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Página 1 de 54 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1:Principais setores da Cadeia Produtiva de Têxtil e Confecções na Regional FIEMG Zona da Mata - Emprego .......................................................................................................................................................................................... 11 Gráfico 2: Principais setores da Cadeia Produtiva de Têxtil e Confecções na Regional FIEMG Zona da Mata - Empresas .......................................................................................................................................................................................... 12 Gráfico 3: Consumo mundial de fibras têxteis .................................................................................................................. 19 Gráfico 4: Produção física industrial (Número índice): Índice acumulado (Base: igual período do ano anterior = 100) ... 22 Gráfico 5: Evolução da utilização da capacidade instalada – média móvel dos 4 últimos trimestres (2000 - 2012) ........ 24 Gráfico 6: Consumo aparente do setor ............................................................................................................................. 25 Gráfico 7: Coeficiente de exportação de produtos têxteis (em %, de 2003-2012) ............................................................ 26 Gráfico 8: Balança Comercial Brasileira de Produtos Têxteis e Confeccionados: ............................................................ 27 Gráfico 9: Evolução anual do emprego na cadeia têxtil brasileira - 2007-2012 ................................................................ 29 Gráfico 10: Evolução das exportações têxteis chinesas ................................................................................................... 32 Gráfico 11: Distribuição Regional da Produção ................................................................................................................ 36

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1:Principais setores da Cadeia Produtiva de Têxtil e Confecções na Regional FIEMG Zona da Mata - Emprego

.......................................................................................................................................................................................... 11

Gráfico 2: Principais setores da Cadeia Produtiva de Têxtil e Confecções na Regional FIEMG Zona da Mata - Empresas

.......................................................................................................................................................................................... 12

Gráfico 3: Consumo mundial de fibras têxteis .................................................................................................................. 19

Gráfico 4: Produção física industrial (Número índice): Índice acumulado (Base: igual período do ano anterior = 100) ... 22

Gráfico 5: Evolução da utilização da capacidade instalada – média móvel dos 4 últimos trimestres (2000 - 2012) ........ 24

Gráfico 6: Consumo aparente do setor ............................................................................................................................. 25

Gráfico 7: Coeficiente de exportação de produtos têxteis (em %, de 2003-2012) ............................................................ 26

Gráfico 8: Balança Comercial Brasileira de Produtos Têxteis e Confeccionados: ............................................................ 27

Gráfico 9: Evolução anual do emprego na cadeia têxtil brasileira - 2007-2012 ................................................................ 29

Gráfico 10: Evolução das exportações têxteis chinesas ................................................................................................... 32

Gráfico 11: Distribuição Regional da Produção ................................................................................................................ 36

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Estrutura industrial da regional Zona da Mata com base no número de empregos do setor - 2007 a 2011 -

Part.% ................................................................................................................................................................................. 9

Tabela 2: Escolaridade no Setor Têxtil e Confecções na Zona da Mata, Minas Gerais e Brasil - 2011 ........................... 10

Tabela 3: Cursos superiores da regional e suas aplicações ............................................................................................. 17

Tabela 4: Produção física industrial por Índice acumulado (Base: igual período do ano anterior = 100) ......................... 20

Tabela 5: Participação no Valor Adicionado Bruto a Preços Básicos, segundo as Classes e as Atividades, 2005 -2009 21

Tabela 6: Produtividade das indústrias extrativas e de transformação (2007-2010) ........................................................ 23

Tabela 7: Custo da mão-de-obra por hora ........................................................................................................................ 30

Tabela 8: Maiores empresas têxteis brasileiras ................................................................................................................ 33

Tabela 9: Distribuição estadual de empresas da cadeia têxtil ......................................................................................... 37

Tabela 10: Distribuição regional de empresas da cadeia têxtil .................................................................................. 38

Tabela 11: Programas voltados para o setor têxtil e confecções ..................................................................................... 41

Tabela 12: Fatores competitivos relevantes para o setor têxtil ......................................................................................... 46

Tabela 13: Matriz de projetos ........................................................................................................................................... 51

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Mapa do Pessoal Ocupado no Setor Têxtil e Confecções na Regional FIEMG Zona da Mata por Macro Etapas

e Município ....................................................................................................................................................................... 13

Figura 2: Mapa de Empresas no Setor Têxtil e Confecções na Regional FIEMG Zona da Mata por Macro Etapa e

Município: ......................................................................................................................................................................... 14

Figura 3: Etapas da cadeia produtiva na Zona da Mata ................................................................................................... 16

Figura 4: Produção de vestuário – volume (2008) ............................................................................................................ 32

Figura5: Estrutura da cadeia produtiva têxtil e de confecções ......................................................................................... 45

Figura 6: Notícia sobre o setor em Minas Gerais .............................................................................................................. 52

Figura 7: Notícia sobre oportunidade para o setor............................................................................................................ 53

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CONCLA – Comissão Nacional de Classificação

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

RAIS – Relação Anual de Informações Sociais

MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

TC – Têxtil/Confecção

FIEMG – Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais

CEE - Cadastro de Estabelecimentos Empregadores

GDI – Gerência de Desenvolvimento Industrial

SDE – Superintendência de Desenvolvimento Empresarial

IEMI – Instituto de Estudos e Marketing Industrial

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

FGV – Fundação Getúlio Vargas

PMC – Pesquisa Mensal do Comércio

ABIT – Associação Brasileira de Indústrias Têxteis

ATV – Acordo de Têxteis e Vestuários

ABVTEX - Associação Brasileira do Varejo Têxtil

CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados

OEM – Original Equipment Manucfaturer

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

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BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

Comtextil - Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil

FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

ABDI – Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial

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Sumário

1 Introdução: o setor têxtil ............................................................................................................................................. 7

1.1 Brasil ................................................................................................................................................................. 7

1.2 Zona da mata .................................................................................................................................................... 9

2 Panorama do setor ................................................................................................................................................... 17

2.1 Comparação do setor com indústria brasileira ................................................................................................ 20

2.2 Produção e produtividade do trabalho ............................................................................................................. 22

2.3 Mercado Interno .............................................................................................................................................. 25

2.4 Setor externo: Exportação/Importação ............................................................................................................ 26

2.5 Investimentos .................................................................................................................................................. 28

2.6 Emprego .......................................................................................................................................................... 29

2.7 Principais players – Mundo e Brasil ................................................................................................................ 30

3 Perspectivas do Setor .............................................................................................................................................. 33

3.1 Movimentação Geográfica .............................................................................................................................. 34

3.2 Tendências de concentração (ou desconcentração) ....................................................................................... 38

3.3 Oportunidades e tendências............................................................................................................................ 39

3.4 Perspectivas tecnológicas ............................................................................................................................... 41

3.5 Elos chave e Fatores Críticos de Sucesso (FCS) ........................................................................................... 44

4 Considerações Finais ............................................................................................................................................... 47

5 Referências .............................................................................................................................................................. 49

Anexos .............................................................................................................................................................................. 51

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1 Introdução: o setor têxtil

Segundo informações retiradas do sítio eletrônico da Comissão Nacional de Classificação (CONCLA – IBGE) a

fabricação de produtos têxteis compreende as atividades de preparação das fibras têxteis, a fiação e a tecelagem

(plana ou não). As fibras têxteis podem ser naturais (algodão, seda, linho, lã, rami, juta, sisal etc.) ou químicas (artificiais

e sintéticas). A preparação das fibras têxteis naturais consiste em processos tais como: lavagem, carbonização,

cardação, penteação e outras. A fiação é um processo intermediário na cadeia produtiva têxtil e tem como insumo as

fibras naturais e as fibras químicas.

A fabricação de tecidos é feita a partir de técnicas distintas: a tecelagem de tecidos planos é resultante do

entrelaçamento de dois conjuntos de fios que se cruzam em ângulo reto; a malharia é resultado da formação de laços

que se interpenetram e se apoiam lateral e verticalmente, provenientes de um ou mais fios e o tecido não tecido (non-

woven) é obtido diretamente de camadas de fibras que se prendem umas às outras por meios físicos e químicos,

formando uma folha contínua, como p.ex.: feltros e enchimentos.

