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ANIVERSÁRIO DO TEATRO MARIA MATOS: HOTEL LUTÉCIA | DOCLISBOA 2010/ENTREVISTA: SERGE TRÉFAUT | 25 ANOS DA UCCLA | O TRONO SAIU À RUA (crianças) | LAGOA HENRIQUES: UM PERCURSO DE VIDA (exposição)

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18 a 24 de OUTUBRO`10 n.º 183

Efemérides / 25 Anos da UCCLA / Pág. 8

Centenário da República / Pág.14

Em Agenda / Pág. 12

Em destaque / Aniversário do Maria Matos Teatro Municipal / Pág. 4

Entrevista / Serge Tréfaut / Pág. 6

Crianças / O Trono Saiu à Rua / Pág. 9

Editorial / Pág. 3

Curtas / Pág. 11

Exposições /Mestre Lagoa Henriques / Pág. 10

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LISBOA CULTURAL

Ficha técnica

Edição: Divisão de Programação e Divulgação Cultural | Direcção Municipal de Cultura | CMLEditor: Frederico Bernardino Redacção: Sara Ferreira, Susy Silva Design Gráfico: Rute Figueira Capa: Rute FigueiraContactos: Rua Manuel Marques, 4F, Edifício Utreque - Parque Europa, 1750-171 Lisboa | Tel. 21 817 06 00 | [email protected]

Consta que o projecto inicial terá sido apresentado, em 1963, pelo arquitecto Fernando Ramalho que, já com a obra em curso, terá sido substituído por Barros da Fonseca, arquitecto responsável, a exemplo, pela Piscina dos Olivais. Um edifício com 15 pisos destinados a hotel, um teatro e um cinema erguiam-se na Avenida Frei Miguel Contreiras, bem junto à Avenida de Roma, tornando-se dos projectos arquitectónicos mais arrojados da Lisboa da época. Assim, em 1969, sob direcção de Igrejas Caeiro, que acompanhou a concepção da sala, nascia o Teatro Maria Matos.

Enquanto teatro municipal desde 1982, o Maria Matos passou por altos e baixos até ter regressado à ribalta em 2006, após as obras de remodelação que o tornaram um dos mais modernos espaços culturais da cidade. Hoje, sob a direcção de Mark Deputter, o já histórico Teatro afirma-se como um espaço vocacionado para a contemporaneidade performativa, sem medo de assumir riscos.

Demonstrativo dessa coragem é o principal espectáculo deste aniversário. Hotel Lutécia. Trata-se de um arrojado projecto cénico que homenageia o também arrojado projecto arquitectónico desse grande edifício dos idos de 60. É precisamente um pouco mais sobre este espectáculo que o convidamos a descobrir nas próximas páginas.

EditorialNEWSLETTER

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Mais de quatro décadas passadas sobre a inauguração, o complexo arquitectónico concebido por

Barros da Fonseca, que inclui um teatro e um hotel, serve de cenário a um peculiar espectáculo concebido por Tiago Rodrigues. Para além de Hotel Lutécia, o aniversário do Maria Matos Teatro Municipal comemora-se ainda com um concerto, uma performance e um espectáculo de teatro infantil.

Poder-se-ia dizer que, ao cabo de 41 anos a partilhar o mesmo edifício, os vizinhos se abraçam. Ou, de outro modo, o Maria Matos Teatro Municipal e o Hotel Lutécia vão, pela primeira vez, partilhar uma experiência cénica comum. A partir da premissa de que o teatro imita a vida, ou o inverso, o palco da sala de teatro transfere-se para as varandas dos quartos de hotel e ali encontram, nos dramas, tragédias ou comédias, um elo de ligação tão natural, quanto impensável.

O resultado deste encontro é Hotel Lutécia, um espectáculo que tem como cenário os

quartos de hotel, onde vão ser encenados textos de Miguel Castro Caldas, José Maria Vieira Mendes, Jacinto Lucas Pires, Tim Etchells, Alex Cassal, Nature Theater of Oklahoma e Tiago Rodrigues. Cá em baixo, na rua, munido de auscultadores e com o poder de seleccionar o que lhe interessa, está o público, sentado numa bancada colocada defronte à fachada, ouvindo os diálogos e espreitando, como um voyeur, o que se passa lá em cima.

