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FESTIVAL TEMPS D´IMAGES | ENTREVISTA A RUI CALÇADA BASTOS (artista plástico) | CREATIVE LAB: ASSINADO POR TENENTE (exposições) | A GAIVOTA (teatro) | DEAD COMBO, ORELHA NEGRA, VIRGEM SUTA E MOONSPELL AO VIVO NO SÃO JORGE (música) capa: Rui Calçada Bastos ("Stardust")

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25 a 31 de OUTUBRO`10 n.º 184

Exposições / Creative Lab: Assinado por Tenente / Pág. 8

Centenário da República / Pág.14

Em Agenda / Pág. 12

Em destaque / Festival Temps d´Images / Pág. 4

Entrevista / Rui Calçada Bastos / Pág. 6

Teatro / A Gaivota / Pág. 9

Editorial / Pág. 3

Curtas / Pág. 11

Música / Dead Combo | Virgem Suta | Orelha Negra | Moonspell / Pág. 10

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Siga-nos emhttp://twitter.com/lisboa_cultural

http://www.facebook.com/lisboaculturalhttp://itematicoslisboa.blogspot.com

LISBOA CULTURAL

Ficha técnica

Edição: Divisão de Programação e Divulgação Cultural | Direcção Municipal de Cultura | CMLEditor: Frederico Bernardino Redacção: Sara Ferreira, Susy Silva Design Gráfico: Rute Figueira Capa: Stardust, de Rui Calçada BastosContactos: Rua Manuel Marques, 4F, Edifício Utreque - Parque Europa, 1750-171 Lisboa | Tel. 21 817 06 00 | [email protected]

Esta é a semana do Temps d´Images, o único festival anual transdisciplinar que acontece em Portugal. Atingindo uma rede de dez países europeus, o Temps d´Images foi criado pelo canal ARTE France e La Ferme du Buisson, Scène Nationale de Marne-la-vallée, com o objectivo de estimular o diálogo e a prática artística entre as artes performativas e a imagem em movimento. A versão portuguesa chegou em 2003 e, desde aí, o Festival tem-se afirmado como um momento ímpar para apreciar e descobrir novas tendências em todas as vertentes artísticas.

Ainda no campo da arte, nesta edição trazemos-lhe uma entrevista exclusiva com Rui Calçada Bastos, o português que conquistou Berlim e se afirma, cada vez mais, como um dos valores seguros da arte contemporânea portuguesa. Numa conversa tida no Palácio Pombal, o artista fala-nos do seu percurso, da pintura à instalação, e da condição de viajante nato, que o inspira e o obriga a redescobrir-se em cada cidade.

O teatro português perdeu, na passada semana, uma das maiores actrizes da sua história, Mariana Rey Monteiro. Filha dos famosos Amélia Rey Colaço e Robles Monteiro, a actriz construiu uma carreira no teatro consensualmente elogiada, conquistando com “a sua pose distante e moderna, uma voz bem timbrada e belíssima, com uns graves inesquecíveis”, nas palavras de Mário Jorge Torres, o seu lugar próprio. Na hora da morte, é de lamentar o prematuro abandono aos palcos que impossibilitou toda uma

geração de partilhar a sua arte.

EditorialNEWSLETTER

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Na sua 8.ª edição, o Temps d’Images apresenta 30 espectáculos, dos quais, segundo António Câmara Manuel,

director do festival, 80% são novas criações. Com uma abrangência que vai do cinema, teatro e dança, passando ainda pela instalação e música, e apesar de o arranque oficial acontecer a 28 de Outubro, o festival começou “antes do Tempo” com uma instalação de Ana Rito intitulada There is no world when there is no mirror (na foto), no espaço Carpe Diem Arte e Pesquisa.

Através de um conjunto de trabalhos em vídeo e filme (8mm), Ana Rito reflecte sobre a possibilidade de construção de um corpo. Explorando uma dimensão lírica peculiar das

imagens, o corpo é entendido como interface entre a vida e a morte.

