linguagens e codigos

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 A respeito da leitura da tira, não é possível inferir que: a) A lixeira cheia de papéis pressupõe que o entrevistador já atendeu a vários entrevistados e que está prestes a perder a paciência.  b) A postura do entrevistado não está adequada ao contexto. Isso pod e ser verificado pela postura relaxada e pelo uso de roupas desalinhadas. c) Postura adequada, cuidado na vestimenta e linguagem mais formal poderiam causar melhor impressão no entrevistador acerca do entrevistado. d) Em uma entrevista de emprego, o uso de uma linguagem mais cuidada não é levado em consideração, pois o que importa realmente é o currículo do entrevistado. e) O uso da interjeição “ei” e a forma abreviada e coloquial do verbo está (tá) comprovam a inadequação do comportamento do entrevistado diante da situação apresentada. 2.Observe o diálogo a seguir: - Oh! Meu senhô! fico. - ... Um ordenado pequeno, mas que há de crescer. Tudo cresce neste mundo; tu cresceste imensamente. Quando nasceste, eras um  pirralho deste tamanho; hoje estás mais alto que eu. Deixa ver; olha, és mais alto quatro dedos. - Artura não qué dizê nada, não, senhô... - Pequeno ordenado, repito, uns seis mil-réis; mas é de grão em grão que a galinha enche o seu papo. Tu vales muito mais que uma galinha. [..] - Justamente. Pois seis mil-réis. No fim de um ano, se andares bem, conta com oito. Oito ou sete. (Machado de Assis – Crônicas Escolhidas) Após a leitura do fragmento, assinale a alternativa correta: a) Os dois personagens do diálogo utilizam-se do mesmo nível de linguagem.  b) O autor do texto faz uso de discurso indireto o que pode ser percebido pelo uso de travessões. c) O autor escolheu registrar de forma diferente a fala dos personagens para frisar a diferença social existente entre eles e para conferir maior veracidade ao texto. d) Não houve nenhuma intenção do autor no sentido de diferenciar o nível de linguagem utilizado pelos personagens uma vez que tal diferença social não tem relevância em relação ao contexto. e) Os vocábulos “senhô”, “artura” e “dizê” eram, na época de Machado de Assis, usados exclusivamente por escravos. Leia o texto abaixo: *** ROBÔS (Robots). EUA, 2005. Direção: Chris Wedge e Carlos Saldanha. Nessa animação da Fox, um robô inventor resolve se mudar para a cidade grande, onde pretende encontrar seu ídolo. Lá, ele é abrigado por uma turma de robôs de rua. Na versão original, Ewan Mc Gregor, Halle Berry e Robin Williams emprestam as vozes aos personagens principais. Na cópia dublada, McGregor é substituído por Reynaldo Gianecchini. 90 min. Livre. ABC Plaza Shopping 4, dublado: 12h, 14h, 16h, 18h e 20h. ABC Plaza Shopping 5, dublado: 12h, 14h, 16h, 18h e 20h. ABC Plaza Shopping 8, dublado: 11h, 13h, 15h, 17h10, 19h10 e 21h10. sex., sab. e qui.: também às 23h10. ABC Plaza Shopping 9, dublado: 11h, 13h, 15h, 17h10 e 19h10. Anália Franco 8, dublado: sex. a ter.: 14h35, 16h40, 18h45 e 20h50. sex.: também às 22h55. 01 LINGUAGENS E CÓDIGOS 1.Observe a tira abaixo: SIMULADÃO - ENEM 2010

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SIMULADO - ENEM 1.Observe a tira abaixo:

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A respeito da leitura da tira, no possvel inferir que: a) A lixeira cheia de papis pressupe que o entrevistador j atendeu a vrios entrevistados e que est prestes a perder a pacincia. b) A postura do entrevistado no est adequada ao contexto. Isso pode ser verificado pela postura relaxada e pelo uso de roupas desalinhadas. c) Postura adequada, cuidado na vestimenta e linguagem mais formal poderiam causar melhor impresso no entrevistador acerca do entrevistado. d) Em uma entrevista de emprego, o uso de uma linguagem mais cuidada no levado em considerao, pois o que importa realmente o currculo do entrevistado. e) O uso da interjeio ei e a forma abreviada e coloquial do verbo est (t) comprovam a inadequao do comportamento do entrevistado diante da situao apresentada. 2.Observe o dilogo a seguir: - Oh! Meu senh! fico. - ... Um ordenado pequeno, mas que h de crescer. Tudo cresce neste mundo; tu cresceste imensamente. Quando nasceste, eras um pirralho deste tamanho; hoje ests mais alto que eu. Deixa ver; olha, s mais alto quatro dedos. - Artura no qu diz nada, no, senh... - Pequeno ordenado, repito, uns seis mil-ris; mas de gro em gro que a galinha enche o seu papo. Tu vales muito mais que uma galinha. [..] - Justamente. Pois seis mil-ris. No fim de um ano, se andares bem, conta com oito. Oito ou sete. (Machado de Assis Crnicas Escolhidas) Aps a leitura do fragmento, assinale a alternativa correta: a) Os dois personagens do dilogo utilizam-se do mesmo nvel de linguagem. b) O autor do texto faz uso de discurso indireto o que pode ser percebido pelo uso de travesses. c) O autor escolheu registrar de forma diferente a fala dos personagens para frisar a diferena social existente entre eles e para conferir maior veracidade ao texto. d) No houve nenhuma inteno do autor no sentido de diferenciar o nvel de linguagem utilizado pelos personagens uma vez que tal diferena social no tem relevncia em relao ao contexto. e) Os vocbulos senh, artura e diz eram, na poca de Machado de Assis, usados exclusivamente por escravos. Leia o texto abaixo: *** ROBS (Robots). EUA, 2005. Direo: Chris Wedge e Carlos Saldanha. Nessa animao da Fox, um rob inventor resolve se mudar para a cidade grande, onde pretende encontrar seu dolo. L, ele abrigado por uma turma de robs de rua. Na verso original, Ewan Mc Gregor, Halle Berry e Robin Williams emprestam as vozes aos personagens principais. Na cpia dublada, McGregor substitudo por Reynaldo Gianecchini. 90 min. Livre. ABC Plaza Shopping 4, dublado: 12h, 14h, 16h, 18h e 20h. ABC Plaza Shopping 5, dublado: 12h, 14h, 16h, 18h e 20h. ABC Plaza Shopping 8, dublado: 11h, 13h, 15h, 17h10, 19h10 e 21h10. sex., sab. e qui.: tambm s 23h10. ABC Plaza Shopping 9, dublado: 11h, 13h, 15h, 17h10 e 19h10. Anlia Franco 8, dublado: sex. a ter.: 14h35, 16h40, 18h45 e 20h50. sex.: tambm s 22h55.

LINGUAGENS E CDIGOS

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SIMULADO - ENEM 3. Tendo por base a leitura do texto, assinale a alternativa incorreta:

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a) O texto pode ser considerado uma resenha crtica, j que, alm das informaes, h anlise de alguns aspectos do filme e uma avaliao crtica do mesmo. b) um texto informativo, contendo a ficha tcnica e um breve resumo do filme. c) O texto pode ser considerado uma sipnose uma vez que o desenvolvimento do enredo e seu desenlance no so revelados. d) Alm de informaes sobre o filme, a sipnose pode tambm incluir informaes como horrios e os cinemas em que o filme est passando. e) No h, no texto, quaisquer comentrios ou juzos crticos sobre a atuao dos atores. Para responder s questes 4 e 5, considere o texto abaixo. Embora muitos neguem, o preconceito lingstico existe, sim. Prova disso o prprio presidente Lula. Antes de se eleger (e ainda hoje), muitas pessoas colocavam seus deslizes gramaticais como empecilho para que pudesse realizar um bom governo. Por trs do preconceito lingstico, esto a intolerncia aos humildes e queles que no tiveram acesso escolaridade. como se, para ter sucesso e mobilidade social, as pessoas precisassem enquadrar-se aos padres impostos pela classe dominante. 4. Os nexos embora, ainda hoje e para que do idias, respectivamente de: a) Oposio, tempo, conformidade. b) Concesso, tempo, finalidade. c) Concesso, nfase, finalidade. d) Oposio, finalidade, tempo. e) Oposio, tempo, conseqncia. 5. Acerca do texto, incorreto afirmar que: a) O presidente Lula foi, e ainda , alvo de preconceito lingustico. b) O preconceito lingstico revela outros preconceitos sociais. c) Pessoas que dominam a norma culta da lngua tm mais chances de serem aceitas pela classe dominante. d) Muitas pessoas no assumem ter preconceito lingustico. e) No dominar a norma culta da lngua impede que as pessoas tenham sucesso profissional. Para responder s questes 6 e 7 , leia os textos que se seguem: Folclore designa o conjunto de costumes , lendas, provrbios, festas tradicionais populares, manifestaes artsticas em geral, preservando, por meio da tradio oral, por em povo ou grupo populacional.Para eseemplificar, cita-se o frereu, em ritmo de origem pernambucana surgido no inicio do sculo XX.Ele caracterizado pelo andamento acelerado e pela dana peculiar, feita de malabarismos, rodopios e passos curtos, alm do uso, como parte da idumentaria , de uma pomlerinha colorida, que permaneceu alerta durante a coreografia. QUADRILHA Joo amava Tereza que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que amava ningum. Joo foi para os Estados Unidos, Tereza para o conserto Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia. Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes Que no tinha entrado na histria. Carlos Drummond de Andrade 6) A qual elemento do folclore brasileiro o poema acima pode ser associado? a) bumba-meu-boi. b) cantiga de roda. c) festa de Parintins. d) literatura de cordel. e) festa junina. 7) Ainda sobre o poema Quadrilha INCORRETO afirmar que: a) A temtica do texto gira em torno do desencontro amoroso. b) H uma associao entre a dana quadrilha e o destino amoroso das personagens. c) H predominncia de elementos descritivos no poema. d) O fato de o autor citar o sobrenome do personagem J.Pinto Fernandes pressupe que ele pertence a uma classe social superior dos demais.

