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Olhar de Professor ISSN: 1518-5648 [email protected] Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino Brasil Silva, Jeane Félix da Linguagem Sexista sob a Perspectiva da Análise do Discurso: Olhares Esboçados em uma Revista Dirigida a Professores/as Olhar de Professor, vol. 7, núm. 1, 2004, pp. 77-83 Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino Paraná, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=68470106 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

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Olhar de Professor

ISSN: 1518-5648

[email protected]

Departamento de Métodos e Técnicas de

Ensino

Brasil

Silva, Jeane Félix da

Linguagem Sexista sob a Perspectiva da Análise do Discurso: Olhares Esboçados em uma Revista

Dirigida a Professores/as

Olhar de Professor, vol. 7, núm. 1, 2004, pp. 77-83

Departamento de Métodos e Técnicas de Ensino

Paraná, Brasil

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=68470106

Como citar este artigo

Número completo

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77 Olhar de professor, Ponta Grossa, 7(1): 77-83, 2004.

Linguagem Sexista sob a Perspectiva daAnálise do Discurso: Olhares Esboçadosem uma Revista Dirigida a Professores/as

Sexist Language Under The Perspective OfDiscourse Analysis: Looks Leaded In A

Directed Magazine To Teachers

Jeane Félix da SILVA1

RESUMO

Este texto tem por objetivo propor uma discussão acerca do uso da linguagemsexista, sobretudo, nos espaços educativos sob a ótica da Análise do Discurso (AD),numa tentativa de considerar o discurso androcêntrico reproduzido pelos/as profissio-nais da educação e suas implicações na reprodução da cultura machista, utilizando comobase para esta reflexão a Revista Professor do MEC.

Palavras-chave: linguagem sexista - educação - análise do discurso.

ABSTRACT

This text aims the debate about sexist language especially where the educationhappens under the Analysis of Discourse perspective (AD), attempting to consider theandrocentric discourse reproduced by the education professionals and their reproductionof male culture implications. As base to this reflection, we took the “Magazine Profes-sor” from Culture and Sports Ministerial (MEC).

Key words: sexist language - education - analysis of discource.

1 Pesquisadora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação da UniversidadeFederal da Paraíba – UFPB. E-mail: [email protected]

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Em outubro de 2003 foi lançadapelo MEC uma revista direcionada aosdocentes. Na capa, uma linda mulhernegra cercada de crianças, represen-tando uma professora e seus respec-tivos alunos/as. Até aqui, nada queprecise de uma reflexão aprofundada.Talvez a revista até passasse desper-cebida, não fosse o título provoca-dor: Professor.

Em uma revista distribuída gratui-tamente nas escolas de todo Brasil,um país onde o magistério é majorita-riamente feminino, o referido títuloconstitui, no mínimo, um contraste emrelação a essa realidade. Tal fato le-vou-nos a perceber que era precisorefletir academicamente a respeito dalinguagem sexista e que a Análise doDiscurso subsidiaria essa reflexão.

1. LINGUAGEM SEXISTA E LIN-GUAGEM NÃO-SEXISTA: O QUESÃO AFINAL?

Na língua portuguesa, optamos,quase sempre, pela masculinizaçãodos termos desconhecidos. Confor-me Leitão (1988, p. 17), “na línguaportuguesa, quando o gênero grama-tical não é determinado nem conheci-do, optamos pela forma masculina”.O fato de usarmos o masculino paranos referirmos ao “geral” é uma formade reprodução ideológica da culturaandrocêntrica. A linguagem não-sexis-ta, no entanto, vem para se contrapora essa prática de reprodução ideoló-gica, utilizando os termos nos dois

gêneros (masculino e feminino), ouutilizando termos que se refiram amulheres e homens, sem marcar umou outro gênero, como mostram osexemplos: seres humanos, ao invés dehomem; e língua de origem, ao invésde língua materna.

