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4 C M Y K Capa de O Estado de 15 de abril de 1964 “Meu filho, não se esqueça da minha lei, mas guarde no coração os meus mandamentos,”(Provérbio 3:1) PÁG. 4 JORNAL O ESTADO Fortaleza, Ceará, sexta-feira, 15 de abril de 2016

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Jornal O Estado (Ceará)

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C M Y K

Capa de O Estado de 15 de abril

de 1964

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PÁG. 4

JORNALO ESTADO

Fortaleza, Ceará, sexta-feira, 15 de abril de 2016

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Fortaleza, Ceará, sexta-feira, 15 de abril de 2016 2

Durante 25 anos, Fernando Maia retratou momentos marcantes e emocionantes que estamparam, por diversas vezes, a capa do jornal O Globo

VariedadesIan Gomes

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Toque SocialMatusahila Santiago

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Toque SocialMatusahila Santiago

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Toque SocialMatusahila Santiago

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Conversando a gente se entende

Cuidar de alguém que já não pode oferecer nada em troca. Pelo contrário só necessita. Falo de cuidar de alguém com alguma enfermidade. É uma missão que exige muita, mas muita paciência e dedicação. Isso obviamente não é para qualquer um. Aquele que se dispõe a esquecer a própria individualidade para sentir um pouco a dor do outro merece toda exaltação que se pode dar. Digamos que tenho a sorte de ter alguém assim em minha vida. Dona Ieda (cuidadora da minha mãe há 12 anos, ela tem Alzheimer) é dessas pessoas que nasceram para se doar. A relação entre as duas é de uma reciprocidade tão intensa que, às vezes, fica difícil acreditar existir uma pessoa como dona Ieda. Em meio a sua simplicidade, existe um ser humano completo em essência que podemos definir como amor. Feliz e merecedora, minha mãe, de ter uma Ieda em sua vida. Se no mundo existissem outras Iedas os doentes não teriam motivo para se queixar.

A paixão de Fernando Maia pela fotografia é antiga. Co-meçou quando ainda era estudante de jornalismo na

Universidade Gama Filho, no Rio de Ja-neiro, em 1980. Ele conciliava os estudos com o fotojornalismo para um jornal de bairro, na Barra da Tijuca. Durante 25 anos retratou momentos marcantes e emocionantes que estamparam, por di-versas vezes, a capa do jornal O Globo.

Hoje, considerado um dos mais ad-mirados profissionais brasileiro, Fer-nando Maia trabalha como freelancer na capital fluminense, em parceria com a RioTur, onde fotografa eventos esportivos, carnavalescos, e desenvol-ve o projeto de fotografar a cidade de Rio de Janeiro vista de cima. A ideia é transformar as imagens aéreas, feitas dentro de helicóptero, em um livro. “Estou mostrando minha cidade, fa-zendo o que gosto, sempre procurando enfocar a beleza”, adiantou.

Grande parte da carreira de Maia se destacou enquanto trabalhou no jornal O Globo. Lá, cobriu duas Copas do Mundo, na África do Sul e no Brasil, participou da visita do papa João Paulo II e da Jor-nada da Juventude, com o papa Fran-cisco, no Rio de Janeiro, em 2013. Ao longo da

carreira, foi se especializando em fotogra-

far eventos esportivos, mas lembra que por muitos anos, não havia separação de editorias. “Foi durante uma consul-

toria espanhola, que se chegou à conclusão de que o jornal [O Glo-bo] tinha que criar times de trabalho com especializa-ções. Eu, como já gostava de cobrir esportes, em 2005, me fixei no esporte”, conta.

Para Maia, a co-bertura mais mar-cante foi em um amistoso da sele-ção brasileira de fu-tebol contra seleção do Haiti. Era o jogo da paz, em agosto de 2004, na capital haitiana, Porto Prín-cipe, onde o Brasil fez 6x0 no Haiti. “Foi muito emocionante. As pessoas dormin-do em containers nas ruas. O país parou uma guerra só para poder contemplar o futebol brasileiro”,

recorda.

EMOÇÃOO coração vibra

quando os olhos ates-tam que a imagem conseguiu transmitir a realidade e a magia de um fato. “Sabe aquela coisa: é a foto, eu fiz a foto? É essa! Esse é o momento. Isso não acontece toda vez.

Cada dia a gente faz uma coisa, tem umas que dão prazer, outras nem tanto”, descreve o fotógrafo.