SIMULADO - ENEM e) Pode-se depreender que o eu lrico apresenta uma viso tica e realista em relao ao amor. 8) Assinale a afirmativa correta quanto ao uso dos tempos verbais:

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a) Na orao Venho buscar-te mais tarde, a forma venho(presente do indicativo) est empregada no sentido futuro. b) Na orao Esta cidade ter 500 mil habitantes, a forma verbal ter indica duvida ou incerteza em relao a um acontecimento passado. c) A forma verbal escrevia da orao eu lhe escrevia um bilhete quando o telefone tocou sugere uma ao ocorrida e concluda no passado. d) Na orao Meus pais tm trabalhado muito a locuo verbal tm trabalhado sugere uma ao exclusivamente passada. e) A orao Ele teria viajado ontem, sugere uma ao futura que independe de outra. 9) Considere o texto abaixo: Jingule do Psc -Eu fui candidtio a presidentio e s ganhei a eleio porque as rnias era letrniquias. Mas a minha msiquia de jinguio de Campnia era mais melh. Olha a letra so jinguio ai debaixio. Tem at as ntias, que no so de dinheiro, so de msiquia, pra voc pod toc no violo. Seu Creysson, Seu Creysson Na aude vai ter mais ambulanssa E nas escolia vai ter vai ter inducasso Pra violna vai ter mas segurqancia Ele feio, mas num assustia o mercdio E eria mais melh de bo Si ele ssse o presidentio da nasso (Casseta & Planeta, Seu Creysson) Em relao ao texto no se pode inferir que a) A finalidade do texto divertir e chamar a ateno para os problemas polticos. b) irnico pois um candidato sem o mnimo de instruo at poderia ganhar uma eleio. c) O autor criou um jeito caracterstico de se comunicar para chamar a ateno para coisas srias mesmo em tom de brincadeira. d) Seu Creysson repete as plataformas polticas de muitos outros candidatos a tresidente. e) A critica proposta no texto no pode ser aplicada atual realidade da poltica brasileira. A praia de Jericoacoara, a 320 km de Fortaleza, uma das mais belas jias do litoral brasileiro. So quilmetros de dunas de areia branca e fina, entermeadas por coqueiros, lagoas de gua azul-turquesa e uma simptica vista. Os turistas mais recentes, no entanto, tm deparado com surpresas desagradveis em meio ao cenrio deslumbrante. Por uma mistura de irresponsabilidade da prefeitura local com negligncia do rgo federal responsvel pela proteo ambiental, o IBAMA, o paraso agora tem lixes sobre dunas, pousadas irregulares beira de lagoas e um conjunto habitacional em local imprpio. Veja, ago. 2008 10. Assinale a afirmativa incorreta. a) O texto trata-se de uma notcia uma vez que a linguagem liga o leitor diretamente informao b) A informao dada pelo texto a de que a praia de Jericoacoara, uma das mais belas do Brasil, est apresentando problemas como lixes nas dunas, pousadas irregulares e conjunto habitacional em imprprio. c) Nessa noticia, o mais importante transmitir e comentar dados da realidade. d) Nessa noticia, o mais importante criar jogos de palavras e descrever em lugar. e) No foi linguagem potica, porque o mais importante foi informar o leitor sobre os fatos e no o modo como a linguagem foi trabalhada.

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Texto A Receita de BoloModo de Preparo Para a massa 01 Preaquea o forno em temperatura mdia (200 C). 02 Na batedeira, bata as claras em neve at ficarem firmes, transfira para outro recipiente e reserve. 03 Na mesma tigela, junte a margarina, o acar e bata at obter um creme liso. Sem desligar a batedeira, acrescente as gemas, uma a uma, e bata at o creme ficar claro e fofo. 04 Retire a tigela da batedeira, acrescente a farinha e com a ajuda de uma esptula, misture a massa integrando bem os ingredientes. Por ltimo, acrescente as claras em neve e misture delicadamente. 05 Com um pincel de cozinha, unte com a margarina e polvilhe com a farinha uma assadeira redonda com furo no meio com 20 cm de dimetro. Coloque a massa aos poucos na assadeira e asse por aproximadamente 40 minutos. 11 - Funes da linguagem so recursos de nfase que atuam segundo a inteno do produtor da mensagem, cada qual abordando um diferente elemento da comunicao. Um texto pode possuir mais de uma funo enfatizada. No texto A predomina a funo: a) Conativa b) Referencial c) Metalingstica d) Potica e) Ftica 12 - Sinnimo (portugus brasileiro) ou sinnimo (portugus europeu) o nome que se d palavra que tenha significado idntico ou muito semelhante outra. Exemplos: carro e automvel, co e cachorro. Os sinnimos so palavras "da mesma categoria gramatical, com sentido parecido e com forma diferente, que podem intercambiarse em determinados contextos com ou sem matizaes de significado".[1]O conhecimento e o uso dos sinnimos importante para que se evitem repeties desnecessrias na construo de textos, evitando que se tornem enfadonhos. Levando-se em conta a definio acima, observe o perodo: Ele sempre demonstrou animosidade para com os mais jovens, sobretudo quando estes, inadvertidamente, dispem-se a falar sobre temas tidos como polmicos. Os termos sublinhados poderiam ser substitudos, sem prejuzo para o sentido da frase, por, respectivamente: (A) intolerncia, apressadamente e incontroversos. (B) boa vontade, pressurosamente e delicados.04 LINGUAGENS E CDIGOS

SIMULADO - ENEM (C) tolerncia, inocentemente e indevassveis. (D) m vontade, irrefletidamente e controversos. (E) impacincia, descuidadamente e improcedentes. 13. O rigor da escrita

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Clareza, simplicidade, exatido e variedade caracterizam o estilo jornalstico de qualidade. O bom uso do portugus e o cumprimento das regras gramaticais, o rigor e a competncia indispensveis na informao que se leva ao leitor aconselham, por outro lado, uma permanente ateno a certos vcios e incorrees de linguagem. Levando-se em conta o texto acima, observa-se que a impropriedade no emprego do lxico torna absurdo o sentido da frase: (A) Ele costuma agir com cautela, no obstante haver demonstrado alguma afoiteza na ltima medida que tomou. (B) Ao contrrio de seu irmo, um notrio delinqente, ele jamais deixou de agir com a mais absoluta retido. (C) Alcolatra redimido, Jos faz questo de se pr prova, no fugindo s reunies em que a bebida farta. (D) Dado que no pude ratificar o meu voto no segundo escrutnio, meu representante legal encarregou-se de confirm-lo. (E) Tanto subestimaram a fora do adversrio que acabaram por lhe infligir retumbante derrota. 14. A Filosofia teve origem na tentativa humana de escapar para um mundo em que nada mudasse. Plato, fundador dessa rea da cultura que hoje chamamos Filosofia, supunha que a diferena entre o passado e o futuro seria mnima.

Foi somente quando comearam a levar a Histria e o tempo a srio que os filsofos colocaram suas esperanas quanto ao futuro deste mundo no lugar antes ocupado por seu desejo de conhecer um outro mundo. A tentativa de levar o tempo a srio comeou com Hegel, que formulou explicitamente suas dvidas quanto tentativa platnica de escapar do tempo e mesmo quanto ao esforo de Kant em achar condies a - histricas de possibilidade de fenmenos temporais. A Filosofia distanciou-se da questo "O que somos?"para focalizar "O que poderamos vir a ser?" Assinale a opo concordante com as idias do texto. A. Plato no s foi o filsofo que superou as formulaes de Hegel e Kant relativas aos fenmenos temporais como foi o que cogitou na idia de futuro. B. Inicialmente, em suas origens, a Filosofia se interessou pelas condies no-histricas das transformaes temporais a que os seres humanos se sujeitam. C. Os filsofos sempre se preocuparam prioritariamente com a questo da passagem do tempo e das conseqentes mudanas histricas. D. Hegel inaugurou, na Filosofia, as cogitaes relativas ao tempo e s condies histricas dos fenmenos temporais. E. A Filosofia nasceu marcada pelo interesse do homem em sondar as suas prprias possibilidades de transformao e mudana no tempo e na Histria. 15. TEXTO Quando a justia entra em conflito com a lealdade, essa ltima geralmente leva a melhor. Muitos de ns alimentamos e protegemos nossas famlias antes de podermos pensar nas necessidades de nossos vizinhos. Muitos de ns estamos muito mais interessados no bem-estar dos nossos compatriotas do que na situao das pessoas do outro lado do mundo. Em relao s idias do texto, assinale a opo incorreta. (A) O senso de justia entre indivduos de povos diferentes superior lealdade que se dispensa aos familiares mais prximo. (B) A lealdade geralmente prevalece sobre a justia quando h conflito entre as duas foras. (C) O pensamento relativo s necessidades dos nossos conhecidos secundrio em relao s preocupaes com os familiares. (D) O interesse pelas causas nacionais prioritrio em relao aos contextos do exterior. (E) A solidariedade entre pessoas de uma mesma nacionalidade sobrepe-se solidariedade para com povos estrangeiros. 16. Para acabar com uma contradio na legislao trabalhista, o Brasil reafirmou Organizao Inter nacional do Trabalho (OIT), em junho, que menores de 16 anos esto proibidos de trabalhar no pas - a no ser na condio de aprendizes, a partir dos 14 anos. Antes, havia uma ambigidade entre a constituio e os compromissos assumidos no plano inter nacional. A lei brasileira exige que a idade mnima para o trabalho seja de 16 anos. Ao mesmo tempo, o Pas havia fixado, na OIT, 14 anos como idade mnima paraLINGUAGENS E CDIGOS 05

