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5 a SÉRIE 6 o ANO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS Caderno do Aluno Volume 1 LÍNGUA PORTUGUESA Linguagens

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5a SÉRIE 6oANOENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAISCaderno do AlunoVolume 1

LÍNGUAPORTUGUESALinguagens

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MATERIAL DE APOIO AOCURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO

CADERNO DO ALUNO

LÍNGUA PORTUGUESAENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS

5a SÉRIE/6o ANOVOLUME 1

Nova edição

2014-2017

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DA EDUCAÇÃO

São Paulo

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Governo do Estado de São Paulo

Governador

Geraldo Alckmin

Vice-Governador

Guilherme Afif Domingos

Secretário da Educação

Herman Voorwald

Secretário-Adjunto

João Cardoso Palma Filho

Chefe de Gabinete

Fernando Padula Novaes

Subsecretária de Articulação Regional

Rosania Morales Morroni

Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP

Silvia Andrade da Cunha Galletta

Coordenadora de Gestão da Educação Básica

Maria Elizabete da Costa

Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos

Cleide Bauab Eid Bochixio

Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação

Educacional

Ione Cristina Ribeiro de Assunção

Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares

Ana Leonor Sala Alonso

Coordenadora de Orçamento e Finanças

Claudia Chiaroni Afuso

Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE

Barjas Negri

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Caro(a) aluno(a),

O Caderno do Aluno de Língua Portuguesa – volume 1 traz algumas experiências de aprendizagem es-

pecialmente elaboradas para que você tenha oportunidade de familiarizar-se com o emprego adequado da

Língua Portuguesa, para utilizá-la com competência nas diferentes situações de comunicação e nas relações

com outras pessoas, ao falar, ler ou escrever.

Neste volume, com a orientação do professor, você poderá enriquecer suas experiências de leitura e de

escrita, principalmente ao estudar “textos narrativos”, especificamente a “fábula”, o “conto”, a “narrativa

paradidática”, a “crônica” e a “letra de música”. Além disso, será de grande valia o estudo dos vários tipos de

coesão, que permitem a progressão discursiva do texto, e da linguagem verbal, de acordo com a necessidade

de produção do texto.

Acompanhe as explicações do professor, troque ideias, faça perguntas, anotações, não guarde dúvidas,

ajude e peça ajuda aos colegas. Organize-se para fazer as tarefas e manter-se sempre em dia com os estudos.

Vamos juntos aprender mais e mais a cada dia!

Bom estudo!

Equipe Curricular de Língua PortuguesaÁrea de Linguagens

Coordenadoria de Gestão da Educação Básica – CGEB

Secretaria da Educação do Estado de São Paulo

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Língua Portuguesa – 5a série/6o ano – Volume 1

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

QUEM CONTA A HISTÓRIA?

Leitura e análise de texto

Texto A

A cigarra e a formiga

A cigarra, tendo cantado por todo o verão, encontrou-se muito desprovida quando o vento frio chegou: não tinha nenhum pedacinho de mosca ou verme.

Ela foi chorar de fome na casa de sua vizinha, a formiga, suplicando que lhe empres-tasse algum grão para sobreviver até a próxima estação.

– Eu lhe pagarei, disse a cigarra, antes de agosto, palavra de animal, tudinho e com juros.A formiga não costuma emprestar, eis o seu menor defeito.– O que você fazia no verão? – disse ela à cigarra.– Eu cantava; por favor, não fique irritada.– Você cantava? Então já sei: agora dance!

LA FONTAINE. Fábula traduzida do original francês e adaptada especialmente para o São Paulo faz escola. Disponível em:

<http://www.memodata.com/2004/fr/fables_de_la_fontaine>. Acesso em: 17 maio 2013.

Texto B

Gilberta adora dançar, sai todas as sextas-feiras para ir ao forró perto de sua casa. No for-ró aproveita para saber das novidades da semana, pôr o papo em dia. Os dias em que seu amigo Pedro também aparece, ela dança muito mais, pois ele é um bailarino e tanto – dizem que Pedro dança “melhor” que Gilberta. Com Pedro, Gilberta percebe que inventa movimen-tos, fica mais leve e mais solta na pista de dança. Um dia, ela levou um xale para o forró e os dois criaram uma dança usando o xale. Nos dias em que Pedro não está, ela acaba dançando com pessoas que conhece pouco, com as próprias amigas, e não vê tanta graça no que faz.

MARQUES, Isabel A. Corpo e sociedade. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física – livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 53.

1. Com a orientação do professor, discuta em classe: Quais as semelhanças entre a fábula A cigarra e a formiga e a história de Gilberta?

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2. Após as discussões feitas em sala, anote o que você compreendeu sobre as quatro primeiras pa-lavras da lista a seguir. Leia o significado da expressão foco narrativo para relembrar:

personagem;

enredo;

tempo;

espaço;

foco narrativo.Dizemos que o foco narrativo está em primeira pessoa quando quem conta é uma personagem que par-ticipa da ação, e que está em terceira pessoa quando quem conta é uma voz que não participa da ação.

3. Analise o texto A cigarra e a formiga de acordo com as indicações a seguir, relembrando os con-ceitos apresentados na atividade anterior:

a) O foco narrativo está em primeira ou terceira pessoa?

b) Quais são as personagens?

c) Há marcas de passagem de tempo na história? Quais?

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d) Em quanto tempo parece que a história se passa?

e) O que sabemos sobre os espaços em que as personagens vivem suas ações?

Produção escrita

Você vai escrever uma breve história, a partir do seguinte tema: “um dia inesquecível”. Escolha um acontecimento bem importante de sua vida, algo de que você se lembre com detalhes.

Para facilitar sua produção, faça primeiro um esquema – uma espécie de esqueleto – para seu texto. No esquema, você deve apontar, de forma geral, as informações que serão solicitadas a seguir. Elas servirão de base para sua produção final.

1. Esquema de produção textual:

a) Relembre um dia de sua vida em que aconteceram fatos inesquecíveis. Coloque-os na se-quência em que aparecerão em seu texto.

b) Os acontecimentos que você vai contar se passaram em que intervalos de tempo? Minutos, horas?

c) Em que espaço sua história acontece? Casa, rua, um lugar isolado ou outro qualquer?

d) Quantas personagens a história apresenta? Descreva-as.

2. Com o esquema pronto, produza a versão final de sua história no caderno.

3. Após a produção do texto, responda: Você acha que seu texto representa tudo o que viveu ou sentiu naquele momento? Explique.

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4. Leia as definições a seguir:

autor: pessoa que cria uma obra (pode ser um texto, um livro inteiro, uma fotografia, um desenho etc.);

narrador: figura inventada que narra uma história.

Agora, responda: Quem é o autor de sua história? E o narrador?