Com encenação de Tiago Rodrigues (que também assina a história Carta duma Empregada do Hotel Lutécia à sua Filha), o espectáculo contará com textos inéditos, especialmente concebidos para este projecto. Interpretando aquilo que o encenador define como “hóspedes diferentes, com vidas e línguas e ambições diferentes, mas todos de passagem a caminho de outro lugar nas suas vidas”, no Hotel Lutécia vão estar Tónan Quito, Gonçalo Waddington, Ana Borralho, Carla Maciel, Cláudia Gaiolas e Raquel Castro, entre outros.

NEWSLETTERLISBOA CULTURAL

PAG. 4Em Destaque

Bem-vindo ao Hotel Lutécia

Aniversário doMaria Matos Teatro Municipal41º

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A festa continua…

Para além do arrojado projecto Hotel Lutécia, no dia 22 de Outubro – a data em que, há 41 anos atrás, Igrejas Caeiro fez estrear Tombo do Inferno, de Aquilino Ribeiro –, a sala do Maria Matos vai ser palco de um concerto de Hauschka, pseudónimo do pianista e compositor Volker Bertelmann. O músico germânico, considerado um dos mais interessantes compositores neo-clássicos da actualidade, apresenta neste espectáculo único o seu último projecto, Foreign Landscapes, na companhia de um pequeno ensemble composto por músicos portugueses.

No dia seguinte, a partir das 18h, Ana Borralho e João Galante prometem surpreender o público com uma nova performance/instalação concebida a partir da exploração do vazio. Em World of Interiors, várias pessoas encontram-se deitadas no chão, de olhos cerrados e sem qualquer movimento aparente, à espera que cada um de nós inculque uma acção ou movimento, ao som ocasional da música de Mahler e das palavras sussurradas de Rodrigo Garcia.

Nesta festa de aniversário do Maria Matos Teatro Municipal, as crianças não poderiam ser esquecidas, e no domingo, pelas 16h, há uma viagem pela história do teatro. Daqui Vê-se Melhor é um espectáculo para toda a família, escrito por Isabel Minhós Martins e ilustrado em tempo real, ao vivo e a cores, por Bernardo Carvalho.

Motivos não faltam, portanto, para que sejam dados os parabéns ao Maria Matos e, porque não, a todo aquele edifício tão arrojado para a cidade naquela época e que hoje é uma das obras de arquitectura mais emblemáticas da Lisboa das Avenidas Novas. FB

LISBOA CULTURAL

PAG. 5Em DestaqueNEWSLETTER

PRoGRAMA DE AnivERsáRio Do MARiA MATos TEATRo MuniCiPAl

Hotel lutécia22 a 24 de Outubro | 21h30

Hauschka & Ensemble22 de Outubro | 23h30

World of interiors23 de Outubro | 18h (sessão continua até às 20h)

Daqui vê-se Melhor24 de Outubro | 16h

Preço de Bilhete Especial de Aniversário (para todos os espectáculos): €25 - €12,50(c/ desconto)

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LISBOA CULTURAL

PAG. 6EntrevistaNEWSLETTER

nasceu no Brasil, mas está em Portugal desde 1977. Foi jornalista, mas notabilizou-se pelo seu trabalho no cinema, quer como realizador quer como produtor. no ano em que

assume as funções de director do doclisboa – Festival Internacional de Cinema Documental pela última vez, fomos saber mais sobre o evento e sobre o estado do documentário português.

A cumprir a sua oitava edição, que balanço se pode fazer do doclisboa?O balanço é bastante positivo se pensarmos que, na primeira edição, tivemos 13 mil espectadores e, na última, ultrapassámos os 30 mil. Perante os objectivos a que nos propusemos desde sempre, que passam pelo aliar a qualidade dos filmes exibidos à actuação sobre a sociedade (no sentido da mudança de mentalidades quanto à forma como se olha o documentário), julgo que o reconhecimento, tanto aqui como no exterior, demonstra que temos tido sucesso.

