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Língua Portuguesa Professora Cláudia A. Carvalho. Assunto: Gramática e Interpretação de texto. Questão 1) QUINO Na tirinha de Mafalda, é perceptível a presença da ironia, figura de linguagem utilizada para dizer o contrário daquilo que se pensa. A sua aplicação se dá, muitas vezes, com o objetivo de denunciar, criticar ou censurar algo. Esse recurso é fator determinante para o humor da tirinha, pois a) mostra que Mafalda não é apreciadora de música eletrônica. b) apresenta a noção de que Mafalda rejeita qualquer inovação cultural. c) investe na ideia de que a música eletrônica não é viável para rádios antigos. d) critica a música eletrônica, causa constante de problemas em aparelhos de rádio. e) demonstra que Mafalda, embora não goste de ouvir rádio, é fã de música eletrônica. Questão 2) Rodrigo Chaves

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Page 1: Língua Portuguesa Professora Cláudia A. Carvalho. Assunto ... · MATOS, Gregório de. Antologia poética. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. ... ainda não é o suficiente para

Língua Portuguesa

Professora Cláudia A. Carvalho.

Assunto: Gramática e Interpretação de texto.

Questão 1)

QUINO

Na tirinha de Mafalda, é perceptível a presença da ironia, figura de linguagem utilizada para dizer o

contrário daquilo que se pensa. A sua aplicação se dá, muitas vezes, com o objetivo de denunciar, criticar

ou censurar algo. Esse recurso é fator determinante para o humor da tirinha, pois

a) mostra que Mafalda não é apreciadora de música eletrônica.

b) apresenta a noção de que Mafalda rejeita qualquer inovação cultural.

c) investe na ideia de que a música eletrônica não é viável para rádios antigos.

d) critica a música eletrônica, causa constante de problemas em aparelhos de rádio.

e) demonstra que Mafalda, embora não goste de ouvir rádio, é fã de música eletrônica.

Questão 2)

Rodrigo Chaves

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A situação comunicativa apresentada no cartum traz características de linguagem e recursos expressivos

que permitem identificar o gênero textual “resenha crítica”. Entre as características deste gênero estão

a) a análise e a apreciação de um produto cultural.

b) a objetividade crítica sem juízo de valor e o uso de uma linguagem lírica.

c) a subjetividade e o senso opinativo para julgar comportamentos sociais.

d) o compromisso com o gosto do leitor e a relatividade de opinião na análise.

e) o gosto por produtos culturais de massa e a objetividade na emissão de opiniões.

Questão 3)

Rompe o poeta com a primeira impaciência querendo declarar-se e temendo perder por ousado

Anjo no nome. Angélica na cara,

Isso é ser flor e anjo juntamente,

Ser Angélica flor e anjo florente,

Em quem, senão em vós se uniformara?

Quem veria uma flor, que a não cortara

De verde pé, de rama florescente?

E quem um Anjo vira tão luzente,

Que por seu Deus, o não idolatrara?

Se como Anjo sois dos meus altares,

Fôreis o meu custódio, e minha guarda,

Livrara eu de diabólicos azares.

Mas vejo, que tão bela, e tão galharda,

Posto que Anjos nunca dão pesares,

Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.

MATOS, Gregório de. Antologia poética. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.

No poema exposto de Gregório de Matos, predomina a função da linguagem

a) fática, pois o autor procura testar o canal da comunicação.

b) apelativa, porque há um forte caráter persuasivo na mensagem.

c) poética, pois chama a atenção para a elaboração estética do texto.

d) referencial, pois há ênfase nas informações apresentadas acerca da realidade.

e) metalinguística, já que a mensagem está centrada no próprio código linguístico do poeta.

Questão 4)

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O humor contido na tirinha expressa a ideia de que

a) a suposta dúvida da menina quanto ao que sente perturba o seu namorado, deixando-o atônito.

b) há uma quebra da expectativa semântica da tirinha, provocada por um desconhecimento vocabular.

c) a reciprocidade do sentimento, não sendo verdadeira, propõe uma noção de que a menina é infiel.

d) a quebra da linearidade semântica da tirinha está associada à não reciprocidade do sentimento

dos interlocutores.

e) o amor do garoto não é correspondido por sua namorada somente por ela desconhecer a norma culta

da linguagem.

Questão 5)

O futebol pode ser tido como mais uma forma de espetáculo usado pela mídia: “de uma população total de 6,75 bilhões de

pessoas, mais de 3,5 bilhões assistem, habitualmente, a partidas de futebol” (VIVIANA apud AGUIAR; PROCHNIK, 2010). Isso

mostra que mais da metade da população da Terra tem interesse por esse esporte. O vôlei ainda não causa o impacto do futebol na sociedade brasileira, mas aos poucos está conquistando seu espaço.

Após diversas conquistas importantes na década de 2000, os veículos midiáticos estão oferecendo mais espaço para o vôlei, mas

ainda não é o suficiente para a grandeza que o esporte já tem no país, pois se resume a transmissões esporádicas. Os campeonatos nacionais de vôlei, tanto o feminino quanto o masculino, são um dos mais importantes do mundo e

contam com jogadores de fama internacional. Apesar disso, a transmissão em canais abertos de televisão se resume a finais de

turnos. O esporte não teria alcançado a importância política, econômica e cultural de que desfruta hoje não fosse sua associação

com a televisão, associação esta que criou uma “realidade textual autônoma”: o esporte tele-espetáculo (BETTI,1998).

Disponível em: <http://www.intercom.org.br/papers/regionais/sudeste2012/resumos/ R33-0137-1.pdf> (adaptado). Acesso em: 16 dez. 2013.

A difusão dos esportes na mídia tem contribuído significativamente para popularizá-los. No Brasil, essa difusão também

propiciou o acesso a outra diversidade de atividades físicas e esportes coletivos que

a) promovem a ascensão de esportes individuais, como o basquete, o judô e a musculação.

b) auxiliam o estabelecimento de uma ausência de diálogo com os universos sociais e regionais.

c) reproduzem as mesmas características técnicas do futebol, mas guardam profunda relação com a violência.

d) têm sido apontados como responsáveis pelo aumento do número de praticantes de atividades esportivas.

e) estimulam o individualismo em detrimento do coletivismo, retirando do esporte a sua capacidade de aproximar

os diferentes.