Observe esta imagem. Que impressão ela provoca? Descreva o que você está vendo, apontando, com o máximo de detalhes, os elementos que causam essa impressão.

Leitura e análise de texto

Performance de dança Kathakali, da Índia.

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Conto

1. Leia o texto a seguir, procurando identificar o sentimento que o autor quer despertar no leitor. Ele é parte de um conto chamado O gato preto.

Quanto à fantástica e, ao mesmo tempo, prosaica história que estou prestes a narrar, não espero e nem peço que me acreditem. Eu seria um louco consumado se o esperasse em um caso como o presente, em que meus próprios sentidos rejeitam as evidências que se lhe apresentam. No entanto, não sou louco – e nem tampouco sonho. Mas amanhã eu morro, e hoje me apraz aliviar a alma. Meu desígnio imediato é apresentar ao mundo de forma simples, sucinta e desprovida de comentários uma série de meros acontecimentos domésticos. Com suas consequências, tais eventos me aterrorizaram – me torturaram – me destruíram. Contudo, esforçar-me-ei por não os explicar.

Para mim, os eventos mencionados pouco representam além do Horror – a muitos parecerão menos terríveis do que barrocos. Chegará o dia, talvez, em que algum intelecto reduzirá minha quimera ao prosaico – um intelecto mais ponderado, mais lógico e bem menos excitável que o meu, incapaz de ver, nas circunstâncias que detalharei estupefato, mais do que uma trivial série de causas e consequências perfeitamente explicáveis.

POE, Edgar Allan. O gato preto e outros contos. Organização e tradução de Guilherme da Silva Braga. São Paulo: Hedra, 2008. p. 41.

Leitura e análise de texto

2. Responda às questões, com base na leitura que você fez do fragmento do conto:

a) Que sentimento você acha que o autor quis provocar em seu leitor? Explique.

b) Escreva algumas palavras que o autor usou para provocar esse sentimento.

c) O texto é narrado em primeira ou terceira pessoa? Escreva um trecho do texto que compro-ve isso.

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4. Reúna-se com seus colegas, formando pequenos grupos, e discuta com eles as questões a seguir:

a) Essa história é contada em primeira ou terceira pessoa?

b) Sublinhe algumas palavras que podem indicar que o autor deseja que seu leitor sinta medo, depois as transcreva nas linhas a seguir.

c) O autor da história escolheu um tipo de foco narrativo. A escolha do autor fez diferença na maneira como a história é contada? Por quê?

Leitura e análise de texto

Conto

3. Leia o trecho a seguir.

Noturno XX

[...]

Os olhos de Jonas piscaram maliciosos: – E aí, Silviano?... Você continua aquele ter-rível Don Juan de província?... Eu me lembro das madrugadas em que você acordava todo mundo para contar detalhes da aventura que acabara de ter...

Silviano riu: – Como se vocês fossem uns anjinhos...

Bernardo apoiou Jonas: – Até que éramos, perto de você... Mal conhecíamos uma menina, ela logo se encantava com essa voz macia, esse olhar lânguido, triste... de quem ia “morrer amanhã”... Acho que você fazia o gênero poeta romântico do século XIX só para seduzir nossas namoradinhas...

[...]

– Nem por isso fui feliz. Tive amores, sim. Muitos. Mas, amor mesmo, só tive um. Falo de um grande amor, aquele grande amor que dá sentido à vida e que divide a gente em antes e depois. Esse, no meu caso, jaz morto e insepulto. Até hoje.

Os outros pararam, curiosos. A mesa tornou-se uma ilha de silêncio em meio aos ruí-dos encapelados que a margeavam. Arnaldo semicerrava os olhos, vencido pelo torpor que lhe subia do corpo até a cabeça.

LAURITO, Ilka B. Noturno XX. In: AZEVEDO, Álvares de. Noite na taverna. CAMPEDELLI, Samira Y. (Coord.).

São Paulo: Atual, 1992. p. 77. (Série Outras Palavras).

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d) A escolha do foco narrativo contribuiu para o efeito de medo que o texto quer provocar no leitor?

e) Se a história fosse modificada e narrada por outra voz dentro do texto, que resultado(s) essa mudança poderia causar?

LIÇÃO DE CASA

1. Se puder, vá ao laboratório de informática da escola, pesquise na internet sobre histórias de ter-ror e encontre uma narrativa que cause sensação de medo. Se não tiver acesso ao computador, peça a alguém de sua família que conte uma história de medo. Você também pode procurar no livro didático se há um texto com essas características. Depois de ler ou ouvir uma história de terror, reconte-a em seu caderno, procurando acrescentar elementos que possam causar ainda mais medo no leitor.

2. Em casa, ensaie uma forma de ler o texto que possa causar ainda mais medo em seus colegas de classe.

Oralidade

1. Em classe, leia a história de medo que você ensaiou em casa. Sua leitura deve reforçar o terror que a história já causa. Depois, a classe vai votar na leitura de que mais gostou. A partir desse texto, você discutirá com seus colegas as seguintes questões:

Quem é o narrador da história?

Esse narrador é a personagem principal, outra personagem ou é apenas uma voz que conta a his-tória?

2. Vamos imaginar que a história que vocês escolheram seja contada pelo protagonista (a persona-gem principal). Discuta com seus colegas: Se vocês recontassem a mesma narrativa a partir do olhar de outra personagem, a história ficaria diferente? Explique. Anote as conclusões da discus-são em seu caderno.

Estudo da língua

1. Leia o texto a seguir e veja se consegue compreendê-lo sem as palavras que faltam.

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2. Fica difícil compreender a fábula sem as palavras que faltam, não é mesmo? Então preencha os espaços vazios para completá-la. Se for preciso, consulte o texto completo que está no começo deste Caderno.

3. Você pode ter usado palavras diferentes para preencher os espaços, mas elas têm a mesma fina-lidade no texto. Pensando nisso, marque a resposta que indica essa finalidade:

a) dar nome aos seres que existem na história.

b) indicar qualidades desses seres.

4. Na fábula, há algumas palavras destacadas que têm uma finalidade comum no texto. Marque qual é essa finalidade:

a) dar nome aos seres que existem na história.

b) indicar qualidades desses seres.

5. As palavras que você usou para completar o texto chamam-se substantivos; as que estão destaca-das, adjetivos. Complete as frases:

a) substantivos são palavras que servem para

b) adjetivos são palavras que servem para

6. Para finalizar, o professor vai escrever no quadro a definição completa de adjetivo e substantivo. Copie as definições em seu caderno.

A cigarra e a formiga

A ..................., tendo cantado por todo o verão, encontrou-se muito desprovida quando o ................. frio chegou: não tinha nenhum pedacinho de ..................... ou .................

Ela foi chorar de ..................... na casa de sua vizinha, a ..................., suplicando que lhe emprestasse algum ................ para sobreviver até a próxima ....................

