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tributarioparaconcursos.wordpress.com Questões de Direito Tributário Resolvidas Centro de Seleção UFG 1 1 - ADVOGADO – COREN/GO 2010 (UFG) A obrigação de pagar tributo decorre de uma relação jurídica que dá origem ao crédito tributário. A respeito da obrigação tributária, conclui-se que (A) a obrigação tributária acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações positivas ou negativas de interesse do contribuinte. (B) a obrigação tributária surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. (C) o crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta, e após constituído, modifica-se ou extingue-se mediante pagamento. (D) as circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou que excluem sua exigibilidade, afetam diretamente a obrigação tributária que lhe deu origem. Letra A: incorreta. Cobrou entendimento do art. 113, § 2º, do CTN: Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória. § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Obviamente, as prestações relacionadas às obrigações acessórias são elaboradas no interesse da arrecadação/fiscalização, e não no interesse do contribuinte. Letra B: correta. Transcrição literal do art. 113, § 1º, do CTN. Letra C: incorreta. A questão buscou seu fundamento nos artigos 139 e 140 do CTN. Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta. Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 1

1 - ADVOGADO – COREN/GO 2010 (UFG)

A obrigação de pagar tributo decorre de uma relação jurídica que dá origem ao

crédito tributário. A respeito da obrigação tributária, conclui-se que

(A) a obrigação tributária acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto

as prestações positivas ou negativas de interesse do contribuinte.

(B) a obrigação tributária surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o

pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o

crédito dela decorrente.

(C) o crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza desta,

e após constituído, modifica-se ou extingue-se mediante pagamento.

(D) as circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus

efeitos, ou que excluem sua exigibilidade, afetam diretamente a obrigação tributária

que lhe deu origem.

Letra A: incorreta. Cobrou entendimento do art. 113, § 2º, do CTN:

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as

prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da

fiscalização dos tributos.

Obviamente, as prestações relacionadas às obrigações acessórias são elaboradas

no interesse da arrecadação/fiscalização, e não no interesse do contribuinte.

Letra B: correta. Transcrição literal do art. 113, § 1º, do CTN.

Letra C: incorreta. A questão buscou seu fundamento nos artigos 139 e 140 do CTN.

Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza

desta.

Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus

efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua

exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 2

O examinador considerou a questão errada, pois na verdade o crédito tributário

modifica-se ou extingue-se nos casos previstos no CTN. Pagamento é uma das causas

de extinção do crédito tributário (CTN, art. 156, I).

Art. 156. Extinguem o crédito tributário:

I – o pagamento;

Letra D: incorreta. Contraria o art. 140 do CTN:

Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus

efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua

exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.

Gabarito: B

2 – PROCURADOR – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2010 (UFG)

Leia o fragmento a seguir.

A lei descreve um fato e atribui a este o efeito de criar uma relação entre alguém e o

Estado. Ocorrido o fato, que em Direito Tributário denomina-se fato gerador ou fato

imponível, nasce a relação tributária, que compreende o dever de alguém (sujeito

passivo da obrigação tributária) e o direito do Estado (sujeito ativo da obrigação

tributária).

MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 30 ed. Ver. Atual. Ampl. São

Paulo: Malheiros, 2009, p. 121

Nesta relação jurídica tributária,

(A) A hipótese de incidência, sinônimo do fato gerador, enseja o início da obrigação

tributária.

(B) a obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservância, não pode

converter-se em obrigação principal relativamente a penalidade pecuniária.

(C) para a definição legal do fato gerador é irrelevante, a validade jurídica dos atos

efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis ou terceiros.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 3

(D) os entes tributantes União, Estados, Municípios e Distrito Federal, detentores de

competência tributária, são os únicos que poderão ser os sujeitos ativos de

obrigação tributária.

Letra A: incorreta. Hipótese de incidência é a situação prevista em lei que quando

ocorre no mundo fático enseja o início da obrigação tributária.

Dito de outra forma: hipótese de incidência é a abstração legal; fato gerador é a

concretização da hipótese de incidência.

Esse entendimento é doutrinário. O próprio CTN trata, algumas vezes, os dois

conceitos como sendo a mesma coisa. Veja, por exemplo, o art. 114:

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como

necessária e suficiente à sua ocorrência.

Letra B: incorreta. Contraria o art. 113, § 3º, do CTN:

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em

obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

Letra C: correta, nos termos do art. 118, I, do CTN:

Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:

I – da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes,

responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

Letra D: incorreta. Sujeito ativo é o detentor da capacidade tributária ativa (poder para

cobrar, exigir e fiscalizar o tributo). Embora a competência tributária seja indelegável,

a capacidade ativa pode ser delegada a outras pessoas jurídicas de direito público

(CTN, art. 7º):

Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de

arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões

administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito

público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 4

É o que acontecia com as contribuições previdenciárias num passado recente. A

detentora da competência tributária é a União, mas esta delegava a capacidade ativa

para o INSS, autarquia federal que cobrava, exigia e fiscalizava esses tributos, sendo o

então o sujeito ativo da respectiva obrigação tributária.

Gabarito: C

3 – FISCAL DE TRIBUTOS – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2012 (UFG)

A Constituição Federal de 1988 reservou à lei complementar o estabelecimento de

normas gerais de legislação tributária aí inseridas aquelas relativas ao instituto da

obrigação tributária. No que concerne à obrigação tributária principal e acessória:

(A) a inobservância da obrigação acessória acarreta uma obrigação principal

relativamente à sanção pecuniária.

(B) as prestações positivas ou negativas, objeto da legislação, são classificadas como

obrigação tributária principal.

(C) as obrigações tributárias, de conteúdo patrimonial, são classificadas como

obrigações tributárias acessórias.

(D) a obrigação tributária, de conteúdo formal, é classificadas como obrigação

tributária principal.

Letra A: correta, nos termos do art. 113, § 3º, do CTN:

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em

obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.

Letra B: incorreta. Obrigação tributária principal é obrigação positiva de pagar tributo

ou penalidade pecuniária (CTN, art. 113, § 1º):

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o

pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o

crédito dela decorrente.

Logo, uma prestação negativa (deixar de fazer alguma coisa, abster-se de determinada

conduta), não pode ser considerada obrigação principal.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 5

Letra C: incorreta. Obrigação tributária de conteúdo patrimonial é aquela que se

subtrai do patrimônio do contribuinte, sendo classificada, por conseguinte, como

obrigação principal (e não acessória).

Letra D: incorreta. Como mencionado na letra B, obrigação de pagar tributo ou

penalidade pecuniária é considerada obrigação principal. Já as obrigações de conteúdo

meramente formal (entregar declaração, manter registro de estoques, etc.) são

entendidas como acessórias.