Esta divisão compreende também as atividades de acabamento de fios, tecidos e artigos têxteis e do vestuário. As

atividades de acabamento podem realizar-se em fibras, fios e tecidos e constituem-se em uma série de operações que

preparam os produtos têxteis para o uso a que se destinam. Podem ser: alvejamento, tingimento, estamparia e outros.

Esta divisão não compreende a fabricação de fibras artificiais e sintéticas que são produzidas na indústria química

(divisão 20), a fabricação de fibra de vidro (divisão 23) e a confecção de artefatos do vestuário (divisão 14).

1.1 Brasil

O setor estrutura-se com empresas espalhadas por todos os recantos do País, gerando milhões de empregos, sejam

eles diretos, na fase de produção fabril, ou indiretos, na produção de matérias-primas e vários outros insumos. Destaca-

se como estimulador da criação de outras indústrias, entre as quais de máquinas têxteis, de fibras artificiais e sintéticas,

de embalagens, de drogas e anilinas. Não se pode omitir a imensa massa trabalhadora, existente na produção de fibras

naturais, na lavoura e na pecuária ovina.

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O Brasil é o sexto produtor mundial de têxteis e confeccionados e respondeu por cerca de 2,5% da produção em 2006.

Contudo, no que tange ao comércio mundial, encontra-se na 46ª posição entre os maiores países exportadores e na

43ª entre os maiores importadores.

Considerando-se somente o segmento vestuário, o mais dinâmico do comércio mundial da cadeia TC, o país cai para a

69ª posição entre os países exportadores e a 51ª, entre os importadores. O Brasil é um país “produtor/consumidor”,

cuja maior parte da produção se destina ao mercado interno.

A cadeia TC no Brasil apresenta as seguintes características:

entrada maciça (e muitas vezes contrabandeada) de importações de produtos TC mais baratos no mercado

interno;

participação insignificante nas exportações mundiais, concentradas na cadeia do algodão, as quais estão

baseadas nos produtos do elo têxtil, que é menos dinâmico e de menor valor agregado;

especialização em produtos à base de fibras naturais, apesar do aumento rápido no consumo mundial de

fibras químicas e de tecidos mistos;

parque de máquinas com idade média elevada, sem capacidade de competitividade global;

inexistência de coordenação das ações da cadeia produtiva que não permite oferecer uma gestão da cadeia

de fornecimento para as empresas líderes e/ou grandes varejistas;

grande pulverização, baixa capacidade técnica e gerencial e alta informalidade, principalmente no elo de

confecção;

práticas comerciais entre as empresas dos diferentes elos da cadeia com predomínio da falta de confiança, e

de baixa qualidade do produto e/ou serviço; e

difícil acesso ao crédito, principalmente para micro, pequenas e médias empresas, que se tornam dependentes

das empresas fornecedoras, as quais têm de internalizar os riscos envolvidos ao oferecer crédito.

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1.2 Zona da mata

Tendo-se desenvolvido com grande ímpeto até o início deste século, Juiz de Fora tornou-se importante centro industrial,

reunindo principalmente as empresas que compunham o setor então "dinâmico" da economia do país, notadamente o

ramo têxtil.

Nos dias atuais, o setor de Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios é responsável pela maior geração de

empregos na região, com aproximadamente 25% (25.064 empregos) dos postos de trabalho, participação tem se

mantido estável nos últimos cinco anos. Além disso, os empregos gerados na regional representam 31% dos empregos

do setor em Minas Gerais. Já o setor têxtil se encontra em quarto lugar na geração de empregos na regional, e tem

mostrado queda de sua participação nos empregos regionais (7,6% em 2007 e 5,9% em 2011).

Tabela 1: Estrutura industrial da regional Zona da Mata com base no número de empregos do setor - 2007 a 2011 - Part.%

Descrição 2007 2008 2009 2010 2011

Confecção de Artigos do Vestuário e Acessórios 25 25,2 25,2 25,4 24,7

Produtos Têxteis 7,6 7,1 6,5 5,9 5,9

Total Têxtil e Confecção 32,6 32,3 31,7 31,3 30,6

Fonte: RAIS/MTE – 2011

No entanto, apesar de ambos os setores concentrarem grande quantidade de emprego da Regional Zona da Mata, o

nível de instrução dos mesmos se concentrava entre os mais baixos. Nota-se na tabela abaixo que enquanto no Brasil o

pessoal ocupado no setor têxtil e confecções que possui até o ensino médio incompleto representam 50,5%, em Minas

Gerais esse percentual é de 59% e na Zona da Mata de 64%. Isso revela que, aperar do setor ser representativo no

Estado e no País, a escolaridade de seus funcionários não é um diferencial do setor.

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Tabela 2: Escolaridade no Setor Têxtil e Confecções na Zona da Mata, Minas Gerais e Brasil - 2011

Zona da Mata Minas Gerais Brasil

Instrução Bruto Percentual Acumulado Bruto Percentual Acumulado Bruto Percentual Acumulado

Total 29436 100,0% 0% 95257 100% 0% 837758 1 0

Analfabeto 62 0,2% 0,2% 259 0,3% 0,3% 2077 0,2% 0,2%

Até 5ª Incompleto 360 1,2% 1% 1970 2,1% 2,3% 17055 2,0% 2,3%

5ª Completo Fundamental

2936 10,0% 11% 6612 6,9% 9,3% 36737 4,4% 6,7%

6ª a 9ª Fundamental

3561 12,1% 24% 11776 12,4% 21,6% 88852 10,6% 17,3%

Fundamental Completo

8121 27,6% 51% 22338 23,5% 45,1% 162629 19,4% 36,7%

Médio Incompleto 3882 13,2% 64% 13240 13,9% 59,0% 115402 13,8% 50,5%

Médio Completo 9867 33,5% 98% 36276 38,1% 97,1% 374802 44,7% 95,2%

Superior Incompleto

247 0,8% 99% 1170 1,2% 98,3% 16920 2,0% 97,2%

Superior Completo 397 1,3% 100% 1599 1,7% 100,0% 22911 2,7% 100,0%

Mestrado 3 0,0% 100% 16 0,0% 100,0% 337 0,0% 100,0%

Doutorado 0 0,0% 100% 1 0,0% 100,0% 36 0,0% 100,0%

Fonte: RAIS/MTE 2011

Os dados acima revelam que, apesar do setor ainda ser bastante representativo na regional Zona da Mata e em Minas

Gerais, apresenta desafios a serem superados. Uma vez que o setor se mostra bastante tradicional e difundido na Zona

da Mata, a justificativa para seu desenvolvimento está ligada tanto a importância social e cultural, quanto à possibilidade

de absorção tecnológica e inovação, aspecto ligado a uma experiência já pré-estabelecida em determinado espaço.

Cabe agora reconhecer os desafios e enxergar as possibilidades de investimento no setor a nível regional, ou quais são

os espaços que devem ser privilegiados para que haja transbordamentos positivos para os demais. A inovação técnica

norteará as tentativas de desenvolvimento do setor e agregação de valor no produto final.

Na Zona da Mata a etapa de fiação está dividida entre a fiação de fibras naturais, com predominância de algodão, e de

fibras sintéticas, com menor representatividade. Na etapa da tecelagem é predominante a tecelagem e a malharia de

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fibras de algodão e apenas duas empresas que realizam tecelagem de fibras artificiais e sintéticas. Nessas duas

primeiras etapas merecem destaque a Companhia Industrial Cataguases, em Cataguases, que emprega mais de 1200

pessoas, a Companhia Fabril Mascarenhas em Alvinópolis, com 468 empregados e a Cia Manufatora de Tecidos de

Algodão em Cataguases, que emprega 432 pessoas, ambas as empresas de tecelagem. Já a confecção, etapa mais

frequente na cadeia produtiva de têxtil e confecções na Regional FIEMG Zona da Mata, está distribuída entre a

confecção de peças do vestuário, de roupas íntimas, roupas profissionais, fabricação de artefatos para uso doméstico,

fabricação de acessórios para o vestuário.

