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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ

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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ

COORDENADORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | PRESIDÊNCIA | FIOCRUZ

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COMUNICAÇÃO INTERNA DA FIOCRUZ | JORNAL LINHA DIRETA Nº 13 - MAIO/2013

Linha Direta nº 14 – julho/agosto de 2013

Coordenação: Wagner de Oliveira

Edição : Claudia LimaRedação e Reportagem: Claudia Lima, Daniela Muzi, Daniela Savaget, Eduardo Muller,

Fernanda Marques, Leonardo Azevedo, Rodrigo Pereira.

Revisão: Claudia Lima

Projeto gráfico e edição de arte: Rodrigo Carvalho

Fotografia: André Az, Cleisson Vidal, Itamar Crispim, Naldo Fernandes, Peter Ilicciev e Rogério Reis.

DPor Eduardo Muller

esde o dia 4 de feve-reiro de 2013, o servi-dor que entrar em

exercício no Poder ExecutivoFederal tem seus proventos deaposentadoria limitados ao tetodo Regime Geral de Previdên-cia Social (RGPS), hoje fixadoem R$ 4.159,00. A medida afe-ta diretamente cerca de duzen-tos novos servidores da Fiocruz,que terão como alternativa paracomplementar seus vencimen-tos a adesão ao Plano de Be-nefícios dos Servidores PúblicosFederais do Poder Executivo,administrado pela Fundação dePrevidência Complementar doServidor Público do Poder Exe-cutivo (Funpresp-Exe).

A adesão ao plano foi de-batida em duas oportunidadesna Fiocruz durante o mês dejunho. Na primeira, organiza-da pela Diretoria de RecursosHumanos (Direh/Fiocruz), odiretor-executivo da Funpresp-Exe, Ricardo Penna, apresen-tou um painel sobre o planode previdência proposto pelogoverno federal e respondeuperguntas da plateia. A outrafoi organizada pelo Sindicadodos Trabalhadores da Funda-ção Oswaldo Cruz (Asfoc-SN),com a participação de um ad-vogado para esclarecer ques-tões jurídicas ligadas ao fun-do previdenciário.

No evento da Direh, em9 de junho, cerca de 200 pes-soas - majoritariamente servi-

Previdência Complementar em debate

dores empossados após a datalimite fixada pelo governo fe-deral -, compareceram ao au-ditório do Museu da Vida. Ovice-presidente deGestão e Desenvolvi-mento Institucional,Pedro Barbosa, abriuo debate. RicardoPenna iniciou suaapresentação desta-cando sete quesitos:aspectos legais; gover-nança; plano de be-nefícios; custeio; ins-titutos; regime tributá-rio e investimentos.

“A adesão aoplano é facultativa,um ato de vontadedo servidor. Ele temque preencher umaficha concordandocom a adesão”, expli-cou Penna, lembran-do que os fundos deprevidência comple-mentar são regidospelo Artigo 202 daConstituição Federal.A alíquota de contri-buição para o Plano édefinida pelo próprio servidor epode ser de 7,5%, 8% ou8,5%. A base de contribuiçãoé a soma do vencimento bási-co no cargo efetivo com vanta-gens pecuniárias permanentes.

Quando devida, a contra-partida da instituição deveser feita no mesmo percen-tual, apenas sobre o exce-dente do teto do RGPS, de R$

4.159,00, tanto para o parti-cipante quanto para a Insti-tuição. Até este valor, o des-conto do servidor é fixado em

11%. Segundo Penna, háduas modalidades de adesãoao plano. A primeira é comoparticipante ativo normal,para os que entraram emexercício a partir de 4 de fe-vereiro deste ano. Para estamodalidade, contam a datade ingresso e o teto remune-ratório. O diferencial é a con-trapartida da instituição pa-

trocinadora – no caso, a Fio-cruz -, no mesmo percentualdefinido pelo servidor.

A segunda modalidade é

a de participante ativo alter-nativo, ou seja, para servido-res que entraram em exercí-cio antes da criação do Fun-presp-Exe ou tenham suabase remuneratória igual ouinferior ao teto do RGPS. Oplano funcionará como osfundos privados e sem parti-cipação da empresa patroci-nadora. “O plano é bastante

flexível para acolher quemquiser aderir independente-mente da situação”, enfati-za Penna.

Direh orientaservidores

A Diretoria de RecursosHumanos vem se capacitan-do para atender possíveis de-mandas de servidores quedesejem ingressar no regimecomplementar de previdên-cia. Os trabalhadores partici-param de curso para viabili-zar a execução desse novoregime e, posteriormente,num Fórum de RH, com a pre-sença dos Serviços de Recur-sos Humanos (SRHs) das uni-dades, foram discutidos e es-tabelecidos os procedimentose diretrizes a serem adotadospor estas áreas. “Todo o pro-cesso de ciência e adesão ini-cia-se no SRH da unidade delotação do servidor”, orientaFátima Ayres, chefe da seçãode cadastros e concessões(Secac/Direh).

Servidor em exercício a partir de fevereiro que não aderir terá aposentadoria limitada

O diretor-executivo da Funpresp-Exe, Ricardo Penna, em debate na Fiocruz

Divulgação Direh

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Fátima explica que osSRHs têm convocado os ser-vidores empossados a partirde 4 de fevereiro para ciên-cia da Funpresp-Exe, por meiode formulário próprio – Termode Oferta do Plano de Benefí-cios do Plano Executivo Fede-ral. “Esta ciência é obrigató-ria e, em caso de recusa doservidor, um funcionário doSRH e testemunhas devemassinar o termo, comprovan-do que o plano foi oferecido”.

Após essa oferta, o ser-vidor pode ou não optar pelainscrição na Funpresp. Fátimasalienta que, uma vez feita,a adesão é irretratável, ouseja, não pode ser anuladaou revogada por ato posteri-or. O formulário de inscriçãoé preenchido em três vias -uma para o servidor; outrapara arquivo na pasta funci-onal, com o Termo de Ofer-ta; e a última é encaminha-da à Direh para o cadastrono Siapenet/Funpresp e de-mais procedimentos, comodesconto mensal, encaminha-mento de documentos e re-

passe de valores.Os servidores que não es-

tiverem nessas condições,empossados a partir de 4/2/2013, podem migrar para o Pla-no, devendo dirigir-se ao seuSRH para informações, ouacessar o site da Funpresp –www.funpresp-exe.com.br.