VALORIZAÇÃO DA FOTOGRAFIA

Maia considera que o Brasil possui excelentes fotógrafos, no entanto, preocupa-se quanto à valorização do trabalho. De acordo com ele, os

profissionais brasileiros não deixam a desejar, se comparados aos estrangeiros, dos quais poderiam realizar belos trabalhos no exterior, mas poucos vão para fora do Brasil.

Apesar dos grandes investimentos dos

grupos de comunicação, mun-dialmente, em noticiar com mais rapidez nos portais, o fotógrafo acredita que o fo-tojornalismo não vai acabar. Mesmo com a agilidade em tirar fotos utilizando smar-tphones. “A fotografia nunca vai acabar. Fotojornalismo, por si só, é a essência da fotografia, da captação do momento”, diz.

RIO DE JANEIRO Carioca da gema e apaixonado pelo

Rio de Janeiro, Fernando Maia não mede esforços para capturar a beleza da cidade. Em uma de suas fotos mais bonitas, ele su-biu na cabeça da estátua do Cristo Reden-tor, no Morro do Corcovado, a 38 metros, 748 metros do nível do mar, às 04 horas da manhã, para fotografar o amanhecer da cidade maravilhosa em um ângulo de 360º. Outra vez, chegou à tarde e ficou até o anoitecer. “Isso requer vontade e disposi-ção em querer fazer e realizar”, disse.

Atualmente, o fotógrafo está traba-lhando em cima de um projeto em que demonstra todo seu amor e encanto à cidade em que nasceu. “Conheço mui-tas cidades, boas e bonitas, mas o Rio tem uma coisa muito especial, que mis-tura praias e montanhas. Acho o Rio de Janeiro, embora complicado em muitos aspectos, mas uma bela cidade”. Desde 2011, ele tira fotos aéreas da cidade e irá selecioná-las para fazer um livro. (So-lange Palhano e Anatália Batista)

Inovar. A feira Babado Coletivo reunirá, pela primeira vez, marcas com foco em design, sábado, das 16h às 22h, na praça do Shopping Street Mall.

Agenda - A CAIXA Cultural Fortaleza apre-senta, de 28 deste mês a 1º de maio, o show da cantora Bruna Caram, com o mais recente tra-balho: Música e Arte.

Beleza. Uma Cen-tral da Beleza será realizada sempre aos sábados, a partir das 17h, no Shopping Alde-ota. Marcas variadas de cosméticos e maquia-

gens farão demonstra-ções, sorteios e serviços gratuitos aos clientes.

Ler. O Shopping Ben-fica realiza 16º Espaço Viajando nos Livros, com atividades para fo-mentar a leitura infantil. Até o dia 18 deste mês. Evento gratuito.

Saúde. O Instituto do Câncer do Ceará (ICC) promove nesta sexta-feira, 15, a 17ª edição do Simpósio Internacional Hospital Haroldo Juaçaba com o tema: “Apresentação de Casos Cirúrgicos nas áreas de Urologia e Abdômem.

Ao ser convidado...Se formos convidados para um almoço no campo ou

mesmo na cidade, jamais devemos esquecer de levar flores ou uma plantinha no jarro; podemos levar também uma caixa de bombons, balas ou biscoitos finos, vinho, licor, (esta regra não se aplica a almoço de adesão ou em restaurantes, só em residências). Em primeiro lugar surge o assunto “roupa”. É preciso se vestir adequadamente. Hoje em dia, as pessoas comparecem bem vestidas até de sandálias altas, esportes; usam belos acessórios, enfim não vão tão à vontade como há bem pouco tempo. Entretanto, tudo deverá obedecer a seu bom senso e a sua personalidade; se gostar de usar roupas esportivas e acha que irá ficar bem, não hesite. O local e a motivação do encontro deverão ser levados em conta. Se for em clubes , “buffet”, lugares requintados vista-se à altura; poderá optar pelo esporte clássico, este clássico com nova roupagem que está tão em gosto! Se for no campo, faça op-ção por calças compridas, bermudas, shortes o que melhor se coadune com a sua personalidade. Se gostar, use bijuterias vistosas prata, ouro tudo bem Bolsas maiores vantagem de estar sempre na moda...

