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LIPIDOLOGIA: ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
O risco de infarto do miocárdio ou de
acidente vascular cerebral (AVC)
pode ser maior que o estimado por
métodos tradicionais e os médicos deveriam avaliar também outros
parâmetros para classificar os pacientes
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As doenças cardiovasculares não costumam dar
aviso prévio. A má notícia chega, em geral,
anunciada por eventos abruptos. É fundamen-
tal, assim, calcular a priori o risco de cada um, principal-
mente daqueles que já passaram da faixa dos 50 anos
ou têm história familiar de doença aterosclerótica,
para estabelecer uma estratégia preventiva. Dr. Bru-
no Caramelli, diretor da Unidade Clínica de Medicina
Interdisciplinar em Cardiologia do Instituto do Coração
do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo (InCor-HC-FMUSP),
lembra que existe uma avaliação de risco para cada
situação em particular e para cada finalidade espe-
cífica. A mais utilizada é o escore de risco de Fra-
mingham, que inclui seis passos: sexo do paciente,
idade, fumante ou não, medida da pressão arterial,
do colesterol total e do colesterol HDL. Esses dados
são inseridos numa planilha de cálculo, que indica a
probabilidade de eventos cardiovasculares (infarto
ou derrame) nos próximos dez anos.
risco cardiovascularNovos biomarcadores do
O risco de infarto do miocárdio ou de acidente vascular cerebral (AVC) pode ser maior que o estimado por métodos tradicionais. A conclusão é fruto de um debate entre cardiologistas da América Latina, sobre perspectivas clínicas em lipidologia, que abordou a influência na prática clínica de novas técnicas de imagem não invasivas e biomarcadores de risco cardiovascular utilizados por estudos clínicosPOR CRISTIANA BRAVO
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O risco de infarto do miocárdio ou de acidente
vascular cerebral (AVC) pode ser maior que o es-
timado por métodos tradicionais, porém os médi-
cos deveriam avaliar também outros parâmetros.
A conclusão é do artigo sobre perspectivas clínicas
em lipidologia1, publicado recentemente no Journal of Clinical Lipidology, periódico oficial da National Lipid Association, uma associação norte-americana
criada há pouco tempo, mas já bastante prestigiada.
O texto foi fruto de um debate entre pesquisadores
latino-americanos sobre as mudanças percebidas na
prática clínica a partir de novas técnicas de imagem
e biomarcadores testados por estudos clínicos, como
espessura da camada íntima-média das artérias
carótidas, calcificação da artéria coronária e con-
centração plasmática da proteína C reativa (PCR)
ultrassensível.
De acordo com Dr. Raul Dias dos Santos Filho,
diretor da Unidade Clínica de Lípides do InCor-HC-
-FMUSP, um dos participantes desse debate, que as-
sina como primeiro autor o artigo, a motivação do
encontro foi esta realidade: cerca de 20% das pessoas
que sofrem eventos coronarianos estão classificadas
pela escala de Framingham como de médio risco em dez anos. “Os pesquisadores estão sempre em busca de
novos marcadores de risco para identificar estes pa-
cientes que precisam de intensas medidas preventivas,
como redução do colesterol”, diz o cardiologista, ao
explicar que é assim que os clínicos conseguem au-
mentar a sobrevida e a qualidade de vida desses indiví-
duos. “Mas os métodos ou algoritmos para avaliação e
estratificação de risco cardiovascular ainda ficam mui-
to aquém do desejável”, comenta Caramelli.