A “antes do Tempo” sucede o Festival propriamente dito, que prosseguirá ainda com “Imagens depois”, a decorrer entre 22 de Novembro e 20 de Fevereiro de 2011. Por ora, importa falar do evento “principal”, que este ano ocupará o Espaço Nimas, para exibir 34 filmes sobre arte, subordinados ao tema “Viver com Incertezas”. Considerada “uma das iniciativas mais interessantes da programação”, com este ciclo pretendeu-se “prestar uma homenagem especial aos artistas e mostrar filmes que abordam as vanguardas artísticas”, como referiu António Câmara Manuel.

NEWSLETTERLISBOA CULTURAL

PAG. 4Em Destaque

Tudo se resume ao que fazemos com o tempo de que dispomos. Já dizia Johann Goethe que “o tempo rende muito quando é bem aproveitado”. Posto isto, propomos um encontro a três tempos com as imagens do Festival Temps d’Images que, decorre entre 28 de Outubro e 21 de Novembro, por vários palcos da capital.

Festival Temps d´Images 2010O tempo perguntou ao tempo

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A par da exibição de filmes, o Espaço Nimas acolhe ainda espectáculos vários, de que é exemplo In a Rear Room - Tributo, de Andresa Soares e Ricardo Jacinto, o espectáculo de abertura do Temps d’Images.

Da abertura ao encerramento, tempo para referir a estreia europeia de Rio Cunene. Um espectáculo do Kronos Quartet, um dos principais quartetos de cordas do mundo, que integra o espectáculo multimédia “Sol(t)”o de Victor Gama, e que pode ser visto no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém, pelas 21h30, do dia 21 de Novembro.Pelo entremeio, tempo ainda para assistir às criações de Dinis Machado, Cão Solteiro

e André Godinho, Solange Freitas e Catarina Vieira, Francisco Camacho e Bruno de Almeida ou de Ana Borralho & João Galante, em colaboração com Rui Catalão, entre tantos outros.

Por último, mas não menos importante, importa falar sobre um dos pontos altos do Festival: os Prémios de Cinema para Filmes de Arte 2010. Os filmes em competição, entre os quais se encontram Ângelo de Sousa: Tudo o que sou capaz, de Jorge Silva Melo, e Jotta: A minha maladresse é uma forma de delicatesse, de Salomé Lamas e Francisco Moreira sobre o universo plástico de Ana Jotta, entre outros, serão exibidos

no Espaço Nimas entre 11 e 14 de Novembro, com a cerimónia de entrega dos prémios a ter lugar no último dia.

“Imagens depois” faz com que o Festival se prolongue até 20 de Fevereiro, apresentando duas instalações-vídeo no MNAC - Museu do Chiado. Da autoria de Susana de Sousa Dias, com música de António de Sousa Dias, Natureza Morta / Stillleben é a primeira a ser apresentada (de 2 de Dezembro a 16 de Janeiro), seguindo-se Tonnetz09B, de António de Sousa Dias (de 20 de Janeiro a 20 de Fevereiro). SF

Mais informações em:www.tempsdimages-portugal.com

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PAG. 5Em DestaqueNEWSLETTER

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PAG. 6EntrevistaNEWSLETTER

Rui Calçada BastosRui Calçada Bastos é um dos mais reputados nomes da nova geração da arte contemporânea portuguesa. Nascido em Lisboa, estudou nas escolas de Belas-Artes do Porto e de Lisboa, mas foi no Ar.Co que assumiu o rumo que daria à sua carreira. Nómada por excelência, viveu a adolescência em Macau e divide a sua residência por Lisboa e Berlim, cidade onde fundou, com outros artistas plásticos, a Galeria Invaliden1.