Com o passar dos anos e com asconquistas do movimento feministajá é possível notar algumas importan-tes mudanças no que diz respeito aouso de linguagem sexista. SegundoViezzer (2004, p. 2, grifo da autora):

A linguagem sexista chegou a serobjeto de estudo tratado nos maisdiferentes níveis de governo, che-gando ao âmbito das NaçõesUnidas. Na 24a. sessão da Assem-bléia Geral da UNESCO, foi exa-minada a necessidade e a conve-niência de se eliminar dos regis-tros escritos e dos discursos orais“todas as formas discriminatóriasde linguagem” em relação à mu-lher. Juntamente com outrasquestões relativas ao novo statusque a mulher adquiriu, foram tra-balhadas uma série de normas eresoluções, editados manuais deestilo e de redação e implanta-das regras diversas em relação àquestão. A UNESCO publicou,inclusive, uma série de Diretrizespara uma Linguagem Não-sexista.Com base na concepção de que o

discurso da escola deve se transfor-mar e acompanhar os avanços da so-ciedade, a reflexão sobre a linguagemsexista se faz importante e necessá-ria. Conseqüentemente, a prática

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reforçadora dos preconceitos e este-reótipos de gênero1 manifestados pelouso desse tipo de linguagem deve serrepensada e modificada.

A linguagem sexista é um dos fru-tos da prática social androcêntrica,machista e de dominação que duran-te anos aprisionou muitas mulheres(algumas ainda podem ser considera-das prisioneiras nos dias de hoje). Alinguagem sexista é, de acordo comViezzer (2004, p. 2), ”pautada pela edu-cação sexista recebida na família, naescola, nas igrejas, no ambiente detrabalho e de lazer ou através dosmeios de comunicação”. Não há comodissociar o uso da linguagem sexistada reprodução ideológica da socieda-de, por isso a preocupação com o tí-tulo da revista Professor. Num paísonde a docência, na educação infan-til e no ensino fundamental, é majori-tariamente feminina, preocupa-nos ofato de uma revista destinadaprioritariamente a esse público ter umtítulo masculinizado.

2. A LINGUAGEM SEXISTA: OEXEMPLO DA REVISTA PROFES-SOR

A escola reproduz preconceitos eestereótipos de gênero e o uso da lin-guagem sexista tem forte participaçãonessa prática. Por isso, propomosneste artigo uma reflexão acerca daRevista Professor, do MEC, analisan-do a escolha do título da revista pela

própria equipe editorial, para que, uti-lizando-se desse exemplo, possamosestender nossa compreensão sobre otema em outros espaços onde a edu-cação acontece.

Numa seção chamada PortuguêsAfiado, Squarisi (2003, p. 36) explica aescolha do título da revista. Nas pala-vras dela, “a discussão corria solta. Otema: o nome da revista do MEC.Chamá-la de professor não seria sinalde machismo? Por que não professore professora?”. Nesse momento, per-cebemos claramente que não foi in-gênua a escolha do sugestivo títuloda revista. Houve uma discussão pré-via, que, como veremos na continui-dade da fala da autora, evidencia oconhecimento do preconceito de-monstrado pelo uso da linguagemsexista; no entanto, o título permane-ceu no masculino.

Adiante, Squarisi (ibid, p. 36) pros-segue: “a história começou com omovimento feminista [...] depois [...] oalvo foi a língua [...] ao englobar osgêneros a palavra fica no masculino[...] é injusto disseram”. Na opiniãodela, a língua não é machista, o quejustificaria a escolha do título Profes-sor para uma revista que é direcionadaa professores e professoras.

Ainda segundo omesmo autor (ibid, p. 36):

A língua é machista? Nada maisinjusto. A coitada nem marca omasculino. O o de menino nãocaracteriza o sexo. É a vogal

1 Gênero entendido aqui como a construção social dos papéis masculino e feminino.

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temática da palavra. Opõe-se aoa de menina. O a, sim, denuncia ofeminino [...] em suma: a línguanão está nem aí pro masculino.Só marca o feminino.Embora correta no sentido grama-

tical (e aqui não tenho a intenção deprovocar um debate acerca da gramá-tica, porque traria um outro foco a estadiscussão), a explicação pela escolhado título da revista apresentada porSquarisi (2003, p. 36) demonstra certodesconhecimento das conseqüênci-as sociais e de gênero ocasionadaspelo uso da linguagem sexista, a qualnão provoca a inferiorização, mas ainvisibilidade das mulheres, o que épior. Não somos mais ignoradas, so-mos invisibilizadas. Para Leitão (1988,p. 16), “embora tal posicionamentonão inferiorize a mulher, prova suainvisibilidade, sua rejeição”.