Risco populacionalHoje, a estratificação do risco cardiovascular do in-
divíduo é baseada na anamnese e no histórico fami-
liar combinados com valores, como pressão arterial,
circunferência abdominal, glicemia, colesterolemia e
creatinina. A combinação desses dados permite clas-
sificar a pessoa nos escores de risco baixo, intermediá-
rio ou alto em dez anos. Em estudos populacionais
norte-americanos, apenas 25% da população é classi-
ficada na faixa de alto risco; cerca de 40% pertence ao
risco médio, que corresponde à chance de 5% a 20%
de sofrer um evento em dez anos. Para determinar
melhor a classificação dessa população de risco mé-
dio é que seria indicado utilizar os novos marcadores
de risco, uma vez que dois terços dos pacientes que
sofrem um evento coronariano, como sabem os es-
pecialistas, não apresentavam previamente risco alto
para infarto ou AVC. Além disso, há que se conside-
rar que essa faixa apresenta o que os pesquisadores
denominam risco atribuível. Explicando melhor, a
chance de se encontrar um indivíduo de risco mé-
dio vitimado por um evento cardiovascular é muito
maior do que a de se encontrar um indivíduo de alto
risco com evento, em razão da maior quantidade de
pessoas na faixa de risco médio entre a população.
Se detectado corretamente o risco desses pacien-
tes, a prevenção primária de eventos pode ser alte-
rada em dois aspectos. Primeiro, com a redução da
concentração plasmática de LDL-colesterol (LDL).
A maior parte dos ocidentais apresenta concentração
plasmática de cerca de 120 mg/dL, que é o normal na
distribuição dessa população. Já os orientais, que têm
quatro vezes menos chance de apresentarem eventos
coronarianos do que os ocidentais, considerando-se a
mesma prevalência dos outros fatores de risco, têm o
LDL em torno de 50 mg/dL. Isso indica, segundo o
Dr. Raul Dias dos Santos, que a concentração ideal
de LDL para evitar um evento cardiovascular é de
50 ou 60 mg/dL. Como os eventos cardiovasculares
podem ser reduzidos em até 22% para cada 40 mg/
dL de diminuição na LDL, de acordo com o conheci-
mento existente hoje, seria recomendável a redução
intensa de LDL em indivíduos com risco intermediá-
rio para alto, conclui o cardiologista.
Outra ação importante para esses pacientes é
a administração de ácido acetilsalicílico infantil,
que reduz em 25% o risco de infarto do miocárdio.
Mas a medicação pode causar sangramento digesti-
vo, e se a pressão arterial e o colesterol plasmático
desses pacientes estiverem bem controlados, o im-
pacto é muito pequeno. De todo modo, em indivídu-
os com risco alto ou várias placas de aterosclerose,
mas sem sintomas, utilizar esse medicamento produz
benefícios, como ocorre com aqueles em prevenção
secundária. Ocorre, porém, que apenas os novos
biomarcadores detectam a existência ou não de pla-
cas ateroscleróticas em pessoas que nunca sofreram
eventos cardiovasculares.
Reclassificação de riscoHá forte evidência de que os novos biomarcadores
mencionados seriam úteis na prática clínica para in-
crementar a quantificação do risco, entre indivíduos
considerados em risco intermediário de eventos co-
ronarianos de acordo com a estratificação de risco
clínico. Existem parâmetros para avaliar os novos
biomarcadores, que mensuram o impacto de cada um
na reclassificação de risco. São eles o NRI (net reclas-
Como os eventos cardiovasculares
podem ser reduzidos em até 22% para
cada 40 mg/dL de diminuição
na LDL, de acordo com o conhecimento
existente hoje, seria
recomendável a redução
intensa de LDL em indivíduos
com risco intermediário
para alto
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sification improvement — melhora líquida da reclassi-
ficação) e o IDI (integrated discrimination improvement — melhora da discriminação integrada). Ambos de-
monstram o quanto esse novo marcador acrescenta
aos dados já disponíveis.
Segundo Dr. Raul Dias dos Santos, a classificação
de risco pelo escore de Framingham pode ser me-
lhorada, portanto, é possível checar a existência de
placas de aterosclerose, sem manifestação clínica
(aterosclerose subclínica). “Por meio da angiotomo-
grafia é possível, ainda, detectar as placas não calcifi-
cadas, a obstrução da luz do vaso e o escore de cálcio
coronário”, ele afirma. “Os estudos que avaliaram
a calcificação coronariana como marcador de risco
demonstraram que o cálcio coronário pode indicar
aumento do risco cardiovascular de forma indepen-
dente do resultado do escore de Framingham.”