Da cadeia de Têxtil e Confecções os setores que mais empregam na Regional FIEMG Zona da Mata são os de

Confecção de Peças do Vestuário, exceto roupas íntimas, com 19.112 empregos gerados, seguido do setor de

Confecção de Roupas Íntimas, com quase cinco mil empregos e de Tecelagem de fios de algodão, com 3301

empregos:

Gráfico 1:Principais setores da Cadeia Produtiva de Têxtil e Confecções na Regional FIEMG Zona da Mata - Emprego

Fonte: CEE/MTE

Em relação às empresas mais frequentes na Regional FIEMG Zona da Mata o setor de Confecção de peças do

vestuário, exceto roupas íntimas também ocupa o primeiro lugar e a Confecção de Roupas Íntimas o segundo. Em

19112

4942 3301

1240 908 497

0

5000

10000

15000

20000

25000

Confecção depeças dovestuário,

exceto roupasíntimas

Confecção deroupas íntimas

Tecelagem defios de algodão

Fabricação deoutros produtos

têxteis

Fabricação demeias

Fabricação deacessórios do

vestuário,exceto parasegurança e

proteção

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seguida as empresas de maior peso da regional são as de Fabricação de artefatos têxteis para uso domiciliar e a

fabricação de meias:

Gráfico 2: Principais setores da Cadeia Produtiva de Têxtil e Confecções na Regional FIEMG Zona da Mata - Empresas

Fonte: CEE/MTE

1208

318

80 64 58 43 38 24 0

200

400

600

800

1000

1200

1400

Confecçãode peças do

vestuário,excetoroupasíntimas

Confecçãode roupas

íntimas

Fabricaçãode artefatostêxteis para

usodoméstico

Fabricaçãode meias

Fabricaçãode

acessóriosdo

vestuário,exceto parasegurança e

proteção

Confecçãode roupas

profissionais

Fabricaçãode outrosprodutostêxteis

Outrosserviços deacabamento

em fios,tecidos,artefatostêxteis epeças dovestuário

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Figura 1: Mapa do Pessoal Ocupado no Setor Têxtil e Confecções na Regional FIEMG Zona da Mata por Macro Etapas e Município

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da RAIS 2011.

Alvinópolis

Viçosa

LEGENDA

Visconde do Rio Branco Ocupados em ConfecçãoEugenópolis

1500 a 5000

Barbacena Ubá Miraí

São João Del Rei Muriaé 1000 a 1500

Piraúba 300 a 1000

Guarani Astolfo Dutra

Cataguases

Descoberto

Ocupados em Fiação, Tecelagem e AcabamentoSão João Nepomuceno Leopoldina

200 a 2000

300 a 500

200 a 300

Juiz de Fora

Mar de Espanha

Centros de Pesquisa Relacionados

Cursos Técnicos Relacionados

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Figura 2: Mapa de Empresas no Setor Têxtil e Confecções na Regional FIEMG Zona da Mata por Macro Etapa e Município:

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da RAIS 2011

Alvinópolis

Viçosa

LEGENDA

Visconde do Rio Branco Empresas em ConfecçãoEugenópolis

99 a 500

Barbacena Ubá Miraí

São João Del Rei Muriaé 51 a 99

Piraúba 10 a 50

Guarani Astolfo Dutra

Cataguases

Descoberto

Empresas em Fiação, Tecelagem e AcabamentoSão João Nepomuceno Leopoldina

21 a 30

6 a 20

1 a 5

Juiz de Fora

Mar de Espanha

Centros de Pesquisa Relacionados

Cursos Técnicos Relacionados

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Figura 3: Etapas da cadeia produtiva na Zona da Mata

Fonte: Elaboração própria a partir de dados da RAIS 2011

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Tabela 3: Cursos superiores da regional e suas aplicações

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do MEC

2 Panorama do setor

A produção mundial da cadeia TC pode ser medida pelo consumo industrial de fibras e filamentos, que passou de 59,7

milhões de toneladas, em 2000, para 71,7 milhões de toneladas, em 2006.

Até 1990, o consumo de fibras naturais era superior ao de químicas, mas essa relação vem se invertendo. Entre 1990 e

2000, o consumo de fibras químicas aumentou 81% e o de fibras naturais, apenas 20%. Já entre 2000 e 2006, os

aumentos foram de 29% e 8%, respectivamente. Em 2006, do total consumido no mundo, 62% foi de fibras químicas

(sintéticas e artificiais), conforme apresentado no gráfico abaixo:

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Gráfico 3: Consumo mundial de fibras têxteis

Fonte: Iemi (2008)

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2.1 Comparação do setor com indústria brasileira

Tabela 4: Produção física industrial por Índice acumulado (Base: igual período do ano anterior = 100)

Fonte: Elaboração própria a partir de dados do IBGE

Percebe-se que, no período de 2000 a 2012, a produção têxtil e de vestuário e acessórios diminuiu em 1,01%. O

principal motivo seria a concorrência chinesa com produtos extremamente baratos em função do baixo custo de sua

mão-de-obra. Importante notar que a indústria de transformação teve uma alta de 2,40%.

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Tabela 5: Participação no Valor Adicionado Bruto a Preços Básicos, segundo as Classes e as Atividades, 2005 -2009

Fonte: IBGE

A participação na adição de valor à produção industrial pelo setor têxtil vem caindo ao longo dos anos como mostra a

tabela, ou seja, o setor em questão vem contribuindo menos que a média dos outros setores na produção de bens. Já

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pode ser considerado um indício de perda de competitividade resultante de crescimento pouco expressivo da

produtividade.

2.2 Produção e produtividade do trabalho

Gráfico 4: Produção física industrial (Número índice): Índice acumulado (Base: igual período do ano anterior = 100)

Fonte: Elaboração própria com dados do IPEAdata

A tabela abaixo afirma que os níveis absolutos de produtividade do trabalho na indústria extrativa são muitos superiores

aos da indústria de transformação, em função de seus diferentes níveis de intensidade em capital. Além disso, pode-se

observar que, mesmo com a crise financeira de 2008, que impactou negativamente os preços das commodities

minerais, a taxa média anual de crescimento da produtividade das indústrias extrativas alcançou quase 20% no

quadriênio, ao passo que, para as indústrias de transformação, esta taxa não chegou a alcançar 6%.

0

20

40

60

80

100

120

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

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Tabela 6: Produtividade das indústrias extrativas e de transformação (2007-2010)

Fonte: RADAR - Tecnologia, produção e comércio exterior. IPEA, 2013

O segmento de vestuário e calçados apresentou uma tendência crescente de utilização da capacidade instalada, de

forma que, no final do ano de 2012, estava muito próximo do valor mais alto da série histórica analisada. Esse aumento

foi uma resposta do setor industrial ao crescimento do comércio. “A utilização da capacidade instalada superior a 80%

por quase todo o período observado nos dois segmentos, indica que o setor apresenta pouca ociosidade e que,

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portanto, aumentos de produção para responder a elevações da demanda, no curto prazo, poderiam pressionar os

preços”, diz o estudo da FGV Projetos.

Gráfico 5: Evolução da utilização da capacidade instalada – média móvel dos 4 últimos trimestres (2000 - 2012)

Fonte: FGV

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2.3 Mercado Interno

Gráfico 6: Consumo aparente do setor

Fonte: Elaboração própria com dados do IPEAdata

O consumo de TC no Brasil cresceu em função do aumento de renda ocorrido no período - a renda média per capita no

Brasil cresceu 21,2%, de acordo com Iemi (2008), passando de R$ 11.149, em 1995, para R$ 13.515, em 2007 -, mas

ainda é bastante concentrado. Em 2007, 50% do consumo estava no Sudeste, 19% no Nordeste e 16% no Sul. O

consumo concentra-se também nas cinquenta maiores cidades do país, que respondem por cerca de 45% do consumo

nacional.