– Eu lhe pagarei, disse a ...................., antes de agosto, palavra de animal, tudinho e com juros.

A ..................... não costuma emprestar, eis o seu menor ......................

– O que você fazia no .....................? – disse ela à ......................

– Eu cantava; por favor, não fique irritada.

– Você cantava? Então já sei: agora dance!

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LIÇÃO DE CASA

1. Anote os exercícios sobre substantivos e adjetivos, do livro didático, indicados pelo professor. Faça-os em seu caderno.

2. Releia a história de Gilberta, no início desta Situação de Aprendizagem, e analise-a, de acordo com as indicações a seguir:

a) O foco narrativo está em primeira ou terceira pessoa?

b) Quais são as personagens?

c) Quanto tempo a história parece representar?

d) Há marcas de passagem de tempo na história? Quais?

e) O que sabemos sobre os espaços em que as personagens vivem suas ações?

3. Procure em seu livro didático uma narrativa em primeira pessoa e outra em terceira pessoa. Anote um trecho que comprove suas escolhas:

a) nome do texto escolhido e de seu autor;

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b) exemplo de narrativa em primeira pessoa;

c) nome do texto escolhido e de seu autor;

d) exemplo de narrativa em terceira pessoa.

PESQUISA INDIVIDUAL

1. Procure em um dicionário o sentido da palavra narrativa. Anote no espaço a seguir.

2. Em sala, você apresentará suas anotações a seus colegas e eles apresentarão as deles. Discutam e anotem a definição que o grupo considerar mais clara.

3. Os grupos apresentarão suas definições para toda a classe; o professor anotará as definições na lousa. Depois de discutirem as semelhanças e diferenças, vocês devem participar da cons-trução de uma definição de narrativa que pareça mais clara para a maioria dos grupos.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

CRIANDO UMA PERSONAGEM

Irerê

O Irerê tem esse nome porque, quando pia, parece que está dizendo i-re-rê. Mas é chamado também de marreca-piadeira, marreca-do-pará e marreca-viúva, pois ele é da família dos marrecos. E, como todo marreco, o irerê gosta de nadar, vive em bandos e faz ninho no meio da vegetação aquática.

O engraçado do irerê é que ele pode ser domesticado, se comportando como um cachorrinho: gosta de festinha na cabeça, anda solto no quintal e vai direitinho atrás do dono. E serve de cão de guarda também – quando chega algum estranho na casa, ele grita: Irerê! Irerê! Irerê!

MAIA, Pedro. Abc do Zôo. São Paulo: Cia das Letrinhas, 2006. p. 18.

Leitura e análise de texto

1. O irerê é uma ave, talvez desconhecida para você. Seu professor discutirá com a classe quais as características fornecidas pelo texto para descrever o animal e o lugar onde ele vive, ou seja, seu habitat. Anote, dessas descrições, as palavras que mais chamaram sua atenção:

características do irerê:

características de seu habitat:

2. Com base nas características da ave e do local, faça em seu caderno uma ilustração do irerê em seu habitat.

3. Seu professor selecionou uma narrativa do livro didático. Anote o nome da história, do autor, o(s) número(s) da(s) página(s) onde está e, depois da leitura, indique todos os seres que reali-zam alguma ação dentro do texto, as chamadas personagens.

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4. Depois das explicações de seu professor sobre o conceito de personagem, crie uma definição, com suas palavras.

5. Vocês vão criar uma personagem. Para tanto, seu professor mostrará algumas figuras de pessoas. Em grupos, escolham uma das imagens, observem-na com atenção e discutam:

a) Quais são suas características físicas?

b) Quais podem ser seus hábitos?

c) Qual parece ser sua idade?

d) Qual pode ser sua profissão?

6. Partindo das explicações dadas pelo professor, analise a fábula A cigarra e a formiga, apresentada na Situação de Aprendizagem 1, de acordo com as questões a seguir:

a) Como a fábula começa?

b) Por que as duas personagens principais entram em conflito?

c) Que fatos acontecem como consequência do conflito inicial?

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O irerê pertence à família dos marrecos. Ele também recebe outros nomes, como marreca-piadeira, por exemplo. Essa ave é fácil de ser domesticada. Quando ela vive com as pessoas, costuma comportar-se como um cachorrinho. O animal gosta de agrados e defende a casa quando chega um estranho, piando i-re-rê, i-re-rê.

d) Em que momento o conflito chega a seu ponto mais alto?

e) Como o conflito entre as personagens é resolvido?

Produção escrita

1. A partir da personagem criada na Atividade 5, você deve produzir uma narrativa curta, coeren-te com as características dela. Para facilitar a produção, primeiro responda às perguntas a seguir, em seu caderno. Depois, tendo como base o esquema organizado a partir das respostas dadas para as questões, faça a versão final de seu texto:

a) Como a história da sua personagem vai começar?

b) Por que e com quem a personagem vai entrar em conflito?

c) Que fatos acontecerão em consequência do conflito inicial?

d) Em que momento o conflito chegará a seu ponto mais alto?

e) Como será resolvido o conflito entre as personagens?

f ) Qual é o nome do texto a ser produzido?

Estudo da língua

1. No trecho a seguir, circule todas as palavras que foram usadas para substituir o nome irerê:

a) anote no quadro a seguir as palavras que você circulou;

Palavra que dá nome ao animal Palavras usadas para substituí-la

irerê

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b) separe, nas colunas do quadro a seguir, as palavras que você anotou.

Em nossa língua, há um grupo de palavras chamadas pronomes. Entre outras funções, são usadas para subs tituir outras, retomando-as e evitando repetições. A palavra ele é um exemplo de pronome.

Correta ( ) Incorreta ( )

2. Leia as sentenças a seguir:

a) João gosta muito de viajar, pois é um garoto cheio de vitalidade.

b) O cachorro Panqueca também gosta muito de viajar, pois é um animal companheiro e cheio de energia.

c) João gosta muito de viajar; ele é cheio de vitalidade.

d) O cachorro Panqueca também gosta muito de viajar; ele é um animal companheiro e cheio de energia.

3. Releia as sentenças, observando que a palavra garoto retomou João; a palavra animal retomou cachorro Panqueca; já a palavra ele pode retomar tanto um como o outro.

Sabendo para que a palavra ele foi usada nos textos, leia a frase a seguir e marque se ela está correta ou não.

Palavras que podem ser usadas para substituir ou retomar a palavra irerê

Palavras que, além de substituir irerê, podem ser usadas para substituir

qualquer nome

4. A partir das atividades que acabou de fazer e das explicações dadas pelo professor, escreva o que significa dizer que uma palavra é um pronome.