Questão 6)

Texto 1

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Usuários reclamam que novo iPhone 6 Plus entorta

se colocado no bolso

Por ser fabricado com fina camada de alumínio, novo

produto da Apple pode se deformar se submetido a

pressão e calor

Disponível em: <http://oglobo.globo.com>. Acesso em: 3 jan. 2015.

Texto 2

Divulgação

Analisando os dois textos e sua correlação, percebe-se que o texto 2 institui uma piada intertextual acerca

da composição artística do famoso pintor espanhol Salvador Dalí. Tal relação se estabelece por meio de

um(a)

a) plágio.

b) pastiche.

c) paráfrase.

d) paródia.

e) citação.

Questão 7)

Reprodução

O humor presente na charge anterior reside na ideia de que

a) a balança representa a felicidade feminina, denotando a satisfação com o próprio peso.

b) o choro da mãe da personagem representa uma descoberta infeliz proporcionada pela balança.

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c) a advertência representa o cuidado de uma personagem com a outra, baseada na possibilidade de a

balança estar quebrada.

d) a personagem impedida de subir na balança está fora do peso, por isso não deveria subir na balança.

e) a frustração da personagem está na dor de sua mãe ao descobrir que está abaixo do seu peso.

Questão 8)

Divulgação

O texto publicitário, pela sua própria natureza, carrega-se de elementos de natureza persuasiva.

O receptor está sendo “seduzido” a consumir um produto ou tornar-se adepto de uma ideia. Neste

anúncio, por exemplo, o principal elemento a voltar-se diretamente para o receptor/leitor da mensagem é

a) a indumentária das personagens de Walt Disney.

b) a imagem grandiosa de um globo ao fundo.

c) a presença do modo imperativo.

d) a cotação do dólar abaixo do mercado.

e) a indicação do nome da empresa a oferecer pacotes turísticos.

Questão 9)

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Disponível em: <http://minhavidavai.blogspot.com.br>. Acesso em: 1o mar. 2013.

A charge utilizou-se de uma famosa escultura do famoso escultor francês Rodin a fim de promover uma

sátira, fato que se caracteriza como

a) paráfrase.

b) metáfora.

c) paródia.

d) símile.

e) plágio.

Questão 10)

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Disponível em: <http://goo.gl/bHvaO>. Acesso em: 2 maio 2013.

Para convencer o leitor, o anúncio emprega como recurso expressivo, principalmente,

a) a imagem da filha de Silvia Almeida.

b) o uso dos verbos no modo imperativo.

c) a repetição enfática do número 136.

d) o uso de metáforas como “dançar” e “viajar”.

e) a informação sobre as consequências do abandono da medicação.

Questão 11)

Disponível em: <http://goo.gl/Hz7v5>. Acesso em: 2 maio 2013.

O efeito de humor da tirinha se deve ao fato

a) de Calvin evitar o contato com o universo feminino.

b) de a amiga de Calvin assumir uma postura conservadora na brincadeira.

c) de o discurso de Calvin ser permeado por uma visão de mundo inovadora.

d) de o discurso da amiga de Calvin romper com as expectativas formuladas no primeiro quadro.

e) de Calvin permanecer sem compreender a evolução das brincadeiras na contemporaneidade.

Questão 12)

Inclassificáveis

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que preto, que branco, que índio o quê? que branco, que índio, que preto o quê? que índio, que preto, que branco o quê?

que preto branco índio o quê? branco índio preto o quê? índio preto branco o quê?

aqui somos mestiços mulatos cafuzos pardos mamelucos sararás crilouros guaranisseis e judárabes

Arnaldo Antunes.

Disponível em: <http://letras.mus.br/arnaldo-antunes/91636/>. Acesso em: 25 abr. 2013.

A partir da leitura do último verso da canção, pode-se perceber que há nele o uso de

a) regionalismos, por conter palavras características de determinada área geográfica.

b) termos técnicos, vocábulos que designam elementos de área específica de atividade.

c) estrangeirismos, elementos linguísticos originados em outras línguas e representativos de outras culturas.

d) neologismos, criações de novos itens linguísticos pelos mecanismos que o sistema da língua disponibiliza.

e) gírias, que compõem uma linguagem originada em determinado grupo social e que pode vir a se disseminar em uma

comunidade mais ampla.

Questão 13)

Cecilia Whitaker Alves Pinto – Ciça. Pagando o pato. Porto Alegre: L&PM, 2006

Analisando os recursos expressivos empregados na tirinha, pode-se inferir que

a) o humor decorre da inversão dos papéis sociais, pois o filho é que deveria estar ajudando o pai com as tarefas escolares.

b) a artista se utilizou da figura de linguagem antítese, pois as personagens são seres não humanos aos quais ela

atribuiu reações próprias de humanos.

c) o discurso do filho, obedecendo às regras da língua culta, ratifica a preocupação da artista com o uso do registro formal da

língua.

d) o silêncio do pai demonstra a fraqueza de seu caráter e a sua desilusão com o destino educacional e político do filho.

e) o registro de uma linguagem tipicamente coloquial se dá na seguinte passagem: ‘‘[...] ou você precisa ainda que eu te ajude a

fazer minha lição de casa?”

Questão 14)

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Reprodução

A partir da análise dos recursos expressivos utilizados pelo artista Benett na charge, é possível inferir que

a) o Brasil é um país que obedece ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

b) os problemas sociais só serão resolvidos quando houver punição pública dos infratores.

c) os postes deveriam ser lugares de exibição pública de pessoas envolvidas com ações criminosas.

d) a nudez do menor amarrado ao poste expõe as fraturas nevrálgicas da sociedade brasileira.

e) a ausência da letra I demonstra que o Brasil é o país da impunidade.

Questão 15)

Os padrões de comunicação, assim como seus respectivos significados, estão atrelados ao

contexto histórico e cultural. É exatamente o que está ilustrado na charge anterior. Por meio da referência

histórica nela presente, é possível inferir que o principal objetivo do texto é

a) criticar as redes sociais no que se refere ao seu caráter alienador, numa referência à política do “pão e

circo” incentivada pelos césares romanos.

b) estabelecer o padrão “curtir”, presente nas redes sociais, como ícone absoluto e fidedigno da

aprovação.

c) relativizar a importância da linguagem gestual como geradora de significados no decorrer da história.

d) enfatizar a aceitabilidade entre os indivíduos dos padrões de comunicação presentes nas redes sociais.

e) atenuar os desmandos da política do “pão e circo” adotada pelo império romano.

