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3ª Série Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 01. Leia o texto abaixo e responda a questão: Por causa do assassinato do caminhoneiro Pascoal de Oliveira, o Nego, pelo também caminhoneiro japonês Kababe Massame, após uma discussão, em 31 de julho de 1946, a população de Osvaldo Cruz (SP), que já estava com os nervos à flor da pele em virtude de dois atentados da Shindô-Renmei* na cidade, saiu às ruas e invadiu casas, disposta a maltratar ―impiedosamente‖, na palavra do historiador local José Alvarenga, qualquer japonês que encontrasse pela frente. O linchamento dos japoneses só foi totalmente controlado com a intervenção de um destacamento do Exército, vindo de Tupã, chamado pelo médico Oswaldo Nunes, um herói daquele dia totalmente atípico na história de Osvaldo Cruz e das cidades brasileiras. Com o final da Segunda Guerra Mundial, o eclipse do Estado Novo e o desmantelamento da Shindô-Renmei, inicia-se um ciclo de emudecimento, de ambos os lados, sobre as quatro décadas de intolerância vividas pelos japoneses. Do lado local, foi sedimentando- se no mundo das letras a ideia do país como um ―paraíso racial‖. Do lado dos imigrantes, as segundas e terceiras gerações de filhos de japoneses se concentraram, a partir da década de 1950, na construção da sua ascensão social. A história foi sendo esquecida, junto com o idioma e os hábitos culturais de seus pais e avós. (Matinas Suzuki Jr. Folha de S.Paulo, 20.04.2008. Adaptado.) * Shindô-Renmei foi uma organização nacionalista, que surgiu no Brasil após o término da Segunda Guerra Mundial, formada por japoneses que não acreditavam na derrota do Japão na guerra. Possuía alguns membros mais fanáticos que cometiam atentados, tendo matado e ferido diversos cidadãos nipo- brasileiros. (Unifesp 2011) No texto, as orações (...) que já estava com os nervos à flor da pele em virtude de dois atentados da Shindô-Renmei na cidade (...) e (...) que encontrasse pela frente (...) são exemplos, respectivamente, de oração subordinada adjetiva explicativa e subordinada adjetiva restritiva, porque a) a primeira limita o sentido do termo antecedente (a população de Osvaldo Cruz), enquanto a segunda explica o sentido do termo antecedente (qualquer japonês). b) a pausa, antes e depois da primeira oração, revela seu caráter de restrição e precisão do sentido do termo antecedente, tal como se dá com a segunda oração. c) na primeira, a oração é indispensável para precisar o sentido da anterior, enquanto, na segunda, a oração pode ser eliminada. d) a primeira explica o sentido do termo antecedente (a população de Osvaldo Cruz), enquanto a segunda limita o sentido do termo antecedente (qualquer japonês). e) o sentido do termo ―qualquer japonês‖, explicado na segunda oração, é determinante para a compreensão da primeira. 02. Leia: Vida de escritor A Última Estação e Lope retomam biografias de escritores para explicar a origem de suas obras Sérgio Rizzo* Em que medida os elementos do cotidiano de um escritor estão relacionados à sua obra e presentes na caracterização de personagens ou no desenvolvimento das tramas? Dezenas de filmes procuram responder a essa curiosidade, com base em material de caráter biográfico como Em Busca da Terra do Nunca (2004), sobre J. M. Barrie, criador de Peter Pan ou em pura especulação criativa, como Kafka (1991), que imagina um episódio fictício vivido pelo autor de O Processo e A Metamorfose. Dois lançamentos recentes estão situados em um ponto intermediário dessa escala, recorrendo a liberdades dramáticas. São eles A Última Estação e Lope. Fonte: http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12427 em 25/2/12

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3ª Série

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

01. Leia o texto abaixo e responda a questão:

Por causa do assassinato do caminhoneiro Pascoal de Oliveira, o Nego, pelo – também caminhoneiro – japonês Kababe Massame, após uma discussão, em 31 de julho de 1946, a população de Osvaldo Cruz (SP), que já estava com os nervos à flor da pele em virtude de dois atentados da Shindô-Renmei* na cidade, saiu às ruas e invadiu casas, disposta a maltratar ―impiedosamente‖, na palavra do historiador local José Alvarenga, qualquer japonês que encontrasse pela frente. O linchamento dos japoneses só foi totalmente controlado com a intervenção de um destacamento do Exército, vindo de Tupã, chamado pelo médico Oswaldo Nunes, um herói daquele dia totalmente atípico na história de Osvaldo Cruz e das cidades brasileiras.

Com o final da Segunda Guerra Mundial, o eclipse do Estado Novo e o desmantelamento da Shindô-Renmei, inicia-se um ciclo de emudecimento, de ambos os lados, sobre as quatro décadas de intolerância vividas pelos japoneses. Do lado local, foi sedimentando- se no mundo das letras a ideia do país como um ―paraíso racial‖. Do lado dos imigrantes, as segundas e terceiras gerações de filhos de japoneses se concentraram, a partir da década de 1950, na construção da sua ascensão social. A história foi sendo esquecida, junto com o idioma e os hábitos culturais de seus pais e avós.

(Matinas Suzuki Jr. Folha de S.Paulo, 20.04.2008. Adaptado.)

* Shindô-Renmei foi uma organização nacionalista, que surgiu no Brasil após o término da Segunda Guerra Mundial, formada por japoneses que não acreditavam na derrota do Japão na guerra. Possuía alguns membros mais fanáticos que cometiam atentados, tendo matado e ferido diversos cidadãos nipo-brasileiros.

(Unifesp 2011) No texto, as orações (...) que já estava com os nervos à flor da pele em virtude de dois atentados da Shindô-Renmei na cidade (...) e (...) que encontrasse pela frente (...) são exemplos, respectivamente, de oração subordinada adjetiva explicativa e subordinada adjetiva restritiva, porque

a) a primeira limita o sentido do termo antecedente (a população de Osvaldo Cruz), enquanto a segunda

explica o sentido do termo antecedente (qualquer japonês). b) a pausa, antes e depois da primeira oração, revela seu caráter de restrição e precisão do sentido do

termo antecedente, tal como se dá com a segunda oração. c) na primeira, a oração é indispensável para precisar o sentido da anterior, enquanto, na segunda, a

oração pode ser eliminada. d) a primeira explica o sentido do termo antecedente (a população de Osvaldo Cruz), enquanto a

segunda limita o sentido do termo antecedente (qualquer japonês). e) o sentido do termo ―qualquer japonês‖, explicado na segunda oração, é determinante para a

compreensão da primeira. 02. Leia:

Vida de escritor A Última Estação e Lope retomam biografias de escritores para explicar a origem de suas obras

Sérgio Rizzo*

Em que medida os elementos do cotidiano de um escritor estão relacionados à sua obra e presentes na caracterização de personagens ou no desenvolvimento das tramas? Dezenas de filmes procuram responder a essa curiosidade, com base em material de caráter biográfico – como Em Busca da Terra do Nunca (2004), sobre J. M. Barrie, criador de Peter Pan – ou em pura especulação criativa, como Kafka (1991), que imagina um episódio fictício vivido pelo autor de O Processo e A Metamorfose. Dois lançamentos recentes estão situados em um ponto intermediário dessa escala, recorrendo a liberdades dramáticas. São eles A Última Estação e Lope.

Fonte: http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12427 em 25/2/12

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Considerando as ideias desenvolvidas pelo autor, conclui-se que o texto tem a finalidade de

a) mostrar que a literatura sempre pode ser adaptada, com sucesso, para o mundo do cinema. b) ressaltar a importância do cinema como sétima arte, capaz de libertar o indivíduo do real caústico. c) apontar os gravíssimos problemas de adaptação de clássicos para o cinema. d) tecer comentários sobre filmes que procuram destacar mais a vida do autor que sua criação artística e) modificar o comportamento das pessoas sobre Kafka e Peter Pan.

03. Leia:

Já te falei Arnaldo Antunes

Já escutei E repeti por aí Coloquei cartazes nos murais de toda a cidade Já berrei no microfone a todo volume no ar Palavra que se espalha Pluma no vendaval Vi no gibi, foi por aí, li num poema Que a vida vale a pena LC | Página 10 Li no jornal, vi na TV, foi pela antena Que a vida vale a pena No futebol, no carnaval, na batucada Vida que vale a pena

Fonte: http://letras.terra.com.br/arnaldo-antunes/91643/ em 25/2/12

Predomina, no texto, a função da linguagem

a) conativa, porque o texto procura modificar comportamentos do leitor. b) emotiva, porque o texto trata de noções conceituais sobre gibis, antenas e TV. c) metalinguística, porque o autor procura explicar fatos ligados ao mundo moderno. d) fática, porque utiliza a primeira pessoa para mostrar sua impressão sobre o moderno. e) expressiva, porque ressalta aspectos subjetivos e cognoscíveis do universo do autor.