Em relação ao consumo por classe social, o Iemi mostra que, enquanto a população brasileira tem um perfil

socioeconômico centrado nas classes C e D (68% da população), a principal fatia do mercado consumidor para os

artigos de vestuário e Linha Lar está nas classes B e C, que respondem por 70% do consumo nacional. A classe A (6%

da população) é a terceira maior fatia do mercado, com 18% do consumo nacional.

O segmento feminino adulto representa 41% do mercado e o infantil, 32%. A liderança do segmento feminino deve-se

ao alto volume de produção de alguns artigos com vida útil curta (calcinhas e meias-calças), além da maior variedade

de artigos consumidos.

-10,0

-8,0

-6,0

-4,0

-2,0

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

1998-2003 2003-2008 2008-2011 2011-2012

Confecção de artigos do vestuário e acessórios Produtos têxteis

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Finalmente, quanto aos principais canais de distribuição da produção de vestuário, meias e acessórios, dados do Iemi

(2007a) mostram que o número de lojas dedicadas predominantemente à comercialização desses artigos girava em

torno de 105 mil em 2006. As grandes lojas especializadas (tais como Renner e C&A) respondiam por 24,2% do total

distribuído, e as pequenas lojas independentes, com grande presença em áreas residenciais e cidades de menor porte,

respondiam por 21,4%. Vale ressaltar também que a maioria das lojas está concentrada no Sudeste (51%).

2.4 Setor externo: Exportação/Importação

O comércio exterior brasileiro de artigos têxteis e de confecção tem sido deficitário nos anos recentes. Esse

desequilíbrio chegou a US$ 2,9 bilhões em 2012, sendo US$ 2,2 bilhões referentes a artigos de vestuário e US$ 737

milhões relativos artigos de tecelagem. A alta cambial registrada desde o final de 2011 não alterou a tendência de piora

desse saldo negativo.

Gráfico 7: Coeficiente de exportação de produtos têxteis (em %, de 2003-2012)

Fonte: Elaboração própria com dados do IPEAdata

Especialmente no segmento têxtil, o crescimento das importações tem contribuído para suprir o descompasso entre o

crescimento da demanda das famílias e a produção industrial.

É importante destacar que o crescimento das importações de têxteis e vestuário está em linha com um movimento mais

geral, observado no comércio exterior brasileiro como um todo. Assim, considerando o período 2006-2012, o valor total

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

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das importações brasileiras passou de US$ 7,6 bilhões para US$ 17,5 bilhões, o equivalente a um crescimento médio

anual de quase 15% ao ano. Ao par disso, as importações de bens de consumo em geral passaram de US$ 997

milhões para US$ 3,2 bilhões, apresentando crescimento médio anual de 22%. Por sua vez, as importações de têxteis e

vestuário cresceram 22,6% e 35,3%, respectivamente, no mesmo período.

“Apesar de expressivas, essas taxas de crescimento das importações de têxteis e vestuário cumpriram papel importante

no abastecimento do mercado interno brasileiro no período”, destaca a FGV Projetos. Assim, segundo dados da PMC

(Pesquisa Mensal do Comércio) do IBGE, entre 2006 e 2012, o volume de vendas do comércio varejista de artigos

têxteis, vestuário e calçados cresceu cerca de 5% ao ano em média. Com isso, em 2012, o mercado nacional desses

produtos era cerca de 1/3 maior do que no início do período.

De acordo com Rangel (2008), o comportamento das importações e exportações brasileiras obedeceu ao

comportamento da taxa de câmbio e da grande expansão do comércio internacional na última década. As exportações

cresceram entre 2000 e 2005, em decorrência da expansão da demanda mundial, apesar da valorização cambial

iniciada em 2004. Já as importações declinaram de 2000 a 2002 e só voltaram a crescer com a valorização cambial,

conforme gráfico abaixo:

Gráfico 8: Balança Comercial Brasileira de Produtos Têxteis e Confeccionados:

Fonte: Abit (2008)

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O fator que mais influenciou este resultado foi a taxa de câmbio totalmente desfavorável ao setor: os produtos

importados ficaram baratos e os brasileiros perderam competitividade devido à valorização do real. Além disso,

enfrentamos também a concorrência desleal que ocorre com a importação ilegal de produtos. A indústria brasileira é

moderna, competitiva e criativa. Em determinados nichos é tão competitiva quanto qualquer outro grande produtor —

China, Índia, Turquia e Paquistão. O problema está da porta da fábrica para fora, onde temos que lidar com uma alta

carga tributária, questões trabalhistas e logísticas, que não são problemas da indústria têxtil, mas de política econômica.

Após cinco anos com superávits, a balança comercial brasileira apresentou déficits em 2006 (US$ 31 milhões), 2007

(US$ 640 milhões) e 2008 (US$ 1,4 bilhão), em função da manutenção da valorização do Real no período e do fim do

ATV (Acordo de Têxteis e Vestuários) em 2005.

Os principais produtos da pauta de exportação nacional são de fibras naturais (além do algodão puro), tais como

tecidos planos e a Linha Lar, ao passo que os principais produtos importados são os filamentos de poliéster e os tecidos

planos sintéticos.

2.5 Investimentos

A despeito dos resultados, os investimentos do segmento têxtil mostram-se bastante tímidos, somando R$ 1,1 bilhão.

Na indústria de confecções, esse número foi de R$ 615 milhões ou 23,3% do total. Já no varejo, o investimento foi de

R$ 910 milhões ou 34,4% do total.

A queda no investimento no segmento têxtil tem limitado o acesso à inovação no segmento, uma vez que as empresas

desse ramo apontam a aquisição de máquinas e equipamentos como a principal fonte de acesso a novas tecnologias.

No ramo de confecção, apesar da importância atribuída ao treinamento como forma de acesso a inovações, os gastos

das empresas com esse tipo de atividade ainda é limitado.

Segundo a ABVTEX, a falta de investimentos da indústria em inovação e treinamento de mão de obra são muitos

preocupantes e comprometem o futuro da cadeia. Não adianta investimentos em maquinário sem uma mão de obra

preparada para utilizar as tecnologias. O componente humano é ainda fator chave nesta cadeia”, informa a ABVTEX.

É urgente recuperar os níveis de investimento que caíram desde o início da crise internacional. Dado que os diferenciais

de salário são francamente desfavoráveis à indústria local em um comparativo internacional, a modernização do parque

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produtivo surge como mecanismo preferencial de modernização as técnicas produtivas, abrindo espaço para a

recuperação dos ganhos de produtividade. Só assim será possível às empresas desse segmento fazerem frente ao

desafio competitivo das importações e buscarem elas próprias explorar possibilidades de ganho no mercado

internacional.

2.6 Emprego

Mais um dado surpreendente do estudo da FGV Projetos está relacionado ao nível de emprego da indústria. A análise

detalhada mostra que o nível de emprego formal nos três elos analisados no estudo superou em 2012 a marca de 1,7

milhão de postos de trabalho, o que representa 3,7% do total de empregos formais ativos no Brasil neste ano.

Destacando apenas o varejo têxtil, os 693 mil empregos ativos em 2012 representavam 10,6% do total de posições

formais ofertadas pelo comércio varejista como um todo no país.

Desde 2007, o crescimento médio do emprego no setor foi de 3,6% ao ano, o que resultou na criação de 277 mil novos

empregos no período. A dinâmica do emprego em cada um dos segmentos foi bastante distinta.

Gráfico 9: Evolução anual do emprego na cadeia têxtil brasileira - 2007-2012

Fonte: RAIS e Caged/MTE. Elaboração: FGV

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O gráfico acima apresenta a evolução do número formal de empregados nos três elos da cadeia têxtil, bem como do

emprego total. No setor têxtil, nota-se a estabilização do emprego. Já na indústria de confecção, o crescimento foi de

3,7% ao ano em média e foram criados 123 mil postos de trabalho formais no período. A grande expansão do emprego

formal, isto é, com carteira de trabalho assinada, se deu no varejo, com 5,3% de crescimento médio ao ano e a criação

de 157 mil postos de trabalho formais. O estudo nota que o segmento de confecção tem passado por um forte

movimento de formalização de sua mão de obra, fato que explica o bom desempenho do emprego com carteira

assinada.