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trabalhar. A deciso do governo , ao mesmo tempo, uma notcia boa e outra no to boa assim. Boa, porque mostra a preocupao em proteger jovens e crianas. E no to boa, porque agora o Pas ter de intensificar e ampliar os programas de combate e erradicao do trabalho infanto-juvenil, alm de melhorar a fiscalizao, a fim de realmente impedir o trabalho irregular de menores de 16 anos. Caso contrrio, corre o risco de ser alvo de denncias em organizaes como a OIT e a Organizao Mundial do Comrcio (OMC). Em 1995, as exportaes de calados brasileiros foram prejudicadas por denncias de uso de mo-de-obra infantil em Franca, no interior de So Paulo. O problema hoje est superado, mas na poca levou mobilizao dos empresrios do setor, que criaram o Instituto Pr-Criana, para combater o trabalho infantil na indstria de calados. Agora, com a mudana da idade limite na OIT, o setor est sendo forado a reorganizar-se, para adaptar-se s novas regras. Nem todos os segmentos, porm, tm programas e aes estruturadas para combater o trabalho infantil. O Brasil tem uma legislao mais protetora do que muitos pases, mas a realidade socioeconmica e o desaparecimento do emprego formal so os maiores problemas, porque o jovem acaba sendo empurrado para o mercado de trabalho. A prpria OIT admite uma legislao mais flexvel - desde que no prejudique a sade, a educao e o desenvolvimento psquico - como o trabalho em famlia e artsticos leves. A flexibilizao poderia ser uma forma de evitar as denncias e combater o principal problema do trabalho infanto-juvenil no pas: a informalidade. A contradio referida no texto est: A) na escolha dos setores industriais em que os menores de idade podem trabalhar, de acordo com a legislao atual. B) na determinao da idade mnima permitida para que jovens possam trabalhar no Brasil. C) nas denncias feitas por organizaes internacionais contra o trabalho infantil no pas. D) nos programas de preparao para o trabalho que atendem a jovens, formando aprendizes. E) em situaes que podem ser favorveis ou no, dependendo da opinio das organizaes internacionais. 17. Smbolos e regies

Esse tipo de texto tem por finalidade definir o sentido dos signos que podem ser compreendidos pelos receptor. No campo das artes, so exemplo desse tipo de discursos o que se escrevem sobre os diferentes estilos. Predomina no texto a funo: a) Potica b) Apelativa c) Metalingstica d) Expressiva e) Informativa

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Oxmoro (ou paradoxo) uma construo textual que agrupa significados que se excluem mutuamente. Oxmoro , segundo o dicionrio Houaiss, uma figura de retrica, na qual se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente mas que, no contexto, reforam uma expresso. Nas alternativas abaixo, esto transcritos versos retirados do poema "O operrio em construo". Pode-se afirmar que ocorre um oxmoro em: (A) "Era ele que erguia casas Onde antes s havia cho. (B) "...a casa que ele fazia Sendo a sua liberdade Era a sua escravido." (C) "Naquela casa vazia Que ele mesmo levantara Um mundo novo nascia De que sequer suspeitava." (D) "... o operrio faz a coisa E a coisa faz o operrio." 19. A dificuldade de criar regimes democrticos em pases rabes decorre de fatores histricos e culturais, mas se agrava hoje em dia em razo de dois aspectos. De um lado, existe um estado permanente de beligerncia, pela vizinhana com Israel, o que tende a concentrar o poder nas mos de um lder ou de um grupo. O constante clima de guerra, alm do mais, torna prioridade o fortalecimento do Exrcito, do servio de inteligncia, da polcia secreta, da guarda nacional, instituies que tambm servem para conter aspiraes populares malvistas pelos dirigentes. De outro lado, a comunidade rabe dividida pela glria e pela desgraa do petrleo. Quem tem senta-se sobre ele. Quem no tem usa sua influncia junto aos pases ricos em petrleo para garantir investimentos e ajuda externa. Assim, tanto os com-petrleo quanto os sem-petrleo, excessivamente amarrados dependncia do capital externo, tendem a ignorar as demandas internas por maior participao popular. O texto apresenta como tema principal o (a): a) clima de violncia que impera nos pases rabes. b) dificuldade de implantar a democracia em pases rabes. c) diviso dos pases rabes pela glria e pela desgraa do petrleo. d) dependncia de pases rabes ao capital estrangeiro. e) estratgia de manuteno do poder nos pases rabes.

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SIMULADO - ENEM 20. Observe:

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Considere o que se afirma sobre o papel da linguagem verbal e no-verbal na organizao da charge, todas esto incorretas exceo de: a) O desenho auto-suficiente. Mesmo sem o dilogo, entende-se a mensagem. b) A fala da personagem auto-suficiente. Mesmo sem os desenhos, entende-se fielmente o contedo da mensagem. c) O desenho e as falas so interdependentes. pela fala que se entende a ironia presente na mensagem. d) A charge uma ilustrao cmica que satiriza de forma crtica os acontecimentos sociais e polticos. Embora seja importante numa charge o seu contedo humorstico, ela feita ainda mo para preservar seu valor artstico, no podendo ser montada ou retocada por computador. e) A charge no se limita apenas a ironizar, mas acrescenta ao cmico, criado pela deformao da imagem, um dado singular: a crtica, que visa levar o leitor a solidificar sua posio acerca de um determinado aspecto da realidade, sendo o foco principal os fatos polticos. 21. QUEM NUM TEM EMELHO XIMBA, VI... A galera, Esse emelho de Craudinei, mas aqui Jonilso que t falano. porque eu num tenho emelho, a ele me liberpra escrev no dele.E eu quero fal sobre isso mermo: emelho. A parada a seguinte: to dia eu tava percurano um servio no jornal a eu vi l uma vaga na loja de computad. A eu fui l v col a de mermo. Botei uma rpa porreta que eu tenho, joguei meu Mizuno e fui l. A eu cheguei l, fiz a ficha que a mul me deu e fiquei l esperano. Ngo de gravata, eu s "nada... t cumeno nada!". A, eu t l sentado, p, a a mul me chama pa entrevista, l na sala dela. Mul boa da nada! Entrei na sala dela, sentei p, a ela come: a mul perguntano coisa como que, se eu sabia faz coisa como que e eu s "sim sinhora, que eu j trabalhei nisso e naquilo", jogano 171 na mul e ela cumeno legal.A ela par assim, olh pra ficha e mim pergunt mermo assim: "voc mora a, ?", a eu disse "". S que eu nun s minino, botei o endereo de um camarado meu e o telefone, que eu j tinha dado a ida pra ele que se ela ligasse p ele, ele diz que eu s irmo dele e que eu tinha sado, pra ela deix recado, que a era o tempo dele lig pro orelho do bar l da rua e fal comigo ou deix o recado que a galera l d. Eu nun v d meu endereo que eu moro ni uma bocada! A a mul vai pens o que? Vai pens que eu s vagabundo tomm, n pai... Nada! A, t. A mul s perguntano e eu jogando um "h" na mul, e ela gostano v... se abrindo toda...! A ela mim disse mermo assim: "i, mim d seu emelho que a quando f pra lhe cham... - a mul ja me cham j ... quando f pra lhe cham, eu lhe mando um emelho". A variao das formas da linguagem sistemtica e coerentemente. Uma nao apresenta diversos traos de identificao, e um deles a lngua. Esta pode variar de acordo com alguns fatores, tais como o tempo, o espao, o nvel cultural e a situao em que um indivduo se manifesta verbalmente.

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SIMULADO - ENEM Com relao a variao lingstica s no correto afirmar que:

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a) Em sociedades complexas convivem variedades lingsticas diferentes, usadas por diferentes grupos sociais, com diferentes acessos educao formal; nota-se que as diferenas tendem a ser maiores na lngua escrita que na lngua falada; b) Pessoas de mesmo grupo social expressam-se com falas diferentes de acordo com as diferentes situaes de uso, sejam situaes formais, informais ou de outro tipo; c) H falares especficos para grupos especficos, como profissionais de uma mesma rea (mdicos, policiais, profissionais de informtica, metalrgicos, alfaiates, por exemplo), jovens, grupos marginalizados e outros. So as grias e jarges. d) Nem todas as variaes lingsticas tm o mesmo prestgio social no Brasil. Basta lembrar de algumas variaes usadas por pessoas de determinadas classes sociais ou regies, para perceber que h preconceito em relao a elas. e) Uma certa tradio cultural nega a existncia de determinadas variedades lingsticas dentro do pas, o que acaba por rejeitar algumas manifestaes lingsticas por consider-las deficincias do usurio. Nesse sentido, vrios mitos so construdos, a partir do preconceito lingstico. TEXTO O real no constitudo por coisas. Nossa experincia direta e imediata da realidade nos leva a imaginar que o real feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas), isto , de objetos Fsicos, psquicos, culturais oferecidos nossa percepo e s nossas vivncias. Assim, por exemplo, costumamos dizer que uma montanha real porque uma coisa. No entanto, o simples fato de que essa "coisa" possua um nome, que a chamemos "montanha", indica que ela , pelo menos, uma "coisapara-ns", isto , algo que possui um sentido em nossa experincia. Suponhamos que pertencemos a uma sociedade cuja religio politesta e cujos deuses so imaginados com formas e sentimentos humanos, embora superiores aos dos homens, e que nossa sociedade exprima essa superioridade divina fazendo que os deuses sejam habitantes dos altos lugares. A montanha j no uma coisa: a morada dos deuses Suponhamos, agora, que somos uma empresa capitalista que pretende explorar minrio de ferro e que descobrimos uma grande jazida numa montanha. Como empresrios, compramos a montanha, que, portanto, no uma coisa, mas propriedade privada. Visto que iremos explor-la para obteno de lucros. no uma coisa, mas capital. Ora, sendo propriedade privada capitalista, s existe como tal se for lugar de trabalho. Assim, a montanha no coisa, mas relao econmica e, portanto, relao social. A montanha, agora, matria-prima num conjunto de foras produtivas, entre as quais se destaca o trabalhador. Suponhamos, agora, que somos pintores. Para ns, a montanha forma, cor, volume, linhas, profundidade - no uma coisa, mas um campo de visibilidade. 22.Com base nas idias do texto, assinale a opo correta. A) O conhecimento da realidade causa imediata dos objetos Fsicos, psquicos e culturais. B) A percepo da realidade depende do modo como os homens relacionam-se entre si e com a natureza; depende dos propsitos dos investimentos simblicos de cada cultura. C) O exemplo da montanha, estendido a todos os entes reais, utilizado no texto para provar que s a propriedade privada oferece campo real de trabalho, independentemente da ideologia adotada. D) necessria uma viso de artista e uma sensibilidade de pintor para absorver todas as possibilidades de existncia de uma "coisa", como a montanha, por exemplo. E) Seria mantida a coerncia na argumentao se a primeira orao do texto fosse substituda por: O real constitudo apenas de idias. 23. A ligao, a conexo entre palavras, frases ou expresses de um texto chama-se coeso. Os elementos que retomam um mesmo referente formam os elos de uma cadeia coesiva. Assinale a opo em que os elementos sublinhados e numerados no formam uma cadeia coesiva. A) O simples fato de que essa "coisa" possua um nome, que a chamemos "montanha", indica que ela , pelo menos, uma "coisapara-ns". B) Pertencemos a uma sociedade cuja religio politesta e cujos deuses so imaginados com formas e sentimentos humanos. C) Somos uma empresa capitalista que pretende explorar minrio de ferro e que descobrimos uma grande jazida numa montanha. D) Compramos a montanha, que, portanto, no uma coisa, mas propriedade privada. Visto que iremos explor-la para obteno de lucros, no uma coisa. E) Sendo propriedade privada capitalista, s existe como tal se for lugar de trabalho. 24. Texto Na construo de um texto, assim como na fala, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor a compreenso do que se l / diz. Esses mecanismos lingsticos que estabelecem a conectividade e a retomada do que foi escrito / dito so os referentes textuais e buscam garantir a coeso textual para que haja coerncia, no s entre os elementos que compem a orao, como tambm entre a seqncia de oraes dentro do texto. Um texto incoerente o que carece de sentido ou o apresenta de forma contraditria. Muitas vezes essa incoerncia resultado do mau uso daqueles elementos de coeso textual. Na organizao de perodos e de pargrafos, um erro no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto. Construdo com os elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal. Levando-se em conta as definies acima numere os trechos, observando a ordem em que devem aparecer para constiturem um texto coeso e coerente, e assinale a resposta correta.