Da tira a seguir, responda às questões 04 e 05:

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04.Do termo ―Assim‖, no segundo quadrinho, é correto afirmar que é um:

I - Conector que pode ser substituído por ―dessa forma‖ sem alterar o sentido do enunciado no contexto. II - Conector textual empregado com valor adverbial de modo. III - Termo que nesse contexto foi empregado na mesma posição de um adjetivo. Analise as proposições e marque a(s) alternativa(s) que apresenta a(s) correta(s). a) II e III, apenas b) III, apenas c) I, apenas d) II, apenas e) I e II, apenas

05. Da fala do quarto quadrinho, é correto afirmar que

( ) o termo ―Doutor‖ foi usado com a intenção de evidenciar o interlocutor. ( ) há uma construção de ideias que se contrapõem, mesmo com a ausência da conjunção adversativa. ( ) a expressão ―minha vida‖ funciona como sujeito da oração, identificado como agente da ação. Marque a alternativa correta. a) F V F b) V V F c) V F V d) F F V e) F V V

06. Leia:

COM NICIGA, PARAR DE FUMAR FICA MUITO MAIS FÁCIL

1. Fumar aumenta o número de receptores do seu cérebro que se ativam com nicotina. 2. Se você interrompe o fornecimento de uma vez, eles enlouquecem e você sente os desagradáveis sintomas da falta do cigarro. 3. Com seus adesivos transdérmicos, Niciga libera nicotina terapêutica de forma controlada no seu organismo, facilitando o processo de parar de fumar e ajudando a sua força de vontade. Com Niciga, você tem o dobro de chances de parar de fumar.

Revista Época, 24 nov. 2009 (adaptado).

Para convencer o leitor, o anúncio emprega como recurso expressivo, principalmente, a) as rimas entre Niciga e nicotina. b) o uso de metáforas como ―força de vontade‖. c) a repetição enfática de termos semelhantes como ―fácil‖ e ―facilidade‖. d) a utilização dos pronomes de segunda pessoa, que fazem um apelo direto ao leitor. e) a informação sobre as consequências do consumo do cigarro para amedrontar o leitor.

Contas

Fabiano recebia na partilha a quarta parte dos bezerros e a terça dos cabritos. Mas como não tinha roça e apenas se limitava a semear na vazante uns punhados de feijão e milho, comia da feira, desfazia-se dos animais, não chegava a ferrar um bezerro ou assinar a orelha de um cabrito. Se pudesse economizar durante alguns meses, levantaria a cabeça. Forjara planos. Tolice, quem é do chão não se trepa. Consumidos os legumes, roídas as espigas de milho, recorria à gaveta do amo, cedia por preço baixo o produto das sortes. Resmungava, rezingava, numa aflição, tentando espichar os recursos minguados, engasgava-se, engolia em seco. Transigindo com outro, não seria roubado tão descaradamente. Mas receava ser expulso da fazenda. E rendia-se. Aceitava o cobre e ouvia conselhos. Era bom pensar no futuro, criar juízo. Ficava de boca aberta, vermelho, o pescoço inchando. De repente estourava:

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– Conversa. Dinheiro anda num cavalo e ninguém pode viver sem comer. Quem é do chão não se trepa. Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os bichos de Fabiano. E quando não tinha mais nada para vender, o sertanejo endividava-se. Ao chegar a partilha, estava encalacrado, e na hora das contas davam-lhe uma ninharia. Ora, daquela vez, como das outras, Fabiano ajustou o gado, arrependeu-se, enfim deixou a transação meio apalavrada e foi consultar a mulher. Sinha Vitória mandou os meninos para o barreiro, sentou-se na cozinha, concentrou-se, distribuiu no chão sementes de várias espécies, realizou somas e diminuições. No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fechar o negócio notou que as operações de Sinhá Vitória, como de costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença era proveniente de juros. Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria! O patrão zangou-se, repeliu a insolência, achou bom que o vaqueiro fosse procurar serviço noutra fazenda. Aí Fabiano baixou a pancada e amunhecou. Bem, bem. Não era preciso barulho não. Se havia dito palavra à toa, pedia desculpa. Era bruto, não fora ensinado. Atrevimento não tinha, conhecia o seu lugar. Um cabra. Ia lá puxar questão com gente rica? Bruto, sim senhor, mas sabia respeitar os homens. Devia ser ignorância da mulher, provavelmente devia ser ignorância da mulher. Até estranhara as contas dela. Enfim, como não sabia ler (um bruto, sim senhor), acreditara na sua velha. Mas pedia desculpa e jurava não cair noutra.

Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1974.

07.Lendo atentamente o fragmento de Vidas secas, percebe-se que o foco principal é o das transações

entre Fabiano e o proprietário da fazenda. Aponte a alternativa que NÃO corresponde ao que é efetivamente exposto pelo texto.

a) O proprietário era, na verdade, um benfeitor para Fabiano. b) Fabiano declarava-se ―um bruto‖ ao proprietário. c) O proprietário levava sempre vantagem na partilha do gado. d) Fabiano sabia que era enganado nas contas, mas não conseguia provar. e) Fabiano aceitava a situação e se resignava, por medo de ficar sem trabalho.

O cortiço (fragmento)

Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas. Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo. Como que se sentiam ainda na indolência de neblina as derradeiras notas da ultima guitarra da noite antecedente, dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido em terra alheia A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário. As pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azuladas pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de espumas secas. Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono; ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas; pigarreava-se grosso por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o cheiro quente do café aquecia, suplantando todos os outros; trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias; reatavam-se conversas interrompidas à noite; a pequenada cá fora traquinava já, e lá dentro das casas vinham choros abafados de crianças que ainda não andam. No confuso rumor que se formava, destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam, sem se saber onde, grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De alguns quartos saiam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a gaiola do papagaio, e os louros, à semelhança dos donos, cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz nova do dia. Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não molhar o

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pêlo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas da mão. As portas das latrinas não descansavam, era um abrir e fechar de cada instante, um entrar e sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo, no capinzal dos fundos, por detrás da estalagem ou no recanto das hortas. 08. Na obra-prima que é o romance O cortiço

a) podemos surpreender características básicas da prosa romântica: narrativa pessoal, tipos humanos idealizados, disputa entre o interesse material e os sentimentos mais nobres.

b) as personagens são apresentadas sob o ponto de vista psicológico, desnudando-se ante os olhos do leitor graças à delicada sutileza com que o autor as analisa e expressa.

c) o leitor é transportado ao doloroso universo dos miseráveis e oprimidos migrantes que, tangidos pela seca, abrigam-se em acomodações coletivas, à espera de uma oportunidade.

d) vemos renascer, na década de 30 do século passado, uma prosa viril, de cunho regionalista, atenta às nossas mazelas sociais e capaz de objetivar em estilo seco parte de nossa dura realidade.

e) consagra entre nós a prosa naturalista, marcada pela associação direta entre meio e personagens e pelo estilo agressivo que está a serviço das teses deterministas da época.

Leia o texto: Van Gogh intensificou a marca do pincel como recurso expressivo. O gesto criador foi valorizado principalmente pelos românticos (Delacroix, por exemplo), os quais evitavam o acabamento polido das superfícies das suas pinturas. Van Gogh recebeu esta qualificação técnica através da arte impressionista, especialmente o uso pontilhista da cor de Seurat. Em seus últimos anos, Van Gogh chegou a empregar a tinta diretamente do tubo sobre a superfície da tela, o que ocasionava um espesso impaste de tinta. Aplicadas em cores puras, as pinceladas são justapostas lado a lado, em uma trama que, ao final de sua vida, ganha um ritmo alucinante. Como verdadeiros jorros de tinta espatulada, as pinceladas eletrizam a superfície da tela, movimentam os ciprestes, atormentam os auto-retratos. Uma imaginação exasperada e uma urgência de sentimento move sua mão, o que atesta a imensa quantidade de quadros produzidos em pouco tempo. A superfície rude resultante de tal técnica é, inesperadamente, o suporte ideal para uma alma tão apaixonada. Ao invés de grosseira, sua pincelada é extática.

http://www.auladearte.com.br/historia_da_arte/van_gogh.htm#axzz2UB5ZOHL8

09. A imagem que se enquadra nas características descritas acima é

a) b) c)

d) e)

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Leia o texto: Pensão familiar Jardim da pensãozinha burguesa. Gatos espapaçados ao sol. A tiririca sitia os canteiros chatos. O sol acaba de crestar os gormilhos que murcharam. Os girassóis amarelo! resistem. E as dálias, rechonchudas, plebeias, dominicais. Um gatinho faz pipi. Com gestos de garçom de restaurant-Palace Encobre cuidadosamente a mijadinha. Sai vibrando com elegância a patinha direita: - É a única criatura fina na pensãozinha burguesa 10. O poema acima é de Manuel Bandeira e integra a obra Libertinagem. Do ponto de vista de sua

construção, NÃO se pode afirmar que a) é enfaticamente descritivo na primeira parte e caracteriza o cenário natural, valendo-se,

principalmente, de frases nominais. b) sugere atmosfera afetuosa e terna caracterizada pelo uso expressivo do diminutivo. c) opera o procedimento narrativo de tal forma a conciliá-lo com o descritivo, sem, no entanto, reduzi-lo a

um mero pano de fundo. d) carece de exploração visual e perde poeticidade em deslizes semânticos e sintáticos. e) ilumina e colore o poema e a página, que se contaminam pela força invasora do amarelo.