Asfoc estudaação judicial

No dia 12 de junho, a As-foc-SN organizou evento paradebater a previdência comple-mentar do servidor público. Oencontro foi no salão de leiturado Icict com a presença de umadvogado contratado pela enti-dade. Segundo a diretora secre-tária da Asfoc-SN, Luciana Pe-reira Lindenmeyer, a ideia é ajui-zar uma ação ainda este ano.“Precisa envolver uma série detrâmites da área jurídica. Já re-alizamos estudos prévios e es-tamos definindo a linha de ar-gumentação”, explica.

Os servidores interessadosem participar da ação deverão

Funcionando há doisanos, a WebTV Fiocruzteve seu sistema operacio-nal reformulado nos últimosdois meses e voltou a fun-cionar em agosto com no-vas funcionalidades e pro-gramas. A implantaçãopela Coordenadoria de Co-municação Social da Pre-sidência começou com 22

WebTV tem novo sistema

Estão abertas, até o dia 30de setembro, as inscrições deprojetos para o convênio decooperação Fiocruz-Pasteur. Ainiciativa tem por objetivo fa-cilitar os estudos na área desaúde pública.

O projeto deverá reunirequipes de pesquisadores daFiocruz e pelo menos um pes-quisador do Instituto Pasteur In-ternacional. Também deveráser definido um coordenadorbrasileiro da equipe da Fiocruz

pontos. Hoje, são 58 equipa-mentos instalados – 35 emManguinhos, seis nos demaiscampi do Rio de Janeiro e 17em oito estados. O objetivo éoferecer aos assessores de co-municação de todas as unida-des da Fiocruz uma ferramen-ta de comunicação ágil volta-da ao público interno, com pro-gramação diversificada.

e um coordenador do InstitutoPasteur. A aprovação prévia doComitê de Ética local é obri-gatória. A identificação do co-mitê e o número do protocolode submissão precisam seranexados à proposta.

O financiamento terá a du-ração de um ano, podendo serrenovado por igual período. Osprojetos selecionados receberãofinanciamento conjunto de até30 mil euros por ano. Os for-mulários de candidatura estão

disponíveis em www.pasteur-international.org. As propos-tas devem ser enviadas paraos coordenadores de ambasas instituições:

Fiocruz: Vincent Brignol([email protected]);

Instituto Pasteur:Eliane Coeffier([email protected])

e Daniel Scott-Algara([email protected])

Cooperação Fiocruz-Pasteur 2013Encontra-se aberta ao pú-

blico, até o dia 30 de setem-bro, a exposição Obras Rarasda Fundação Oswaldo Cruz:Acervos Especiais, produzidapela Seção de Obras Raras e aBiblioteca de Ciências Biomé-dicas. Na mostra, que integraos eventos da III Semana Flu-minense do Patrimônio 2013,podem ser encontrados o Re-latório da viagem de estudosà cidade de São Paulo reali-zada pelos alunos do Curso de

Exposição de obras raras

Aplicação em 1936, o manus-crito Luta contra os escorpi-ões, além de lâminas compreparações histológicas paraestudo ao microscópio e dis-cos de vinil com campanhasde saúde.

Com entrada gratuita, aexposição pode ser visitada desegunda a sexta-feira, de 9hàs 16h, na Seção de ObrasRaras (3º andar do CasteloMourisco). Informações:(21) 3885-1728.

ser filiados à Asfoc. A orienta-ção do Sindicato é para os ser-vidores não efetivarem a ade-são ao plano de previdênciacomplementar do governo fe-

deral. “Faremos contato comos servidores para nos certifi-carmos se a pessoa já aderiuao Funpresp e desistiu daação”, afirma Luciana.

.

Servidores participaram dasdiscussões no Museu da Vida

Divulgação Direh

Naldo Fernandes

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Por Fernanda Marques

omente 30% dosbrasileiros já ouvi-ram falar de livros

digitais e apenas 18% já le-ram algum e-book. Mas quemsão estes leitores? De acordocom a terceira edição da pes-quisa Retratos da Leitura noBrasil, realizada pelo InstitutoPró-Livro, são predominante-mente jovens – 63% deles têmentre 18 e 39 anos. Curiosa-mente, é a partir dos 18 anosque se verifica um decréscimoda frequência de leitura emgeral: enquanto adolescentesde 14 a 17 anos leram, emmédia, 3,13 livros no trimes-tre anterior à pesquisa, essaquantidade caiu para menosde dois após os 18 anos –quando saem de cena os livrosindicados pela escola.

Esse breve cenário sina-liza que investir em e-bookspode ser uma boa alternativapara aumentar a frequência deleitura no início da fase adulta.Levando isso em conta, em fe-vereiro deste ano, quando aFundação de Amparo à Pesqui-

Uma nova abordagem para e-booksProjeto da Editora Fiocruz é aprovado em edital inédito da Faperj adultos

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sa do Estado do Rio de Janeiro(Faperj) lançou um edital iné-dito de apoio às editoras de ins-tituições científicas e tecnoló-gicas sediadas no Estado do Riode Janeiro, a Editora Fiocruz ins-creveu um projeto relacionadoaos e-books. A proposta intitu-lada E-books para a divulgaçãocientífica da saúde pública –uma nova abordagem foi umadas seis contempladas. Tam-bém tiveram projetos aprova-dos as universidades federais doRio de Janeiro (UFRJ), Fluminen-se (UFF) e Rural do Rio de Ja-neiro (UFRRJ), e as estaduais doNorte Fluminense (Uenf) e doRio de Janeiro (Uerj).

A proposta da EditoraFiocruz se divide em dois ei-xos. O primeiro visa instru-mentalizá-la e capacitá-lapara intensificar suas açõesjunto ao SciELO Livros: a metaé que mais 40 títulos de seucatálogo sejam oferecidos emacesso livre no portal http://livros.scielo.org. Neste caso,livros originalmente produzi-dos para serem impressos setornam disponíveis on-line emdois formatos eletrônicos, PDF

e Epub. Já o segundo eixo tempor objetivo confeccionar umlivro que seja e-book desde oinício do projeto editorial.

“Não compartilhamosaquela visão apocalíptica deque o livro de papel vai aca-bar”, pondera o editor-execu-tivo da Editora Fiocruz, João

Por Daniela Savaget

ais de 250 máquinasde diversas marcas evariados modelos,

operando em diferentes árease sem conexão entre si. Essaera a realidade das impresso-ras da Presidência da Fiocruzque, até o início de 2011, ope-ravam isoladamente. “Haviauma cultura na qual as impres-soras atendiam as pessoas, enão os setores como um todo”,lembra o coordenador de Ser-vice Desk da Coordenação deGestão de Tecnologia da Infor-mação (CGTI), Fernando Spei-ch. A mudança teve início coma criação da CGTI, em 2010.