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( ) Em decorrncia dessa atitude de desdm, de rejeio, no ter aparelho televisor, no assistir televiso so marcas de distino intelectual. ( ) Ela a principal difusora de informaes, entretenimento, modismos, comportamentos, valores. ( ) A popularidade da televiso torna-a suspeita aos olhos dos bem pensantes. ( ) Poucos negariam que a influncia da televiso, nas sociedades contemporneas, gigantesca. ( ) Mas a ateno dos acadmicos inversamente proporcional fora dessa difuso. Uma palavra suficiente para entender tal fenmeno: preconceito. (Itens adaptados de Lus Felipe Miguel, Cegueira intelectual, Caderno Pensar, Correio Braziliense, 22/07/2001). a) 2, 4, 3, 5, 1 b) 5, 2, 4, 1, 3 c) 3, 1, 2, 4, 5 d) 4, 3, 2, 1, 5 e) 4, 5, 1, 3, 2 25 Texto A lngua e os nveis da linguagem pertence a todos os membros de uma comunidade e uma entidade viva em constante mutao. Novas palavras so criadas ou assimiladas de outras lnguas, medida que surgem novos hbitos, objetos e conhecimentos. Os dicionrios vo incorporando esses novos vocbulos (neologismos), quando consagrados pelo uso. Atualmente, os veculos de comunicao audiovisual, especialmente os computadores e a internet, tm sido fonte de incontveis neologismos alguns necessrios, porque no havia equivalentes em Portugus; outros dispensveis, porque duplicam palavras existentes na linguagem. O nico critrio para sua integrao na lngua , porm, o seu emprego constante por um nmero considervel de usurios. De fato, quem determina as transformaes lingsticas e os nveis de linguagem o conjunto de usurios, independentemente de quem sejam eles, estejam escrevendo ou falando, uma vez que tanto a lngua escrita quanto a oral apresentam variaes condicionadas por diversos fatores: regionais, sociais, intelectuais etc. Sobre a linguagem e os seus nveis no correto afirmar : a) No se podem classificar os nveis de linguagem como certos ou errados. Ainda que alguns jamais dominem o nvel culto, no deixaro de comunicar-se bem. Outros precisam expressar-se de acordo com um padro lingustico mais elevado devido ao tipo de profisso e ambiente em que vivem. b) O JARGO, por exemplo, a linguagem tpica de um grupo de profissionais que utiliza expresses e siglas prprias, como mdicos, advogados, economistas. Exemplo: Senhor Cliente, o prazo para pagamento do IPVA foi prorrogado at o dia 15 de maio. c) A GRIA uma linguagem especial usada por certos grupos sociais, pertencentes a uma classe ou profisso( estudantes, marginais, surfistas, etc.). O uso de tal linguagem impede que estranhos tomem conhecimento do assunto tratado. Exemplo: Ok! Ento s isso: uma Pepsi e um Xis? - Grias usadas por um motorista de txi que realizava tele-entrega de drogas em Porto Alegre. Pepsi significando cocana e Xis, crack. d) A comunicao lingustica, ou seja, a linguagem se realiza atravs de expresso oral ou escrita. A lngua, por no ser mutvel, apresenta vrios NVEIS, VARIANTES ou MODALIDADES, pois est sujeita ao tempo, espao geogrfico, emissor, receptor, destinatrio, escolaridade, profisso, assunto, ambiente, etc. e) LINGUAGEM a faculdade que o homem tem de expresso e comunicao por meio da fala, da escrita, dos gestos, etc.Cada povo exerce essa capacidade atravs de um determinado cdigo lingustico, isto , utilizando um sistema de signos distintos e significativos denominado LNGUA ou IDIOMA. A lngua , por excelncia, o veculo do conhecimento humano e a base do patrimnio cultural de um povo. 26. A literatura uma das formas de expresso da cultura dos povos e, por isso, guarda ntima relao com os fatos histricos e o lugar onde foi gerada. No Brasil, os modelos literrios foram inicialmente copiados de Portugal para, depois, adquirirem caractersticas prprias. A esse respeito, analise as proposies a seguir, assinalando a incorreta. A) O Barroco representou uma literatura transplantada, com modelos trazidos pelos jesutas. No conseguiu projeo na sociedade incipiente da colnia, tendo repercutido apenas nas provncias da Bahia, de Pernambuco e do Maranho. Destacaram-se, nesse perodo, Gregrio de Matos e Padre Antnio Vieira. B) No sculo XVIII, surgiu o Arcadismo, movimento j com modelos prprios, que buscava a imitao dos clssicos e cuidava em ser simples, racional e inteligvel. Historicamente, coincidiu com a poca em que teve lugar a Inconfidncia Mineira, movimento contra a dominao portuguesa. C) O Romantismo brasileiro nasceu das condies propiciadas pela independncia poltica: novo pblico leitor, instituies universitrias, jornais que fizeram eclodir o nacionalismo ufanista, cujos intrpretes foram os escritores. D) No sculo XIX, por influncia da Revoluo Industrial, surgiu o Realismo, que props uma nova linguagem literria, fundamentada em padres objetivos. Coincidiu com a crise na sociedade agrria e com a circulao de idias republicanas e, paralelamente, antirromnticas. E) Na primeira metade do sculo XX, o Modernismo foi uma tendncia esttica que se caracterizou pela busca de uma expresso nacional. No plano poltico e econmico, o Brasil adotou o projeto neoliberal, marcado pelo enfraquecimento do papel do Estado. No plano da literatura, destacou-se a continuidade da supremacia da forma pela forma. 27. O Romantismo tem como caractersticas, entre outras, o subjetivismo, o individualismo, o sentimentalismo, a imaginao e a fantasia. Esses traos, porm, apesar de dominantes no movimento romntico oitocentista, extrapolam a produo do estilo de poca e se estendem a criaes artsticas de outros momentos histricos.10 LINGUAGENS E CDIGOS

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Preencha os parnteses com V (verdadeira) ou F (falsa), de acordo com a veracidade, e aps assinale a alternativa que apresenta a sequncia correta de preenchimento dos parnteses, de cima para baixo. Texto 1 Boa-noite, Maria! Eu vou-me embora. A lua na janela bate em cheio. Boa-noite, Maria! tarde, tarde No me apertes assim contra o teu seio. Boa-noite! E tu dizes boa-noite. Mas no digas assim por entre beijos... Mas no me digas descobrindo o peito, Mar de amor onde vagam meus desejos... (Castro Alves, Boa-Noite). Texto 2 Os botes da blusa Que voc usava E meio confusa Desabotoava Iam pouco a pouco Me deixando ver No meio de tudo Um pouco de voc (Roberto Carlos, Os seus botes). Texto 3 Quando ele toca em seu corpo, voc quase treme Mas fica toda presa, dentro da coleo De Millus Pome Sonhos tecidos de seda, cantadas de paixo Em preto-e branco e em cores No vaivm elstico, das rendas e dos amores. Voc adora o jeito dele, sedutor Voc faz cime, fala de um f para que ele tome todo seu amor, nas taas graciosas do seu suti. (Publicidade, De Millus. Feito com amor). ( )Os trs textos tm caractersticas romnticas, explorando relaes amorosas, de maneira sensual. Na primeira pessoa do discurso, so textos que expressam as emoes dos autores. ( ) Castro Alves foi o nico poeta do Romantismo a cantar o amor carnal, no o considerando impossvel de realizar, como em Gonalves Dias (Ainda uma vez, adeus), nem o sublimando com a morte prxima, como em lvares de Azevedo (Se eu morresse amanh). ( ) Os textos 1 e 2 aproximam-se pela delicadeza com que tratam o tema, sendo que o texto II, pela sua natureza de cano popular, tem uma linguagem coloquial e despojada de recursos poticos mais sofisticados. ( ) O texto 3, como texto publicitrio, embora tenha caractersticas romnticas, construdo com finalidades diferentes da literria. A funo dominante no esttica, mas persuasiva, seduzindo o(a) leitor(a) com a forma como conduz a mensagem. ( ) Comparando os trs textos, percebe-se que o terceiro utiliza com maior frequncia o recurso de metforas: vaivm elstico das rendas e dos amores, tome seu amor, nas taas graciosas do seu suti. A) F V V - V. B) V V F F. C) V V V F. D) F V F V. E) F F F V. 28. A escravido africana atravessou toda a vida colonial brasileira, alcanando o tempo do Imprio. Vrios autores a ela se referiram, de acordo com suas ideias e o movimento literrio a que pertenciam. A partir dos textos transcritos abaixo, analise as proposies que se seguem. Texto 1 A escravido levou consigo ofcios e aparelhos, como ter sucedido a outras instituies sociais. Um deles era o ferro ao pescoo, outro o ferro ao p; havia tambm a mscara de folha de flandres (...) para que os escravos perdessem o vcio da embriaguez, por lhes tapar a boca. Tinha s trs buracos, dous para ver, um para respirar, e era fechada por um cadeado. (Machado de Assis, Pai contra Me). Texto 2 Bem mais feliz que a nossa a gerao desses pirralhos que andam agora por a (...) Esses meninos nunca viram um escravo. Quando crescerem, nunca sabero que j houve, no Brasil, uma raa triste, voltada escravido e ao desespero. Vero nos museus a coleo hedionda dos troncos e tero notcias dos trgicos horrores de uma poca maldita.LINGUAGENS E CDIGOS 11

SIMULADO - ENEM (Olavo Bilac, A escravido). Texto 3 Era um sonho dantesco (...) o tombadilho que das luzernas avermelha o brilho em sangue a se banhar tinir de ferros (...) estalar de aoites Legies de homens negros como a noite, Horrendos a danar. (Castro Alves, Navio Negreiro).