Além disso, o fato de o termo es-tar correto gramaticalmente não querdizer que não pode ser transformado,segundo Moreno (1999, p. 22),

todo pretenso fundamento cien-tífico em nome do qual se discri-mina a mulher deve ser energica-mente rechaçado e criticado pelaescola, para que esta não se con-verta em cúmplice da manipula-ção ideológica da ciência e paraque se rompa, assim, a cadeia detransmissão do androcentrismo.Por que a escolha em fazer a Aná-

lise do Discurso utilizando uma revis-ta do MEC? Porque sendo o MEC oórgão responsável pelas diretrizeseducacionais do Brasil, é discutível a

postura de utilizar artifícios gramati-cais para justificar o título de uma re-vista que circula nacionalmente e quese refere a uma profissão de maioriafeminina (facilmente percebida emqualquer visita a escolas de ensinofundamental, com honrosas exce-ções).

Ao analisar criticamente o fato, épossível perceber que, como diz comLeitão (1988, p. 21), “esse fenômenode chamar profissionais femininas pornomes masculinos é uma confirmaçãolingüística do fato de que, para o fa-lante nativo de português, as profis-sões são, por natureza, um campomasculino”.

Não podemos negar que a histó-ria tem grande influência no fato degeneralizarmos no masculino em qua-se todas as situações. Porém, a histó-ria não é estática; ela é mutável, preci-sa ser mutável, e a educação precisaacompanhar essa mudança. Foucault(apud FAIRCLOUGH, 2001, p. 77) afir-ma que “qualquer sistema de educa-ção é uma forma política de manuten-ção ou modificação da apropriação dediscursos e dos conhecimentos e po-deres que eles carregam”. Ou seja: aescola reproduz a ideologia dominan-te (androcêntrica), mas podemos iralém e acreditar que ela também podecontribuir para as transformações so-ciais e para a eqüidade de gênero.

É totalmente visível a ascensãodada aos homens no discurso dos li-vros didáticos, no qual o homem équase sempre o conquistador, o he-rói. Na fala de Moreno (1999, p. 51),

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“não se necessita de prova alguma,entretanto, para atribuir ao homemqualquer descobrimento de origemignorada. Sempre se supõe que o ho-mem tenha sido autor de qualquer in-venção, a menos que o contrário es-teja largamente comprovado”. Essediscurso e essa prática precisam serrepensadas do ponto de vista da eqüi-dade de gênero, mesmo reconhecen-do-se que ao longo da história asmulheres ficaram, em sua maioria, emcasa, enquanto os homens descobri-am os continentes. Mas é verdade quemuitas mulheres participaram da his-tória; é preciso, pois, dar espaço aessas histórias também e sempre atra-vés do discurso e da análise dessediscurso.

Para a Análise do Discurso reali-zada, utilizamos conceitos apontadospor Fairclough (2001), relacionados àinterpretação como um modelo parti-cular de prática discursiva. Ou seja,ao analisar o discurso da Revista Pro-fessor, pudemos vê-la como um meiode comunicação de grande acesso quepode influenciar na naturalização douso do termo professor nos espaçoseducacionais. E como todo discursoé também uma prática social e estádialeticamente relacionado com estru-turas sociais, o Professor, utilizadocomo título de uma revista voltada aeducadores e educadoras, está total-mente relacionado a uma ideologiaque invisibiliza as profissionais do-centes: as professoras.

3. EM DIREÇÃO ÀS CONSIDERA-

ÇÕES FINAIS

Discutimos, neste texto, o uso dalinguagem sexista no título da Revis-ta Professor, um meio de comunica-ção direcionado a profissionais do-centes, na maioria professoras, e oreforço que essa linguagem pode darà ideologia dominante. Mas, este tex-to também tem a proposta de ser umareflexão acerca da linguagem sexistae, quem sabe, assim provocar mudan-ças de atitudes. Mudanças essas queocorrem nas pequenas ações e que,coletivamente, contribuem para a mu-dança social, que, na perspectiva deFairclough (2001), ocorre através dodiscurso.