Que ecos lhe chegam do exterior sobre o festival? Um dos objectivos do doc foi apostar numa programação de filmes com reconhecimento internacional, quer pela imprensa especializada, quer por directores de outros festivais. O que sempre nos interessou foi a qualidade. Isso permitiu o reconhecimento internacional do festival e possibilitou que algumas estreias mundiais tenham vindo a acontecer em Lisboa. Não temos, evidentemente, as ambições do IDFA de Amesterdão, o maior festival de cinema documental do mundo, até porque o nosso objectivo principal é intervir sobre a população local, respeitando permanentemente um nível de excelência quanto às obras exibidas. Em relação às edições anteriores, qual é o cunho próprio deste doclisboa 2010?Nesta edição procurámos assumir ainda mais a vertente formativa e pedagógica do festival. As grandes retrospectivas que fazemos são sintomáticas dessa aposta. De salientar, obrigatoriamente, a do Joris Ivens, tão só o “pai” do documentário, que vai ter, no doclisboa, a maior retrospectiva alguma vez feita num festival de cinema.

doclisboa2010serge Tréfaut

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PAG. 7EntrevistaNEWSLETTER

Foi, certamente, muito complicado fazer uma retrospectiva desta dimensão sobre a obra do ivens... É um desafio tremendo! São 39 filmes, alguns deles muito difíceis de encontrar. E, vamo-nos deparando com surpresas, como a que nos aconteceu com um dos filmes que, devido ao som estar algo danificado, não conseguimos legendar. Agora, andamos a tentar arranjar uma outra cópia e esperar que, no dia programado, o público possa ver o filme devidamente legendado.

Tem sido sintomático em quase toda a imprensa, e não só, o forte elogio à programação deste ano. A força desta edição resulta muito da excelente safra de filmes produzidos no último ano. E, claro, do criterioso trabalho do nosso comité de selecção, composto pelo Augusto M. Seabra (director de programação), pelo Miguel Vilaverde e pela Maria João Madeira.

nos últimos anos, e ao contrário do que era normal, muitos documentários têm estreado em sala. Podemos

considerar que o documentário está na “moda”?Talvez, essa “moda” passe por um certo esgotamento da ficção. O sucesso do documentário enquanto género é algo contraditório porque existe, de facto, uma produção imensa, resultante do acesso a uma câmara que qualquer pessoa tem. Porém, a quantidade não significa qualidade; não basta ter uma caneta para se saber escrever. A eventual “moda” passa, também, pela formação de públicos que encaram de um outro modo o documentário de autor. Nós, na Apordoc, temos contribuído para isso, seja pelo festival, seja por levar o documentário às escolas, por exemplo. Para nós, não se trata tanto de uma “moda”, mas sim de uma “cultura”.

E essa “cultura” tem futuro em Portugal?O futuro passa sempre pelo modo como se financia e apoia as obras. Porém, aquilo que se verifica é que os meios de financiamento decrescem de ano para ano e há cada vez menos filmes com financiamento público. Cada vez mais, vemos gente a fazer filmes por “amor à

camisola”. Mas, até quando essas pessoas vão resistir? O desgaste de não ter formas de financiamento pode pôr em risco a continuidade daquilo que se tem feito. E, é sintomático esse estado de coisas na geração de 1990, que já se desiludiu com o caminho que tudo isto tem levado.

Então, o futuro do documentário português pode estar em risco?Não sei se sim, se não. Ao contrário de outros países, não existem profissionais do documentário em Portugal porque não há apoios nem contributos para isso. O serviço público de televisão, que é um meio estratégico para criar uma cultura do documentário junto do público, é-lhe quase indiferente. No fundo, aquilo que se sente é que as principais instâncias de poder neste país não têm qualquer interesse em formar os cidadãos. E, sem formação nem consolidação dessa “cultura” é muito difícil continuar. FB

veja como ganhar bilhetes grátis para o doc na pág. 14

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PAG. 8EfeméridesNEWSLETTER

Foi a 28 de Junho de 1985, em lisboa, no Padrão dos Descobrimentos, numa cerimónia solene com representantes das cidades de lisboa, Bissau,

luanda, Maputo, Praia, Rio de Janeiro, são Tomé/água Grande e Macau, que o então presidente da Câmara Municipal de lisboa, nuno Krus Abecasis, fundou a uCClA – união das Cidades Capitais luso-Afro-Americo-Asiáticas. A festa de aniversário vai ser no dia 25 de outubro, no Teatro Tivoli.

A UCCLA é uma organização sem fins lucrativos que tem como objectivo promover a cooperação e intercâmbio entre as várias cidades – do continente africano, asiático,

americano e europeu – que a compõem. Uma associação de cidades capitais livres, unidas pelo uso de uma mesma língua e de idênticos valores. O objectivo é proporcionar condições e oportunidades concretas de desenvolvimento económico, social e cultural a cada um dos parceiros.

