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LISBOA • PORTUGAL • 2017 01 a 04 de novembro Centro de Congressos do ISCTE LIVRO DE RESUMOS PATROCÍNIO

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LISBOA • PORTUGAL • 201701 a 04 de novembro Centro de Congressos do ISCTE

LIVRO DE RESUMOS

PATROCÍNIO

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ÍNDICE

Compostos bioativos em hortaliças e frutas PÁG 03

Cultivos protegido e hidropónico PÁG 18

ÍNDICE

Melhoramento e seleção de cultivares

Mecanização e automação

Horticultura biológica

Ecofisiologia das culturas

Proteção fitossanitária

Propagação de plantas ecaracterização de material

Outras áreas

Seleção, embalagem, conservação e distribuição , logística de transporte, comercialização e consumo de produtos hortícolas

PÁG 32

PÁG 46

PÁG 60

PÁG 64

PÁG 96

PÁG 126

PÁG 150

PÁG 176

TECNOLOGIAS DEPROCESSAMENTO EPROCESSAMENTO MÍNIMO

TECNOLOGIA PÓS-COLHEITA

TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO INCLUINDOREGA E FERTILIZAÇÃO

PÁG 182

PÁG 240

PÁG 258

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Compostos bioativos em hortaliças e frutas

Po45 - DETERMINAÇÃO DOS COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM DIFERENTES

ACESSOS DE CAMBUCI

Paula Nogueira Curi (Brazil)¹; Raíssa Dias (Brazil)¹; Rafael Pio (Brazil)¹; Flávio Gabriel Bianchini (Brazil)²; Vanessa

Rios De Souza (Brazil)¹; Rodrigo Vieira Balbi (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Lavras; 2 - Instituto Federal do Espírito Santo

RESUMO

O gênero Campomanesia está incluído na subfamília Myrtoideae. As espécies desse gênero possuem importância econômica diversificada (Campomanesia phaea (Berg) Landr. e são popularmente conhecidas como cambuci ou cambucizeiro de ocorrência nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, na vertente da Serra do Mar, área denominada Floresta Costal Atlân�ca. Existem diversos acessos de cambuci, que podem ter uma grande variabilidade �sico-química e nutricional entre eles, isso em função da sua ocorrência se estender desde regiões de serra até áreas próximas ao nível do mar, o que pode ocasionar não só uma modificação morfológica, mas também uma variação no teor de compostos bioa�vos e a�vidade an�oxidante. Diante disso, o obje�vo deste estudo foi caracterizar diferentes acessos de cambuci cul�vados em regiões subtropiciais quanto ao teor de compostos bioa�vos e a�vidade an�oxidante. As análises de compostos fenólicos, a�vidade an�oxidante (DPPH e β caroteno/ácido linoleico) e teor de vitamina C, foram feitas em triplicata nos acessos 7225, 7240, 7262, 7278 e 7292. Foi aplicado análise de variância (ANOVA) para verificar diferença significa�va entre os acessos e teste de média tukey u�lizando o so�ware Sensomaker, versão 1.6. Em relação aos compostos bioa�vos e a�vidade an�oxidante, o acesso 7262 caracteriza por apresentar o maior teor de fenólicos (11345, 54 mg GAEs . 100 g-1). Os frutos, de acordo com o teor de compostos fenólicos, são divididos em três grupos: baixo teor de fenóis (<100 mg . 100 g-1), médio teor de fenóis (100 - 500 . 100 g-1) e alto teor de fenóis (> 500 mg GAE . 100 g-1). Segundo essa classificação, todos os acessos de cambuci, apresentam como tendo uma alta concentração de fenóis. O 7292 foi o acesso que apresentou a maior distância da a�vidade an�oxidante e melhor capacidade de sequestrar o radical DPPH, com a menor porcentagem de sequestro (83,06 mg. 100 g-1). Já em relação a a�vidade an�oxidante (β caroteno) o acesso 7262 se destacou apresentando 94,56% e o acesso 7278 se destaca por apresentar alto teor de vitamina C (128,80 mg. 100 g-1). Verificou-se que o cambuci é uma fruta nutricionalmente muito rica, e é considerada uma excelente fonte de fenólicos, tem alta a�vidade an�oxidante e um alto teor de vitamina C.Agradecimentos: Universidade Federal de Lavras, CNPq, FAPEMIG e CAPES.

Palavras-chave : Campomanesia phaea (Berg) Landr., acessos, compostos bioa�vos

Po46 - DETERMINAÇÃO DOS COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE DIFERENTES

CULTIVARES DE PÊSSEGO

Paula Nogueira Curi (Brazil)¹; Bruna De Sousa Tavares (Brazil)¹; Maraísa Hellen Tadeu (Brazil)¹; Evaldo Tadeu De

Melo (Brazil)¹; Rafael Pio (Brazil)¹; Vanessa Rios De Souza (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Lavras

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RESUMO

O pessegueiro (Prunus persica (L.) Batsch), produz frutos de aroma e cor muito agradáveis que faz parte do elenco das frutas de importância econômica, não apenas pela aparência exó�ca, mas também por ser uma fonte rica em carotenoides e minerais. Devido a sua excelente qualidade organolép�ca, o pêssego é muito apreciado no Brasil, como evidencia o con�nuo aumento do consumo do fruto in natura, o que tem proporcionado crescente interesse pelo seu cul�vo comercial. Neste contexto, o obje�vo deste estudo foi caracterizar e avaliar a influência de diferentes cul�vares de pessegueiro ('Centenário', 'Bonão', 'Biu�', 'Libra', 'Tropical', 'Aurora, 'Diamante', 'Régis' e 'Douradão') cul�vadas em regiões tropicais em relação aos compostos bioa�vos e a�vidade an�oxidante. Para caracterizar as diferentes cul�vares de pêssego, as análises de compostos fenólicos, a�vidade an�oxidante (ABTS) e concentração de vitamina C foram realizadas nas frutas frescas em três repe�ções. Foi aplicado análise de variância (ANOVA) para verificar diferença significa�va entre as cul�vares e teste de média tukey u�lizando o so�ware Sensomaker, versão 1.6. Em relação aos compostos bioa�vos e a�vidade an�oxidante, a cul�var Biu� caracterizou por apresentar os maiores teores de fenólicos (91,14 mg GAEs . 100 g-1). Já a cul�var Bonão apresentou maiores valores de a�vidades an�oxidantes (3,26 µM de trolox . g-1) e ainda se destacou por apresentar maior teor de vitamina C (40,75 mg . 100 g-1). Os frutos, de acordo com o teor de compostos fenólicos, são divididos em três categorias: baixo teor de fenóis (<100 mg . 100 g-1), médio teor de fenóis (100 – 500 mg . 100 g-1) e alto teor de fenóis (> 500 mg GAE . 100 g-1), segundo essa classificação todas as cul�vares de pêssego podem ser consideradas como tendo uma baixa concentração de fenóis. Em relação ao conteúdo de ácido ascórbico estas podem são classificadas em três categorias: baixo teor ( <30 mg . 100 g-1 ), médio teor ( 30-50mg . 100g-1 ) e elevado teor (>50 mg . 100 g-1) de vitamina C, de acordo com essa classificação, as cul�vares Centenário, Bonão, Libra e Tropical apresentam médio teor, já as demais se classificam como baixo teor. Verificou-se que as cul�vares avaliadas apresentaram grande variabilidade entre si em relação aos compostos bioa�vos e a�vidade an�oxidante.Agradecimentos: Universidade Federal de Lavras, CNPq, FAPEMIG e CAPES.

Palavras-chave : Prunus persica (L.) Batsch, qualidade de frutas, fenólicos

Compostos bioativos em hortaliças e frutas

0605

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RESUMO

Os óleos essenciais são misturas químicas complexas formados pelo metabolismo secundário das plantas medicinais com a função de favorecer a adaptação do vegetal ao meio ambiente. O potencial an�oxidante do óleo essencial auxilia no controle dos radicais livres que em excesso podem causar alterações estruturais e fisiológicas. A espécie Mentha spicata L., conhecida como hortelã miúdo, é uma planta herbácea, perene, u�lizada com fins medicinal e condimentar e produtora de óleo essencial. Estudos vêm sendo desenvolvidos visando inves�gar a a�vidade an�oxidante dos óleos essenciais que podem ser u�lizados em subs�tuição aos an�oxidantes sinté�cos nos diversos produtos. O obje�vo do trabalho foi avaliar a a�vidade an�oxidante do óleo essencial extraído da parte aérea de Mentha spicata L. A hortelã foi cul�vado no município de Cruz das Almas-BA. O óleo essencial extraído pelo método da hidrodes�lação em aparelho Clevenger por 120 minutos e armazenado em frasco de vidro âmbar sob refrigeração até o momento da análise. A a�vidade an�oxidante foi determinada pelos métodos DPPH (2,2-difenil-1-picrilhidrazil livre) e ABTS (2,2'-azinobis (ácido 3-e�lbenzo�azolina-6-sulfónico) medida em espectrofotômetro previamente calibrado. Foram testadas sete concentrações do óleo essencial: 2,5 mg. mL-1; 5 mg. mL-1; 10 mg. mL-1; 15 mg. mL-1; 17 mg. mL-1; 20 mg. mL-1 e 25 mg. mL-1. O presente estudo observou que a concentração efe�va do óleo de M. spicata L. capaz de inibir 50% dos radicais livres foi 11,19 mg. mL-1 ± 0,38 para o método DPPH e 4,84 mg. mL-1 ± 0,17 para o radical ABTS. Essas a�vidades são consideradas altas em comparação aos padrões ácido gálico, ácido ascórbico e ABTS Trolox, que apresentaram CE50 0,04 mg. mL-1, CE50 0,078 mg. mL-1 e 0.085 mg. mL-1, respec�vamente. De maneira geral, a capacidade sequestradora dos radicais livres aumentou a medida em que houve aumento na concentração do óleo essencial para os dois métodos testados. Possivelmente esse comportamento está atrelado a composição química do óleo essencial que interage com os radicais livres. Conclui-se que o óleo essencial de M. spicata apresenta potencial an�oxidante.

Palavras-chave: potencial bioa�vo, Mentha, radical DPPH, radical ABTS.

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RESUMO

A Curcuma longa L. (cúrcuma) é uma planta altamente difundida no Brasil, mas seu aproveitamento está limitado ao rizoma. Em países como a Malásia e Índia, as folhas da planta também são aproveitadas na alimentação humana como especiaria. O obje�vo do presente trabalho foi estudar o efeito de diferentes métodos de secagem (estufa, em micro-ondas e liofilização) no conteúdo de compostos bioa�vos de folhas de cúrcuma. Folhas de Curcuma longa L. foram coletadas (fevereiro de 2015) na Coopera�va de Produtores de Açafrão de Mara Rosa - GO (14°00'10.9"S 49°07'11.8"O) e foram desidratadas por secagem em estufa (60ºC), em micro-ondas (900 W) e liofilização (vácuo de 300 mmHg) até umidade de equilíbrio (0,030 kgágua.kgsolido seco-1). O conteúdo de fenólicos totais, taninos hidrolisados e condensados de folhas cúrcuma secas e fresca foram avaliados espectrofotometricamente (Ultrospec 2.000 UV/Visível, Cambridge, Inglaterra), nos comprimentos de onda 765nm, 680nm e 500nm respec�vamente. A quan�ficação de compostos fenólicos foi baseada no estabelecimento de curva padrão de ácido gálico (y = 0,005x + 0,038, R2 = 0.99) e conteúdo de fenólicos total foi expresso como mg de equivalente de ácido gálico por 100 gramas de material. A quan�ficação de taninos hidrolisados foi baseada no estabelecimento de curva padrão de ácido gálico (y= 0,002x + 0,023 e R2= 0,998) na faixa de 20 a 360 mg L-1, e os resultados foram expressos em miligramas de equivalente de ácido gálico por 100 gramas de material. A quan�ficação de taninos condensados foi baseada no estabelecimento de curva padrão de catequina (y= 0,0006x + 0,0865, com R2= 0,998) na faixa de 300 a 1200mg L-1, e os resultados foram expressos em miligramas de equivalente de ácido gálico por 100 gramas de material. Os dados experimentais foram verificados esta�s�camente por ANOVA e teste de Tukey (p≤0,05). Os métodos de secagem provocaram redução de todas as caracterís�cas avaliadas, em base seca (2,77 a 73,86%). A liofilização foi o método que provocou as maiores reduções nos conteúdos avaliados em base seca (33,12 a 73,86%). A secagem por micro-ondas foi o método de conservação estudado que produziu as melhores folhas secas com base nos conteúdos avaliados (sendo superior de 0,9 a 612% em relação aos outros métodos u�lizados). Conclui-se que a desidratação em micro-ondas é o método, avaliado neste trabalho, que produz folhas desidratadas de Curcuma longa L. com as melhores caracterís�cas de compostos bioa�vos.

Palavras-chave : Curcuma longa L., secagem em estufa; secagem em micro-ondas; liofilização; compostos bioa�vos.

Po47 - ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE MENTHA SPICATA L.

Franceli Da Silva (Brazil)¹; Daniele De Vasconcellos Santos Batista (Brazil)¹; Simone Teles (Brazil)¹; Mariane Pereira

Dos Santos (Brazil)¹; Jamile De Jesus Moreira (Brazil)¹; Rosimar Neri De Souza (Brazil)¹1 - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Po48 - INFLUÊNCIA DO MÉTODO DE DESIDRATAÇÃO NOS COMPOSTOS FENÓLICOS, TANINOS

HIDROLISADOS E CONDENSADOS DE FOLHA DE CURCUMA LONGA L.

Monick Cristina Braga (Brazil)¹; Tatianne Ferreira De Oliveira (Brazil)¹; Ellen Caroline Silvério Vieira (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Goiás

Compostos bioativos em hortaliças e frutas

Compostos bioativos em hortaliças e frutas

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RESUMO

Passiflora caerulea é uma das mais de duzentas espécies de maracujá existentes, pertencendo à família Passifloraceae. É normalmente u�lizado para fins ornamentais, por apresentar alta capacidade de adaptação a diferentes condições edafoclimá�cas e ser uma trepadeira com flores muito chama�vas de coloração azulada, casca de coloração amarelo-alaranjada e polpa roxa. Sua u�lização na alimentação humana ainda é restrita, embora sua polpa seja suculenta e doce. É na�vo do Brasil, onde é largamente encontrado, sendo no sul do país um acesso vegetal naturalmente existente por disseminação decorrente dos pássaros que se alimentam de sua polpa. Por ser ainda reduzido seu uso e por haver poucos estudos acerca desta espécie, sobretudo quando na�va, e, pelo crescente apelo mundial por alimentos com a�vidade an�oxidante, obje�vou-se determinar o teor de antocianinas totais e a capacidade an�oxidante da polpa madura avaliada pelas metodologias de DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila) e ABTS (2,2´azino-bis-(3-e�lbenzo�azolin 6-ácido sulfônico)). Os frutos foram colhidos no interior do Rio Grande do Sul (-31.021925, -53.539757) entre 5h e 9h. Após colheita houve imediata despolpa, e as análises foram realizadas na sequência. O teor de antocianinas da polpa foi de 30,61 mg.100g-1, valor inferior a outros frutos com semelhante espectro de coloração. Esse fato pode ser explicado pela proteção exercida pela casca espessa que inibe a incidência efe�va e abundante dos raios ultravioleta (UV) sobre a polpa, dessa forma, há diminuta es�mulação das vias bioquímicas de síntese antociânica. Todavia, este valor ainda é indica�vo de importante ação an�oxidante frente a estruturas vegetais também não expostas diretamente aos raios UV. A avaliação da capacidade an�oxidante por ABTS (260,15 μM Trolox.g-1) e DPPH (6,07 μM Trolox.g-1) indica capacidade significa�va de captura de radicais livres, sendo valores superiores a outros vegetais considerados importantes agentes an�oxidantes. A variação da capacidade an�oxidante pode ser reflexo direto das condições edafoclimá�cas e de solo, bem como, ao sistema de cul�vo, que sendo na�vo, não sofreu influência de defensivos agrícolas, dessa forma, não havendo es�mulação das vias biossinté�cas de formação de agentes an�oxidantes. Com base no exposto, ainda que sejam necessários estudos mais aprofundados, pode-se inferir que a polpa de Passiflora caerulea apresenta importante a�vidade an�oxidante, o que coloca este fruto como potencial comercial e nutricional, inferindo-se ainda possibilidade de ação efe�va na captura de radicais livres, acarretando inúmeros bene�cios à saúde humana.

Palavras-chave : Passiflora caerulea, Antocianinas, Nutricional, Capacidade an�oxidante

32

RESUMO

O melão (Cucumis melo L.) é altamente apreciado, mas a produção no Brejo Paraibano é limitada pela inexistência de recomendações de adubação para obtenção de produ�vidade e qualidade compe��vas aos mercados. A adequada combinação das doses de N e K em locais de implantação desta cultura são necessários visando a obtenção de rentabilidade e qualidade de frutos e, portanto, retorno financeiro ao produtor. No geral, o nitrogênio (N) é o nutriente necessário à obtenção de elevada produ�vidade, sendo o potássio (K) diretamente relacionado à qualidade de frutos. Assim, o presente trabalho avaliou a influência de diferentes doses de N e K na qualidade do melão Cantaloupe 'Hy Mark', implantado na região do Brejo Paraibano, Paraíba, Brasil. Os meloeiros foram cul�vados na estação experimental Chã de Jardim do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, Areia, Paraíba. O delineamento u�lizado foi de blocos casualizados com 4 repe�ções. Os tratamentos foram ob�dos através de uma matriz Pan Puebla III, combinando cinco doses de N (ureia) e cinco doses de K (K2O), totalizando dez tratamentos: 1 (72N, 108K), 2 (72N, 252K), 3 (168N, 108K), 4 (168N, 252K), 5 (120N, 180K), 6 (12N, 108K), 7 (228N, 252K), 8 (72N, 18K), 9 (168N, 342K), 10 (12N, 18K). Para melhor representação dos efeitos de N vs K, u�lizou-se a técnica de super�cie de resposta e para os efeitos isolados, regressão polinomial. A aplicação de doses elevadas do N proporcionou aumento no comprimento, massa fresca e nos parâmetros de coloração CIELab da epiderme dos frutos, maiores conteúdos de acidez �tulável (AT), polifenóis e a�vidade an�oxidante total por meio da captura do radical ABTS+. Isso indica que além de aumentar a produ�vidade, a adubação nitrogenada propicia qualidade nos frutos do meloeiro. Por sua vez, as maiores doses de K favoreceram o aumento no diâmetro, firmeza, conteúdos de sólidos solúveis (SS), relação SS/AT, pH e nos carotenoides totais no melão, demonstrando, assim, a importância do potássio na obtenção de frutos mais resistentes, mais doces e saborosos. Adicionalmente, o aumento combinado de ambos os nutrientes no meloeiro, até certos níveis, promoveu a máxima qualidade destes atributos no melão Cantaloupe 'Hy Mark', sendo a dose de 228 Kg ha-1 de N e 252 kg K2O ha-1 de K a que resultou em frutos com qualidade mais adequada às exigências do mercado.

Palavras-chave : Cucumis melo L., Manejo nutricional, Qualidade comercial, A�vidade an�oxidante

Po49 - DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DA POLPA DE

PASSIFLORA CAERULEA CULTIVADO NO SUL DO BRASIL

Guilherme Cassão Marques Bragança (Brazil)¹; Lisiane Nunes Da Silva (Brazil)¹; Arthur Moysés (Brazil)¹; Franciélli

Fernandes Moreira (Brazil)¹; Georgina Martins Freitas (Brazil)¹; Gleicimara Oliveira Trindade (Brazil)¹; Thais Silveira

Ribeiro (Brazil)¹; Reni Rockenbach (Brazil)¹; Monica Lourdes Palomino De Los Santos (Brazil)¹; Vera Maria De

Souza Bortolini (Brazil)¹; Ana Carolina Zago (Brazil)¹; Gabriela Da Silva Schirmann (Brazil)¹1 - Universidade da Região da Campanha

Po50 - EFEITO COMBINADO DA ADUBAÇÃO NITROGENADA E POTÁSSICA NA QUALIDADE DO MELÃO

CANTALOUPE 'HY MARK'

Francisco De Assys Romero Da Mota Sousa (Brazil)¹; Mariany Cruz Alves Da Silva (Brazil)¹; Renato Pereira Lima

(Brazil)¹; Antônio Fernando Da Silva (Brazil)¹; Janailma Lima De Oliveira (Brazil)¹; Eduardo Felipe Da Silva Santos

(Brazil)¹; Rejane Maria Nunes Mendonça (Brazil)¹; Silvanda De Melo Silva (Brazil)¹1 - Universidade Federal da Paraíba

Compostos bioativos em hortaliças e frutas

Compostos bioativos em hortaliças e frutas

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RESUMO

Os frutos cítricos abrangem uma ampla gama de variedades com caracterís�cas sensoriais bastante diversas e adaptadas a diferentes condições de cul�vo. Entretanto, as laranjeiras de baixa acidez, como a 'Mimo-do-Céu' (Citrus sinensis L. Osbeck va. Mimo), apresentam um consumo amplo, atendendo a um grupo de consumidores específicos. A produção dessa laranja no estado da Paraíba se caracteriza por pequenas áreas de cul�vo, mão de obra predominantemente familiar e voltada para o consumo fresco. Entretanto, são necessários estudos acerca da qualidade dessa cul�var, sobretudo do ponto de vista do apelo funcional, visando a sua valorização. Assim, o obje�vo deste trabalho foi avaliar a qualidade, presença de compostos bioa�vos e a�vidade an�oxidante de frutos da laranjeira 'Mimo-do-Céu' produzidos no Território da Borborema, Nordeste do Brasil. Os frutos foram colhidos na maturidade comercial de cinco pomares distribuídos em três diferentes municípios da região. As avaliações foram, no suco quanto à: coloração, acidez �tulável, sólidos solúveis, açucares redutores e não redutores; no suco e albedo quanto à: conteúdo ácido ascórbico, polifenóis extraíveis totais (PET), flavonoides e a�vidade an�oxidante pelo radical ABTS. O suco da laranja 'Mimo-do-Céu' produzida no apresenta luminosidade (L*) inferior a 50, mas a* de 2,63, e b* de 30,99; teor de sólidos solúveis de 12,75%, acidez �tulável de 0,11% de ácido cítrico, resultando em elevada relação SS/AT de 121, o que jus�fica o sabor levemente ácido caracterís�co do cul�var. O conteúdo de açúcares redutores foi de 3,64% e não redutores de 6,64%. Nos compostos bioa�vos no suco, o conteúdo de ácido ascórbico foi de 68,35 mg.100g-1; flavonoides amarelos de 1,31 mg.100g-1. O conteúdo de PET no suco foi de 46,51 mg.100g-1 e no albedo 168,36 mg.100g-1, enquanto a a�vidade an�oxidante do suco foi de 5,13 μmol.g-1 e do albedo 11,70 μmol.g-1. O conteúdo de PET e a a�vidade an�oxidante presentes no albedo de laranja 'Mimo-do-Céu' são cerca de 3 vezes superior ao do suco. Portanto, além do sabor peculiarmente de baixa acidez do suco, a laranja 'Mimo-do-Céu' apresenta um albedo que se configura como fonte rica em polifenóis e de elevada a�vidade an�oxidante, que difere com o local de cul�vo.

Palavras-chave : Citrus sinensis, citros de mesa, albedo, an�oxidante

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RESUMO

A tangerina 'Ponkan'(Citrus re�culata Blanco) é uma das principais variedades de mesa cul�vadas no Brasil. O fruto é fonte reconhecida de compostos nutricionalmente importantes, como carotenoides e ácido ascórbico. Contudo, a disponibilidade desses compostos depende de fatores como maturação na colheita, condições de armazenamento nas quais esses compostos podem sofrem modificações que resultem em mudanças indesejáveis no sabor, qualidade nutricional e redução na vida ú�l. Dessa forma, torna-se imprescindível o desenvolvimento de tecnologias que combide baixo custo e fácil aplicação, como o uso de recobrimentos, buscando retardar a perda de qualidade e garan�r a viabilidade econômica para a agricultura familiar. O obje�vo deste trabalho é avaliar as mudanças nos compostos bioa�vos e na a�vidade an�oxidante em tangerinas 'Ponkan' decorrente do emprego de recobrimentos a base fécula de mandioca e quitosana no armazenamento sob diferentes temperaturas. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em quatro repe�ções. Foram u�lizados recobrimentos a base quitosana (quitosana 4% e quitosana 4%+glicerina 4%) e fécula de mandioca (fécula 4% e fécula 4%+glicerina 4%) e o controle. As tangerinas foram armazenadas sob condições ambientes (24±2 °C e 75±4% U.R) durante 18 dias com avaliações a cada 3 dias e sob refrigeração (12±1 °C e 80±2% U.R) durante 30 dias com avaliações a cada 5 dias. Os resultados ob�dos mostraram que, independentemente da temperatura de armazenamento, os recobrimentos com quitosana e fécula de mandioca retardaram o desenvolvimento da coloração amarela casca, proporcionando maior conservação das caracterís�cas de coloração, principalmente em frutos man�dos a 12 °C. Foi observada uma diminuição de 14% e 24% no conteúdo de PET no suco durante o armazenamento para tangerinas man�das a 12 e a 24 °C, dentre os quais o conteúdo de flavonoides amarelos também diminuiu con�nuamente em ambas as temperaturas. A a�vidade an�oxidante total (AAT) aumentou durante o armazenamento a 24 °C, embora frutos recobertos com Quitosana 4% + Glicerina 4% tenha apresentado menor AAT. A 12 °C frutos do Controle mostram maior AAT até o 20° dia de armazenamento. O recobrimento com quitosana retardou o aparecimento de carotenoides na casca de tangerinas man�das sob refrigeração. A AAT foi mais elevada em tangerinas man�das sob a condição ambiente, estando correlacionada com o conteúdo de ácido ascórbico e flavonoides amarelos, enquanto que a 12 °C foi correlacionada com os carotenoides totais.

Palavras-chave : Citrus re�culata, quitosana, fécula de mandioca, polifenóis, carotenoides, refrigeração

Compostos bioativos em hortaliças e frutas

Compostos bioativos em hortaliças e frutas

Po51 - QUALIDADE, COMPOSTOS BIOATIVOS A ATIVIDADE DE ANTIOXIDANTE DE FRUTOS DE

LARANJEIRAS 'MIMO-DO-CÉU'

Antônio Fernando Da Silva (Brazil)¹; Vanessa Maria Dantas Pedrosa (Brazil)¹; Renato Lima Dantas (Brazil)¹;

Antônio Augusto Marques Rodrigues (Brazil)¹; Leonardo Da Silva Santos (Brazil)¹; Thiane De Lima Rodrigues

(Brazil)¹; Kayonara Kadrini Ferreira Maurício (Brazil)¹; Jardel De Mesquita Melo (Brazil)¹; Silvanda De Melo

Silva (Brazil)¹1 - Universidade Federal da Paraíba

Po52 - COMPOSTOS BIOATIVOS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE EM TANGERINA 'PONKAN'

ARMAZENADA SOB RECOBRIMENTOS BIODEGRADÁVEIS

Renato Lima Dantas (Brazil)¹; Vanessa Maria Dantas Pedrosa (Brazil)¹; Francisco De Assys Romero Da Mota

Sousa (Brazil)¹; George Henrique Camelo Guimarães (Brazil)¹; Rejane Maria Nunes Mendonça (Brazil)¹; Rosana

Sousa Da Silva (Brazil)¹; Ana Lima Dantas (Brazil)¹; Antônio Fernando Da Silva (Brazil)¹; Silvanda De Melo Silva

(Brazil)¹1 - Universidade Federal da Paraíba

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RESUMO

Os frutos da Opun�a stricta maduros apresentam elevados teores de compostos an�oxidantes como fenóis e elevadas conteúdos de pigmentos de cor vermelho-purpura, podendo inclusive, ser um sistema modelo para o estudo das vias biossinté�cas das betalaínas e dos fatores que regulam a ramificação entre betacianinas e betaxan�nas. Devido aos altos conteúdos de pigmentos, os frutos da O. stricta apresentam potencial para obtenção de corante alimen�cio natural de cor vermelho-púrpura. Entretanto, as diferentes partes que compõem os frutos (exocarpo, mesocarpo e o endocarpo) podem apresentar caracterís�cas bem dis�ntas, pois sua origem também é diferenciada. Com o intuito de se reduzir a u�lização de avaliações subje�vas e obje�vas de elevado custo e consumo de tempo, técnicas de visão computacional vêm sendo empregadas com elevada precisão para descrever a maturação, classificar através da coloração a presença de desordens e es�mar teores de compostos de forma não destru�va. Assim, este trabalho tem por obje�vo es�mar as diferenças na qualidade do mesocarpo e endocarpo de frutos da O. stricta através de análise obje�va da cor, índices �sico-químicos, visão computacional e espectro de absorção de seus extratos aquosos. Em DIC, três repe�ções de 24 frutos, apresentando coloração visual da casca púrpura uniforme foram u�lizados. Os frutos foram cortados longitudinalmente em metades, de forma a expor as porções da polpa. As duas porções foram avaliadas individualmente quanto à coloração no sistema CIELa*b* (com calorímetro digital), no sistema RGB (a par�r de visão computacional) e seus espectros de absorção dos extratos aquosos (por espectrofotometria). O mesocarpo e o endocarpo dos frutos da O. stricta diferiram quanto à coloração, nos sistemas La*b* e C°H e no sistema RGB através da visão computacional, quanto a seus espectros de absorção de 190 a 900 nm. As intensidades dos pixels das imagens, no sistema RGB, foi correlacionada com as mudanças �sico-químicas e teor de pigmentos nas diferentes porções dos frutos, podendo ser uma ferramenta na predição da qualidade interna. As diferenças observadas na coloração obje�va, na visão computacional e na varredura espectrofotométrica dos extratos aquosos do mesocarpo e do endocarpo dos frutos sugerem a presença de diferentes pigmentos e/ou diferentes conteúdos dos pigmentos presentes. Estes resultados são úteis para permi�r o uso adequado destes frutos como corantes alimentares saudáveis e de potencial funcional, bem como consiste numa alterna�va para o desenvolvimento de métodos de anál ise não destru�vos associado a indicadores de qual idade.

Palavras-chave : Visão Computacional, Pigmentos de Cor Vermelho-Purpura, Sistema CIELa*b* e RGB, métodos não-destru�vos

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RESUMO

Introdução: O guaco (Mikania laevigata) é amplamente u�lizado no tratamento de afecções respiratórias e foi selecionado pelo programa “Componente Verde” para a inserção da fitoterapia no Sistema Único de Saúde de Minas Gerais (SUS-MG). Dentre os compostos fenólicos, encontram-se estruturas derivadas da cumarina, marcador químico do guaco. O sistema de cul�vo, a seleção de genó�pos adaptados à região produtora e a quan�ficação do princípio a�vo de interesse garantem a qualidade da matéria-prima vegetal e a segurança terapêu�ca. Obje�vo: Avaliar a produção de massa fresca e o teor de compostos fenólicos em genó�pos de guaco em sistema orgânico de cul�vo. Métodos: Exsicatas dos genó�pos: EMBRAPA, CPQBA e UNAERP foram incorporadas ao Herbário PAMG sob os números 57032, 57033 e 57031 respec�vamente. As estacas foram enraizadas e transplantadas no espaçamento de 2 x 1 m no Campo Experimental da EPAMIG, em Oratórios - MG, Brasil. No plan�o u�lizou-se 5 kg/cova de esterco bovino cur�do. Na colheita avaliou-se a massa fresca da parte aérea e o teor de compostos fenólicos nas folhas. Amostras de 1 kg de folhas foram secas (10% de umidade) e re�rou-se 2 g para preparo dos extratos metanólicos (maceração). No doseamento de compostos fenólicos adicionou-se os extratos (0,8 mg), 1,0 mL de reagente Folin-Ciocalteu diluído (1:10) e 1,6 mL de solução de carbonato de sódio a 7,5%, em tubo de ensaio. Homogeneizou-se em vórtex, incubou-se (18ºC e UR= 43%) por 30 minutos e mediu-se a absorbância em espectrofotômetro (750nm). A curva padrão foi preparada com ácido gálico PA (Sigma) e os resultados expressos em mg/g de ácido gálico. Resultados: Houve diferença significa�va (Tukey 1%) na produção de massa fresca de ramos e folhas, destacando-se o genó�po EMBRAPA (51 t/ha-1) como o mais produ�vo, seguido do CPQBA (41 t/ ha-1) e UNAERP (39 t/ ha-1). Quanto ao teor de compostos fenólicos observou-se que os genó�pos EMBRAPA (271,09 mg/g) e CPQBA (238,26 mg/g) foram superiores ao UNAERP (182,01 mg/g), e, esta�s�camente iguais entre si. O teor do princípio a�vo depende da interação genó�po e ambiente, destacando a riqueza da variabilidade gené�ca como ferramenta para trabalhos com espécies medicinais. Conclusão: Visando a produção de matéria-prima de qualidade, o genó�po EMBRAPA é o mais recomendado, possivelmente por estar mais adaptado às condições da região.

Palavras-chave : Mikania laevigata, geno�pos, sistema de cul�vo organico, produ�vidade

Compostos bioativos em hortaliças e frutas

Compostos bioativos em hortaliças e frutas

Po53 - QUALIDADE E PROCESSAMENTO DE IMAGEM EM DIFERENTES PORÇÕES DE FRUTOS DE

OPUNTIA STRICTA

Renato Lima (Brazil)¹; Silvanda Silva (Brazil)¹; Renato Dantas (Brazil)¹; Alex Sandro Sousa (Brazil)¹; Raylson Melo

(Brazil)¹; Ricardo Nascimento (Brazil)¹1 - Universidade Federal da Paraíba

Po54 - TEOR DE COMPOSTOS FENÓLICOS EM GENÓTIPOS DE GUACO CULTIVADOS NA ZONA DA

MATA MINEIRA

Maira Christina Marques Fonseca (Brazil)¹; Rosana Gonçalves Rodrigues Das Dores (Brazil)²1 - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - EPAMIG; 2 - Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP

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RESUMO

Os compostos bioa�vos são oriundos do metabolismo secundário das plantas e considerados componentes essenciais no processo fotossinté�co, desempenhando importante função nutricional humana. As hortaliças são consideradas importantes alimentos, por apresentarem em sua composição diversos �pos desses compostos. Assim, o obje�vo do trabalho foi avaliar a influência dos sistemas de cul�vo (orgânico, convencional e hidropônico) no teor compostos bioa�vos em alface. Foram conduzidos simultaneamente três experimentos em três ambientes dis�ntos: orgânico, convencional e hidropônico. Em cada sistema as plantas de alface da cul�var Cristal foram colocadas em parcelas repe�das quatro vezes. As parcelas dos sistemas orgânicos e convencional con�nham 16 plantas em quatro fileiras em espaçamento 0,30 m x 0,30 m. O sistema hidropônico foi preparado com perfis hidropônicos de 100 mm com furos espaçados de 25 cm. As parcelas foram cons�tuídas de 12 plantas e arranjadas em quatro repe�ções. Posteriormente, uma análise conjunta dos três experimentos foi realizada. Plantas do sistema convencional foram adubadas seguindo o resultado analí�co do solo. No sistema orgânico, as plantas foram adubadas u�lizando húmus e composto orgânico. No sistema hidropônico as plantas foram conduzidas em canais de cul�vo com solução nutri�va balanceada para alface. As análises foram realizadas no Laboratório de Conservação de Alimentos da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) - Campus Sete Lagoas em Sete Lagoas estado de Minas Gerais. Os compostos bioa�vos foram avaliados de acordo com metodologias específicas. Os dados foram subme�dos à análise de variância pelo teste F, e as médias comparadas pelo teste de Tukey com 5 % de probabilidade u�lizando-se o programa esta�s�co SISVAR. No sistema orgânico as plantas apresentaram menores valores de betacaroteno e luteína variando respec�vamente de 148, 66 a 394,00µg/100 g de amostra fresca e de 442,23 a 772,66 µg/100 g de amostra fresca. Os conteúdos de clorofila total, A e B, compostos fenólicos, flavonoides e carotenoides totais não foram influenciados pelos diferentes sistemas de cul�vo. Não foi detectada a presença de vitamina C em nenhuma planta proveniente dos três sistemas de cul�vo. Conclui-se que os sistemas de produção não influenciaram nos teores dos compostos bioa�vos avaliados no presente estudo, exceto no conteúdo de betacaroteno e luteína, que apresentaram menores concentrações em plantas cul�vadas no sistema orgânico.

Palavras-chave : Lactuca sa�va, Carotenóides, Luteína, Sistemas de produção

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RESUMO

O araçazeiro (Psidium guineensis Sw) é uma espécie na�va do Brasil, pertencente à família Myrtaceae, encontrada em diferentes biomas, com destaque para o Cerrado. Seu fruto, o araçá, é uma baga globosa, com polpa carnosa, agridoce, contendo numerosas sementes. A despeito de seu potencial sensorial, nutricional e funcional, o araçá é pouco explorado cien�ficamente. Seu potencial an�oxidante impacta em e é impactado diretamente pelo seu valor nutricional e funcional e se bem explorado pode aumentar o apelo para seu consumo. Considerando-se que a qualidade dos frutos é construída ao longo de seu desenvolvimento, o presente trabalho obje�vou avaliar o potencial an�oxidante de araçá, ao longo de seu desenvolvimento, com base em análises de vitamina C, fenólicos e a�vidade an�oxidante pelos métodos de DPPH, ABTS e beta-caroteno/ácido linoleico. Frutos foram colhidos em diferentes estádios de desenvolvimento (verde imaturo, verde maturo, início do amadurecimento e maduro) de um único espécime, em área �pica de Cerrado, em Lavras, Minas Gerais, Brasil. O teor de vitamina C aumentou con�nuamente, ao longo do desenvolvimento. O teor de fenólicos totais aumentou nos três primeiros estádios de desenvolvimento, caindo no fruto maduro. Com base nos três métodos u�lizados, observou-se aumento na a�vidade an�oxidante dos frutos, até início do amadurecimento, seguido de queda, com o pleno amadurecimento. Cerca de 150g de araçá maduro são suficientes para garan�r o aporte diário recomendável de vitamina C para um homem adulto, sendo que o fruto apresenta teores de fenólicos semelhantes a frutos reconhecidamente ricos nestes compostos e alta a�vidade an�oxidante. Conclui-se que o potencial an�oxidante de araçá evolui ao longo do desenvolvimento do fruto, alcançando seu ápice, normalmente, no início do amadurecimento. Agradecimentos: CNPq, CAPES e FAPEMIG.

Palavras-chave : an�oxidantes, vitamina C, fenólicos

Compostos bioativos em hortaliças e frutas

Compostos bioativos em hortaliças e frutas

Po55 - INFLUÊNCIA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO NO CONTEÚDO DE COMPOSTOS BIOATIVOS

EM ALFACE

Ernani Clarete Da Silva (Brazil)¹; Luma Moreira Martins (Brazil)¹; Lanamar De Almeida Carlos (Brazil)¹; Leila De

Castro Louback Ferraz (Brazil)¹; Gabriel Mascarenhas Maciel (Brazil)²; Jéssica Lorena Cruz (Brazil)¹1 - Universidade Federal de São João del-Rei - Campus Sete Lagoas; 2 - Universidade Federal de Uberlândia,

Po56 - ALTERAÇÕES NO POTENCIAL ANTIOXIDANTE DE ARAÇÁ AO LONGO DE SEU DESENVOLVIMENTO

Maria Paula Pimenta Vilas Boas (Brazil)¹; Heloísa Helena Siqueira Elias (Brazil)¹; Eduardo Valério De Barros

Vilas Boas (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Lavras

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RESUMO

O interesse por produtos alimen�cios saudáveis, nutri�vos, prontos para o consumo e funcionais tem aumentando tanto no Brasil, como no restante do mundo e esta é uma tendência na área de alimentos que deve con�nuar nos próximos anos. A jabu�caba é uma fruta na�va do Brasil, com sabor e aroma agradáveis, além de ser rica em compostos bioa�vos como as antocianinas, que estão concentradas principalmente na casca. No processamento da jabu�caba (produção de geleia e polpa) é gerado uma grande quan�dade de resíduo (caroço e casca), estes resíduos representam cerca de 50% da massa inicial da fruta. O obje�vo deste trabalho foi caracterizar farinhas de casca de jabu�caba da variedade Sabará (Myrciaria jabo�caba) ob�das por dois diferentes processos de desidratação. As jabu�cabas foram transportadas até a Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro), onde elas foram higienizadas, despolpada (para separar a polpa das cascas e dos caroços) e as cascas foram subme�das à desidratação por: (1) secador de bandeja com circulação de ar forçada a 45 ºC (F1) e (2) liofilização (F2). Após desidratação, as farinhas foram desintegradas em moinho de martelo e caracterizadas com relação aos seguintes parâmetros: cor instrumental, capacidade an�oxidante, teor de antocianinas totais e teor de compostos fenólicos. Não se observou diferença significa�va (p>0,05) entre os tratamentos quanto: ao teor de compostos fenólicos (544,37±6,84 e 458,37±9,45 mg de ácido gálico/100g), de antocianinas total (601,88±15,61 e 822,45±30,99 mg/100g) e na a�vidade an�oxidante pelo método ABTS+ (1084,12 ± 61,55 e 955,85 ± 58,09 µmol trolox/g), os valores apresentados são respec�vamente de F1 e F2. U�lizando-se o método ORAC observou-se que F1 (438,05 ± 7,43 µmol trolox/) apresentou a�vidade an�oxidante maior que a F2 (421,43 ± 19,61 µmol trolox/g). Com relação a cor instrumental das farinhas (L*, a* e b*) observou-se que a F2 apresentou valores significa�vamente maiores nos três parâmetros avaliados: L* (48,46), a* (13,30) e b* (2,69). E devido ao valor hab de F1 ser de 10,28° e de F2 ser de 11,44° as farinhas foram classificadas com coloração roxa. Conclui-se que as farinhas de casca de jabu�caba ob�das pelos dois métodos u�lizados são semelhantes e ricas em compostos bioa�vos.Agradecimentos: Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien�fico e Tecnológico - CNPq - Brasil. Edital Universal MCTI/CNPQ/14/2014. Processo 460693/2014-0.

Palavras-chave : BIOATIVOS, ANTOCIANINA, FUNCIONAL

Compostos bioativos em hortaliças e frutas

Po57 - CARACTERIZAÇÃO DE FARINHAS (DESIDRATADA E LIOFILIZADA) DE RESÍDUO DE JABUTICABA3 4Izabela M Zin (Brazil)²; Tatiana P. Nunes (Brazil) ; Karina M. O. Santos (Brazil)¹; Adriano G. Cruz (Brazil) ; Ana

Carolina S D Chaves (Brazil)¹1 - Embrapa Agroindústria de Alimentos; 2 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); 3 - Universidade Federal de Sergipe;

4 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia de Alimentos (PGCTA

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Cultivos protegido e hidropónico

Po59 - PRODUÇÃO DE MELÕES NOBRES EM DIFERENTES SUBSTRATOS NO SISTEMA SEMI-HIDROPÔNICO

NAS CONDIÇÕES DE BRASÍLIA-DF, BRASIL

Alexandre Augusto De Morais (Brazil)¹; Raphael Augusto De Castro E Melo (Brazil)¹; Taislene Butarello

Rodrigues De Morais (Brazil)²1 - Embrapa Hortaliças; 2 - Universidade de Brasília

Po58 - AVALIAÇÃO DO EFEITO TÓXICO E CITOTÓXICO DE NITROGÊNIO EM ALFACE HIDROPÔNICA

Alcione Da Silva Arruda (Brazil)¹; Wesley Costa Silva (Brazil)¹; Anne Silva Martins (Brazil)¹; Robson José De

Oliveira Junior (Brazil)²; Jarbas Dos Reis Silva (Brazil)²; Hugo Franco De Novaes Rosa (Brazil)²; Roberta Camargo

De Oliveira (Brazil)²; Ernane Miranda Lemes (Brazil)²; João Ricardo Rodrigues Da Silva (Brazil)²; José Magno

Queiroz Luz (Brazil)²1 - Universidade Estadual de Goiás - Câmpus Ipameri; 2 - Universidade Federal de Uberlândia - Câmpus Umuarama

Cultivos protegido e hidropónico

RESUMO

A alface se destaca como uma das hortaliças mais produzida e comercializada no Brasil, e como toda cultura, necessita de adubação para o seu desenvolvimento, principalmente de nitrogênio (N), segundo macronutriente mais exigido pelas hortaliças. Nesse sen�do, o trabalho teve como obje�vo avaliar o efeito tóxico e citotóxico de N em alface hidropônica. O experimento foi conduzido em DIC com seis tratamentos e seis repe�ções, sendo os tratamentos compostos pelas diferentes doses de N: C1 = 75, C2 = 100, C3 = 125 e C4 = 150%, tendo como base a solução de FURLANI. Controles C5 = nega�vo (água da rede urbana) e C6 = posi�vo (paracetamol 750 mg.L-1), e como testemunha, foi considera a dose de N proposta por FURLANI – C2. Após 72 horas, foi feita a análise do efeito tóxico, determinado pelo comprimento das raízes e comparado com os controles. Para avaliação citotóxica, as lâminas foram preparadas e coradas com o agente intercalante Hoechst 33258. A análise foi pela técnica de varredura em 1000 células por tratamento e a visualização feita em microscopia de fluorescência com filtro ultravioleta (340 nm), para determinar o índice mitó�co. Quando as plantas apresentaram tamanho comercial, foi avaliado peso de matéria fresca da planta; da raiz e parte aérea; diâmetro da parte aérea; peso de matéria seca de raiz; da parte aérea e teor de N na folha. Os dados foram subme�dos à análise de variância e foi realizado o teste de Sco�-Kno� para comparação múl�pla das médias. A comparação das médias de comprimento de raízes para determinar o efeito tóxico e o índice mitó�co que avalia o efeito citotóxico, em relação ao controle nega�vo, demonstrou que o aumento nas doses de nitrogênio não causou toxicicidade e citotoxicicidade nas plantas. O aumento na concentração de N promoveu aumento na matéria fresca da raiz; com diferença significa�va de C3 e C4 em relação a C1 e C2; as caracterís�cas matéria fresca da planta; da parte aérea; matéria seca de raiz e da parte aérea e teor de N na folha, não apresentaram diferenças esta�s�cas nas concentrações u�lizadas. O diâmetro da parte aérea de C3 e C4 reduziu em relação a C2, mesmo não ocorrendo diferença significa�va entre essas concentrações, mais estas diferiram de C1. O aumento na concentração de N em alface hidropônica não causa efeito tóxico e citotóxico, porém, não favorece aumento no diâmetro da parte aérea da planta.

Palavras-chave : Lactuca sa�va, mutagênese, Índice Mitó�co

RESUMO

O consumo de melão nobre é rela�vamente elevado em Brasília-DF, com cerca de 300 toneladas/mês, porém a distância em relação aos centros produtores compromete a qualidade do produto que chega ao mercado, principalmente pelos danos mecânicos causados durante o transporte rodoviário. A comercialização de melões ocorre durante todo o ano, contudo, nos períodos de janeiro a julho há escassez do produto, o que eleva o preço para o consumidor final. Neste sen�do, há a oportunidade, principalmente para produtores que já u�lizam o sistema de cul�vo protegido, de uma alterna�va de renda, uma vez que os melões nobres possuem alto valor agregado e de aproveitamento da estrutura. Ademais, informações sobre genó�pos de melão cantaloupe mais adaptados ao sistema de produção semi-hidropônico nas condições do DF são incipientes. O presente trabalho teve como obje�vo avaliar três �pos de substrato e dois híbridos comerciais de melão cantaloupe em sistema de produção semi-hidropônico. O delineamento experimental a u�lizado foi o de blocos ao acaso em esquema fatorial 2 x 2, com seis repe�ções correspondendo aos híbridos Olimpic express® e Torreon® e três �pos de substratos – (1) a base de fibra de coco, (2) casca de pinus e (3) areia lavada. As caracterís�cas avaliadas foram altura média do décimo nó (AMDN), altura até o 22° nó (AP22N); diâmetro do caule (DC); teor de sólido solúveis (BRIX) e produção total frutos (PTF), as médias foram agrupadas pelo teste de Sco�-Kno� a 5% de probabilidade. Observou-se que para os caracteres AMDN, AP22N, DC e BRIX que Torreon® diferiu esta�s�camente com 14,29 cm, 43,52 cm, 8,8 mm e 8,8º, respec�vamente, sugerindo um melhor desenvolvimento fisiológico desse híbrido. No entanto não foi constatada resposta significa�va entre os diferentes substratos para sua produção. Na interação entre híbridos e substrato para PTF, Olimpic express® produziu 74,5 e 74,7 t.ha-1 quando associado aos substratos 1 e 2, respec�vamente. Os resultados ob�dos neste ensaio demonstram o potencial do uso do sistema semi-hidropônico para o cul�vo de melões nobres nas condições do DF.

Palavras-chave : cantaloupe, cul�vo protegido, fibra de coco, casca de pinus, Cucumis melo

2019

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RESUMO

A preocupação com a gestão da água assume-se no século XXI como um dos mais importantes temas de sustentabilidade do nosso planeta. A FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) apresentou os grandes obje�vos para o desenvolvimento sustentável até 2030, o 6º obje�vo tem como um dos alvos melhorar a qualidade da água, reduzindo a poluição, eliminando o despejo e minimizando a libertação de produtos químicos e materiais perigosos, reduzindo para metade a proporção de águas residuais não tratadas e aumentando substancialmente a reciclagem e a reu�lização segura em todo o mundo. A hidroponia apresenta-se, atualmente, como o processo produ�vo de hor�colas que permite rentabilizar a produção aliada ao controlo de soluções nutri�vas e consumo de água. Existe também um sistema de produção com base na u�lização de água como transportador de nutrientes para as plantas, mas obtendo nutrientes através do ciclo do azoto, u�lizando a aquacultura e filtros biológicos que fornecem água rica em nutrientes, a aquaponia. Este úl�mo, apresenta-se como o sistema de maior sustentabilidade de produção de hor�colas.Neste trabalho apresenta-se um estudo compara�vo das propriedades de tomate ob�do: hidroponia e por aquaponia. U�lizou-se para o efeito a Ressonância Magné�ca Unilateral (RM-Unilateral).A RM-Unilateral é uma valência inovadora da Ressonância Magné�ca Nuclear, que ao contrário desta é não invasiva e não destru�va, pois não impõe restrições ao tamanho da amostra. O carácter não invasivo da RM-Unilateral vem do facto de, ao contrário da RMN convencional em que o objecto em estudo é colocado dentro de um campo magné�co, em geral, intenso e homogéneo, nesta metodologia o campo é colocado dentro do objecto.Para amostras de hor�colas, como o tomate, permite que um mesmo espécime seja estudado por RM-Unilateral e de seguida sujeito a qualquer �po de estudo ou até a avaliação das suas qualidades organolép�cas, permite ainda que um objecto seja monitorizado durante um intervalo de tempo.A RM-Unilateral permite obter quatro parâmetros: a densidade protónica, os tempos de relaxação longitudinal e transversal e o coeficiente de auto-difusãoo da água no tecido do tomate. Pode, assim acede-se à “química e/ou microestrutura” dos tecidos, de modo não destru�vo e não invasivo.Foram monitorizados duas amostras de tomate da mesma espécie e no mesmo estado de maturação uma produzida por hidroponia e a outra por aquaponia.Concluiu-se que os sistemas de produção se refletem de forma clara nas propriedas dos frutos medidas por RM-Unilateral.

Palavras-chave : RM-Unilateral, Aquaponia, Hidroponia

RESUMO

The substrates elimina�on at the end of the crop is a potencial threat to the enviroment in the greenhouse crops. To reduce nega�ve effects, exist the alterna�ve to reuse the substrates during some crops cycles, also, this increase their profitability. The possibility of reusing substrates, without damage the crops, depends to the physics, chemical and biological material's proper�es, as well as the tolerance of the plant to abio�c and / or bio�c stress. Physical's changes proper�es of three types of substrates were evaluated a�er four cycles of reuse and their influence on the development of strawberry cul�va�on. The experiment was carried out at Universidad Autónoma Chapingo greenhouses. A 3x4 factorial treatment design (substrate, cycles of use) was used, genera�ng 12 strawberries treatments, arranged in a complete random block design with three replicates.The experimental unit consisted in 12 channels to strawberries plants of the Albion variety. The substrate physical proper�es (bulk density, moisture reten�on capacity, total pore space, aera�on capacity, readily available water, reserve water, hardly available water and total available water) were evaluated at the beginning and at the end of the growing cycle. The data was subjected to variance and mul�ple comparison analysis of measurement (Tukey p≤0.05). Significant differences were observed in the moisture reten�on capacity of coconut fiber, which increased from 66.5% (new) to 79% (cycle I and II) and 81% (cycle III); The perlite and tezontle substrates did not show signifcant changes in the measured variables. The results obtained showed that the physical proper�es change in the coconut fiber maintained in the perlite and tezontle substrates, which can be used during four consecu�ve cycles of hydroponic strawberries cul�va�on without affec�ng their efficiency and quality.

Keywords: Fragaria x ananassa Duch, moisture reten�on, aera�on capacity, water available.

Palavras-chave : Fragaria x ananassa Duch, moisture reten�on, aera�on capacity, water available.

Po60 - RESSONÂNCIA MAGNÉTICA UNILATERAL NO ESTUDO COMPARATIVO DE TOMATE PRODUZIDO

POR HIDROPONIA E AQUAPONIA

Alexandra Carvalho (Portugal)¹; Sofia Vale (Portugal)1; Sérgio Ferreira (Portugal)²; Raul Bernardino (Portugal)³1 - IEQUALTECS, Lda; 2 - MARE- IPLeiria; 3 - MARE – Marine and Environmental Sciences Centre, Instituto Politécnico de Leiria, ESTM, Portugal e

Laboratory of Separation and Reaction Engineering - Laboratory of Catalysis and Materials, Pólo IPL, Portugala o Nome da Instituição

Po61 - VARIATION IN PHYSICAL PROPERTIES IN REUTILIZED SUBSTRATES AND ITS INFLUENCE ON

GROWTH AND STRAWBERRY DEVELOPMENT.

Eduilkar Ameth Saldaña Yangüez Ing. (Mexico)¹1 - Universidad Autónoma Chapingo

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RESUMO

As concentrações de metais pesados tóxicos vêm aumentando em solos agrícolas em todo o mundo por meio, principalmente, de a�vidades antrópicas, como mineração, queima de combus�veis fósseis, industrialização e más prá�cas agrícolas, com impacto direto da transferência destes elementos para a cadeia alimentar. Ainda não se conhecem as funções biológicas e a essencialidade do Cd aos vegetais, sendo observados em condição de exposição ao metal danos ao metabolismo das plantas e alocação de nutrientes nos tecidos, afetando o desenvolvimento vegetal. Obje�vou-se com este estudo avaliar a alocação de biomassa da parte aérea e de raízes, quan�ficar o conteúdo de macro e micronutrientes absorvidos, avaliar as alterações ultra-estruturais e a resposta an�oxidante em três genó�pos de alface (Lactuca sa�va L.) Vanda, Lidia e Stela, cul�vados em solução nutri�va com duas concentrações de Cd (0,0 e 0,1 μmol L-1, na forma de CdCl2.H2O). A exposição ao Cd aumentou as concentrações e os acúmulos de Cd na parte aérea e nas raízes, sendo que a concentração de Cd nas raízes da cul�var Lidia foi 64 e 30% menor em relação àquelas observadas na cv. Vanda e Stela, respec�vamente. O cul�var Stela acumulou 62 e 77% menos Cd na parte aérea quando comparada com o cv. Vanda e Lidia, respec�vamente. As concentrações de P, K, Mg, S, Ca, Cu, Ni e Zn aumentaram nos cul�vares Vanda e Lidia expostas ao Cd, enquanto que no cv. Stela somente as concentrações de Cu, Fe e Ni. Observou-se redução no diâmetro do xilema com pequena desestruturação das fibras do floema nas raízes das cul�vares Vanda e Lidia, expostas à concentração de Cd na solução. A exposição ao Cd promoveu alteração na morfologia dos cloroplastos dos cul�vares Vanda e Lidia para forma elipsoidal e da cul�var Stela para forma arredondada, sem afetar a disposição de grana e estroma. Houve acentuado acúmulo de grãos de amido nos cloroplastos das cul�vares Lidia e Stela e manchas densas de materiais osmio�licos localizadas ao lado das pilhas de grana nos cloroplastos da cul�var Lidia. A peroxidação lipídica em tecidos da parte aérea foi pouco alterada pela exposição ao Cd, todavia, a a�vidade da catalase (CAT) foi maior na parte aérea das plantas, enquanto que as a�vidades da ascorbato peroxidase (APX) e da gluta�ona redutase (GR) foram mais expressas nas raízes, após exposição das plantas ao metal.

Palavras-chave : estresse oxida�vo, ionomica, ultra estrutura

RESUMO

A goiabeira (Psidium guajava L.) pertencente à família Myrtaceae, destaca-se como uma alterna�va de renda ao pequeno produtor. Devido à expansão de pomares com esta fru�fera no país, estudos relacionados à propagação de goiabeira fazem-se necessários. Neste contexto, o presente trabalho teve como obje�vo avaliar a produção de porta-enxertos de goiabeira, em condições hidropônicas e convencionais. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado. Foram semeadas cinco sementes por recipiente, sendo tubetes contendo vermiculita em hidroponia e sacolas de polie�leno, com capacidade de sete litros, contendo substrato composto por três partes de terra de subsolo, uma parte de areia e adição de um quilo de calcário e super simples por m³ de substrato no sistema convencional, totalizando 270 recipientes para cada sistema estudado. No sistema hidropônico os tubetes foram man�dos sob uma lâmina de cinco cen�metros de água até o ponto de desbaste, quando a par�r do mesmo foi introduzida a solução nutri�va segundo Faquin e Chalfun (2010), patente: PI0802792-7A2. No sistema convencional foram realizadas irrigações diárias. Avaliou-se o tempo para as plantas a�ngirem o ponto de desbaste (três pares de folhas), o ponto de repicagem (15 cm) e o ponto de enxer�a (diâmetro igual ou maior que 0,6 mm). A par�r do desbaste avaliaram-se a altura das plantas e a par�r do ponto de repicagem os diâmetros no ponto de enxer�a, ambos aferidos semanalmente até que 51% das mudas fossem aptas a enxer�a. Em hidroponia, as plantas a�ngiram o ponto de desbaste, repicagem e enxer�a aos 36 DAS (dias após a semeadura), 121 DAS e 220 DAS, respec�vamente. Enquanto no sistema convencional o ponto de desbaste, repicagem e enxer�a ocorreram aos 77 DAS, 212 DAS e 348 DAS, respec�vamente. No ponto de enxer�a a altura média em sistema hidropônico foi de 58,59 cm, enquanto no sistema convencional foi de 81,56 cm. Observa-se a viabilidade do sistema hidropônico para a produção de porta-enxertos de goiabeira, uma vez que possibilitou crescimento mais acelerado em relação ao sistema convencional, além de permi�r a produção uma produção três vezes maior de mudas.m-2 (114) que o sistema convencional (36 mudas.m-2).Os autores agradecem o apoio ins�tucional e financeiro das seguintes ins�tuições: FAPEMIG, CNPQ, CAPES e UFLA.

Palavras-chave : Psidium guajava L., hidroponia, produção de mudas

Po62 - ALOCAÇÃO DE BIOMASSA E DE NUTRIENTES E RESPOSTA ANTIOXIDANTE EM CULTIVARES

DE ALFACE EXPOSTAS AO CD

José Lavres (Brazil)¹; Flávio Henrique Silveira Rabêlo (Brazil)¹; Monica Lanzoni Rossi (Brazil)¹; Adriana Pinheiro

Martinelli (Brazil)¹; Ricardo Antunes Azevedo (Brazil)¹1 - Universidade de São Paulo

Po63 - PRODUÇÃO DE PORTA ENXERTOS DE GOIABEIRA EM SISTEMA HIDROPÔNICO E CONVENCIONAL3 4Pedro Maranha Peche (Brazil)¹; Wiara De Assis Gomes (Brazil) ; Lidiane Carla Vilanova Miotto (France) ; Valdemar

Faquin (Brazil)¹; Nilton Nagib Jorge Chalfun (Brazil)¹; Thatiane Padilha De Menezes (Brazil)²1 - Universidade Federal de Lavras (UFLA); 2 - Centro Mineiro do ensino superior- cemes; 3 - Universidade Federal do Rio Grande do Norte;

4 - Université de Reims

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Cultivos protegido e hidropónico

Cultivos protegido e hidropónico

RESUMO

Os frutos de Capsicum são muito u�lizados para alimentação tanto para o consumo in natura quanto na industrialização. As deficiências minerais nas plantas promovem alterações no metabolismo, as quais normalmente modificam seus aspectos morfológicos e anatômicos, assim é relevante o conhecimento dos sintomas visuais da deficiência em Capsicum baccatum var. pendulum já que são escassas descrições de sintomas visuais na literatura. Nesse contexto, obje�vou-se com esse trabalho caracterizar os sintomas de deficiência de macronutrientes e boro em pimenteira (Capsicum baccatum var. pendulum) nas fases de crescimento e de fru�ficação. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no Campus da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, localizada no município de Campos dos Goytacazes-RJ-Brasil. O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados cons�tuído de oito tratamentos: Completo (C), deficiente em nitrogênio (-N), deficiente em fósforo (-P), deficiente em potássio (-K), deficiente em cálcio (-Ca), deficiente em magnésio (-Mg), deficiente em enxofre (–S) e deficiente em boro (-B), com quatro repe�ções. Verificaram-se, até 142 dias após o início da aplicação dos tratamentos, evidências de sintomas visuais de cada nutriente estudado nas pimenteiras. -N: clorose em todo limbo foliar, menor porte da planta com pouca ramificação lateral; -P: clorose nas pontas das folhas medianas e velhas em forma de “V”, seguindo para uma clorose internerval em todo limbo foliar; -K: pontos cloró�cos na borda do limbo das folhas novas, seguindo para necrose destes pontos e queda intensa das folhas; -Ca: manchas cloró�cas inter nervais próximas a nervura central das folhas que evolui por todo o limbo. Aos 56 dias após inicio da aplicação dos tratamentos os frutos que ainda estavam imaturos começaram a apresentar sintoma de deficiência de Ca caracterizado por manchas necró�cas no fundo do fruto; -Mg: pontos cloró�cos entre as nervuras das folhas novas e intermediárias, que na sequência esses pontos cloró�cos assumiram tonalidade acobreada; -S: perda gradual da coloração verde-escura das folhas as quais foram assumindo tonalidade verde-clara. À medida que a deficiência de S foi maior as plantas apresentaram aparência es�olada, com folhas mais alongadas e finas; -B: as folhas novas começaram a apresentar encarquilhamento e coloração verde-claro. Conclui-se que as plantas cul�vadas sob deficiência de macronutrientes e B apresentam alterações morfológicas nas folhas e nos frutos, caracterizadas como sintomas de deficiência nutricional de cada nutriente estudado.

Palavras-chave : Pimenta, Pimenteira, nutrientes

RESUMO

A Couve-crespa Kale é muito comum nos Estados Unidos e vem ganhando atenção por ser altamente nutri�va (fonte de sais minerais, proteína e carboidratos prebió�cos além de ser an�oxidante e an�-inflamatória). O incen�vo ao consumo de alimentos nutri�vos e de baixo valor calórico é importante, pois no Brasil o sobrepeso a�nge 54% dos adultos e a obesidade, 20%. Os crescentes aumentos populacionais das úl�mas décadas e as perspec�vas de aumento no futuro exigem, cada vez mais, acréscimos da produ�vidade e cul�vos mais acelerados. Com isso, a técnica da hidroponia, apesar de ser rela�vamente nova, vem ganhando notoriedade por conseguir sa�sfazer um aumento de demanda (como também a demanda o ano todo) e um aumento de exigência por qualidade das hortaliças, que também é crescente. Nesse sen�do, obje�vou-se avaliar a viabilidade de produção de Couve-de-folhas não como maço de folhas, mas sim como maço de plantas novas e comparar o desempenho da Couve-crespa com a Couve-manteiga (muito consumida no Brasil). O experimento foi conduzido na cidade de Araras (SP) em cul�vo hidropônico protegido por telado vermelho, em delineamento inteiramente casualizado, com 4 repe�ções. Três híbridos de Couve-crespa (Darkibor, Redbor e Starbor) e uma variedade de Couve-manteiga (Bonanza) foram semeados em bandejas com 4 sementes por célula. Foram transplantados, após um mês, para a bancada hidropônica (perfis de polie�leno de 50mm), onde ficaram mais 30 dias. A solução hidropônica foi man�da com pH entre 5,5 e 6,5 e a condu�vidade elétrica entre 1,4 e 1,8 MiliSiemens/cm. Avaliaram-se 10 maços por parcela, mensuraram-se e compararam-se pelo teste de Tukey (p≥0,05), massas frescas e secas (da parte aérea e do sistema radicular), folhas (quan�dades, larguras e comprimentos), caules (comprimentos e diâmetros) e comprimentos de pecíolos e raízes. Os híbridos Darkibor, Starbor e a cul�var Bonanza ob�veram bom desempenho, onde os híbridos citados ob�veram maior número de folhas do que a cul�var, mas esta obteve folhas maiores (em comprimento e largura), já as massas frescas da parte aérea foram iguais entre si, esta�s�camente. Já o híbrido Redbor teve desempenho inferior em, pra�camente, todas as variáveis mensuradas isentando-se os comprimentos de caule e pecíolo, onde foi superior. Com isso, comprovamos a viabilidade de produção de Couve-crespa no Brasil e a possibilidade de produção de Couve-de-folhas como maço de plantas novas no cul�vo hidropônico.

Palavras-chave : Hidroponia, Hor�cultura, Cul�vo protegido, Kale, Couve-crespa, Couve-manteiga, Couve-de-folhas

Po64 - SINTOMAS VISUAIS DE DEFICIÊNCIA DE MACRONUTRIENTES E BORO EM CAPSICUM

BACCATUM VAR. PENDULUM

Mírian Peixoto Soares Da Silva (Brazil)²; Marta Simone Mendonça Freitas (Brazil)¹; Paulo Cesar Dos Santos

(Brazil)¹; Almy Junior Cordeiro De Carvalho (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro; 2 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins - Campus

Pedro Afonso

Po65 - AVALIAÇÃO AGRONÔMICA DE COUVE-CRESPA (KALE) EM SISTEMA HIDROPÔNICO

Caio Salvador Noboa (Brazil)¹; Mariana Petini De Freitas (Brazil)¹; Camila Peixoto Dos Santos (Brazil)¹; Natália

Fernandes (Brazil)¹; Camila Gabriela Ferreira (Brazil)¹; Nathália Gama Tavares (Brazil)¹; Fernando Cesar Sala

(Brazil)¹1 - UFSCar - Universidade Federal de São Carlos

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Cultivos protegido e hidropónico

Cultivos protegido e hidropónico

RESUMO

Os �pos de recipientes, caracterizados pelos número e volume das células, e a semeadura, interferem na qualidade da muda e na produ�vidade da rúcula cul�vada em sistemas hidropônicos. Dessa forma, o obje�vo desse trabalho foi avaliar três �pos de bandejas (105 células e 25 ml/célula; 128 células e 20 ml/célula e 200 células e 12,5 ml/célula) e diferentes números de sementes por célula (3, 6, 9 e 12) na qualidade das mudas e produ�vidade das plantas de rúcula cul�vadas em sistema hidropônico. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com 4 repe�ções. A qualidade da muda foi avaliada pela massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca das raízes (MSR), área foliar (AF), volume (VR) e comprimento (CR) das raízes. A produ�vidade das plantas cul�vadas em sistema hidropônico foi avaliada pela massa fresca (MFPAP) e seca (MSPAP) da parte aérea, massa fresca (MFRP) e seca (MSRP) das raízes e área foliar (AFP). Os números de sementes por célula foram comparados pelo teste t para comparação de contrastes pré-planejados de 3 com 6 sementes e 9 com 12 sementes. As médias dos �pos de bandejas foram comparadas entre si pelo teste de Tukey a 5% de significância. A MSPA e a MSR aumentaram com a redução do número de células por bandeja e aumento do número de sementes por célula. A AF, o VR e o CR diminuíram com o uso de recipientes de 200 células em todos os números de sementes por célula. A AF e o VR foram maiores para o uso de 9 sementes por célula em relação a 12 sementes por célula, semeadas em bandejas de 200 células. A MFPAP, MSRP e AFP foram menores na bandeja de 200 células para todos os números de sementes por célula. A MFPAP e a AFP foram reduzidas com 6 sementes por célula comparadas com 3 sementes por célula de plantas produzidas a par�r de mudas em bandejas de 105 e 128 células. Em função dos resultados ob�dos, recomenda-se a produção de plantas de rúcula em hidroponia a par�r de mudas provenientes de bandejas de 105 ou 128 células com 6 sementes por célula (contraste de 3 com 6 sementes), ou a par�r de mudas provenientes de bandejas de 105 ou 128 células independentemente do número de sementes para o contraste de 9 com 12 sementes.

Palavras-chave : Hidroponia, Bandejas, Rúcula, Número de Sementes

RESUMO

O trabalho obje�vou avaliar o comportamento de cul�vares de rúcula nas condições climá�cas de Belém do Pará, Brasil e avaliar o efeito do ambiente de cul�vo protegido no comportamento da espécie. O experimento foi conduzido no setor de hor�cultura da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), no período de julho de 2015 a setembro de 2015. O delineamento experimental u�lizado foi de blocos casualizados em esquema fatorial (2x3) com quatro repe�ções, sendo o fator 1 as cul�vares de rúcula aprecia�a e cul�vada, e o fator 2 os três ambientes de cul�vo. Os ambientes u�lizados para a realização do estudo foram: cul�vo de campo, túnel baixo e casa de cul�vo protegido, sendo cada parcela composta por 18 plantas. U�lizou-se, para a cobertura, filme PEBD (polie�leno de baixa densidade), de 100 micrômetros de espessura. As variáveis analisadas foram: altura da planta em cen�metros aos 7, 14 e 21 dias após o transplan�o; número de folhas aos 7, 14, e 21 dias após o transplan�o e massa fresca da parte aérea em gramas. Verificou-se que as cul�vares de rúcula aprecia�a e cul�vada não apresentaram diferença entre si nos ambientes em que estavam sendo cul�vados, porém nos ambientes, para a variável altura da planta, houve diferença esta�s�ca apenas aos sete dias após o transplan�o, onde para o fator cul�vo protegido a altura alcançada foi de 11,9cm, para cul�vo de campo 11,4cm e para túnel baixo 10,4cm. Para número de folhas, as diferenças ocorreram aos 14 e 21 dias após o transplan�o, onde foi observado que não houve diferença esta�s�ca para o cul�vo protegido e túnel baixo, apresentando diferença esta�s�ca apenas para cul�vo de campo obtendo-se melhor resultado com 12 folhas e 20 folhas respec�vamente. A massa fresca avaliada obteve diferença esta�s�ca entre os ambientes túnel baixo e casa de cul�vo protegido O ambiente mais indicado para o cul�vo de rúcula, para o presente experimento, foi o campo aberto.

Palavras-chave : Plas�cultura. Cul�vo protegido. Túnel baixo.

Po66 - DENSIDADE DE SEMEADURA E TIPOS DE RECIPIENTES NA QUALIDADE DE MUDAS E NA

PRODUTIVIDADE DE RÚCULA CULTIVADA EM SISTEMA HIDROPÔNICO

Rachel Tonhati (Brazil)¹; Pedro Ramualyson Fernandes Sampaio (Brazil)¹; Simone Costa Mello (Brazil)¹1 - Universidade de São Paulo - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"

Po67 - COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE RÚCULA (ERUCA SATIVA MILLER) EM AMBIENTE

PROTEGIDO

Analu Leão Barros (Brazil)¹; Michelle Sousa Borges (Brazil)¹; Thayane Ferreira Miranda (Brazil)¹; Arthur Abraão

Pinheiro (Brazil)¹; Antônio Sérgio Lopes De Gusmão (Brazil)¹1 - Universidade Federal Rural da Amazônia

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Cultivos protegido e hidropónico

Cultivos protegido e hidropónico

RESUMO

Os morangos são apreciados pelos consumidores devido a caraterís�cas associadas ao aspeto (cor, tamanho, forma), à consistência e a potenciais efeitos benéficos na saúde. A perceção do sabor e a preferência de consumo são fortemente influenciadas pelas concentrações de açúcares e ácidos orgânicos, variáveis fortemente dependentes da cul�var. Os compostos fenólicos, entre os quais as antocianinas, são normalmente classificados como compostos benéficos para a saúde e cuja concentração em morangos depende da cul�var, das condições de produção e do estado de maturação.Foi obje�vo do presente trabalho caraterizar morangos da cul�var San Andreas produzidos em semi-hidroponia, colhidos a 3, 7 e 15 de junho de 2016. A massa média dos morangos variou entre 22,0 e 28,4 g, o comprimento médio entre 46,5 e 50,9mm e o valor médio do maior diâmetro oscilou entre 33,1 e 37,0mm.Rela�vamente a parâmetros cromá�cos, a luminosidade decresceu nas três datas de amostragem, enquanto que a intensidade de cor foi maior a 7 de junho e a tonalidade (ângulo Hue) aumentou na úl�ma amostragem.Os morangos da úl�ma amostragem foram os que apresentaram textura mais branda (0,74N), ao aplicar sonda cilíndrica de 2mm de diâmetro. Em termos globais, frutose, sacarose, galactose e glucose decresceram da primeira para a úl�ma data de amostragem, sendo a frutose o açúcar em maior quan�dade, seguido de sacarose e galactose. Quanto a ácidos orgânicos, foram quan�ficados os ácidos cítrico, málico, oxálico e ascórbico, sendo que o ácido málico é o que está presente em maior concentração nas 3 datas. Ocorreu tendência decrescente destes ácidos à exceção do málico, que teve maior concentração na úl�ma data de colheita. A a�vidade an�oxidante expressa pela capacidade de inibição de radicais de DPPH foi inferior na 3ª data, mas ainda assim com valor de 90,9%. A presença de compostos fenólicos foi dominada pelo ácido elágico e por pelargonidina-3-glucosídeo, tendo-se observado as maiores concentrações de ácido p-cumárico, cianidina-3-glucosídeo, pelargonidina-3-ru�nosídeo e pelargonidina-3-maloglucosídeo na úl�ma data de amostragem. Em relação à presença de elementos minerais, o fósforo rondou 0,20mg, o potássio entre 2,46 e 2,66mg, o cálcio entre 0,15 e 0,19mg e o magnésio cerca de 0,11mg por g de peso fresco de morango. Os morangos apresentaram boa apreciação de cor e firmeza em análise sensorial.Os resultados confirmam os de outros autores, mas também divergem em algumas variáveis. Data de colheita e estado de maturação mostraram influenciar as caraterís�cas de morango da cul�var San Andreas.

Palavras-chave : qualidade, compostos fenólicos, ácidos orgânicos, biometria, colheita

RESUMO

O potássio (K) é um dos nutrientes requeridos em maior quan�dade para o crescimento e desenvolvimento e produção do morangueiro, por estar envolvido processos fisiológicos vitais. O obje�vo deste ensaio foi avaliar a influência de diferentes doses K na solução nutri�va do morangueiro sobre os parâmetros fisiológicos e produção. O ensaio foi conduzido em estufa em sistema semi-hidropónico em areia. Foram u�lizados 16 morangueiros da cv. San Andreas por tratamento que foram cons�tuídos por cinco doses de K (2,15; 4,15; 6,15; 8,15 e 10,15 mmol L-1). Foram realizadas duas avaliações, com 13 e 24 semanas de desenvolvimento dos morangueiros, respe�vamente. Os parâmetros avaliados foram: índice SPAD; condutância estomá�ca, às 10h e às 12h (gs10h) e (gs12h), respe�vamente; temperatura da folha folhas, às 10h e às 12h (ºtF10h) e (ºtF12h), respe�vamente; e potencial hídrico da folha (Ψw). Na 24ª semana de desenvolvimento, os morangueiros foram também avaliados quanto a percentagem de água (%H2O) e massas fresca (MF) e seca da parte aérea (folhas e pecíolos), conteúdo rela�vo em água das folhas (RWC) e área específica da folha (SLA). Foram realizadas nove colheitas e a produção foi es�mada em função do peso médio dos morangos ob�dos de cada tratamento por colheita. Os dados ob�dos foram subme�dos à análise de variância (Anova) e comparação de médias realizada pelo teste de Tukey (p ≤ 0,05). As diferentes doses de K não apresentaram efeito significa�vo sobre o índice SPAD, ºtF10h, º�12h e Ψw nas duas épocas de avaliação. Na avaliação na 24ª semana, houve efeito posi�vo do incremento das doses de K sobre a gs12h, sendo a dose controlo (6,15 mmol L-1 de K) apresentou o valor mais elevado. A %H2O na parte aérea, RWC e SLA não foram afetadas pelas diferentes doses de K. A dose 2,15 mmol L-1 de K comprometeu a acumulação MF e MS da parte aérea. A dose controlo (6,15 mmol L-1 de K) foi a apresentou a maior produção de morangos (137,7 g de morangos colheita-1), sendo 60% superior em relação a dose 10,15 mmol L-1 de K de menor produção (41,7 g de morangos colheita-1). Assim, os resultados sugerem que apesar das diferentes doses de K na solução nutri�va não impedirem o crescimento, desenvolvimento e a produção dos morangueiros, a dose controlo (6,15 mmol L-1 de K) foi a mais benéfica às plantas, não sendo deletéria a nenhum dos parâmetros fisiológicos avaliados e apresentando a maior produ�vidade.

Palavras-chave : hidroponia, pequenos frutos, nutrição vegetal

Po68 - CARACTERIZAÇÃO DE MORANGO DA CULTIVAR SAN ANDREAS PRODUZIDO EM

SEMI-HIDROPONIA4Flávio Rodrigues (Portugal)¹; Hortense A. Fernandes (Portugal)²; Carlos Felgueiras (Portugal) ; Isabel Cortez

(Portugal)²; Carlos J. O. Ribeiro (Portugal)³1 - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; 2 - Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas, Universidade de

Trás-os-Montes e Alto Douro; 3 - Departamento de Agronomia, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; 4 - AltoFuste - Consultoria e

Gestão Agrícola

Po69 - ALTERAÇÕES NA FISIOLOGIA E PRODUÇÃO DO MORANGUEIRO (FRAGARIA ANANASSA

DUTCH. CV. SAN ANDREAS) EM FUNÇÃO DE DIFERENTES DOSES DE POTÁSSIO NA SOLUÇÃO NUTRITIVA

Camila Borges Antonio Tufik (Portugal)¹; Ana Elisa De Mendonça Rato Barroso (Portugal)¹; Renato Ruas Pereira

Coelho (Portugal)¹; Ana Cristina Pinto Agulheiro Santos (Portugal)¹1 - Universidade de Évora

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Ecofisiologia das culturas Ecofisiologia das culturas

RESUMO

A bananeira (Musa spp.) é cul�vada em todas as regiões quentes do mundo, produz durante quase todo o ano, é consumida no mundo inteiro e movimenta a economia de diversos países produtores. No Maranhão, Estado do Nordeste do Brasil, a produ�vidade da banana é de 90.000 toneladas e a principal variedade plantada é a Pacovan. A Ecofisiologia vegetal tem auxiliado a compreender a flexibilidade das respostas bem como a capacidade de aclimatação de espécies vegetais às variantes ambientais, em relação às respostas fotossinté�cas das plantas às diversas condições promotoras de estresse. A finalidade deste trabalho foi determinar o grau de tolerância ao estresse hídrico em mudas de bananeira, através das respostas de assimilação fotossinté�ca de CO2, condutância estomá�ca (gS) e transpiração instantânea man�da sob estresse hídrico e reidratação. O experimento foi estabelecido na Universidade Estadual do Maranhão-UEMA, onde foram feitos os isolamentos do sistema de irrigação por microaspersão das mudas da cul�var Fhia-18, impedindo a passagem da água causando um estresse nas plantas e foram analisados seus efeitos nas trocas gasosas. O trabalho foi conduzido através de um delineamento inteiramente casualizados com 5 tratamentos: plantas sem irrigação com zero dias (solo 100% na Capacidade de Campo), sete, quatorze e vinte e um dias sem irrigação e um dia após a reidratação, com 5 repe�ções. A bananeira é muito sensível à falta d'água e a irrigação se faz necessária em período seco. As mudas até sete dias sem irrigação (tratamento 1) apresentaram valores elevados em relação a Assimilação fotossinté�ca do CO2, porém houve uma diminuição nas médias dos parâmetros condutância estomá�ca (gs) e transpiração. A par�r de 14 dias sem irrigação (tratamento 3), os valores dos parâmetros analisados decresceram significa�vamente, não deferindo do tratamento 4 (21 dias sem irrigação). As mudas reduziram a abertura estomá�ca, para reduzir a perda de água através da transpiração, com isso diminuindo a assimilação fotossinté�ca do CO2. As mudas do �po “guarda-chuvas”, �po usado nesse experimento, possuem poucas reservas, aumentando o ciclo vegeta�vo na planta, por isso, alguns produtores não u�lizam essas mudas na sua produção.

Palavras-chave : Ecofisiologia, Trocas Gasosas, Estresse Hídrico

RESUMO

Avaliou-se o efeito do ambiente de cul�vo nos índices de trocas gasosas de folhas de alface crespa. O estudo foi realizado em dois ambientes de cul�vo: em campo aberto e ambiente protegido, com oito cul�vares de �pologia crespa. Foram selecionadas quatro cul�vares de folhas de coloração roxa (Cacimba, Scarlet, Red Star e Pira Roxa) e quatro de folhas de coloração verde (Isabela, Malice, Pira Verde e Solares). As avaliações das trocas gasosas foram realizadas entre 08:00h da manhã e 20:00h da noite, aos 30 dias após o transplan�o, u�lizando um analisador portá�l de fotossíntese por radiação infravermelha (Infra Red Gas Analyser - IRGA Li-6400XT, LI-COR). Foram determinadas taxa de assimilação líquida de CO2 (A), taxa de transpiração (E), condutância estomá�ca (gs), concentração interna de CO2 (Ci), densidade de fluxo de fótons fotossinte�camente a�vos (DFFA), eficiência do uso de água (A/E) e eficiência intrínseca do uso de água (A/gs). Os dados foram subme�dos à análise de variância conjunta e teste compara�vo de médias, Tukey a 5% de probabilidade de erro. Os maiores valores da densidade de fluxo de fótons fotossinte�camente a�vos foram ob�dos entre 12:00 e 14:00 horas. As maiores taxas fotossinté�cas foram verificadas entre 8:00 e 11:00 horas da manhã, com destaque para as plantas cul�vadas em condições de campo aberto. Durante este período, as plantas cul�vadas a campo apresentaram valores médios de assimilação líquida de CO2 de 18,88 µmol m-2 s-1, comparado ao ambiente protegido, que foi de 12,94 µmol m-2 s-1. O ambiente protegido proporcionou maiores índices de eficiência do uso de água e eficiência intrínseca do uso de água para as cul�vares em estudo. A cul�var Cacimba, de modo geral, não sofreu influência do ambiente de cul�vo. As cul�vares Scarlet, Malice e Solares apresentaram maiores resultados de trocas gasosas em ambiente protegido. As cul�vares Red Star, Isabela, Pira Roxa e Pira Verde apresentaram as melhores respostas quando cul�vadas em condições de campo. A redução da luminosidade no ambiente protegido influenciou na redução dos valores de trocas gasosas das folhas de oito cul�vares de alface crespa, independente da coloração da folha. As cul�vares de alface crespa responderam de forma diferenciada em função dos dois ambientes de cul�vo a que foram subme�das.

Palavras-chave : Lactuca sa�va L., taxa assimilatória líquida de CO2, eficiência no uso da água, cul�vo protegido

Po70 - TROCAS GASOSAS EM MUDAS DE BANANEIRA CV. FHIA-18 SUBMETIDAS À DEFICIÊNCIA

HÍDRICA E REIDRATAÇÃO

Fabrício Reis (Brazil)¹; Rawlisson (Brazil)¹; Ayla Kelly (Brazil)¹; Letícia Ramos (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Maranhão

Po71 - EFEITO DO AMBIENTE DE CULTIVO NAS TROCAS GASOSAS DA ALFACE CRESPA

Vandeir Francisco Guimarães (Brazil)¹; Débora Kestring Klein (Brazil)¹; Márcia De Moraes Echer (Brazil)¹;

Jeferson Klein (Brazil)²; Pablo Wenderson Coutinho (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste; 2 - Universidade Anhanguera - UNIDERP

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Ecofisiologia das culturas Ecofisiologia das culturas

RESUMO

O obje�vo do presente estudo foi mensurar os teores de pigmentos fotossinté�cos e os índices de trocas gasosas de cul�vares de repolho, em dois sistemas de cul�vo. Foi u�lizado delineamento experimental de blocos ao acaso em esquema fatorial 2 x 2, com quatro repe�ções. Como fatores foram avaliadas duas cul�vares de repolho: Fuyutoyo e Repolho Roxo, conduzidas em sistema de plan�o direto (SPD) e convencional (SPC). Para o sistema de plan�o direto foi u�lizada a cultura de aveia (Pennisetum americanum) como plantas de cobertura. Enquanto que no sistema convencional o solo foi subme�do à aração e gradagem incorporando a aveia. Foram determinados os teores foliares de clorofila a, b, total e antocianinas. Em duas plantas por parcela, realizaram-se medidas pontuais de trocas gasosas em diferentes horários do dia, (8, 10, 12, 14, 16 e 18:00 h) obtendo-se a taxa de assimilação líquida de CO2 (A), transpiração foliar (E), condutância estomá�ca (gs) e eficiência no uso da água (EUA). A cul�var Fuyutoyo apresentou média superior para clorofila a (34,58%), clorofila b (35,09%) e total (34,76%), porém para o teor de antocianina não foi observada diferença entre cul�vares. No SPC foram ob�das maiores médias de clorofila a (76,07%), clorofila b (77,87%), total (76,74%) e antocianina (72,24%), ao comparar com os teores das cul�vares conduzidas em SPD. Para as variáveis A e E, plantas de repolho apresentaram resposta polinomial quadrá�ca durante o período de 8h00min às 18h00min. Para cul�var Fuyutoyo, obteve-se médias máximas para A, de 23,20 µmol CO2 m-2 s-1 e 20,95 µmol CO2 m-2 s-1 para SPD e SPC, respec�vamente, no período de 10h00min às 11h00min. Quanto à transpiração, houveram maiores médias para ambas cul�vares, quando subme�das no SPD. Maiores perdas de água por transpiração foliar estão relacionadas às maiores médias de temperatura foliar observada por volta das 14h00min. Maiores valores de gs também foram observados para cul�vares de repolho quando conduzidas em SPD, com resposta quadrá�ca em função dos horários do dia, ao passo que cul�vares sob SPC demonstraram resposta linear decrescente para esta variável. Em relação a EUA, para todos os tratamentos, observou-se resposta linear decrescente durante o período de avaliação. A cul�var Repolho Roxo apresentou maior coeficiente angular da reta, em consequência apresentou menor EUA às 18h00min.

Palavras-chave : Brassica oleracea var. capitata, fotossíntese, taxa de assimilação líquida de CO2

RESUMO

Entre os índices de qualidade da fruta, influenciados pela luz, destacam-se o tamanho, a firmeza, a concentração de sólidos solúveis, a acidez, a cor da epiderme e o teor de vitamina C, entre outros. O presente trabalho obje�vou estudar o efeito da posição dos frutos de tangerina 'Ponkan' na copa, por meio de sua influência sobre as caracterís�cas �sico-químicas e sensoriais e sua relação à aceitabilidade pelos consumidores. O experimento foi conduzido em pomar localizado no Ins�tuto Federal do Triângulo Mineiro, em Uberlândia/MG, Brasil. As plantas foram divididas segundo a posição de exposição ao sol sendo noroeste (NO), nordeste (ND), sudoeste (SO) e sudeste (SD). Os frutos foram colhidos aleatoriamente de cada um dos pontos, totalizando duas colheitas (28 de junho e 03 de julho de 2017). Foi determinado o teor de sólidos solúveis (TSS), a acidez total �tulável (ATT) e a razão entre sólidos solúveis totais e acidez total �tulável (ra�o). Foram u�lizados 40 frutos por tratamento (posição na planta), sendo quatro repe�ções com 10 frutos cada. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado. Após análise de variância, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Para a análise sensorial u�lizou-se 30 provadores não treinados. As amostras foram servidas em cabines individuais, em pratos descartáveis codificados com números aleatórios de três dígitos. Os provadores atribuíram pontos (de um a nove) para os graus de aceitação (de desgostei extremamente a gostei extremamente). Foi observada diferença esta�s�ca significa�va para o parâmetro TSS variando entre 9,01(NO) a 7,95(ND), porém não foi detectada diferença para parâmetro ATT. Em relação à percepção sensorial não foi detectada diferença esta�s�ca significa�va para os parâmetros cor da casca, textura, descasque, aroma, cor da polpa e firmeza sendo atribuídas aos frutos notas médias entre gostei (6) e gostei mui�ssimo (8). Foi observada diferença para os parâmetros: tamanho, sabor e avaliação global sendo que os frutos colhidos nos pontos NO e ND, de maior incidência solar, receberam as melhores avaliações com notas entre gostei muito e gostei mui�ssimo. Nos períodos de colheita estudados apenas os frutos colhidos no quadrante NO apresentaram caracterís�cas �sico químicas adequadas ao mercado de frutos em natura. A incidência solar refle�u na aceitabilidade dos frutos pelos consumidores em aspectos relevantes como o sabor e avaliação global, demonstrando promissoras ações para o escalonamento de colheitas por quadrantes das plantas. Agradecimento à FAPEMIG pela bolsa de Iniciação Cien�fica e apoio a apresentação desse trabalho.

Palavras-chave : Citrus re�culata, qualidade de frutos, incidência solar

Po72 - PIGMENTOS FOTOSSINTÉTICOS E TROCAS GASOSAS DE REPOLHO SOB PLANTIO DIRETO E

CONVENCIONAL

Márcia De Moraes Echer (Brazil)¹; Adriano Mitio Inagaki (Brazil)¹; Vandeir Francisco Guimarães (Brazil)¹;

Graciela Maiara Dalastra (Brazil)¹; Tiago Luan Hachmann (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste

Po73 - CARACTERÍSTICAS FISICO QUÍMICAS E SENSORIAIS DE TANGERINA 'PONKAN' EM RELAÇÃO

À DISPOSIÇÃO NA COPA

Deborah Santesso Bonnas (Brazil)¹; Mayara Rosa De Carvalho (Brazil)¹; Letícia Vieira Castejón (Brazil)¹; Vanessa

Cristina Caron (Brazil)¹; Luciana Santos Rodrigues Costa Pinto (Brazil)¹1 - Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro Campus Uberlândia

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RESUMO

A oliveira (Olea europaea L.) é uma das principais culturas na região Mediterrânica. Aproximadamente 98% das azeitonas e 78% do azeite produzido mundialmente são provenientes desta região. Durante a úl�ma década, a produção e exportação de azeitona e azeite em Portugal aumentou consideravelmente e Portugal é, atualmente, o 4º maior produtor de azeite a nível Europeu, sendo a oliveira considerada um espécie estratégica para a sua economia. Embora a oliveira seja tolerante à seca, os dados agrometeorológicos revelam que a produção de azeitona na região Mediterrânica está a ser afetada pelas alterações do clima. Vários estudos indicam que tanto o défice hídrico como as temperaturas elevadas podem afetar a floração da oliveira, o amadurecimento da azeitona e alterar o seu conteúdo em compostos secundários e ácidos gordos. Tendo em conta as previsões do Painel Intergovernamental para as Alterações Climá�cas (ICPP) que apontam a região Mediterrânica como uma das mais vulneráveis às alterações do clima, este trabalho tem por objec�vo inves�gar o desempenho fisiológico da oliveira e alterações no perfil lipo�lico das azeitonas quando sujeita a um período curto de défice hídrico combinado com um choque térmico. A componente experimental deste trabalho consis�u em expor plantas jovens de oliveira da variedade Cobrançosa a crescer em vasos com terra a um défice hídrico durante 20 dias, seguido de uma exposição durante 5h a 45º C no úl�mo dia. Este tratamento afetou a fotossíntese, reduziu a eficiência efe�va do fotossistema II e o conteúdo de clorofilas nas folhas, mas não afetou a eficiência máxima do fotossistema II. Observou-se um aumento de ácido oleico e açúcares nas azeitonas, e uma diminuição de esqualeno. Contudo não se verificaram alterações no conteúdo de ácido palmí�co, ácido cis-vacénico, oleína e β-sitosterol. Estes resultados sugerem que, apesar de haver quebras a nível fotossinté�co, o conteúdo em compostos que afetam a qualidade nutricional da azeitona pode ser alterado, nomeadamente através do aumento do ácido oleico, um ácido gordo monoinsaturado (MUFA) com efeitos benéficos para a saúde humana. Este trabalho foi financiado por parte da FCT/MEC através de fundos nacionais e pelo cofinanciamento pelo FEDER, no âmbito do Acordo de Parceria PT2020, e COMPETE 2020, no âmbito dos projetos UID/BIA/04004/2013, UID/QUI/00062/2013 e UID/QUI/50006/2013. MCDias agradece à FCT o financiamento da bolsa SFRH/BPD/100865/2014.

Palavras-chave : Azeitona, Cobrançosa, fotossíntese, Olea europaea, ácidos gordos

RESUMO

A amendoeira (Prunus dulcis Mill.) é uma das culturas mais importantes na região de Trás-os-Montes, assim como em toda a área mediterranea. Na atualidade, a maioria dos novos pomares se estabelecem com variedades de outros paises (principalmente Espanha e França), pois nos úl�mos anos estes paises tem desenvolvido novas variedades melhoradas com uma maior produção que as variedades tradicionais portuguesas. Neste trabalho se estudo fenologicamente algumas variedades plantadas durante os úl�mos anos em pomares na localidade de Alfândega da Fê com o fim de obter informação para ajudar a entender a resposta destas ao clima e tentar predecir o seu comportamento em novas plantações na região de Trás-os-Montes. Um dos principais problemas asociado a cultura da amendoeria nesta região é o risco de geadas primaverais, sobretodo na época de floração e vingamento, com o presente trabalho se pretendeu determinar esta época em diferentes variedades com as mesmas condiciones edafo-climatologicas. A fenologia é a parte da climatologia que estudia os fenómenos naturais que se manifiestam periódicamente nas plantas e nos animais e a relação entre estes com o clima e os cambios de estação. Os estados fenológicos fazem referencia a momentos concretos do crescimento e desenvolvimento dos organos vegeta�vos e reproductores e a sua manifestação e sucesão é consecuencia da interação do geno�po com o meio ambiente. No presente estudo realizaram-se observações das variedades: masbovera, glorieta, francolí, ferragnés y lauranne. Realizavam-se de forma semanal em dois pomares com condições edafo-climá�cas semelhantes. As observações començaram no mes de Janeiro de 2016 e finalizaram no mes de Maio de 2016, despois de producir-se o vingamento. Foram u�lizadas dois escalas fenologicas diferentes: a escala “BBCH” e a escala de “Felipe”. Os resultados ob�dos mostraram que variedades são as que melhor se podem adaptar a novas plantações nesta região. Assim a variedade Lauranne apresentou um inicio de floração mais atrassada respeito às outras variedades. Estes registros fenológicos podem-se u�lizar para a tomada de decições que afectaram de forma relevante durante toda a vida ú�l de uma nova plantação, como por exemplo, na eleção da variedade, do emplezamento e orientação, na planificação da plantação, na distribuição da mão-de-obra, nos equimantos necesarios, em prever a necesidade de determinadas técnicas de cul�vo como a rega, no controlo da vegetação espontánea, no controlo de pragas e doenças, na poda e nas operações em verde.

Palavras-chave : Trás-os-Montes, Fenología, condições edafoclima�cas.

Po74 - EFEITO DE DÉFICE HÍDRICO E TEMPERATURA ELEVADA NA PERFORMANCE FISIOLÓGICA DA

OLIVEIRA E NO PERFIL DE METABOLITOS DA AZEITONA4Simão Valente (Portugal)¹; Artur Silva (Portugal)2²; Conceição Santos (Portugal)³; Diana Pinto (Portugal) ; Maria

4 5Celeste Pereira Dias (Portugal)

1 - Universidade de Aveiro; 2 - QOPNA - Universidade de Aveiro; 3 - LAQV/REQUIMTE, Universidade do Porto; 4 - QOPNA- Universidade de Aveiro;

5 - CEF- Universidade de Coimbra

Po75 - ESTUDO DOS ESTADOS FENOLÓGICOS DE DIFERENTES VARIEDADES DE AMENDOEIRA

(PRUNUS DULCIS MILL.) EM ALFÂNDEGA DA FÊ (TRÁS-OS-MONTES; PORTUGAL)

David Barreales (Portugal)¹; Antonio C. Ribeiro (Portugal)²1 - Centro de Investigação de Montanha (CIMO), Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Bragança; 2 - Centro de Investigação de Montanha

(CIMO), Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Bragança, Campus Sta Apolónia

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RESUMO

A manga (Mangifera indica L.) é cul�vada em regiões tropicais e subtropicais do mundo destacando-se no mercado em decorrência da demanda e do seu potencial de exportação. A par�cipação do Brasil nas exportações mundiais vem ampliando, gerando emprego e renda, especialmente na região Nordeste, que é a principal produtora com destaque para a região do Vale do São Francisco que responde por mais de 85% do total exportado. Obje�vou-se com o estudo avaliar parâmetros �sico-químicos durante a maturação de mangas cv. 'Tommy Atkins'. Os frutos foram colhidos aos 35, 50, 65, 80, 95, 110, 125 e 135 dias após a floração (DAF). Foram avaliados a cor da casca e da polpa, sólidos solúveis totais (SST), acidez total �tulável (ATT), relação SST/ATT, pH e teor de vitamina C. Os resultados foram subme�dos à análise de regressão e à análise de componentes principais (ACP). O aumento dos SST durante a maturação pode ser atribuído à transformação de sólidos, como carboidratos de reserva, em açúcares simples, como glicose, frutose e sacarose, resultando numa concentração maior de açúcares solúveis totais. Este incremento pode ser ainda maior após os frutos a�ngirem a maturidade. A par�r de 95 DAF observou-se maior redução da acidez, período em que se verificou elevação do pH e estar relacionado com o consumo de ácidos orgânicos durante o processo respiratório. Os frutos nos estádios mais avançados de maturação podem ser caracterizados pelos SST, ATT, relação SST/ATT e coloração da casca (a) e da polpa (a e b).

Palavras-chave : Qualidade, Ponto de colheita, Propriedades �sico-químicas

RESUMO

No Brasil, o plan�o direto da couve-flor e do repolho tem sido realizado com obje�vo de amenizar o elevado uso de fer�lizantes químicos u�lizados nestas culturas, pois as plantas de coberturas que antecedem o plan�o das mudas, após serem manejadas, entram em decomposição e disponibilizam os nutrientes, que serão absorvidos pelas hortaliças cul�vadas em sucessão. Alguns estudos tem avaliado o desempenho agronômico destas brássicas cul�vadas neste sistema, mas poucos têm avaliado as alterações que ocorrem na composição �sico-química destas hortaliças após a colheita. O obje�vo deste estudo foi avaliar a composição �sico-química da couve-flor e do repolho cul�vados em plan�o direto sobre diferentes coberturas do solo. O estudo foi conduzido no delineamento de blocos ao acaso, com quatro tratamentos: crotalária juncea, braquiária, milheto e pousio (vegetação espontânea), duas culturas (repolho e couve-flor), com quatro repe�ções, em parcelas de 20 m². As coberturas foram cul�vadas de nov/2012 a março/2013 e determinado sua biomassa após o manejo. Em todas as covas aplicou-se a metade da adubação orgânica (esterco bovino) recomendada (10 t ha-1), no plan�o adubou-se com metade da adubação mineral recomendada, nas doses de 50 kg ha-1 de P2O5, 50 kg ha-1 de k2O e 75 kg ha-1 de N parcelado no plan�o, 30 e 45 dias após, mais 1 g de ácido bórico (17,5% de B) por cova. Avaliou-se umidade, cinzas, lipídeos (LIP), fibra bruta (FB), proteínas (PTN), carboidratos (CHO), Sólidos solúveis totais (SST), acidez total �tulável (ATT), pH e acido ascórbico (AA). Para a couve-flor, os teores encontrados para LIP (0,16%), PTN (1,36%), CHO (5,66%), SST (4,99 ºBrix) e ATT (2,98%) foram significa�vamente superiores (p<0,05), enquanto que para pH (5,76), AA (2,62 mg 100 g-1) e fibras (1,28) foram inferiores (p<0,05) quando a couve-flor foi cul�vada sobre resíduos de crotalária, para as cinzas não ocorreram diferenças sobre qualquer cobertura u�lizada. Para o repolho, os teores encontrados para umidade, cinzas, lipídeos, FB, CHO, SST e pH não ocorreram diferenças (p<0,05) entre as coberturas avaliadas, entretanto para PTN o valor foi maior (p<0,05) quando a planta foi cul�vada sobre os resíduos de crotalária (1,33%), para as outras plantas variaram entre 1,15 e 1,16%. Para ATT (5,59%) e AA (20,96 mg 100 g-1) os valores foram maiores (p<0,05) quando a planta foi cul�vada sobre os resíduos de braquiária, quando comparado às outras coberturas que variaram de 4,19 a 4,93% para ATT e de 4,48 a 8,93 mg 100 g-1 para AA.