Para alguém que se formou em pintura, como é que aconteceu esta opção pelo vídeo, instalação e fotografia?Penso que foi um processo natural para alguém que a determinada altura sentiu algum desencanto com as Belas-Artes, mais especificamente com a pintura que é a minha formação de base. Entretanto, entrei para o Ar.Co e comecei a estudar escultura, tendo avançado depois para a fotografia e para o vídeo. Foi, talvez, a imagem bidimensional da pintura que me levou a sentir vontade de experimentar dimensões mais espaciais, como o movimento e a localização, que sendo também dimensões inerentes à pintura, senti que deveriam ser transportadas para outra fisicalidade.

Podes explicar melhor esse desencanto com a pintura?Em bom rigor, talvez não tenha sido propriamente um

desencanto com a pintura, mas sim com as Belas-Artes. Evidentemente, há uma altura em que é preciso perceber se se é, ou não, um bom pintor. Eu queria ser pintor mas, quando entrei para o Ar.Co, percebi que os professores que ali davam aulas eram pessoas que estavam efectivamente na vida activa, ao contrário do que sucede nas escolas de Belas-Artes. No fundo, sem desrespeitar ninguém, penso que me faltava perceber o outro lado da criação artística. Entender coisas tão essenciais, como a montagem de uma exposição numa galeria, caracterizam um lado mais interventivo de viver a arte, e isso foi também determinante para as minhas opções enquanto artista.

Em grande parte da tua obra parece pairar a ideia de ausência nas cidades. Que relação é que isso tem com a tua vida de incessante viajante?Essa ideia de “ausência” a que te referes é muito própria de quem viaja. Quando viajamos, somos confrontados com a perda de referências, o que nos obriga a um processo de reinvenção no sentido de descobrir um lugar no sítio onde estamos. Isso obriga-nos a reconhecer, permanentemente, uma série de questões quase existenciais, como qual é o teu lugar no meio de tudo isto. Depois há a nossa leitura pessoal do comportamento dos outros, daquilo que diferencia as cidades umas das outras…

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PAG. 7EntrevistaNEWSLETTER

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E, essa particularidade de seres um viajante reflecte-se forçosamente…Para mim, foi perfeitamente natural enquanto viajante, se bem que o Pessoa dissesse que não era preciso sair do quarto para viajar. Aos 16 anos fui para Macau, depois voltei a Lisboa, acabei por ir para Berlim e agora vou para Los Angeles… É esta viagem quase constante que me socorre, me fornece o material para o meu trabalho porque, quando fico demasiado tempo num lugar, as coisas já não fluem.

Para trabalhar, qual é a tua cidade de eleição?Berlim, definitivamente. É a capital das artes plásticas da Europa, o sítio onde se reúnem artistas de todo o mundo, onde se debate a arte e as ideias e o artista se sente respeitado como um profissional. E, claro, foi onde fixei o meu ateliê, na Kunstlerhaus Bethanien, e onde consegui fundar a minha própria galeria.

Há pouco, referiste a partida para Los Angeles. Vais em busca de material para os próximos trabalhos?Sim. Vou continuar este projecto sobre aspectos macroscópicos das cidades em Los Angeles, resultado de uma bolsa para a qual, e ao contrário das outras, fui nomeado. A minha ideia é dar sequência, nessa cidade enorme, àquilo que iniciei em Xangai e que consiste num projecto a que chamei Events. Ou seja, vou fazer da cidade um ateliê – daí a viagem e esta linha comum ao meu trabalho – e olhar para lá daquilo que é mais visível, em busca desses “acontecimentos” macroscópicos que me interessam explorar. FB

Rui Calçada Bastos guiou-nos pelos quatro “project rooms” que concebeu no Palácio Pombal, na Galeria Carpe Diem, à Rua d´O Século. Oportunidade para conhecer alguns trabalhos inéditos entre nós, de quarta a sábado, até 18 de Dezembro.