Tabela 7: Custo da mão-de-obra por hora

Fonte: ABIT (2007)

2.7 Principais players – Mundo e Brasil

A China é o principal player global no mercado TC internacional. Segundo Rangel (2008), a elevada competitividade da

cadeia TC chinesa pode ser explicada da seguinte forma:

A indústria têxtil stricto sensu é uma indústria de baixa tecnologia, não havendo fortes barreiras à entrada. A tecnologia

é difundida e disponível no mercado mundial. Entre as empresas líderes dos diferentes países, não há um

distanciamento tecnológico radical. Por essa razão, os dois insumos do processo produtivo - mão-de-obra e matéria-

prima – desempenham um papel crucial na definição da competitividade dessa indústria. A mão-de-obra, na China, é

superabundante e de baixo custo. No caso das matérias-primas, algodão e poliéster, a China também goza de uma

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situação privilegiada, principalmente no que diz respeito ao poliéster. Além disso, produz domesticamente máquinas

têxteis de última geração.

Além disso, a cadeia TC chinesa é moderna, fruto de altos investimentos (à China foram destinadas 70% das máquinas

vendidas no mundo nos últimos anos), e integrada, além de controlar determinadas etapas do processo produtivo e

possuir sistemas de financiamento para a comercialização.

A China também tem adotado uma política extremamente agressiva para a conquista de mercados externos. A

estratégia é a da concorrência via preços, com exportação de grandes volumes de produtos padronizados, porém não

necessariamente de baixa qualidade. Por exemplo, empresas com marcas reconhecidas internacionalmente pelo

padrão de qualidade compram mercadorias produzidas ou instalam suas fábricas em território chinês, caso da francesa

Pierre Cardin, que em 2006 já possuía 34 fábricas no país.

A China tem um parque moderno, mas, sem dúvida, pelo fato do setor têxtil utilizar mão-de-obra intensiva o fato de ser

tão barata faz toda a diferença no preço final do produto. Esse, inclusive, foi um dos fatores que fez a indústria têxtil se

deslocar da Europa, Estados Unidos e Japão. No Brasil temos, atualmente, 1,6 milhão de trabalhadores formais diretos

no setor.

Esse crescimento chinês fomentou a criação de novos mecanismos de defesa das indústrias nacionais, principalmente

nos países desenvolvidos, tais como manutenção de elevadas tarifas para importação, adoção de barreiras não-

tarifárias (medidas trabalhistas e ambientais) e adoção de ações anti-dumping. Há também os acordos comerciais

bilaterais que procuram garantir parcerias estratégicas e acesso diferenciado aos mercados dos países desenvolvidos.

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Figura 4: Produção de vestuário – volume (2008)

Fonte: ABIT/IEMI

O Brasil ocupa o 6º lugar na produção de vestuário em volume, porém é o 69º no quesito exportações. Países mais

desenvolvidos como Itália e Alemanha, apesar de produzirem volumes relativamente baixos, agregam muito valor aos

seus produtos. A China é o grande destaque, com quase 50% da produção do setor, número que vem crescendo

constantemente.

Gráfico 10: Evolução das exportações têxteis chinesas

Fonte: Global Trade Information Service

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Tabela 8: Maiores empresas têxteis brasileiras

Fonte: Revista Exame (2011)

3 Perspectivas do Setor

Por outro lado os produtores de alguns países em desenvolvimento também têm buscado se reposicionar na cadeia de

valor, passando da montagem pura e simples por subcontratação, para produtores OEM (Orignal Equipament

Manufacturing), o que envolve receber a especificação do produto, desenvolver especificações sobre o processo de

produção, gerenciar a logística de compras e entregar o produto com a marca do cliente. Ao mesmo tempo buscam

avançar na capacitação em design e criação de marcas próprias, estendendo o esquema de subcontratação para

outros países de mão-de-obra ainda mais barata, fugindo ao mesmo tempo das restrições impostas pelo sistema de

quotas que vigorou no Acordo Multifibras e posteriormente no Acordo de Têxteis e Vestuário, que ficou vigente até

2005.

A reorganização mundial da cadeia Têxtil e de Confecção aparece claramente nos dados de comércio internacional,

com o deslocamento constante dos países desenvolvidos no ranking dos principais exportadores praticamente desde a

década de 60 do século passado.

Nesse contexto, as empresas dos países desenvolvidos orientam cada vez mais sua produção na direção das etapas

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com maior valor agregado da cadeia, como design, organização da produção e marketing. São polos orientadores da

moda mundial e buscam competir pela diferenciação de produtos e pela conquista de nichos específicos de mercado.

Esse comportamento segue também uma tendência dos consumidores de busca por roupas com marcas e significados

específicos, e não somente preços baixos. Dessa forma, aumenta significativamente a importância dos desejos e limites

financeiros do consumidor final como guia fundamental da estratégia competitiva de mercado.

3.1 Movimentação Geográfica

Mundo

A aceleração da integração dos mercados mundiais e o aumento da concorrência internacional, com a progressiva

redução das barreiras tarifárias e outras salvaguardas internacionais de comércio, acarretaram redução nos preços dos

artigos TC, bem como mudanças na organização mundial da produção.

Acentua-se a tendência de deslocamento de parcela significativa da produção de artigos da cadeia TC dos países

desenvolvidos (Estados Unidos, União Europeia e Japão) para países emergentes da Ásia, Leste Europeu, Norte da

África e Caribe. O incentivo fundamental para esse deslocamento é a busca por redução de custos de produção,

principalmente relacionados à mão-de-obra - Conforme Boletim nº 29 do Instituto de Estudos e Marketing Industrial

(Iemi), de agosto de 2008, o custo da mão-de-obra no setor de confecções, em dólar/hora, apresenta os seguintes

valores nos países: Itália – 20,05; Estados Unidos – 16,92; Brasil – 3,27; China (interior) – 0,55; Vietnã – 0,46; e

Bangladesh – 0,28.

A produção mundial de têxteis foi de cerca de 68 milhões de toneladas em 2006, com base no consumo mundial de

fibras e filamentos desse mesmo ano. A China (incluindo Hong Kong) foi a principal produtora mundial, respondendo

por 43,4% da produção mundial, seguida por Estados Unidos (7,9%), Índia (7,1%), Paquistão (6,1%) e Taiwan (2,7%).

Considerando somente a produção de vestuário, segmento no qual o custo da mão-de-obra é variável fundamental na

competitividade, os três principais produtores mundiais estão localizados na Ásia – China/Hong Kong (43,5% do total

produzido), Índia (6,3%) e Paquistão (3,7%).

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Brasil

Segundo este enfoque a concentração regional da produção tem origem nas decisões locacionais. Como muitas vezes

o processo de escolha técnica é muito dispendioso e complexo, os empresários tendem a tomar a decisão a partir dos

resultados que as empresas já instaladas em uma dada região apresentam. Desta forma, a competitividade é vista a

partir de uma relação revelada (a lucratividade das empresas de um mesmo setor nas diversas regiões do país, por

exemplo). Os empresários tendem a escolher as regiões onde a rentabilidade é maior.

As decisões de localização são função da rentabilidade das empresas já instaladas nas diversas regiões. Se uma

região apresenta melhores condições competitivas, atrairá novos investimentos, que ampliam algumas vantagens

devido a economias de escala, criando um círculo virtuoso, até que as condições positivas se esgotem, ou seja, até que

a região entre em deseconomias de escala.