Quando chegar a hora de se servir, saiba tudo sobre o temível “savoir-faire” entre garfos e facas. Se for no campo, tudo é bem mais simples, mais descontraído e não precisa nenhuma preocupação; procure apenas agir sempre com ló-gica. Use e abuse de seu bom senso e de sua observação, atento para agir como a dona da casa age. Se for descansar os talheres para conversar um pouco, (pois precisa conversar) coloque a faca sobre a borda do prato de modo que o gume fique voltado para dentro e o cabo fique para sua direita (salvo se for esquerda). Parta o pão sempre com as mãos, (a não ser que seja pão recheado ou pão doce, então será com garfo e faca). Se houver um pratinho onde ele deverá está colocado, parta ali mesmo, (isto se o almoço ou jantar for sentado) caso contrário parta-o sobre o prato que você irá se servir. Não encha a boca demais: de repente alguém lhe faz uma pergunta e você não poderá responder. Não esqueça de conversar com a pessoa da direita e da esquerda e sempre mastigar de boca fechada. Jamais segure o copo pela borda, segure-o quase pelo final e cuidado para que o dedo mínimo não se separe dos outros. Seja comedido(a) na bebida, pessoas de classe primam pela prudência e discrição. Se o jantar for à americano ou fixo, e você gostou repita-o sem constrangimento (não encha demais o prato). Caso seja sob árvores, bem descontraí-do, use o seu bom senso.

EDITORA Wanda Palhano COORDENAÇÃO GERAL Soraya de Palhano n COLABORAÇÃO Iratuã FreitasDIAGRAMAÇÃO E ARTE FINAL J. Júnior, Vladimir Pezzole e Kelton Vasconcelos

“pois eles prolongarão a sua vida por muitos anos e lhe darão prosperidade e paz.” (PROVÉRBIOS CAP.3, VERS.2)

Toque SocialMatusahila Santiago

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Fernando Maia fala do amor a fotografia

Ao jornal O Estado, fotógrafo carioca conta experiências e projetos no fotojornalismo

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3 Fortaleza, Ceará, sexta-feira,

15 de abril de 2016 3

Solange PalhanoNOTAS [email protected]

Clima em Brasília

O Salão Verde, que é onde tudo acontece no Con-gresso Nacional e ficamos por dentro de tudo, está com seu acesso limitado. Apenas a impren-sa credenciada, parlamentares e servidores da

Câmara e do Senado podem passar por lá. O famoso cafe-zinho fervilha de boatos, e a conversa em pé dos ouvidos é predominante. A todo instante, chega uma história nova: tal deputado foi chamado para convencê-lo a mudar seu voto e em troca, será beneficiado com cargos; há uma nova delação para sair que vai ser bomba; o filho de Lula ou o ex--presidente a qualquer momento vai ser preso, e por aí vão os boatos. Deputados fazem cálculos de quantos votos terão contra e a favor do impeachment. Os parlamentares que fazem parte de pequenos partidos e que se dizem “indecisos” são os mais cobiçados, e aproveitam o momento para serem

ouvidos em suas reinvindicações, que nunca tiveram opor-tunidade de ser mostradas para o Governo. A reclamação é geral: Dilma recebia poucos e ela já admite que esse foi um dos seus grandes erros.

O clima é tenso. O gramado da Praça dos Três Poderes já está dividido com o lado dos que são contra o impeachment e os que são a favor que estarão domingo próximo assistindo por telões à votação. Há um temor de que ocorram conflitos entre os dois lados. Está proibido mascarados e bandeiras com madeiras, e todo mundo será revistado. Os brasileiros espe-ram ansiosamente por domingo para que se decida o destino de nosso país. Se o impeachment passar na Câmara Federal, é muito difícil o Senado também não aprovar. Se Dilma continu-ar, ela vai ter de fazer grandes mudanças na economia para que nosso país saia desta profunda crise.

“Que o amor e a fidelidade jamais o abandonem; prenda-os ao redor do seu pescoço, escreva-os na tábua do seu coração.” (Provérbios 3:3)

Deputado Danilo Forte consegue incluir suas suges-tões em MP que regulariza dívidas de agricultores

Um Olhar de Fora, exposição com obras de Vando Figueirêdo

A atriz Susana Vieira estará em Fortaleza próxima segun-da, dia 18, para o lançamento da 4ª edição da Revista Es-tourada que acontecerá no Hotel Oasis Atlântico Imperial

Governo em açãoApesar das debandadas no PP, PSD e PMDB,

além de outras baixas avulsas, o ex-presidente Lula continua em ação. Na tarde de quinta-feira, afir-mava ter conseguido um documento com a assi-natura de 185 deputados, 13 a mais que o mínimo necessário, dispostos a barrar o impeachment na Câmara. Mesmo sabendo que a situação é críti-ca, todo o Governo está empenhado em busca de votos . A presidente também passa estes últimos dias entrando em contato com parlamentares. Apesar de toda a mobilização, reservadamente, alguns assessores do Planalto reconhecem que a situação está “muito difícil”. Atribuem as princi-pais dificuldades ao que estão chamando de “onda pró-impeachment” que está crescendo.