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O professor exibirá um filme, para análise de personagens. Após o término, escolha algumas personagens e discuta com seus colegas:

O professor vai auxiliar a classe a encontrar duas definições de pronome no livro didático ou em uma gramática normativa da Língua Portuguesa (ou em outra fonte que o professor indicar). Leia as duas, discuta com seus colegas e anote semelhanças e diferenças entre elas:

semelhanças entre as duas definições de pronome;

diferenças entre as duas definições de pronome.

PESQUISA EM GRUPO

Oralidade

a) Quais eram os traços das personagens escolhidas no início do filme? Suas falas, expressões, roupas, atitudes?

b) Houve mudança nesses traços no decorrer do filme? Por quê?

c) Como as personagens ficaram após as mudanças?

LIÇÃO DE CASA

1. Observe a imagem do irerê.

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Aponte diferenças e semelhanças entre seu desenho e a aparência real da ave e de seu habitat:

diferenças:

semelhanças.

2. A partir da ilustração do livro didático, que será indicada por seu professor, escreva uma descri-ção da personagem escolhida para análise.

3. A descrição que você fez é coerente com as ações que a personagem pratica na história? Com-prove, copiando um trecho do texto.

4. Para análise de personagem, vocês assistiram a um filme. Em seu caderno, conte o que acontece na história, destacando os fatos principais na ordem em que são apresentados. Limite-se a nar-rar os acontecimentos que envolvem a personagem principal.

5. Anote os exercícios sobre pronomes, do livro didático, indicados pelo professor. Faça-os em seu caderno.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

ILUSTRANDO A HISTÓRIA EM DOIS MOMENTOS

Leitura e análise de texto

Meu tio Jules

Um velho mendigo de barbas brancas pedia esmolas na rua. Para minha surpresa, meu amigo Davranche lhe deu cem souls, uma quantia alta. E assim explicou:

– Um coitado como esse me lembra uma história, que me persegue a vida toda... se você quiser ouvir, eu a contarei.

Claro que queria! Então foi isto que ouvi...

Minha família é originária do Havre e não era rica. Meu pai tinha um pequeno comér-cio e trabalhava de manhã à noite; ganhava pouco. Eu tinha duas irmãs.

Mamãe sofria muito com o aperto em que vivíamos e sempre tinha uma língua muito cruel para com papai. O pobre homem nada respondia, apenas se encolhia dian-te das broncas. A submissão e a covardia dele sempre me magoaram profundamente. Mas era um garoto, não tinha o direito de opinar.

Isso não impedia minha revolta, mas em silêncio.

Economizávamos em tudo: nunca aceitávamos um jantar para não ter que retri-buir, aproveitávamos os restos de comida para o dia seguinte, minhas irmãs costuravam as próprias roupas. Faziam-se cenas pavorosas por causa de botões perdidos ou calças rasgadas.

Aos domingos, porém, íamos passear pelo cais, vestindo nossas melhores roupas. Meu pai usava casaca, minhas irmãs seguiam na frente, sorridentes, porque estavam em idade de se casar e assim tentavam atrair algum pretendente. Nunca me esquecerei do modo solene com que meus pais se comportavam, nesses passeios de domingo. Era um ritual. Seguía-mos até o porto e, diante dos enormes navios que vinham de terras distantes, papai repetia as mesmas palavras:

– Hein? O que acha, querida? Já imaginou, se Jules estiver dentro de um desses barcos? Que surpresa!

Meu tio Jules, irmão de papai, representava nossa última esperança. Desde bebê eu ouvia falar do tio Jules. Ele havia usado sua parte do dinheiro que deveria ser de papai.

Naquela época, para que a família não se envergonhasse mais ainda, era costume en-viar a ovelha negra para a América. Foi o que fizeram: embarcaram tio Jules num navio que ia de Havre para Nova York e, por um tempo, nada mais se soube dele.

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Língua Portuguesa – 5a série/6o ano – Volume 1

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Porém chegou uma carta. Parece que meu tio Jules começou a negociar com não sei o que, e dizia juntar dinheiro. Em breve, pretendia recompensar a família.

Claro que a notícia era ótima, a carta foi mostrada pela cidade inteira... Em outra oca-sião, um capitão disse a papai que tio Jules havia alugado uma loja ampla e que estava en-riquecendo.

Uma segunda carta chegou, dois anos depois da primeira. Dessa vez, tio Jules dizia de uma viagem para a América do Sul, atrás de um ótimo negócio, e que provavelmente fica-ria alguns anos sem enviar notícias. Mas afirmava que voltaria rico.

Com efeito, durante dez anos não se teve notícias de tio Jules. Por isso, nos passeios dominicais, papai sempre vinha com aquela alegre possibilidade. Era como se tio Jules pudesse aparecer no convés e, acenando um lenço, trazer-nos o mais rico dos futuros.

Por aquela época, minha irmã mais nova estava com 20 anos, a outra, 26. Não se ca-savam, e isso era outro motivo de desgosto para meus pais.

Afinal, apareceu um pretendente para a mais nova. Era um empregado de banco, su-jeito trabalhador, embora não fosse rico. Tenho a certeza de que a carta do tio Jules, exibi-da certa noite, apressou a decisão do rapaz em marcar a data do casamento.

A família combinou que, após o casamento, todos iríamos fazer uma pequena viagem até Jersey.

Jersey era a excursão ideal para os pobres. É uma ilha próxima a Havre, mas pertence à Inglaterra.

Dá a pretensão de que se visitou terra estrangeira. Todos concentramos os maiores es-forços para que a viagem fosse inesquecível... Como realmente acabou sendo.

Embarcamos num vapor. O mar estava liso como uma mesa de mármore verde. Vía-mos a costa distanciando-se. Estávamos tão orgulhosos com nossa aventura! Meu pai, es-pecialmente. Sua casaca brilhava, e o cheiro de benzina, que sempre era usada para tirar as manchas, ficou marcado na minha lembrança.

Acontece que papai viu, ali no convés, dois ingleses oferecendo ostras para duas senho-ras elegantes.

Um marinheiro sujo e maltrapilho abria as conchas e as entregava aos cavalheiros.

Papai achou aquilo tudo de muito bom gosto e consultou minha mãe, sobre comerem ostras.

Mamãe temia pela despesa. Afinal, fez algumas reservas:

– Tenho medo de que embrulhem o estômago. Ofereça algumas às meninas. Não muitas, que podem lhes fazer mal. Ah, quanto a Joseph, não há necessidade. Os meninos não devem ser assim tão mimados.

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23

Apesar de achar injusto, não tive como reclamar. Então permaneci ao lado de mamãe, enquanto papai foi até o marinheiro junto com minhas irmãs. Eu o ouvi pedir as ostras. Tentou mostrar como deveriam comê-las e acabou derrubando a água da concha sobre o casaco.

– Desastrado! – reclamou mamãe.