M

Canossa. “Precisamos, porém,nos familiarizar com as novastecnologias e linguagens, es-pecialmente quando elas têmpotencial de contribuir para dis-seminação do conhecimentocientífico”, avalia. Segundo apesquisa Retratos da Leitura noBrasil, a proporção de leitores

A Coordenação reuniu to-dos os setores de informáticada Presidência - incluindo asdiretorias de Recursos Huma-nos (Direh), Administração doCampus (Dirac), Planejamen-to Estratégico (Diplan) e Ad-ministração (Dirad). As impres-soras foram disponibilizadasem rede e distribuídas de acor-do com as necessidades dossetores, depois da padroniza-ção de equipamentos e sof-twares. O almoxarifado nãoconseguia atender todos ospedidos de cartuchos e nãohavia contrato de manuten-ção. “A solução foi terceirizaro serviço. Com isso, nos con-centramos no gerenciamen-

to”, completa Fernando.Com a mudança, o con-

trole dos gastos passou a serfeito virtualmente e os depar-tamentos podem solicitar rela-tórios semanais e mensais dasimpressões realizadas. Um téc-nico da empresa fica na Fio-cruz e faz o gerenciamento on-line de carga dos cartuchospara evitar a interrupção do ser-viço. O administrador da DirehPierre Cardoso lembra que aunidade foi uma das primeirasa receber o projeto.

“Constatamos uma grandediminuição do papel utilizadopelos setores, já que passamosa acompanhar melhor as im-pressões. Com o tempo, conse-

Impressoras em redeguimos aliar a redução de des-pesas ao aumento da qualida-de do serviço”, diz. O objetivoé expandir o projeto para todasas unidades da Fundação. “Ainiciativa vai representar umamudança de culturagrande em toda aFiocruz”, afirmaFernando.

de livros digitais é expressivana classe C (42%), e é maiorno Nordeste (22%) do que noSul (12%). O projeto da Edito-ra Fiocruz é coordenado pelavice-presidente de Ensino, In-formação e Comunicação, Ní-sia Trindade Lima, e terá du-ração de 12 meses.

S

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Por Claudia Lima

arte da contribui-ção da FundaçãoOswaldo Cruz à

discussão de um novo marcolegal para a área de Ciência,Tecnologia e Inovação foiconsolidada num documentode 134 páginas, entregue ofi-cialmente no fim de julho aorelator da Comissão Especialda Câmara que trata do as-sunto, o deputado federalSibá Machado (PT/AC). Esteprimeiro trabalho comenta epropõe mudanças para o Pro-jeto de Lei 2.177/2011- cujotexto original institui um Có-digo de Ciência, Tecnologiae Inovação, foco da comissãoparlamentar.

Além de tratar questõesrelativas a conceitos, impor-tação, orçamento, recursoshumanos e fundações deapoio, o documento entreguepropõe a inclusão de doisnovos capítulos. O primeirodiz respeito à regulamenta-ção da atuação das institui-ções científicas no exterior,com o objetivo de facilitar etornar mais efetivas as açõesinternacionais. O outro tratade flexibilização e concessãode autonomias especiaispara estimular as InstituiçõesCientíficas e Tecnológicas(ICTs) a participar do proces-

Pso de inovação.

O debate nãose esgota neste pri-meiro documento,como ressalta aapresentação assi-nada pelo presi-dente da Fiocruz,Paulo Gadelha.“Estamos mobili-zados e disponí-veis para atuar emoutras frentes”,afirma. Na Funda-ção, as discussõessobre necessidadede mudança nomarco legal daárea se fortalece-ram durante asplenárias do 6ºCongresso Interno e tiveramcontinuidade este ano, com apromoção de debates na ins-tituição. O primeiro aconteceuem 13 de junho, na Escola Na-cional de Saúde Pública Ser-gio Arouca (Ensp), no Rio deJaneiro, e o outro em 15 deagosto na Fiocruz Bahia, emSalvador.

Participaçãoorganizada

A Vice-Presidência deProdução e Inovação da Fio-cruz centralizou as propostas,fechou o documento oficial e

Fundação discute leis de Ciência, Tecnologia e Inovação

O que estáem debate

A proposta da criação deum Código de Ciência, Tecno-logia e Inovação surgiu da pró-pria comunidade científica, pormeio do Fórum de Secretáriosde Ciência e Tecnologia, de fó-runs de fundações de apoio àpesquisa, com o apoio da Soci-edade Brasileira para o Progres-so da Ciência (SBPC) e da Aca-demia Brasileira de Ciências.Essa proposta foi transformadaem dois projetos de lei: no Se-nado, o PLS 619/11, do sena-dor Eduardo Braga (PMDB-AM); e, na Câmara, o PL 2.177/11, do deputado Bruno Araújo(PSDB-PE). O objetivo é cons-truir um arcabouço legal quepermita às instituições públicasno Brasil exercerem com maioreficiência o papel de principaisgeradoras de conhecimento ci-entífico e facilite a aproxima-ção do setor público com o pri-vado em busca da inovação.

Leis que seriam alteradaspela proposta de código

• Lei 10.973/04(Lei de Inovação)

• Lei 8.666/93(Lei de Licitações)

• Lei Complementar 4.320/64(Lei das Finanças Públicas)

• Lei Complementar 123/06(Estatuto da Pequena e Micro-empresa)

• Lei 8.010/90(Lei de Importação paraPesquisa)

• Lei 11.196/05(Lei do Bem)

• Lei 11.105/05(Lei de Acesso à Biodiversidade)

• Lei 11.540/07(Lei do FNDCT)

• Lei 12.249/10(Lei de incentivos à indústriado petróleo)

• Lei 8.112/90(Regime Jurídico Único)

• Consolidação das Leis do Tra-balho (CLT)

Fonte: Em Discussão, revista deaudiências públicas do Sena-do Federal, ano 3, nº 12

Marco legal em construção

é responsável pela interfacecom a Comissão Especial cri-ada na Câmara dos Deputa-dos para acompanhar a tra-mitação do PL 2.177/2011.Depois dos diversos debatescom a comunidade científica,o relator da Comissão, deci-diu desmembrar o trabalhoinicialmente centrado na cri-ação de um código. A pro-posta agora é atuar em di-versas frentes para alteraruma gama de leis e regula-mentações.

Como primeiro resultadodas discussões, a ComissãoEspecial elaborou e protoco-lou a Proposta de Emenda

Constitucional 209/13 –que altera e adiciona dis-positivos na ConstituiçãoFederal para atualizar otratamento das atividadesde ciência, tecnologia einovação. A autoria prin-cipal da PEC foi atribuídaà deputada MargaridaSalomão (PT/MG) e a re-latoria, ao deputado Izal-ci (PSDB/DF).