Uma característica da cadeia TC brasileira é a existência de polos regionais de produção. Os principais, divididos por

estado, são os seguintes:

São Paulo: destaca-se como o mais importante centro produtor, além de ser o centro intelectual e financeiro da

indústria, pois concentra os principais ativos intangíveis (moda, marketing etc.) e o controle das atividades

produtivas nacionais. Na cidade de São Paulo, está o varejo de luxo, com lojas nacionais (Zoomp, Forum,

Rosa Chá) e internacionais (Louis Vuitton, Giorgio Armani, Hugo Boss), além das duas maiores concentrações

nacionais de confecções e lojas atacadistas, os bairros do Brás e Bom Retiro. Outro polo importante do estado

é a cidade de Americana, que apresenta elevado desenvolvimento tecnológico e é especializada na produção

de tecidos artifi ciais e sintéticos.

Rio de Janeiro: merecem destaque as cidades de Nova Friburgo, principal polo produtor de lingerie do país e

sede da empresa alemã Triumph, e Petrópolis, especializada em malharia e roupas de inverno.

Santa Catarina: o Vale do Itajaí, cuja principal cidade é Blumenau, é um dos polos têxteis mais avançados da

América Latina e o centro brasileiro com maior inserção no mercado internacional, sendo o principal exportador

nacional de artigos de malha e linha lar.

Ceará: com a tendência de deslocamento regional das grandes empresas, estimulada por incentivos fiscais e

de infraestrutura fornecidos pelo governo estadual, o estado vem aumentando sua relevância no cenário

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nacional. Vale destacar a forte presença de empresas verticalmente integradas, especialmente no ramo de

tecidos denim e em fios de algodão.

Teve início nos anos 1990 um processo de deslocamento regional das grandes empresas da cadeia, cujos principais

motores foram a busca por mão-de-obra mais barata - Rangel (2008) informa que o custo final da mão-de-obra em São

Paulo é de R$ 1.575,00/mês, valor 125% superior ao pago no Nordeste - e os incentivos fiscais e creditícios oferecidos

pelos estados do Nordeste. Essa desconcentração industrial ocorreu com mais intensidade nas etapas intensivas em

mão-de-obra e com baixa utilização de tecnologia. As etapas de concepção e planejamento estratégico da cadeia

continuam concentradas no Sudeste, com destaque para São Paulo.

Ao longo dos anos 2000, o Sudeste continuou perdendo participação na produção nacional, mas foi o Sul que se

destacou em termos de crescimento, conforme o gráfico abaixo. Segundo a Abit, esse crescimento é estimulado pelos

incentivos fiscais oferecidos na região (Santa Catarina, por exemplo, aplica ICMS da ordem de 3%), pela disponibilidade

de linhas de crédito dos bancos regionais (BRDE) e pela proximidade dos centros consumidores.

Houve também crescimento em direção ao Centro-Oeste, mas sua participação ainda é muito pequena (passou de

1,4%, em 2003, para 1,9%, em 2007), o que mostra a busca das empresas por maior proximidade com a produção de

algodão (competitiva e em expansão na região).

Gráfico 11: Distribuição Regional da Produção

Fonte: BNDES

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Entre 2000 e 2007, houve queda no número de unidades instaladas do elo têxtil em todas as regiões, principalmente

por causa da redução do número de malharias, à exceção da Região Sul. No elo de confecções, houve crescimento em

todas as regiões, com destaque para as Regiões Sul e Centro-Oeste, à exceção da Região Norte.

A Região Sul, em ambos os elos, foi a que mais aumentou o número de empregos, no período, em todos os segmentos

da cadeia. A Região Sudeste, ao contrário, apresentou a maior queda, em especial nos segmentos malharia, fiação e

confecção, apesar de ainda concentrar a maior parcela da mão-de-obra empregada.

Tabela 9: Distribuição estadual de empresas da cadeia têxtil

Fonte: Elaboração própria com dados da RAIS

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Tabela 10: Distribuição regional de empresas da cadeia têxtil

Fonte: Elaboração própria com dados da RAIS

3.2 Tendências de concentração (ou desconcentração)

Enquanto as etapas de tecelagem e, principalmente a fiação, são relativamente mais intensivas em capital e

escala, com maior possibilidade de automatização do processo produtivo, a etapa de confecção e vestuário

continua sendo bastante intensiva em mão-de-obra. Essa característica se reflete nas estruturas de mercado

dos diversos segmentos da indústria Têxtil e de Confecção brasileira. Enquanto o setor de confecção é

extremamente pulverizado, com a predominância de micro e pequenas empresas, nos segmentos de

tecelagem e fiação as pequenas empresas convivem com algumas empresas líderes de grande porte,

responsáveis por parcela importante da produção.

A estrutura do setor têxtil de confecção de vestuário de malhas nacional é heterogênea. Ela é composta por

empresas de porte variado, que vão desde as micro até as grandes. Além disso, existe uma grande

diversidade de produtos comercializados, bem como de níveis tecnológicos e organizacionais. Esta

heterogeneidade pode ser explicada pela ação das empresas em vários nichos de mercado, os quais

possuem características e dinâmicas próprias. A diferença competitiva entre grandes, médias, pequenas e

microempresas é relevante, quando se observa o índice de crescimento das grandes empresas nos mercados

interno e externo. Estas dominam as tecnologias de processo e gestão, possuem sistemas de pesquisa e

desenvolvimento de produtos e de monitoração das tendências mundiais, e dispõem de recursos próprios e

acesso a fontes de financiamento para projetos de expansão da produção e melhoria da produtividade.

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A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2013, ocorra uma concentração da produção brasileira

em um pequeno grupo de médias e grandes companhias, em decorrência da redução do número de micro e

pequenas empresas.

3.3 Oportunidades e tendências

O Instituto de Estudos e Marketing Industrial (IEMI) projeta um crescimento de 2,7% em valores para a produção da

cadeia têxtil no Brasil e uma queda de 2,1% da produção em toneladas este ano. Os dados são do Brasil Têxtil 2013,

relatório da entidade apresentado para membros do Comitê da Cadeia Produtiva da Indústria Têxtil (Comtêxtil) da

Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta terça-feira (20/08).

Segundo relatório, somente a indústria de vestuário deve registrar um crescimento de 4% da produção em valores, mas

uma queda de 0,8% em volume de peças.

As importações da cadeia têxtil, no entanto, devem aumentar em 3,6% em 2013, enquanto as exportações do segmento

devem recuar 6,3%, prevê o IEMI. Para o setor de vestuário, o instituto projeta um aumento de 10,1% nas importações

e queda de 6,3% nas exportações.

No estudo acredita-se que, se o câmbio continuar com uma trajetória de “realinhamento” do dólar ante o real, “talvez as

coisas comecem a melhorar”, mas ainda falta resistência ao setor têxtil para superar cenários econômicos mais

adversos. “O ambiente econômico, a questão do câmbio, tudo isso atrapalhou. Mas, mesmo assim, empresas de outros

setores conseguiram se destacar porque trabalharam muito”, alerta o diagnóstico.

Dentro desse novo cenário, com uma taxa que deverá navegar em torno de R$ 2,40 a R$ 2,80 por dólar, ao menos nos

próximos meses, segundo estimativas do próprio mercado financeiro, as grandes redes de varejo de moda do Brasil já

começam a se movimentar no sentido de ampliar suas compras internas. Enfim, surge uma nova perspectiva para

aqueles que temiam, com alguma dose de razão, pelo futuro da indústria têxtil brasileira.

Posicionado entre os cinco maiores produtores globais, e ainda o maior fora da Ásia, como revelam os indicadores

apontados no mencionado relatório, independentemente do posicionamento do câmbio atual, o Brasil se vê à frente de

grandes desafios para voltar a crescer na produção de têxteis e confeccionados, a um ritmo que se aproxime do da

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produção mundial que hoje, após a crise internacional de 2008, volta a apresentar taxas agregadas de expansão

superiores a 6% ao ano, bem superiores ao crescimento do PIB mundial (na casa de 4,5%).

Tais desafios transcendem a eficiência e a organização fabril das empresas têxteis e confeccionistas, uma vez que eles

se postam como obstáculos a uma enorme gama de outros setores de produção nacionais, em especial aos intensivos

em mão de obra e que se estruturam em longas cadeias produtivas, com diversos elos fabris se sucedendo no

processo de agregação de valor.