Mas logo entendi que alguma coisa afetava meu pai. Deixou minhas irmãs e o genro comendo as ostras e se aproximou de nós. Murmurou:

– Estranho... É extraordinário como aquele marinheiro que abre as ostras se parece com Jules. Se eu não soubesse que ele anda pela América do Sul, diria que é ele.

– Você está louco! – disse mamãe. – Essa ostra já está lhe fazendo mal.

– Não, querida. Vá você mesma lá perto e olhe...

Mamãe disfarçou um pouco e se aproximou do marujo. Voltou ao nosso encontro, indignada. Ordenou a papai:

– Vá pedir informações ao capitão. Creio que é ele mesmo. Seja discreto, só falta esse patife cair nos nossos braços, agora!

Acompanhei meu pai no encontro com o capitão. Conversaram um pouco sobre ame-nidades e afinal papai se mostrou interessado pelo marinheiro, que lhe parecia familiar. Então ouvimos:

– É um velho vagabundo francês que encontrei na América no ano passado e a quem repatriei – disse o capitão. – Ao que me parece, tem parentes no Havre, mas não quer vol-tar para junto deles, pois lhes deve dinheiro. Chama-se Jules... Parece que chegou a fazer fortuna na América, mas o senhor bem se vê a que ficou reduzido.

Meu pai ficou pálido, suas mãos tremiam... Voltamos até onde estava mamãe e lhe demos a má notícia.

– Que faremos, que faremos? – dizia papai, transtornado.

Mamãe respondeu rapidamente:

– É preciso afastar as meninas. Já que está a par de tudo, Joseph, vá chamá-las. É pre-ciso tomar cuidado para que nosso genro nada perceba.

– Que catástrofe! – meu pai parecia desesperado.

– Bem que eu desconfiava que aquele gatuno não ia fazer coisa que prestasse! – mamãe estava furiosa.

– Como se fosse possível esperar algo de bom de um Davranche!

Meu pai passou a mão pela testa, como fazia quando ouvia as terríveis broncas da esposa.

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24

Mamãe abriu a bolsa e tirou de lá uma moeda de cem souls. Enfiou a moeda em minha mão, dizendo:

– Vá pagar as ostras, Joseph. Só falta agora esse mendigo nos reconhecer! Que belo espe-táculo no navio! Vamos para o outro lado, para que esse homem não se aproxime de nós!

Fiz o que ela mandava. Disse às minhas irmãs que mamãe as chamava e, voltando-me para o marinheiro, perguntei quanto lhe devíamos. Tive vontade de acrescentar “meu tio” à frase, mas não o fiz. Ele respondeu:

– Dois francos e cinquenta.

Estendi-lhe a moeda e peguei o troco.

Olhei bem para aquela pobre mão de marinheiro, toda enrugada, e olhei fixamente seu rosto, um rosto envelhecido, gasto, triste, abatido, enquanto dizia comigo mesmo: “É meu tio, irmão do papai, meu tio!”.

Dei-lhe dez souls de gorjeta. Agradeceu-me:

– Que Deus o abençoe, meu rapazinho!

Havia em sua voz a entonação do pobre que recebe esmola. Imaginei se na América não teria mendigado.

Quando entreguei o troco à minha mãe, ela se espantou:

– Ele cobrou três francos?... Não é possível!

– Dei-lhe dez souls de gorjeta.

Que assombro o de mamãe! Criticou entre dentes, para não despertar atenção:

– Você está louco, Joseph! Dar dez souls para aquele homem, para aquele mendigo!

Pois bem, a viagem chegava ao fim. A ilha de Jersey estava próxima. Antes de descer do navio, tive o impulso de ver uma última vez meu tio, mas o marinheiro havia desapareci-do. Sem dúvida, o desgraçado descera ao fundo do porão onde morava.

Na volta, meus pais pegaram outro navio, para não correrem o risco de encontrarmos tio Jules.

Meu amigo Davranche olhou fixamente para mim, guardou a carteira no bolso e deu um sorriso triste, antes de concluir:

– Nunca mais vi o irmão de meu pai! E aí está o motivo por que, às vezes, você me verá dando esmolas de cem souls aos velhos vagabundos.

MAUPASSANT, Guy de. Meu tio Jules. In: KUPSTAS, Márcia.

Contos de todos os cantos: para viver o Pai-nosso. São Paulo: Salesiana, 2006. p. 51-55.

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1. Responda em seu caderno às questões a seguir:

a) Indique os principais acontecimentos do texto Meu tio Jules, na ordem em que aparecem na história.

b) A história divide-se em duas: a fala inicial e a final entre o narrador e Davranche e a his-tória do tio de Davranche (chamado Jules). Como podemos perceber essa mudança no texto?

c) Circule, no texto, marcas de passagem de tempo, de acordo com as orientações do pro-fessor.

d) Quanto tempo parece durar a história do tio Jules? Justifique sua resposta dando uma explicação para a duração que o texto parece representar.

e) Quanto tempo parece durar a conversa entre o narrador e Davranche? Justifique sua res-posta.

f ) Tendo em vista que a família de Davranche esperou anos pela volta do tio, que elemento da narrativa parece estar destacado nessa história?

g) Quanto mais o tempo passava, mais a família de Davranche preocupava-se com dinheiro. Copie uma passagem do texto que comprove essa afirmação.

h) Você considera a família de Davranche orgulhosa? Comente sua resposta com base em elementos retirados do texto.

i) Há diferentes espaços dentro dessa narrativa. Onde está Davranche já adulto, no começo e no final da história?

j) Onde vive o garoto?

k) Por quais espaços tio Jules passa durante o crescimento do garoto?

l) Qual é o momento mais dramático da história? Em que espaço ele ocorre?

2. Depois que você analisar o texto Meu tio Jules, responder aos exercícios e acompanhar as expli-cações do professor, anote o que entendeu sobre:

a) tempo cronológico nas narrativas;

b) tempo psicológico nas narrativas.

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3. Seu professor indicará uma narrativa para leitura. Você deverá ler a história, observando se nela predomina o tempo psicológico ou cronológico. Escolha o tipo de tempo que você con-sidera predominante e explique, comentando o texto.

4. Observe a ilustração:

© C

on

exão

Ed

itori

al

a) A imagem do garoto destaca o tempo psicológico ou cronológico? Explique.

b) E a imagem da garota e sua fala? Explique.

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© C

on

exão

Ed

itori

al

5. Observe a ilustração.

A personagem está vivendo um momento de tempo psicológico ou cronológico? Explique.

6. Tendo como base o que aprendeu nas Situações de Aprendizagem 1, 2 e 3, resuma, a seguir, o que compreendeu sobre as características dos textos narrativos.

7. Tendo como base seu resumo, circule, na lista de textos narrativos a seguir, os que você já leu:

conto;

fábula;

conto de fadas;

crônica;

narrativa de terror;

narrativa de mistério;

narrativa de aventura;

história em quadrinhos.