Questão 16)

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Carta do leitor

Paleontólogo

“Eu me apresento como um dos mais novos leitores. Minha amiga me deu uma assinatura de

presente de Natal. O meu sonho é ser paleontólogo, já li várias matérias de vocês sobre o assunto.

Se possível, gostaria que publicassem mais textos sobre dinossauros e também sobre os museus

que existem no Brasil. Mando um abraço para o Rex, a Diná, o Zíper e para todo o pessoal da CHC”.

Davi Felipe de Oliveira. São Paulo/SP

A CHC 128 traz uma matéria sobre a profissão de paleontólogo, Davi. Estude bastante. Quem sabe

um dia você não escreve um artigo sobre paleontologia para a CHC! Abraços do Rex e de toda a turma!

CHC, 162 – outubro de 2005, p.29.

* CHC – Ciência Hoje das Crianças.

Disponível em: <http://www.ple.uem.br/3celli_anais/trabalhos/estudos_linguisticos/pfd_ linguisticos/096.pdf>. Acesso em 27 jul. 2012.

Devido à dinamicidade dos gêneros discursivos em função das necessidades socioculturais de

nossa sociedade, o gênero carta originou outros gêneros – uma diversidade de cartas – como a carta

familiar, a carta íntima, a carta de amor, a carta circular, a carta propaganda, a carta aberta, a carta de

solicitação, a carta de reclamação, a carta ao leitor, a carta do leitor, dentre outras. Assim, para utilizar-se

de algum gênero textual, é preciso que conheçamos os seus elementos. Como vimos anteriormente, a

carta de leitor é um gênero textual que

a) apresenta sua estrutura por parágrafos, organizado pela tipologia da ordem da injunção (comando) e

estilo de linguagem com alto grau de formalidade.

b) se inscreve em uma categoria cujo objetivo é o de descrever os assuntos e temas que circularam nos

jornais e revistas do país semanalmente.

c) se organiza por uma estrutura de elementos bastante inflexível em que o locutor encaminha a

ampliação dos temas tratados para sites do governo.

d) se constitui por um estilo caracterizado pelo uso da variedade não padrão da língua e tema construído

por fatos políticos.

e) se organiza em torno de um tema, de um estilo e em forma de paragrafação, representando, em

conjunto, as ideias e opiniões de locutores que interagem diretamente com o veículo de comunicação.

Questão 17)

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Ao se observar os recursos expressivos envolvidos na construção da charge, pode-se inferir que

a) o futebol brasileiro se caracteriza pela violência fora e dentro de campo.

b) a bandeira manchada de sangue denuncia a violência experimentada pelo jovem brasileiro.

c) todos os expectadores do corpo morto apresentam um comportamento similar.

d) denuncia o aumento dos crimes por armas brancas no país.

e) mostra a indiferença e a banalização com que a violência é tratada na rotina dos brasileiros.

Questão 18)

Ao proporcionar uma releitura das notícias, ao mesmo tempo em que sugere, a charge

esconde significados, constituindo-se como um discurso que dialoga com os saberes pré-

construídos, guardados na memória do dizer, sentidos do que é dizível e circula na sociedade. Analisando

os recursos expressivos da charge anterior, pode-se inferir que os aspectos

a) denotativos e referenciais da expressão “julgamento do mensalão” são os principais responsáveis pelo

humor.

b) icônicos descaracterizam o gênero charge, pois desprestigiam a comunicação através dos recursos

linguísticos.

c) interativos entre os recursos verbais e não verbais contribuem para a construção do humor em gêneros

que excluem a linguagem mista.

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d) metonímicos não verbais associados aos linguísticos ratificam a presença do humor no gênero textual

charge.

e) polissêmicos invalidam a construção de uma atmosfera responsável pela consolidação de um viés

humorístico no texto.

Questão 19)

Quase metade dos brasileiros teve seu perfil invadido nas redes sociais

Uma dica dos especialistas: nunca digite uma senha mais de duas vezes para acessar sua página na rede

social.

São Paulo – No Brasil, 45% dos usuários das redes sociais tiveram seus perfis invadidos

por cybercriminosos. Segundo a pesquisa da Norton, este é o segundo crime digital mais comum

no país. No topo do ranking, estão os ataques com vírus de computador, como o malware (vírus que

têm intenção de causar algum dano ou roubo de dados); já o terceiro tipo mais utilizado são os ataques

de phishing (uma prática de enganar os usuários com o objetivo de fazer com que informem seus

dados pessoais).

De acordo com o estudo, cada vez mais os hackers têm se aproveitado das mídias digitais, como Facebook

e Twitter, para aplicar golpes com os usuários dessas redes.

Tempo de acesso – No Brasil, o tempo médio de navegação dos usuários é de 30 horas semanais, acima da

média global, que é de 24 horas. Quanto mais tempo uma pessoa fica conectada à internet, maior é o risco

de ser atacada. No país, 69% dos usuários de internet não possuem um programa de proteção instalado

nas máquinas, o que facilita o ataque dos hackers.

Dicas de segurança – Alguns cuidados podem ajudar a evitar o ataque destes criminosos. Um deles é não

clicar em posts suspeitos ou naquelas mensagens que dizem “saiba quem visitou seu perfil” e links

parecidos.

Não aceite convite de ser amigo ou seguidor de pessoas desconhecidas e também nunca digite uma senha

mais de duas vezes para acessar sua página na rede social. Quando for realizar compras on-line, desconfie

das grandes ofertas.

Com Welington Vital de Oliveira, InfoMoney. Disponível em: <https://barradascomunicacao.wordpress.com/page/177/>. Acesso em: 28 nov. 2012.

O texto anterior é um exemplo de recorrência aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de

comunicação e informação para resolver problemas sociais porque

a) indica Facebook, Twitter e LinkedIn como as redes sociais mais interessantes para a atuação de hackers.

b) associa o baixo índice de permanência do brasileiro na internet ao número abusivo de crimes virtuais.

c) procura esclarecer os leitores sobre os perigos que há por trás de posts suspeitos e links educativos.

Page 13: Língua Portuguesa Professora Cláudia A. Carvalho. Assunto ... · MATOS, Gregório de. Antologia poética. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. ... ainda não é o suficiente para

d) enumera os principais tipos de crime virtual, destacando em terceiro lugar os ataques virais.

e) aponta o phishing como o mecanismo de defesa mais salutar para combater os cybercriminosos.