O texto contou com acontribuição da Fiocruz ede diversas instituições eorganizações da área,que continuam colaboran-do no processo. As discus-sões de propostas para

mudar a legisla-ção da área serãointensas neste se-gundo semestre.Uma vez aprova-da a PEC, Sibápretende apresen-tar o PL 2.177/11como Lei Regula-mentar da Cons-tituição. Em se-guida, serão en-caminhadas pro-postas de um Re-gime Diferencia-do de Compras epara a Lei da Bio-diversidade.

Peter Ilicciev

Peter Ilicciev

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Por Daniela Savaget*

história da criação daFiocruz, no início doséculo 20, remetepara a produção de

soros e vacinas contra a pestebubônica. Já naquela época, aFundação, então denominadaInstituto Soroterápico, era respon-sável por tecnologia pioneira nafabricação de substâncias imu-nobiológicas. Com o tempo, ainstituição ampliou ações na ge-ração de conhecimento, mascontinuou desenvolvendo e pro-duzindo diferentes insumos,como novas vacinas e medica-mentos, sempre visando o forta-lecimento do sistema público desaúde nacional.

Mesmo quem trabalha naFundação tem dificuldade deresponder: hoje, o que produzi-mos? Na prática, três unidadesestão vinculadas, diretamente,ao campo da produção na Fio-cruz. O Instituto de Tecnologia

O que a Fundação produz?Vacinas, biofármacos e kits reagentes para diagnóstico são fabricados pela instituição

Aem Imunobiológicos (Bio-Man-guinhos) é responsável pela pro-dução de vacinas, biofármacose kits reagentes para diagnósti-co de doenças (reativos). Esteskits também são produzidospelo Instituto Carlos Chagas(ICC/Fiocruz Paraná).

O Instituto de Tecnologiaem Fármacos (Farmangui-nhos), por sua vez, garante afabricação de medicamentosque atendem a programas es-pecíficos do Ministério da Saú-de. A produção é voltada, en-tre outras áreas, para doençasendêmicas, como a tuberculo-se; para doenças do sistemanervoso central; e para hiper-tensão e diabetes.

As atividades estão entreas mais relevantes no contex-to atual de políticas públicasde ciência e tecnologia emsaúde do governo federal. AFiocruz participa ativamentedos bem sucedidos progra-mas nacionais de Imunização

(PNI) e de Doenças Sexual-mente Transmissíveis e Aids,e é um eixo de apoio do Com-plexo Industrial da Saúde(CIS). Parte do programaMais Saúde, o CIS tem comoobjetivo impulsionar a indús-tria farmacêutica nacional ede equipamentos de saúde

para reduzir a dependênciado Brasil na área.

VacinasPara disponibilizar produtos

na quantidade e nos prazos so-licitados pelo Ministério da Saú-de, Bio-Manguinhos investe for-

temente em sua cadeia de ino-vação. Em 2012 foram entre-gues 103 milhões de doses devacinas; 8,79 milhões de reati-vos para diagnóstico; e 11 mi-lhões de frascos de biofárma-cos. “Nosso produto final sãovacinas, reativos e biofármacos,que entregamos na ponta dacadeia. Porém, para chegar atélá, há um grande trabalho de-senvolvido em Bio-Manguinhosna parte de inovação”, afirmao diretor do Instituto, Artur Ro-berto Couto.

Para alcançar tais números,é traçado um caminho que in-clui a preocupação constantecom a melhoria dos serviçosprestados pelo Sistema Únicode Saúde (SUS), a avaliação dointeresse público, da tecnologiadisponível, dos investimentos eda economia futura. As vacinassão produzidas no ComplexoTecnológico de Vacinas (CTV),no Campus de Manguinhos,um dos maiores centros de pro-dução da América Latina.

O complexo é responsável

pela produção total de 10 tiposde vacinas, incluindo virais ebacterianas – sendo seis docalendário básico do ProgramaNacional de Imunizações (PNI).Alguns desses produtos são ex-portados. É o caso das vacinasde febre amarela e a menin-gocócica AC, destinadas prin-

cipalmente à América Latina ea países africanos (confira oquadro Vacinas produzidaspor Bio-Manguinhos).

Kits reagentesBio-Manguinhos tam-

bém é responsável pela pro-dução de kits reagentes paradiagnóstico de diversas do-enças que integram os pro-gramas públicos da Coorde-nação-Geral de Laboratóriosde Saúde Pública (CGLAB);do Departamento de DST,Aids e Hepatites Virais doMinistério da Saúde e outrosde vigilância epidemiológica;além da Coordenação Geralde Sangue e Hemoderivados(CGSH). Ao todo, o Institutodesenvolve e produz 11 rea-tivos para diagnóstico de do-enças, como Aids (HIV), do-ença de Chagas, leishmani-ose e leptospirose (confirao quadro Reativos para di-agnóstico produzidos porBio-Manguinhos).

Itamar Crispim

Divulgação Bio-Manguinhos

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O Instituto Carlos Chagas(ICC/Fiocruz Paraná) tambématua neste campo. “Atual-mente estamos produzindo oteste molecular para a Hemor-rede Brasileira em parceriacom Bio-Manguinhos”, afirmao vice-diretor de Pesquisa doICC, Marco Krieger. “Alémdeste produto registrado, te-mos uma grande quantidadede projetos em desenvolvi-mento com diferentes parce-rias internas na Fiocruz, prin-cipalmente com Bio-Mangui-nhos, que visam atender im-portantes demandas do Minis-tério da Saúde”, afirma.

“Podemos citar os TestesMoleculares para VigilânciaEpidemiológica, Multitestespara Controle de Sangue epara suporte ao programaRede Cegonha. Também de-senvolvemos um projeto paradetecção precoce da Sepses”,explica Krieger. Sepses é umainfecção bacteriana generali-zada, que pode ter início emqualquer parte do corpo. Oslugares comuns onde a infec-ção pode começar incluem: in-testino, rins (infecção do tra-to urinário superior ou pielo-nefrite), revestimento do cé-rebro (meningite), fígado oua vesícula biliar e pulmões(pneumonia bacteriana).

BiofármacosOutro campo de produção

da Fundação diz respeito aosbiofármacos, ou medicamen-tos biológicos. Como o próprionome sugere, são medica-mentos obtidos por algumafonte ou processo biológico, ouseja, o princípio ativo do me-dicamento é obtido por meiodo emprego industrial de mi-croorganismos ou células mo-dificadas geneticamente. Aotodo, dois deles são produzi-dos por Bio-Manguinhos, e en-tregues ao Programa de Me-dicamentos Excepcionais, doMinistério da Saúde.