Os espaços educativos podemvoltar sua prática para a tolerância e aeqüidade de gênero? Por que a lin-guagem sexista prevalece nos discur-sos dos/as profissionais da escola?A discussão proposta por essas in-dagações implica pensarmos como odiscurso pedagógico pode trabalharno sentido de promover mudança so-cial de gênero a partir do uso ou nãoda linguagem sexista.

A forma como um povo se expres-sa através de sua linguagem revela,no sentido amplo da palavra, qual ésua visão do mundo, quais são osvalores e sentimentos que norteiam adinâmica de sua organização social epsicológica. Na escola, as/os profes-soras/es reproduzem a ideologia do-minante de generalização do masculi-no, principalmente quando não sabemo sexo das pessoas a que se referem.

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Todavia, esse mesmo espaço onde areprodução ocorre pode voltar-se paraa mudança social, começando pelouso da linguagem não sexista comoforma de visibilizar às meninas e mu-lheres.

Para Moreno (1999, p. 17) “a es-cola tem marcada uma dupla função:a formação intelectual e a formaçãosocial dos indivíduos, ou seja, seuadestramento nos próprios modelosculturais”. Sendo assim, a escola - queé considerada fundamental no proces-so de mudança social - contraditoria-mente reproduz a ideologia,masculinizando ou feminilizando osindivíduos. A contradição está no fatode que o lugar mais propício para seensinar a pensar é justamente a esco-la.

Considera o referido autor (ibid,p. 17) que a escola “em lugar de ensi-nar o que os outros pensaram, podeensinar a pensar; em lugar de ensinara obedecer, pode ensinar a questio-nar, a buscar os porquês de cada coi-sa, a iniciar novos caminhos, novasformas de interpretar o mundo e orga-niza-lo”. Ou seja, ao invés de repro-duzir impensadamente a culturaestabelecida, a escola pode questio-nar essa mesma cultura e modificá-laatravés de medidas práticas. No casoda promoção à eqüidade de gênero,essa ainda é uma prática pouco visí-vel que precisa ser modificada.

Ao referir-se a tais mudanças, afir-ma Viezzer (2004, p. 3): “neste senti-do, mudar a linguagem sexista signifi-ca aceitar o desafio de romper com

sistemas de educação e práticas se-xistas para criar nova consciência enovas atitudes e formas de relaçõesentre homens e mulheres”.

O discurso pode ajudar na promo-ção da eqüidade de gênero atravésda desconstrução de costumes arrai-gados pela sociedade historicamen-te, segundo Eagleton (apud LOURO,1996), para quem a proposta dedesconstrução consiste em desmon-tar a lógica das operações binárias e,a partir daí, desconstruir a lógica dossistemas tradicionais de pensamento.Esse processo pressupõe adeslocação dos termos, a fim de de-monstrar que cada um está presenteno outro e evidenciar que as oposi-ções são construídas histórica elingüisticamente.

Portanto, a análise do Discursopode contribuir para a eqüidade degênero ao analisar as posturas soci-almente estabelecidas e valorizadas -tidas como naturais de cada sexo - e,refletir sobre elas, propondo a neces-sária mudança social. Como asseveraMoreno (1999, p. 74), “não intervirequivale a apoiar o modelo existen-te”. Podemos sonhar com a eqüidadede gênero, mas precisamos para issofocalizar nossas ações para uma prá-tica renovadora e isso acontece prin-cipalmente através das nossas açõese dos nossos discursos.

REFERÊNFigura 3 - Encontro 3 -Jogo da estátua em duplas, livre: os

escultores montam suas

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estátuas.CIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Revis-ta Professor, Brasília, ano 1, n. 1, out.2003.

FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudan-ça social. Brasília: UNB, 2001.

LEITÃO, E. V. A mulher na língua dopovo. Belo Horizonte: Itatiaia, 1988.

LOURO, G. L. Nas redes do conceitode gênero. (1996). Disponível em: <http://www.ufrgs.br/faced/geerge/redes.htm >. Acesso em: 16 mai. 2004.

MORENO, M. Como se ensina a sermenina: o sexismo na escola. Traduçãode Ana Venitte Fuzato. São Paulo: Mo-derna, 1999.

VIEZZER, M. L. Campanha por umaeducação não discriminatória na Amé-rica Latina: 21 de junho. Disponível em:< http://www.redemulher.org.br/encarte52.html >. Acesso em: 20 mai.2004.