Para comemorar o 25º aniversário, o Teatro Tivoli acolhe, nesta segunda-feira, às 21h, o espectáculo A Viagem do Fado. Nomes como os de Raquel Tavares, António Zambujo, Luanda Cozetti, Rão Kyao, Pedro Jóia e Bernardo Sassetti, entre muitos outros, vão, dentro do espírito da UCCLA, conjugar diferentes sonoridades lusófonas com o fado. ss

Teatro Tivoli | Av. da liberdade, 182-188 25 outubro | 21h

www.teatro-tivoli.com

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LISBOA CULTURAL

PAG. 9CriançasNEWSLETTER

Márcia e leonel formam a “Trupe Marcel”. Eles são um casal de comediantes que, nos finais do século XiX, ganha a vida na rua

através da arte de representar. Com eles vamos viajar até 1910 e descobrir monárquicos, republicanos, maçons e carbonários. O Trono

Saiu à Rua é o novo espectáculo de marionetas de Raul Constante Pereira, em cena, a partir de dia 20, no Museu da Marioneta.

O Trono Saiu à Rua é uma viagem ao tempo dos últimos anos do antigo regime, percorrendo os locais onde os principais acontecimentos da época tiveram lugar. Através

de uma galeria de personagens que nos ajudam a perceber o como e o porquê da queda da monarquia constitucional em Portugal, este espectáculo de marionetas convida as crianças a conhecer a história e os seus protagonistas de um modo bem divertido.

Os cicerones são um casal de actores de rua que, com a ajuda de Rafael Bordalo Pinheiro e do seu incontornável “Zé Povinho”, do arrebatado Guerra Junqueiro, de políticos românticos e de intelectuais, de ardinas e de varinas muito intervenientes, de polícias e de padres condescendentes, de revolucionários e de vira-casacas cheios de sentido de circunstância, nos leva a reviver o passado, num momento em que se comemora o Centenário da Implantação da República. ss

Museu da Marioneta

20 a 24 outubro www.museudamarioneta.pt

O Trono Saiu à Rua

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lagoa Henriques foi um ilustre escultor português e autor da estátua de Fernando Pessoa à mesa do café, em frente à Brasileira do Chiado, cuja companhia

muitos turistas procuram para ilustrar a sua passagem por lisboa. no próximo dia 21 de outubro, às 18h, a Fundação liGA inaugura uma exposição evocativa do seu percurso de vida.

A partir das várias facetas de António Augusto Lagoa Henriques, a Fundação LIGA apresenta a exposição Um percurso de vida. O projecto envolve três núcleos expositivos: a Obra Artística - distinguindo a escultura, o desenho, a poesia e o diálogo entre elas; a Acção Pedagógica – especificando a comunicação visual e a educação do olhar nas escolas de Belas Artes e meios de comunicação; e a sua relação com a própria fundação.

Para além do Pessoa da Brasileira, Lagoa Henriques produziu uma vasta obra no campo da arte pública, destacando-se o Memorial a Antero de Quental, no Príncipe Real, ou a peça O Segredo, no Jardim Amália

Rodrigues. Durante décadas, dedicou-se ao ensino universitário leccionando nas duas principais escolas de Belas-Artes do país, onde inspirou sucessivas gerações de criadores artísticos. O seu enorme legado atravessa o desenho, a escultura, a poesia e o pensamento. ss

NEWSLETTERLISBOA CULTURAL

PAG. 10Exposições

Mestre lagoa Henriques (1923-2009)

Um percurso de vida

Paralelamente à exposição, acontece um ciclo de conversas sobre o escultor e pedagogo, a partir do olhar de alunos e discípulos, sempre às 18h30.

28 outubroCarlos Amado: Artista plástico.

4 novembroRita Carvalho: Designer; Autora do projecto museológico e design gráfico da exposição.

11 novembroMaria Calado: Historiadora de arte.

Fundação LIGA | Rua do Sítio ao Casalinho da Ajuda213 616 922

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PAG. 11CurtasNEWSLETTER

Candidaturas abertas para o Euro Connection 2011

Estão abertas as candidaturas para a 3ª edição do Euro Connection, que vai acontecer dia 8 de Fevereiro de 2011, em Clermont-Ferrand. O Euro Connection é o mercado europeu que, entre outras, apoia a co-produção de curtas-metragens de produtores europeus. Assim, os produtores interessados devem candidatar os seus projectos até ao próximo dia 29 de Outubro, junto dos representantes do país a que pertencem que, neste caso, serão o IndieLisboa e o Curtas Vila do Conde. Para consultar o regulamento e o formulário de inscrição, visite

o site do Indie, em www.indielisboa.com.