Exposição olhar de foraSerá aberta na galeria Contemporarte, a partir

de 19 de abril, a exposição “Olhar de Fora”, dos ar-tistas Vando Figueirêdo e Mariola Landowska, que traz a visão do estrangeiro em contraponto com os olhos nativos. Mariola Landowska é polonesa de Szczcecin. Para essa exposição, os artistas decidi-ram olhar de fora, capturar centelhas do território estranho e transmutam a visão forasteira em obras de arte. Ele já incorporou a Polônia a seu universo de criação. Ela se inspira na magia pantaneira, nordestina, amazônica. A exposição traz as pintu-ras de Vando Figueirêdo feitas durante residência na Polônia, em 2015, e a produção de pinturas com temáticas brasileiras feitas por Mariola, entre 2008 e 2012, inspiradas nas viagens da artista pelo país. Todas as obras estarão à venda. A exposição segue até 6 de maio, com visitação gratuita.

Servidores foram barradosUm grupo de 40 servidores contrários ao im-

peachment da presidente Dilma foram barrados pelos seguranças da Câmara, nesta quinta-feira, ao tentarem entrar no salão Verde para acompanhar um ato de parlamentares a favor da presidente. Em resposta à manifestação, o deputado Eduardo Cunha afirmou a duas deputadas que representa-ram o grupo que eles serão punidos e demitidos fundamentado no regulamento interno que proíbe qualquer manifestação política de servidores da Casa dentro do parlamento.

Regularização ds dívidas dos agricultores

Foram acatadas as sugestões apresentadas pelo deputado Danilo Forte (PSB-CE) de incluir matéria à regularização das dívidas dos agriculto-res prejudicados pela seca, na Medida Provisória, de relatoria do deputado Marx Beltrão (PMDB--AL). O relator da MP acatou ainda a sugestão do deputado socialista no sentido de regularizar as pendências de algumas empresas junto ao Fun-do de Investimento do Nordeste (Finor). Outra sugestão foi com relação à iniciativa de estabelecer juros “prefixados e limitados aos previstos para os depósitos à vista” nas operações que envolvam os Fundos Constitucionais.

Revista EstouradaSerá lançada, no próximo dia 18, a 4ª edição da

Revista Estourada, a partir das 20h, no Hotel Oasis Atlântico, reunindo imprensa e convidados em uma noite especial. O evento terá a presença ilustre da atriz global Susana Vieira, que estampa a capa da edição, além de Viviane Araújo e o promoter mais famoso do país, David Brasil. A modelo Carol Dias também será uma das celebridades que pres-tigiará o lançamento. A cantora Valesca Popo-zuda também abrilhantará o evento. Para não deixar ninguém parado, o evento contará com um show exclusivo da cantora Valesca Popozu-da, prometendo agitar os convidados com seus sucessos, além da cantora Samyra Show, que acaba de lançar o clipe da música “Coração Apertado”. Segundo a idealizadora desse pro-jeto, a radialista Camila Carla: “Nosso projeto,

atualmente, é o mais estourado do Brasil, vem ganhando repercussão nacional por sua irreve-

rência e, a cada edição, surpreende o público com seu conteúdo e convidados especiais.”, destacou.

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João Soares Neto escreve www.joaosoaresneto.com.br

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Fortaleza, Ceará, sexta-feira, 15 de abril de 20164

Com cartas bran-cas, senhor cônsul solta Pombos de papel. Erico Veríssimo

Talvez existam algumas coisas a dizer a você. Vejo o meu computador cercado de papéis, livros lidos e não lidos. Não quero falar do que todos proferem. Estou sen-tado na ponta de uma cadeira, ao contrário do que deveria fazer. Dizem os ortopedistas, os fisioterapeutas e os demais entendidos que essa não é boa postura corporal. Deixa para lá, estou errado. E daí?

Todos estamos envelhecendo. Até a minha neta mais nova fica menos nova a cada dia. Divisei uma foto e não me vi nela. Onde estão os cabelos? O castanho deles? Rarea-ram e sequer pediram

licença. Olho à esquer-da e diviso a impresso-ra que nunca uso. Ela é nova ou seminova, pois faz algum tempo que a comprei. Usei-a muito pouco. Vai ficar igual ao meu DVD acoplado à TV. Enve-lheceu, sem uso.