Institutions: ao longo da sala, numa parede branca, estão as siglas de dezenas de instituições de arte contemporânea que, com a leitura em som de fundo letra por letra, “provocam uma espécie de cacofonia que pretende desmontar a ´seriedade` da noção que temos das instituições”.

One World, One Dream: série de fotos dos outdoors que povoavam Xangai durante os Jogos Olímpicos,

onde “a falha da coincidência das mãos poderá ser lida como uma metáfora sobre a China actual, a verdadeira e aquela que nos pretendem fazer crer que existe”.

Stardust + All that glitters: uma sala, duas peças “que fazem todo o sentido juntas” – uma televisão que derrama sais de prata e um vídeo; em comum, o white noise “que faz a materialização do cinema em vídeo”.

Série de fotos: pequena amostra de trabalhos sobre “os movimentos internos das cidades, ou seja, reproduções de peculiaridades que acontecem nas cidades e que já nem damos por elas”.

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PAG. 8ExposiçõesNEWSLETTER

Para esta exposição o imaginário do conhecido estilista foi a arma secreta utilizada na escolha das peças. Um olhar conhecedor que usou as suas referências estilísticas para demonstrar como o seu processo criativo as consegue traduzir em colecções. Frente-a-frente estão assim dois períodos distintos da história da

moda portuguesa e do percurso pessoal de José António Tenente. A isto chamamos um Creative Lab.

Os dois pisos do MUDE servem esta ideia. No piso 1 estão as peças que, entre toda a Colecção Francisco Capelo e acervo do museu, foram eleitas pessoalmente pelo estilista

para sublinhar as suas influências e gostos ao longo de mais de duas décadas de sucesso profissional. E, sendo esta a 2ª edição dos Creative Lab do MUDE, há novidades. Desta vez será produzido um catálogo, a apresentar a 25 de Novembro. No fecho da exposição, em finais de Janeiro, José António Tenente apresenta a nova Colecção Primavera/Verão 2011. SS

MUDE - Museu do Design e da Moda Rua Augusta, 24 | Até 30 de Janeiro de 2011

Entrada livre

Creative LabAssinado por Tenente

Um novo projecto de colaboração entre a história e a contemporaneidade acontece no mundo da moda. José António Tenente é o curador e artista convidado da segunda edição do Creative Lab, com a exposição Assinado por Tenente, no MUDE – Museu do Design e da Moda.

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PAG. 9TeatroNEWSLETTER

Diz Nuno Cardoso que “visitar Tchékov significa sempre submetermo-nos à torrente existencial, a uma espécie de luta muda entre a teimosia do acto e a consciência difusa da sua impossibilidade”. A Gaivota, texto escrito pelo escritor e dramaturgo em 1895, é o regresso do Ao Cabo, grupo teatral do Porto, a Lisboa, com uma peça “que vive de personagens intensas mas desencantadas, inteligentes ao ponto de saberem que o desejo dificilmente se tornará futuro”.

Sobre A Gaivota terá dito, o próprio Tchékov, tratar-se de “uma comédia, com três papéis femininos, seis masculinos, quatro actos, uma paisagem; muita conversa sobre literatura, pouca acção, cinco arrobas

de amor”. Mas, o intenso vazio contido nas suas personagens, devastadas por amores não correspondidos, erguem uma tragédia. Algo que os Ao Cabo entendem como um texto “em que jogam o amor e o seu desencontro, onde coexistem em corpos separados duas versões de um mesmo escritor que não sabe escolher entre o sucesso mais ou menos mundano e a angústia que lhe provoca a necessária incompletude da sua busca de ´novas formas`, onde tudo o que é importante nasce nas entrelinhas do que é dito”. FB

Maria Matos Teatro MunicipalDe 28 a 31 de Outubro

www.teatromariamatos.pt

A GaivotaDepois de Platonov, Nuno Cardoso e o Teatro Ao Cabo regressam a Anton Tchékov com um dos clássicos absolutos do dramaturgo russo, A Gaivota. Após a estreia no Teatro Nacional de São João, no Porto, o grupo nortenho regressa a Lisboa, para uma curta série de espectáculos, no Maria Matos Teatro Municipal.