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Produção escrita

No final da narrativa Meu tio Jules, o narrador volta a falar com seu amigo Davranche, que lhe contou a história de seu tio Jules. Não sabemos o que o narrador pensou sobre o que ouviu. Em seu caderno, crie mais um parágrafo, de continuação da história, para expressar o que o narrador poderia ter pensado ao ouvi-la.

Leitura e análise de texto

1. Leia os fragmentos a seguir.

Fragmento 1

Alice estava começando a se cansar de ficar sentada ao lado da irmã à beira do lago, sem ter nada para fazer: uma ou duas vezes ela tinha espiado no livro que a irmã estava lendo, mas o livro não tinha desenhos, nem diálogos. “E de que serve um livro”, pensou Alice, “sem desenhos ou diálogos?”. Assim ela ficou pensando consigo mesma (da melhor maneira possível, pois o dia quente a fazia se sentir muito sonolenta e estúpida) se o prazer de fazer uma corrente de margaridas valeria o esforço de se levantar e colher as margaridas, quando de repente um Coelho Branco de olhos cor-de-rosa passou correndo perto dela.

CARROLL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Tradução Rosaura Eichenberg. Porto Alegre: L&PM, 2007. p. 11-12.

Fragmento 2

“Que o júri considere o seu veredicto”, disse o rei pela vigésima vez naquele dia.

“Não, não!”, disse a Rainha. “A sentença primeiro... depois o veredicto.”

“Mas que tolice!”, disse Alice em voz alta. “Que ideia de ter a sentença primeiro!”

“Cale-se!”, disse a Rainha, vermelha de raiva.

“Não me calo!”, disse Alice.

“Cortem a cabeça dela!”, gritou a Rainha com toda a força dos pulmões. Ninguém se moveu.

“Quem se importa com vocês?”, disse Alice (ela tinha chegado ao seu tamanho nor-mal a essa altura). “Vocês não passam de um baralho de cartas!”

Quando acabou de dizer essas palavras, todo o baralho se ergueu no ar, e as cartas caíram voando sobre ela. Alice deu um gritinho, meio de medo e meio de raiva, e tentou afastá-las debatendo-se, mas se descobriu deitada na margem do lago, com a cabeça no colo da irmã, que gentilmente afastava umas folhas mortas que tinham caído das árvores e vindo esvoaçar sobre o seu rosto.

CARROLL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Tradução Rosaura Eichenberg. Porto Alegre: L&PM, 2007. p. 168-169.

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2. Após a leitura dos trechos de Alice no país das maravilhas, você deve circular as palavras des-

conhecidas, pesquisá-las no dicionário e anotá-las em seu caderno.

3. Seu professor vai analisar os dois fragmentos de Alice no país das maravilhas. Depois das dis-

cussões, reunidos em pequenos grupos, vocês farão duas ilustrações, em folha avulsa, uma para

cada fragmento.

O objetivo principal da atividade é mostrar a passagem de tempo. Então, nos desenhos, é pre-

ciso que fique claro que Alice começa a sonhar no Fragmento 1 e acorda no 2.

4. Reflitam e respondam no caderno:

a) O que, no primeiro desenho, pode indicar que ela está começando a sonhar porque estava entediada?

b) O que, no segundo desenho, pode indicar que ela acorda abruptamente de um pesadelo e se vê de novo ao lado da irmã, no mesmo lugar de antes?

Produção escrita

1. Em grupos, escolham um conto de fadas (por exemplo, Branca de Neve ou Cinderela) e discu-tam uma versão para ele. Depois, individualmente, cada um deve escrever, no caderno, uma versão para a história.

2. Circule todas as palavras que indicam a passagem do tempo na versão do conto de fadas que você escreveu e responda no caderno às questões a seguir:

a) Observe as palavras circuladas. Quanto tempo parece que durou a história? Explique.

b) A passagem do tempo ficou coerente com as coisas que aconteceram com a personagem? O tempo indicado foi suficiente para que tudo acontecesse? Explique.

c) Você usou tempo cronológico ou psicológico? Cite uma passagem que comprove sua afir-mação.

d) Quais espaços aparecem em sua versão da história? Circule-os.

e) Escolha um parágrafo em que um dos espaços da história é mencionado. Reescreva-o, dan-do mais detalhes ao lugar, para que o leitor “entre mais no clima” do que está acontecendo.

Estudo da língua

Volte à Atividade 1 de “Leitura e análise de texto”, item c. Você circulou, no conto Meu tio Jules, palavras que marcam a passagem do tempo.

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Em grupo e com auxílio do professor, separem-nas de acordo com as categorias previstas no quadro a seguir.

Palavras ou expressões do texto que indicam tempo e variam

no presente, passado ou futuro

Palavras ou expressões do texto que indicam tempo e não variam no presente, passado ou futuro

PESQUISA EM GRUPO

Seu professor vai orientá-lo a procurar os temas verbos e advérbios no livro didático ou em outra fonte de consulta que ele indicar. Você deverá ler as definições dos dois termos, discutir com seus colegas e escrever o que entendeu.

Oralidade

1. O professor vai passar uma cena de filme. Discuta com seus colegas como ocorre a passagem do tempo no trecho apresentado.

2. Circule, no Fragmento 1 de Alice no país das maravilhas, todos os elementos que indicam pas-sagem de tempo. Depois, discuta com seus colegas quanto tempo parece se passar no trecho.

O tempo predominante nesse fragmento é cronológico ou psicológico?

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3. Circule, no Fragmento 2 de Alice no país das maravilhas, todos os elementos que indicam pas-sagem de tempo. Depois, discuta com seus colegas quanto tempo parece se passar no trecho.

O tempo predominante nesse fragmento é cronológico ou psicológico?

Estudo da língua

1. Volte ao quadro preenchido na atividade anterior. De acordo com as definições pesquisadas, quais delas são verbos e quais são advérbios?

2. Novamente consultando um material indicado pelo professor, escreva, com suas palavras, a definição de Modo Indicativo.

3. Crie seis exemplos de frases no Modo Indicativo.

4. Seu professor indicará um texto do livro didático para que você anote os verbos empregados no Modo Indicativo.

5. Seu professor vai explicar como funciona o Presente, o Pretérito Perfeito e o Pretérito Imperfei-to do Indicativo. Anote o que compreendeu de cada um.

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6. Qual a diferença de uso entre Pretérito Perfeito e Imperfeito do Indicativo?

7. Anote os verbos conjugados no Pretérito Perfeito e no Imperfeito do Indicativo nos textos do livro didático indicados pelo professor.

8. Complete, no quadro, a conjugação do verbo amar no Presente, no Pretérito Perfeito e no Pre-térito Imperfeito do Modo Indicativo.