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I- Realista, Machado de Assis coloca, de forma objetiva, os detalhes cruis dos castigos dos escravos. A emoo do leitor provm da descrio dos instrumentos, numa linguagem sem adjetivao nem apelos sentimentais. II- Olavo Bilac, parnasiano, rejubila-se com o fim da escravido, mas o faz sem ufanismo, numa linguagem erudita, que chama a ateno muito mais para si do que para o tema de que trata. III- Castro Alves, romntico, envolvido com as causas libertrias, escreve um libelo, em tom subjetivo e condoreiro, contra o horror da escravido, de sugesto visual e auditiva. IV- O texto 1, de Machado de Assis, um abolicionista, contemporneo da escravido, tema que foi abordado com frequncia pelo escritor, em romances e contos que denunciavam essa injustia social. V- Mais do que a questo humanitria envolvendo a crtica escravido, os trs textos refletem o af desses escritores em ver, com a abolio da escravatura, a prtica de uma economia liberal. Quais esto corretas? A) Apenas I e II. B) Apenas II e III. C) Apenas I e III. D) Apenas I, III e V. E) I, II, III, IV e V. 29. Toda produo literria se vincula vida polticoeconmica do pas em que se insere. Sobre os movimentos literrios brasileiros at o incio de sculo XX, pode ser observado o seguinte. I- Nos primeiros sculos do Brasil colonial, o centro literrio localizou-se no mbito do poder poltico e financeiro do pas. As atividades literrias iniciaram-se no Nordeste canavieiro, Pernambuco e Bahia, cuja atividade econmica fazia do Estado uma sociedade composta de senhores de engenho, escravos e agregados. II- No sculo XVIII, a produo literria deslocouse para Vila Rica - Minas Gerais, quando as atividades de minerao passaram a ser de interesse da coroa. A alterao significativa na estrutura da sociedade colonial brasileira acontece junto com o desenvolvimento urbano. III- Com a vinda da famlia real para o Rio de Janeiro, em 1808, a regio passa a ser sede da corte e, em seguida, capital do Imprio, tornando-se centro do poder poltico e, ao mesmo tempo, da criao e difuso literria nacional. IV- No ltimo quartel do sculo XIX, o mercado estrangeiro exerce influncia sobre a crise do Imprio e sobre o regime escravocrata, ento, vigente. As atividades literrias assimilaram a postura cientificista europeia, com um olhar mais realista sobre a crise dos valores da sociedade burguesa e sobre os desequilbrios sociais da nao. V- Nos vinte primeiros anos do sculo XX, a Repblica do Brasil foi marcada pela monocultura do caf e pela consolidao das elites oligrquicas. A revolta tenentista e outros sinais da crise do sistema poltico ensejaram a produo de uma literatura mais crtica e engajada com os problemas nacionais. Quais esto corretas? A) Apenas I e II. B) Apenas II e III. C) Apenas I e III. D) Apenas I, III e V. E) I, II, III, IV e V.

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nibus Incendiado: Em cinco dias de vandalismo, os criminosos destruram dezesseis desses veculos e dez bases policiais. Em setembro do de 2009, a revista Veja publicou uma matria cujo ttulo est abaixo transcrito, junto com o subttulo e o incio do texto: Triste Bahia Uma onda de terror em Salvador expe o descalabro da segurana pblica no estado. At poucos tempos atrs a Bahia s dava boas notcias. (...) Agora, sua economia cresce menos que a do Nordeste e perde investimentos para os vizinhos. (Revista Veja, 16/09/2009, p.80) O ttulo da matria da Revista coincide com o ttulo de um poema de Gregrio de Matos; ou seja, o autor da matria parece estabelecer um dilogo intertextual com o poema de Gregrio de Matos: Triste Bahia. Triste Bahia! quo dessemelhante Ests e estou do nosso antigo estado! Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, Rica te vi eu j, tu a mi abundante (Gregrio de Matos) Com base nesse aspecto e em outros recursos constitutivos dos dois textos, assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmaes abaixo. ( )Os ttulos homlogos nos levam a crer que a literatura faz parte do acervo de uma comunidade cultural, inserida na memria coletiva, e pode ser retomada para validar uma afirmao no literria, relativa a um problema social. ( ) A relao intertextual que se pode estabelecer entre os dois textos contribui para estimular a memria cultural do leitor e instigar a sua capacidade crtica. ( ) Sem identificar o intertexto literrio, o leitor no capaz de compreender o sentido expresso na matria jornalstica, j que essa se estrutura plenamente com base na relao intertextual. ( )O dilogo possvel entre os dois textos um fenmeno que tambm ocorre no caso da letra de Caetano Veloso, a qual modifica e atualiza os versos finais do poema seiscentista: Triste, oh, quo dessemelhante, triste/Pastinha j foi frica/Pastinha j foi frica/Pra mostrar capoeira do Brasil. ( )Por estabelecer um dilogo com o poema de Gregrio de Matos, um poeta seiscentista, o texto jornalstico assimila o estilo do outro e finda por tambm constituir-se em um texto de traos estticos barrocos. A sequncia correta de preenchimento dos parnteses, de cima para baixo, A) B) C) D) E) V F V F V. F F V F F. V V F V F. F V F V F. V F V F F.

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31. Com o surgimento da Imprensa e a modernizao da sociedade e dos costumes, o direito educao foi-se popularizando, e as mulheres foram aprendendo a ler, criando um novo pblico consumidor desta nova mercadoria: o livro, entendido como objeto de entretenimento da burguesia. Considere a imagem e os textos abaixo e a esse respeito, analise as proposies a seguir, assinalando a incorreta.

(J. R. Ferreira, Capitu). Durante seis meses, aos quinze anos, Ema sujou as mos no p dos velhos gabinetes de leitura. Levava sempre algum romance no bolso do avental, e devorava captulos inteiros nas horas vagas. Eram s amores, amantes, damas perseguidas, florestas sombrias, perturbaes do corao, juramentos, soluos, lgrimas e beijos, cavaleiros bravos como lees e mansos como cordeiros, virtuosos como j no h, sempre bem postos e chorando como chafarizes. (Gustave Flaubert, Madame Bovary). Ia encontrar Baslio no Paraso pela primeira vez. E estava muito nervosa. Mas ao mesmo tempo uma curiosidade intensa, mltipla, impelia-a, com um estremecimentozinho de prazer! Ia, enfim, ter ela prpria aquela aventura que lera tantas vezes nos romances amorosos! Era uma nova forma do amor que ia experimentar, sensaes excepcionais! Havia tudo a casinha misteriosa, o segredo ilegtimo, todas as palpitaes do perigo! Conhecia o gosto de Baslio, e o Paraso decerto era como nos romances de Paulo Fval. (Ea de Queirs, O primo Baslio). A leitora, que minha amiga e abriu este livro com o fim de descansar da cavatina de ontem para a valsa de hoje, quer fech-lo s pressas ao ver que beiramos um abismo. No faa isso, querida; eu mudo de rumo. (Machado de Assis, Dom Casmurro). A) Os trechos dos trs romances citados evidenciam a presena da mulher como leitora, seja representada no enredo, como Ema e Lusa, seja como interlocutora do narrador, no romance de Machado. B) O fato de o pintor J. R. Ferreira visualizar a personagem Capitu com um livro nas mos mostra que ele atentou para a importncia da mulher leitora no contexto da produo e da recepo da literatura no sculo XIX. C) Os trechos citados mostram que Flaubert e Ea atacam, no mbito do enredo de seus romances realistas, o sentimentalismo e o escapismo da literatura romntica, responsabilizando os vcios do Romantismo pelo desvio moral das jovens. D) Tanto ao retratar as personagens literrias quanto ao se dirigir s leitoras, os escritores realistas citados enfatizam o importante papel da leitura de romances no desenvolvimento da mentalidade crtica das jovens da poca. E) A ironia com que Machado se dirige sua leitora denuncia o desinteresse das jovens da poca pelos enredos que no se prestassem apenas ao lazer e distrao.

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32. Em 1930, inaugura-se na cultura brasileira uma nova tendncia: o realismo regionalista de carter social, com produes literrias e artsticas comprometidas com a problemtica nordestina: a seca, as instituies arcaicas, a corrupo, o coronelismo, o latifndio, a explorao de mo de obra, o misticismo fanatizante e os contrastes sociais. Considere as imagens e os textos abaixo e analise as questes a seguir.

(Candido Portinari, Os retirantes). Desde que estou retirando s a morte vejo ativa, s a morte deparei e s vezes at festiva; s morte tenho encontrado quem pensava encontrar vida, e o pouco que no foi morte foi de vida severina (aquela vida que menos vivida que defendida, e ainda mais severina para o homem que retira). (Joo Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina).