SENTIMENTAL Ponho-me a escrever teu nome com letras de macarrão. No prato, a sopa esfria, cheia de escamas E debruçados na mesa todos contemplam esse romântico trabalho. Desgraçadamente falta uma letra, uma letra somente para acabar teu nome! - Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! Eu estava sonhando... E há em todas as consciências um cartaz amarelo: Neste país é proibido sonhar. 11. Este poema é caracteristicamente modernista, porque nele

a) a uniformidade dos versos reforça a simplicidade dos sentimentos experimentados pelo poeta. b) tematiza-se o ato de sonhar, valorizando-se o modo de composição da linguagem surrealista. c) satiriza-se o estilo da poesia romântica, defendendo os padrões da poesia clássica. d) a linguagem coloquial dos versos livres apresenta com humor o lirismo encarnado na cena cotidiana. e) o dia a dia surge como novo palco das sensações poéticas, sem imprimir a alteração profunda na

linguagem lírica.

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12. Em 1924, os surrealistas lançaram um manifesto no qual anunciaram a força do inconsciente na criação de novas percepções. Valorizavam a ausência de lógica das experiências psíquicas e oníricas, propondo novas experiências estéticas. O movimento Surrealista

a) acredita que a liberação do psiquismo humano se dá por meio da sacralização da natureza. b) baseia-se na razão, negando as oscilações do temperamento humano. c) destaca que o fundamental, na arte, é o objeto visível em detrimento do emocionalismo subjetivo do

artista. d) concede mais valor ao livre jogo da imaginação individual do que à codificação dos ideais da

sociedade ou da história. e) busca limitar o psiquismo humano e suas manifestações, transfigurando-os em geometria a favor de

uma nova ordem.

13.Luciana trabalha em uma loja de venda de carros. Ela tem um papel muito importante de fazer a conexão entre os vendedores, os compradores e o serviço de assessoria. Durante o dia, ela se desloca inúmeras vezes de sua mesa para resolver os problemas dos vendedores e dos compradores. No final do dia, Luciana só pensa em deitar e descansar as pernas. Na função de chefe preocupado com a produtividade (números de carros vendidos) e com a saúde e a satisfação dos seus funcionários, a atitude correta frente ao problema seria

a) propor ginástica laboral durante a jornada de trabalho. b) sugerir a modificação do piso da loja para diminuir o atrito do solo e reduzir as dores nas pernas. c) afirmar que os problemas de dores nas pernas são causados por problemas genéticos. d) ressaltar que a utilização de roupas bonitas e do salto alto são condições necessárias para compor o

bom aspecto da loja. e) escolher um de seus funcionários para conduzir as atividades de ginástica laboral em intervalos de 2

em 2 horas.

14. A universidade de Taubaté (UNITAU) conta, no total, com 720 universitários [no curso de Comunicação Social], sendo 130 formandos. Com tantos universitários saindo para o mercado de trabalho, o coordenador do curso de Comunicação Social da UNITAU (...) mencionou que o Vale do Paraíba é inexplorado e tem potencial de absorver os formandos. (Jornal ComunicAção, n.1, março 2002, p.3) Considerando ainda o período abordado na questão anterior, assinale a alternativa que, completando a oração abaixo, apresenta a relação mais coerente entre as ideias. O coordenador do curso de Comunicação Social mencionou que, a) à medida que muitos universitários saem para o mercado de trabalho, o Vale do Paraíba tem

potencial de absorver os formandos, pois ainda é um mercado inexplorado. b) como muitos universitários saem para o mercado de trabalho, o Vale do Paraíba tem potencial de

absorver os formandos, pois ainda é um mercado inexplorado. c) há muitos universitários saindo para o mercado de trabalho, de modo que o Vale do Paraíba tem

potencial de absorver os formandos, pois ainda é um mercado inexplorado. d) muitos universitários saem para o mercado de trabalho; portanto, o Vale do Paraíba tem potencial de

absorver os formandos, pois ainda é um mercado inexplorado. e) embora muitos universitários estejam saindo para o mercado de trabalho, o Vale do Paraíba tem

potencial de absorver os formandos, pois ainda é um mercado inexplorado.

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Em 1984, o movimento Diretas Já, composto por diversos setores da sociedade civil e partidos de oposição ao regime ditatorial (em vigor no país desde a década de 1960), clamava pelo direito à eleição direta para presidente da República. Leia o trecho de uma canção que se tornou uma espécie de ―hino informal‖ desse momento político.

Inútil

A gente não sabemos Escolher presidente

A gente não sabemos Tomar conta da gente A gente não sabemos Nem escovar os dente Tem gringo pensando Que nóis é indigente...

[...] A gente faz música

E não consegue gravar A gente escreve livro

E não consegue publicar A gente escreve peça

E não consegue encenar A gente joga bola

E não consegue ganhar... Inútil!

A gente somos inútil! Inútil!

A gente somos inútil!

MOREIRA, Roger Rocha. Intérprete: Ultraje a rigor

15. Em relação ao texto é INADMISSÍVEL a afirmação:

a) Os seis primeiros versos da 2ª estrofe da canção fazem referência à falta de liberdade de expressão e das liberdades individuais, pois essas liberdades eram consideradas contrárias à ideologia do regime militar.

b) O futebol figura no imaginário popular como o ―redentor‖ das frustrações do povo, entretanto há um lamento na canção em referência à derrota também na esfera futebolística.

c) Há, no texto, relações de concordância verbal e nominal que não obedecem à variedade padrão da língua, o que pode ser considerada uma falha do autor do texto.

d) O uso de uma variedade linguística de pouco prestígio social confirma, de forma irônica, que o povo é tão despreparado quanto se supõe que ele seja.

e) Depreende-se, inicialmente, em alguns versos do texto construídos em uma variedade linguística típica de falantes com baixo nível de escolaridade, que o eu lírico não tem instrução e é desprovido de noções de higiene pessoal.

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16. Observe o texto abaixo:

A análise global do texto, em sua função comunicativa, NÃO nos permite afirmar que

a) nele, predomina a intenção de persuadir os possíveis leitores e ganhar sua adesão quanto ao teor da mensagem.

b) os elementos presentes, tanto os verbais quanto os não verbais, levam o leitor a reconhecê-lo como um anúncio.

c) estão ausentes do texto pistas que indicam o interesse do emissor por se incluir entre os destinatários da mensagem.

d) o texto faz referência intertextual explícita a um texto bastante conhecido da esfera religiosa. e) o referente para a expressão ―nesta grande campanha‖ não está explícito no texto. O leitor deverá

identificá-lo pela totalidade da mensagem veiculada.

TEXTO I Antigamente Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua nem escapulia do mestre, mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava botina de botões para comparecer todo liró ao copo d‘água, se bem que no convescote apenas lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se pudesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco.

ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de janeiro: nova Aguilar, 1983 (fragmento).

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TEXTO II Palavras do arco da velha

Expressão Significado

Cair nos braços de Morfeu Dormir

Debicar Zombar, ridicularizar

Tunda Surra

Mangar Escarnecer, caçoar

Tugir Murmurar

Liró Bem-vestido

Copo d‘água Lanche oferecido pelos amigos

Convescote Piquenique

Bilontra Velhaco

Treteiro de topete Tratante atrevido

Abrir o arco Fugir

FLORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).

17. Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras obsoletas, que

itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português brasileiro atual. Esse fenômeno revela que a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do cotidiano. b) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português europeu. c) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal. d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua independente. e) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada.

Leia o texto que segue, para responder à questão. Carta a um jovem que foi assaltado. Foste assaltado. Bem, a primeira coisa a dizer é que isto não chega a ser um fato excepcional. Excepcional é ganhar um bom salário, acertar a loto: mas ser assaltado é uma experiência que faz parte do cotidiano de qualquer cidadão brasileiro. [...] Indignação foi o sentimento que te assaltou depois. Afinal, era o fruto do trabalho que o homem estava levando. Não o fruto do teu trabalho — até poderia ser — mas o fruto do trabalho do teu pai, o que talvez te doeu mais. [...] deixa-me dizer-te, antes de mais nada, que a tua indignação é absolutamente justa. Não há nada que justifique o crime, nem mesmo a pobreza. Há muito pobre que trabalha, que luta por salários maiores, que faz o que pode para melhorar a sua vida e a de sua família — sem recorrer ao roubo ou ao assalto. Mas tudo que eles levam, os ladrões e assaltantes, são coisas materiais. E enquanto estiverem levando coisas materiais, o prejuízo, ainda que grande, será só material. Mas não deves deixar que te levem o mais importante. E o mais importante é a tua capacidade de pensar, de entender, de raciocinar. Sim, é preciso se proteger contra os criminosos, mas não é preciso viver sob a égide do medo. Devem-se botar trancas e alarmes nas portas, não em nossa mente. Deve se repudiar o que fazem os bandidos, mas deve-se evitar o banditismo. Eles te roubaram. É muito ruim. Mas que te roubem só aquilo que podes substituir. Que não te roubem o coração.