Palavras-chave : resíduos culturais, adubação, ciclagem de nutrientes, qualidade da planta

Po76 - COMPONENTES PRINCIPAIS DE MATURAÇÃO DE MANGA CV. 'TOMMY ATKINS' EM CONDIÇÕES

TROPICAIS

Acácio Figueiredo Neto (Brazil)¹; Josenara Souza Costa (Brazil)²; Francisco Cardoso Almeida (Brazil)²; Marylia

Souza Costa (Brazil)²1 - Universidade Federal do Vale do São Francisco; 2 - Universidade Federal de Campina Grande

Po77 - QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DA COUVE-FLOR E DO REPOLHO CULTIVADOS SOBRE DIFERENTES

COBERTURAS DO SOLO EM PLANTIO DIRETO

José Luiz Rodrigues Torres (Brazil)¹; Dinamar Márcia Da Silva Vieira (Brazil)¹; Elaine Donatta Ciabotti (Brazil)¹;

Antônio Carlos Barreto (Brazil)¹; Adriano Silva Araujo (Brazil)¹; André Luis Benaventana Leal Júnior (Brazil)¹1 - Instituto Federal do Triângulo Mineiro Campus Uberaba

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RESUMO

Desde há muito tempo que as flores são usadas na alimentação em diversos locais do mundo. Nos úl�mos anos, este segmento tem mostrado uma procura e u�lização crescentes. No entanto, as flores comes�veis são muito perecíveis e com um curto tempo de vida ú�l. Os amores-perfeitos, uma das flores mais u�lizadas na culinária (em saladas e sobremesas), são normalmente preservados com açúcar e ovo (cristalizados), armazenados a frio ou secos ao ar quente. No entanto, são necessárias novas tecnologias para aumentar o tempo de vida ú�l dos amores-perfeitos. Assim, o presente estudo teve como objec�vo inves�gar pela primeira vez o efeito da desidratação osmó�ca (DO), altas pressões hidrostá�cas (HHP), HHP como pré-tratamento à DO e aplicação simultânea de DO+HHP na aparência de amores-perfeitos. Os resultados mostraram que as flores subme�das a 80% (m/v) de solução de sacarose durante 3, 6 e 8 h (DO), bem como a 75 MPa durante 5 e 10 min (HHP), apresentaram bom aspecto visual. A aplicação de HHP (75MPa/10 min) antes da DO (80% (m/v) de sacarose durante 6h) demonstrou bons resultados, uma vez que as flores man�veram uma boa aparência e foi observada uma diminuição nos valores aw. Pelo contrário, a aplicação simultânea de DO+HHP, resultou em amores-perfeitos frágeis e com perda de textura, indicando não ser um bom tratamento. Em conclusão, este estudo preliminar mostrou que a aplicação de HHP seguida da DO pode ser uma tecnologia de pós-colheita promissora a ser aplicada a amores-perfeitos.

Palavras-chave : Aparência, Amores-perfeitos, Desidratação osmó�ca, Altas pressões

RESUMO

Vi�culture and wine produc�on are among the most important economic ac�vi�es of Portuguese agriculture. However, due to global climate change, the suitability for grapevine growing might decrease in several regions of Portugal. Implementa�on of precision vi�culture and the use of microorganisms to cope with global warming could represent a way to respond. In par�cular, the (re)introduc�on of selected arbuscular mycorrhizal fungi (AMF) into vineyards to alleviate the effects of high temperature stress could be a promising strategy.The objec�ve of this research was to determine the effect of AMF inocula�on on grapevine heat stress tolerance by using calorespirometry together with other common physiological measurements. Calorespirometry is the simultaneous measurement of metabolic heat rates (R ) and CO2 emission rates (R ) and can be used to measure differences in 2q CO

respiratory and growth proper�es, contribu�ng to the understanding of plant adapta�on and acclima�on to the environment.For this purpose, cv. Touriga Nacional grapevines gra�ed onto 1103Paulsen rootstocks were inoculated either with Rhizoglomus irregulare (Ri) or Funneliformis mosseae (Fm) or were le� non-inoculated (C). Plants grew in a sterile substrate in open air condi�ons for nine months and while s�ll in dormancy, were transported to the University of Évora. Three weeks a�er sprou�ng in the greenhouse, plants were moved to a growth chamber (25ºC/15ºC day/night), and five days later stomatal conductance (gs), rela�ve chlorophyll ra�o, rela�ve electron leakage and near infrared reflectance were measured in adult leaves. Calorespirometric parameters (R , R ; structural biomass forma�on rate, R ; and 2q CO biomass

carbon use efficiency, Ɛ) were recorded at 25°C and 40°C in the second apical leaf. Plants were then exposed to high temperatures (40oC/35oC day/night) and the same parameters were recorded a�er five days.Under normal growing temperatures, no effects of AMF inocula�on were detected. However, at high temperatures an increase in gs was observed in both AMF inoculated plants with respect to C plants, and a decrease in all four calorespirometric parameters, although Ri and Fm plants managed to s�ll keep posi�ve R and Ɛ at 40°C, while C plants biomass

completely stopped their growth. Those date indicate that inocula�on with either Ri or Fm could be a good prac�ce to sustain Touriga Nacional grapevine growth at high stressful temperatures. Besides, significant correla�ons detected between R , R , R and gs and rela�ve chlorophyll ra�o demonstrate that calorespirometry could be a useful 2q CO biomass

technique to accurately study plant response to heat stress and to assess the best mycorrhizal inocula�on treatment.

Po78 - EFEITO DO PROCESSAMENTO POR DESIDRATAÇÃO OSMÓTICA, ALTAS PRESSÕES HIDROSTÁTICAS

E SUA COMBINAÇÃO NA APARÊNCIA DE AMORES-PERFEITOS (VIOLA×WITTROCKIANA)

Luana Fernandes (Portugal)²; Susana Casal (Portugal)¹; José Alberto Pereira (Portugal)²; Elsa Ramalhosa

(Portugal)²; Jorge Saraiva (Portugal)³1 - LAQV@REQUIMTE/Laboratório de Bromatologia e Hidrologia, Faculdade de Farmácia, Universidade do Porto; 2 - Centro de Investigação de

Montanha (CIMO), ESA, Instituto Politécnico de Bragança; 3 - Química Orgânica, Produtos Naturais e Agroalimentares (QOPNA) – Departamento de

Química, Universidade de Aveiro

Po79 - CALORESPIROMETRY AS A TOOL TO STUDY MYCORRHIZA INDUCED HEAT STRESS TOLERANCE

Amaia Nogales (Portugal)¹; Hugo Ribeiro (Portugal)²; Joana Véstia (Portugal)²; Augusto Peixe (Portugal)²; Elsa

Gonçalves (Portugal)¹; Wanda Viegas (Portugal)¹; Ana Elisa Rato (Portugal)²; Carlos M. Lopes (Portugal)¹; H. Sofia

Pereira (Portugal)¹; Lee D. Hansen (United States of America)³; Helia G Cardoso (Portugal)²1 - Linking Landscape, Environment, Agriculture and Food (LEAF), Instituto Superior de Agronomia (ISA)-Universidade de Lisboa; 2 - Instituto de

Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas (ICAAM)-Universidade de Évora; 3 - Department of Chemistry and Biochemistry. Brigham Young

University.

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RESUMO

O dovyalis (Dovyalis hebecarpa (Gardner) Warb.) é um fruto exó�co com grande capacidade de adaptação aos diversos ambientes onde tem sido incorporado. Por sua rica cons�tuição nutricional, na qual podemos encontrar vitaminas e minerais e também pela grande capacidade de processamento, o que aumenta a possibilidade de aproveitamento de frutos dessa espécie, os frutos de dovyalis tem despertado grande interesse e desponta como fruta interessante para ocupar espaço no nicho de mercado rela�vo ao comercio de frutos exó�cos. Sabendo que a produção de frutos exó�cos deve ser inicialmente avaliada no local onde se deseja implantar o futuro pomar comercial para avaliar as reais possibilidades de se obter frutos de qualidade o presente estudo obje�vou caracterizar �sico-quimicamente frutos de dovyalis produzidos em Marechal Cândido Rondon, oeste do Paraná. Frutos colhidos em pomar experimental da Unioeste foram analisados quimicamente em laboratório de pós-colheita e tecnologia de alimentos quanto ao seu pH, acidez �tulável, teor de sólidos solúveis e conteúdo de ácido ascórbico dos frutos. Todas as análises foram realizadas em triplicata. Observou-se que frutos de dovyalis cul�vados em Marechal Cândido Rondon apresentam caráter ácido podendo ser indicados ao processamento, porém apresentam elevado teor de sólidos solúveis e podem ser também considerados uma rica fonte de vitamina C para o organismo.

Palavras-chave : Dovyalis hebecarpa, processamento de frutos, pós-colheita

RESUMO

A fotossíntese, base da produção de matéria orgânica nas plantas, depende muito das condições edafoclimá�cas. Na ausência de stress hídrico e/ou nutricional, depende da eficiência do pomar na intercepção de radiação e respec�va conversão em assimilados. Assim, garan�ndo uma correta exposição do coberto vegetal à luz e um plano de fer�lização adequado, é expectável que uma análise da fotossíntese e dos principais fotoassimilados permitam apoiar e validar a gestão de rega da cultura. No projecto Aqua+Pro, que explorou em pomares de pêra ´Rocha´ do Oeste o desenvolvimento experimental de um sistema de rega inteligente de elevada precisão desenvolvido pela HIDROSOPH, foi avaliado o metabolismo fotossinté�co em parcelas de associados da Campotec In. Foram realizadas in loco medições mensais dos parâmetros fotossinté�cos e recolhidas amostras de folhas e frutos para posteriores ensaios.Os dados climá�cos ob�dos pelas estações meteorológicas de Cela e Alfeizerão (COTHN) mostraram que a temperatura média mensal entre maio e outubro não variou significa�vamente, enquanto a radiação média diária decresceu ligeiramente, sempre com registos mais elevados na estação de Alfeizerão. A capacidade fotossinté�ca a luz saturante (Amax) foi maior em Julho e diminuiu com a senescência das folhas, acompanhando a variação no conteúdo em clorofila. A eficiência máxima do PSII apresentou sempre valores que não indiciam stress, entre 0,78-0,84, mostrando que a capacidade de u�lização da energia da luz na fixação de carbono não estava limitada. O índice de performance (PI) corroborou estes resultados, sendo máximo entre julho e agosto (próximo da colheita) e pouco diferindo entre as parcelas em análise, embora a Amax tendesse a ser maior nos pomares com compassos mais intensivos (Brejo e Junqueira). A conteúdo em fotoassimilados mostrou que o amido, um homopolímero de glucose insolúvel, decresceu nas folhas e frutos, mas a glucose não variou. A sacarose, dímero de frutose e glucose, também decresceu nas folhas mas foi aumentando nos frutos. O sorbitol (sinte�zado a par�r de glucose e passível de oxidação a frutose) e frutose aumentaram ao longo do desenvolvimento dos frutos, o que indicou transporte da glucose resultante da hidrólise do amido das folhas para os frutos.A análise destes indicadores fisiológicos, a par com a monitorização do crescimento dos frutos, teor de nutrientes na seiva e humidade no solo, revelou-se um complemento fundamental para avaliação da eficiência dos modelos de produção em estudo, ajudando na compreensão das dinâmicas bioquímicas e sua relação com o ciclo da cultura. Palavras-chave : Pêra Rocha, Fotossíntese, açúcares

Po80 - CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE FRUTOS DE DOVYALIS PRODUZIDOS EM REGIÃO DE

CLIMA SUBTROPICAL NO PARANÁ

Taís Regina Kohler (Brazil)¹; Fabíola Villa (Brazil)¹; Maria Cristina Copello Rotili (Brazil)¹; Camila Da Cunha

Unfried (Brazil)¹; Tatiane Priscila Chiapetti (Brazil)¹; Paula Vérgili Perez (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Po81 - VARIAÇÃO SAZONAL DO CONTEÚDO EM FOTOASSIMILADOS EM FOLHAS E FRUTOS DE PÊRA

´ROCHA´

Anabela Bernardes Da Silva (Portugal)¹; Susana Silvestre (Portugal)¹; Jorge Marques Da Silva (Portugal)¹; Marília

Antunes (Portugal)¹; Ana Rita Matos (Portugal)¹; João Arrabaça (Portugal)¹; Délio Raimundo (Portugal)²; Jorge 4 4 4Soares (Portugal)²; Bárbara Rodrigues (Portugal) ; Sandra Pires (Portugal) ; Daniel Ribeiro (Portugal) ; Carmo

5Martins (Portugal) ; Miguel Leão De Sousa (Portugal)³1 - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; 2 - Campotec, S.A; 3 - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P., Pólo

Alcobaça; 4 - Hidrosoph, Lda; 5 - CTHN

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Horticultura biológica Horticultura biológica

RESUMO

A tendência da agricultura moderna é conduzir suas prá�cas de manejo que permitam um bom desempenho produ�vo mesmo que as plantas estejam subme�das a condições adversas. O obje�vo deste trabalho foi avaliar a capacidade de promoção de crescimento de plantas de tomate por isolados bacterianos, bem como elucidar os mecanismos de ação destes microrganismos por meio da verificação da síntese de ácido indol-3-acé�co (AIA) e da solubilização de fosfatos. Os ensaios foram realizados em duas etapas. A primeira etapa foi em condição de casa-de-vegetação, onde os isolados bacterianos foram avaliados quanto à habilidade de promover o crescimento de plantas de tomate cv. Santa Clara, considerando duas formas de aplicação, via solo e foliar. Sete variáveis foram avaliadas: diâmetro de colo, altura da planta, área foliar, índice SPAD, comprimento de raiz, massa fresca e massa seca de raiz. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em esquema fatorial com dois modos de aplicação. Posteriormente, no segundo ensaio, estes microrganismos foram avaliados in vitro quanto à capacidade de sinte�zar AIA e solubilizar fosfato. A produção de AIA foi quan�ficada a par�r da leitura da absorbância em espectrofotômetro. Para a solubilização de fosfato foram u�lizados os meios de cultura sólidos NBRIP, GL (P) e YED. A constatação de colônias solubilizadoras foi iden�ficada pela presença de um halo transparente ao redor das colônias. Os isolados GF264, GF274 e GF451 se mostraram promissores para a maioria das caracterís�cas morfológicas avaliadas. No entanto, não foi possível relacionar a promoção de crescimento de plantas com a síntese de AIA e solubilização de fosfatos. Assim, os resultados deste trabalho sugerem a realização de outros estudos para elucidar quais mecanismos de ação são responsáveis pelo crescimento de plantas pelos isolados bacterianos avaliados.

Palavras-chave : Bacillus spp., Rizobacteria, Solanum lycopersicum L.

RESUMO

A produção de hortaliças orgânicas tem crescido a cada ano, porém, os agricultores ainda enfrentam grandes desafios, tais como, dificuldade para encontrar sementes orgânicas e ausência de cul�vares adaptadas ao sistema. Fica clara a necessidade de gerar novas cul�vares adaptadas ao sistema orgânico, sobre as quais o agricultor tenha maior autonomia. Assim, iniciou-se um projeto de melhoramento par�cipa�vo e produção de sementes de hortaliças de qualidade para o sistema orgânico, junto a associações de agricultores da região sul de Minas Gerais, Brasil. O presente trabalho trás alguns resultados com a cultura da alface, cujo obje�vo foi discu�r e apresentar, de forma compar�lhada com os agricultores, a possibilidade de gerar variabilidade e se proceder à seleção. Inicialmente foi feito o cruzamento entre as cul�vares Salinas 88 (crespa que fecha cabeça, de coloração verde, resistente ao vírus do mosaico da alface e aos nematoides das galhas) e Colorado (crespa de folhas soltas, coloração roxo claro e resistente à Bremia lactucae. Em seguida ob�veram-se sementes das gerações F1 e F2 e montou-se um experimento, conduzido em sistema orgânico, em delineamento experimental de blocos casualizados. U�lizaram-se três repe�ções, sendo quinze plantas para cada genitor, para a geração F1 e para as testemunhas (Regina 71, Verônica e Laurel), além de 105 plantas da geração F2, para cada repe�ção. Avaliaram-se as plantas da geração F2, u�lizando-se uma escala de notas para cada caracterís�ca, sendo: coloração, �po de borda e �po de limbo foliar. As avaliações foram discu�das e realizadas juntamente com os agricultores, sendo anotadas em uma planilha com a pontuação para cada caracterís�ca. Houve grande variabilidade. Em relação à cor, o roxo escuro obteve menor frequência (4% das plantas), já o verde claro foi predominante (25%). Quanto ao �po de borda, houve maior ocorrência dos �pos pouco serrilhada (41,5%) e serrilhada (38,6%). Com relação ao limbo foliar, o �po liso manifestou-se em apenas 0,3% das plantas e o ondulado foi o mais frequente, em 41,5%. Estes resultados foram de grande importância para discussão e percepção pelos agricultores a respeito da geração da variabilidade e da possibilidade de seleção. Cada avaliador escolheu vinte plantas cujo fenó�po mais lhe interessou como material comercial promissor. As vinte plantas mais indicadas pelos avaliadores �veram suas semente colhidas. Estas sementes foram u�lizadas para novo ciclo de seleção em propriedades dos agricultores. Espera-se, com alguns ciclos de seleção, obter linhagens adaptadas ao sistema orgânico, para produção de sementes próprias.

Palavras-chave : Lactuca sa�va, seleção, variabilidade gené�ca, cul�vares adaptadas, associa�vismo

Po83 - MELHORAMENTO PARTICIPATIVO E PRODUÇÃO DE SEMENTES DE ALFACE EM SISTEMA

ORGÂNICO

Inês Caroline De Lima Proença (Brazil)¹; Raisla Costa Mendes (Brazil)¹; André Wagner Barata Silva (Brazil)¹;

Natália Souza Oliveira (Brazil)¹; Vladimir Da Rosa Moreira (Brazil)¹; Karina De Almeida (Brazil)¹; Luiz Antonio

Augusto Gomes (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Lavras

Po82 - PROMOÇÃO DE CRESCIMENTO DE PLANTAS DE TOMATE MEDIADA POR ISOLADOS

BACTERIANOS

Thammi Queuri Gomes Da Cunha (Select)¹; Miriam Fumiko Fujinawa (Brazil)¹; Nadson De C. Pontes (Brazil)¹;

Helson Mario Martins Do Vale (Brazil)²; Fábio Bueno Dos Reis Junior (Brazil)³; Ariana De Oliveira Teixeira (Brazil)¹1 - Instituto Federal Goiano; 2 - Universidade de Brasília; 3 - Embrapa Cerrados

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Horticultura biológica Horticultura biológica

RESUMO

Os óleos essenciais e os extratos de plantas medicinais são fontes importantes de compostos an�microbianos e an�fúngicos. O óleo essencial de manjericão é muito valorizado comercialmente e amplamente usado nas indústrias. Essa importância deve-se à presença de substâncias específicas como estragol, lineol, linalol, eugenol, me�l cinamato, limoneno, geraniol, calareno e chavicol. O cul�vo consorciado de plantas medicinais com outras culturas pode favorecer sua produ�vidade e evitar a vulnerabilidade e perda da colheita, bem como, melhorar a qualidade dos a�vos. O Aspergillus niger se destaca pela severidade da doença causada no sisal, a podridão vermelha, que não é controlada quimicamente, sendo o principal problema fitossanitário da cultura do sisal no Brasil, necessitando de novas tecnologias de controle da mesma. O obje�vo do trabalho foi verificar a a�vidade an�microbiana do óleo essencial e do extrato metanólico de manjericão (Ocimum minimum L.) cul�vados individualmente e consorciados com tomates em escola municipal frente ao A. niger. Os óleos essenciais foram extraídos pelo processo de hidrodes�lação em aparelho de Clevenger. Os extratos foram ob�dos a par�r dos resíduos sólidos provenientes da hidrodes�lação do óleo essencial, após seco em estufa, foram subme�dos a uma extração con�nua em aparelho Soxhet com o solvente metanol. O isolado de A. niger foi proveniente da coleção de cultura do Laboratório de Microbiologia Agrícola da UFRB. O fungo foi crescido em placa de Petri contendo o meio BDA (Batata Dextrose Agar) durante oito dias a 28°C. Dessa cultura, foi realizada a suspensão de esporos, adicionando 20 mL de água des�lada e duas gotas de Tween 20®, em seguida realizou-se a raspagem da colônia e concentração de

-6 1. A avaliação da a�vidade an�microbiana ocorreu pelo método de microdiluição esporos foi ajustada em câmera de Neubauer para 1 x 10 conídios.mL em placas de Elisa. Os tratamentos foram compostos por cinco dosagens de cada óleo e extrato, nas concentrações de 15, 10, 5, 2,5, 1,25 μL.mL-1 -1e 30, 25, 20, 15, 10 μL.mL ,

respec�vamente. O delineamento foi inteiramente casualizados com cinco repe�ções por tratamento. Não houve diferença entre os resultados qualita�vos dos óleos essenciais e dos extratos de manjericão produzidos individualmente e

-1consorciados. O óleo essencial de manjericão obteve concentração mínima inibitória de 1,25 µL.mL , enquanto o extrato -1metanólico foi de 20 µL.mL . Observa-se que tanto o óleo quanto o extrato ob�veram a�vidade an�microbiana com ação

fungistá�ca. Palavras-chave : plantas medicinais, manjericão, ação fungistá�ca, fungo fitopatogênico

RESUMO

Nematoides das galhas causam danos econômicos no mundo inteiro, atacando pra�camente todas as espécies hor�colas. O principal método de controle ainda tem sido o uso de pes�cidas, no entanto, é notório em todos os países o interesse pela redução no uso destes produtos. Na Europa, a legislação atual procura reduzir a u�lização de pes�cidas mediante a Direc�va 2009/12/128/CE, promovendo a u�lização de alterna�vas que reduzam os efeitos ambientais e toxicológicos. A resistência gené�ca é uma alterna�va econômica, sustentável e ecológica. O obje�vo neste trabalho foi avaliar cul�vares de alface resistentes a isolados de nematoides M. incognita e javanica no Brasil, quanto à sua eficiência em relação a isolados da Espanha. Foi realizado um experimento u�lizando as cul�vares de alface Salinas 88 e Grand Rapids (resistentes) e Regina 71 (susce�vel), além de sete isolados de M. javanica e quatro de M. incognita, oriundos de diferentes regiões da Espanha. O experimento foi montado em vasos de 500cc, contendo areia auto-clavada, distribuídos sobre bancadas, em casa de vegetação e adubados via fer�rrigação. U�lizaram-se dez repe�çõesde um vaso que recebeu uma muda de alface cada. Quinze dias após procedeu-se à inoculação u�lizando 500 juvenis do segundo estágio em cada vaso (1J2.cm-3). A avaliação foi realizada depois de 52 dias. Cada vaso foi submerso em um tanque contendo água parada, re�rando-se toda a areia e deixando as plantas com as raízes limpas. Secaram-se as raízes suavemente, sendo picadas para a extração dos ovos. Foram calculados o índice de reprodução (IR) e o nível de resistência (NR). Houve diferença significa�va entre os tratamentos. O número médio de ovos por planta foi de 132 para a cul�var Salinas 88, 311 para a cul�var Grand Rapids e 4.552 para a cul�var susce�vel Regina 71, correspondendo a um índice de reprodução de 2,9% e 6,8% para as cul�vares Salinas 88 e Grand Rapids, respec�vamente. Considerando os onze isolados de nematoide, as cul�vares Salinas 88 e Grand Rapids mostraram-se resistentes a dez deles, com níveis de resistência variando de levemente resistente (LR) a resistente (R) para a cul�var Grand Rapids e de medianamente resistente (MR) a altamente resistente (HR) para a cul�var Salinas 88, ao contrário da cul�var testemunha susce�vel, Regina 71. Verifica-se a possibilidade de u�lização destas cul�vares de alface como materiais para rotação de cultura ou como fontes de resistência aos nematoides M. incognita e javanica para u�lização em programas de melhoramento para diferentes regiões do mundo.

Palavras-chave : Lactuca sa�va, produção sustentável, controle de nematoides

Po84 - ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO ÓLEO ESSENCIAL E DO EXTRATO METANÓLICO DE OCIMUM

MINIMUM L. NO CONTROLE DE ASPERGILLUS NIGER

Joseane Souza Do Carmo (Brazil)¹; Renata De Lima (Brazil)¹; Rosimar Neri De Souza (Brazil)¹; Jamile De Jesus

Moreira (Brazil)¹; Mariane Pereira Dos Santos (Brazil)¹; Franceli Da Silva (Brazil)¹1 - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Po85 - REAÇÃO DA ALFACE A ISOLADOS DE MELOIDOGYNE INCOGNITA E M. JAVANICA DA REGIÃO

DO MEDITERRÂNEO

Luiz Antonio Augusto Gomes (Brazil)¹; Anna Sanz Prieto (Spain)²; Francisco Javier Sorribas Royo (Spain)²1 - Universidade Federal de Lavras; 2 - Universidade Politécnica da Catalunha

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Horticultura biológica Horticultura biológica

RESUMO

A produção brasileira de melão concentra-se no Nordeste, devido às condições climá�cas, com temperaturas elevadas média de 26,8 0C, umidade rela�va em torno de 75% e luminosidade de 4.000 horas/ano, onde os baixos índices de precipitação favorecem a menor incidência de doenças influenciando na qualidade dos frutos, atualmente a região contribui com 95% da produção do País. Com o obje�vo de avaliar a produ�vidade e qualidade de frutos de melão do �po amarelo, cv Gladial, cul�vado com uso de coquetel vegetal (foi incorporado?) como plantas de cobertura e subme�dos a diferentes métodos de cul�vo. O experimento foi instalado no Campo Experimental de Bebedouro da Embrapa Semiárido em Petrolina qual campo, PE. A pesquisa foi realizada durante o período de produção dos anos de 2015 e 2016. O delineamento experimental u�lizado foi o de parcelas subsubdivididas, sendo as parcelas compostas pelos anos (2015 e 2016), as subparcelas por três sistemas de cul�vo (A: 75% leguminosas + 25% não leguminosas; B: 25% de leguminosas + 75% não leguminosas; e C: vegetação espontânea) e as subsubparcelas por dois preparos de solo (convencional e plan�o direto), com quatro repe�ções. Mudas da cv. Gladial foram transplantadas no início de outubro nos dois anos de cul�vo e conduzidas por 70 dias. Ao final desse período, realizou-se a colheita dos frutos e avaliados produ�vidade total e comercial. Os resultados da análise de variância demonstraram de modo semelhante para essas caracterís�cas, efeito significa�vo apenas de forma isolada para os fatores ano, sistema de cul�vo e preparo de solo, não se verificando

-1interações entre esses fatores. Para a produ�vidade total, o ano de 2015, o rendimento médio foi de 34,3 t ha , enquanto -1que no ano de 2016 foi de 67,1 t ha , apresentando um incremento de 95,4%, em relação ao sistema de cul�vo, os dois

sistemas com u�lização de coquetéis vegetais foram em média 10,3% superior ao cul�vo em solo com vegetação espontânea quanto?. Quanto ao preparo de solo, o sistema convencional, com o revolvimento do solo apresentou

-1 -1resultado superior ao plan�o direto. A produ�vidade comercial no ano de 2015 foi de 33,4 t ha contra 62,0 t ha em 2016, independente do sistema. O sistema de cul�vo e o preparo de solo apresentaram resultados semelhantes ao parâmetro anterior. Conclui-se que para o cul�vo do melão recomenda-se o plan�o de coquetéis com incorporação ao solo.

Palavras-chave : Cucumis melo L., adubação verde, rendimento

RESUMO

O Agave sisalana Perrine ( sisal) é uma cultura de importância econômica e social na região semiárida no Brasil. A fibra é seu produto principal, base da agricultura familiar. Esta produção tem sido afetada pelo fungo Aspergillus niger causador da podridão vermelha. Com a inexistência de métodos de controles para este fitopatógeno a u�lização de medicamentos homeopá�cos surge como uma nova perspec�va de controle da doença. Este trabalho teve por obje�vo avaliar o potencial an�fúngico do medicamento homeopá�co Atropa beladona frente ao A. niger causador da podridão vermelha do sisal. O isolado de A. niger u�lizado foi selecionado em estudos sobre a diversidade gené�ca e agressividade de isolados ob�dos de plantas de sisal. Na a preparação do medicamento homeopá�co foi u�lizada a espécie A. belladona nas dinamizações 5, 15 e 30 CH adicionando 20 ml de álcool (70%). Nos ensaios in vitro o medicamento homeopá�co nas diferentes dinamizações foi adicionado ao meio de cultura BDA, distribuídos em placas de petri de 9 cm de diâmetro adicionado ao

6centro da placa 10μL da suspensão de esporo do A. niger (10 ) e incubadas em câmara climá�ca do �po BOD na temperatura de 28 ± 2°C. A avaliação do crescimento micelial foi por meio de medições do diâmetro da colônia em duas posições perpendiculares até que a testemunha a�ngisse seu crescimento micelial máximo, o qual contabilizou o total de 12 dias. As médias dos diâmetros ob�das durante o crescimento micelial foram u�lizadas no calculo da Porcentagem de inibição do crescimento micelial, o Índice de velocidade de crescimento micelial, e no número de esporos. O experimento foi desenvolvido no delineamento inteiramente casualizado com 5 tratamentos e 6 repe�ções e os resultados ob�dos foram subme�dos a análise de variância e regressão. A dinamização 15 CH proporcionou a maior porcentagem de inibição

-1do crescimento micelial do A. niger com 8,55%, menor velocidade de crescimento com 5,65 cm.dia . No entanto, a produção de esporos não foi proporcional a inibição do crescimento micelial. A dinamização 30 CH não proporcionou

6inibição de crescimento micelial, mas reduziu a produção de esporos tendo apenas 23,96 x 10 esporos mL. Conclui se que o medicamento homeopá�co A. beladona tem potencial an�fúngico e poderá ser u�lizado no controle do A. niger e que a homeopa�a poderá ser uma prá�ca de manejo na região sisaleira.

Palavras chaves: Homeopa�a, Agave sisalana, An�microbiano

Po86- PRODUTIVIDADE DO MELÃO SUBMETIDO À ADUBAÇÃO COM COQUETÉIS VEGETAIS EM

DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO NO SUBMÉDIO DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Nivaldo Duarte Costa (Brazil)¹; Jony Eishi Yuri (Brazil)¹; Vanderlise Giongo Petrere (Brazil)¹1 – Embrapa

Po87 - POTENCIAL ANTIFÚNGICO DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO ATROPA BELADONA FRENTE

AO ASPERGILLUS. NIGER CAUSADOR DA PODRIDÃO VERMELHA DO SISALUTRITIVA

Mariane Pereira Dos Santos (Brazil)¹; Sara Samanta Da Silva Brito (Brazil)¹; Cintia Armond (Brazil)¹; Franceli Da

Silva (Brazil)¹1 - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia - UFRB

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Horticultura biológica Horticultura biológica

RESUMO

Os ensaios de campo são necessários para suportar as recomendações de fer�lização em hor�cultura biológica. Com este obje�vo realizaram-se duas rotações de culturas hor�colas para avaliar a produ�vidade: (i) rotação anual no Marco de Canavezes com alface, centeio e ervilhaca para sideração e acelga; o delineamento experimental incluiu a combinação de 3

-1 -1níveis de compostado (0, 20 e 40 t ha ) e 2 níveis de calcário (0 e 8 t ha ); (ii) rotação trianual em Fafe com centeio e ervilhaca para sideração, seguida de batata e alface (1º ano), acelga e nabo (2º ano) e couve penca e cenoura (3º ano); os

-1 -1tratamentos incluíram adubo verde (AV), AV com 20 e 40 t ha de compostado (C20 e C40) e AV com 1 e 2 t ha de adubo orgânico (AO1 e AO2).

-1 -1Na rotação anual a produção de alface aumentou 40% com a incorporação de 40 t ha de compostado e 8 t ha de calcário, enquanto que a produção da acelga foi 117% superior devido ao efeito acumulado do compostado e adubo verde e ao maior efeito da aplicação de calcário devido ao tempo ocorrido entre a aplicação de calcário e a plantação da acelga. Na rotação trianual a produção da alface, nabo e cenoura aumentou 90%, 115% e 56%, respe�vamente, com o tratamento C40 em comparação com o tratamento AO2 devido à rápida libertação de N do adubo orgânico na cultura anterior. A produção da batata e couve penca foi semelhante nos tratamentos C40 e AO2 devido à libertação lenta de N do compostado na cultura de ciclo longo da batata e à aplicação con�nuada de compostado que aumentou a disponibilidade

-1de N na cultura da couve. A aplicação de 40 t ha de compostado e adubo verde revelou potencial para aumentar a produ�vidade em hor�cultura biológica.

RESUMO

A Lippia origanoides H.B.K. (Verbenaceae) planta aromá�ca e medicinal na�va da América Central e do Norte da América do Sul é produtora de óleo essencial com altos valores de carvacrol, composto químico com a�vidade no controle de pragas e doenças. Dentre os problemas existentes neste controle encontra se o Meloidogyne javanica patógeno que representa perdas significa�vas na agricultura mundial acometendo as principais culturas de interesse econômico no mundo. O obje�vo deste trabalho foi avaliar o efeito do óleo essencial de L. origanoides Kunth, na mortalidade de juvenis de M. javanica in vivo, verificando a sua infec�vidade na cultura da alface do �po babá de verão manteiga (Lactuca sa�va L.). O óleo essencial u�lizado foi extraído das folhas secas pelo método da hidrodes�lação com aparelho Clevenger com aparatos durante 120 min, após a condensação da primeira gota. As plantas foram distribuídas em delineamento inteiramente

-1casualizados em casa de vegetação, com cinco concentrações (0, 4, 8, 16 e 32 μL.L ) e oito repe�ções, após 30 dias do transplan�o das mudas realizou se a inoculação, com 357 indivíduos (ovos/ juvenis J2) de M. javanica por planta, distribuídos em dois ori�cios de dois cen�metros de profundidade equidistantes ao redor da planta. Foram incorporados ao solo, 100 ml da solução contendo 10% (v/v) de tween®, 990 ml de água deionizada. Observou-se que a imobilidade e a mortalidade dos juvenis do segundo estádio de M. javanica se elevaram com o aumento das concentrações do óleo, sendo

-1a concentração de 32 μL.L responsável por causar a imobilidade de 97% dos juvenis. O número de galhas por grama de raiz -1e o número de ovos por grama de raiz foram reduzidos em maior proporção na concentração 16 μL.L chegando a 60 e 69%

respec�vamente. Conclui se que o óleo essencial de L. origanoides apresenta a�vidade nema�cida sobre juvenis do segundo estádio de M. javanica em condições de cul�vo sendo necessários maiores estudos para determinar a forma e a concentração adequada para u�lização em grande escala pelo produtor.

Palavras-chave : Nema�cida, compostos bioa�vos, Verbenaceae

Po88 - EFEITO DA APLICAÇÃO DE COMPOSTADO E ADUBO VERDE AO SOLO NA PRODUTIVIDADE

DE CULTURAS HORTICOLAS NO MODO DE PRODUÇÃO BIOLÓGICO

Rui Pinto (Portugal)¹; Luis Miguel Brito (Portugal)²; Isabel Mourão (Portugal)²; João Coutinho (Portugal)³1 - Ec Vida e Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal; 2 - Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de

Viana do Castelo, Ponte de Lima, Portugal; 3 - C Química, DeBA, EC Vida e Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real,

Portugal.

Po89 - BIOATIVIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL DE LIPPIA ORIGANOIDES KUNTH NO CONTROLE DE

MELOIDOGYNE JAVANICA EM CASA DE VEGETAÇÃO

Jamile De Jesus Moreira (Brazil)¹; Rosimar Neri De Souza (Brazil)¹; Simone Teles (Brazil)¹; Sara Samanta Da

Silva Brito (Brazil)¹; Fabio De Jesus Nascimento (Brazil)¹; Ana Cristina Fermino Soares (Brazil)¹; Franceli Da

Silva (Brazil)¹1 - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

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Horticultura biológica Horticultura biológica

RESUMO

A araruta, Maranta Arundinaceae L. possui diversas qualidades tanto medicinais quanto culinárias, porém seu cul�vo tem sido cada vez menor, principalmente pela baixa visibilidade e a de seus derivados (farinha e goma) no mercado consumidor, quando comparada a outros amidos, como por exemplo a mandioca. Assim, a Comunicação Integrada de Marke�ng pode atuar como um diferencial para a cultura em termos de divulgação das suas qualidades ambientais, nutricionais e comerciais, fomentando o seu cul�vo. O obje�vo da pesquisa foi analisar o cul�vo, a comercialização e o consumo da araruta em municípios produtores no Recôncavo Baiano, na perspec�va de inserir a Comunicação Integrada de Marke�ng como ferramenta para o desenvolvimento dessa cultura. A pesquisa foi realizada nos municípios produtores de araruta no Recôncavo Baiano, São Felipe e Conceição do Almeida. Par�ciparam da pesquisa 7 agricultores de araruta, 5 comerciantes e 41 potenciais consumidores(população) dos referidos municípios e de municípios circunvizinhos. Foram realizadas entrevista semiestruturada e observação direta nas áreas de produção e comercialização, além de registro fotográfico e referenciamento dessas áreas com o uso do receptor GPS Garmin 64S. As amostras foram selecionadas através das estratégias Bola de Neve (agricultores e comerciantes) e a técnica de saturação (população). Também foram elaborados mapas com o so�ware de geoprocessamento ArcGIS para a localização de possível mercado consumidor. Para análise dos dados foi u�lizada a técnica de análise de conteúdo. Verificou-se que a produção de araruta é realizada por agricultores familiares em pequenas e médias propriedades. Existe um consumo crescente de araruta, porém a falta de divulgação de seus bene�cios ambientais e alimentares ainda são um entrave para uma maior distribuição e comercialização. Quanto ao marke�ng voltado para o seu valor, os custos que o cliente tem para obter o produto ficam em segundo plano, dando destaque aos bene�cios percebidos com seu uso. As principais ferramentas de comunicação integrada de marke�ng foram: venda pessoal, promoção de vendas, merchandising e marke�ng digital, tanto para o agricultor quanto o comerciante. As ações em venda pessoal devem ser evidenciadas já que possibilitam um contato mais próximo com o consumidor, assim como a ferramenta promoção de vendas incen�vando a experimentação e compra da araruta. Já o merchandising em relação ao ponto de venda deve-se tornar um incen�vo aos consumidores com informações sobre a araruta, assim como marke�ng digital que necessita ser inserido como forma de favorecer a ampliação do acesso a informações e consequentemente a comercialização da araruta.

Palavras-chave : Agricultura. Sustentabilidade. Informação. Amido. Comercialização.

RESUMO

Avaliou-se o efeito de diferentes �pos de cobertura do solo sobre as caracterís�cas de frutos do pimentão (Capsicum annuum L. cv. Yolo Wonder) e incidência de plantas invasoras em um experimento instalado em campo na Fazenda Piloto do Departamento de Ciências Agrárias (UNITAU) em Taubaté-SP a 23º02'34”S e 45º31'02”W e com al�tude média de 577m. O clima local é do �po Cwa (sub-tropical), com chuvas de verão e com uma precipitação média anual de 1.300mm. O solo foi classificado como Latossolo Vermelho Amarelo distrófico de textura média e com a seguinte composição química: pH (H2O) = 5,8; MO = 21 g.dm-3; P = 30 mg.dm-3; K = 3,5 mmolc.dm-3; Ca = 30 mmolc.dm-3; Mg = 14 mmolc.dm-3; H + Al = 18 mmolc.dm-3; SB = 47,5 mmolc.dm-3; T = 65,5 mmolc.dm-3 e V = 73%. O delineamento experimental u�lizado foi de blocos casualizados com quatro tratamentos: 1-cobertura morta de casca de arroz (CCA), 2-filme de polie�leno preto (PE), 3-filme de bioplás�co preto (ABF) e 4-solo sem cobertura(SC) e cinco repe�ções. Os tratamentos foram distribuídos em parcelas com 1,2 m de largura, 0,3 m de altura e 10 m de comprimento. O sistema de irrigação por gotejamento foi colocado sobre a super�cie das parcelas com linha de tubo gotejador com vazão aferida de 1,67 L.h-1, pressão de serviço de 1,6 kPa e com emissores a cada 0,4 m. A colheita do pimentão foi realizada aos 90 dias após o plan�o das mudas e foram determinados o comprimento, número de frutos e massa dos frutos. As espécies de plantas daninhas presentes na parcela foram avaliadas em cinco amostras de 0,25 m2 ob�das aleatoriamente por parcela. As coberturas do solo apresentaram efeito significa�vo para o comprimento, número e massa dos frutos, tendo o polie�leno e o bioplás�co preto se mostrado superiores á cobertura com casca de arroz e ao solo sem cobertura. Nas coberturas com polie�leno e bioplás�co o comprimento dos frutos ficou acima de 12 cm, o número de frutos acima de 10 por planta e a massa dos frutos superior a 1kg por planta. As coberturas de polie�leno e bioplás�co reduziram em média a infestação das plantas daninhas em 75% quando comparado com o solo descoberto. Pode-se concluir que o bioplás�co apresentou a mesma eficiência do polie�leno quanto ao rendimento dos frutos do pimentão e na redução das plantas invasoras.

Palavras-chave : Bioplás�co, Polie�leno, Pimentão

Po90 - COMUNICAÇÃO INTEGRADA DE MARKETING COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO

DA CULTURA DE ARARUTA NO RECÔNCAVO BAIANO

Leila Lemos (Brazil)¹; Andréa Borges (Brazil)1; Elizabeth Silva (Brazil)¹1 - Faculdade Maria Milza

Po91 - DIFERENTES TIPOS DE COBERTURA DE SOLO NO CULTIVO DO CAPSICUM ANNUM L

Paulo Fortes Neto Fortes Neto (Brazil)¹; Elizabeth Da Costa Neves Fernandes De Almeida Duarte Duarte

(Portugal)²; Nara Lucia Perondi Fortes Fortes (Brazil)¹; Artur Figueiredo Saraiva Saraiva (Portugal)²; Raquel

Alexandra Cardoso Costa Costa (Portugal)²; Eliana Maria Araujo Mariano Silva Silva (Brazil)¹1 - Universidade de Taubaté (UNITAU); 2 - Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa

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Horticultura biológica Horticultura biológica

RESUMO

O preço dos alimentos e bebidas orgânicos pode ser considerado como um dos entraves para um rápido desenvolvimento da produção orgânica no Brasil. Isto é um ponto polêmico quando pensamos num sistema sustentável que atenda os requisitos de igualdade na distribuição de alimentos de maior valor biológico para maioria da população. Neste sen�do o rela�vo aumento de preço dos produtos orgânicos está ligado a um conjunto de fatores que podem ser equacionados no médio prazo, demonstrado pelo Estudo de Caso da Agroindustrial Extrema, principalmente pela procura e conscien�zação do mercado mundial por produtos orgânicos. Analisando este fator, o mercado mundial de orgânicos movimenta cerca de US$ 23,5 bilhões de dólares por ano, e há uma expecta�va de crescimento da ordem de 20% ao ano. Neste mercado incluem-se produtos frescos, processados, industrializados e até ar�gos de cuidados pessoais, produzidos com matérias primas ob�das sob o sistema orgânico. Os principais condutores deste crescimento são cadeias de supermercados, junto com polí�cas públicas que geram condições favoráveis para os produtos orgânicos. Em países da Europa, con�nente des�no do produto alvo deste estudo, o consumo de produtos orgânicos registrou expansão 500% entre 1987 e 1997 no Reino Unido, sendo que a produção britânica vem crescendo em torno de 40% ao ano. As vendas de carne orgânica �veram aumento de 189% entre 1992 e 1996. Alemanha é o maior mercado orgânico, com valores de venda aproximadamente de 2.5 bilhões de Euros. No Brasil, no estágio atual da agricultura orgânica, o que viabiliza economicamente os sistemas orgânicos é principalmente o preço ob�do na venda dos produtos em mercados diferenciados. Esse fato foi confirmado pelos números levantados na Agroindustrial Extrema, exportadora de Cachaça Orgânica com des�no principal a Alemanha. Os resultados operacionais da exportação nesta Empresa foi que houve um aumento absoluto de 84% no preço do litro comparado a comercialização domés�ca. Essa aumento cai para 48,5% quando se desconta taxas alfandegárias, locação de contêineres e despesas com despachante aduaneiro. Mesmo assim considera-se muito significa�vo esse maior ganho, ainda mais que produtos exportados são isentos de muitos impostos, principalmente aqueles que oneram fortemente o produto comercializado no mercado interno. Destaca-se que a viabilização da exportação de Cachaça pela Agroindustrial Extrema foi exclusivamente por se tratar de um produto orgânico e artesanal, que confere ao des�lado �pico Brasileiro caracterís�cas específicas não somente no produto, mas também em todo seu processo produ�vo sustentável, quesito de grande exigência por compradores Europeus.

Palavras-chave : Cul�vo Orgânico, Cachaça Orgânica

RESUMO

O atual interesse da cultura da stevia (Stevia rebaudiana Bertoni) baseia-se num mercado emergente de produtos adoçantes naturais e a sua produção biológica está relacionada com exigências de mercado e com a necessidade de minimizar o impacto ambiental dos sistemas de produção. O presente trabalho teve como obje�vo avaliar a adaptação da produção biológica de stevia, cv. Criolla, às condições edafo-climá�cas da região Noroeste de Portugal, em estufa e ao ar livre, e o comportamento das plantas sujeitas a três colheitas para consumo em fresco e, também, a uma única colheita des�nada à secagem das folhas.

-1 -1A diferença entre o peso fresco das hastes de 19,4 t ha nas plantas produzidas em estufa e de 14,9 t ha ao ar livre, não foi -1significa�va e o número médio de hastes por planta foi semelhante (média 7,3 planta ). No entanto, altura das plantas em

-1 -1estufa (52,1 cm planta ) foi superior, em média, 4,6 cm planta , em comparação com as plantas ao ar livre. O peso fresco e peso seco totais, para o conjunto das plantas sujeitas a três cortes e sujeitas a um único corte para secagem, foram semelhantes. O teor de matéria seca (MS) das hastes foi superior nas plantas ao ar livre (20,5%) em comparação com as

-1plantas na estufa (18,8%), mas o teor médio em ácido ascórbico das folhas foi semelhante (média 9,2 mg 100 g MS). O teor -1de MS das hastes para consumo em fresco (20,2%) foi superior, e o teor médio de ácido ascórbico foi inferior (8,5 mg 100 g

-1MS), em comparação com as plantas para secagem (19,1% e 10,0 mg 100 g MS, respe�vamente). A stevia cresceu em boas condições quer em estufa quer ao ar livre, e a opção de comercializar as plantas em fresco ou após secagem dependerá apenas da evolução destes produtos no mercado global.

Palavras-chave : ácido ascórbico, ar livre e estufa, matéria seca, produ�vidade

Po92 - AGREGAÇÃO DE VALOR NA EXPORTAÇÃO DE CACHAÇA ORGÂNICA PARA MERCADOS

ESPECIALIZADOS: UM ESTUDO DE CASO DA AGROINDUSTRIAL EXTREMA

Fernanda Aspazia Araujo Faheina (Brazil)¹; Anderson José Faheina Souza (Brazil)²1 - EMATER RN; 2 – AgroExtrema

Po93 - AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO BIOLÓGICA DE STEVIA REBAUDIANA PARA CONSUMO EM FRESCO

E SECO NA REGIÃO NW DE PORTUGAL

Glória Areias Dos Santos (Portugal)¹; José Sousa (Portugal)²; Isabel Mourão (Portugal)³; Virgílio Peixoto 4(Portugal) ; L. Miguel Brito (Portugal)³; Luísa Moura (Portugal)³

1 - Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Viana do Castelo; 2 - Biodiversus - Agricultura Biológica, Lda.; 3 - Centro de Investigação de

Montanha (CIMO), Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Viana do Castelo; 4 - Escola Superior Agrária - Instituto Politécnico de

Viana do Castelo

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Horticultura biológica

RESUMO

A a�vidade de abate de bovinos é de relevância econômico-social para a população brasileira, porém, gera efluentes e resíduos de grande potencial poluidor. Da mesma forma, as podas urbanas geram grande volume de resíduos. Ambos os �pos de resíduos poderiam servir como fontes de matéria orgânica e de nutrientes para a hor�cultura, se adequadamente transformados. Neste contexto, o obje�vo deste trabalho foi avaliar a eficácia da compostagem na des�nação correta para os resíduos oriundos do abate de bovinos e das podas urbanas. O estudo foi realizado na empresa GR Agrária, no Município de Campos dos Goytacazes, RJ, Brasil. A compostagem foi realizada u�lizando-se resíduos das podas urbanas triturados e conteúdo ruminal, irrigados diariamente com o sangue bovino proveniente de quatro abatedouros do Norte e Noroeste Fluminense. Uma máquina compostadora automa�zada foi u�lizada para a impregnação do resíduo vegetal com sangue e revolvimento da leira, em galpão de concreto com piso impermeabilizado, por 35 dias. Em seguida, o material foi disposto em duas leiras de 144 m³ cada, em um pá�o de compostagem coberto, sendo revolvido com outra máquina compostadora acoplada a um trator, por 60 dias. A temperatura e a umidade das leiras foram verificadas diariamente. Após os 95 dias, foi realizada a caracterização química do composto pronto. A temperatura máxima a�ngida foi de 65°C na fase de impregnação, não ultrapassando este marco devido ao revolvimento da leira, enquanto na fase de humificação, a temperatura apresentou uma queda, sendo de 45°, em média, até se estabilizar de acordo com a temperatura ambiente. A umidade foi man�da entre 40 e 60%. Por meio dos resultados da análise química, onde foi encontrado valores de pH= 6.6; N= 25.9 g/Kg; P2 O5 = 4,17 g/Kg; K2 O= 8,03 e C= 273,6%, pode-se concluir que através do processo de compostagem foi possível dar des�nação final ambientalmente adequada aos resíduos oriundos do abate bovino e da poda urbana e que o composto gerado apresenta uma ó�ma relação C/N= 10.56, com grande potencial agronômico.

Palavras-chave : composto ogânico,, sangue bovino, matéria orgânica

Po94 - COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS DO ABATE DE BOVINOS E DA PODA URBANA

Guilherme Ribeiro (Brazil)¹; Carine Monique Campelo Da Silva Granja (Brazil)²; Janie Mendes Jasmim (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro -UENF; 2 - Universidade Estácio de Sá

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Mecanização e automação Mecanização e automação

RESUMO

O Brasil é o 5º maior produtor mundial de tomate para processamento industrial, sendo que na América do Sul, lidera a produção. A mecanização da colheita do tomate industrial proporciona melhores resultados em todo o mundo, através do aumento da capacidade operacional. Obje�vou-se com o trabalho mensurar em colhedoras, com diferentes horas de uso, a verificação do comportamento �sico-químico dos frutos colhidos a par�r de análises �sico-químicas. Foi u�lizada a cul�var de tomate HEINZ 9553 em sistema de plan�o direto. Para a avaliação foram u�lizadas três colhedoras autopropelidas da marca GUARESI, modelo G-89/93 MS 40”, com motor FIAT-Iveco com 175 cv com diferentes números de horas de trabalho. Todas as colhedoras trabalharam com a mesma configuração na plataforma de corte e recolhimento e no sistema de trilha. No cilindro de trilha, adotou-se a configuração sugerida pelo fabricante (presente no manual de operação da máquina), a qual consis�u de uma rotação de 12 rpm e a vibração de 2,5 Hz. Durante os ensaios com as

-1colhedoras, empregou-se a rotação do motor de 1.900 rpm e velocidade média operacional de 1,14 m s . A rotação e vibração do cilindro de trilha, bem como a velocidade operacional, foram aferidos durante a execução dos ensaios. Anteriormente à colheita mecanizada, os frutos colhidos manualmente foram considerados sem injúrias e comparados os seus atributos �sico-químicos, posteriormente, com os frutos colhidos em cada máquina. Os atributos avaliados foram: a firmeza, acidez �tulável, teor de sólidos solúveis (°Brix), pH, perda de massa. O experimento foi realizado segundo um delineamento em blocos casualizados com sete repe�ções para cada colhedora avaliada. Os valores das análises dos atributos �sico-químicos nos frutos colhidos manualmente e nos frutos colhidos mecanicamente foram subme�dos à esta�s�ca descri�va e, adicionalmente, cartas de controle para os atributos �sico-químicos foram confeccionadas com o intuito de verificar o comportamento dos valores médios nas amostras colhidas mecanicamente. A média existente das cartas de controle foi ob�da por meio dos valores referentes ao atributo analisado nos frutos sem danos. Portanto, o LSC (Limite Superior de Controle) e LIC (Limite Inferior de Controle) foram traçados baseando-se nessa média, onde 3σ para LSC e -3σ da média para LIC. A quan�dade de danos gerais gerada em uma determinada quan�dade de frutos é maior quando a colhedora possui um maior número de horas trabalhadas. A colheita mecanizada afetou os atributos �sicos dos frutos, tais como a firmeza e a porcentagem de perda de massa.

Palavras-chave : Solanum lycopersicum L, perdas pós-colheita, injúria mecânica

RESUMO

Visando o cenário da sustentabilidade do cul�vo de Feijão Caupí Verde, um dos principais problemas é a baixa tecnologia no semeio nas áreas produ�vas, onde não há manutenção do espaçamento prescrito no ato do semeio. Isto acarreta prejuízos significa�vos quando se dá o tráfego indiscriminado dos rodados dos tratores sobre as plantas, principalmente em estágio inicial de crescimento. Estes problemas se dão principalmente devido ao desalinhamento das fileiras do feijoeiro e dificuldade de manutenção dos veículos e composições devidamente afastados destas. Além disso o uso mais freqüente de implementos de largo alcance operacional traz também a problemá�ca de maiores marcadores de linha no semeio. Assim, as tecnologias de direcionamento automá�co através do uso da tecnologia de GPS RTK (Global Posi�oning System in Real Time Kine�c) estão ganhando espaço no setor hor�cola. A maior vantagem do piloto automá�co é a precisão e a eficiência. Entende-se que há um aumento na produ�vidade e uma redução nos custos operacionais, no entanto necessita-se confirmar e quan�ficar essas melhorias. Obje�vou-se avaliar as implicações do sistema de Piloto Automá�co usando GPS RTK. O trabalho foi na área de produção de feijão caupí verde da Agroindustrial Extrema, município de Pureza-RN. O delineamento foi de blocos casualizados com 2 tratamentos e cinco repe�ções, sendo os tratamentos: Plan�o com uso de balizamento e Plan�o u�lizando a tecnologia de Piloto Automá�co. O plan�o do feijão caupí verde (Vigna unguiculata) foi realizado com espaçamento de 0,5 m entre fileiras e com densidade populacional de 100.000 plantas por hectare. Avaliou-se a operação do conjunto Trator/implemento dos três tratamentos sob os seguintes parâmetros: índice de variação do paralelismo; e números de metros lineares de semeio por área. O uso do sistema de Piloto automá�co apresentou diminuição na quan�dade de erros na ordem de 34%, além de diminuir o valor médio do erro em 65%. Já em números de metros lineares de semeio não houve diferença significa�va entre os tratamentos. Isto se dá pois, mesmo considerando maiores valores absolutos nos erros no método convencional (u�lizando baliza), houve grande número de erros diminuindo o espaçamento, favorecendo assim o número de metros lineares de semeio por hectare. Sendo assim o sistema de Piloto automá�co torna-se de grande valia quando considera-se a importância na manutenção do espaçamento no manejo cultural, como cul�vo e aplicação de fitossanitários, além de não favorecer a compe�ção intracultural, levando portanto a maiores produ�vidades por con�nuidade no espaçamento planejado.

Palavras-chave : PILOTO AUTOMÁTICO, FEIJÃO CAUPÍ VERDE (Vigna unguiculata)

Po95 - AVALIAÇÃO DOS ATRIBUTOS FÍSICO-QUIMICOS DE TOMATE APÓS A COLHEITA MECANIZADA

Túlio De Almeida Machado (Brazil)¹; Haroldo Carlos Fernandes (Brazil)²; Clarice Aparecida Megguer (Brazil)¹;

Fábio Lucio Santos (Brazil)³; Nerilson Terra Santos (Brazil)²1 - Instituto Federal Goiano - Campus Morrinhos; 2 - Universidade Federal de Viçosa; 3 - Universidade Federal de Lavras

Po96 - IMPLICAÇÕES AGRONÔMICAS DO USO DO PILOTO AUTOMÁTICO EM TRATORES AGRÍCOLAS

NO CULTIVO DE FEIJÃO CAUPÍ VERDE

Anderson José Faheina Souza (Brazil)¹; Sergina Fernandes Dantas (Brazil)²1 - UFRN; 2 - SEBRAE RN

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Mecanização e automação

RESUMO

A procura de calibre grande e homogéneo e a preservação da quan�dade e da qualidade da produção de maçã requerem controlo e intervenção sobre o número de flores e/ou de frutos por árvore. Assim, tem especial oportunidade a aplicação de monda. Porém, a escassez de mão-de-obra e sobretudo treinada (qualificada) tem colocado o desafio de subs�tuir monda manual por química e, mais recentemente, por monda mecânica. De facto, a monda manual é sele�va e elimina corimbos não conformes, enquanto a mecanização da monda contribui para reduzir custos com mão-de-obra e tempo da operação, mas a sua atuação é menos sele�va.O presente trabalho pretendeu comparar três �pologias de monda – manual, mecânica normal e mecânica intensiva – na produção e na qualidade do fruto à colheita, nas variedades de maçã Royal Gala e Golden Delicious, em 2016. A monda mecânica recorreu à mondadora mecânica Darwin 300 string thinner com dois regimes de monda – a 220rpm para a monda mecânica normal e 250 rpm para a monda mecânica intensiva.Durante o ciclo produ�vo foi determinado o teor de clorofila por SPAD e a evolução do número de frutos. À colheita foram determinados parâmetros biométricos, parâmetros cromá�cos, força de rutura e firmeza, IR e pH dos frutos, por variedade e �pologia de monda.Ambas as variedades apresentaram teor de clorofila similar, mas no fim do ciclo a maçã Gala apresentou teores mais baixos de clorofila na �pologia de monda manual. A massa média foi superior na monda mecânica intensiva, o que correspondeu à �pologia com menor quan�dade de frutos por árvore. A cor de fundo da epiderme demonstrou o efeito varietal, sendo o croma (C*) superior em frutos da monda mecânica intensiva. Sólidos solúveis e pH apresentaram valores maiores em maçãs do grupo Gala. A modalidade de monda não teve feito no pH, mas influenciou os sólidos solúveis totais, com menor índice refractométrico em frutos provenientes de árvores com monda mecânica normal. A dureza dos frutos não foi influenciada pela modalidade de monda, não havendo efeito na crocância das maçãs à colheita, preservando um dos fatores qualita�vos mais relevantes para a fileira.A u�lização de monda mecânica intensiva permi�u obter resultados sa�sfatórios e encorajadores. No entanto, a escolha da �pologia de monda requer reflexão sobre carga, calibre e qualidade final dos frutos. Equilíbrio nutricional, relação folhas/frutos e consequências no equilíbrio vegeta�vo e de fru�ficação das macieiras devem ser acompanhados e estudados.

Palavras-chave : Darwin 300, produção, qualidade, firmeza, IR, pH

Po97 - EFEITO DA MONDA MECÂNICA EM MALUS DOMESTICA BORK. CV. ROYAL GALA E GOLDEN

DELICIOUS

Hortense A. Fernandes (Portugal)¹; Fernando Santos (Portugal)²; Carlos J. O. Ribeiro (Portugal)²1 - Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; 2 - Departamento de

Agronomia, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

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Melhoramento e seleção de cultivares Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

O gênero Passiflora se caracteriza por apresentar ampla diversidade gené�ca e sua caracterização é de grande importância para o conhecimento da variabilidade existente em banco de germoplasma, visando exploração e a conservação de recursos gené�cos em programas de melhoramento. Diante da necessidade de direcionar trabalhos para a iden�ficação e seleção de genó�pos superiores e ampliar a base gené�ca da cultura do maracujazeiro, o obje�vo deste trabalho foi es�mar a diversidade gené�ca de genó�pos de maracujazeiro e comparar diferentes estratégias de análises baseadas em técnicas mul�variadas com base em caracterís�cas �sicas e químicas de frutos. Foram avaliados 63 acessos do Banco A�vo de Germoplasma de Passiflora, pertencentes a oito espécies, sendo 48 acessos de P. edulis f. flavicarpa, seis acessos de P. cincinnata, quatro acessos de P. setacea, um acesso das respec�vas espécies P. alata, P. giber�i, P. mallacophyla, P. bahiensis e P. maliformis. As variáveis analisadas foram massa total do fruto, massa da polpa, massa da casca, comprimento longitudinal dos frutos, diâmetro equatorial dos frutos, espessura da casca, rendimento de suco, sólidos solúveis, acidez �tulável, número de frutos acumulados por acesso e a coloração da polpa sem sementes. Para quan�ficar a divergência entre os acessos foi empregada a distância gené�ca, com base no algoritmo de Gower, os métodos de agrupamento (UPGMA) e o de o�mização Tocher, a análise mul�variada de componentes principais, es�ma�vas dos coeficientes de repe�bilidade e a análise discriminante proposta por Anderson (1958). As técnicas mul�variadas para estudo de diversidade gené�ca demonstraram ter grande potencial de uso na caracterização de germoplasma de Passiflora.O agrupamento UPGMA indicou a existência de variabilidade gené�ca entre os acessos avaliados, apresentando grupos com acessos mais dissimilares com potencial a serem u�lizados em futuras etapas de seleção e cruzamentos de genó�pos. Pela análise de componentes principais, as variáveis massa de casca, massa do fruto, diâmetro e comprimento de fruto contribuíram para a máxima variabilidade observada nos acessos de Passiflora. Para essas caracterís�cas cinco medições (frutos) são suficientes para predizer o valor real dos indivíduos com 90% de acurácia. Os caracteres rendimento de suco e acidez �tulável apresentam baixa repe�bilidade, indicando cautela na seleção de genó�pos com base nessas caracterís�cas.Agradecimentos: UFV, EMBRAPA, CNPq, FAPESB, UFLA

Palavras-chave : Passiflora spp., Melhoramento gené�co, Germoplasma

RESUMO

Apesar da cultura da couve de folhas de ser uma importante cultura olerícola, o melhoramento gené�co da cultura é incipiente, havendo pouco interesse de ser realizado por empresas privadas, tendo em vista a facilidade de propagação vegeta�va da cultura. Isso implica que a maior parte dos programas de melhoramento da cultura é desenvolvida por en�dades públicas. Dessa forma, obje�vou-se com este trabalho selecionar variedades (clones) desta cultura a par�r de testes de progênies de meios-irmãos oriundas dos bancos de germoplasma da UFVJM, tanto para comercialização como para compor a população de recombinação. O experimento (teste de progênie) foi instalado no Campus Jk da Universidade Federal dos Vales do Jequi�nhonha e Mucuri, em Diaman�na-MG. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com quatros repe�ções e 36 tratamentos, os quais se referem a 33 progênies de meios-irmãos oriundas de sementes ob�das em Viçosa-MG, e três cul�vares comerciais (Manteiga, Manteiga Portuguesa e Manteiga da Geórgia). Foram avaliadas quinzenalmente a produção (g), o número de folhas e o número de brotações por planta, sendo realizadas cinco colheitas. A par�r destes dados es�mou-se a produ�vidade total (t ha-1, considerando uma população de 20.000 plantas ha-1), o número total de folhas, a massa média de folhas e o número total de brotações, cujos dados foram subme�dos a análise de variância pelo teste F a 5% de significância e quando significa�vos os efeitos dos tratamentos, os mesmo foram agrupados pelo teste de Sco�-Kno� a 5% de significância. Foram observadas diferenças significa�vas pelo teste F entre os tratamentos avaliados, em que as progênies F14B3P2, F12B1P5, F11B3P4, F18B3P3, F5B1P4, F14B1P1, F12B3P1, F12B1P1, F14B1P5, F12B2P4, F8B1P2, F14B4P1, F21B3P4, F12B2P3, F24B1P5, F14B4P3, F11B3P2, F12B1P2, F9B2P3, juntamente

-com as cul�vares comerciais, foram os materiais mais produ�vos, com produ�vidade média variando de 17,70 a 24,75 t ha1 de folhas, considerando as cinco colheitas realizadas. Esses materiais também apresentaram alto número de folhas (29,96 a 46,67 folhas) e também maiores massas médias de folhas (17,34 a 23,36 g). Todavia, com exceção das cul�vares comerciais (0,54 a 1,63 brotações), esses melhores materiais também apresentaram grandes quan�dades de brotações (15,96 a 27,67 brotações), caracterís�ca nega�va para a seleção. Conclui-se que essas progênies são as mais promissoras para a região de condução do experimento, todavia posteriores seleções devem ser realizadas visando reduzir o número de brotações por plantas.

Palavras-chave : Brassica oleracea var. acephala, melhoramento gené�co, produ�vidade, qualidade.

Po98 - DIVERGÊNCIA GENÉTICA DE GENÓTIPOS DE PASSIFLORA SPP. COM BASE EM CARACTERÍSTICAS

FÍSICAS E QUÍMICAS DE FRUTOS

Daniela Da Hora Farias (Brazil)¹; Onildo Nunes De Jesus (Brazil)²; Claudio Horst Bruckner (Brazil)³; Quelmo Silva 4De Novaes (Brazil) ; Rafael Pio (Brazil)1azil)¹

1 - Universidade Federal de Lavras; 2 - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária; 3 - Universidade Federal de Viçosa; 4 - Universidade Estadual

do Sudoeste da Bahia

Po99 - SELEÇÃO DE PROGÊNIES DE COUVE DE FOLHAS (BRASSICA OLERACEA VAR. ACEPHALA)

Valter Carvalho De Andrade Junior (Brazil)¹; Orlando Gonçalves Britto (Brazil)²; Lidiane Rodrigues Silva (Brazil)²;

Luana Mateus Silva Donato (Brazil)²; Marcos Auerélio Ferreira (Brazil)²; Altino Junior Mendes Oliveira (Brazil)²;

Antonio Julio Medina Silva (Brazil)²; Davi Martins Oliveira (Brazil)²; Alcinei Mistico Azevedo (Brazil)³; Karoline

Rodrigues Ramos (Brazil)²; Rogers Augusto Costa (Brazil)²; Leticia Lopes Oliveira (Brazil)²1 - Universidade Federal de Lavras - UFLA; 2 - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM; 3 - Universidade Federal de

Minas Gerais - UFMG

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Melhoramento e seleção de cultivares Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

A laranjeira 'Pêra' é uma das cul�vares de laranjeira doce (Citrus sinensis) mais plantada no Brasil, devido à versa�lidade de uso tanto na indústria quanto para consumo in natura. E o limoeiro 'Cravo' (C. limonia) é o mais u�lizado como porta-enxerto, par�cularmente no Nordeste do país. Diante da necessidade de diversificação dos pomares, o obje�vo do presente trabalho foi avaliar o comportamento da laranjeira 'Pêra' associada a 26 porta-enxertos nas condições dos Tabuleiros Costeiros do Nordeste e iden�ficar aqueles com maior potencial produ�vo. As plantas foram estabelecidas no município de Umbaúba-SE, no período chuvoso, no espaçamento de 6 m x 2,5 m, sem irrigação suplementar. Os tratamentos consis�ram das combinações copa/porta-enxerto, e foram avaliados no delineamento de blocos ao acaso, com três repe�ções e três plantas por parcela. No quarto ano, avaliaram-se as plantas quanto a caracteres produ�vos e a qualidade pós-colheita dos frutos. Não foi determinada diferença significa�va entre os tratamentos quanto à porcentagem de suco, acidez, sólidos solúveis totais, vitamina C, entre outros. Os frutos caracterizaram-se por apresentarem, em média, porcentagem de suco acima de 53 %, 'Ra�o' variando de 14,67 [nas plantas combinadas a limoeiro 'Cravo', tangerineira 'Cleopatra' (C. reshni) e o citrange Morton (C. sinensis x P. trifoliata) CTMT-120] a 20,47 [nas plantas associadas ao híbrido de trifoliata (Poncirus trifoliata) HTR-PO 7157. Entretanto, as laranjeiras diferiram significa�vamente quanto ao porte e volume de copa, assim como quanto a eficiência produ�va e rendimento de frutos. Os porta-enxertos que propiciaram maior produ�vidade por área, ou rendimento, coincidiram com aqueles com maior porte e volume de copa. Maiores plantas foram aquelas associadas às tangerineiras 'Sunki Tropical' (C. re�culata) e 'Cleopatra', limoeiro 'Rugoso Balão' (C. jambhiri), citrandarim (C. sunki x P. trifoliata) 'Indio'. Maior eficiência produ�va foi alcançada com o porta-enxerto citrandarim 'Riverside', o qual foi também o responsável pelo maior rendimento de frutos. Em adição, os porta-enxertos citrandarim 'Indio' e o híbrido de tangerineira 'Cleopatra' e limoeiro 'Cravo' LCR x CLEO-105 também possibilitaram alto rendimento. Cabe ressaltar que menor porte associado a alta eficiência produ�va foi verificado nas plantas combinadas aos porta-enxertos citrumelo (C. paradisi x P. trifoliata) Tucson 71131, citrange Morton CTMT-120 e o híbrido de tangerineira 'Cleopatra' com trifoliata CLEO x TR -30113. Com base no quarto ano de produção, conclui-se que os porta-enxertos citrandarim 'Riverside e 'Indio', assim como o híbrido entre tangerineira 'Cleopatra' e limoeiro 'Cravo' LCR x CLEO-105 são aqueles com maior potencial produ�vo.

Palavras-chave : Produ�vidade, Comportamento, Citrus sinensis, Citros

RESUMO

A lima ácida 'Tahi�' (Citrus auran�folia Swingle var. thai�) é conhecida e comercializada no mercado brasileiro como limão, razão pela qual também é chamada de limão 'Tahi�'. A esta�s�ca disponível no país não faz dis�nção entre limão e lima ácida, embora se es�me que 30% sejam limas. No Brasil, quarto produtor mundial de limões, os Estados de São Paulo (82%) e Bahia (3%) destacam-se como maiores produtores, embora ocorram cul�vos em todo o país. Não existem variedades de lima ácida 'Tahi�', mas sim clones, sendo o 'IAC-5' ou 'Peruano' e o “Quebra-galho”, os mais cul�vados em São Paulo, e 'CNPMF-1' e 'CNPMF-2' os principais na Bahia e Sergipe. O porta-enxerto mais u�lizado em todo o país ainda é o limoeiro 'Cravo' (C. limonia Osb.). O obje�vo do presente trabalho foi avaliar o comportamento de seleções de copas de limeira-ácida 'Tahi�' nas condições do pólo citrícola do Nordeste. Os plan�os foram estabelecidos em espaçamento de 6 m x 4 m, no município de Umbaúba (11°22'37'' S, 37°40'26'' W; 109 m de al�tude), sul do Estado de Sergipe, sem irrigação suplementar. A área se caracteriza por ter Argissolo amarelo distrófico, com fragipã Tb A fraco, textura média e clima do �po As', tropical chuvoso com verão seco (classificação de Köppen). Os clones CNPMF-1, CNPMF-2, CNPMF 2001, 5059, IAC-5, IAC-5.1, Bears Lime e Persian Lime, enxertados no limoeiro 'Cravo' foram avaliados em Delineamento de Blocos Completamente Casualizados, com oito tratamentos e três repe�ções. O rendimento de frutos foi determinado anualmente, de 2011 a 2016, enquanto as demais variáveis apenas em 2016. Avaliou-se desde o porte e volume da copa até a caracterização química e �sica dos frutos. Verificaram-se diferenças significa�vas entre copas quanto ao rendimento nos anos mais secos (2011, 2012 e 2016), número e peso de frutos por planta, peso médio e diâmetro dos frutos, porcentagem de suco e 'Ra�o'. Análises mul�variadas agruparam as copas em quatro clusters: C1 a C4. O clone Persian Lime (C4) apresentou um maior rendimento nos anos secos, associado ao maior número e peso de frutos por planta, sugerindo boa adaptação às condições locais. Entretanto, seus frutos têm menor diâmetro e porcentagem de suco. Os clones CNPMF-1, 5059 e IAC-5.1 (cluster C1) �veram frutos com maior porcentagem de suco, enquanto Bears Lime e CNPMF-2 (C2), um maior diâmetro e peso médio de frutos.

Palavras-chave : Citrus auran�folia, Citrus la�folia, citros, produ�vidade

Po100 - NOVOS PORTA-ENXERTOS PARA LARANJEIRA 'PÊRA' NO NORDESTE BRASILEIRO

Luciana Marques De Carvalho (Brazil)¹; Hélio Wilson Lemos De Carvalho (Brazil)¹; Walter Dos Santos Soares

Filho (Brazil)²1 - Embrapa Tabuleiros Costeiros; 2 - Embrapa Mandioca e Fruticultura

Po101 - SELEÇÃO DE COPAS DE LIMEIRA ÁCIDA 'TAHITI' PARA PRODUÇÃO NO NORDESTE BRASILEIRO

Luciana. Marques De Carvalho (Brazil)¹; Hélio Wilson Lemos De Carvalho (Brazil)¹; Inácio De Barros (Brazil)¹1 - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-EMBRAPA

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Melhoramento e seleção de cultivares Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

O míldio do rabanete, causado pelo oomiceta Hyaloperonospora brassicae subsp. raphanus, é uma doença importante na Europa. A luta química tem pouco sucesso, não exis�ndo produtos eficazes autorizados atualmente, pelo que a introdução de cul�vares resistentes é a única alterna�va para o controlo da doença. O míldio começa por atacar os co�lédones, progredindo para as folhas e raiz. O facto de o rabanete ser comercializado com as folhas e a presença dos co�lédones ser valorizada, reforça a importância de toda a planta apresentar bom estado sanitário. Neste estudo desenvolveram-se métodos de avaliação da resistência ao míldio e iden�ficaram-se fontes de resistência a serem u�lizadas no melhoramento de novas cul�vares. Foi testada uma coleção com 200 amostras de diferentes origens em ambiente controlado. As plantas cresceram em placas de alvéolos e os co�lédones foram inoculados por deposição de uma gota de suspensão de conídios de H. brassicae aos seis dias e avaliados decorridos sete dias. A resistência das folhas e raiz foi testada por pulverização aos 14 dias e avaliada 12 dias mais tarde, u�lizando uma escala visual com diferentes classes. A inoculação dos co�lédones por gota é mais aconselhável na deteção de resistência parcial do que a pulverização. Apenas 15% das amostras da coleção expressaram resistência ao nível co�ledonar, tendo 63% e 22% apresentado reação respe�vamente intermédia e susce�vel. Nas 1ª e 2ª folhas observou-se um aumento da resistência, com 45% das amostras resistentes, 46% e 9% intermédias e susce�veis. Verificou-se uma correlação posi�va altamente significa�va (r=0,81***) entre a resistência co�ledonar vs. resistência nas folhas inoculados respe�vamente por gota e pulverização. Pelo contrário, foi observada uma correlação não significa�va entre a resistência nos co�lédones vs. raiz (r=0,22ns) e nas folhas vs. raiz (r=0,20ns) inoculadas por pulverização. A idade de avaliação da raiz do rabanete deve depender da duração do ciclo cultural, que pode variar entre os 21 e os 40 dias. Os genó�pos mais interessantes foram também testados no campo, o que permi�u validar as metodologias desenvolvidas em ambiente controlado. Os resultados mostram o interesse em usar cul�vares com resistência parcial ao míldio, as quais quando associadas a prá�cas culturais adequadas (arejamento intenso, destruição de resíduos das culturas anteriores e rotação de culturas) podem limitar suficientemente o desenvolvimento da doença, permi�ndo que não seja a�ngido um nível de ataque economicamente significa�vo.

Palavras-chave : Hyaloperonospora sp., melhoramento, oomiceta, resistência bió�ca

RESUMO

A exploração comercial da romã no Brasil apresenta grande potencial produ�vo devido às caracterís�cas climá�cas favoráveis. Contudo, as cul�vares nacionais são pouco conhecidas, não sendo exploradas e estudadas comercialmente. O obje�vo deste trabalho foi avaliar a dissimilaridade gené�ca de romãs de um pomar comercial no norte do Paraná-Brasil, mediante as caracterís�cas dos frutos. Foram u�lizados cinco genó�pos, sendo eles a Valenciana, RJ (romã de jardim - Punica nana) e três genó�pos que apresentavam diferentes caracterís�cas, sendo eles SHI1CX, SHI2UV e SHI3ES. As variáveis analisadas foram diâmetro longitudinal (DL), diâmetro equatorial (DE) e massa fresca total (MTF) dos frutos, massas frescas da casca (MFC), do arilo (MFA) e das sementes (MFS), rendimento de suco (RS), produ�vidade es�mada

-1(PE), sólidos solúveis totais (SST), relação entre MFC e MFA (MFC MFA-1), relação entre MFS e MFA (MFS MFA ), altura da coroa (HCO), diâmetro da coroa (DCO), número de pontas da coroa (NPCO) e porcentagem de casa + membranas internas (PCM). Para as caracterís�cas MTF, altura e largura de frutos, os maiores valores foram encontrados na Valenciana, com 381,7 g, 8,8 cm e 9,1 cm; e menores valores na RJ, com 130,7 g, 6,0 cm e 6,2 cm, respec�vamente. O mesmo foi observado para MFC e MFA, com 179,3 g e 210 g na Valenciana e 65,7 g e 61,3 g para RJ. A RJ apresentou RS inferior aos demais

-1 -1genó�pos, com 18 mL, contudo apresentou maiores relações de MFC MFA (1,1) e MFS MFA (0,7). Os genó�pos SHI2UV e -1Valenciana apresentaram maiores PE, com 27.514,8 kg ha e 24.454,9 kg ha-1, respec�vamente. Todos os genó�pos

apresentaram maior SST que a RJ (10,5 °Brix). O maior teor de SST foi de 13,2 °Brix para SHI3ES, não diferindo dos demais. O maior DCO foi encontrado no genó�po SHI1CX, com 3,8 cm e o menor para a RJ, com 1,5 cm. SHI1CX apresentou a menor HCO, com 0,7 cm. O NPCO não apresentou diferença significa�va, 6 NPCO para a Valenciana e 7 para SHI1CX. A PCM e a MFS não apresentaram diferença significa�va entre os genó�pos, com valores médios de 43,73% e 63,22 g, respec�vamente. A análise mul�variada, evidenciou a formação de três grupos, sendo o grupo 1 (RJ), grupo 2 (SHI1CX) e o grupo 3 (SHI2UV, SHI3ES e Valenciana). A menor distância gené�ca foi de 1,098 entre SHI2UV e SHI3ES e a maior foi de 3,37 entre a 'Valenciana' e a RJ.

Palavras-chave : Punica granatum, Valenciana, Potencial produ�vo, Seleção de cul�vares

Po104 - DISSIMILARIDADE GENÉTICA ENTRE GENÓTIPOS DE ROMÃ ORIUNDOS DO NORTE DO PARANÁ

Thais Cristina Morais Vidal (Brazil)¹; Gabriel Danilo Shimizu (Brazil)¹1 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Po103 - NOVAS FONTES DE RESISTÊNCIA À DOENÇA DO MÍLDIO NO RABANETE (RAPHANUS SATIVUS L.)

Paula S. Coelho (Portugal)1¹ António A. Monteiro (Portugal)²1 - INIAV, IP - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária; 2 - LEAF - Centro de Investigação em Agronomia, Alimentos,

Ambiente e Paisagem

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Melhoramento e seleção de cultivares Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

Em programas de melhoramento de maracujazeiro, a avaliação de qualidade dos frutos dos genó�pos desenvolvidos é de grande importância. O rendimento de polpa tem grande relação com o número de sementes de fruto e também com a massa de polpa dos frutos de maracujazeiro. Normalmente, quanto maior o número de sementes nos frutos maior também será a massa de polpa dos mesmos. Nesse sen�do, a mensuração de caracterís�cas �sico- químicas nos materiais elite de maracujá-azedo representa passo relevante nas pesquisas. Assim, o obje�vo desse trabalho foi caracterizar a qualidade de frutos de 10 genó�pos de maracujá-azedo a par�r de caracterís�cas de massa de polpa e número de sementes. O ensaio foi conduzido na Universidade de Brasília sendo avaliados 10 genó�pos elites de maracujá num delineamento de blocos casualizados com 4 repe�ções e 6 plantas por parcela. Na ocasião da colheita foram selecionados, ao acaso, 5 frutos por parcela, de cada genó�po. Após a coleta dos frutos, as análises de massa de polpa em gramas e número de sementes foram realizadas. Os dados originais foram analisados esta�s�camente. As médias foram comparadas, entre si, pelo teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade, além de serem subme�das a correlação linear de Pearson. Das caracterís�cas avaliadas, somente a massa de polpa diferiu os genó�pos avaliados pelo Teste F. No entanto, o teste de comparação de médias, Tukey a 5% de probabilidade, não apresentou grupos diferentes entre os genó�pos (todos classificados no grupo “a”). A massa de polpa variou de 13,97 gramas (genó�po ECL 7) a 40,76 gramas (genó�po MAR 20#21) entre os genó�pos estudados. O genó�po MAR 20#21 também apresentou o maior número de sementes por fruto quando observado os demais genó�pos, mesmo não sendo observado diferença esta�s�ca entre eles para essa caracterís�ca. As caracterís�cas de número de sementes e massa de polpa apresentaram correlação muito forte e posi�va (rf= 0,96). A par�r da análise entre número de sementes e massa de polpa, sendo esta correlação muito forte e posi�va, verifica-se a indicação de que quanto maior o número de sementes por fruto, maior também será a massa da polpa dos frutos e vice-versa. Esses resultados representam possibilidade de incremento no rendimento de suco de maracujá sendo importante tanto para produtores de fruto in natura quanto para indústria. Dessa forma, verificou-se que os genó�pos estudados apresentam potencial para u�lização em programas de melhoramento, visando a qualidade de fruto e rendimento de polpa.

Palavras-chave : Passiflora edulis Sims, qualidade de fruto, melhoramento gené�co, rendimento

RESUMO

O uxizeiro (Endopleura uchi (Huber) Cuatrecasas) pertence à família Humiriaceae, é disperso por todos os estados da região amazônica brasileira e tem seu centro de origem no estado do Pará, sendo este estado o possuidor da maior variabilidade gené�ca da espécie. Comercialmente os frutos do uxizeiro tem grande importância econômica por apresentarem propriedades nutricionais e principalmente farmacológicas. Contudo, estudos para avaliação de caracterís�cas morfoagronômicas para seleção de frutos com potencial agroindustrial vem sendo pouco desenvolvidas para o uxi, explorando principalmente o extra�vismo das plantas na�vas. No que tange a domes�cação de uma espécie é de fundamental importância a seleção de espécimes potenciais para dar aporte ao desenvolvimento da a�vidade voltada para agroindústria de polpa, sorvetes, sucos, além da farmacológica e cosmé�cos. Sendo assim o trabalho teve por obje�vo avaliar as caracterís�cas morfoagronomicas de frutos de Endopleura uchi (Huber) Cuatrecasas de diferentes procedências do estado do Pará, visando a iden�ficação de matrizes com potencial agroindustrial. Os frutos foram coletados em 5 localidades do estado do Pará: Tomé-Açu, Ilha do Combu, Santa Izabel, Alça Viária, Vigia e Santa Barbara, entre os meses de janeiro a abril de 2017, período de safra do fruto. Foram avaliadas as seguintes caracterís�cas morfoagronomicas: comprimento de fruto, comprimento de semente, diâmetro de fruto, diâmetro de semente, espessura de casca, espessura de polpa, massa do fruto, massa da polpa mais casca, rendimento de polpa e tempo de maturação. Os dados foram avaliados no programa ASSISTAT 7.7 Beta, subme�dos à análise de variância Anova e feita a correlação entre as caracterís�cas avaliadas. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Pelos resultados ob�dos houve diferenças significa�vas entre as procedências de uxizeiros, sendo os frutos procedentes de Tomé-Açu com médias mais significa�vas em relação as demais procedências avaliadas. Para a variável espessura de polpa ocorreu diferenciação entre as localidades, sendo as procedências Ilha do Combu, Santa Izabel, Santa Barbara e Vigia com as menores médias, contudo para rendimento de polpa essas procedências, com exceção da Ilha do Combu, ob�veram médias superiores. Relacionado as correlações os maiores valores ocorreram entre massa do fruto, comprimento do fruto, diâmetro do fruto. Os frutos de uxizeiros de diferentes procedências apresentaram alta variabilidade entre as procedências, com matrizes de alto potencial e rendimento agronômico para a seleção e u�lização em cul�vos comerciais. Entre as procedências analisadas o município de Tomé-Açu é uma área potencial para seleção de matrizes.

Palavras-chave : Humiriaceae, Uxi, Variabilidade, Fru�cultura

Po105 - CARACTERIZAÇÃO DE QUALIDADE DE FRUTO DE 10 GENÓTIPOS DE MARACUJÁ AZEDO NO

DISTRITO FEDERAL

Michelle Souza Vilela (Brazil)¹; Túlio Campos (Brazil)¹; José Ricardo Peixoto (Brazil)¹; Isadora Nogueira (Brazil)¹;

Márcio De Carvalho Pires (Brazil)¹; Fábio Gelape Faleiro (Brazil)²1 - Universidade de Brasília; 2 - Embrapa Cerrados

Po106- CARACTERIZAÇÃO MORFOAGRONÔMICA DE FRUTOS DE UXIZEIROS (ENDOPLEURA UCHI)

DE DIFERENTES PROCEDÊNCIAS DO ESTADO DO PARÁ

Arthur Simões Taverny (Brazil)¹; Socorro Taynara Braga Cristo (Brazil)¹; Brenda Karina Rodrigues Da Silva (Brazil)¹;

Thayane Ferreira Miranda (Brazil)¹; Antonia Benedita Da Silva Bronze (Brazil)¹; Marcio Cardoso Mourão (Brazil)¹;

Paula Cristina Mendes Nogueira Marques (Brazil)¹; Danilo Da Luz Melo (Brazil)¹; Michelle Sousa Borges (Brazil)¹1 - Universidade Federal Rural da Amazônia - Belém

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Melhoramento e seleção de cultivares Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

O bacurizeiro (Platonia insignis Mart.), é uma espécie fru�fera na�va da Amazônia Oriental, pertencente à família Clusiaceae. A polpa do fruto desta espécie é muito apreciada na fabricação de produtos alimen�cios como sorvetes, doces e sucos. Por se tratar de uma espécie na�va em processo de domes�cação, apresenta frutos com alta variabilidade, necessitando de maiores estudos relacionados à seleção de matrizes com potencial agronômico para exploração comercial. Este trabalho teve por obje�vo, avaliar a caracterização agronômica de frutos de bacurizeiro, oriundos de populações naturais de diferentes procedências, visando a seleção de matrizes em áreas com potencial produ�vo. Os frutos foram coletados em diferentes localidades dos municípios do Estado do Pará: Belém, Colares, Cametá, Vigia, Marudá e Santarém Novo, no período de janeiro a março de 2016, período da safra. O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado com seis tratamentos (frutos das diferentes procedências) em cinco repe�ções, sendo coletados dez frutos por procedência, na qual foram avaliadas as seguintes caracterís�cas agronômicas: Massa do fruto; Número de sementes; Número de filhos (sementes abortadas); Rendimento da polpa, Teor de sólidos solúveis (°Brix), pH, Acidez total �tulável e a relação Teor de sólidos solúveis e Acidez total �tulável. Os dados foram avaliados no programa ASSISTAT 7.7 Beta, subme�dos à análise de variância Anova, as médias ob�das pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Os frutos das diferentes procedências apresentaram alta variação nos caracteres agronômicos, destacando-se os frutos das matrizes do município de Marudá o qual apresentou as melhores médias para massa do fruto, rendimento de polpa e número de óvulos não-fecundados. Na avaliação química, os melhores frutos relacionados as caracterís�cas de pH, teor de sólidos solúveis e acidez total �tulável foram dos municípios de Belém, Cametá e Marudá. Em relação a avaliação do sabor do fruto a variável que mede a relação teor de sólidos solúveis e acidez total �tulável, representa uma das mais significa�vas variáveis para a avaliação das caracterís�cas organolép�cas dos frutos, tendo como frutos oriundos do município de Belém com os melhores resultados para essa caracterís�ca. Os frutos de bacurizeiros de diferente procedência apresentaram alta variação nas caracterís�cas agronômicas, sendo que os melhores os frutos foram oriundos do município de Marudá, permi�ndo assim a realização de uma provável seleção de matrizes para propagação e comercialização no estado do Pará.

Palavras-chave : Clusiaceae, Bacuri, Variabilidade, Fru�fera

RESUMO

O Brasil é um dos centros de origem do gênero Passiflora, detentor de grande variabilidade. O gênero apresenta grande diversidade morfológica, composto de plantas trepadeiras herbáceas ou lenhosas, diferenciadas com base nas caracterís�cas das hastes, número de pecíolos, glândulas peciolares, brácteas, sementes, além da morfologia das folhas e dos frutos. As Passifloras despertam grande es�ma por suas belas flores resultante de grande variabilidade de cores, tamanhos e fragrâncias, sendo consideradas exó�cas e complexas, principalmente, pela presença da corona que caracteriza a família Passifloraceae. O maracujazeiro tem uso múl�plo e diversificado, sendo pouco explorado como planta ornamental no país. O presente trabalho teve como obje�vo a caracterização de quatro genó�pos de maracujá (dois oriundos de cruzamentos de materiais do campo experimental de melhoramento gené�co de maracujazeiro da Universidade de Brasília/UnB e duas cul�vares de maracujá - BRS Sertão Forte e BRS Mel do Cerrado) com base em descritores morfoagronômicos oficiais e validados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para iden�ficação de aspectos morfológicos e potencial ornamental, em condições de campo no Distrito Federal. O ensaio foi instalado u�lizando-se o delineamento experimental de blocos casualizados com 4 tratamentos, 4 repe�ções e 6 plantas/parcela. As plantas foram analisadas semanalmente quanto às caracterís�cas dos ramos, limbo foliar, pecíolo e flores, sendo realizadas 24 mensurações de cada estrutura nos 4 tratamentos e feito registros fotográficos digitais. As flores apresentaram tamanho e cores marcantes, os ramos coloridos, e folhas de formatos e tamanhos variáveis. A flores cul�var BRS Sertão forte apresentaram diâmetro médio (>6 a 9 cm); coloração das pétalas, sépalas e corona predominantemente roxa; diâmetro da corona grande (>9 a 12 cm), com os filamentos mais longos ondulados e mais de um anel colorido. A cul�var BRS Mel do Cerrado apresentou diâmetro médio da flor (>6 a 9 cm) e da corona (>6 a 9 cm), coloração vermelha arroxeada nas sépalas e pétalas e azul arroxeada na corona. Os genó�pos oriundos dos cruzamentos apresentaram flores brancas e notáveis pelo tamanho de diâmetro (>7 a 9 cm) e corona (>7 a 9 cm) grandes, os anéis coloridos nos filamentos da corona são largos (>1,5 cm) de coloração roxa escura e ondulados na extremidade. Os dois cruzamentos e as cul�vares estudadas possuem potencial ornamental comercial a ser explorado como novas opções de plantas trepadeiras ornamentais em áreas verdes, jardins e residências.

Palavras-chave : Passiflora edulis Sims, Passiflora alata, Passiflora cincinnata, trepadeira, ornamentação

Po107 - VARIABILIDADE DE FRUTOS DE BACURIZEIRO (PLATONIA INSIGNIS MART.) EM DIFERENTES

PROCEDÊNCIAS DO ESTADO DO PARÁ

Wallace José Carvalho Mendes (Brazil)¹; Brenda Karina Rodrigues Da Silva (Brazil)¹; Dêmora Gomes De Araujo

(Brazil)¹; Antonia Benedita Da Silva Bronze (Brazil)¹; Denise Siqueira Pereira (Brazil)¹; Thayane Ferreira Miranda

(Brazil)¹; Arthur Simões Taverny (Brazil)¹; Socorro Taynara Braga Cristo (Brazil)¹; Michelle Sousa Borges (Brazil)¹1 - Universidade Federal Rural da Amazônia

Po108 - CARACTERIZAÇÃO DE ESPÉCIES DE MARACUJAZEIRO BASEADA EM DESCRITORES

MORFOAGRONÔMICOS

Daiane Da Silva Nóbrega (Brazil)¹; José Ricardo Peixoto (Brazil)¹; Michelle Souza Vilela (Brazil)¹; Fábio Gelape

Faleiro (Brazil)²; Karolline De Paula Silva Gomes (Brazil)¹; Isadora Nogueira (Brazil)¹; Fernando Henrique

Boaventura De Melo (Brazil)¹ Gabriel Soares Miranda (Brazil)¹1 - Universidade de Brasília; 2 - Embrapa Cerrados

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Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

A bacabi (Oenocarpus mapora H. Karsten) é uma palmeira perene na�va da Amazônia, que apresenta precocidade de produção e cachos com frutos de excelente qualidade nutricional e de grande potencialidade para a agroindústria de polpa, e devido a sua grande importância para a região, este trabalho teve por obje�vo es�mar parâmetros gené�cos em progênies de polinização aberta de bacabi. O experimento foi instalado na comunidade de Campo Limpo localizada no Município de Santo Antônio do Tauá-Pará, envolvendo o estudo de 38 progênies de polinização aberta delineadas em bloco ao acaso em sistema agroflorestal, com duas repe�ções e cinco plantas por parcela, após trinta meses do plan�o, foram ob�dos as seguintes variáveis: altura do es�pe (AE), diâmetro da planta (DIAM), número de folhas vivas (NFV), comprimento do ráquis foliar (CRF), número de pares de folíolos (NPFo) e comprimento do folíolo (CFo). A análise de variância mostrou que as progênies apresentaram diferenças altamente significa�vas pelo teste F a 1% de significância, para a maioria dos caracteres avaliados, sendo todos relevantes e de grande interesse gené�co para o melhoramento da espécie. Detectou-se variação gené�ca entre e dentro das progênies para todos os caracteres avaliados. Pelo coeficiente de variação gené�ca esses valores variaram de 4,75 para CFo até 30,56% para TCAD entre progênie e de 8,21 para CFo até 52,94% para TCAD dentro de progênie. As es�ma�vas de herdabilidade de sen�do amplo variou a nível de média de 0,13 a 72,81%, sendo elevadas para NPFo (72,81%), DIAM (52,01%), CRF(62,64%) e AE (66,16%).

Palavras-chave : variabilidade, progênies, parâmetros, gené�cos

A batata-doce é considerada uma cultura de elevado potencial hor�cola, pois produz grande volume de raízes em um ciclo rela�vamente curto, a baixo custo, durante o ano inteiro. É uma cultura rús�ca, pois apresenta resistência a pragas e doenças, pouca resposta à aplicação de fer�lizantes e cresce em solos pobres e degradados. No entanto, ainda apresenta baixa produ�vidade e susce�bilidade a um grande número de pragas e doenças. A u�lização de germoplasma de batata-doce resistente tem permi�ndo aos programas de melhoramento gené�co obter novas variedades mais produ�vas e resistentes, cons�tuindo-se numa importante alterna�va de controle, visando selecionar e recomendar cul�vares de batata-doce para diferentes regiões do país. O obje�vo deste trabalho foi avaliar dez genó�pos de batata-doce quanto à produ�vidade, qualidade de raiz e resistência a insetos de solo nas condições do Distrito Federal. Os genó�pos avaliados foram oriundos do Banco de Germoplasma da Embrapa Hortaliças. O experimento foi conduzido na Fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília (UnB), u�lizando delineamento experimental de blocos casualizados com dez tratamentos, quatro repe�ções e dez plantas de batata-doce/parcela. As caracterís�cas avaliadas foram: número de furos, incidência de danos, grau de resistência, formato e comprimento de raiz, espessura da casca, cor da casca, cor da polpa, produ�vidade total es�mada, produ�vidade comercial es�mada, teor de sólidos solúveis totais, acidez total �tulável, razão ra�o, rendimento de amido e umidade. O genó�po CNPH 53 apresentou o melhor desempenho agronômico com produ�vidade total (26,78 t/ha), superior à variedade comercial Brazlândia Rosada (17,54 t/ha). O genó�po CNPH 53 demonstrou baixo índice de danos e grau de resistência moderadamente susce�vel aos insetos de solo, formato (bom) e comprimento (158,89 mm) dentro dos padrões comerciais, espessura de casca fina (0,8 mm), cor da casca roxa e cor da polpa creme, baixa acidez (2,53 %), alto teor de sólidos solúveis (12,25 °brix), teor de umidade próximo a 70% e os maiores teores observados de amido (11,98%) e ra�o (4,24). As caracterís�cas número de furos, formato e acidez apresentaram valores de herdabilidade próximos de 70 %. A produ�vidade comercial, umidade e amido demonstraram valores de herdabilidade acima de 90 % e CVg/CVe maior que 1. O genó�po Santa Sofia também se destacou obtendo produ�vidade comercial (11,77 t/ha) semelhante à variedade Brazlândia Rosada (13,75 t/ha). Dessa forma, os materiais superiores possuem potencial a ser explorado e podem ser selecionados para compor os próximos ciclos de seleção em programas de melhoramento gené�co de plantas.

Palavras-chave : Ipomoea batatas, desempenho agronômico, produ�vidade, qualidade de raiz, resistência, insetos de solo

Po109 - ESTIMATIVA DE PARÂMETROS GENÉTICOS EM PROGÊNIES DE POLINIZAÇÃO ABERTA DE

BACABIZEIRO (OENOCARPUS MAPORA KARSTEN) CULTIVADAS EM SISTEMA AGROFLORESTAL

Antonia Benedita Da Silva Bronze (Brazil)¹; Socorro Taynara Braga Cristo (Brazil)¹; Arthur Simões Taverny

(Brazil)¹; Brenda Karina Rodrigues Da Silva (Brazil)¹; Milton Guilherme Da Costa Mota (Brazil)¹; Thayane Ferreira

Miranda (Brazil)¹; Danilo Da Luz Melo (Brazil)¹; Paula Cristina Mendes Nogueira Marques (Brazil)¹; Eladivan

Bandeira De Souza (Brazil)¹1 - Universidade Federal Rural da Amazônia - Belém

Po110 - PRODUTIVIDADE E RESISTÊNCIA DE CLONES DE BATATA-DOCE AOS INSETOS DE SOLO

Daiane Da Silva Nóbrega (Brazil)¹; José Ricardo Peixoto (Brazil)¹; Michelle Souza Vilela (Brazil)¹; Ane Kelly Da

Silva Nóbrega (Brazil)¹; Elaine Caetano Santos (Brazil)¹; Isadora Nogueira (Brazil)¹1 - Universidade de Brasília

Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

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Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

O araçazeiro (Psidium ca�leyanum) é considerado um germoplasma importante para a goiabeira por ser fonte de genes de resistência ao nematoide causador da principal doença da cultura no Brasil. Os melhoristas de goiabeira, u�lizando a hibridação interespecífica, pretendem transferir o gene de resistência encontrado no araçazeiro para a goiabeira. Porém, para tal é necessário gerar conhecimentos básicos sobre o araçazeiro para melhor u�lizá-lo. Assim, o obje�vo desse trabalho foi caracterizar dois acessos de goiabeira, 2n=2x=22 cromossomos, e dois de araçazeiros cujo número de cromossomos varia de 2n=3x=33 a 2n=4x=44. Foram coletados botões florais (BF) na antese, em solução de etanol 70% e conservados a 4°C. Foram es�mados o número de grãos de pólen por botão floral (NGPB), número de grãos de pólen por antera (NGPA), número de anteras por botão floral (NAB), número de óvulos por botão floral (NOB) além do tamanho do grão de pólen (TGP-µm), e tamanho do óvulo (TO-µm). Para o tamanho dos grãos de pólen, 15 anteras por botão foram maceradas em uma solução contendo 4 gotas de Triton-X, 3 de azul de me�leno a 0,5% e 900 µl de etanol 70%. Foi preparada uma lâmina com 20 µl dessa solução e 50 grãos de pólen por BF foram fotografados em microscópio óp�co e mensurados u�lizando o Cell Sens Standard 1.8. Para a contagem de grãos de pólen a metodologia foi a mesma, entretanto, apenas 1 antera foi macerada por vez e as lâminas foram feitas com 10 µl da suspensão, foram analisadas 5 anteras/botão. Também foi realizada a contagem das anteras e dos óvulos por BF, desses, 50 óvulos por BF foram fotografados no microscópio e mensurados. O TGP e TO foram maiores em araçazeiros do que nas goiabeiras. Já para o NGPB, NGPA, e NOB, as goiabeiras apresentaram valores bem maiores do que os araçazeiros. Foram es�mados os coeficientes de correlação simples e observou-se que há uma correlação posi�va (0,75) entre TGP e TO, ou seja, quanto maior o pólen, maior o óvulo, e uma correlação nega�va entre TGP e NGPB (-0,92) e entre TO e NOB (-0,78), mostrando que aumento no tamanho do pólen e do óvulo causa um decréscimo na quan�dade de grãos de pólen e número de óvulos no botão floral. Apoio: FAPERJ e CNPq

Palavras-chave : GERMOPLASMA, GRÃO DE PÓLEN, ÓVULO, GOIABEIRA, ARAÇAZEIRO

O género Vigna é um grande género de leguminosas compreendendo espécies cul�vadas e silvestres. As espécies silvestres aparentadas das espécies cul�vadas, tais como as leguminosas de grão, adaptadas a vários ambientes, mantêm uma elevada diversidade gené�ca, o que contrasta com a perda de diversidade gené�ca que ocorreu no material cul�vado durante a domes�cação e selecção humana. Assim, é possível iden�ficar no germoplasma silvestre caracterís�cas de grande relevância para o melhoramento, tais como resistência a stresses bió�cos e abió�cos e fatores nutricionais dis�n�vos.Neste estudo foi analisada a diversidade morfológica e de hapló�pos cloroplas�diais de V. unguiculata ssp. unguiculata, ssp. sesquipedalis, ssp. alba, ssp. pubescens, ssp. tenuis e var. spontanea, incluindo formas cul�vadas e silvestres. Foi registada uma grande diversidade morfológica entre as subespécies rela�vamente à forma da folha, cor da vagem imatura, cor e tamanho da flor, cor e forma da semente. Registaram-se dois loci de microssatélites cloroplas�diais polimórficos e foram detetados três hapló�pos dis�ntos, par�lhados por formas cul�vadas e silvestres. Agradecimentos: Este trabalho é financiado pelo 7º Programa Quadro para a inves�gação, desenvolvimento tecnológico e demonstração da União Europeia, no âmbito do projeto EUROLEGUME-GA 613781 e por Fundos Europeus de Inves�mento através do FEDER/COMPETE/POCI-Programa de Compe��vidade e Internacionalização, no âmbito do projeto POCI-01-0145-FEDER-006958 e Fundos Nacionais através da FCT–Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projeto UID/AGR/04033/2013.