(Cena do filme Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos) A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O vo negro dos urubus fazia crculos altos em redor de bichos moribundos. Anda, excomungado. O pirralho no se mexeu, e Fabiano desejou mat-lo. Tinha o corao grosso, queria responsabilizar algum pela sua desgraa.LINGUAGENS E CDIGOS 15

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A obstinao da criana irritava-o. Certamente esse obstculo mido no era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, no sabia onde. (Graciliano Ramos, Vidas Secas). I- A pintura de Portinari, o cinema de Nelson Pereira dos Santos, a poesia de Joo Cabral de Melo Neto e a prosa de Graciliano Ramos comungam com os princpios do movimento regionalista de 1930: registrar e denunciar as precrias condies de vida no serto. II- Nestas produes, os nordestinos so considerados como sujeitos eleitos por uma fora superior e destinados a enfrentar os obstculos e as agruras da vida. III- Como se depreende das imagens ou dos textos acima, o sertanejo retratado como fraco, doente, ignorante, dependente e condenado irremediavelmente pelas condies em que se encontra. IV- As imagens plsticas e literrias criadas pelos artistas citados definem o povo nordestino pelo que ele e no pelo que lhe falta ter. Quais esto corretas? A) Apenas a I e II. B) Apenas a I e III. C) Apenas a II e III. D) Apenas II e IV. E) I, III e IV. 33. Nem sempre os retratos do serto e do Nordeste nas artes comungam com o iderio regionalista de 1930. Leia os textos e analise as afirmaes a seguir. O ltimo pau-de-arara A vida aqui s ruim Quando no chove no cho Mas se chover d de tudo Comida tem de poro Tomara que chova logo Tomara meu Deus tomara S deixo meu Cariri No ltimo pau-de-arara Enquanto a minha vaquinha Tiver um corinho no osso E puder com um chocalho Pendurado no pescoo Eu vou ficando por aqui Que Deus do cu me ajude Quem foge terra natal Em outros cantos no pra S deixo meu Cariri No ltimo pau-de-arara. (Venncio, Corumba e J. Guimares)

(Cena de Central do Brasil, de Walter Salles Jr.) Central do Brasil" comea na maior estao de trens do Rio de Janeiro - local de chegada dos trabalhadores da periferia ao centro, muitos deles retirantes nordestinos em busca de uma oportunidade na cidade grande - para, num segundo movimento, ganhar a estrada em direo ao nordeste: uma viagem inicitica que se desloca pouco a pouco para o centro do pas. A primeira parte do filme, urbana, foi pensada para transmitir uma sensao de claustrofobia: o fluxo de pessoas na Central contnuo, desumanizado. como se no houvesse possibilidade para a carioca Dora escapar deste crculo vicioso, ou como se o menino Josu no pudesse sobreviver a ele. No h horizonte neste mundo, no h cu, apenas a presena constante do concreto. medida que o filme toma a estrada, as lentes se tornam paulatinamente mais abertas, a imagem respira, ganha horizonte e novas cores. como se uma nova16 LINGUAGENS E CDIGOS

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geografia invadisse o mundo at ento monocromtico da Central. A transio entre um universo e outro ajudada pelos tons ocres da terra seca do Nordeste. Graas a esta escolha de lentes e invaso de novas cores, tenta-se dar a impresso de que Dora passa a olhar para o outro. Confrontada com o desconhecido, Dora no detm mais o poder sobre o destino das pessoas (mandar ou no as cartas). Ela passa a ser pouco a pouco transformada por este novo mundo e pelos personagens que encontra no caminho. Josu tambm comea a descobrir um outro universo. Para ele, a jornada ainda mais emblemtica; o retorno terra que no conheceu, o retorno a uma taca imaginada e desconhecida para ele. (Sinopse do filme Central do Brasil, no site oficial http://www.centraldobrasil.com.br.). Preencha os parnteses com V (verdadeira) ou F (falsa), de acordo com a veracidade, e aps assinale a alternativa que apresenta a sequncia correta de preenchimento dos parnteses, de cima para baixo. ( )Tanto a cano quanto o filme de Walter Salles Jr., pelo que se l da sinopse, apostam num Nordeste ntimo, particular e, ao mesmo tempo, aberto a transformaes. ( )Apesar de conscientes dos problemas sazonais enfrentados no serto, os compositores revelam que a regio tambm tem seu tempo de beleza e de fartura, e que a fuga de sua terra a ltima opo do sertanejo. ( )Ao enfatizar positivamente o movimento de retorno ao serto na figura de uma criana, Walter Salles Jr. sugere uma expectativa diferente daquelas propostas pelo iderio regionalista de 1930. ( )Pelo que se depreende da sinopse, o filme Central do Brasil prope a necessidade de mudana no olhar da cultura dita desenvolvida e urbana sobre o espao regional nordestino. ( )De acordo com a sinopse, o filme Central do Brasil dialoga com o gnero pico, transformando a viagem de retorno do retirante nordestino numa experincia inicitica. A) B) C) D) E) V F V F V. F V V F V. V V F V F. F V F V F. V V V V V.

34. Segundo Ariano Suassuna, o Movimento Armorial teve como objetivo criar uma arte erudita, fundindo referncias da cultura europeia, sobretudo medieval, a elementos da cultura popular do nordeste brasileiro. Considere a imagem, o texto abaixo, bem como a produo artstica do autor, e analise as observaes a seguir.

(Lpide: Final a Descoberto. Iluminogravura de Ariano Suassuna) Lpide: final a descoberto Quando eu morrer no soltem meu Cavalo nas pedras do meu Pasto incendiado: fustiguem-lhe seu Dorso alanceado, Com a Espora de ouro, at mat-lo. Um dos meus Filhos deve cavalg-lo, numa Sela de couro esverdeado, que arraste, pelo Cho pedroso e parado,LINGUAGENS E CDIGOS 17

SIMULADO - ENEM chapas de Cobre, sinos e Badalos. Assim, com o Raio e o Cobre percutido, tropel de Cascos, sangue do Castanho, talvez se finja o Som de ouro fundido, que, em vo Sangue insensato e vagabundo tentei forjar, no meu Cantar estranho, tez da minha Fera e ao sol do Mundo. (Ariano Suassuna, Sonetos de Albano Cervonegro).

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I- Ariano Suassuna sempre procurou realizar em suas obras os fundamentos de uma arte armorial. No teatro, essa questo est presente, inclusive, no Auto da Compadecida, que, desde a epgrafe, faz meno aos folhetos de cordel, por exemplo. II- Tanto na iluminogravura quanto no soneto, particularmente, o tema central metalingstico, ou seja, os textos verbal e noverbal tratam das condies de produo artstica, fazendo crer que o armorialismo cultiva a arte pela arte. III- Formado a partir da fuso das palavras iluminura e gravura, o termo iluminogravura designa um objeto artstico, ao mesmo tempo remoto e atual, que alia as tcnicas da iluminura medieval aos modernos processos de gravao em papel. IV- No soneto, o eu-lrico se revela, ao final de sua vida, insatisfeito e muito deprimido devido aos resultados alcanados com o seu projeto artstico. V- O soneto Lpide transfigura o cenrio vulgar do serto nordestino - com o vaqueiro em seu cavalo num pasto rido - numa cena repleta do brilho e da nobreza que cercam a temtica das novelas de cavalaria medievais europeias. Quais esto corretas? A) Apenas I e II. B) Apenas I, II e IV. C) Apenas I, III e V. D) Apenas II, III e IV. E) I, II, III, IV e V. Para responder s questes de 10 e 11, leia o poema a seguir, extrado da obra Estrela da Manh, de autoria de Manuel Bandeira:

Trem de Ferro01 Caf com po 02 Caf com po 03 Caf com po 04 Virgem Maria que foi isto maquinista? 05 Agora sim 06 Caf com po 07 Agora sim 08 Voa, fumaa 09 Corre, cerca 10 Ai seu foguista 11 Bota fogo 12 Na fornalha 13 Que eu preciso 14 Muita fora 15 Muita fora 16 Muita fora 17 O... 18 Foge, bicho 19 Foge, povo 20 Passa ponte 21 Passa poste 22 Passa pasto 23 Passa boi 24 Passa boiada 25 Passa galho 26 De ingazeira 27 Debruada

28 No riacho 29 Que vontade 30 De cantar! 31 O... 32 Quando me prendero 33 No canavi 34 Cada p de cana 35 Era um ofici 36 O... 37 Menina bonita 38 Do vestido verde 39 Me d tua boca 40 Para mat minha sede 41 O... 42 Vou mimbora 43 vou mimbora 44 No gosto daqui 45 Nasci no serto 46 Sou de Ouricuri 47 O... 48 Vou depressa 49 Vou correndo 50 Vou na toda 51 Que s levo 52 Pouca gente 53 Pouca gente 54 Pouca gente...

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35. A respeito do trecho Passa ponte, Passa poste, Passa pasto, Passa boi, Passa boiada, Passa galho.. (versos 20 a 25) julgue as afirmaes a seguir: I - A aliterao, com repetio enftica dos fonemas p e s, d noo imediata dos sons produzidos pelo trem; II - A repetio do verbo passar refora a noo de velocidade e repetio dos rudos do trem; III - A repetio do verbo passar no incio dos versos constitui uma figura de linguagem conhecida como anfora. Est (o) correta (s) a(s) afirmao (es): A) I, II e III; B) I e II; C) I e III; D) II e III; E) I. 36. Em Quando me prendero no canavi cada p de cana era um ofici (versos 32, 33, 34 e 35) percebe-se que: A) O poeta no tem preocupaes com a linguagem culta, pois obrigatoriamente precisa ser contestador, j que essa uma caracterstica modernista; B) O poeta no tem preocupaes com a norma culta simplesmente pelo fato de desprez-la ou desconhec-la; C) As transgresses norma culta do-se para que a representao pretendida pelo poeta do viajante do trem seja a mais fidedigna possvel, inclusive no modo de falar; D) O coloquialismo visto na linguagem a caracterstica mais marcante da obra de Manuel Bandeira, poeta que s aborda temticas rurais, sobretudo na obra Estrela da Manh; E) O trecho citado um exemplo clarssimo de linguagem erudita. 37. O texto apresenta uma proposio e uma razo separadas pela palavra PORQUE. O Indianismo de Jos de Alencar, concebido em termos romnticos, apresentava o ndio como smbolo de nossa independncia espiritual, social e econmica PORQUE se baseava, para as imagens e caracterizao moral e psicolgica do ndio, em dados puramente reais e antropolgicos. Leia atentamente e assinale a alternativa correta : a) a proposio uma afirmativa verdadeira, mas a razo uma afirmativa falsa; b) a proposio uma afirmativa falsa, mas a razo uma afirmativa verdadeira; c) a proposio e a razo so afirmativas verdadeiras, mas a razo no causa da proposio; d) a proposio e a razo so afirmativas falsas; e) a proposio e a razo so afirmativas verdadeiras, e a razo realmente causa da proposio. 38. Leia os quatro textos que seguem. TEXTO 1 Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infncia querida, Que os anos no trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras sombra das bananeiras Debaixo dos laranjais! (Casimiro de Abreu)