Em junho, o Instituto as-sinou acordo de transferênciade tecnologia para a produ-ção de mais um biofármaco,o alfataliglicerase, que com-bate a doença de Gauther. Oacordo foi firmado com aempresa biofarmacêutica is-raelense Protalix. Hoje, o Bra-sil tem 600 pacientes cadas-trados no SUS para o trata-mento dessa doença genéti-ca, relacionada com o meta-bolismo dos lipídeos. A par-ceria colocará no mercadobrasileiro um produto inova-dor, cuja tecnologia é basea-da em um sistema de expres-são de proteínas em célula

vegetal, de raiz de cenoura(confira o quadro Biofár-macos produzidos por Bio-Manguinhos).

Parcerias paraDesenvolvimentoProdutivo

De uma forma geral, a Fio-cruz é, segundo o vice-presiden-te de Produção e Inovação, Jor-ge Bermudez, a instituição quemais tem contribuído para a po-lítica industrial do Ministério daSaúde. Das 87 Parcerias para De-senvolvimento Produtivo (PDPs)que o Brasil participa, a Funda-ção está presente em 36, firma-das em diferentes campos. “Nóspassamos de uma fase de sín-tese química para uma era dePDPs em biotecnologia, umaárea mais nova de produção demedicamentos, com produtospara oncologia e doenças reu-máticas, por exemplo”, desta-ca Bermudez.

Em 18 de junho, foram as-sinadas 10 Parcerias para De-senvolvimento Produtivo envol-vendo Bio-Manguinhos, todasbuscando a produção de novosbiofármacos. “Parcerias comoessa não podem ser olhadasapenas como uma simples in-

corporação de um produto”,afirma Artur Couto. “Essas ini-ciativas nos proporcionam es-tar sempre atualizados com oque há de mais inovador nomundo, dentro das nossas ati-vidades, além de nos trazernovos conhecimentos e insu-mos ao país”, explica o diretorde Bio-Manguinhos.

Projetos naprática

Como Bio-Manguinhos nãoatua integralmente na fase depré-descoberta, ou seja, na pes-quisa básica, iniciando o traba-lho já na fase de desenvolvi-

mento produtivo, é fundamen-tal fortalecer parcerias com asdemais unidades da Fiocruz.“Queremos buscar uma maioraproximação e integração comas áreas de pesquisa das ou-tras unidades, para atender àsdemandas do SUS”, afirma Ar-tur. Na prática, projetos de de-senvolvimento interno deman-dam tempo, que nem sempreo Ministério da Saúde dispõe.

“Desenvolvimento tecno-lógico é um processo que pa-rece simples: parte-se de umaideia, prova de princípio ou des-coberta para gerar um produ-to, mas é algo extremamentecomplexo”, afirma o vice-dire-tor de Desenvolvimento Tecno-lógico de Bio-Manguinhos,Marcos Freire. Ele acrescenta

que, entre a pesquisa de ban-cada e a produção em largaescala, há um longo caminho.“Para entrar na fase clínica, olote piloto, com formulação de-finida, é necessário um estudopré-clínico final, com elabora-ção de um dossiê que vai parao órgão regulatório”, diz.

MedicamentosNa outra ponta do Rio de

Janeiro, em Jacarepaguá, Far-manguinhos produz mais deum bilhão de medicamentospor ano e também conta comparcerias para essa atuação. Aunidade atende aos programasestratégicos do governo fede-

ral, que são distribuídos à po-pulação pelo SUS. Entre os pro-dutos do Instituto estão antibi-óticos, antiinflamatórios, antiin-fecciosos, antiulcerantes, anal-gésicos, medicamentos paradoenças endêmicas - comomalária e tuberculose -, antir-retrovirais para a Aids e medi-camentos para o sistema car-diovascular e o sistema nervo-so central (confira o quadroMedicamentos produzidospor Farmanguinhos).

Segundo o diretor da uni-dade, Hayne Felipe, o núme-ro de medicamentos e fárma-cos fabricados pelo Instituto épequeno em termos de produ-ção para a cobertura do SUS,mas extremamente estratégi-co para o campo da saúde. “É

André Az

Rogério Reis

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pequeno se você direcionar oolhar quantitativo para as uni-dades farmacêuticas que o SUSconsome. Porém, o mais impor-tante de destacar neste cená-rio é a questão qualitativa e es-tratégica, questão esta que as18 PDPs que estão sendo fei-tas pela unidade, por exemplo,possuem”, destaca Hayne.

“Nesse cenário, há uma

reorientação da nossa produ-ção pública. Ela deixou de seruma produção quantitativa evoltada para a atenção bási-ca, para ser uma produçãoqualitativa e voltada para aárea de produtos estratégicos,de alto custo e de alto valoragregado em tecnologia, comoa fabricação de antirretrovirais,imunossupressores e medica-

mentos para o sistema nervo-so central”, completa.

FitoterápicosOutra linha de atuação de

Farmanguinhos diz respeito aouso sustentável da biodiversida-de brasileira na produção de fár-macos nacionais. Na prática, aFiocruz ainda não tem nenhum

medicamento de origem vege-tal, mas têm uma estrutura dedesenvolvimento na área de pro-dutos naturais, alinhada à Polí-tica Nacional de Plantas Medi-cinais e Fitoterápicos aprovadaem 2006 pelo governo federal.“Há um forte investimento nosetor, tanto na fase de pesqui-sa básica quanto na pesquisade desenvolvimento tecnológi-co”, afirma a pesquisadora daunidade e coordenadora daRede de Medicamentos e Bio-inseticidas do Programa de De-senvolvimento Tecnológico emInsumos para Saúde (PDTIS¹),Sandra Aurora.

“Estamos trabalhando paradesenvolver produtos naturaiscom a proposta de investir atéo registro do medicamento naAnvisa. Em seguida, a ideia étransferir tecnologia para umparceiro produtivo”, completa.Além das pesquisas em anda-mento, o Instituto lidera o pro-jeto Redes Fito. Coordenadapelo Núcleo de Gestão em Bio-diversidade e Saúde (NGBS), ainiciativa visa articular todos osenvolvidos na produção de fito-medicamentos - pequenos agri-cultores, pesquisadores e gran-de indústria - para promover ainovação na produção.