Palavras-chave : Vigna, V. unguiculata, biodiversidade, feno�pagem, microssatélites cloroplas�diais

Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

Po111 - CARACTERIZAÇÃO REPRODUTIVA DE ACESSOS DE GOIABEIRA (PSIDIUM GUAJAVA L.) E

ARAÇAZEIROS (PSIDIUM CATTLEYANUM L.) VISANDO O MELHORAMENTO DA GOIABEIRA.

Telma Nair Santana Pereira (Brazil)¹; Maria Lorraine Fonseca Oliveira (Brazil)¹; Rodrigo Miranda Barbosa (Brazil)¹;

Alexandre Pioo Viana (Brazil)¹1 - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO - UENF

Po112 - DIVERSIDADE MORFOLÓGICA E DE HAPLÓTIPOS PLASTIDIAIS EM SUBESPECIES DE VIGNA

UNGUICULATA (L.) WALP.

Eliana Monteiro (Portugal)¹; Isaura Castro (Portugal)¹ ²; Márcia Carvalho (Portugal)²; Valdemar Carnide

(Portugal)¹ ²1 - Departamento de Genética e Biotecnologia, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), 5000-801 Vila Real, Portugal; 2 - Centro de

Investigação e de Tecnologias Agro-Ambientais e Biológicas (CITAB), Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), 5000-801 Vila Real,

Portugal

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RESUMO

Apesar da grande importância econômica atual do maracujá, o número de cul�vares comerciais disponíveis é bastante limitado, apesar da grande variabilidade dos agroecossistemas no Brasil a serem cul�vados. O melhoramento gené�co visa alta produ�vidade, boa qualidade de frutos para mercado e resistência às doenças. O presente trabalho teve como obje�vo avaliar 24 genó�pos de maracujazeiro azedo quanto ao desempenho agronômico no Distrito Federal. O experimento foi instalado e está sendo conduzido na Fazenda Água Limpa (FAL), pertencente à Universidade de Brasília (UnB), localizada na Vargem Bonita, 25 km ao sul do Distrito Federal. O experimento foi implantado no início de setembro de 2016, em solo Latossolo Vermelho-Amarelo, fase argilosa, profundo, com boa drenagem. Na área experimental foi realizada a calagem e a incorporação de 1 kg de superfosfato simples por cova em pré-plan�o. O delineamento u�lizado foi o de blocos casualizados em esquema (arranjo) simples com 24 tratamentos (genó�pos híbridos e de polinização aberta), quatro repe�ções e seis plantas úteis por parcela. A lavoura foi implantada no espaçamento de 2,8 m entre linhas e 3,0 metros entre plantas, com sistema de sustentação de espaldeira ver�cal, com mourões distanciados de 6 metros e dois fios de arame liso, sendo o mais alto a 2,0 metros de altura, e o segundo a 1,50 em relação ao solo. As colheitas iniciaram na quarta semana de fevereiro de 2017 e con�nuam semanalmente, recolhendo os frutos que se encontram no chão, ou seja, a par�r de sua maturação total. Não foi e não será realizado nenhum controle fitossanitário para controle de enfermidades. Os dados originais de desempenho agronômico dos genó�pos das 13 primeiras colheitas foram subme�dos a análise de variância, u�lizando para o teste de F o nível de 5% de probabilidade e as médias agrupadas pelo teste de Sco� Kno�. Houve diferenças significa�vas entre os genó�pos nas caracterís�cas agronômicas avaliadas. A produ�vidade es�mada/ha e o número de frutos totais/ha variou de 968,11 kg/ha e 5.712 frutos/ha (BRS Gigante Amarelo), respec�vamente, a 6.968,79 kg e 51.824 frutos/ha (híbrido Mar 20#24 R4 X Mar 20#40), respec�vamente. Alguns genó�pos apresentaram potencial para mercado in natura por apresentarem quan�dade expressiva de frutos 2A híbrido (MAR20#24 R4 x MAR20#40) e 3ª (MAR20#24 P1 R4 x Rosa Claro P2). Verifica-se grande variabilidade gené�ca entre os genó�pos avaliados. Diversos materiais gené�cos demonstram serem bastante promissores em termos de desempenho agronômico no campo.

Passion fruit woodiness disease (PWD; Cowpea aphid-borne mosaic virus - CABMV) and bacterial spot disease (Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae - Xap), are major diseases limi�ng yield in yellow passion fruit (Passiflora edulis Sims). The development of resistant varie�es is a promising strategy for diseases control. This study was aimed at evalua�ng the reac�on of twelve yellow passion fruit genotypes to both mechanically inoculated Xap and CABMV, under greenhouse condi�ons. The experiment was laid out as a randomized block design with subdivided parcels comprised of twelve treatments, four repe��ons, six replica�ons per genotype, and five evalua�ons. Disease incidence and severity were calculated at 7-day intervals. Bacterial spot severity and incidence assessments did not iden�fy any difference among genotypes and they were classified as suscep�ble. Dis�nguishing genotypes for disease resistance is o�en found to be difficult since variability to disease resistance in yellow passion fruit is low. However, any minimal difference between and within genotypes is useful in providing informa�on for resistance selec�on. PWD severity assessments did not iden�fy any difference among genotypes and they were classified as moderately suscep�ble. A�er five evalua�ons, resistant plants could be observed in all genotypes. MAR20#41 (60.00%) stood out as the genotype with the greatest number of resistant plants at the end of the study, contras�ng with MAR20#2005 (4.55%) and BRS-GA1 (4.35%). There was an interac�on between genotype and evalua�on dates for PWD incidence. MAR20#41 presented the lowest disease incidence in all evalua�ons, demonstra�ng a slow increase on the number of plants with symptoms over �me. MAR20#2005, EC-3-0, and BRS-GA1 exhibited low percentage of plants with symptoms in the first evalua�on, but quickly achieved high incidence scores on assessment three. When evalua�ng disease incidence over �me, it is expected that plants with greater resistance degree could have PWD symptoms expression delayed. Therefore, along with severity assessments, evalua�ons of PWD incidence over �me could be useful in screening for disease resistance. Such evalua�ons are especially important when PWD severity and incidence are posi�vely and strongly correlated, as observed in our study (0.83; P ≤ 0.01). The bacterial spot and PWD severity degrees observed reveal the existence of variability within genotypes. Despite the lack of difference among genotypes, it is important to emphasize that MAR20#2005 showed 10% less bacterial spot severity as compared to FB200. MAR20#41 exhibited 27.8% less PWD severity than AR2, demonstra�ng a greater tolerance to PWD. Such genotypes present great poten�al for disease resistance breeding.

Palavras-chave : Passiflora edulis Sims, CABMV, resistência

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RESUMO

Po113 - DESEMPENHO AGRONÔMICO DE 24 GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AZEDO NO

DISTRITO FEDERAL.

Patrick Lubaki Mububu (Brazil)¹; Isadora Nogueira (Brazil)¹; José Ricardo Peixoto (Brazil)¹; Michelle Souza Vilela

(Brazil)¹; Márcio De Carvalho Pires (Brazil)¹; Anne Pinheiro Costa (Brazil)¹; Fabio Gelape Faleiro (Brazil)²; Nilton

Tadeu Vilela Junqueira (Brazil)²1 - Universidade de Brasilia; 2 - Embrapa Cerrados

Po114 - EVALUATION OF YELLOW PASSION FRUIT FOR RESISTANCE TO COWPEA APHID-BORNE

MOSAIC VIRUS AND TO XANTHOMONAS AXONOPODIS PV. PASSIFLORAE

Michelle Souza Vilela (Brazil)¹; Anne Pinheiro Costa (Brazil)¹; Márcio De Carvalho Píres (Brazil)¹; Isadora

Nogueira (Brazil)¹; José Ricardo Peixoto (Brazil)¹; Luiz Eduardo Bassay Blum (Brazil)¹; Fábio Gelape Faleiro (Brazil)²1 - Universidade de Brasília; 2 - Embrapa Cerrados

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RESUMO

O carbono não consumido pela respiração aumenta a matéria seca (MS) da planta, que refle�rá em crescimento ou reserva dela, sendo a eficiência do acúmulo de MS determinada por fatores gené�cos e ambientais. Na propagação comercial de citros, genó�pos que apresentam rápido crescimento da parte aérea e sistema radicular bem desenvolvido permitem a formação de mudas de qualidade num menor espaço de tempo e, por isso, cons�tuem caracterís�cas desejáveis pelos viveiristas. Portanto, o obje�vo deste trabalho foi comparar 28 genó�pos de citros potenciais para serem u�lizados como porta-enxertos em Santa Catarina – Brasil. Desse modo, avaliou-se 28 genó�pos, em casa de vegetação, na EPAGRI – Estação Experimental de Itajaí: HFD11, HFD15, HFD19, HFD25, HFD40, Poncirus trifoliata 'Nasato', P. trifoliata 'Rubidoux', Trifoliata Japão, Flying Dragon, Citrus pennivesiculata, 'Morton', 'Carrizo', 'C-13', 'C-35', 'C-37', 'Sunki Maravilha', 'Sunki Tropical', 'Swatow', Cleótatra SC, limoeiro Cravo 'Taquari�nga', 'Swingle', citrandarin, Híbrido 146, Ranpure x Cleópatra, Sunki x trifloriata Flórida, Sunki x Flying Dragon, HR x Sunki2 e Sunki x Rangpure. O delineamento usado foi o DIC com 10 plantas por genó�po. Aos 628 dias após a semeadura, os porta-enxertos foram avaliados quanto ao diâmetro do caule (DC), biomassa seca da parte aérea (BSPA) e do sistema radicular (BSSR). Os dados coletados foram subme�dos à análise de variância e comparadas pelo teste de Sco�-Kno� a 5% de probabilidade, usando o programa esta�s�co SAEG. Adicionalmente, foi gerado um dendograma usando o quadrado da distância euclidiana, pelo UPGMA através do Biostat. Os porta-enxertos estudados mostraram diferenças em relação às caracterís�cas avaliadas. O maior acúmulo BSPA, BSSR e

-1DC foi verificado em Cravo 'Taquari�nga': 64,92 g.planta ; 43,98 g.planta-1 e 1,42 cm, respec�vamente. Seguido de um -1 -1genó�po da espécie Citrus pennivesiculata: 55,66 g.planta ; 35,98 g.planta e 1,32 cm, respec�vamente. O genó�po

-1Swatow apresentou valor médio esta�s�camente igual ao Citrus pennivesiculata, para a variável BSSR (34,70 g.planta ). As correlações de Pearson foram significa�vas a 1% de probabilidade para todos os pares de variáveis: 0,92 (BSPA/BSSR); 0,83 (BSPA/DC) e 0,85 (BSSR/DC). A par�r do dendograma gerado, foi possível observar a formação de quatro grupos, com uma dissimilaridade de 20 %, assim representados: Grupo I (11 genó�pos), Grupo II (6 genó�pos), Grupo III (2 genó�pos) e Grupo IV (9 genó�pos). Diante do exposto, é possível afirmar que existe variabilidade entre os genó�pos avaliados, para as caracterís�cas estudas. Por isso, são necessários estudos que indiquem o desempenho produ�vo de variedades copas enxertadas nesses porta-enxertos.

O obje�vo deste trabalho foi comparar sete espécies de palmeiras quanto ao desenvolvimento vegeta�vo e rendimento de palmito. O experimento foi instalado em novembro de 2014, no município de Joinville – SC, Brasil, usando o delineamento de blocos casualisados com 40 plantas por parcela e quatro repe�ções. As espécies estudadas foram: Archontophoenix alexandrae, Archontophoenix cunninghamiana e o híbrido – genericamente conhecidas como palmeira-real-australiana – e Roystonea borinquena, Roystonea elata, Roystonea oleracea e Roystonea regia – conhecidas como palmeira imperial. Foram realizadas três coletas de dados: com um ano, um ano e meio e dois anos e dois meses após o plan�o. Coletou-se sete dados fitométricos e seis dados relacionados ao rendimento. Quanto ao ponto de corte, foi estabelecida a altura de plantas (AP) com 1,70 metro. Todas as análises foram realizadas usando o so�ware gené�co-esta�s�co Genes. Das treze variáveis analisadas, nove apresentaram diferença significa�va entre os tratamentos. Para o diâmetro da altura no colo (DAC), as espécies A. alexandrae, R. elata, R. oleracea e R. regia apresentaram valores médios superiores às demais espécies. Em relação à AP no ponto de corte, as espécies de palmeira-real-australiana apresentaram valores médios superiores em relação às espécies de palmeira imperial. Quanto ao DAC a 1,5 ano, as espécies A. cunninghamiana e o Híbrido apresentaram valores médios inferiores. Para o diâmetro da copa, as três espécies de palmeira-real-australiana e a R. oleracea apresentaram comportamento semelhantes e superiores às demais espécies de palmeira imperial. Os valores médios para as variáveis dilatação da base do es�pe, comprimento de tolete e diâmetro de tolete foram esta�s�camente superiores para as espécies de palmeira imperial em relação as espécies de palmeira-real-australiana. Quanto ao rendimento de tolete e o rendimento de creme, observou-se que a R. elata, e a R. oleracea e R. elata, respec�vamente, apresentaram valores médios significa�vos e superiores. O teste de Mantel mostrou que todas as variáveis apresentaram correlações, significa�vas, com o rendimento de creme. Observando o dendograma gerado pela distância de Mahalanobis e usando o método UPGMA, foram formados três grupos assim representados; I – as três espécies de palmeira-real-australiana; II – três espécies de palmeira imperial e III – R. elata. Diante do exposto, nas condições em que o experimento foi conduzido, pôde-se concluir que todas as espécies de palmeira imperial se destacaram para as variáveis de rendimento, quando comparada com as espécies de palmeira-real-australiana. Sendo, portanto, uma alterna�va de cul�vo. Além disso, R. elata se destacou em oito das nove variáveis analisadas.

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RESUMO

Po115 - COMPARAÇÃO ENTRE GENÓTIPOS POTENCIAIS PARA PORTA-ENXERTOS CÍTRICOS EM SANTA

CATARINA – BRASIL

Keny Henrique Mariguele (Brazil)¹; Luana Aparecida Castilho Maro (Brazil)¹1 - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

Po116 - COMPARAÇÃO ENTRE ESPÉCIES DE ARCHONTOPHOENIX SP. (PALMEIRA-REAL-AUSTRALIANA)

E ROYSTONEA SP. (PALMEIRA IMPERIAL) QUANTO AO RENDIMENTO DE PALMITO EM SANTA

CATARINA – BRASIL

Keny Henrique Mariguele (Brazil)¹; Fábio Martinho Zambonim (Brazil)¹; German Gregorio Monterrosa Ayala

(Brazil)²1 - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina; 2 - Rodovia SC-301, s/n, Sn, Dona Francisca, Joinville – SC

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RESUMO

Desde o primeiro registro da presença destru�va de Meloidogyne enterolobii, em 2001, em áreas de goiabeira no Vale do São Francisco, a ocorrência do nematoide-das-galhas passou a ter dimensão nacional, com presença registrada em áreas de 19 Estados brasileiros, cons�tuindo-se no principal desafio para a cultura. A Embrapa Semiárido foi pioneira em pesquisas para a obtenção de híbridos de Psidium para controle do patógeno, considerando que o uso de nema�cidas, controle biológico, manejo integrado e araçazeiros como porta-enxerto têm apresentado efeitos limitados ou ineficientes. A cul�var BRS Guaraçá é resultante de único cruzamento entre o acesso Gua161PE (P. guajava) e o acesso Ara138RR (P. guineense), realizado em 2010, em Petrolina, PE. A hibridação foi confirmada por marcadores de DNA, bem como por caracteres morfológicos, como nervura das folhas. Plantas do BRS Guaraçá, com 15 a 20 cm de altura, apresentaram fator de reprodução zero e ausência de galhas em avaliações realizadas120 dias após a inoculação com suspensão de 10.000 de ovos e juvenis do patógeno. Em avaliações de campo, amostras de solo coletadas em vinte e duas plantas do BRS Guaraçá apresentaram completa ausência de juvenis de segundo estádio (J2), fase infec�va do nematoide, após cinco anos de transplan�o para campo com presença endêmica do patógeno. Em avaliações em áreas de produtores em Petrolina, no sistema radicular da cul�var Paluma, o número de J2 foi 530x maior que o número encontrado no sistema radicular de BRS Guaraçá, em avaliações realizadas 24 meses após o transplan�o em quatro áreas de produtores. De 45 plantas com sistema radicular do BRS Guaraçá, apenas uma apresentou declínio visual moderado devido ao ataque do patógeno, enquanto em 15 plantas de 'Paluma', o declínio variou de severo a total, tendo ocorrido morte de plantas. As cul�vares Paluma e Pedro Sato enxertadas no BRS Guaraçá apresentaram produção em torno de 40 t frutos/ha, em colheitas realizadas 30 meses após o transplan�o, em áreas de produtores. Essa cul�var foi registrada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com RNC número 35849. O BRS Guaraçá é a opção para o enfrentamento da nematose da goiabeira, pois tem demonstrado resistência ao patógeno e alta compa�bilidade com 'Paluma' e 'Pedro Sato', além de não apresentar custos elevados para obtenção de mudas e ser agronômica e ambientalmente seguro e viável.

Palavras-chave : Psidium, Nematode

O uso de porta-enxertos clonais é uma alterna�va para a formação de pomares de pessegueiro mais homogêneos, entretanto, tem-se carência de informações sobre o comportamento dessas plantas a campo. Diante do exposto, o obje�vo com esse trabalho foi avaliar o desempenho de pessegueiro 'BRS Libra' enxertado sobre diferentes porta-enxertos clonais. O pomar onde realizou-se o estudo encontrava-se no segundo ano após a implantação. É formado por plantas de pessegueiro cul�var BRS Libra enxertadas sobre os porta-enxertos 'BRS Libra Autoenraizado', 'Capdeboscq', 'GF677', 'Nemared', 'Okinawa', 'Rigitano', 'Flordaguard', 'I-67-52-4 propagados por estacas herbáceas. O espaçamento entre as plantas é de 5x2m. As variáveis analisadas foram, altura da planta em metros, massa verde de ramos re�rados com a poda

-1 -1 -2em kg planta , produ�vidade es�mada em toneladas ha e eficiência produ�va (kg cm de tronco). O delineamento experimental u�lizado foi o de blocos ao acaso com 8 tratamentos e 4 repe�ções, sendo que cada repe�ção é cons�tuída por uma planta. Os dados foram subme�dos à análise de variância pelo teste F e, quando significa�vos, foram subme�dos à comparação entre as médias pelo teste de Duncan a 5% de significância. As plantas enxertadas sobre os diferentes porta-enxertos não apresentaram diferença significa�va em sua altura (média de 2,44m). As plantas mais vigorosas foram

-1observadas, através do material re�rado com a poda, sobre o porta-enxerto 'BRS Autoenraizado' (13, 40 kg planta ), -1seguidas das plantas enxertadas sobre o porta-enxerto 'Flordaguard' (12,07 kg planta ). Enquanto que as plantas

-1enxertadas sobre o porta-enxerto 'Rigitano' apresentaram o menor vigor (5,17 kg planta ). As plantas enxertadas sobre os porta-enxertos 'Okinawa', 'Capdeboscq', 'I-67-52-4' e 'BRS Libra Autoenraizado' apresentaram a maior produ�vidade

-1média (3090,80 kg ha ). Enquanto que a menor produ�vidade foi ob�da com o uso do porta-enxerto 'Rigitano' (772,51 kg -1ha ). As plantas enxertadas sobre os porta-enxertos 'BRS Libra Autoenraizado', 'Capdeboscq', 'Okinawa' e 'I-67-52-4'

-2apresentaram a maior eficiência produ�va (0,114 kg cm ). Já as plantas enxertadas sobre os porta-enxertos 'GF677', -2'Flordguard' e 'Rigitano' apresentaram a menor eficiência produ�va (0,048 kg cm ). Nas condições em que foi realizado

esse estudo conclui-se que, os porta-enxertos 'Rigitano', 'Flordaguard' e 'GF677' reduzem o desempenho produ�vo das plantas de pessegueiro 'BRS Libra'. O porta-enxerto 'BRS Libra Autoenraizado' propicia sa�sfatório desempenho produ�vo e elevado vigor às plantas, apresentando potencial para u�lização em pomares com menor adensamento de plantas. Contudo, é necessário dar con�nuidade as avaliações, devido as plantas estarem ainda em desenvolvimento.

Palavras-chave : Clonagem, Eficiência produ�va, Vigor de planta

Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

Po117 - BRS GUARAÇÁ: PORTA ENXERTO DE GOIABEIRA RESISTENTE AO MELOIDOGYNE ENTEROLOBII

Carlos Antonio Fernandes Santos (Brazil)¹; Soniane Rodrigues Da Costa (Brazil)²; Rejanildo Robson Candido De

Souza (Brazil)²1 - Embrapa Semiarido; 2 - UEFS

Po118 - PERFORMANCE DE PLANTAS DE PESSEGUEIRO CULTIVAR BRS LIBRA ENXERTADA SOBRE

DIFERENTES GENÓTIPOS CLONAIS DE PORTA-ENXERTO DO GÊNERO PRUNUS

Clevison Luiz Giacobbo (Brazil)¹; Maike Lovatto (Brazil)²; Gian Carlos Girardi (Brazil)¹; Alison Uberti (Brazil)¹; Jean

Do Prado (Brazil)¹; Adriana Lugaresi (Brazil)¹; Newton Alex Mayer (Brazil)³1 - Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS, Campus Chapecó; 2 - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS; 3 - Embrapa Clima

Temperado

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RESUMO

A análise mul�variada baseada em variáveis canônicas é um processo alterna�vo de avaliação do grau de similaridade gené�ca entre genitores, possibilitando, nos estudos de divergência gené�ca, a iden�ficação de genó�pos similares em gráficos de dispersão bi ou tridimensionais. O presente trabalho teve por obje�vo avaliar o grau de similaridade gené�ca entre 10 cul�vares de alface pertencentes aos grupos de alface lisa, crespa e americana (Maravilha de Inverno, Grand Rapids, Regina 2000, Rainha de Maio, Americana Delícia, Banchu Red Fire, Grandes Lagos 659, Boston Branca, Regina SF 3500 e Grandes Lagos). A semeadura foi realizada no dia 30 de abril, no município de Seropédica-RJ, sendo as mudas transplantadas para canteiros em casa de vegetação do Setor de Hor�cultura da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 35 dias após e a colheita realizada no dia 29 de junho de 2012. O delineamento experimental u�lizado foi de blocos ao acaso, com três repe�ções, sendo as parcelas cons�tuídas de 8 plantas espaçadas de 0,30 x 0,25 m. Foram avaliadas a massa fresca da parte aérea, o diâmetro de cabeça, o número de folhas, a massa fresca de folhas e comprimento de caule. Em seguida, os dados foram subme�dos à análise das variáveis canônicas. Os resultados indicaram que as duas primeiras variáveis canônicas acumularam 95,07% da variância. Diante disso, foi possível analisar a dispersão dos genó�pos em um gráfico bidimensional. A dispersão dos genó�pos no gráfico indicou a existência de variabilidade gené�ca, formando-se basicamente dois aglomerados, um contendo três genó�pos (Americana Delícia, Grandes Lagos e Grandes Lagos 659), e o outro, cinco genó�pos (Maravilha de Inverno, Rainha de Maio, Regina 2000, Regina SF 3500 e Boston Branca). Observa-se que o �po de folhas, lisa ou crespa, é uma das caracterís�cas em comum presentes nos dois aglomerados, sendo outra a formação de cabeça, caracterís�ca das cul�vares pertencentes ao grupo das americanas. Outros dois genó�pos, Grand Rapids e Banchu Red Fire, dispersaram-se individualmente. Entretanto, as variáveis que mais contribuíram para a dispersão das cul�vares foram massa fresca da parte aérea e massa fresca de folhas.

Palavras-chave : Lactuca sa�va L, melhoramento, agrupamento

Existe um interesse crescente pelas espécies do género Opun�a spp. devido à sua rus�cidade e às várias possibilidades de u�lização económica que estas representam, nomeadamente na produção de fruto, forragem e nas indústrias farmacêu�ca e cosmé�ca. A caracterização da diversidade gené�ca por marcadores moleculares bem como a avaliação de germoplasma é importante no melhoramento de plantas e no desenvolvimento de novas cul�vares. As plantas do género Opun�a spp. caraterizam-se por conter muitos polissacarídeos e metabolitos secundários que interferem na obtenção de DNA de alta qualidade. Por esta razão, vários métodos descritos na literatura e 'kits' comerciais disponíveis são, frequentemente, pouco eficazes na extração de DNA genómico. De modo a contornar este problema, foram testadas várias metodologias de extração de DNA a par�r de cladódios de quatro espécies do género Opun�a (O. ficus-indica, O. robusta, O. dillenii e O. elata). U�lizaram-se três 'kits' comerciais, três versões modificadas do método padrão de brometo de ce�ltrime�lamónio (CTAB) e um método, por nós melhorado, que se baseia no método CTAB combinado com o 'mini kit' comercial Plant DNeasy® (Qiagen). O protocolo combinado, permite a rápida extração de quan�dades razoáveis de DNA genómico de alta qualidade em cladódios de todas as espécies u�lizadas, destacando-se a O. dillenii e a O. elata como espécies onde o teor de polissacarídeos e metabolitos secundários é muito elevado. Foram ob�dos em O. ficus-indica, O.

-1robusta, O. dillenii e O. elata rendimentos em DNA de 10,5, 12,0, 13,2 e 15,9 μg.g de tecido fresco, respe�vamente. Com este protocolo, a pureza, avaliada pela razão A260/A280, foi respe�vamente de 1,89, 1,75, 1,67 e 2,01. No entanto, quando u�lizado isoladamente, o mini kit Plant DNeasy® permite extrair facilmente DNA de O. ficus-indica e O. robusta com

-1rendimentos de 18,3 e 12,5 μg.g de tecido fresco, respe�vamente. Neste caso, a pureza, avaliada pela referida razão, foi de 1,84 e 1,74, respe�vamente. A qualidade do DNA extraído foi confirmada pela amplificação de um conjunto de microsatélites nucleares ob�dos para o género Opun�a spp. Da análise dos produtos amplificados, por eletroforese em gel de agarose e eletroforese capilar em sequenciador, verificaram-se perfis de bandas e electroferogramas reprodu�veis.

Palavras-chave : CTAB, Figueira-da-índia, Extração de DNA, Polissacarídeos, Viscosidade

Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

Po119 - DIVERGÊNCIA GENÉTICA EM GENÓTIPOS COMERCIAIS DE ALFACE POR VARIÁVEIS CANÔNICAS

Cibelle Vilela Andrade Fiorini (Brazil)¹; Pedro Corrêa Damasceno Junior (Brazil)¹; Matheus Vieira Barbi De

Santana (Brazil)¹; Talita Ferreira Dos Santos (Brazil)¹; Rafael Alves Cardoso (Brazil)¹; Karolyn Alves Laranja Da

Silva (Brazil)¹1 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Po120 - OTIMIZAÇÃO DA EXTRAÇÃO DE DNA A PARTIR DE CLADÓDIOS DE OPUNTIA SPP1 2 4Joana Raimundo (Portugal)¹; Carlos Reis (Portugal)¹ ² ³; Margarida Ribeiro (Portugal)

1 - Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior, Escola Superior Agrária de Castelo Branco, 6001-909 Castelo Branco, Portugal.; 2 - Instituto

Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior Agrária, 6001-909 Castelo Branco, Portugal.; 3 - Centro de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade

(CERNAS-IPCB), Bencanta, 3045-601 Coimbra, Portugal.; 4 - Forest Research Centre, School of Agriculture, University of Lisbon. Tapada da Ajuda,

1349-017 Lisbon, Portugal.

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RESUMO

Espécies silvestres de maracujazeiro possuem caracterís�cas que poderiam ser u�lizadas na passicultura, dentre elas a produção de frutos na entressafra do maracujazeiro azedo. Neste trabalho, obje�vou-se avaliar a fenologia da produção de botões florais, flores e frutos em espécies silvestres cul�vadas na Embrapa Cerrados. Para cada acesso uma faixa de 1 metro de comprimento foi avaliada quanto à presença de botões florais, flores e frutos de janeiro de 2015 a julho de 2016. Verificou-se a presença de maracujazeiros silvestres e híbridos que produzem botões florais, flores e frutos no período de entressafra do maracujazeiro azedo na Região Centro-Oeste do Brasil, sendo eles: BRS Céu do Cerrado (P. incarnata x P. edulis), P. alata Dryand, P. bahiensis Klotzsch, P. coccinea Aubl., P. maliformis L., P. quadriglandulosa Rodschied, , P. auriculata Kunth, P. decaisneana G. Nicholson, P. sidifolia M. Roem., P. suberosa L., P. tholozanii Sacco, P. quadrangularis x P. alata. Verifica-se também a presença de espécies e híbridos com elevado potencial ornamental devido à beleza de suas flores e produção das mesmas durante o ano inteiro, sendo elas: P. suberosa L., P. tholozanii Sacco, P. coccinea x P. setacea, P. coccinea x P. quadrifaria. Estas espécies e híbridos possuem elevado potencial para os programas de melhoramento de passifloráceas como fonte de genes de interesse.

Palavras-chave : maracujá, melhoramento gené�co, ornamental.

Novos materiais gené�cos de alface vem surgindo no cenário brasileiro. Para isso é necessário que sejam realizadas avaliações de caracteres morfoagronômicos dos novos genó�pos em vários locais. O Núcleo Rural da Vargem Bonita é uma área tradicional produtora de alface no Distrito Federal, sendo, portanto, representa�va para análise do desempenho de novos materiais gené�cos de alface. Assim, o obje�vo do presente trabalho foi estudar o desempenho de linhagens de alface crespa. Este ensaio foi instalado entre os meses de Setembro e Novembro de 2016. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados com quatro repe�ções. Os tratamentos foram compostos por cinco linhagens de alface crespa: 'CNPH-AC5054'; 'CNPH-AC5055'; 'CNPH-AC5057'; 'CNPH-AC5058' e 'CNPH-AC5060'; além de três cul�vares testemunhas: 'Gisele', 'Vanda' e 'Veneranda'. Foram avaliadas as seguintes caracterís�cas: (1) massa fresca comercial (g); (2) a altura da planta (cm); (3) largura da planta (cm); (4) o número de folhas maiores que 5 cm; (5) o comprimento do caule (cm) e (6) o diâmetro do caule (cm). As linhagens de alface crespa 'CNPH-AC5055' e 'CNPH-AC5060' demonstraram potencial produ�vo similar a cul�var 'Vanda' (líder de mercado do �po varietal crespa) nas condições edafoclimá�cas presentes neste ensaio. Esses três genó�pos apresentaram as maiores es�ma�vas de peso comercial e número de folhas. Desta forma, as linhagens 'CNPH-AC5055' e 'CNPH-AC5060' possuem mérito para serem subme�das a testes mais elaborados dentro do programa de melhoramento gené�co de alface da Embrapa Hortaliças, especialmente no tocante da interação genó�pos x ambientes. Além disto, 'CNPH-AC5055' e 'CNPH-AC5060' possuíram similaridade fenológica e de dimensões com 'Vanda', não exigindo grandes mudanças nos sistemas de produção.

Palavras-chave : Lactuca sa�va L., Melhoramento

Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

Po121 - FENOLOGIA DA FLORAÇÃO E FRUTIFICAÇÃO DE ESPÉCIES SILVESTRES E HÍBRIDOS DE

PASSIFLORA

Danilo Akio De Sousa Esashika (Brazil)¹ ²; Fábio Gelape Faleiro (Brazil)²1 - União Pioneira da Integração Social; 2 - Embrapa Cerrados

Po122 - CARACTERIZAÇÃO MORFOAGRONÔMICA DE GENÓTIPOS DE ALFACE CRESPA

Nara Souza (Brazil)¹; Fábio Suinaga (Brazil)²; Maria Isabella (Brazil)¹; Leonardo Silva Boiteux (Brazil)²; Warley

Nascimento (Brazil)²1 - Universidade de Brasília; 2 - Embrapa Hortaliças

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RESUMO

Em 2014 o maracujazeiro a�ngiu produção nacional de aproximadamente 823.284 toneladas e produ�vidade média rela�vamente baixa de 14.488 kg/ha, apesar do potencial produ�vo da cultura poder superar 50.000 kg/ha. Entre outras causas da baixa produ�vidade, podemos citar a susce�bilidade dos materiais cul�vados à doenças e pragas. Dentre os problemas fitossanitários, o vírus do endurecimento do fruto (Cowpea Aphid-Borne Mosaic Virus – CABMV) tem causado sérios prejuízos afetando a produ�vidade dos pomares. Este trabalho teve como obje�vo avaliar a reação de genó�pos de maracujá a virose do endurecimento do fruto, na fase de mudas, em ambiente protegido, no Distrito Federal. Para isso o experimento foi instalado em blocos casualizados com 3 repe�ções, 6 plantas por parcela, em arranjo de parcela subdividida, com 10 genó�pos e seis épocas de avaliação. A semeadura foi realizada em bandejas de polies�reno com 128 células preenchidas com substrato ar�ficial, à base de vermiculita e casca de Pinus sp, u�lizando a densidade de 6 sementes por célula. A repicagem foi feita 20 dias após semeio, sendo as plantas transplantadas para saquinhos de plás�co preto preenchidos com solo adubado e esterilizado. O extrato u�lizado para a inoculação foi preparado a par�r de amostras foliares de plantas que exibiam os sintomas do CABMV. Preparou-se o extrato em almofariz, macerando-se a proporção de 1 g de tecido (folha infectada) para 10 ml de solução tampão fosfato de potássio a 0,1 M e sulfito de sódio a 0,1 M, ajustado a pH 7,0. Adicionou-se pequena quan�dade do abrasivo “celite” ao extrato ob�do, e o vírus foi inoculado friccionando as partes superiores das folhas com o dedo molhado com o extrato por cinco vezes consecu�vas para padronizar a pressão de inóculo. Foram avaliados a incidência e severidade da doença à par�r dos sintomas foliares. A severidade da virose foi avaliada u�lizando escala de notas adaptada para cultura. Observou-se, que dois dos genó�pos avaliados, 55R - MAR 20 # 10 Rr e G. P3R3, apresentaram maior tolerância e alto potencial para u�lização em programas de melhoramento gené�co, pois foram avaliados como resistentes à virose do endurecimento dos frutos, na fase de mudas, sob casa de vegetação. Os demais genó�pos avaliados foram classificados como moderadamente susce�veis. A incidência da doença variou de 33,3% a 100% entre os genó�pos avaliados, sendo que na sexta época de avaliação, a menor incidência foi encontrada também nos genó�pos 55R - MAR 20 # 10 Rr e G. P3R3.

Palavras-chave : Cowpea Aphid-Borne Mosaic Vírus, Maracujá, Resistência de plantas, materiais gené�cos, ambiente protegido.

A es�ma�va de parâmetros gené�cos é de grande importância nos trabalhos de melhoramento gené�co. Estudos sobre a variância geno�pica, herdabilidade e índice de variação são fundamentais na escolha do método de melhoramento mais adequado à cultura e permitem fazer inferências sobre a predição de ganhos com a seleção. O presente trabalho teve como obje�vo avaliar parâmetros gené�cos de caracteres �sicos e fitopatológicos do maracujazeiro azedo (Passiflora spp). O experimento foi instalado e conduzido na Fazenda Água Limpa (FAL) da Universidade de Brasília (UnB). Foram u�lizados 10 genó�pos, em delineamento de blocos casualizados, com 7 plantas por parcela e 3 repe�ções. Realizou-se 40 colheitas para avaliação das caracterís�cas �sicas que consis�ram na determinação das massas dos frutos (g), da polpa (g), da casca (g), comprimento e diâmetro do fruto (mm), relação comprimento/diâmetro e rendimento de polpa (%). A análise da virose do endurecimento do fruto (Cowpea aphid-borne mosaic virus – CABMV) e da bacteriose ou mancha oleosa (Xanthomonas axonopodis pv. passiflorae) foi feita através da avaliação da incidência e severidade. A iden�ficação visual do sintoma das doenças foi realizada através da percepção e quan�ficação de lesões na super�cie do fruto, para bacteriose, e nas folhas para virose. O período de avaliações decorreu de março a maio de 2015, com frequência mensal, u�lizando a margem de representação de 20 frutos/folhas por parcela. Não houve inoculação de doenças, sendo considerada a pressão de inoculo natural, sob condições de campo. A incidência e a severidade de bacteriose foram es�madas de acordo com uma escala de notas. A herdabilidade no sen�do amplo (ha) e a relação entre o coeficiente de variação gené�co e ambiental (CVg/CVe), foram es�madas u�lizando-se o aplica�vo GENES. As caracterís�cas �sicas, apresentaram herdabilidades variando de 61,30% a 88,47%, enquanto a razão CVg/Cve teve variação de 0,726 a 1,599. A incidência e severidade da bacteriose apresentou herdabilidade de 32,51% e 35,47%, respec�vamente, e razão CVg/CVe de 0,400 e 0,428, respec�vamente, enquanto a incidência e severidade da virose apresentou herdabilidade de 15,63% e 22,01%, respec�vamente, e razão CVg/CVe de 0,256 e 0,306, respec�vamente. Todas as caracterís�cas avaliadas apresentaram valores de CVg/CV inferiores a 1,0, a exceção do rendimento de polpa (1,599), demonstrando efeito maior do ambiente nessas caracterís�cas, o que não é favorável aos processos de seleção simples, como a seleção massal. Neste caso, o emprego de seleção recorrente (feno�pica, baseada em família de ½ irmãos, entre outros) é mais recomendável.

Palavras-chave : Passiflora spp, resistência, herdabilidade, variância gené�ca, variância ambiental, materiais gené�cos

Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

Po123 - REAÇÃO DE GENÓTIPOS DE MARACUJÁ AZEDO À VIROSE DO ENDURECIMENTO DO FRUTO

EM CONDIÇÃO DE CASA DE VEGETAÇÃO

José Ricardo Peixoto (Brazil)¹; , Lívia Cristina De Souza Ananias (Brazil)¹; Michelle Souza Vilela (Brazil)¹; Márcio

Carvalho Pires (Brazil)¹; Rosa Maria Jesus Souza (Brazil)¹1 - Universidade de Brasília (UnB)

Po124 - PARÂMETROS GENÉTICOS DE CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E FITOPATOLÓGICAS DE GENÓTIPOS

DE MARACUJAZEIRO AZEDO CULTIVADOS NO DISTRITO FEDERAL

José Ricardo Peixoto (Brazil)¹; Isadora Nogueira (Brazil)¹; Michelle Souza Vilela (Brazil)¹; Márcio De Carvalho

Pires (Brazil)¹; Fabio Gelape Faleiro (Brazil)²1 - Universidade de Brasília (UnB); 2 - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)

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Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

O bacabizeiro (Oenocarpus mapora Karsten) é uma espécie de Arecaceae que cresce em touceiras de cinco a 12 indivíduos, na�va da Amazônia. O fruto é u�lizado para fabricar refresco, sorvetes e cremes. Extraindo-se também de seu es�pe, palmito, com excelentes caracterís�cas organolép�cas e bom rendimento quando comparado com o palmito do açaizeiro. Devido a rela�va importância econômica dessa palmeira na Amazônica, estudos recentes sobre a caracterização morfológica e gené�ca vem sendo conduzidos. Contudo ainda são raros os trabalhos de caracterização gené�ca u�lizando marcadores moleculares para esta espécie. Caracterizou-se a diversidade gené�ca entre progênies de bacabi por meio de marcadores RAPD. Foram analisadas 38 progênies com base em 31 primers. A matriz binária foi u�lizada para a obtenção das similaridades gené�cas, pelo complemento aritmé�co do coeficiente de similaridade de jaccard, e também para a análise de bootstrap. As similaridades gené�cas foram representadas em um dendrograma gerado pelo método UPGMA. Os primers revelaram 138 bandas polimórficas e apresentaram ampla diversidade gené�ca entre as progênies. O maior grau de similaridade gené�ca foi observado entre as progênies 18 e19 procedentes de Colares, com cerca de 94%, enquanto a menor similaridade gené�ca se encontra na progênie 38 proveniente, do banco de gemoplasma da Embrapa Amazônia Oriental em Belém-Pa, com similaridade média de 62,5. O dendrograma permi�u a formação de sete grupos, delimitados pela similaridade gené�ca média (dg : 0,66): um formado por uma única progênie; dois cons�tuídos por duas m

progênies; dois cons�tuídos de três progênies e os demais por várias progênies de diferentes locais. O número ideal de bandas para a es�ma�va da diversidade gené�ca entre as 38 progênies foi de 120. Logo, o número de bandas empregado neste estudo foi eficiente para caracterizar com precisão as relações gené�cas entre as progênies de bacabi. Os acessos divergentes e produ�vos devem ser úteis na formação de coleções e em programas de melhoramento gené�co.

Palavras-chave : Bacabi, Marcadores moleculares, Arecaceae

O bacabizeiro é uma espécie na�va da região amazônica pertencente às palmeiras do gênero Oenocarpus e possui grande potencial para produção de frutos e palmito. Seus frutos são produzidos em cachos, possuindo excelente sabor, qualidade nutricional e polpa com expressiva relevância para o uso na agroindústria alimen�cia, no entanto faz-se necessário a avaliação de matrizes potenciais para cul�vo comercial. O obje�vo deste trabalho foi avaliar os caracteres agronômicos relacionados a produção de frutos em progênies de bacabizeiros, contribuindo para a seleção de plantas com potencial produ�vo para cul�vo racional da espécie. Neste trabalho foram avaliadas 25 progênies de polinização aberta de bacabizeiros cul�vadas em sistema agroflorestal, na comunidade de Campo Limpo localizada no Município de Santo Antônio do Tauá-Pará, as quais foram implantadas em delineamento experimental em blocos casualizados com duas repe�ções e parcelas lineares com cinco plantas por progênie, u�lizando espaçamento de 4m x 4m entre plantas e linhas. As caracterís�cas agronômicas avaliadas estão relacionadas à produção de frutos, o estudo foi desenvolvido no período de janeiro de 2015 quando as progênies se encontravam no seu terceiro ano de produção. Os dados avaliados para os cachos foram: Massa do cacho, Número de ráquila, Massa total dos frutos, Massa da ráquis, Número de frutos por ráquila. E para os caracteres dos frutos: Diâmetro lateral, Diâmetro transversal, Massa do fruto, Massa da semente, Massa da polpa e Rendimento de polpa por progênie. Os dados coletados foram avaliados no programa ASSISTAT 7.7 beta, subme�dos à análise de variância Anova, em um experimento inteiramente casualizado com 25 tratamentos (progênies), em 2 repe�ções no total de dois cachos por progênie, u�lizando-se o teste de Sko�-Kno� para fazer o agrupamento das matrizes de acordo com a variabilidade das mesmas. E para análise dos frutos por progênie, foram u�lizados 50 frutos de cada planta em 5 repe�ções. Os genó�pos apresentaram diferenças significa�vas (p<0,05), para todas as analises realizadas. As progênies 1 e 25 apresentaram as melhores caracterís�cas de massa de cacho e massa de frutos. Para a produção de frutos as progênies 4, 5 e 25 apresentaram melhor rendimento de polpa demonstrando uma alta produ�vidade. A par�r dos resultados foi possível observar alta variabilidade gené�ca para as caracterís�cas relacionadas ao cacho e aos frutos avaliados nas 25 progênies de bacabizeiro, demonstrando o seu potencial produ�vo para a seleção de materiais promissores para o melhoramento e cul�vo racional da espécie.

Palavras-chave : Arecaceae, Progênie, Fru�fera, Seleção

Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

Po125 - VARIABILIDADE GENÉTICA POR MARCADORES RAPD EM PROGÊNIES DE BACABIZEIRO

(OENOCARPUS MAPORA KARSTEN)

Antonia Benedita Da Silva Bronze (Brazil)¹; Arthur Simões Taverny (Brazil)¹; Milton Guilherme Da Costa

Mota (Brazil)¹; Socorro Taynara Braga Cristo (Brazil)¹; Brenda Karina Rodrigues Da Silva (Brazil)¹; Thayane

Ferreira Miranda (Brazil)¹; Renato Cavalcante Ferreira De Souza (Brazil)¹; Maria Do Socorro Padilha De

Oliveira (Brazil)²1 - Universidade Federal Rural da Amazônia - Belém; 2 - EMBRAPA Amazônia Oriental

Po126 - AVALIAÇÃO DE FRUTOS DE BACABIZEIRO (OENOCARPUS MAPORA H. KARSTEN) CULTIVADOS

EM SISTEMA AGROFLORESTAL

Thayane Ferreira Miranda (Brazil)¹; Antonia Benedita Da Silva Bronze (Brazil)¹; Milton Guilherme Da Costa Mota

(Brazil)¹; Dêmora Gomes De Araujo (Brazil)¹; Eladivan Bandeira De Souza (Brazil)¹; Brenda Karina Rodrigues Da

Silva (Brazil)¹; Socorro Taynara Braga Cristo (Brazil)¹; Arthur Simões Taverny (Brazil)¹; Wallace José Carvalho

Mendes (Brazil)¹1 - Universidade Federal Rural da Amazonia-Belém

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Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

Global warming is already having a measurable impact on water scarcity. Crops tolerant to high temperatures and drought, such as cowpea (Vigna unguiculata L. Walp.), are very promising in the near future. Cowpea is also featured by high levels of protein apart from, as all legume crops, establish symbiosis with the rhizobium and the respec�ve biological nitrogen fixa�on. Landraces, or local varie�es, are in several regions a component of sustainability, resilience and adaptability in agricultural systems once they are gene�cally highly diverse. This diversity has been responsible for agricultural food security for genera�ons and exploited by plant breeders to obtain new cul�vars. A set of 30 landraces collected from North to South Portugal were submi�ed to an agro morphological characteriza�on for fourteen traits, according to Bioversity descriptors, at Vila Real (North Portugal, average temperature April-Sept.18.7ºC, rainfall 41.2 mm and Elvas (South Portugal, average temperature April-Sept. 22.8ºC, rainfall 32.1 mm). From this preliminary characteriza�on a trial with the six most promising landraces was sown in June at Vila Real and in May at Elvas, in complete randomized blocks with four replica�ons during two consecu�ve years (2015 and 2016). In these experiments were evaluated ten agro morphological traits. On average of the two loca�ons and the two growing seasons the produc�on ranged from 656.8 to 2891.8 kg.ha-1 while the protein content ranged from 21.69 to 22.44 %. The earliest landrace needed 48 days to reach flowering while the latest needed 94 days. The number of days from flowering to matura�on ranged between 65 to 111 days. From this collec�on of Portuguese landraces it will be possible to register at least one variety in the Na�onal Catalogue of Varie�es. Acknowledges: This study was funded by the EU-FP7 for Research, Technological Development and Demonstra�on under grant agreement no 613781, project EUROLEGUME and by FEDER/COMPETE/POCI – Opera�onal Compe��veness and Interna�onaliza�on Programme, under Project POCI-01-0145-FEDER-006958, and Na�onal Funds by FCT - Portuguese Founda�on for Science and Technology, under the projects UID/AGR/04033.

Palavras-chave : Vigna unguiculata, landraces, agro morphological characteriza�on, adapta�on, environments

Plant produc�on is facing a major issue in the context of mee�ng the food demands of a growing human popula�on. Produce more in a sustainable and efficient way under climate changes requires mi�ga�on measures such as selec�on of improved and resilient plant varie�es and alterna�ve sources to chemical fer�lizers.The use of beneficial microorganisms as biofer�lizers has become important in hor�culture chain because of their poten�al role in food safety and sustainable produc�on. Plant growth promo�ng rhizobacteria are promising subs�tutes of synthe�c fer�lizers because of their biological mechanisms that improve plant performance and enhance the resistance to fungal pathogens and abio�c stress.The aims of this work were: 1) to select varie�es of chickpea (Cicer arie�num L.) obtained from the germplasm bank; 2) to isolate and select highly efficient bacterial strains from nodules of chickpea Twelve varie�es were used in the field experiment located in Vila Real, and preference was given to varie�es known for their high yield and tolerance to abio�c stresses such as drought, high temperatures and a short grain fill period. A�er plant growth, several characteris�cs were assessed such as: weight of 100 seeds, grain yield, plant dry weight, protein content, among others.Bacterial isolates, including rhizobia and other plant growth promo�ng bacteria (PGPB) were obtained from the nodules and rhizosphere of chickpea plants grown in different geographic and edaphoclima�c condi�ons of Portugal. The phenotypic characteriza�on of the isolates was performed accordingly to their colony characteris�cs on yeast mannitol agar (YMA) and tryp�case soy agar medium (TSA) and molecular iden�fica�on was carried out through the amplifica�on of the full-length 16S rDNA and other genomic regions when necessary. Studies on their performance in chickpea plants are ongoing aiming the development of effec�ve inoculants. Acknowledgments: This work was financed by Portuguese na�onal funds through Programa Operacional Compe��vidade e Internacionalização (POCI), Project 3599 – Promover a Produção Cien�fica e Desenvolvimento Tecnológico e a Cons�tuição de Redes Temá�cas (3599-PPCDT) and Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) under Project POCI-01-0145-FEDER-016801 and by FCT under Project PTDC/AGR-TEC/1140/2014. The first author also acknowledge the financial support provided by the FCT-Portuguese Founda�on for Science and Technology PD/BD/128271/2017, under the Doctoral Programme “Agricultural Produc�on Chains – from fork to farm” (PD/00122/2012).

Palavras-chave : legumes, produc�vity, rhizobia, PGPB

Melhoramento e seleção de cultivares

RESUMO

Po127 - PORTUGUESE COWPEA (VIGNA UNGUICULATA L. WALP.) LANDRACES – ADAPTATION TO

DIFFERENT ENVIRONMENTS

Márcia Carvalho (Portugal)¹; Graça Pereira (Portugal)²; Isaura Castro (Portugal)¹ ³; Isabel Duarte (Portugal)²; 3 4Manuela Matos (Portugal) ; Eduardo Rosa (Portugal)¹; Valdemar Carnide (Portugal)¹ ³

1 - Centre for Research and Technology of Agro-Environmental and Biological Sciences (CITAB), University of Trás-os-Montes and Alto Douro

(UTAD), 5000-801 Vila Real, Portugal; 2 - National Institute for Agrarian and Veterinary Research (INIAV), Estrada de Gil Vaz, Apartado 6, 7351-901

Elvas, Portugal; 3 - Department of Genetics and Biotechnology, University of Trás-os-Montes and Alto Douro (UTAD), 5000-801 Vila Real, Portugal;

4 - Biosystems & Integrative Sciences Institute (BioISI), Sciences Faculty, University of Lisbon, Campo Grande, 1749-016 Lisbon, Portugal

Po128 - SELECTION OF CHICKPEA (CICER ARIETINUM L.) CULTIVARS AND ASSOCIATED PLANT

GROWTH PROMOTING BACTERIA

Sara Laranjeira (Portugal)¹; Sandra Pereira (Portugal)¹; Lav Sharma (Portugal)¹; Tiago Antunes (Portugal)²;

Bernardo Leal (Portugal)²; Valdemar Carnide (Portugal)¹; Guilhermina Marques (Portugal)¹1 - CITAB - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; 2 - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

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Outras áreas

RESUMO

Este ar�go exibe a importância da educação ambiental através de a�vidades desenvolvidas na horta escolar. As a�vidades cooperam para a modificação nos hábitos e a�tudes de alunos do ensino fundamental quanto à percepção que eles possuem da natureza. A formação da consciência de respeito e cuidado; da necessidade de conservar o meio ambiente. A alimentação das crianças melhora, pois, passam a aceitar melhor as verduras, legumes e frutas. O obje�vo de avaliar a sua ação como instrumento mo�vador do processo ensino-aprendizagem, de sensibilização socioambiental e de conscien�zação às mudanças de hábitos alimentares de alunos do Ensino Fundamental, foi implantado, no ano le�vo de 2016, uma horta escolar de base agroecológica na Escola Municipal Vanor da Costa Parreão, na zona urbana do município de Aragua�ns, TO. As a�vidades funcionais na horta escolar contribuíram à melhoria no processo ensino-aprendizagem em virtude de maior interdisciplinaridade, maior espírito cole�vo entre os discentes e recrudescimento de qualidades superiores como a solidariedade. As a�vidades na horta escolar contribuíram para elevar a conscien�zação dos alunos sobre os problemas ambientais e permi�u a compreensão do que seja sustentabilidade. Os alunos perceberam a importância do uso das hortaliças como alimento saudável e modificaram o hábito alimentar após conduzirem as a�vidades na horta escolar e usufruírem das hortaliças na própria merenda.

Palavras-chave : Educação Ambiental, Horta Escolar, Agroecologia

O obje�vo do trabalho foi produzir, em condições de estufa, mudas pré-brotadas de cana-de-açúcar, livre de pragas e patógenos, sem o uso agroquímico e u�lizando polímeros hidrorretentores juntamente com cul�vo de meristemas. A cultura canavieira é conhecida como uma grande cultura, pois apenas com escala de plan�o é que se consegue retorno financeiro, portanto as unidades industriais ocupam grandes áreas de monocultura. Novos cul�vares com caracterís�cas gené�cas para aumentar a produ�vidade e o teor de açúcar, resistência à pragas e doenças pode proporcionar uma significa�va redução nas áreas plantadas, desde que consigam ser implantadas rapidamente. Biofábricas de mudas poderão produzir mpb com intuito de agilizar a subs�tuição de cul�vares an�gos, proporcionando a melhoria social e cultural. Os parâmetros biométricos e fisiológicos analisados demonstraram bom potencial na u�lização de polímero hidrorretentores para crescimento mais rápido com economia de água. O cul�vo in vitro, apresentou resultados posi�vos, portanto a u�lização pode ser preconizada, em produção de MPB. Existe uma relação entre a carga gené�ca (cul�var) nas variáveis biométricas e fisiológicas, no crescimento das mudas de MPB.

Palavras-chave : Biofábrica. Agroecologia. Sustentabilidade. Agricultura Familiar

Outras áreas

RESUMO

Po129 - CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E HORTA ESCOLAR NA PROMOÇÃO DE

MELHORIAS AO ENSINO, À SAÚDE E AO AMBIENTE

Rayane Reis Sousa (Brazil)¹; Luciana Pinto Fernandes (Brazil)¹1 - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO TOCANTINS

Po130 - CULTIVO DE MERISTEMAS, E POLÍMEROS HIDRORRETENTORES EM MUDAS DE

CANA-DE-AÇÚCAR (MPB)

Tadeu Alcides Marques (Brazil)¹; Bruno De Lima Melo (Brazil)²1 - UNOESTE/FATEC; 2 - UNOESTE

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Outras áreas

RESUMO

A calêndula é uma planta medicinal de grande importância para indústria cosmé�ca e farmacêu�ca. Existem poucos estudos sobre as necessidades hídricas e nutricionais das plantas medicinais. O controle do potencial matricial de água no solo pode ser uma alterna�va de manejo de irrigação que favoreça a qualidade e produção de metabólitos secundários. O obje�vo do experimento foi avaliar a resposta fisiológica e bioquímica da Calendula officinalis L. subme�da a vários níveis de potencial matricial de água no solo para manejo da irrigação em três diferentes fases de desenvolvimento. O experimento foi conduzido em ambiente protegido sem controle de temperatura e umidade na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Piracicaba, São Paulo. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com 6 tratamentos e 4 repe�ções, totalizando 24 unidades experimentais. Foram u�lizadas sementes de calêndula bonina sor�da para produção de mudas. As mudas foram transplantadas para vasos de 8 L para condução do experimento. Os potenciais matriciais adotados foram: -10, -15, -30, -40, -50 e -60 kPa. Foram realizados três ensaios dis�ntos definidos de acordo com a fase de desenvolvimento: ciclo completo, fase vegeta�va e fase reprodu�va/florescimento. O controle do potencial matricial de água no solo foi realizado u�lizando tensiômetros de punção previamente instalados na profundidade de 20 cm. As leituras foram realizadas uma vez por semana com auxílio de tensímetro, desde o transplan�o até a senescência das plantas. As irrigações foram realizadas por sistema de irrigação por gotejamento com gotejadores autocompensantes com vazão média de 3,92 L h-1. Os parâmetros analisados foram: produ�vidade do uso da água, teor e rendimento de flavonoides totais e concentração de prolina. Os dados ob�dos foram subme�dos ao teste F, ao teste de normalidade de Komogorov-Smirnov e ao teste de Sco�-Kno� para comparação de médias. Os parâmetros que apresentaram diferenças entre os tratamentos foram subme�dos à regressão. A produ�vidade do uso da água foi superior para os potenciais matriciais de -30 e -40 kPa no ciclo completo e fase reprodu�va. O rendimento de flavonoides e a concentração de prolina apresentaram resultados inversamente proporcionais. A redução do rendimento de flavonoides com o decréscimo da disponibilidade de água no solo favoreceu o aumento da prolina.

Palavras-chave : plantas medicinais, manejo da água, eficiência do uso da água

O fósforo é um nutriente essencial e determinante na obtenção de altos rendimentos. Devido aos aspectos peculiares e sua dinâmica no solo, grandes quan�dades são aplicadas no plan�o, o que pode ser excessivo e agravar os impactos ambientais. A adoção de manejos adequados é imprescindível em um cenário de limitação de recursos naturais não renováveis. Portanto, obje�vou-se avaliar doses de fer�lizante fosfatado na produ�vidade de tubérculos de batata cul�var Ágata. Os experimentos foram conduzidos em Unaí-MG e Mucugê-BA, Brazil. O delineamento u�lizado foi o de blocos ao

-1acaso, com quatro repe�ções. Usou-se as doses de 0; 150; 300; 600 e 900 kg ha de P O . Os demais nutrientes foram fixos 2 5-1em 120 e 220 kg ha de N e K O, respec�vamente. Na colheita os tubérculos foram classificados em Especial (acima de 5 2

cm), 1X (4 a 5 cm) e 2X (inferior a 4 cm) e es�mou-se a produ�vidade total. Houve aumento em resposta a produ�vidade -1 -1especial até a dose de 865 e 692 kg ha de P O , com produ�vidade máxima de 37,4 e 54,8 t ha em MG e BA, 2 5

respec�vamente. As dosagens iniciais de fosforo nos solos eram altas, o que determinou alta produ�vidade inicial no tratamento em que não houve aplicação de fer�lizante fosfatada, com diferença para a dose máxima aplicada de 20 e

-117,5% em MG e BA, respec�vamente. A produ�vidade máxima da classe 1X (6 e 5,4 t ha-1) variou entre 590 e 258 kg ha de P O em MG e BA, respec�vamente. A classe 2X apresentou na BA aumento linear com a crescente dose de fosforo, no 2 5

-1entanto, a produ�vidade foi inferior a metade do valor encontrada na dose máxima de resposta em MG (4,5 t ha , em -1 -1aplicação de 600 kg ha de P O ). A produ�vidade total máxima foi de 47,6 e 59,7 t ha em respostas a doses de 730 e 535 2 5

-1kg ha de P O em MG e BA, respec�vamente. Considerando a interação entre clima e solo, fatores determinantes na 2 5

resposta em produ�vidade, observou-se que a produ�vidade na BA foi 20% superior a MG, possivelmente isso deve-se as condições climá�cas onde foi cul�vado, mais ameno, próximo as condições de origem da cul�var Ágata. Portanto, para o�mização da gestão de P devem ser considerados resultados regionais, devido aos determinantes: �po de solo, textura, fatores climá�cos, históricos anteriores e dinâmicas ocorrentes em anos de avaliações.(Apoio: CAPES, CNPq e FAPEMIG).

Palavras-chave : Solanum tuberosum L, superfosfato triplo, fosforo

Outras áreas

RESUMO

Po131 - PRODUTIVIDADE DO USO DA ÁGUA EM CALÊNDULA IRRIGADA

Catariny Cabral Aleman (Brazil)¹; Patricia Angélica Alves Marques (Brazil)²1 - Universidade Federal de Viçosa; 2 - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" - ESALQ/USP

Po132 - DOSES DE ADUBAÇÃO FOSFATADA EM CULTIVO DE BATATEIRA NOS ESTADOS DE MINAS

GERAIS E BAHIA, BRASIL

José Magno Luz (Brazil)¹; Roberta Camargos Oliveira (Brazil)¹; Ariel S. Aguilar (Brazil)¹; Gustavo O. Alves (Brazil)¹;

João Ricardo R. Silva (Brazil)¹1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

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Outras áreas

RESUMO

Os pimentos 'Padrón' são bem conhecidos por apresentarem grande variabilidade de forma e tamanho do fruto, e de intensidade da pungência. Todavia este elevado padrão de variabilidade tem-se vindo a alterar nos úl�mos anos devido à crescente u�lização de cul�vares com menor variabilidade gené�ca interna. O obje�vo do presente trabalho foi conhecer os fatores que determinam a pungência dos pimentos 'Padrón' e caracterizar a sua variação em função da época de colheita e da cul�var.Foi realizado um ensaio de campo, em Chamusca, no período maio-setembro de 2016, comparando 4 cul�vares de pimento. Os frutos foram colhidos ao longo do verão, tendo sido determinado, por HPLC, após secagem dos frutos, moenda e extração com acetonitrilo, o seu teor nos dois capsaicinóides mais importantes, a capsaícina (CAP) e a dihidrocapsaícina (DH). Com base nos teores dos frutos em CAP e DH foi determinado o índice SHU (Scoville Heat Units), que exprime a intensidade da pungência dos frutos. O valor de SHU variou com a cul�var, comprovando que as 4 cul�vares testadas apresentaram diferentes intensidades de pungência. Em todas as cul�vares, durante o período de colheita, o valor de SHU aumentou desde 5 de julho até 22 de agosto, diminuindo em setembro. Não exis�u correlação entre o tamanho do fruto e a intensidade da pungência, mas houve variação no valor de SHU entre plantas de cul�vares com elevada variabilidade gené�ca interna. Estas cul�vares apresentaram elevada variabilidade interna no grau de pungência, tamanho e forma dos frutos, ao contrário das outras cul�vares. Como o grau de pungência variou ao longo da época de colheita, as cul�vares com baixa variabilidade interna poderão apresentar frutos uniformemente quase doces no início da colheita, bastante picantes no pico da colheita e com menor pungência no final.

Palavras-chave : qualidade do fruto, capsaicina

Os extratos naturais provenientes de plantas aromá�cas e medicinais têm vindo a ser bastante estudados devido à presença de compostos bioa�vos, com propriedades biológicas interessantes. A aplicação destes extratos em alimentos, no sen�do de se promover maior conservação e durabilidade do mesmo, é uma oportunidade de subs�tuição aos adi�vos sinté�cos. Este trabalho tem como obje�vos confirmar a existência de compostos fenólicos, assim como a a�vidade an�oxidante de extratos aquosos de P. tridentatum (L.) Willk., paralelamente, demonstrando quais as fases fenológicas mais adequadas para a sua colheita com vista a obter o maior rendimento de extração e maior teor de compostos fenólicos com a�vidade an�oxidante. Conhecida por carqueja, cresce espontaneamente em Portugal e é considerada uma planta com bene�cios medicinais. Os ensaios foram realizados a par�r de partes aéreas de carqueja da Serra da Malcata, em três fases fenológicas: repouso, pré-floração e floração (separadas as flores dos caules e folhas). Os extratos aquosos de cada fase fenológica foram ob�dos por hidrodes�lação, o seu teor de fenóis e a�vidade an�oxidante foram avaliados pelo método do reagente de Folin-Ciocalteu e pelo método do radical 2,2-difenil-1-picril-hidrazilo (DPPH), respe�vamente. De acordo com os resultados, a fase fenológica teve influência no rendimento de extração, sendo o maior valor ob�do na fase

-1de repouso com 28 g 100 , enquanto o menor rendimento de extração foi ob�do na floração (caules e folhas) com 12 g gms-1 -1100 . O maior teor de fenóis foi ob�do na floração (flores) com 257,34 mg GAE , sendo o menor teor de fenóis gms gms

-1ob�do no extrato das fases de floração (caules e folhas) e repouso, com valores de 183,96 – 187,28 mg GAE , gms

respe�vamente. Na a�vidade an�oxidante não se verificaram diferenças significa�vas entre as fases de repouso, pré--1floração e floração (flores), apresentando um forte índice de a�vidade an�oxidante (1<IAA<2), com IC50 de 30 µg mL . No

-1extrato da fase de floração (caules e folhas) foi ob�da a menor a�vidade an�oxidante, com IC50 de 40 µg mL . Com este estudo, foi demonstrado que as diversas fases fenológicas da carqueja influenciaram o rendimento de extração e o teor de fenóis. A a�vidade an�oxidante dos extratos, não foi influenciada pelas fases fenológicas, excepto quando se u�lizaram caules e folhas (à floração) onde se verificou uma diminuição da mesma."

Palavras-chave : Carqueja, Plantas silvestres, Extrato aquoso, A�vidade an�oxidante, Fenóis

Outras áreas

RESUMO

Po133 - VARIAÇÃO DA INTENSIDADE DA PUNGÊNCIA EM PIMENTOS 'PADRÓN'

João Orvalho (Portugal)¹; António Leitão (Portugal)¹; António Monteiro (Portugal)¹1 - LEAF - Instituto Superior de Agronoma

Po134 - PTEROSPARTUM TRIDENTATUM (L.) WILLK. DA SERRA DA MALCATA (PORTUGAL): UMA FONTE

POTENCIAL DE FENÓIS COM ATIVIDADE ANTIOXIDANTE

Joana Domingues (Portugal)¹; José Carlos Gonçalves (Portugal)¹ ² ³; Maria Teresa Coelho (Portugal)¹ ²; Ana Paula 4Duarte (Portugal) ; Marcos Nopper Alves (Portugal)¹

1 - Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior; 2 - Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior Agrária; 3 - CERNAS-Centro de

Estudos Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade; 4 - Centro de Investigação em Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior.

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Outras áreas

RESUMO

A produção de flores e plantas ornamentais ganham cada vez mais espaço no mercado brasileiro, enquanto a�vidade econômica é reconhecido por sua geração de emprego e renda, principalmente na agricultura familiar periurbana. Dentre os principais desafios encontrados por essa, destaca-se a escassez de recursos financeiros e tecnológicos fundamentais para viabilizar na produção, pós-colheita e logís�ca de distribuição e venda do produto. Assim, visando mi�gar as dificuldades da a�vidade desses produtores, tanto técnico quanto mercadológico é que empresas oficiais de extensão rural dos estados, EMATER, tem desenvolvido ações junto aos produtores. Este ar�go apresenta um estudo de caso sobre a atuação da Assistência Técnica e Extensão Rural da EMATER do município de Benevides-Pa em uma propriedade de agricultura familiar no contexto do agronegócio de flores e plantas ornamentais. O trabalho foi desenvolvido com base em resultados de levantamentos bibliográficos sobre prá�cas e experiências da agricultura familiar e entrevista semi-estruturada aplicada ao responsável técnico da EMATER em Benevides e a proprietária da área em análise. Observou-se na área de estudo que o serviço de assistência técnica da Emater é atuante e par�cipa�vo, promovendo a integração da Ater com a pesquisa e o empreendedorismo local e consequentemente o seu desenvolvimento. Além da produção gerada na propriedade, a área estudada serve de unidade demonstra�va para a difusão do conhecimento sobre empreendedorismo rural.

Palavras-chave : Agricultura familiar periurbana, assistência técnica, plantas ornamentais.

A gravioleira (Annonamuricata L.), espécie pertencente à família Annonaceae, tem como centro de origem a América Tropical, mais precisamente a América Central e vales peruanos, sendo considerada a mais tropical das annonaceas. Apesar da aparente rus�cidade, a gravioleira extrai do solo grande quan�dade de elementos minerais. Esta extração pode variar em função da sua fase de crescimento e desenvolvimento, além das condições ambientais ao longo do ano. Os micronutrientes de plantas, os quais abrangem B, Cu, Fe, Mn e Zn são requeridos pelas plantas em quan�dades muito baixas para adequado crescimento e reprodução. Entretanto, apesar de suas baixas concentrações dentro dos tecidos e dos órgãos das plantas, os micronutrientes têm a mesma importância em comparação aos macronutrientes para o bom desenvolvimento das plantas. Diante do exposto, obje�vou-se com presente trabalho avaliar os efeitos da aplicação de diferentes doses de Ne de K2O, nos teores foliar dos micronutrientes B, Cu, Fe, Mn e Zn. O experimento foi conduzido em um pomar comercial de gravioleiras, no Sí�o Santa Ma�lde, localizada no Município de Presidente Tancredo Neves – BA.

-1 -1 -Foram avaliados os efeitos da aplicação de N: 0, 120, 240, 360 e 480 g.planta .ano , de K2O: 0, 140, 280, 420 e 560 g.planta1 -1ano , u�lizando-se de um arranjo fatorial 5 x 5, distribuídos em blocos casualizados, com 3 repe�ções e três plantas úteis por parcela com uma planta de bordadura entre as parcelas. As folhas u�lizadas para análise foliar, foram colhidas na porção mediana dos quatro pontos cardeais da planta, sendo coletada a quarta ou a quinta folha em completa maturação. Em seguida, foram encaminhadas a um laboratório credenciado para determinação dos teores de B, Cu, Fe, Mn e Zn. As análises esta�s�cas foram realizadas com o auxílio do programa SAEG, versão 9.0. As doses de N, bem como as suas interações com as dosagens de K2O, não proporcionaram efeito significa�vo sobre os teores dos micronutrientes B, Cu, Fe, Mn e Zn nas folhas da gravioleira. O mesmo resultado foi observado para as doses de K2O, bem como as suas interações com as dosagens de N.

Palavras-chave: Annonamuricata L, Estado nutricional e Diagnose foliar.

Outras áreas

RESUMO

Po135 - HORTICULTURA ORNAMENTAL EM ESCALA FAMILIAR: O CASO DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA E

EXTENSÃO RURAL, BENEVIDES-PA

Michelle Sousa Borges (Brazil)¹; Leidiane Ribeiro Medeiros (Brazil)¹; Adria Oliveira De Azevedo (Brazil)¹; Thayane

Ferreira Miranda (Brazil)¹; Carla Lorena Sandim Da Rosa (Brazil)¹; Diene Xavier Araújo (Brazil)²1 - Universidade Federal Rural da Amazônia; 2 - Universidade Federal de Lavras

Po136 - AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ADUBAÇÃO N E K NOS TEORES FOLIARES DOS MICRONUTRIENTES

EM GRAVIOLEIRA

Abel Rebouças São José (Brazil)¹; Jecilene Silva De Jesus (Brazil)¹; Denis Pereira Ribeiro (Brazil)¹; Tiyoko Nair Hojo

Rebouças (Brazil)¹; Danielle Suene De Jesus Nolasco (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

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Outras áreas

RESUMO

A gravioleira (Annonamuricata L.), pertence à família Annonaceae, tem origem na América Tropical, sendo considerada a mais tropical das anonáceas. Apesar da rus�cidade, a gravioleira extrai do solo grande quan�dade de elementos minerais. Esta extração varia em função da sua fase de crescimento e desenvolvimento, além das condições ambientais ao longo do ano. Os macronutrientes cálcio, potássio e nitrogênio são os mais exigidos. Diante do exposto, obje�vou-se com presente trabalho, avaliar os efeitos da aplicação de diferentes doses de N e de K2O, nas caracterís�cas químicas do solo cul�vado com graviola. O experimento foi conduzido em um pomar comercial de gravioleiras, no Sí�o Santa Ma�lde, localizada no Município de Presidente Tancredo Neves – BA. Foram avaliados os efeitos da aplicação de N: 0, 120, 240, 360 e 480

-1 -1 -1 -1g.planta .ano , usando uréia como fonte, e de K2O: 0, 140, 280, 420 e 560 g.planta ano , usando cloreto de potássio como fonte; u�lizou-se de um arranjo fatorial 5 x 5, distribuídos em blocos casualizados, com 3 repe�ções e três plantas úteis por parcela com uma planta de bordadura entre as parcelas. Os solos foram coletados nas três plantas úteis de cada parcela, para compor a amostra de solo da parcela. As amostras foram secadas ao ar, iden�ficados e encaminhados para análise no laboratório de solos da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. As caracterís�cas químicas avaliadas foram: pH, P, K, Ca, Mg, Al, H, Soma de bases, CTC efe�va, CTC potencial e saturação por bases. Os dados foram subme�dos a análise de variância, e as caracterís�cas que apresentaram diferença significa�va, foram subme�das a análise de regressão com o auxílio do programa SAEG, versão 9.0. As doses de N, proporcionaram efeito significa�vo sobre os teores do pH, H e saturação por bases, no qual o pH e a saturação por bases apresentaram regressão linear nega�va enquanto o teor de H apresentou regressão linear posi�va. As doses de K2O, afetou significa�vamente somente o teor de K do solo, apresentando regressão linear posi�va. As interações de N e K2O não afetaram significa�vamente nenhuma caracterís�ca. Doses elevadas de N causam a acidificação do solo, e diminuição da fer�lidade do solo na cultura da graviola.

Palavras-chave : Annonamuricata L, Estado nutricional e Fer�lidade do solo

Os pequenos frutos como amoras-pretas (Rubus spp.) têm chamado a atenção de pesquisadores, fru�cultores e consumidores, devido a presença de nutrientes básicos, fibras, micronutrientes essenciais, tais como, vitaminas, minerais e vários compostos fenólicos. O comportamento fenológico e potencial agronômico de cul�vares de amoreira-preta é muito importante. Essas informações podem determinar as prá�cas culturais. Obje�vou-se com o presente trabalho avaliar o comportamento fenológico e potencial agronômico de cul�vares e híbridos de amoreira-preta em região subtropical. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental da Unioeste. As mudas de amoreira-preta (Rubus spp.) cul�vares Arapaho (sem espinhos), Navaho (sem espinhos), Tupy (com espinhos), Chickasaw (com espinhos) e os híbridos Boysenberry e Olallie (amoreira-preta x framboeseira), foram adquiridas em julho/2015 de viveirista idôneo, sob forma de estacas caulinares, colocadas para enraizar em vasos de polies�leno . Estas foram man�das em condições de telado com 50% de sombreamento e irrigadas diariamente, até o transplan�o a campo. Em agosto de 2015, as mudas aclima�zadas no telado foram levadas a campo. O sistema de condução u�lizado foi previamente montado em 'T'. Após o plan�o das mudas, foram realizados os tratos culturais necessários referente a cultura. Em 18 de agosto de 2016, a poda de inverno foi realizada. O delineamento experimental u�lizado foi blocos ao acaso, contendo quatro cul�vares e dois híbridos, quatro blocos e cinco plantas úteis por unidade experimental. A duração de cada estádio fenológico será apresentada em dias para as cul�vares e híbridos. A colheita dos frutos maduros teve início em outubro/2016, ocorrendo a cada dois dias, estendendo-se até janeiro/2017. A cada colheita foram separados cinco frutos por bloco para a determinação da biomassa fresca, diâmetro longitudinal e transversal, e volume. Também se determinaram o número de frutos por planta, produção e produ�vidade es�mada. A maioria das cul�vares e híbridos apresentaram um ciclo de produção de 145 a 162 dias. A colheita teve duração de 39 a 88 dias, tendo início no final de outubro, se estendendo até final de janeiro. O inicio da brotação foi pelos híbridos Boysenberry e Olallie, 19 e 22 dias após a poda, seguido das cvs. Chickasaw e Tupy ambas com 25 dias, e finalmente as cul�vares Arapaho e Navaho, 28 dias após a poda. As cul�vares Chickasaw e Tupy podem ser indicadas ao consumo in natura. Maior produ�vidade foi registrada para a cul�var Tupy. Os híbridos Boysenberry e Olallie não apresentaram potencial agronômico elevado.

Palavras-chave : Rubus sp.,, fenologia

Outras áreas

RESUMO

Po137 - AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ADUBAÇÃO N E K NAS CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DO SOLO

CULTIVADO COM GRAVIOLEIRA

Abel Rebouças São José (Brazil)¹; Jecilene Silva De Jesus (Brazil)¹; Denis Pereira Ribeiro (Brazil)¹; Tiyoko Nair Hojo

Rebouças (Brazil)¹; Danielle Suene De Jesus Nolasco (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Po138 - FENOLOGIA E COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES E HÍBRIDOS DE

AMOREIRA-PRETA NA REGIÃO OESTE DO PARANÁ

Maria Cristina Copello Rotili (Brazil)¹; Fabiola Villa (Brazil)²; Daniel Fernandes Da Silva (Brazil)²; Solivan

Rosanelli (Brazil)²; Fernanda Menegusso (Brazil)²; Tatiane Eberling (Brazil)²1 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná; 2 - Unioeste

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Outras áreas

RESUMO

Nos úl�mos anos, tem surgido uma crescente procura de vegetais com elevado teor de proteína, sendo esses alimentos principalmente representados por sementes de leguminosas. No entanto, além das sementes amplamente disseminadas e consumidas, de que são exemplo o feijão, soja, e len�lha, as leguminosas oferecem também produtos frescos, que para além de encurtarem o ciclo cultural, estão prontos a consumir como forma de diversificar e aumentar o seu consumo, como fontes de proteínas saudáveis e de elevado valor biológico. O feijão-frade (Vigna unguiculata L. Walp), todavia pouco expressivo no sistema de produção agroalimentar europeu, possui várias vantagens agro-ecológicos devido às suas caracterís�cas de uma cultura pouco exigente. Além das vantagens agronómicas, a composição nutricional desta leguminosa, reconhecida como uma fonte valiosa de proteína de elevado valor biológico, tem sido relacionada com a prevenção de estados patológicos diversos e graves [4]. As tendências atuais rela�vas à procura de quan�dades crescentes de alimentos para sa�sfazer os requisitos do mercado levaram ao desenvolvimento de diversas alterna�vas de pós-colheita que implicam a modificação da composição nutricional dos alimentos vegetais de formas dis�ntas, o que deve e tem de ser monitorizado para garan�r a conformidade dos padrões de qualidade e segurança. O congelamento é geralmente reconhecido por ser um dos melhores métodos disponíveis para a preservação da qualidade dos produtos alimentares. Assim, o obje�vo do presente trabalho foi avaliar o efeito do congelamento e branqueamento na composição nutricional de vagens de feijão-frade, nomeadamente, o teor em proteína bruta e o conteúdo de aminoácidos (essenciais e não essenciais). As vagens u�lizadas foram colhidas no norte de Portugal e divididas em dois grupos: um grupo sofreu branqueamento antes do congelamento e o outro foi congelado sem qualquer �po de tratamento. As amostras foram congeladas por três e seis meses a -18 °C. A proteína bruta foi analisada u�lizando o procedimento descrito pela AOAC e para a determinação do conteúdo de aminoácidos, as amostras foram subme�das a dois processos de hidrólise separados e iden�ficados por HPLC-FLD. O teor de proteína bruta diminuiu ao longo do período de congelamento e o branqueamento mostrou ter um impacto nega�vo na concentração de proteína bruta. Rela�vamente ao conteúdo em aminoácidos, ao longo do período de congelamento de três meses, foi detetada uma redução de 12,5%, verificando-se, no entanto que este teor tende a estabilizar posteriormente. Para a maioria dos aminoácidos não essenciais, não foram encontradas diferenças significa�vas com o processo de congelamento.

Palavras-chave : j9yfOXji

Uma vi�cultura ambientalmente sustentável depende do acesso e da u�lização da enorme diversidade gené�ca da videira, nomeadamente em relação às cul�vares resistentes a doenças. Além disso, tendo em conta as alterações climá�cas, com temperaturas mais altas e alterações nos padrões de precipitação, a produção de vinho provavelmente terá que recorrer a variedades menos u�lizadas, como aquelas com maturação tardia. Portugal possui um património rico de cul�vares de videira, incrementado pela descoberta con�nua de novos genó�pos. Nas úl�mas décadas, a produção de vinho tem sido confinada a um reduzido número de variedades. Adicionalmente, a restruturação e conversão das vinhas levou ao desaparecimento de numerosos hectares de vinhas velhas, colocando as videiras an�gas em perigo. A necessidade imperiosa de caracterizar e preservar um largo número de videiras an�gas ou não cul�vadas cons�tuiu um forte desafio para a implementação de ferramentas gené�cas e biotecnológicas para a conservação e mul�plicação desses genó�pos antes do seu desaparecimento.Serão apresentados resultados ob�dos com a implementação de uma estratégia de manutenção da biodiversidade na videira assente em três eixos: análise gené�ca, mul�plicação e conservação in vitro e despistagem e erradicação de vírus.Este trabalho foi apoiado pelo projeto Plataforma de Inovação da Vinha e do Vinho – INNOVINE & WINE, n.º da operação NORTE-01-0145-FEDER-000038, na linha de inves�gação in�tulada VITICULTURE, co-financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do NORTE 2020 (Programa Operacional Regional Norte 2014/2020).

Palavras-chave : Videira, Biodiversidade, Marcadores moleculares, Propagação in vitro, Conservação in vitro, Erradicação de vírus

Outras áreas

RESUMO

Po139 - IMPACTO DO CONGELAMENTO E BRANQUEAMENTO NA COMPOSIÇÃO PROTÉICA E PERFIL

AMINOACÍDICO DE VAGEM DE FEIJÃO-FRADE (VIGNA UNGUICULATA L. WALP)

Carla Sobreira (Portugal)¹; Chika Igwe (Portugal)¹; David Oppolzer (Portugal)¹; Miguel Rodrigues (Portugal)¹;

Luís Ferreira (Portugal)¹; Eduardo Rosa (Portugal)¹; Ana Barros (Portugal)¹1 - CITAB/UTAD - Centre for the Research and Technology for Agro-Environment and Biological Sciences, University of Trás-os-Montes and

Alto Douro

Po140 - PAPEL DAS FERRAMENTAS DE ANÁLISE GENÉTICA E DA BIOTECNOLOGIA NA PRESERVAÇÃO

DA BIODIVERSIDADE NA VIDEIRA1 2 4Diana Augusto (Portugal)¹ ²; Fernanda Leal (Portugal)¹ ² ³; Isaura Castro (Portugal) ; Ana Lúcia Pinto-Sintra

1 2 4(Portugal)

1 - Departamento de Genética e Biotecnologia; 2 - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; 3 - Instituto de Biossistemas e Ciências

Integrativas, BioISI. Faculdade de Ciências, Universidade de Lisboa; 4 - Centro de Investigação e Tecnologias de Agroambientais e Biológicas, CITAB

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Outras áreas

RESUMO

O Brasil é o maior produtor mundial de café, respondendo por aproximadamente 35% da produção mundial e cerca de 18% do mercado mundial exportador. A cafeicultura brasileira está distribuída nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rondônia e Minas Gerais, com suas caracterís�cas próprias de ambiente e nível tecnológico. A qualidade do café é definida na lavoura, onde as etapas de colheita e pós-colheita são fundamentais. Para a avaliação de cafés especiais, considera-se a análise sensorial a mais importante, tendo que a�ngir uma classificação de 80+. Dentre as metodologias disponíveis, a adotada pela “Specialty Coffee Associa�on of America” (SCAA) é considerada a mais adequada, uma vez que essa metodologia u�liza um protocolo para a realização da análise sensorial. Para a qualidade da bebida contribui a composição química dos grãos torrados, afetados pela composição prévia dos grãos crus. Desta forma, inúmeras variáveis são determinantes na produção de um café especial. Em contrapar�da, estudos recentes têm demonstrado o potencial de diversos métodos analí�cos para o estabelecimento de parâmetros de qualidade na análise de produtos alimen�cios. Dentre eles, podemos destacar parâmetros químicos simples (pH, acidez �tulável, sólidos totais, coloração, grau Brix, compostos acastanhados, etc.), sendo contudo geralmente métodos morosos e que carecem de conhecimento técnico especializado e laboratórios equipados para a sua execução. As técnicas ditas instrumentais, como a espectroscopia no infravermelho médio por Transformada de Fourier (FTIR) tem se mostrado uma importante ferramenta analí�ca, pela sua rapidez e pra�cidade. O obje�vo deste estudo foi diferenciar amostras de cafés especiais (81+) por espectroscopia no infravermelho médio e, em seguida, correlacioná-las com as suas caracterís�cas sensoriais e químicas. Para tanto, 35 amostras provenientes do Cerrado Mineiro (Minas Gerais, Brasil) foram avaliadas por um grupo de seis profissionais Q-Grader. Em seguida, as amostras foram analisadas por FTIR na Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Brasil. Por fim, análises químicas foram conduzidas na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, Porto, Portugal. Two-way ANOVA foi aplicada para os resultados das análises sensoriais e químicas e quimiometria u�lizada para análise dos dados espectrais. A validação da u�lidade de métodos instrumentais, como o FTIR, em alterna�va a processo de controlo de qualidade da bebida mais complexos, como a análise química, ou de di�cil parametrização, como a sensorial, cons�tui uma ferramenta com enorme potencial para os produtores de café, permi�ndo-lhe melhorar a qualidade dos seus produtos.

Palavras-chave : café, qualidade sensorial, caracterização quimica, FTIR

Um fator de grande importância na produção das sementes híbridas de berinjela (Solanum melongena) é a determinação do ponto de maturidade fisiológica das sementes e consequentemente o momento ideal de colheita dos frutos. Desta forma, este trabalho teve como obje�vos avaliar a melhor época para a realização da colheita dos frutos e verificar o efeito do período de armazenamento dos mesmos na qualidade fisiológica de sementes híbridas de berinjela “Ciça”. Frutos foram colhidos aos 30, 45, 60, 75 e 90 dias após a antese (DAA) e acondicionados em caixas plás�cas e armazenados por 15 dias em ambiente ven�lado e sombreado. Após isto, �veram suas sementes extraídas; sementes foram também extraídas imediatamente após a colheita dos frutos. Após o beneficiamento e secagem das sementes, foram realizadas as seguintes determinações: grau de umidade, germinação, primeira contagem, e a�vidade de enzimas an�oxidantes (catalase e peroxidase). Sementes provenientes de frutos colhidos com 30 DAA apresentaram elevada concentração de enzimas an�oxidantes, demonstrando que as mesmas se encontravam imaturas e que a secagem possivelmente provocou danos em suas membranas celulares. Com isso, houve aumento da a�vidade das enzimas an�oxidantes pelo acúmulo de espécies rea�vas de oxigênio (EROs), levando as sementes a não resis�rem aos danos oxida�vos causados pela exposição à secagem. A maturidade fisiológica das sementes ocorreu em frutos colhidos com 75 dias e armazenados por 15 dias. Nesse período, as sementes apresentaram máxima germinação e vigor, e redução significa�va do teor de água das sementes, além da baixa a�vidade das enzimas an�oxidantes.

Palavras-chave : Solanum melongena, qualidade fisiológica, enzimas an�oxidantes

Outras áreas

RESUMO

Po142 - ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS E ENZIMÁTICAS EM SEMENTES HÍBRIDAS DE BERINJELA EM

FUNÇÃO DA MATURAÇÃO E TEMPO DE PERMANÊNCIA NOS FRUTOS

Patricia Pereira Da Silva (Brazil)¹; Denise C. F. S. Dias (Brazil)²; Warley Marcos Nascimento (Brazil)¹1 - Embrapa Hortaliças; 2 - Universidade Federal de Viçosa

Po141 - QUALIDADE DE CAFÉS ESPECIAIS: COMPARAÇÃO ENTRE ANÁLISES SENSORIAL, QUÍMICA E

ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO MÉDIO POR TRANSFORMADA DE FOURIER (FTIR)

Verônica Belchior (Brazil)²; Adriana S. França (Brazil)²; Leandro S. Oliveira (Brazil)²; Susana Casal (Portugal)¹1 - Universidade do Porto; 2 - Universidade Federal de Minas Gerais

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Outras áreas

RESUMO

O estabelecimento de lavouras do quiabeiro (Abelmoschus esculentus (L.) no Brasil é realizado, geralmente, via semeadura direta, com um gasto elevado de sementes. O gasto excessivo de sementes é uma das maneiras do produtor garan�r um melhor estande, uma vez que esta espécie, na maioria das vezes, apresenta sementes duras, caracterizada pela impermeabilidade do tegumento à água; este fenômeno ocorre mesmo quando as sementes são colocadas em condições favoráveis à germinação, cons�tuindo assim, em um �po de dormência. O presente trabalho obje�vou-se avaliar a influência da termoterapia, via calor seco, na redução de sementes duras e consequentemente no aumento da germinação de dois lotes de sementes de quiabo. Dois lotes de sementes de quiabo 'Santa Cruz 47', apresentando alta porcentagem de sementes duras, sendo um lote produzido no Brasil e outro nos Estados Unidos, foram subme�dos a termoterapia via calor seco a 70 ºC por um período de 0, 24, 48 e 72 horas. Após a termoterapia, as sementes foram subme�das ao teste de geminação, primeira contagem, número de sementes duras e emergência de plântulas em casa de vegetação. O tratamento térmico via calor seco a 70°C, por um período de 48 horas possibilitou uma redução na impermeabilidade à água do tegumento das sementes de quiabo, sem prejudicar o potencial fisiológico das sementes.

Palavras-chave : Abelmoschus esculentus (L.), sementes duras, tratamento �sico

A palmeira da espécie Syagrus coronata, �pica do semiárido nordes�no, pertence à família Arecaceae, subfamília Arecoídeae. Esta espécie tem uma ní�da preferência pelas regiões secas e áridas das ca�ngas, embora também possa estar presente em matas semidecíduas e áreas de transição com a res�nga e o cerrado, abrangendo o norte de Minas Gerais, ocupando toda a porção oriental e central da Bahia, até o sul de Pernambuco, incluindo também os Estados de Sergipe e Alagoas. Regionalmente, as amêndoas do licuri são amplamente u�lizadas na alimentação humana, além de também serem u�lizadas para extrair óleo por prensagem a frio ou a quente. O obje�vo deste trabalho foi caracterizar oito amostras de óleo de licuri advindas de três localidades do Estado da Bahia, ob�das em diferentes épocas do ano e através de diferentes tratamentos dados às amêndoas antes da prensagem a frio. As caracterís�cas químicas desses óleos foram analisadas por parâmetros relacionados à qualidade e à auten�cidade. Os resultados apresentaram uma elevada similaridade entre os índices avaliados. As principais diferenças entre as amostras foram observadas para a acidez, expressa em ácido láurico, vitamina E e estabilidade oxida�va, claramente relacionados com o processo tecbológico ou preservação. Os parâmetros de auten�cidade, como a composição em ácidos gordos, triglicerídeos e esterois mosrou-e muit costante e independete da origem e processamento. Estes resultados destacam o fato de que a área geográfica e as diferentes épocas de obtenção das amêndoas não influenciam grandemente nas caracterís�cas do óleo de licuri, consitu�ndo um base de auten�cidade deste produto com elevado potencial na industria alimentar e cosmé�ca.

Palavras-chave : óleo vegetal, caracterização quimica, auten�cidade, variabilidade geográfica

Outras áreas

RESUMO

Po143 - SUPERAÇÃO DA IMPERMEABILIDADE DO TEGUMENTO DE SEMENTES DE QUIABO POR MEIO

DA TERMOTERAPIA

Warley Marcos Nascimento (Brazil)¹; Patricia Pereira Da Silva (Brazil)¹; Rayssa F. Dos Santos (Brazil)¹1 - Embrapa Hortaliças

Po144 - CARACTERIZAÇÃO FISICO-QUIMICA DO ÓLEO DA AMÊNDOA DE LICURI (SYAGRUS

CORONATA)

Luciene Mendes (Brazil)²; Maria T. Pinho (Portugal)¹; Rebeca Cruz (Portugal)¹; Carla Santos (Portugal)¹; Joana

Marques (Portugal)¹; Neuza Jorge (Brazil)²; Susana Casal (Portugal)¹1 - Requimte, Laboratório de Bromatologia, Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto; 2 - Universidade Estadual Paulista “Júlio de

Mesquita Filho”

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Outras áreas

RESUMO

A palma de óleo ou dendê (Elaeis guineensis) e o caiaué (E. oleifera) são espécies da família Arecaceae (an�ga família Palmae) podendo ser cruzadas entre si, com produção de descendentes híbridos interespecíficos férteis, chamado no Brasil de óleo de híbrido interespecífico de palma ou óleo de palma de alto oleico. A hibridização entre E. oleifera x E. guineensis pode elevar o conteúdo de ácido oleico e de outros compostos bioa�vos, como carotenoides, tocoferóis e tocotrienóis, no óleo da polpa. Atualmente, o Pará é o Estado produtor de óleo do híbrido de palma com produção es�mada em 7000 ton/ano, sendo que houve aumento significa�vo da área plantada nos úl�mos anos. Há um pleito no Codex Alimentarius para a adoção de um padrão para este óleo (“High Oleic Palm Oil”) e os resultados de composição são necessários para subsidiar a definição do Padrão de Iden�dade e Qualidade do óleo. Neste trabalho, oitenta amostras de óleo de híbrido de palma de duas empresas produtoras foram coletadas nos anos de 2016 e 2017, que foi analisado quanto ao perfil de ácidos graxos por cromatografia gasosa de alta resolução. Os principais ácidos graxos foram o oleico (C18:1) variando de 52 a 57%, palmí�co (C16:0) de 25 a 30%, linoleico (C18:2) de 10 a 13%, esteárico (C18:0) de 3 a 4,5% e o ácido linolênico foi detectado até 0,4%. Não houve diferença significa�va entre as amostras quanto aos anos analisados e as duas empresas produtoras (p<0,05). Foram detectados ainda os ácidos graxos C12:0, C14:0, C16:1, C17:0, C20:0, C20:1 e C24:0. O óleo do híbrido de palma apresentou redução significa�va de ácido palmí�co e aumento de oleico tanto em relação ao óleo de palma e quanto em relação à oleína de palma, ob�da por fracionamento, implicando em diferenças quanto às caracterís�cas �sicas do óleo de palma de alto oleico. Os resultados encontrados são semelhantes ao óleo de palma de alto oleico produzido na Colômbia e permitem a elaboração do padrão de iden�dade deste óleo.

Palavras-chave : ácidos graxos, GC-FID, PIQ, High Oleic Palm Oil

As barreiras de incongruidade podem limitar a u�lização da hibridação interespecífica no melhoramento de plantas, dificultando a transferência de genes de interesse para a espécie cul�vada. O obje�vo deste trabalho foi verificar a existência de barreiras em cruzamentos interespecíficos entre as espécies Capsicum annuum e C. baccatum. Cruzamentos entre a variedade Casca Dura Ikeda (Capsicum annuum) e os acessos UENF 1495 (C. baccatum var. baccatum), UENF 1624 e UENF 1496 (C. baccatum var. pendulum) foram realizados, obtendo-se 1.093, 1.253 e 277 sementes híbridas, respec�vamente. As sementes híbridas e sementes dos parentais foram colocadas para germinar em casa de vegetação, sendo semeadas em bandejas de isopor u�lizando-se substrato Plantmax. A percentagem de germinação das sementes híbridas foi muito baixa, sendo ob�das apenas duas plantas de Casca Dura Ikeda x UENF 1495, e três plantas de cada um dos outros dois híbridos. As plantas híbridas e cinco plantas de cada parental foram transplantadas para vasos plás�cos com capacidade de 5L, contendo uma mistura de solo, areia e esterco bovino na proporção de 1:1:1, sendo man�das em casa de vegetação. Quando a�ngiram a fase reprodu�va, os híbridos foram avaliados quanto à viabilidade do grão de pólen. Para isso, botões florais em antese foram coletados em solução de etanol 70% e conservados a 4ºC. No preparo das lâminas, três anteras por botão floral foram maceradas em uma gota de solução tripla de Alexander. As lâminas preparadas foram observadas sob o microscópio óp�co (Olympus BX60). O número de grãos de pólen viáveis, àqueles de cor púrpura, e o número de grãos de pólen inviáveis, àqueles de cor verde e/ou com citoplasma retraído foram contados. Para cada híbrido foram feitas cinco lâminas, sendo contados 400 grãos de pólen por lâmina. Os híbridos envolvendo C. annuum (“Casca Dura Ikeda”) e os acessos UENF 1495 (C. baccatum var. baccatum), UENF 1496 e UENF 1624 (C. baccatum var. pendulum), como genitores masculinos, �veram es�ma�vas de viabilidade polínica de 18,8%, 8,45% e 11,5%, respec�vamente. As es�ma�vas observadas para os genitores foram superiores a 91%. A baixa fer�lidade dos híbridos ob�dos pode estar relacionada a irregularidades durante a meiose. Neste estudo foram observadas diferentes barreiras pós-zigó�cas, como a esterilidade do pólen ou a baixa fer�lidade, e o aborto do embrião, verificado pela baixa percentagem de sementes germinadas. Estas barreiras podem dificultar a introgressão de genes de interesses entre espécies relacionadas.

Palavras-chave : Pimentão, pimentas, hibridação, citogené�ca

Outras áreas

RESUMO

Po145 - ÓLEO DE PALMA DE ALTO OLEICO PRODUZIDO NO BRASIL

Adelia F. Faria-Machado (Brazil)¹; Allan E. Wilhelm (Brazil)¹; Marcos Ene Chaves Oliveira (Brazil)²; Andrea M.M. 4Guedes (Brazil)¹; Roberto Yokoyama (Brazil)³; Pedro Paulo Vianna Borges (Brazil) ; Humberto R. Bizzo (Brazil)¹;

Rosemar Antoniassi (Brazil)¹1 - Embrapa Agroindústria de Alimentos; 2 - Embrapa Amazonia Oriental; 3 - DENPASA; 4 - Marborges

Po146 - BARREIRAS PÓS-ZIGÓTICAS OBSERVADAS EM HÍBRIDOS INTERESPECÍFICOS ENTRE

CAPSICUM ANNUUM E CAPSICUM BACCATUM

Elba Honorato Ribeiro (Brazil)¹; Sara Iolanda Oliveira Da Silva (Brazil)¹; Telma Nair Santana Pereira (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF

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Outras áreas

RESUMO

O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de tomate com área cul�vada e produção de 58.611 mil ha e 3.787.324,00 milhões de toneladas, respec�vamente. Goiás é o principal estado produtor de tomate com a produção es�mada em 957.676,00 mil toneladas e com a produ�vidade acima da média nacional (84,125) (LSPA, 2017). Apesar disso, a ocorrência de doenças causa perdas expressivas em diversas regiões. Uma importante doença do tomateiro é a requeima causada pelo oomiceto Phytophthora infestans. A requeima é uma doença destru�va que causa perdas totais de produção em períodos prolongados de chuva e temperaturas amenas (BECKER, 2010). O principal método de manejo da doença é a aplicação de fungicidas. Como P. infestans é um patógeno agressivo, a maioria dos produtores adotam o sistema de calendário fixo de aplicação de fungicidas (LOPES & ÁVILA, 2005). Em condições favoráveis, a aplicação desses produtos para o manejo da doença é realizada diariamente pelos produtores de tomate em Goiás. Sendo assim, o obje�vo do estudo é desenvolver um sistema de previsão de requeima em tomateiro de modo a propiciar o controle da doença e o uso racional de produtos de proteção fitossanitária. O ensaio foi conduzido em condições de campo na estação experimental da empresa Biosolo Consultoria e Projetos LTDA em Goianápolis-GO. O híbrido u�lizado foi o Predador (Topseed Premium). O ensaio foi em delineamento experimental de blocos ao acaso com quatro repe�ções. Valores diários de severidade de 6, 8 e 10 foram comparados entre si e com os tratamentos padrão adotado pelo produtor e testemunha absoluta. O plan�o foi realizado em 16/05/2017. Os dados de temperatura, umidade e precipitação diários ob�dos por uma estação portá�l Davis Vantage Vue foram u�lizados para es�mar os valores de VSD com base na Tabela de Wallin (1962). Foram realizadas sete colheitas semanais em oito plantas por parcela. O alerta para a aplicação de fungicidas foi dado apenas duas vezes para o VSD 6, uma vez para o VSD 8 e para VSD 10 não ocorreu alerta. Por outro lado, seguindo um calendário fixo que simula as aplicações realizadas pelos produtores da região, foram feitas 15 aplicações. Apesar de terem ocorrido períodos de favorecimento à ocorrência da doença, dado pelos alertas para VSD 6 e VSD 8, sua ocorrência não foi constatada em nenhuma planta do ensaio. Em visitas às áreas de produção dos arredores, em um raio de até 50 km do local do ensaio, também se constatou a não ocorrência da doença. Esse fato levou à formulação de uma nova hipótese, a de que não havia fonte de inóculo suficiente para o estabelecimento da epidemia, talvez em virtude do emprego intensivo do controle químico específico para a doença que estava sendo feito pelos produtores da região. Não houve diferença esta�s�ca entre os tratamentos quanto à produção (teste Tukey, p>5%; CV=23,58). Para os próximos ensaios devem ser avaliados valores de VSD acumulados para o alerta igual e superiores a 10, além do período de molhamento foliar e a presença/quan�ficação do inóculo do patógeno. Estudos sobre sistema de previsão de doenças são importantes para racionalizar a aplicação de defensivos e garan�r a produção de tomate de melhor qualidade para o consumidor.

