixa de ser, coitado.

Ser dois é não ser nenhum. Mas está acima de suas forças. Ele não pode deixar de participar de um nós comigo que é

excludente dos mairuns e que quase me ofende. Também não pode sentir consigo mesmo que ele é apenas um mairum

entre os outros. O pobre não pára de escarafunchar a cuca, se aclarando e se confundindo cada vez mais. Este casamento

com Inimá. Será que ele gosta dela? (...)

Outro dia fiquei muito tempo atrás dele, no pátio, confundida com toda gente que se junta ali, na hora do pôr do

sol, para comer e conversar. Vi bem que ele não falava com ninguém e que ninguém falava com ele. Nem Inimá. Ouvi

depois, ouvi bem que ele murmurava sozinho. Cheguei mais perto e ouvi melhor; era uma ladainha em latim, como as de

meu pai:

Tra-lá-lá, ora pro nobis

Tre-lé-lé, ora pro nobis

Vamos ver se, agora de noite, nesse balanço de rede, eu me esqueço dos outros para pensar em mim. Preciso me

concentrar no meu problema. Tentei pensar o dia inteiro, sem conseguir. Há dias que é assim. Até parece que já não sou

capaz. Será a gravidez que me deixa lânguida? De onde virá essa lassidão? Estou grávida e não sei de quem. Vou parir

aqui entre os mairuns, este é o problema. Se problema existe, porque isto bem pode ser uma solução. Com um filho

crescendo mairum eu não me integraria mais nesse mundo que eu quero fazer meu? Ser a mãe de fulaninho não será para

mim como para um homem ser o pai de fulano? Os homens aqui mudam de nome quando têm um filho homem. Maxihú é

o pai de Maxi. Teró por muito tempo foi Jaguarhú. Eu seria Iuicuihí se minha filha se chamasse Iuicui? Ou Mairahú se meu

filho pudesse chamar-se Maíra? Será que pode? Melhor é que seja menina: Iuicui.

(RIBEIRO, Darcy. Maíra. Rio de Janeiro: Record, 1990, p. 372-3.)

11 - É possível identificar que o narrador do texto III é uma mulher, porque:

(A) ao empregar a desinência número-pessoal nos verbos, confirma a presença da narradora.

(B) por declarar-se indígena, participa de um nós com a personagem mulher.

(C) sempre que cita o personagem Isaías, critica a instituição do casamento.

(D) quando se refere a si próprio, usa o gênero feminino.

(E) por apenas não aparecer nenhum indício masculino.

12 - O emprego do adjetivo “coitado” (texto III), referindo-se a Isaías, tem relação com o seguinte fato:

(A) Isaías não é índio nem cristão.

(B) Inimá está grávida dele.

(C) Isaías é um ser mítico.

(D) Inimá não gosta dele.

(E) Há total ironia.

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13 - Os homens aqui mudam de nome quando têm um filho homem. Maxihú é o pai de Maxi. Teró por muito tempo foi

Jaguarhú. Eu seria Iuicuihí se minha filha se chamasse Iuicui? Ou Mairahú se meu filho pudesse chamar-se Maíra? Será

que pode?” (texto III)

Levando em conta apenas os substantivos próprios citados no trecho, é possível entender que, na língua dos mairuns, o

novo nome do pai de um filho homem contém:

(A) o nome da criança seguido do morfema - hí

(B) o nome do filho seguido do morfema - hú

(C) o nome da mãe seguido do morfema - hí

(D) o nome do pai seguido do morfema - hú

14 -

“Mimosa flor da lânguida saudade!” (texto I - verso 6)

“Será a gravidez que me deixa lânguida?” (texto III)

Observe os significados dados no Dicionário Aurélio Eletrônico, versão 2.0, para o verbete “lânguido”:

LÂNGUIDO: adj.

1. Sem forças; sem energia; frouxo, fraco, abatido, debilitado, extenuado, langoroso.

2. Mórbido, doentio.

3. Voluptuoso, sensual, langoroso.

O significado desse adjetivo, nos dois trechos transcritos, é, respectivamente:

(A) voluptuosa - doentia

(B) sensual - extenuada

(C) frouxa - debilitada

(D) abatida - mórbida

(E) Abatida - fraca

15 - Embora exista a possibilidade de se fazerem diferentes combinações no posicionamento das palavras, a organização

dos termos numa oração pode ser fator determinante para a sua compreensão.

Nos trechos abaixo, se as palavras sublinhadas tivessem sido invertidas, somente haveria modificação do sentido

original na seguinte estrutura:

(A) “Por ti correu meu estro ardente e louco” (texto I)

(B) “Estende sobre mim as asas brancas ...” (texto I)

(C) “é mais fácil deixar a vida do que deixar o poder” (texto II)

(D) “Outro dia fiquei muito tempo atrás dele” (texto III)

(E) NDA

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16 -

“ladainha em latim” (texto III)

A locução adjetiva sublinhada na expressão acima poderia ser substituída pelo adjetivo cognato latina, mantendo-se o

sentido original.