Moacyr Scliar

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18. Pode-se afirmar que o texto, pelas estratégias argumentativas que apresenta,

a) critica de forma agressiva a sociedade moderna. b) busca sensibilizar o receptor estabelecendo uma superposição de valores. c) procura seduzir o receptor por meio de uma linguagem coloquial, própria dos jovens. d) ironiza, numa linguagem metafórica, um fato que faz parte do cotidiano da maioria das pessoas. e) expõe a banalidade das agressões urbanas. O sedutor médio Vamos juntar Nossas rendas e expectativas de vida querida, o que me dizes? Ter 2, 3 filhos e ser meio felizes?

VERISSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?! Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.

19. No poema O sedutor médio, é possível reconhecer a presença de posições críticas

a) nos três primeiros versos, em que ―juntar expectativas de vida‖ significa que, juntos, os cônjuges poderiam viver mais, o que faz do casamento uma convenção benéfica.

b) na mensagem veiculada pelo poema, em que os valores da sociedade são ironizados, o que é acentuado pelo uso do adjetivo ―médio‖ no título e do advérbio ―meio‖ no verso final.

c) no verso ―e ser meio felizes?‖, em que ―meio‖ é sinônimo de metade, ou seja, no casamento, apenas um dos cônjuges se sentiria realizado.

d) nos dois primeiros versos, em que ―juntar rendas‖ indica que o sujeito poético passa por dificuldades financeiras e almeja os rendimentos da mulher.

e) no título, em que o adjetivo ―médio‖ qualifica o sujeito poético como desinteressante ao sexo oposto e inábil em termos de conquistas amorosas.

Leia o texto: Psicologia de um vencido Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênesis da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância… Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme — este operário das ruínas — Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há-de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! Augusto dos Anjos, Eu, Rio de Janeiro, Livr. São José, 1965.

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20. Sobre o soneto acima, julgue as afirmações seguintes.

I. Ao se definir como filho do carbono e do amoníaco, o eu lírico desce ao limite inferior da materialidade biológica pois, pensando em termos de átomos (carbono) e moléculas (amoníaco), que são estudados pela Química, constata-se uma dimensão onde não existe qualquer resquício de alma ou de espírito. II. O amoníaco, no soneto, é uma metáfora de alma, pois, segundo o eu lírico, o homem é composto de corpo (carbono) e alma (amoníaco) e, no fim da vida, o corpo (orgânico) acaba, apodrece, enquanto a alma (inorgânica) mantém-se intacta. III. O soneto principia descrevendo as origens da vida e termina descrevendo o destino final do ser humano; retrata o ciclo da vida e da morte, permeado de dor, de sofrimento e da presença constante e ameaçadora da morte inevitável. Está(ão) correta(s) a) apenas II b) apenas III c) apenas I e III d) apenas I e II e) apenas II e III

21. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir.

( ) No poema, o sujeito lírico manifesta, em imagens, a inconformidade com a morte. ( ) Os quatro primeiros versos expressam as incertezas do sujeito lírico diante da aproximação da morte. ( ) No verso 06, o sujeito lírico declara-se preparado para morrer, já que sua vida foi adequadamente cumprida. ( ) Os versos 08 e 09 ressaltam o cuidado que se deve ter com os bens materiais a fim de ter uma morte tranquila.

A sequência correta de preenchimento dos parênteses é a) V - F - V - F b) F - F - V - V c) F - V - F - F d) V - F - F - V e) F - V - V - F

22. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações a seguir, referentes ao Romance de 30.

( ) A década de 1930 dá lugar a uma renovação do regionalismo brasileiro, associado, sobretudo, à ficção nordestina. ( ) Os romancistas de 30 mostram-se mais preocupados com o questionamento da realidade do que com inovações formais. ( ) Um dos temas da ficção de 30 diz respeito ao ciclo do cangaço, sendo "O Quinze", de Raquel de Queirós, o melhor exemplo de romance desse ciclo. ( ) O desenvolvimento da economia rural, com a crescente modernização dos meios de produção no campo, é um dos focos principais das narrativas de 30. ( ) Alguns romances de 30 mostram as primeiras consequências sociais do surgimento da industrialização, apontando o deslocamento da população do campo para a cidade. A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é a) F - V - F - V - F b) V - F - F - V - V c) V - V - F - F - V d) F - V - V - V - F e) F - F - V - F - V

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O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira.

23. Assinale a afirmativa em que as ideias literárias correspondem ao poema ―O Bicho‖, de Manuel

Bandeira.

a) O poema pressupõe uma forma de experiência estética que incorpora uma relação estreita com o próprio real, trazendo ao domínio literário temas e modos de dizer do dia a dia da cidade grande.

b) O poema pressupõe uma forma de experiência estética que rejeita uma relação estreita com o próprio real, isto é, com aqueles domínios do conhecimento e da prática que tinham tradicionalmente sido diferenciados do domínio da arte pelo Realismo.

c) O poema pressupõe uma forma de experiência estética que adota um novo valor de descrição da realidade, contemporâneo à secularização do mundo sob o capitalismo, que tem as características tradicionalmente atribuídas ao metafísico.

d) O poema pressupõe uma forma de experiência estética que facilita uma relação idealizada com o real, já que o eu lírico apresenta julgamentos desinteressados e sua constituição como pura aparência.

e) O poema pressupõe uma forma de experiência estética que questiona uma relação estreita com o próprio real, aspirando a produzir conhecimento desvinculado do social e a constituir-se como pura aparência.

Texto 1: ―[...] Vi na televisão que as lojas bacanas estavam vendendo adoidado roupas ricas para as madames vestirem no reveillon. Vi também que as casas de artigos finos para comer e beber tinham vendido todo o estoque. Pereba, vou ter que esperar o dia raiar e apanhar cachaça, galinha morta e farofa dos macumbeiros. Pereba entrou no banheiro e disse, que fedor. Vai mijar noutro lugar, tô sem água. Pereba saiu e foi mijar na escada. Onde você afanou a TV, Pereba perguntou. Afanei, porra nenhuma. Comprei. O recibo está bem em cima dela. Ô Pereba! você pensa que eu sou algum babaquara para ter coisa estarrada no meu cafofo? Tô morrendo de fome, disse Pereba. De manhã a gente enche a barriga com os despachos dos babalaôs, eu disse, só de sacanagem. Não conte comigo, disse Pereba. Lembra-se do Crispim? Deu um bico numa macumba aqui na Borges de Medeiros, a perna ficou preta, cortaram no Miguel Couto e tá ele aí, fudidão, andando de muleta. Pereba sempre foi supersticioso. Eu não. Tenho ginásio, sei ler, escrever e fazer raiz quadrada. Chuto a macumba que quiser. Acendemos uns baseados e ficamos vendo a novela. Merda. Mudamos de canal, prum bang-bang, Outra bosta. [...]

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Pra falar a verdade a maré também não tá boa pro meu lado, disse Zequinha. A barra tá pesada. Os homens não tão brincando, viu o que fizeram com o Bom Crioulo? Dezesseis tiros no quengo. Pegaram o Vevé e estrangularam. O Minhoca, porra! O Minhoca! crescemos juntos em Caxias, o cara era tão míope que não enxergava daqui até ali, e também era meio gago - pegaram ele e jogaram dentro do Guandu, todo arrebentado. Pior foi com o Tripé. Tacaram fogo nele. Virou torresmo. Os homens não tão dando sopa, disse Pereba. E frango de macumba eu não como. Depois de amanhã vocês vão ver. Vão ver o que?, perguntou Zequinha. Só tô esperando o Lambreta chegar de São Paulo.‖

(fragmento do conto Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca.)