Palavras-chave : Phytophthora infestans, climatologia, tomate, doenças

Outras áreas

RESUMO

Po147 - AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE PREVISÃO DE REQUEIMA EM TOMATEIRO PARA MESA NO

ESTADO DE GOIÁS

Mylla Crysthyon Ribeiro Ávila (Brazil)¹; Monita Fiori De Abreu Tarazi (Brazil)¹; Valdir Lourenço Junior (Brazil)²;

Alice Maria Quezado Duval (Brazil)²; Abadia Dos Reis Nascimento (Brazil)¹; Lino Carlos Borges (Portugal)³; 4Walter Ferreira Becker (Portugal)

1 - Universidade Federal de Goiás; 2 - Embrapa Hortaliças; 3 - Emater-Goiás; 4 - Epagri/SC

Efeito da aplicação de compostado e adubo verde ao solo na produ�vidade de culturas hor�colas no modo de produção biológico. Os ensaios de campo são necessários para suportar as recomendações de fer�lização em hor�cultura biológica. Com este obje�vo realizaram-se duas rotações de culturas hor�colas para avaliar a produ�vidade: (i) rotação anual no Marco de Canavezes com alface, centeio e ervilhaca para sideração e acelga; o delineamento experimental incluiu a combinação de 3

-1 -1níveis de compostado (0, 20 e 40 t ha ) e 2 níveis de calcário (0 e 8 t ha ); (ii) rotação trianual em Fafe com centeio e ervilhaca para sideração, seguida de batata e alface (1º ano), acelga e nabo (2º ano) e couve penca e cenoura (3º ano); os

-1 -1tratamentos incluíram adubo verde (AV), AV com 20 e 40 t ha de compostado (C20 e C40) e AV com 1 e 2 t ha de adubo orgânico (AO1 e AO2).

-1 -1Na rotação anual a produção de alface aumentou 40% com a incorporação de 40 t ha de compostado e 8 t ha de calcário, enquanto que a produção da acelga foi 117% superior devido ao efeito acumulado do compostado e adubo verde e ao maior efeito da aplicação de calcário devido ao tempo ocorrido entre a aplicação de calcário e a plantação da acelga. Na rotação trianual a produção da alface, nabo e cenoura aumentou 90%, 115% e 56%, respe�vamente, com o tratamento C40 em comparação com o tratamento AO2 devido à rápida libertação de N do adubo orgânico na cultura anterior. A produção da batata e couve penca foi semelhante nos tratamentos C40 e AO2 devido à libertação lenta de N do compostado na cultura de ciclo longo da batata e à aplicação con�nuada de compostado que aumentou a disponibilidade

-1de N na cultura da couve. A aplicação de 40 t ha de compostado e adubo verde revelou potencial para aumentar a produ�vidade em hor�cultura biológica.

Po148 - EFEITO DA APLICAÇÃO DE COMPOSTADO E ADUBO VERDE AO SOLO NA PRODUTIVIDADE DE

CULTURAS HORTICOLAS NO MODO DE PRODUÇÃO BIOLÓGICO

Rui Pinto (Portugal)¹; Luis Miguel Brito (Portugal)²; Isabel Mourão (Portugal)²; João Coutinho (Portugal)³1 - Ec Vida e Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal; 2 - Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de

Viana do Castelo, Ponte de Lima, Portugal; 3 - C Química, DeBA, EC Vida e Ambiente, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real,

Portugal.

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Outras áreas

RESUMO

Topography varia�on is one of the main causes for vineyard variability (Bramley, 2009). Terrain a�ributes, such as slope, al�tude and aspect are highly variable and have an impact on soil depth, water capacity, air temperature, radia�on exposure, among other factors. Pa�erns of topographic variability tend to be stable over �me therefore recognizing such pa�erns can poten�ally provide the winegrower with economic benefits.A study was conducted in 2015, in a vineyard located at Tapada da Ajuda, Lisbon (slope range from 7% to 9%; southern aspect). Four white varie�es (Alvarinho, Viosinho, Encruzado and Arinto) were analyzed regarding their vegeta�ve development, yield and grape quality. This study had two main objec�ves: (i) to evaluate the magnitude of the spa�al variability among varie�es and (ii) to evaluate the effect of the terrain posi�on (TP) in each variety, individually. Smart points (SP) were selected for each variety, organized according to their slope posi�on (uphill, mid-slope and downhill) and vegeta�ve and reproduc�ve data was collected at relevant phenological stages (pre-flowering, flowering, veraison and full matura�on).Alvarinho and Arinto varie�es presented the highest spa�al variability, regardless of their posi�on along the slope. Yield and leaf-to-fruit ra�o were the most variable parameters (coefficient of varia�on>30% in all varie�es) with no correla�on with TP. Encruzado showed higher vegeta�ve development (+36% leaf area index and +18% exposed leaf area) in downhill SPs, while Arinto presented higher bud burst percentage (+49%) and lower water-shoot development (-30%) in downhill SPs. In these cases, canopy development parameters were influenced by TP. Such informa�on can be used for a differen�ated scheduling of canopy management ac�vi�es e.g. canopy thinning and water-shoot removal, tasks that are expensive and �me consuming. This study created a basis of work for further research that can lead to a more accurate vineyard design planning and management.

Key words: Precision vi�culture; Vineyard spa�al variability; Topographic posi�on; Slope.

Outras áreas

RESUMO

Apesar dos teores de nutrientes dos peixes seu consumo ainda é discreto em muitas populações. Desenvolver produtos com pescados pode es�mular sua ingestão, e elevar a qualidade nutricional da dieta. É possível incluir nas formulações desses alimentos os produtos a base de mandioca, fonte de substâncias an�oxidantes e amido resistente. Esse trabalho avaliou o desempenho na cocção, os parâmetros cromá�cos e de textura de fish burguers (FB) com farinha de mandioca amarela (Manihot esculenta Crantz) liofilizada. Foram estudados os efeitos da adição das proporções de 5, 10 e 15% dessa farinha (FMA) em subs�tuição parcial à �lápia. Para processá-la, as raízes (provenientes da Fazendinha Agroecológica do Km 47, situada no município de Seropédica, Rio de Janeiro) foram congeladas (-12°C/48h) e liofilizadas por 24 horas. Para elaborar os FB foram empregados �lápia, óleo de soja, água, sal e a FMA. Um controle também foi elaborado, cuja formulação apresentava todos os ingredientes citados subs�tuindo-se a farinha por proteína texturizada de soja. Após a elaboração, os FB foram grelhados durante 10 minutos, a 72°C (temperatura interna). Para determinação do desempenho da cocção das amostras de FB avaliou-se o rendimento, o encolhimento e a capacidade de retenção de água (CRA), enquanto que a cor foi avaliada em colorímetro e a textura por texturômetro. A adição de farinha contribuiu para a redução das encolhimento dos FB, que apresentaram 2,45, 2,93 e 3,40% de taxa de encolhimento para as amostras adicionadas de 5%, 10% e 15% de farinha de mandioca amarela (FMA) respec�vamente, enquanto o controle encolheu 6,42%. Os rendimentos, que expressam perdas durante a cocção, foram de 89,45, 89,45 a 89,47% nos fish burgers com 5%, 10% e 15% de FMA, e 78,9% na amostra controle. Outro parâmetro favorecido pela adição de farinha foi a capacidade de retenção de água, propriedade correlacionada à suculência das amostras, que apresentou-se entre 0,82 a 0,86% nas amostras com FMA e 0,68% na amostra controle. Não foram observadas variações significa�vas nos parâmetros cromá�cos de luminosidade, coordenada a* e ângulo de tonalidade cromá�ca nos FB com FMA. Avaliando a textura perceberam-se diferenças em função dos percentuais de farinha empregados na firmeza das três amostras enriquecidas. O atributo dureza não variou entre as mesmas. Conclui-se que subs�tuir parcialmente a polpa da �lápia pela FMA nos FB aumentou os rendimentos e as CRA, e reduziu as taxas de encolhimento; além de propiciar variações nos parâmetros cromá�cos b* e C* e na firmeza.

Palavras-chave : capacidade de retenção de água, dureza, firmeza, parâmetros cromá�cos, rendimento

Po149 - THE EFFECT OF TOPOGRAPHY ON THE SPATIAL VARIABILITY OF GRAPEVINE VEGETATIVE AND

REPRODUCTIVE COMPONENTS

Gonçalo Victorino (Portugal)¹; Ricardo Braga (Portugal¹; Carlos Lopes (Portugal)¹1 - Instituto Superior de Agronomia

Po150 - DESEMPENHO NA COCÇÃO, PARÂMETROS CROMÁTICOS E DE TEXTURA DE FISH BURGUERS

DE TILÁPIA (OREOCHROMIS NILOTICUS) COM FARINHA DE MANDIOCA AMARELA

Elga Batista Da Silva (Brazil)¹; Andréa Dos Anjos Silva (Brazil)¹; Maria Ivone Martins Jacintho Barbosa (Brazil)¹1 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

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Outras áreas

RESUMO

A adição de farinhas de origem vegetal aos produtos cárneos tem sido avaliada a par�r de pesquisas envolvendo alimentos como almôndegas, hambúrgueres e nuggets. Esse �po de ação pode configurar uma estratégia ú�l para promover bene�cios de ordem tecnológica e nutricional. A farinha do feijão caupi (Vigna unguiculata (L.) Walp.), fonte de amido resistente, fibras, minerais, proteínas e substâncias an�oxidantes, pode ser uma opção relevante para enriquecer formulações de produtos como os fish burguers. Esse trabalho avaliou o desempenho na cocção, os parâmetros cromá�cos e de textura de fish burguers (FB) de �lápia com adição de farinha liofilizada de feijão caupi (FFC) cv. Mauá, em proporções de 5, 10 e 15% dessa farinha. Para elaborá-la, as leguminosas (oriundas da Fazendinha Agroecológica do Km 47, situada no município de Seropédica, Rio de Janeiro) foram congeladas a -12°C/48h, e liofilizadas por 24 horas. Na elaboração dos FB foram u�lizados filé de �lápia, óleo de soja, água, sal e a farinha; e para elaborar uma amostra de FB controle (0% de FFC) foi empregada a proteína texturizada de soja. Os FB foram preparados em um grill por 10 minutos, alcançando cerca de 72°C (centro geométrico das amostras). As taxas de encolhimento (que traduzem alterações no diâmetro dos produtos) foram de 2,80, 2,95 e 2,99% nas amostras adicionadas, respec�vamente de 5, 10 e 15% de FFC e 6,42% no controle (0% de FFC). Os rendimentos, úteis para expressar perdas resultantes do tratamento térmico inerente ao preparo, foram iguais a 80,90, 84,20 e 89,75% nos FB enriquecidos (5, 10 e 15%, respec�vamente) e 78,9% na amostra controle. A capacidade de retenção de água (CRA), importante propriedade capaz de influenciar a textura do alimento, apresentou resultados de 0,69, 0,69 e 0,74% nas amostras com 5, 10 e 15% de FFC e 0,68% no controle. Não foram observadas variações nos parâmetros cromá�cos de luminosidade (L*), coordenada b* (variação do azul ao amarelo) e saturação de cor (C*) nos FB enriquecidos com a farinha de feijão caupi. Com relação à textura perceberam-se diferenças em função dos percentuais de farinha empregados aos produtos nos atributos avaliados (firmeza e dureza). Conclui-se que a subs�tuição parcial da polpa de �lápia pela farinha liofilizada de feijão caupi cv. Mauá nos fish burguers elevou as CRA e os rendimentos desses produtos, e reduziu as taxas de encolhimento. O enriquecimento também provocou variações esta�s�camente significa�vas em parâmetros cromá�cos (a* e H*) e na textura.

Palavras-chave : capacidade de retenção de água, dureza, firmeza, rendimento

Outras áreas

RESUMO

O obje�vo deste estudo é apresentar uma análise do Programa de Transferência de Tecnologias (PTT-IAC) do maracujá-amarelo do Ins�tuto Agronômico (IAC). O IAC é uma organização de pesquisa vinculada à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, Brasil. O PTT-IAC do maracujá-amarelo concentra seus esforços na disponibilização ao setor produ�vo de três tecnologias (cul�vares comerciais), a saber: IAC 273 (Monte Alegre), IAC 277 (Jóia) e IAC 275 (Maravilha) IAC 273. Tais tecnologias apresentam caracterís�cas para atender o mercado de frutas frescas e agroindústria (sucos, geléias, etc.). Os resultados do estudo são baseados no conjunto de informações fornecidas pelo Banco de dados sobre venda de sementes e mudas das tecnologias IAC de maracujá-amarelo. Considerou-se para a análise o período de 2007-2015 e dados referente ao Estado de São Paulo, tendo em vista que o IAC é uma organização de pesquisa vinculada ao governo desse estado. A par�r deste recorte foi necessário realizar uma seleção dos compradores que informaram o município, o que permi�u a agregação e análise por Escritórios de Desenvolvimento Rural (EDR). Também foram u�lizados dados de produção fornecidos pelo Ins�tuto de Economia Agrícola (IEA).Foram feitas análises descri�vas dos dados e construídos mapas que possibilitaram espacializar a produção, a venda de sementes e mudas das tecnologias. Os principais resultados apresentam queda na produção de maracajá-amarelo e na venda de sementes e mudas IAC no Estado de São Paulo. Tais resultados estão associados à incidência do Vírus do Endurecimento dos Frutos (VEF) na cultura em questão, o que tem promovido uma mudança nas regiões produtoras. O PTT-IAC do maracujá-amarelo também tem ampliado as vendas de sementes para outros estados do Brasil, com destaque para Minas Gerais, Roraima, Pará, Paraná, Alagoas, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pernambuco, o que também tem relação com o caráter nômade da cultura. Elementos importantes observados neste trabalho devem considerados no debate sobre a difusão, transferência de tecnologias geradas pelo IAC e sua contribuição ao processo de inovação, bem como as especificidades destes processos apontados pelo caso do PTT-IAC maracujá-amarelo tanto para o IAC quanto para outras organizações de pesquisa agrícola. Destaca-se ainda a relevância de análises como esta aqui apresentada para o planejamento e gestão de estratégias mais aderentes ao processo de inovação da agricultura brasileira.

Palavras-chave : Transferência de tecnologia, Maracujá-amarelo, Ins�tuto Agronômico, Brasil

Po151 - DESEMPENHO NA COCÇÃO, PARÂMETROS CROMÁTICOS E DE TEXTURA DE FISH BURGUERS

DE TILÁPIA (OREOCHROMIS NILOTICUS) COM FARINHA DE FEIJÃO CAUPI

Elga Batista Da Silva (Brazil)¹; Andréa Dos Anjos Silva (Brazil)¹; Maria Ivone Martins Jacintho Barbosa (Brazil)¹1 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Po152 - A TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIAS DO MARACUJÁ-AMARELO NO INSTITUTO

AGRONÔMICO

Luiza M. Capanema (Brazil)¹; Raquel Caruso Sachs (Brazil)²; Carlos Eduardo Fredo (Brazil)³; Fernanda C.

Carvalho Milani (Brazil)¹; Laura M. (Brazil)¹1 - Instituto Agronômico; 2 - Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegoc ios; 3 - Instituto de Economia Agrícola

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Outras áreas

RESUMO

O amendoim é um alimento altamente energé�co e calórico, fazendo parte da dieta alimentar diária de várias populações do mundo, em especial da América do Norte, África e Ásia. No Brasil, a maior parte da produção do amendoim é des�nada à fabricação de subprodutos nas indústrias de alimento e na região nordeste contudo, mais de 80% da produção ob�da são u�lizados para abastecer o mercado de consumo “in natura”. Há um mercado potencial para os produtos orgânicos, uma vez que existe resistência de uma parcela da população em manter a aquisição e consumo de alguns alimentos convencionais, cujo cul�vo reconhecidamente envolve o emprego de substanciais quan�dades de adubos sinté�cos e pes�cidas O amendoim geralmente são consumidas na forma in natura, onde o conhecimento do valor nutri�vo da leguminosa assume importância considerável, pois alimentação adequada e aplicação de métodos tecnológicos eficientes só se tornam possíveis através do conhecimento do valor nutrimental dos alimentos. Por este mo�vo o trabalho obje�vou às determinações �sicas e químicas do produto in natura. As presentes analises foi realizada no Laboratório de Bromatologia no Ins�tuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, na cidade de Muzambinho-MG, Brasil. O processo de análise se u�lizou as metodologias associa�on of official analy�cal chemists, onde o produto foi adquirido na safra de um produtor na cidade de Guaxupé – MG, Brasil. Seguiu-se para a preparação de amostras, triturando as amostras do produto, pois quanto menor tamanho das par�culas da farinha ob�da através da trituração do alimento facilitam os processos bromatológicos, uma vez que os nutrientes presentes nos fragmentos da farinha do alimento conseguem sair desta com maior facilidade, sendo assim foram realizadas todas análises em triplicata. O amendoim após subme�do as análises apresentou baixa umidade (5,4 %) e consideráveis teores de fibras totais (6,79 %), proteína (29,19 %), lipídios (37,73 %), cinzas (1.9 %) e carboidratos totais (21,13 %). A par�r dos resultados ob�dos, conclui-se que o produto analisado está adequado para o consumo humano, embora para um maior rigor sob o ponto de vista da qualidade faz-se necessário a u�lização de métodos apropriados para armazenamento desse produto.

Palavras-chave : Físico-Quimica, Amendoim, Cul�vo Organico

Outras áreas

RESUMO

As condições climá�cas predominantes na região é um fator essencial para a escolha do cul�vo a ser implantado. Uma maneira de avalia-las é por meio do zoneamento agroclimá�co, que consiste em uma técnica aplicada para iden�ficar regiões climá�cas favoráveis ao desenvolvimento dos cul�vos. O urucuzeiro tem um bom desenvolvimento em locais onde a temperatura do ar oscila entre 22 e 27ºC. Em relação às condições hídricas, o cul�vo tolera baixas precipitações pluviais, desde que bem distribuídas, pois, como a planta vegeta, floresce e fru�fica, pra�camente durante todo o ano, a ausência de chuvas num período superior a três meses é prejudicial a sua produ�vidade, portanto, precipitações anuais bem distribuídas e superiores a 1200 mm, com suprimento mensal entre 100 a 150 mm são ideias para seu bom desenvolvimento. Assim, buscando desenvolver uma ferramenta para à expansão do Bixa orellana L. elaborou-se o zoneamento agroclimá�co do Bixa orellana L. para o Estado de Minas Gerais, baseando-se nas exigências térmicas e hídricas do cul�vo. Foram u�lizados dados normais de temperatura do ar e precipitação pluviométrica mensal de 852 estações agrometeorológicas do Estado de Minas Gerais, do período de 1961 a 1990. As regiões foram classificadas em aptas, marginais e inaptas ao cul�vo. Para uma região ser considerada apta deve apresentar as seguintes caracterís�cas climá�cas: temperatura média mensal entre 22 e 27º C e precipitação pluviométrica variando entre 800 a 1600 mm. As regiões climá�cas consideradas aptas ao cul�vo do Bixa orellana L. demonstraram maiores temperaturas do ar, menores precipitações pluviométricas e déficits hídricos anuais com elevadas intensidades. No verão as temperaturas do ar foram em média de 22 ºC e 24,5 ºC para as regiões Inaptas e Aptas, respec�vamente. Por sua vez, no Inverno as regiões Inaptas e Aptas demonstraram uma temperatura do ar de 16,6 ºC e 19,9 ºC, respec�vamente.O zoneamento agroclimá�co para o Bixa orellana L. para o Estado de Minas Gerais foi acurado. O cul�vo pode ser implantado em grande parte do Estado de Minas Gerais, pois as regiões oeste (triângulo mineiro), noroeste e leste, foram consideradas aptas. As regiões sul, sudeste, sudoeste e centroeste foram classificadas como inaptas ao cul�vo do Bixa orellana L.

Palavras-chave : Regiões Aptas; Risco Climá�co; Temperatura do ar; Precipitação

Po153 - CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO AMENDOIM (ARACHIS HYPOGAEA L.) ORGÂNICO

CULTIVADO SOBRE O MANEJO DE PLANTIO DIRETO

Josiele Teodoro Leite Da Costa (Select)¹; Maiqui Izidoro (Brazil)¹; Carolline Carvalho Tavares (Brazil)¹; Tais

Carolina Franqueira De Toledo Sartori (Brazil)¹; Washington Bruno Silva Pereira (Brazil)¹1 - IFSULDEMINAS- Campus Muzambinho

Po154 - PLANTIO DO URUCUM NO CLIMA DE MINAS GERAIS

Maiqui Isidoro (Bahamas)¹; Lucas Eduardo Oliveira Aparecido (Brazil)²; Adriana Ferreira Moraes Oliveira

(Brazil)³; Washingtom Bruno Pereira Da Silva (Brazil)¹1 - IFSULDEMINAS; 2 - IFMS; 3 - UNESP

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Outras áreas

RESUMO

A uvaia (Eugenia pyriformis), é uma árvore aromá�ca encontrada no Brasil, Argen�na e Paraguai, com frutos atraentes pela coloração amarela ou alaranjada, pertence à família myrtaceae, uma das mais importantes em riqueza de espécies da Mata Atlân�ca. As frutas, reconhecidas como grandes fontes de vitaminas, minerais e fibras, são alimentos nutricionalmente importantes na dieta. Nos úl�mos anos maior atenção tem sido dada a estes alimento, uma vez que evidências epidemiológicas têm demonstrado que o consumo regular desses frutos está associado à redução da mortalidade e morbidade por algumas doenças crônicas não transmissíveis. E para melhor aproveitamento do fruto pode ser ob�do com a produção de farinhas, pois os produtos ao serem desidratados diminuem o risco de deterioração e contaminação, além de diminuir o volume e facilitar o transporte, além de estar relacionada a importantes a�vidades biológicas no organismo, pode se tornar um alimento atra�vo para crianças e adultos. Foi desidratado em estufa a 60ºC com circulação de ar por aproximadamente 20 horas, até peso constante, em seguida, o material seco foi triturado em moinho, obtendo-se a farinha, que foi acondicionada em embalagem e man�da em temperatura até o momento das análises. As análises foram realizadas no laboratório de Bromatologia no Ins�tuto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, na cidade de Muzambinho-MG, Brasil. Todas as análises foram feitas em triplicata baseando-se nas Normas Analí�cas do Ins�tuto Adolfo Lutz. Os resultados ob�dos, referentes à composição da farinha de uvaia, foram subme�dos à análise esta�s�ca, sendo realizada a análise de variância pelo teste F, no nível de 5% de probabilidade. Após subme�do as análises apresentou umidade de (8,87%), consideráveis teores de fibras totais (16,43 %), proteína (13,27 %), lipídios (1,04 %), cinzas (1.9 %), carboidratos totais (72,1 %) e vitamina C 18,12 mg.100 g–1. A farinha de uvaia (Eugenia pyriformis) pode ser uma boa fonte nutricional quando usada como ingrediente alimen�cio em massas alimen�cias, onde os padrões de iden�dade �sico-químicos estabelecidos pela Legislação Brasileira.

Palavras-chave : Uvaia, Caracterização, Físico-Quimica

Outras áreas

RESUMO

O conhecimento da variabilidade gené�ca e feno�pica entre diferentes genó�pos de alface é importante para a manutenção e condução de programas de melhoramento. No presente trabalho obje�vou-se caracterizar morfologicamente 20 genó�pos de alface, considerando 12 descritores morfológicos da fase adulta das plantas, produzidas nas condições edafoclimá�cas de Seropédica-RJ, no período de maio a julho de 2016. Foram avaliados genó�pos de alface pertencentes aos grupos de alface mimosa, lisa, crespa e americana (Mimosa Salad Bouwl, Babá de Verão, Dayse, Vitória de Santo Antão, Colorado, Floresta, Mariane, Lídia, Hortência, Grand Rapids, Anita, Rube�e, Simpson, Roxa 4 Estações, Repolhuda Todo Ano, Elisa, Yuri, Lolo Rossa, Regina 2000 e Verônica). Após 27 dias da semeadura, as mudas foram transplantadas para o campo. O delineamento experimental u�lizado foi o de blocos ao acaso, com três repe�ções, sendo as parcelas cons�tuídas de 9 plantas espaçadas de 30 x 30 cm, das quais 6 foram coletadas para as análises. A colheita foi realizada no dia 07 de julho de 2016, mensurando as seguintes caracterís�cas, de acordo com as listas de descritores morfológicos e agronômicos propostas por Dolezalová et al. (2008) e MAPA (2016): hábito de crescimento, diâmetro, cor das folhas externas, presença da antocianina, sua intensidade e distribuição, formação de bolhas, formação de cabeça, seu tamanho, peso e firmeza, e ciclo até a colheita. Para hábito de crescimento encontrou se 2 genó�pos com crescimento quase horizontal, 8 semiereto e 10 ereto; 13 genó�pos apresentaram diâmetro grande e 7 médio; 8 genó�pos apresentaram cor da folha externa amarelada, 7 verde, 1 verde acinzentada e 4 arroxeada. Apenas 4 genó�pos apresentaram coloração pela antocianina, com intensidade caracterizada como intensa, distribuída em 2 genó�pos na margem das folhas e em 1 em toda super�cie. Sete genó�pos apresentaram formação de bolhas do �po fraco, 5 médio, 7 forte e 1 não apresentou bolhas. Com relação à formação de cabeça, 7 genó�pos apresentaram tal caracterís�ca, sendo que 2 apresentaram cabeças de tamanho pequeno, 4 médio e 1 grande; 4 genó�pos apresentaram firmeza baixa e 3 médio. Na variável ciclo até a colheita, importante no Brasil para a dis�nção entre genó�pos tolerantes/susce�veis ao pendoamento, 6 cul�vares apresentaram ciclo precoce, sendo susce�veis ao pendoamento, 8 foram caracterizadas como medianas e 6 consideradas tardias, sendo tolerantes ao pendoamento. Foi evidenciada existência de variabilidade gené�ca e feno�pica entre os genó�pos avaliados, sugerindo que alguns genó�pos podem ser úteis como genitores em futuros programas de melhoramento.

Palavras-chave : Lactuca sa�va L., banco de germoplasma, recursos gené�cos, caracterização

Po155 - CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA FARINHA DE UVAIA (EUGENIA PYRIFORMIS)

Maiqui Izidoro (Brazil)¹; Taís Carolina Franqueira De Toledo Sartori (Brazil)¹; Carmem Livia Pereira Goulart

(Brazil)¹; Rafael Paulazini De Souza (Brazil)¹; Washington Bruno Silva Pereira (Brazil)1; Lucas Eduardo (Brazil)¹1 - IFSULDEMINAS- Campus Muzambinho

Po156 - DESCRIÇÃO MORFOLÓGICA DA FASE ADULTA DE PLANTAS DE ALFACE PRODUZIDAS EM

SEROPÉDICA, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL

Talita Dos Santos Ferreira (Brazil)¹; Rafael Alves Cardoso (Brazil)¹; Karolyn Alves Laranja Silva (Brazil)¹; Cibelle

Vilela Andrade Fiorini (Brazil)¹1 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

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Propagação de plantas ecaracterização de material

RESUMO

O Leucófilo (Leucophyllum frutescens) é uma planta ornamental também conhecida popularmente como Folha-de-Prata. Segundo Lersten & Beaman (1998) é um arbusto, perene, na�vo do Texas- EUA, sendo resistente a temperaturas extremas de calor e frio, também possui resistência a insetos e doenças. Possui uma ramagem densa e ornamental, podendo a�ngir altura de 1,5 a 2,5 metros. Sua propagação pode ser feita por semente ou por propagação vegeta�va por meio da estaquia. O obje�vo do presente trabalho foi verificar o desenvolvimento do leucófilo por meio da estaquia em diferentes �pos de substrato. O experimento foi realizado no IF Goiano - Campus Morrinhos - GO. Foram selecionadas plantas matrizes de leucófilo (L. frutescens), como doadoras de estacas, escolhendo ramos com bom desenvolvimento vegeta�vo e sadias. As estacas foram padronizadas quanto ao tamanho e �po: 12 cm e estacas herbáceas. Foi realizado a desfolha do terço interior da estaca. As estacas foram plantadas em bandeja de plás�co com 40 células contendo os 8 �pos diferentes de substrato: T1: areia, T2: humus de minhoca, T3: casca de pinus,T4: casca de coco, T5: areia com humus de minhoca (Proporção 1:1), T6: areia com casca de pinus (Proporção 1:1), T7: areia com casca de coco (Proporção 1:1), T8: areia, humus de minhoca, casca de pinus, casca de coco (Proporção 1:1:1:1). O delineamento u�lizado foi inteiramente ao acaso, com 5 repe�ções, e 2 bandejas sendo uma descoberta e outra coberta com um plás�co transparente, totalizando 80 parcelas. As mudas foram irrigadas a cada 12h. As mudas que ficaram cobertas com plás�co transparente inicialmente se man�veram mais vigorosas, pois não �veram uma grande perca de água por evapotranspiração (Figura 1). Em todos os tratamentos observou-se que as estacas de leucófilo apresentaram murcha depois de 15 dias, já podendo ser observado um escurecimento do terço médio e posteriormente secamento das folhas e caule. Após 30 dias as estacas já �nham perdido total vigor e em 45 dias as plantas estavam mortas.

Palavras-chave : Leucófilo, Propagação assexuada, Estaquia, Paisagismo

Propagação de plantas e caracterização de material

RESUMO

O feijão-fava (Phaseolus lunatus L.) é uma das quatro espécies do gênero Phaseolus explorada comercialmente. No Brasil, é cul�vada principalmente na Região Nordeste, sendo fonte de alimento e renda. Mesmo com caracterís�cas que possam ser atraentes ao pequeno produtor, o feijão-fava tem recebido pouca atenção por parte dos órgãos de pesquisa, resultando num limitado conhecimento das suas caracterís�cas, o que pode limitar seu potencial produ�vo. Devido à importância da cultura para região, o obje�vo deste trabalho foi caracterizar a germinação de genó�pos de feijão-fava cul�vados na região Sul do Maranhão. O experimento foi instalado e conduzido na área experimental do IFMA, Campus São Raimundo das Mangabeiras. Foram u�lizadas cinco bandejas, umas para cada genó�po (Branca pequena, Branca média, Branca grande, Rajada clara e Rachada escura) em cada bandeja foram semeadas 45 sementes, sendo três repe�ções de quinze. Nessa etapa foram analisadas as variáveis: Índice de Velocidade de Germinação (IVG) e Percentual de Germinação (G %) Os resultados foram subme�dos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. O tempo para emergência após semeio, observou-se que se iniciaram no quarto dia. O genó�po Rajada clara destacou-se dos demais com a emergência de sete sementes no quarto dia da após plan�o, já o genó�po Branca pequena verificou-se uma maior quan�dade de emergências ao final dos dias de avaliação. De forma geral, os genó�pos alcançaram acima de 12 emergências do total de 15 para cada tratamento. Para medir o índice de velocidade de germinação (IVG) e percentagem de germinação (G %), foram efetuadas contagens a par�r do décimo primeiro dia e finalizado no nono dia após a semeadura, quando o primeiro tratamento obteve 100% de germinação. Para o percentual de germinação G(%)observou-se que o genó�po Branca Pequena obteve maior percentual de germinação (93,3 %), porém, não houve diferença significa�va quando comparado aos demais. Para o IVG, o genó�po que se destacou com diferença significa�va foi a Rajada Clara com 8,4 de índice, o genó�po Branca Pequena foi igual quando analisado esta�s�camente o que lhe confere destaque para as duas variáveis em estudo. O estudo da morfologia dos materiais, nesse trabalho é importante para facilitar o registro de caracteres de iden�ficação, facilitando a outros produtores e/ou pesquisadores o acesso a esse material, em busca de plantas com boa resposta na sua fase germina�va.

Palavras-chave : Agricultura familiar, Recursos gené�cos, Phaseolus lunatus L

Po157 - PRODUÇÃO DE MUDAS DE LEUCOPHYLLUM FRUTESCENS EM DIFERENTES TIPOS DE

SUBSTRATO.

Miriam Fumiko Fujinawa (Brazil)¹; Mariana Sanguinete Santos (Brazil)¹; Bruno Batista Do Anjos (Brazil)¹;

Josyelle Gomes De Jesus (Brazil)¹; Nadson De Carvalho Pontes (Brazil)¹1 - Instituto Federal Goiano

Po158 - GERMINAÇÃO DE GENÓTIPOS DE FEIJÃO FAVA CULTIVADOS NO SUL DO MARANHÃO

Ana Carolina De Assis Dantas (Brazil)¹; Richardson Soares De Souza Melo (Brazil)¹; Layla Fernanda Camara

Sousa (Brazil)¹; Mateus Marques Santana (Brazil)¹; Ruan Carlos Barros Ferreira (Brazil)¹; Marcio Alves Carneiro

(Brazil)¹1 - Instituto Federal do Maranhão - IFMA

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Propagação de plantas ecaracterização de material

RESUMO

A berinjela (Solanum melongena L.) possui grande importância nutricional e socioeconômica, sendo cul�vada e comercializada em diferentes países, principalmente sob cul�vo protegido. A produção de berinjela em ambiente protegido permite um abastecimento con�nuo ao mercado, permi�ndo assim o alcance de preços mais compe��vos aos produtores. O inves�mento inicial quando se trabalha em ambiente protegido é alto, então torna-se necessário iden�ficar o período em que o mercado apresenta maior demanda de determinado produto, além de iden�ficar materiais mais produ�vos e com maior valor agregado. Obje�vou-se avaliar aspectos morfofisiológicos de híbridos de berinjela sob cul�vo em ambiente protegido no Cerrado Brasileiro. O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação no IF Goiano – Campus Ceres/GO. U�lizou-se delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 3x5, sendo três híbridos (Milan F1 Mini, Nápoli e Zebrita Listrada Roxa) e cinco períodos de avaliação (7, 14, 21, 28 e 35 dias), com quatro repe�ções. Cada repe�ção foi composta por três plantas. As variáveis analisadas foram: altura de plantas, diâmetro do colo, número de folhas, área foliar e índice SPAD. Os resultados ob�dos foram subme�dos ao teste F; as médias foram comparadas entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância e regressão para mostrar a curva de crescimento da cultura u�lizando o so�ware Assistat 7.7 beta®. As variáveis morfofisiológicas analisadas foram influenciadas significa�vamente em função dos genó�pos e períodos de avaliação. Não houve diferença significa�va entre os genó�pos para a variável taxa de crescimento. O hibrido Nápoli apresentou maior altura de plantas e diâmetro do colo e menor número de folhas. Para a variável altura de plantas, os híbridos Milan F1 Mini e Zebrita Listrada Roxa apresentaram tendência de crescimento quadrá�co e o genó�po Nápoli apresentou comportamento de crescimento linear. O genó�po híbrido Zebrita Listrada Roxa apresentou tendência quadrá�ca de incremento no diâmetro de caule, enquanto os materiais Milan F1 Mini e Nápoli se adequaram ao modelo linear crescente indicando que na medida em que ocorre o crescimento da planta, ocorre paralelamente incremento no diâmetro do caule. Para a variável área foliar não houve diferença significa�va entre os genó�pos, no entanto, houve aumento significa�vo para os três genó�pos em função do tempo. Para a variável índice SPAD não houve diferença esta�s�ca significa�va entre os genó�pos estudados. Os híbridos Milan F1 Mini e Nápoli podem ser transplantados para o local defini�vo aos 21 dias e o híbrido Zebrita Listrada Roxa aos 35 dias.

Palavras-chave : Solanum melongena, análise de crescimento, Plântulas, Spad

Propagação de plantas e caracterização de material

RESUMO

A espécie Cucurbita máxima, é cul�vada em todo território brasileiro, seja em pequenas propriedades ou em cul�vos comercias. No Nordeste brasileiro, é conhecida como jerimum caboclo, sendo amplamente cul�vada para as mais diversas finalidades, principalmente alimentação humana. Seu germoplasma apresenta variabilidade gené�ca para diversas caracterís�cas agronômicas, destacando-se caracterís�cas relacionadas a qualidade de frutos. Assim torna-se necessário quan�ficar essa variabilidade, seja para fins de u�lização direta por produtores ou para u�lização em programas de melhoramento da cultura. Com o obje�vo de caracterizar frutos em germoplasma de C. maxima, foi instalado um ensaio na Horta Experimental do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró – RN, Brasil. Para o experimento foram u�lizados 07 acessos de C. máxima da coleção de germoplasma de cucurbitáceas da UFERSA. O delineamento experimental u�lizado foi o de blocos casualizados, com três repe�ções, sendo cada tratamento representado por um acesso e a parcela cons�tuída por cinco plantas. O espaçamento u�lizado em campo foi de 2,50 m entre linhas e 1,20 m entre plantas. Durante a floração realizou-se polinizações controladas para obtenção de progênies endogâmicas. Quando da maturação, os frutos foram colhidos e encaminhados ao laboratório de Recursos Gené�cos Vegetais do CCA, onde foram avaliados individualmente para os descritores: massa de fruto (g), diâmetros transversal e longitudinal (cm), espessura da polpa em quatro pontos (cicatriz floral, pedúnculo, laterais esquerda e direita) (cm), firmeza da polpa (N), sólidos solúveis (ºBrix) e acidez �tulável. Os dados ob�dos foram subme�dos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade. Observou-se variabilidade entre os acessos para a maioria das caracterís�cas avaliadas, excetuando-se a acidez �tulável. As médias dos acessos para massa de fruto variou de 1.011 g a 4.521 g. Para os diâmetros transversal e longitudinal foram observados valores variando de 7,6 cm a 17,6 cm e de 12,8 cm a 22,4 cm, representando desde frutos com formato achatado até frutos alongados. A espessura da polpa variou de 1,4 a 4,5 cm. Para teor de sólidos solúveis ocorreram médias variando de 12,8 a 22,4 ºBrix. A firmeza da polpa variou de 72,67 N a 124,49 N. Embora avaliada uma pequena amostra de acessos iden�ficou-se variabilidade para as caracterís�ca estudadas, o que torna os acessos germoplasma potencial para u�lização em programas de melhoramento da cultura que buscam essas caracterís�cas.

Palavras-chave : Cucurbita máxima, Germoplasma vegetal, Recursos gené�cos de cucurbita

Po159 - ASPECTOS MORFOLÓGICOS E TEOR DE CLOROFILA NO CRESCIMENTO INICIAL DE GENÓTIPOS

DE BERINJELA CULTIVADOS EM AMBIENTE PROTEGIDO

Luís Sérgio Rodrigues Vale (Brazil)¹; José Lourenço Moraes Peres (Brazil)²; Marta Jubielle Dias Félix (Brazil)²1 - INSTITUTO FEDERAL GOIANO - CÂMPUS CERES; 2 - IF Goiano - Câmpus Ceres

Po160 - AVALIAÇÃO DE ACESSOS DE JERIMUM CABOCLO PARA CARACTERÍSTICAS DE FRUTO

Lindomar Maria Da Silveira (Brazil)¹; Francisco Rafael Rodrigues Gerônimo (Brazil)¹; Hugo Ferreira (Brazil)¹; Luiz

Aurelio Freitas (Brazil)¹; Antônio Genilson Rodrigues (Brazil)¹; Rayanne Maria Paula Ribeiro (Brazil)¹; Aurélio

Paes Barros Júnior (Brazil)¹1 - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA)

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Propagação de plantas ecaracterização de material

RESUMO

Em par�cular na região Nordeste do Brasil, a espécie Cucurbita maxima encontra-se dispersa em todos os Estados, sendo produzido, principalmente, em condições de sequeiro. Essa região apresenta um rico patrimônio gené�co em populações tradicionais de jerimum. As diversas possibilidades de uso do jerimum além do uso na culinária, incluem as propriedades medicinais e a composição nutricional, destacando-se os carotenoides que funcionam como precursores de vitaminas e como an�oxidantes, além de sais minerais. A coloração externa do fruto está relacionada principalmente a preferência do consumidor, sendo fator importante a ser considerado para a comercialização, enquanto a cor da polpa além de está relacionado com a preferência dos consumidores é apontada como referencial para a presença de carotenoides na polpa quando em tons voltados para o laranja. Com o obje�vo de avaliar as colorações externa e interna da polpa em acessos de C. maxima, foi instalado um ensaio na Horta Experimental do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró – RN, Brasil. Para o experimento foram u�lizados 07 acessos da coleção de germoplasma de cucurbitáceas da UFERSA. O delineamento experimental foi de blocos casualizados, com três repe�ções, sendo cada tratamento representado por um acesso e a parcela cons�tuída por cinco plantas, com espaçamento de 2,50 m entre linhas e 1,20 m entre plantas. Durante a floração realizou-se polinizações controladas para obtenção de progênies endogâmicas. Quando da maturação, os frutos foram colhidos e avaliados individualmente no laboratório de Recursos Gené�cos Vegetais do CCA, para os descritores cor externa e interna. Para tanto u�lizou-se o colorímetro Minolta®, modelo CR400. Os valores lidos foram transformados para as coordenadas cromá�cas do sistema de cor L*a*b*. Após a transformação das leituras calcularam-se os índices de cor (IC). Realizou-se análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Duncan a 5% de probabilidade. Observou-se variabilidade entre os acessos para os dois descritores avaliados. Para cor externa observou-se frutos variando do verde ao amarelo, e para cor interna foram observados frutos com coloração variando do amarelo ao laranja-intenso. Assim, pode-se inferir que os acessos estudados apresentam potencial para u�lização em programas de melhoramento da cultura que busquem essas caracterís�cas, bem como, considerando que trabalhos com a cultura tem apresentado alta correlação entre a coloração da polpa de frutos de jerimum e teor de carotenoide, os acessos com coloração alaranjada apresentam potencial para serem avaliados para teor de carotenoides.

Palavras-chave : Cucurbita máxima, Germoplasma vegetal, Recursos gené�cos de cucurbita

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RESUMO

Goji Berry é uma fru�fera pertencente à família Solanaceae. Possui alto valor comercial, devido às suas propriedades medicinais e ampla u�lização em dietas de emagrecimento. No entanto, a propagação in vitro da espécie necessita de maiores estudos, uma vez que as sementes são importadas, resultando em um alto valor nas mudas comercializadas no Brasil. Obje�vou-se mul�plicar in vitro e posteriormente aclima�zar brotações oriundas de gemas laterais de Goji Berry. Gemas laterais (1 cm2) foram excisadas de plantas com 60 dias de germinação in vitro e inoculadas em meio de cultura MS,

-1 -1gelificado com 7 g L de ágar, 30 g L de sacarose, suplementado com 6-benzilaminopurina (BAP), Cine�na e Tidiazuron (TDZ) - (0,0; 2; 4; 8 e 16 µM), ao final de 60 dias foi avaliado a porcentagem de gemas regeneradas e comprimento das brotações. As brotações regeneradas foram inoculadas em meio de cultura MS, suplementado com diferentes concentrações de BAP (0,0; 2,5; 5; 10 e 20 µM) sob lâmpada fluorescente branca ou Grolux®, visando a mul�plicação de brotos, sendo avaliado após 30 dias de cul�vo in vitro o número de brotos formados a par�r de cada planta e o número de folhas. Posteriormente, as brotações foram individualizadas e aclima�zadas com substrato Tropstrato® em casa de vegetação, sendo avaliada a porcentagem de sobrevivência 30 dias após a aclima�zação. Os dados foram subme�dos a análise de variância (ANOVA) e de acordo com os resultados os dados qualita�vos foram comparados pelo teste de Tukey (p<0.05), e os dados quan�ta�vos foram analisados pela regressão polinomial (p<0.05). O meio de cultura MS acrescido de 4 µM de BAP apresentou diferença significa�va para todos os parâmetros avaliados durante a regeneração de brotações. Já a concentração de 10 µM de BAP sob lâmpada Grolux® resultou em maior número de brotos (6,4) com maior média de número de folhas (14,2) por planta. A aclima�zação foi realizada com sucesso, obtendo 100% de sobrevivência das plantas ex vitro. (Apoio: FAPEMIG, CNPq e CAPES).

Palavras-chave : Espécie medicinal, Solanaceae, Cultura de tecidos, 6-benzylaminopurine

Po161 - AVALIAÇÃO DE CORES EXTERNA E INTERNA EM ACESSOS DE JERIMUM CABOCLO POR

COLORIMETRIA

Aurélio Paes Barros Júnior (Brazil)¹; Francisco Rafael Rodrigues Gerônimo (Brazil)¹; Luiz Aurelio Freitas Pereira

(Brazil)¹; Antônio Genilson Rodrigues De Araújo (Brazil)¹; Hugo Ferreira (Brazil)¹; Rayanne Maria Paula Ribeiro

(Brazil)¹; Lindomar Maria Da Silveira (Brazil)¹1 - UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO (UFERSA)

Po162 - CONDIÇÕES LUMINOSAS E DIFERENTES TIPOS DE CITOCININAS NA MULTIPLICAÇÃO IN

VITRO DE GOJI BERRY (LYCIUM BARBARUM L.)

Débora De Oliveira Prudente (Brazil)¹; Renato Paiva (Brazil)¹; Débora Domiciano (Brazil)¹; Lucas Batista De

Souza (Brazil)¹; Diogo Pedrosa Corrêa Da Silva (Brazil)¹; Patrícia Duarte De Oliveira Paiva (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Lavras

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Propagação de plantas ecaracterização de material

RESUMO

O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo. Inúmeras espécies na�vas são pouco estudadas, dificultando assim a sua comercialização no mercado interno e/ou externo. Esse é o caso do Bacuri (Platonia insignis Mart.), fruteira originária da Amazônia. A geração de conhecimentos é fundamental para garan�r o manejo, conservação e aproveitamento adequado da espécie, bem como a seleção de genó�pos superiores. O obje�vo do presente trabalho foi caracterizar biométrica e quimicamente frutos de bacuri coletados, após a queda natural, de seis seleções clonais nos municípios de Presidente Juscelino e Santa Rita, estado do Maranhão, Brasil. As seleções foram: T1: Boa-Vista; T2: Domingão, ambas do município de Presidente Juscelino; T3: Antonio-Launé, T4: Juninho; T5: Sororoca e T6: Bacuri-Mamão, estas do município Santa Rita. Os frutos foram avaliados biometricamente em relação: massa do fruto (MF); relação diâmetro longitudinal (DL) e o transversal (DT), DL/DT; número de línguas (NL) presentes na polpa; rendimento da polpa (RP); resíduos gerados pela semente (RS) e pela casca (RC); e as correlação entre RPxMF, RPxDL/DT e RPxNL. Para a qualidade química da polpa avaliou-se: sólidos solúveis totais (SST); acidez total �tulável (ATT); e o ra�o químico (SST/ATT). Avaliou-se o experimento em delineamento inteiramente ao acaso, com 16 repe�ções para análises biométricas (considerou-se cada fruto uma repe�ção) e 12 repe�ções para análises químicas (4 amostras compostas por 5 frutos, analisadas em triplicata), calculando-se as médias por meio de análise de variância e a comparação destas pelo teste de Scoot-Kno� (p=0,05), u�lizando-se o programa Infostat. Os frutos das seleções não diferiram significa�vas quanto ao RP (p=0,1420), RS (p=0,2905), RC (p=0,2595), SST/ATT (p=0,1102), RPxMF (p=0,1730), RPxDL/DT (p=0,6003). Estes apresentaram correlação entre RPxNL (p=0,0227; r=0,23; RP=12,7095+1,3297*NL), contudo esta foi tão baixa que mesmo os frutos da seleção T6 apresentando maior quan�dade de NL (2,7±0,2; p=0,0615), o RP não diferiu significa�vamente. As seleções que apresentaram maiores MF (p=0,0047) foram as T2 (381,44g ±24,45g), T4 (378,25g ±20,02g) e T5 (360,32g ±17,03g). Já as que apresentaram frutos mais esféricos (DL/DT mais próximo a 1,0; p<0,0001) foram as T2 (0,85 ±0,02), T3 (0,88 ±0,02) e T4 (0,90 ±0,01). Os frutos que apresentaram os maiores teores de SST (p<0,0001) foi a da T6 (19,7ºBrix ±2,1) e de menor acidez (p=0,0179) foram as seleções T1 (0,0359% ±0,0359) e T5 (0,5670% ±0,0827). Conclui-se que as seleções que apresentaram maior potencial de aproveitamento agronômico foram T2, T4 e T5, sendo necessário maiores estudos para confirmar os resultados.

Palavras-chave : Platonia insignis Mart., Frutas na�vas, Pré-melhoramento

Propagação de plantas e caracterização de material

RESUMO

O sucesso de uma produção agrícola começa pela obtenção de mudas com boa qualidade, favorecendo o estabelecimento da cultura no campo. Obje�vou-se avaliar o desenvolvimento de mudas de pimentão produzidas em diferentes combinações de substratos. O experimento foi conduzido em casa de vegetação na Universidade Federal do Piauí, Campus Profª. Cinobelina Elvas, situado no município de Bom Jesus, Piauí. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, com 4 repe�ções e 5 substratos (T1- tropstrato HA; T2- paú de buri� + tropstrato HA, T3- tropstrato HA + esterco bovino cur�do, T4- paú de buri� + esterco bovino cur�do; T5- tropstrato HA + esterco bovino cur�do + paú de buri�). A cul�var de pimentão Cascadura Ikeda foi semeada em 30 de março de 2016 em bandejas de polies�reno expandido de 128 células. As análises foram realizadas aos 62 dias após a semeadura avaliando: índice de velocidade de emergência, altura de planta, número de folhas, diâmetro do caule, comprimento da maior raiz, volume de raiz, massa da matéria seca da parte aérea e massa da matéria seca da raiz. Houve efeito significa�vo para os substratos (p ˂ 0,01) em todas as variáveis avaliadas, sendo que o T3 se destacou obtendo os maiores valores. Portanto, o uso de substrato comercial (Tropstrato HA) mais esterco bovino cur�do promove melhor desenvolvimento de mudas de pimentão ´Cascadura Ikeda´ cul�vado na região de Bom Jesus, PI.

Palavras-chave : Capsicum annuum, substratos orgânicos, crescimento, qualidade

Po163 - QUALIDADE DE FRUTOS DE SELEÇÕES CLONAIS DE BACURI

Wyayran Fernando Sousa Santos (Brazil)¹; Raudielle Silva (Brazil)¹; Larissa Silva (Brazil)¹; Jose Ribamar Araujo

(Brazil)¹; Augusto César Neves (Brazil)¹; Thaynara Frazão (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Maranhão- UEMA

Po164 - DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE PIMENTÃO EM DIFERENTES COMBINAÇÕES DE

SUBSTRATOS

Daniela Vieira Chaves (Brazil)¹; Daniel Oliveira Araujo (Brazil)²; Elaine Heberle (Brazil)²; Fabio Luiz Zanatta

(Brazil)²1 - Universidade Federal do Piauí - Campus Professora Cinobelina Elvas; 2 - Universidade Federal do Piauí – Campus Professora Cinobelina Elvas

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RESUMO

Pterospartum tridentatum is an authoctnous shrub abundantly present in Beira Interior, Portugal. This plant was widely used in tradi�onal medicine due to their bioac�ve compounds. In this region there are various ecotypes of P. tridentatum as Malcata, Gardunha and Orvalho. The objec�ve of this work was to evaluate the in vitro development capacity of the three ecotypes under three different types of light: dark, fluorescent light (cool-white fluorescent lamps) and LED (DR/B/FR 150). Explants previously established in vitro condi�ons, were introduced in MS medium, supplemented with 4,44 µM of BAP and 2,46 µM of IBA to grow under influence of each type of light. The assay was carried out in cycle of 45 days. At the end of mul�plica�on cycle different biometric and biochemical parameters were recorded. In dark treatment all the explants of all ecotypes showed absent of color in stalks. Another characteris�c of this treatment was the highest elonga�on of the explants, as well as, the low content of chlorophylls. The fluorescent light treatment promoted the higher number of new shoots and fresh weight, with Gardunha had an average of 8 new shoots and bigger fresh weight (0,5049 g). LED treatment produced explants with dark green colora�on, however with low fresh weight, in the Orvalho ecotype. As expected the LED treatment showed the highest chlorophylls content. According with results, all the ecotypes showed capacity of propaga�on, with Gardunha ecotype showing the most well adapted to the different treatments. However, this experiment permi�ed to know the behavior of these three ecotypes in different types of illumina�on and also allowed understanding the best and more efficient in vitro development condi�ons for these ecotypes of Pterospartum tridentatum.

Palavras-chave : Carqueja, in vitro development, in vitro propaga�on, ar�ficial light, dark, LED

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RESUMO

A planta da Physalis peruviana L. (Solanaceae) é originária da região Andina, cujo fruto é uma baga globosa, protegida pelo cálice, que tem qualidades organolép�cas e nutracêu�cas. O cul�vo desta planta é uma alterna�va econômica, especialmente para os pequenos agricultores, entretanto, há restrição de informações sobre o cul�vo nas condições edafoclimá�cas brasileiras. Portanto, o obje�vo do trabalho foi estudar o desenvolvimento e a maturação dos frutos de Physalis peruviana L, a par�r de plantas produzidas entre março e outubro de 2016, no Setor de Hor�cultura (22°42'32,01'' S e 47°37',41,03'' O, 546 m), Departamento de Produção Vegetal (USP, ESALQ, LPV), em Piracicaba, São Paulo, Brasil. No campo, foram avaliadas plantas de quatro blocos, total de 126 plantas, dispostas em espaçamento de 2,5 x 1,0 m e conduzidas com quatro hastes. Para as avaliações foram dis�nguidos dois momentos de florescimento das plantas, 55 e 105 dias após o transplante, considerados respec�vamente, florações inicial e final. Em cada um destes momentos, as flores foram marcadas por ocasião da antese e os respec�vos frutos avaliados aos 45, 60, 75 e 90 dias após a antese (DAA). Em cada período de análise, 15 frutos de cada repe�ção foram avaliados imediatamente após a colheita. As variáveis dos frutos analisadas foram a massa, com e sem o cálice (g), os diâmetros polar e equatorial (mm), a área (mm2) e a forma (circularidade) do cálice e do fruto, as cores do cálice e da epiderme do fruto (ângulo de cor, °h), os sólidos solúveis totais (°Brix), o pH, a acidez total �tulável (% de ácido cítrico) e ra�o (razão entre os valores de sólidos solúveis totais e acidez total �tulável). Há o incremento da massa e do tamanho do fruto até os 75 DAA e, então, ocorrem alterações da cor da epiderme e do cálice, verde para a amarela (°h ≤ 77,1), e no sabor, aumento dos sólidos solúveis totais, superior a 14,3 °Brix e redução da acidez total �tulável, inferior a 1,91% de ácido cítrico, indica�vos também do processo de maturação. Nesta fase, o fruto tem forma circular (valor > 0, 62), ocupa 36% da área do cálice e representa 95% da massa do conjunto cálice-fruto. Nos frutos originários da floração final, há a antecipação do início das alterações �picas da maturação, inclusive, os valores das variáveis, relacionadas à massa, ao tamanho, ao sabor e à cor, são superiores aos observados em frutos oriundos da florada inicial.

Palavras-chave : fisális, formação do fruto, momento de colheita, qualidade do fruto

Po165 - INFLUENCE OF LIGHT ON MICROPROPAGATION OF PTEROSPARTUM TRIDENTATUM

ECOTYPES: MALCATA, GARDUNHA AND ORVALHO

Joana Domingues (Portugal)¹; José Carlos Gonçalves (Portugal) ¹ ² ³; Clayton Debiasi (Portugal)¹1 - Centro de Biotecnologia de Plantas da Beira Interior; 2 - Instituto Politécnico de Castelo Branco, Escola Superior Agrária; 3 - CERNAS-Centro de

Estudos Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade

Po166 - FRUTOS DE PHYSALIS PERUVIANA: DESENVOLVIMENTO E MATURAÇÃO

Fabio Oliveira Diniz (Brazil)¹; Ana Dionisia Luz Coelho Novembre (Brazil)¹1 - Universidade de São Paulo

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Propagação de plantas ecaracterização de material

RESUMO

O doviális é uma fru�fera subtropical com pequenos frutos de polpa suculenta e naturalmente ácida, caracterís�ca desejada para fabricação de doces, geleias e sucos. Sua propagação se dá principalmente via sexuada. A germinação é influenciada por vários fatores, dentre eles a luz, o que pode desencadear a germinação e gerar respostas diferenciadas no desenvolvimento das plântulas. Diante do exposto, obje�vou-se com o presente trabalho avaliar o efeito da qualidade de luz na germinação e vigor de sementes de doviális. Para isto, as sementes foram colocadas para germinar entre vermiculita em caixa gerbox, os quais foram envolvidos com papel celofane azul, vermelho, amarelo, verde, escuro (envolto com papel alumínio) e testemunha sem nenhum envoltório. Os gerbox permaneceram em BOD a 25°C. Avaliaram-se diariamente a percentagem de germinação, índice de velocidade, tempo médio e velocidade média. Realizou-se também o teste de emergência em estufa, em bandejas contendo substrato comercial, seguindo as mesmas colorações u�lizadas no teste de germinação. Foram avaliados a percentagem de emergência, índice de velocidade, tempo médio e velocidade média. Das plântulas do teste de emergência mediram-se o comprimento de epicó�lo, radícula, número de folhas e biomassa seca da parte aérea e radicular. As qualidades de luz apresentaram efeitos diversos, porém a preta (ou escura) foi a que apresentou melhor efeito. As sementes de doviális apresentaram vigor baixo a médio.

Palavras-chave : Dovyalis sp., teste de germinação, pequenos frutos, plântula

Propagação de plantas e caracterização de material

RESUMO

Esta�s�cas publicadas pela World Health Organiza�on e Food Agriculture Organiza�on – FAO indicam que o tomate (Solanum lycopersicum) ocupa o terceiro lugar entre as hortaliças, quando se considera o volume de produção mundial. O cul�vo em ambientes protegidos viabiliza um aumento substancial de produ�vidade, devido a maior facilidade em controlar fatores abió�cos e bió�cos. Por vezes o custo de aquisição de substratos para tal modelo de cul�vo é elevado. Para minimizar esses custos há a possibilidade de usarem-se misturas de compostos orgânicos provenientes de resíduos vegetais, ob�das em agroindústrias, combinado a areia lavada. Com este trabalho obje�vou-se avaliar o crescimento do tomate-cereja (Lycopersicum esculentum) em diferentes combinações de substrato à base de resíduos agroindustriais e areia - resíduo de soja e bagaço de cana-de-açúcar em diversas proporções. Um experimento foi conduzido no Ins�tuto Federal Goiano – Campus Rio Verde, no setor de olericultura em ambiente protegido do �po arco coberto com filme de polie�leno transparente de 0,1 mm. Adotou-se o delineamento experimental em blocos casualizados, com parcelas subdivididas e três repe�ções. O esquema fatorial foi 6 x 5, sendo as parcelas compostas por seis �pos de substratos de resíduo de soja (RS), bagaço de cana-de-açúcar (BC) e areia lavada (A), com as seguintes proporções (v/v)%: S1=80RS+20A; S2=80BC+20A; S3=40RS+40BC+20A; S4=50RS+50A; S5=50BC+50A; S6=100A. As subparcelas foram cinco épocas de avaliações: 40; 55; 70; 85 e 100 dias após transplan�o (DAT) das mudas. O preparo de cada substrato foi efetuado através da trituração e homogeneização dos resíduos, depois foi umedecidos e colocados para fermentar em local sombreado e ven�lado por trinta dias. A cada sete dias a massa era revirada e umedecida. Aos 24 dias após semeadura em bandeja, as mudas foram transplantadas para os vasos plás�cos com 7 L de capacidade. U�lizou-se irrigação localizada com um gotejador ao lado do caule de cada planta. Foram avaliadas as variáveis: a altura de plantas (AP), número de folhas (NF) e o diâmetro do caule (DC). Os dados foram subme�dos à análise de variância pelo teste F com auxílio do programa Sisvar. Efeito significa�vo foi ob�do entre os diferentes �pos de substratos, entre as épocas de avaliação e entre a interação destes em todas as variáveis analisadas. Contudo o substrato S1 ( 4/5 Resíduo de Soja + 1/5 Areia) foi o que proporcionou maior desenvolvimento da AP, do DC e do NF.

Palavras-chave : Solanum lycopersicum, substratos, cul�vo ambiente protegido.

Po167 - GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE DOVIÁLIS SOB DIFERENTES QUALIDADES DE LUZ

Fabíola Villa (Brazil)¹; Patrícia Gibbert (Brazil)¹; Ana Carolina Pinguelli Ristau (Brazil)¹; Maria Soraia Fortado

Vera Cruz (Brazil)¹; Marlene De Matos Malavasi (Brazil)¹; Maria Cristina Copello Rotili (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Po168 - AVALIAÇÃO DE RESÍDUOS AGROINDUSTRIAIS COMO SUBSTRATOS NO CRESCIMENTO E

DESENVOLVIMENTO DO TOMATEIRO

Lázara Conceição Da Costa (Select)¹; Orlando C.Pina Filho (Select)²; José Wéselli Sá Andrade (Brazil)²; Rosana

Souza Silva (Brazil)²1 - Instituto Federal Goiano; 2 - Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde

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Propagação de plantas ecaracterização de material

RESUMO

In Olea europaea L. subsp. europaea var. sa�va one of the most outstanding issues for commercial produc�on and product cer�fica�on lies in clarifying gene�c rela�onships among the highly diverse, cul�vated olive material. This report validates the applicability of the combinatorial β-tubulin based polymorphism (cTBP) molecular marker system for Olea europaea L. genotypes. The method is based on the analysis of length polymorphisms resul�ng from combined amplifica�on of introns 1 and 2 of the β-tubulin genes, followed by fragment resolu�on in polyacrylamide electrophoresis gel. When compared with other molecular tools the technique is advantageous in terms of low costs and �me consump�on. The cTBP method was applied on a collec�on of morphologically classified olive trees that are established in the 'Ins�tuto Nacional de Inves�gação Agrária e Veterinária (INIAV, Elvas, Portugal). The results show that the cTBP marker system is useful to trace gene�c variability and phylogene�c rela�onships in olive material thus able to help clarifying misleading classifica�ons based exclusively on tradi�onal, morphological characteriza�on. Therefore, the method can be recommended as an efficient tool for commercial applica�ons and scien�fic studies that aim to verify gene�c rela�onships and origins in Olea europaea L.The study was funded by the Na�onal Funds through FCT - Founda�on for Science and Technology under the Project UID/AGR/00115/2013. The authors are thankful to FCT for the support given to HGC (SFRH/BPD/109849/2015).

Palavras-chave : molecular marker system, intron length polymorphisms, trace gene�c variability, olive genotyping

Propagação de plantas e caracterização de material

RESUMO

A propagação vegeta�va é largamente u�lizada na produção comercial de plantas florestais e de hor�cultura. A formação de raízes adven�cias (RA) é crucial para o sucesso da propagação vegeta�va. No entanto, nem todas as plantas apresentam a mesma capacidade para formar RA o que limita a disponibilidade de espécies economicamente importantes para a produção de novas plantações. Na oliveira, a capacidade para desenvolver RA é extremamente variável entre cul�vares. A hormona auxina desempenha um papel central no controlo do enraizamento adven�cio (EA) e, por isso, existem estudos sobre proteínas transportadoras de auxinas em diversas plantas, no entanto, pouca informação existe sobre este tema na oliveira. Este trabalho tem como obje�vo estudar a expressão de transcritos, que codificam proteínas envolvidas no transporte das auxinas, nos segmentos basais (envolvidos na formação de RA) de microestacas propagadas in vitro da variedade de di�cil enraizamento 'Galega vulgar'. As microestacas foram induzidas a desenvolver RA usando a auxina ácido indolbu�rico (IBA) seguindo um protocolo estabelecido pelo nosso grupo. As microestacas induzidas (grupo tratado) e não induzidas (grupo controlo) foram recolhidas em diferentes tempos ao longo do processo do EA. A expressão dos transcritos que codificam duas proteínas transportadoras de influxo do IAA (ácido indolacé�co) (AUX1 - AUXIN RESISTANT1 e LAX3 - LIKE AUXIN RESISTANT3) e três proteínas transportadoras de efluxo do IAA (PIN1 e 7 - PIN-FORMED1 e 7, e ABCB1 – ATP BINDING CASSETE 1) foi avaliada. Curiosamente, o padrão de expressão dos transcritos tanto para as proteínas de influxo como para as de efluxo foi semelhante entre os grupos tratado e controlo, com uma tendência, no geral, para aumentar ao longo do tempo, exceto para o OeAUX1. Em relação aos transportadores de influxo, o OeLAX3 parece responder mais ao tratamento com IBA do que o OeAUX1. Rela�vamente aos transportadores de efluxo, o OePIN7 mostrou ser mais afetado pelo tratamento do que os outros genes estudados. Será importante explorar a ação destes dois genes, OeLAX3 e OePIN7, na formação de RA induzidas com IBA na oliveira. Uma vez que a auxina atua de uma forma dependente do �po celular, será per�nente fazer enfoque em �pos celulares específicos e, por isso, a metodologia de microdisseção de captura a laser aplicada ao caule de microestacas de oliveira foi estabelecida para analisar também a expressão destas proteínas em diferentes tecidos (floema, córtex, epiderme) do caule. Este trabalho é cofinanciado pela UE ao abrigo do ALENTEJO 2020 através do projeto ALT20-03-0145-FEDER-000014.

Palavras-chave : oliveira, Olea europaea, enraizamento adven�cio, auxina, IBA, propagação vegeta�va, expressão génica, proteínas transportadoras, LAX, PIN

Po169 - GENETIC DIVERSITY ASSESSMENT IN PORTUGUESE OLEA EUROPEA L. CULTIVARS USING THE

COMBINATORIAL B-TUBULIN-BASED POLYMORPHISM (CTBP) MARKER SYSTEM

Hélia Cardoso (Portugal)¹; Alexandre Ferreira (Portugal)¹; Elisete Santos Macedo (Portugal)¹; Augusto Peixe

(Portugal)¹; Birgit Arnhodt-Schmitt (Portugal)¹1 - ICAAM - Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas, Universidade de Évora

Po170 - ENRAIZAMENTO ADVENTÍCIO EM OLEA EUROPAEA L. CV. 'GALEGA VULGAR' – EXPRESSÃO

DOS GENES QUE CODIFICAM PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS DE INFLUXO/EFLUXO DAS AUXINAS

Isabel Velada (Portugal)¹; Hélia G. Cardoso (Portugal)¹; Augusto Peixe (Portugal)¹1 - Universidade de Évora

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Propagação de plantas ecaracterização de material

RESUMO

No Cerrado ocorre diversidade de espécies com potencial econômico, dentre elas as fruteiras na�vas que ocupam lugar de destaque no ecossistema e seus frutos já são comercializados em feiras e com grande aceitação popular. Dentre essas fru�feras na�vas destaca-se a gabiroba (Campomanesia sp Myrtaceae), fonte de energia na alimentação e uso medicinal. A Campomanesia sp conhecida também em algumas regiões como gabiroba, guabiroba, guariroba, guabiroba-do-campo, guabiroba-do-Cerrado, guabiroba-do-lisa, guabiroba-branca é originalmente abundante em seu habitat natural ocorrendo no Cerrado, Cerradão, Campo sujo em Cerrados com ocorrência em fisionomias campestres, no Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Estas plantas possuem grande variação fenológica, sendo necessário realizar a caracterização, para que se possa selecionar matrizes para a introdução ao cul�vo. O obje�vo desse estudo foi realizar a caracterização biométrica e fenológica de Campomanesia sp de ocorrência natural no Cerrado de Goiás. O trabalho foi realizado com uma população de Campomanesia sp em áreas de pastagens na região de Urutaí-GO, no período de dezembro de 2016 a junho de 2017. Foram selecionadas 12 matrizes e destas foram levantadas as seguintes variáveis: altura da planta (cm); diâmetro do caule (mm); diâmetro da copa (cm) - u�lizando-se trena milimetrada -, e índice de brotação. Os dados foram subme�dos a esta�s�ca descri�va com valores de médias. Constatou-se que os valores médios para as leituras para altura de plantas foram de 61,14 cm, enquanto que para os diâmetros do caule e de copa foram de 6,31 (mm) e 1,04 cm, respec�vamente. Quanto ao índice de brotações os valores observados no período abordado foi de 18,05%. Neste estudo foi possível observar que os maiores índices de brotações foram verificados no decorrer do mês de dezembro, período de ocorrência de chuvas na região de Urutaí-GO. As matrizes de Campomanesia sp. se comportam de maneiras diferentes, quanto aos aspectos fenológicos avaliados, sendo necessário a realização de estudos con�nuos no sen�do de escolha de matrizes selecionadas para a introdução ao cul�vo.

Palavras-chave : Gabiroba, Fru�fera, Biometria

Propagação de plantas e caracterização de material

RESUMO

Recentemente, o fisalis foi incorporado no grupo dos pequenos grupos, porém a fruta ainda é considerada exó�ca no Brasil e com pequena produção nacional. O fruto possui baixa acidez, um considerável quan�dade de β-caroteno e alto teor de sólidos solúveis, além de possuir flavonóides, carotenóides, alcalóides e terpenos benéficos a saúde. As frutas de fisalis frutas se destacam pelo seu sabor adocicado e elevado conteúdo de vitamina A, B e C, além de serem ricas em ácidos poli-insaturados, incluindo o ácido linoleico, oleico, palmí�co e linolénico, proteínas, minerais e carotenóides.Entre as espécies de physalis cujos frutos, são ricos em compostos benéficos para a saúde humana e tem potencial como alimento destacam-se Physalis peruviana L., Physalis pubescens L., Physalis angulata L., Physalis mínimos L. e Physalis ixocarpa Brot. Neste contexto, o obje�vo deste estudo foi caracterizar as diferentes espécies de physalis (Physalis peruviana L., Physalis pubescens L., Physalis angulata L., Physalis mínimos L. e Physalis ixocarpa Brot) quanto as suas caracterís�cas �sico-químicas. Quanto aos parâmetros de tamanho e peso das diferentes espécies de fisalis, as espécies apresentaram dimensões variando de 13,11a 26,12 mm de comprimento médio de 13,99 a 30,33 mm de diâmetro médio, sendo que as espécie P. ixocarpa apresentou maiores valores para ambas caracterís�cas e a P. mimina os menores valores, e conseqüentemente, estas mesma espécie apresentou a maior e menor massa unitária respec�vamente, que variou de 1,67 a 13,13g. O teor de sólidos solúveis variou de 2,33 a 11,33°Brix sendo que a P. Angulata apresentou os maiores valores e a P. ixocarpa os menores, já acidez variou de 0,15 a 2,30g de ácido cítrico/100g a cul�var P. angulata obteve o maior valor e a P. mimina o menor. Quanto ao ra�o a variação foi de 2,60 a 31,7 onde a P. ixocarpa apresentou os menores valores e a P. mimina os maiores. e o pH variou de 3,57 a 4,18 onde a P. mínima obteve maior valor e a P. peruviana o menor. Quanto a coloração dos frutos das diferenets espécies de physalis, o parâmetro de cor L* foi de 26,64 a 45,07, b* de 2,96 a 30,28 e a* de 3,82 a 10,20. As espécies Peruviana, Angulata e Pubences se destacaram por apresentar maiores valores de L*, a* e b*.

Palavras-chave : Fisalis, Qualidade, Pré-melhoramento

Po171 - FENOLOGIA DE CAMPOMANESIA SP DE OCORRENCIA NO CERRADO DE GOIÁS

Caio César Oliveira Pereira (Brazil)¹; Erica (Brazil)¹; Muza Carmo Vieira (Brazil)¹1 - Instituto Federal Goiano campus Urutaí

Po172 - CARACTERIZAÇÃO FÍSICO QUÍMICA DE FRUTOS DE DIFERENTES ESPÉCIES DE PHYSALIS

Pedro Maranha Peche (Brazil)¹; Paula Nogueira Curi (Brazil)¹; Daniel Fernandes Da Silva (Brazil)¹; Rafael Pio

(Brazil)¹; Vanessa Rios De Souza (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Lavras

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Propagação de plantas ecaracterização de material

RESUMO

A granadilha é um maracujá doce, sendo os frutos consumidos in natura. O principal método de propagação de mudas é via sexuada, porém com baixa taxa de germinação. Diante do exposto, obje�vou-se com o presente trabalho avaliar o ácido giberélico e temperatura na germinação de sementes de granadilha. O experimento foi realizado em Laboratório de sementes e mudas. Os frutos de granadilha foram adquiridos de fru�cultor idôneo, sendo previamente selecionados, seccionados e re�radas as sementes para montagem do experimento. O delineamento experimental u�lizado foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 2, contendo 4 repe�ções e 50 sementes por repe�ção. Avaliaram-se a cada dois dias, até sessenta dias a percentagem de germinação, índice de velocidade de germinação, tempo médio de germinação, altura (mm) e biomassa seca (mg) de plântulas. Melhores resultado foram ob�dos para as sementes foram

-1 verificados com a u�lização de 100 mg L de GA3 e em temperatura alternada de 20-30 °C. Menor tempo médio de germinação foi ob�do quando as sementes foram tratadas com ácido giberélico. Maior percentagem de germinação de sementes foi 53,2% na temperatura de 20-30°C alternado

Palavras-chave : Passiflora ligularis Juss, maracujá-doce,, teste de germinação, propagação sexuada, ácido giberélico

Propagação de plantas e caracterização de material

RESUMO

A obtenção de pomares homogêneos se deve especialmente ao uso de mudas de qualidade, sendo que o método de propagação sexuada é o mais u�lizado para a fisális. Diante do exposto, obje�vou-se com o presente trabalho avaliar o efeito das telas de 50% de sombreamento coloridas sobre a emergência e o desenvolvimento de mudas de três espécies de fisális. O experimento foi desenvolvido na Unioeste, Campus de Marechal Cândido Rondon. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso em esquema de parcelas subdivididas com 4 repe�ções. As telas u�lizadas apresentaram 50% de sombreamento e colorações branca, preta, verde, cinza e cul�vo a pleno sol. As subparcelas consis�ram de 3 espécies de fisális, sendo P. angulata, P. peruviana e P. pubescens. A semeadura foi realizada em tubetes e o desbaste ocorreu 40 dias após a semeadura. Durante este período foram avaliados o índice de velocidade de emergência (IVE), comprimento de planta (cm), número de folhas, diâmetro do colo (mm), biomassa seca de parte aérea (g), biomassa seca de raízes (g), e índices de trocas gasosas das folhas. A emergência das plantas foi favorecida em ambiente com presença de telas. Os ambientes de cul�vo apresentaram interação com as espécies em relação ao índice de velocidade de emergência, diâmetro do colo, altura das plantas, biomassa seca de folha e na taxa de transpiração das mudas. Os ambientes não interferiram na taxa assimilatória líquida, radiação fotossinte�camente a�va, índice SPAD, biomassa seca de raízes, caule e folhas, e no número de folhas por planta. As mudas produzidas em ambiente de cul�vo com tela preta apresentaram maior percentagem de emergência e maior IVE. A tela preta possibilitou a formação de mudas de fisális de melhor qualidade.

Palavras-chave : Physalis sp., Solanaceae, ambiente protegido, fotossíntese

Po173 - FITORMÔNIO E TEMPERATURA NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE GRANADILHA PRÉ-

TRATADAS

Fernanda Jaqueline Menegusso (Brazil)¹; Fabíola Villa (Brazil)¹; Maria Cristina Copello Rotili (Brazil)¹; Danielle

Acco Cadorin (Brazil)¹; Graciela Maiara Dalastra (Brazil)¹; Karina Heberle (Brazil)¹1 - Unioeste

Po174 - DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE FISÁLIS SOB TELAS DE SOMBREAMENTO E A PLENO SOL

Giovana Ritter (Brazil)¹; Élcio Silvério Klosowski (Brazil)¹; Fabíola Villa (Brazil)¹; André Luis Piva (Brazil)¹; Tatiane

Eberling (Brazil)¹; Leila Alves Netto (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

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Propagação de plantas ecaracterização de material

RESUMO

O ambiente pode ser um fator limitante para o desenvolvimento de mudas de espécies de fisális. Diante do exposto, obje�vou-se com o presente trabalho avaliar o desenvolvimento inicial de espécies de fisális subme�das aos ambientes de cul�vo. O delineamento experimental u�lizado foi blocos casualizados, em esquema fatorial 3 x 3 (3 espécies de fisális x 3 ambientes), contendo 4 repe�ções, conduzido entre fevereiro e maio de 2012, na Unioeste, Campus Marechal Cândido Rondon, PR. Durante o experimento, monitorou-se o IVE das plântulas nos 30 dias iniciais. Aos 76 DAS avaliaram-se a área foliar, biomassa seca das folhas, caules e raízes, bem como o número de folhas, altura das plantas e diâmetro do caule. O ambiente SBT propicia maior taxa de emergência de plântulas das espécies de fisális estudadas. Os ambientes EST e SBT foram similares no desenvolvimento inicial de fisális, podendo ser u�lizados na produção de mudas destas espécies. Não é aconselhável que o desenvolvimento inicial de mudas de fisális ocorra em PLS.

Palavras-chave : Physalis, estufa, sombrite, produção de mudas

Propagação de plantas e caracterização de material

RESUMO

A população mundial, cada vez mais, se interessa por alimentos que estejam prontos para consumo e mesmo assim não deixem de ser funcionais e saudáveis. O Brasil tem como uma de suas principais frutas na�vas a jabu�caba, de aroma e sabor caracterís�cos. O resíduo (casca e caroço) da jabu�caba é rico em fibras e compostos bioa�vos. Este resíduo descartado pela indústria de geleia e sucos representando cerca de 50% da fruta. Sendo assim, o obje�vo desta pesquisa foi caracterizar o resíduo da jabu�caba, variedade Sabará (Myrciaria jabo�caba), desidratados por dois métodos dis�ntos e moídos separadamente. Desidratação por secador de bandeja com circulação de ar forçada a 45 ºC (R1) e liofilização a 45°C (R2) até que peso constante. R1 apresentou valores de fibras (26,2±0,02 g/100g), umidade (6,19 g/100g) e pH (3,42) significa�vamente (p<0,05) superiores a R2, porém R2 apresentou valores significa�vamente (p<0,05) elevados de acidez total (110,3 meq de NaOH/100g ) e acidez em ácido cítrico (7,06 g/100g) a R1. As análises microbiológicas confirmaram as condições higiênicos sanitárias de coliformes totais a 35°C (<3,0 NMP/g) e coliformes termotolerantes 45°C (<3,0 NMP/g) para ambos os resíduos, assim como as análises de bolores e leveduras de R1 (1,0x10³ UFC/g) e R2 (2,2x10³ UFC/g) se

4encontram abaixo do limite (10 UFC/g) permi�do pela legislação brasileira (RDC n°12, 02 de janeiro de 2001). R1 apresentou a�vidade de água de 0,40 e R2 de 0,23 a temperatura de 25°C, sendo valores seguros de conservação. Não houve diferença significa�va (p>0,05) entre o tamanho médio das par�culas de R1 (80,8 μm) e R2 (80,7 μm) representando 60% e 85%, respec�vamente.

Palavras-chave : jabu�caba, resíduo, fibras

Po175 - AMBIENTES DE CULTIVO NO DESENVOLVIMENTO INICIAL DE MUDAS DE ESPÉCIES DE FISÁLIS

Giovana Ritter (Brazil)¹; Fabíola Villa (Brazil)¹; Éder Junior Mezzalira (Brazil)¹; Tatiane Eberling (Brazil)¹; Fernanda

Jaqueline Menegusso (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Po176 - CARACTERIZAÇÃO DO RESÍDUO DESIDRATADO E LIOFILIZADO DE JABUTICABA4Izabela Mendes Zin (Brazil)¹; Karina Maria Olbrich Dos Santos (Brazil)²; Tatiana Pacheco Nunes (Brazil) ;

Adriano Gomes Da Cruz (Brazil)³; Ana Carolina Sampaio Doria Chaves (Brazil)²1 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); 2 - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Agroindústria de Alimentos;

3 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ); 4 - Universidade Federal de Sergipe (UFS)

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Propagação de plantas ecaracterização de material

RESUMO

O maracujazeiro pertence à família Passifloraceae, sendo a de maior interesse comercial, compreendendo 18 gêneros e 630 espécies, com distribuição principalmente nos trópicos da América, Ásia e África. O gênero Passiflora é de maior importância econômica, com 24 subgêneros e 465 espécies, das quais 150 a 200 são originárias do Brasil, podendo ser u�lizadas com finalidades alimen�cias, medicinais, ornamentais e muitas delas com finalidades múl�plas. Devido sua amplitude de u�lização, desde consumo in natura até a industrialização, essa fru�fera sofre com problemas em campo, ocorrendo em determinadas áreas a morte prematura do pomar devido a doenças fúngicas. Com isso, as pesquisas relacionadas ao armazenamento das sementes, afim de se manter um banco de sementes, e a emergência das plântulas, para produção de mudas e manutenção de um banco de germoplasma para melhoramento gené�co, possuem grande importância, principalmente para obtenção de mudas porta-enxertos resistentes a determinados patógenos de solo. A produção de mudas de maracujá e problemá�ca em vista que a semente possui grau de germinação desuniforme, devido, a uma camada gela�nosa que recobre a semente (arilo), servindo como barreira �sica e possuindo substancias inibidoras de crescimento, prejudicando a emergência. Desta forma, obje�vou-se com este trabalho avaliar a influência do armazenamento das sementes na emergência das plântulas de Passiflora giber� e Passiflora caerulea. As sementes foram re�radas dos frutos e removido o arilo sob água corrente e fricção em peneira, posteriormente, armazenou-se por cinco anos em ambiente refrigerado em sacos de plás�co. Semeou-se o material em bandeja de polie�leno com substrato estéril “Carolina” Padrão e a irrigação foi realizada 3 vezes ao dia por nebulização com tempo de irrigação de cinco minutos. Foi u�lizado o delineamento experimental inteiramente casualizado com dois tratamentos e cinco repe�ções, sendo cada repe�ção composta por com 15 células plantadas, com 3 sementes por célula. Os tratamentos foram cons�tuídos das espécies de maracujazeiro: Passiflora giber� e Passiflora caerulea. Aos 60 dias foi ob�do 61,33% de emergência das sementes de P. giber� e 43,33% de P. caerulea. Conclui-se que o armazenamento de sementes de maracujá P. giber� e P. caerulea por longo período em ambiente refrigerado reduziu a capacidade de emergência das plântulas.

Palavras-chave : Maracujá, propagação vegeta�va, P. edulis, P. caerulea, P. giber�.

Propagação de plantas e caracterização de material

RESUMO

A aceroleira (Malpighia emarginata DC) pertencente à família Malpighiaceae e originária de regiões da América do Sul, América Central e An�lhas, é uma fru�fera que se destaca, principalmente, pelo seu alto teor de ácido ascórbico e rendimento no setor industrial. A produção no Brasil é elevada e o plan�o ocorre em vários estados brasileiros, sendo 60% da produção des�nada ao mercado interno e 40% para exportação, garan�ndo ao país a primeira posição no ranking mundial. Entretanto, o plan�o comercial se dá ou por sementes, que causa desuniformidade no pomar, ou por estaquia, com o desenvolvimento superficial do sistema radicular. Nesse sen�do, a u�lização de diferentes cul�vares de acerola para produção de porta-enxertos torna-se uma linha de pesquisa importante para a cultura. Porém, a escassez de informações problema�zam o plan�o comercial da espécie, pois essa ausência de estudos influencia o conhecimento acerca da germinação das sementes e, consequentemente, a produção em regiões de interesse. Desta forma, obje�vou-se com o trabalho avaliar a efe�vidade de tratamentos pré-germina�vos em cul�vares de aceroleira. O experimento foi realizado na UNESP - Câmpus Dracena, e os frutos das cul�vares nordes�nas 'Apoda', 'Cereja', 'Roxinha', 'Frutacor' e 'Cabocla' foram coletados no Polo Regional da Alta Paulista. O despolpamento dos caroços foram realizados por meio de atrito com peneira e colocados para secarem à sombra por 24 horas. Os tratamentos consis�ram na semeadura do caroço seco (controle), do caroço em imersão em água por 5 minutos e imersão por 12 horas, e da semente isolada em substrato estéril “Carolina” padrão, em células de bandejas de polies�reno expandido, com irrigação do �po nebulização intermitente, 3 vezes por semana. Avaliou-se porcentagem de germinação (G), índice de velocidade (IVG), tempo médio (TMG) e velocidade média de germinação (VMG). O delineamento foi inteiramente casualizado com quatro tratamentos e 20 repe�ções, sendo cada repe�ção composta por 3 sementes/caroços. A cul�var 'Apoda' apresentou no controle maiores valores de G e IVG (60% e 0,3283, respec�vamente) quando comparada com os demais tratamentos e cul�vares. Já a semeadura das sementes isoladas de Cereja exibiu melhores valores de TMG e VMG (15,8709 e 0,0630, respec�vamente) dentre os tratamentos avaliados. Não houve germinação da cul�var 'Cabocla' em nenhum tratamento pré-germina�vo. Concluiu-se que, dentre as cul�vares de aceroleira e tratamentos pré-germina�vos analisados, a cul�var 'Apoda' apresentou a mais alta germinação com a semeadura do caroço seco, sendo a mais indicada para ser u�lizada como porta-enxerto na produção de mudas de aceroleira.

Palavras-chave : Acerola, propagação vegeta�va, espécies na�vas

Po177 - ARMAZENAMENTO E EMERGÊNCIA DE SEMENTES DE P. GIBERTI E P. CAERULEA

Tatiane Paes Dos Santos (Brazil)¹; Danilo (Brazil)¹; Antonio Flávio Arruda Ferreira (Brazil)¹; Laís Naiara 4Honorato Monteiro (Brazil)³; José Carlos Cavichioli (Brazil) ; Maria Gabriela Fontanetti Rodrigues (Brazil)¹;

Aparecida Conceição Boliani (Brazil)²1 - Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas FCAT/UNESP; 2 - Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira FEIS/UNESP; 3 - Faculdade de

Ciências Agronômicas FCA/UNESP; 4 - Polo Regional da Alta Paulista APTA

Po178 - TRATAMENTOS PRÉ-GERMINATIVOS DE CULTIVARES DE MALPIGHIA EMARGINATA DC

Tatiane Paes Dos Santos (Brazil)¹; Juliana Alencar Gonçalves (Brazil)¹; Laís Nayara Honorato Monteiro (Brazil)²; 4 4Antonio Flávio Arruda Ferreira (Brazil)³; José Carlos Cavichioli (Brazil) ; Maurício Dominguez Nasser (Brazil) ;

Maria Gabriela Fontanetti Rodrigues (Brazil)¹1 - Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas FCAT/UNESP; 2 - Faculdade de Ciências Agrárias FCA/UNESP; 3 - Faculdade de Engenharia de

Ilha Solteira FEIS/UNESP; 4 - Polo Regional da Alta Paulista APTA

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Propagação de plantas ecaracterização de material

RESUMO

A aceroleira (Malpighia emarginata DC) pertencente à família Malpighiaceae e originária de regiões da América do Sul, América Central e An�lhas, é uma fru�fera que se destaca, principalmente, pelo seu alto teor de ácido ascórbico e rendimento no setor industrial. A produção no Brasil é elevada e o plan�o ocorre em vários estados brasileiros, sendo 60% da produção des�nada ao mercado interno e 40% para exportação, garan�ndo ao país a primeira posição no ranking mundial. Entretanto, o plan�o comercial se dá ou por sementes, que causa desuniformidade no pomar, ou por estaquia, com o desenvolvimento superficial do sistema radicular. Nesse sen�do, a u�lização de diferentes cul�vares de acerola para produção de porta-enxertos torna-se uma linha de pesquisa importante para a cultura. Porém, a escassez de informações problema�zam o plan�o comercial da espécie, pois essa ausência de estudos influencia o conhecimento acerca da germinação das sementes e, consequentemente, a produção em regiões de interesse. Desta forma, obje�vou-se com o trabalho avaliar a efe�vidade de tratamentos pré-germina�vos em cul�vares de aceroleira. O experimento foi realizado na UNESP - Câmpus Dracena, e os frutos das cul�vares nordes�nas 'Apoda', 'Cereja', 'Roxinha', 'Frutacor' e 'Cabocla' foram coletados no Polo Regional da Alta Paulista. O despolpamento dos caroços foram realizados por meio de atrito com peneira e colocados para secarem à sombra por 24 horas. Os tratamentos consis�ram na semeadura do caroço seco (controle), do caroço em imersão em água por 5 minutos e imersão por 12 horas, e da semente isolada em substrato estéril “Carolina” padrão, em células de bandejas de polies�reno expandido, com irrigação do �po nebulização intermitente, 3 vezes por semana. Avaliou-se porcentagem de germinação (G), índice de velocidade (IVG), tempo médio (TMG) e velocidade média de germinação (VMG). O delineamento foi inteiramente casualizado com quatro tratamentos e 20 repe�ções, sendo cada repe�ção composta por 3 sementes/caroços. A cul�var 'Apoda' apresentou no controle maiores valores de G e IVG (60% e 0,3283, respec�vamente) quando comparada com os demais tratamentos e cul�vares. Já a semeadura das sementes isoladas de Cereja exibiu melhores valores de TMG e VMG (15,8709 e 0,0630, respec�vamente) dentre os tratamentos avaliados. Não houve germinação da cul�var 'Cabocla' em nenhum tratamento pré-germina�vo. Concluiu-se que, dentre as cul�vares de aceroleira e tratamentos pré-germina�vos analisados, a cul�var 'Apoda' apresentou a mais alta germinação com a semeadura do caroço seco, sendo a mais indicada para ser u�lizada como porta-enxerto na produção de mudas de aceroleira.

Palavras-chave : Acerola, propagação vegeta�va, espécies na�vas

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Po179 - TRATAMENTOS PRÉ-GERMINATIVOS DE CULTIVARES DE MALPIGHIA EMARGINATA DC

Tatiane Paes Dos Santos (Brazil)¹; Juliana Alencar Gonçalves (Brazil)¹; Laís Nayara Honorato Monteiro (Brazil)²; 4 4Antonio Flávio Arruda Ferreira (Brazil)³; José Carlos Cavichioli (Brazil) ; Maurício Dominguez Nasser (Brazil) ;

Maria Gabriela Fontanetti Rodrigues (Brazil)¹1 - Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas FCAT/UNESP; 2 - Faculdade de Ciências Agrárias FCA/UNESP; 3 - Faculdade de Engenharia de

Ilha Solteira FEIS/UNESP; 4 - Polo Regional da Alta Paulista APTA

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Proteção fitossanitária

RESUMO

Amarelo da abobrinha-de-moita (Cucurbita pepo L.) associado a um fitoplasma da espécie puta�va 'Candidatus Phytoplasma pruni'. A abobrinha-de-moita é uma hortaliça de presença constante no hábito alimentar da população, pois possibilita múl�plos usos na culinária. Os frutos desta cucurbitácea apresentam polpa macia e são comercializados e consumidos no estádio imaturo. Além do valor nutricional e do rendimento econômico, a cultura tem importância social pela geração de empregos, pois demanda muita mão-de-obra para a execução de prá�cas culturais exigidas desde o plan�o até a colheita. Fitoplasmas são procariotos desprovidos de parede celular e parasitas intracelulares obrigatórios de vasos de floema. Esses patógenos têm sido associados com doenças em cucurbitáceas, tanto em espécies cul�vadas como silvestres e daninhas. Em plan�o comercial localizado no Vale do Ribeira, Estado de São Paulo, foram observadas plantas de abobrinha-de-moita que apresentavam produção excessiva de ramos, malformação da parte aérea e folhas disformes e enrugadas. Os sintomas, inicialmente, foram suspeitos de serem de e�ologia viral. No entanto, como estes sintomas também poderiam estar sendo induzidos por fitoplasmas, testes moleculares foram conduzidos com o propósito de evidenciar a associação deste �po de patógeno com as plantas doentes. Após a extração de DNA total, foram realizados ensaios de duplo PCR, com os pares de primers universais P1/Tint e R16F2n/R16R2. A presença de fitoplasma nos tecidos foi demonstrada pela amplificação de um fragmento genômico de 1,2 Kb, correspondente ao gene 16S rRNA. Empregando-se a mesma técnica, porém usando-se os primers R16(III)F2/R16(III)R1 na etapa de re-amplificação, fragmentos genômicos de 0,8 Kb foram gerados, revelando a presença de um fitoplasma do grupo 16SrIII ('Candidatus Fitoplasma pruni'). A análise de RFLP, conduzida em gel de poliacrilamida, com o uso das enzimas de restrição AluI, RsaI, HpaII, HhaI, MboI, KpnI e MseI confirmou a iden�dade do fitoplasma como sendo um representante do grupo 16SrIII. Fitoplasmas deste mesmo grupo também têm sido encontrados em associação com doenças presentes em outras cucurbitáceas ocorrentes no território brasileiro, entre elas o amarelo da abóbora (C. moschata) e o superbrotamento do chuchu (Sechium edule), da bucha (Luffa aegyp�aca) e do melão de São Caetano (Momordica charan�a).

Palavras-chave : Cucurbitacea, Fitoplasma, Abobrinha

Proteção fitossanitária

RESUMO

Enfezamento de brócolis e couve-flor: diversidade de fitoplasmas, hospedeiros do patógeno, potenciais vetores e análise epidemiológica da doença. Brócolis, couve-flor e repolho são as brássicas mais valorizadas pelos consumidores brasileiros. Estas culturas desempenham relevante papel social e econômico, pois são cul�vadas em pequenas áreas, �picas de agricultura familiar. Em 2016, o estado de São Paulo produziu 42,2 mil toneladas de brócolis e 29,2 mil de couve-flor, sendo a região do cinturão verde da cidade de São Paulo um dos maiores polos produtores destas hortaliças. Nesta região, uma doença denominada de “enfezamento” vem causando sérios danos a estas espécies hor�colas, reduzindo o rendimento das culturas e o valor comercial dos produtos. Plantas doentes exibem sintomas de enfezamento ou nanismo, deformação de inflorescência, clorose foliar, avermelhamento de folhas, necrose dos vasos condutores e brotações na base da haste. O enfezamento está associado aos fitoplasmas, bactérias sem parede celular, habitantes de floema e transmi�das por insetos. Fitoplasmas são classificados em grupos e subgrupos e iden�ficados através das metodologias moleculares de PCR (Polymerase Chain Reac�on) e RFLP (Restric�on Fragments Length Polymorphism). Pesquisas conduzidas revelaram que fitoplasmas afiliados aos grupos 16SrI e 16SrIII são prevalentes, enquanto representantes dos grupos 16Sr XIII e 16SrXV ocorrem com menor frequência nos campos de brássicas. Diversas espécies daninhas presentes nas imediações das culturas também se mostraram infectadas por fitoplasmas pertencentes aos grupos prevalentes encontrados nas brássicas. Entre estas plantas se destacaram Erigeron bonariensis, Emilia sonchifolia, Bidens pilosa, Leonurus sibiricus, Sida rhombifolia, Nicandra physalodes e Agerantum conyzoides. Em insetos do �po cigarrinhas amostrados em campos cul�vados com estas brássicas também foram detectados fitoplasmas, os quais foram molecularmente iden�ficados como pertencentes aos grupos 16SrI e 16SrIII. As espécies portadoras de fitoplasmas mais frequentes foram Agallia albidula, Agalliana s�c�collis, Atanus ni�dus, Balclutha hebe, Empoasca spp. e Planicephalus flavicosta. Estas evidências apontam estas cigarrinhas como potencias vetores dos fitoplasmas associados ao enfezamento. Análises epidemiológicas, desenvolvidas com base no índice de dispersão, lei de Taylor e áreas isópatas, mostraram que a distribuição espacial da doença é do �po 'agregada', confirmando o papel relevante de vetores na disseminação da doença. Além disto, a análise mostrou que a doença tem início e maior incidência nos bordos das áreas cul�vadas, evidenciando que o patógeno é disseminado a par�r de áreas adjacentes em direção ao interior das culturas. Estes resultados podem contribuir para a estratégia de manejo, visando minimizar os danos provocados pela doença.

Palavras-chave : Brócolis, Couve-flor, Fitoplasmas

Po180 - AMARELO DA ABOBRINHA-DE-MOITA (CUCURBITA PEPO L.) ASSOCIADO A UM FITOPLASMA

DA ESPÉCIE PUTATIVA 'CANDIDATUS PHYTOPLASMA PRUNI'

Ivan Paulo Bedendo (Brazil)¹; Luciano De Aquino Melo (Brazil)²1 - Universidade de São Paulo - ESALQ; 2 - Escritório de Defesa Agropecuária do Estado de São Paulo

Po181 - ENFEZAMENTO DO BRÓCOLIS E DA COUVE-FLOR: DIVERSIDADE DE FITOPLASMAS,

HOSPEDEIROS DO PATÓGENO, POTENCIAIS VETORES E ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA DOENÇA

Ivan Paulo Bedendo (Brazil)¹; Maria Cristina Da Silva (Brazil)²; Bárbara Eckstein (Brazil)³1 - Universidade de São Paulo; 2 - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina; 3 - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária –

Cenargen

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Proteção fitossanitária

RESUMO

O presente trabalho teve como obje�vo quan�ficar a deposição de calda de pulverização, através de diferentes volumes e pontas de pulverização, na cul�var de batata Atlan�c. Foi u�lizado um traçador na calda de pulverização, o corante Azul Brilhante FD & C N – 1 na concentração de 3.000 ppm. Avaliou-se a deposição da calda de pulverização na fase de crescimento da planta de batata denominado de amontoa (aos 18 dias após a brotação) e, em duas posições da planta (parte apical e basal). Os tratamentos testados foram: pontas de jato cônico (TX–8 a 200, TX-18 a 400 e TX-26 a 600 L.ha-1); pontas de jato plano (XR11002VS a 200, XR11003VS a 400 e XR11004VS a 600 L.ha-1) e, pontas de jato plano duplo (TJ11002EVS a 200, TJ11004 a 400 e 600 L.ha-1). U�lizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro repe�ções. Para a análise da deposição coletou-se 25 plantas de cada parcela (cinco linhas por 3m), sendo que para extração do traçador das folhas e caules u�lizou-se 200 ml de água des�lada. Para determinar o conteúdo depositado pelas pulverizações nas plantas (folhas e caules) usou-se um espectrofotômetro de feixe duplo de UV-visível, com leitura em absorbância no comprimento de onda de 630nm. Foram ajustadas curvas de regressão, através do modelo de Gompertz, entre os depósitos de calda e as freqüências acumuladas. O resultados evidenciaram que: o uso de volumes menores de calda de pulverização proporcionou maior uniformidade de distribuição de depósitos; o uso de volumes maiores de calda de pulverização não determinaram, necessariamente, em maiores depósitos; a deposição da calda de pulverização na parte superior das plantas foi maior do que nas partes inferiores, independente da ponta e do volume de aplicação; e a uniformidade de deposição da calda de pulverização na parte inferior da planta foi maior do que nas parte superior, independente da ponta de pulverização e do volume de aplicação testado.