O mesmo ocorre em:

(A) “flor da saudade” (texto I) = saudosa

(B) “anjo do lar” (texto II) = tutelar

(C) “tradições da família” (texto II) = familiares

(D) “pretensões das mulheres” (texto II) = femininas

(E) NDA

17 - Identifique o item em que os numerais estão corretamente empregados.

a) Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro.

b) Após o parágrafo nono vierá o parágrafo décimo.

c) Depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo primeiro.

d) Antes do artigo dez vem o artigo nono.

e) O artigo vigésimo segundo foi revogado.

18 - O autor de D. Casmurro afirma que "José Dias amava os superlativos. Era um modo de dar feição monumental às

ideias".

Dentre os vários superlativos empregados por José Dias, assinle a única alternativa em que ocorre um emprego não

previsto pela gramática normativa:

a) "Se soubesse, não teria falado, mas falei pela veneração, pela estima, pelo afeto, para cumprir um dever amargo,

amaríssimo..."

b) "Que ideias é essa? O estado dela é gravíssimo, mas não é mal de morte, e Deus pode tudo."

c) "Sua mãe é uma santa, seu tio é um cavalheiro perfeitíssimo."

d) "...porque ela é um anjo, anjíssimo..."

e) "Oh! As leis são belíssimas."

19 - Leia, atentamente, o trecho extraído de Memórias Póstumas de Brtás Cubas, abaixo transcrito:

"(...) a primeira é que eu não sou propiramente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi um

berço (...)"

Identifique a classificação morfológica de autor e de defunto:

I - No primeiro caso, autor é substantivo e defunto é adjetivo.

II - No segundo caso, defunto é substantivo e autor é adjetivo.

III - Em ambos os casos, temos substantivos compostos.

Agora, identifique a alternativa correta:

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a) I e II estão corretas.

b) II e III estão corretas.

c) I e III estão corretas.

d) todas estão corretas.

e) todas estão incorretas.

20 - Indique o erro quanto ao emprego do artigo.

a) Em certos momentos, as pessoas mais corajosas se acovardam.

b) Em certos momentos, pessoas as mais corajosas se acovardam.

c) Em certos momentos, as mais corajosas se acovardam.

d) Em certos momentos, as pessoas as mais corajosas se acovardam.

e) Em certos momentos, acovardam-se as pessoas mais corajosas.

Um pé de milho

Os americanos, através do radar, entraram em contato com a Lua, o que não deixa de ser emocionante. Mas o

fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho. Aconteceu que, no meu quintal, em um monte de

terra trazida pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que podia ser um pé de capim - mas descobri que era um pé de milho.

Transplantei-o para o exíguo canteiro da casa. Secaram as pequenas folhas; pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu.

Quando estava do tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que aquilo era capim. Quando

estava com dois palmos, veio um outro amigo e afirmou que era cana.

Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança suas

folhas além do muro e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto

centenas de milharais - mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um canteiro espremido, junto do portão, numa

esquina de rua - não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e

suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas - mas na lógica de seu crescimento, tal

como vi numa noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, de crinas ao vento e em outra madrugada,

parecia um galo cantando.

Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho

pendoou. Há muitas flores lindas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas aquele pendão firme, vertical,

beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que me fazem bem. É

alguma coisa que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. Eu não sou mais um

medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da rua Júlio de Castilhos.

BRAGA, Rubem. 200 crônicas escolhidas. 27. ed. Rio de Janeiro: Record, 2007. p. 77.

21 O primeiro parágrafo do texto traz duas pistas que o relacionam ao contesto de produção típico da crônica.

Identifique-as.

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22 No segundo parágrafo da crônica, o que a sequência de acontecimentos narrados parece querer demonstrar?

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23 No terceiro parágrafo, o narrador afirma que nunca havia visto um pé de milho. Tendo em vista a explicação que

sucede essa afirmação, como pode ser entendido o sentido da palavra ver nesse contexto?

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24 No último parágrafo do texto, o narrador comenta o nascumento de um pendão no pé de milho. Por que ele faz uma

ressalva sobre a beleza da flor?

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25 O narrador encerra a crônica com uma avaliação a respeito do impacto do pé de milho sobre sua vida.

a) De que maneira o narrador valora o trabalho do cronista ao refletir refletir sobre esse impacto?

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b) Essa valoração encerra, em alguma medida, uma contradição. Explique por quê.