À minha frente há uma parede repleta de livros. Nela encontro uma “História Univer-sal” de Cesare Cantu, edição de 1965. São alguns volumes com arabescos nos dorsos das capas duras e com letras douradas. Foi caindo em desuso, pois hoje tudo é geomé-trico, tridimensional e descartável. Está no Google. Para quê His-tória Universal?

Na prateleira acima, vejo “O Rabino”, de Noah Gordon. Na capa há um Menorah aceso com oito velas. Noah

escreveu outros livros, entre ele “O Físico”. Folheio “O Rabino” e vejo alguns trechos grifados a lápis (tenho esse e outros defeitos), mas não os reproduzo aqui. Nada de sionis-mo. Preguiça, apenas.

Ao lado dele, na de-sorganização absoluta das minhas prateleiras, encontro John Updi-ke em “Uma Outra Vida”. Será que não basta uma? São contos, todavia, e narram sobre mudanças de vida, de países, novos desejos e novos amantes: novas perspectivas de uma vida ‘depois da vida’ para os homens e mu-lheres destas histórias, mais perto da velhice que da juventude”.Papo furado, gente perto da velhice quer saber do colesterol, do diabetes, da enxaqueca, como anda a pressão medida

por essas máquinas compradas em farmá-cia. Pague Menos, por certo. Ouviu Deusmar?

Agora me dei conta de que ia escrever uma carta, mas paro para desligar a televisão que faz um dueto entre desgraças e novelas manjadas, mesmo que aparentemente intrin-cadas. Tudo fica ao sabor das pesquisas. Se alguém não interpretou bem, tira-o do contexto flexível do enredo.

Ainda bem que o controle remoto resolve o meu - e o seu - pro-blema. Decido dar por encerrado este artigo, sem a tal carta, sem falar de crise, sem imigrantes, sem terro-rismo, sem promessas disso e daquilo. Cá para nós, parece que estou mesmo é sem as-sunto. Será? Desculpe, se concluir que sim.

Carta (in) definida

“Então você terá o favor de Deus e dos homens, e boa reputação.” (Provérbios 3:4)

Jornal O Estado 80 anos

A capa história de O Estado, do dia 15 de abril de 1964: noticiava: “Ceará em festas pela posse de Castelo Branco”, pois o cearense general Humberto de Alencar Castelo Branco, foi escolhido pela juntar militar provisória sob o comando do general Artur da Costa e Silva - mesmo contrariando o texto do Ato Constitucional 01, que tem seu texto previa a realização de eleições - para presidir o Brasil. A capa noticia também várias mensagens saudando o novo presidente da República, uma delas é a do vice-governador do Ceará, na época, Figueiredo Correia. A notícia do discurso do presidente da Assembleia Legislativa, Mauro Benevides, também foi estampada na capa. Outro fato que recebeu ênfase nessa edição de O Estado, foi a grande marcha pela liberdade restaurada, organizada por dona Luíza Távora, esposa de Virgílio Távora, governador do Ceará em 1964.

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Luiz Carlos Martins DeAaZ [email protected]

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Fortaleza, Ceará, sexta-feira, 15 de abril de 2016 6

Fortaleza tem pontificado pelas atraentes exposições que vêm acon-tecendo, nos mais diversos redutos culturais, inserindo-se, nesse con-texto, a ‘’Not Welcome”, que pode ser vista até o próximo dia 23, no Sobrado José Lourenço, apresen-tando obras de artistas oriundos da Alemanha e da Áustria.

n n nA propósito, José Guedes vai

legislar em casa (casa mesmo) pró-pria, pintando (literalmente), pela primeira vez, na galeria dele mesmo, ou seja, na Casa D’Alva, com a sua exposição ‘’Fendas”, mostrando 34 obras inéditas, divididas entre pintu-ras e esculturas.

Chanceler Airton Queiroz, Chi-quinho Feitosa e José Hélio Fer-nandes são os agraciados, hoje, no Atlantic Hall do Marina Park, com o Troféu Otacílio Correia, outorgado pelo Setcarce, sindicato do setor de empresas de cargas, com o presiden-te Clóvis Nogueira à frente.

n n nJá no prelo, o volume II do livro

Poesias a Quatro Mãos, de Magno Martins, que, desta vez, divide seus poemas com o advogado Ribamar Lima. Aliás, a exemplo da primeira, esta edição, prefaciada pelo educador e empresário Ednilton Soárez, mais uma vez, será impressa com o selo da Tiprogresso.