TEXTO 2 Oh que saudades que eu tenho Da aurora de minha vida Das horas De minha infncia Que os anos no trazem mais Naquele quintal de terra! Da Rua de Santo Antnio Debaixo da bananeira Sem nenhum laranjais (Oswald de Andrade)LINGUAGENS E CDIGOS 19

SIMULADO - ENEM TEXTO 3 O chi sodades che io tegno D'aquillo gustoso tempigno Ch'io satava o tempo intirigno Brincando c'oas mulecada. Che brutta insgugliamba, Che troa, che bringadra, Imbaxo das bananra, Na sombra dus bambuz. (Ju Bananere)

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TEXTO 4 Ai que saudades eu tenho Dos meus doze anos Que saudade ingrata Dar banda por a Fazendo grandes planos E chutando lata Trocando figurinha Matando passarinho Colecionando minhoca Jogando muito boto Rodopiando pio Fazendo troca-troca (Chico Buarque)

Levando em conta que o TEXTO 1, dos quatro textos, foi o primeiro a ser criado, marque a opo com a afirmativa incorreta. a) O tom jocoso dos TEXTOS 3 e 4 apresenta uma conquista desenvolvida ao longo da modernidade literria: o humor. b) A coerncia temtica dos quatro textos (saudosismo) revela a aceitao de todos os valores romnticos por parte de autores contemporneos. c) O TEXTO 3 apresenta uma tentativa de reproduzir o portugus macarrnico dos imigrantes italianos. d) Os TEXTOS 2, 3 e 4 podem ser considerados pardias do TEXTO 1. e) O saudosismo pueril do TEXTO 1 ironizado por Chico Buarque no TEXTO 4, que apresenta uma fase da vida de quebra da inocncia. Instruo: a questo de nmero 39 refere-se aos texto que seguem.

TEXTO 1 CANO DO EXLIO Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabi; As aves que aqui gorjeiam, No gorjeiam como l. Nosso cu tem mais estrelas, Nossas vrzeas tm mais flores, Nossos bosques tm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, noite, Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabi; Minha terra tem primores, Que tais no encontro eu c; Em cismar sozinho , noite Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o sabi. No permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para l; Sem que desfrute os primores Que no encontro por c; Sem qu'inda aviste as palmeiras Onde canta o sabi.

DIAS, Antonio Gonalves. Poesia completa e prosa escolhida. Rio de Janeiro: Jos Aguilar, 1959, p.103

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SIMULADO - ENEM TEXTO II

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PAIVA, Miguel & SCHWARCZ, Lilia. Da colnia ao Imprio. Um Brasil para ingls ver.... So Paulo: Brasiliense, 1987, p. 11 39. Nos textos I e II, h um distanciamento da terra natal. Assinale a alternativa que no corresponde aos textos. a)No texto II, h a referncia chegada do colonizador, miscigenao do branco com o negro e explorao da terra. b)No texto II, os elementos caracterizadores da terra natal da personagem encontram-se na expresso lingstica, nos trajes e no meio de transporte. c)As terras natais do personagem do texto II e do eu-lrico do texto I so diferentes. d)Nos textos I e II, h o reconhecimento de que a terra estrangeira prdiga e prazerosa. e)A terceira estrofe do texto I e a ltima orao do texto II traduzem sentimentos distintos. 40. Leia o que Jlio Csar de Barros editou para o Veja essa, da revista Veja: Seja o que Deus quiser. Manchete do jornal argentino pgina 12, no dia da reabertura dos bancos com cmbio liberado, aps uma semana de feriado bancrio (Veja, ano 25, no.18, 08/05/2002, p.34). S Deus pode me aposentar. Romeu Tuma, senador (PFL-SP), afastando a hiptese de desistir da candidatura prefeitura de So Paulo, depois que seu nome apareceu na fita do juiz Lau-Lau. Agora, leia o soneto de Gregrio de Matos: Isto, que ouo chamar por todo o mundo Fortuna, de uns cruel, d'outra mpia, no rigor da boa teologia Providncia de Deus alto, e profundo.LINGUAGENS E CDIGOS 21

SIMULADO - ENEM Vai-se com o temporal a Nau ao fundo Carregada de rica mercancia, Queixa-se da Fortuna, que a envia, E eu sei, que a submergiu Deus iracundo. Mas se faz tudo a alta Providncia De Deus, como reparte justamente culpa bens, e males inocncia/ No sou to perspicaz, nem to ciente, Que explique arcanos d'alta inteligncia, S vos lembro, que Deus, o providente.

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Tanto a manchete do jornal argentino quanto o comentrio de Romeu Tuma declaram que s Deus tem o poder de determinar o futuro do homem. J o poema se refere a critrios divinos em que pecadores so premiados e inocentes so castigados, o que pode ser melhor identificado no(s) a) 1o. quarteto. b) 2o. quarteto. c) 1o. terceto. d) 1o. quarteto e 2o. terceto. e) 2o. quarteto e 2o. terceto. Food We Can Trust 1There are few things more essential to our 2-every day lives than food. More and more people are 3-asking themselves whether they can trust the 4-food they eat. We are told that the chemicals, 5-growth hormones and antibiotics the food industry 6-adds to our food are a sign of progress. We are told 7-that those of us who are concerned about 8-genetically modified (GM) foods are anti-progress. 9The Green Party believes Real Progress 10-means real food; food we can trust. We want a GMfree 11-Britain. In the last decade the amount of 12-organic food produced in Europe has gone up by five 13-times, but British farmers lag far behind even 14-though we are one of the biggest markets for 15-organic products. 16Less than half of the organic food we eat is 17-home-grown. Real Progress means encouraging 18-Britain's food producers to meet the demand for 19-natural food in this country. That could mean 20-40,000 extra jobs for our rural and farming 21-communities. 22British Greens in the European Parliament 23-played a key role in making sure that all food with 24-any GM links is properly labeled so you can choose 25-whether or not to buy it. (The Green Party, BBC Issues, 15/11/2005) 41. The Green Party in Britain aims at a) growing factory production. b) encouraging Britain's food producers to grow organic food. c) making great progress in food industry. d) intensifying the labor market. e) developing genetically modified foods. 42. To the European Green Party, real progress is linked to a) genetically modified foods. b) intensive factory production. c) non-organic production. d) local development. e) natural food.

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SIMULADO - ENEM 43. The pronoun themselves, in line 03, refers to a) things. b) lives. c) people. d) food. e) chemicals. 44. The verb gone up, in line 12, is closest in meaning to a) increased. b) reduced. c) produced. d) failed. e) eaten. 45. The word concerned, in line 07, could best be replaced by: a) trustful. b) experienced. c) produced. d) worried. e) considered. 46. O nico par cuja forma verbal simples no sinnima da forma composta : a) get up arise b) come in - enter c) turn on - end d) put up with - tolerate e)let down - disappoint

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47. Analise o trecho abaixo e assinale a nica das palavras sublinhadas a qual no funciona como modificador de substantivo : A new generation of federal prosecutors, an unfettered press and special anticorruption courts have all declared war against thieves in high places. (Ls.26-27). a) federal b) unfettered c) special d) declared e) high 48. No grau normal, os adjetivos sublinhados em Latin America's biggest and wealthiest city (Ls. 10-11) tm as seguintes formas : a) bigg wealth b) big wealth e) Biggest- wealther c) bigge- wealthy d) big wealthy 49. What have you done? I ___________-the window. a) just shutted b) have just open c) already shut d) have just shut e) have ever shut 50. The man __________ name I have forgotten looks like you. a) that b) of which c) whom d) who e) whose

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SIMULADO - ENEM A Unique Country 1-Having an entire nation obsessed with 2-football and, by extension, winning the World Cup, 3-has developed a degree of self-fulfillment. 4Brazil is a big country 183m people and, 5-that is a lot of potential footballers, especially when, 6-as Parreira says, the whole of Brazil is playing the 7-game. But, for some in Brazil, football is more than 8-just a game. It is, says journalist Lito Cavalcanti, a 9-life solution. 10Many of Brazil's greatest footballers grew 11-up in favelas the shanty towns in its sprawling 12-cities. Here, life is hard, and football offers an 13-escape from the crippling poverty. It is the only 14-way out of misery, says Cavalcanti. The lower 15-classes have no effective schooling. They live in 16-favelas where drug dealers control their lives. Sport 17-is the only way out, and in Brazil football is the only 18-sport people care about. 19What makes them so good? Necessity. It's 20-the only life they have ahead of them. That is their 21-drive. (BBC News, World Cup 2006, 23 May, 2006) As questes de nmeros 1 a 5 esto relacionadas ao texto. 51.What does the passage mainly discuss? a) People live in favelas. b) The importance of football for Brazilians. c) Football as being just a game. d) People live in poverty. e) Brazil won many World Cups. 52.The pronoun they, in line 15, refers to a) the lower classes. b) favelas. c) drug dealers. d) people. e) football players. 53.The superlative greatest, in line 10, could best be replaced by a) strong. b) few. c) least. d) earliest. e) best. 54. The pronoun It, in line 13, refers to a) misery. b) life. c) football. d) towns. e) poverty.