Vários estudos já demonstraram que, entre os no-
vos marcadores, o escore de cálcio é o que tem maior
poder de reclassificação, atuando em 35% a 55% dos
casos. Seu impacto, na prática clínica, é maior para os
pacientes classificados em risco intermediário pela
escala de Framingham. “Na minha rotina, peço o es-
core de cálcio coronário para o paciente de risco mé-
dio. Se o valor estiver alto, esse paciente será reclas-
sificado como de alto risco e tratado intensivamente
com medicamentos, o que eu não faria normalmente
com um paciente de risco intermediário”, afirma o
diretor da Unidade de Lípides.
“O NRI sugere que o escore de cálcio seja o bio-
marcador que mais bem reclassifica os casos (NRI
= 0,3 a 0,55)”, continua o médico, informando que
a PCR, um marcador inflamatório, apresenta NRI
= 0,2. “Ou seja, o escore de cálcio é melhor marca-
dor do que a PCR”, conclui. A medida da espessu-
ra da camada íntima-média das artérias carótidas
também é mais adequada para mensuração do risco
cardiovascular do que a PCR, segundo os estudos.
Há um estudo, o MESA (Multi-Ethnic Study of Athe-rosclerosis), que comparou os três marcadores2. Outro
estudo alemão, o Heinz Nixdorf Recall Study, compa-
rou o escore de cálcio com a PCR3. Os dois foram
estudos prospectivos, baseados na população em
geral. Eles demonstraram que o escore de cálcio
é o mais adequado entre os novos marcadores de
risco coronariano.
Um estudo norte-americano publicado em 2010
no JACC, o ARIC (Atherosclerosis Risk in Communi-ties Study), comprovou que a medida da espessura
da camada íntima-média das artérias carótidas re-
classifica o risco em cerca de 15% da população4.
Apesar de terem sido realizados com pacientes mais
velhos, os estudos demonstrando a importância
da medida da espessura das carótidas validam esse
marcador como adequado para indicar uma doença
mais precoce, em pacientes jovens, informa Santos.
“Porque a medida das carótidas pode estar altera-
da mesmo com o cálcio coronariano igual a zero,
uma vez que as artérias podem não apresentar cal-
cificação em pacientes jovens.”
Quanto à PCR, sua utilização apresenta grande
desvantagem, comparativamente aos exames que
envolvem imagens, pois a imagem da ateroscle-
rose é melhor para determinar o risco do que a
mensuração de um marcador inflamatório. A van-
tagem da PCR é o custo, a mensuração é barata e
seu acesso é bem mais fácil. Como biomarcador,
ela reclassifica 15% a 20% dos pacientes. No es-
tudo JUPITER, pacientes com concentração da
LDL dentro da normalidade foram tratados, em
prevenção primária, de acordo com a PCR5. O uso
da rosuvastatina diminuiu o número de eventos
cardiovasculares em 44%, quando a média da PCR
dos indivíduos tratados era maior do que 4. Mas
esse estudo não usou grupo controle e, portan-
to, não determinou o efeito da estatina em uma
população com PCR baixa, lembra Dr. Raul Dias
dos Santos. “O estudo JUPITER demonstrou que,
na prática clínica, pacientes com LDL baixo, mas
com a PCR alta, devem ser tratados, pois se bene-
ficiam muito com esse medicamento”, ele conclui.
A imagem da aterosclerose é melhor para determinar o risco do que a mensuração de um marcador inflamatório como a PCR. A vantagem desta é o custo, a mensuração é barata e seu acesso é bem mais fácil
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O FUTURO DA PRÁTICA CLÍNICA
Exames em estudo que apresentam maior possibilidade de uso na prática clínica, segundo o diretor da Unidade Clínica de Medicina Interdisciplinar
-dem ou não responder a um determinado tratamento.