Palavras-chave : tecnologia de aplicação, bico, traçador,

Proteção fitossanitária

RESUMO

A mosca-das-frutas sul-americana, Anastrepha fraterculus (Diptera: Tephri�dae) é a principal praga das fru�feras de clima temperado no Sul do Brasil. A detecção e a quan�ficação das populações de mosca-das-frutas em hospedeiros na�vos são etapas essenciais ao implementar técnicas de controle que envolvem o manejo integrado dessa praga. Nesse contexto, o obje�vo deste trabalho foi avaliar os índices de infestação de A. fraterculus em hospedeiros na�vos, a fim de fornecer subsídios para a formulação de estratégias para o manejo integrado da mosca-das-frutas. O estudo foi desenvolvido na Epagri/Estação Experimental de Caçador, SC, de novembro de 2016 a março de 2017. Foram avaliados frutos de cerejeira-do-rio-grande (Eugenia involucrata), guabirobeira (Campomanesia xanthocarpa), araçazeiro vermelho e amarelo (Psidium ca�leianum) localizados próximos a pomares comerciais de macieira (Malus domes�ca). Também foram coletados frutos de araçazeiro-amarelo em área de mata na�va. De cada espécie fru�fera, foram coletados 50 frutos de cinco plantas, totalizando 250 frutos/espécie fru�fera. Os frutos foram coletados do chão e da copa das árvores, aleatoriamente, no estádio de maturação fisiológica. Após a coleta, os frutos foram acondicionados em recipientes plás�cos contendo areia esterilizada e man�dos em sala clima�zada. Após 7, 14 e 21 dias, a areia foi peneirada para a contagem de pupários, os quais foram transferidos para placas de Petri contendo areia esterilizada e acondicionados em gaiolas até a emergência de moscas e/ou parasitoides. O grau de infestação dos frutos pela mosca-das-frutas foi expresso pelo número de pupários/fruto e número de pupários/peso de frutos (Kg). Registrou-se também a viabilidade pupal (%) e a razão sexual (rs). Os dados foram analisados com auxílio do programa esta�s�co Sisvar 5.6 u�lizando-se das ro�nas de teste quanto à normalidade e comparados pelo teste de Sco�-Kno� ao nível de significância de 5%. Observou-se maior quan�dade de pupários/fruto e de pupários/kg em frutos de araçá-vermelho. Verificou-se maior viabilidade pupal em frutos de cereja-do-rio-grande e de araçá-amarelo coletado em área próxima à pomar de macieira. Em relação à razão sexual, não se verificou diferença entre as fru�feras avaliadas. Frutos de araçá-vermelho apresentaram maior infestação de mosca-das-frutas, sendo um importante hospedeiro na�vo mul�plicador de mosca-das-frutas para os pomares comerciais de macieira. Todas as fru�feras na�vas avaliadas apresentam fenologia de fru�ficação concomitante com os cul�vares de macieira cul�vados em Caçador. Dessa forma, o monitoramento nesses hospedeiros na�vos deve ser realizado do início da fru�ficação até a maturação dos frutos, viabilizando a tomada de decisão de controle.

Palavras-chave : Anastrepha fraterculus, macieira, hospedeiros na�vos, monitoramento

Po182 - DEPOSIÇÃO DA CALDA DE PULVERIZAÇÃO EM PLANTAS DE BATATA, CULTIVAR ATLANTIC:

EFEITO DE PONTAS E VOLUMES DE APLICAÇÃO

Dagoberto Martins (Brazil)¹; Sidnei Roberto De Marchi (Brazil)²; Neumárcio Villanova Da Costa (Brazil)³1 - FCAV/UNESP; 2 - UFMT; 3 - UNIOESTE

Po183 - ÍNDICES DE INFESTAÇÃO DA MOSCA-DAS-FRUTAS SUL-AMERICANA EM FRUTÍFERAS

NATIVAS EM CAÇADOR, SANTA CATARINA, BRASIL

Janaína Pereira Dos Santos (Brazil)¹; André Eduardo Biscaia De Lacerda (Brazil)²; Andressa Camila Alves

(Brazil)3; Andressa Ana Ansiliero (Brazil)³1 - EPAGRI; 2 - EMBRAPA; 3 - UNIARP

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Proteção fitossanitária

RESUMO

As bromeliáceas são plantas ornamentais bastante comercializadas no Brasil, devido à sua arquitetura foliar peculiar, diversidade de espécies e variações morfológicas existentes. O gênero Bromelia L. (subfamília Bromelioideae) é um dos mais diversos, englobando 56 espécies, dentre as quais está a Bromelia reversacantha Mez, planta terrícola, comumente encontrada em solos arenosos, em ambientes secos e a pleno sol ou à meia-sombra, de ocorrência apenas em áreas de Cerrado Rupestre. Apesar de ser ainda pouco estudada, a espécie apresenta caracterís�cas importantes para a ornamentação, tais como folhas persistentes, inflorescência vistosa e duradoura, e arquitetura interessante para uso no paisagismo, tanto em maciços como em vasos. Este trabalho obje�vou avaliar a hospedabilidade de Bromelia reversacantha a Meloidogyne incognita. O ensaio foi instalado em casa de vegetação com mudas provenientes de cul�vo in vitro entre 12 e 14 meses de idade, plantadas em recipientes plás�cos de 400 mL, contento substrato autoclavado composto pela mistura de solo e areia (1:1). O delineamento adotado foi inteiramente casualizado com 10 repe�ções (mudas de bromélia) e cinco concentrações do nematoide (0, 1000, 2000, 4000 e 8000 ovos e J2/parcela), u�lizando o teste de Tukey a 5% para diferenciação de médias. Aos 45 dias após a inoculação avaliou-se a massa fresca de raiz, o número de ovos e J2/10 g de raiz e o Fator de Reprodução (FR). Para extração dos nematoides u�lizou-se a técnica de Coolem & D'Herde (1972). A contagem dos nematoides se deu com o auxílio de um microscópio ó�co e câmara de Peters. Observou-se que a média para massa fresca de raiz foi equivalente a 2,44 g, não ocorrendo diferença significa�va. Os tratamentos não diferiram entre si quanto à população final de nematoides e os FRs de todos os tratamentos ficaram por volta de 0,001 (exceto da concentração 0,0), demonstrando que as plantas são resistentes a Meloidogyne incognita raça 3.

Palavras-chave : Cerrado, Bromeliaceae, nematoide

Proteção fitossanitária

RESUMO

Muitas espécies de bromélias são endêmicas do Brasil, como a Bromelia reversacantha Mez, descrita pela primeira vez na Flora Brasiliensis (Mez, 1891), mas ainda pouco estudada. A espécie ocorre somente em áreas de Cerrado Rupestre, sendo endêmica do Estado de Goiás, especificamente nos municípios de Niquelândia e Mossâmedes (Serra Dourada). É uma planta perene, terrícola, comumente encontrada em solos arenosos, em ambientes secos e a pleno sol ou à meia-sombra, com altura variando de 0,26 m a 0,79 m, com florescimento entre maio e agosto. Este trabalho obje�vou avaliar a hospedabilidade de Bromelia reversacantha a Pratylenchus brachyurus. O ensaio foi instalado em casa de vegetação com mudas provenientes de cul�vo in vitro entre 12 e 14 meses de idade, cul�vadas em recipientes plás�cos de 400 mL e substrato autoclavado cons�tuído por solo e areia (1:1). O delineamento adotado foi inteiramente casualizado com 10 repe�ções (mudas de bromélia) e cinco concentrações do nematoide (0, 200, 400, 800 e 1600 ovos e J2/parcela), u�lizando-se o teste de Tukey a 5% para diferenciação de médias. Aos 60 dias após a inoculação determinou-se a massa fresca de raiz, o número de ovos e J2/10g de raiz e o Fator de Reprodução (FR). Para extração dos nematoides u�lizou-se a técnica de Coolem & D'Herde (1972). A contagem dos nematoides se deu com o auxílio de um microscópio ó�co e câmara de Peters. Observou-se que a média para massa fresca de raiz foi equivalente a 3,43 g, não diferindo esta�s�camente entre os tratamentos. Houve aumento na quan�dade de ovos e J2/10g de raízes com a elevação da concentração do nematóide. Os tratamentos com concentrações de 400, 800 e 1600 ovos e J2/10 g de raiz diferiram esta�s�camente da testemunha (concentração 0,0), com respec�vamente 79, 244 e 263 ovos e J2/10 g de raiz. O valor de FR variou de 0,00 a 0,08, demonstrando que as plantas são resistentes a Pratylecnhus brachyurus.

Palavras-chave : Cerrado, Bromeliaceae, nematoide

Po184 - HOSPEDABILIDADE DE BROMELIA REVERSACANTHA A MELOIDOGYNE INCOGNITA

Rita Maria Devós Ganga (Brazil)¹; Adriana Teramoto (Brazil)¹; Larissa Leandro Pires (Brazil)¹; Renato Andrade

Teixeira (Brazil)¹; Sérgio Tadeu Sibov (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Goiás

Po185 - HOSPEDABILIDADE DE BROMELIA REVERSACANTHA A PRATYLENCHUS BRACHYURUS

Adriana Teramoto (Brazil)¹; Rita Maria Devós (Brazil)¹; Larissa Leandro Pires (Brazil)¹; Renato Andrade Teixeira

(Brazil)¹; Sérgio Tadeu Sibov (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Goiás

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Proteção fitossanitária

RESUMO

O obje�vo foi verificar o comportamento de fêmeas adultas do ácaro rajado Tetranychus ur�cae por meio do teste de livre escolha, em folhas de mamoeiro tratadas com silicato de potássio. O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados em esquema fatorial 5x2x5, sendo cinco doses de silicato de potássio (0, 25, 50, 75 e 100%), dois produtos à base de silicato de potássio a 0,2% (Dephensor® e Chelal Si®) e cinco aplicações, com quatro repe�ções por tratamento. A parcela experimental foi composta por 5 placas de Petri, com dois discos (arenas) de 2 cm de diâmetro de folha de mamoeiro, sendo um tratado com silicato de potássio e outro sem silicato (controle) para avaliação das infestações dos ácaros. As arenas foram unidas por uma “ponte” ar�ficial de vidro (lamínula) e sobre elas foram liberadas 10 fêmeas adultas fecundadas de T. ur�cae. Após este procedimento as placas de Petri foram transferidas para câmara clima�zada. Os resultados foram ob�dos após 24 horas da liberação dos ácaros, por contagem do número de indivíduos em cada arena e demonstram que na primeira aplicação houve variação quanto à preferência da praga de acordo com a dosagem. A par�r da segunda aplicação para os dois produtos e em todas as dosagens houve diferença significa�va entre arenas tratadas e a testemunha, observando-se o maior número de ácaros nas arenas tratadas apenas com água des�lada. Estes resultados evidenciam influência no comportamento da praga por não preferência.

Palavras-chave : ácaro rajado, mamão, silício, Indutor de resistência

Proteção fitossanitária

RESUMO

O obje�vo deste experimento foi avaliar a interferência da aplicação de dois produtos a base de silicato de potássio na mortalidade e oviposição do ácaro rajado Tetranychus ur�cae. O delineamento experimental adotado foi o de blocos casualizados em esquema fatorial 5x2x5, sendo cinco doses de silicato de potássio (0, 25, 50, 75 e 100%), dois produtos à base de silicato de potássio a 0,2% (Dephensor® e Chelal Si®) e cinco aplicações de cada produto com quatro repe�ções por tratamento. Para os testes foram u�lizados discos (arenas) de 2 cm de diâmetros de folhas de mamoeiro em placas de Petri com 25 cm de diâmetro onde foram acomodados cinco discos correspondentes a cada concentração da fonte de silicato de potássio, sem ligação entre eles para evitar a migração dos ácaros. Em seguida, foram liberadas 10 fêmeas adultas do ácaro em cada disco e após este procedimento as placas de Petri foram transferidas para câmara clima�zada. Foram realizadas três avaliações, às 24, 48 e 72 horas após a liberação do ácaro. As fontes silicatadas são eficientes na redução da produção de ovos de fêmeas do ácaro rajado.

Palavras-chave : mamão, silício, indutor de resistência

Po186 - COMPORTAMENTO DE TETRANYCHUS URTICAE KOCH EM FOLHAS DE MAMOEIRO TRATADAS

COM SILICATO DE POTÁSSIO

Luiz Flávio Vianna Silveira (Brazil)¹; Almy Junior Cordeiro De Carvalho (Brazil)²; Paulo Cesar Dos Santos

(Brazil)²; Dirceu Pratissoli (Brazil)3; Marta Simone Mendonça Freitas (Brazil)²; Lívia Silveira Massini (Brazil)³1 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo-Campus de Alegre; 2 - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy

Ribeiro; 3 - Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Espírito

Po187 - MORTALIDADE E OVIPOSIÇÃO DO ÁCARO RAJADO TETRANYCHUS URTICAE KOCH EM

FOLHAS DE MAMOEIRO SUBMETIDAS À ADUBAÇÃO FOLIAR COM SILICATO DE POTÁSSIO

Luiz Flávio Vianna Silveira (Brazil)¹; Dirceu Pratissoli (Brazil)²; Paulo Cesar Dos Santos (Brazil)³; Almy Junior

Cordeiro De Carvalho (Brazil)³; Marta Simone Mendonça Freitas (Brazil)³; Lívia Silveira Massini (Brazil)²1 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo-Campus de Alegre; 2 - Centro de Ciências Agrárias da Universidade

Federal do Espírito Santo; 3 - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

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RESUMO

No Brasil, as cucurbitáceas são afetadas por viroses que causam a produção de frutos com baixa qualidade de mercado. Os principais vírus que afetam a produção são o Papaya ringspot virus-Type W (PRSV-W, Potyvirus), Zucchini yellow mosaic virus (ZWMV, Potyvirus) e Zucchini lethal chlorosis virus (ZLCV, Orthotospovirus). O Cucumber mosaic virus (CMV, Cucumovirus), apesar de possuir muitas es�rpes relatadas e infectar uma ampla gama de hospedeiros, é considerado um vírus de pouca relevância devido à sua baixa ocorrência em cucurbitáceas cul�vadas. Durante inspeção em área de produção de olerícolas, situada na Região Leste do Estado de São Paulo, Brasil, foi coletada uma amostra de cucurbitácea com sintomas de mosaico severo, deformação foliar e nanismo, sintomas estes diferentes dos observados em infecções causadas por Potyvirus ou Orthotospovirus. A amostra foi inoculada em plantas indicadoras de Solanaceae (Nico�na glu�nosa, N. tabacum “White Burley”), Amaranthaceae (Chenopodium amaran�color) e Cucurbitaceae (Cucurbita pepo “abobrinha-de-moita” e Cucurbita spp.). As espécies de solanáceas não manifestaram sintomas e C. amatan�color desenvolveu lesões cloró�cas nas folhas inoculadas. Porém, o sintoma que se destacou foi o grande número de lesões necró�cas locais, seguido de mosaico e necrose sistêmicos em C. pepo, levando a planta à morte. Simultaneamente, foram realizadas observações ao microscópio eletrônico de transmissão (MET) e testes sorológicos u�lizando um painel de an�-soros para o “Grupo Potyvirus (DAS-ELISA/AGDIA)”, ZLCV (PTA-ELISA/EMBRAPA) e CMV (PTA-ELISA/Coleção de an�-soros/Ins�tuto Biológico). Ao MET foram observadas par�culas isométricas com cerca de 30nn de diâmetro, cuja iden�dade, a par�r da sorologia, foi confirmada como um isolado de CMV. Não foram observadas par�culas �picas ou relação sorológica que evidenciassem a infecção por Potyvirus ou Orthotospovirus. Extração de RNA total a par�r de C. pepo inoculada e RT-PCR com primers específicos para capa proteica do CMV foram realizadas. Confirmou-se que o agente causal se tratava de um isolado a�pico e severo de CMV. Outras espécies de cucurbitáceas foram inoculadas e também desenvolveram sintomas idên�cos os observados em C. pepo. Diante da não u�lização de variedade ou híbridos de cucurbitáceas resistentes ao CMV, o surgimento de variantes severas poderá acarretar, futuramente, prejuízos ao desenvolvimento deste segmento da hor�cultura que produz cerca de 2,3 milhões de toneladas/ano gerando uma renda de aproximadamente 49 milhões de reais.

Palavras-chave : Cucurbitaceae, Bromoviridae, Cucumovirus

Proteção fitossanitária

RESUMO

Glucosinolates are a diverse class of S- and N-containing secondary metabolites that play a variety of roles in plant defense, including an�microbial ac�vity against plant pathogens. Therefore, we set a study in which we evaluated the an�microbial effect of glucosinolates and their hydrolysis products against Alternaria sp. This genus comprises several species, in which Alternaria brassicicola and Alternaria brassicae are two the most important pathogens, causing the called “Alternaria leaf spot”. This disease can appear either in the nursery phase in greenhouses or in open field, causing the damping-off of seedlings, necrosis of cotyledons and hypocotyls, and in adult plants can cause necro�c and concentric chloro�c halos, reducing the crop yield and quality. The main goal of this work was to determine the usefulness of such compounds against Alternaria sp. or other economically important brassicacea pathogens in a sustainable produc�on system. Two in vitro bioassays the disc diffusion assay and minimum inhibitory assays (MIC) were performed, according the guidelines of Clinical and Laboratory Standards Ins�tute (CLSI), and 4 and indolyl glucosinolate hydrolysis products (indole-3-carbinol (I3C), indole-3-ace�c acid (I3AA), indole-3-carboxaldehyde, indole-3-acetonitrile (I3ACN), and 3,3ʹ-diindolylmethane (DIM)) were tested. The control Amphotericin B was used as standard and respec�ve solvents of compound prepara�on were used as control. The results showed that only the compound indole-3-carbinol (I3C) presented an�microbial ac�vity against the isolate of Alternaria sp. As we expected, under amphotericin the Alternaria sp. exhibited an inhibi�on halo but under 10% DMSO there was no development of inhibi�on halo. Using the microdilu�on test, the MIC for I3C compound was

-1obtained in the dilu�on of 1/8 represen�ng a concentra�on of 12.8 μg mL . According the criteria adopted to classify the effec�veness of an�microbials from natural source, the effect was considered good. The role of I3C against several human diseases are documented but not against plant pathogens, which remain less studied. This results is important since it shows that Brassicaceae plants with enhanced content of indole glucobrassicin the precursor of I3C might be used to extract compounds with an�fungal ac�vity or can be used on organic biofumiga�on prac�ces. This experiment should be extended to field condi�ons in order to assess their real biofumiga�on effec�veness. Acknowledgments: This research was funded by the project ERA-IB-2/0004/2013 en�tled “Produc�on of new bioac�ve compounds by plants and bacteria using new and improved halogenases”, financed by Fundação para a Ciência e a Tecnologia I.P. (FCT).

Palavras-chave : Glucosinolates, Indoles, organic managment, Organic biofumiga�on

Po188 - CONSTATAÇÃO DE UM ISOLADO SEVERO DE CUCUMBER MOSAIC VIRUS (CMV) EM

CUCURBITÁCEA NO BRASIL

Alexandre Levi Rodrigues Chaves (Brazil)¹; Lígia Maria Lembo Duarte (Brazil)¹; Maria Amélia Vaz Alexandre

(Brazil)¹; Leilane Karam Rodrigues (Brazil)¹; Alyne De Fátima Ramos (Brazil)¹; Ricardo Harakava (Brazil)¹; Tatiana

Mituti (Brazil)²; Elliot Watanabe Kitajima (Brazil)²1 - Instituto Biológico; 2 - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Po189 - EFFECT OF HALOGENATED INDOLE GLUCOSINOLATE HYDROLYSIS PRODUCTS AGAINST

ALTERNARIA LEAF SPOT. PERSPECTIVES AND ANTIMICROBIAL POTENTIAL OF INDOLE COMPOUNDS

AGAINST BRASSICACEA SOILBORNE DISEASES

Alfredo Aires (Portugal)¹; Ana Macedo (Portugal)¹; Isabel Cortez (Portugal)¹1 - Universidade de Trás-so-Montes e Alto Douro

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Proteção fitossanitária

RESUMO

A cultura de abobrinha-de-moita (Cucurbita pepo L.) 'Caserta' está entre os principais segmentos de hortaliças propagadas por sementes no Brasil, sendo uma das cucurbitáceas de maior valor econômico no estado de São Paulo. Porém, a produção é afetada por doenças, como as causadas por vírus, que forçam os produtores a reduzir e/ou interromper a sua produção. Dentre os vírus que infectam C. pepo, destaca-se o Cucumber mosaic virus (CMV, Cucumovirus) que, por ser um vírus transmi�do por a�deos de forma não persistente, torna ineficiente a aplicação de inse�cidas visando ao controle da dispersão da doença no campo. Assim, medidas alterna�vas como a pulverização de extratos foliares de espécies de Nyctaginaceae e Phytolaccaceae vêm sendo testadas. Algumas espécies na�vas da Mata Atlân�ca, como Guapira opposita (Vell.) Reitz e Pisonia ambigua Heimerl (Nyctaginaceae), Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms e Seguieria langsdorffii Moq. (Phytolaccaceae), com potencial ação inibidora de infecção viral, foram coletadas. A eficiência dos extratos foliares foi avaliada, inicialmente, pelo teste da ½ folha u�lizando-se o patossistema Nico�ana glu�nosa/Tobacco mosaic virus (TMV, Tobamovirus), cuja resposta é a indução de lesões necró�cas locais. Em uma metade da folha foram aplicados 50 µl do extrato foliar + preparação purificada de TMV (tratamento). Na outra metade, foram aplicados 50 µl da preparação purificada de TMV + Tampão fosfato (controle). Cinco dias após a aplicação, foi contado o número de lesões das metades tratadas e do controle e a porcentagem de inibição (PI) foi calculada [PI=100−(T/C x 100), T=número de lesões do tratamento, C=nº lesões do controle]. Todos os extratos induziram inibição superior a 72%. Visando determinar a concentração adequada na indução de defesa de C. pepo 'Caserta' ao CMV, os extratos, preparados em 4 diluições progressivas de 1g/10mL até 1g/80mL (P/V), foram pulverizados nas folhas co�ledonares. O inóculo de CMV (1g/5mL) foi aplicado (50µl/folha) 30 min após a pulverização dos extratos foliares. A avaliação da a�vidade inibidora foi calculada [PI=100−(T/C x 100), T= número de plantas com sintomas do tratamento, C=número de plantas com sintomas do controle]. Os resultados foram também confirmados por testes sorológicos (ELISA). S. langsdorffii inibiu em 100% a infecção sistêmica de CMV em todas as diluições testadas. G. opposita e P. ambigua inibiram em até 50% na diluição de 1/80. Entretanto, G. integrifolia não inibiu a infecção do CMV em C. pepo em nenhuma das diluições avaliadas. Esses resultados fornecem novas perspec�vas de controle alterna�vo de viroses em C. pepo

Palavras-chave : Abobrinha de moita, Cucumber mosaic virus, An�viral, Nyctaginaceae

Proteção fitossanitária

RESUMO

Os fungos que provocam podridões são a principal causa da de�oração da qualidade das castanhas em armazenamento. Para promover as melhores prá�cas de armazenamento e garan�r a qualidade das castanhas é importante conhecer os fungos associados com as podridões da castanha. O estudo foi realizado no final do período de conservação em 5 amostras por lote em 50 castanhas/amostra. Todas as castanhas foram classificadas quanto ao grau de podridão, (1 - sã, 2 - 25 % atacada, 3 -50 % atacada, 4 - 75% atacada, 5 – totalmente atacada). Realizou-se o isolamento e crescimento dos fungos em meio de cultura PDA (Potato Dextrose Agar, 39 gr/L, Difco). A iden�ficação das espécies foi concre�zada por observação de caraterís�cas morfológicas, culturais e microscópicas e pela u�lização de métodos moleculares por amplificação e sequenciação da região ITS (rDNA) u�lizando os iniciadores universais ITS1 e ITS4. Em média os lotes apresentaram uma infeção de 20,67±0,82 %, com 6,67% das castanhas incluídas no grau 2 (ligeiramente atacadas). Nas castanhas afetadas, 51,61% apresentava infeção nos co�lédones, 41,93% nos co�lédones e no reves�mento exterior e 6,45% apenas no reves�mento do co�lédone. Rizhopus sp. foi a espécie presente em maior número com 41,43%, seguido de Penicillium sp. (17,14%) e Botry�s cinerea (15,00%). Gnomoniopsis smithogilvyi, uma espécie endofi�ca associada também às podridões da castanha, representou 9,28% dos isolados ob�dos. Coniella fragariae e Alternaria sp. foram também iden�ficadas mas com um grau de frequência muito reduzido. O elevado número de fungos com capacidade de se desenvolver em armazenamento, (saporíficos, parasitas e endofi�tos) evidência a importância de se adotarem medidas para prevenir contaminações durante o período de desenvolvimento do fruto ainda no souto, na época de colheita e durante o armazenamento.

Palavras-chave : castanhas, armazenamento, infeção, Rizhopus sp., Gnomoniopsis smithogilvyi

Po190 - EXTRATOS FOLIARES DE ESPÉCIES NATIVAS DA FLORA BRASILEIRA COMO INIBIDORES DE

INFECÇÃO VIRAL EM CUCURBITA PEPO 'CASERTA'

Luiz Gustavo Barro Salvim (Brazil)¹; Maria Amélia Vaz Alexandre (Brazil)¹; Alexandre Levi Rodrigues Chaves

(Brazil)¹; Ana Claudia Oliveira Souza (Brazil)²; Luís Carlos Bernacci (Brazil)²; Lígia Maria Lembo Duarte (Brazil)¹1 - Instituto Biológico; 2 - Instituto Agronômico de Campinas

Po191 - FUNGOS ASSOCIADOS COM AS PODRIDÕES DA CASTANHA

Valentim Coelho (Portugal)¹; Eugénia Gouveia (Portugal)¹1 - CIMO - Centro de Investigação de Montanha, Instituto Politécnico de Bragança

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Proteção fitossanitária

RESUMO

O tratamento de sementes com produtos biológicos cons�tui alterna�va para o sistema de produção de sementes orgânicas, inclusive devido à legislação que regulamenta a produção orgânica no Brasil. Neste sen�do, estudos visando avaliar a eficiência do tratamento de sementes com agentes biológicos são fundamentais para o desenvolvimento desses produtos e para a viabilização dos sistemas orgânicos de cul�vo. Assim, o obje�vo desta pesquisa foi avaliar a sanidade das sementes de cenoura em função da aplicação de produtos biológicos, com o fungo Trichoderma spp. e a bactéria Bacillus sp. Para isto, foram u�lizadas sementes de cenoura, quatro cul�vares de verão, 'Brasília', 'Bruna', 'Erica' e 'Francine', avaliadas por meio das sementes Controle e das aplicações de Bacillus sp., cepas CPMO3 e CPMO4 (dose 10 ml de

8suspensão [1,2 x 10 células]/kg semente), do mix de isolados de Trichoderma spp. (dose 100 ml p.c./kg semente) e da linhagem de Trichoderma harzianum, denominada ESALQ 1306 (dose 2 ml/kg semente). Estes produtos foram aplicados nas sementes de cenoura antes do armazenamento das sementes e durante o período de armazenamento, consequentemente, a sanidade foi avaliada nas sementes tratadas inicialmente e armazenadas por 180 dias (tratamentos T60 I, T120 I e T180 I) e nas sementes tratadas em cada período de armazenamento (tratamentos T60 A, T120 A e T180 A). Os produtos biológicos, especialmente Trichoderma spp., reduzem a incidência de Alternaria radicina das sementes de cenoura, quando aplicados nas sementes previamente ao armazenamento por até 120 dias, principalmente para as sementes dos cul�vares Brasília e Erica. A eficácia da redução da incidência dos principais patógenos das sementes de cenoura varia em função do cul�var e em função do período de armazenamento das sementes. Produtos à base de Trichoderma spp. são eficazes para o controle de Alternaria alternata, especialmente quando aplicados previamente ao armazenamento das sementes, independentemente do cul�var. Os produtos à base de Bacillus sp. e Trichoderma não controlam Alternaria dauci. Fusarium spp., Septoria spp. e Phoma spp.

Palavras-chave : Daucus carota, hortaliça, controle biológico, tratamento de sementes

Proteção fitossanitária

RESUMO

A alface é uma das hortaliças mais consumidas no mundo. O cul�vo de hortaliças ocorre em pequenas áreas, muitas vezes as culturas estão próximas de cul�vos extensivos, podendo sofrer influência de derivas de produtos fitossanitários provenientes de pulverizações e condições não propícias. Dessa forma, obje�vou-se avaliar os efeitos causados pela deriva simulada de herbicidas u�lizados em cana-de-açúcar na cultura da alface. Foram transplantadas mudas de alface (Lactuca sa�va L.), cul�var Great Lakes, em vasos cons�tuídos por terra e torta de filtro na proporção 2:1 v/v. A simulação de deriva foi realizada no estádio de desenvolvimento vegeta�vo para comercialização, quando se encontravam com tamanho, forma e firmeza da cabeça �picos para venda e consumo (V6), com herbicidas u�lizados em cana-de-açúcar a 0,1%, 0,5% e 1,0% das doses recomendadas. Foram avaliados 15 tratamentos: 2,4 - D, metsulfuron – methyl, carfentrazone – ethyl, sulfentrazone, hexazinone, tebuthiuron, mesotrione, amicarbazone, clomazone, glyphosate, imazapic, diuron + hexazinone, trinexapac – ethyl, isoxaflutole, e a testemunha sem aplicação de herbicidas, em delineamento inteiramente casualizado, com 4 repe�ções. Os efeitos dos tratamentos foram avaliados aos 5, 10, 15 e 20 dias após aplicação (DAA), analisando-se sintomas de fitointoxicação com a u�lização de uma escala percentual de danos de 0 a 100%, sendo que zero correspondia a nenhum sintoma e 100% à morte das plantas. Ao término dos ensaios, foi feita a quan�ficação de clorofila presente na quarta folha basal com a u�lização de clorofilômetro e a análise da produ�vidade por meio da massa fresca, massa seca e número de folhas. Os dados foram subme�dos ao teste F e as médias comparadas pelo teste de Dunne� a 5% de probabilidade. Não ocorreu diferença significa�va no teor de clorofila das plantas de alface. A massa seca dos tratamentos com os herbicidas 2,4-D, metsulfuron-methyl, hexazinone, amicarbazone, clomazone e trinexapac-ethyl, na

-1subdose de 1%, foram de 3,98 g, 3,78 g, 3,96 g, 3,19 g, 3,29 g e 4,04 g planta , respec�vamente, sendo inferior -1esta�s�camente quando comparados à testemunha (5,81 g planta ). Para massa fresca, somente os produtos

carfentrazone-ethyl, mesotrione e isoxaflutole não foram prejudiciais às plantas de alface na maior subdose. A deriva de 2,4-D, sulfentrazone clomazone, imazapic e trinexapac-ethyl, em plantas no estádio de comercialização, impossibilita a comercialização devido à aparência comprome�da. A deriva de metsulfuron-methyl, hexazinone e tebuthiuron acarreta diminuição de produção. Os produtos mesotrione, amicarbazone, clomazone, imazapic, diuron+hexazinone e trinexapac-ethyl, além de causar quebra de produção, provocam fitointoxicação, impossibilitando o comércio.

Palavras-chave : Fitointoxicação, Lactuca sa�va L., Produção, Subdose

Po192 - INTERFERÊNCIA DE TRICHODERMA SPP. E BACILLUS SP. NO PARÂMETRO SANITÁRIO DAS

SEMENTES DE CENOURA

Ana Cláudia Dognini (Brazil)¹; Ana Dionisia Luz Coelho Novembre (Brazil)¹1 - Universidade de São Paulo

Po193 - DERIVA SIMULADA DE HERBICIDAS UTILIZADOS EM CANA-DE-AÇÚCAR SOBRE ALFACE NO

ESTÁDIO DE COMERCIALIZAÇÃO.

Clara Degli Esposti (Brazil)¹; Matheus Sartori Moro (Brazil)¹; Pedro Luís Da Costa Aguiar Alves (Brazil)¹; Micheli

Satomi Yamauti (Brazil)¹1 - Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal

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Proteção fitossanitária

RESUMO

A deriva é o deslocamento do produto para fora do alvo desejado, podendo acontecer pela ação dos ventos, escorrimentos ou por vola�lização do diluente e/ou produto. O dano causado por deriva de herbicidas é reconhecido como um problema em muitas áreas. O obje�vo foi avaliar os efeitos causados na alface pela deriva simulada de herbicidas u�lizados na cultura da cana-de-açúcar. Foram transplantadas mudas de alface (Lactuca sa�va L.), cul�var Great Lakes, em vasos cons�tuídos por terra e torta de filtro na proporção 2:1 v/v. A simulação de deriva foi realizada na fase inicial de desenvolvimento, apresentando de 3 a 4 folhas verdadeiras (V3-V4) com herbicidas u�lizados em cana-de-açúcar a 0,1%, 0,5% e 1,0% das doses recomendadas. Foram avaliados 15 tratamentos: 2,4 - D, metsulfuron – methyl, carfentrazone – ethyl, sulfentrazone, hexazinone, tebuthiuron, mesotrione, amicarbazone, clomazone, glyphosate, imazapic, diuron + hexazinone, trinexapac – ethyl, isoxaflutole e a testemunha sem aplicação de herbicidas, em delineamento inteiramente casualizado, com 4 repe�ções. Os efeitos dos tratamentos foram avaliados aos 5, 10, 15 e 20 dias após aplicação (DAA), analisando-se sintomas de fitointoxicação com a u�lização de uma escala percentual de danos de 0 a 100%, sendo que zero correspondia a nenhum sintoma e 100% à morte das plantas. Ao término dos ensaios, foi feita a quan�ficação de clorofila presente na quarta folha basal com a u�lização do clorofilômetro e a análise de produção por meio da massa fresca, massa seca e número de folhas. Os dados foram subme�dos ao teste F e as médias comparadas pelo teste de Dunne� a 5% de probabilidade. Somente o herbicida metsulfuron-methyl, na concentração de 1,0%, diminuiu significa�vamente o teor de clorofila da alface. Somente o herbicida amicarbazone, na subdose de 1%, afetou significa�vamente a massa fresca das

-1 -1plantas de alface (14,33 g planta ), quando comparado à testemunha (23,61 g planta ). A massa seca das plantas de alface nos tratamentos com os herbicidas 2,4-D, metsulfuron-methyl, hexazinone e amicarbazone, na subdose de 1%, foram de

-11,71 g, 1,58 g, 1,73 g e 1,42 g planta , respec�vamente, sendo inferior significa�vamente quando comparado à testemunha (2,53 g planta-1). A deriva de carfentrazone-ethyl, sulfentrazone, mesotrione, amicarbazone e clomazone em plantas de alface 'Great Lakes' na fase inicial de desenvolvimento (V3- V4) impossibilita a comercialização das plantas devido às injúrias foliares causadas pelos produtos. A deriva de metsulfuron-methyl e 2,4- D causa diminuição de produção, porém ainda podem ser comercializadas devido à ausência de injúrias.

Palavras-chave : Fitointoxicação, Lactuca sa�va L, Massa seca, Massa fresca, Subdose

Proteção fitossanitária

RESUMO

A cultura do brócolo, no Vale do Tejo, sofreu grande intensificação, nos úl�mos anos, para corresponder às necessidades da indústria. Esta situação agravou os problemas fitossanitários associados à cultura, principalmente a incidência de mosca-da-couve nas plantações de primavera-verão. A dependência dos produtos fitofarmacêu�cos e a sua incapacidade técnica reportada pela produção levou a uma preocupação acrescida no combate a esta praga.Neste contexto surgiu o projeto “Safebrocolo - Melhoria do processo produ�vo com base em modelos de risco para alternaria e mosca-da-couve”, no qual um dos obje�vos é melhorar o processo de tomada de decisão e contribuir para o uso mais sustentável dos produtos fitofarmacêu�cos. Na base deste processo está uma criteriosa iden�ficação dos fatores de risco associados à praga. Para isso procedeu-se à iden�ficação de produtores piloto, com disponibilidade para par�lhar informação sobre os i�nerários técnicos u�lizados, iden�ficaram-se campos com histórico de ataque de mosca-da-couve, monitorizaram-se populações da praga e disponibilizou-se toda a informação numa plataforma informá�ca par�lhada por uma rede cons�tuída por técnicos pertencentes ao projeto, organizações de produtores e indústrias. Os principais fatores de risco iden�ficados, principalmente nas plantações de primavera, foram: estado fenológico, pois é na fase inicial da cultura que a praga provoca maiores prejuízos causados pelo ataque das larvas que destroem a raiz; culturas vizinhas hospedeiras da mosca-da-couve; ausência de rotações; primeiras plantações efetuadas quando as condições são mais favoráveis ao desenvolvimento da praga e as plantas têm mais dificuldade em se desenvolver devido às baixas temperaturas; desinfeções de solo que destroem a fauna auxiliar presente; e manutenção de tabuleiros de plantas de viveiro desprotegidos nas parcelas a plantar.

Palavras-chave : Fatores de risco; couve-brócolo; mosca-da-couve

Po194 - DERIVA SIMULADA DE HERBICIDAS UTILIZADOS EM CANA-DE-AÇÚCAR SOBRE ALFACE NO

ESTÁDIO INICIAL DE DESENVOLVIMENTO

Matheus Sartori Moro (Brazil)¹; Clara Degli Esposti (Brazil)¹; Pedro Luís Da Costa Aguiar Alves (Brazil)¹; Micheli

Satomi Yamauti (Brazil)¹1 - Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal

Po195 - FATORES DE RISCO PARA MOSCA-DA-COUVE (DELIA RADICUM L.), NA CULTURA DA COUVE-

BRÓCOLO PARA INDÚSTRIA, NO VALE DO TEJO, EM PORTUGAL

Elsa Valério (Portugal)²; Ana Paula Nunes (Portugal)¹; Maria Godinho (Portugal)²; Elisabete Figueiredo 4 5(Portugal)³; Elsa Borges Da Silva (Portugal) ; Cristina Rodrigues (Portugal)

1 - COTHN – Centro Operativo Tecnológico Hortofrutícola Nacional,; 2 - ESAS, Instituto Politécnico de Santarém; 3 - LEAF, ISA, Universidade de

Lisboa; 4 - CEF, ISA, Universidade de Lisboa; 5 - CADOVA, Cooperativa Agrícola do Vale de Arraiolos, CRL

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Proteção fitossanitária

RESUMO

A cultura do tomate (Lycopersicum esculentum L.) é uma das mais importantes hortaliças produzidas no mundo. O cul�vo desta possui diversas exigências técnicas e econômicas que tornam seu manejo e condução complexos, dentre os quais, destaca-se o controle das plantas daninhas. As plantas daninhas representam um dos principais componentes dos agroecossistemas que interferem no desenvolvimento e na produ�vidade agrícola, podendo resultar em grandes prejuízos econômicos e inviabilizando o ciclo da cultura. O presente trabalho teve por obje�vo avaliar o herbicida ethoxysulfuron para controle de Cyperus rotundus, em pré-plan�o do tomate (L. esculentum). O ensaio foi conduzido no município de Jabo�cabal/SP, Brasil, u�lizando-se o cul�var AP 529. O delineamento adotado foi em blocos casualizados com quatro repe�ções por tratamento. Os tratamentos consis�ram em cinco doses de Ethoxysulfuron (15, 30, 60, 150 e 240 g i.a./ha), além de uma testemunha no limpo (capinada) e uma testemunha absoluta (no mato), em todos os tratamentos herbicidas adicionou-se o adjuvante Hoefix® (0,2% v/v). A implantação da cultura ocorreu aos 39 DAA (dias após a aplicação). As avaliações de controle das plantas daninhas foram realizadas aos 11, 20, 32, 39, 55 e 62 DAA, atribuindo-se porcentagem de controle em relação à testemunha absoluta, por meio de avaliações visuais, onde 0% representa ausência de controle e 100% morte das plantas daninhas. Nas datas de 55/12, 62/23 e 68/29 - dias após a aplicação (DAA) / dias após o transplan�o (DAT) foram realizadas as avaliações visuais de intoxicação do tomate, atribuindo-se notas de 0 a 100% em relação à testemunha no limpo, sendo 0% ausência de danos e 100% morte da cultura. Os dados ob�dos foram subme�dos à análise de variância pelo teste F e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. Houve efeito posi�vo do aumento de dose do Ethoxysulfuron no controle da �ririca, as doses de 150 e 240 g i.a./ha, apresentaram controle sa�sfatório de C. rotundus aos 62 DAA, podendo assim ser u�lizado como ferramenta no manejo desta planta daninha de di�cil controle. O herbicida Ethoxysulfuron em todas as doses testadas, foi sele�vo a cultura do tomate, não havendo relato de sintomas de intoxicação decorrente da aplicação do herbicida

Proteção fitossanitária

RESUMO

Dentre as técnicas de produção na hor�cultura, o uso de pes�cidas agrícolas tornou-se essencial para o sucesso produ�vo de diversas culturas de interesse comercial. Por exemplo, o cul�vo de fru�feras, olerícolas e plantas ornamentais são altamente dependentes do uso de fungicidas para o controle de doenças fungicas. Neste contexto, o fungicida Cyproconazol tem sido amplamente u�lizado em culturas como alho, figo, goiaba, maçã, melancia, melão, pêssego, uva e crisântemo. Devido a intensidade e periodicidade em que Cyproconazol é aplicado nas referidas culturas (muitas vezes sem seguir as recomendações técnicas), este fungicida apresenta potencial para a�ngir ecossistemas aquá�cos, ao passo que concentrações deste composto têm sido detectadas em ecossistemas de água doce. Deste modo, Cyproconazol pode causar efeitos deletérios sobre invertebrados aquá�cos, principalmente em sistemas aquá�cos próximos à áreas de agricultura intensiva. Tornam-se necessários estudos que avaliem os efeitos indiretos que as técnicas de produção na hor�cultura podem causar no ambiente e, neste contexto, o presente estudo obje�vou avaliar o efeito agudo e crônico de Cyproconazol sobre dois invertebrados de água doce, Chironomus riparius e Dugesia �grina. Os parâmetros avaliados incluem sobrevivência, crescimento e emergência de C. riparius, e sobrevivência, locomoção (avaliado através de sistema de vídeo automa�zado), regeneração da cabeça e a�vidade alimentar de D. �grina. A toxicidade letal de Cyproconazol foi de 17,46 mg/L para C. riparius (48 h) e 47,38 mg/L para D. �grina (96 h). O tempo médio à emergência de C. riparius foi atrasado pela expoxição a Cyproconazol a par�r de 0,76 mg/L. Por outro lado, os efeitos sub-letais de Cyproconazol sobre D. �grina incluem efeitos sobre a locomoção (a par�r de 1,8 mg/L), regeneração de fotorreceptores (a par�r de 0,45 mg/L) e inibição alimentar (a par�r de 5,6 mg/L). Efeitos sobre a regeneração, locomoção e a�vidade alimentar de planarias representam valiosas informações para o monitoramento ambiental devido o papel que estes invertebrados predadores desempenham em ecossistemas de água doce. Para além disso, dado que os quironomídeos servem como alimento para planarias de água doce e outros organismos aquá�cos não-alvo, em longo prazo, Cyproconazol pode potencialmente afetar a dinâmica populacional destes organismos e impactar a estrutura da comunidade em ecossistemas de água doce. Assim, os resultados ob�dos em nosso estudo são importantes para a compreensão dos possíveis efeitos indiretos de Cyproconazol em ambientes naturais e alerta para a necessidade de adoção de prá�cas fitossanitárias na hor�cultura que sejam menos impactantes aos ecossistemas adjacentes aos cul�vos agrícolas.

Palavras-chave : Manejo fitossanitário, Fungicidas agrícolas, Impactos sobre o ambiente, Organismos aquá�cos.

Po196 - CONTROLE DE CYPERUS ROTUNDUS PELO HERBICIDA ETHOXYSULFURON (GLADIUM®) NO

TOMATEIRO

Clara Degli Esposti (Brazil)¹; Igor Masson Dos Santos (Brazil)¹; Carlos Roberto De Toffoli (Brazil)¹; Ibene

Kawaguchi (Brazil)²; Waldemar Sanchez (Brazil)²; Felipe Sulzbach (Brazil)²1 - Herbae Consultoria e Projetos Agrícolas LTDA; 2 - Bayer CropScience

Po197 - O USO DE CYPROCONAZOL NA HORTICULTURA E IMPACTOS SOBRE INVERTEBRADOS

AQUÁTICOS

Althiéris De Souza Saraiva (Brazil)¹; Renato De Almeida Sarmento (Brazil)²1 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano; 2 - Universidade Federal do Tocantins

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RESUMO

A ocorrência de doenças em cul�vos de tomate é responsável por grandes perdas econômicas em todo o mundo. Uma das estratégias u�lizadas para evitar tais perdas é u�lizar cul�vares e porta-enxertos resistentes, quando disponíveis. Trabalhos realizados têm apresentado resultados promissores quanto ao uso de porta-enxertos resistentes, provenientes de acessos de solanáceas selvagens. O obje�vo deste trabalho foi avaliar a resistência de 21 acessos de Solanum acanthodes (jurubebão), a Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici raças 2 (Fol2) e 3 (Fol3), a Meloidogyne enterolobii (Me), a Ralstonia pseudosolanacearum (Rp) e a Ver�cillium dahliae raça 2 (Vd2). Os acessos foram testados em comparação com cul�vares suscep�veis de tomate. Plantas de tomateiro e S. acanthodes foram cul�vados em bandejas de 128 células e inoculados separadamente com cada patógeno (Fol2, Fol3, Me, Rp e Vd2) em casa de vegetação. Nos experimentos de reação a Fol2, Fol3 e Vd2, as plantas de tomateiro e S. acanthodes foram inoculadas no mesmo dia, respec�vamente aos 25

6 -1e 50 dias de idade, mediante imersão das raízes em suspensão de esporos (1×10 esporos.mL ). Para a inoculação de Rp, as plantas de tomateiro e S. acanthodes foram inoculadas respec�vamente aos 30 e 50 dias, mediante pulverização das raízes

8 -1expostas ao se arrancar a muda da bandeja (cerca de 5,0 mL/planta) com suspensão bacteriana (10 ufc.mL ). Em seguida, as plantas foram transplantadas para vasos contendo 1,5L de solo esterilizado. No experimento de reação a M. enterolobii, plantas com 27 dias de idade foram primeiramente transplantadas para vasos de 4,5L e posteriormente inoculadas com 6.000 ovos e juvenis por planta. Os experimentos foram conduzidos em delineamento em blocos casualizados com quatro repe�ções, onde cada parcela consis�u por um vaso com três (Fol2, Fol3 e Vd3), duas (Rp) e uma planta (Me). As avaliações de incidência foram realizadas aos 15 (Rp), 35 (Vd2), 50 (Fol2 e Fol3) e 64 dias (Me) após inoculação. Plantas com quaisquer sintomas das doenças foram consideradas susce�veis. Os acessos de S. acanthodes apresentaram resistência completa a Fol2, Fol3, Rp e Me, salvo CNPH 171 e CNPH 337 que apresentaram susce�bilidade a Me. Seis dos acessos apresentaram resistência completa a Vd2 (CNPH 145, CNPH 147, CNPH 151, CNPH 153, CNPH 158 e CNPH 164), enquanto os demais apresentaram sintomas da doença. Assim, estes seis acessos de S. acanthodes apresentaram resistência múl�pla aos principais patógenos de solo do tomateiro, indicando grande potencial para estudos visando a disponibilização de porta-enxertos resistentes.

Palavras-chave : Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici, Meloidogyne enterolobii, Ralstonia pseudosolanacearum, Ver�cillium dahliae, Solanum silvestre

Proteção fitossanitária

RESUMO

A compe�ção com ervas daninhas é um problema fitossanitário enfrentado pelos produtores de pepino para conserva. Espécies do gênero Cyperus spp. (Cyperaceae) reduzem a produção do pepino, que é intolerante à exposição por herbicidas. Problemas ambientais provocados pelo uso indiscriminado de herbicidas também são relatados. Plantas de pepino são responsivas à adubação silicatada (Si) e consideradas como acumuladoras intermediárias de Si. O ácido ortosilícico (forma hidrossolúvel do Si) é capaz de liberar o fósforo presente nos fosfatos de cálcio, alumínio e ferro, melhorando o desenvolvimento radicular do pepino. Esse bene�cio estrutural, direto ou indireto, desencadeado pelo uso do Si pode amor�zar o efeito nega�vo da compe�ção com a erva daninha Cyperus rotundus (�ririca). Testou-se a hipótese que o Silicato de Potássio (Si) es�mula o crescimento da planta de pepino (parte aérea e radicular) e com isso reduzir o impacto causado pela compe�ção com a erva daninha Cyperus rotundus (�ririca) no IF Goiano-Campus Urutaí, Goiás, Brasil. O híbrido de pepino conserva Kybria F1 (TopSeed®) serviu como modelo para o presente estudo conduzido em campo constatado como infestado, naturalmente, por �ririca. Um DBC foi u�lizado com quatro repe�ções e cinco tratamentos: T1 (+Pepino, -Tiririca, -Si), T2 (+Pepino, -Tiririca, +Si), T3 (+Pepino, +Tiririca, +Si no pepino e na �ririca), T4 (+Pepino, +Tiririca, +Si no pepino) e T5 (+Pepino, +Tiririca, +Si na Tiririca). A fonte de Si foi o Silicato de Potássio na dose de 0,4L/100 L. A altura, número de folhas por planta e distância entre as brotações laterais da planta de pepino não diferiram entre os tratamentos em função dos intervalos após o transplan�o (11, 18, 25, 32, 39, 46, 53 e 60 dias). O comprimento da raiz do pepino foi um importante parâmetro para avaliações do impacto da compe�ção dessa planta com ervas daninhas, enquanto que parâmetros relacionados à parte aérea dessa planta (altura da planta, número de folhas por planta e distância entre brotações laterais) não diferiram entre os tratamentos. O Silicato de Potássio es�mulou o crescimento radicular das plantas de pepino com e sem compe�ção. Plantas de pepino sob compe�ção com ervas daninhas e exclusivamente pulverizadas com Si foram tão produ�vas quanto aquelas plantas de pepino sem compe�ção.

Palavras-chave : Cyperus rotundus; Silicato de Potássio; Cucumis sa�vus; raíz

Po198 - AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ACESSOS DE SOLANUM ACANTHODES A PATÓGENOS DE

SOLO DO TOMATEIRO NO BRASIL

Ricardo Borges Pereira (Brazil)¹; Ailton Reis (Brazil)¹; Jadir Borges Pinheiro (Brazil)¹; Carlos Alberto Lopes

(Brazil)¹; José Lindorico De Mendonça (Brazil)¹1 - Embrapa Hortaliças

Po199 - DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE PLANTAS DE PEPINO PARA CONSERVA, SOB

COMPETIÇÃO INTER-ESPECÍFICA, E PRESENÇA DE FONTES EXÓGENAS DE K2SIO3

Alexandre Igor Azevedo Pereira (Brazil)¹; Carmen Rosa Da Silva Curvêlo (Brazil)¹; Mychelle Pires Barbosa

(Brazil)¹; João Victor Costa (Brazil)¹; Marlon Jeferson Marçal Barraque (Brazil)¹1 - Instituto Federal Goiano-Campus Urutaí

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Proteção fitossanitária

RESUMO

A espécie Euterpe edulis Mart. pertence a família Arecacea (Palmae), monoco�ledônea, sendo importante para o Bioma Mata Atlân�ca, pois a cabeça do es�pe produz o popular palmito, muito apreciado como uma iguaria �picamente brasileira, tendo um sabor único e muito valorizado, largamente consumido na alimentação em todo o Brasil. Devido ao seu grande consumo, o palmito desta espécie tem alto valor econômico como alimento, mas sofre em virtude disto intenso extra�vismo, sendo um dos produtos mais explorados na Floresta Atlân�ca, ou Mata Atlân�ca. Desta forma o plan�o de mudas desta espécie é de suma importância para a conservação da mesma, e para o sucesso do seu desenvolvimento, o controle de plantas daninhas é necessário, pois estas interferem no desenvolvimento da planta e germinação de sementes das espécies cul�vadas, tanto no campo como na fase de produção de mudas. Assim pesquisas que inves�gam a sele�vidade de herbicidas sobre a germinação de espécies cul�vadas, proporcionariam uma melhor implantação e manutenção plan�os comerciais de espécies na�vas e em sistemas agroflorestais, pois controlariam as plantas daninhas sem prejuízo para as espécies de interesse. O obje�vo deste estudo foi verificar a sele�vidade da espécie Euterpe edulis (palmito juçara) aos herbicidas diuron e trifluralina. Foram testados os herbicidas diuron e trifluralina, em quatro concentrações, sendo essas 0%, 50%, 100% e 200% da dose recomendada, sendo 0,0; 222,5g; 445g e 890g de i.a. ha-1. As sementes foram distribuídas uniformemente sobre vermiculita umedecidas com água e com a calda dos herbicidas, acondicionadas em caixas plás�cas transparentes (11x11x3,5cm) e colocadas em sacos plás�cos de 0,05mm de espessura para a manutenção da umidade do substrato, man�das a 20-35°C e 8 horas de luz. Acompanhou-se germinação e índice de velocidade de germinação (IVG). As contagens foram realizadas dos 7, 14, 21 e 28 dias após a semeadura e após este período a massa seca das plântulas. A análise esta�s�ca foi realizada em delineamento inteiramente casualizado. Nas condições em que o estudo foi realizado, pode-se concluir que o herbicida trifluralina reduz a germinação, IVG e massa seca das plântulas da espécie E. edulis, comprometendo nega�vamente a produção comercial de mudas, mas não foi observado efeitos prejudiciais com o herbicida diuron, sendo recomendada sua u�lização para esta espécie.

Palavras-chave : diuron, trifluralina, palmito juçara

Proteção fitossanitária

RESUMO

O tomateiro pode ser infectado por diversas fitobactérias, incluindo Clavibacter michiganensis subsp. michiganensis, Pectobacterium spp, Pseudomonas spp, e Xanthomonas spp, entre outras. É di�cil e, em alguns casos, impossível se chegar na correta diagnose de doenças bacterianas com base exclusivamente na sintomatologia. As inoculações ar�ficiais no hospedeiro homólogo normalmente são efetuadas em plantas man�das em casas de vegetação, havendo a necessidade de se proceder ao isolamento do agente causal na tenta�va de reproduzir aqueles sintomas observados em campo, fechando-se, assim, os Postulados de Koch. Foram conduzidos alguns experimentos com folhas novas de tomateiro, completamente expandidas, destacadas, da cul�var Santa Clara, man�das em garrafas de plás�co de 500mL, em condições de laboratório, com substrato de algodão embebido em água. Essas folhas foram inoculadas com suspensões bacterianas de três isolados de Xanthomonas sp. e dois isolados de Pseudomonas sp., até o ponto de escorrimento. As

8 -1inoculações foram efetuadas a par�r de suspensões bacterianas (ca. 10 UFC.mL ) em água des�lada esterilizada ob�das de crescimento em meio nutriente ágar (28oC/48h). Plantas controle foram inoculadas com água des�lada esterilizada e man�das nas mesmas condições acima descritas. Sete dias após as inoculações (DAI) foi possível a observação dos sintomas similares àqueles observados em plantas man�das em casa de vegetação, com o reisolamento das bactérias. As plantas controle não apresentaram nenhum �po de sintoma. A vantagem da técnica proposta é a possibilidade de se testar um grande número de isolados bacterianos, em um pequeno espaço, com condições de temperatura e umidade controladas, sem a necessidade da manutenção de plantas em câmaras úmidas. Além disso, não há o risco de contaminação cruzada, visto que as plantas ficam isoladas. A técnica, simples e de baixo custo, abre a possibilidade de ser u�lizada para outras fitobactérias patogênicas ao tomateiro, podendo ainda ser empregada na seleção de genó�pos resistentes à fitobactérias.

Palavras-chave : TOMATEIRO, DOENÇAS BACTERIANAS, PATOLOGIA

Po200 - SELETIVIDADE DE EUTERPE EDULIS A HERBICIDAS APLICADOS EM PRÉ EMERGÊNCIA4Maria Renata Rocha Pereira (Brazil)¹; Rafael Navas (Brazil) ; Antonio Carlos Silva Junior (Brazil)²; Dagoberto

Martins (Brazil)³1 - Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo - FATEC; 2 - Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal, Faculdade de Ciências

Agrárias e Veterinárias - UNESP; 3 - Universidade Estadual Paulista, Câmpus de Jaboticabal, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias; 4 -

Universidade Federal de Alagoas – UFAL

Po201 - TESTES DE PATOGENICIDADE DE XANTHOMONAS SPP. PSEUDOMONAS SPP., ISOLADAS DE

TOMATEIRO, EM GARRAFAS DE PLÁSTICO (PET)

Eros Molina Occhiena (Brazil)¹; Luis Otavio Saggion Beriam (Brazil)²1 - ARYSTA LIFESCIENCE; 2 - INSTITUTO BIOLÓGICO

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Proteção fitossanitária

RESUMO

No Brasil, mais de 200.000 toneladas de brássicas são comercializadas anualmente, gerando renda de cerca de 60 milhões de dólares. No entanto, as doenças, incluindo a virose induzida pelo Turnip mosaic virus (TuMV, Potyvirus), causam perdas consideráveis nos cul�vos de brássicas. Recentemente, perdas de até 70% foram constatadas em cul�vos de couve-chinesa (Brassica rapa) infectadas pelo TuMV. Esse vírus tem par�culas alongadas flexuosas com cerca de 700 nm e genoma cons�tuído de ssRNA com tamanho de aproximadamente 9.800 nucleo�deos, e sua transmissão é realizada de maneira não persistente por diversas espécies de a�deos. Diferente da maioria das espécies de potyvírus, o TuMV infecta uma ampla gama de hospedeiras, porém, pouco se conhece sobre a epidemiologia e diversidade dos isolados de TuMV, no Brasil. O obje�vo deste trabalho foi realizar levantamento e caracterização de isolados de TuMV provenientes de espécies de brássicas cul�vadas e da vegetação espontânea em áreas produtoras localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Cinco isolados, iden�ficados por DAS-ELISA, foram subme�dos ao sequenciamento completo do genoma e à determinação dos pato�pos, baseando-se na inoculação e resposta de linhagens diferencias de Brassica napus ('S6', '165', '22S' e 'R4'). Os isolados selecionados foram: (i) T-06 [Armoracia rus�cana (raiz-forte) proveniente de Divinolândia, SP]; (ii) T-22 [Raphanus raphanistrum (nabiça) de Munhoz, MG]; (iii) T-31 [Brassica oleraceae (brócolis) de Santo Antônio do Pinhal, SP]; (iv) T-48 [B. rapa (couve-chinesa) de Biri�ba-Mirim, SP]; e (v) T-61 [nabiça proveniente de Mogi das Cruzes, SP]. Para o sequenciamento completo dos genomas dos cinco isolados virais, folhas de Brassica juncea, infectadas sistemicamente, foram subme�das à extração de RNAs totais e, após a extração, as amostras foram encaminhadas para sequenciamento [HiSeq 2500 (Illumina, Inc., San Diego, CA)]. Outros quarenta isolados de TuMV amostrados também �veram as porções genômicas correspondentes à capa proteica (CP) sequenciadas. A resposta das linhagens diferenciais revelou que os cinco isolados pertencem ao 'pato�po 1'. Porém, o isolado T-31 não induziu necrose na linhagem '22S', podendo ser um subgrupo do 'pato�po 1'. As análises filogené�cas revelaram a existência de uma elevada variabilidade entre os isolados brasileiros de TuMV. Tanto as sequências completas de nucleo�deos do genoma dos cinco isolados de TuMV, como das quarenta sequências de nucleo�deos da CP, revelaram que os isolados pertencem a dois clados dis�ntos: “World B” e “BR TuMV” (Gibbs et al., Curr. Opinion in Virology, 2015).

Palavras-chave : TuMV, Pato�pagem, Brasil

Proteção fitossanitária

RESUMO

A goiabeira fruta tropical brasileira é bastante consumida em diversas regiões do globo. Todavia, alguns problemas ocasionados por doença, podem comprometer o pomar e produção de frutos de qualidade. Devido às dificuldades para o controle de Meloidogyne enterolobii na cultura da goiabeira, a resistência/tolerância gené�ca mostra-se como a melhor estratégia de controle a médio/curto prazo. O obje�vo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento vegeta�vo de mudas de goiabeiras Tailandesa sob diferentes níveis de inóculo de M. enterolobii. O experimento foi conduzido em condições de casa de vegetação, na área experimental do Laboratório de Nematologia do Departamento de Fitossanidade da UNESP/FCAV, Jabo�cabal-SP. As mudas de goiabeiras Tailandesa foram adquiridas de viveiros locais idôneos, com aproximadamente três meses de idade, formadas em sacos de polie�leno, contendo o substrato orgânico (Bioplant) e transplantadas para vasos de plás�co de 20 L de capacidade contendo substrato a base de terra e areia (1:2), autoclavado à 120 °C e 1 atm, por uma hora. No ato do transplante das mudas para os vasos, foi realizada a inoculação com níveis crescentes de inóculo de M. enterolobii, 0 (zero); 100; 1000; 10000 ovos e diferentes estádios de desenvolvimento por muda. O inóculo foi ob�do a par�r de uma sub-população de M. enterolobii, extraída de raízes de goiabeira Paluma, procedente da região de Taquari�nga-SP. Os tratamentos u�lizados foram a variedade de goiabeira e níveis crescentes de inoculação compostos por ovos e diferentes estádios de desenvolvimento dos nematoides (0, 100, 1.000 e 10.000 indivíduos/planta), em delineamento inteiramente casualizado. Doze meses após as inoculações, foram avaliados: altura de plantas, diâmetro, massa fresca das partes aéreas, massa fresca das raízes (MFR), população de nematoides em 100 cm3 de solo e 10 g de raízes. Verificou-se que todas variáveis quan�ta�vas, à exceção de variável MFR, foram afetadas pelos níveis de inóculo do nematoide, entretanto, a variedade Tailandesa mostrou-se tolerante ao agente nematoide. Todavia, novos estudos são necessários para que se possa estabelecer medidas efe�vas de controle e em especial a escolha de variedades que possam ser tolerantes a ação do M. enterolobii

Palavras-chave : Nematoide de galha, patogenicidade, Psidium guajava

Po202 - DIVERSIDADE DE ISOLADOS DE TURNIP MOSAIC VIRUS QUE INFECTAM BRÁSSICAS NO

BRASIL

Leilane Karam Rodrigues (Brazil)¹; Alexandre Levi Rodrigues Chaves (Brazil)²; Katia R Brunelli (Brazil)³; Ricardo 4 4 5Harakava (Brazil)²; Elliot E. Kitajima (Brazil) ; Jorge M. Resende (Brazil) ; Renata F. Calegario (Brazil) ; John A.

6Walsh (United Kingdom) ; Marcelo Eiras (Brazil)¹1 - Instituto Biológico; 2 - Instituto Biologico; 3 - Sakata Seed Sudamerica; 4 - ESALQ; 5 - Universidade Federal do Paraná; 6 - University of

Warwick

Po203 - DESENVOLVIMENTO INICIAL DE MUDAS GOIABEIRA TAILANDESA SOB NÍVEIS DE

MELOIDOGYNE ENTEROLOBII

Muza Do Carmo Vieira (Brazil)1; Pedro Luiz Martins Soares (Brazil)²; Jaime Maia Dos Santos (Brazil)³; Kerly

Cristina Pereira (Brazil)¹1 - INSTITUTO FEDERAL GOIANO CAMPUS URUTAI-GO; 2 - UNESP - Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias; 3 - Universidade Estadual

Paulista/ FCAV/ Jaboticabal / Departamento de Fitossanidade

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Proteção fitossanitária

RESUMO

Numerosos compostos orgânicos manifestam capacidade supressiva para determinadas doenças do solo, devido nomeadamente à ac�vidade de alguns dos microrganismos que os colonizam. Esta capacidade possibilita, em determinadas situações, a u�lização dos compostos na protecção das plantas contra doenças do solo.Cul�vou-se estévia (Stevia rebaudiana Bertoni) em vasos de 200 mL, com 6 substratos diferentes: turfa (T), composto orgânico resultante da compostagem de laranja de refugo, bagaço de uva e aparas de relva (P1), composto orgânico resultante da compostagem de laranja de refugo, bagaço de uva, relva e substrato da produção de cogumelos (P2). Estes substratos foram também sujeitos a um tratamento térmico, a 60 ºC durante sete dias, originando as modalidades designadas por TT, P1T e P2T respec�vamente. Sete dias após a plantação da estévia, os substratos foram inoculados nos vasos com Sclero�nia rolfsii e Rhizoctonia solani. Colocou-se em cada vaso dois cilindros, com 6 mm de diâmetro, de meio de crescimento (PDA) em placas de Petri com os agentes patogénicos. No caso de S. rolfsii, para além dos dois cilindros com o patógenico, foram também colocados 6 esclerócios. Os vasos de controlo con�nham os seis substratos testados, sem inóculo. O ensaio incluiu 18 modalidades (6 substratos, dois inóculos e controlo) com 4 repe�ções e plantas por modalidade e repe�ção. Durante o ensaio man�veram-se os substratos humedecidos, e as condições de temperatura e humidade do ar adequadas para o desenvolvimento dos patógenicos. Periodicamente, as plantas foram observadas e registada a severidade da doença e o número de plantas mortas.Verificou-se que as doenças evoluíram mais rapidamente quando o substrato �nha recebido tratamento térmico, o que revela o controlo das doenças por acção biológica. Foi ainda observado que, nos compostos sujeitos a tratamento térmico, ocorreu maior número de plantas mortas por S. rolfsii e R. solani, sendo a sobrevivência da estévia sido superior em P2 e nas modalidades inoculadas com R. solani.

Palavras-chave : Sclero�nia rolfsii, Rhizoctonia solani, sustentabilidade, agentes de controlo biológico

Po204 - O DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS DO SOLO EM ESTÉVIA PODE SER CONTROLADO COM A

APLICAÇÃO DE COMPOSTO ORGÂNICO?

Luísa Coelho (Portugal)¹; Lídia Dionísio (Portugal)¹; Mário Reis (Portugal)¹1 - MeditBio - Universidade do Algarve

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Seleção, embalagem, conservação e distribuição , logística de transporte, comercialização e consumo de produtos hortícolas

RESUMO

Obje�vou-se com este trabalho avaliar a atuação de reguladores de crescimento na senescência de flores de amor perfeito e verificar a ação do 1-Me�lciclopropeno para o aumento da longevidade das flores. No primeiro experimento, as hastes

-1florais foram tratadas com e�leno por 24 h em câmaras hermé�cas nas concentrações 0,0; 0,1; 1,0; 10; 100; 1000 µL L . Já para o segundo experimento, as flores foram imersas em soluções de diferentes concentrações de ácido abscísico (0, 5, 20, 50 e 100µM), durante um minuto. Para o terceiro experimento, o 1-me�lciclopropeno foi aplicado, durante 24 horas, nas concentrações de 0; 0,5; 1,0; 1,5 g m-3. No experimento onde foi combinando 1- me�lciclopropeno com e�leno, aplicou-se

-3 -1primeiramente 1-me�lciclopropeno (1,5 g m ), durante 24 h, em seguida foi aplicado e�leno (100 µL L ) por mais 24 h (experimento 4). Decorrido o tempo de exposição aos tratamentos, as hastes florais foram re�radas das câmaras hermé�cas (exceto para o ácido abscísico) e man�das em vaso contendo água des�lada, sob temperatura ambiente em

-2 -1torno de 25 °C, luminosidade de 10 μmol m s e umidade de 50-70%. Os quatro experimentos foram conduzidos separadamente, para todos avaliou-se a perda de massa fresca e a senescência floral, através de escala visual de notas previamente estabelecida. Após 48 horas em bancada, flores subme�das a diferentes concentrações de e�leno não apresentaram diferenças significa�vas entre os tratamentos quanto a senescência das flores, demostrando indícios que

-1estas são pouco sensíveis ao e�leno. O tratamento com 1000 μL L levou a uma perda de massa fresca levemente superior em relação aos outros tratamentos os quais �veram em torno de 33% de perda ao final do experimento. No experimento com ácido abscísico as flores apresentaram perda de massa fresca semelhante entre os diferentes tratamentos, entretanto, concentrações elevadas levaram a uma breve senescência das flores. O 1-me�lciclopropeno aumentou a longevidade das flores de amor perfeito. Estes resultados mostram que o 1-me�lciclopropeno é benéfico na manutenção da turgescência em flores de amor perfeito, mesmo quando na presença de e�leno exógeno, e ainda, o e�leno pode não estar envolvido na senescência destas flores.

Palavras-chave : Viola tricolor, E�leno, Ácido abscísico, 1-MCP, Pós-colheita

RESUMO

As pimentas do gênero Capsicum pertencem à família Solanaceae, com frutos de diferentes tamanhos, formatos, cores e sabores. A pimenta dedo-de-moça (Capsicum baccatum L.) é largamente consumida no Brasil e tem importância econômica e social expressiva no agronegócio mundial. Essa espécie possui componentes químicos como carotenóides, ácido ascórbico, tocoferóis, vitamina A e capsaicinoides, cujas concentrações podem variar conforme o grau de maturação, o genó�po e o tratamento pós-colheita. O presente estudo teve como obje�vo realizar a caracterização morfo-anatômica dos frutos de Capsicum baccatum L. em estádio intermediário de maturação (alaranjado) e avaliar a concentração dos compostos fenólicos frente a diferentes métodos de secagem, estufa de ven�lação forçada e aparelho microondas. As amostras foram adquiridas em Ouro Preto, Brasil, provenientes de cul�vo familiar. A caracterização morfológica e anatômica foi desenvolvida com auxílio de régua milimetrada e os frutos foram seccionados para a contagem das sementes. O processo de secagem em estufa de ven�lação (PEV) forçada foi realizado a 40 ºC, pesando-se em intervalos de 5 horas e em aparelho micro-ondas (PAM) na potência máxima com duração total de 11 minutos e 30 segundos. Todos os testes de secagem foram realizados até a obtenção de peso constante da biomassa. Os extratos etanólicos foram produzidos por maceração exaus�va no período de 7 dias. Os compostos fenólicos foram quan�ficados pelo reagente de Folin-Ciocalteu e expressos em mg/g de ácido gálico. As análises foram realizadas em quatro repe�ções. Os valores encontrados foram subme�dos à análise de variância (ANOVA – oneway) com grau de significância de 5%. Os frutos foram caracterizados como sendo do �po baga, liso, assimétrico, levemente curvilíneo, alongado medindo entre 5-7 cm de comprimento e entre 3-4 cm de espessura e de coloração alaranjada no estádio intermediário de maturação. Sementes com cerca de 2-3 mm, arredondadas ou ligeiramente reniformes, irregulares, angulosas com bordas marginadas em número de 68,50 ± 3,54 unidades por fruto. Os resultados dos processos de secagem mostraram que o fruto de Capsicum baccatum L. no estádio intermediário de maturação possui alto teor de água, com valor médio de 90%. Os processos de secagem não influenciaram os teores médios de compostos fenólicos (CV=14,17%) que foram respec�vamente em PEV e em PMO de 32,95 mg/g e 36,43 mg/g. Tais dados nos permitem concluir que a secagem em aparelho micro-ondas, por ser mais rápido, pode ser a primeira opção em relação ao custo/eficácia do processo energé�co.

Palavras-chave : Capsicum baccatum, secagem ar�ficial, Folin-Ciocalteu, Gravimetria

Seleção, embalagem, conservação e distribuição , logística de transporte,

comercialização e consumo de produtos hortícolas

Po205 - SENESCÊNCIA EM FLORES DE AMOR PERFEITO SUBMETIDAS A REGULADORES DE

CRESCIMENTO

Tania Pires Da Silva (Brazil)¹; Fernando Luis Finger (Brazil)²; Fernanda Ferreira Araujo (Brazil)²1 - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; 2 - Universidade Federal de Viçosa

Po206 - TEORES DE COMPOSTOS FENÓLICOS EM PIMENTA DEDO-DE-MOÇA SUBMETIDAS A

PROCESSOS DE SECAGEM

Juliana Cristina Santos Almeida Bastos (Brazil)¹; Tamires Souza Rodrigues (Brazil)²; Rosana Gonçalves

Rodrigues Das Dôres (Brazil)¹; Tanus Nagen (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Ouro Preto; 2 - Universidade Federal do Rio de Janeiro

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RESUMO

No Brasil, as feiras livres cons�tuem uma importante forma de comercialização de produtos de origem animal e vegetal, bem como artesanato e produtos que compõem a cultura brasileira em geral. O presente estudo obje�vou avaliar a qualidade microbiológica de vegetais comercializados na Feira Livre de Unaí, Minas Gerais, Brasil. Das 68 barracas que comercializam produto na feira livre, 16 barracas comercializam folhosas e, dentre elas cinco barracas foram amostradas aleatoriamente. Foram amostradas alface (Lactuca sa�va), couve (Brassica oleracea var. acephala) e cheiro verde composto por salsa (Petroselinum crispum) e cebolinha (Allium schoenoprasum), em dois sábados consecu�vos, totalizando 30 amostras. As amostras foram coletadas assep�camente e encaminhadas sob refrigeração para o Laboratório de Análises de Leite e Derivados (LABLEITE), da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAV), da Universidade de Brasília (UnB). As coletas foram realizadas durante o período de 12 a 20 de Maio de 2017. As amostras foram subme�das às seguintes análises microbiológicas: contagem de coliformes totais, contagem de coliformes termotolerantes, contagem de mesófilos aeróbios estritos e faculta�vos, contagem de fungos e leveduras e contagem de estafilococos coagulase posi�va. As análises foram realizadas de acordo com a Instrução Norma�va nº 62 de 26 de agosto de 2003 e os valores comparados com a RDC Nº 12, de 02 de Janeiro de 2001 do Ministério da Saúde. Todas as análises foram realizadas em duplicata. Das amostras analisadas todas apresentaram contagem de coliformes totais superiores a 1100 NMP/g e 100% das amostras de alface, cheiro verde e couve apresentaram contagem de coliformes termotolerantes < 3 NMP/g, e atendem à legislação vigente quanto à presença de coliformes termotolerantes. Os resultados de aeróbios

6 6 5mesófilos na alface foi 1,83 x 10 , no cheiro verde 2,13 x 10 e na couve 8,83 x 10 UFC/g. No entanto, nenhuma amostra 5estava contaminada com Staphylococcus spp coagulase posi�va. A contagem de fungos e leveduras foi 5,35 x 10 UFC/g,

5 54,86 x 10 UFC/g e 4,43 x 10 UFC/g para as amostras de alface, cheiro verde e couve, respec�vamente. Os resultados ob�dos indicam que hortaliças (alface, cheiro verde e couve) comercializadas nas feiras livres de Unaí, estão em conformidade com a legislação vigente, estando aptas para o consumo humano sem apresentar risco à saúde dos consumidores.

Palavras-chave : Allium schoenoprasum, Brassica oleracea var. acephala, Lactuca sa�va, microrganismos, Petroselinum crispum

RESUMO

Avaliou-se a predisposição dos consumidores para o apadrinhamento de árvores de fruta produzidas em modo de produção biológico, considerando a atual conjuntura social, demográfica e económica, assim como, tendo presente por um lado a tendência de agravamento da qualidade de vida nas cidades provocado pela concentração de pessoas e a�vidades, pelo envelhecimento da população e pela escassez de recursos naturais no meio envolvente, e, por outro lado, a cada vez maior consciência para a problemá�ca da alimentação com base em produtos transformados e processados, para além do maior conhecimento que existe sobre os efeitos na saúde humana e no ambiente dos adubos minerais de síntese e pes�cidas que são usados na agricultura convencional. O apadrinhamento das árvores de fruta será realizado através de uma plataforma informá�ca, designada por You Go Bio, que contempla o acompanhamento de todo o processo vegeta�vo das árvores de fruto apadrinhadas e a entrega da fruta colhida em casa dos clientes finais. Através de um inquérito por ques�onário online realizado a 1.477 indivíduos foi avaliado o potencial de procura que poderá ter esta plataforma. Concluiu-se que existe forte potencial para o lançamento do projeto de apadrinhamento, considerando os resultados apresentados que evidenciam uma apetência do mercado para a proposta de comercialização apresentada.

Palavras-chave : Fruta biológica, Venda online, Apadrinhamento à distância

Po207 - QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE HORTALIÇAS COMERCIALIZADAS EM FEIRAS LIVRES DO

MUNICÍPIO DE UNAÍ, MG, BRASIL

Luisa Silvestre Freitas Fernandes (Brazil)¹; Karielly Amaral Andrade (Brazil)¹; Thaís Gabriele Xavier (Brazil)¹;

Tânia Pires Silva (Brazil)¹; Jaqueline Lamounier Ribeiro (Brazil)²; Amanda Melo Sant'Anna Araújo (Brazil)¹;

Luciane Da Costa Barbé (Brazil)¹; Débora Ribeiro Orlando (Brazil)¹; Getúlio Neves Almeida (Brazil)¹; Cláudia

Braga Pereira Bento (Brazil)¹1 - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri; 2 - Universidade de Brasília

Po208 - APADRINHAMENTO DE ÁRVORES DE FRUTO PRODUZIDAS EM MODO DE PRODUÇÃO

BIOLÓGICO ATRAVÉS DA PLATAFORMA YOU GO BIO

Pedro Salvador (Portugal)¹; Luis Miguel Brito (Portugal)¹; Sofia Gomes (Portugal)²1 - ESA/IPVC; 2 - ISAG

180179

Seleção, embalagem, conservação e distribuição , logística de transporte, comercialização e consumo de produtos hortícolas

Seleção, embalagem, conservação e distribuição , logística de transporte,

comercialização e consumo de produtos hortícolas

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RESUMO

Ao longo da sua história a sociedade brasileira foi acolhendo diversos povos que deixaram marcas na Olericultura do território. Os invasores holandeses que governaram Pernambuco no século XVII es�mularam a produção de mandioca e de outras hortaliças. Os imigrantes italianos, portugueses e espanhóis de finais do século XIX e inícios do século XX terão reforçado a influência da Olericultura mediterrânica nas regiões brasileiras de acolhimento. Os japoneses que nas primeiras décadas do século XX se fixaram em São Paulo deram um contributo relevante para o desenvolvimento da Olericultura através das suas pequenas hortas familiares. No entanto, foi com os primeiros navegadores, colonos e missionários portugueses que as principais hortaliças, mesmo algumas originárias do con�nente americano, foram introduzidas no Brasil. Diante deste cenário a presente pesquisa tem por obje�vo relatar o consumo e desperdício de olericulturas no refeitório do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho. Esta pesquisa é um relato de experiência caraterizada como quan�-qualita�vo pois segundo Minayo (1993), o estudo quan�ta�vo pode gerar questões para serem aprofundadas qualita�vamente e vice-versa e com caráter de levantamento Gil (2002) pois se dá através da obtenção de dados ou informações sobre caracterís�cas, ações ou opiniões de determinado grupo de pessoas, indicado como representantes de uma população-alvo. Mas também, busca nas análises e interpretações dos dados os aspectos relevantes de significação sobre os resultados da pesquisa. Este trabalho envolveu aproximadamente 1000 pessoas que frequentam o restaurante do IFSULDEMINAS – Campus Muzambinho de uma cidade do interior de Minas Gerais, sabendo que a ins�tuição agrega alunos do ensino médio, técnico subsequente, graduandos, pós-graduandos e EAD (cursos a distância), funcionários e visitantes. O Refeitório do Campus tem como funcionalidade de segunda a domingo, sendo os sete dias da semana, o ano todo, agregando mais de 1000 pessoas diárias, sendo 700 no almoço e 300 na janta aproximadamente. Foi observado essas pessoas diariamente em um período de uma semana com um total de 147 pesagens de olericultura ao longo da mesma sendo 21 a cada dia. Diante dos dados coletados podemos afirmar que a quan�dade desperdiçada é um total de 7.560 kg por parte dos usuários e 11,397 kg de sobras pelo refeitório, quanto comparado com a quan�dade consumida de 183,395 kg.

Palavras-chave : Consumo, Desperdício, Olericulturas

Po209 - CONSUMO E DESPERDÍCIO DE OLERICULTURAS – ESTUDO DE CASO DO REFEITÓRIO DO

IFSULDEMINAS – CAMPUS MUZAMBINHO

Paulo Ricardo Vilela Batista (Brazil)¹; Washington Bruno Silva Pereira (Brazil)¹; Lucas Eduardo Oliveira

Aparecido (Brazil)¹; Maiqui Izidoro (Brazil)¹1 - IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho

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Seleção, embalagem, conservação e distribuição , logística de transporte, comercialização e consumo de produtos hortícolas

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

O estresse hídrico é um fator ambiental limitante na produção agrícola em todo mundo. Eventos climá�cos, como o El Niño, tem causado a es�agem de chuvas (veranico) o que leva a uma condição de estresse hídrico sob condições de campo às plantas, no bioma Cerrado brasileiro. Tecnologias capazes de amor�zar os efeitos do estresse hídrico em plantas economicamente importantes, como o milho doce, devem ser avaliadas. A planta de milho doce possui grande potencial de externar respostas favoráveis após aplicação de fontes exógenas de Silício (Si) pelo fato de ser classificada como acumuladora desse elemento e, também, por sua absorção estar ligada à respiração aeróbica. A espécie Zea mays possui os genes ZmLsi1 e ZmLsi6 que são responsáveis pelo transporte exclusivo de Si da solução do solo para as células radiculares e do xilema para o resto da planta, respec�vamente. O obje�vo do presente trabalho foi testar a hipótese de que o silicato de potássio, aplicado sob pulverização foliar, é capaz de amenizar os efeitos do estresse hídrico no desenvolvimento de plantas de milho doce, híbrido Tropical Plus® (Syngenta Seeds Ltda) no IF Goiano-Campus Urutaí, Goiás, Brasil. O delineamento experimental u�lizado foi em blocos casualizados com parcelas subdivididas no espaço, em

-1esquema fatorial 4x4, sendo quatro concentrações de silicato de potássio (0, 6, 12 e 24 L de K2SiO3 ha ) e quatro tensões de água no solo de aproximadamente 15, 30, 45 e 60 kPa, totalizando 16 tratamentos, com quatro repe�ções cada. O diâmetro do colmo das plantas de milho doce demonstrou maior sensibilidade à condição de estresse hídrico em comparação com a altura das plantas e número de folhas por planta. O colmo do milho é capaz de armazenar carboidratos e a u�lização de fontes exógenas de silicato aumenta, de maneira indireta, a produção de carboidratos nas plantas devido à melhor eficiência fotossinté�ca. Isso explica os maiores valores para o diâmetro do colmo nos tratamentos com silicato de potássio em comparação com a testemunha e observados nas maiores tensões (45 e 60 kPa). O bene�cio mais marcante do Si tem sido observado em plantas sob alguma condição de estresse. Dessa forma, com o monitoramento da tensão de água no solo na lavoura, através de tensiometria, o agricultor pode ser capaz de adaptar um calendário de pulverizações foliares com Silício tendo em vista uma opção de combate preven�vo contra o estresse hídrico.

Palavras-chave : Zea mays, estresse abió�co, Silício, diâmetro do colmo.

RESUMO

A agroindústria Conservas Oderich SA processa o pepino para conserva (Cucumis sa�vus L.) (Cucurbitaceae) gerando emprego e renda no estado de Goiás e tem buscado se adaptar ao sistema de produção de matérias primas no bioma Cerrado brasileiro. Tecnologias que garantem maior produ�vidade, qualidade dos frutos e redução de mão de obra tem sido u�lizadas para incrementar o cul�vo do pepino conserva no Brasil e no mundo. A planta do pepino é sensível ao estresse hídrico e ao excesso de água por ter, aproximadamente, 85% da zona radicular até 30 cm abaixo da super�cie do solo. O obje�vo foi avaliar o efeito de diferentes lâminas de irrigação no desenvolvimento e produ�vidade do híbrido de pepino Amour F1 em estufa no IF Goiano-Campus Urutaí, Goiás, Brasil. Os tratamentos cons�tuíram-se de cinco lâminas de irrigação (62, 93, 124, 155 e 186 mm) correspondendo a uma condição decrescente de estresse hídrico para a planta ou excesso de água. O delineamento experimental foi em blocos causalizados com quatro repe�ções. O comportamento polinomial do diâmetro do colmo em função do tempo pode ser resultado do ciclo fenológico da planta. O pepino concentra energia para formar frutos e reduzindo gastos com aumento no diâmetro do caule, mas com nova retomada de crescimento na fase final de produção. Diferenças no diâmetro do caule em função do tempo foram menores que aquelas para a altura da planta, o que pode ser explicado pelas lâminas de irrigação em, apenas, 55% dos dias de avaliação. As menores produ�vidades do pepino conserva, com as lâminas de irrigação de 62 mm e 93 mm caracteriza condição de estresse hídrico. Isto mostra a necessidade do manejo de irrigação para equilibrar as demandas fisiológicas das plantas e evitar perdas de água, um recurso ambiental escasso em várias partes do mundo. O crescimento e a produção do pepino conserva permi�u respostas dessa planta com diferentes lâminas de irrigação aplicadas em função do seu tempo de desenvolvimento. A altura da planta, distância entre brotações laterais e o comprimento da raiz mostraram maior influência das lâminas de irrigação ao longo do tempo de avaliação (oito aos 64 DAT), sendo o diâmetro do caule menos

-1afetado. A produ�vidade (acima de 3 kg planta ) foi maior, e em período de tempo mais curto, com a lâmina de 124 mm de irrigação.

Palavras-chave : Cucurbitaceae, estresse hídrico, estufa, excesso hídrico

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po210 - SILICATO DE POTÁSSIO COMO INDUTOR DE RESISTÊNCIA CONTRA O ESTRESSE HÍDRICO EM

PLANTAS DE MILHO DOCE

Carmen Rosa Da Silva Curvelo (Brazil)¹; Alexandre Igor De Azevedo Pereira (Brazil)¹; Andreia Pereira Dos

Santos (Brazil)²; Elias Correa De Freitas Neto (Brazil)²; Thalyta Adrielle Do Nascimento (Brazil)²1 - INSTITUTO FEDERAL GOIANO; 2 - Instituto Federal Goiano-Campus Urutaí

Po211 - DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DO PEPINO PARA CONSERVA COM DIFERENTES LÂMINAS

DE IRRIGAÇÃO EM SISTEMA DE GOTEJAMENTO SUPERFICIAL, ATRAVÉS DE UMA ANÁLISE

DEPENDENTE DA IDADE.

Carmen Rosa Da Silva Curvelo (Brazil)¹; Alexandre Igor De Azevedo Pereira (Brazil)¹; Andreia Pereira Dos

Santos (Brazil)¹; Elias Correa De Freitas Neto (Brazil)¹; Thalyta Adrielle Do Nascimento (Brazil)¹1 - Instituto Federal Goiano-Campus Urutaí

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

As ramas de batata-doce apresentam-se como uma boa alterna�va para alimentação animal por suas caracterís�cas nutricionais, sendo fornecidas na forma in natura ou silagem. No entanto, a produção de feno com ramas de batata-doce não tem sido explorada cien�ficamente no Brasil e em outros países, sendo uma alterna�va para o produtor para alimentação animal com aproveitamento da biomassa da parte aérea gerada com o cul�vo da batata-doce, normalmente descartada pelos produtores. Sendo assim, obje�vou-se com esse trabalho avaliar o uso de ramas de batata-doce para a produção de feno. Foram avaliados dez clones de batata-doce (UFVJM-07, UFVJM-10, UFVJM-13, UFVJM-15, UFVJM-23, UFVJM-35, UFVJM-37, UFVJM-45, UFVJM-46, UFVJM-54), conduzidos a campo u�lizando o delineamento experimental em blocos ao acaso com cinco repe�ções. As ramas foram coletadas 150 dias após o transplan�o das mudas, sendo avaliados o teor de matéria seca e as produ�vidades de massa verde (PMV) e massa seca (PMS). Avaliou-se também a produ�vidade de raízes total (PRT) e a produ�vidade de raízes comercial (PRC), com o obje�vo de u�lização das raízes na alimentação humana. Após a colheita, as ramas foram picadas e levadas para secagem até a obtenção dos fenos. Ob�dos os fenos avaliaram-se as caracterís�cas matéria seca (MS), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), lignina, amido, açúcares solúveis totais (AST), macro e micronutrientes. Os dados foram subme�dos à análise de variância e quando significa�vas pelo teste F, as médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey (P<0,05). Os clones UFVJM-23, UFVJM-37 e UFVJM-54 destacaram-se para a produ�vidade total e comercial de raízes. O clone UFVJM-54 mostrou-se promissor para uso na alimentação animal, uma vez que aliou alta PRC com maior PMS nas ramas. Os fenos apresentaram teores de PB variando de 11,99 a 15,09%, FDN 47,22 a 55,55%, FDA 22,92 a 28%, e 6,87 a 13,72% de LIG. De forma geral, os teores de minerais nos fenos foram sa�sfatórios. Os resultados indicam o potencial de uso das ramas de batata-doce conservadas na forma de feno para u�lização na alimentação animal, aproveitando a biomassa produzida pela parte aérea no cul�vo da batata-doce. O clone UFVJM-54 é o mais indicado para a produção de feno de ramas por apresentar, além da alta produ�vidade de massa seca nas ramas, caracterís�cas químico-bromatológicas adequadas para a produção de um bom feno, podendo ser u�lizado também para a produção de raízes para o consumo humano.

Palavras-chave : Ipomoea batatas, alimentação animal, forragem.

RESUMO

Avaliou-se o efeito da aplicação de um compostado orgânico de resíduos da cunicultura (CRC) no crescimento da alface, em vasos, com os obje�vos de: (i) determinar o melhor momento de plantação da alface após a incorporação do compostado ao solo; (ii) comparar o efeito do CRC com o de um compostado comercial de resíduos de ovinocultura (CCRO) cer�ficado para o modo de produção biológico (MPB); e (iii) contribuir para a recomendação da fer�lização orgânica no MPB para culturas hor�colas. Os ensaios realizaram-se na Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, com seis tratamentos e quatro blocos. O ensaio foi repe�do três vezes, sendo a diferença entre cada ensaio o tempo entre o momento da aplicação do compostado ao solo e o momento da transplantação da alface, respe�vamente, 0, 2 e 4 semanas. Os tratamentos

-1 -1consis�ram em 5 doses de CRC: 0, 1, 2, 4 e 8 t ha , e um tratamento com 4 t ha de CCRO. As doses crescentes de CRC, contribuíram para aumentar a produ�vidade da alface e a acumulação de nutrientes nas folhas. No entanto, este aumento foi mais evidente com a aplicação de CCRO que possuía um teor muito mais elevado de azoto amoniacal e uma condu�vidade elétrica (CE) muito inferior, em comparação com o CRC. Considerando que o teor de N total (orgânico mais mineral) foi semelhante entre ambos os compostados, a maior disponibilidade imediata de N com o CCRO em comparação com o CRC deveu-se ao seu teor de N mineral ser superior, enquanto que o CRC apenas disponibilizou N gradualmente após a sua mineralização. Conclui-se que a aplicação do CRC pode ser recomendada para aumentar, gradualmente, a disponibilidade de N no solo e, consequentemente, a absorção de nutrientes e a produ�vidade da alface no MPB, mas recomenda-se uma melhor seleção dos resíduos da cunicultura para a compostagem, para diminuir a CE do compostado.

Palavras-chave : Lactuca sa�va L., azoto mineral, condu�vidade elétrica, corre�vo orgânico

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po212 - USO DE RAMAS DE BATATA-DOCE PARA PRODUÇÃO DE FENO

Valter Carvalho De Andrade Junior (Brazil)¹; Luan Mateus Silva Donato (Brazil)²; Anônio Julio Medina Da Silva

(Brazil)²; Davi Martins Oliveira (Brazil)²; Orlando Gonçalves Britto (Brazil)²; Cintia Maria Teixeira Fialho (Brazil)²;

Aline Aparecida Andrade Costa (Brazil)²1 - Universidade Federal de Lavras - UFLA; 2 - Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri-UFVJM

Po213 - EFICÁCIA DE UM COMPOSTADO DE RESÍDUOS DA CUNICULTURA APLICADO AO SOLO EM

DIFERENTES MOMENTOS ANTES DA TRANSPLANTAÇÃO DE ALFACE

Luís Miguel Brito (Portugal)¹; Rúben Ferreira (Portugal)¹; Isabel Mourão (Portugal)¹; João Coutinho (Portugal)²1 - Instituto Politécnico de Viana do Castelo - Escola Superior Agrária; 2 - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

A produção de tomate é limitada por vários fatores, como: problemas fitossanitários, manejo hídrico e manejo nutricional deficiente ou excessivo. Este úl�mo fator limitante a produção do tomateiro, o uso abusivo dos fer�lizantes agrícolas consiste no mais comum dos entraves da toma�cultura e pode acarretar em sérios prejuízos na produção da cultura, ou perdas para o ambiente elevando o custo de produção. Neste contexto, os fer�lizantes organominerais (OM) apresentam caracterís�cas químicas que melhoram a dinâmica dos nutrientes no solo e sua disponibilidade as plantas, evitando perdas por lixiviação ou fixação, podendo reduzir o parcelamento das aplicações de fer�lizante, o que pode implicar na redução de custo na produção. Portanto, o obje�vo deste trabalho foi avaliar o desempenho agronômico do tomateiro em função da adubação organomineral e a viabilidade econômica da sua u�lização. Foi instalado em campo, na estação experimental da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista – BA, um teste com o tomate hibrido Trucker, conduzido em delineamento blocos ao acaso com 4 repe�ções. Os tratamentos consis�ram de: T1- 100 % da recomendação de P2O5 na formulação OM 06-30-00 no sulco de plan�o; T2- 100 % da recomendação de P2O5 na formulação OM 06-30-00 no sulco de plan�o + cobertura (30 % da recomendação de P2O5 em OM); T3- 70 % da recomendação de P2O5 na formulação OM 06-30-00 no sulco de plan�o; T4- 70 % da recomendação de P2O5 na formulação organomineral 06-30-00 no sulco de plan�o + cobertura (30 % da recomendação de P2O5 em OM) e T5- testemunha (100 % da recomendação de P2O5 em Super Fosfato Simples + cobertura de 30 % da recomendação de P2O5). As caracterís�cas avaliadas foram: índice SPAD, matéria seca de parte aérea, número de frutos, produção por planta e rendimento por área. Entre as caracterís�cas avaliadas, nenhuma delas apresentaram diferenças significa�vas. Visando um manejo e produção ecologicamente sustentável, sugere-se a u�lização do tratamento composto de 70 % da dosagem recomendada de P2O5 no fer�lizante organomineral, sem adubação de cobertura. Em relação a avaliação da viabilidade econômica relacionado com a u�lização dos fer�lizantes, os resultados apontam o menor custo com este insumo é o uso da dosagem de 70% da recomendação de P2O5 aplicado na forma do fer�lizante organomineral, considerando que esta foi o tratamento que representou o menor custo e que não afetou a produção.

Palavras-chave : Solanum lycopersicum, adubação, composto orgânico, produ�vidade

RESUMO

A u�lização de materiais gené�cos de alta produ�vidade e qualidade de frutos, adaptados às condições ambientais é conseqüência da exigência crescente do mercado consumidor em relação à qualidade e preço dos produtos, fazendo com que produtores busquem alterna�vas de manejo para atender as expecta�vas de mercado. A produção de berinjela é altamente influenciada pelas condições de umidade no solo, sendo que o déficit hídrico é par�cularmente prejudicial durante os estádios de florescimento e fru�ficação e o excesso de umidade além de afetar nega�vamente o desenvolvimento das plantas, favorece o aparecimento doenças de solo, comprometendo o desempenho produ�vo da cultura. Obje�vou-se com esse trabalho avaliar diferentes genó�pos de berinjela sob diferentes lâminas de reposição hídrica. O experimento foi conduzido no campo experimental do Ins�tuto Federal Goiano - Campus Ceres. U�lizou-se o delineamento em blocos casualizados, em esquema de parcelas subdivididas, sendo cinco parcelas (lâminas de irrigação) e 3 subparcelas (genó�pos). As lâminas de irrigação nominal foram 40%, 55%, 70%, 85% e 100% da ETc e os genó�pos foram os híbridos Milan F1 Mini, Listrada Híbrida Zebrita e Nápoli, com quatro repe�ções e quatro plantas por unidade experimental. A produção de mudas foi feita em casa de vegetação com sistema de irrigação por microaspersão. A semeadura foi realizada em bandejas de 128 células e 20 dias as plântulas foram transplantadas para copos plás�cos de 200 mL preenchidos com substrato comercial (2/3) e esterco (1/3). A adubação de plan�o foi realizada com base na análise de solo com sete dias antes do transplan�o. O transplante para o campo foi realizado quando as mudas apresentavam quatro folhas defini�vas e aproximadamente 15 cm de altura para canteiros, com espaçamento 1,2 m entre linhas e 0,8 entre plantas. O sistema de irrigação u�lizado foi o de gotejamento, sendo uma linha de gotejamento por linha de plantas de berinjela. A colheita foi realizada manualmente. As variáveis analisadas foram número de frutos por plantas, peso médio dos frutos e produ�vidade total. Os resultados ob�dos foram subme�dos à análise de variância (teste F), comparação de médias entre genó�pos pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade e regressão para mostrar as tendências de respostas em função das lâminas de irrigação. Houve diferença significa�va entre os genó�pos, sendo o

-1híbrido Listrada Roxa Zebrita mais produ�vo que os demais, totalizando 21 t ha . Não houve diferença significa�va entre as lâminas de irrigação.

Palavras-chave : Solanum melongena L, manejo de irrigação, gotejamento

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po214 - DESEMPENHO AGRONÔMICO DO TOMATEIRO EM FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO

ORGANOMINERAL

Tiyoko Nair Hojo Rebouças (Brazil)¹; Ana Paula Prado Barreto Públio (Brazil)¹; John Silva Porto (Brazil)¹;

Everardes Públio Júnior (Brazil)¹; José Magno Queiroz Luz (Brazil)²1 - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 2 - Universidade Federal de Uberlândia

Po215 - PRODUÇÃO DE GENÓTIPOS DE BERINJELA SOB DIFERENTES LÂMINAS DE REPOSIÇÃO

HÍDRICA POR GOTEJAMENTO

Luís Sérgio Rodrigues Vale (Brazil)¹; Marta Jubielle Dias Félix (Brazil)¹; Eliézer José Fernandes Pereira (Brazil)¹;

Henrique Fonseca Elias De Oliveira (Brazil)¹1 - IF Goiano - Câmpus Ceres

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

O nitrato pode ser considerado prejudicial, pois ao ser ingerido pode originar compostos nitrosos, estes são considerados altamente carcinogênicos. As quan�dades seguras de ingestão ainda são tema de debates devido às diferentes formas de avaliação. De forma global, a quan�dade de nitrato de origem vegetal estabelecido como segura pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), abrange a faixa de 0 a 3,7 mg de nitrato por quilo de material vegetal por quilo da pessoa por dia. Nesse contexto, o nitrato é considerado um importante parâmetro de qualidade dos alimentos de origem vegetal, sobretudo nos oriundos da hidroponia. Obje�vou-se com esse trabalho avaliar os teores de nitrato em plantas jambu (Acmella oleracea) sob deficiência de macronutrientes e de boro. O experimento foi realizado na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, na cidade de Campos do Goytacazes - RJ, Brasil. O delineamento experimental adotado foi em blocos, com oito tratamentos: solução completa, deficiente de nitrogênio (-N), deficiente de fósforo (-P), deficiente de potássio (-K), deficiente de cálcio (-Ca), deficiente de magnésio (-Mg), deficiente de enxofre (-S) e deficiente de boro (-B), com quatro repe�ções. As mudas foram produzidas em bandejas de polies�reno e aos 31 dias após o semeio, as plantas foram transferidas para os vasos defini�vos, previamente preenchidos com areia lavada. Aos 35 dias após o transplan�o iniciaram-se as aplicações dos tratamentos e após 35 dias as plantas foram colhidas para análise em relação aos teores de nitrato. Para as plantas cul�vadas em solução completa foi observada a média de 5194 mg de nitrato por quilo de material seco. Nestas condições a ingestão máxima desse vegetal para uma pessoa de 60 kg de massa corpórea, de acordo com FAO, é de 285g do jambu fresco. Os maiores teores de nitrato foram encontrados nos tratamentos -Ca, -Mg e -S. O menor teor de nitrato foi observado no tratamento -N.

Palavras-chave : Jambu, nutrientes, hortaliças

RESUMO

O fósforo é um nutriente essencial e determinante na obtenção de altos rendimentos. Devido aos aspectos peculiares e sua dinâmica no solo, grandes quan�dades são aplicadas no plan�o, o que pode ser excessivo e agravar os impactos ambientais. A adoção de manejos adequados é imprescindível em um cenário de limitação de recursos naturais não renováveis. Portanto, obje�vou-se avaliar doses de fer�lizante fosfatado na produ�vidade de tubérculos de batata cul�var Ágata. Os experimentos foram conduzidos em Unaí-MG e Mucugê- BA, Brasil. O delineamento u�lizado foi o de blocos ao

-1acaso, com quatro repe�ções. Foram estudadas as doses de 0; 150; 300; 600 e 900 kg ha de P2O5. Os demais nutrientes -1foram fixos em 120 e 220 kg ha de N e K2O, respec�vamente). Ao final do ciclo os tubérculos foram classificados em

Especial (acima de 5 cm), 1X (4 a 5 cm) e 2X (inferior a 4 cm). A somatória das classificações formou a produ�vidade total. Houve aumento em resposta a produ�vidade especial até a dose de 865 e 692 kg ha-1 de P2O5, com produ�vidade máxima

-1de 37,4 e 54,8 t ha em MG e BA, respec�vamente. As dosagens iniciais de fosforo nos solos eram altas, o que determinou alta produ�vidade inicial no tratamento em que não houve aplicação de fer�lizante fosfatada, com diferença para a dose

-1máxima aplicada de 20 e 17,5% em MG e BA, respec�vamente. A produ�vidade máxima da classe 1X (6 e 5,4 t ha ) variou -1entre 590 e 258 kg ha de P2O5 em MG e BA, respec�vamente. A classe 2X apresentou na BA aumento linear com a

crescente dose de fosforo, no entanto, a produ�vidade foi inferior a metade do valor encontrada na dose máxima de -1 -1 -1resposta em MG (4,5 t ha , em aplicação de 600 kg ha de P2O5). A produ�vidade total máxima foi de 47,6 e 59,7 t ha em

-1respostas a doses de 730 e 535 kg ha de P2O5 em MG e BA, respec�vamente. Considerando a interação entre clima e solo, fatores determinantes na resposta em produ�vidade, observou-se que a produ�vidade na BA foi 20% superior a MG, possivelmente isso deve-se as condições climá�cas onde foi cul�vado na BA, mais ameno, próximo as condições de origem da cul�var Ágata. Portanto, para o�mização da gestão de P devem ser considerados resultados regionais, devido aos determinantes: �po de solo, textura, fatores climá�cos, históricos anteriores e dinâmicas ocorrentes em anos de avaliações.