Questão 20)

Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos, até a outra ponta que contra o

norte vem, de que nós deste porte houvemos vista, será tamanha que haverá nela bem 20 ou 25 léguas

por costa. Traz, ao longo do mar, em algumas partes, grandes barreiras, algumas vermelhas, algumas

brancas; e a terra por cima é toda plana e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta é toda praia

rasa, muito plana e bem formosa. Pelo sertão, pareceu-nos do mar muito grande, porque a estender a

vista não podíamos ver senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. Nela, até agora, não

pudemos saber que haja ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de ferro; nem as vimos. Mas

a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho, porque, neste

tempo de agora, assim os achávamos como os de lá. Águas são muitas e infindas. De tal maneira é graciosa

que, querendo aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas que tem. Mas o melhor fruto que nela se

pode fazer, me parece que será salvar esta gente; e esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza

nela deve lançar.

Carta de Pero Vaz de Caminha. Revista Trimestral do Instituto Historico Geographico e Ethnographico do Brasil. Rio de Janeiro, B. L. Garnier – Livreiro Editor:

1877. Tomo XL parte segunda.

O texto possui expressões destacadas que divergem de forma marcante da conformação atual da

construção linguística portuguesa, principalmente no tocante

a) ao gênero.

b) ao campo lexical.

c) à forma de pronúncia.

d) à composição vocabular.

e) à estrutura sintática.

Questão 21)

Afrobetizar a educação no Brasil

No morro do Cantagalo, no Rio de Janeiro, a psicóloga Vanessa Andrade ouvia com frequência: “Ai,

tia, que cabelo feio” ou então “tia bruxa”. Essa era a reação dos pequenos quando ela passava pelas ruas

com seu cabelo afro. Segundo Andrade, isso ocorria porque essas crianças estavam desacostumadas a

enxergar a beleza presente no jeito negro de ser. “Isso me doía muito, mas ao mesmo tempo me

convocava para uma missão maior de tentar mudar o pensamento dessas crianças”, conta a psicóloga e

coordenadora do projeto Afrobetizar.

Quando se trata de identidade, as escolas brasileiras são monocromáticas nos livros e nas histórias.

Nossa educação não possibilita que alunos negros encontrem seu caminho e conheçam o lado verdadeiro

da vida e da cultura africana presente de forma intensa no Brasil. Com a finalidade de mostrar que outra

pedagogia é possível, Andrade iniciou um trabalho intenso de transformação social no Cantagalo.

CACIAN, Vanessa. Afrobetizar a educação no Brasil. Negro Belchior, Rio de Janeiro, 23 fev. 2015.

Disponível em: <http://negrobelchior.cartacapital.com.br>. Disponível em: 20 abr. 2015.

Qual recurso de linguagem é observado no título da notícia anterior?

Page 14: Língua Portuguesa Professora Cláudia A. Carvalho. Assunto ... · MATOS, Gregório de. Antologia poética. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. ... ainda não é o suficiente para

a) Aforismo, por expor uma máxima de cunho moral em poucas palavras.

b) Regionalismo, por apresentar expressão típica de determinado espaço geográfico.

c) Estrangeirismo, por utilizar expressões linguísticas derivadas de outras culturas.

d) Neologismo, por aproveitar os mecanismos da língua para criar novos vocábulos.

e) Termo técnico, por exibir vocábulo específico de determinada área de atividade.

Questão 22)

Divulgação

O texto dessa campanha governamental está inserido em um sistema de comunicação que utiliza

a) a linguagem verbal em comunhão com o uso de outras linguagens.

b) a dissociação entre a palavra e a imagem no processo de construção da mensagem.

c) o predomínio de elementos visuais, tornando desnecessária a linguagem verbal.

d) a superposição de planos e a profusão de imagens com a ausência de elementos verbais.

e) o uso do imperativo verbal como condição imprescindível para o contato com o receptor da mensagem.

Questão 23)

Page 15: Língua Portuguesa Professora Cláudia A. Carvalho. Assunto ... · MATOS, Gregório de. Antologia poética. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. ... ainda não é o suficiente para

QUINO

De acordo com a leitura da tirinha, percebe-se que o humor decorre da ideia de que

a) Manolito desconstrói a noção de importância que os valores morais podem assumir em função dos

valores monetários.

b) há uma subversão da palavra valores, o que é demonstrado por Manolito ao expressar sua

indulgência com valores morais.

c) Mafalda entende apenas os conceitos de ordem moral acerca dos discutidos valores, não entendendo

a afirmação de Manolito.

d) os valores questionados assumem um contexto ambíguo, impossível de ser desfeito apenas com o texto.

e) as duas personagens da tirinha convergem quanto ao conceito de valores e divergem quanto à

importância dos valores financeiros.

Questão 24)

Querô

DELEGADO — Então desce ele. Vê o que arrancam desse sacana.

SARARÁ — Só que tem um porém. Ele é menor.

DELEGADO — Então vai com jeito. Depois a gente entrega pro juiz.

(Luz apaga no delegado e acende no repórter, que se dirige ao público.)

REPÓRTER — E o Querô foi espremido, empilhado, esmagado de corpo e alma num cubículo imundo,

com outros meninos. Meninos todos espremidos, empilhados, esmagados de corpo e alma, alucinados

pelos seus desesperos, cegados por muitas aflições. Muitos meninos, com seus desesperos e seus ódios,

empilhados, espremidos, esmagados de corpo e alma no imundo cubículo do reformatório. E foi lá que o

Querô cresceu.

MARCOS, P. Melhor teatro. São Paulo: Global, 2003 (fragmento).

No discurso do repórter, a repetição causa um efeito de sentido de intensificação, construindo a ideia de

a) opressão física e moral, que gera rancor nos meninos.

b) repressão policial e social, que gera apatia nos meninos.

c) polêmica judicial e midiática, que gera confusão entre os meninos.

d) concepção educacional e carcerária, que gera comoção nos meninos.

e) informação crítica e jornalística, que gera indignação entre os meninos.

Questão 25)

Jogar limpo

Page 16: Língua Portuguesa Professora Cláudia A. Carvalho. Assunto ... · MATOS, Gregório de. Antologia poética. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967. ... ainda não é o suficiente para

Argumentar não é ganhar uma discussão a qualquer preço. Convencer alguém de algo é, antes de tudo,

uma alternativa à prática de ganhar uma questão no grito ou na violência física — ou não física. Não física,

dois pontos. Um político que mente descaradamente pode cativar eleitores.