-ção dessa doença.
coração, como a endocardite infecciosa.
O papel da Lp(a)A Sociedade Europeia de Aterosclerose (European Atherosclerosis Society – EAS) inclui, também, a lipo-
proteína (a) (Lp (a)) elevada como um fator de risco
independente entre suas recomendações divulga-
das em 20106. A Lp(a) é conhecida há 40 anos como
uma das lipoproteínas mais aterogênicas. Não se
sabe, ainda, se a diminuição nos níveis dessa proteína
ajuda a prevenir infartos ou se elas só servem mesmo
como indicador de risco, explica o cardiologista.
Além de ser rica em colesterol, a Lp(a) também tem
ação inibitória sobre o plasminogênio, responsável
pela dissolução de trombos. É biossintetizada pelo
fígado e o tamanho de sua isoforma determina suas
taxas de síntese e excreção7. Há fortes evidências epi-
demiológicas de que a Lp(a) representa fator de risco
para aterosclerose, mesmo quando a colesterolemia é
baixa. Entre os estudos epidemiológicos que demons-
tram esse papel da Lp(a), destaca-se o Emerging Risk Factors, metanálise que apontou a Lp(a) como fator de
risco cardiovascular independente8.
O grande desafio em relação à Lp(a) é o método
para sua quantificação. Como ela não é homogênea,
mas apresenta partículas de tamanhos diferentes,
sua quantificação deve ser independente da isofor-
ma da apolipoproteína (a). Esse método não está
disponível no Brasil. Segundo Dr. Raul Dias dos
Santos, apesar de conhecido esse dado, de que o va-
lor teórico da Lp(a) de 30 mg/dL em diante indica
risco de doença coronária, falta um método acurado
para encontrá-lo. “Em alguns estudos, dependendo
do método utilizado, ele pode chegar a 80 mg/dL”,
acrescenta o médico, observando que não é um exa-
me que ele pede na rotina. “Solicito apenas para pa-
cientes com histórico familiar e sem outros fatores
de risco, em que a Lp(a) pode ser o fator genético
que predispõe à aterosclerose.” A EAS, porém, já
determinou que sua investigação seja realizada em
pacientes de risco intermediário ou com história fa-
miliar precoce, se não houver outros fatores de risco.
A EAS recomenda diminuir a Lp(a) com niacina ou
ácido nicotínico, para prevenção de eventos cardio-
vasculares, mas não há estudos que confirmem essa
recomendação. “Em pacientes com Lp(a) alta, a con-
duta é baixar o LDL, apesar de o efeito das estatinas
sobre a Lp(a) ser muito discreto”, recomenda o car-
diologista, que acrescenta não ter dúvidas quanto ao
benefício da redução do LDL.
O que é mais importante na prática clínica? Os estudos
que demonstram a diminuição dos marcadores de even-
tos, denominados marcadores substitutos ou desfechos
substitutos, que foram mencionados (redução da espes-
sura das carótidas, da PCR e das placas de ateroma) ou
os que revelam a diminuição de eventos de fato, como
infarto e AVC? “Os marcadores substitutos servem para
determinar o risco coronariano, têm esse papel claro
como meta para tratamentos em estudos clínicos”, ex-
plica Dr. Raul Santos. A redução no nível desses marca-
dores substitutos não significa necessariamente diminui-
ção dos eventos cardiovasculares. Ele dá um exemplo: o
escore de cálcio é ótimo para identificação de risco, mas
não para determinar se o tratamento está protegendo o
paciente contra a aterosclerose. A diferença se explica
porque a redução do colesterol e da pressão arterial tem
efeito na parte não calcificada da placa. Portanto, não ser-
ve como meta de tratamento. “Não há correlação entre
a redução da concentração do colesterol e a evolução da
calcificação coronária, mas sei que a redução intensa do
colesterol protege meu paciente”, ele diz, concluindo que
os pacientes com grande carga de placa e alto cálcio
coronário, ou seja, de alto risco, devem ser tratados
para reduzir o LDL. (Colaborou Silvia Campolim)
“O estudo JUPITER
demonstrou que, na prática
clínica, pacientes com LDL baixo,
mas com PCR alta, devem ser
tratados com estatina, pois se beneficiam
muito com esse medicamento”
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Referências1. Santos RD, Lorenzatti AJ, Barros CF, Escobar E;
discussants from a Clinical Lipidology Roundtable
of Latin American Physicians. Clinical perspective:
have the results of recent clinical trials of lipid-low-
ering therapies influenced the way we should prac-
tice? A Latin American perspective of current issues
in clinical lipidology. J Clin Lipidol. 2011;5(3):124-32.