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Uma semana em cheio. Senão vejamos: na terça-feira, 26 de Outubro, temos os Dead Combo, na quarta, os Virgem Suta, quinta, tocam os Orelha Negra e, nos dias 30 e 31, os Moonspell encerram a ronda de bandas portuguesas que vão subir ao palco do Cinema São Jorge.

Cada um dos espectáculos tem uma razão especial para existir. Os Dead Combo trazem consigo a Royal Orquestra das Caveiras: uma banda de cinco elementos composta por uma pianista, um baterista e uma secção de sopros.

Os Virgem Suta, de Nuno Figueiredo e Jorge Benvinda, são um duo alentejano que canta música portuguesa com adufe e cavaquinho. O seu álbum de estreia, homónimo, produzido por Hélder Gonçalves (Clã/Humanos) e editado em Junho do ano passado,

foi o suficiente para os levar em digressão por todo o país. No Cinema São Jorge vão mostrar-nos como se cruza a música tradicional portuguesa e a pop.

Fred Ferreira, Sam The Kid, Francisco Rebelo, DJ Cruzfader e João Gomes, não necessariamente por esta ordem, são os Orelha Negra. Em comum têm a pesquisa de um passado impresso em vinil que se misturou com os ritmos de agora, não sendo possível saber como vão resultar estas viagens no tempo, e no palco.

Os Moonspell apresentam Sombra, um novo espectáculo só com versões acústicas e semi-acústicas dos seus temas mais emblemáticos como Alma Mater, Vampiria, Luna ou Scorpion Flower, mas que se julgavam impossíveis de executar acusticamente. SS

NEWSLETTERLISBOA CULTURAL

PAG. 10Música

Dead Combo | Virgem Suta | Orelha Negra | Moonspell

Ao Vivo no São Jorge

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PAG. 11CurtasNEWSLETTER

Inscrições para a 5.ª edição da PANORAMA

Com o objectivo de construir um olhar profundo sobre o que tem sido produzido em Portugal, ou por portugueses, ao nível do documentário, a PANORAMA - Mostra do Documentário Português regressa em Abril de 2011. Para esta 5.ª edição, a Mostra, que continua a ser não competitiva, convida os interessados a enviar uma cópia de visionamento de documentários produzidos depois de Novembro de 2009 ou a enviar informação relativa a produções finalizadas este ano. Para mais informações, visite o site da Mostra em: www.panorama.org.pt.

Artistas portugueses expõem na Künstlerhaus Bethanien

O Jardim Como Espelho é o título da mostra que a prestigiada galeria Künstlerhaus Bethanien, em Berlim, apresenta até 14 de Novembro. Trabalhos de artistas portugueses e alemães compõem esta mostra, onde são exibidos dez vídeos relacionados com jardins, parques ou espaços verdes. O objectivo é criar uma visão polissémica onde em cada jardim, tal como em cada vídeo, é possível estabelecer relações entre Homem e Natureza. Gabriela Albergaria, Maria Lusitano ou Rui Mourão, são alguns dos portugueses representados na exposição.

Lançamento de livro sobre Piteira Santos

Professor, historiador e pensador republicano, Fernando Piteira Santos trabalhou na editora Europa-América e foi jornalista, tendo colaborado na Seara Nova e na revista Ler, da qual chegou a ser chefe de redacção. Mestres, Amigos e Companheiros. Perfis Biográficos, organizado por Maria Antónia Fiadeiro, é o livro que vai permitir conhecê-lo melhor. Editado pela Campo da Comunicação, o lançamento da obra terá lugar a 4 de Novembro, pelas 18h30, no Palácio Galveias. Pelas 17h, será colocada uma lápide evocativa no número 15 da Rua D. Luis de Noronha, última residência de Piteira Santos.