Uma publicidade que joga baixo pode constranger multidões a consumir um produto danoso ao ambiente.

Há manipulações psicológicas não só na religião. E é comum pessoas agirem emocionalmente, porque

vítimas de ardilosa — e cangoteira — sedução. Embora a eficácia a todo preço não seja

argumentar, tampouco se trata de admitir só verdades científicas — formar opinião apenas depois de ver a

demonstração e as evidências, como a ciência faz. Argumentar é matéria da vida cotidiana, uma forma de

retórica, mas é um raciocínio que tenta convencer sem se tornar mero cálculo manipulativo, e pode ser

rigoroso sem ser científico.

Língua Portuguesa, São Paulo, ano 5, n. 66, abr. 2011 (adaptado).

No fragmento, opta-se por uma construção linguística bastante diferente em relação aos padrões

normalmente empregados na escrita. Trata-se da frase “Não física, dois pontos”. Nesse contexto, a escolha

por se representar por extenso o sinal de pontuação que deveria ser utilizado

a) enfatiza a metáfora de que o autor se vale para desenvolver seu ponto de vista sobre a arte

de argumentar.

b) diz respeito a um recurso de metalinguagem, evidenciando as relações e as estruturas presentes no

enunciado.

c) é um recurso estilístico que promove satisfatoriamente a sequenciação de ideias, introduzindo

apostos exemplificativos.

d) ilustra a flexibilidade na estruturação do gênero textual, a qual se concretiza no emprego da linguagem

conotativa.

e) prejudica a sequência do texto, provocando estranheza no leitor ao não desenvolver explicitamente o

raciocínio a partir de argumentos.

Questão 26)

Disponível em: http://clubedamafalda.blogspot.com.br. Acesso em: 21 set. 2011.

Nessa charge, o recurso morfossintático que colabora para o efeito de humor está indicado pelo(a)

a) emprego de uma oração adversativa, que orienta a quebra da expectativa ao final.

b) uso de conjunção aditiva, que cria uma relação de causa e efeito entre as ações.

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c) retomada do substantivo "mãe", que desfaz a ambiguidade dos sentidos a ele atribuídos.

d) utilização da forma pronominal "la", que reflete um tratamento formal do filho em relação à "mãe".

e) repetição da forma verbal "é", que reforça a relação de adição existente entre as orações.

Questão 27)

Casados e independentes

Um novo levantamento do IBGE mostra que o número de casamentos entre pessoas na faixa dos 60 anos

cresce, desde 2003, a um ritmo 60% maior que o observado na população brasileira como um todo...

...e um fator determinante é que cada vez mais pessoas nessa idade estão no mercado de trabalho, o que

lhes garante a independência financeira necessária para o matrimônio.

Fontes: IBGE e Organização Internacional do Trabalho (OIT) * Com base no último dado disponível, de 2008

Veja, São Paulo, 21 abr. 2010 (adaptado).

Os gráficos expõem dados estatísticos por meio de linguagem verbal e não verbal. No texto, o uso desse

recurso

a) exemplifica o aumento da expectativa de vida da população.

b) explica o crescimento da confiança na instituição do casamento.

c) mostra que a população brasileira aumentou nos últimos cinco anos.

d) indica que as taxas de casamento e emprego cresceram na mesma proporção.

e) sintetiza o crescente número de casamentos e de ocupação no mercado de trabalho.

Questão 28)

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Dik Browne

A ideia central da tirinha é a de que

a) a incapacidade de provocar medo nos outros é um valor imprescindível para os bárbaros.

b) a hostilidade é cultivada desde a infância como virtude no contexto sócio-cultural dos bárbaros.

c) Hamlet corrobora as tradições de seu meio social por preferir os livros às guerras.

d) os amiguinhos de Hamlet são forçados às suas escolhas pelos valores de sua comunidade.

e) os pais se preocupam com o futuro de seus filhos e desejam que eles se eximam da sociedade.

Questão 29)

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O anúncio publicitário está intimamente ligado ao ideário de consumo quando sua função é vender

um produto. No texto apresentado, utilizam-se elementos linguísticos e extralinguísticos para divulgar a

atração "Noites do Terror, de um parque de diversões. O entendimento da propaganda requer do leitor

a) a identificação com o público-alvo a que se destina o anúncio.

b) a avaliação da imagem como uma sátira às atrações de terror.

c) a atenção para a imagem da parte do corpo humano selecionada aleatoriamente.

d) o reconhecimento do intertexto entre a publicidade e um dito popular.

e) a percepção do sentido literal da expressão "noites do terror”, equivalente à expressão noites de

terror”.

Questão 30)

No capricho

O Adãozinho, meu cumpade, enquanto esperava pelo delegado, olhava para um quadro, a pintura

de uma senhora. Ao entrar a autoridade e percebendo que cabôco admirava tal figura, perguntou: "Que

tal? Gosta desse quadro?"

E o Adãozinho, com toda a sinceridade que Deus dá ao cabôco da roça: "Mas pelo amor de Deus, hein,

dotô! Que muié feia! Parece fiote de cruis-credo, parente do deus-me-livre, mais horríver que briga de

cego no escuro.”

Ao que o delegado não teve como deixar de confessar, um pouco secamente: "É a minha mãe." E o

cabôco, em cima da bucha, não perde a linha: "Mais dotô, inté que é uma feiura caprichada.”

BOLDRIN, R. Almanaque Brasil de Cultura Popular. São Paulo: Andreato Comunicação e Cultura, n.62, 2004 (adaptado).

Por suas características formais, por sua função e uso, o texto pertence ao gênero

a) anedota, pelo enredo e humor característicos.

b) crônica, pela abordagem literária de fatos do cotidiano.

c) depoimento, pela apresentação de experiências pessoais.

d) relato, pela descrição minuciosa de fatos verídicos.

e) reportagem, pelo registro impessoal de situações reais.

Questão 31)

Aquele bêbado

— Juro nunca mais beber — e fez o sinal da cruz com os indicadores. Acrescentou: — Álcool.

O mais ele achou que podia beber. Bebia paisagens, músicas de Tom Jobim, versos de Mário Quintana.

Tomou um pileque de Segall. Nos fins de semana, embebedava-se de Índia Reclinada, de Celso Antônio.

— Curou-se 100% do vício — comentavam os amigos.

Só ele sabia que andava mais bêbado que um gambá.