O Coordenador do NGBS,

Glauco Villas Bôas, explica queos medicamentos de origem ve-getal representam uma oportu-nidade na indústria de medica-mentos global. “Nosso objetivoé transformar essa vantagemem inovação”, afirma. “Conta-mos, por exemplo, com um cur-so de especialização em Ges-tão da Inovação em Fitomedi-camentos que busca promoveruma visão dinâmica da inova-ção comprometida com o retor-no social e ambiental, capaci-tando profissionais para qual-quer segmento da cadeia pro-dutiva de medicamentos de ori-gem vegetal”, explica Glauco.

Medicamentos à base deplantas, novas vacinas, méto-dos de diagnóstico, fármacose biofármacos estão entre asatividades diárias desenvolvi-das pela Fundação. Atividadesrelevantes no contexto atualde políticas públicas de ciên-cia e tecnologia, voltadas à ino-vação do complexo produtivoem saúde. Ações que estão nagênese da instituição, no iní-cio do século passado, e se-guem como importante e re-conhecida contribuição para asaúde da população.

*Colaboraram LeonardoAzevedo e Rodrigo Pereira

Biofármacos produzidospor Bio-Manguinhos

Alfainterferona 2b

Indicada para o tratamento dehepatites crônicas causadas pe-los vírus B ou C e neoplasias dotecido hematopoiético, comoleucemia mielóide crônica.

Alfaepoetina

Indicada para o tratamento deanemia em portadores de in-suficiência renal crônica, ane-mia em pacientes com Aidssubmetidos ao tratamento comzidovudina (AZT) e de pacien-tes oncológicos em tratamen-to quimioterápico.

Alfataliglicerase

Indicado no tratamento da do-ença de Gaucher, doença ge-nética relacionada com o me-tabolismo dos lipídios (acordode transferência de tecnologiaassinado no dia 18/6).

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Itamar Crispim

(1) Para mais informações sobre o PPTIS, leia matéria da edição n°8 do Jornal Linha DiretaJornal Linha DiretaJornal Linha DiretaJornal Linha DiretaJornal Linha Direta.

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LINHA DIRETA | 9

Reativos para diagnóstico produzidos porBio-Manguinhos

1) Teste Molecular

Os testes NAT foram desenvolvidos para detecção de áci-do nucléico viral no período que precede a produção sis-têmica de anticorpos: a fase inicial da infecção chamadade janela imunológica para HIV e HCV.

- Kit NAT HIV/HCV

2) Teste Rápido (TRs)

Dual Path Platform - DPP® - é uma inovadora tecnologiade imunoensaio cromatográfico para testes de diagnósti-co rápido, de 15 a 20 minutos, adaptáveis a diferentestipos de fluidos corporais: sangue, soro, plasma e saliva,dentre outros, que tem aplicação para uma grande varie-dade de patologias e possibilita o diagnóstico em locaisde difícil acesso ou sem infraestrutura laboratorial.

- TR DPP® Leishmaniose Canina;- TR DPP® Leptospirose;- TR DPP® HIV-1/2;- TR DPP® Sífilis;- Imunoblot Rápido DPP®.

3) Testes de Imunofluorescência Indireta (IFI)

Consiste na reação de anticorpos presentes em soros ouplasmas humanos com parasitas.

- IFI Doença de Chagas;- IFI Leishmaniose canina;- IFI Leishmaniose humana.

4) Teste Elisa

Consiste na reação de anticorpos presentes nos soros ouplasmas com antígenos solúveis e purificados obtidos apartir de cultura in vitro, previamente absorvidos nas cavi-dades de microplacas.

- EIE Leishmaniose canina.

5) Método Kato Katz

É um teste qualitativo-quantitativo voltado para detecçãoparasitológica em fezes. Permite revelar ovos de helmin-tos presentes nas amostras de fezes. Identifica a preva-lência de enfermidade, como a esquistossomose.

- Helm Teste.

Medicamentos produzidos por Farmanguinhos

- Ácido Fólico - antianêmico;- Amoxicilina – antibiótico;- Artesunato+Mefloquina - antimalárico que acaba de serincluído na lista da OMS dos medicamentos essenciais paraadultos e crianças;- Captopril – anti-hipertensivo;- Cloroquina – antimalárico;- Dexametasona – antimicótico;- Dietilcarbamazina – antiparasitário;- Efavirenz – antirretroviral;- Glibenclamida – antidiabético;- Haloperidol – neuroléptico;- Lamivudina+Zidovudina – antirretroviral;- Metronidazol - anti-helmíntico;- Nevirapina – antirretroviral;- Oseltamivir - antigripal específico, contra o vírus H1N1;- Praziquantel - para doença de Chagas;- Primaquina – antimalárico;- Propanolol – anti-hipertensivo;- Ribavirina - contra hepatite C;- Sulfato Ferroso - antianêmico;- Zidovudina - antirretroviral.

Outras informações podem ser obtidas peloSAC/Farmanguinhos: 0800 024 1692.

Vacinas produzidas por Bio-Manguinhos

Bacterianas

Difteria, tétano e pertussis (DTP) e Haemophilus influenzae tipo B (Hib)

indicada para imunização ativa de crianças contra difteria, tétano, coqueluche einfecções graves pelo Haemophilus influenzae tipo B, como pneumonia.

Haemophilus influenzae tipo B (Hib)

indicada para imunização ativa de crianças contra doenças invasivas causadas pela bactériaHaemophilus influenzae tipo b (meningite, epiglotite, infecções do sangue, artrite, pneumonia).

Meningocócica AC (polissacarídica)

indicada para imunização ativa contra meningite meningocócica decorrente da infecçãopor Neisseria meningitidis dos Sorogrupos A e C.

Pneumocócica 10-valente* (conjugada)

indicada para imunização ativa de bebês contra doença invasiva e otite media aguda(infecção do ouvido) causadas por Streptococcus pneumoniae.

Virais

Febre amarela* (atenuada) - utilizada na prevenção da febre amarela.

Poliomielite 1, 2 e 3 (inativada)* - indicada para a imunização contra a poliomielite.

Poliomelite 1, 2 e 3 (atenuada)* - indicada para a imunização ativa contra a poliomielite.

Rotavírus humano*

indicada para a prevenção de gastroenterites causadas por rotavírus.

Sarampo, caxumba, rubéola e varicela (Tetravalente viral)

indicada para imunização contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora, bem comopara a prevenção de suas complicações.

Sarampo, caxumba e rubéola (Tríplice viral)*

Protege contra sarampo, rubéola e caxumba.

*Essenciais para o calendário básico do Programa Nacional de Imunização.Outras informações podem ser obtidas pelo SAC/Bio-Manguinhos: 08000 210 310.