Gabarito: A

4 – ADVOGADO – COREN/GO 2010 (UFG)

Sobre o instituto da capacidade tributária ativa, que implica no poder de ser sujeito

ativo na relação jurídico-obrigacional de natureza tributária, nos termos do Código

Tributário Nacional,

(A) a ausência do exercício da competência tributária pelo ente público permite a

transferência da competência a outro ente político com interesse na relação

tributária.

(B) a delegação de capacidade tributária ativa confere ao arrecadante todos os

privilégios processuais inerentes à pessoa jurídica titular da competência tributária.

(C) o cometimento, a pessoas jurídicas de direito privado, da atribuição de arrecadar

tributos implica na delegação de capacidade tributária ativa.

(D) a revogação da capacidade tributária ativa depende de deliberação da pessoa

jurídica a quem foi delegada a atribuição.

Letra A: incorreta. Contraria o art. 8º do CTN:

Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de

direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.

Letra B: correta, nos termos do art. 7º, § 1º, do CTN:

Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de

arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões

administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito

público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 6

§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à

pessoa jurídica de direito público que a conferir.

Letra C: incorreta. Quando uma pessoa política, detentora de competência tributária,

atribui a pessoa jurídica de direito privado a função ou encargo de arrecadar tributos,

não está ocorrendo delegação de capacidade tributária ativa.

Capacidade tributária ativa é o poder de fiscalizar, cobrar e arrecadar tributos.

Essa transferência de encargo implica somente no poder de arrecadar, geralmente

direcionado ao sistema bancário.

Em outras palavras, o banco pode até receber o seu IPVA, por exemplo, mas isso não

quer dizer que ele possa fiscalizar ou cobrar de você o pagamento do imposto.

O examinador parece ter criado essa questão com base no artigo 7º, § 3º, do CTN,

misturando os conceitos de “delegação de competência” e “delegação de capacidade

tributária ativa”.

§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito

privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.

Letra D: incorreta. Contraria o art. 7º, § 2º, do CTN:

§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa

jurídica de direito público que a tenha conferido.

Em outras palavras, quem delegou a capacidade tributária ativa pode revogar a

delegação a qualquer tempo, sem necessidade de anuência de quem recebeu a

recebeu.

Gabarito: B

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 7

5 – ADVOGADO – PREF. GOIÂNIA 2007 (UFG)

Nas obrigações tributárias, declaradas pelo lançamento,

(A) o sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que

constituam o seu objeto.

(B) as convenções particulares relativas à responsabilidade pelo pagamento de

tributos podem, por si só, ser opostas à Fazenda Pública para fins de benefício de

ordem em execução fiscal.

(C) a capacidade tributária passiva depende da capacidade civil das pessoas naturais.

(D) a capacidade tributária passiva depende da regular constituição da pessoa

jurídica.

Letra A: correta, nos exatos termos do artigo 122 do CTN.

Letra B: incorreta. Contraria o comando do artigo 123 do CTN:

Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública , para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

Letra C: incorreta. Contraria o artigo 126, I, do CTN:

Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:

I - da capacidade civil das pessoas naturais;

Letra D: incorreta. Contraria o artigo 126, III, do CTN:

Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:

III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional.

Gabarito: A

6 – PROCURADOR – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2010 (UFG)

A responsabilidade solidária

(A) é atribuída, pela lei, a terceira pessoa desvinculada da situação que constitua o

fato gerador da respectiva obrigação principal.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 8

(B) pode ser atribuída, pela legislação, a diversas pessoas, não comportando por

parte dessas a invocação do benefício de ordem.

(C) é atribuída, pela lei, às pessoas que tenham interesse comum na situação que

constitua o fato gerador da obrigação principal.

(D) pode ser atribuída, pela legislação, a pessoas que tenham interesse comum na

situação que constitua o fato gerador da obrigação principal.

A questão se resolve com o conhecimento do artigo 124 do CTN:

Art. 124. São solidariamente obrigadas:

I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;

II - as pessoas expressamente designadas por lei.

Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

Letra A: incorreta. As pessoas solidariamente obrigadas devem ter interesse comum na

situação ensejadora do fato gerador.

Letra B: incorreta. A responsabilidade solidária deve ser atribuída por lei, e não pela

legislação, que é um conceito mais abrangente e inclui toda a sorte de normas

tributárias infralegais.

Letra C: correta, conforme se depreende dos incisos I e II acima.

Letra D: incorreta. A responsabilidade deve ser atribuída por lei.

Gabarito: C

7 - PROCURADOR – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2010 (UFG)

Um imóvel foi levado a hasta pública em razão de execução movida pela Fazenda

Pública Municipal de Aparecida de Goiânia. O arrematante, adquirente desse bem,

(A) é responsável integralmente por eventuais créditos tributários (impostos, taxas

de serviço, contribuição de melhoria) relativos ao bem arrematado,

independentemente da data da constituição desses.

(B) é responsável solidariamente com o antigo proprietário por eventuais créditos

tributários (impostos, taxas de serviço, contribuição de melhoria) relativos ao bem

arrematado.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 9

(C) é eximido de responsabilidade por eventuais créditos tributários (impostos, taxas

de serviço, contribuição de melhoria) relativos ao bem arrematado, já que esses se

sub-rogam sobre o respectivo preço.

(D) é responsável integralmente por todos os créditos tributários (impostos, taxas de

serviço, contribuição de melhoria) relativos ao bem arrematado, constituídos até a

data da aquisição em hasta púbica.

A situação descrita na questão é regulada pelo parágrafo único do artigo 130 do CTN:

Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.

Em outras palavras, o arrematante fica eximido de qualquer responsabilidade pelo

pagamento de tributos, já que, em tese, o valor pago na arrematação deve ser

utilizado para quitar ou reduzir o saldo de eventuais dívidas tributárias que recaiam

sobre o bem.

Gabarito: C

8 – ADVOGADO – COREN/GO 2010 (UFG)

De acordo com os princípios e imunidades, estatuídos na Constituição de 1988 na

seção das “Limitações ao poder de tributar’ e, especificamente, com relação às

contribuições criadas no interesse de categorias profissionais ou econômicas,

(A) os benefícios fiscais lícitos serão concedidos mediante lei específica federal e que

regule exclusivamente esta matéria ou esta contribuição.

(B) a redução ou restabelecimento de suas alíquotas pode ocorrer por ato infralegal,

não se lhe aplicando o princípio da reserva legal.

(C) a norma veiculadora de aumento do tributo observará o princípio da noventena,

dispensando observância ao princípio da anterioridade de exercício.

(D) o seu prazo de recolhimento pode ser reduzido por instrumento infralegal, não se

lhe aplicando o princípio da reserva legal.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 10

Letra A: incorreta, segundo a UFG.

Acredito que o examinador tenha tomado como base o artigo 150, § 6º, da CF/88:

§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII, g.