Morreu de etilismo abstrato, no meio de uma carraspana de pôr do sol no Leblon, e seu féretro ostentava

inúmeras coroas de ex-alcoólatras anônimos.

ANDRADE, C. D. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record, 1991.

A causa mortis do personagem, expressa no último parágrafo, adquire um efeito irônico no texto porque,

ao longo da narrativa, ocorre uma

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a) metaforização do sentido literal do verbo “beber”.

b) aproximação exagerada da estética abstracionista.

c) apresentação gradativa da coloquialidade da linguagem.

d) exploração hiperbólica da expressão “inúmeras coroas”.

e) citação aleatória de nomes de diferentes artistas.

Questão 32)

Folha de S.Paulo, Opinião. 14 jun. 2014.

O humor e a ironia identificam os recursos expressivos mais utilizados em gêneros como charges, tirinhas e

cartuns. Tais recursos fazem-se notar no texto em questão, principalmente

a) pelo exagero das formas, criando um efeito expressionista

b) pelo uso do jargão futebolístico por representante de outra classe social.

c) pelo monocromatismo e pela simplicidade formal

d) pelo exagero no uso dos clichês de jogadores de futebol em um discurso de cunho político.

e) pela representação da violência urbana de forma cômica e eloquente.

Questão 33)

A música pode ser definida como a combinação de sons ao longo do tempo. Cada produto final oriundo

da infinidade de combinações possíveis será diferente, dependendo da escolha das notas, de suas

durações, dos instrumentos utilizados, do estilo de música, da nacionalidade do compositor e do período

em que as obras foram compostas.

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Figura 1 - http://images.quebarato.com.br/photos/big/2/D/15A12D_2.jpg. Figura 2 - http://ourinhos.prefeituramunicipal.net/dados/fotos/2009/07/07/normal.

Figura 3 - http://www.edmontonculturalcapital.com/gallery/ edjazzfestival/JazzQuartet.jpg.

Figura 4 - http://www.filmica.com/jacintaescudos/archivos/Led-Zeppelin.jpg.

Das figuras que apresentam grupos musicais em ação, pode-se concluir que o(os) grupo(s) mostrado(s)

na(s) figura(s)

a) 1 executa um gênero característico da música brasileira, conhecido como chorinho.

b) 2 executa um gênero característico da música clássica, cujo compositor mais conhecido é Tom Jobim.

c) 3 executa um gênero característico da música europeia, que tem como

representantes Beethoven e Mozart.

d) 4 executa um tipo de música caracterizada pelos instrumentos acústicos, cuja intensidade e nível

de ruído permanecem na faixa dos 30 aos 40 decibéis.

e) 1 a 4 apresentam um produto final bastante semelhante, uma vez que as possibilidades de combinações

sonoras ao longo do tempo são limitadas.

Questão 34)

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BRASIL. Ministério da Saúde, 2009 (adaptado).

Os principais recursos utilizados para envolvimento e adesão do leitor à campanha institucional incluem

a) o emprego de enumeração de itens e apresentação de títulos expressivos.

b) o uso de orações subordinadas condicionais e temporais.

c) o emprego de pronomes como “você” e “sua” e o uso do imperativo.

d) a construção de figuras metafóricas e o uso de repetição.

e) o fornecimento de número de telefone gratuito para contato.

Questão 35)

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XAVIER, C. Quadrinho quadrado. Disponível em: http://www.releituras.com. Acesso em: 5 jul. 2009.

Tendo em vista a segunda fala do personagem entrevistado, constata-se que

a) o entrevistado deseja convencer o jornalista a não publicar um livro.

b) o principal objetivo do entrevistado é explicar o significado da palavra motivação.

c) são utilizados diversos recursos da linguagem literária, tais como a metáfora e a metonímia.

d) o entrevistado deseja informar de modo objetivo o jornalista sobre as etapas de produção de um livro.

e) o principal objetivo do entrevistado é evidenciar seu sentimento com relação ao processo de produção

de um livro.

Questão 36)

Saúde, no modelo atual de qualidade de vida, é o resultado das condições de alimentação,

habitação, educação, renda, trabalho, transporte, lazer, serviços médicos e acesso à atividade física

regular. Quanto ao acesso à atividade física, um dos elementos essenciais é a aptidão física, entendida

como a capacidade de a pessoa utilizar seu corpo — incluindo músculos, esqueleto, coração, enfim, todas

as partes —, de forma eficiente em suas atividades cotidianas; logo, quando se avalia a saúde de uma

pessoa, a aptidão física deve ser levada em conta.

A partir desse contexto, considera-se que uma pessoa tem boa aptidão física quando

a) apresenta uma postura regular.

b) pode se exercitar por períodos curtos de tempo.

c) pode desenvolver as atividades físicas do dia-a-dia, independentemente de sua idade.

d) pode executar suas atividades do dia a dia com vigor, atenção e uma fadiga de moderada a intensa.

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e) pode exercer atividades físicas no final do dia, mas suas reservas de energia são insuficientes

para atividades intelectuais.

Questão 37)

BROWNE, C. Hagar, o horrível. Jornal O GLOBO, Segundo Caderno. 20 fev. 2009.

A linguagem da tirinha revela

a) o uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas.

b) o uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua.

c) o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no segundo quadrinho.

d) o uso de um vocabulário específico para situações comunicativas de emergência.

e) a intenção comunicativa dos personagens: a de estabelecer a hierarquia entre eles.

Questão 38)

Oximoro, ou paradoxismo, é uma figura de retórica em que se combinam palavras de sentido oposto que

parecem excluir-se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão.

Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.

Considerando a definição apresentada, o fragmento poético da obra Cantares, de Hilda Hilst, publicada

em 2004, em que pode ser encontrada a referida figura de retórica é:

a) “Dos dois contemplo

rigor e fixidez.

Passado e sentimento

me contemplam” (p. 91).

b) “De sol e lua

De fogo e vento

Te enlaço” (p. 101).

c) “Areia, vou sorvendo

A água do teu rio” (p. 93).

d) “Ritualiza a matança

de quem só te deu vida.

E me deixa viver

nessa que morre” (p. 62).

e) “O bisturi e o verso.

Dois instrumentos

entre as minhas mãos” (p. 95).

Questão 39)

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Veja, 7 maio 1997.