O atual ambiente produtivo do país, como é sabido, não oferece ainda as condições mais favoráveis ao investimento

industrial e uma reforma tributária sustentada por um novo pacto federativo é fundamental para que a nação transpasse

a antessala em que se encontram os países em desenvolvimento e avance para a tão desejada condição de país

desenvolvido.

Com relação às estratégias competitivas da cadeia TC, Prochink (2002) as dividiu por grupos de países da seguinte

forma:

1. Os países desenvolvidos buscam:

inovações tecnológicas ao nível da cadeia (gestão de fornecedores), produtos (ampliação do conteúdo

tecnológico) e processos (automação e escala);

inovações mercadológicas, com maior conformidade à moda e reforço das marcas comerciais, procurando

manter seu papel como contratantes responsáveis pela marca e pelo desenho;

dentro de cada elo, especialização em segmentos mais intensivos em capital; e entre elos, transferência para

países vizinhos de processos produtivos em que são menos eficientes.

2. Os países em desenvolvimento mais bem-sucedidos na cadeia desejam:

empregar as mesmas técnicas que os desenvolvidos, seguindo de perto com custo mais baixo as inovações

tecnológicas e tendências comerciais que se consolidam;

transferir processos produtivos em que são menos efi cientes para países vizinhos ou vizinhos de seus

mercados de exportação;

direcionar esforços para aumentar o grau de autonomia frente aos compradores, passando de fornecedores de

empresas OEM (Original equipment manufacturer – fornecedor de pacote completo) para vendedores dos seus

próprios desenhos e, se possível, das próprias marcas.

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3. Os países em desenvolvimento com menor renda per capita pretendem:

ampliar sua participação na produção das etapas mais intensivas em mão-de-obra, integrando-se a cadeias

internacionais de produção e comercialização;

aprimorar paulatinamente produtos e processos, de forma a aumentar o valor dos produtos vendidos e evitar

que a produção se desloque para concorrentes;

criar base empresarial e expandir suas empresas, possivelmente valendo-se da concorrência entre

compradores no mercado internacional para aumentar seu grau de autonomia, passando de montadores para

empresas que vendem seus produtos em regime de OEM.

O Brasil, contudo, não se encaixa em nenhum desses grupos, por ser um participante menor no comércio internacional

da cadeia TC.

Tabela 11: Programas voltados para o setor têxtil e confecções

Fonte: Elaboração própria

3.4 Perspectivas tecnológicas

Do ponto de vista tecnológico, em grande medida, o setor absorve as inovações tecnológicas desenvolvidas no setor de

máquinas têxteis e no setor de fibras químicas. No entanto, as diferentes aplicações finais e as possibilidades de

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segmentação de mercado no elo final da cadeia colocam como elemento fundamental de competitividade a capacidade

de diferenciar produtos e de atender de maneira flexível às mudanças nos padrões de preferência dos consumidores.

No Brasil, enquanto as etapas de tecelagem e, principalmente a fiação, são relativamente mais intensivas em capital e

escala, com maior possibilidade de automatização do processo produtivo, a etapa de confecção e vestuário continua

sendo bastante intensiva em mão-de-obra (ABDI, 2008). Não é a toa que a etapa de confecção apresenta grande

pulverização na Regional FIEMG Zona da Mata e é composta predominantemente por micro e pequenas empresas, e

as etapas de fiação e tecelagem estão concentradas em poucas empresas de grande porte, como a Companhia

Industrial e a Cia Manufatora de Tecidos de Algodão Cataguases, em Cataguases, a Companhia Fabril Mascarenhas

em Alvinópolis, como observado no mapeamento acima.

Nesse sentido, iniciativas para a promoção do desenvolvimento da cadeia produtiva devem dialogar com essas grandes

empresas, principalmente no que diz respeito à introdução de técnicas inovadoras para o setor na regional como um

todo. O desenvolvimento de fibras artificiais e químicas e produção de tecidos com fibras mistas é um exemplo dessa

inovação e de agregação de valor no produto final.

É importante salientar que a cadeia TC tem como característica ser consumidora de tecnologia, pois as inovações

costumam ocorrer de forma exógena, seja via empresas fornecedoras de máquinas e equipamentos, seja por empresas

produtoras de fibras químicas e corantes.

No primeiro grupo, a tecnologia desenvolvida costuma ser incremental e diz respeito à velocidade e à escala das

máquinas e equipamentos, principalmente na fi ação e tecelagem/malharia, além da inserção de tecnologia de

informação como o CAD/CAM (por exemplo, máquinas industriais que imprimem o desenho direto nos tecidos).

Esses avanços permitem diminuir o tamanho dos lotes de produção e realizar mudanças rápidas no produto, além de

facilitar a detecção de problemas/ineficiências na linha de produção e o controle da qualidade dos produtos. Há também

a possibilidade de aprimoramento dos equipamentos em uso, com a utilização de dispositivos que otimizam as

instalações e o uso dos insumos, como a incorporação da microeletrônica e da informática como ferramentas que

aprimoram produtos e serviços a custos menores.

O segundo grupo tem alta sofisticação tecnológica, com pesquisas que buscam a aproximação das características das

fibras químicas com as das fibras naturais, além de desenvolver diferentes qualidades de fibras e cores visando à

ampliação do mercado. A inovação encontra-se na aplicação de nanotecnologia (mudança molecular da estrutura das

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fibras), biotecnologia e tecnologias da informação e comunicação (TIC), para a obtenção de tecidos com maior

resistência, conforto, proteção e hidratação, entre outras características.

Nos elos da cadeia TC, temos o seguinte:

As inovações em fiação e tecelagem encontram-se na possibilidade de misturar fibras naturais e

químicas, bem como produzir os desenhos a serem aplicados nos tecidos e cortes por meio do

CAD/CAM. Os avanços tecnológicos (especialmente na área de microeletrônica) tornam esses elos

cada vez mais intensivos em capital;

O elo acabamento, quando são realizados os tratamentos físico e físico-químico do artigo têxtil com o

objetivo de alterar sua aparência para torná-lo mais atrativo comercialmente, é o mais complexo em

termos tecnológicos e é altamente intensivo em capital; esse elo está se tornando cada vez mais

importante, pois o beneficiamento dos artigos têxteis, desde os tratamentos primários (cozimento,

alvejamento, tingimento e estamparia) até o terciário (aplicação de resinas, lavagem especiais etc.),

agrega mais valor ao produto e melhora sua qualidade. Vale ressaltar também que esse elo demanda

alta responsabilidade ambiental e a maioria dos países implementou rígida legislação que aumenta a

necessidade de avanços contínuos nos padrões de qualidade, com a otimização dos insumos

utilizados; e

No elo confecção, a possibilidade de inovação tem sido marginal, dada a grande relevância do fator

humano. Os avanços mais significativos estão nas fases de desenho e corte, com a aplicação do

sistema CAD/CAM e o acoplamento de dispositivos eletrônicos nas máquinas de costura para

aumentar a precisão no acabamento. No segmento de vestuário, em especial, as maiores inovações

ocorrem no design do produto.

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3.5 Elos chave e Fatores Críticos de Sucesso (FCS)

A cadeia produtiva TC é formada por diversos segmentos industriais que são autônomos, cuja interação, porém, é

fundamental para a sua organização.

A indústria têxtil e de confecção é bastante ampla e é composta por várias etapas produtivas inter-relacionadas.