Agora, vou te contar...

Empossada nova diretoria do Náutico

“reconheça o Senhor em todos os seus caminhos, e ele endireitará as suas veredas.” (Provérbios 3:6)

Benigno Junior, Meton Vasconcelos, Francisco Austregesilo e Pedro Jorge Medeiros Francisco Oliveira, Serginho Ferreira e Riva Luis Sergio Vieira Gadelha e Walter Cavalcante

Eveline Fujita, porque estamos falando em charme, glamour e elegância

Chiquinho Aragão e Cristina sempre presentes aos melhores eventos

Anya e Rene Freire Júnior, pais de debutante, próximo dia 30

A maior aventura do mundo - Parte I

Vozes femininas

Núpcias

Um estava na barriga da mãe, se formando e esperando a hora certa de nascer. A outra, em algum lugar do mundo, mas ali por perto, numa outra barriga de uma mulher que eu não conheço, também se preparava para vir à vida cá fora. Eu, de minha parte, vivia duas expectativas: a de ser pai pela segunda vez e a de procurar uma criança para adotar e ser pai por uma terceira vez, tudo ao mesmo tempo.

Talvez isso pareça ao leitor uma coisa es-tranha. E realmente é. Mas é a minha histó-ria, tal qual a vivi para dar testemunho desta imensa aventura amorosa. Um sujeito com um filhinho de três anos, uma esposa grávida e a busca por uma adoção. Não há explicação no campo do senso comum, das coisas como geralmente são ou como deveriam idealmen-te ser. Havia apenas essa vontade – densa, forte, irriquieta – no peito do jovem casal que em segredo conjurava contra a opressão de sempre ter que tomar decisões lógicas, prudentes e previsíveis, à luz de um mundo aborrecido e modorrento ao qual não deseja-vam pertencer.

E assim começou a grande aventura: uma busca por crianças disponíveis para adoção. Naquela época as coisas não eram disciplina-das como hoje. Não havia fila de adotantes em algumas cidades, nem cadastros unificados. Celular e internet eram novidades ainda em implantação e de pouca valia para fins de in-formações e contatos consistentes. Em pensar que isso aconteceu há apenas 15 anos! Parece que escrevo sobre a idade média. A procura era pulverizada por comarcas e abrigos.

Foi assim que, enquanto o menino crescia no conforto da barriga da mãe, acarinha-do, chegou a informação sobre uma menina morena, disponível para adoção em Macaé, com uns quatro meses de vida. Preparei tudo para a viagem, combinei com meu advogado e avisei ao povo do Fórum local que estaria lá no dia seguinte para pedir a guarda da crian-ça. Tudo certo, tudo perfeito, tudo combina-do. Até um telefonema que recebi no início da noite: era um amigo do Fórum de Macaé, avisando que as pessoas que abrigaram provi-soriamente a menina tinham ingressado com o pedido de adoção dela. Fiquei desapontado por uns instantes, mas pouco depois entendi que ser pai dela não era minha missão. Deus tinha outro plano para mim. Fui dormir em paz, sem deixar de beijar a barriga – já bem grande - com meu filhinho dentro. Era a noi-te do dia 24 de agosto de 1997.

O plano de Deus, que eu intuía que existia, mas não entendia, continuou naquele instan-te. Em alguma parte daquela cidade, a minha cidade, naquela mesma noite nascia uma me-nina mulata com olhos amendoados, deixada no Hospital por alguém não identificado. Minha sogra, que não sabia concretamen-te do meu plano ambicioso de paternidade múltipla – mas desconfiava de alguma coisa – ficou sabendo que o neném nascido em Valença fora deixada no Hospital e, chegando à minha casa na hora do café da manhã do dia seguinte, deu com língua nos dentes, sem saber que havia sido escolhida como anjo anunciador.

Peguei o jipe branco e me meti na estra-da de terra. Havia um encontro marcado para mim com uma pessoa que me perten-cia – e eu a ela – sendo imperioso que eu a encontrasse e a trouxesse para minha vida definitivamente. Com a desenvoltura de um cavalheiro medieval fora de época mergulhei neste sonho, desperto, vivo, inteiro. Como não havia fila de espera, nem notícia da família biológica da criança, meu pedido de guarda para fins de adoção, batido à máquina de escrever nas dependências da OAB por minha esposa advogada, foi acolhido pelo Juiz da Comarca. Fui então ao encontro da médica pediatra que recebera a criança em seu plantão, para obter sua alta e receber informações sobre os cuidados que teria que ter com o neném. Encontrei uma mulher incrível, competente e amorosa, inspirada pelo seu próprio nome, Maria da Glória, que me recebeu carinhosamente, prescrevendo remédios, incentivando meus passos com seu sincero sorriso. Estava eu pronto para o grande encontro.