E deve ter considerado a alternativa incorreta porque fala apenas em lei federal,

quando o dispositivo constitucional fala também em lei estadual ou municipal.

Acontece que o caput da questão trata especificamente de contribuições criadas no

interesse de categorias profissionais ou econômicas, e a competência tributária para

instituir esse tributo e, consequentemente, conceder benefícios fiscais, é da União

(CF/88, art. 149, caput).

Logo, é correto afirmar que os benefícios fiscais lícitos relativos a contribuições criadas

no interesse de categorias profissionais ou econômicas serão concedidos mediante lei

específica federal que regule exclusivamente o benefício ou o tributo.

Letra B: incorreta, por absoluta falta de previsão constitucional. Não confunda com a

CIDE-combustíveis ou com o ICMS-monofásico combustíveis, que podem ter suas

alíquotas reduzidas e restabelecidas por ato infralegal (CF/88, arts. 155, § 4º, IV, e 177,

§ 4º, I, b).

Letra C: incorreta. As contribuições de interesse de categorias profissionais ou

econômicas devem observar tanto a anterioridade do exercício como a nonagesimal

(CF/88, art. 149, caput).

Letra D: incorreta.

A jurisprudência do STF é no sentido de que a antecipação do prazo de vencimento

para pagar tributo não deve obediência ao princípio da legalidade estrita (veja o RE

182.971-1, por exemplo).

Num primeiro momento, dei essa questão como correta. Mas após ler um post muito

bem fundamentado do colega Luizleal no Fórum Concurseiros, vejo uma possibilidade

de a questão estar incorreta.

O ilustre colega, em resumo, levantou que existe lei vigente regulando o prazo de

vencimento das anuidades devidas aos órgãos de fiscalização de profissões

regulamentadas (Lei nº 6.994/82).

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 11

Tais anuidades são consideradas contribuições de interesse de categorias profissionais

ou econômicas.

Nessa toada, o prazo para recolhimento não poderia ser alterado por ato infralegal

simplesmente por já haver lei regulando a matéria.

Há controvérsias, pois a questão fala de maneira genérica em “contribuições de

interesse de categorias profissionais ou econômicas”, enquanto a Lei nº 6.994/82

regula o vencimento de um determinado tipo de contribuição.

Questãozinha complicada…

Gabarito oficial: C (pelo menos era o gabarito preliminar).

Gabarito do blog: ANULADA (duas corretas: A e D).

9 – ANALISTA DE GESTÃO/ADVOGADO – CELG/GT 2014 (UFG)

De acordo com o que disciplina a Constituição Federal, em relação ao Sistema

Tributário Nacional, no tocante aos seus princípios gerais e às limitações ao poder de

tributar,

(A) a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios

para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de

guerra externa ou sua iminência.

(B) o disciplinamento sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a

União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, cabe à lei complementar,

resguardando-se à lei ordinária a regulação sobre as limitações constitucionais ao

poder de tributar.

(C) a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir impostos,

em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de

serviços públicos especí ficos e divisíveis.

(D) os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das

respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, sendo proibida a

cobrança da contribuição na fatura de consumo de energia elétrica.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 12

(E) a exigência ou o aumento de tributo sem lei que o estabeleça e a cobrança de

tributos antes de decorridos sessenta dias da data da publicação da lei que os

instituiu ou aumentou são condutas vedadas à União, aos Estados, ao Distrito

Federal e aos Municípios.

Letra A: correta; Literalidade do art. 148, I, da CF/88.

Letra B: incorreta. Tanto a disciplina sobre conflitos de competência em matéria

tributária como a regulação das limitações ao poder de tributar são matérias

reservadas à lei complementar (CF/88, art. 146, I e II):

Art. 146. Cabe à lei complementar:

I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;

Letra C: embora tenha sido dada como gabarito, está nitidamente incorreta.

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir taxas, em

razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de

serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua

disposição (CF/88, art. 145, II).

Letra D: incorreta. A assertiva traz a inteligência do art. 149-A, da CF/88, mas contraria

o parágrafo único desse mesmo artigo ao estatuir que a cobrança da contribuição para

o custeio do serviço de iluminação pública não pode ser cobrada na fatura de consumo

de energia elétrica.

Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma

das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o

disposto no art. 150, I e III.

Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na

fatura de consumo de energia elétrica.

Letra E: incorreta. A assertiva explora os princípios da legalidade e da noventena

(CF/88, art. 150, I e III, c):

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 13

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à

União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

III - cobrar tributos:

c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os

instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b.

A questão erra ao afirmar que os tributos não podem ser cobrados ou majorados antes

de decorridos 60 dias da publicação da lei que os instituiu ou aumentou.

Gabarito preliminar: C

Gabarito do blog: A

10 – ADVOGADO – PREF. GOIÂNIA 2007 (UFG)

O Sistema Tributário Nacional, estabelecido na Constituição da República de 1988,

(A) proíbe a cobrança de impostos sobre igrejas, excetuando-se os templos e demais

locais de cultos religiosos.

(B) proíbe a cobrança de impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços dos

partidos políticos, excetuando-se as fundações instituídas por eles.

(C) proíbe a cobrança de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços por parte de

um ente federativo em relação às autarquias pertencentes aos demais entes

federativos.

(D) permite aos Municípios estabelecerem diferença tributária entre bens e serviços

em razão da origem destes, desde que sejam de Estado-Membro diverso do qual se

encontra o Município tributante.

Letra A: incorreta. A imunidade religiosa do art. 150, VI, b, da CF/88 abrange templos

de qualquer culto.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à

União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

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b) templos de qualquer culto;

Letra B: incorreta. A imunidade assegurada ao patrimônio, renda e serviços dos

partidos políticos estende-se a suas fundações (CF/88, art. 150, VI, c).

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à

União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das

entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência

social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

Letra C: correta. A imunidade recíproca do art. 150, VI, a, da CF/88 estende-se às

autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, conforme se

depreende do § 2º do mesmo artigo.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à

União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e

mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,

vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.

Letra D: incorreta. Contraria o art. 152, da CF/88.

Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer

diferença tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua

procedência ou destino.

Gabarito: C

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11 – FISCAL DE TRIBUTOS – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2012 (UFG)

A competência tributária é atribuída pela Constituição à União, aos estados, ao

Distrito Federal e aos municípios. No entanto, tendo em vista a consagração da

República Federativa do Brasil como Estado Democrático de Direito, o poder de

tributar não é ilimitado. Por isso, com relação aos temas “competência tributária” e

“imunidade”, a

CF/1988, ao tratar das limitações ao poder de tributar, dispõe que

(A) o patrimônio dos templos de qualquer culto, está imune de cobrança de IPTU,

entretanto, haverá incidência da taxa de coleta de lixo, caso determinado em lei.