Texto 2: ―Um dos temas dominantes na obra de Rubem Fonseca é a violência que percorre as ruas brasileiras, numa espécie de guerra civil não declarada. Certas passagens de contos ou narrativas longas, como é o caso do romance A grande arte (1983) apresentam uma brutalidade tão meticulosamente narrada que se tornam leitura quase insuportável para os espíritos delicados.‖

(Fernando Cardoso. In: http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/r00004.htm)

24. Tomando por base o fragmento do conto Feliz Ano Novo e o comentário crítico, acima transcrito, sobre

a obra de Ruben Fonseca, podemos afirmar que

a) a obra de Rubem Fonseca sofreu uma forte influência do futurismo, pois rejeita o moralismo e o passado, suas obras baseiam-se fortemente na velocidade e nos desenvolvimentos tecnológicos, também exalta a guerra e a violência, assim como apresenta o uso de onomatopeias.

b) a obra de Rubem Fonseca sofreu uma forte influência do dadaísmo, pois apresenta oposição a qualquer tipo de equilíbrio, combinação de pessimismo irônico e ingenuidade radical, ceticismo absoluto e improvisação; enfatiza o ilógico e o absurdo.

c) a obra de Rubem Fonseca sofreu uma forte influência do expressionismo, pois apresenta uma deformação da realidade para expressar mais subjetivamente a natureza e o ser humano, dando primazia à expressão dos sentimentos mais que à descrição objetiva da realidade.

d) a obra de Rubem Fonseca sofreu uma forte influência do surrealismo, pois apresenta uma combinação do representativo, do abstrato, do irreal e do inconsciente. Entre muitas de suas metodologias estão a colagem e a escrita automática. O autor segue o preceito dos surrealistas que a arte deve se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência cotidiana, buscando expressar o mundo do inconsciente e dos sonhos.

e) a obra de Rubem Fonseca sofreu uma forte influência do cubismo, pois trata as formas da natureza por meio de figuras geométricas, representando todas as partes de um objeto no mesmo plano. A representação do mundo passa a não ter nenhum compromisso com a aparência real das coisas.

Leia o texto a seguir. ―Não vejo razão para me chamarem vaidoso se imagino que o meu livro tem neste momento cinquenta leitores. Comigo 51. Ninguém duvide: esse um que lê com mais compreensão e entusiasmo um [texto] é autor dele. Quem cria, vê sempre uma Lindoia na criatura, embora as índias sejam pançudas e remelentas.‖

ANDRADE, Mário. Amar, verbo intransitivo. Belo Horizonte-Rio de Janeiro: Vila Rica, 1991.

25. A personagem Lindoia, de O uraguai, é retratada como uma bela índia, no texto do árcade Basílio da

Gama, já que nesse poema os indígenas são idealizados e valorizados. Sabendo disso, é correto afirmar que, no texto de Mário de Andrade, o narrador acredita que o autor de obras literárias a) não é capaz de entender o próprio texto ao lê-lo. b) tem sempre em mente personagens idealizadas ao escrever. c) lê o próprio texto com desânimo, pois conhece seus problemas. d) valoriza os defeitos do texto, comparando-os com ―índias pançudas‖. e) sempre dá valor ao próprio texto, idealizando-o.

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26. É bastante conhecida, no caso brasileiro, a história do povo africano que, vivendo nas senzalas, inventou a capoeira. Enquanto fingia estar dançando, treinando golpes para defender-se dos seus opressores. A partir da leitura do texto, e possível afirmar que os povos:

a) Copiam movimentos de outros lugares. b) Criam movimentos relacionados às suas necessidades. c) São incapazes de elaborar movimentos. d) Limitam-se aos movimentos que já conhecem. e) Criam movimentos quando são escravizados.

27.Observe o emprego do verbo acertar nas frases seguintes:

I. Mas o poeta anônimo acertou no resto. II. Na semana passada, os escritores acertaram a data do debate sobre a bebida. III. O comerciante acertou com o produtor alguns pontos de venda da bebida. IV. Os europeus acertaram, com a substituição do álcool pelo café. Considerando a exigência dos complementos, está correto o que se afirma em: a) Está correta apenas a regência da frase I. b) Estão corretas apenas as frases I e II, sem qualquer alteração de sentido do verbo, apesar da

alteração na regência. c) Estão corretas apenas as frases III e IV, por apresentarem o mesmo tipo de complemento exigido

pelo verbo. d) A frase IV apresenta a única regência considerada incompatível pela norma culta da Língua. e) Todas as possibilidades respeitam as normas do idioma, surgindo pequenas alterações no sentido do

verbo conforme as alterações. 28. Observe o seguinte trecho: ―O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 26 de abril, que o sistema

de cotas raciais em universidades não contraria a Constituição brasileira‖. A alternativa, cuja oração destacada exerce a mesma função sintática desta, é:

a) ―Foi esse argumento que prevaleceu entre os ministros do Supremo‖ b) ―A instituição reserva 20% das vagas para candidatos que se declarem negros ou pardos‖. c) ―Há ainda as chamadas cotas sociais, para alunos vindos de escolas públicas e deficientes físicos, e

cotas mistas, para estudantes negros que estudaram na rede pública de ensino‖. d) ―O partido sustentou que a medida viola o princípio constitucional de igualdade e é

discriminatória.‖ e) ―A porcentagem de jovens brancos com mais de 16 anos que haviam frequentado universidades

em 2008 era de 60,3% do total.‖

Leia os textos abaixo e responda o que se pede: Texto I

O canto do guerreiro Aqui na floresta

Dos ventos batida, Façanhas de bravos Não geram escravos, Que estimem a vida Sem guerra e lidar.

– Ouvi-me, Guerreiros, – Ouvi meu cantar. Valente na guerra,

Quem há, como eu sou?

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Quem vibra o tacape Com mais valentia? Quem golpes daria

Fatais, como eu dou? – Guerreiros, ouvi-me;

– Quem há, como eu sou? (Gonçalves Dias)

Texto II Macunaíma (Epílogo) Acabou-se a história e morreu a vitória. Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem podia saber do Herói?

(Mário de Andrade.)

29. Considerando-se a linguagem desses dois textos, verifica-se que

a) a função da linguagem centrada no receptor está ausente tanto no primeiro quanto no segundo texto. b) a função da linguagem centrada no receptor está presente principalmente no primeiro texto. c) há, em cada um dos textos, a função fática da linguagem. d) a função da linguagem, no primeiro texto, centra-se na análise da linguagem utilizada e, no segundo,

no relato de informações reais, o que configura a função referencial. e) as funções da linguagem predominantes no primeiro texto são a poética, a emotiva e a apelativa,

enquanto no segundo é perceptível a função referencial. 30. Leia com atenção as duas frases abaixo:

I- ―Eu cuidava da minha casa e da casa dela, que era inválida (...)‖ (Folha de S. Paulo, 3/10/02, Folha Equilíbrio, p. 6). II- ―Boto os bichinhos para dormir‘, conta Clara Sestelo, 10, que vive num sítio paulista em que várias famílias plantam e criam galinhas.‖ (Folha de S. Paulo, 28/9/02, Folhinha, p. 1). Em relação às orações adjetivas sublinhadas, pode-se afirmar que

a) na primeira, o conteúdo é incompatível com o antecedente do pronome relativo; na segunda, a

construção faz supor que o objeto direto se refere a ambos os verbos. b) ambas as orações apresentam problema de clareza e de coesão por escolha vocabular inadequada. c) na primeira oração, a referência ao sujeito não fica clara e, na segunda, o pronome relativo deve ser

substituído por ―onde‖. d) seu conteúdo não se refere ao antecedente do pronome relativo em ambos os casos. e) na frase I, é preciso desdobrar a oração principal, intercalando a oração adjetiva logo depois de ―eu‖;

a frase II não apresenta problema. Leia os textos A e B. TEXTO A Mais de 100 deputados e senadores trocaram de partido desde a eleição do ano passado. Segundo o jornal O Globo, até o último dia 3, os vira-casacas foram 103 na Câmara e dez no Senado. O Estado de São Paulo computou 120 trânsfugas, só entre os deputados, até a mesma data. (...) O fenômeno de uma massa de parlamentares, pondo-se em movimento em busca de outra legenda, configura uma migração a gosto do

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fotógrafo Sebastião Salgado. O quadro que vem à mente é de uma multidão de almas penadas em busca de melhor sorte, a pele curtida, os pés doídos de vagar por enganosos caminhos.

TOLEDO, Roberto Pompeu de. O último que chegar é mulher de padre. Veja. São Paulo: out. de 2003. p. 130.

TEXTO B

Veja, n. 10, 12 de mar. de 2003. p. 28. Texto Adaptado.

31. (UPE-2004/adaptada) Em relação aos textos A e B, analise os itens abaixo.

I. O texto A veicula o que acontece no cotidiano, embora traga marcas de subjetividade. Tem-se um texto também informativo. II. No texto A, a presença de dados quantitativos evidencia o propósito do autor de informar com exatidão, embora ele, sutilmente, emita opiniões. III. No texto A, o autor privilegia a informação, demonstra neutralidade e confirma a inconsistência de informações enganosas. IV. O texto B tenta ganhar a adesão de seus receptores e, para isso, utiliza um vocabulário que remete para atividades próprias desses receptores. Tem-se um texto apelativo. V. O texto B, em seus padrões de linguagem, foge à determinação das características sociais e psicológicas do público que pretende atingir.

Assinale a alternativa que contempla as afirmativas corretas.

a) I, II e V apenas. b) II, III e IV apenas. c) I e III apenas. d) I, II e IV apenas. e) I, III, IV e V.

Sentimental

1 Ponho-me a escrever teu nome Com letras de macarrão.

No prato, a sopa esfria, cheia de escamas 4 e debruçados na mesa todos contemplam

esse romântico trabalho. Desgraçadamente falta uma letra,

7 uma letra somente para acabar teu nome!

