líquido cerebrospinal
TRANSCRIPT
PROFª MSC.MAYARA CARNEIRO
Líquido Cerebrospinal
Também chamado de líquor ou líquido cefalorraquidiano
O que é? Um líquido de aparência clara
Para que serve?Lubrificar e proteger o córtex cerebralPromover troca de nutrientes e produtos
metabólicos
Onde se encontra?No espaço entre a membrana aracnóide e a
pia-máter
Também envolve o cérebro e a medula espinal
Como se forma?
O LCS origina-se a partir dos plexos coroides ventriculares (70%)
Células ependimais dos ventrículos (revestimento)
Do que é composto?Plasma ultrafiltrado e poucas células
Água, glicose, gás carbônico, creatinina, ureia
Álcool e drogas
Comparação com concentrações plasmáticas
Circulação:Formado nos ventrículos
Circula pelos hemisférios
Circula pela medula espinal
Coleta
Indicações: neoplasia maligna, doenças desmielinizantes, infecções nas meninges e hemorragia subaracnóide.
Punção lombar (desde que não haja infecção no setor)
Espaço entre a L3 e a L4 (adultos)L4 e L5 (crianças)
HigienizaçãoAnestesia localDura-máter
Pressão do LCS medida por manômetroSe estiver normal, extrai-se o líquor (4 a 15
mmHg)10 a 20 mL em 3 ou 4 tubos sequenciais
Protocolo
Tubo 1: Análise química e imunológica
Tubo 2: Análise microbiológica
Tubo 3: Contagem celular
Exame laboratorial: Análise macroscópica, análise microscópica de contagem e tipo celular, análise química, culturas microbiológicas, análise imunológica e molecular
Exames físicos
Cor e turbidezViscosidade similar à água4º tubo: formação de película (meningite
tuberculosa)
Turbidez anormal pode indicar: células sanguíneas, microrganismos e resíduos protéicos
Presença de células (pleocitose)Aspecto oleoso (contrastes radiológicos)
Avermelhado, róseo: hemácias, hemoglobinaXantocrômico: hemorragia mais antiga
(billirrubina, caroteno e melanina)
Diferenciação entre a punção traumática e hemorragia
Hemorragia subaracnoide2 a 4 semanas
LCS coagulação> punção traumática
Coagulação> neurossífilis e meningite tuberculosa
Exame microscópico
Contagem de células (hemocitômetro) Cap.8Amostras não diluídas em solução salinaExceto amostras sanguinolentas
Adição de HClMononucleares e polimorfonuclearesLeucócitos (o a 5 por microlitro, células
ependimais, células do plexo coroide, células tumorais
Contagem diferencialEsfregaço coradoNormal: linfócitos e monócitos
Porcentagens:28% a 96% de linfócitos16% a 56% de monócitos0 a 7% de neutrófilosAnormal: eosinófilos, células ependimais e
histócitos
PleocitoseDefiniçãoTipos de células encontrados: além dos
linfócitos, células do SNC e células malignas
Neutrófilos: Meningite bacteriana, abscesso cerebral,
empiema subdural, hemorragia do SNC e pós-convulsões
LinfócitosEstágios tardios de meningite viral,
tuberculosa, fúngica ou sifilítica
PlasmócitosEsclerose múltipla
EosinófilosInfecções por parasitas e fungos ou reações
alérgicas a contrastes e medicamentos
Monócitos e macrófagosMeningite bacteriana, meningite fúngica, ou
ruptura de abscesso cerebralPodem ser encontrados com hemácias, ou
como lipófagos (hemorragia e infarto cerebral)
Outras célulasCélulas ependimais, células coroides
Após lesão cerebral traumática, mielografia, infarto isquêmico cerebral, injeções intratecais
Células malignas: carcinoma de mama, pulmão, leucemia e melanoma
Análises químicas
Proteínas:As totais variam de 15mg/dL a 45mg/dLNeonatos e adultos acima de 40 anos
possuem aumentoMais altos em punção lombar e mais baixos
nos ventrículosDistúrbios endócrinos, hemorragia, infecção,
obstrução, punção traumática e condições tóxicas
Níveis reduzidos: perda de fluido a partir de ruptural dural, hipertireoidismo
Albumina: barreira hematoencefálicaProporção entre níveis séricos e o LCS
P=A LCS/A Sérica• 1:230• 15 a 30 comprometimento moderado• >30 comprometimento grave• >100 completa ruptura da barreira
Imunoglobulina:P= IgG do LCS/IgG sérica1:3690, 30 a 0, 70
Aumentado: esclerose múltipla, distúrbios neurológicos inflamatórios
Reduzido: comprometimento da barreira
Eletroforese de proteínas:
Bandas oligoclonais:Essas bandas são imunoglobulinas
sintetizadas por um ou poucos clones de plasmócitos, derivados de linfócitos B, em resposta à presença contínua de um antígeno único e altamente específico
Esclerose aguda, neurossífilis, meningite criptocóccica, meningite bacteriana e viral, encefalite necrotizante, infecções por HIV
Proteína básica da mielina (PBM)Inferiores a 4ng/mLEsclerose múltipla, mielopatia, trauma
cefálico
Glicose:50 a 80mg/dLHipoglicemia, atividade glicolítica e
carcinoma metastático
Lactato:Independe dos níveis séricos11 a 22mg/dLAumentado pode indicar trauma encefálico,
edema cerebral, meningite, hidrocefalia
Importante na classificação da meningite:Viral: menor que 30mg/dLBacteriana, fúngica, tuberculosa: acima de
35mg/dL
Corantes:Gram e Wright
Culturas:Tioglicolato ou ágar sangue, chocolate e
MacconkeySabouraud
Correlações clínicas
Meningite bacteriana:Presença de bactérias, altas concentrações
de proteínas e pouca glicoseMuitos leucócitos (neutrófilos)
Meningite viral:Linfocitose, monócitos e macrófagos, muitas
proteínas
Meningite fúngica:Níveis normais ou reduzidos de glicose,
muitas proteínas, linfócitos
Células malignasQuimioterapia não alcança a barreira
Bons estudos!!