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APor Eduardo Muller

provado no últimoPlano Quadrienal daFiocruz (2011/2014),

no macroprojeto Qualifica-ção Profissional e Gerencia-mento de Competências daGestão, o Programa de De-senvolvimento Gerencial(PDG) vem sendo desenvol-vido pela Vice-Presidência deGestão e DesenvolvimentoInstitucional (VPGDI) e envol-ve o conjunto de gestores daFundação em um esforçocontínuo para desenvolvercompetências gerenciais ecriar um novo paradigma degestão institucional.

O Programa é divididoem cinco componentes e oseu primeiro ciclo terá a im-plantação f inal izada até2016, aprofundando aprendi-zados em quatro competên-

cias gerenciais: planejamen-to estratégico; gestão do tra-balho; gestão pública; e ges-tão da informação e do co-nhecimento. Cada programaabrangerá diferentes públi-cos-alvo, englobando desdeo grupo da carreira de ana-listas de gestão em saúde atéa Presidência e Vice-Presidên-cias da Fiocruz.

“O objetivo do Programaé ampliar a capacidade degestão no âmbito da Funda-ção, envolvendo todos servido-res que atuam na gestão insti-

tucional e ampliando o grau decomprometimento dos profis-sionais com um desenvolvi-mento gerencial de qualidadeem todas as unidades”, expli-ca Pedro Barbosa, vice-presi-dente de Gestão e Desenvol-vimento Institucional.

Experiência docurso para analistas

O primeiro projeto doPDG, parte do programaConstruindo a Gestão do Fu-

turo, teve início em novem-bro de 2011 com a criaçãodo Curso de Especializaçãoem Gestão de Organizaçõesde Ciência e Tecnologia emSaúde. As turmas, formadaspor 221 analistas em gestãode saúde aprovados no con-curso de 2010, obtiveramuma formação geral em ges-tão aplicada a organizaçõesde ciência e tecnologia emsaúde, o que possibilitou odesenvolvimento de compe-tências básicas para o exer-cício de funções técnica.

“O curso de especializa-ção vem sendo uma experi-ência positiva para a Fiocruze para os servidores. Quere-mos valorizar a carreira deanalista e estabelecer um con-tato prévio com os novos co-laboradores, identificando po-tencialidades e perfis profissi-onais”, avalia a chefe do De-partamento de Desenvolvi-

mento de Recur-sos Humanos, An-dréa da Luz. Parapromover a am-pla qualificaçãodos analistas degestão em saúdeserão desenvolvi-das diversas mo-dalidades de capa-citação, desde jobrotation e mento-ring, quando seráaproveitada a ex-pertise interna deservidores da Fio-cruz com maiorexperiência, atéa realização decursos específi-cos, como espe-cializações nasdiversas áreas dagestão e mestra-dos profissionais,nacionais e inter-nacionais.

Fiocruz aposta em educaçãocorporativa de gestão públicaPrograma de Desenvolvimento Gerencial investe nas lideranças

Altaadministraçãoserá qualificada

O presidente, os vice-pre-sidentes, diretores e vice-dire-tores de unidades também te-rão treinamento específico noPDG. O programa Excelênciana Alta Administração capaci-tará 82 gestores e será dividi-do em duas ações: integraçãoe qualificação de novos diri-gentes e uma série de encon-tros gerenciais. “A ideia é deque estes módulos ocorram acada posse de direção das uni-dades, objetivando um maiorconhecimento e uma visãogeral dos desafios institucionaisimpostos no cotidiano geren-cial da Fundação”, afirma Ju-liano Lima.

Haverá debates interativossobre temas relacionados aosdesafios do governo federalnas áreas de ciência e tecno-logia em saúde, bem comodiscussões a respeito do com-promisso da Fiocruz com o seuplano quadrienal e a melhoriada gestão.“Queremos com issoampliar a visão estratégica dainstituição por parte dos seusaltos gestores e aprimorar acompreensão dos dirigentes noque diz respeito a responsabi-lidades, atribuições e o siste-ma de governança”, explicaJuliano. O projeto tem ainda

Peter Ilicciev

Os integrantes do Conselho Deliberativo discutiram a proposta

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LINHA DIRETA | 11

Por Eduardo Muller

esde o início deagosto, o Centro deVida Independente

(CVI-Rio) é parceiro da Fiocruzna administração e execuçãodo projeto de inserção da pes-soa surda no mercado de traba-lho. A CVI-Rio substitui a Fede-ração Nacional de Educação eIntegração dos Surdos (Feneis),que até julho estava à frente doprojeto gerenciado pela Direto-ria de Recursos Humanos (Direh).“A parceria soluciona um pro-blema referente a benefíciosempregatícios dos participantes,que vinha acontecendo há al-gum tempo”, afirma o diretorde RH, Juliano Lima.

O projeto passou por refor-

Nova parceria dáfôlego a projeto deinserção de surdos

mulação e agora está mais vol-tado para a qualificação dosbeneficiários, que, ao fim doperíodo máximo de quatroanos, deverão estar aptos acompetir no mercado de traba-lho em igualdade de condiçõescom outros profissionais. “O pro-pósito principal é viabilizar o in-gresso destes trabalhadores nomercado de trabalho formal,fora ou na própria Fiocruz”, afir-ma. Para tanto, a nova entida-de parceira terá indicadores dedesempenho, que avaliarão acapacidade empregabilidadedos egressos do projeto.

No dia 2 de agosto, a novaparceira foi apresentada à co-munidade de surdos da Fiocruzem evento realizado na Ten-da de Ciências. O coordena-

como benefício direto o com-partilhamento de políticas ins-titucionais, a análise e a refle-xão sobre temas de excelên-cia, além de ampliar a com-petência para definir os rumosda Fiocruz.

Excelência dagestão

Os gerentes intermediá-rios e os detentores de car-gos comissionados ou equiva-lentes formam o público-alvodo terceiro projeto inserido noPDG, Desenvolvimento da Ex-celência da Gestão. O obje-tivo é qualificar mais de 300gerentes nos próximos qua-tro anos. Para tanto, foi or-ganizado um percurso forma-tivo em gestão que estruturaconteúdos e processos a se-rem incorporados como prá-ticas na Fiocruz, estimulandoque os gestores entendam eatuem de forma sistêmica,favorecendo uma lógica deatuação integrada.

Também têm destaqueneste programa as ações dementoring, voltadas para osdetentores de cargos comissi-onados, funções gratificadase o conjunto de analistas emgestão de saúde, criará a fi-gura do mentor que atuarájunto a profissionais que te-nham potencial para ocupar

posições de liderança ou ges-tão. “Queremos trabalhar aobservação de comportamen-to no dia a dia dos profissio-nais, realizando conversas en-tre mentores e orientadospara permitir um feedbacksobre aspectos relacionados àcarreira, projetos e inovação”,aponta o diretor de RH.