— Está sonhando? Olhe que a sopa esfria! 10 Eu estava sonhando...

E há em todas as consciências este cartaz amarelo: ―Neste país é proibido sonhar.‖

ANDRADE, C. D. Seleta em Prosa e Verso. Rio de Janeiro: Record, 1995.

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32. Com base na leitura do poema, a respeito do uso e da predominância das funções da linguagem no texto de Drummond, pode-se afirmar que

a) por meio dos versos ―Ponho-me a escrever teu nome‖ (v. 1) e ―esse romântico trabalho‖ (v. 5), o poeta

faz referências ao seu próprio ofício: o gesto de escrever poemas líricos. b) a linguagem essencialmente poética que constitui os versos ―No prato, a sopa esfria, cheia de

escamas e debruçados na mesa todos contemplam‖ (v. 3 e 4) confere ao poema uma atmosfera irreal e impede o leitor de reconhecer no texto dados constitutivos de uma cena realista.

c) na primeira estrofe, o poeta constrói uma linguagem centrada na amada, receptora da mensagem, mas, na segunda, ele deixa de se dirigir a ela e passa a exprimir o que sente.

d) em ―Eu estava sonhando...‖ (v. 10), o poeta demonstra que está mais preocupado em responder à pergunta feita anteriormente e, assim, dar continuidade ao diálogo com seus interlocutores do que em expressar algo sobre si mesmo.

e) no verso ―Neste país é proibido sonhar.‖ (v. 12), o poeta abandona a linguagem poética para fazer uso da função referencial, informando sobre o conteúdo do ―cartaz amarelo‖ (v. 11) presente no local.

Soneto da separação De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.

MORAES, Vinícius de. Soneto da separação. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.

33. Esse poema, de Vinícius de Moraes, incorpora características de várias escolas literárias. Aponte a

alternativa em que estão presentes essas características.

a) Barroco: forte presença de antíteses Parnasianismo: preocupação formal (soneto, verso decassílabo, rima) Trovadorismo: culto do amor cortês b) Barroco: forte presença de antíteses Parnasianismo: preocupação formal (soneto, verso decassílabo, rima) Romantismo: sentimentalismo c) Barroco: forte presença de antíteses Parnasianismo: preocupação formal (soneto, verso decassílabo, rima) Naturalismo: crítica social d) Barroco: forte presença de antíteses Modernismo: linguagem coloquial Romantismo: sentimentalismo e) Barroco: forte presença de antíteses Parnasianismo: culto da forma (soneto, verso decassílabo, rima) Romantismo: visão espiritual do amor

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O trovador Sentimentos em mim do asperamente dos homens das primeiras eras… As primaveras do sarcasmo intermitentemente no meu coração arlequinal… Intermitentemente… Outras vezes é um doente, um frio na minha alma doente como um longo som redondo… Cantabona! Cantabona! Dlorom… Sou um tupi tangendo um alaúde!

ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade. Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.

34. Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia de Mário de

Andrade. Em O trovador, esse aspecto é a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como ―coração arlequinal‖ que, evocando o

carnaval, remete à brasilidade. b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade em

suas viagens e pesquisas folclóricas. c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como ―Sentimentos em mim do asperamente‖

(v. 1), ―frio‖ (v. 6), ―alma doente‖ (v. 7), como pelo som triste do alaúde ―Dlorom‖ (v. 9). d) problematizado na oposição tupi (selvagem) × alaúde (civilizado), apontando a síntese nacional que

seria proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade. e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os ―sentimentos dos homens das primeiras eras‖ para mostrar o

orgulho brasileiro por suas raízes indígenas. 35. O subtítulo da obra Macunaíma - "herói sem nenhum caráter" - expressa simbolicamente a ideia de

que o povo brasileiro

a) obedece a um código moral próprio, particular, baseado na lei do prazer individual. b) reúne atributos demasiadamente variados e contraditórios, que constroem uma identidade

incoerente, indeterminada, indefinível. c) é volúvel, inconsequente, impulsivo, recusando qualquer limite para realização de seus anseios. d) trai a sua cultura original, incorpora a cultura do colonizador, perdendo definitivamente a

possibilidade de construir uma identidade coesa. e) não preserva sua identidade, rejeitando qualquer código moral definido, estável e perene.

"Nos anos 60 se torna o movimento artístico mais influente dos EUA. Sua ideia é reutilizar imagens da sociedade de consumo, chamando a atenção do espectador para sua qualidade estética e poder de atração, fazendo ampliações ou variantes cromáticas". 36. O texto refere-se à POP ART e pode ser completado com a seguinte ideia:

a) Donald Ludd e Robert Morris utilizam um mínimo de recursos e a simplificação extrema da forma. b) Yves Klein, francês, e Bruce Nauman, norte-americano, criam a body art ; usando o corpo humano

procuram desenvolver uma variante da arte performática. c) Allen Kaprow cria o happening : uma apresentação aparentemente improvisada, em que o artista se

vale de imagens, músicas e objetos e incorpora a reação do espectador. d) Andy Warhol faz serigrafias com o rosto de artistas de cinema, como por exemplo de Marilyn Monroe,

e embalagens de alimentos, como a da sopa Campbell s. e) Sandro Chia e Mimmo Paladino contrapõem o antigo ao moderno, num ecletismo que reflete a

própria história da arte.

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Observe a imagem a seguir.

ENSOR, J., Intriga, 1890. 0,90 x 1,50 cm. Museu Real de Artes, Antuérpia.

37. Com base na imagem do pintor expressionista James Ensor e nos conhecimentos sobre o

Expressionismo, assinale a alternativa correta. a) O expressionista é inclinado a deformar a realidade de modo cruel, caricatural, muitas vezes hilário;

o exagero, a distorção e a dramaticidade das formas, linhas e cores revelam uma atitude emocional do artista.

b) Pintando diretamente sobre a tela branca, utilizando somente cores puras justapostas em vez de misturá-las previamente na paleta, os pintores expressionistas buscavam obter a vibração da luz; pesquisavam os cambiantes efeitos da luz na atmosfera e nos objetos a fim de fixá-los na tela.

c) A proposta do Expressionismo é de e que a arte flua livremente a partir do inconsciente, da livre associação, com a incorporação de elementos ilógicos do sonho, da fantasia, sem se submeter a qualquer teoria vigente e a nenhuma lógica.

d) A pintura expressionista trabalha com partes de uma mesma imagem, recompondo-as e utilizando-as ao mesmo tempo, a fim de criar várias perspectivas e dar a impressão de que um objeto pode ser visto ao mesmo tempo sob todos os ângulos.

e) O movimento expressionista propõe a construção de valores burgueses, utilizando-se do lirismo para afirmar conceitos da sociedade; suas manifestações são intencionalmente ordenadas e objetivam conquistar a crítica.

―Podemos dizer que as origens da Pop Art remetem ao Dadaísmo, uma vez que a apropriação de produtos industrializados na execução dos trabalhos artísticos era frequente. O artista Dadaísta Raoul Hausmann, por exemplo, usava embalagens de produtos comerciais em suas colagens. O imaginário fantasmagórico de Max Ernst foi construído com recortes de ilustrações populares.‖

Adaptado: HONNEF, K. Pop Art. Alemanha: Paisagem, 2004. p. 15.

38. Nesse contexto, assinale a alternativa correta.

a) O caráter de apropriação dos elementos da cultura popular para os artistas Pop se aproximava do Dadaísmo por imitação, na tentativa de releitura dos trabalhos Dadá.

b) Artistas Pop como Roy Lichtenstein, ao utilizarem a tira de quadrinhos - elemento da cultura popular - em grande escala, faziam crítica irônica ao Dadaísmo, uma vez que este era descomprometido política e culturalmente e com trabalhos que se voltavam sobre sua própria construção formal.

c) Embora o Dadaísmo esteja na origem da Pop Art, as diferenças ficam evidentes à medida que se nota a relação harmônica de Dadá com a tradição da pintura neoclássica, enquanto os artistas Pop eram essencialmente experimentalistas.

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d) Apesar da aproximação formal da Pop Arte com Dadá, o artista Dadaísta Marcel Duchamp fazia crítica a ela por seu caráter ―retiniano‖, ou seja, devido aos apelos puramente visuais e decorativos.

e) Há uma distinção muito clara nas intenções dos dois movimentos, dado o fato que a Pop Art utiliza-se da linguagem popular de forma despretensiosa, sem críticas, e o Dadaísmo é uma crítica ácida, entre outras coisas, ao ―bom gosto‖ burguês.

39. O anúncio, em novembro de 1991, de que o jogador de basquete Magic Johnson tinha o vírus da AIDS

motivou a discussão sobre a prática de esportes por portadores do HIV. Respeitando-se as condições físicas e psicológicas do portador, existe hoje um consenso de que a prática esportiva pode auxiliar na qualidade de vida dos atletas, especialmente por mantê-los integrados socialmente.