2. Detrano R, Guerci AD, Carr JJ, Bild DE, Burke G,
Folsom AR, et al. Coronary calcium as a predictor
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3. Heinz Nixdorf Recall Study Investigators. Quantifi-
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to predict coronary events and all-cause mortality. J
Am Coll Cardiol. 2011;57(13):1455-64.
4. Nambi V, Chambless L, Folsom AR, He M, Hu Y,
Mosley T, et al. Carotid intima-media thickness and
“Os marcadores substitutos servem para determinar o risco coronariano, têm esse papel claro como meta para tratamentos em estudos clínicos”
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LIPIDOLOGIA: ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
NOVOS MEDICAMENTOS
Novas drogas desenvolvidas para aumentar o HDL, como os inibidores da CETP, e estudos novos sobre medicamentos conhecidos, como a niacina, podem vir a representar uma revolução no tratamento do colesterol daqui a cinco anos
POR CRISTIANA BRAVO
Em novembro passado, um estudo com niacina foi apre-sentado no American Heart Association — Scientific Ses-sions e publicado no New England Journal of Medicine1.
anos de mercado não demonstrou benefício para redução de eventos cardiovasculares, especificamente, mas o LDL dos pacientes foi tão bem tratado nesse estudo que o im-pacto do aumento do HDL pode não ter sido demonstrado. Além disso, o mesmo estudo apresentou três vezes menos eventos do que o esperado, perdendo o poder estatístico. Mas outra pesquisa sobre HDL, utilizando a niacina, está
esperam resultados mais favoráveis.Há, também, estudos de novos medicamentos desen-
cholesteryl ester transfer protein — proteína de transfe-
transferência do colesterol do HDL para LDL e VLDL, e dos triglicérides para o HDL e, ao inibir essa proteína, o efeito esperado para essa nova classe de medicamentos é levar a grande incremento do HDL .
Outros medicamentos novos em estudo podem dimi-mipomersen, que inibe a produ-
presence or absence of plaque improves prediction
of coronary heart disease risk: the ARIC (Athero-
sclerosis Risk In Communities) study. J Am Coll
Cardiol. 2010;55(15):1600-7.
5. JUPITER Study Group. Rosuvastatin to pre-
vent vascular events in men and women with
elevated C-reactive protein. N Engl J Med.
2008;359(21):2195-207.
6. European Atherosclerosis Society Consensus Panel.
Lipoprotein(a) as a cardiovascular risk factor: cur-
rent status. Eur Heart J. 2010;31(23):2844-53.
7. Kostner KM, Kostner GM. The physiological role of
lipoprotein(a). Drug News Perspect. 2002;15(2):69-77.
8. The Emerging Risk Factors Collaboration.
Lipoprotein(a) concentration and the risk of coro-
nary heart disease, stroke, and non-vascular mortal-
ity. JAMA. 2009;302(4):412-23.
degenera no fígado e não chega à circulação. O mipomer--
dicamentos, como o eprotirome, um análogo do hormônio
“Se essas novas classes de drogas e esses estudos em andamento, com milhares de pessoas, ao redor do mundo, demonstrarem eficácia, teremos uma revolu-ção na lipidologia daqui a cinco anos”, acredita o di-
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o LDL, aproximadamente. “Esse efeito foi obtido em cima do uso das estatinas”, esclareceu.
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