Biblioteca Particular de Fernando Pessoa online

No total são 1140 os volumes que o site da Biblioteca Particular de Fernando Pessoa disponibiliza, desde o passado dia 21 de Outubro, a todos os interessados na obra daquele que é considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal. Digitalizadas por uma equipa coordenada pelos investigadores pessoanos Jerónimo Pizarro e Patricio Ferrari, as obras estão disponíveis no site da Casa Fernando Pessoa, em: http://casafernandopessoa.cm-lisboa.pt.

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ExPOSIçõES- Fotografias de Malick Sidibé | Até 31 de Outubro | Galeria do Palácio Galveias | Campo Pequeno

- Exposição de pintura de Emília Isabel Soares | Até 31 de Outubro Biblioteca Municipal de Belém | Rua da Junqueira, 295 | 21 361 66 20

- Projecto Contentores | Deposição #2, instalação de Pedro Cabrita Reis Até 31 de Outubro | Doca de Santo Amaro (sob a Ponte 25 de Abril) www.contentoresp28.com

- Doméstica Vida Selvagem | De Sara Maia | Até 31 de Outubro | Pavilhão Branco do Museu da Cidade | Entrada livre | www.museudacidade.pt

- Influências | Pintura de Carruço | Até 12 de Novembro | Biblioteca Municipal República e Resistência - Espaço Grandella | Estrada de Benfica, 419 | 21 771 23 10

- Anti-Totem, de André Romão e Pedro Neves Marques com Diogo Evangelista e Eduardo Guerra | Até 14 de Novembro | Galeria Quadrum Rua Alberto Oliveira 52, Palácio dos Coruchéus | 21 817 05 34

- Leal da Câmara na Colecção da Hemeroteca de Lisboa | Mostra documental e bibliográfica | Até 27 de Novembro | Hemeroteca Municipal de Lisboa | Rua de S. Pedro de Alcântara, 3 | 21 324 62 90

- Africa: See you see me! | Até 28 de Novembro | Museu da Cidade www.museudacidade.pt

- Onde no mundo inteiro | De Joana Escobal | Até 12 de Dezembro Estufa Circular da Tapada das Necessidades | Entrada pelo Largo das Necessidades

- Cena Criminal em Laboratório | Até 15 de Dezembro | Biblioteca Municipal Camões | Largo do Calhariz, nº 17, 2º Esq | 21 342 21 57

PAG. 12Em AgendaNEWSLETTER

.:COLÓQUIOS:.

As Mulheres na República

Inserido no ciclo República Mês a Mês, terá lugar, a 28 de Outubro, pelas 18h, o colóquio As Mulheres na República. Manuela Tavares, conceituada investigadora e activista dos direitos femininos, aborda o papel enérgico desempenhado por algumas heroínas da I República, das quais, e entre muitas outras, se destacam Carolina Beatriz Ângelo, Maria Veleda e Adelaide Cabete. O colóquio terá lugar nos Paços do Concelho e a entrada é livre.

Colóquio Fiama Hasse Pais Brandão

Nos dias 29 e 30 de Outubro, a Casa Fernando Pessoa apresenta o Colóquio Fiama Hasse Pais Brandão. Numa homenagem a uma das vozes mais representativas da poesia da segunda metade do século XX, falecida em 2007, participarão poetas, críticos e professores universitários, como Fernando J. B. Martinho, Nuno Júdice ou Maria Teresa Horta, entre tantos outros. A entrada é livre.