(B) o tráfego intermunicipal é isento de tributação ante o princípio que veda a

limitação do tráfego de pessoas e bens.

(C) o município é impedido de tributar a prestação de serviços de iluminação pública,

por se tratar de competência privativa da União.

(D) o imóvel das entidades sindicais, das instituições de educação e dos partidos

políticos, quando alugados a terceiros, sofre a incidência do IPTU.

Letra A: correta. Em virtude da imunidade de impostos do art. 150, VI, b, não pode ser

cobrado IPTU de imóveis de entidades religiosas (desde que o imóvel ou a renda dele

proveniente estejam relacionados com as atividades religiosas). Mas essa imunidade é

relativa a impostos, sendo lícita a cobrança de eventual taxa de coleta de lixo.

Letra B: incorreta. O art. 150, V, da CF/88 proíbe a limitação ao tráfego de pessoas ou

bens por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à

União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos

interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de

vias conservadas pelo Poder Público;

Entretanto, a circulação intermunicipal de mercadorias e o transporte intermunicipal

de passageiros é fato gerador de ICMS, com previsão na própria Constituição. É,

portanto, exceção à vedação constitucional acima.

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Ainda que fosse constitucionalmente proibido qualquer tipo de tributação ao tráfego

intermunicipal, tratar-se-ia de imunidade, e não de isenção.

Letra C: incorreta. A contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública é de

competência dos Municípios e do Distrito Federal (CF/88, art. 149-A).

Letra D: incorreta, nos termos da Súmula Vinculante nº 52 do STF:

“Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a

qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição Federal, desde que

o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram

constituídas.”

Gabarito: A

12 – PROCURADOR JURÍDICO – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/GO 2015 (UFG)

Considerando o princípio constitucional da segurança jurídica na tributação,

(A) a legalidade tributária corresponde ao princípio da reserva legal, dado que toda

imposição tributária, em cada um dos aspectos do fato gerador, deve

necessariamente estar prevista em lei no sentido estrito.

(B) a atualização monetária do valor venal dos veículos automotores para fins do

lançamento tributário do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores

(IPVA) não dispensa a edição de lei em sentido estrito.

(C) a cobrança de taxas administrativas pelo Poder Executivo estadual prescinde da

observância do princípio da legalidade tributária, na medida em que decorrentes de

atividade pública típicas do exercício do poder de polícia em prol da ordem pública.

(D) o princípio da anterioridade nonagesimal não se aplica em matéria de taxas de

serviços públicos, considerando que vige o princípio da continuidade do serviço

público, não sendo crível a interrupção do serviço em prol da não surpresa do

contribuinte que já usufruía daquele mesmo serviço.

Letra A: correta. O princípio da legalidade tributária está insculpido no art. 150, I, da

CF/88.

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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

A necessidade de lei para exigir ou aumentar tributo implica, necessariamente, que

cada um dos aspectos do fato gerador do tributo seja previsto em lei no sentido

estrito.

Letra B: incorreta. A mera atualização monetária da base de cálculo não representa

majoração do tributo e, portanto, não é alcançada pela vedação do art. 150, I, da

CF/88.

Inteligência do art. 97, § 2º, do CTN:

§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste

artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.

Letra C: incorreta. Taxa é espécie de tributo e, como tal, deve obediência ao princípio

da legalidade tributária do art. 150, I, da CF/88.

Letra D: incorreta. Taxas não são excetuadas do princípio da anterioridade

nonagesimal (CF/88, art. 150, III, c).

Gabarito: A

13 - PROCURADOR JURÍDICO – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/GO 2015 (UFG)

As imunidades tributárias consistem em limitações constitucionais ao poder de

tributar, estabelecidas pela Constituição Federal com vistas a prestigiar princípios e

direitos fundamentais. Tendo em vista as regras de imunidades tributárias,

(A) o projeto de lei que estabelece a cobrança de IPVA de veículos automotores de

propriedade da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT) é constitucional,

considerando tratar-se de pessoa jurídica de direito privado.

(B) a imunidade tributária aos templos de qualquer culto está limitada ao recinto no

qual é praticado o culto, de modo que são contribuintes de IPVA quando titulares de

veículos automotores.

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(C) a proposta de Emenda à Constituição estadual que restrinja imunidades

tributárias previstas na Constituição Federal é inconstitucional, na medida em que as

imunidades tributárias representam cláusulas pétreas.

(D) o projeto de lei que estabelece adicional de alíquota de 1% (um por cento) ao

ICMS nas operações de exportação é inconstitucional, considerando que é vedada a

tributação de mercadorias destinadas ao exterior.

Letra A: incorreta. A jurisprudência do STF vem se consolidando no sentido de que a

imunidade recíproca do art. 150, VI, a, da CF/88, aplica-se à Empresa Brasileira de

Correios e Telégrafos.

Nesse sentido, os julgados RE 407.099/RS e RE 601.392/PR.

Letra B: incorreta. A imunidade religiosa do artigo 150, VI, b, da CF/88 é extensiva ao

patrimônio e a renda dos templos de qualquer culto, desde que os bens e rendas

envolvidos sejam afetos à atividade religiosa desempenhada. Logo, veículo automotor

utilizado nesse mister é imune ao IPVA.

Letra C: incorreta. A alternativa acerta ao afirmar que proposta de emenda à

Constituição estadual tendente a restringir imunidades tributárias é inconstitucional. A

Constituição Federal é a Lei Maior da República, sendo defeso aos entes federativos

restringir o alcance de quaisquer de seus dispositivos.

Mas a assertiva erra ao afirmar, de modo genérico, que as imunidades tributárias são

cláusulas pétreas.

Apenas as imunidades que traduzem alguma garantia individual do contribuinte ou

que decorram do pacto federativo é que podem ser consideradas cláusulas pétreas.

Assim é que a imunidade religiosa, a imunidade dos livros e a imunidade recíproca, por

exemplo, podem ser consideradas cláusulas pétreas.

Outras limitações ao poder de tributar têm status de imunidade apenas por

aparecerem no texto constitucional, sem se revestir de alguma garantia individual ou

de algum reforço ao pacto federativo.

É o caso, por exemplo, do ouro definido em lei como ativo financeiro ou instrumento

cambial, que é imune a todos os tributos, exceto ao IOF (CF/88, art. 153, § 5º).

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 19

Letra D: incorreta. O projeto de lei é inconstitucional porque fere a regra do artigo 155,

§ 2º, X, a, da CF/88, que imuniza do ICMS as operações que destinem mercadorias ao

exterior. Mas a assertiva erra ao afirmar, de modo genérico, que é vedada a tributação

de mercadorias destinadas ao exterior.