Teatro Meridional distinguido com o Prémio Europa novas Realidades Teatrais

Como parte integrante da XIV edição do Prémio Europa de Teatro, em Julho passado decorreu a entrega do XII Prémio Europa Novas Realidades Teatrais, tendo o Teatro Meridional sido um dos galardoados. Esta companhia portuguesa, vocacionada para a itinerância, segue uma linha de actuação artística que se prende com a encenação de textos originais e a criação de novas dramaturgias baseadas em adaptações de textos não teatrais, entre outras. O Prémio foi ainda atribuído a companhias da Eslováquia, Reino Unido, Rússia, Finlândia e Islândia.

João Pedro Rodrigues em retrospectiva nos EuA

É mais um passo na internacionalização do cinema português. Em Nova Iorque foi apresentado um ciclo dedicado ao realizador de O Fantasma e Morrer Como um Homem. Intitulada O Próximo Realizador: João Pedro Rodrigues, um Olhar Sobre o Promissor de Portugal, a mostra decorreu na cinemateca do BAM (Brooklyn Musica Academy). Florence Almozini, directora de programação da instituição, compara Rodrigues a realizadores como Pedro Almodóvar, Rainer Werner Fassbinder e Tsai Ming-liang.

Design Português na Bienal da Eslovénia

Realiza-se desde 1964, mas este ano é apenas a segunda vez em que Portugal está representado. Falamos da BIO - Bienal de Design Industrial da Eslovénia, que nesta 22ª edição conta de novo com a presença de um trabalho de Tiago Gonçalves Nunes. Depois de em 2008 ter sido o primeiro português a ser seleccionado para participar no certame, este ano o designer de produto apresenta “Libra_V3”. Seleccionado na categoria Concept Project, este é um sistema estabilizador destinado à formação de novos praticantes de canoagem e para entusiastas de desportos de água.

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EXPosiçõEs

- Metamorfoses | De Daniele Cavallini e Rodrigo Almeida | Até 23 de Outubro | Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro | Estrada de Telheiras 146

- Fotografias de Malick Sidibé | Até 31 de Outubro | Galeria do Palácio Galveias | Campo Pequeno

- Projecto Contentores | Instalação de Pedro Cabrita Reis | 14 a 31 de Outubro | Doca de Santo Amaro (sob a Ponte 25 de Abril) www.contentoresp28.com

- Doméstica Vida Selvagem | De Sara Maia | Até 31 de Outubro | Pavilhão Branco do Museu da Cidade | Entrada livre | www.museudacidade.pt

- Anti-Totem, de André Romão e Pedro Neves Marques com Diogo Evangelista e Eduardo Guerra | Até 14 de Novembro | Galeria Quadrum Rua Alberto Oliveira 52, Palácio dos Coruchéus | 21 817 05 34

- Leal da Câmara na Colecção da Hemeroteca de Lisboa Mostra documental e bibliográfica | Até 27 de Novembro | Hemeroteca Municipal de Lisboa | Rua de S. Pedro de Alcântara, 3 | 21 324 62 90

- Africa: See you see me! | Até 28 de Novembro | Museu da Cidadewww.museudacidade.pt

- Onde no mundo inteiro | De Joana Escobal | Até 12 de DezembroEstufa da Tapada das Necessidades

LISBOA CULTURAL

PAG. 12Em AgendaNEWSLETTER

.:EXPOSIçõES:.

Lá Vai Ela, Formosa e Segura – Última semana

As scooters da Colecção de João Seixas, que desde o mês de Julho se encontram estacionadas no MUDE – Museu do Design e da Moda, estão quase de partida para uma nova viagem. Comissariada por João Seixas e Pedro Teotónio Pereira, a exposição Lá Vai Ela, Formosa e Segura. Scooters da Colecção de João Seixas, onde pode ver a sua evolução, entre 1945 e 1970, entra na sua última semana. Até 24 de Outubro.