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CICLOS E CONFERêNCIAS- Ciclo de conferências A Importância da República | A crise da República e a Ditadura Militar, por Luís Bigotte Chorão25 de Outubro | 19h | Biblioteca-Museu República e Resistência – Espaço Grandella | Estr. de Benfica, 419 | 21 771 23 10

- Conferência Produção e vivência do espaço público na Lisboa da I República, por Maria Calado | 27 de Outubro | 18h GEO - Gabinete de Estudos Olisiponenses | Palácio do Beau Séjour

- Ciclo de Debates Privado - Público – Comum | Media, propriedade e liberdade, com Daniel Oliveira, Nuno Ramos de Almeida e Rui Pereira | 27 de Outubro | 18h30 | mmcafé – Maria Matos Teatro Municipal | www.teatromariamatos.pt

- Ciclo de palestras Homens no Fado | Maria de Lourdes Carvalho fala sobre António Mourão | 28 de Outubro | 18h Entrada livre | Fonoteca Municipal de Lisboa | http://fonoteca.cm-lisboa.pt

MúSICA- Marco Rodrigues | 29 de Outubro | 23h30 | Jardim de Inverno do São Luiz Teatro Municipal | 7€ | www.teatrosaoluiz.pt

TEATRO- Hamlet da Silva | De Miguel Morillo | Até 27 Outubro | Teatro-Estúdio Mário Viegas | www.companhiateatraldochiado.pt

OUTROS EVENTOS- Espectáculo de stand-up comedy TéTáTéT | Com Carlos Moura & João Cunha | 29 de Outubro | 22h | Auditório da Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro | Telheiras

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PAG. 13Em AgendaNEWSLETTER

.:MúSICA:.

Os Cactos na Fonoteca

O ciclo Sextas de Concertos da Fonoteca Municipal de Lisboa prossegue esta sexta-feira, dia 29, com Os Cactos. Movendo-se em terrenos onde a liberdade criativa é a palavra-chave, teclados, guitarras, percussões várias, saxofones e outros instrumentos, fazem com que cada actuação do grupo seja uma renovada experiência. Com entrada livre, o concerto começa às 21h30.

.:BIBLIOTECAS:.

Gonçalo M. Tavares no Sit.com

Os encontros em torno de livros e de leituras regressam à Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro, com o Sit.com. No arranque de mais uma temporada, a proposta vai para a leitura, ou releitura, de Biblioteca, de Gonçalo M. Tavares. Oportunidade para conhecer um dos escritores mais aclamados da nova geração, num encontro que se realiza no próximo dia 27 de Outubro, pelas 18h30. Inscrições através do endereço http://blx.cm-lisboa.pt.

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AUTOCARRO DO CENTENáRIOVisitas guiadas num autocarro da Carris que, a partir da Rua do Comércio, percorre os locais mais emblemáticos da Revolução de 5 de Outubro.Até 31 de Outubro terças e quintas, às 11h e às 15h (para escolas do ensino secundário e idosos), sábados e domingos, às 11h e às 15h (famílias e público em geral)

SILVA MONTEIRO – DESENHO HUMORíSTICO N´OS RIDíCULOSA obra gráfica do caricaturista Silva Monteiro, a partir das colecções municipais e da colecção de inéditos de Emilio Rincon Peres. Até 5 de DezembroMuseu Rafael Bordalo Pinheiro

PERCURSOS, CONQUISTAS E DERROTAS DAS MULHERES NA I REPúBLICAExposição sobre a história do movimento feminino na I República.Biblioteca-Museu República e Resistência/Cidade Universitária

LEAL DA CâMARA – CARICATURISTA DA REPúBLICAUm dos principais caricaturistas da I República, revisitado a partir da colecção da Hemeroteca Municipal.Até 27 de NovembroHemeroteca Municipal

“EU FUI TESTEMUNHA” – O 5 DE OUTUBRO EM LISBOAA partir do relato de um anónimo republicano, uma exposição que faz a reconstituição histórica da cidade de Lisboa no dia 5 de Outubro de 1910.Até 29 de Abril de 2011Galeria de Exposições dos Paços do Concelho

LISBOA REPUBLICANA: ESPAçO E MEMóRIAExposição ao ar livre e mostra bibliográfica.Até 31 de Janeiro de 2011Gabinete de Estudos Olisiponenses

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