Para citar apenas um caso, o imposto de exportação é exemplo de tributo que pode

incidir sobre mercadorias destinadas ao exterior.

Gabarito: anulada

14 - PROCURADOR JURÍDICO – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/GO 2015 (UFG)

Proposta legislativa de alteração da legislação tributária em matéria do Imposto de

Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deve observar a seguinte norma

constitucional:

(A) a iniciativa é privativa do Chefe do Poder Executivo estadual, na medida em que

poderá representar decréscimo na arrecadação tributária estadual e, por

conseguinte, desequilíbrio fiscal.

(B) a veiculação de incentivo de ICMS prescinde de autorização do Conselho Nacional

de Política Fazendária (CONFAZ) quando concedido com vistas ao desenvolvimento

regional, objetivo da República Federativa do Brasil.

(C) a fixação da data de pagamento do ICMS deve constar necessariamente do

projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa, na medida em que vinculada ao

aspecto temporal do fato gerador do tributo.

(D) a mera alteração da base de cálculo do ICMS está sujeita à observância dos

princípios constitucionais tributários da legalidade e da anterioridade ânua e

nonagesimal.

Letra A: incorreta. Não há impedimento para que a Assembleia Legislativa disponha

sobre matéria tributária. O STF já teve oportunidade de se posicionar a respeito do

assunto quando dos julgamentos das ADIs 2.447 e 2.464:

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 20

"A reserva de lei de iniciativa do chefe do Executivo, prevista no art. 61, § 1º, II, b, da

Constituição, somente se aplica aos Territórios federais." ADI 2.447

"Não ofende o art. 61, § 1º, II, b, da CF, lei oriunda de projeto elaborado na Assembleia

Legislativa estadual que trate sobre matéria tributária, uma vez que a aplicação deste

dispositivo está circunscrita às iniciativas privativas do chefe do Poder Executivo

Federal na órbita exclusiva dos territórios federais." ADI 2.464

Letra B: incorreta. O art. 155, § 2º, XII, g, da CF/88 remete à lei complementar a

regulação da forma com que os estados e o DF deliberarão acerca de isenções,

incentivos e benefícios fiscais relativos ao ICMS.

Essa lei complementar é a LC nº 24/1975, que em seu art. 1º define que tais favores

fiscais serão concedidos ou revogados nos termos de convênios celebrados e

ratificados pelos estados e pelo DF.

Tais convênios são celebrados no âmbito do CONFAZ.

Letra C: incorreta. A fixação do prazo para pagamento de tributo prescinde de lei em

sentido estrito, uma vez que o assunto não se encontra no rol taxativo de matérias

sujeitas à legalidade estrita do art. 97 do CTN.

Letra D: correta, de acordo com a UFG.

Entretanto, a alternativa padece de imprecisão, vez que somente as alterações de base

de cálculo que impliquem majoração do tributo é que devem obedecer ao princípio da

anterioridade do exercício e nonagesimal.

Gabarito: D

15 – PROCURADOR – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2010 (UFG)

O parágrafo único do art. 142 do Código Tributário Nacional estabelece:

A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de

responsabilidade funcional.

A atividade de lançamento é:

(A) ato administrativo que não admite declaração feita pelo sujeito passivo.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 21

(B) ato constitutivo do crédito tributário e reporta-se à lei vigente na data do efetivo

lançamento.

(C) ato que, quando feito de ofício pela autoridade administrativa, pode propor

aplicação de penalidade na forma de Auto de Infração.

(D) ato administrativo revestido de presunção jure et jure de legitimidade.

Letra A: incorreta. Contraria o art. 147, caput, do CTN:

Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de

terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade

administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação.

Letra B: incorreta. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador (CTN,

art. 144, caput).

Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e

rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.

Letra C: correta. É o que se depreende da própria definição de lançamento do artigo

142 do CTN:

Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito

tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a

verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a

matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo

e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.

Letra D: incorreta. Presunção jure et jure é presunção absoluta, que não admite prova

em contrário. Os atos administrativos em geral, incluindo-se aqui o lançamento

tributário, gozam de presunção relativa de legitimidade (juris tantum), de forma que

ao sujeito passivo é dada a possibilidade de impugnar o lançamento regularmente

notificado.

Gabarito: C

16 – ADVOGADO – PREF. GOIÂNIA 2007 (UFG)

Os créditos tributários, constituídos pelo lançamento,

(A) podem ter sua prescrição decretada de ofício pelo Juiz, segundo a jurisprudência

majoritária do Superior Tribunal de Justiça.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 22

(B) podem ser cobrados, mediante ajuizamento de execução fiscal, em até 5 (cinco)

anos, contados da sua constituição definitiva, segundo o Superior Tribunal de Justiça.

(C) decorrem da obrigação principal, e a exclusão de sua exigibilidade afeta a

obrigação principal que lhe deu origem, segundo o Superior Tribunal de Justiça.

(D) têm seu lançamento reportado à data da ocorrência do fato gerador da

obrigação, salvo nos casos do lançamento por homologação, segundo a

jurisprudência majoritária do Superior Tribunal de Justiça.

Letra A: incorreta, pelo gabarito preliminar. Entretanto, mesmo à época da prova, já

era firme a jurisprudência do STJ no sentido de que a prescrição intercorrente (ou seja,

a perda do direito da ação no curso do processo de execução em razão da inércia do

autor da ação, quando este não pratica os atos necessários para seu prosseguimento)

pode ser decretada de ofício pelo juiz (REsp 735.220/RS).

Pode-se argumentar que a alternativa não se refere à prescrição intercorrente, mas à

prescrição comum. Nessa caso, a questão estaria incorreta à época da prova.

Todavia, com a edição da Súmula 409 do STJ em 2009, a assertiva passa a ser

verdadeira:

Em execução fiscal, a prescrição ocorrida antes da propositura da ação pode ser

decretada de ofício (art. 219, § 5.º, do CPC).

Letra B: correta. O STJ disse isso? É bem provável, já que se trata de comando

incontroverso do artigo 174, caput, do CTN:

Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos,

contados da data da sua constituição definitiva.

Letra C: incorreta. Contraria o artigo 140 do CTN:

Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus

efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua

exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.

Letra D: incorreta. Nos termos do art. 144 do CTN, o lançamento reporta-se à data da

ocorrência do fato gerador. Isso vale, inclusive, para lançamentos sujeitos a

homologação, de forma que inexiste a citada jurisprudência do STJ.

Gabarito: B

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 23

17 – FISCAL DE TRIBUTOS – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2012 (UFG)

Após sua constituição, o crédito tributário pode ser suspenso, extinto ou excluído.

São modalidades de exclusão do crédito tributário

(A) a moratória e a remissão.

(B) a transação e a compensação.

(C) a imunidade e a transação.

(D) a isenção e a anistia.