Águeda Muniz e Márcia Bezerra, que respondem, respectivamente, pelo Meio Ambiente de Fortaleza e Crateús, a exemplo de outros secretários muni-cipais, marcam presença na Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza, quer dizer, CDL, próximo dia 25, durante o Seminá-rio Política Nacional de Resíduos Sólidos, cabendo à gestora da pasta, na Ca-pital, falar sobre Experiên-cias Municipais de Coleta Seletiva e Reciclagem.

Igreja de Nossa Senho-ra do Líbano e Barbra’s Buffet programados para o casamento de Sarah Gomes Viana e Ricardo Brandão, em 20 de maio. Enquanto isso, Carolina Rodrigues Teófilo e Ramon Eufrasino Amaral também já têm data marcada para, também, trocarem alianças, ou seja, 30 de julho, às 19h30min, com os noivos agendan-do a cerimônia para a capela do Colégio Christus e a recepção, para o Alice’s Buffet, delegando decoração e música a Rosalvo Pontes e Paulo José Benevides, respec-tivamente.

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Giro Social01 - Na viagem que

programaram para maio vindouro, à Itália, Vânia e Aristófanes Canamary não abrem mão de uma semana na Toscana.

02 - Por propositura do deputado Fernando Hugo, a Assembleia Legislativa irá agraciar o cantor Paulo José Benevides com a Medalha Humberto Teixeira, em data ainda não marcada.

03 - Rilka e Max Bezerra, anfitriões desta sexta, recebendo pela chegada aos 80 de Paulo, que também é Bezerra.

04 - O Salão Cidade, do La Maison, foi (será) o cenário escolhido por Anya e René Freire Júnior paradebut da filha Victoria, próximo dia 30.

05 - Vera e Ivan Mota formaram na lista que baixou no Boteco do Barão, para abraçar Fátima Barros, que comemorava idade nova.

06 - De hoje até domingo, no Gran Marquise, promovido pela Associação Movimento Integração Grandes Ações Sociais, acontece o VI Bazar Solidário.

07 - Com o tema ‘’Seja presente, somos rotarianos”, de 21 a 24 deste mês, no Marina Park, a 65° Conferência do Distrito 4490, sob o comando do governador do Distrito 4490, Paulo Dias e primeira-dama, Cristiane Studart.

08 - De volta à Suíça, onde estuda, André Jucá Machado Filho, que veio comemorar aniversário com a família.

09 - Confreiro Lúcio Brasileiro, com malas prontas para mais uma temporada espanhola, a partir de 12 de maio.

10 - Rubenilson Bandeira tomando a rota paulistana, motivado por ‘’business”.

FOTOS IRATUÃ FREITAS

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PretonoBrancoJulieta Brontée

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Fortaleza, Ceará, sexta-feira, 15 de abril de 2016

A nossa atípica “democracia”O País atravessa, com certeza, uma das mais delica-

das fases da sua História Política. E o que há de mais típico, diferente, na sequência de “imbróglios” que vêm ocorrendo, é que, embora estejamos diante de uma crise que poderá redundar no impedimento de uma presidente, e no melancólico fim de um partido político, o PT, não há a mínima ameaça de que tere-mos um desfecho marcado pela violência.

Já vimos cair o Segundo Reinado, a Primeira Repú-blica, a República Velha, os presidentes Washington Luís, Getúlio Vargas, Jânio Quadros, João Goulart e Fernando Collor, sem que tenha sido registrado derramamento de sangue, mas simples escaramuças lo-calizadas, esporádicas, que jamais ameaçaram resultar em deflagração de guerra civil. Diante disso, conclui-se que não temos a vocação para fazer do país um campo conflagrado. O processo de “impeachment” revela um fato político prosaico: não há expectativa de confrontos armados, mas todos os envolvidos, seja de qual lado forem, alegam estar agindo “em nome da democracia”. E isso, tanto da parte dos que querem o fim de um governo via impedimento, como daqueles que, para salvá-lo fazem qualquer negócio, esbandalhando o que resta de cargos públicos e oferecendo dinheiro. Com a mais absoluta certeza, os atenienses jamais imaginaram tantas distorções para o sistema por eles criado.