Palavras-chave : Solanum tuberosum L., superfosfato triplo, fosforo

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po216 - NITRATO EM ACMELLA OLERACEA SOB DEFICIÊNCIA DE MACRONUTRIENTES E BORO

Diego Alves Peçanha (Brazil)¹ ²; Marta Simone Mendonça Freitas (Brazil)¹; Paulo Cesar Dos Santos (Brazil)¹;

Thaísa Capato Lima (Brazil)¹; Marlene Evangelista Vieira (Brazil)¹; Almy Junior Cordeiro De Carvalho (Brazil)¹1 - Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro; 2 -

Po217 - DOSES DE ADUBAÇÃO FOSFATADA EM CULTIVO DE BATATEIRA NOS ESTADOS DE MINAS

GERAIS E BAHIA, BRASIL

Roberta Camargos De Oliveira (Brazil)¹; Ariel Santivanez Aguilar (Brazil)² ³; Gustavo Oliveira Alves (Brazil)¹;

João Ricardo Rodrigues Silva (Brazil)²; José Magno Queiroz Luz (Brazil)¹1 - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA; 2 - ; 3 - UNESP – Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

A perspec�va de u�lizar a manipueira como biofer�lizante na produção de hortaliças pode diminuir o uso de fer�lizantes minerais na cultura e amenizar o impacto ambiental que este causa ao ser descartado. O obje�vo foi avaliar a aplicação de diferentes doses de manipueira como fonte de K no desenvolvimento, produção e qualidade �sico-química da alface crespa. O estudo vem sendo conduzido numa estufa modelo em arco, em vasos de 13 dm3, irrigados por gotejamento, em blocos ao acaso, no esquema fatorial 5x2x1, sendo 5 doses de K fornecidas pela manipueira: T=0,0; T2=50 (15 mL); T3=100 (30 mL); T4=150 (45 mL) e T=200% (60 mL) da dose de K2O considerada ideal para a cultura; Duas épocas de aplicação (A1=100% no plan�o e; A2=Parcelado em 2 aplicações) e, AQ1=Adubação química, com 4 repe�ções. A dose recomendada de adubação mineral foi definida com base na análise de solo e de acordo com a recomendação para a cultura da alface, que foi 200 kg ha-1 de P2O5, 75 kg ha-1 de k2O, 150 kg ha-1 de N, sendo estes dois úl�mos parcelados em duas vezes, aos 15 e 30 dias após o plan�o. Avaliou-se o número de folhas (NF), massa fresca (MF) e massa seca (MS) e produ�vidade (PROD) da alface. Após a colheita, as plantas foram levadas ao laboratório para avaliações da umidade (UM), cinzas (CI), lipídeos (LIP), fibra bruta (FB), proteínas (PTN), carboidratos (CB). O NF no tratamento AQ1 foi significa�vamente superior (p<0,0) na sé�ma semana após o transplan�o, quando apresentou 34,7 folhas, enquanto que nos outros tratamentos variou entre 27,7 a 31,6 folhas, sendo que também apresentou maior produção quando comparado às outras formas de adubação orgânicas; O uso da manipueira reduziu o teor de UM da alface, quando aplicada em altas dosagens e dose única (200%), incorporando maiores teores de minerais às plantas, porém quando aplicado em alta dose (200%) de forma parcelada, aumentou somente o teor de PTN da alface; A formação de FB foi melhor na dose de 150% sem parcelamento e quando em alta dose (200%) parcelada. As doses u�lizadas não afetaram a formação de LIP, enquanto que as alfaces com o teores mais altos de CB foram com dosagem intermediária (150%) não parcelada. A u�lização de manipueira como fonte de K em dose única ou de forma parcelada proporcionou menor rendimento que o tratamento AQ1 e alterou as caracterís�cas químicas da alface crespa.

Palavras-chave : Mandioca, Ciclagem de nutrientes, Produ�vidade

RESUMO

A cultura do rabanete (Raphanus sa�vus L.) é uma cultura bastante responsiva à adubação mineral. Entretanto, são poucos os trabalhos desenvolvidos sobre a nutrição à aplicação de micronutrientes, especialmente o zinco, pois é um a�vador enzimá�co, estando ligado principalmente a síntese do AIA e proteica (síntese de RNA). Neste sen�do, o obje�vo deste estudo foi avaliar o efeito da aplicação de doses de zinco no solo na produção do rabanete cul�vado em região tropical. A pesquisa foi realizada em área experimental da Escola de Agronomia da UFG, na cidade de Goiânia, Goiás, Brasil. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso (DBC) com 7 doses de zinco (0 (controle); 1,5; 3,0; 4,5; 6,0; 9,0 e 12,0 kg

-1ha de Zn), aplicados na forma de óxido de zinco, com três repe�ções. O plan�o foi realizado com o híbrido Crimson -1Gigante, com a seguinte adubação: 40, 300 e 100 kg ha de N, P2O5 e K2O, respec�vamente. As adubações de cobertura

-1foram realizadas aos 7, 14 e 21 dias após a germinação da cultura, com 60 kg ha-1 de N e 60 kg ha de K2O, respec�vamente. Sempre que necessário, eram realizadas as capinas manuais para o controle da infestação de plantas espontâneas, além do controle fitossanitário. A colheita foi realizada aos 35 dias após o plan�o, as quais foram avaliados os acúmulos de zinco na raiz, fruto, parte área e planta inteira, além da produ�vidade do rabanete em função dos tratamentos aplicados. Os resultados ob�dos foram subme�dos à análise de variância pelo teste F, sendo em seguida, realizada a análise de regressão polinomial. A aplicação de zinco no solo promoveu incrementos significa�vos no acúmulo do nutriente pela planta, sendo

-1 -1as máximas ob�das com o uso de 6,2; 5,8; 10,6 e 9 kg ha as quais a�ngiram 119,7; 7,2; 136 e 254,1 mg planta , respec�vamente. Já em relação à produção de rabanete, a aplicação de zinco no solo promoveu incremento significa�vo

-1com ajuste quadrá�co, ou seja, a maior produção de matéria fresca de frutos, 50,1 g planta , foi ob�da com o uso de 7,7 kg -1ha de zinco. Após esta dose, a produção da cultura apresentou uma tendência de redução da sua produ�vidade. Contudo,

-para a produção de rabanete, em mesmas condições do presente estudo e em ambiente tropical, a aplicação de até 8 kg ha1 de Zn pode aumentar em até 28% a produ�vidade da cultura. Apoio Financeiro: FAPEG e PPGA/UFG.

Palavras-chave : Fer�lidade do Solo, Nutrição Mineral de Plantas, Micronutrientes

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po218 - USO DE BIOFERTILIZANTE COMO FONTE DE POTÁSSIO E A QUALIDADE FÍSICO-QUIMICA DA

ALFACE CRESPA

Dinamar Márcia Da Silva Vieira (Brazil)¹; Jose Luiz Rodrigues Torres (Brazil)¹; Beatriz De Nadai Gasparini

(Brazil)¹; Hamilton Cesar De Oliveira Charlo (Brazil)¹; Gabriel Valeriano Alves Borges (Brazil)¹; Zigomar Menezes

De Souza (Brazil)²1 - Instituto Federal do Triângulo Mineiro Campus Uberaba; 2 - Universidade Estadual de Campinas

Po219 - PRODUÇÃO DE RABANETE (RAPHANUS SATIVUS L.) EM FUNÇÃO DA APLICAÇÃO DE ZINCO

NO SOLO EM REGIÃO DE CLIMA TROPICAL

Rilner Alves Flores (Brazil)¹; Marco Aurélio Gomes Júnior (Brazil)¹; Larissa Gonçalves Silva (Brazil)¹; Ana Flávia

De Oliveira Soares (Brazil)¹; Mariana De Paiva Manso (Brazil)¹; Cristiane Maria Ascari Morgado (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Goiás - UFG

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

O rabanete (Raphanus sa�vus L.) é uma importante cultura para diversificação dos cul�vos em pequenas, médias e grandes propriedades. No entanto, solos de regiões tropicais, apresentam naturalmente, baixos teores de boro disponíveis para as plantas. A adequada nutrição de B aumenta a síntese de RNA por fazer parte da síntese da base nitrogenada uracil e reduz a a�vidade da RNAase que hidrolisa o próprio RNA. Neste sen�do, o obje�vo deste estudo foi avaliar o efeito da aplicação de doses de boro no solo na produção do rabanete cul�vado em região tropical. A pesquisa foi realizada em área experimental da Escola de Agronomia da UFG, na cidade de Goiânia, Goiás, Brasil. O delineamento experimental foi em

-1blocos ao acaso, com 7 doses de boro (0; 0,5; 1,0; 1,5; 2,0; 3,0 e 4,0 kg ha de B), aplicados na forma de borogran (10% de B), com três repe�ções. O plan�o foi realizado com o híbrido Crimson Gigante, com a seguinte adubação: 40, 300 e 100 kg ha-1 de N, P2O5 e K2O, respec�vamente. As adubações de cobertura foram realizadas aos 7, 14 e 21 dias após a germinação da

-1 -1cultura, com 60 kg ha de N e 60 kg ha de K2O, respec�vamente. Sempre que necessário, eram realizadas as capinas manuais para o controle da infestação de plantas espontâneas, além do controle fitossanitário. A colheita foi realizada aos 35 dias após o plan�o, as quais foram avaliados os acúmulos de boro na raiz, fruto, parte área e planta inteira, além da produ�vidade do rabanete em função dos tratamentos aplicados. Os resultados ob�dos foram subme�dos à análise de variância pelo teste F, sendo em seguida, realizada a análise de regressão polinomial. A aplicação de boro no solo promoveu incrementos significa�vos no acúmulo do nutriente no fruto, raiz, parte aérea e planta inteira, sendo as

-1 -1máximas ob�das com o uso de 2,4; 2,2; 2,3 e 2,3 kg ha as quais a�ngiram 114,4; 8,3; 233,8 e 356,3 mg planta , respec�vamente, ou seja, aumentaram o acúmulo em 224, 905, 151 e 175% em relação ao tratamento controle. Já em relação à produção de frutos frescos de rabanete, a aplicação de boro no solo promoveu redução linear na produ�vidade

-1da cultura, cerca de 17% em relação ao tratamento controle. Desta forma, a dose de 2 kg ha de boro é indicada para a produção de rabanete em solos de regiões tropicais. Apoio Financeiro: FAPEG e PPGA/UFG.

Palavras-chave : Fer�lidade do Solo, Nutrição Mineral de Plantas, Micronutrientes

RESUMO

A Zona da Mata de Minas Gerais se destaca na produção de hortaliças, com destaque para a cultura da rúcula. Para alcançar sucesso na produção de rúcula, é necessária a escolha correta de cul�vares e aplicação correta da irrigação, dentre outros fatores de produção. Obje�vou-se na presente pesquisa avaliar o desempenho agronômico de cul�vares de rúcula subme�das a diferentes lâminas de irrigação via gotejamento na região de Viçosa, Zona da Mata de Minas Gerais. O experimento foi realizado na Horta de Pesquisa do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa. A cultura da rúcula foi cul�vada em ambiente protegido durante três ciclos com ciclos de 33 (11/01 à 12/02/2016), 36 (01/03 à 05/04/2016) e 36 (12/04 à 17/05/2016) dias. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso em esquema de parcelas subdivididas, com cinco repe�ções, tendo nas parcelas cinco lâminas de irrigação (50; 75; 100; 125 e 150% da evapotranspiração da cultura-ETc) e nas subparcelas três cul�vares de rúcula (Antonella - Isla; Cul�vada - Isla e Folha Larga - Feltrin). A ETc foi por meio do método GESAI, onde a evapotranspiração de referência foi ob�da pela equação de Penman-Monteith-FAO56 alimentada por dados coletados da estação meteorológica terrestre. Os dados foram subme�dos às análises de variância, regressão e correlação simples. As cul�vares comportaram semelhantemente quantos aos aspectos agronômicos e produ�vos avaliados. Os aumentos das lâminas de irrigação proporcionaram aumento do potencial de água na planta e reduções na temperatura foliar e eficiência do uso da água das hortaliças. Os resultados ob�dos neste trabalho indicam que as lâminas de irrigação aplicadas não influenciaram nas produ�vidades da cultura da rúcula. Devido a alta capacidade de retenção de água no solo, pode-se pensar que a lâmina de água u�lizada pela planta teve relevância na experimentação. Sendo o solo do presente experimento de alta capacidade de retenção de água no solo, recomenda-se irrigar com lâmina de 50% da ETc, desde que, no início do ciclo o solo esteja na capacidade de campo. As cul�vares de rúcula não apresentaram diferenças em suas caracterís�cas agronômicas.

Palavras-chave : Cul�vo protegido, Euruca sa�va, Hor�cultura, Irrigação por gotejamento, Manejo da irrigação.

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po220 - PRODUÇÃO DE RABANETE (RAPHANUS SATIVUS L.) EM FUNÇÃO DA APLICAÇÃO DE BORO

NO SOLO EM REGIÃO DE CLIMA TROPICAL

Rilner Alves Flores (Brazil)¹; Marco Aurélio Gomes Júnior (Brazil)¹; Larissa Gonçalves Silva (Brazil)¹; Thais

Queiroz Do Nascimento (Brazil)¹; Ester Priscila Da Siva Santos (Brazil)¹; Luís Carlos Cunha Júnior (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Goiás - UFG

Po221 - IRRIGAÇÃO DE CULTIVARES DE RÚCULA NA ZONA DA MATA DE MINAS GERAIS

Catariny Cabral Aleman (Brazil)¹; Caio César Silva Alvarenga Correia (Brazil)¹; Fernando França Da Cunha

(Brazil)¹; Everardo Chartuni Mantovani (Brazil)¹; Derly Jose Henriques Da Silva (Brazil)¹; Thallita De Sousa

Ferreira (Brazil)¹; Patrick Agton De Oliveira (Brazil)¹; Felipe Castro Faccioli (Brazil)¹; Santos Henrique Brant Dias

(Brazil)¹; Jannaylton Éverton Oliveira Santos (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Viçosa

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

O pepino (Cucumis sa�vus L.) é uma hortaliça cujo cul�vo é realizado tradicionalmente por semeadura direta. O sucesso do cul�vo das hortaliças inicia-se pela obtenção de mudas de qualidade, portanto, uma muda mal formada dará origem a uma planta com produção abaixo de seu potencial gené�co. A combinação de materiais na composição do substrato pode favorecer o desenvolvimento sa�sfatório da muda, todavia, buscando a obtenção de plantas com maior vigor e uniformidade, a produção de mudas para a cultura tem sido implantada. O trabalho teve como obje�vo avaliar o desenvolvimento de mudas de pepino, cv Aodai, em diferentes quan�dades de serragem incorporadas ao substrato base (50% terra preta + 50% de esterco bovino). O experimento foi conduzido na Fazenda Escola da Universidade Estadual do Maranhão, em ambiente protegido, entre março e abril de 2016, no município de São Luís – MA, Brasil. O delineamento experimental u�lizado, foi inteiramente casualizado, com quarto repe�ções. Os tratamentos foram cons�tuídos pela incorporação de serragem (0, 10, 20, 30, 40 e 50%) junto a substrato base, em copos plás�cos de 150ml. As plantas foram colhidas aos 15 dias após a semeadura. As variáveis avaliadas foram: altura, diâmetro, número de folhas e porcentagem de emergência. Os dados foram subme�dos as análises de variância, u�lizando-se o teste F e de regressão para comparar os efeitos das proporções de serragem acrescidas ao substrato base sobre as caracterís�cas avaliadas. Para a porcentagem de emergência, a serragem proporcionou valores absolutos acima do valor esperado para o substrato cons�tuído por terra preta + esterco bovino, exceto esses, todas as demais variáveis analisadas, reduziram-se em função da presença da serragem na composição do substrato, observando-se as maiores médias no substrato base. A ausência da serragem na composição do substrato promoveu nos parâmetros: altura, diâmetro, número de folhas, valores máximos, esta�s�camente superiores em comparação com o substrato acrescentado de 50% de serragem. A melhor porcentagem de emergência no processo de produção de mudas do pepino foi ob�do com a u�lização do substrato em que a serragem apresentou uma par�cipação na composição do substrato de 50%. A u�lização da serragem como componente do substrato no processo de produção de mudas do pepino não favoreceu o bom desenvolvimento das plantas, e o conhecimento da composição �sica e química dos componentes do substrato, dentro do processo de produção de mudas, são fatores determinantes para a obtenção de material de alta qualidade.

Palavras-chave : Hortaliça, Emergência, Plântulas

RESUMO

Em Portugal, a produção de batata-doce tem vindo a aumentar na úl�ma década, refle�ndo-se nas exportações, principalmente para a Europa do Norte, e nas importações que diminuíram. A área de produção (±1000 ha) distribui-se pelo Ribatejo, Estremadura, Alentejo e Algarve; sendo cerca de 80% abrangida pelo Perímetro de Rega do Mira (PRM).A cultura no PRM está a passar por uma situação de declínio com baixas produções e problemas fitossanitários (vírus, fungos, insetos…), de fer�lização e de rega, com redução do rendimento. A mul�plicação a par�r de estacas da cultura do ano anterior e a falta de um controlo eficaz dos principais vetores de vírus (a�deos e moscas-brancas) podem perpetuar a incidência de vírus e afetar dras�camente a produção e a qualidade das raízes. A alterna�va é a importação de material de viveiro de variedades concorrentes da 'Lira' (IGP, desde 2009), com pagamento de royal�es, sem garan�a de passaporte fitossanitário e com o risco da introdução no país de organismos nocivos. No âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020 (1.0.1 – Grupos Operacionais), deu-se início ao projeto '+BDMIRA - Batata-doce compe��va e sustentável no Perímetro de Rega do Mira: técnicas culturais inovadoras e dinâmica organizacional', que tem como obje�vos gerais: 1-Fornecer à fileira outputs que fomentem o aumento da produ�vidade e da qualidade das raízes no PRM; 2-Desenvolver metodologias inovadoras de mul�plicação (in vitro e em estufa) de material de propagação de elevada qualidade (isento de vírus e outras doenças), para transferência para a a�vidade viveirista; 3-Desenvolver metodologias de produção sustentável de raízes para transferência para os produtores.Com o desenvolvimento deste projeto pretende-se:- Apresentar um produto final (raiz) da variedade Lira de maior qualidade;- Incrementar a compe��vidade a nível nacional e internacional dos produtores de batata-doce, através da adoção de uma nova dinâmica organizacional;- Transferir metodologias capazes de aumentar (30 a 50%) a produ�vidade da batata-doce de qualidade no PRM, com uma elevada vertente de exportação;- Dinamizar a criação da a�vidade viveirista para batata-doce no país, através da transferência de uma inovadora tecnologia de propagação vegeta�va de plantas isentas de vírus e outras doenças, da 'Lira', que pode ser adaptada para outras variedades;- Desenvolver tecnologias �pificadas de produção sustentável de batata-doce;- Iden�ficar a u�lização das metodologias mais adequadas de conservação pós-colheita que permitam aumentar o período de conservação de raízes de qualidade;- Publicar um Guia Prá�co de Produção e Conservação de Batata.

Palavras-chave : Ipomoea batatas, 'Lira', produ�vidade, plantas de viveiro, conservação pós-colheita, PRODI

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po222 - AVALIAÇÃO DE MUDAS DE PEPINO (CUCUMIS SATIVUS L.), UTILIZANDO SERRAGEM COMO

ALTERNATIVA NA COMPOSIÇÃO DE SUBSTRATO

Wallyson Santos Araujo (Brazil)¹; Weydson Araujo Belo (Brazil)¹; Lays Santos Lopes (Brazil)¹; Ana Rafaela

Veloso Pereira (Brazil)¹; Francisco Nóbrega Dos Santos (Brazil)¹; José De Rimamar Gusmão Araújo (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Maranhão

Po223 - BATATA-DOCE COMPETITIVA E SUSTENTÁVEL NO PERÍMETRO DE REGA DO MIRA

Maria Elvira Ferreira (Portugal)¹; Esmeraldina Sousa (Portugal)¹; Anabela Veloso (Portugal)¹; Paulo Brito Da Luz

(Portugal)¹; Claudia Sánchez (Portugal)¹; José Grego (Portugal)²; Isália Cruz (Portugal)³; Carla Viveiros 4 5(Portugal) ; Paul Lenehan (Portugal)

1 - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P.; 2 - Escola Superior Agrária de Santarém; 3 - Associação de Horticultores do

Sudoeste alentejano e Costa Vicentina; 4 - ASF Portugal, Unipessoal, Lda.; 5 - Gemüsering Portugal – Produção Hortícola, Lda.

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

O Vale do São Francisco, localizado na região tropical semiárida do Brasil, caracteriza-se atualmente como um dos maiores produtores de frutas tropicais do mundo, destacando-se na produção de manga e uva. A manga (Mangifera indica) possui um sistema de produção baseado em técnicas agronômicas de irrigação, poda, aplicação de paclobutrazol, estresse hídrico, maturação de ramos e indução floral. Durante a fase de maturação de ramos, que antecede a indução floral, a planta é subme�da a estresse devido às altas temperaturas e stresse hídrico, a u�lização de bioes�mulante contendo extrato Ascophyllumnodosum altera a biossíntese endógena de fitohormônios, podendo diminuir a duração desta fase, bem como no acúmulo de nutrientes essenciais para a floração. Desta forma, o experimento foi realizado para avaliar o efeito bioes�mulante no acúmulo de nitrogênio(N),potássio(K) e enxofre(S) de manga 'Palmer'. O delineamento experimental consis�u de blocos casualizados com quatro tratamentos e dez repe�ções de quatro plantas cada. Os tratamentos foram:T1)Pulverização foliar com bioes�mulante(2,5ml/L) + fer�lizante K(2,5mL/L, 30% K2O);T2)Pulverização foliar com bioes�mulante(2.5ml/L)alternando com fer�lizante K(2.5mL/L,30%K2O); T3)Sulfato de magnésio(20g/L,14% S e 10%Mg), sulfato de potássio(25g/L, 17% S, 48% de K2O e 1,2% Mg),fer�lizantes de enxofre e cálcio(8g/L,50% de S e 5% de Ca), fer�lizante de potássio (25 mL/L,55% de K2O)e Ethrel®(3 mL/L)]; e T4)Testemunha. O bioes�mulante u�lizado contém N(1,3%);K2O(1,0%);Ca(3,0%);Mg(3,0%); S(3,56%);Mo(0,5%), carbono orgânico(2,69%) e Ascophyllumnodosum(1,5%), aminoácidos(5,0%) e ácidos fúlvicos(2,0%). Asconcentrações foliares de N,K e S foram avaliadas do início, meio e final da maturação do ramos. Para o N, os tratamentos T1,T2 e T3 não apresentaram diferençasentre si. Quanto ao K foliar, durante

-a maturação de ramos, o T3(9.35g kg-1)apresentou superioridade em relação aos outros tratamentos T4(8.93g kg1 -1 -1 -),T2(7.45g kg ) e T1(6.45g kg ), resultado semelhante foi encontrado para o final da maturação, com T3(15.0g kg1 -1 -1 -1),T2(14.50g kg ),T1(11.60g kg ), e T4(10.4g kg ). Os teores de enxofre não diferiram esta�s�camente, havendo destaque para o T3, independentemente do período da maturação. Ao se considerar que os melhores resultados ocorreram para T2 e T3, apresenta-se o T2 como os melhores tratamentos, com leve superioridade para o T3.

Palavras-Chave: Mangifera indica,macronutriente, Ascophyllumnodosum

RESUMO

As cucurbitáceas e uma das famílias de plantas mais cul�vadas no mundo, devido às caracterís�cas de rus�cidade, precocidade, alto potencial produ�vo, uniformidade na produção e no tamanho dos frutos, além de atributos organolép�cos e prolongada conservação pós-colheita, que pode durar aproximadamente meses. Estes atributos são facilmente encontrados nas abóbora do �po Tetsukabuto ou Cabo�á. A cabo�á e produzida a par�r do cruzamento entre uma linhagem de moranga Curcubita maxima, que u�lizará o progenitor feminino, e de uma variedade de abóbora específica Curcubita moschata. Diante do interesse na produção de cabo�ás, obje�vou-se analisar as produ�vidades de diferentes genó�pos de cabo�ás como opção de rotação em áreas de pastagens degradadas. O ensaio foi realizado em Iporá, Goiás, Brasil. U�lizou-se o cul�var “Abóbora redonda de tronco” (Cucurbita maxima) como polinizador semenando em 08/07/2016 e foi transplantado no dia 19/07/2016. As cabo�ás foram semeadas no dia 20/07/2016 e transplantadas em 29/07/2016, adotando-se um espaçamento de 1,1x 2,8 m resultando em uma população de 3247 mil plantas por hectare. Foram u�lizados 60 g de esterco de galinha/cova e 100 g de formulado 4-30-10 por cova na adubação de base. Na adubação de cobertura aplicou-se 15 g do formulado 30-00-20 por operação, realizadas em 25/08 e 03/09/2016. Adotou-se o delineamento inteiramente casualizado (DIC) com quatro repe�ções e cinco tratamentos. Os tratamentos foram compostos pelos seguintes genó�pos: (1) Híbrido Tetsukabuto Takii; (2) Híbrido Tetsukabuto Takayama; (3) Híbrido Tetsukabuto F1; (4) Híbrido Experimental HC 015 IFGoiano; (5) Híbrido Tetsukabuto Chikara. Aplicou-se a ANAVA, em seguida o teste “t” ao nível de 5% de probabilidade. Não houve diferenças entre as produ�vidades ob�das. As produ�vidades foram abaixo dos índices alcançados na região evidenciando a necessidade de melhorias prévias para implantação do cul�vo de abóbora, a fim de evitar a limitação do teto produ�vo dos cabo�ás. Os resultados foram 3005a, 2542a, 2242a, 2160a e 1740a, para Tetsukabuto Takii, Tetsukabuto F1, Takayama, Chikara e HC 015, respec�vamente. Assim, conclui-se que nas condições avaliadas que todos os genó�pos de cabo�ás têm potencial produ�vo baixo para a região.

Palavras-chave : Híbridos, Pastagem degradada, Rotação, Solo degradado

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po224 - BIOESTIMULANTE NA CONCENTRAÇÃO DE NUTRIENTES DURANTE A MATURAÇÃO DE

RAMOS DE MANGUEIRA CV.PALMER NO VALE DO SÃO FRANCISCO, BRASIL

Ítalo (Brazil)¹; Rogério Dos Santos Martins (Brazil)²; Adilson Monteiro Alcobia (Mozambique)¹; Guilherme

Neves Ferreira Dos Santos (Brazil)¹; Tullyus Rubens De Souza Silva (Brazil)¹; Marcelle Almeida Da Silva (Brazil)¹;

Pedro Igor Modesto (Brazil)¹; Renata Araujo E Amariz (Brazil)¹; Laiane Eugênia Delmondes Mudo (Brazil)¹1 - UNIVASF - Universidade Federal do Vale do S.Francisco; 2 - Produtiva Consultoria

Po225 - PRODUTIVIDADE DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE ABÓBORA TIPO TETSUKABUTO EM

ROTAÇÃO PÓS PASTAGEM DEGRADADA

Lucas Jorge Dos Santos (Brazil)¹; Samine Rezende De Souza (Brazil)¹; Gisele Santos Batista (Brazil)¹; Flavio

Lopes Cláudio (Brazil)¹; Guido Calgaro Junior (Brazil)¹; Estenio Moreira Alves (Brazil)¹1 - Instituto Federal Goiano - Campus Iporá

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

O conhecimento da variação biométrica de caracteres de frutos e sementes é importante para a formação de bancos de germoplasma e para o melhoramento dessas caracterís�cas, seja no sen�do de aumento ou de uniformidade, podendo ser exploradas por programas de melhoramento direcionados para a geração de cul�vares que propiciem frutos com caracterís�cas importantes para melhorar a sua comercialização. O obje�vo desta pesquisa foi realizar análises biométricas de frutos e sementes de Eugenia calycina (pitangueira-do-cerrado), uma espécie fru�fera na�va do Bioma Cerrado. Os frutos foram coletados em uma formação de Cerrado stricto sensu da Reserva Par�cular do Patrimônio Natural (RPPN), do Clube de Caça e Pesca Itororó de Uberlândia (CCPIU), no Município de Uberlândia, MG, Brasil. Foram coletados 200 frutos em quatro locais diferentes, nos quais foram realizadas a coleta de amostras de solo para as análises, circusncritos em uma área de 6,5 ha, assim iden�ficadas: Local 1 (22% de argile - 70% de areia), local 2 (23% de argila e 65% de areia), local 3 (52% de argila e 11% de areia) e local 4 (22% de argila e 70% de areia), coletando-se 50 frutos em cada um desses locais. Foram ob�dos, u�lizando-se um paquímetro digital, o comprimento (mm) e a largura (mm) dos frutos e sementes, realizando-se a contagem das sementes por fruto. A polpa fresca dos 50 frutos, de cada local, foi separada e pesada em balança analí�ca de precisão e, em seguida, foi colocada em estufa a 70 °C, com pesagens diárias até obter-se massa constante, para as determinações das massas fresca e seca da polpa por fruto. Os frutos do local 3 foram maiores, com maior largura e maior produ�vidade; no local 4 os frutos �veram sementes mais largas. Os frutos do local 1 apresentaram maior comprimento, enquanto que os frutos do local 2 �veram maior quan�dade de sementes, sendo estas com maior comprimento. A produção de frutos e o rendimento de polpa foram variáveis, embora mais da metade da massa dos frutos cons�tui-se de polpa, que representa, em média, 59,1% do peso do fruto.As caracterís�cas do solo podem ter influenciado nas caracterís�cas �sicas dos frutos de Eugenia calycinia, contribuindo com informações para o cul�vo comercial desta espécie, considerando-se que a mesma ocorre em baixa densidade populacional e com pequena quan�dade de sementes produzidas por fruto, sendo urgentes e necessários estudos complementares para o�mizar a produção e a u�lização dos frutos e a conservação da espécie.

Palavras-chave : Cerrado, savannah, fru�fera na�va, fer�lidade do solo

RESUMO

O abacaxi da cul�var 'Turiaçu', apresenta extrema doçura, polpa amarela e suculenta. Apesar da importância para agricultura do interior do Nordeste Brasileiro e do potencial para conquistar mercados, um problema que deprecia a aparência e o valor comercial do fruto é a presença de lesões cor�cosas (LC) na casca do fruto. Estas lesões resultam de uma desordem fisiológica (DF) e gera desconfiança junto aos consumidores quanto à qualidade. A Adubação com micronutrientes tem grande importância na qualidade dos frutos, porém ainda há a se estudar sobre seus efeitos na qualidade do abacaxi. O estudo de nutrientes associados a fru�feras é recente e apontam para ganho agronômico sa�sfatório quando bem u�lizados. O boro faz parte desse contexto, pois independentemente do modo de aplicação, a qualidade das frutas tem aumentado por diminuição das DF nas plantas. O obje�vo da presente pesquisa foi elucidar a relação entre diferentes fontes de boro com ocorrência das LC nos frutos. Tivemos os seguintes tratamentos: controle, aplicação de água (T1); aplicação foliar de boro mineral (T2); aplicação de biofer�lizante (T3); as fontes de Boro foram aplicadas aos 14 meses após plan�o, precedendo o florescimento. O delineamento experimental foi inteiramente ao acaso, com sete repe�ções, totalizando 21 parcelas. Cada parcela foi composta de 44 plantas, sendo colhidos 18 frutos por parcela para caracterização da incidência e �pificação das LCs. Foram contabilizadas e �pificadas lesões superficiais e lesões cor�cosas �picas na parte superior e inferior do fruto. Os dados foram testados quanto à homogeneidade das variâncias e subme�dos ao teste não paramétrico de Kruskal-Wallis (p<0,05). Entre os tratamentos com boro, o uso de biofer�lizante reduziu as lesões do �po cor�cosa �pica em 27,4% na base e 6,6% no ápice, em relação ao tratamento controle. Contudo, não houve diferença significa�va entre as lesões superficiais, no ápice e na base para estes tratamentos. A aplicação de boro mineral foliar não diferiu da testemunha, em relação às lesões. A redução de LC �picas causada pela aplicação de biofer�lizante pode estar relacionada ao fato de sua rica composição nutricional, podendo ter fornecido outros nutrientes à planta, com interação favorável à superação da referida desordem fisiológica.

Palavras-chave : desordem fisiológica, micronutriente, qualidade pós-colheita

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po226 - CARACTERIZAÇÃO BIOMÉTRICA DOS FRUTOS E SEMENTES DE EUGENIA CALYCINA CAMB.

(PITANGUEIRA-DO-CERRADO), EM RELAÇÃO ÀS CARACTERISTICAS DO SOLO

Jácomo Divino Borges (Brazil)¹ ²; Kelly Cristiene De Freitas Borges (Brazil)³1 - Uni; 2 - Universidade Federal de Goiás; 3 - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba – FAFICH - Goiatuba, Goiás

Po227 - LESÕES EM FRUTOS DE ABACAXI TURIAÇU ASSOCIADO À APLICAÇÃO DE BORO VIA FOLIAR

Fabrício Reis (Brazil)¹; Girlayne Pinheiro (Brazil)¹; Letícia Ramos (Brazil)¹; José Ribamar Araujo (Brazil)¹; Augusto

César Neves Junior (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Maranhão

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

O corte do pseudocaule da bananeira após a colheita cons�tui-se em um importante trato cultural. Entretanto, as recomendações para a altura dessa poda variam entre regiões produtoras e não há pesquisas que evidenciem a altura ideal de poda do pseudocaule para a bananeira Nanicão 'Jangada'. O obje�vo desse trabalho foi avaliar a influência da altura de corte do pseudocaule da bananeira Nanicão 'Jangada' sobre o desenvolvimento do rebento. O experimento foi instalado em julho de 2015, no município de Andirá-PR, Brasil, em um pomar com quatro anos de idade, e recebeu irrigações por microaspersão nos dias secos. Foram selecionadas touceiras que apresentavam rebentos com altura acima de 2,0 m. Os tratamentos adotados foram: planta-mãe inteira, poda do pseudocaule a 2,0 m do solo, poda do pseudocaule a 1,5 m do solo e supressão total da planta mãe, com pseudocaule removido ao nível do solo. Após 60 dias foram avaliadas as caracterís�cas de desenvolvimento dos rebentos, sendo aferidos altura de planta (HP), diâmetro do pseudocaule a 1,30 m do solo (DAP), diâmetro da região de inserção foliar (DIF), diâmetro do pseudocaule ao nível do solo (DPNS) e número de folhas emi�das durante o período de avaliação (NFE). O delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e quinze repe�ções. Não houve influência da altura de corte do pseudocaule da planta mãe no crescimento do rebento, para nenhuma das caracterís�cas avaliadas. A HP variou entre 2,09 m nos rebentos conduzidos sem a remoção da planta mãe e 2,15 m para os rebentos conduzidos com poda do pseudocaule a 2,0 m, e supressão total da planta mãe. Rebentos conduzidos com a planta mãe inteira e com corte do pseudocaule a 2,0 m apresentaram DAP de 0,35 m, enquanto que a remoção total da planta mãe resultou em DAP de 0,40 m. Quando não houve remoção da planta mãe, o DIF foi de 0,25 m, e nos demais tratamentos o DIF dos rebentos foi de 0,27 m. O DPNS variou de 0,66 a 0,7 m, quando a planta mãe foi man�da inteira, e quando houve sua supressão total, respec�vamente. Todos os tratamentos apresentaram 3,0 NFE. A altura de corte do pseudocaule não influencia no desenvolvimento do rebento da bananeira Nanicão 'Jangada'.

Palavras-chave : Musa spp., Cavendish, Manejo, Desenvolvimento

RESUMO

A banana é a segunda fruta mais produzida e consumida no mundo, por ser uma fruta com grande valor nutricional, sendo cul�vada em toda a faixa tropical do planeta. As bananeiras são uma excelente opção tanto para pequenos e grandes produtores rurais, por ser uma fru�fera que permite o retorno rápido do capital inves�do, seu crescimento e produ�vidade são afetados não só pelas caracterís�cas do solo em relação a nutrientes disponíveis, mas também pelo clima de cada região, disponibilidade de água e nível de manejo a ser adotado. Por esta razão, este trabalho teve por obje�vo, avaliar o desenvolvimento, adaptabilidade e es�mar a produ�vidade das cul�vares de banana pacovan ken e mysore, em diferentes condições de cul�vo em plan�o comercial. O experimento foi conduzido na fazenda Takakura localizada no Município de Santo Antônio do Tauá-Pará, usando o delineamento experimental em blocos ao acaso, em esquema fatorial de 2x2, sendo: duas cul�vares (mysore e pacovan ken), e dois métodos de cul�vos (irrigada e não irrigada) cons�tuído de seis blocos, com quatro tratamentos e cinco repe�ções, sendo cinco plantas por tratamentos em cada bloco. Foram avaliadas as seguintes caracterís�cas vegeta�vas e agronômicas: Altura da planta (m), circunferência da base (m), massa do cacho (kg), número de pencas por cacho (und.), massa da segunda penca (kg), número de frutos da segunda penca (und.), massa média dos frutos (kg) e produ�vidade (t/ha). Os dados foram organizados em planilha no excel e posteriormente analisados no programa ASSISTAT 7.7. Pela análise dos dados houve diferença significa�va para condição de cul�vo, cul�vares e interação entre cul�vares e condição de cul�vo nas variáveis analisadas, exceto para altura da planta. Com relação a interação dos fatores analisados, houve diferença apenas para massa do cacho e massa da 2ª penca. Quanto ao desempenho das cul�vares nas condições de cul�vo relacionando se as variáveis mais importantes do ponto de vista comercial como a massa do cacho, massa da 2° penca e massa do fruto para as cul�vares pacovan ken e mysore apresentaram melhores resultados, dobrando seus valores no sistema irrigado. A produção e produ�vidade das cul�vares de banana pacovan ken e mysore são afetadas pelo manejo da irrigação, porém mesmo no sistema de cul�vo sem irrigação a cul�var mysore superou a cul�var pacovan ken em todas as caracterís�cas avaliadas nas condições deste trabalho, sendo uma alterna�va para os produtores de banana que não possuem tecnologia de irrigação.

Palavras-chave : Fru�cultura, bananeira, irrigação, produ�vidade

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po228 - ALTURA DE CORTE DO PSEUDOCAULE APÓS A COLHEITA DA BANANEIRA NANICÃO

'JANGADA'

Thais Cristina Morais Vidal (Select)¹; Lourenço Santos Cavallari (Brazil)¹1 - UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

Po229 -DESENVOLVIMENTO DE CULTIVARES DE BANANA EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE CULTIVO

EM PLANTIO COMERCIAL EM SANTO ANTÔNIO DO TAUÁ-PA

Eladivan Bandeira De Souza (Brazil)¹; Thayane Ferreira Miranda (Brazil)¹; Franciane Soares Da Silva (Brazil)¹;

Wallace José Carvalho Mendes (Brazil)¹; Arthur Simões Taverny (Brazil)¹; Socorro Taynara Braga Cristo (Brazil)¹;

Brenda Karina Rodrigues Da Silva (Brazil)¹; Antonia Benedita Da Silva Bronze (Brazil)¹1 - Universidade Federal Rural da Amazonia-Belém

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

A escolha da cobertura de solo e da cul�var de morangueiro, são fatores que interferem diretamente no sucesso da produção e da qualidade de morangos. Diante do exposto, obje�vou-se com o presente trabalho avaliar o desenvolvimento vegeta�vo, produção e qualidade de cul�vares de morangueiros de dias curtos e neutros em função de três colorações de coberturas de solo, em Dois Vizinhos (PR). Foram realizados dois experimentos em ambiente protegido, no período de maio/2015 a janeiro/2016, sendo experimento I: cul�vares de dias curtos x CPS, e experimento II: cul�vares de dias neutros x CPS. O delineamento experimental u�lizado em ambos os experimentos foi blocos casualizados, com parcelas subdivididas. As colheitas foram realizadas a cada dois dias, com frutos colhidos quando apresentaram 75% da coloração da epiderme vermelha, avaliando-se posteriormente a produção, número de frutos por planta e biomassa fresca média dos frutos. Para a qualidade de frutos avaliaram-se o pH, SS, acidez �tulável, relação SS/AT e coloração dos frutos. Mensuraram-se também os teores de clorofila a e b, clorofila a+b e relação clorofila a/b nas folhas. No final do ciclo produ�vo realizaram-se avaliações destru�vas de número de folhas, área foliar e biomassa seca da parte aérea. O cul�vo sobre CPS branca apresentou plantas com menor desenvolvimento vegeta�vo, maior produção e tamanho de frutos. Dentre as cul�vares de dias curtos, Camino Real apresentou frutos maiores e mais atraentes no aspecto de cor de epiderme. Para as cul�vares de dias neutros, a Aromas obteve maior produção e a Portola, menor biomassa de fruto.

Palavras-chave : Fragaria x ananassa Duch., mulching, pequenos frutos

RESUMO

O presente trabalho teve como obje�vo avaliar o efeito de ambientes de produção de mudas, no crescimento, desenvolvimento, produção e qualidade de frutos de fisális a campo. O experimento foi realizado na Unioeste, em Latossolo Vermelho Eutroférrico, no delineamento de blocos ao caso, em esquema fatorial (5 x 3), contendo 4 repe�ções. Foram u�lizadas mudas produzidas em quatro ambientes com telas de 50% de sombreamento de coloração branca, cinza, preta e verde, além do cul�vo a pleno sol e três espécies de fisális, sendo P. angulata, P. peruviana e P. pubescens. As mudas foram transplantadas a campo aos 75 DAS, sendo este realizado no espaçamento de 2,5m x 0,5m. As plantas foram conduzidas em “V” contendo duas hastes principais. O crescimento e desenvolvimento foram avaliados mensalmente, mensurando o comprimento dos ramos, número de folhas, diâmetro do colo, número de flores e número de frutos, com avaliação final realizada aos 150 dias após o transplan�o (DAT). Os frutos foram colhidos semanalmente tendo início próximo aos 90 DAT, estendendo-se até os 150 DAT. Após este período avaliaram-se a biomassa de frutos, diâmetro transversal e longitudinal de frutos, número de frutos, produção, produ�vidade e algumas caracterís�cas químicas dos frutos, como sólidos solúveis, acidez �tulável e relação sólidos solúveis/acidez �tulável. O ambiente de produção de mudas interferiu posi�vamente no número de folhas por planta, diâmetro de colo, número de flores por planta, diâmetro de frutos e relação SS/AT. A P. angulata apresenta floração/fru�ficação antecipada em relação às outras espécies estudadas. A P. pubescens produziu frutos com maior diâmetro e biomassa que as demais espécies estudadas, além de maior produ�vidade. A P. peruviana apresentou menor número de folhas, flores e frutos por planta que P. angulata e P. pubescens.

Palavras-chave : Physalis sp., Solanaceae, caracterização �sico-química de frutos

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po230 - QUALIDADE DE MORANGOS E DESENVOLVIMENTO VEGETATIVO DE PLANTAS SOBRE

COBERTURAS PLÁSTICAS DE SOLO

Daniel Fernandes Da Silva (Brazil)¹; Anderson Santin (Brazil)¹; Fabíola Villa (Brazil)1; Dalva Paulus (Brazil)²;

Giovana Ritter (Brazil)¹; Fernanda Jaqueline Menegusso (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná; 2 - Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Po231 - CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE MUDAS E QUALIDADE DE FRUTOS DE FISÁLIS A

PARTIR DE MUDAS PRODUZIDAS EM DIFERENTES AMBIENTES

Daniel Fernandes Da Silva (Brazil)¹; Élcio Silvério Klosowski (Brazil)¹; Fabíola Villa (Brazil)1; André Luiz Piva

(Brazil)¹; Solivan Rosanelli (Brazil)¹; Paula Vérgili Perez (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

O Solidado ou tango é uma planta herbácea e ornamental, u�lizada predominantemente como flor de corte, podendo ser cul�vada em canteiros, bordaduras e composições. O uso de algumas tecnologias pode melhorar tanto a qualidade da muda quanto a percentagem de enraizamento e qualidade das estacas enraizadas, destacando-se o uso de substratos mais adequados para proporcionarem maior enraizamento, melhor distribuição e conformação das raízes, além da adequada adubação. Diante do exposto, obje�vou-se com o presente trabalho, avaliar misturas de substratos, associadas a adubação orgânica, no desenvolvimento de mudas de tango, nas condições de Marechal Cândido Rondon, PR. O material vegetal u�lizado no experimento foi composto por mudas já enraizadas, adquiridas de produtor comercial de Holambra, SP. Imediatamente após recebimento das mudas, estas foram plantadas em sacolas de polie�leno, nos seus respec�vos tratamentos. As sacolas com as mudas foram acondicionadas sob telado de ráfia, com 75% de sombreamento, man�das sobre bancada de inox. Todos os tratos culturais, incluindo controle de fotoperíodo e irrigação, foram realizados periodicamente. Previamente à aplicação dos adubos, realizou-se a análise de solo, e, através deste, realizaram-se as adubações nos tratamentos, empregando-se os adubos comerciais FertFish® e Rhizium®. Os substratos u�lizados foram latossolo vermelho (L) + provaso® (P) + vermiculita expandida de textura média (V); L + P + areia fina lavada (A); L + P + V + A e L + A, nas proporções 1:1 v/v. O delineamento experimental u�lizado foi blocos casualizados, em esquema fatorial 2x4 (2 adubos comerciais x 4 substratos), contendo 3 repe�ções, 8 plantas por repe�ção, totalizando 192 mudas. As avaliações foram realizadas a cada 30 dias, até 90 dias, a par�r da condução das plantas, cons�tuídas do comprimento da haste principal, determinado a par�r do nível do solo até o maior broto da planta; diâmetro; número de folhas; número de brotações; número total de hastes florais e biomassa fresca foliar e biomassa fresca de hastes florais. Melhores resultados no desenvolvimento de mudas de tango foram observados com a u�lização de mistura a base de L + P + V e adubação com adubos comerciais, como Fer�fish® e Rhizum®.

Palavras-chave : Tango, Flor de corte, Adubo

RESUMO

Grãos de feijão-fava (Vicia faba L.) são uma importante fonte de proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais. No entanto, não há muitos estudos que avaliem a qualidade dos grãos de fava frescos subme�dos a um processamento mínimo, armazenamento em frio e cozimento. Atualmente, há uma busca por novos métodos de conservação de grãos como alimentos minimamente processados, bem como cozidos em microondas, tentando incen�var o consumo de leguminosas, tendo em vista suas vantagens para uma dieta nutri�va e saudável. Sani�zação é uma das etapas mais crí�cas na produção de alimentos minimamente processados, devido aos efeitos nega�vos gerados pela contagem microbiana na qualidade, segurança e vida de prateleira do produto. O presente estudo avaliou o efeito de diferentes sani�zantes (NaOCl, e UV-C (3 kJ m-2)) sobre a qualidade sensorial e microbiológica de grãos de feijão-fava frescos minimamente processados armazenadas sob atmosfera modificada passiva por 10 dias a 4 ºC. Periodicamente durante o armazenamento, amostras foram microondadas (700 W, 1 min) para a obtenção de um alimento pronto para consumo. Os atributos sensoriais (qualidade geral, sabor, aroma, aparência visual, textura, escurecimento, desidratação e perda de brilho) e a qualidade microbiológica foram avaliados em amostras de feijão-fava frescas e microondadas. Após 10 dias, as atmosferas dentro das embalagens foram de 12,5 kPa CO2 / 5,3 kPa O2 e 22,5 KPa CO2 / 4.2 KPa O2, para grãos tratados com NaOCl e UV-C, respec�vamente. Os atributos sensoriais se man�veram acima do limite de aceitação para as amostras frescas e microondadas sani�zadas com luz UV-C até o úl�mo dia de armazenamento. As amostras tratadas com NaOCl man�veram sua aceitação sensorial até o dia 7, tanto para produtos frescos quanto para os produtos microondados. A contagem microbiana permaneceu baixa até o final do armazenamento, mas o tratamento NaOCl apresentou as maiores contagens microbianas para mesófilos, psicrófilos e enterobactérias. São necessários mais estudos para o�mizar o uso de UV-C aliado ao armazenamento em frio como etapas prévias ao tratamento microondas em grãos de feijão-fava minimamente processados.

Palavras-chave : Vicia faba, UV-C, Microbiologia, qualidade sensorial

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po232 - ADUBAÇÃO ORGÂNICA EM MUDAS DE SOLIDAGO DESENVOLVIDAS EM MISTURAS DE

SUBSTRATOS

Fabíola Villa (Brazil)¹; Rosania Balasso (Brazil)¹; Daniel Fernandes Da Silva (Brazil)¹; Danimar Dalla Rosa (Brazil)¹;

Maristela Pereira Carvalho Zanão (Brazil)¹; Paula Vérgili Perez (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Po233 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE GRÃOS DE FEIJÃO-FAVA MINIMAMENTE PROCESSADOS E

MICROONDADOS DURANTE ARMAZENAMENTO

Elena Collado (Spain)¹; Perla Gomez Di Marco (Spain)¹1 - Universidad Politécnica de Cartagena

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

Entre os principais fatores limitantes de altas produ�vidades da melancia estão a cul�var e a adubação adequada. A cul�var deve ser adaptada para as condições climá�cas da região e apresentar caracterís�cas de boa aceitabilidade no mercado consumidor, enquanto que a adubação pode ser complementada com a u�lização de fer�lizantes foliares, que podem suprir rapidamente a carência de um ou mais micro e/ou macronutrientes, corrigindo suas deficiências e aumentando a velocidade de crescimento das plantas. O obje�vo foi avaliar a adubação foliar com doses de molibdênio com um Kit comercial sobre os atributos fisiológicos e de rendimento de melancia híbrido Olímpia. Os tratamentos foram cons�tuídos pela combinação de quatro doses de molibdênio (0, 15, 30, 60 g Mo/ha), aplicadas via adubação foliar no aparecimento da primeira rama; com a aplicação ou não de um Kit comercial composto por um complexo de macro e micronutrientes, aplicado aos 33, 37, 42, 47, 53 e 68 dias após a semeadura. Foram avaliados o índice de área foliar (AF), o índice de conteúdo de clorofila (ICC), o rendimento de polpa (RP), o rendimento de casca (RC), a espessura de casca e a espessura de polpa. O experimento foi conduzido seguindo o delineamento em blocos ao acaso, em esquema fatorial 4x2 com seis repe�ções e quatro plantas/repe�ção. Não houve efeito significa�vo das doses de molibdênio nem da interação de doses e Kit comercial. Assim, a adubação foliar molíbdica não afetou os parâmetros fisiológicos AF, ICC, EC, EP, RC e RP da melancia híbrido Olímpia. No entanto, verificou-se efeito significa�vo do Kit comercial para as variáveis AF, EC, RC e RP. Os atributos fisiológicos e de rendimento da melancia híbrido Olímpia não foram afetados pela adubação foliar molíbdica. A u�lização do Kit comercial promoveu maiores valores de área foliar, espessura de casca e rendimentos de polpa e de casca, além de proporcionar a produção de frutos com boa qualidade fisiológica.

Palavras-chave : Citrullus lanatus Schrad, nutrição mineral, qualidade do fruto

RESUMO

O uso de mudas micropropagadas na bananicultura vem crescendo nos sistemas de produção. Estas mudas passam pela aclimatação, onde recebem adubação e irrigação até completarem seu desenvolvimento, por 3 a 6 meses, antes de irem para o campo. Com o intuito de determinar o efeito da adubação organomineral na fase de aclimatação, avaliou-se o desenvolvimento de mudas de bananeira 'Maçã' com adubação em cobertura de doses de um fer�lizante organomineral em comparação com um fer�lizante mineral e a testemunha (sem adubação de cobertura). O experimento foi conduzido no viveiro do IFTM-Campus Uberlândia, Uberlândia-MG, Brasil, de março a setembro de 2016. As mudas micropropagadas foram adquiridas em laboratório e, quando chegaram, foram transplantadas para sacos de 2 L, preenchidos com 1,75 L de substrato (Bioplant®). Logo, elas receberam as adubações de cobertura de acordo com os tratamentos: fer�lizante mineral

-1 -1 -1(44 % de P2O5 e 10 % de N): 200 mg L ; fer�lizante organomineral (30 % de P2O5 e 6 % de N): 302,85 mg L , 242,85 mg L e -1182,85 mg L , correspondentes à 100, 80 e 60 % da dose recomendada, respec�vamente e, a testemunha (sem adubação

de cobertura). O delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial com 4 tempos de avaliações (45, 90, 135 e 180 dias após a adubação) e 5 adubações de cobertura, incluindo a testemunha. Cada tratamento foi composto por 10 repe�ções, sendo uma planta por repe�ção. As avaliações foram de altura até inserção das folhas e de diâmetro do pseudocaule à 1 cm da super�cie. Após análise de variância, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade. As mudas com o fer�lizante organomineral 60 % e 100 % não diferiram esta�s�camente em altura daquelas com o fer�lizante mineral. As mudas com adubação de cobertura apresentaram maior diâmetro que as da testemunha, sem diferirem entre si. Aos 180 dias da adubação, as mudas com adubação de cobertura, independente do fer�lizante e das doses, a�ngiram os maiores valores de altura (14 cm) e de diâmetro do pseudocaule (1,84 cm). Estes valores foram maiores que os das mudas da testemunha (9 cm de altura e 1,37 cm de diâmetro). Diante destes resultados, o fer�lizante organomineral 60 % pode ser recomendado para a fase de aclimatação de mudas de bananeira 'Maçã', pois proporcionou resultados equivalentes ao mineral, maiores ou equivalentes às demais doses e, ainda, permite menor custo de inves�mento.Agradecimentos: FAPEMIG, Mul�planta, Geociclo

Palavras-chave : adubação de cobertura, aclimatação, Musa ssp

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po234 - ATRIBUTOS FISIOLÓGICOS E DE RENDIMENTO DE MELANCIA HÍBRIDO OLÍMPIA SOB

ADUBAÇÃO FOLIAR MOLÍBDICA E KIT COMERCIAL

Elaine Heberle (Brazil)¹; Daniela Vieira Chaves (Brazil)¹; Fabio Luiz Zanatta (Brazil)¹; Renato Falconeres Vogado

(Brazil)¹; Firmino Nunes De Lima (Brazil)¹1 - Universidade Federal do Piauí

Po235 - DESENVOLVIMENTO DE MUDAS DE BANANAS CV. MAÇÃ COM ADUBAÇÃO ORGANOMINERAL

Vanessa Cristina Caron (Brazil)¹; Luciana Santos Rodrigues Costa Pinto (Brazil)¹; Bernardo Santos Arantes

(Brazil)¹; Rainer Henrique Silva Teixeira (Brazil)¹; Deborah Santesso Bonnas (Brazil)¹1 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro - Campus Uberlândia

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

Mudanças nas frações da matéria orgânica do solo (MOS) em sistemas de agricultura familiar de produção de fava são pouco conhecidas. Obje�vou-se com o presente estudo avaliar o impacto de diferentes usos do solo nos teores da fração leve da matéria orgânica (FLMOS) e nos teores de carbono das substâncias húmicas em um experimento de campo de longa duração (44 anos) em um Ver�ssolo Ebânico Ór�co �pico, bem como verificar qual fração da MOS cons�tui-se em um indicador mais sensível às mudanças no uso do solo, na camada de 0-20 cm. Foram comparados os teores da FLMOS, carbono dos ácidos húmicos (Cah), ácidos fúlvicos (Caf) e humina (Ch) sob ambientes dis�ntos (Caa: Caa�nga - ambiente com vegetação �picamente na�va; FS: Floresta secundária - ambiente recul�vado com espécies arbóreas leguminosas há mais de 10 anos; C8: Área cul�vada por curto período - ambiente com consórcio de culturas anuais (Zea mays L., Phaseolus lunatus L., Vigna unguiculata L. Walp. e Phaseolus vulgaris L.), em sistemas de agricultura familiar há 8 anos; C44: Área cul�vada por longo período - ambiente com consórcio de espécies de culturas anuais em sistemas de agricultura familiar há 44 anos). A FLMOS do solo foi es�mada através da coleta de material orgânico proveniente de amostras de solo alcalinizadas e re�das em um conjunto de peneiras. O carbono associado às substâncias húmicas foi es�mado através da técnica de solubilidade diferencial estabelecida pela Sociedade Internacional de Substâncias Húmicas. Observou-se diferenças significa�vas nos teores de FLMOS (F3,44 = 15,38; p < 0,001), Cah (F3,44 = 4,640; p < 0,05), Caf (F3,44 = 4,017; p <

-10,05) e Ch (F3,44 = 6,854; p < 0,001) entre os ambientes estudados. Os maiores valores da FLMOS (2,38 g kg ), Cah (27 mg kg--1 -11), Caf (20 mg kg ) e Ch (1,76 g kg ) foram observados na Caa após 44 anos. Comparados com o ambiente Caa, os

ambientes C8 e C44 apresentaram FLMOS, Cah, Caf e Ch inferiores na ordem de 25,6 e 48,7 %; 37,0 e 77,8 %; 50,0 e 72,3 %; e 18,2 e 40,3 %, respec�vamente. Conclui-se que o consórcio com as espécies anuais independentemente do tempo de cul�vo em sistemas de agricultura familiar influenciam nega�vamente as frações da MOS. As tendências observadas neste estudo também reforçam a importância de considerar os teores de carbono das frações ácido húmico e ácido fúlvico como potenciais indicadores de alterações no uso e manejo do solo.

Palavras-chave : Experimento de longa duração, Agricultura campesina, Substâncias húmicas, Phaseolus lunatus L.

RESUMO

A influência de diferentes sistemas de agricultura familiar de produção de fava sobre os teores de carbono orgânico e nitrogênio total em um Ver�ssolo Ebânico Ór�co �pico foi inves�gada em um experimento de campo de longa duração. Foram comparados os teores de carbono orgânico total (COT), carbono lábil (CL) e nitrogênio total (NT) e o estoque de carbono (Cest) sob quatro diferentes ambientes (Caa: Caa�nga - vegetação �picamente na�va; FS: Floresta secundária - recul�vo com espécies arbóreas leguminosas há mais de 10 anos; C8: Área cul�vada por curto período - consórcio de culturas anuais, em sistemas de agricultura familiar há 8 anos; C44: Área cul�vada por longo período - consórcio de espécies de culturas anuais em sistemas de agricultura familiar há 44 anos). O teor de COT foi es�mado pelo método de oxidação rápida em dicromato. O teor de CL foi es�mado através da oxidação de frações mais lábeis de carbono com permanganato de potássio. Para quan�ficar o NT, as amostras de solo foram digeridas com ácido sulfúrico e sulfato de potássio e, em seguida, des�ladas e �tuladas com sulfato ferroso. Observou-se diferenças significa�vas nos teores de COT (F3,44 = 5,862; p < 0,01), NT (F3,44 = 4,893; p < 0,01) e Cest (F3,44 = 13,651; p < 0,01) entre os ambientes. No entanto, não foi

-1 -1observado diferença significa�va para CL (F3,44 = 0,663). Os maiores valores de COT (7,24 g kg ), NT (1,3 mg kg ) e Cest -1(1828,26 Mg ha ) foram observados na Caa após 44 anos de cul�vo. Em FS foram observados níveis sa�sfatórios de COT

-1 -1 -1(6,51 g kg ), NT (1,1 mg kg ) e Cest (1350,98 Mg ha ), não diferindo esta�s�camente em comparação a Caa. Comparados com o ambiente Caa, os ambientes C8 e C44 apresentaram teores de COT e NT e Cest inferiores na ordem de 28,72; 62,15 e 33,79 %; e 30,76; 84,61 e 34,79 %, respec�vamente. Conclui-se que o consórcio com culturas anuais a curto e longo prazos pode alterar nega�vamente os teores de COT e NT, e o Cest em solos da região semiárida e que os ambientes de FS podem aumentar significa�vamente o sequestro de carbono no solo e alterar a dinâmica de N. As tendências observadas neste estudo reforçam a importância de considerar o efeito a longo prazo de prá�cas de manejo que obje�vem a restruturação do solo como o recul�vo de áreas abandonadas devido a redução do potencial produ�vo.

Palavras-chave : Experimento de longa duração, Agricultura campesina, Phaseolus lunatus L., Manejo do solo, Consórcio

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po236 - ALTERAÇÕES NAS FRAÇÕES DA MATÉRIA ORGÂNICA INFLUENCIADAS PELO USO E MANEJO

DO SOLO EM SISTEMAS DE AGRICULTURA FAMILIAR DE PRODUÇÃO DE FAVA

Djail Santos (Brazil)¹; Roberto Monteiro Ferreira Filho (Brazil)¹; Tancredo Augusto Feitosa De Souza (Brazil)¹1 - Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba

Po237 - TEORES DE CARBONO ORGÂNICO E NITROGÊNIO TOTAL EM DIFERENTES SISTEMAS DE

AGRICULTURA FAMILIAR DE PRODUÇÃO DE FAVA EM CONDIÇÕES DE CLIMA SEMIÁRIDO

Roberto Monteiro Ferreira Filho (Brazil)¹; Tancredo Augusto Feitosa De Souza (Brazil)¹; Djail Santos (Brazil)¹1 - Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

O interesse pelo consumo de frutas vem aumentando, devido aos seus valores nutracêu�cos, embora muitas frutas de menor expressão no Brasil ainda não foram devidamente pesquisadas quanto as suas propriedades e a�vidades benéficas à saúde. Foram colhidos os frutos de doviális provenientes de pomar experimental da Unioeste, instalado em 2012. Após a colheita, os frutos foram selecionados pela uniformidade de tamanho, cor e ausência de defeitos. Os frutos u�lizados de doviális foram coletados de diversas plantas, maduros e divididos em três lotes. Após a colheita, os frutos foram imediatamente levados ao Laboratório de Pós-colheita para a avaliação da a�vidade an�oxidante, através dos métodos DPPH, ABTS e FRAP. Também foram avaliadas as caracterís�cas �sico-químicas dos frutos de doviális e compostos fenólicos totais, flavonoides, ácido ascórbico, antocianinas, respiração e coloração dos frutos. Frutos de doviális possuem coloração muito atra�va e alta acidez, des�nando-se ao processamento. Para a a�vidade an�oxidante presente no fruto, os mais bioa�vos são flavonoides e antocianinas. Elevado teor de ácido ascórbico foi observado nos frutos maduros de doviális.

Palavras-chave : Dovyalis, Bioa�vos, coloração de frutos

RESUMO

A variedade BRS Princesa lançada pela EMBRAPA surgiu para subs�tuir a cul�var Maçã em função da sua maior produ�vidade, tolerância ao Mal do Panamá e resistência à Sigatoka Amarela. Para a formação das mudas, após a micropropagação, essas passam pela fase de aclimatação, na qual recebem adubação e irrigação até serem levadas à campo. Essa fase varia de 3 a 6 meses com uso de adubação mineral como o superfosfato simples, triplo ou o mono-amônio-fosfato. Com o intuito de conhecer o comportamento das mudas de BRS Princesa na fase de aclimatação com adubação de cobertura, obje�vou-se avaliar o seu desenvolvimento em função de doses de um fer�lizante organomineral em relação à dose recomendada de um fer�lizante mineral. O experimento foi conduzido no viveiro do IFTM-Campus Uberlândia, Uberlândia-MG, Brasil, de março a setembro de 2016. As mudas micropropagadas foram adquiridas em laboratório e quando chegaram foram transplantadas para sacos de 2 L, preenchidos com 1,75 L de substrato (Bioplant®).

-1Logo, elas receberam as adubações de cobertura, como segue: fer�lizante mineral (44 % de P2O5 e 10 % de N): 200 mg L ; -1 -1fer�lizante organomineral (30 % de P2O5 e 6 % de N): 302,85 mg L-1, 242,85 mg L e 182,85 mg L , correspondentes à 100,

80 e 60 % da dose recomendada, respec�vamente. O delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial com 4 tempos de avaliações (45, 90, 135 e 180 dias após a adubação) e 4 adubações de cobertura. Cada tratamento foi composto por 10 repe�ções, sendo uma planta por repe�ção. Durante 6 meses, a cada 45 dias, foram realizadas avaliações de altura até inserção das folhas e de diâmetro do pseudocaule à 1 cm da super�cie. Após análise de variância, as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Aos 180 dias da adubação, as mudas apresentaram, em média, 16,71 cm de altura e 2,21 cm de diâmetro do pseudocaule. Os fer�lizantes organomineral 60 % e mineral promoveram maiores valores médios de altura que os demais tratamentos, sem diferir do organomineral 100 %. A adubação mineral proporcionou maior diâmetro médio do pseudocaule, sem diferir do organomineral 60 %. Com isso, conclui-se que as mudas de bananeira BRS Princesa demonstraram ter bom desempenho com adubação de cobertura durante a aclimatação e que o fer�lizante organomineral 60 % pode subs�tuir o mineral, pois trouxe resultados semelhantes e proporciona menores custos ao viveirista.Agradecimentos: FAPEMIG, Mul�planta, Geociclo

Palavras-chave : organomineral, Musa ssp, altura, diâmetro do pseudocaule

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po238 - PROPRIEDADES BIOATIVAS E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE FRUTOS DE DOVIÁLIS

Maria Cristina Copello Rotili (Brazil)¹; Fabiola Villa (Brazil)¹; Gilberto Costa Braga (Brazil)¹; Daiane França

(Brazil)¹; Solivan Rosanelli (Brazil)¹; Jessica Lauren (Brazil)¹; Daniel Silva (Brazil)¹1 - Unioeste

Po239 - CRESCIMENTO DE MUDAS DE BANANEIRA BRS PRINCESA NA FASE DE ACLIMATAÇÃO EM

FUNÇÃO DA ADUBAÇÃO DE COBERTURA

Vanessa Cristina Caron (Brazil)¹; Luciana Santos Rodrigues Costa Pinto (Brazil)¹; Bernardo Santos Arantes

(Brazil)¹; Letícia Vieira Castejon (Brazil)¹; Carmélia Cristina Beirigo Lopes (Brazil)¹1 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro - Campus Uberlândia

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

O rabanete pertence à família das brassicáceae. È uma planta de pequeno porte tendo a raiz como parte comes�vel, o mercado consumidor tem preferência por raízes no formato globular, e uma vibrante coloração. A luminosidade é um fator determinante para a cultura, pois o baixo nível de luminosidade influencia na translocação de assimilados dos órgãos fotossinté�cos, diminuindo essa translocação. O presente trabalho se obje�vou a estudar o efeito de quatro níveis de sombreamento (0, 30, 50 e 70%) sobre o desenvolvimento, e produção de rabanetes da cul�var Sacata 19, foi estudado em condições de campo no município de Muzambinho, MG. As avaliações foram realizadas na colheita. O sombreamento prolongou o ciclo de desenvolvimento da cultura, expandiu a área foliar e afetou a produção de raízes tuberosas, enquanto que as parcelas a pleno sol ob�veram maior produção.

Palavras-chave : Raphanus sa�vus, rabanete, sombreamento, produção, ciclo de desenvolvimento

RESUMO

O gênero Euterpe pertence à família das Arecaceae, possui basicamente 28 espécies. A palmeira Euterpe oleracea Mart., conhecida popularmente como açaí, é predominantemente encontrada as margens dos rios da bacia amazônica e terra firme da região norte do Brasil, destacando-se, atualmente, pelo potencial mercadológico de seus produtos, representados principalmente, pelo palmito e a polpa extraída dos frutos. A palmeira Euterpe edulis Mart., conhecida popularmente como juçara, é uma planta de es�pe simples e ocorre naturalmente em áreas da mata atlân�ca brasileira. A juçara caracteriza-se por produzir palmito de qualidade superior, com maior valor econômico ao produzido pelo açaí, entretanto, a polpa de açaí desta palmeira apresenta grande potencial comercial. O obje�vo do trabalho é avaliar o crescimento vegeta�vo de mudas de açaí e juçara cul�vadas sob diferentes níveis de disponibilidade de água no substrato. O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Estadual do Norte Fluminense, em Campos dos Goytacazes, Brasil, em delineamento experimental blocos ao acaso num arranjo fatorial 4x2x2, sendo quatro níveis de umidade no solo (33, 67, 100 e 133% de capacidade de água disponível), duas espécies de Euterpe (açaí e juçara) e dois períodos de estresse (30 e 60 dias). Nos resultados encontrados verificou-se, após o período em que as plantas foram subme�das aos tratamentos, que mudas de açaí apresentaram maiores médias de altura de planta, diâmetro de caule, matéria seca foliar e menor nº de folhas e relação parte aérea/raizes, com área foliar semelhante entre as duas espécies estudadas. O aumento da capacidade de água disponível no substrato promoveu o aumento das plantas. Para as variáveis diâmetro de caule, área foliar, matéria seca foliar e matéria seca das plantas, verificou-se comportamento quadrá�co com o aumento da umidade do substrato, com valores máximos para estas variáveis sendo a�ngindo em uma umidade es�mada em 117% para diâmetro de caule, 111% para área foliar e matéria seca foliar e 116% para matéria seca das plantas. O crescimento das plantas de açaí e juçara foi muito afetado quando subme�das a umidades no substrato menores que 70% da capacidade de água disponível.

Palavras-chave : água, biomassa, palmeiras, Euterpe, irrigação

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po240 - INFLUÊNCIA DO SOMBREAMENTO NO DESENVOLVIMENTO E PRODUÇÃO DE RABANETE

Carolline Carvalho Tavares (Brazil)¹; Carolina De Lima Tejada Podesta (Brazil)¹; Juarez Guilherme Do Carmo

Leite (Brazil)¹; Bruno Faquini Costa (Brazil)¹; Washington Bruno Silva Pereira (Brazil)¹1 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais, Campus Muzambinho

Po241 - CRESCIMENTO DE AÇAÍ (EUTERPE OLERACEA) E JUÇARA (EUTERPE EDULIS) CULTIVADAS SOB

ESTRESSE HÍDRICO

Almy Junior Cordeiro De Carvalho (Brazil)¹; Rozane Franci De Moraes Tavares (Brazil)¹; Tâmara Moreira Silva

(Brazil)¹; Claudio Roberto Marciano (Brazil)¹; Gabriela A. Nogueira Linhares (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

A diagnose da exportação nutricional da cultura iden�fica a quan�dade real dos nutrientes extraídos do local de cul�vo no momento da colheita. Nesse sen�do, possibilita os ajustes na reposição adequada dos nutrientes de cada cul�var. O obje�vo desse trabalho foi avaliar a exportação nutricional dos frutos + ráquis de seis cul�vares de bananeira: Prata Anã, FHIA 18, BRS Pla�na, Maçã, BRS Tropical e BRS Conquista, em dois ciclos produ�vos, nas condições edafoclimá�cas do Norte Fluminense. O experimento foi conduzido em blocos casualizados, num esquema fatorial 6x3 sendo seis tratamentos referentes às cul�vares (Maçã, BRS Tropical, BRS Conquista, Prata-Anã, FHIA 18 e BRS Pla�na) avaliado em dois ciclos de produção, com três repe�ções. Na análise da extração nutricional da cultura, avaliaram-se os frutos e a ráquis na ocasião da colheita, u�lizando-se pedaços centrais dos frutos (polpa + casca), re�rados da fileira externa da 2ª, 3ª e 4ª pencas. Para a amostragem da ráquis, re�rou-se um pedaço da sua porção mediana. Na extração nutricional considerou-se em separado os teores da ráquis e dos frutos, a massa seca da ráquis e dos frutos e a produ�vidade (t ha-1) de cada cul�var. A análise esta�s�ca foi efetuada por meio de análises de variância para as caracterís�cas quan�ficadas, u�lizando-se o teste F ou o Teste de Tukey a 5% de probabilidade. A ordem decrescente da exportação dos nutrientes pelos frutos + ráquis foi K > N > Mg = P > Ca = S > Zn = B > Fe > Cu. A exportação foi mais elevada no primeiro ciclo de produção para os nutrientes: K, P, Ca, Mg, S, Fe, Cu, Zn e B e no segundo ciclo produ�vo foi para N. A FHIA 18 foi a cul�var com maior exportação de N, P, K, Ca, Mg, S, e Zn, enquanto a cul�var Prata Anã exportou a maior quan�dade de Cu. Palavras-chave : Musa spp., nutrição mineral e cul�vares

RESUMO

A planta de jambu (Acmella oleracea) tem a região Norte do Brasil como um de seus centros de origem. Esse vegetal é amplamente consumido na culinária regional como hortaliça, porém seu cul�vo vem ganhando espaço devido às suas propriedades químicas, destacando seus atributos medicinais. Apesar de muitos estudos envolverem seus princípios a�vos, poucos trabalham relatam as respostas dessa planta em relação ao fornecimento de nutrientes minerais. Nesse sen�do, este trabalho teve como obje�vo avaliar os efeitos da omissão dos macronutrientes e do boro sob o crescimento de plantas de Acmella oleracea. O experimento foi conduzido no campus da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF, no município de Campos dos Goytacazes, RJ – Brasil (21°45'42.81''S e 41°17'14.20''W, al�tude de 7 metros acima do nível do mar). O experimente foi montado em blocos ao acaso, com quatro repe�ções e oito tratamentos. Cada unidade experimental foi composta por um vaso de 6 L. Os tratamentos foram Solução completa, omissão de Nitrogênio, omissão de Fósforo, omissão de Potássio, omissão de Cálcio, omissão de Magnésio, omissão de Enxofre e omissão de Boro. U�lizou-se como substrato areia. Os tratamentos foram aplicados após o início do florescimento. Diariamente as plantas foram avaliadas e todas as alterações registradas. A coleta das plantas ocorreu 35 dias após o início dos tratamentos, quando foram avaliados os parâmetros de crescimento: o número de capítulos florais, o número total de folhas, a área foliar, as massas secas de hastes e das folhas e o comprimento de raízes em diferentes classes de diâmetros. Os tratamentos com omissão de nitrogênio e cálcio foram os que mais reduziram os parâmetros de crescimento avaliado, ressaltando a importância destes dois nutrientes para o crescimento das plantas de jambu.

Palavras-chave : Nutrientes minerais, Jambu, Amazonia, Planta Medicinal

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po242 - EXPORTAÇÃO NUTRICIONAL DE BANANEIRAS EM DOIS CICLOS DE PRODUÇÃO NO NORTE

FLUMINENSE, RJ, BRASIL

Detony José Calenzani Petri (Brazil)¹; Rodrigo Lopes Brochado (Brazil)¹; Tabatah Soares Vasconcelos (Brazil)¹;

Paulo Cesar Dos Santos (Brazil)¹; Adonay Breda Aguiar (Brazil)¹; Patrícia Gomes De Oliveira Pessanha (Brazil)¹;

Marta Simone Mendonça Freitas (Brazil)¹; Almy Junior Cordeiro De Carvalho (Brazil)¹1 - UENF

Po243 - CRESCIMENTO DE JAMBU (ACMELLA OLERACEA) CULTIVADAS SOB OMISSÃO DE NUTRIENTE

Marta Simone Mendonça Freitas (Brazil)¹; Diego Alves Peçanha (Brazil)¹; Marlene Evangelista Vieira (Brazil)¹;

Thaísa Capato Lima (Brazil)¹; Ygor De Souza Gonçalves (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

As associações das plantas com os fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) aumentam o crescimento das mesmas em baixos teores de fósforo no solo, sendo uma alterna�va de manejo para a cultura do jambu (Acmella oleracea L.) R.K. Jansen. No Brasil as folhas, ramos e flores de jambu são u�lizados na culinária da região Amazônica. Nesse sen�do, o trabalho teve como obje�vo avaliar o crescimento de plantas de jambu inoculadas com fungos micorrízicos arbusculares e doses de fósforo, para isso conduziu-se um experimento em casa de vegetação em delineamento em blocos casualizados em esquema fatorial 3x4, sendo dois com FMAs: Rhizophagus clarus e Claroideoglomus etunicatum e o controle (sem

-1fungo) e quatro doses de P (0, 30, 60 e 90 mg kg ) com quatro repe�ções. A coleta das plantas ocorreu aos 70 dias da semeadura onde foram avaliadas a área foliar (AF), a massa seca das folhas (MSF), das ramificações (MSR), das inflorescências (MSI) e das raízes (MSRA). Para a variável AF houve interação significa�va entre as os FMAs analisados e doses de P, apresentando um incremento de 6532% e 3317%, quando cul�vadas na ausência da adubação fosfatada e inoculadas com R. clarus e C. etunicatum, respec�vamente em relação as não inoculadas. Ainda para mesma variável,

-1plantas cul�vadas na dose 30 mg kg e inoculadas com os fungos incrementaram 148% e 164% para R. clarus e C. -1etunicatum. Com a adição de 30 mg kg , em associação com R. clarus ob�veram um incremento de 162% de massa seca

das raízes, quando comparado as sem inoculação. As variáveis MSF, MSR e MSI apresentaram efeito significa�vo para o fator dose de P independente da inoculação com FMAs. As variáveis MSF e MSR apresentaram regressão quadrá�ca com

-1 -1ponto de máxima nas doses es�madas em 61,9 mg de P kg e 81 mg kg , respec�vamente, e para a MSI, os valores aumentaram a medida que aumentava as doses de P. Para a MSF também houve efeito significa�vo para o fator fungo independente do fator P, onde às plantas de jambu incrementaram 22% de MSF quando inoculadas com R. clarus, em

-1relação as plantas não inoculadas. Plantas de Jambu inoculadas R. clarus e adubadas com 30 mg kg de P b�veram um incremento de 162% de MSRA comparadas às do tratamento sem fungo. A u�lização de fungos micorrízicos arbusculares no cul�vo de jambu é uma alterna�va capaz de proporcionar um maior crescimento das plantas.

Palavras-chave : Micorriza, Jambú, adubação, nutrientes

RESUMO

Resumo A altura da bananeira influi na densidade de plan�o, no manejo e na produção. A circunferência do pseudocaule está relacionada com o vigor, e juntamente com o número de folhas funcionais reflete o poder de sustentação e desenvolvimento do cacho. A redução do ciclo vegeta�vo da bananeira possibilita a menor exposição dos frutos aos agentes causadores de danos e reflete a precocidade da cul�var com a antecipação do retorno do inves�mento aplicado na lavoura. Com o obje�vo de avaliar o crescimento e o desenvolvimento das bananeiras do plan�o a colheita foi realizado um experimento nas condições edafoclimá�cas do Norte Fluminense. O delineamento u�lizado foi o de blocos casualizados, com seis tratamentos referentes às cul�vares de bananeira (Maçã, BRS Tropical, BRS Conquista, Prata-Anã, FHIA 18 e BRS Pla�na), com três repe�ções. A unidade experimental foi composta por quatro plantas úteis, as quais foram plantadas no meio de outras da mesma cul�var que serviram de bordadura. O espaçamento foi de três metros entre linhas e dois metros

-1entre plantas, em uma densidade de 1666 plantas ha . Foram avaliadas no primeiro ciclo de produção: a altura, a circunferência das bananeiras, o período do plan�o a floração, os períodos da floração a colheita e do plan�o a colheita. Não houve diferenças significa�vas nas médias de altura das plantas das seis cul�vares, com valores médios de 165 a 192 cm. A cul�var BRS Tropical apresentou maior potencial de sustentação do cacho com a circunferência do pseudocaule superior às demais cul�vares do �po maçã (BRS Conquista e Maçã) com 50 cm. A cul�var Prata-Anã apresentou maior número de folhas funcionais ao longo do ciclo o que pode representar condições sa�sfatórias para o seu desenvolvimento. No entanto, poderão ser mais bem avaliadas as caracterís�cas nos ciclos subsequentes de produção, quando a bananeira poderá expressar totalmente as suas caracterís�cas.

Palavras-chave : Musa spp., ciclo vegeta�vo, precocidade

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po244 - FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES E DOSES DE FÓSFORO NO CRESCIMENTO DE JAMBU

(ACMELLA OLERACEA)

Marta Simone Mendonça Freitas (Brazil)¹; Marlene Evangelista Vieira (Brazil)¹; Diego Alves Peçanha (Brazil)¹;

Thaísa Capato Lima (Brazil)¹; Ygor De Souza Gonçalves (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Po245 - CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE SEIS CULTIVARES DE BANANEIRA NO NORTE

FLUMINENSE, RJ, BRASIL

Detony José Calenzani Petri (Brazil)¹; Rodrigo Lopes Brochado (Brazil)¹; Antonio Carlos Braga (Brazil)²; Tábatha

De Souza Vasconcelos (Brazil)²; Paulo Cesar Dos Santos (Brazil)²; Almy Junior Cordeiro De Carvalho (Brazil)²;

Marta Simone Mendonça Freitas (Brazil)²1 - UENF-Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro; 2 – UENF

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RESUMO

O cul�vo do abacaxi (Ananas comosus var. comosus) ocupa posição importante dentro da fru�cultura brasileira. Um dos principais problemas que acometem a produ�vidade do abacaxizeiro é a fusariose (Fusarium subglu�nans). A cul�var 'BRS Vitória' apresenta resistência à essa doença, o que a torna um promissor material gené�co. Cada cul�var possui sua par�cularidade quanto à absorção de nutrientes, podendo exibir diferenças em relação às observações já feitas para as demais cul�vares. O estudo das respostas das plantas ao fornecimento de nutrientes é uma importante ferramenta para o adequado manejo da cultura. Dessa forma, obje�vou-se avaliar o efeito da deficiência de macronutrientes e de boro nos teores foliares e na biometria das folhas “D” do abacaxizeiro 'BRS Vitória'. O experimento foi implantado em outubro de 2016, em casa de vegetação na Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, em Campos dos Goytacazes, estado do Rio de Janeiro, Brasil. O arranjo foi em blocos ao acaso, com seis repe�ções. Oito tratamentos foram aplicados: Completo (C), deficiente em nitrogênio (-N), deficiente em fósforo (-P), deficiente em potássio (-K), deficiente em cálcio (-Ca), deficiente em magnésio (-Mg), deficiente em enxofre (-S) e deficiente em boro (-B). As mudas u�lizadas foram do �po rebento. Aos 270 dias após o início do experimento, e 60 dias após o início dos tratamentos, os parâmetros biométricos avaliados nas folhas foram, comprimento, largura, área foliar, massa fresca e massa seca. As folhas do tratamento -N foram as que apresentaram maiores reduções dentre os parâmetros avaliados. Os tratamentos -Ca e -Mg também provocaram reduções significa�vas. Os teores nutricionais foliares sofreram reduções quando comparados ao ob�do do tratamento Completo: redução de 48% no teor de N no tratamento sem N; redução de 23,3% no teor de P no tratamento sem P; redução de 38% no teor de K no tratamento sem K; redução de 44,35% no tratamento com deficiência de Mg e redução de 42,17% no teor de B no tratamento sem B. Os teores de nutrientes observados na folha D das plantas cul�vadas no

-1 -1 -1 -1tratamento completo foram: N = 16,5 g kg ; P = 1,89 g kg-1; K = 38,86 g kg ; Ca = 2,72 g kg-1; Mg = 2, 57 g kg ; S = 1,43 g kg e -1B = 15,08 mg kg .

Palavras-chave : Abacaxi, Ananas, Nutrientes minerais, Pineapple

RESUMO

O tamarilho é uma espécie arbórea pertencente à família Solanaceae Nos países de origem (América do Sul) os frutos são muito usados na produção de sumos e geleias sendo também usados como condimento na preparação de pratos regionais. Em Portugal e em países do sul da Europa, o tamarilho começa a merecer interesse dos produtores devido aos elevados preços que os frutos a�ngem no mercado (10 – 15€/kg) e às condições favoráveis que estas regiões apresentam para a cultura desta espécie fruteira. Nos úl�mos anos assis�u-se a um interesse redobrado por esta espécie e à procura de materiais de propagação vegeta�va para a instalação de novos pomares. Neste contexto, o nosso laboratório desenvolveu várias técnicas para a sua micropropagação. Para além de ser um método bastante eficaz de clonagem a propagação in vitro permite também o isolamento de microrganismos endófitos de uma forma eficaz, uma vez que as plantas se encontram em condições assép�cas. As bactérias endo��cas são cada vez mais reconhecidas como organismos que contribuem para um melhor desenvolvimento das plantas estando envolvidas em vários mecanismos como sejam a solubilização de fosfatos, a inac�vação do e�leno ou a síntese de fitohormonas, entre outros. O principal objec�vo deste trabalho foi extrair, isolar e iden�ficar bactérias presentes nos tecidos de plantas de tamarilho micropropagadas e mul�plicadas através da proliferação de rebentos axilares.Segmentos dos nodais dos genó�pos T16TV21, TVBOT1, TRUBC, TDJ3 e TLC foram cul�vados em meio MS modificado contendo 0,2 mg/l da citocinina BAP (6-benzilaminopurina). Após cinco semanas em cultura os rebentos caulinares formados foram u�lizados para a extracção de bactérias. Após esterilização superficial dos rebentos caulinares numa solução de etanol a 70% (v/v) durante 30 s, os explantes foram colocados numa solução de hipoclorito de sódio a 1% (v/v) , seguida de nova transferência (30 s) para etanol a 70% após o que se procedeu a 5 lavagens com água milli-Q. Os explantes esterilizados foram ulteriormente macerados em tampão PBS e a suspensão diluída até um factor de 10-3, pela adição do mesmo tampão. No final, 100 µl de cada diluição foram colocados em meio R2A, em caixas de Petri contendo cicloheximida para impedir o crescimento de fungos. As culturas foram observadas periodicamente e iden�ficadas por rRNA 16S PCR u�lizando os primers 27F (5_'-AGAGTTTGATCMTGGCTCAG-3'_) e 1525R (5_'-AAGGAGGTGATCCAGCC-3_'). Os resultados ob�dos permi�ram iden�ficar alguns dos isolados como apresentando um elevado grau de homologia com Staphylococcus haemoly�cus (MT31) e com Pseudomonas psychrotolerans e P. oryzihabitans (MT1, MT14, MT30, MT33 e MT38), tendo também sido ob�dos isolados que, embora não tendo sido iden�ficados, apresentam alguma similaridade com bactérias das espécies Moraxella osloensis e Enhydrobacter aerosaccus. Bactérias da espécie S. taemoly�cus tem sido iden�ficadas como endófitas noutras plantas onde parecem desempenhar um papel importante na tolerância à salinidade, enquanto bactérias do género Pseudomonas têm sido referidas como fixadoras de azoto e produtoras de sideróforos. O papel posi�vo destas bactérias em tamarilho necessita de ser confirmado por estudos fisiológicos.

Palavras-chave : micropropagação, PCR, Pseudomonas, Staphylococcus

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po246 - BIOMETRIA E NUTRIENTES MINERAIS NO ABACAXIZEIRO 'BRS VITÓRIA' CULTIVADO SOB

DEFICIÊNCIA NUTRICIONAL

Almy Junior Cordeiro De Carvalho (Brazil)¹; Jéssica Morais Cunha (Brazil)¹; Marta Simone Mendonça Freitas

(Brazil)1; Diego Alves Peçanha (Brazil)¹; Paulo Cesar Dos Santos (Brazil)¹; Luciana Pereira Pinto (Brazil)¹; Luiz

Carlos Santos Caetano (Brazil)¹1 - UENF/Campos dos Goytacazes-RJ

Po247 - EXTRACÇÃO, ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS ENDOFÍTICAS DE TAMARILHO

(SOLANUM BETACEUM CAV.) PROPAGADO IN VITRO

Maria Pires (Afghanistan)¹; Eva Garcia (Portugal)¹; João Martins (Portugal)¹; Sandra Correia (Portugal)¹; Jorge

Canhoto (Portugal)¹; Joana Costa (Portugal)¹1 - Centre for Functional Ecology, Departamento de Ciências da Vida, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade de Coimbra

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

O cubiu (Solanum sessiliflorum Dunal) é uma planta de origem e domes�cação amazônica, com potencial para o agronegócio. Geralmente é cul�vada em campo aberto na terra firme. No entanto, são poucos os estudos fitotécnicos que viabilizem o aumento da produ�vidade de frutos. Esta pesquisa teve o obje�vo de avaliar o cul�vo de cubiu sob o efeito da irrigação por gotejamento em ambiente protegido nas condições da cidade de Manaus/AM. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em Argissolo Vermelho-Amarelo álico, em Manaus. Adotou-se o Delineamento Experimental Inteiramente Casualizado em esquema fatorial, com duas lâminas de irrigação e 1 variedade de cubiu com 4 repe�ções. Sendo a lâmina aplicada de 50% da ETc com um �po de fita gotejadora com emissores distanciados a cada 40 cm, e a lâmina equivalente a 100% da evapotranspiração (ETc), ob�da com um �po de fita gotejadora com emissores espaçados a cada 20 cm. Os seguintes caracteres foram avaliados: número médio de frutos, diâmetro do fruto, comprimento do fruto, massa média do fruto e relação comprimento/diâmetro do fruto. A lâmina de água aplicada com emissores espaçados a cada 40 cm não influenciou significa�vamente na produção de frutos. Isto indica que o cubiu pode ser irrigado com uma lâmina de água de até 50% da evapotranspiração sem prejuízo da produção de frutos por plantas. Nos componentes de produ�vidade, houve uma leve tendência da lâmina equivalente a 100% da ETc influenciar no maior número de frutos por plantas. Por outro lado, a lâmina equivalente a 100% da ETc, proporcionou a maior massa média de fruto e promoveu um rendimento de 4 toneladas de frutos por hectare. Finalmente, a forma dos frutos avaliada pela relação comprimento-diâmetro não foi influenciada pela irrigação controlada, indicando que a variação pode ser devida ao efeito gené�co dos acessos estudados.

Palavras-chave : Cubiu, Irrigação Localizada, Recursos Gené�cos, Recursos amazônicos

RESUMO

O tomate, assim como muitas olerícolas, se caracteriza por apresentar produção escalonada, o que possibilita a ajustede modelos de crescimento que possuem parâmetros com interpretação biológica. O presente trabalho teve como obje�vos verificar se os dados de produção de tomate se ajustam ao modelo Logís�co e verificar a igualdade entre os parâmetros dos genó�pos Cordillera, Ellen e Santa Clara. Os valores de produção de tomate foram ob�dos de ensaios a campo, realizados no Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), RS, Brasil.O delineamento foi blocos ao acaso, com oito repe�ções. O transplante das mudas foi realizado no dia 17 de outubro de 2015 e as colheitas foram realizadas aos 82, 86, 90, 94, 98 e 102 dias após o transplante. A variável mensurada foi o peso de frutos por planta (g), sendo que o seu valor foi acumulado ao longo das colheitas.Calculou-se a média das oito repe�ções e ajustou-se o modelo Logís�co de crescimento . O ajuste foi realizado pelos mínimos quadrados ordinários com método itera�vo de Gauss-Newton. Os pressupostos normalidade, homogeneidade e independência dos resíduos pelos testes de Shapiro-Wilk, Breusch-Pagan e Durbin-Watson, respec�vamente. A igualdade entre os parâmetros α (assíntota) e γ (taxa de crescimento) foi verificada pelo teste F. A probabilidade de erro u�lizada foi 5%. Os dados de produção ajustaram-se ao modelo Logís�co nos três genó�pos. Os pressupostos foram cumpridos, mostrando que o método de es�mação foi adequado. Os valores de α para os genó�pos Cordillera, Ellen e Santa Clara foram 1550, 1178 e 1119, respec�vamente. Observou-se que α foi igual para os genó�pos Ellen e Santa Clara, e estes diferiram do genó�po Cordillera. A assíntota éo valor onde a curva se estabiliza, indicando a produção dos genó�pos. Conclui-se que o genó�po Cordillera foi o mais produ�vo, seguido dos genó�pos Ellen e Santa Clara que não diferiram entre si. Os valores de γpara os genó�pos Cordillera, Ellen e Santa Clara foram 0.363, 0.353 e 0.256, respec�vamente. Estes valores não diferiram entre si. Ou seja, a velocidade com que esses genó�pos produzem frutos ao longo do tempo é a mesma. Conclui-se que o modelo logís�co pode ser u�lizado para descrever a produção de tomates, e que a par�r intepretação da igualdade dos seus parâmetros podem concluir quanto a produ�vidade da cultura e a velocidade de produção de frutos.

Palavras-chave : regressão não-linear, modelo de crescimento

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Po248 - PRODUÇÃO DE CUBIU ( SOLANUM SESSILIFLORUM DUNAL ) EM AMBIENTE PROTEGIDO SOB

EFEITO DE IRRIGAÇÃO LOCALIZADA EM MANAUS-AM-BRASIL.

Edimilson Barbosa Lima (Brazil)¹; Solange Batista Damasceno (Brazil)²; Maria José Marques (Brazil)³1 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas; 2 - Universidade Estadual do Amazonas; 3 - Instituto Nacional de Pesquisa

da Amazônia - INPA

Po249 - DESCRIÇÃO DA PRODUÇÃO DE TOMATEIRO PELO MODELO LOGÍSTICO

Alessandro Dal Col Lúcio (Brazil)¹; Bruno Giacomini Sari (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Santa Maria

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RESUMO

O brócolis é uma das hortaliças mais consumidas pelos brasileiros, tem elevada importância nutri�va e comercial, pois são excelentes fontes de vitamina A e C, potássio, ferro, cálcio, fibras e fitoquímicos, dentre outros, além de ter propriedades medicinais, que pode ser cul�vada durante o ano todo na maioria dos estados brasileiros, contudo apresenta elevada capacidade de extração de nutrientes do solo, u�lizando grande quan�dade de fer�lizantes minerais no seu cul�vo, o que aumenta o custo de produção. Uma das alterna�vas u�lizadas para diminuir o consumo destes fer�lizantes e de alguns agroquímicos é o cul�vo de plantas de cobertura antecedendo o plan�o dessas hortaliças, que após serem manejadas deixam seus resíduos sobre o solo, suprimem a germinação de algumas invasoras, auxiliam no controle da erosão e reciclam nutrientes dos seus resíduos, após a decomposição desta matéria orgânica, disponibilizando-os para as culturas subsequentes. Neste estudo avaliou-se a influência dos resíduos culturais de quatro diferentes coberturas de solo, associadas a doses de adubação mineral, nas caracterís�cas agronômicas e rendimento dos brócolis no cerrado mineiro. O delineamento u�lizado foi de blocos ao acaso, com quatro coberturas do solo (crotalária juncea (CJ), braquiária (B), milheto (M) e crotalária juncea + milheto (CJ+M)), com quatro repe�ções, em parcelas de 40 m2 (4,0 x 10,0 m). Avaliou-se a produção de biomassa seca (BS) das coberturas, o número de folhas (NF), altura (A), massa fresca (MFC) e massa seca (MSC) da cabeça e produ�vidade (Prod) do brócolis. Analisando a produção de BV e BS observou-se que a mistura CJ+M

-1 -1 -1produziu a maior (p<0,05) quan�dade de BV (11,14 t ha ) e BS (7,61 t ha ), quando comparados a CJ (8,54 e 6,06 t ha ) e M -1 -1(8,51 e 6,09 t ha ) que �veram produção semelhante, enquanto que na B (4,42 e 3,44 t ha ) este valor foi menor,

respec�vamente. Os resíduos das coberturas u�lizadas influenciaram posi�vamente as caracterís�cas agronômicas dos brócolis, pois nos tratamentos onde havia uma Fabácea presente (CJ e mistura CJ+M), a MFC e a Prod foram esta�s�camente iguais e superiores (p<0,05), quando comparados aos tratamentos B e M, onde havia só a presença de Poáceas. As doses de adubo influenciaram decisivamente a NF, MFC, MFS e Prod, que foram superiores nas doses de 50 e 100% de adubação mineral, quando comparados à dose zero.

Palavras-chave : Brassica oleracea var. itálica L, resíduos culturais, ciclagem de nutrientes, produ�vidade

RESUMO

A produção de hortaliças em sistemas agrossilviculturais não é comum no Brasil, predominando-se o cul�vo de cereais de ciclo anual no período chuvoso. Entretanto, o valor econômico das hortaliças, a exemplo das morangas tem potencial de uso no estabelecimento inicial das espécies arbóreas. Todavia, cul�vos consorciados podem promover compe�ção interespecífica. Nesse sen�do, o obje�vo foi avaliar os efeitos de sistemas agrossilviculturais e diferentes estandes na produ�vidade de morangas. O experimento foi implantado em solo degradado com vistas a recuperá-lo implantando espécies na�vas e cul�vadas, situado 16º25'39”S, 51º09'12”O à 586 m de al�tude. Foram avaliados dois sistemas de cul�vos, sendo um com mangaba (Hancornia speciosa), guariroba (Syagrus oleracea) e moranga (C. maxima) e outro mangaba e moranga. Além disso, foi avaliado a interação desses sistemas com a densidade populacional de mangabeira (403, 469, 603 e 803 plantas.ha-1), perfazendo experimento fatorial 2x4 com 5 blocos casualizados. Foram agrupadas quatro covas de morangueiras a 0,50 m de cada planta de mangabeira, totalizando 1612, 1876, 2412 e 3212 plantas.ha-1 de morangas. As densidades populacionais foram formadas por meio de uma “Roda de Nelder”, onde cada raio representa uma repe�ção. Cada parcela de moranga foi composta por 4 plantas. Não houve efeito dos sistemas ou de interação entre os fatores. Entretanto, verificou-se efeito quadrá�co {y=-0,097689+(0,005371*x)+(-0,000005*x²); r=0,99 e R²=0,98} (p≤0,05) para produ�vidade (kg.planta-1). O ponto de máximo es�mado ocorreu com estande de 529,50 plantas.ha-1, cuja produ�vidade foi de 1,32 kg.planta-1. É importante ressaltar que a redução após o ponto de máximo não é o suficiente para reduzir a produ�vidade total devido ao aumento de plantas por hectare. Conclui-se que a produção em sistemas agrossilviculturais não prejudica a produ�vidade de morangas. Assim, o cul�vo no período de entressafra posiciona como alterna�va fitotécnica viável, pois cons�tui-se numa fonte de renda, contribuindo na amor�zação dos custos iniciais de implantação.

Palavras-chave : Consórcio, Hancornia speciosa Gomes, Produ�vidade, Syagrus oleracea Mart., Solo degradado

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po250 - CULTIVO DO BRÓCOLIS SOBRE DIFERENTES RESÍDUOS DE PLANTAS DE COBERTURA E DOSES

DE ADUBAÇÃO MINERAL NO CERRADO MINEIRO

José Luiz Rodrigues Torres (Brazil)¹; Dinamar Márcia Da Silva Vieira (Brazil)²; Fernando Rodrigues Da Cunha

Gomes (Brazil)¹; Antônio Carlos Barreto (Brazil)¹; Zigomar Menezes De Souza (Brazil)³; Valdeci Orioli Júnior

(Brazil)¹1 - Instituto Federal do Triângulo Mineiro Campus Uberaba; 2 - Universidade Federal de Uberlândia; 3 - Universidade de Campinas

Po251 - DESEMPENHO DE MORANGUEIRA (CUCURBITA MAXIMA L.) CULTIVADA EM DIFERENTES

ESTANDES E SISTEMAS AGROSSILVICULTURAIS

Estenio Moreira Alves (Brazil)¹; Fabiano Guimarães Silva (Brazil)²; Lucas Jorge Dos Santos (Brazil)¹; Jéssica

Lorraine Sales Silva (Brazil)¹; Guido Calgaro Junior (Brazil)¹; Aurélio Rubio Neto (Brazil)²; Adriano Perin (Brazil)²1 - INSTITUTO FEDERAL GOIANO, CAMPUS IPORÁ; 2 - INSTITUTO FEDERAL GOIANO, CAMPUS RIO VERDE

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

A produção de tomate se destaca no cenário agroindustrial brasileiro. O Brasil ocupa o sé�mo lugar na produção mundial de tomate e estado de Goiás é o maior produtor nacional, isso devido as favoráveis condições edafoclimá�cas para a cultura do tomate rasteiro em relação as outras regiões. A cultura do tomate industrial é quase totalmente irrigada, e o método de irrigação por aspersão é o mais u�lizado nesta cultura. Entretanto, se o manejo da irrigação for incorreto, este pode levar a aplicações excessivas de água, que acarretarão no desperdício do recurso hídrico, podendo inferir em aumento da incidência de doenças e pragas agrícolas e quebras de produ�vidade. Portanto, a quan�ficação da evapotranspiração é indispensável. E como métodos indiretos têm-se os métodos de balanço hídrico, razão de Bowen, correlações turbulentas e mais recentemente o sensoriamento remoto. Assim, o obje�vo deste trabalho foi es�mar a evapotranspiração atual (ETc), e os respec�vos coeficientes de cultura (Kc) de dois híbridos de tomateiro industrial (N901,H1308) pelo modelo de balanço de energia u�lizando o algoritmo SAFER (Simple Algorithm for Evapotranspira�on Retrieving) em imagens do satélite Landsat 8 OLI/TIRS, e comparação com tradicional método micrometeorológico u�lizando evapotranspiração de referência ETo (Penman-Monteith), com os Kcs recomendados pela FAO 56 e EMBRAPA. O estudo foi realizado em área irrigada por pivô central em Silvânia-GO, Brazil, no período de maio a agosto de 2015. Além disso, foi monitorado o potencial de água na folha e o conteúdo de água no solo pelo balanço hídrico dinâmico local. O potencial de água na folha e a umidade do solo revelaram que não ocorreu déficit hídrico ao longo do ciclo de 122 dias. O período da fase inicial do transplan�o ao pegamento das mudas foi de 27 dias; a fase vegeta�va 36 dias, fase de florescimento e fru�ficação 36 dias e da maturação a colheita 23 dias, sendo o ciclo da cultura avaliado, de 122 dias. A necessidade hídrica total da lavoura foi de 351,97 mm, 340,97 mm e 356,24 mm ao longo do ciclo, pelos métodos FAO 56, EMBRAPA e SAFER. Os Kcs es�mados pelo método do SAFER apresentou significante correlação com os métodos FAO 56 e Embrapa (FAO 56, R² = 0,98; Embrapa, R² = 0,95). A ETc es�mada pelo método do SAFER apresentou significante correlação com os métodos micrometeorológicos (FAO 56, R2 = 0,97; Embrapa, R2 = 0,97), podendo este ser u�lizado para es�ma�va da ETc do tomateiro na região.