Verbo amar – Modo Indicativo

Presente Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito

Eu amo Eu amei

Tu Tu amavas

Ele Ele amou

Nós

Vós amais

Eles Eles amavam

9. Complete, nos quadros, a conjugação dos verbos ser e ir no modo e nos tempos determinados.

Verbo ser – Modo Indicativo

Presente Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito

Eu sou

Tu

Ele Ele era

Nós

Vós

Eles Eles foram

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Verbo ir – Modo Indicativo

Presente Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito

Eu vou Eu fui

Tu

Ele

Nós Nós íamos

Vós

Eles

10. Há semelhanças entre as conjugações dos verbos ser e ir nos tempos do Indicativo que você conjugou? Circule-as.

11. Como podemos saber se é o verbo ser ou ir?

LIÇÃO DE CASA

1. Observe a ilustração a seguir.

© C

on

exão

Ed

itori

al

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Que tempo predomina nesse momento vivido pelas personagens? O cronológico ou o psicoló-gico? Explique.

2. Anote o texto, o autor e a página que serão indicados pelo professor. Em casa, copie palavras que mostram a passagem de tempo na história. Depois, selecione dois trechos e analise se o tempo que predomina é o cronológico ou o psicológico.

Texto:

Autor:

Página(s):

Trecho 1:

Trecho 2:

a) explique por que você escolheu o Trecho 1;

b) explique por que você escolheu o Trecho 2.

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3. Anote os exercícios sobre verbos e advérbios do livro didático, indicados pelo professor. Faça-os no caderno.

Você pode ler a história de Alice no país das maravilhas e conhecer todas as aventu-ras vividas pela garota em seu estranho sonho. A referência do livro é: CARROLL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Tradução Rosaura Eichenberg. Porto Alegre: L&PM, 2007.

PARA SABER MAIS

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2. Agora, leia a Situação A:

Situação A

Em uma sala de aula de Língua Portuguesa, de 7a série/8º ano, após a leitura do texto O homem que entrou no cano, a professora solicitou aos alunos que comentassem o que essa situação poderia ilustrar na vida deles. Ela disse “Claro que, literalmente, ninguém entra pelo cano, mas, em alguns momentos, pode ser interessante fazer uma viagem dife-rente, não?”. Uma aluna deu a seguinte resposta: “Professora, isso não tem nada a ver. Ninguém entra por um cano, só baratas”.

1. Leia o texto a seguir.

O homem que entrou no cano

Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. Depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez ou outra, um desvio, era uma seção que terminava em torneira.

Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.

No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. Uma criança brincava. Ficou na torneira, à espera que abrissem. Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e gran-de, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “Mamãe, tem um homem dentro da pia”.

Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.

BRANDÃO, Ignácio de Loyola. O homem que entrou no cano.

In: _____. Cadeiras proibidas. 10. ed. São Paulo: Global, 2004.

Leitura e análise de texto

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4

PROCURANDO TEXTOS NARRATIVOS NA BIBLIOTECA

a) Na leitura feita pela garota, como ela compreendeu o texto?

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b) Os comentários da professora foram levados em conta na resposta da garota? Explique.

c) Você considera que o texto O homem que entrou no cano foi escrito para provocar nossa imaginação? Por quê?

d) Se o texto procura provocar nossa imaginação, a garota leu-o de forma coerente? Ex-plique.

3. Leia a Situação B:

Situação B

Um garoto estava muito chateado com uma situação de sua vida. Ele tinha brigado com alguns colegas e o pessoal estava pegando no seu pé. Assistir às aulas no colégio estava um inferno, estava com uma vontade enorme de sumir, desaparecer.

Para se distrair, depois que chegou em casa, resolveu ler um texto que tinha chamado sua atenção pelo título O homem que entrou no cano. Ele achou a história ótima e teve vontade de entrar pelo cano e, sem ser visto, ir à casa dos colegas, só para saber o que esta-vam fazendo...

a) Na leitura feita pelo garoto, como ele compreendeu o texto?

b) Que relação o garoto estabeleceu entre sua vida e o que estava escrito no texto? Explique.

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c) Você considera que a leitura do garoto foi coerente com o texto? Explique.

d) Se o texto procura provocar nossa imaginação, ele conseguiu esse efeito na leitura feita pelo garoto? Explique.

PESQUISA INDIVIDUAL

O professor organizará uma visita à biblioteca ou trará livros para a sala. Leve seu caderno e procure os livros de narrativas (o professor ou o bibliotecário vai orientar como encontrá-los), folheie alguns e leia trechos das histórias. Selecione a que mais despertar sua imaginação e leia por inteiro.

Anote o nome do texto, do autor e do livro. Depois, coloque no caderno os principais fatos da história, na ordem em que aparecem. Nesse momento, você não precisa fazer um texto; anote as ações em itens. Por exemplo:

a narradora está triste porque sua amiga foi embora para outra cidade;

ela escreve uma carta, mas não obtém resposta;

ela acha que não anotou corretamente o endereço novo da amiga.

Oralidade

1. Você considera que tudo o que está à nossa volta pode ser compreendido imediatamente? Explique.

2. Você consegue se lembrar de algum texto que leu, algum filme que viu ou uma situação pela qual passou em que não tenha compreendido tudo imediatamente? Conte-o(a) de forma breve.

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a) Esse livro, filme ou situação mexeu com sua imaginação, fazendo que você refletisse sobre o que estava vendo ou ouvindo? Explique.

b) Você considera que as narrativas, em geral, são textos que despertam nossa imaginação? Por quê?

Produção escrita

Seu professor vai exibir o trecho de um filme, propositadamente sem legendas em um primeiro momento, e discutir o que foi visto. Você deve prestar muita atenção ao que vê e, na sequência, produzir, em seu caderno, um pequeno diálogo com base no que viu.

Na sequência, será passada uma cena. Tendo-a como base, produza um diálogo que pareça adequado ao que está acontecendo.

Tenha especial cuidado com a pontuação, não se esquecendo dos travessões e dos outros sinais que vão transmitir a seu leitor a emoção da cena.

Estudo da língua

1. Seu professor explicou o que são os sinais de pontuação que vão transmitir a seu leitor a emoção da cena. Anote o que compreendeu.

2. Copie no caderno os fragmentos de textos narrativos que o professor colocou na lousa:

a) leia-os sem a pontuação e discuta com seus colegas se ela faz falta. Anote suas conclusões;

b) pontue os textos;

c) leia-os com a pontuação e discuta com seus colegas de que forma a pontuação interferiu na leitura e compreensão do texto.

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3. Pesquise no livro didático ou em outro material de consulta indicado pelo professor o uso de cada um dos sinais de pontuação mostrados no quadro. Anote-os, exemplificando-os.

Sinal de Pontuação Uso Exemplo

Ponto

Vírgula

Dois-pontos

Ponto de interrogação

Ponto de exclamação

Reticências

Aspas

Parênteses

Travessão

LIÇÃO DE CASA

Faça as atividades a seguir em seu caderno.