As causas de exclusão do crédito tributário são aquelas descritas no artigo 175, I e II,

do CTN.

Art. 175. Excluem o crédito tributário:

I - a isenção;

II - a anistia.

Gabarito: D

18 - FISCAL DE TRIBUTOS – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2012 (UFG)

A concessão de benefícios fiscais está condicionada à edição de lei específica e

exclusiva. No caso da publicação de três leis: a primeira dispensando o pagamento

de tributo; a segunda perdoando infração; a terceira perdoando crédito tributário

relativamente à multa. As três normas, tratam, respectivamente, dos seguintes

benefícios:

(A) remissão total, decadência, prescrição.

(B) transação, isenção, moratória.

(C) decadência, isenção, remissão.

(D) isenção, anistia, remissão parcial.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 24

Dispensa legal do pagamento do tributo: isenção (CTN, art. 176). Impede que o crédito

tributário seja constituído relativamente ao tributo.

Perdão legal da infração: anistia (CTN, art. 180). Impede que o crédito tributário seja

constituído relativamente à penalidade pecuniária.

Perdão do crédito tributário relativamente à multa: remissão parcial (CTN, art. 172).

Nesse caso, o crédito tributário já se encontra constituído e há o perdão parcial da

dívida, somente no que diz respeito à multa.

Gabarito: D

19 - FISCAL DE TRIBUTOS – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2012 (UFG)

A Empresa “X” promoveu, em 20/01/2009, nos termos de lei municipal,

parcelamento de ISSQN, antecipando-se a qualquer procedimento fiscal relativo ao

crédito tributário parcelado e vem cumprindo rigorosamente o pagamento das

prestações. Diante da situação hipotética e com base nas normas que regulam a

matéria, o parcelamento

(A) exclui a imposição de multa para a Empresa “X”, em razão da denúncia

espontânea, mas inclui os juros moratórios e a correção monetária.

(B) dispensa a Empresa “X” do cumprimento das obrigações acessórias dependentes

da obrigação principal.

(C) suspende a exigibilidade do crédito, se regularmente cumprido, garantindo à

Empresa “X” certidão positiva com efeito negativo.

(D) tem interpretação extensiva e pode ser concedido a outras pessoas jurídicas sem

contemplação por lei municipal.

Letra A: incorreta. Parcelamento não é causa de exclusão do crédito tributário, mas

sim de suspensão (CTN, art. 151, VI).

Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

VI – o parcelamento.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 25

Letra B: incorreta. As causas de suspensão de exigibilidade não dispensam o

cumprimento de obrigações acessórias (CTN, art. 151, parágrafo único).

Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações

assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela

conseqüentes.

Letra C: correta. Nos termos do art. 151, VI, do CTN, transcrito acima, combinado com

o art. 206, também do CTN.

Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a

existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido

efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

Letra D: incorreta. Nos termos do art. 155-A do CTN, o parcelamento será concedido

na forma e condição estabelecidas em lei específica.

Além disso, a legislação que dispõe sobre causas de suspensão da exigibilidade do

crédito tributário deve ser interpretada literalmente (e não extensivamente), nos

termos do art. 111, I, do CTN.

Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:

I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;

Gabarito: C

20 – PROCURADOR – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2010 (UFG)

No caso de existir, simultaneamente, dois ou mais débitos vencidos do mesmo

sujeito passivo para com o Município, sendo relativos ao mesmo ou a diferentes

tributos ou provenientes de multas ou juros de mora, a autoridade administrativa

competente determinará

(A) a respectiva imputação discricionariamente, recebendo o pagamento

independentemente da espécie de tributo a que se refere ou da natureza do sujeito

passivo.

(B) a respectiva imputação, obedecida a ordem enumerada na norma geral,

recebendo, em primeiro lugar, os débitos por obrigação própria e, em segundo, os

decorrentes de responsabilidade tributária.

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(C) a respectiva imputação, obedecida à ordem enumerada na norma geral,

recebendo os débitos em ordem crescente, em razão dos montantes.

(D) a respectiva imputação, obedecida à ordem enumerada na norma geral,

recebendo, em primeiro lugar, os débitos relativos aos impostos, depois as taxas, e

por último as contribuições de melhoria.

A questão se resolve com o conhecimento do art. 163 do CTN.

Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito

passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a

diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a

autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a

respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:

I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos

decorrentes de responsabilidade tributária;

II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos

impostos;

III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;

IV - na ordem decrescente dos montantes.

Letra A: incorreta. A imputação não é discricionária, devendo obedecer à ordem

determinada no art. 163.

Letra B: correta, nos termos do art. 163, I, do CTN.

Letra C: incorreta. A imputação será na ordem decrescente dos montantes (CTN, art.

163, IV).

Letra D: incorreta. A imputação será para contribuição de melhoria, taxas e impostos,

nessa ordem (CTN, art. 163, II).

Gabarito: B

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21 – PROCURADOR JURÍDICO – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/GO 2015 (UFG)

A propósito do tributo taxa cobrado mediante o exercício de atividade

administrativa plenamente vinculada, deve ser observado o seguinte:

(A) a cobrança de Taxa de Fiscalização Estadual requer lei estadual que a institua

independentemente da organização de estrutura administrativa de fiscalização.

(B) as taxas de poder de polícia, espécies tributárias diversas dos impostos,

inobservam ao princípio constitucional da capacidade contributiva.

(C) o projeto de lei estadual que estabeleça a cobrança de taxa de fiscalização de

posturas e bons costumes de bares e estabelecimentos congêneres é

inconstitucional, na medida em que está ausente competência administrativa do

Estado.

(D) a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal indica que taxa de fiscalização

fixada de acordo com o faturamento da empresa é inconstitucional.

Letra A: incorreta. De acordo com a jurisprudência do STF, a existência de órgão

administrativo de fiscalização é um dos elementos utilizados para se aferir a

constitucionalidade da taxa cobrada em função do regular exercício do poder de

polícia.

Nesse sentido, veja trecho do julgamento do RE 588.322/RO:

"O texto constitucional diferencia as taxas decorrentes do exercício do poder de polícia

daquelas de utilização de serviços específicos e divisíveis, facultando apenas a estas a

prestação potencial do serviço público. A regularidade do exercício do poder de polícia

é imprescindível para a cobrança da taxa de localização e fiscalização. À luz da

jurisprudência deste STF, a existência do órgão administrativo não é condição para o

reconhecimento da constitucionalidade da cobrança da taxa de localização e

fiscalização, mas constitui um dos elementos admitidos para se inferir o efetivo

exercício do poder de polícia, exigido constitucionalmente. (...) É constitucional taxa de

renovação de funcionamento e localização municipal, desde que efetivo o exercício do

poder de polícia, demonstrado pela existência de órgão e estrutura competentes para o

respectivo exercício, tal como verificado na espécie quanto ao Município de Porto

Velho/RO (...)."