Segundo o texto anterior, a prática de esportes por portadores do hiv: a) É contraindicada por exigir esforço físico. b) Favorece o convívio do atleta em grupo. c) Compromete a recuperação psicológica. d) Pode reforçar o isolamento social. e) Aumenta o contágio do vírus.

INGLÊS THE FOLKS INSIDE 1 Inside you, boy, 2 There‘s an old man sleepin‘, 3 Dreamin‘, waitin‘ for his chance. 4 Inside you, girl, 5 There‘s an old lady dozin‘, 6 Wantin‘ to show you a slower dance. 7 So keep on playin‘, 8 Keep on runnin‘, 9 Keep on jumpin‘, ‗til the day 10 That those old folks 11 Down inside you 12 Wake up… and come out to play. (Poema extraído da obra ―Falling Up‖, de Shel Silverstein)

40. No texto o poeta se dirige

a) aos adultos. b) aos idosos. c) aos jovens. d) apenas às mulheres. e) apenas aos homens.

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ABOUT THE BREAST CANCER SITE Your click on the ―Fund Free Mammograms‖ button helps fund free mammograms, paid for by site sponsors whose ads appear after you click and provided to women in need through the efforts of the National Breast Cancer Foundation to low-income, inner-city and minority women, whose awareness of breast cancer and opportunity for help is often limited. EARLY DETECTION: DO YOU KNOW THE FACTS? Each year, 182,000 women are diagnosed with breast cancer and 43,300 die. One woman in eight either has or will develop breast cancer in her lifetime. In addition, 1,600 women will be diagnosed with breast cancer and 400 will die this year. If detected early, the five-year survival rate exceeds 95%. Mammograms are among the best early detection methods, yet 13 million U.S. women 40 years of age or older have never had a mammogram. The National Cancer Institute and U.S. Department of Health and Human Services recommend that women in their forties and older have mammograms every one to two years. A complete early detection plan also includes regular clinical breast examinations by a trained medical professional. Monthly breast self-exams are suggested in addition. Click here for more information about breast cancer and the issues surrounding it.(http://www.thebreastcancersite.com/cgi-bin/WebObjects/CTDSites. woa/267/wo/cP30009h400oa400M3/0.0.49.13.0.1.0.3.0. CustomContentLinkDisplayComponent.0.0) 41. A causa social à qual o texto se refere e a periodicidade mínima entre as contribuições são,

respectivamente,

a) fundo das mulheres solteiras; diariamente. b) financiamento de mamografias; diariamente. c) fundo de mulheres abandonadas; semanalmente. d) financiamento de mamografias; dia sim, dia não. e) financiamento de bolsas de estudo para mulheres limitadas; diariamente.

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42. O título ―Towards a society for all ages‖ indica a preocupação com

a) a construção de uma sociedade de diferentes classes. b) a inclusão social de todas as faixas etárias. c) a definição de deveres para a população idosa. d) as questões da aposentadoria. e) as dificuldades no relacionamento entre gerações.

AIDS Fact Sheet: Marijuana Click here to Help Donate to AIDS.ORG WHAT IS MARIJUANA? Marijuana or Cannabis sativa is an herb. It grows in many places around the world. It is also called hemp, reefer, or cannabis. It has had many uses in different cultures. These include reducing pain and increasing appetite. Marijuana contains chemicals called cannabinoids. The best known is tetrahydrocannabinol or THC. The marijuana ―high‖ is mainly due to THC. Marijuana was used medically in the US until the late 1930s. Then there were claims of ―reefer madness.‖ Supposedly, marijuana caused crime, violence, insanity, and death. In 1970, US drug law classified marijuana as having a high potential for abuse and no medical use. Marijuana was later found to have other health benefits. It can lower pressure within the eye. This helps treat glaucoma, an eye disease which can cause blindness. Marijuana also reduces nausea and vomiting in patients taking chemotherapy treatment for cancer. It reduces muscle spasms in people with nerve problems like multiple sclerosis and can help treat some types of pain. These uses led to the development of the drug dronabinol (Marinol?), a synthetic version of THC. NOTE: Federal and state laws generally forbid the sale or possession of marijuana. Eight states have passed ―medical marijuana‖ laws that permit limited use for health reasons. However, in May 2001 the US Supreme Court ruled that medical use of marijuana is illegal under federal law. Federal officials can take action against medical marijuana users or ―buyers‘ clubs‖ even in states with medical marijuana laws. WHY DO PEOPLE WITH HIV USE MARIJUANA? People with HIV use marijuana to stimulate appetite and to reduce nausea. Many people with HIV have low appetite. This can be due to fatigue or drug side effects. Low appetite can lead to AIDS wasting lives. Some people with HIV get nauseated when they take antiviral medications. This can make it difficult take all scheduled doses. Marijuana can help control the nausea. It may also relieve the pain of peripheral neuropathy and is being studied for that purpose. (Marijuana Policy Project, http://www.mpp.org National Organization for Reform of Marijuana Laws, http://www.norml.org) 43.De acordo com o texto, a maconha pode ser usada para

a) tratar pacientes violentos e insanos, tratar glaucoma, diminuir o apetite, tratar pacientes viciados em THC, diminuir espasmos musculares e tratar certos tipos de dor.

b) diminuir a dor, estimular o apetite, diminuir a pressão dos olhos, diminuir náuseas e vômitos em pacientes submetidos à quimioterapia, diminuir espasmos musculares e tratar certos tipos de dor.

c) prevenir a morte de pacientes submetidos à quimioterapia, deflagrar potencial de abusos em pacientes, diminuir a dor, estimular o apetite, diminuir a pressão dos olhos e tratar problemas nervosos.

d) tratar pacientes violentos e insanos, prevenir a morte de pacientes submetidos à quimioterapia, estimular o apetite, diminuir a pressão dos olhos e diminuir espasmos musculares.

e) tratar pacientes viciados em THC, tratar problemas nervosos, diminuir o apetite, diminuir espasmos musculares e tratar certos tipos de dor.

SOME FACTS ON AMERICAN TEENAGERS 1.American teens love to shop (especially female teens). On average they make 15 shopping trips each fortnight. Typically, teens prefer to shop with friends (rather than their parents). A remarkable characteristic of such trips is that they buy a specific product a majority of the time. The product categories most often purchased are clothes (jeans, sneakers), entertainment (movies, music), food (fast food and groceries) and personal care products. The latter seem to be the most coveted ones. 2.Teens are very suspicious of things that are aggressively advertsed and distrustful of products from the established ―big brands‖. One brand though, that has successfully repositioned itself toward teens, is Pepsi Cola‘s Mountain Dew, which went from being an old-fashioned drink several years ago to a very popular soft

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drink among teens today. Another trendy style of late is the 70‘s look that includes flare pants, dyed T-shirts and native American accessories. 3.Whether or not teens are brand loyal has been an on-going question. Teens appear, however, to be brand conscious in competitive product categories (e.g., apparel, soft drinks, fast foods, etc.). According to some polls, teens‘ classifications of the coolest brands can change dramatically from year to year. 4.Teens are the most receptive age group toward new technologies and have been classified as ―early adopters‖. What is new technology to adults can be classified as mainstreams to teens. This is especially true of computers, the Internet, video games, CD players and other electronic products. 5.Teens are the heaviest users of the Internet with 89.2 percent having already been online. According to a recent Newsweek article, ―cyber teens‖ access the Internet for various purposes. When questioned 77 percent of all teens would rather look something up on the Internet than in a book. An additional feature for teens on the Web is it allows them to escape parental supervision (this is especially true of elder teens) and can hide a teen‘s identity. At present, more male teens use the Internet than female teens (there are less compelling female oriented websites). On average, teens surf the Internet 5.1 hours per week primarily at home, at school and at their friends‘ home. 6. Teens are also more ethically diverse than the overall U.S. population. The percent of Hispanic teens, African-American teens and Asian-American teens are well above the national average. According to a recent Gallup poll, 56 percent of all teens are thoroughly displeased with race relations in America. 7. Teens are also likely to be friends with peers of a different ethnic background. A recent USA Today poll reports that 57 percent of teens today have dated interracially up from 17 percent in 1980. (Adaptado de www.medialifemagazine.com)

44. Os adolescentes americanos

a) fazem, em média, 15 compras por semana. b) frequentam os shoppings 15 vezes por mês. c) fazem, em média, 15 compras em shoppings quando viajam. d) compram, quando viajam, uma média de 15 objetos diferentes. e) fazem, em média, 15 compras a cada duas semanas.

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45. Na tirinha:

a) Isaac está cozinhando para o aniversário da mãe. b) Stan achou as pernas de lagosta que Isaac está cozinhando ótimas. c) Isaac está cozinhando pernas de camarão para a mãe. d) O prato feito por Isaac fez bem a Stan e) Stan achou as pernas de caranguejo que Isaac está cozinhando assustadoras.