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55. Assinale a alternativa em que um dos elementos do trio no se relaciona com os outros da mesma forma como se d a relao nos demais casos. a) wanted (L.1) want wants b) journeyed (L.2) journey journeys c) came (L.4) come comes d) could (L.4) can cans e) boomed (L.6) boom booms

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SIMULADO - ENEM OVIEDO, CAPITAL MUNDIAL DE LA CULTURA

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01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

Si hay una ciudad comprometida con el 02 arte y la cultura, esa es Oviedo. A la esplendorosa vidriera internacional que son los prestigiosos Premios Prncipe de Asturias, que este ao celebran su 25 aniversario, hay que sumar acontecimientos de primer orden, como la Temporada de pera o la constante celebracin de importantes eventos en el Auditorio Prncipe Felipe. Adems la UNESCO ha declarado a la ciudad asturiana Capital Mundial de la cultura. Para celebrarlo, todos los premiados con el Prncipe de Asturias a lo largo de su cuarto siglo de vida volvern a visitar las calles ovetenses. Oviedo respira cultura por los cuatro costados: en sus magnificas libreras, en sus exigentes galeras de arte, en sus calles emblemticas presididas por esculturas de rculo o Botero, en su amor incondicional por todas y cada una de las artes. Todas estas realidades, a las que habrn que sumar a medio plazo los beneficios del Palacio de Congresos, diseado por Santiago Calatrava, o el Museo de los Premios Prncipe de Asturias, encargado a Oscar Niemeyer, hablan por s solas de la pujanza de una ciudad que sin dar la espalda a su rico pasado, afronta el futuro con las alforjas bien llenas de ilusiones, imaginacin y creatividad. Una ciudad donde las paredes pueden hablar sin parar de una memoria frtil e intensa. El patrimonio monumental de Oviedo fue declarado Patrimonio de la Humanidad por la UNESCO. Toda una invitacin a un paseo lento y atento por rincones donde se respira historia de piedra viva. Oviedo es un lugar mtico de paso para los peregrinos que desean hacer el camino de Santiago por la ruta interior para visitar la baslica de San Salvador, como bien refleja LaLINGUAGENS E CDIGOS 05

SIMULADO - ENEM 41 mxima que quien va a Santiago y no al 42 Salvador, visita al criado y deja al Seor. El 43 patrimonio artstico ovetense empapa el 44 espritu de la ciudad. Son muchos los 45 rincones dedicados a preservarlo y exponerlo. 46 El Museo Diocesano de la Catedral da cobijo 47 al Santo Sudario, la Cruz de los ngeles y la 48 de la Victoria. 49 El museo Arqueolgico permite un 50 asombroso viaje en el tiempo para conocer 51 las primitivas culturas de antao que 52 habitaron las tierras asturianas, mientras que 53 el Museo de Bellas Artes cuelga en sus 54 paredes deslumbrantes colecciones de 55 pintura y escultura de los artistas ms 56 importantes del principado. Propuestas 57 municipales, como el Centro de Arte Ciudad 58 de Oviedo o el Caf Espaol, ms diversas y 59 constantes exposiciones de entidades 60 privadas, garantizan una presencia 61 permanente del arte en el da a da de la 62 ciudad. (ACWorld Magazine, n 6, verano 2005, p.14 -17 Texto Adaptado) 56. En conformidad con el texto que habla sobre la Ciudad de Oviedo, Espaa, se puede afirmar que

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a) Oviedo es la nica ciudad espaola declarada, por la UNESCO, patrimonio de la humanidad. b) La Temporada de pera y la ocurrencia de otros eventos culturales muestran que Oviedo est muy involucrada con la cultura y el arte. c) El Premio Prncipe de Asturias se les da a los escultures espaoles. d) El Palacio de Congresos es la obra del arquitecto brasileo, Niemeyer. e) La ciudad de Oviedo posee una historia cultural retractada en el Museo de los Premios Prncipe de Asturias. 57. Acerca del texto, analice las afirmaciones a continuacin y coloque V para las que son verdaderas y F para las que son falsas. ( ( ( ) El pronombre lo en celebrarlo l.11 hace referencia al vigsimo quinto aniversario del Premio Prncipe de Asturias. ) El pronombre lo en preservarlo l.45 se refiere al patrimonio artstico ovetense l.43. ) El pronombre la en la de l.47 y 48 est presente en la oracin para sustituir la palabra Cruz l. 47.

Marque la alternativa que rellena correctamente los parntesis anteriores a) F V V b) V V V c) F F V d) V F F e) V V F 58. Entre el idioma espaol y el portugus hay muchsimas diferencias, pero se sabe que a la vez son bastante parecidos. Los trminos adems l. 09 y como l.40 son traducidos, sin prdida del sentido en el texto, por a) alm disso e conforme b) assim e bem como c) por isso e assim como d) apesar disso e segundo e) com isso e de acordo 59. La traduccin correcta para las palabras espalda l. 27 y rincones l.35 es a) importncia y esquinas b) valor e recantos c) costas e recantos d) importncia e cantos e) valor e esquinas 60. La palabra sinnimo se aplica a los vocablos o expresiones que tienen una misma o muy parecida significacin: podramos dar como ejemplo las palabras "esposos" y "cnyuges" son trminos sinnimos. Basndose en este dato analice las afirmaciones a continuacin y marque V para las que son verdaderas y F para las que son falsas.

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SIMULADO - ENEM ( ( ( ) El trmino empapa l.43 puede sustituirse por impregna sin prdida de sentido contextual. ) La expresin de antao l. 51 puede sustituirse por antiguas sin prdida de sentido en el texto. ) El vocablo cuelga l. 53 se lo puede sustituir por expone.

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La alternativa que rellena correctamente los parntesis es a) V F F b) F V F c) V V F d) V V V e) F F V 61. En espaol son distintas las normas que rigen la acentuacin. Para cada caso se utiliza una situacin distinta. Una de las alternativas a continuacin presenta todas palabras acentuadas por distintas reglas. Cul es? a) Prncipe l.04, adems l.09, libreras l.16 b) Emblemticas l.17, Prncipe l.04, mtico l.37 c) S l.26, Arqueolgico l.49, ms l.55 d) Invitacin l.34, mxima l.41, habrn l.21 e) Frtil l.31, da l.61, caf l.58 62. Segn el texto, coloque V para las afirmaciones verdaderas y F para las falsas, ( ) El Caf Espaol y el Centro de Arte de la Ciudad de Oviedo son iniciativas de la intendencia para acoger en arte en la ciudad. ( ) Causan miedo ciertas piezas que estn expuestas en el Mueso antropolgico ( ) Las paredes del mueso de Bellas artes son, cubiertas de replicas de los pintores ms importantes del principado. La alternativa que rellena correctamente los parntesis es a) F V F b) F V V c) V V F d) V F V e) V F F 63. Categora gramatical (o parte de la oracin o categora morfosintctica) es una antigua clasificacin de las palabras segn su tipo, en la gramtica espaola el trmino es introducido por Antonio de Nebrija. Modernamente el trmino categora gramatical se refiere a una variable lingstica que puede tomar diferentes valores que condicionan la forma morfolgica concreta de una palabra mucho ms general que el uso tradicional del trmino. Cul de las alternativas a continuacin la palabra subrayada es de diferente clase gramatical de las dems. a) dedicados a preservarlo y exponerlo l.45 b) las tierras asturianas, mientras que el Museo l. 52 y 53 c) o el Museo de los Premios Prncipe l.24 d) por la ruta interior para visitar la l.39 e) ciudad que sin dar la espalda a su rico l.27 64. El gnero en espaol se define como accidente gramatical que indica el sexo y que hoy clasifica los sustantivos, adjetivos, pronombres y artculos en masculino, femenino y neutro. Cul de las alternativas a continuacin hay una palabra que posee gnero distinto de las dems a) rincones l.35 b) arte l.02 c) santo l.47 d) viaje l.50 e) siglo l.13 65. Un sinnimo para el vocablo pujanza l.26, sera a) fuerza b) debilidad c) tristeza d) fama e) evolucin 66. Pretrito es el tiempo del verbo que denota una accin finalizada. En espaol hay varios pretritos: Pretrito compuesto, pretrito simple, pretrito imperfecto, pretrito pluscuamperfecto; slo citando algunos del indicativo. Hay situaciones que se puede sustituir un pretrito por otro sin haber alteracin del sentido en la frase. El verbo habitaron l.52 puede ser sustituido, sin alterar el sentido, porLINGUAGENS E CDIGOS 27

SIMULADO - ENEM a) habitaban b) habitarn c) han habitado d) haban habitado e) hubieras habitado

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67. El gerundio es la forma verbal no personal que expresa simultaneidad de la accin con el tiempo en que se habla. Cul es la formacin de gerundio de los verbos: pueden l.30, hay l.01 y conocer l.50, son a) podiendo, habiendo, conociendo b) pudiendo, habiendo, conocendo c) pudiendo, habendo, conocendo d) pudiendo, habiendo, conociendo e) podendo, habiendo, conocendo 68. Un verbo irregular es un verbo que posee conjugaciones singulares segn el tiempo o modo en el que sea conjugado. Experimenta cambios en cuanto al paradigma, ya que toma desinencias distintas a las que son habituales en los verbos regulares. Un verbo irregular, generalmente, no se rige de las mismas reglas de conjugacin que utilizan la mayora de los verbos. Est entre este grupo, en futuro imperfecto de indicativo el verbo a) exponer l.45 b) visita l.42 c) refleja l.40 d) permite l.49 e) dar l.27 69. El Modo es la forma en que se manifiesta la accin expresada por el verbo. En espaol los Modos verbales son cinco: el Modo Infinitivo, el Indicativo, el Potencial, el Subjuntivo y el Imperativo. Cada uno de estos Modos posee a su vez distintos tiempos, ya que las acciones pueden realizarse de una misma manera, pero en momentos diferentes. Cul de las alternativas presenta los verbos en el mismo tiempo y modo a) respira l.36, habrn l.21 b) pueden l.30, ha declarado l.10 c) volvern l.14, hablan l.26 d) celebrarlo l.11,hay l.05 e) fue l.33, habitaron l.52 70. Hay varias estructuras sintcticas en espaol, pero hay una forma ms comn. En cul alternativa la estructura difiere de las dems a) las calles ovetenses l.14 b) la ruta interior l.39 c) El patrimonio monumental l.32 d) un asombroso viaje l.49 y 50 e) una presencia permanente l.60 y 61

GABARITO1-D 2-C 3-A 4-B 5-E 22-B 23-C 24-A 25-D 41-B 42-E 43-C 44-A 60-D 61-A 62-E 63-B 6-E 7-C 8-A 9-E 10-D 11-A 12-D 13-C 14-D 15-A 16-B 17-C 18-B 19-B 20-C 21-A 26-E 27-A 28-C 29-E 30-C 31-D 32-B 33-E 34-C 35-A 36-C 37-A 38-B 39-D 40-A 45-D 46-C 47-D 48-D 49-D 50-E 51-B 52-A 53-E 54-C 55-D 56-B 57-A 58-A 59-C 64-B 65-A 66-C 67-D 68-A 69-E 70-D

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