Na parte superior do anúncio, há um comentário escrito à mão que aborda a questão das atividades

linguísticas e sua relação com as modalidades oral e escrita da língua. Esse comentário deixa evidente uma

posição crítica quanto a usos que se fazem da linguagem, enfatizando ser necessário

a) implementar a fala, tendo em vista maior desenvoltura, naturalidade e segurança no uso da língua .

b) conhecer gêneros mais formais da modalidade oral para a obtenção de clareza na comunicação oral

e escrita.

c) dominar as diferentes variedades do registro oral da língua portuguesa para escrever com

adequação, eficiência e correção.

d) empregar vocabulário adequado e usar regras da norma padrão da língua em se tratando da

modalidade escrita.

e) utilizar recursos mais expressivos e menos desgastados da variedade padrão da língua para se expressar

com alguma segurança e sucesso.

Questão 40)

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BRASIL. Ministério da Saúde. Revista Nordeste, João Pessoa, ano 3, n. 35, maio/jun. 2009.

O texto exemplifica um gênero textual híbrido entre carta e publicidade oficial. Em seu conteúdo, é

possível perceber aspectos relacionados a gêneros digitais. Considerando-se a função social das

informações geradas nos sistemas de comunicação e informação presentes no texto, infere-se que

a) a utilização do termo download indica restrição de leitura de informações a respeito de formas

de combate à dengue.

b) a diversidade dos sistemas de comunicação empregados e mencionados reduz a possibilidade de acesso

às informações a respeito do combate à dengue.

c) a utilização do material disponibilizado para download no site www.combatadengue.com.br restringe-se

ao receptor da publicidade.

d) a necessidade de atingir públicos distintos se revela por meio da estratégia de disponibilização

de informações empregada pelo emissor.

e) a utilização desse gênero textual compreende, no próprio texto, o detalhamento de informações

a respeito de formas de combate à dengue.

Questão 41)

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INFO Exame. Para quem vive de tecnologia. São Paulo: Ed. Abril, n.° 273, Nov. 2008, p. 20.

O impacto social das novas tecnologias de comunicação na vida das pessoas é enorme, como mostra a

tirinha acima, que representa, principalmente,

a) a velocidade com que uma tecnologia mais avançada substitui a anterior.

b) a advertência aos consumidores para que não sejam enganados por propagandas que só buscam o

lucro.

c) o apelo ao consumo promovido por estabelecimentos industriais por meio de anúncios de produtos de

última geração.

d) a atitude das empresas de telefonia celular que seguem estratégias de mercado agressivas para

disponibilizar seus produtos.

e) a constatação de que os estabelecimentos comerciais e as empresas de telefonia celular buscam

atender os desejos de seus clientes.

Questão 42)

Trabalhe, trabalhe, trabalhe.

Mas não se esqueça: vírgulas significam pausas.

Revista Língua Portuguesa, n.º 36, outubro de 2008, p. 30.

A publicidade utiliza recursos e elementos linguísticos e extralinguísticos para propagar sua mensagem. O

autor do texto publicitário acima, para construir seu sentido, baseia-se

a) na possibilidade de confundir o leitor quanto à sua rotina.

b) na certeza de surpreender o leitor com efeitos de humor.

c) na criação de dúvida quanto à quantidade de trabalho.

d) no duplo sentido da palavra pausas: pausa na escrita e pausa no trabalho.

e) no objetivo de irritar o leitor no que se refere à sua rotina de trabalho diária.

Questão 43)

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Disponível em: http://www.fundacaofia.com.br/ceats/eca_gibi/capa.htm. Acesso em: 3 maio 2009 (adaptado).

Para o uso cotidiano de qualquer gênero de texto que circula em nossa sociedade, é necessário que se

conheça sua finalidade, função social e organização textual. Pela leitura da história em quadrinhos, infere-

se que o gênero estatuto

a) pertence à esfera jurídica, por tratar de leis e ter como finalidade estabelecer normas e regras de

conduta.

b) caracteriza-se pelo uso de uma variedade linguística regional não padrão.

c) caracteriza-se pelo uso da linguagem coloquial.

d) estabelece o direito de todos os cidadãos.

e) apresenta elementos não verbais.

Questão 44)

Laerte. Disponível em: <www.laerte.com.br>. Acesso em: 14 jul. 2008.

Na tirinha acima, as expressões do segundo quadrinho

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a) iniciam o diálogo entre os personagens.

b) exprimem a necessidade de isolamento das pessoas.

c) funcionam como elementos de uma comunicação informativa.

d) evidenciam o caráter apelativo do diálogo entre os personagens.

e) emitem uma mensagem positiva sobre o estado de saúde dos personagens.

Questão 45)

S.O.S. Português

Por que os pronomes oblíquos têm esse nome e quais as regras para utilizá-los?

As expressões “pronome oblíquo” e “pronome reto” são oriundas do latim (casus obliquus e casus rectus).

Elas eram usadas para classificar as palavras de acordo com a função sintática. Quando estavam como

sujeito, pertenciam ao caso reto. Se exerciam outra função (exceto a de vocativo), eram relacionadas ao

caso oblíquo, pois um dos sentidos da palavra oblíquo é “não é direito ou reto”. Os pronomes pessoais da

língua portuguesa seguem o mesmo padrão: os que desempenham a função de sujeito (eu, tu, ele, nós, vós

e eles) são os pessoais do caso reto; e os que normalmente têm a função de complementos verbais (me,

mim, comigo, te, ti, contigo, o, os, a, as, lhe, lhes, se, si, consigo, nos, conosco, vos e convosco) são os do

caso oblíquo.

NOVA ESCOLA. Coluna “Na dúvida”, dez. 2008, p. 20.

Na descrição dos pronomes, estão implícitas regras de utilização adequadas para situações que exigem

linguagem formal. A estrutura que está de acordo com as regras apresentadas no texto é:

a) Eu observei ela.

b) Eu a vi no quarto.

c) Traga a tinta para eu.

d) Traga tinta para mim pintar.

e) Esse acordo é entre eu e você.

Questão 46)

PROCURE DIREITO PARA CHEGAR ONDE QUER

A nossa empresa desenvolveu um programa de estudos com vários cursos voltados para a carreira jurídica.

Usufrua as vantagens do melhor material didático, da estrutura física e tecnológica e da alta qualidade de

nosso corpo docente.

Após cada aula, são disponibilizadas online questões de provas de concursos públicos sobre o conteúdo

apresentado. A evolução do aprendizado é monitorada e o aluno recebe relatórios sobre o seu

desempenho.

Correio Braziliense. Caderno Simuladão, 28 abr. 2009, p. 5.