Basicamente, podem ser destacadas 4 etapas:

1) fiação: produção de fios ou filamentos que serão preparados para a etapa da tecelagem;

2) tecelagem: fabricação de tecidos planos ou tecidos de malha (malharia) e de tecnologia de não-tecidos;

3)acabamento: operações que conferem ao produto conforto, durabilidade e propriedades específicas;

4) confecção: desenho, confecção de moldes, gradeamento, encaixe, corte e costura. Na etapa final, os

produtos podem tomar a forma de vestuário, de artigos para o lar (cama, mesa, banho, decoração e limpeza), ou para a

indústria (filtros de algodão, componentes para o interior de automóveis, embalagens etc.). O produto final de cada uma

dessas fases é a matéria-prima da fase seguinte, o que denota à cadeia têxtil e de confecção um caráter bastante

diversificado, sendo cada setor composto por grande número de segmentos diferenciados, com dinâmicas, estruturas

físicas e players próprios.

Há ainda a interface com a indústria química, dada a necessidade de insumos químicos para diversos tipos de

tratamento desde as fibras até os bens acabados, e a indústria de bens de capital, tendo em vista as máquinas e

equipamentos que perpassam toda a cadeia. A figura abaixo apresenta o fluxograma resumido da estrutura produtiva

da cadeia têxtil e de confecções:

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Figura5: Estrutura da cadeia produtiva têxtil e de confecções

Fonte: Elaboração própria

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A indústria têxtil e de confecção mundial vem passando por importantestransformações relacionadas às suas bases

competitivas, que se tornam cada vez mais dependentes do conhecimento das transformações nos mercados (que se

tornam cadavez mais sofisticados e globalizados), e de uma logística estruturada, que possibilite maior integração entre

os diferentes elos da cadeia.

As grandes empresas que comandam a cadeia globalmente passaram a focar suas atividades e seus esforços nos

ativos intangíveis como marca, desenvolvimento de produto, marketing, canais de distribuição e comercialização e

passaram a deslocar as etapas produtivas para regiões onde o custo do trabalho é menor, como para a China,

sobretudo no segmento de vestuário. Nesse contexto de concorrência internacional mais acirrada, a indústria têxtil e de

confecção brasileira enfrenta o desafio de elevar sua competitividade de maneira a aumentar sua inserção no mercado

internacional e preservar espaços no mercado doméstico. No entanto, em seu conjunto, a indústria têxtil e de confecção

permanece com baixo grau de produtividade e pouco competitiva internacionalmente, principalmente em espaços como

a Zona da Mata.

Nesse sentido, o aumento da competitividade internacional e a preservação do mercado doméstico estão diretamente

ligados à busca de focos de especialização que procurem não concorrer diretamente com produtos já estruturados

pelas cadeias produtivas organizadas pelos grandes produtores e compradores globais.

Tabela 12: Fatores competitivos relevantes para o setor têxtil

Fonte: Campos (2000)

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4 Considerações Finais

O segmento têxtil, especialmente confecções, e o ramo calçadista foram seriamente afetados pela emergência da

concorrência chinesa, exigindo urgência na redefinição do posicionamento estratégico desses segmentos. Além disso,

ambos os setores enfrentam sérias dificuldades com a competição desleal ocasionada pelo elevado grau de

informalidade e pirataria de produtos, que são realidade comum nesses ramos.

Especificamente em relação ao segmento têxtil, Minas Gerais enfrenta questões complexas:

- a indústria têxtil mineira é especializada em produtos à base de algodão, mas o pólo produtor dessa matéria-prima

está no Centro-Oeste do Brasil o que resulta em elevados custos de transporte;

- a evolução no sentido da utilização de fibras sintéticas também esbarra no problema do fornecimento, uma vez que

tais fibras são importadas de outros estados;

- a presença de grandes empresas têxteis é reduzida e as pequenas e médias empresas do segmento estão

tecnologicamente defasadas;

- o peso relativo do segmento de confecções é baixo.

Dificilmente o Estado conseguirá concorrer com as condições competitivas da produção de algodão no Centro-Oeste

brasileiro. Seria interessante avaliar o redirecionamento do segmento de fiação e tecelagem para a produção de

produtos à base de fibras sintéticas e, a partir de uma resposta positiva, prover a instalação de empresas produtoras de

fibras sintéticas verificando o porte das plantas para produção do insumo.

Mas a prioridade, consideradas as perspectivas de crescimento das exportações e a exploração de nichos específicos

de mercado, é o fortalecimento do segmento de confecções.

O crescimento exponencial dos produtos TC asiáticos nos mercados mundiais, em especial da China, desestabilizou os

demais países produtores de têxteis e confeccionados e acirrou a competição global. Nessa conjuntura, tornou-se

fundamental para a sobrevivência das empresas da cadeia TC desenvolver estratégias competitivas diferenciadas,

baseadas na utilização da inovação tecnológica como um instrumento relevante para inserção no mercado mundial.

Tão importante quanto a atualização tecnológica, no padrão competitivo atual da indústria têxtil e de confecção, é

fundamental o conhecimento e atendimento rápido às mudanças nas preferências dos consumidores. Dessa forma, a

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difusão de técnicas de supply chain management e a maior integração da cadeia produtiva, partindo da ponta do

consumo final para trás é fundamental.

Existe, portanto, um conjunto de ações importantes que merecem atenção das políticas públicas, em função da

importância econômica da cadeia têxtil e vestuário, em especial pelo potencial de geração de empregos, mas também

pela percepção de que o setor pode ter um desempenho muito melhor do que o verificado no período recente, tanto no

mercado interno quanto no mercado externo.

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5 Referências

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Reestruturação Produtiva da Indústria Têxtil Brasileira: uma análise comparativa das Regiões Nordeste e Sul

(1985 - 1998). João Pessoa: UFPB/CME, 2000.

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<http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/radar/130911_radar28.pdf>. Acesso em: 20 de setembro

de 2013.

Relatório de Acompanhamento Setorial: Têxtil e Confecção. Volume I. Agência Brasileira de Desenvolvimento

Industrial. 2008. Disponível em:

<http://www.abdi.com.br/Estudo/textil%20e%20confeccao%20junho%2008.pdf>. Acesso em 24 de setembro

de 2013.

Panorama da Cadeia Produtiva Têxtil e de Confecções e a Questão da Inovação. Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social. 2009. Disponível em:

<http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/bnset/Se

t2905.pdf>. Acesso em 26 de setembro de 2013.

PROCHNIK, V. A cadeia têxtil/confecção perante os desafios da Alca e do acordo comercial com a União

Européia. Economia, v. 4, n. 1, p. 19-52, jan./jun. 2003.

RANGEL, A. S. Uma agenda de competitividade para a indústria paulista. São Paulo: Instituto de Pesquisas

Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), fev. 2008.

RUFINO, L. A. S. Análise dos critérios competitivos: um estudo de caso do setor têxtil brasileiro. São Paulo,

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ABDI – AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL. Panorama setorial – têxtil e

confecção. Série Cadernos da Indústria ABDI, v. V, Brasília, 2008.

Reportagem “As 15 maiores empresas têxteis” da Revista Exame. Disponível em:

<http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/as-15-maiores-empresas-texteis>. Acesso em: 19 de setembro

de 2013.

Inove em Minas. Governo Estadual de Minas Gerais (2010). Disponível em: <http://inventta.net/wp-

content/uploads/2010/07/26020100412-Inove_em_Minas.pdf>. Acesso em: 1º de setembro de 2013.

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Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em:

<http://portal.mte.gov.br/rais/estatisticas.htm>. Acesso em: de 2 a 14 de setembro de 2013.

Sítio eletrônico do IPEAdata: <www.ipeadata.gov.br>. Acesso em: de 2 a 14 de setembro de 2013.

Sítio eletrônico do IBGE: <www.ibge.gov.br>. Acesso em: de 2 a 14 de setembro de 2013.

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Sítio eletrônico da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção: <http://www.abit.org.br>. Acesso

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Sítio eletrônico do Instituto de Pesquisas Tecnológicas: <http://www.ipt.br>. Acesso em: 18 de setembro de

2013.

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Anexos

Tabela 13: Matriz de projetos

Fonte: Elaboração própria

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Figura 6: Notícia sobre o setor em Minas Gerais

Fonte: Acontece – Sistema FIEMG

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Figura 7: Notícia sobre oportunidade para o setor

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Fonte: Jornal Estadão