Palavras-chave : Evapotranspiração, Coeficiente de cultura, Imagens de satélite, balanço de energia, manejo de irrigação

RESUMO

Peixes man�dos em tanques de criação para alimentação humana consomem rações proteinadas, eliminando resíduos na forma de amônia pelas brânquias e urina na água. Essa amônia nitrificada e conver�da em nitrito (NO2-) e nitrato (NO3-), por bactérias, pode ser u�lizada por vegetais na fase de mudas. A produção e venda de sementes e mudas cer�ficadas tem dinamizado as cadeias produ�vas de hortaliças no Brasil e no Mundo. O impacto da água residuária no crescimento de mudas de Solanaceae deve ser estudado, incluindo a associação da produção de mudas com prá�cas de sustentabilidade ambiental. Isto pode reduzir o uso de água potável e subs�tuir esse recurso por águas de reuso da piscicultura com bene�cios econômicos, sociais e ambientais. O obje�vo foi avaliar parâmetros de crescimento de mudas de berinjela, Solanum melongena L. (Solanaceae), man�das com concentrações de água residuária da criação de peixes do IF Goiano-Campus Urutaí, Goiás, Brasil. Os tratamentos foram cinco concentrações de água residuária da piscicultura diluídas (ou não) (0, 25, 50, 75 e 100% de água residuária) em água de abastecimento. A altura (cm), número de folhas verdadeiras e largura das folhas (cm) foram, semanalmente, quan�ficadas. A massa fresca (mg) e seca (mg) do caule, folhas e raízes das mudas de berinjela foram quan�ficadas, apenas, aos 35 dias após a germinação. A composição química da água residuária também foi avaliada. A altura das mudas, número de folhas verdadeiras e largura das folhas de berinjela, aos sete 14, 21, 28 e 35 dias, seguiram modelos quadrá�cos de regressão dependente da idade. O crescimento das mudas de berinjela com água de abastecimento foi menor que com água residuária (independente de sua concentração) e com maiores valores com 50 e 75% desta úl�ma. A altura das mudas, largura das folhas, massa fresca e seca das folhas apresentaram correlação posi�va com os teores de N e P da água residuária. A massa fresca da raiz das mudas de berinjela �veram correlação posi�va com os teores de Mg e P. Nenhum sintoma de fitotoxidez foi observado nas mudas de berinjela man�das com água residuária. A integração entre a piscicultura e a produção de mudas pode reduzir o desperdício de fer�lizantes e água potável na produção de hortaliças. Em muitas ocasiões, as águas residuárias não são aproveitadas integralmente pelos sistemas de produção de peixes que as originam, indicando subu�lização desse importante insumo agrícola para o crescimento de vegetais na fase de mudas.

Palavras-chave : Solanaceae, Solanum melongena, viveiro, insumo, piscicultura

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po252 - NECESSIDADE HÍDRICA DA CULTURA DO TOMATEIRO INDUSTRIAL ESTIMADO PELO

ALGORITMO SAFER

José Alves Júnior (Brazil)¹; Déborah Lídya Alves Sales (Brazil)¹; João Maurício Fernandes Souza (Brazil)¹; Derblai

Casaroli (Brazil)¹; Adão Wagner Pêgo Evangelista (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Goiás

Po253 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE MUDAS DE BERINJELA MANTIDAS COM INSUMO

ALTERNATIVO ORIUNDO DA CRIAÇÃO DE PEIXES

Alexandre Igor Azevedo Pereira (Brazil)¹; Carmen Rosa Da Silva Curvêlo (Brazil)¹; Mychelle Pires Barbosa

(Brazil)¹; João Victor Costa (Brazil)¹; Marlon Jeferson Marçal Barraque (Brazil)¹1 - Instituto Federal Goiano-Campus Urutaí

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

A aplicação de elevado nível de adubação e o manejo inadequado da fer�rrigação no cul�vo de tomateiro podem promover aumento da salinidade da solução, desequilíbrio nutricional e desordens fisiológicas nas plantas, com conseqüente redução de produ�vidade e qualidade dos frutos. Obje�vou-se avaliar diferentes estratégias de fer�rrigação no crescimento e produção de minitomates cul�vados em vasos com substrato em de casa de vegetação. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso com quatro tratamentos e vinte repe�ções. Os tratamentos corresponderam a quatro manejos da fer�rrigação: T1 (testemunha) - fer�rrigação com lixiviação de 20%; T2 - fer�rrigação ao longo do dia e irrigação no final do dia com lixiviação de 20%; T3 - irrigação com lixiviação de 20%, seguida de fer�rrigação em todos os acionamentos do sistema de irrigação; T4 - fer�rrigação com lixiviação de 20% e reuso da solução lixiviada. Avaliaram-se altura e diâmetro da haste, número de cachos, produção total e comercial de frutos, tamanho, coloração, acidez total �tulável, teor de sólidos solúveis e textura de frutos. Não foram detectadas diferenças significa�vas entre os tratamentos em relação às variáveis de crescimento do minitomate. Os manejos de fer�rrigação testados não influenciam significa�vamente o crescimento do tomateiro. Os manejos T1 e T4 proporcionam maior produção comercial e frutos com maior teor de sólidos solúveis em relação às demais estratégias de manejo avaliadas. Considerando o fator nutricional, recomenda-se a reu�lização da solução nutri�va usada no cul�vo do tomateiro em substrato, corrigindo-se diariamente a condu�vidade elétrica da solução.

Palavras-chave : Solanum Lycopersicum, salinidade, lâmina de lixiviação

RESUMO

Reduzir as quan�dades de fer�lizantes é um dos obje�vos da produção sustentável na hor�cultura. Este obje�vo pode ser alcançado pelo uso de fungos micorrizicos arbusculares (FMA). Porém a eficiência da simbiose é variável com a espécie de FMA e com a planta envolvida. Dessa forma, o projeto obje�vou testar se dis�ntas adubações fosfatadas, u�lizadas no cul�vo do morangueiro em substrato e na presença de uma comunidade micorrizica arbuscular interfere na produção e sabor dos frutos. O estudo foi desenvolvido em estufa agrícola, localizada no Setor de Hor�cultura da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV) da Universidade de Passo Fundo (UPF) no ano de 2015. O experimento teve

-1como tratamentos soluções nutri�vas, com diferentes concentrações de fósforo (P) (0; 34; 69; 137, 274 mg L P) correspondentes à 0 (T0), 12,5 (T1), 25 (T2), 50 (T3) e 100% (T4) da concentração de P calculadas a par�r de uma solução padrão. Os tratamentos foram delineados totalmente ao acaso. As unidades experimentais foram cons�tuídas por sacolas de cul�vo, cada qual com quatro plantas. Avaliou-se a produção e a qualidade dos frutos. Os dados foram subme�dos às

-1análises de regressão e de covariância ao nível de significância de p ≤ 0,05. O aumento das doses de P acima de 140 mg L (50%) reduz os valores de número e massa fresca total de frutos (NFT, MFTF), acidez total �tulável (ATT) e colonização micorrízica, e o aumento da porcentagem de colonização micorrízica afeta beneficamente o NFT, a MFTF e a ATT. A diminuição da dose de fósforo, ministrada via fer�rrigação, em morangueiro inoculado com uma comunidade de fungos micorrízicos arbusculares sob sistema de cul�vo sem solo, potencializa a simbiose micorrízica resultando em plantas mais produ�vas e com frutos de melhor sabor.

Palavras-chave : Morango (Fragaria x ananassa Duch), Fungos micorrízicos arbusculares, Fósforo

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Po254 - CULTIVO DE MINITOMATE EM SUBSTRATO SOB DIFERENTES ESTRATÉGIAS DE MANEJO DA

FERTIRRIGAÇÃO

Adão Wagner Pêgo Evangelista (Brazil)¹; Ricardo De Souza Bezerra (Brazil)¹; José Alves Júnior (Brazil)¹; Derblai

Casaroli (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Goiás - UFG

Po255 - ADUBAÇÃO FOSFATADA COM ASSOCIAÇÃO MICORRÍZICA EM CULTIVO DE MORANGUEIRO

FORA DO SOLO

Fabiola Stockmans De Nardi (Brazil)¹; Eunice Oliveira Calvete (Brazil)¹; Rosiani Castoldi Da Costa (Brazil)¹;

Maicon Dalvite Cipriani (Brazil)¹; José Luís Trevizan Chiomento (Brazil)¹; Nicolas Dos Santos Trentin (Brazil)¹1 - Universidade de Passo Fundo

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

A inoculação micorrízica e o uso da enxer�a são técnicas rela�vamente novas para os cul�vos em olericultura. O obje�vo do trabalho foi avaliar se plantas enxertadas de tomateiro inoculadas com fungos micorrízicos arbusculares resultam em associação simbió�ca e caracterís�cas morfoagrônomico superiores em relação às sem enxer�a. Foi realizado dois experimentos, o primeiro foi man�do até o final da fase de mudas e o segundo, man�do até o final da fase reprodu�va. O substrato u�lizado foi Carolina II. O delineamento experimental foi inteiramente casualizados com cinco repe�ções. Os tratamentos foram três (3) inóculos (T1: testemunha; T2: comunidade; T3: Rizophagus clarus) sem e com enxer�a. Os experimentos foram realizados no setor de hor�cultura em uma estufa agrícola, e as análises foram realizadas no laboratório de Ecofisiologia Vegetal da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAMV), da Universidade de Passo Fundo (UPF). Avaliou-se rendimento, caracterís�ca químicas e nutricional, morfologia radicial e porcentagem de colonização micorrízica. O trabalho foi conduzido de dezembro 2016 a abril de 2017. Todos os dados referentes às avaliações foram subme�dos à análise de variância e teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Na fase de mudas o inóculo Rizophagus clarus teve maior colonização, porém, essas plantas apresentaram sistema radicial menos desenvolvido. Na fase reprodu�va, o rendimento, caracterís�cas químicas e nutricional dos frutos não foi alterado por nenhum dos fatores testados. Plantas inoculadas com a comunidade de FMA e sem enxer�a apresentaram sistema radicial mais profuso. Conclui-se que a associação simbió�ca é mais efe�va em plantas de tomateiro sem enxer�a quando o inóculo é a comunidade de FMA.

Palavras-chave : Fungos micorrízicos arbusculares, Solanum lycopersicum, Porta enxerto

RESUMO

No Brasil, a produção de Curcuma longa L. tem aumentado nos úl�mos anos; entretanto, existem poucos trabalhos disponíveis na literatura que avaliaram o efeito da adubação na produ�vidade da cúrcuma e no teor de curcumina, sendo o efeito da aplicação de micronutrientes ainda menos conhecido. Os micronutrientes, sozinhos ou em conjunto com coenzimas, são importantes catalizadores das reações bioquímicas nas plantas, podendo favorecer a síntese de curcumina. Ainda, estes nutrientes podem fazer parte de biomoléculas, facilitar o transporte de outros nutrientes através das membranas e par�cipar de reações como a fotossíntese, a respiração e as reações de oxi-redução, sendo, portanto, indispensáveis para o obtenção de altas produ�vidades. Neste contexto, este trabalho tem como obje�vo avaliar o efeito da adubação com micronutrientes na produ�vidade de cúrcuma e no teor de curcumina. O delineamento experimental u�lizado foi o inteiramente casualizado, com sete tratamentos e 8 repe�ções, totalizando 56 unidades experimentais. Os tratamentos avaliados foram: 1-Testemunha, 2-NPK, 3-NPK + B, 4-NPK + Zn, 5-NPK + B + Zn, 6-NPK + Cu + Zn + B + Mn, 7-NPK + Cu + Zn + B + Mn + Si. Foi feita correção do solo com calcário e aplicado N-P-K nos tratamentos que previam tal adubação. Os rizomas de açafrão foram plantados e, após 68 dias, foi realizada a aplicação dos micronutrientes via foliar. Ao final do ciclo da cultura foi determinada a massa seca de parte aérea, raiz e rizoma, os teores de macro e micronutrientes e o teor de curcumina nos rizomas, por meio da metodologia ABNT- Maio de NBR 13624 (1996). Nenhuma das adubações com micronutrientes afetou a produção de massa seca. As adubações não afetaram os teores de Ca, Mg, K, Mn e Fe; entretanto, menores teores de P foram observados no tratamento com aplicação de Si. Os teores de B foram maiores quando houve aplicação do nutriente; para o zinco, foram observados resultados similares, entretanto, a aplicação de Si também afetou os teores de Zn, que foram reduzidos na presença de Si. A aplicação dos nutrientes NPK + B+Zn +Cu+Mn, de forma associada, foi a única que aumentou a produção de curcumina pela planta. A aplicação conjunta dos micronutrientes B+Zn+Cu+Mn aumenta a produção de curcumina no açafrão, sem que haja incremento correspondente de massa seca. Como o preço do açafrão é determinado pelo teor de curcumina, a aplicação de micronutrientes pode resultar em maior lucra�vidade do produtor.

Palavras-chave : curcuma longa; micronutrientes; pigmentos

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po256 - ENXERTIA E MICORRIZAÇÃO COMO FERRAMENTAS PARA MELHORAR O DESEMPENHO

MORFOAGRONÔMICO DO TOMATEIRO

Eunice Oliveira Calvete (Brazil)¹; Valéria Lúcia Faotto Cavali (Brazil)¹; Rosiani Castoldi Da Costa (Brazil)¹; Fabiola

Stockmans De Nardi (Brazil)¹; José Lúíz Trevizan Chiomento (Brazil)¹; Nicolas Dos Santos Trentin (Brazil)¹1 - Universidade de Passo Fundo

Po257 - A APLICAÇÃO FOLIAR DE MICRONUTRIENTES AUMENTA O TEOR DE CURCUMINA NO

AÇAFRÃO (CURCUMA LONGA)

Virginia Damin (Brazil)¹; Karla Rannyllen Dos Santos Ferreira (Brazil)²; Camila Queiroz (Brazil)²; Katiuchia

Pereira Takeuchi (Brazil)³; Celso Jose De Moura (Brazil)²1 - Universidade Federal de Goias; 2 - UFG; 3 – UFMT

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

The aim of the current study was to determine the effects of two fer�lizers, boron and nitrogen, on the nutri�onal quality of two cul�vars of almonds (Prunus dulcis Mill.) Glorieta and Masbovera grown in Alfândega da Fé region, Northeast of Portugal. A three years experiment (2015-2017) was set in a complete randomized block design in which the effect of two types of fer�liza�on (soil and soil + foliar) with boron and nitrogen at different rates were tested. The rates of nitrogen and

-1 -1 -1boron applied in the soil were 25, 50 and 100 kg ha and 1, 2 and 3 kg ha , respec�vely. The foliar rates were 0.3 kg ha and 0.5% of boron and nitrogen, respec�vely applied two and three �mes during the growing season. A control treatment without any use of fer�lizers was included in the experiment. Total proteins, total polyphenols, α-tocopherol were determined by HPLC-DAD/UV-Vis and the an�oxidant ac�vi�es were measured by colorimetric bioassays. In this communica�on we present the results from the first year of experiment. It was found a significant influence of treatments in α-tocopherol (P<0.01) and total protein (P<0.05), but not in total polyphenols (P>0.05). In the an�oxidant ac�vi�es bioassays, only the DPPH scavenging ac�vity was slightly affected (P<0.05) by fer�lizers treatments. The levels of α-

-1 -1tocopherol achieved the highest value of 155.2 µg g dry weight in the treatment with 25 kg ha of nitrogen, whilst the -1levels of total protein were favored by applica�ons of 100 kg ha of nitrogen. The levels of total polyphenols varied

-1between 0.8 and 1.5 mg g dry weight, without any consistent trend. This tendency was similar to the an�oxidant ac�vi�es, which seems to be related with the varia�on in total polyphenols and not with the content of α-tocopherol. The study is ongoing and the preliminary results showed that is possible to increment the quality of almonds with a sustainable scheme of soil fer�liza�ons and foliar sprayers.

Key-words: Almonds, nitrogen, boron, quality, Prunus dulcis

Acknowledgments: This research was funded by the project PRODER “Estratégias Integradas para o aumento da produ�vidade da amendoeira em Trás-os-Montes, nº 54609 and by the INTERACT project-“Integra�ve Research in Environment, Agro-Chains and Technology”, no. NORTE-01-0145-FEDER-000017, in its line of research en�tled ISAC, co-financed by the European Regional Development Fund (ERDF) through NORTE 2020 (North Regional Opera�onal Program 2 0 1 4 / 2 0 2 0 ) . T h e a u t h o r A l f r e d o A i r e s ( P h . D ) a l s o a c k n o w l e d g e t h e fi n a n c i a l s u p p o r t o f BPD/UTAD/INTERACT/ISAC/189/2016 scholarship, under the same project.

RESUMO

O obje�vo desse trabalho foi avaliar o efeito da aplicação do Cloreto de Mepiquate (Pix®HC) na cultura do maracujazeiro amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa) visando a redução dos entrenós, diferenciando a arquitetura da planta de modo a conferir maior número de brotações vegeta�vas por metro linear de ramo e consequentemente um amento no numero de estruturas reprodu�vas formadas, viabilizando assim aumento na produ�vidade da cultura, sem alterar o espaçamento de plan�o. O delineamento experimental u�lizado foi o inteiramente casualizado (DIC) com 12 repe�ções e quatro tratamentos com doses diferentes do produto comercial Pix®HC (1,1-dimethylpiperidinium chloride), a saber: T1: 0 g

-1 -1 -1 -1i.a.ha (controle), T2: 37,5 g i.a.ha , T3: 50 g i.a.ha , T4: 75 g i.a.ha O substrato u�lizado foi preparado com terra de subsolo, areia e esterco de curral cur�do na proporção 3:1:1, sendo as plantas man�das em estufa com condições adequadas de água e nutrientes.. Foi possível a observação da redução do valor do comprimento médio dos entrenós nos tratamentos testados quando subme�das a diferentes doses do produto comercial Pix® HC, contudo não foi possível observar diferença significa�va para as variáveis estudadas. Os resultados ob�dos indicam potencial na pesquisa com doses e intervalos de aplicação do Cloreto de Mepiquat na redução do comprimento médio dos entrenós.

Palavras-chave : fitorregulador, comprimento entrenó, Passiflora edulis f. flavicarpa, maracujá

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po258 - EFFECTS OF SOIL AND FOLIAR APPLICATION OF NITROGEN AND BORON ON Α-TOCOPHEROL

AND ANTIOXIDANT PROPERTIES OF TWO VARIETIES (GLORIETA AND MASBOVERA) OF ALMOND

GROWN IN NORTHEAST OF PORTUGAL

Alfredo Aires (Portugal)¹; Cristina Morais (Portugal)¹; Iva Prgomet (Portugal)¹; Ivo Oliveira (Portugal)¹; Sara

Bernardo (Portugal)¹; Silvia Afonso (Portugal)¹; Rosa Carvalho (Portugal)¹; David Barreales (Portugal)²; Manuel

Angelo Rodrigues (Portugal)²; António Castro Ribeiro (Portugal)²; Berta Gonçalves (Portugal)¹; Ana Paula Silva

(Portugal)¹1 - Universidade de Trás-so-Montes e Alto Douro; 2 - Instituto Politécnico de Bragança

Po259 - APLICAÇÃO DE CLORETO DE MEPIQUATE VISANDO ALTERAÇÃO NA ARQUITETURA DE

PLANTAS DO MARACUJAZEIRO AMARELO

Ivan Marcos Rangel Junior (Brazil)¹; Fabio Ferreira Cruvinel (Brazil)¹; Marco Antonio Da Silva Vasconcellos

(Brazil)¹; Raul Castro Carrielo Rosa (Brazil)²1 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; 2 - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

No âmbito do projeto Europeu 'AgriNuPes' (h�p://agripunes.eu/) procedeu-se à caracterização da gestão da fer�rrega e aplicação de produtos fitofarmacêu�cos (PF) em culturas sem solo em Portugal. Nesse sen�do, foram conduzidos ques�onários a uma amostra de produtores nacionais, com principal enfoque na cultura de tomate, morango e flores de corte localizados na região de Entre-Douro-e-Minho e do Oeste. Os resultados ob�dos revelaram que os produtores recorrem maioritariamente ao uso de substratos (semihidropónico) e menos à hidroponia pura (apenas 8%). No que respeita a eventual reu�lização da solução nutri�va verificou-se uma igual distribuição (42%) entre o 'sistema aberto' (i.e. sem recolha de drenagem) e o 'semiaberto' (i.e. com recolha da drenagem da cultura principal para reu�lização em culturas secundárias), sendo que apenas 16 % produz em 'sistemas fechados' (i.e. com recirculação da solução nutri�va). A totalidade dos produtores indicaram o custo de inves�mento como a principal limitação para a não implementação de sistemas fechados e 29 % referiu ainda a falta de conhecimento técnico. A fer�rrega gota-a-gota é o principal sistema de rega adotado (83 %), e os furos (55 %), poços (27 %) e chuva (27 %) são as principais origens da água de rega. As necessidades de rega são principalmente avaliadas de forma empírica (75 %), e/ou através do volume de drenagem (58 %). Metade dos produtores referiu ter reservatório(s) para a recolha da drenagem, mas apenas 58 % desses produtores faz algum �po de controlo da mesma, nomeadamente o controlo da condu�vidade elétrica (100 %), do pH (71 %) e do volume (43 %). A desinfeção da solução nutri�va drenada apresenta-se como uma prá�ca pouco comum (10 %). Em termos de aplicação de PF para o combate às pragas e doenças das culturas, a frequência de aplicação mais comum é a semanal (58 %), maioritariamente por pulverização (91 %), enquanto que a aplicação através da água de rega é u�lizada apenas por 27 % dos inquiridos. Os resultados ob�dos corroboram a necessidade de se desenvolverem metodologias e tecnologias que permitam apoiar o produtor na tomada de decisão da gestão da fer�rrega, de modo a aumentar a eficiência do uso da água e nutrientes e a incen�va-lo a implementar sistemas de produção fechados ou semiabertos.

Palavras-chave: culturas protegidas, fer�lizantes, hidroponia, macronutrientes, ques�onários, rega

RESUMO

A cultura do tomate (Solanum lycopersicum L.) é uma das mais importantes do mundo e origina uma quan�dade considerável de subprodutos desprovidos de valor comercial. Contudo, estes subprodutos representam uma fonte promissora de compostos bioa�vos com potencial aplicação em vários setores industriais. Assim, este estudo teve como obje�vo avaliar o potencial an�oxidante de partes vegeta�vas do tomateiro descartadas durante e após a produção de tomate para consumo em fresco. O material vegetal (lançamentos de poda em verde e plantas em fim de ciclo vegeta�vo) foi ob�do a par�r de diferentes acessos de tomateiro mul�plicados no Banco de Português de Germoplasma Vegetal, em Braga. Posteriormente, as amostras foram liofilizadas, reduzidas a pó e subme�das a uma extração sólido-líquido com uma mistura de etanol:água (80:20, v/v). Após calcular o rendimento de extração, avaliou-se a a�vidade an�oxidante dos extratos através dos ensaios in vitro da a�vidade captadora de radicais livres DPPH e do poder redutor. Os teores de fenóis e flavonoides totais foram quan�ficados recorrendo aos métodos de Folin-Ciocalteu e do cloreto de alumínio, respe�vamente. Os teores de clorofila a e b foram avaliados espetrofotometricamente após uma extração com uma mistura de acetona:hexano (4:6, v/v). O material resultante da poda originou maiores rendimentos de extração (~19%) do que os subprodutos de fim de cultura (~11%). O material resultante da poda apresentou teores mais elevados de fenóis e de flavonoides totais, a�ngindo ~71 mg Equiv. Ácido Gálico/g de extrato e 31 mg Equiv. Catequina/g de extrato, respe�vamente, em material vegetal ob�do a par�r de acessos de tomate amarelo. Estes extratos apresentam também os menores valores de EC50, correspondendo a uma maior a�vidade an�oxidante. Quanto às clorofilas, estes pigmentos foram detetados em menor quan�dade no material de fim de cultura, o qual apresentou também menores teores de humidade. Os resultados deste estudo preliminar destacam o potencial dos subprodutos da cultura do tomate para a obtenção de an�oxidantes com potenciais aplicações na indústria alimentar e setores interessados em ingredientes bioa�vos.Os autores agradecem à Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, Portugal) e ao FEDER, no âmbito do programa PT2020, pelo apoio financeiro ao CIMO (UID/AGR/00690/2013), pela bolsa atribuída a J. Pinela (SFRH/BD/92994/2013) e pelo contrato de L. Barros. Ao Programa PEPAC, Estágios profissionais na administração central do estado, 3ªedição 2015, pelo financiamento do estágio de Valter Mar�ns no INIAV/BPGV.

Palavras-chave : Solanum lycopersicum L., subprodutos, valorização, a�vidade an�oxidante, fenóis/flavonoides

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po260 - CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO, GESTÃO DA FERTIRREGA E APLICAÇÃO DE

PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS EM CULTURAS SEM SOLO EM PORTUGAL: PRIMEIROS PASSOS

Miguel G. Santos (Portugal)¹ ²; Isabella Rocon (Portugal)²; Ruth Pereira (Portugal)³; Susana M.P. Carvalho

(Portugal)²1 - ; 2 - GreenUP/CITAB-UP, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto; 3 - Departamento de Biologia & GreenUP/CITAB-UP, Faculdade de

Ciências da Universidade do Porto

Po261 - VALORIZAÇÃO DE SUBPRODUTOS DA CULTURA DO TOMATE PARA OBTENÇÃO DE

INGREDIENTES BIOATIVOS DE VALOR ACRESCENTADO.

Valter Martins (Portugal)¹ ²; José Pinela (Portugal)¹ ²; Lillian Barros (Portugal)¹ ²; Ana Maria Carvalho 3 4 3 4(Portugal)¹ ²; Filomena Rocha (Portugal) ; Ana Maria Barata (Portugal) ; Isabel C.F.R. Ferreira (Portugal)¹ ²

1 - Instituto Politécnico de Bragança; 2 - Escola Superior Agrária de Bragança; 3 - Banco Português de Germoplasma Vegetal; 4 - Instituto Nacional

de Investigação Agrária e Veterinária

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

Corema album (L.) D. Don é um arbusto dióico endémico da Península Ibérica que nunca foi cul�vado, exis�ndo apenas nas dunas ou subcoberto de pinhais, com distribuição ao longo da costa Atlân�ca desde a Finisterra até Gibraltar. No seu habitat natural o crescimento vegeta�vo inicia-se no mês de abril a�ngindo o seu máximo em junho sendo um arbusto extremamente ramificado que vive em condições extremas de falta de água e nutrientes. Não existe nenhuma referência ao seu comportamento em cultura, facto que mo�vou o seu estudo através da instalação na Herdade Experimental da Fataca de um campo de genó�pos femininos de C. album colhidos na Aldeia do Meco em 2012. As plantas foram ob�das através de mul�plicação vegeta�va (estacas enraizadas), plantadas após 2 anos de crescimento em vaso. As medições biométricas foram realizadas entre fevereiro de 2015 e dezembro de 2016. Avaliou-se o número de ramos, o comprimento do ramo principal e o seu diâmetro ao nível do solo. Quanto ao número de ramos verificou-se um aumento médio de 103 ramos no primeiro ano e 200 no segundo ano. O crescimento médio do ramo principal foi de 12 cm e 35 cm e o aumento do diâmetro médio de 0,49 cm e 0,91 cm no primeiro e segundo anos, respe�vamente. Salienta-se que o genó�po que apresentou o maior aumento de diâmetro do ramo principal registou também a formação do maior número de ramos (G4). Verificou-se um aumento exponencial do número médio de ramos com par�cular destaque para G4 que formou 421 ramos, 2 anos após plantação. Assim em condições de cultura observa-se o mesmo padrão de crescimento que no habitat natural. A elevada perfusão de ramos obriga ao desenvolvimento de sistemas de condução adaptados a estas tendências de crescimento.

Palavras-chave : Camarinha, pequeno frutos, desenvolvimento vegeta�vo, biometria

RESUMO

A goiaba (Psidium guajava L.) é um fruto da família Myrtaceae na�vo da Região onde encontra o con�nente sul-americano. Possui conteúdo rico em fibras dieté�cas, licopeno, vitamina C e compostos fenólicos, bem como sabor agradável e intenso proporcionando notáveis propriedades sensoriais, nutricionais e funcionais. Porém, uma grande problemá�ca observada, em frutos de goiaba, é a alta incidência de danos causados pela mosca-da-fruta durante a fase de pré-colheita. Contudo, alguns produtores vêm contornando esse problema, com u�lização da técnica de ensacamento de frutos e, essa prá�ca fitossanitária, além de proteger os frutos contra o ataque de insetos, proporciona alterações fisiológicas e �sico-químicas desejáveis, tais como, a aceleração da maturação e alteração da coloração externa. O obje�vo, deste estudo, foi verificar a influência da técnica de ensacamento, na pré-colheita, ao u�lizar sacos plás�cos microperfurados, no processo de amadurecimento de frutos de goiaba 'Século XXI'. Para avaliar os efeitos do ensacamento de frutos, frente ao amadurecimento, foram realizados análises de sólidos solúveis (SS), potencial hidrogeniônico (pH), acidez �tulável (AT) e relação SS/ATT. Foram observados diferenças significa�vas nos teores de SS e de pH, evidenciando que os frutos ensacados apresentaram valores de SS, 8,2°Brix, enquanto que os frutos não-ensacados, o teor médio foi de 7,4°Brix. Em relação aos valores de pH, os frutos ensacados e não-ensacados, apresentaram, respec�vamente, 4,30 e 4,04. Os teores de AT e de relação SS/AT não apresentaram diferenças significa�vas, porém, quando se trata da relação SS/AT, os frutos ensacados apresentaram resultados maiores, com relação de 20,67, enquanto que nos frutos controle, não ultrapassou a taxa de 15,62. Concluindo, o ensacamento pré-colheita, com sacos plás�cos microperfurados, apresentou-se como uma técnica de fácil execução e que resulta em excelentes resultados, pois os frutos apresentam-se mais doces e mais atra�vos para o consumo in natura.

Palavras-chave : Myrtaceae, pré-colheita, estádio de maturação

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po262 - AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO DE COREMA ALBUM (L.) D. DON EM CONDIÇÕES DE CULTURA

Francisco Rosado Da Luz (Portugal)¹; Teresa Valdiviesso (Portugal)¹; Pedro B. Oliveira (Portugal)¹1 - INIAV, I.P.

Po263 - CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA EM GOIABAS 'SÉCULO XXI' SUBMETIDAS À TÉCNICA DE

ENSACAMENTO

Cristiane Brauer Zaicovski (Brazil)¹; Gislaine Oliveira Montenegro Ferraz (Brazil)¹; Doralice Lobato De Oliveira

Fischer (Brazil)¹; Marisa Ferreira Karow (Brazil)¹; Rosangela Silveira Rodrigues (Brazil)¹1 - Instituto Federal de Ensino, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

O Baru é uma espécie arbórea fru�fera na�va do Cerrado Brasileiro. Para a diminuição da u�lização predatória dessa espécie na�va de importância social, econômica e ecológica, técnicas de propagação e cul�vo devem ser pesquisadas. Assim, este estudo obje�vou avaliar o estabelecimento inicial de Baru cul�vado in vitro sob diferentes concentrações de carvão a�vado. Os frutos de Baru foram coletados, no município de Pires do Rio, Estado de Goiás, na safra de 2016. As sementes, após extração manual, foram desinfestatas em álcool 70%; hipoclorito de sódio 2,5% e em seguida enxaguadas água des�lada autoclavada. Foram inoculadas em frascos de vidro contendo 30 mL de meio de cultura MS (Murashige &

-1 -1 -1Skoog, 1962) 1/2, suplementado com 1,0 mg L de Benzilaminopurina (BAP) e acrescido de 15,0 g L de sacarose, 0,1 g L -1 -1de mio-inositol, 6,0 g L de ágar e concentrações de carvão a�vado (T1-0,0, T2-1,0, T3-2,0 e T4-3,0 g L ). Os frascos foram

man�dos em sala de crescimento com fotoperíodo de 12 horas com lâmpadas fluorescentes brancas, a 25+2°C. Sete dias em meia luz e 28 dias em luz direta. Avaliou-se aos 7, 15, 30 dias após inoculação (DAI) a porcentagem de germinação (protrusão radicular), abertura dos co�lédones, presença de raízes e parte aérea e a taxa de sobrevivência ao final dos 35 dias de cul�vo. A germinação, em todos os tratamentos, ocorreu dos 5 aos 7 DAI. Observou-se aos 15 DAI 48%, 64%, 56% e 70% dos co�lédones abertos, nos tratamentos T1, T2, T3 e T4, respec�vamente. A presença de raízes foi verificada em todas as concentrações de carvão a�vado u�lizadas, ao longo dos dias de cul�vo, apresentando uma taxa média de 80% de raízes formadas. Verificou-se um crescimento de parte área de 15 a 35 DAI. O T2 foi o que obteve maior aumento de parte aérea desenvolvida (24%) ao longo desse período, seguido dos T1, T3 e T4 com média de aumento de 16%. As maiores taxas de sobrevivência ocorreram no T2 (88%) e T4 (82%) ao final dos 35 dias de cul�vo. É possível estabelecer o Baru in vitro com o uso de carvão a�vado. O carvão a�vado é um composto vantajoso pois es�mula a rizogênese in vitro do Baru. A

-1u�lização das concentrações de 1,0 a 2,0 g L de carvão a�vado podem ser promissores no estabelecimento inicial de Baru in vitro.

Palavras-chave : Micropropagação, Fru�fera na�va, Cerrado

RESUMO

A abaca�cultura brasileira tem crescido bastante nos úl�mos anos, mesmo o Brasil estando entre os maiores produtores dessa fruta, o país ainda possui um enorme potencial de cul�vo, ainda não explorado pelos produtores brasileiros. É também uma cultura que possui poucas pesquisas sendo desenvolvidas para as variedades nacionais disponíveis para o mercado brasileiro. Dessa forma, o presente trabalho teve como obje�vo avaliar a fenologia do abacateiro 'Margarida', 'Breda' e 'Hass' cul�vados na região do Alto Paranaíba (MG), quando subme�das à aplicação do regulador de crescimento Uniconazole (UCZ) pulverizado em plena floração. As plantas do abacateiro avaliadas são cul�vadas em pomar comercial. O delineamento experimental u�lizado foi de blocos casualizados, com três repe�ções, em arranjo de fatorial, 3 x 2, sendo três variedades, com (UCZ 0,7 %) e sem o regulador de crescimento (testemunhas), totalizando 6 tratamentos, 18 parcelas e 54 plantas avaliadas no período de agosto de 2016 a março de 2017. A clorofila foi determinada através do clorofilômetro manual Soil Plant Analysis Development (SPAD-502) da empresa Minolta®, durante o período de fru�ficação. Com a finalidade de avaliar as folhas em diferentes idades, desde muito novas (com baixos teores de clorofila) até maduras e completamente expandidas, com altos teores de clorofila, as folhas foram divididas em dois grupos: folhas maduras (FM) e folhas novas (FN). Houve diferenças entre as plantas tratadas com regulador e as testemunhas, ao longo do período avaliado. As plantas que receberam a aplicação de UCZ apresentaram valores médios maiores, para o índice SPAD, em comparação com as plantas testemunhas, durante todo o período avaliado. Essa diferença foi maior nas FN, indicando que pode haver uma rápida translocação do uniconazole na planta de abacateiro. Dessa forma, é prezumível que essa molécula seja capaz de aumentar o gradiente de clorofila, atuando como um agente fitotônico em plantas de abacateiro.

Palavras-chave : Abaca�cultura, reguladores vegetais, Persea americana.

Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

Po264 - ESTABELECIMENTO INICIAL IN VITRO DE BARU (DIPTERYX ALATA VOG.)

Oliveira Pereira (Brazil)¹; Thimóteo Paes Barbosa (Brazil)¹; Lídia Maria Morais Monteiro Lamim (Brazil)¹;

Mariana Silva Pereira De Paula (Brazil)¹; Gilson Dourado Da Silva (Brazil)¹; Muza Carmo Vieira (Brazil)¹1 - Instituto Federal Goiano Campus Urutai

Po265 - TEORES DE CLOROFILA EM PLANTAS DE ABACATE PULVERIZADAS COM REGULADOR

VEGETAL EM PLENA FLORAÇÃO

João Lucas Pimentel Duarte (Brazil)¹; Márcio De Carvalho Pires (Brazil)¹; Osvaldo Kiyoshi Yamanishi (Brazil)¹;

José Ricardo Peixoto (Brazil)¹; Lucas Gonçalves Machado (Brazil)³1 - Universidade de Brasília; 3 - Universidade Federal de Viçosa

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Técnicas de produção incluindo rega e fertilização

RESUMO

O Brasil está entre os dez países maiores produtores de abacate, possuindo ainda um enorme potencial para esta cultura, tanto em relação à produção como para o consumo da fruta, que alias é uma das frutas mais completas nutricionalmente no mercado. Essa fruta é consumida em muitos países durante as principais refeições diárias. Porém, há pouca pesquisa relacionada à abaca�cultura brasileira, tanto em relação a variedades nacionais, como em variedades que foram importadas e que são cul�vadas em condições tropicais. Dessa forma, o presente trabalho teve o obje�vo de avaliar o crescimento de três variedades de abacate plantadas na região do Alto Paranaíba (MG), quando subme�das à aplicação do regulador de crescimento Uniconazole (UCZ) em plena floração. As plantas de abacate das variedades 'Breda', 'Margarida' e 'Hass' avaliadas são cul�vadas em pomar comercial na região do Alto Paranaíba (MG), e foram subme�das à aplicação do UCZ na concentração de 0,7% em plena floração. O período avaliado foi de setembro de 2016 a março de 2017, dividido em sete épocas de avaliação. O delineamento experimental u�lizado foi de blocos casualizados com 3 repe�ções, arranjo de fatorial 3 x 2, sendo três variedades, com (UCZ) e sem o regulador de crescimento (testemunha). Foram avaliados o crescimento de ramos florais do �po indeterminado, durante o período de fru�ficação (sete épocas). Houve diferenças entre os tratamentos e entres as variedades avaliadas durante o período de avaliação, onde foi possível observar que as variedades apresentaram picos de crescimentos dis�ntos nas diferentes épocas avaliadas, assim como, a resposta à aplicação do regulador vegetal na dosagem u�lizada. O abacate 'Margarida' apresentou menor paralisação do crescimento após a aplicação do UCZ a 0,7 %, em relação às demais variedades, indicando que necessita de dosagens superiores para se ter resposta significa�va da diminuição do crescimento após a aplicação. A cul�var 'Breda' obteve resposta semelhante ao 'Hass', onde houve uma diminuição significa�va do crescimento de até quatro cen�metros entre os ramos, após a aplicação do UCZ por um período de 90 dias.

Palavras-chave : Abaca�cultura, reguladores vegetais, Persea americana, vigor

Po266 - CRESCIMENTO VEGETATIVO EM TRÊS VARIEDADES DE ABACATE, SUBMETIDAS À APLICAÇÃO

DE UNICONAZOLE EM PLENA FLORAÇÃO

João Lucas Pimentel Duarte (Brazil)¹; Márcio De Carvalho Pires (Brazil)¹; Osvaldo Kiyoshi Yamanishi (Brazil)¹;

José Ricardo Peixoto (Brazil)¹; Lucas Gonçalves Machado (Brazil)²1 - Universidade de Brasília; 2 - Universidade Federal de Viçosa

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Tecnologias de processamento e processamento mínimo

RESUMO

O presente trabalho teve como obje�vo avaliar a influência do uso da enzima pec�na me�lesterase (PME) e lactato de cálcio (C6H10CaO6) na manutenção da qualidade de mangas (Mangífera indica L.) variedade Tommy Atkins minimamente processadas. O processamento mínimo u�lizado constou das etapas de recepção/seleção, lavagem, sani�zação dos frutos (200 ppm, 10 min-1), re�rada da casca, corte em cubos, sani�zação (5 ppm por 3 min), rinsagem, aplicação dos tratamentos, embalagem e armazenamento. Os tratamentos u�lizados foram frutos minimamente processados (MP) sem infusão (controle); frutos MP e infusão a vácuo (40 kPa por 10 min) com água; frutos MP e infusão á vácuo com PME (10 PEU ml-1); frutos MP e infusão a vácuo comPME+C6H10CaO6 (1%) e frutos MP e infusão a vácuo com C6H10CaO6 (1 %). Após a aplicação dos tratamentos 100 g de frutos MP de cada tratamento foram acondicionados em embalagens de polipropileno, armazenados à 5±1 ºC e 82 % UR. No inicio, 4 e 8 dias de armazenamento foram re�radas 4 amostras de cada tratamento para a determinação de sólidos insolúveis em álcool, ácido galacturônico total, grau de me�lação, firmeza, frescor, danos e teores de ácido ascórbico. O uso de PME+C6H10CaO6 aumentou a firmeza do produto de 0,27 N (controle) para 0,49 N. Após oito dias de armazenamento mangas tratadas com PME+C6H10CaO6 apresentaram grau de me�lação em torno de 16,04%, enquanto os frutos tratados apenas com infusão em H2O �veram um grau de me�lação de 46,44%. Frutos tratados com PME+C6H10CaO6, não apresentaram perdas significa�vas (P<0,05%) de ácido ascórbico nos tempos 0 e 4 dias apresentando teores entre 30,66 e 29,53 mg. O mesmo não ocorreu com os frutos controle os quais apresentaram teores de ácido ascórbico entre 33,20 e 13,58 53 mg. Frutos tratados com PME+C6H10CaO6 também apresentaram as menores porcentagens de danos e maior frescor quando comparado com os demais tratamentos. Esses resultados indicam que o uso de PME e C6H10CaO6 foi eficaz na manutenção da firmeza, do frescor, diminuição de danos, e melhoria da qualidade de mangas minimamente processada.

Palavras-chave : Processamento minimo, firmeza, pós-colheita

RESUMO

Devido à mudança dos hábitos alimentares da sociedade moderna, que busca cada vez mais produtos com qualidade e conveniência, o processamento mínimo do maracujá é capaz de tornar a fruta mais atra�va e compe��va, alcançando um diferenciado mercado que visa a oferecer ao consumidor produtos sem as partes não comes�veis. O obje�vo desse trabalho foi avaliar as caracterís�cas �sico-químicas da polpa de maracujá minimamente processada em dois estádios de maturação dos frutos e armazenada sob refrigeração e congelamento. Foram u�lizados frutos de plantas de maracujazeiro azedo enxertado, coletados em dois estádios de maturação, baseados de acordo com a coloração da sua epiderme no momento da colheita (estádio II – fruto com até 50% de coloração amarela, e estádio III – fruto com mais de 50% de coloração amarela). Para a extração, os frutos foram cortados transversalmente com uma faca de aço inoxidável e a polpa com sementes re�rada, acondicionada em embalagem transparente com capacidade para 200ml. Em seguida as amostras foram armazenadas e subme�das ao resfriamento (refrigerador industrial 5ºC ± 2ºC e UR 80% ± 5%) e congelamento (freezer horizontal -18 ºC ± 2ºC) para avaliação da vida ú�l e qualidade. As determinações �sico-químicas foram realizadas em triplicata para: sólidos solúveis, acidez �tulável, pH, açúcares totais, açúcares redutores e vitamina C. Foi u�lizado o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial (2 x 5) referente ao estádio de maturação (estádio - II e estádio - III) e tempo de armazenamento (0, 14, 28, 42 e 56 dias) sob resfriamento e congelamento. Cada fator de armazenamento foi estudado independente, onde cada tratamento constou de três repe�ções de dois frutos. A polpa minimamente processada de maracujá armazenada em refrigerador industrial mantém as caracterís�cas �sico-químicas próprias para consumo até aos 14 dias. O armazenamento congelado manteve as caracterís�cas �sico-químicas desejáveis da polpa minimante processada de maracujá por 56 dias.

Palavras-chave : Passiflora edulis Sims, armazenamento, processamento, qualidade

Tecnologias de processamento e processamento mínimo

Po267 - MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE MANGA MINIMAMENTE PROCESSADA COM APLICAÇÃO

DE PECTINA METILESTERASE E LACTATO DE CALCIO

Mayra Crystiane Aragão Batista (Brazil)¹; Edinaldo Oliveira Alves Sena (Brazil)¹; Alessandra Almeida Castro

Pagani (Brazil)¹; Luiz Fernando Ganassali De Oliveira Junior (Brazil)¹; Elma Regina Silva De Andrade-Wartha

(Brazil)¹; Marcelo Augusto Gutierrez Carnelossi (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Sergipe

Po268 - AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DA POLPA DE MARACUJÁ MINIMAMENTE PROCESSADA

Elizangela Cabral Dos Santos (Brazil)¹; Ana Verônica Menezes De Aguiar (Brazil)¹; Roseano Medeiros Da Silva

(Brazil)¹; Alexandre Lopes De Macedo (Brazil)1azil)²1 - Universidade Federal Rural do Semi-Árido - Ufersa

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Tecnologias de processamento e processamento mínimo

RESUMO

O cerrado é um bioma brasileiro muito rico em plantas fru�feras, na qual está inserida a mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) que é uma espécie na�va do cerrado brasileiro. O nome “mangaba” tem origem na língua tupi-guarani e significa “Coisa boa de comer”, a mangabeira produz frutos aromá�cos, delicados, saborosos e nutri�vos. O presente trabalho teve como obje�vo desenvolver o néctar diet de mangaba u�lizando três �pos de edulcorantes. Para as três formulações foram u�lizados 40% de polpa. Para a formulação 1 foi u�lizado 0,6% do edulcorante a base de ciclamato de sódio e sacarina sódica, para a formulação 2 foi u�lizado 1% do edulcorante a base de sucralose e acessulfame de potássio e para a formulação 3 foi u�lizado 4,4% do edulcorante natural stevia. Foram feitas as análises �sico-químicas na polpa e nos três �pos de néctar (a composição centesimal e a análise microbiológica), bem como a análise sensorial. A polpa da mangaba apresentou pH igual a 3,72 e acidez �tulável de 0,88% em ácido cítrico, além de elevados teores de sólidos solúveis (16 º Brix) e vitamina C ( 74,42 mg/100g). Nas formulações, o pH se manteve igual ao da polpa, a acidez �tulável caiu para 0,35% em ácido cítrico. Apesar de ter reduzido, o teor de vitamina C nas formulações pode ser considerado elevado, oscilando entre 34,73 e 37,60. O teor de sólidos solúveis reduziu para 10º Brix nas três formulações. Pela análise sensorial pode-se concluir que as formulações que ob�veram maior aceitação e maior intenção de compra foram os néctares feitos à base do edulcorante ciclamato e sacarina sódica e feito à base de sucralose e acessulfame de potássio.

Palavras-chave : Cerrado, fruta na�va, edulcorantes

RESUMO

O licor é uma das bebidas mais tradicionalmente consumidas no Brasil e no mundo, o qual consiste na maceração e mistura de álcool a substâncias alimentares, sendo o licor de vegetais principalmente de frutas os mais difundidos e apreciados. A bebida é xaropada, podendo ser u�lizado como xarope vários �pos de adoçantes a exemplo do mel, componente este apreciado por ser um adoçante natural, apresentar sabor caracterís�co e possuir valor nutri�vo considerável. Portanto, o presente trabalho obje�vou elaborar e avaliar o perfil sensorial e de aceitação de licores mistos de acerola e goiaba xaropados com mel. Foram elaboradas três formulações de licores com diferentes concentrações de frutas: L1 (50% acerola/50% goiaba), L2 (40% acerola/60% goiaba) e L3 (60% acerola/40% goiaba). As frutas foram lavadas e cortadas em pedações pequenos e colocadas em recipientes de vidro os quais foram adicionado des�lado alcoólico de cana-de-açúcar até completa imersão das frutas para fazer a maceração, os vidros foram tampados e permaneceram fechados por 15 dias com homogeneização da mistura diariamente. Após a maceração realizou-se separação do material liquido por filtração o qual adicionou-se o xarope de mel (70 ºBrix), a fim de ajustar o teor alcoólico, assim como a concentração de açúcares, na proporção de 60% tendo como base o volume total do filtrado. Posteriormente, as três formulações de licores foram subme�das a um processo de envelhecimento (60 ºC/2 h) em banho Maria e posterior avaliação sensorial. Verificou-se que os licores ob�veram boa aceitação quanto aos seus atributos sensoriais apresentando conceito 7 (gostei moderadamente) na escala hedônica para os atributos de cor, aparência e aroma, e entre 6 (gostei ligeiramente) e 7 (gostei moderadamente) para os parâmetros de sabor, doçura, teor alcoólico e impressão global. Para a intenção de compra os provadores conceituaram a bebida entre 3 (talvez comprasse/talvez não comprasse) e 4 (possivelmente compraria). Todos as bebidas apresentaram valores de índices de aceitabilidade superiores a 70%, sendo o licor L3 (60% acerola/40% goiaba) o que apresentou os maiores valores para todos os parâmetros a�ngindo aceitação geral de 78,81%, seguido das amostras L1 (78,02%) e L2(76,46%). Conclui-se que todos os licores apresentaram excelente aceitação pelos provadores, sendo viável a sua produção e comercialização. A união de frutas �picas da região nordeste do Brasil e o mel na elaboração de licores, cons�tui-se como uma alterna�va de agregar valor as matérias-primas além do desenvolvimento de bebidas naturais, saudáveis e com excelente aceitação comercial.

Palavras-chave : Bebida por mistura, Malphigia glabra L., Psidium guajava L., Apis mellifera L.

Tecnologias de processamento e processamento mínimo

Po269 - DESENVOLVIMENTO DE NÉCTAR DIET DE MANGABA (HANCORIA SPECIOSA GOMES)

Jéssika Nunes Ribeiro (Brazil)¹; Camilla Noronha (Brazil)¹; Iêda Mangueira Gama (Brazil)¹; Rosângela Vera

(Brazil)¹; Eli Regina Barboza De Souza (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Goiás

Po270 - PERFIL SENSORIAL E ACEITAÇÃO DE LICORES MISTO DE MISTO DE ACEROLA E GOIABA

XAROPADO COM MEL

Emanuel Neto Alves De Oliveira (Brazil)¹; Adriella Pereira Soares (Brazil)¹; Bruno Fonsêca Feitosa (Brazil)³;

Francisco Lucas Chaves Almeida (Brazil)²; Regilane Marques Feitosa (Brazil)³; Renato Costa Da Silva (Brazil)³1 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte - IFRN; 2 - Universidade Federal da Paraíba; 3 - Universidade

Federal de Campina Grande

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Tecnologias de processamento e processamento mínimo

RESUMO

A produção de frutas é um segmento de muita importância no âmbito nacional da agricultura brasileira, sobretudo o mercado de frutos tropicais. O melão produzido pela fru�cultura irrigada na messoregião de Mossoró, RN, Brasil é de grande importância na balança comercial que promove emprego e renda para a população, principalmente as com residência no campo. Nesta linha, obje�vou-se com a pesquisa o desenvolvimento e caracterização de bebidas alcoólicas fermentadas tendo como matéria-prima 2 variedades de melão (amarelo e cantaloupe). Para a elaboração dos fermentados, o mosto foi produzido a par�r da polpa, preparado com teores de sólidos solúveis totais iniciais de 12 ºBrix, para mosto de melão amarelo, e 15 ºBrix, para mosto de melão cantaloupe, além de pH inicial de 4,00, temperatura de 35 ºC e 4 g·L-1 de fermento biológico liofilizado comercial para ambos. A fermentação durou de 24 a 30 horas apresentando 3 e 5 °Brix final para a bebida de melão amarelo e cantaloupe, respec�vamente. Durante a fermentação das bebidas foram determinadas as curvas de ciné�ca de fermentação através da verificação do teor de sólidos solúveis totais do mosto a cada 60 minutos de fermentação. Após a elaboração das bebidas as mesmas foram subme�das a caracterização �sico-química com determinação dos parâmetros de teor alcoólico, acidez (fixa, volá�l e total), pH, extrato seco e açúcares redutores e rendimento. As bebidas apresentaram baixa acidez com valores de acidez total de 23,90 meq/L para o melão amarelo e de 53,10 meq/L para o melão cantaloupe. Quanto ao teor alcoólico os fermentados apresentaram baixos valores de 5,03 e 6,80% (v/v) para os fermentados de melão amarelo e cantaloupe, respec�vamente. As bebidas apresentaram baixos valores de açúcares redutores (1,60 a 2,12%) e rendimento bem próximos entre 45,80 e 46,52%. Verificou-se que para a ciné�ca de fermentação o consumo de açúcar foi semelhante em ambos os processos, 9 e 10° Brix, para bebida de melão amarelo e cantaloupe, respec�vamente, com base nos teores finais de sólidos solúveis totais. As bebidas produzidas apresentaram conformidade para a maioria dos parâmetros analisados, quando comparados com a legislação. Portanto, conclui-se que os fermentados alcoólicos de melão são alterna�vas viáveis para diminuir o desperdício da matéria-prima, tornado-se mecanismo para reduzir perdas pós-colheita e caracterizase-se como alterna�va para agregar valor ao fruto, além de ser uma opção de produto inovador no mercado em geral.

Palavras-chave : Cucumis melo L., Fermentação, Bebida alcoólica fermentada

RESUMO

O Brasil é um país que produz grandes quan�dades de manga (Mangifera indica L.), sendo des�nada quase totalmente ao consumo in natura. A alta produção e aceitação da fruta jus�ficam a busca de processamento alterna�vo para o seu maior aproveitamento. O couro-de-manga é formado a par�r de polpa de fruta seguida por secagem. O produto seco é destacado da super�cie, embalado e consumido como “snack”. Esses tabletes são comuns em alguns países asiá�cos mas, pra�camente, desconhecidos no Brasil. Entre as vantagens do seu consumo destacam-se a pra�cidade e suas caracterís�cas de produto natural sem uso de adi�vos químicos. Considerando estes aspectos, obje�vou-se elaborar e avaliar as caracterís�cas �sico-químicas do couro de manga bem como sua aceitação do pelos consumidores. O couro-de-manga foi elaborado a par�r da secagem da polpa, u�lizando tecnologia simples. Foram realizadas análises sensoriais e �sico-químicas de pH, sólidos solúveis totais (SST), pec�na, lipídeos e fibra da polpa de manga e do produto elaborado. Para as análises �sico-químicas foi encontrada diferença significa�va entre a polpa de fruta e o couro de manga para a maioria dos parâmetros avaliados, exceto porcentagem de pec�na. O couro de manga apresentou 3,58% de fibras em comparação à 0,8% da polpa. As análises sensoriais foram realizadas inicialmente por meio de teste afe�vo, com provadores não-treinados que avaliaram os atributos cor, cheiro, brilho, textura, espessura, sabor e doçura de acordo com escala hedônica crescente de cinco pontos. Para os parâmetros avaliados de cheiro, textura, espessura e sabor o produto recebeu notas médias entre não gostei nem desgostei (3) e gostei (4). As melhores foram para os parâmetros cor, brilho e doçura que receberam notas entre gostei (4) e gostei extremamente (5). O produto elaborado foi ainda subme�do à teste de intenção de compra sendo que acima de 50% do provadores informaram que provavelmente ou certamente comprariam. Conclui-se que o couro de manga pode ser usado como fonte de fibras apresentando boa aceitabilidade pelos consumidores. Agradecimento: FAPEMIG.

Palavras-chave : Mangifera indica L., “Snack” de manga, Composição química, Análise Sensorial.

Tecnologias de processamento e processamento mínimo

Po271 - FERMENTADO ALCOÓLICO DE MELÃO: ELABORAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Emanuel Neto Alves De Oliveira (Brazil)¹; Mizael Augusto Diógenes Bessa (Brazil)¹; Bruno Fonsêca Feitosa

(Brazil)²; Juvêncio Olegário De Oliveira Neto (Brazil)²; Regilane Marques Feitosa (Brazil)²; Renato Costa Da Silva

(Brazil)²1 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte; 2 - Universidade Federal de Campina Grande

Po272 - ELABORAÇÃO DE COURO DE FRUTA, FRUITLEATHER A PARTIR DE POLPA DE MANGA

Luciana Santos Rodrigues Costa Pinto (Brazil)¹; Wanêssa Pacheco (Brazil)¹; Deborah Santesso Bonnas (Brazil)¹;

Vanessa Cristina Caron (Brazil)¹; Letícia Vieira Castejón (Brazil)¹1 - Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro Campus Uberlândia

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Tecnologias de processamento e processamento mínimo

RESUMO

Os pequenos frutos representam um importante conjunto de espécies exploradas comercialmente dentro da fru�cultura. Embora este grupo não apresente uma delimitação de espécies, além de espécies convencionais como o morango, amora-preta, framboesa e mir�lo, outras podem ser consideradas pequenos frutos. Uma espécie exó�ca com grande potencial é o doviális, com caráter ácido, sendo o processamento indicado para aumentar o consumo e aproveitamento do excesso da produção. Uma destas formas é a produção de geleia, podendo ser realizada com o fruto inteiro ou sem o epicarpo. Diante do exposto, obje�vou-se com o presente trabalho avaliar �sico-quimicamente e sensorialmente, bem como verificar a intenção de compra de geleia de doviális confeccionada com frutos inteiros ou sem o epicarpo. As geleias foram avaliadas quanto sua coloração, pH, acidez �tulável, sólidos solúveis e ácido ascórbico. Também foram realizadas a análise sensorial das geleias e intenção de compra com 30 avaliadores não treinados, por meio de escalas pré-definidas. A produção de geleias de doviális é uma opção para processamento deste fruto exó�co. Geleias de doviális apresentam elevado teor de ácido ascórbico, servindo como boa fonte de vitamina C. Em relação à análise sensorial, as geleias foram bem avaliadas, apresentando potencial para tornar-se um novo produto no mercado. Geleias produzidas a par�r de frutos sem o epicarpo teve uma maior apreciação pelos avaliadores do produto.

Palavras-chave : Dovyalis hebecarpa (Gardner) Warb., processamento de frutos, pós-colheita, teste de aceitação

RESUMO

O aproveitamento de coprodutos agroindustriais tem se tornado cada dia mais necessário para a sustentabilidade tanto econômica quanto ambiental das indústrias. Os coprodutos provenientes do processamento de frutas, em geral, são ricos em compostos potencialmente bioa�vos como carotenoides, antocianinas, fibras, entre outros. No processamento do purê de pêssego, a fração residual do despolpamento contém compostos de interesse nutricional e o seu aproveitamento pode contribuir para a obtenção de novos produtos alimen�cios, saudáveis e de baixo custo. Assim, o obje�vo deste trabalho foi estudar o desenvolvimento de uma fruta laminada u�lizando como matéria-prima o coproduto do processamento do purê de pêssego. No processamento do purê, as frutas foram lavadas, subme�das a um branqueamento para facilitar a re�rada da casca, desintegradas e, em seguida, despolpadas em despolpadeira horizontal de escovas, com peneira de 0,6 mm. A fração fibrosa, re�da pela peneira, foi a matéria-prima u�lizada neste trabalho. Em testes preliminares foram testadas a proporção dos ingredientes, o grau de concentração e o tempo de secagem do produto, estabelecendo-se as condições de processo. Para obtenção da fruta laminada, à fração fibrosa foram adicionados os seguintes ingredientes: polpa de manga, açúcar e pec�na. Para a definição da formulação final, foram avaliadas três amostras com diferentes proporções de coproduto de pêssego e polpa de manga (70/30, 60/40, 50/50), mantendo-se a relação final da mistura de frutas (95%), açúcar (4%) e pec�na (1%). A mistura foi uniformizada em um desintegrador de facas, concentrada até 28,8 °Brix, moldada e desidratada em secador de bandejas a 60 °C por 21 horas. Os produtos ob�dos foram caracterizados quanto aos teores de sólidos solúveis, umidade e a�vidade de água e subme�dos à análise sensorial para avaliação dos atributos aceitação global e textura u�lizando escala hedônica de 1 a 9 pontos, com 62 consumidores. A amostra com 70% de coproduto de pêssego apresentou maior teor de sólidos solúveis e menor umidade, entretanto a sua a�vidade de água, de 0,711, não foi a mais baixa. A formulação 50/50 (coproduto de pêssego: polpa de manga) apresentou a menor a�vidade de água, de 0,676. Além da menor a�vidade de água, que contribui para a estabilidade do produto durante o armazenamento, esta foi a formulação que obteve o maior percentual de aprovação sensorial (notas acima de 6) tanto para o atributo textura quanto para aceitação global, sendo, portanto, definida como a mais adequada para a fruta laminada de coproduto de pêssego e manga.

Palavras-chave : coproduto, secagem, fibras dieté�cas

Tecnologias de processamento e processamento mínimo

Po273 - ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA E SENSORIAL DE DUAS FORMAS DE PREPARO DA GELEIA DE

DOVIÁLIS

Camila Da Cunha Unfried (Select)¹; Fabíola Villa (Brazil)¹; Maria Cristina Copello Rotili (Brazil)1; Daiane

Luckmann Balbinotti De França (Brazil)¹; Gilberto Costa Braga (Brazil)¹; Daniel Fernandes Da Silva (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE

Po274 - DESENVOLVIMENTO DE FRUTA LAMINADA A PARTIR DE COPRODUTO DO PROCESSAMENTO

DE PURÊ DE PÊSSEGO

Nátali Silva Teixeira (Brazil)¹; Sergio Macedo Pontes (Brazil)²; Renata Torrezan (Brazil)2; Regina Isaabel

Nogueira (Brazil)²; Daniela De Grandi C. Freitas-Sá (Brazil)²; Ana Cristina Richter Krolow (Brazil)³; Virginia

Martins Da Matta (Brazil)²1 - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro; 2 - Embrapa Agroindústria de Alimentos; 3 - Embrapa Clima Temperado

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Tecnologias de processamento e processamento mínimo

RESUMO

O consumo regular de hortaliças está associado a propriedades benéficas para a saúde humana e há um interesse em alimentos funcionais, saudáveis e prontos para consumir. Nesse sen�do, feijão caupi fresco minimamente processado ou cozido em microondas podem ser alterna�vas para es�mular o consumo de leguminosas, já que essas são saudáveis pelo importante aporte de proteínas, micronutrientes e compostos bioa�vos com a�vidade an�oxidante. O obje�vo desse trabalho foi avaliar a vida de prateleira de grãos de feijão caupi minimamente processados. Grãos de feijão caupi frescos

-1foram lavados com NaClO (150 mg L , pH 6,5) e armazenados em atmosfera modificada passiva (PPO 50 µm) durante 7 dias a 4°C. Atributos sensoriais (sabor, aroma, aparência visual, textura, desidratação, brilho e avaliação global), microbiológicos (mesófilos, psicrófilos, fungos e leveduras) e �sico-químicos (color) foram avaliados em grãos frescos e imediatamente após o cozimento em microondas (700 W, 1 min). As contagens microbiológicas se man�veram em níveis aceitáveis durante toda a conservação. O tratamento microondas diminuiu a luminosidade dos grãos frescos, com aumento significa�vo na diferença total de cor durante a conservação. Em relação a avaliação sensorial, os grãos microondados apresentaram menor aceitação por perda de brilho e desidratação e maior aceitação por textura e sabor, mantendo todos os atributos avaliados acima do limite de aceitação comercial até o final da conservação. Esses resultados indicam que feijão caupi minimamente processado e feijão caupi microondado são opções viáveis para es�mular consumo de leguminosas.

Palavras-Chave: Vigna unguiculata, refrigeração, atmosfera modificada, aceitação sensorial, vida de prateleira.

RESUMO

A demanda por alimentação mais saudável aliada às necessidades contemporâneas de consumo conveniente, tem contribuído para o crescimento do mercado de produtos minimamente processados (MP). O mamão (Carica papaya) é um fruto tropical bastante apreciado sob forma MP pois, assim, dispensam-se os inconvenientes de remoção de casca e sementes. No entanto, as limitações para conservação destes produtos são maiores, exigindo o uso de tecnologias sustentáveis e inócuas, além de efe�vas na manutenção da qualidade e segurança alimentar de produtos recém-cortados. O uso de recobrimentos à base de polissacarídeos tem se estabelecido como alterna�va vantajosa na conservação de produtos MP, sendo o inhame (Dioscorea sp.), uma matéria-prima com potencial para formação de filme, ainda pouco explorada. O obje�vo deste trabalho foi avaliar a qualidade de mamão 'Golden' minimamente processado, sob recobrimentos comes�veis à base de fécula de inhame (F), combinada com mucilagem de chia (M) e óleo essencial de laranja doce (O) no armazenamento refrigerado. Mamões minimamente processados (MMP) em fa�as transversais (10 mm) foram imersos nas seguintes soluções filmogênicas: 4% F, 2%F+2%M+O (0,025%), 1%F+3%M+O e 1%F+3%M e controle (C), MMP sem recobrimento. Fa�as foram acondicionadas em bandeja de politere�alato de e�leno (PET) cobertas com filme cloreto de polivinila (PVC) de 15 µm de espessura e armazenadas a 5 °C por 12 dias. O experimento foi realizado em DIC, em quatro repe�ções. Avaliou-se perda de massa, pH, firmeza, sólidos solúveis - SS, acidez �tulável - AT, relação SS/AT e permeabilidade de membrana e qualidade sensorial (16 painelistas treinados). Fa�as recobertas com 2F2MO se destacaram como únicas a manter a qualidade sensorial similar à do período inicial até o final do armazenamento. Fa�as sob 4F apresentaram maior firmeza e menores perda de massa e acúmulo de SS, como prováveis respostas à maior espessura e menor permeabilidade da película desta formulação. A maior proporção de mucilagem em relação à fécula desfavoreceu as fa�as 1F3MO e 1F3M quanto à perda de massa e aceitação sensorial, após 8 dias de armazenamento. A par�r do quarto dia, fa�as C apresentaram mau desempenho quanto à aceitação sensorial pela maior aspecto desidratado, pobre aparência e menor intenção de compra. Assim, o recobrimento com proporções equilibradas de fécula de inhame e mucilagem de chia, adicionadas de óleo essencial de laranja doce (2F2MO) promoveu a manutenção da qualidade de MMP e melhor aceitação de fa�as de mamão 'Golden'.

Palavras-chave : Recobrimentos biodegradáveis, Dioscorea spp., Salvia hispanica, Citrus auran�um L., Carica papaya

Tecnologias de processamento e processamento mínimo

Po275 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE FEIJÃO CAUPI MINIMAMENTE PROCESSADO E

MICROONDADO

Tâmmila Venzke Klug (Spain)¹; Perla Gómez Di Marco (Spain)¹1 - Univesidad Politécnica de Cartagena

Po276 - QUALIDADE DE MAMÃO 'GOLDEN' MINIMAMENTE PROCESSADO RECOBERTOS COM FÉCULA

DE INHAME, MUCILAGEM DE CHIA E ÓLEO ESSENCIAL DE LARANJA DOCE

Mariany Cruz Alves Da Silva (Brazil)¹; Vanda Maria De Aquino Figueiredo (Brazil)¹; Ricardo Sousa Nascimento

(Brazil)¹; Renato Pereira Lima (Brazil)1; Tatiana Leite Bulhões (Brazil)¹; Eduardo Felipe Da Silva Santos (Brazil)¹;

Ana Lima Dantas (Brazil)¹; Silvanda De Melo Silva (Brazil)¹1 - Universidade Federal da Paraíba

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Tecnologias de processamento e processamento mínimo

RESUMO

Muitas das propriedades nutricionais e organolé�cas/sensoriais dos azeites advém da a�vidade da polifenoloxidase (PPO) sinte�zada na azeitona que atua na oxidação de compostos fenólicos durante a moenda dos frutos para extração do azeite. A capacidade de síntese desta enzima tem sido igualmente atribuída a vários microrganismos, contudo, ao nível dos microrganismos presentes na super�cie da azeitona tal propriedade não tem sido explorada. Assim, neste trabalho estudou-se a capacidade de síntese de polifenoloxidase de vários microrganismos previamente isolados da super�cie de azeitonas de três cul�vares Portuguesas (Cobrançosa, Madural e Verdeal Transmontana). A síntese desta enzima foi avaliada qualita�vamente em meio de cultura contendo ácido gálico, para leveduras, fungos filamentosos e bactérias.Das 90 espécies testadas 48 (53,3%) foram posi�vas para a polifenoloxidase. O grupo dos fungos filamentosos foi o que apresentou a maior percentagem de isolados capazes de sinte�zar esta enzima (44,4%), seguida pelas leveduras (8,9%). Nenhuma das bactérias testadas apresentaram a�vidade posi�va. Foi ao nível dos microrganismos ob�dos das cvs. Cobrançosa e Verdeal Transmontana que se observou o maior número de isolados capazes de sinte�zar a polifenoloxidase (40,5% e 54,5%, do total de fungos e leveduras, respe�vamente). Por sua vez, do total de microrganismos isolados da cv. Madural, apenas 33,8% dos fungos e 50% das leveduras foram posi�vas para a polifenoloxidase.Este estudo demonstrou que os microrganismos presentes na super�cie de azeitonas possuem capacidade de síntese de polifenoloxidase, o que sugere que possam ter um papel importante na determinação das propriedades nutricionais e organolé�cas/sensoriais dos azeites. Estudos futuros deverão ser realizados para confirmar esta hipótese.Agradecimentos: Este trabalho é financiado pelo FEDER no âmbito do programa PT2020 pelo apoio financeiro ao CIMO (UID/AGR/00690/2013).

Palavras-chave : Fungos, Leveduras, Bactérias, PPO, Enzima

RESUMO

O obje�vo deste trabalho foi iden�ficar a temperatura de desidratação ideal para a produção de farinha de acerola de alta qualidade de consumo e estabilidade de parâmetros �sico-químicos durante a conservação. Frutos de acerola 'Flor Branca' foram colhidos no estádio de maturação maduro em um pomar comercial do Vale do São Francisco, Petrolina, PE. Frutos com ou sem sementes foram sani�zados e desidratados nas temperaturas de 60, 70 ou 80°C em estufa de circulação de ar forçado e, logo após, foram triturados para a obtenção da farinha, a qual foi armazenada em temperatura ambiente em embalagens de polie�leno hermé�cas. A polpa dos frutos foi u�lizada para a determinação do pH, sólidos solúveis (SS), acidez �tulável (AT), ácido ascórbico (AA) e umidade. A farinha de acerola foi avaliada a cada 15 dias, por um período de 75 dias, quanto ao pH, SS, AT, AA e cor. Para todas as temperaturas de desidratação, os valores de pH e SS foram semelhantes, variando entre 3,5-4,2 e 6,3-11,7, respec�vamente. Os SS apresentaram menor variação ao final do armazenamento. A AT aumentou em todas as amostras variando de 5 a 10%. As perdas de ácido ascórbico foram de 76,2 e 80, 23,9 e 55, ou 37,9 e 65% para as farinhas com e sem semente desidratadas a 60, 70 ou 80°C, respec�vamente. De acordo com os resultados ob�dos, a melhor temperatura de desidratação é 70°C, pois resultou em farinha com alta qualidade de consumo e estabilidade de parâmetros �sico-químicos durante 75 dias de conservação.

Palavras-chave : Qualidade, Secagem, Vida de prateleira, Ácido ascórbico

Tecnologias de processamento e processamento mínimo

Po277 - ATIVIDADE DA POLIFENOLOXIDASE EM MICRORGANISMOS EPIFÍTICOS DE AZEITONAS DE

TRÊS CULTIVARES

Adriano Freitas Lima (Portugal)¹ ²; José Alberto Pereira (Portugal)²; Fernando José Cebola Lidon (Portugal)¹;

Teresa Gomes (Portugal)²; Paula Baptista (Portugal)²1 - Departamento de Ciências da Terra, Faculdade de Ciência e Tecnologia (FCT), Universidade Nova de Lisboa, Campus Monte de Caparica, 2829-

516 Caparica, Portugal; 2 - Centro de Investigação de Montanha (CIMO)/Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Campus

de Santa Apolónia, 5300-253 Bragança, Portugal

Po278 - ESTABILIDADE DE CONSERVAÇÃO DE FARINHA DE ACEROLA DESIDRATADA EM DIFERENTES

TEMPERATURAS

Acácio Figueiredo Neto (Brazil)¹; Daíse Souza Reis (Brazil)¹; Raquel Mota Carneiro (Brazil)²1 - Universidade Federal do Vale do São Francisco; 2 - Embrapa Semiárido

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Tecnologias de processamento e processamento mínimo

RESUMO

O repolho e a couve-flor estão situados entre as hortaliças mais consumidas no Brasil, pois tem alto valor nutri�vo e comercial, rápido crescimento e pode ser cul�vado o ano todo no país, contudo necessitam de elevada quan�dade de fer�lizantes minerais no seu cul�vo. Esta necessidade vem sendo amenizada com o plan�o direto das mudas sobre os resíduos das diferentes coberturas do solo u�lizadas neste sistema, pois este material em decomposição disponibilizam nutrientes para as culturas subsequentes. Neste estudo avaliou-se a influência dos resíduos culturais das diferentes coberturas de solo, associadas ao esterco bovino e adubação mineral nas caracterís�cas agronômicas do repolho e da couve-flor. O estudo foi conduzido no delineamento de blocos ao acaso, com 4 tratamentos: crotalária juncea, braquiária, milheto e pousio (vegetação espontânea), 2 culturas (repolho e couve-flor), com 4 repe�ções, em parcelas de 20 m². As coberturas foram cul�vadas de nov/2012 a março/2013 e determinado sua biomassa seca (BS) após o manejo. Nas covas

-1aplicou-se a metade da adubação dose recomendada de composto orgânico (esterco bovino) (10 t ha ), em todas as -1 -1parcelas. No plan�o aplicou-se a outra metade recomendada com adubação mineral, sendo 50 kg ha de P2O5, 50 kg ha

-1de k2O, 75 kg ha de N, sendo o N parcelado no plan�o, 30 e 45 dias após, além de 1 g de ácido bórico (17,5% de B) por cova. Avaliou-se o número de folhas (NF), altura (A), diâmetro da cabeça (Dcab), do caule (Dcau) e horizontal (DH), massa fresca (MFC) e massa seca (MSC) da cabeça e produ�vidade (Prod). A maior produção de BS ocorreu nas áreas de milheto e pousio

-1 -1(8,6 t ha ) e a menor na crotalária (4,6 t ha ). O melhor desempenho agronômico do repolho ocorreu para os parâmetros -1NF (18), Dcab (194,8 cm), Dcau (49,2 mm) e DH (14,8 mm), MFC (2,8 kg), MSC (0,65 kg) e Prod (19,2 t ha ) quando cul�vado

sobre os resíduos de braquiária e o pior desempenho para crotalária no NF (16), Dcab (179,7 mm), Dcau (41,5 mm), DH -1(12,8 mm), MFC (2,1 kg) e Prod (14,7 t ha ). Para a couve-flor, os resíduos culturais influenciaram posi�vamente o Dcab,

DH, MFC, MSC e Prod, que foram superiores quando cul�vada sobre os resíduos de braquiária (55,1 cm, 169,9 mm, 1,0 kg, -1 -10,73 kg e 7,3 t ha ) e crotalária (54,7 cm, 175,5 mm, 1,2 kg, 0,74 kg e 8,2 t ha ), respec�vamente.

Palavras-chave : plan�o direto, resíduos culturais, hortaliças, morfologia, produ�vidade

RESUMO

A len�lha faz parte, principalmente, da dieta de crianças e de adeptos a não ingestão de produtos de origem animal como fonte proteica. Este grão apresenta importante valor nutricional agregado, com composição química bastante significa�va e considerável ação an�oxidante. A reduzida u�lização do grão de len�lha na alimentação dos países ocidentais pode, em parte, ser reflexo da deficiência de conhecimento sobre os efeitos de técnicas de processamento deste grão e sua influência sobre parâmetros �sicos, químicos e nutricionais. Comumente nas residências a len�lha passa por processo de cocção, com ou sem a u�lização de pressão, todavia, a aplicação de calor sobre o alimento pode promover redução da disponibilidade de certos nutrientes, e também pode influenciar a capacidade an�oxidante do grão. Obje�vou-se avaliar o efeito do processamento hidrotérmico de pré-hidratação e cocção sobre o teor de antocianinas, fenóis totais e a�vidade an�oxidante avaliada pelas metodologias de DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila) e ABTS (2,2´azino-bis-(3-e�lbenzo�azolin 6-ácido sulfônico)). U�lizou-se amostra proveniente do Canadá na forma in natura (LCrua) e sob três processamentos: len�lha cozida sem pré-hidratação (LCSPH); len�lha cozida com água de hidratação prévia (LCCAHP) e len�lha cozinha sem água de hidratação prévia (LCSAHP). O cozimento se deu em panela de pressão (temperatura de 120ºC e pressão de 2 atm). A comparação entre as variáveis independentes foi realizada por meio do teste de Tukey (p≤0,05). Pela análise dos

-1 -1resultados observou-se que em LCSAHP o teor de antocianinas (1,55 mg.100g ), ABTS (1319,3 μM Trolox.g ) e fenóis totais -1(9,6 mg ác.tânico.g ) foi significa�vamente menor em relação as demais amostras, indicando redução da capacidade

an�oxidante do alimento com a eliminação da água de pré-hidratação, possivelmente pela hidrossolubilidade desses -1compostos. Quanto ao DPPH, observou-se que LCrua apresentou maior teor (2,36 μM Trolox.g ), indicando

termolabilidade dos agentes químicos quelantes do radical DPPH, que reduziram com o tratamento térmico. Dentre os -1tratamentos hidrotérmicos, o que manteve maior teor de ABTS foi LCSHP (1988,5 μM Trolox.g ), seguido de LCCAHP

-1(1906,1 μM Trolox.g ), indicando termoresistência dos compostos a�vos an�oxidantes, fator muito importante, frente a necessidade de cocção das Fabaceaes. Pelo exposto demonstra-se que o grão cozido com a água de pré-hidratação garante melhores índices de bioa�vidade, mantendo importante a�vidade an�oxidante, sendo um importante fator de saúde e social, frente à crescente busca por alimentos nutricionalmente ricos e com capacidade an�oxidante.

Palavras-chave : Len�lha, An�oxidante, Pré-hidratação, processamento, cocção

Tecnologias de processamento e processamento mínimo

Po279 - AVALIAÇÃO AGRONÔMICA E PRODUTIVIDADE DO REPOLHO E DA COUVE-FLOR CULTIVADOS

SOBRE DIFERENTES COBERTURAS DO SOLO EM SISTEMA DE PLANTIO DIRETO.

Dinamar Márcia Da Silva Vieira (Brazil)¹; Jose Luiz Rodrigues Torres (Brazil)¹; Adriano Silva Araújo (Brazil)¹;

Antônio Carlos Barreto (Brazil)¹; Fernando Rodrigues Da Cunha Gomes (Brazil)¹; Amanda Yamada Tamburús

(Brazil)¹1 - Instituto Federal do Triângulo Mineiro Campus Uberaba

Po280 - EFEITOS DA PRÉ-HIDRATAÇÃO E DA COCÇÃO NO TEOR DE ANTOCIANINAS E NA ATIVIDADE

ANTIOXIDANTE DE LENTILHA

Guilherme Cassão Marques Bragança (Brazil)¹; Bianca Pio Ávila (Brazil)²; Gabriela Dutra Alves (Brazil)³; Luís

Otávio Pereira Cardozo (Brazil)³; William Peres (Brazil)²; Jander Luis Fernandes Monks (Brazil)³; Moacir Cardoso

Elias (Brazil)²1 - Universidade da Região da Campanha; 2 - Universidade Federal de Pelotas; 3 - Instituto Federal Sul-Riograndense

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Tecnologias de processamento e processamento mínimo

RESUMO

O processamento da abóbora (Cucurbita moschata L.) gera grande quan�dade de casca, um co-produto que juntamente com sua polpa que é uma excelente fonte de carotenoides, apresenta elevado potencial tecnológico. Podem ser aplicados em novos produtos sob a forma de farinha, promovendo a máxima u�lização dessa matéria-prima vegetal. Este trabalho teve como obje�vo inves�gar a caracterização �sico-química de quatro formulações de pão de queijo: F0 (controle) e formulações com a subs�tuição parcial de polvilho (F1: 10 %; F2: 20 % e F3: 30 %) pela farinha mista de abóbora (FMA). As seguintes determinações foram realizadas: umidade, lipídios, cinzas, proteína, carboidratos, a�vidade de água e análise instrumental de cor. Os resultados ob�dos foram dispostos no delineamento inteiramente casualizado (DIC) e interpretados por meio de análise de variância, u�lizando o teste F (p<0,05). As médias dos tratamentos foram comparadas usando-se o Teste de Tukey (p<0,05). As análises �sico-químicas não apresentaram diferença esta�s�ca significa�va entre as amostras (p<0,05), exceto para a análise instrumental de cor. Os resultados das determinações de umidade, lipídios, cinzas, proteína, carboidrato e a�vidade de água, apresentaram variação entre as formulações: 25,71 a 30,22 %; 22,2 a 22,83 %; 1,45 a 1,73 %; 7,02 a 7,92 %; 37,58 a 43,31 % e 0,84 e 0,95, respec�vamente. A análise instrumental de cor apresentou resultados que não variaram significa�vamente para o parâmetro a*, entretanto para os parâmetros L* e b* houve variações. Os pães de queijo contendo FMA apresentaram valores de L* menores, indicando uma tendência a serem mais escuros. Este fato pode ser explicado pela presença marcante de compostos carotenoides na farinha mista de abóbora que alteram a cor do produto. A F3 obteve o menor valor entre as formulações com FMA quanto a L* indicando uma tendência a coloração escura e, além disso, obteve o menor valor para o parâmetro b* entre todas as formulações, indicando que o produto apresenta também tendência à cor azul. A F1 obteve o maior valor entre todas as formulações elaboradas em relação ao parâmetro b* indicando uma tendência à coloração amarela. Os resultados demonstraram que a subs�tuição parcial do polvilho azedo pela FMA não alterou as caracterís�cas centesimais dos produtos. Logo, o aproveitamento integral da casca da abóbora representa uma solução sustentável de aplicação na elaboração da FMA e possibilita agregação de valor a par�r do desenvolvimento de novos produtos na indústria de panificação, por se tratar de uma opção viável de incorporação.

Palavras-chave : Co-produto do processamento da abóbora, Pão de queijo, Farinha mista de abóbora

RESUMO

A acerola é uma fruta difundida em pra�camente todo o território brasileiro e com considerável expressão econômica. Ela se destaca pelo seu elevado teor de ácido ascórbico e fibras solúveis e insolúveis. Embora o consumo de polpa de acerola seja crescente, o processamento desta fruta implica em maior produção de semente e bagaço, sendo estes resíduos ainda subaproveitados. A farinha de coprodutos do processamento da acerola (FCA) possui potencial de aproveitamento industrial por apresentar elevado teor de fibras e minerais, bem como elevada capacidade de hidratação. Este trabalho obje�vou a caracterização �sica e �sico-química da FCA. As sementes e o bagaço do processamento de acerola foram secos, em desidratador com circulação forçada de ar a 55-60ºC/23 horas, e triturados para obtenção da FCA. Foram realizadas análises �sicas (volume de intumescimento, índice de absorção de óleo e densidade aparente) e �sico-químicas (composição centesimal, pH e a�vidade de água) na FCA. A FCA apresentou altos valores nos parâmetros de

-1intumescimento (8,09mL.g ±0,38), demonstrando elevada capacidade de hidratação, e de absorção de óleo (10,57g -1 óleo.g ±0,53), refle�ndo a capacidade de absorção de óleo vegetal pela farinha. Para o parâmetro de densidade aparente

o valor encontrado foi de 0,21g/mL±0,02. A determinação do percentual proteico da FCA resultou no valor de 8,17%±0,01, enquanto que para os percentuais de lipídios, cinzas e carboidratos os valores encontrados foram de 1,23%±0,37, 2,37±0,14 e 67,95%±0,46, respec�vamente. A FCA apresentou pH de 3,60±0,32, o que confere a ela uma maior estabilidade à deterioração. Pelo fato do valor de Aw encontrado (0,572±0,08) ter sido inferior a 0,6, a FCA pode ser considerada estável microbiologicamente. Portanto, conclui-se que a FCA apresentou adequadas caracterís�cas tecnológicas, percentuais sa�sfatórios de proteína, lipídios, cinzas e carboidratos, além de apresentar condições desfavoráveis para o desenvolvimento e mul�plicação de micro-organismos, em virtude do baixo pH e Aw.

Palavras-chave : Aproveitamento de resíduos agroindustriais;, Coprodutos da acerola;, Capacidade de hidratação.

Tecnologias de processamento e processamento mínimo

Po281 - CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE PÃO DE QUEIJO ELABORADO COM CO-PRODUTO DA

ABÓBORA (CUCURBITA MOSCHATA L.)

Solciaray Cardoso Soares Estefan De Paula (Brazil)¹; Ligia Portugal Gomes Rebello (Brazil)¹; Juliana Golçalves

Vidigal (Brazil)¹; Hilton Lopes Galvão (Brazil)¹1 - Instituto Federal Fluminense

Po282 - FARINHA DE COPRODUTOS DO PROCESSAMENTO DE ACEROLA: CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E

FÍSICO-QUÍMICA

Krystal Cardoso Soares Estefan De Paula (Brazil)¹; Lucas Martins Silva (Brazil)¹; Cassiano O. Silva (Brazil)¹; Ligia

Portugal Gomes Rebello (Brazil)¹; Juliana Goncalves Vidigal (Brazil)¹; Katia Yuri Fausta Kawase (Brazil)¹1 - Instituto Federal Fluminense

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Tecnologias de processamento e processamento mínimo

RESUMO

A acerola é uma fruta difundida em pra�camente todo o território brasileiro e com considerável expressão econômica. Ela se destaca pelo seu elevado teor de ácido ascórbico e fibras solúveis e insolúveis. Embora o consumo de polpa de acerola seja crescente, o processamento desta fruta implica em maior produção de semente e bagaço, sendo estes resíduos ainda subaproveitados. A farinha de coprodutos do processamento da acerola (FCA) possui potencial de aproveitamento industrial por apresentar elevado teor de fibras e minerais, bem como elevada capacidade de hidratação. Este trabalho obje�vou a caracterização �sica e �sico-química da FCA. As sementes e o bagaço do processamento de acerola foram secos, em desidratador com circulação forçada de ar a 55-60ºC/23 horas, e triturados para obtenção da FCA. Foram realizadas análises �sicas (volume de intumescimento, índice de absorção de óleo e densidade aparente) e �sico-químicas (composição centesimal, pH e a�vidade de água) na FCA. A FCA apresentou altos valores nos parâmetros de

-1intumescimento (8,09mL.g ±0,38), demonstrando elevada capacidade de hidratação, e de absorção de óleo (10,57g -1óleo.g ±0,53), refle�ndo a capacidade de absorção de óleo vegetal pela farinha. Para o parâmetro de densidade aparente

o valor encontrado foi de 0,21g/mL±0,02. A determinação do percentual proteico da FCA resultou no valor de 8,17%±0,01, enquanto que para os percentuais de lipídios, cinzas e carboidratos os valores encontrados foram de 1,23%±0,37, 2,37±0,14 e 67,95%±0,46, respec�vamente. A FCA apresentou pH de 3,60±0,32, o que confere a ela uma maior estabilidade à deterioração. Pelo fato do valor de Aw encontrado (0,572±0,08) ter sido inferior a 0,6, a FCA pode ser considerada estável microbiologicamente. Portanto, conclui-se que a FCA apresentou adequadas caracterís�cas tecnológicas, percentuais sa�sfatórios de proteína, lipídios, cinzas e carboidratos, além de apresentar condições desfavoráveis para o desenvolvimento e mul�plicação de micro-organismos, em virtude do baixo pH e Aw.

Palavras-chave : Aproveitamento de resíduos agroindustriais; Coprodutos da acerola; Capacidade de hidratação.

Po283 - FARINHA DE COPRODUTOS DO PROCESSAMENTO DE ACEROLA: CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E

FÍSICO-QUÍMICA

Krystal Cardoso Soares Estefan De Paula (Brazil)¹; Lucas Martins Silva (Brazil)¹; Cassiano O. Silva (Brazil)¹; Ligia

Portugal Gomes Rebello (Brazil)¹; Juliana Goncalves Vidigal (Brazil)¹; Katia Yuri Fausta Kawase (Brazil)¹1 - Instituto Federal Fluminense

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

A casca dos frutos de citros possui diversos metabólitos secundários, responsáveis por sua proteção contra fatores bió�cos e abió�cos. A presente pesquisa obje�vou caracterizar e comparar caracterís�cas orgânicas das cascas de 3 variedades de tangerinas: Clemen�na x Murcote (CM), Clemen�na Palazelli (CP) e Ponkan (P). Os frutos foram coletados no período da manhã, no estádio ideal para comercialização. Para cada variedade foram coletados 70 frutos que foram selecionados, para tornar o lote mais homogêneo, separando-se 30 frutos para cada variedade, os quais foram sani�zados com água e detergente neutro. A caracterização dos compostos orgânicos foi ob�da a par�r de extratos analisados por espectrometria de massas (MS), u�lizando a técnica de ionização por electrospray (ESI). Para a análise orgânica foram ob�dos extratos, através das cascas dos frutos, que foram raladas e emergidas em acetato de e�la durante 24 horas. Posteriormente, os extratos das amostras foram diluídos para aproximadamente, 0,20 mgmL-1 em metanol. Para análises no modo posi�vo, foi adicionado 0,1% (v/v) de ácido fórmico na solução; para análises no modo nega�vo, hidróxido de amônio 0.1 % v/v. As soluções resultantes foram injetadas na fonte de Electrospray Ioniza�on (ESI), e os dados foram analisados por teste F e, se significa�vo, por teste de Sco�-Kno� (p ≤ 0,05). A par�r dos espectros de massas ob�dos no modo nega�vo foi possível diferenciar a amostra Ponkan das amostras Clemen�na x Murco�e e Clemen�na Palazelli. Isto demonstra diferenças no perfil químico das tangerinas. Os espectros de massas ob�dos no modo posi�vo não diferiram uns aos outros. Observaram-se alguns íons no espectro de massas com o valor da razão massa sobre a carga (m/z) igual a 157,12; 171,10; 191,06; 341,11; 377,09; 533,17; 683,22 e 719,20 presentes nas amostras CM e CP e que não ocorreram na P. Alguns desses íons apresentados são ácidos e açúcares, muitos não iden�ficados e ainda se desconhece u�lização. O íon de número m/z igual a 157,12 é um ácido conhecido como nonanóico, um composto líquido, transparente, oleoso e com odor rançoso desagradável, também irritante para a pele, olhos e membranas mucosas. O seu derivado de 4-nonanoilmorfoline é um ingrediente em alguns spray de pimenta. O sal de amônio de ácido nonanóico, nonanoato de amônio, é u�lizado em formulações de glifosato, e pulverização herbicida (Lide, 1990). Assim, as tangerinas Clemen�na x Murcote e Clemen�na Palazelli apresentam em suas cascas perfis químicos que devem ser estudados e podem ter aproveitamento pelas ciências farmacológicas.

Palavras-chave : Citrus re�culata, Análise quimica, Espectrometria de massa

RESUMO

O pessegueiro (Prunus persica (L.) Batsch), é uma das fruteiras de clima temperado mais cul�vadas no mundo. No Brasil, a cultura vem se expandindo tanto em área cul�vada quanto em produ�vidade, tendo em vista o grande potencial de mercado. A região Sudeste do Brasil apresenta boas condições para a exploração econômica de fruteiras de clima temperado, devido principalmente à elevada al�tude. Em Minas Gerais, a cultura encontra-se em desenvolvimento, concentrando sua produção principalmente na zona sul do Estado, pelas caracterís�cas edafoclimá�cas desejáveis dessa região. O avanço na fronteira de produção do pessegueiro, para regiões de clima subtropical e de inverno ameno, deve-se principalmente ao lançamento de novas cul�vares, menos exigentes em frio hibernal e à criação de novas tecnologias que possibilitem o desenvolvimento da cultura. Neste contexto, o obje�vo deste estudo foi caracterizar e avaliar a influência de diferentes cul�vares de pessegueiro ('Centenário', 'Bonão', 'Biu�', 'Libra', 'Tropical', 'Aurora, 'Diamante', 'Régis' e 'Douradão') cul�vadas em regiões tropicais sobre as caracterís�cas �sico-químicas dos frutos. Para caracterizar as diferentes cul�vares de pêssego, as análises de comprimento e diâmetro do fruto, relação polpa/caroço, sólidos solúveis totais, acidez total �tulável, SS/acidez total (ra�o), pH e cor (L *, Croma e °Hue) foram realizadas nas frutas frescas em três repe�ções. O experimento foi conduzido durante as safras de 2015 e 2016, em delineamento inteiramente casualizado, com nove tratamentos (cul�vares), três repe�ções e 10 frutos por parcela. Foi aplicado análise de variância (ANOVA) para verificar diferença significa�va entre as cul�vares e teste de média tukey u�lizando o so�ware Sensomaker, versão 1.6. Houve diferença significa�va entre as cul�vares avaliadas de acordo com as variáveis �sico químicas, sendo as maiores variações observadas nos parâmetros �sicos dos frutos, sólidos solúveis e na proporção e tonalidade de polpa. A cul�var Bonão se destacou por apresentar frutos maiores e com significa�va proporção de polpa. Elevados teores de sólidos solúveis foram observados nas cul�vares Centenário, Aurora, Diamante e Douradão, sendo que as cul�vares Centenário e a Douradão foram às menos ácidas. Quanto à coloração, os pêssegos apresentam uma coloração vermelho/amarelada, sendo que as cul�vares Regis e Diamente se destacam pela coloração mais avermelhada. As diferentes cul�vares de pêssegos produzidos nos trópicos apresentam grande variabilidade entre si em relação as caracterís�cas �sico-químicas dos frutos.Agradecimentos: UFLA, CNPq, FAPEMIG, CAPES

Palavras-chave : Prunus persica (L.) Batsch, Qualidade de frutas, In natura, Adaptação

Tecnologias pós-colheita

Po284 - ANÁLISE COMPARATIVA, ORGÂNICA DE VARIEDADES DE TANGERINAS

Ana Paula Marquez Belo (Brazil)¹; Eli Regina Barboza De Souza (Brazil)¹; Yanuzi Mara Vargas Camilo (Brazil)²;

Toshio Ogata (Brazil)³; Igor Pereira Da Silva (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Goiás; 2 - Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica; 3 - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do

Governo de Goiás

Po285 - AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE DIFERENTES CULTIVARES DE

PÊSSEGO

Daniela Da Hora Farias (Brazil)¹; Paula Nogueira Curi (Brazil)¹; Bruna De Sousa Tavares (Brazil)¹; Maraísa Hellen

Tadeu (Brazil)¹; Rafael Pio (Brazil)1; Vanessa Rios De Souza (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Lavras

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

O figo-da-índia ou fruto da palma forrageira (Opun�a �cus-indica Mill) é uma fruta tropical na�va da América, que cresce em regiões áridas e semiáridas. Entretanto, existem poucas pesquisas relacionadas à elaboração de produtos originados a par�r do mesmo. O figo-da-índia possui potencialidades e possibilidades de ser uma alterna�va para a diversificação agrícola nestas regiões, gerando uma fonte adicional de renda aos agricultores. Dessa forma, a realização e divulgação de estudos poderão servir para pesquisas futuras e es�mulo à produção e consumo, ainda incipiente no Brasil. As bebidas fermentadas de frutas cons�tuem produtos com perspec�va promissora de consumo. Desta maneira, o obje�vo do presente trabalho foi obter uma bebida alcoólica fermentada de figo-da-índia, bem como determinar as caracterís�cas �sico-químicas da bebida e avaliar a aceitação e intenção de compra da mesma. A bebida alcoólica foi elaborada u�lizando-se além do figo-da-índia, o metabissulfito de sódio e fermento biológico seco (Red Star - Cotê des Blancs), que foi a�vado em 50 mL de água a 38-41ºC. Na elaboração da bebida, o mosto foi inoculado com o fermento biológico e fermentado entre 17 e 30 °C. A sulfitagem foi realizada no mosto, sendo o metabissulfito de sódio adicionado na proporção de 200 mg/L. Foram determinados ºBrix, acidez total �tulável, pH e concentração de etanol. Para o teste de aceitação sensorial, o mesmo foi conduzido com 50 provadores não-treinados, u�lizando escala hedônica de 9 pontos. Os resultados �sico-químicos mostraram que as bebidas estão dentro dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira para bebidas alcoólicas fermentadas de frutos. Com relação à aceitação sensorial, 94% gostaram da mesma e apenas 6% desgostaram. Já quanto à intenção de compra, 60% provadores comprariam e 40% não comprariam. Portanto, o figo-da-índia possui potencial para ser explorado industrialmente ao invés de ser desperdiçado com o corte da palma forrageira. Os resultados da análise sensorial demonstraram que o figo-da-índia é apropriado para a produção de bebida alcoólica fermentada, porém, ainda necessita de maiores estudos à condução do processo fermenta�vo para obtenção de produtos dentro de um padrão sensorial com maior intenção de compra pelo mercado.

Palavras-chave : fermentação, Opun�a �cus-indica Mill, bebida alcoólica

RESUMO

Rabanete é uma raiz tuberosa da família Brassicácea, apreciada pela polpa crocante e sabor picante, é fonte de vitamina C, fósforo e fibras. O boro e o zinco cons�tuem micronutrientes que mais limitam a produção das culturas no Brasil, incluindo plantas que formam raízes tuberosas. O obje�vo do trabalho foi avaliar o efeito pós-colheita da adubação com aplicação de boro e zinco, nas caracterís�cas �sico-químicas e de textura do rabanete. O tratamento com Boro aumentou os valores

-1de pH de acordo com o aumento da dose de adubação, já o zinco, apresentou efeito na dosagem de 9,0 kg ha . Na acidez -1 -1�tulável as melhores dosagens foram 3,0 kg ha e 9,0 kg ha , para boro e zinco, respec�vamente. A análise de sólidos

solúveis não apresentou variação entre as dosagens de boro aplicadas, enquanto que no tratamento com zinco, a dose -1com teor de 4,5 kg ha resultou no valor de 6,6 ºBrix. A avaliação da textura dos rabanetes com tratamentos com boro,

indicaram que quanto maior foi a dose, menor a resistência a força aplicada. Para o zinco, as doses mais resistentes foram -1 -11,5 kg ha e 9,0 kg ha , que apresentaram maior firmeza. A coloração das amostras foi afetada pela adubação, sendo que a

casca dos rabanetes tratados com boro ficaram mais escuras, enquanto que o zinco não afetou a coloração. Para a cor da polpa não houve variação entre as adubações. Portanto, a adubação afetou os rabanetes, sendo que o boro influenciou na coloração das amostras e o zinco apresentou maior efeito na textura dos rabanetes.