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 28

Letra B: incorreta. Mais jurisprudência do STF.

O Egrégio Tribunal entende que o princípio da capacidade contributiva aplica-se

também às taxas (RE 216.259-AgR/CE).

“A taxa de fiscalização da CVM, instituída pela Lei 7.940/1989, qualifica-se como

espécie tributária cujo fato gerador reside no exercício do poder de polícia legalmente

atribuído à Comissão de Valores Mobiliários. A base de cálculo dessa típica taxa de

polícia não se identifica com o patrimônio líquido das empresas, inocorrendo, em

conseqüência, qualquer situação de ofensa à cláusula vedatória inscrita no art. 145, §

2º, da CF. O critério adotado pelo legislador para a cobrança dessa taxa de polícia

busca realizar o princípio constitucional da capacidade contributiva, também aplicável

a essa modalidade de tributo, notadamente quando a taxa tem, como fato gerador, o

exercício do poder de polícia.”

Letra C: correta. As taxas, sejam elas instituídas em razão do exercício regular do poder

de polícia ou da prestação de serviços públicos específicos e divisíveis, devem guardar

relação com a atividade estatal que motivou a sua instituição. A fiscalização de

posturas e costumes é atividade tipicamente local, da competência administrativa dos

municípios. Logo, inconstitucional o projeto de lei estadual que institui taxa de

fiscalização de posturas e costumes em bares e estabelecimentos congêneres.

Letra D: incorreta. O STF já se pronunciou pela constitucionalidade da taxa de controle

e fiscalização ambiental cobrada pelo IBAMA (RE 416.601/DF). Essa taxa, conforme se

depreende do art. 17-D e anexo IX da Lei nº 6.938/81, é cobrada de acordo com o

porte da empresa (micro-empresa, empresa de pequeno porte, empresa de médio

porte e empresa de grande porte), classificação essa que tem como base o

faturamento das empresas.

Gabarito: C

22 – FISCAL DE TRIBUTOS – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2012 (UFG)

Na conformidade das normas constitucionais e do Código Tributário Nacional, o

tributo e seu adequado fato gerador são, respectivamente:

(A) taxa de fiscalização: o exercício efetivo ou potencial do poder de polícia, mesmo

quando desempenhado pelo órgão incompetente.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 29

(B) contribuição de melhoria: a valorização, ainda que indireta, ocorrida no imóvel

em decorrência da realização de obra pública.

(C) taxa de serviços públicos: a prestação de serviços à coletividade, globalmente

considerada, caracterizados como serviços uti universi.

(D) taxa de iluminação: a prestação de serviços de iluminação pública aos

consumidores de energia elétrica.

Letra A: incorreta. O exercício do poder de polícia deve ser efetivo e desempenhado

por órgão competente.

Letra B: correta, nos termos do art. 81 do CTN.

Letra C: incorreta. O serviço público que enseja a cobrança de taxa deve ser aquele

prestado individualmente (serviços uti singuli).

Letra D: incorreta, de acordo com a Súmula Vinculante nº 41 do STF:

“O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa.”

Gabarito: B

23 – FISCAL DE TRIBUTOS – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2012 (UFG)

São tributos de competência municipal:

(A) imposto sobre operações com produtos industrializados (IPI) e imposto sobre

operações financeiras (IOF).

(B) imposto sobre transmissão de bens causa mortis e doação (ITCMD) e imposto

sobre operações de circulação de mercadoria e prestação de serviços (ICMS).

(C) imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISSQN) e imposto sobre

propriedade predial e territorial urbana (IPTU).

(D) imposto sobre propriedade de veículo automotor (IPVA) e imposto sobre

propriedade territorial rural (ITR).

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Os impostos de competência municipal são o IPTU, ITBI e ISS (CF/88, art. 156, I, II, e III).

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por

natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem

como cessão de direitos a sua aquisição;

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei

complementar.

Gabarito: C

24 – FISCAL DE TRIBUTOS – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2012 (UFG)

O IPTU (Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana) caracteriza-se por:

(A) ter sua incidência condicionada à destinação do imóvel, uma vez que leva em

consideração o critério econômico.

(B) ser aplicável à reserva legal em se tratando de mera atualização monetária da

base de cálculo.

(C) ter suas alíquotas definidas fora do critério da progressividade por se revestir de

natureza fiscal.

(D) ter como contribuinte o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil ou o

seu possuidor a qualquer título.

Letra A: incorreta. O IPTU pode ter alíquotas diferentes, dependendo do uso do imóvel

(CF/88, art. 153, § 1º, II), o que não quer dizer que a sua incidência está condicionada à

destinação do imóvel.

Letra B: incorreta. Contraria o art. 97, II e § 2º, do CTN.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 31

Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:

II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26,

39, 57 e 65;

§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste

artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.

Letra C: incorreta. O IPTU pode ser progressivo em razão do valor do imóvel (CF/88,

art. § 1º, I) e em razão do tempo para cumprir a função social da propriedade (CF/88,

art. 182, § 4º, II).

Letra D: correta, nos exatos termos do artigo 34 do CTN.

Gabarito: D

25 – PROCURADOR JURÍDICO – ASSEMBLEIA LEGISLATIVA/GO 2015 (UFG)

Na competência tributária dos Estados se encontra o Imposto sobre a Transmissão

causa mortis e Doações (ITCD) que tem como fato gerador a transmissão de

propriedade por evento causa mortis ou doações inter vivos a qualquer título. No

exercício da competência tributária desse imposto,

(A) a fixação de alíquotas progressivas de ITCD é vedada aos Estados, de acordo com

o STF, considerando a ausência de dispositivo constitucional que assim os autorize

como previsto para o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU).

(B) as doações de caráter condicionado não se encontram no âmbito da competência

tributária dos Estados, na medida em que representam transmissão de caráter

oneroso, sujeita ao Imposto sobre a Transferência de Bens Imóveis (ITBI).

(C) o exercício da competência tributária pelos Estados encontra limite no princípio

constitucional do não confisco que tem no ITCD uma compreensão tarifada, na

medida em que fixada alíquota máxima de 8% (oito por cento).

(D) o princípio da capacidade contributiva não vincula o legislador em matéria de

ITCD, considerando que o próprio texto constitucional determina sua aplicação aos

impostos de caráter pessoal.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 32

Letra A: incorreta. O STF manifestou-se pela constitucionalidade de lei do Estado do

Rio Grande do Sul que estabeleceu alíquotas progressivas para o ITCMD (RE

562.045/RS).

Letra B: incorreta. Apesar de controverso, o ITCMD pode incidir sobre as chamadas

doações condicionadas. Para citar um caso, a mesma lei do Estado do Rio Grande do

Sul que estabeleceu alíquotas progressivas para o imposto, também determinou a

incidência sobre doações a qualquer título, inclusive doações condicionadas (Lei nº

8.821/89, art. 2º, § 1º).