Falso aniversário. Quarta-feira, dia em que foi festejado o 190º aniversário de fundação, foi, mais uma vez, dia de polêmica sobre a data natalícia da “loura desposada do Sol”. Isso porque, segundo o pesquisador e histo-riador Adauto Leitão, que já tem provas históricas e científi-cas, insiste em que a cidade foi fundada em 1604, ou seja, há 412 aninhos...

Apodreceu. Entre os juristas e cientistas políticos que analisam no Brasil de hoje, os fatos causadores da “Lava Jato”, há uma quase unanimidade, no sentido de que há realmente uma crise mais moral do que política. Para o procurador da Repú-blica, Carlos Santos, que toca a Lava Jato, o sistema político bra-sileiro simplesmente “apodreceu”.

Profecias. No mundo das ilações em relação aos próximos meses, especula-se livremen-te sobre tudo. Em Brasília, um progra-ma radiofônico de entrevistas, colocou em debate a seguinte indagação aos ouvin-tes: caindo a presiden-te Dilma, e assumindo o vice-presidente Temer, o PT deve ficar no governo ou ir para a oposição? É muita falta do que fazer...

Jogando a toalha? Segundo o jornal “O Globo”, o ex-presi-dente Lula da Silva, em meio a muitas do-ses de bom “whisky” entre amigos, no Rio de Janeiro, externava dois tipos de compor-tamento sobre o mo-mento político: sobre o Governo Dilma, ele disse que “já era”. So-bre Dilma, ele voltou a se queixar de que ela não seguiu os rumos por ele traçados.

Qualidade. Para o jurista Djalma Pinto, que já comandou a Procuradoria Geral do Estado, os parti-dos continuam sendo os maiores culpados pela má qualidade da maioria dos parla-mentos brasileiros em todos os níveis. Na sua visão, partidos que lançarem candidatos desclassificados e cor-ruptos deveriam ser severamente punidos ou extintos.

Justificando. Deve--se fazer justiça a alguns dos políticos que vêm a público para justificar por que apoiam ou são contra o processo do “impea-chment”. Um exemplo é o deputado Ronaldo Martins, do PRB. Para ele, “se outros motivos não houvesse para se votar a favor do processo, bastaria a vergonhosa distri-buição fisiológica de cargos”.

É Brasil! Em meio à barafunda do processo do “impeachment”, surgiu uma nova categoria de deputados. Trata-se dos “recém--convertidos”, como estão sendo designados os parlamentares que eram contra, mas resol-veram apoiar a derru-bada do governo. Isso, porque ficou muito fácil identificar quem “se arrumar” para votar com o Planalto...

Preocupação séria. Com o placar ante-cipado claramente favorável ao “impe-achment”, começa a preocupar seriamente os deputados dispos-tos a votar contra. Um dos motivos tem sido a decisão da oposi-ção, de distribuir e exibir, em todas as cidades um “listão” com os nomes dos que preferiram ficar com a presidente Dilma e seu mal-amado PT.

(REDATOR SUBSTITUTO)

“Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema ao Senhor e evite o mal.” (PROVÉRBIOS CAP.3, VERS.7)

Participantes

Dermatologista Karlla Fernandes falou sobre os Cuidados com a pele

Dona Tindo com familiares

Aniversariante recebe o carinho das amigas Solange e Neusa Pereira

Jully Lourenco, Ana Peyroton, DanielNegreiros e Isabelle Viieira Grupo de convidados

Felipe Revuelta e Adriana DiasEduardo Sisi e Priscila Romcy

Yara Catunda Salema Cabral esposa do capitao dos portos da boas vindas a todas

Dia da beleza

Grupo da Capela de Nossa Senhora da Conceicao do Icarai

Dona Tindo com Margarida Borges de Carvalho

Dia da Mulher Capitania dos Portos

104 anos

Degustação

Yara salema, esposa do capitão dos Portos do Ceará, Leonardo Salema, promoveu juntamente com as voluntárias Cisne Branco-Fortaleza, um dia com especial programação dedicada as mulheres da sociedade cearense em geral.

Durante uma missa celebrada na Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Icaraí, foi comemorado os 104 anos de Dona Tindô, da comunidade quilombola do cercadão de Icaraí.

Para apresentar o novo cardápio do Boteco Praia, imprensa e formadores de opinião foram recebidos pra uma degustação. Tudo especialmente desenvolvido pelo chef e consultor gastronômico Eduardo Sisi.

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Flávio Tôrres Sociedade [email protected]

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