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26 Vários adjetivos foram empregados no texto. Em alguns desses casos, eles estão ao lado dos substantivos, ora

pospostos, ora antepostos a ele. Responda aos itens a seguir, observando os efeitos de sentido relacionados a essa

colocação.

a) "Sou um ignorante, um poibre homem da cidade." O que o adjetivo pobre expressa nesse enunciado? Qual seria o seu

sentido se ele fosse colocado após o substantivo homem?

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b) "Secaram as pequenas folhas, pensei que fosse morrer." Além da menção à dimensão, que outro sentido o adjetivo

pequenas acrescenta ao substantivo folhas na crônica?

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c) "Transplantei-o para o exíguo canteiro na frente da casa." Qual seria a mudança de efeito de sentido se o adjetivo

exíguo fosse colocado após o substantivo canteiro?

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d) Com relação aos exemplos a seguir, identifique, em cada um, se a anteposição do adjetivo ao substantivo criou um

efeito de sentido semelhante aos percebidos nos enunciados dos itens a, b ou c.

I - "Sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilho."

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II - "Ele cresceu, está com dois metros [...] e é um esplêndido pé de milho."

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III - "Meu pé de milho é um belo gesto da terra."

___________________________________________________________________________________________________

IV - "Eu não sou mais um [...] homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever."

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27 O anúncio a seguir é uma iniciativa do Conselho Federal de Enfermagem.

Cumprimentamos os mais de 1 milhão e trezentos mil Profissionais de Enfermagem pelo seu dia. E, pelo jeito, esse número vai aumentar.

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a) Qual é a principal informação que ele privilegia ao cumprimentar os profissionais de enfermagem pelo seu dia?

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b) Como o leitor poderia entender a primeira frase se o artigo os fosse omitido?

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c) Por que , segundo a propaganda, o número de profissionais de enfermagem vai continuar aumentando?

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28 Avalie as frases a seguir.

I - Um erro pode ajudar alguém a crescer.

II - O erro pode ajudar alguém a crescer.

Embora seja possível atribuir às duas frases o sentido de que, em geral, os erros cometidos podem ser fonte de

aprimoramento, também é possível apontar diferença de sentido entre as frases. Explique a diferença, associando-a ao uso

dos artigos.

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29 Em qual das opções há uma análise errada quanto à variação nominal?

a) homem – mulher: substantivos que indicam oposição semântica de sexo através de vocábulos distintos.

b) jornalista – amante: substantivos com uma só forma para os dois gêneros.

c) o rapaz alemão – a moça alemã: adjetivos cujo plural apresenta grafia e pronúncia iguais.

d) muito frio – friíssimo: formas do superlativo absoluto, o analítico e o sintético.

e) vice-diretor – beija-flor: compostos cuja flexão de plural só ocorre no segundo elemento.

30 Comente as diferenças gramaticais decorrentes das alterações efetuadas nas expressões retiradas do texto: “poeta

sórdido” / sordidez do poeta & “leitor satisfeito” / satisfação do leitor.

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31 Assinale a alternativa que contém uma locução adjetiva:

a) Esta é a torneira de água fria.

b) Ele é um homem muito corajoso.

c) “... até que a família pendura o quadro na parede.”

d) “... e diferiria o castigo de um dia para outro.”

e) “O que se passava entre mim e Capitu naqueles dias sombrios, não se notará aqui.”

32 “Fogem a galope os ANJOS-AVIÕES”

A flexão no plural de ambos os elementos da composição também ocorre no seguinte vocábulo:

a) pé-de-moleque

b) guarda-chuva

c) sempre-viva

d) verde-amarelo

e) sócio-econômico

33 Marque o item que apresenta um adjetivo no grau superlativo absoluto analítico:

a) Ele é um dos mais inteligentes alunos da Escola.

b) A cerveja está geladíssima.

c) O problema da dívida externa é tão importante quanto o achatamento salarial.

d) A cerimônia de formatura a que assistimos foi linda linda.

e) Naquela festa, o aluno parecia mais desinibido que o irmão.

34 Assinale a opção em que a inversão da ordem dos termos provoca, ao mesmo tempo, alteração de sentido e mudança

de classe gramatical

a) Consideravam-no um homem santo

Consideravam-no um santo homem.

b) Tratava-se de um acordo comum.

Tratava-se de um comum acordo

c) Era, sem dúvida, um grande homem.

Era, sem dúvida, um homem grande

d) Encontramos vários deputados na Câmara

Encontramos deputados vários na Câmara

e) Tinha sido puro capricho de menina

Tinha sido capricho puro de menina

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N o m e : T u r m a : P á g i n a |

13

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35 Leia a seguinte tira.

Calvin

Bill Watterson

a) Calvin enumera suas vitórias para o pai, que o ouve distraído, enquanto lê. O que se observa em sua fala?

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b) Escreva os numerais que aparecem no segundo quadrinho e, se for o caso, as palavras a que eles se referem.

Classifique-os.