ESPANHOL Políglota, la red social creada en Chile para aprender idiomas Autor: Editor DJ Feb/2013 Aprender inglés, francés, árabe o chino, de forma gratuita y en bares y parques de cualquier ciudad del mundo, es el objetivo de Políglota, la red social en internet creada por dos chilenos para quienes quieran practicar un idioma y conocer gente. Cada jueves en la tarde, al salir del trabajo, Alejandra Pacheco se dirige puntualmente a un bar de Providencia, un barrio de oficinas al oriente de Santiago, donde la espera un grupo de 10 personas que conversa animadamente en inglés junto a una cerveza como si se encontraran en un pub de Londres. http://informe21.com/ciencia-y-tecnologia

40. Segundo a revista eletrônica Informe.21, Políglota criada por dois chilenos tem como objetivo

a) acessar redes sociais árabes e americanas de forma gratuita para intercâmbio de estudantes de língua estrangeira.

b) conhecer bares e parques de qualquer cidade do mundo através da internet. c) acessar rede social chilena em parques e bares de qualquer cidade do mundo. d) oportunizar gratuitamente a árabes e chineses conhecer ingleses e franceses em bares e parques de

qualquer lugar. e) conhecer pessoas e praticar novos idiomas em qualquer lugar do mundo, sem custos.

41. O segundo parágrafo da reportagem dar o exemplo de Alejandra Pacheco usuária da Políglota que se reúne uma vez por semana com um grupo de 10 pessoas em um bar para praticar inglês ao sair do trabalho nas tardes de

a) sexta-feira. b) quinta-feira. c) segunda-feira. d) quarta-feira. e) terça-feira.

AHORA ES CUBA Pablo Neruda Y luego fue la sangre y la ceniza. Después quedaron las palmeras solas. Cuba, mi amor, te amarraron al potro, te cortaron la cara, te apartaron las piernas de oro pálido, te rompieron el sexo de granada, te atravesaron con cuchillos, te dividieron, te quemaron. (…)

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42.Pablo Neruda, grande poeta chileno, também foi um destacado ativista político, o que nos mostra na estrofe de seu poema ―Ahora es Cuba‖ que fala sobre

a) Cuba e suas riquezas naturais. b) a Guerra Civil cubana. c) o sofrimento de suas mulheres violentadas sexualmente. d) o isolamento e violência sofrido por Cuba. e) ameaça ao meio ambiente cubano.

43.No verso ―te atravesaron con cuchillos‖, a palavra em destaque significa

a) armas. b) facas. c) granadas. d) espingardas. e) bombas.

¿Por qué llora tu bebé? www.abc_sociedad / Madrid.2013 Si hay algo que preocupa, e incluso asusta, a los padres primerizos es no saber por qué llora su bebé. Los principales motivos son hambre, dolor, enfado o miedo, pero para los adultos no es fácil identificar qué sentimiento es el que está provocando las lágrimas. Ahora, un estudio de la Universidad de Murcia y la Universidad Nacional de Educación a Distancia (UNED) describe, gracias a una muestra de 20 bebés con edades comprendidas entre 3 y 18 meses, las diferencias en el patrón de llanto provocado por tres emociones características: miedo, enfado y dolor.(…) Según los resultados, publicados recientemente en el «Spanish Journal of Psychology», las principales diferencias se presentan en la actividad ocular y en la dinámica del llanto. «Cuando los bebés lloran por enfado o miedo permanecen con los ojos abiertos, si bien los mantienen cerrados durante todo el tiempo en el caso del dolor», afirma el investigador. 44. Estudos da UNED descrevem as diferenças no padrão de choro dos bebês que é provocado por

a) distanciamento dos pais. b) medo, irritação e dor. c) insegurança dos pais de primeira vez. d) fome, desmotivação e dor. e) medo, cansaço e dor.

45.Na tira ao lado, o cliente diz:

a) Desculpe. Caiu uma mosca em minha sopa de tomate! b) Desculpe. Saiu uma mosca da minha sopa de tomate! c) Desculpe. Morreu uma mosca em minha sopa de tomate! d) Desculpe. Voou uma mosca para minha sopa de tomate! e) Desculpe. Há uma mosca em minha sopa de tomate!

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REDAÇÃO

Leia a coletânea de textos abaixo: TEXTO 01:

Nova lei das domésticas começa hoje; veja o que muda A nova lei das domésticas entra em vigor nesta quarta-feira (3) após a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que estende a essas trabalhadoras ter sido promulgada ontem pelo Congresso Nacional. Alguns direitos, como jornada máxima de 44 horas semanais --ou 8 horas diárias de trabalho-- e o pagamento de hora extra, valem a partir de hoje. Agora, os patrões não poderão mais exigir que a doméstica fique por mais de oito horas no trabalho de segunda a sexta sem pagar a mais por isso. Aos sábados, a jornada é de no máximo quatro horas. Algumas das novas regras, porém, não vão vigorar de imediato porque ainda precisam de regulamentação dos Ministérios do Trabalho e da Previdência Social. Segundo o ministro Manoel Dias (Trabalho), direitos como o recolhimento de FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), adicional noturno, auxílio-creche e auxílio-família só vão vigorar depois da regulamentação. O mesmo vale para a multa de 40% sobre o saldo do FGTS em caso de demissão sem justa causa e os seguros contra acidentes e desemprego. "Vamos fazer esse trabalho em conjunto, junto com todo o governo, a Casa Civil, a fim de que a gente possa no prazo de três meses tentar oferecer essa regulamentação. A presidente [Dilma Rousseff] está pedindo que a gente agilize. A gente vai agilizar para que se cumpra o desejo da presidente", afirmou o ministro. O ministro disse acreditar que, em curto prazo, as dúvidas dos empregadores e empregados serão respondidas --sem demissões de domésticas ou dúvidas permanentes dos patrões. "As pessoas se assustaram um pouco antes da hora. Não vai mudar muito porque é uma relação muito pessoal. A trabalhadora com o patrão, eles têm relação de proximidade muito grande."

Folha de São Paulo – 03 / 04 / 2013 TEXTO 02:

Lei das Domésticas altera rotinas, modifica relações e cria oportunidades

É como se uma revolução tivesse se iniciado na casa de quem tem empregado doméstico. Desde 3 de abril, data em que a Lei das Domésticas entrou em vigor, patrões e trabalhadores vêm tentando reconstruir as suas relações a partir da nova legislação. Agora, a tendência é de que (quase) tudo seja diferente. Ao garantir aos domésticos os direitos assegurados a outras categorias, a lei impôs maior rigor às relações de trabalho no lar. É o fim de uma certa cumplicidade que fazia trabalhadores aceitar horas extras sem queixas nem remuneração, em troca de uma suposta garantia do emprego. À medida que tem detalhes regulamentados e postos em prática, porém, a Lei das Domésticas promete pôr fim às não raras distorções nesse tipo de relação profissional. Ao menos na teoria, a partir de agora babás, faxineiros, jardineiros, copeiros, caseiros, porteiros, governantas, cuidadores de idosos, mordomos e cozinheiros têm apoio legal para buscar os mesmos direitos dos demais trabalhadores. Mas não há apenas notícias boas. Menos de 20 dias após a entrada em vigor, a nova legislação também traz efeitos colaterais. Agências que atuam na intermediação de patrões e empregados domésticos apontam queda drástica nas contratações efetivas. Por outro lado, o número de currículos enviados por interessados em trabalhar cresceu de forma acentuada, assim como a procura por diaristas. – Antes da lei, tínhamos 10 procuras por dia para trabalho de duas ou três vezes por semana. Agora, temos 30 – conta Juarez Gonçalves dos Santos, diretor da Agencce Empregos Domésticos Temporários. Se os dados ainda não apontam demissões numerosas, uma série de ajustes está em andamento. Clínicas geriátricas, por exemplo, registraram forte demanda nas últimas semanas. A provável explicação é que, preocupadas com as exigências legais, algumas pessoas estejam dispensando cuidadores de idosos, eximindo-se, assim, de eventuais pendengas trabalhistas futuras. Também há mudança de comportamento dentro de casa. A arquiteta Rafaela Malgarin implantou um livro-ponto para controlar as horas trabalhadas pelas três funcionárias Antônia Dallalana, Claudete Kohn e

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Adriana Almeida. E, para garantir o cumprimento das oito horas diárias da babá, passou a sair do trabalho mais cedo, às 16h, quando termina a jornada da funcionária. – Tive de antecipar meu horário para voltar para casa e ficar com a minha filha. Sempre trago coisas para casa. Na verdade, meu dia termina muito cedo, e eu sempre deixo coisas para fazer à noite, para compensar.

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2013/04/lei-das-domesticas-altera-rotinas-modifica-relacoes-e-cria-oportunidades-4113072.html

TEXTO 03:

TEXTO 04:

Com base nos textos lidos e no seu conhecimento acerca do assunto, produza um texto dissertativo-argumentativo no qual você responda o seguinte questionamento: QUAIS SÃO AS REAIS IMPLICAÇÕES DA NOVA LEI DAS DOMÉSTICAS PARA O POVO BRASILEIRO?