Espaço paradebates

No PDG estão previstosencontros anuais com objeti-vo de integrar e fomentar odebate e a troca de experi-ências, com a participação deconvidados externos. O En-contro Anual pretende tam-bém valorizar as experiênci-as inovadoras na gestão da Fi-ocruz com a criação do Prê-mio de Inovação na Gestão.Para desenvolvimento do Pro-grama de DesenvolvimentoGerencial, participam as es-colas Nacional de Saúde Pú-blica Sérgio Arouca (Ensp) ePolitécnica Joaquim Venâncio(EPSJV), e parceiros externos,como a Fundação Dom Ca-bral, o Instituto Alberto LuizCoimbra de Pós-Graduação ePesquisa de Engenharia (Co-ppe-UFRJ), a Fundação Getú-lio Vargas (FGV) e a EscolaNacional de AdministraçãoPública (Enap).

dor do projeto na Fundação,Jorge Santos da Hora, expôsos principais aspectos de comose dará a integração entre osassistidos surdos e aprendizes.A principal mudança diz res-peito à carga horária dos par-ticipantes. Ela será mantida em40 horas semanais. No entan-to, será dividida em 30 horaspara a realização das ativida-des de aprendizado na área deatuação vinculada e 10 horaspara a participação de cursose treinamentos.

Segundo Jorge da Hora, oprograma deve ser descaracte-rizado de um contrato de ter-ceirização. “Ele é um meio depromover o respeito pelas dife-renças e a qualidade de vida dostrabalhadores surdos”, pondera.

Peter Ilicciev

Peter Ilicciev

D

Os trabalhadores do projeto terão 10 horas semanais de treinamento

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Por Daniela Muzi

o dia 20 de maio de1988, foi criado o Nú-cleo de Vídeo ligado à

Coordenadoria de Comunica-ção Social, a partir do interesseda Presidência da Fiocruz, re-presentada por Sergio Arouca,em começar a implantação umacervo de referência e a pro-dução de vídeos em saúde.As discussões da 8ª Confe-rência Nacional de Saúde,ocorrida em 1986, e o deba-te das relações entre saúdee democracia ressoavam.Eram tempos de redemocra-tização do Brasil, pré-consti-tuinte e movimento em prolda reforma sanitária.

Com sete fitas inici-ais, o Núcleo de Vídeo trans-formou-se em VideoSaúde– Distribuidora da Fiocruz,integrando-se ao Instituto deComunicação e InformaçãoCientífica e Tecnológica emSaúde (Icict), com mais desete mil títulos no acervo àdisposição da sociedade. Aatuação, num primeiro mo-mento enfatizada na identifi-cação e distribuição de produ-ções audiovisuais em saúde,diversificou-se e hoje se voltatambém para a preservação,produção, ensino e pesquisaaudiovisual.

Com 4.021 usuários ca-dastrados, a VideoSaúde aten-de pedidos de todo Brasil. Noprimeiro semestre de 2013, re-alizou 1.205 cópias. Dengue ehistória da saúde estão entreos assuntos mais procuradosOs títulos disponíveis podemser consultados on-line peloBanco de Recursos Audiovisu-ais em Saúde (Bravs) disponí-vel na página da Distribuidora

N(www.fiocruz.br/videosaude).Para facilitar o acesso e distri-buição das obras, a VideoSaú-de conta também com a estru-tura de nove videotecas distri-buídas em cinco estados, quedisponibilizam os vídeos na mo-dalidade de empréstimo.

A produção audiovisu-al também se desenvolveu. Os

registros institucionais foramdando espaço a parceriasonde expertise na produçãoe distribuição audiovisual econhecimento em saúde sãointegrados. O resultado sãoexperiências como os docu-mentários sobre saúde dotrabalhador, que serão lança-dos pela Distribuidora no se-gundo semestre: Nuvens deVeneno, Linha de corte e Pa-racoco – endemia brasileira.

Na linha de fomento, aVideoSaúde promove editaisde financiamento à produçãode vídeos para produtoras in-dependentes por meio do Selo

VideoSaúde completa 25 anos

A VideoSaúde oferece serviços voltados para ostrabalhadores da Fiocruz:• cópias dos vídeos armazenados no acervo;• empréstimos de vídeos nas videotecas nos

campi Fiocruz;• parcerias na produção audiovisual;• realização de oficinas internas de capaci-

tação em audiovisual.Os interessados podem fazer as solicitações peloe-mail [email protected]

Serviço

Peter Ilicciev

Fiocruz Vídeo, marca de difu-são de audiovisuais em saúde.O concurso terá nova ediçãoprevista para este ano e irá con-templar ao todo cinco proje-tos de curta e média duraçãonos gêneros de animação e do-cumentário, voltados para te-máticas de interesse da saúde

pública. “A importância doSelo Fiocruz Vídeo é estimu-lar e dar espaço para outrasvozes falarem da saúde”,destaca Tania Santos, coor-denadora da Distribuidora.As produções vencedoraspassarão a integrar o acervoda Fiocruz para distribuiçãoe difusão gratuitas, por meioda VideoSaúde – Distribui-dora da Fiocruz, e para co-mercialização, a preço decusto, pelo selo de distribui-ção Fiocruz Vídeo, pela Edi-tora da Fiocruz.

Com o avanço das tec-nologias de imagem em mo-vimento e a necessidade de

ampliação do acesso à infor-mação, o futuro é a principalpreocupação ao completar 25anos. A Distribuidora está de-senvolvendo dois projetos, delongo prazo, no âmbito das tec-nologias digitais - o Projeto deDigitalização da VideoSaúde,prevê a digitalização do acer-

vo, tornando-o independentedo formato de mídia; e o Pro-jeto de Restauração, que irá re-cuperar a imagem e o áudiode títulos já degradados pelotempo e cujo acesso está com-prometido pela obsolescênciados formatos audiovisuais. Esteé o caso de registros históricosda 8ª Conferência Nacional deSaúde e do Massacre de Man-guinhos. “Esperamos que, ao

longo dos anos, a VideoSaúdevá se renovando, permitindoque suas estratégias de comu-nicação – construídas por meiodo diálogo e da pluralidade devozes – continuem contribuin-do para maior integração en-tre os processos de produção edisseminação, retratando umasaúde pública garantida pelo Es-tado”, planeja Tania Santos,para os próximos 25 anos.

Frame dos filmes Nuvem de Veneno e Linha de Corte, com fotografia de Cleisson Vidal