No texto publicitário acima, predomina a função conativa da linguagem, que é centrada no receptor da

mensagem. No texto em questão, os recursos de linguagem empregados têm o objetivo de convencer

a) alunos do ensino fundamental, já que se fala em “evolução do aprendizado”.

b) candidatos a concursos públicos, já que se refere a “vários cursos voltados para a carreira jurídica”.

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c) idosos que querem estudar por prazer, já que se destaca “as vantagens do melhor material didático, da

estrutura física e tecnológica”.

d) donas de casa que querem cultura geral, já que ressalta a comodidade do serviço no trecho “o aluno

recebe relatórios sobre o seu desempenho”.

e) jovens que cursam os cursos supletivos para jovens e adultos, já que mostra que “a nossa empresa

desenvolveu um programa de estudos com vários cursos”.

Questão 47)

Disponível em: <http://patacoadas-do-cleber.blogspot.com/2008/04/histria-em-quadrinhosgrafite-e-seus_4121.html>. Acesso em 18 jan. 2009.

Nas falas do 1.o e do 3.o quadrinhos, observam-se características que demonstram a intenção do cartunista

em adotar uma

a) linguagem culta na fala de Ataliba e do cientista, de acordo com as regras gramaticais do português

padrão.

b) linguagem bastante formal na fala do cientista, com emprego de termos técnicos de sua área de

pesquisa.

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c) variante regional na fala de um dos clones, típica da região brasileira em que os meninos nasceram e

foram criados.

d) linguagem coloquial na fala dos dois personagens, sem preocupação com as normas da língua,

objetivando uma comunicação mais eficaz.

e) variação de registro, para distinguir o discurso do cientista da fala de garotos, personagens de gerações

diferentes, em situações comunicativas bem diferenciadas.

Questão 48)

Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação, casos passados há dez anos — e, antes de começar,

digo os motivos por que silenciei e por que me decido. Não conservo notas: algumas que tomei foram

inutilizadas e, assim, com o decorrer do tempo, ia-me parecendo cada dia mais difícil, quase impossível,

redigir esta narrativa. Além disso, julgando a matéria superior às minhas forças, esperei que outros mais

aptos se ocupassem dela. Não vai aqui falsa modéstia, como adiante se verá. Também me afligiu a idéia de

jogar no papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que têm no registro civil. Repugnava-me

deformá-las, dar-lhes pseudônimo, fazer do livro uma espécie de romance; mas teria eu o direito de utilizá-

las em história presumivelmente verdadeira? Que diriam elas se se vissem impressas, realizando atos

esquecidos, repetindo palavras contestáveis e obliteradas?

RAMOS, Graciliano. Memórias do cárcere. Rio de Janeiro: Record, 2000, v.1, p. 33.

Em relação ao seu contexto literário e sócio-histórico, esse fragmento da obra Memórias do Cárcere, do

escritor Graciliano Ramos,

a) inova na ficção intimista que caracteriza a produção romanesca do modernismo da década de 30 do

século XX.

b) aborda literariamente teses socialistas, o que faz do romance de Graciliano Ramos um texto panfletário.

c) é marcada pelo traço regionalista pitoresco e romântico, que é retomado pelo autor em pleno

modernismo.

d) apresenta, em linguagem conscientemente trabalhada, a tensão entre o eu do escritor e o contexto que

o forma.

e) configura-se como uma narrativa de linguagem rebuscada e sintaxe complexa, de difícil leitura.

Questão 49)

Em entrevista à revista Info Exame, o pesquisador Don Tapscott, autor que estuda o fenômeno da

Geração Net, quando perguntado acerca do aumento do desnível entre quem tem acesso à tecnologia e

quem não tem, respondeu que “O divisor digital é um problema, mas está melhorando. Nos países mais

desenvolvidos, como os do G20 (grupo que inclui o Brasil), o acesso a ferramentas digitais não é

terrivelmente caro para a maioria da população. Obviamente, há famílias que têm dificuldades até para se

alimentar. Assim, a experiência de bibliotecas ou centros comunitários com acesso livre à Internet é

importante”.

INFO Exame. Para quem vive de tecnologia. São Paulo: Ed. Abril, n.° 274, dez. 2008, p. 53.(fragmento).

O acesso livre à Internet está relacionado ao acesso ao conhecimento produzido pela sociedade.

Considerando o exposto pelo autor, conclui-se que

a) o divisor digital não é um problema; na sua totalidade, os materiais disponíveis na Web funcionam como

formas de democratização da informação, independentemente de se tratar de países desenvolvidos ou

não desenvolvidos.

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b) é importante a experiência de bibliotecas e centros comunitários com acesso livre à internet, mesmo

que o problema representado pelo divisor digital esteja melhorando.

c) tanto nos países não desenvolvidos quanto nos países desenvolvidos o acesso às ferramentas digitais é

de baixo custo para a maioria da população.

d) o acesso às ferramentas digitais deve ser priorizado até pelas famílias que têm dificuldades para se

alimentar.

e) o acesso às ferramentas digitais, no Brasil, é “terrivelmente caro” para a maioria da população.

Questão 50)

Seca d’água

É triste para o Nordeste

o que a natureza fez

mandou 5 anos de seca

uma chuva em cada mês

e agora, em 85

mandou tudo de vez.

A sorte do nordestino

é mesmo de fazer dó

seca sem chuva é ruim

mas seca d’água é pior.

Quando chove brandamente

depressa nasce o capim

dá milho, arroz, feijão

mandioca e amendoim

mas como em 85

até o sapo achou ruim.

[...]

Meus senhores governantes

da nossa grande nação

o flagelo das enchentes

é de cortar o coração

muitas famílias vivendo

sem lar, sem roupa e sem pão.

ASSARÉ, Patativa do. Digo e não peço segredo. São Paulo: Escritura, 2001, p. 117-118.

Esse é um fragmento do poema Seca d’água, do poeta popular Patativa do Assaré. Nesse fragmento, a

relação entre o texto poético e o contexto social se verifica

a) por meio de metáforas complexas, ao gosto da tradição poética popular.

b) de maneira idealizada, deturpando a realidade pela sua formulação amena e cômica.

c) de forma direta e simples, que dispensa o uso de recursos literários, como rimas e figurações.

d) de modo explícito, mediada por oposições, como a apresentada no título.

e) na preocupação maior com a beleza da forma poética que com a representação da realidade do

Nordeste.

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