Tecnologias pós-colheita

Po286 - ELABORAÇÃO DE BEBIDA FERMENTADA ALCOÓLICA DE FIGO-DA-ÍNDIA

Karine Hojo Rebouças (Brazil)¹; Pedro Rogério De Oliveira Santos (Brazil)¹; Jirlane Macário Dos Santos Muniz

(Brazil)¹; Maiara De Souza Fernandes (Brazil)¹; Tiyoko Nair Hojo Rebouças (Brazil)²; Abel Rebouças São José

(Brazil)²; Yure Bibiana Soares Menezes (Brazil)¹; Addla Thaine Santos Oliveira Morais (Brazil)¹1 - Instituto Federal Baiano; 2 - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Po287 - INFLUÊNCIA DA ADUBAÇÃO DE BORO E ZINCO NA QUALIDADE POS COLHEITA DE

RABANETES

Adriana Souza (Brazil)¹; Marcela Alves (Brazil)²; Marcus Afonso (Brazil)¹; Marco Junior (Brazil)¹; Deivis Carvalho

(Brazil)¹; Rilner Flores (Brazil)¹; Cristiane Morgado (Brazil)¹; Adriana Teramoto (Brazil)³1 - Universidade Federal de Goiás; 2 - Universidade Federal de Góias; 3 - Escola de Agronomia - UFG

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

O futuro das regiões áridas e semi-áridas do Brasil e do mundo depende do desenvolvimento sustentável de sistemas agrícolas baseados numa seleção adequada de cul�vos, além do mais é importante que os produtos e/ou subprodutos sejam apreciados e tenham valor no mercado internacional. A seriguela (Spondias purpurea L.), fru�fera tropical �pica do con�nente americano, é originária da América Central, tendo se adaptado sa�sfatoriamente às condições climá�cas de alguns países da América do Sul, como o Brasil. Esta produz um fruto de boa aparência, qualidade nutri�va, e aroma muito apreciados para o consumo como fruta in natura ou processada, como polpa, sucos, doces, néctares, picolés e sorvetes, sendo evidente a crescente comercialização nos mercados, supermercados e restaurantes do País. Entretanto, existem perdas comerciais, as quais estão ligadas principalmente a fatores biológicos e fitopatológicos, que indicam números preocupantes para os produtores. Uma das formas de valorizar a cultura da seriguela e contribuir para o desenvolvimento sustentável da região nordes�na brasileira é u�lizar a mesma como matéria-prima para produzir fermentado (bebida fermentada alcoólica), produto que apresenta longa vida de prateleira e pode ter altos índices de comercialização. O trabalho foi realizado com o obje�vo de estudar a produção e avaliar a composição �sico-química da bebida fermentada alcoólica da seriguela confrontando com a legislação vigente para bebidas. A metodologia consis�u na produção dos fermentados do fruto integral u�lizando-se o metabissulfito de sódio e fermento biológico seco (Red Star - Cotê des Blancs), que foi a�vado em 50 mL de água a 38-41ºC. Na elaboração da bebida, o mosto foi inoculado com o fermento biológico e fermentado entre 17 e 30 °C. A sulfitagem foi realizada no mosto, sendo o metabissulfito de sódio adicionado na proporção de 200 mg/L. Foram determinados ºBrix, acidez total �tulável, pH e concentração de etanol. Para o teste de aceitação sensorial, o mesmo foi conduzido com 50 provadores não-treinados, u�lizando escala hedônica de 9 pontos. Verificou-se que os produtos se encontram com as caracterís�cas �sico-químicas exigidas pela legislação brasileira acerca de bebida. Com relação à aceitação sensorial, 94% gostaram da mesma e apenas 6% desgostaram. Quanto à intenção de compra, 88% provadores comprariam e 12% não comprariam. Os resultados da análise sensorial demonstraram que a seriguela foi bem aceito e teve intenção de compra pela maioria dos provadores. A produção da bebida fermentada a l c o ó l i c a a p r o v e i t a n d o a s e r i g u e l a é u m a a l t e r n a � v a p r o m i s s o r a e t e c n i c a m e n t e v i á v e l .

Palavras-chave : (Spondias purpurea L.), fermentação, bebida alcoólica

RESUMO

Os pequenos frutos compreendem diferentes espécies, tais como amoras, mir�los, morangos, framboesas, groselhas entre outros, são altamente valorizados no mercado com grande apelo as suas propriedades nutricionais, por apresentarem alto conteúdo de vitamina C, licopeno e β-caroteno e ricos em outros compostos fitoquímicos com potencial an�oxidante. O obje�vo deste trabalho foi avaliar e comparar os teores de pigmentos, as caracterís�cas �sico-químicas e a cor através de imagem digital de amora, mir�lo, morango e framboesa e congelados adquirido no comercio local. As caracterís�cas �sico-químicas [acidez �tulável (AT), pH e sólidos solveis totais (SST)], foram determinadas conforme as metodologias recomendadas pelo AOAC (2012), os teores de pigmentos, licopeno, β-caroteno e as antocianinas foram determinadas segundo metodologias de Rodriguez-Amaya. As caracterís�cas �sico-químicas e pigmentos foram analisados a 25ºC, em triplicata e a cor por imagem digital. Os dados pelo Teste de Tukey, u�lizando o so�ware livre Assistat 7.7 beta. A maior acidez foi verificada em framboesa, mas não diferiu esta�s�camente da acidez encontrada nos frutos congelados de morango e amora, diferindo apenas do mir�lo, já o pH variou significa�vamente, sendo o pH mais alto foi verificado nos frutos congelados de mir�lo, para os sólidos solúveis totais houveram diferenças significa�vas, sendo o maior teor encontrado nos frutos de mir�lo congelados. A acidez e o pH e os sólidos solúveis são fatores importantes para aceitação do produto, frutos excessivamente ácidos ou com pH baixo são rejeitados pelo consumidor, já o teor de sólidos solúveis dá o indica�vo de açucares do fruto. As caracterís�cas �sico-químicas indicam que os frutos congelados desta pesquisa sofreram pouca variação em comparação aos frutos in natura estudados por outros autores. Em relação aos pigmentos, morango apresentou maior teor de licopeno, mir�lo de β-caroteno e amora de antocianinas, os pigmentos são fundamentais no julgamento da qualidade dos frutos, uma vez que a apreciação visual é o primeiro dos sen�dos a ser usado, sendo decisivo na escolha e aceitação do produto. Os dados ob�dos através das imagens digitais (valores de RGB - vermelho, verde e azul) e conver�dos para o sistema Cielab (coordenadas de cor L*, a* e b*), e calculado o ângulo de Hue e Croma indicam ser próximo a cor observada visualmente, podendo ser uma alterna�va ao uso do colorímetro.

Palavras-chave : Pigmentos, small fruits, amora, mir�lo, morango, framboesa

Tecnologias pós-colheita

Po288 - PRODUÇÃO E AVALIAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E SENSORIAL DE BEBIDA FERMENTADA

ALCOÓLICA DE SERIGUELA

Karine Hojo Rebouças (Brazil)¹; Pedro Rogério De Oliveira Santos (Brazil)¹; Jirlane Macário Dos Santos Muniz

(Brazil)¹; Maiara De Souza Fernandes (Brazil)¹; Tiyoko Nair Hojo Rebouças (Brazil)²; Abel Rebouças São José

(Brazil)²; Yure Bibiana Soares Menezes (Brazil)¹; Addla Thaine Santos Oliveira Morais (Brazil)¹1 - Instituto Federal Baiano; 2 - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

Po289 - CARACTERIZAÇÃO DE PEQUENOS FRUTOS CONGELADOS ENCONTRADOS NO MERCADO

Jéssica Pereira (Brazil)¹; Gabrielly Sousa (Brazil)¹; Simone Machado (Brazil)¹; Darlene Vieira (Brazil)¹1 - Instituto Federal de Goiás

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

A produção de tomate para a indústria processadora aumentou consideravelmente na úl�ma década, sendo este fruto uma importante commodity no Brasil. A estrutura do fruto determina sua qualidade, e os tecidos de reves�mento e preenchimento assumem importância fundamental para a determinação da qualidade no ponto de colheita. Duas forças atuam no manuseio e transporte de frutos, a compressão e a punção. O obje�vo deste trabalho foi avaliar a firmeza e anatomia dos frutos maduros de cul�vares de tomates para processamento (IT761 e U2006), visando comparar os comportamentos mecânicos e caracterís�cas anatômicas. Os frutos foram coletados manualmente da terceira e quarta posições do terceiro cacho da planta. Logo após a colheita a firmeza dos frutos foi determinada em um texturometro, por meio da compressão dos frutos nas posições deitada e em pé, e por punção, com o fruto deitado. A anatomia da epiderme dos frutos foi realizada em microscópio eletrônico de varredura. Os resultados foram subme�dos à análises de variância e teste de Tukey a 5% de significância. U�lizou-se o so�ware livre Assistat 7.7 beta. A firmeza à compressão do fruto em pé foi maior no cul�var IT761, e menor no cul�var U2006. Já em relação aos frutos deitados também se verificou maior firmeza nos frutos do cul�var IT76. No teste punção, e para a espessura do pericarpo e da epiderme não foram verificadas diferenças significa�vas para os dois cul�vares. No teste de compressão, a aplicação de uma força crescente no sen�do perpendicular aos eixos transversal e longitudinal do tomate (fruto em pé ou deitado, respec�vamente) provocou um aumento da pressão interna e deformação do fruto até o momento da ruptura do epicarpo ou pele. Abaixo da epiderme existem de três a quatro camadas de células hipodérmicas com paredes espessas, espessas, sendo que as células hipodérmicas arredondadas são mais fortes do que as células alongadas. A análise anatômica do pericarpo forneceu informações sobre a estrutura morfológica do mesmo e da heterogeneidade das células. A maioria destes aspectos também pôde ser verificadas no presente trabalho. Entre os dois cul�vares estudados, o cul�var IT761 apresentou melhor conjunto de propriedades mecânicas.

Palavras-chave : Resistência à compressão, resistência à punção, pericarpo, epiderme

RESUMO

As perdas pós-colheita de hortaliças podem ser causadas por escolhas equivocadas da cul�var, local de plan�o, manejo, colheita, transporte e,sobretudo, local e forma de armazenamento. Na cadeia produ�va do morango um dos grandes desafios é aumentar o tempo de conservação pós-colheita. Avaliou-se a conservação pós-colheita de morangos (cv. Portola) do município de Ibicoara, região da Chapada Diaman�na, Bahia. Os frutos foram colhidos no estádio de maturação comercial (80% vermelho) nas primeiras horas do dia. Foram acondicionados em caixa de isopor e transportados para o Laboratório Biofábrica da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, campus Vitória da Conquista, onde foram lavados com água potável, sani�zados com imersão em solução de hipoclorito de sódio a 0,05% por dez minutos e colocados para secagem ao natural. U�lizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com 5 tratamentos( dias 0; 3; 6; 9 e 12) e 4 repe�ções contendo 10 frutos. Os frutos foram acondicionados em bandejas de polie�leno, reves�do com filme plás�co e armazenados em temperatura de 4º C ± 1º C e umidade rela�va de 90% ± 5% durante doze dias.As caracterís�cas avaliadas foram:perda de massa, firmeza, pH, sólidos solúveis, acidez �tulável, relação sólidos solúveis e acidez �tulável e ácido ascórbico. Os dados foram subme�dos à análise de variância e a análise de regressão. A massa dos frutos decresceu 2,3%, devido, sobretudo, à perda de água para atmosfera. A firmeza que também é uma caracterís�ca influenciada pelo teor de água no fruto, variou de 11,2 N no dia zero a 10,1 N aos doze dias, porém, ambas ficaram dentro dos valores considerados limites para o morango.O pH a�ngiu o máximo de 3,3 no 6º dia, com posterior redução. Os sólidos solúveis variaram de 7,1°Brix no dia zero a 6,5°Brix aos 12 dias. Já a acidez �tulável aumentou até o nono dia com posterior redução, apresentando uma variação entre 1,23% e 1,39% de ácido cítrico, o que indica baixa a�vidade metabólica, caracterís�ca comum nos frutos não climatéricos, como o morango. A relação sólidos solúveis e acidez �tulável decresceu de 5,8 no dia zero para 4,3 aos doze dias, ficando abaixo do valor ideal de 8,75. O ácido ascórbico aumentou até o sexto dia, variando de 45,0 a 113,3 mg de ácido ascórbico por 100 g de polpa. Embora algumas caracterís�cas tenham apresentado os melhores teores aos 6 dias, de forma geral, a qualidade dos frutos foram preservadas até os doze dias.

Palavras-chave : Fragaria x ananassaDuch, cv. Portola, pós-colheita

Tecnologias pós-colheita

Po290 - FIRMEZA E ANATOMIA DE FRUTOS DE TOMATE PARA PROCESSAMENTO

Darlene Vieira (Brazil)¹; Eli Regina Souza (Brazil)²; Márcio Caliari (Brazil)²; Manoel Soares Soares Júnior (Brazil)²1 - Instituto Federal de Goiás; 2 - Universidade Federal de Goiás

Po291 - CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE MORANGO SOB TEMPERATURA REFRIGERADA

Karine Hojo Rebouças (Brazil)¹; Ednaldo Da Silva Dantas (Brazil)²; Tiyoko Nair Hojo Rebouças (Brazil)³; Raely 4 4 5Silva Lima (Brazil) ; Arlete Silva Bandeira (Brazil) ; Katielle Silva Brito Kateivas (Brazil) ; Durval Costa Souza

6(Brazil)1 - Instituto Federal Baiano - Campus Senhor do Bonfim; 2 - Instituto Federal Baiano - Campus Governador Mangabeira; 3 - Associação Brasileira

de Horticultura; 4 - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; 5 - Instituto Federal Baiano - Campus Itapetinga; 6 - Secretaria Municipal de

Agricultura

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

A cadeia produ�va de frutas e hortaliças no Brasil gera atualmente cerca de 40% de perdas na fase pós-colheita, podendo-se destacar os danos �sicos, doenças fúngicas, alterações fisiológicas e os defeitos como principais fatores. Devido o grande volume de comercialização de frutas e hortaliças, os supermercados são importantes fontes de informação que servem de suporte para elaboração de estratégias de redução de tais perdas. Visto que vegetais como batata e tomate possuem elevada comercialização, o presente trabalho obje�vou avaliar quan�ta�vamente as perdas pós-colheita destes em uma grande rede varejista no município de Bom Jesus do Itabapoana – RJ. A quan�ficação das perdas pós-colheita foi realizada em supermercados durante um período ininterrupto de 6 meses. Os dados foram ob�dos por meio de pesagens realizadas pelos supermercados, com acompanhamento dos responsáveis pelo setor de hor�fru�. As medições foram realizadas no dia de recebimento dos vegetais (quan�dade recebida em Kg) e a cada descarte dos lotes recebidos (quan�dade perdida em Kg). A análise esta�s�ca dos dados foi executada por meio da u�lização da ferramenta de qualidade CEQ (Controle Esta�s�co da Qualidade), com geração de gráficos de proporção de perdas, nos quais pode-se observar se o controle das perdas por parte dos estabelecimentos foi sa�sfatório ou não. Os resultados apresentaram grandes porcentagens de perdas em ambos os produtos e supermercados, no entanto, os fatores dessas perdas foram pra�camente os mesmos, onde um dos principais fatores causadores dessas perdas foi o excedente de oferta vinculado à falta de controle de estoque devido a má administração, além disso, algumas inadequações quanto ao transporte e armazenamento também foram detectadas. Além disso, a interação educação/comércio foi instaurada, o que pode vir a facilitar a elaboração de projetos futuros. Concluiu-se com o presente trabalho que as perdas foram semelhantes a de outros trabalhos, os prejuízos econômicos gerados por essas perdas demonstram a falta de inves�mento por parte dos produtores e dos varejistas, o que acaba acarretando em numerosas perdas.

Palavras-chave : Desperdício de vegetais. Batata. Tomate. Prejuízos.

RESUMO

Esse trabalho teve como obje�vo avaliar a vida de prateleira de manjericão (Ocimum basilicum L.) variedade 'Roxinho', em função da a�vidade funcional mensurada pelas concentrações de compostos fenólicos, flavonoides, e a a�vidade an�oxidante ao longo de cinco dias de vida pós-colheita, nas temperaturas ambiente e a 5 °C, com e sem u�lização de embalagens plás�cas. O manjericão foi cul�vado em Viçosa, Minas Gerais, Brasil, de agosto a novembro de 2014. Os tratamentos consis�ram em ramos de manjericão (70 g cada) armazenados à temperatura ambiente sem embalagem, temperatura ambiente com embalagem, 5 °C sem embalagem e 5 °C com embalagem. As embalagens consis�ram em caixas de material PET não perfurado (politere�alato de e�leno), nas dimensões de 20x10x10cm. Todos os tratamentos foram realizados com quatro repe�ções. O processo da indução à injúria por frio (chilling) foi quan�ficado diariamente. Os extratos de folhas de O. basilicum foram preparados em etanol PA, pelo método de extrações sucessivas até o esgotamento da amostra vegetal. O doseamento de compostos fenólicos foi feito por Folin Ciocalteu e o de flavonoides por vanilina clorídrica. A a�vidade an�oxidante foi determinada por DPPH. O experimento foi instalado em esquema de parcelas subdivididas, tendo nas parcelas o esquema fatorial 2x2 (2 temperaturas, 2 embalagens) e nas subparcelas os tempos de avaliação no delineamento inteiramente casualizado com quatro repe�ções. Os dados foram subme�dos à análise de variância e de regressão. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey adotando o nível de 5% de probabilidade. Teores de compostos fenólicos aumentaram em todos os tratamentos, independente da temperatura de armazenamento e da presença de embalagens, até o terceiro dia de análise, decrescendo à par�r desse momento, em consequência do processo de senescência. Houve aumento da concentração de flavonoides ao longo do tempo de armazenamento nos tratamentos a 5 °C, sem embalagens plás�cas. A a�vidade an�oxidante foi superior no armazenamento em temperatura ambiente. De acordo com os resultados ob�dos, o manjericão (O. basilicum L.) variedade 'Roxinho' deve ser preferencialmente armazenado à temperatura ambiente por até cinco dias com u�lização de embalagens plás�cas.

Palavras-chave : pós-colheita, plantas medicinais, compostos fenólicos, flavonoides, a�vidade an�oxidante

Tecnologias pós-colheita

Po292 - PERDAS PÓS-COLHEITA DE HORTALIÇAS NA REDE VAREJISTA DO BRASIL

Dilmeleson Silva Moraes (Brazil)¹; Christiane Siqueira Schneider (Brazil)¹; Sheila Andrade Abrahao (Brazil)¹;

Marisa Carvalho Botelho Ribeiro (Brazil)¹1 - INSTITUTO FEDERAL FLUMINENSE

Po293 - DETERMINAÇÃO DA SHELF LIFE DE FOLHAS DE MANJERICÃO (OCIMUM BASILICUM L.) E EM

FUNÇÃO DA PRESERVAÇÃO DE COMPOSTOS BIOATIVOS

Maira Fonseca (Brazil)¹; Sarah Guimarães (Brazil)²; Débora Vitor (Brazil)²; Rosana Rodrigues Das Dores (Brazil)³;

Fernando Finger (Brazil)²; Vicente Casali (Brazil)²; Paulo Cecon (Brazil)²1 - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais; 2 - Universidade Federal de Viçosa; 3 - Universidade Federal de Ouro preto

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

Buscando compe�r em qualidade com o consolidado mercado de São Paulo, a citricultura no Estado de Goiás vem se sobressaindo no cenário brasileiro. Assim, caracterís�cas como tamanho, cor e sabor dos frutos definem a preferência do consumidor por determinado produto. Dessa forma, o obje�vo da presente pesquisa foi caracterizar �sica e quimicamente, 3 variedades de tangerinas (Citrus re�culata), produzidas no Estado de Goiás, visando caracterís�cas de qualidade para consumo in natura e/ou processamento, de forma a compe�r no Mercado brasileiro. A pesquisa foi realizada no Laboratório de Química do Centro Tecnológico da UniEvangélica, em Anápolis, Goiás, Brasil, sendo os frutos coletados em área experimental da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Governo de Goiás (Emater-GO). As 3 variedades analisadas foram: Ponkan, Kiomi tangor e Dekopon. Esta ul�ma, um híbrido resultante do cruzamento das duas primeiras. A coleta dos frutos foi realizada de forma manual e aleatória, quando os frutos se apresentaram maduros, sendo coletados 30 frutos de cada variedade, obtendo-se um delineamento inteiramente casualizado com 3 tratamentos (variedades) e 30 repe�ções. Todos os frutos foram avaliados fisicamente quanto ao Peso, Altura e Diâmetro com casca e sem casca, número de sementes por fruto e rendimento de suco. Quanto as variáveis químicas foram analisadas o teor de sólidos solúveis totais (ºBrix), acidez �tulável, e ra�o (SST/acidez). Os dados foram subme�dos à ANOVA e comparadas pelo teste Tukey a 5%. Para todas as variáveis analisadas variaram significa�va entre as variedades. A dekopon apresentou o maior tamanho e peso de frutos, sendo que a ponkan a que apresentou os menores frutos. Apesar do tamanho, não houve diferença significa�va entre a dekopon e a Kiomi tangor para o rendimento de suco. Quanto ao numero de sementes, a Dekopon se destaca pelo fato de não possuir sementes, o que seria uma preferência para consumo in natura e processamento. A Ponkan se destacou quanto ao maior número se sementes. Quanto às caracterís�cas químicas, a variedade que apresentou maior teor de sólidos solúveis totais foi a Dekopon, podendo ter maior comercialização in natura pelo sabor mais adocicado; no entanto, sua acidez foi mediana, sendo a Kiomi tangor com o maior teor de acidez. Para indústria, o teor elevado de acidez, e consequentemente um menor ra�o, diminui a necessidade de acidificantes e propicia melhor qualidade sensorial (Oliveira & Santos, 2015), dessa forma, a kiomi tangor se destacaria para u�lização em indústria.

Palavras-chave : caracterização �sico-química, Citrus re�culata, tangerina

RESUMO

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de abacaxi. A cul�var 'Turiaçu' foi selecionada por agricultores familiares de Turiaçu, cidade do interior do Nordeste Brasileiro. Essa cul�var encontra-se em processo de domes�cação e de inovações em seu sistema produ�vo, tendo as pesquisas de campo e pós-colheita iniciadas apenas em 2006. Devido aos poucos dados que se tem desta cul�var obje�vou-se comparar o sistema tradicional de cul�vo da região, chamado de corte e queima (slash and burning, em Inglês), com o sistema convencional de produção de abacaxi. O experimento foi conduzido com frutos provenientes de 6 propriedades da região produtora dessa variedade, com o plan�o das plantas em Abril de 2015 e a colheita dos frutos em Outubro de 2016. Os tratamentos avaliados foram diferentes formas de cul�vo: T1: corte e queima e T2: cul�vo convencional. Os frutos foram avaliados biometricamente em relação a: massa do fruto (MF); comprimento da infrutescência (CI); relação entre o comprimento da coroa (CC) e o comprimento da infrutescência (CI), CC/CI; diâmetro longitudinal (DL); e rendimento de polpa (RP). Para a qualidade química da polpa avaliou-se: sólidos solúveis totais (SST); acidez total �tulável (ATT); e ra�o químico (SST/ATT). O experimento foi em um delineamento inteiramente ao acaso, com 27 repe�ções, avaliando-se a diferença esta�s�ca entre as médias pelo teste 't' de Student (p=0,05), u�lizando-se o so�ware esta�s�co MINITAB® 16. Os frutos avaliados não apresentaram diferenças significa�vas em relação à CC/CI (p=0,9109), DL (p=0,5749) e RP (p=0,5690). Os frutos do sistema de cul�vo convencional apresentaram melhores qualidades nos parâmetros biométricos em comparação aos frutos do sistema de cul�vo corte e queima. Quanto à MF (T1:1,52Kg ±0,04Kg; T2:1,73Kg ±0,05Kg; p=0,0029) e CI (T1:19,07cm ±0,23cm; 20,80cm ±0,30cm; p>0,0001). Os frutos do sistema corte e queima apresentaram polpas com qualidades químicas superiores aos dos cul�vos convencionais quanto aos SST (T1:17,6ºBrix ±0,1 ºBrix; T2:17,5ºBrix ±0,1ºBrix; p=0,0559), ATT (T1:0,3486% ±0,0112%; T2:0,3768% ±0,0107%; p=0,0737) e SST/ATT (T1:51,6 ±1,5; T2:42,2 ±1,0; p=0,0265). Concluímos com este trabalho que o sistema de cul�vo convencional é mais indicado para o abacaxi 'Turiaçu' do que o sistema corta-e-queima, por apresentarem frutos com melhores caracterís�cas biométricas. Concluímos também que a atual adubação u�lizada pelos produtores de abacaxi 'Turiaçu' não é a ideal, uma vez que os abacaxis do sistema corta-e-queima apresentaram frutos com maior qualidade química.

Palavras-chave : slash and burning, qualidade pós-colheita, manejo cultural

Tecnologias pós-colheita

Po294 - CARACTERIZAÇÃO PÓS-COLHEITA DE VARIEDADES DE TANGERINA (CITRUS RETICULATA),

PRODUZIDAS NO ESTADO DE GOIÁS, VISANDO QUALIDADE PARA CONSUMO “IN NATURA” E

INDUSTRIALIZAÇÃO

Rafaela Israel Alcântara (Brazil)¹; Yanuzi Mara Vargas Camilo (Brazil)¹; Wandir Netto Rodrigues Santos (Brazil)¹;

Toshio Ogata (Brazil)²1 - Centro Universitário de Anápolis; 2 - Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Governo de Goiás

Po295 - QUALIDADE DE FRUTOS DE ABACAXI ´TURIAÇU` PROVENIENTE DE PLANTAS DE DIFERENTES

SISTEMAS DE CULTIVO

Girlayne Veloso Pinheiro (Brazil)¹; Chiara Sanches Lisboa (Brazil)¹; Scarlath Pinheiro Furtado (Brazil)¹; Augusto

César Vieira Neves Junior (Brazil)¹; Fabrício De Oliveira Reis (Brazil)¹; José Ribamar Gusmão Araujo (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

O abacaxi destaca-se no Brasil, onde, em 2014 foi cul�vada em 26 das 27 unidades federa�vas do país. O estado do Maranhão destaca-se na Região Nordeste como quarto estado produtor, recentemente o município de Turiaçu vem destacando-se no estado com a exploração da cul�var 'Turiaçu'. Contudo problemas como a presença de lesões cor�cosas e a pouca pesquisa das caracterís�cas dos frutos dessa cul�var dificulta a expansão de seu cul�vo. As primeiras caracterís�cas avaliadas pelo consumidor para a aquisição de um fruto são as qualidades biométricas e a aparência. A extensa caracterização biométrica dos frutos da cul�var 'Turiaçu', em diferentes estádios de maturação, poderá fornecer informações importantes para a tomada de decisão do momento mais apropriado para a colheita. O obje�vo foi avaliar caracterís�cas biométricas e presença de lesões cor�cosas de frutos da cul�var 'Turiaçu' colhidos em diferentes pontos de maturação (PMs). O experimento foi conduzido em propriedade rural do município de Turiaçu, com o plan�o realizado em Abril de 2015 e colheita em Outubro de 2016. Os tratamentos avaliaram os PMs dos frutos no momento da colheita: T1: Verdosos (0% amarelo); T2: Casca 25% amarela e T3: Casca 50% amarela. Selecionou-se os frutos aleatoriamente para as avaliações biométricas, sendo estas: massa do fruto (MF); massa da infrutescência (MI); comprimento total do fruto (CT), da infrutescência (CI) e da coroa (CCo); relação CCo e CI (CCo/CI); diâmetro longitudinal (DLm) da infrutescência; rendimento de polpa (RP); geração de resíduos, casca (RCa), coroa (RCo) e total (RT); e número de lesões cor�cosas (NL). Os frutos colhidos com 25% e 50% de casca amarela apresentaram maiores MF (1,325Kg e 1,371Kg, p=0,0034) e MI (0,924Kg e 0,965kg, p=0,0268), provavelmente porque estes apresentaram maiores CT (p>0,0001), CCo (12,6cm e 13,7cm, p=0,0052) e CI (18,8cm e 19,0cm, p=0,0032). Isto é corroborado pelo fado dos frutos não apresentarem diferenças significa�vas para a CCo/CI (p=0,2619) e do DLm (p=0,3318). Os frutos também não apresentaram diferença significa�va quanto ao RP (69,35% a 69,97%, p=0,8663) e a formação de resíduos RT (p=0,8663), RCa (24,70% a 25,01%, p=0,9640) e RCo (5,13% a 5,95%, p=0,0908). Já para os NL os frutos colhidos verdosos foram os que apresentara menor quan�dade de lesões (23, p=0,0013) indicando que o PM interfere na quan�dade de NL. Concluímos que frutos com o PM mais avançado apresentam melhores biometrias; que os NL são um problema em qualquer PM; e que os NL são menores em PM menos avançados.

Palavras-chave : ponto de colheita, manejo cultural, qualidade pós-colheita

RESUMO

O Grão-de-bico (Cicer arie�num L.) é uma leguminosa de grão com uma importante presença em diferentes partes do mundo, sendo bem adaptado ao clima mediterrâneo que apresenta uma elevada irregularidade ao longo dos anos. Pelas suas caracterís�cas de fixação do azoto, esta cultura apresenta grandes vantagens agronómicas e as suas sementes maduras são uma importante fonte de proteína para a alimentação quer humana quer animal.As operações de demolha e cozedura são operações comuns à u�lização culinária e industrial das sementes de grão-de-bico para consumo humano. Neste trabalho pretendeu-se caracterizar o comportamento tecnológico de variedades melhoradas de grão-de-bico (Cicer arie�num L.) desenvolvidas no INIAV, Elvas des�nadas à alimentação humana: 3 variedade do �po Kabuli de tegumento claro, já inscritas no Catálogo Nacional de Variedades (CNV), 2 linhas em fase de inscrição no CNV e 1 linha considerada avançada no programa de melhoramento em curso no INIAV, Elvas.São apresentados os resultados da capacidade de hidratação (HC) e capacidade de entumescimento, biometria e textura, para diferentes tempos de hidratação e tempos de cozedura, das variedades em estudo.

Palavras-chave : Cicer arie�num L., Biometria, Capacidade de hidratação, entumescimento, Firmeza

Tecnologias pós-colheita

Po296 - INFLUÊNCIA NAS QUALIDADES BIOMÉTRICAS DO PONTO DE MATURAÇÃO DOS FRUTOS DE

ABACAXI 'TURIAÇU'

Chiara Sanches Lisboa (Brazil)¹; Girlayne Veloso Pinheiro (Brazil)¹; Scarlath Pinheiro Furtado (Brazil)¹; Augusto

César Vieira Neves Junior (Brazil)¹; Fabrício De Oliveira Reis (Brazil)¹; José Ribamar Gusmão Araujo (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)

Po297 - COMPORTAMENTO TECNOLÓGICO DE VARIEDADES DE GRÃO-DE-BICO (CICER ARIETINUM L.)

DESENVOLVIDAS E PRODUZIDAS EM PORTUGAL

Ana Cristina Ramos (Portugal)¹; Maria Beatriz Sousa (Portugal)¹; Armando Ferreira (Portugal)¹; Maria João

Trigo (Portugal)¹; Paula Esteves (Portugal)¹; Isabel Duarte (Portugal)¹1 - INIAV - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

O própolis é uma substância resinosa produzida pelas abelhas Apis melíferas a par�r de diferentes exsudatos de plantas, como secreções de árvores, folhas e flores, misturados com as enzimas de sua saliva. Esta resina é u�lizada pelas abelhas para proteção da colmeia contra a proliferação de microrganismos, incluindo fungos e bactérias. O própolis está cons�tuído por vários componentes, de entre os quais os compostos fenólicos, responsáveis pelas várias a�vidades biológicas. Sua composição é variável consoante à zona de origem, o que influenciará suas a�vidades biológicas.Este trabalho teve como obje�vo avaliar a capacidade de inibição do crescimento in vitro de Penicillium expansum, de diferentes extratos de própolis provenientes de 27 zonas de Portugal e de 14 compostos puros presentes na composição do própolis . Os extratos foram preparados por maceração em etanol 96%, com auxílio de ultrassons, e posteriormente foram caracterizados em relação ao seu conteúdo em fenóis totais (Folin-Ciocalteu) e a�vidade an�oxidante (DPPH). Os ensaios de inibição fúngica in vitro foram realizados u�lizando o método de diluição em agar, incorporando 1 mL de cada amostra e 14 mL de meio PDA (Potato Dextrose Agar). As placas foram inoculadas com , 10µL de uma suspensão de esporos de Penicillium expansum e incubadas a 25°C durante 10 dias, tendo sido medido o diâmetro do micélio a cada dois dias.Os resultados ob�dos mostraram variações entre a a�vidade an�oxidante e a concentração de fenóis entre os diferentes extratos de própolis analisados. Todos os extratos testados foram capazes de inibir o crescimento do Penicillium expansum e conseguiram-se percentagens de inibição superiores a 50%. Neste trabalho testou-se ainda o efeito de 14 compostos fenólicos puros: CAPE, galangina, ácido 3,4-dimetoxicinâmico, querce�na, ácido gálico, crisina, ácido sinápico, ácido p-coumárico, ácido trans-ferúlico, ácido 3,4-dihidroxibenzóico, ácido 2,4-dihidroxicinâmico, ácido 2,4-dimetoxicinâmico, ácido vanílico e ácido cafeico. Nas concentrações testadas apenas os compostos CAPE e galangina apresentaram ação inibitória, os restantes não apresentaram qualquer �po de inibição. Os resultados in vitro deste trabalho demonstram o potencial fungicida do própolis, representando uma promissória alterna�va aos fungicidas de síntese para o controlo de Penicillium expansum.

Palavras-chave : Própolis, Penicillium expansum, A�vidade an�oxidante, Compostos fenólicos

RESUMO

As doenças de pós-colheita afetam numerosas culturas e os prejuízos podem ser muito elevados. A maior parte das perdas é atribuída a podridões causadas por fungos patogénicos, que podem surgir nas diferentes fases da cadeia de conservação, armazenamento e distribuição. Atualmente verifica-se um aumento da procura de métodos alterna�vos aos químicos de síntese para o controlo de doenças de pós-colheita em frutas e vegetais frescos. O uso do própolis como um potencial biofungicida já foi descrito na literatura, pois apresenta um amplo espectro an�microbiano. Diversos estudos demonstram a�vidade inibidora contra diferentes espécies de bactérias, fungos e leveduras. O presente trabalho teve como obje�vo avaliar a capacidade de inibição do própolis de diferentes fungos fitopatogénicos, entre eles Penicillium expansum, Colletotrichum gloeosporioides, Stemphylium spp, Stemphylium vesicarium e Botry�s cinérea.O extrato de própolis foi preparado por maceração em etanol 70%, com auxílio de ultrassons, seguido de 3 filtrações para retenção das ceras. O extrato foi caracterizado em relação ao seu conteúdo em fenóis totais (Folin-Ciocalteu), a�vidade an�oxidante (DPPH e FRAP) e flavonoides. Os ensaios de inibição fúngica in vitro foram realizados através do método de diluição em agar, incorporando 1 mL de diferentes concentrações do extrato de própolis em 14 mL de meio PDA (Potato Dextrose Agar). A inoculação do P. expansum, se realizou u�lizando 10µL de uma suspensão de esporos e, a inoculação dos fungos restantes mediante a passagem de um fragmento de micélio para o centro das placas de PDA. As placas foram incubadas a 25°C durante o período necessário para que fungo a�ngisse seu tamanho máximo, tendo o diâmetro do micélio sido medido a cada dois dias. O extrato de própolis apresentou inibição fúngica in vitro em todas as concentrações testadas. Na concentração mais elevada, a percentagem de inibição foi superior a 70% em todos os fungos, alcançando um valor máximo de inibição de 86,6% contra S. vesicarium.

Palavras-chave : Fungos fitopatogénicos, Própolis, A�vidade an�oxidante, Compostos fenólicos

Tecnologias pós-colheita

Po298 - AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA IN VITRO DE DIFERENTES EXTRATOS DE PRÓPOLIS E OS SEUS

CONSTITUINTES PUROS NO CONTROLO DE PENICILLIUM EXPANSUM

Marcella Loebler (Portugal)¹; Maria Paula Duarte (Portugal)¹; Claudia Sánchez (Portugal)²; Margarida

Gonçalves (Portugal)¹; Ana Sofia Cruz (Portugal)¹; Gonçalo Marques (Portugal)¹; Benilde Mendes (Portugal)¹1 - DCTB, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa; 2 - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV)

Po299 - ATIVIDADE ANTIFUNGICA DO PRÓPOLIS CONTRA DIFERENTES FUNGOS FITOPATOGÉNICOS

Marcella Loebler (Portugal)¹; Maria Paula Duarte (Portugal)¹; Claudia Sánchez (Portugal)²; Paula Vasilenko

(Portugal)²; Mario Santos (Portugal)²; Margarida Gonçalves (Portugal)¹; Benilde Mendes (Portugal)¹1 - DCTB, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.; 2 - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV)

Instituição

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

A área tradicional de produção de ginja concentra-se sobretudo na região Centro do País, nos concelhos de Óbidos, Alcobaça e Caldas da Rainha, distribuída por pequenas parcelas e u�lizada nas bordaduras de caminhos e quintais. Por conseguinte, a área de produção de ginja é atualmente muito reduzida, a ponto de não haver informação esta�s�ca sobre a super�cie ocupada e a produção correspondente, a não ser sobre o número de árvores vendidas pelos viveiristas, em que a região Centro destaca-se pela maior procura de ginjeiras, com cerca de 69% do valor nacional. Assim, espera-se que a curto prazo se venham a cons�tuir verdadeiros pomares de ginja nessa região e que a produção venha a aumentar, de modo a reduzir-se a importação de frutos para sa�sfazer as necessidades dos produtores locais de licor de ginja, protegendo-se a �picidade do licor fabricado com “Ginja de Óbidos e Alcobaça”. A ginja produzida nestas regiões diferencia-se das restantes pela caracterís�ca “Folha no Pé” resultante da inserção dos pedúnculos das flores e dos frutos sobre um pequeno crescimento no qual aparecem duas a quatro folhas de tamanho reduzido. As diferenças com as ginjas de outras proveniências notam-se também a nível �sico-químico, em caracterís�cas como o tamanho e peso do fruto, o comprimento do pedúnculo, o rendimento em polpa, a acidez e os açúcares totais, entre outras. Nesta perspe�va, o obje�vo deste estudo foi avaliar as caracterís�cas �sico-químicas e a a�vidade an�oxidante, bem como o conteúdo fenólico das ginjas “Folha no Pé” produzidas num pomar localizado na região de Óbidos. Os resultados ob�dos mostram que os frutos colhidos apresentaram um calibre de 19 mm e um peso médio de 4 g, tendo-se registado o valor de 3,76 g para os frutos sem pedúnculo. O rendimento em polpa foi próximo de 84%. Na avaliação das caracterís�cas químicas das ginjas quan�ficaram-se elevados teores de sólidos solúveis (grau Brix) e de acidez �tulável, bem como a a�vidade an�oxidante foi considerável. Verificou-se ainda que as ginjas apresentam quan�dades consideráveis de fenóis totais associados a propriedades benéficas à saúde humana. Estes resultados conferem à ginja “Folha no Pé” de Óbidos um fruto com elevado potencial qualita�vo a u�lizar no fabrico de licores e, eventualmente, noutros produtos gastronómicos de interesse.

Palavras-chave : Ginja, qualidade, rendimento, a�vidade an�oxidante

RESUMO

Em Portugal, a cultura da ameixeira ocupa uma área inferior a 5% da área total de frutos frescos, sendo nas regiões Centro e Alentejo que se localiza mais de 80% da produção nacional de ameixa. Existe um número elevado de variedades que são cul�vadas, porém, a informação disponível sobre as respe�vas épocas de floração e maturação, bem como da qualidade dos frutos é reduzida. Neste contexto, acompanhou-se o ciclo fenológico da coleção varietal de ameixeiras instalada num campo experimental da Estação Nacional de Fru�cultura Vieira Na�vidade, em Alcobaça, com o obje�vo de registar os períodos de floração e maturação das variedades em estudo. Adicionalmente recolheram-se amostras de frutos e avaliaram-se as caracterís�cas �sico-químicas, bem como o conteúdo fenólico e a a�vidade an�oxidante dos mesmos. Entre as variedades de floração mais temporã a decorrer logo no início de março encontram-se a Black Splendor, a Black Diamond e a Black Amber, já a October Sun e a Globe Sun destacam-se pelas florações tardias pelo início de abril. Em termos de ordem de maturação, a Red Beaut, a 606 e a Black Splendor são as primeiras a colher, surgindo a Sungold e a October Sun como as mais tardias. Rela�vamente às caracterís�cas dos frutos, as variedades Black Star, Black Diamond e Prime�me produziram os frutos mais doces, no entanto, esta úl�ma mostrou maior ap�dão comercial por apresentar um calibre médio na ordem dos 65 mm. Os frutos em média mais pesados foram colhidos nas variedades Golden Globe e Prime�me que, em geral, apresentaram boa qualidade em termos do teor de sólidos solúveis (°Brix) e de acidez. A a�vidade an�oxidante variou significa�vamente entre as variedades, apresentando os maiores valores os frutos das variedades Show�me, Black Gold e Sapphire. Em termos dos compostos fenólicos totais verificou-se que a ameixa, de um modo geral, apresenta quan�dades consideráveis destes compostos bioa�vos, embora variedades como a Black Star, a Black Splendor e a Black Gold se destaquem pelos elevados níveis quan�ficados. Dada a importância dos compostos fenólicos na prevenção de processos inflamatórios e doenças degenera�vas, o consumo de ameixa pode contribuir para uma dieta mais equilibrada. Assim, torna-se cada vez mais importante selecionar as variedades melhor adaptadas às condições edafoclimá�cas de cada região e que reúnam excelentes qualidades nutricionais e organolé�cas.

Palavras-chave : ameixa, fenologia, qualidade dos frutos, a�vidade an�oxidante

Tecnologias pós-colheita

Po300 - QUALIDADE DA GINJA “FOLHA NO PÉ” PRODUZIDA NA REGIÃO DE ÓBIDOS

Filipa Queirós (Portugal)¹; Claudia Sánchez (Portugal)²1 - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P., Polo de Alcobaça; 2 - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P.

Polo de Alcobaça

Po301 - AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS E DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE

FRUTOS DE DIFERENTES CULTIVARES DE AMEIXEIRA4Filipa Queirós (Portugal)¹; Paula Vasilenko (Portugal)²; Mário Santos (Portugal)³; Claudia Sánchez (Portugal)

1 - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P. Polo de Alcobaça; 2 - Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P.; 3 -

Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P.; 4 - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P., Polo de Alcobaça

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

O estado da Paraíba vem se destacando como um dos principais produtores de tangerinas (Citrus re�culata Blanco) no Nordeste brasileiro. No entanto, a produção de tangerina na Paraíba é oriunda da agricultura familiar, ainda apresentando baixo nível tecnológico. O uso de recobrimentos polissacarídicos pode contribuir para manter a qualidade sensorial de aparência e sabor, principalmente no contexto das regiões produtoras de tangerina com baixo aporte tecnológico. Assim, o obje�vo deste trabalho é avaliar a influência de recobrimentos a base fécula de mandioca e quitosana sobre a conservação da qualidade pós-colheita de tangerinas 'Ponkan' armazenadas sob refrigeração. O delineamento u�lizado foi o inteiramente casualizado, em quatro repe�ções. Foram u�lizados recobrimentos a base quitosana (quitosana 4% e quitosana 4%+glicerina 4%) e fécula de mandioca (fécula 4% e fécula 4%+glicerina 4%) e o controle. Tangerinas foram armazenadas sob condições ambientes (24±2 °C e 75±4% U.R) durante 18 dias e sob refrigeração (12±1 °C e 80±2% U.R) durante 30 dias. Os recobrimentos propiciaram menor perda de massa, assim como maior firmeza em relação ao controle. Os sólidos solúveis, acidez �tulável e relação SS/AT não variaram acentuadamente durante o armazenamento em ambas as temperaturas. Tangerinas man�das sob refrigeração apresentaram mudanças mais lentas na coloração do verde ao amarelo, em que frutos recobertos com quitosana e fécula de mandioca retardaram o desverdecimento, corroborando com a fluorescência da clorofila que apresentou Fo, Fm e relação Fv/Fm superiores para esses recobrimentos. A análise descri�va quan�ta�va da aparência mostrou que nas condições ambiente a tangerina 'Ponkan' não apresentou mudanças na coloração durante o armazenamento, embora a incidência de defeitos graves tenha sido superior à frutos man�dos a 12 °C. O recobrimento com quitosana e fécula de mandioca a 4% retardou o desenvolvimento da coloração amarelada independentemente da temperatura, embora o de fécula tenha ocasionado maior incidência de danos profundos. Sob a condição ambiente, o recobrimento com quitosana propiciou um aumento em 8 dias na vida ú�l pós-colheita, enquanto a 12 °C este incremento foi de 15 dias. Em conjunto, o uso de recobrimento com quitosana a 4% pode ser uma opção para o prolongamento da vida ú�l pós-colheita de tangerina 'Ponkan' produzida pela agricultura familiar paraibana.

Palavras-chave : Citrus re�culata, quitosana, fécula de mandioca, fluorescência da clorofila

RESUMO

O processo de secagem está relacionado com a qualidade fisiológica das sementes, uma vez, que o conteúdo de água presente nas sementes afeta diretamente sua longevidade e conservação. Assim, o obje�vo do trabalho foi avaliar o comportamento germina�vo de sementes de tomate cv. Yoshimatsu, quanto à sensibilidade à desidratação. Para tanto, as sementes com teor de água inicial de 66,4% foram secadas em estufa à temperatura constante de 35ºC, 43°C, 35°C + 43°C e secagem natural em condição ambiental de 16°C, até se obter grau de umidade final de 7%. O delineamento experimental u�lizado foi o inteiramente casualizado, composto por duas formas de secagem, natural (16°C) e ar�ficial em temperatura de 35°C, 43°C, 35°C + 43°C, com quatro repe�ções de cinquenta sementes. A qualidade fisiológica das sementes foi avaliada através das seguintes variáveis: tempo de secagem; germinação; primeira contagem de germinação; índice de velocidade de germinação; comprimento da plântula; massa fresca e seca da plântula e envelhecimento acelerado. De maneira geral, a secagem á temperatura de 43°C promoveu menor tempo de secagem e melhores resultados de germinação quando testados imediatamente após a realização da secagem, porém, quando subme�dos ao envelhecimento acelerado reduziu sua viabilidade e vigor, evidenciando efeito latente prejudicial, não sendo recomendadas para armazenamento.

Palavras-chave : Solanum lycopersicon, germinação, vigor, armazenamento.

Tecnologias pós-colheita

Po302 - CONSERVAÇÃO PÓS-COLHEITA DE FRUTOS DE TANGERINEIRA 'PONKAN' SOB DIFERENTES

TEMPERATURAS E RECOBRIMENTOS BIODEGRADÁVEIS

Renato Lima Dantas (Brazil)¹; Francisco De Assys Romero Da Mota Sousa (Brazil)¹; Vanessa Maria Dantas

Pedrosa (Brazil)¹; Rejane Maria Nunes Mendonça (Brazil)¹; Cristiane Araújo Penna (Brazil)¹; Edileide Natália Da

Silva Rodrigues (Brazil)¹; Luana Dos Santos Carneiro (Brazil)¹; Whesley Silva De Morais (Brazil)¹; Silvanda De

Melo Silva (Brazil)¹1 - Universidade Federal da Paraíba

Po303 - EFEITO DA SECAGEM NA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE TOMATE

Layanne Muniz Sprey (Brazil)¹; Ernando Balbinot (Brazil)²1 - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA; 2 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

A Mata Atlân�ca Brasileira é um bioma rico devido a sua biodiversidade. Em contrapar�da, apresenta intensa interferência antropológica, com altos níveis de degradação. A jabu�cabeira pertence à família Myrtaceae, possuindo frutos pequenos, esféricos, com coloração externa roxa e polpa branca. O obje�vo deste estudo foi quan�ficar as caracterís�cas �sico-químicas e de compostos bioa�vos em frutos de jabu�caba 'Pêndula' (Plinia trunciflora) e 'Ponhema' (Myrciaria cauliflora) cul�vados no estado de São Paulo - Brasil. Os frutos foram colhidos no município de Rio Claro-SP e foram analisados quanto a massa fresca, comprimento, diâmetro, rendimento, firmeza, sólidos solúveis (SS), acidez �tulável (AT), ra�o (SS/AT), clorofila, carotenoides totais, flavonoides amarelos e antocianinas totais. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com três repe�ções de dez frutos. Os dados foram subme�dos à análise de variância pelo teste F. A massa fresca em frutos da jabu�caba 'Ponhema' foram 54% maiores do que em frutos de jabu�caba 'Pêndula'. Os frutos de ambas as espécies apresentaram formato oval, com comprimento e diâmetro de 2,64 e 1,97 cm para a jabu�caba 'Pêndula' e 2,32 e 2,30 cm para a jabu�caba 'Ponhema'. Os frutos de jabu�caba 'Ponhema' apresentaram rendimento de polpa de

-252,96% e jabu�caba 'Pêndula' de 46,73%. Os frutos de jabu�caba 'Ponhema' apresentaram mais firmes (2,20 kgf cm ) do -2que os frutos de jabu�caba 'Pêndula' (0,22 kgf cm ). Em jabu�caba 'Pêndula' as caracterís�cas químicas foram 17,1% de SS

-1 -1e 1,02 g 100 g de AT e ra�o de 17,3. Em jabu�caba 'Ponhema' os SS foram de 15,4% e a AT 1,66 g 100 g , diminuindo a ra�o -1 -1para 9,25. A jabu�caba 'Pêndula' apresentou 23,7 µg g de clorofilas e 26,2 µg g de carotenoides, valores superiores

-1 -1àqueles encontrados na jabu�caba 'Ponhema' que con�nham 17,4 µg g de clorofilas e 23,9 µg g de carotenoides. Os -1teores de flavonoides amarelos foram mais elevados em jabu�caba 'Pêndula' (29,82 mg 100 g ) do que em jabu�caba

-1'Ponhema' (18,82 mg 100 g ). Em relação a antocianinas, não foi observada diferença esta�s�ca entre as espécies. Observou-se então que os frutos de jabu�caba 'Pêndula' apresentaram maiores teores de flavonoides amarelos enquanto que os de jabu�cabas 'Ponhema' destacaram-se nos teores de antocianinas. Ambas as espécies possuem conteúdo relevante de compostos bioa�vos. De maneira geral, os frutos de jabu�caba 'Pêndula' apresentam maior potencial para o consumo fresco e frutos de jabu�caba 'Ponhema' tanto para o consumo fresco como na elaboração de produtos processados.

RESUMO

A cultura do morangueiro começou a desenvolver-se economicamente no Brasil no final da década de 1950, em Minas Gerais — onde se adaptou a diversos climas e solos; chegando ao Distrito Federal na década de 1960, obtendo rela�vo sucesso devido à al�tude da região e condições climá�cas favoráveis. Na cadeia produ�va do morango deve-se garan�r adequado manejo durante o cul�vo, colheita, transporte e armazenamento, com intuito de reduzir perdas e alcançar melhor aceitação pelo consumidor. O consumo in natura de morango orgânico está comprome�do pela susce�bilidade dos frutos à contaminação microbiológica. É necessária a adoção de métodos que sejam eficientes na redução de microrganismos, tanto patogênicos como deteriorantes, de tal forma a garan�r a segurança do produto e, consequentemente, reduzir a velocidade do processo de deterioração. O gás ozônio surge como uma alterna�va à u�lização de produtos clorados na indústria de alimentos. Obje�vou-se com este trabalho avaliar o efeito da água ozonizada em diferentes condições sobre microrganismos na pós-colheita de morango, além de avaliar possíveis efeitos na qualidade �sico-química durante o armazenamento. U�lizaram-se morangos da variedade "Portola", sem a u�lização de agroquímicos na produção. Os morangos foram divididos em três lotes: gás ozônio dissolvido em água na concentração de

-1 -145 mg L e 20 mg L e borbulhados por 40 min e, por úl�mo, um lote que não foi subme�do à imersão em água ozonizada. Em seguida os morangos foram armazenados em câmara fria a 5 °C. As análises dos frutos foram realizadas no dia da ozonização (tempo zero) e a cada três dias até o nono dia de armazenamento. Na etapa microbiológica foi avaliada a presença de Salmonella spp., coliformes totais, E. coli, bolores e leveduras e aeróbios mesófilos, todos expressos em log

-1(UFC g ). As variáveis qualita�vas avaliadas foram: perda de massa fresca, pH, acidez total �tulável, teor de sólidos solúveis, relação SST/ATT e coloração. Adotou-se Delineamento Inteiramente Casualizado em esquema fatorial 3x4, sendo três tratamentos e quatro períodos de armazenamento (0, 3, 6 e 9), com três repe�ções. Inicialmente realizou-se análise de variância e posteriormente análise de regressão. A água ozonizada foi eficiente no controle de microrganismos, principalmente no que se refere a aeróbios mesófilos. Em relação à qualidade �sico-química dos morangos armazenados, a água ozonizada não afetou expressivamente as variáveis qualita�vas. Concluiu-se que a u�lização de água ozonizada pode tornar-se um método promissor no controle de microrganismos e na manutenção da qualidade �sico-química de morangos armazenados.

Palavras-chave : Ozônio, Alterações Qualita�vas, Controle Microbiológico

Tecnologias pós-colheita

Po304 - CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, QUÍMICAS E COMPOSTOS BIOATIVOS DE DUAS ESPÉCIES DE

JABUTICABA: PLINIA TRUNCIFLORA E MYRCIARIA CAULIFLORA

Aline Priscilla Gomes Da Silva (Brazil)¹ ² ³; Poliana Cristina Spricigo (Brazil)¹ ² ³; Angelo Pedro

Jacomino (Brazil)¹ ² ³1 - Universidade de São Paulo (USP); 2 - Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ); 3 - Departamento de Produção Vegetal,

Piracicaba/SP – Brasil

Po305 - EFEITO DA ÁGUA OZONIZADA EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES NO CONTROLE DE

MICRORGANISMOS E NA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DE MORANGO (FRAGARIA X ANANASSA

DUCH.) ARMAZENADO

Wallas Ferreira (Brazil)¹; Ernandes Alencar (Brazil)¹; Hanna Alves (Brazil)¹; Jaqueline Ribeiro (Brazil)¹1 - Universidade de Brasília

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

O maracujá BRS Pérola do Cerrado é uma cul�var que foi ob�da a par�r do melhoramento gené�co da espécie Passiflora setacea. Diferentemente do Passiflora edulis, não ocorrem mudanças tão evidentes na coloração da casca que permitam correlacionar o grau de maturação da fruta, com o ponto de colheita e de maturação para consumo. Por isso, são necessários realizar estudos de fisiologia e tecnologia pós-colheita específicos para esta espécie. O obje�vo deste trabalho foi avaliar o processo de amadurecimento em frutos do maracujazeiro BRS Pérola do Cerrado, colhidos “na planta” e no solo, armazenados em temperatura ambiente. Frutos foram colhidos no município de São José de Ubá- RJ. Na colheita, optou-se por avaliar os frutos colhidos no solo após queda natural e aqueles ainda nas plantas após uma leve “sacudida”. Os frutos foram levados para o laboratório de �sico-química do IFFluminense no Campus de Bom Jesus do Itabapoana - RJ onde foram selecionados e avaliados os valores de sólidos solúveis totais (º Brix), Acidez �tulável (AT %) e Perda de massa fresca . Considerou-se os períodos de avaliação: tempo 0 h; 3 dias e 7 dias de armazenamento em temperatura ambiente. Os dados foram subme�dos à análise de variância e teste de Tukey de médias (p≤0,05). Observou-se que o climatérico do fruto do maracujazeiro permite que o mesmo possa ser colhido ainda na planta através de “movimentos leves” que induzem a sua queda. Apesar de inicialmente os frutos colhidos na planta apresentarem menores teores de sólidos solúveis (ºBrix), maiores AT (%) em comparação ao colhidos originalmente no solo, ao longo do período de armazenamento houve uma evolução destes parâmetros não diferenciando esta�s�camente ao final de 7 dias de armazenamento dos frutos colhidos no solo. A par�r do quarto dia de avaliação os frutos apresentaram perda de massa superior a 10 %, independentemente se colhidos ainda na planta ou no solo. Todavia, a mesma perda dobrou de valor aos 6 dias de avaliação (21,5 %) para os frutos colhidos no solo, enquanto que para aqueles colhidos na planta a perda de massa foi superior aos 20 % apenas aos 7 dias de armazenamento. Conclui-se que a colheita dos frutos do maracujazeiro BRS Pérola do Cerrado pode ocorrer sob condição de “movimentos leves” das plantas sem prejuízo à sua qualidade pós-colheita em termos dos parâmetros avaliados neste trabalho.

Palavras-chave : Passiflora setacea, Conservação, Pós colheita, maturação

RESUMO

Post bloom spraying apple orchards with prohexadione-calcium (ProCa, an inhibitor of gibberellins synthesis) can reduce vegeta�ve growth and therefore increase calcium (Ca) uptake into the fruit. On the other hand, post bloom spraying with gibberellins (GAs) is used commercially to promote parthenocarpic fruit set and fruit growth, but it can increase vegeta�ve growth and reduce fruit Ca content. Bi�er pit (BP) is a physiological disorder caused by Ca deficiency in apples, also associated with increased ac�vity of GAs in the plant. This study was carried out to assess the effects of post bloom orchard spraying with ProCa and gibberellic acid (GA3) on vegeta�ve growth, fruit mineral content and BP incidence. The experiment was carried out in southern Brazil. 'Fuji' and 'Catarina' apple trees were sprayed with water (control), ProCa

-1 -1(319 mg a.i. L ) or GA3 (319 mg a.i. L ) at the petal fall stage (when shoots were 5-10 cm long), with reapplica�on 20 days later. During the trial, plants were not sprayed with calcium chloride to encourage the occurrence of BP. In both cul�vars, yield and average fruit weight at harvest were not different among treatments, while vegeta�ve growth (length of current season shoots) was reduced by ProCa and increased by GA3 in comparison to the control. In fruit of both cul�vars harvested at the commercial maturity and then le� in cold storage (0±0.5 oC/90-95% RH) for four months, followed by five days of shelf life, ProCa reduced while GA3 increased the incidence (%) of BP in comparison to the control. In both cul�vars, fruit from trees treated with ProCa had higher Ca content and lower (K+Mg+N)/Ca ra�o in the peel �ssue at the distal end than those from trees treated with GA3. The results show that post bloom spraying with GA3 increases the risk of BP. The inhibi�on of GAs synthesis by post bloom spraying with ProCa reduces vegeta�ve growth, improves fruit Ca accumula�on and reduces the risk of BP.

Palavras-chave : Malus domes�ca Borkh., an�-gibberellin, GA3, fruit, calcium, postharvest, physiological disorder.

Tecnologias pós-colheita

Po306 - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE FRUTOS DO MARACUJÁ BRS PEROLA DO CERRADO

(PASSIFLORA SETACEA) INFLUENCIADO PELO MÉTODO DE COLHEITA

Hilton Lopes Galvao (Brazil)¹; Clinimar Oliveira Amaral (Brazil)¹; Marisa Carvalho Botelho Ribeiro (Brazil)¹;

Matheus G. R. Boechat (Brazil)¹; Sérgio Agostinho Cenci (Brazil)²1 - Instituto Federal Fluminense; 2 - Embrapa Agroindústria de Alimentos

Po307 - POST BLOOM SPRAYING APPLE TREES WITH PROHEXADIONE-CALCIUM AND GIBBERELLIC

ACID AFFECTS VEGETATIVE GROWTH, FRUIT MINERAL CONTENT AND BITTER PIT INCIDENCE

Cassandro Amarante (Brazil)¹; João Paulo Generoso Silveira (Brazil)¹; Cristiano André Steffens (Brazil)¹; Vinicio

Denardi (Brazil)¹; Sergio Tonetto De Freitas (Brazil)²; José Massanori Katsurayama (Brazil)³1 - Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC); 2 - Embrapa Semiárido,; 3 - Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa

Catarina (EPAGRI)

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

A rambuteira (Nephelium lappaceum L.) pertencente à família Sapindaceae, tem seu fruto conhecido como rambutan, de excelente sabor e consumido predominantemente, como fruta fresca. Todavia, o rambutan apresenta problemas no armazenamento, devido à perecibilidade e durabilidade do fruto em relação ao tempo de prateleira, ocasionando maior perda da qualidade do fruto para comercialização. O trabalho teve como obje�vo avaliar a influência de diferentes embalagens, ambientes e períodos de conservação na qualidade de frutos de rambutanzeira. Os frutos foram coletados no município de Castanhal/PA, no estádio de maturação comercial, selecionados quanto à maturidade e ausência de defeitos, e avaliadas as seguintes caracterís�cas: massa fresca do fruto; massa da casca; massa da semente; teor de sólidos solúveis; perda de massa e rendimento de polpa. Foi empregado o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 5 x 2 x 4, sendo 5 embalagens (caixa de polipropileno, caixa de polies�reno, saco de polipropileno sem furo, saco de polipropileno com furo e bandeja de polies�reno envoltas com filme PVC), 2 ambientes (refrigerado e temperatura ambiente) e 4 períodos de armazenamento (2, 4, 6 e 8 dias armazenados), com 4 repe�ções e 5 frutos por repe�ção totalizando 20 frutos por tratamento. Os dados foram avaliados no programa ASSISTAT 7.7 Beta, subme�dos à análise de variância Anova. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade. Segundo os resultados ob�dos houve diferença significa�va entre os fatores embalagem, ambiente e período, sendo a embalagem altamente significa�va para massa fresca do fruto, massa da semente e rendimento de polpa e o ambiente para todas as caracterís�cas avaliadas e o período para todas as variáveis, exceto massa da casca. Considerando as embalagens no ambiente refrigerado não houve diferença esta�s�ca significa�va para maior parte das variáveis, porém na temperatura ambiente à embalagem de caixa de polies�reno obteve a melhor média esta�s�ca para massa fresca do fruto e massa da casca. Para o rendimento de polpa as embalagens caixa de polies�reno e bandeja de polies�reno com filme PVC apresentaram melhores resultados. Considerando o período de avaliação dos frutos armazenados houve interação entre os fatores teor de sólidos solúveis e massa da semente. Em temperatura ambiente o teor de sólidos solúveis foi reduzindo ao longo do período de avaliação, diferindo-se do ambiente refrigerado onde não houve diferença significa�va nos períodos avaliados. A qualidade dos frutos de rambutan são influenciados pelo �po de embalagem, ambientes e períodos de armazenamento.

Palavras-chave : Fru�cultura, pós-colheita, rambutan, armazenamento

RESUMO

A produção con�nuada de feijão verde (Phaseolus vulgaris) em estufa para consumo em fresco, potencia a incidência de doenças do solo, como a fusariose vascular do feijoeiro caudada por Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli (Fop), resultando em perdas de produção elevadas em todo o mundo superiores a 30%-80%. A doença foi também assinalada em Portugal em feijão verde de estufa, nas regiões do Norte, Centro e região do Oeste, associada igualmente a prejuízos. Dado não exis�rem cul�vares comerciais resistentes a este patogénio do solo, a estratégia mais viável passa pelo recurso à técnica da enxer�a, u�lizando como porta-enxerto cul�vares que sejam resistentes/tolerantes a Fop. Este trabalho pretende avaliar a reação de cul�vares de Phaseolus sp. a Fop, através da u�lização de testes-padrão, com o obje�vo de iden�ficar cul�vares de feijoeiro-comum (P. vulgaris) e feijoeiro-comprido (P. coccineus) com potencial para u�lização como porta-enxerto. O presente trabalho realizou-se na Escola Superior Agrária de Ponte de Lima u�lizando as cul�vares de P. coccineus Aintree, White Emergo-Snowy e 7 anos, e as cul�vares de P. vulgaris Tarrrestre, Oriente, Bencanta e Rajado. A avaliação da resistência/susce�bilidade das cul�vares de feijão de trepar foi realizada adaptando-se as metodologias descritas por diversos autores em estudos semelhantes para cul�vares rasteiras de feijão. A progressão da doença da fusariose vascular causada pela es�rpe portuguesa FA-15, e a susce�bilidade das cul�vares de feijoeiro, subme�das a inóculo de Fop durante 10, 30 e 60 minutos foram avaliadas ao longo dos 56 dias em condições controladas, através da determinação do índice de severidade da doença (1 a 9). A análise esta�s�ca dos resultados mostrou que nunca se verificou interação entre as cul�vares de feijoeiro e o tempo de inoculação. Concluiu-se que durante 42 dias, o índice se severidade foi igual nas cul�vares 7 Anos e White Emergo (P. coccineus), com uma média de 1,32±0,39. As cul�vares Tarrestre e Oriente (P. vulgaris) foram classificadas para o mesmo período de tempo, com índices de severidade superiores, sendo iguais entre si, e em média de 4,19±1,10. No fim do ensaio (56 DAI) a cul�var 7Anos destacou-se das restantes, apresentando o menor índice de severidade de 4,78 ±1,10, sendo classificada como tendo uma reação intermédia a Fop. No fim do ensaio, confirmou-se que as cul�vares Tarrestre e Oriente têm grande susce�bilidade a Fop, apresentando os índices de severidade mais elevados de 8,22± 0,16 e 8,11±0,68, respe�vamente, o que as classifica como susce�veis a Fop.

Palavras-chave : enxer�a, fusariose vascular, Phaseolus coccineus, Phaseolus vulgaris

Tecnologias pós-colheita

Po308 - INFLUÊNCIA DO ARMAZENAMENTO DE FRUTOS DE RAMBUTAN (NEPHELIUM LAPPACEUM

L.), EM DIFERENTES EMBALAGENS E AMBIENTES

Brenda Karina Rodrigues Da Silva (Brazil)¹; Arthur Nazareno Marinho Oliveira (Brazil)¹; Thayane Ferreira

Miranda (Brazil)¹; Arthur Simões Taverny (Brazil)¹; Antonia Benedita Da Silva Bronze (Brazil)¹; Socorro Taynara

Braga Cristo (Brazil)¹; Renato Cavalcante Ferreira De Sousa (Brazil)1; Marcio Cardoso Mourao (Brazil)¹1 - Universidade Federal Rural da Amazônia

Po309 - AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA DE CULTIVARES DE FEIJOEIRO AO FUNGO FUSARIUM

OXYSPORUM F. SP. PHASEOLI EM CONDIÇÕES CONTROLADAS

Fernando Santos (Portugal)¹; Isabel Mourão (Portugal)³; Sofia R. Costa (Portugal)² ³; Luis Miguel Brito

(Portugal)³; Luísa Moura (Portugal)³1 - Escola Superior Agrária - Instituto Politécnico de Viana do Castelo; 2 - CBMA – Centro de Biologia Molecular e Ambiental, Departamento de

Biologia, Universidade do Minho, Braga, Portugal; 3 - Centro de Investigação de Montanha (CIMO), Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico

de Viana do Castelo, Refóios, 4990-706 Ponte de Lima, Portugal

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

A produção de vinho e suco de uva está em franca expansão no Brasil e origina grande volume de bagaço composto por cascas, sementes e engaços. Este bagaço contém teor elevado de polifenóis e outros compostos bioa�vos de interesse para saúde humana, cuja recuperação possibilita a valorização desse resíduo agroindustrial através da geração de ingredientes funcionais. Como parte dos polifenóis das frutas encontram-se associados aos polissacarídeos das paredes celulares vegetais, processos de extração aquosa têm sido avaliados como alterna�va sustentável para obtenção de extratos ricos em fibras solúveis e polifenóis. O presente trabalho teve como obje�vo determinar o teor de compostos fenólicos, antocianinas e fibras alimentares, bem como a a�vidade an�oxidante de extratos aquosos ob�dos do bagaço de uva Merlot oriundo da produção de vinho �nto na Região Sul do Brasil. O bagaço foi subme�do à secagem (50°C/ 16 hs) e separado em duas frações: farinha da casca e sementes com engaços. Ambas foram subme�das à extração aquosa a 85°C/ 3 hs, proporção soluto:solvente 1:7 e agitação. O extrato líquido foi filtrado e subme�do à secagem por atomização. Os extratos em pó da fração casca (EAC) e das sementes com engaços (EAS) foram analisadas quanto ao teor de compostos fenólicos e antocianinas totais, fibra alimentar total e capacidade an�oxidante por absorbância do radical Oxigênio (ORAC). O extrato EAC apresentou teor de fibra alimentar de 25,58 ± 0,13 g/ 100 g, teor de compostos fenólicos totais de 3,48 ± 0,16 g eq ácido gálico (EAG)/ 100 g, com 144,46 ± 5,50 mg/ 100 g de antocianinas totais, e a�vidade an�oxidante equivalente a 406,33 ± 4,50 µmol Trolox/ g. No EAS, foram ob�dos 30,07± 0,55 g/ 100 g de fibra alimentar, 8,13 ± 0,36 g EAG / 100 g de fenólicos totais, 159,70 ± 5,83 mg/ 100 g de antocianinas e a�vidade an�oxidante equivalente a 835,12 ± 6,35 µmol Trolox/ g. Os resultados indicam que o processo de extração aquosa empregado possibilitou a recuperação de fibras alimentares e compostos fenólicos do bagaço de uva. O extrato ob�do das sementes e engaços, EAS, apresentou teor de fenólicos cerca de 6 vezes superior ao extrato da fração casca, EAC, e o dobro da a�vidade an�oxidante. No entanto, o teor de antocianinas e de fibra alimentar dos dois extratos foi semelhante. Os extratos em pó ob�dos do bagaço de uva, ricos em fibras an�oxidantes, apresentam amplo potencial de aplicação como ingredientes para a indústria agroalimentar.

Palavras-chave : vi�vinicultura, compostos fenólicos, fibras an�oxidantes, bagaço de uva

RESUMO

A realização deste trabalho teve como obje�vo principal, procurar, através da iden�ficação, caraterização e avaliação de exemplares, conhecer a variabilidade em anoneiras e pitangueiras na ilha da Madeira.Aspetos gerais destas fruteiras são apresentados, tendo em conta a origem e distribuição geográfica, as variedades, a ecologia e adaptação, a propagação, a plantação, a adubação, a poda, a produção, a colheita, os usos da cultura e as pragas e doenças que as afetam.A caraterização do cul�vo da anoneira e pitangueiras na ilha da Madeira é apresentada, com ênfase em aspetos como, a localização e o sistema de cul�vo, os solos e o clima, a planta e as prá�cas culturais, a produção e o ciclo produ�vo e a fitopatologiaAs caraterís�cas dos frutos são analisadas em detalhe, nomeadamente no que se refere à cor, forma, peso médio, percentagem média (p/p) de polpa, existência de fibras na polpa, a atra�vidade, sementes, brix e acidez. Na anona, o índice de sementes (número médio de sementes por 100 gramas de fruto maduro), teor de açúcares, resistência da casca ao penetrómetro, prova organolé�ca (sabor, aroma, textura ou consistência) e tempo decorrido entre a colheita e a maturação comercial.Finalmente é apresentado um estudo de seleção massal, a par�r 109 exemplares de pitangueira e 111 de anoneiras com produção significa�va de frutos durante o período de estudo. A seleção baseou-se fundamentalmente nas caraterís�cas dos frutos e na regularidade da produção.

Tecnologias pós-colheita

Po310 - EXTRAÇÃO AQUOSA DO BAGAÇO DE UVA MERLOT DE VINIFICAÇÃO TINTA: OBTENÇÃO DE

FIBRAS ALIMENTARES E POLIFENÓIS

Thaisi Barcelos (Brazil)²; Carolina Beres (Brazil)¹; Erika Fraga De Souza (Brazil)1; Regina Isabel Nogueira

(Brazil)¹; Caroline Mellinger-Silva (Brazil)¹; Karina Maria Olbrich Dos Santos (Brazil)¹1 - Embrapa Agroindústria de Alimentos; 2 - Centro Universitário Estadual da Zona Oeste

Po311 - PROSPEÇÃO DE VARIEDADES DE ANONA E PITANGA NA RAM

Rui Nunes (Portugal)¹1 - Direção Regional de Agricultura - Madeira

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

Segundo a Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (ABCSEM) o Brasil possui uma área de 820.000 hectares des�nados à produção de hortaliças. O rabanete (Raphanus sa�vus L) é uma brassicácea de porte reduzido, que nas cul�vares de melhor aceitação, produz raízes globulares, de coloração escarlete brilhante e polpa branca, apresenta ciclo curto, aspecto interessante para a composição de sistemas de produção de espécies tardias. O azoto (N) é um elemento considerado essencial para a cultura do rabanete. Devido a alta exigência deste nutriente e a sua dinâmica em solos tropicais, comumente é realizado adubações complementares para garan�r uma boa produ�vidade. Tais adubações são realizadas a par�r de compostos nitrogenados simples como por exemplo a uréia que possui uma boa relação custo bene�cio. Embora o azoto seja um importante nutriente para as hortaliças, pouco se conhece, ainda, a respeito das quan�dades a serem u�lizadas que permitam a obtenção de rendimentos sa�sfatórios na cultura do rabanete. Obje�vou-se com esse trabalho avaliar o efeito sobre a adubação nitrogenada e a produ�vidade da cultura. Um experimento foi realizado no setor de Olericultura do Ins�tuto Federal Goiano – Campus - Rio Verde. Foram plantadas duas cul�vares em três canteiros com dimensões de 19,5 m², em cada canteiro instalou-se 8 parcelas com 2 m² (2 m x 1 m), e entre canteiros o espaçamento foi de 0,50 m totalizando 24 parcelas.A semeadura foi realizada em 5 linhas com espaçamento entre linhas de 15 cm, e entre plantas com 8 cm. O delineamento experimental u�lizado foi o de blocos casualizados com 8 tratamentos e 3 repe�ções. Os tratamentos foram compostos por quatro épocas de aplicação do azoto - testemunha (sem azoto), N 10 DAS, N 17 DAS, N 25 DAS) e duas variedades de rabanete. A fonte de azoto u�lizada foi a uréia, foram realizadas com 10, 17 e 25 dias após a semeadura e controle, com dosagem de 7 g por sulco (35g m-²). As caracteris�cas avaliadas foram: produ�vidade e diâmetro. Para a produ�vidade u�lizou-se o peso de 9 plantas por parcelas, e para o diâmetro foi u�lizado o paquímetro. De acordo com as análises de variâncias não foram ob�dos efeitos significa�vos (P<0,05) para a aplicação de azoto nas três épocas comparado com a testemunha para as caracterís�cas de produ�vidade e diâmetro.

Palavras-chave : Raphanus sa�vus L, uréia, nitrogênio

RESUMO

A oferta nacional de cereja, embora tenha aumentado nos úl�mos anos, é ainda insuficiente para responder à procura interna e externa, pelo que é necessário implementar novas metodologias de conservação para fazer face às exigências dos mercados e à crescente compe��vidade e globalização do comércio de hortofru�colas. A aplicação de tratamentos pós-colheita que permitam conservar as caracterís�cas destes frutos, altamente perecíveis, durante um período de tempo mais prolongado, é crucial para a garan�a de qualidade e o consequente aumento da valorização económica e do período de comercialização da cereja produzida em Portugal. Este estudo teve como principal obje�vo avaliar o efeito da aplicação pós-colheita de tratamentos diversos na qualidade comercial e nutricional da cereja cv. Earlise associados a armazenamento em atmosfera modificada. Os frutos foram subme�dos a 4 tratamentos (controlo, imersão em cloreto de cálcio, água refrigerada, e aplicação de fungicida), colocados em tabuleiros, em módulos individuais, no interior de contentores Janny M.T. - Tiempo CAP, com capacidade de 610 litros, os quais foram conservados em câmara frigorífica entre 1°C e 3°C em regime de atmosfera modificada durante 28 dias. Após este período, foi avaliada a perda de massa total, bem como parâmetros biométricos (massa, diâmetro, largura e espessura), �sico-químicos (textura, teor de sólidos solúveis, pH e acidez �tulável), e parâmetros cromá�cos (luminosidade, croma e tonalidade) de 50 frutos de cada tratamento. Teores de vitamina C, açúcares-livres (glucose, galactose, frutose e sacarose) e composição fenólica foram igualmente determinados em cada tratamento e os resultados comparados com os ob�dos nos frutos à colheita. De uma maneira geral, as cerejas à colheita apresentaram valores mais elevados nos parâmetros biométricos analisados, embora não diferindo significa�vamente do tratamento controlo. Rela�vamente à textura, as cerejas à colheita apresentaram-se menos firmes, sobretudo quando comparadas com as provenientes do tratamento controlo. Os parâmetros cromá�cos foram significa�vamente inferiores nas cerejas à colheita mas muito próximos da maioria dos tratamentos de pós-colheita, sugerindo que os tratamentos aplicados não têm influência significa�va nestes parâmetros. A perda de qualidade da cereja em pós-colheita e o aparecimento de podridões nos frutos sugere que as condições de armazenamento ensaiadas neste estudo, em especial o período de armazenamento, não foi o mais adequado para este fruto. No entanto, a u�lização deste sistema de acondicionamento em contentor parece ser promissor.

Palavras-chave : Prunus avium, refrigeração, pós-colheita, fungicida, cálcio

Tecnologias pós-colheita

Po312 - APLICAÇÃO DE AZOTO EM DUAS VARIEDADES DE RABANETE NO SUDOESTE DE GOIÁS

José Wéselli De Sá Andrade (Brazil)¹; Lázara Conceição Da Costa (Brazil)¹; Orlando C.Pina Filho (Brazil)¹1 - Instituto Federal Goiano Campus Rio Verde

Po313 - QUALIDADE DA CEREJA DE POLPA MOLE APÓS ARMAZENAMENTO PROLONGADO EM

REGIME DE ATMOSFERA MODIFICADA

Maria Cristina Morais (Portugal)¹; Alfredo Aires (Portugal)¹; Hortense Fernandes (Portugal)¹; Francisco Guedes

(Portugal)²; Carlos Ribeiro (Portugal)¹; Berta Gonçalves (Portugal)¹1 - UTAD; 2 - CERMOUROS

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

O Brasil é um dos maiores produtores de frutas do mundo, no entanto, inúmeras espécies fru�feras na�vas, de excelentes propriedades nutricionais e sensoriais con�nuam subexploradas como é o caso da mangabeira (Hancornia speciosa Gomes). Trata-se de uma espécie ainda em processo de domes�cação, que corre riscos de ex�nção, frente à acelerada devastação de mangabais na�vos no litoral nordes�no, incluindo as áreas de transição Cerrado-Res�nga no Maranhão. Sabendo que a geração de conhecimentos é fundamental para garan�r o manejo, conservação e aproveitamento adequado da espécie, bem como a seleção de genó�pos superiores e o cul�vo racional da fru�fera, o obje�vo da pesquisa foi caracterizar quimicamente os frutos de mangabeiras silvestres selecionadas em áreas de ocorrência natural da espécie sob vegetação de transição Cerrado e Res�nga. O trabalho foi realizado no município de Morros-MA, nos povoados Recanto, Pa�zal e Recurso, dos quais foram selecionadas 15 mangabeiras por povoado, e em sequência 20 frutos maduros (do chão) por planta. Da amostra de 20 frutos, 12 foram tomados ao acaso, totalizando 540 frutos para análise química, realizada no Laboratório de Fitotecnia e Pós Colheita da Universidade Estadual do Maranhão. A análise química dos frutos foi realizada por planta, através da maceração da amostra dos 12 frutos. Os Sólidos Solúveis foram determinados por leitura refratométrica direta, em refratômetro digital, expressa diretamente em º Brix e o potencial hidrogeniônico (pH) foi determinado pelo método potenciômetro em peagâmetro digital calibrando-se o potenciômetro através das soluções tampão (pH 4,0 e 7,0). A acidez �tulável (% de ácido cítrico) foi ob�da por �tulometria com solução padronizada de hidróxido de sódio a 0,1N. Os dados ob�dos foram analisados por meio de esta�s�ca descri�va e para o processamento dos dados u�lizou-se o programa esta�s�co SAEG, Versão 9.1. A análise dos dados revelou grande variabilidade para todos os parâmetros estudados, possivelmente por se tratar de uma espécie não domes�cada, em seu ambiente natural de grande heterogeneidade. As médias gerais para pH, sólidos solúveis e acidez foram respec�vamente 3,54 ± 0,04; 15,56 º Brix ± 0,55 e 0,41% ± 0,02. Vale ressaltar que todos os frutos amostrados encontram-se dentro dos padrões adequados tanto para consumo in natura quanto para industrialização.

Palavras-chave : Mangaba, Fruteiras Na�vas, Rendimento de polpa

Po314 - CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA DE FRUTOS DE MANGABEIRA (HANCORNIA SPECIOSA GOMES)

SOB VEGETAÇÃO DE TRANSIÇÃO CERRADO E RESTINGA.

Larissa De Paula Viana Da Silva (Brazil)¹; José Ribamar Gusmão Araujo (Brazil)¹; Ariadne Enes Rocha (Brazil)¹;

Mary Jane Nunes Carvalho (Brazil)¹; Wyayran Fernando Sousa Santos (Brazil)¹; Pedro Ivo Menezes Bitu (Brazil)¹1 - Universidade Estadual do Maranhão

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

Dentre as hortaliças consumidas no Brasil, a alface se destaca pela sua importância econômica, social e produ�va, sendo a escolha e determinação das cul�vares a serem u�lizadas nas diferentes regiões do País de extrema importância, além de influenciar diretamente na produ�vidade das mesmas. No presente trabalho obje�vou-se avaliar o desempenho agronômico de 20 cul�vares de alface produzidas nas condições edafoclimá�cas de Seropédica-RJ, no período de maio a julho de 2016. Cul�vares essas pertencentes aos grupos de alface mimosa, lisa, crespa e americana (Mimosa Salad Bowl, Babá de Verão, Dayse, Vitória de Santo Antão, Colorado, Floresta, Mariane, Lídia, Hortência, Grand Rapids, Anita, Rube�e, Simpson, Roxa 4 Estações, Repolhuda Todo Ano, Elisa, Yuri, Lolo Rossa, Regina 2000 e Verônica). A semeadura foi realizada em bandejas de polies�reno expandido de 128 células contendo substrato comercial para hortaliças e, após 27 dias, as mudas foram transplantadas para o campo. O delineamento experimental u�lizado foi o de blocos ao acaso, com três repe�ções, sendo as parcelas cons�tuídas de 9 plantas espaçadas de 0,3 x 0,3 m, das quais 6 foram coletadas para as análises. A colheita foi realizada no dia 07 de julho de 2016, mensurando as seguintes caracterís�cas, massa fresca da parte aérea, diâmetro de cabeça, número de folhas, massa fresca de folhas e comprimento de caule.Observou-se que houve um efeito significa�vo entre todas as variáveis avaliadas. As cul�vares Simpson e Regina 2000 se destacaram das demais apresentando maior peso de massa fresca da parte aérea. Sendo a Simpson a que apresentou tambem maior peso de massa fresca das folhas e maior diametro. A Regina 2000 obteve também o maior número de folhas (47), se diferindo esta�s�camente das demais cul�vares. A seguir destacaram-se Repolhuda Todo Ano (38), Lídia (37), Floresta Boston (36) e Babá de Verão (35). Os resultados para comprimento de caule auxiliam a averiguar a adaptabilidade das cul�vares quanto a tolerância ao pendoamento e ao florescimento precoce. A cul�var Yuri, foi a única que apresentou o maior comprimento de caule (10 cm), o que evidencia a precocidade e falta de adaptação da mesma ao período de outono-inverno da Região de Seropédica-RJ. Anita e Floresta, foram as que apresentaram menor comprimento do caule (4 cm).Conclui-se que as cul�vares Simpson e Regina 2000 se destacaram das demais apresentando maior peso e produ�vidade. A cul�var Yuri foi a que apresentou o pior desempenho.

Palavras-chave : Lactuca sa�va L., Cul�vares, Desempenho, Produ�vidade

Po315 - PRODUÇÃO DE ALFACE NO OUTONO-INVERNO DE SEROPÉDICA - RJ

Talita Dos Santos Ferreira (Brazil)¹; Rafael Alves Cardoso (Brazil)¹; Karolyn Alves Laranja Silva (Brazil)¹; Cibelle

Vilela Andrade Fiorini (Brazil)¹1 - UFRRJ

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RESUMO

Modelos de crescimento, que relacionem variáveis de crescimento com soma térmica, são úteis na obtenção de informações básicas das interações planta e ambiente, auxiliando na definição da melhor forma de manejo da cultura. Os obje�vos deste trabalho foram determinar a soma térmica para os estádios fenológicos e modelar o crescimento, bem como, determinar a máxima taxa de acúmulo de fitomassa seca em função do desenvolvimento rela�vo da cultura de dois híbridos de brócolis de cabeça única (Legacy e BRO68), cul�vados em duas épocas. Foram instalados dois experimentos em campo, nos meses de março e junho de 2015, no Departamento de Fitotecnia, da Universidade Federal de Santa Maria, no município de Santa Maria, RS, Brasil, sob as coordenadas 29°43'S,53°42'W e al�tude de 95m. A amostragem de plantas para coleta das variáveis dependentes do modelo consis�u em três amostras aleatórias de plantas durante o ciclo de crescimento, realizadas semanalmente do dia do transplante até o j-ésimo dia da maturação da cabeça. As variáveis dependentes foram: altura e diâmetro de cabeça, fitomassa verde de cabeça e dos floretes e fitomassa seca de cabeça. Foi quan�ficada a soma térmica, variável independente do modelo, nos estádios fenológicos de: mudas; na diferenciação floral; durante a maturação da cabeça, início até 50%, 50 a 80% e término de maturação e nas ânteses da primeira flor emi�da. Para ajuste do modelo, foi empregado o procedimento itera�vo para mínimos quadrados não lineares de Levenberg-Marquardt e a taxa máxima de acúmulo, ponto de inflexão (PI) da curva, foi es�mada pela derivada do modelo. Pelos modelos ajustados, observou-se diferenças entre os híbridos na primeira época para as variáveis altura e diâmetro de cabeça e para fitomassa verde de cabeça e de floretes. Para a segunda época, houve diferença no crescimento entre os híbridos para as variáveis fitomassa verde e seca de cabeças. A soma térmica para o híbrido Legacy na época de transplante em março é de 1.479,9 graus-dia e na época de junho é de 1.285,5 graus-dia. A soma térmica para o híbrido BRO 68 na época março é de 1.423,1 graus-dia e na época junho é de 1.172,8 graus-dia. Temperaturas ascendentes, do transplante até o término de colheita, provocam aumento do ciclo e da fitomassa média das inflorescências nos dois híbridos. O híbrido BRO68 manteve a maior precocidade, independentemente da época de cul�vo, enquanto, o híbrido Legacy, mesmo sendo o mais tardio, a�ngiu elevados rendimentos nas duas épocas.

Palavras-chave : Brassica oleracea L. var. italica Plenk, Modelo do cosseno, Fitomassa seca, Fenologia, Taxa máxima de crescimento

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

Dentre as hortaliças consumidas no Brasil, a alface se destaca pela sua importância econômica, social e produ�va, sendo a escolha e determinação das cul�vares a serem u�lizadas nas diferentes regiões do País de extrema importância, além de influenciar diretamente na produ�vidade das mesmas. No presente trabalho obje�vou-se avaliar o desempenho agronômico de 20 cul�vares de alface produzidas nas condições edafoclimá�cas de Seropédica-RJ, no período de maio a julho de 2016. Cul�vares essas pertencentes aos grupos de alface mimosa, lisa, crespa e americana (Mimosa Salad Bowl, Babá de Verão, Dayse, Vitória de Santo Antão, Colorado, Floresta, Mariane, Lídia, Hortência, Grand Rapids, Anita, Rube�e, Simpson, Roxa 4 Estações, Repolhuda Todo Ano, Elisa, Yuri, Lolo Rossa, Regina 2000 e Verônica). A semeadura foi realizada em bandejas de polies�reno expandido de 128 células contendo substrato comercial para hortaliças e, após 27 dias, as mudas foram transplantadas para o campo. O delineamento experimental u�lizado foi o de blocos ao acaso, com três repe�ções, sendo as parcelas cons�tuídas de 9 plantas espaçadas de 0,3 x 0,3 m, das quais 6 foram coletadas para as análises. A colheita foi realizada no dia 07 de julho de 2016, mensurando as seguintes caracterís�cas, massa fresca da parte aérea, diâmetro de cabeça, número de folhas, massa fresca de folhas e comprimento de caule.Observou-se que houve um efeito significa�vo entre todas as variáveis avaliadas. As cul�vares Simpson e Regina 2000 se destacaram das demais apresentando maior peso de massa fresca da parte aérea. Sendo a Simpson a que apresentou tambem maior peso de massa fresca das folhas e maior diametro. A Regina 2000 obteve também o maior número de folhas (47), se diferindo esta�s�camente das demais cul�vares. A seguir destacaram-se Repolhuda Todo Ano (38), Lídia (37), Floresta Boston (36) e Babá de Verão (35). Os resultados para comprimento de caule auxiliam a averiguar a adaptabilidade das cul�vares quanto a tolerância ao pendoamento e ao florescimento precoce. A cul�var Yuri, foi a única que apresentou o maior comprimento de caule (10 cm), o que evidencia a precocidade e falta de adaptação da mesma ao período de outono-inverno da Região de Seropédica-RJ. Anita e Floresta, foram as que apresentaram menor comprimento do caule (4 cm).Conclui-se que as cul�vares Simpson e Regina 2000 se destacaram das demais apresentando maior peso e produ�vidade. A cul�var Yuri foi a que apresentou o pior desempenho.

Palavras-chave : Lactuca sa�va L., Cul�vares, Desempenho, Produ�vidade

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Po316 - MODELO DE CRESCIMENTO E SOMA TÉRMICA EM BRÓCOLIS DE CABEÇA ÚNICA

Sidinei José Lopes (Brazil)¹; Jorge Nadir Trevisan (Brazil)¹; Pedro Hernandez Padilha (Brazil)¹; Alessandro Dal

Col Lucio (Brazil)¹1 - Universidade Federal de Santa Maria

Po317 - PRODUÇÃO DE ALFACE NO OUTONO-INVERNO DE SEROPÉDICA - RJ

Talita Dos Santos Ferreira (Brazil)¹; Rafael Alves Cardoso (Brazil)¹; Karolyn Alves Laranja Silva (Brazil)¹; Cibelle

Vilela Andrade Fiorini (Brazil)¹1 - UFRRJ

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

A denominação 'limão' é usada para as frutas cítricas com o suco muito ácido, incluídos tanto os limões verdadeiros (Citrus limon) quanto às limas ácidas, cujas variedades mais conhecidas são o 'Tahi�' (Citrus la�folia) e o 'Galego' (Citrus auran�folia). Es�ma-se que 70 % do total da produção mundial sejam de limões verdadeiros e o restante de limas ácidas. O Brasil é o quarto produtor mundial de limões. O estado de Minas Gerais é o segundo maior produtor de limões do Brasil com 10 % da produção nacional em 2014. O mercado interno do limão apresenta um potencial de crescimento, pois o consumo no Brasil ainda é baixo. Diante disso, obje�vou-se caracterizar os parâmetros �sicos e químicos de frutos de limeiras ácidas 'Tahi�' e de limão 'Galegos' cul�vados em condições de Cerrado. O experimento foi conduzido em pomar do Ins�tuto Federal do Triângulo Mineiro, em Uberlândia/MG. O clima é do �po tropical e pluviosidade média anual de 1479 mm. As plantas foram espaçadas três metros entre plantas e cinco metros entre linhas. Os frutos foram produzidos sem irrigação. Foram realizadas três colheitas de 120 frutos, no período de safra, entre fevereiro a março de 2017, divididos em 4 repe�ções. Os frutos foram colhidos aleatoriamente da região do centro para baixo da copa. Foram realizadas as análises de peso médio dos frutos, rendimento em suco, acidez total �tulável (ATT), pH, sólidos solúveis totais (SST), ra�o e índice de cor da casca. Os resultados ob�dos para a lima ácida 'Tahi�' foram, peso médio: 148,49 g, rendimento em suco: 34,32 %, ATT: 10,12 %, pH: 2,61, SST: 7,91°B, ra�o: 1,28, índice de cor da casca: 60,83. Não foram observadas diferenças esta�s�cas significa�vas entre as colheitas de lima ácida 'Tahi�' e de limão 'Galego'. Os resultados ob�dos para os limões 'Galego' foram, peso médio: 56,25 g, rendimento em suco: 18 %, ATT: 10,36 %, pH: 2,25, SST: 7°B, ra�o: 0,67, índice de cor da casca: 33,57. Os resultados demonstraram que as limas ácidas 'Tahi�' encontram-se dentro dos padrões para o mercado de frutos in natura, com caracterís�cas aceitas para frutos de exportação, à exceção do rendimento em suco, que deve ser superior a 35 %. Os limões 'Galego' apresentaram indicadores fora dos padrões do mercado, demonstrando que um efe�vo manejo agronômico é essencial para que se obtenha uma melhor caracterização �sico-química desses frutos. Agradecemos à FAPEMIG pelo apoio na apresentação desse trabalho.

Palavras-chave : Citrus la�folia, Citrus auran�folia, Qualidade de frutos

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

No Brasil a fru�cultura responde por 25% do agronegócio, que é um dos mais dinâmicos segmentos da economia, sendo responsável por parcela significa�va das exportações. O setor lidera também as esta�s�cas de geração de empregos e de números de estabelecimentos industriais. A transformação das frutas seja em escala industrial ou artesanal resulta na agregação de valor e incrementa a comercialização da produção agrícola. No Brasil, a produção de uvas sem sementes se iniciou na década de 1990 e a Embrapa Uva e Vinho vêm trabalhando no melhoramento gené�co visando à obtenção de cul�vares de uvas de mesa apirênicas mais adaptadas às condições edafoclimá�cas do país para assim tornar sua colheita mais regular e viabilizar a comercialização de forma mais sustentável. A uva pode ser consumida na forma fresca e u�lizada na elaboração de vinhos, sucos, des�lados, vinagre, geleias e passas (desidratadas) que aumenta o tempo de conservação em meses. As uvas- passas são fonte de açucares, ferro, vitaminas e minerais e no Brasil é importada da Argen�na, Chile, EUA, África do Sul, Emirados Árabes e Irã. O obje�vo deste trabalho foi desenvolver um protó�po para a secagem de uvas de mesa brasileiras na Estação Experimental de Vi�cultura Tropical da Embrapa (Jales/SP, Brasil). O equipamento foi construído totalmente em aço inoxidável, dispondo de dois compar�mentos: uma cabine na parte superior contendo 18 bandejas nas dimensões de 700 mm x 500 mm e na parte inferior um compar�mento onde foram instalados os sistemas de aquecimento e ven�lação. É cons�tuído por dois painéis de placas perfuradas com regulagem do diâmetro dos furos para controlar a mistura da entrada e saída do ar de secagem. Além disso, sistemas independentes de ven�lação e aquecimento permitem a inversão do fluxo de ar em sen�dos alternados. O painel elétrico/eletrônico apresenta disposi�vos que controlam, através de temporizadores, a inversão dos ven�ladores e o acionamento dos blocos de resistência que aquecem o ar. A grande vantagem deste sistema em relação aos equipamentos existentes é a inclusão de um conjunto específico de disposi�vos que garantem a uniformidade da umidade final do produto. Dentre as cul�vares brasileiras de uvas de mesa, BRS Clara, BRS Linda e BRS Morena foram iden�ficadas com potencial de elaboração de passas. Os critérios de seleção para o processamento foram produ�vidade, ausência de sementes, sabor, conteúdo de açúcares, facilidade de manejo, degrana natural e película fina. Palavras-chave : conservação de frutas, desidratação, agregação de valor

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Po318 - CARACTERIZAÇÃO DE PARÂMETROS FÍSICOS E QUÍMICOS DE LIMAS ÁCIDAS 'TAHITI' E

LIMÃO 'GALEGO' PRODUZIDAS NO CERRADO BRASILEIRO

Letícia Vieira Castejon (Brazil)¹; Kamila Sousa Martins (Brazil)¹; Vanessa Cristina Caron (Brazil)¹; Daniela

Aparecida Morais Medeiros (Brazil)¹; Tatiana Boff (Brazil)¹; Deborah Santesso Bonnas (Brazil)¹1 - Instituto Federal de Educação do Triângulo Mineiro

Po319 - DIMENSIONAMENTO E CONSTRUÇÃO DE SECADOR PARA PRODUÇÃO DE UVAS PASSAS

BRASILEIRAS

Felix Emilio Prado Cornejo (Brazil)¹; Regina Isabel Nogueira (Brazil)¹; Daniela Daniela De Grandi Castro Freitas

De Sá (Brazil)¹; Reginaldo Teodoro De Souza (Brazil)²; João Dimas Garcia Maia (Brazil)²; Patricia Ritschel

(Brazil)²1 - Embrapa Agroindústria de Alimentos; 2 - Embrapa Uva e Vinho

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

A oferta nacional de cereja, embora tenha aumentado nos úl�mos anos, é ainda insuficiente para responder à procura interna e externa, pelo que é necessário implementar novas metodologias de conservação para fazer face às exigências dos mercados e à crescente compe��vidade e globalização do comércio de hortofru�colas. A aplicação de tratamentos pós-colheita que permitam conservar as caracterís�cas destes frutos, altamente perecíveis, durante um período de tempo mais prolongado, é crucial para a garan�a de qualidade e o consequente aumento da valorização económica e do período de comercialização da cereja produzida em Portugal. Este estudo teve como principal obje�vo avaliar o efeito da aplicação pós-colheita de tratamentos diversos na qualidade comercial e nutricional da cereja cv. Earlise associados a armazenamento em atmosfera modificada. Os frutos foram subme�dos a 4 tratamentos (controlo, imersão em cloreto de cálcio, água refrigerada, e aplicação de fungicida), colocados em tabuleiros, em módulos individuais, no interior de contentores Janny M.T. - Tiempo CAP, com capacidade de 610 litros, os quais foram conservados em câmara frigorífica entre 1°C e 3°C em regime de atmosfera modificada durante 28 dias. Após este período, foi avaliada a perda de massa total, bem como parâmetros biométricos (massa, diâmetro, largura e espessura), �sico-químicos (textura, teor de sólidos solúveis, pH e acidez �tulável), e parâmetros cromá�cos (luminosidade, croma e tonalidade) de 50 frutos de cada tratamento. Teores de vitamina C, açúcares-livres (glucose, galactose, frutose e sacarose) e composição fenólica foram igualmente determinados em cada tratamento e os resultados comparados com os ob�dos nos frutos à colheita. De uma maneira geral, as cerejas à colheita apresentaram valores mais elevados nos parâmetros biométricos analisados, embora não diferindo significa�vamente do tratamento controlo. Rela�vamente à textura, as cerejas à colheita apresentaram-se menos firmes, sobretudo quando comparadas com as provenientes do tratamento controlo. Os parâmetros cromá�cos foram significa�vamente inferiores nas cerejas à colheita mas muito próximos da maioria dos tratamentos de pós-colheita, sugerindo que os tratamentos aplicados não têm influência significa�va nestes parâmetros. A perda de qualidade da cereja em pós-colheita e o aparecimento de podridões nos frutos sugere que as condições de armazenamento ensaiadas neste estudo, em especial o período de armazenamento, não foi o mais adequado para este fruto. No entanto, a u�lização deste sistema de acondicionamento em contentor parece ser promissor.

Palavras-chave : Prunus avium, refrigeração, pós-colheita, fungicida, cálcio

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Tecnologias pós-colheita

RESUMO

O crescimento dos mercados e da oferta à escala global tem conduzido a um aumento das exigências por parte dos consumidores. A adoção de referenciais de cer�ficação pelos produtores do �po 'Global Gap' para a�ngir mercados cada vez mais exigentes, começa a ser cada vez mais frequente, pelo que a diferenciação dos produtos se torna fundamental. O consumo de frutos vermelhos está muito associado a um aumento dos bene�cios para a saúde humana pela presença de compostos an�oxidantes. Este grupo de frutos é rico em compostos flavonoides, dos quais fazem parte as antocianinas que lhes conferem a coloração vermelha caracterís�ca. As antocianinas apresentam efeitos benéficos para as células, cons�tuindo uma proteção contra o stress oxida�vo, prevenindo algumas doenças. Os compostos an�oxidantes não apresentam uma concentração semelhante entre variedades e são influenciados pelas condições culturais existentes. Em análises de ro�na a determinação da concentração dos sólidos solúveis totais (SST), compostos fenólicos (CF) e capacidade an�oxidante (CA) realizam-se através de métodos analí�cos destru�vos que representam um elevado consumo de mão-de-obra e tempo. A espectroscopia de infravermelho (IV) próximo representa-se como uma alterna�va inovadora para a análise da qualidade de frutos em fresco. O presente trabalho realizado no âmbito do projeto A2020 (ref:ALT20- 03-0145-FEDER-000005) teve como principais obje�vos a obtenção de um método rápido de análise para o teor de CF e CA, a iden�ficação das variedades de morango que apresentam maior teor destes compostos e da época em que este valor máximo ocorre. Para a obtenção do modelo matemá�co que relaciona os múl�plos comprimentos de onda do espectro com os parâmetros que se pretendem analisar, recorreu-se a uma análise de regressão pelo método dos mínimos quadrados parciais (PLS). Das quatro variedades de morangos avaliadas ('Rociera', 'Primoris', 'Portola' e 'Rábida') foi a variedade 'Primoris' que apresentou uma maior concentração de CF e CA. Tendo-se observado também que a meio do ciclo de produção ob�veram-se os valores mais elevados para as quatro variedades, estando apenas a var.'Portola' abaixo dos 200 mg GAE/100g PF.O conhecimento prévio das variedades de morango que têm maior concentração de CF e CA, bem como da influência das condições culturais que favorecem a sua síntese poderá ser uma vantagem compe��va a ser explorada, no futuro, pelos produtores.

Palavras-chave : morango, compostos fenólicos, capacidade an�oxidante, sólidos solúveis totais, FT-NIR

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Po320 - QUALIDADE DA CEREJA DE POLPA MOLE APÓS ARMAZENAMENTO PROLONGADO EM

REGIME DE ATMOSFERA MODIFICADA

Maria Cristina Morais (Portugal)¹; Alfredo Aires (Portugal)¹; Hortense Fernandes (Portugal)¹; Francisco Guedes

(Portugal)²; Carlos Ribeiro (Portugal)1; Berta Gonçalves (Portugal)¹1 - UTAD; 2 - CERMOUROS

Po321 - EFICIÊNCIA DA TECNOLOGIA FT-NIR PARA A AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO E QUALIDADE DOS

FRUTOS DE MORANGO (FRAGARIA ANANASSA)

Sara Rodrigues (Portugal)¹; Joana Véstia (Portugal)¹; Ana Cristina Santos (Portugal)¹; João Mota Barroso

(Portugal)¹; Maria Rosário Félix (Portugal)¹; Renato Coelho (Portugal)¹; Dulce Pereira (Portugal)²; Ana Elisa Rato

(Portugal)¹1 - Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas; 2 - Universidade de Évora