Todos 2010

Há quem diga que a melhor forma de conservarmos os momentos felizes é através da fotografia. Assim, no âmbito do Festival Todos, convidamo-lo a fazer uma visita guiada à exposição Todos 2010, patente no Arquivo Municipal de Lisboa. Necessitando de marcação prévia, as próximas (e últimas) visitas guiadas terão lugar nos dias 20 e 27 de Outubro, pelas 14h. Marcações através do telefone 218 844 060

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LISBOA CULTURAL

CiClos E ConFERênCiAs

- Ciclo de debates Privado - Público – Comum | Cidades, centros comerciais e praças públicas, com Miguel Silva Graça, Manuel Graça Dias e João Pedro Nunes | 20 de Outubro | 18h30 | mmcafé do Maria Matos Teatro Municipal | Entrada livre | www.teatromariamatos.pt

- Ciclo de palestras Homens no Fado | Manuel Fernandes, por Julieta Estrela de Castro | 21 de Outubro | 18h | Entrada livre Fonoteca Municipal de Lisboa | http://fonoteca.cm-lisboa.pt

TEATRo

- Hamlet da Silva | De Miguel Morillo | Até 27 Outubro | Teatro-Estúdio Mário Viegas | www.companhiateatraldochiado.pt

ouTRos EvEnTos

- Lançamento do livro A República e os Judeus, de Jorge Martins | 19 de Outubro | 18h30 | Sala do Arquivo da Câmara Municipal de Lisboa | Paços do Concelho

PAG. 13Em AgendaNEWSLETTER

.:MÚSICA:.

Paula Morelenbaum no São Luiz

Telecoteco é o mais recente álbum de Paula Morelenbaum, que a 19 de Outubro o vem apresentar ao São Luiz Teatro Municipal. Em versão palco, este trabalho convida a uma viagem pela bossa nova e pela canção brasileira bem como pelas múltiplas influências da cantora, que vão de Carmen Miranda a Dick Farney, e do tango à grande canção americana.

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AuToCARRo Do CEnTEnáRioVisitas guiadas num autocarro da Carris que, a partir da Praça do Município, percorre os locais mais emblemáticos da Revolução de 5 de Outubro.Até 31 de outubro terças e quintas, às 11h e às 15h (para escolas do ensino secundário e idosos), sábados e domingos, às 11h e às 15h (famílias e público em geral)

ARTE, REPúBliCA E liBERDADEExposição colectiva de escultura, fotografia, pintura e texto. Até 20 de outubroBiblioteca-Museu República e Resistência/Espaço Grandella

silvA MonTEiRo – DEsEnHo HuMoRísTiCo n´os RiDíCulosA obra gráfica do caricaturista Silva Monteiro, a partir das colecções municipais e da colecção de inéditos de Emilio Rincon Peres. Até 5 de DezembroMuseu Rafael Bordalo Pinheiro

PERCuRsos, ConQuisTAs E DERRoTAs DAs MulHEREs nA i REPúBliCAExposição sobre a história do movimento feminino na I República.Biblioteca-Museu República e Resistência/Cidade Universitária

lEAl DA CâMARA – CARiCATuRisTA DA REPúBliCAUm dos principais caricaturistas da I República, revisitado a partir da colecção da Hemeroteca Municipal.Até 27 de novembroHemeroteca Municipal

“Eu Fui TEsTEMunHA” – o 5 DE ouTuBRo EM lisBoAA partir do relato de um anónimo republicano, uma exposição que faz a reconstituição histórica da cidade de Lisboa no dia 5 de Outubro de 1910.Até 29 de Abril de 2011Galeria de Exposições dos Paços do Concelho

lisBoA REPuBliCAnA: EsPAço E MEMóRiAExposição ao ar livre e mostra bibliográfica.Até 31 de Janeiro de 2011Gabinete de Estudos Olisiponenses

Mais uma semana de doclisboa, mais uma semana de bilhetes gratuitos para os nossos leitores, em sessões seleccionadas. Para ganhar, basta ser dos primeiros a marcar o 218 170 600. os filmes e sessões são:

Painéis de são vicente de ForaManoel de Oliveira20 Out | 21h30 | Cinema São Jorge

stones in ExileStephen Kijak20 Out | 23h | Cinema São Jorge

Algérie, Année ZeroMarceline Loridan-Ivans e J. P. Sergent22 Out | 19h | Cinema São Jorge

What´s Happening: The Beatles in the usAAlbert & David Maysles22 Out | 21h30 | Cinema São Jorge

The sound of insects – Record of a MummyPeter Liechti24 Out | 19h30 | Cinema City Alvalade

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Rep

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http://centenariorepublica.cm-lisboa.pt/

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PAG. 14Centenário da RepúblicaNEWSLETTER

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