Letra C: correta. A Constituição Federal prevê a fixação pelo Senado Federal de

alíquotas máximas para o ITCMD (art. 155, § 1º, IV). O dispositivo guarda relação com

o princípio do não-confisco, na medida em que limita o poder arrecadatório dos

Estados e do DF, e foi concretizado por meio da Resolução do Senado nº 9/1992, que

fixou a alíquota máxima em 8%.

Letra D: incorreta. Os impostos, sempre que possível, devem ter caráter pessoal e

incidir de acordo com a capacidade contributiva do sujeito passivo (CF/88, art. 145, §

1º). Mesmo o ITCMD sendo um imposto real, o entendimento do STF é de que ele

também deve se sujeitar ao princípio da capacidade contributiva (RE 562.045/RS). Veja

trecho do voto do Ministro Eros Grau quando do julgamento desse recurso

extraordinário:

“(...) todos os impostos podem e devem guardar relação com a capacidade contributiva

do sujeito passivo e não ser impossível aferir-se a capacidade contributiva do sujeito

passivo do ITCD. Ao contrário, tratando-se de imposto direto, a sua incidência poderá

expressar, em diversas circunstâncias, progressividade ou regressividade direta. Todos

os impostos, repito, estão sujeitos ao princípio da capacidade contributiva,

especialmente os diretos, independentemente de sua classificação como de caráter real

ou pessoal; isso é completamente irrelevante. Daí por que dou provimento ao recurso,

para declarar constitucional o disposto no art. 18 da Lei 8.821/1989 do Estado do Rio

Grande do Sul.”

Gabarito: C

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26 – PROCURADOR – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA/GO 2010 (UFG)

Dentre os recursos públicos de que dispõem as pessoas políticas (União, Estados,

Distrito Federal e Municípios) têm-se como primacial à sua autonomia financeira as

receitas públicas derivadas tributárias. O constituinte se ocupou de determinar o

repasse obrigatório aos Municípios de parte das receitas arrecadadas pela União,

relativamente aos seguintes tributos federais:

(A) IR, IOF, II

(B) ITR, IPI, IR

(C) CIDE sobre combustível, IR, IE

(D) IPI, IE, II

Letra A: incorreta. Não há previsão de repartição do II com os municípios.

Letra B: correta, nos termos dos artigos 158, II e 159, I (e outros dispositivos) da CF/88.

Letra C: incorreta. Não há previsão de repartição do IE com os municípios.

Letra D: incorreta, conforme comentado nas letras A e C.

Gabarito: B

27 – FISCAL DE TRIBUTOS – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2012 (UFG)

Os métodos de integração da legislação tributária, descritos no Código Tributário

Nacional, objetivam suprir uma lacuna normativa. Dentre os dispositivos pertinentes

à matéria, encontra-se o que veda a exigência de tributo decorrente do emprego da

analogia em observância ao princípio da

(A) noventena.

(B) legalidade.

(C) anterioridade.

(D) irretroatividade.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 34

A proibição da utilização da analogia para exigir tributo (CTN, art. 108, § 1º)

harmoniza-se com o princípio da legalidade tributária (CF/88, art. 150, I). O dispositivo

do CTN apenas reforça o mandamento constitucional.

§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto

em lei. (CTN)

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à

União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; (CF/88)

Gabarito: B

28 – ADVOGADO – COREN/GO 2010 (UFG)

O Código Tributário Nacional, ao tratar da temática “Administração Tributária,”

estabelece as normas de fiscalização, da dívida ativa e da certidão negativa,

dispondo que

(A) a Certidão de Dívida Ativa é título judicial com força de prova pré-constituída e

goza de presunção iuris et de iure de liquidez e certeza.

(B) a certidão de que conste a existência de créditos, em curso de cobrança executiva

em que tenham sido nomeados bens a penhora, tem os mesmos efeitos da certidão

negativa.

(C) a regular notificação do sujeito passivo, do lançamento, autoriza a inscrição

automática do débito em Dívida Ativa.

(D) a certidão de que conste a existência de créditos, cuja exigibilidade esteja

suspensa, tem os mesmos efeitos da certidão negativa.

Letra A: incorreta. A dívida regularmente inscrita goza de presunção relativa (juris

tantum) de liquidez e certeza (CTN, art. 204, parágrafo único)

Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem

o efeito de prova pré-constituída.

Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida

por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 35

Letra B: incorreta. O CTN exige a efetivação da penhora no curso da execução para que

seja expedida certidão positiva com efeitos de negativa (art. 206).

Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a

existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido

efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

Letra C: incorreta. A simples notificação ao sujeito passivo, não permite a inscrição

automática em dívida ativa, já que é necessário aguardar o prazo para a defesa do

contribuinte contra a exação tributária a ele imputada.

Letra D: correta, nos termos do artigo 206 do CTN, transcrito acima.

Gabarito: D

29 – FISCAL DE TRIBUTOS – PREF. APARECIDA DE GOIÂNIA 2012 (UFG)

O Código Tributário Nacional regula, em caráter geral, a competência e os poderes

das autoridades administrativas relativamente à atividade de fiscalização. Em que

pese o dever de sigilo fiscal, a autoridade administrativa está impedida de divulgar

informações

(A) obtidas em razão do seu ofício, sobre a situação econômica do sujeito passivo,

sem prejuízo do disposto na legislação criminal.

(B) relativas à inscrição dos créditos tributários na Dívida Ativa da Fazenda Pública.

(C) relativas a dados sobre representações fiscais para fins penais.

(D) relativas a parcelamento ou benefício da moratória, sem prejuízo na legislação

comercial.

A questão se resolve com o conhecimento do artigo 198 do CTN e de seu parágrafo 3º:

Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por

parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do

ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e

sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades.

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Questões de Direito Tributário Resolvidas – Centro de Seleção UFG 36

§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a:

I – representações fiscais para fins penais;

II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública;

III – parcelamento ou moratória.

Letra A: correta, nos termos do artigo 198, caput, do CTN.

Letra B: incorreta, nos termos do art. 198, § 3º, II, do CTN.

Letra C: incorreta, nos termos do art. 198, § 3º, I, do CTN.

Letra D: incorreta, nos termos do art. 198, § 3º, III, do CTN.

Gabarito: A

GABARITO

1 – B 11 – A 21 - C

2 – C 12 – A 22 - B

3 – A 13 – ANULADA 23 - C

4 – B 14 – D 24 - D

5 – A 15 – C 25 - C

6 – C 16 – B 26 - B

7 – C 17 – D 27 - B

8 – C 18 – D 28 - D

9 – C 19 – C 29 - A

10- C 20 – B