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c) Você observou que o numeral primeirão foi empregado no grau aumentativo, e o adjetivo estadual o caracteriza. Que

substantivo o numeral substitui?

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36 O texto a seguir faz parte de uma reportagem da revista Época sobre o desenvolvimento do cérebro em

uma criança. Leia um trecho do que foi publicado.

O cérebro do bebê

A arquitetura cerebral é moldada principalmente no primeiro ano de vida. Por isso, os estímulos recebidos nessa fase são

tão importantes

Quando o bebê nasce, o cérebro pesa pouco mais de 300 gramas. Nessa fase, estruturas internas responsáveis

pelas funções vitais e reflexos inatos são mais ativas. Até 1 ano de idade, o cérebro vai triplicar de tamanho. Aos poucos,

ele vai criando “caminhos” para a informação, pelas conexões de neurônios. Quanto mais novo, menos estruturado é o

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cérebro. A própria falta de caminhos bem desenhados dá ao bebê mais maleabilidade: ele tem mais ligações entre áreas

diversas do cérebro, e por isso assimila informações com muito mais facilidade. O cérebro do bebê também tem menos

substâncias que inibem a transmissão de informações — o que facilita prestar atenção em muitas coisas ao mesmo tempo.

Época. São Paulo: Globo, p. 83, 10 ago. 2009.

a) Como o texto explica as condições de aprendizagem dos bebês?

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b) Explique o emprego dos pronomes demonstrativos nestas frases do texto:

• “Nessa fase, estruturas internas responsáveis pelas funções vitais...”

• “... e por isso assimila informações com muito mais facilidade.”

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c) Observe que esses pronomes demonstrativos (nessa e isso) funcionam como elementos coesivos do texto. Como essa

coesão ocorre?

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d) No texto, o pronome pessoal ele foi empregado em dois momentos diferentes. Que substantivos eles substituem?

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e) Releia esta frase: “A própria falta de caminhos bem desenhados dá ao bebê mais maleabilidade...”.

• A palavra destacada está no lugar de que pronome? Por quê?

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f) Que pronome pessoal poderia substituir as palavras ao bebê, na frase do item e? Reescreva-a.

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N o m e : T u r m a : P á g i n a |

15

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Gabarito

01 - D

02 - A

03 - .C

04 - D

05 - B

06 - E

07 - A

08 - D

09 - A

10 - C

11 - D

12 - A

13 - B

14 - B

15 - C

16 - C

17 - D

18 - D

19 - A

20 - D

27 - a) O fato de essa ser uma classe numerosa de trabalhadores.

b) Ele poderia entender que os cumprimentos se dirigem a mais de 1 milhão de profissionais de enfermagem, mas que há mais profissionais de enfermamgem além desses.

c) Porque a menina da foto provavelmente vai se tornar uma enfermeira e, assim como ela, é possível que outras crianças optem por essa profissão.

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28 - À frase I, com o uso do artigo indefinido, a liberdade para errar pode ajudar no aprimoramento de alguém. à frase II, com o uso do artigo definido, um equívoco específico praticado por alguém pode ajudar essa pessoa a crescer.

29 - C

30- Em ambas expressões temos em primeiro momento uma sequência composta por substantivo concreto e seu adjetivo;

no segundo momento, o adjetivo da primeira dá origem a um substantivo abstrato e o substantivo da primeira participa de

uma locução adjetiva ligada a esse novo substantivo.

31 - A

32 - D

33 - D

34 - D

35 - a) A autoestima exagerada de Calvin, que, como muitas pessoas, gosta de contar vantagens, mesmo em se tratando de ganhar provas nada louváveis.

b) Segundo (colocado), primeirão, primeiro (time); são numerais ordinais.

c) Poderia ser o substantivo campeão (campeão estadual).

36 - a) Eles têm mais acesso a informações variadas, graças à formação mais simples do cérebro, o que lhes permite ampliar seus caminhos ainda pouco definidos.

b) Os pronomes demonstrativos (n)essa e isso se referem a algo já mencionado na frase anterior (passado próximo).

c) O pronome nessa retoma toda a frase anterior, sintetizando estas ideias: “Quando o bebê nasce, o cérebro pesa pouco mais de 300 gramas”. No caso de isso, a coesão se estabelece porque tal pronome também retoma o que foi dito antes:

“... ele tem mais ligações entre áreas diversas do cérebro”, resumindo essas ideias.

d) Em: “... ele vai criando”, o pronome ele substitui o substantivo cérebro; em: “... ele tem mais ligações”, substitui bebê.

e) Própria está no lugar de um pronome demonstrativo, substituindo o pronome esta, que retoma o substantivo a que se refere (falta).

f) O pronome pessoal oblíquo lhe: A própria falta de caminhos bem desenhados dá-lhe mais maleabilidade.