1. A partir das anotações da história que você pesquisou na biblioteca, escreva um texto, recontan-do a narrativa. Evite repetir termos, usando sinônimos, pronomes, omitindo termos que po-dem ser compreendidos pelo contexto, entre outros recursos.

2. Escreva um comentário, com base em uma das duas seguintes frases: “Essa história me fez pen-sar...” ou “Essa história me fez lembrar...”.

Para a primeira frase, considere os pensamentos e sentimentos que a história despertou em você e procure explicá-los. Para a segunda, pense em uma história que leu ou uma situação que viveu e conte-a, explicando por que você viu semelhança entre as duas situações.

3. Coloque a pontuação adequada nos textos que o professor copiou na lousa.

4. A partir do quadro sobre sinais de pontuação que você fez, justifique, em seu caderno, o uso dos sinais de pontuação empregados no texto que o professor indicar para estudo.

5. Anote os exercícios sobre pontuação, do livro didático ou outra fonte, indicados pelo professor. Faça-os em seu caderno.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 5

OBSERVANDO NARRATIVAS DE UM

PONTO DE VISTA LINGUÍSTICO

Estudo da língua

1. O texto a seguir apresenta muita repetição de termos. Reescreva-o com o objetivo de reduzir ao máximo possível essas repetições (para tanto, mude a pontuação, use sinônimos, pronomes, omita termos que possam ser compreendidos pelo contexto etc.).

2. Leia o trecho do conto A causa secreta.

Certa manhã, Amanda resolveu que brincaria com algumas bonecas que estavam encos-tadas havia muito tempo. Naquela manhã, ela acordou cedo e pegou as bonecas encostadas. Ela levou as bonecas encostadas para a sala e começou a brincar. Sua mãe disse para ela voltar para o quarto e sair da sala, pois elas teriam visita naquela manhã. Ela pegou então as bonecas encostadas e voltou para o quarto, um pouco desapontada.

Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.

[...] Garcia tinha-se formado em medicina, no ano anterior, 1861. No de 1860, es-tando ainda na Escola, encontrou-se com Fortunato, pela primeira vez, à porta da Santa Casa; entrava, quando o outro saía. Fez-lhe impressão a figura; mas, ainda assim, tê-la-ia esquecido, se não fosse o segundo encontro, poucos dias depois. Morava na Rua de D. Manuel. Uma de suas raras distrações era ir ao teatro de S. Januário, que ficava perto, entre essa rua e a praia; ia uma ou duas vezes por mês, e nunca achava acima de quaren-ta pessoas. Só os mais intrépidos ousavam estender os passos até aquele canto da cidade. Uma noite, estando nas cadeiras, apareceu ali Fortunato, e sentou-se ao pé dele. [...]

ASSIS, Machado de. A causa secreta. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_

action=&co_obra=16917>. Acesso em: 7 ago. 2013.

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Nesse trecho do conto, foram destacados termos e expressões que indicam tempo e espaço. Além disso, eles retomam o sentido de ações expressas. Observe o uso dos marcadores tempo-rais e espaciais no texto, conforme o exemplo do quadro a seguir.

Acontecimento central Marca temporal Marca espacial

Garcia forma-se em medicina No ano anterior, 1861 Não há

Garcia encontrou-se com Fortunato

Fez-lhe impressão a figura, mas tê-la-ia esquecido

Morava

Uma de suas poucas distrações era ir ao teatro

Só os mais intrépidos ousavam estender os passos

Apareceu-lhe Fortunato

Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doen-te naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai, meu Deus, que história mais engraçada”. E então con-tasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quen-te, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!” [...]

BRAGA, Rubem. “Meu ideal seria escrever...”. In:__. A traição das elegantes. Rio de Janeiro: Record, 2006.

3. Leia o trecho da crônica Meu ideal seria escrever...:

a) Tendo como base a primeira oração da crônica Meu ideal seria escrever..., pode-se afirmar que o que é dito no texto está, de fato, acontecendo? Explique.

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b) A “moça doente” do texto está, de fato, lendo, rindo e falando ou há apenas a expressão do desejo do narrador para que ela faça essas ações? Explique.

c) Faça a análise semelhante para as ações da cozinheira.

4. Seu professor vai orientá-lo a procurar o tema Subjuntivo no livro didático ou em outra fonte de consulta que ele indicar. Você deverá ler a definição de Modo Subjuntivo e escrever, com suas palavras, o que entendeu.

5. De acordo com seu material de consulta, quais são os três tempos básicos do Modo Subjuntivo?

6. Observe, no material de consulta, a conjugação de um verbo no Presente, no Pretérito Imper-feito e no Futuro do Modo Subjuntivo. Depois complete o quadro, seguindo o exemplo do material que consultou.

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Verbo gostar – Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro

Que eu goste Se eu Quando eu

7. Em quais pessoas (primeira, segunda, terceira) há diferença entre a forma como nós falamos e a forma indicada pelas regras gramaticais, para o verbo ver? Anote, a seguir, como muitas pessoas falam informalmente e como a gramática indica que devemos falar em situações mais formais.

Uso informal do Futuro do Subjuntivo do verbo ver:

Uso formal do Futuro do Subjuntivo do verbo ver:

8. Em quais pessoas (primeira, segunda, terceira) há diferença entre a forma como nós falamos e a forma indicada pelas regras gramaticais, para o verbo vir? Anote, a seguir, como muitas pessoas falam informalmente e como a gramática indica que devemos falar em situações mais formais.

Uso informal do Futuro do Subjuntivo do verbo vir:

Uso formal do Futuro do Subjuntivo do verbo vir:

LIÇÃO DE CASA

1. O texto a seguir apresenta muita repetição de termos. Reescreva-o com o objetivo de reduzir o máximo possível essas repetições (para tanto, mude a pontuação, use sinônimos, pronomes, omita termos que possam ser compreendidos pelo contexto etc.).

Os papéis sobre a mesa de trabalho de Marcos estavam formando pilhas enormes. Essas pilhas enormes atrapalhavam seu trabalho, pois ele nunca sabia onde encontrar certo papel de que precisava naquele momento. Então ele resolveu jogar fora alguns pa-péis, mas o problema é que, a cada papel que ele pegava, ficava um bom tempo decidindo se jogava o papel fora ou não. Resultado: os papéis sobre a mesa de trabalho de Marcos continuam formando pilhas enormes.

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2. Consultando o livro didático ou outra fonte indicada pelo professor, anote as conjugações dos verbos ver e vir no Futuro do Subjuntivo.

Pessoa Futuro do Subjuntivo de ver Futuro do Subjuntivo de vir

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

3. Conjugue o verbo ser no Presente, no Pretérito Imperfeito e no Futuro do Subjuntivo.

Verbo ser – Modo Subjuntivo

Pessoa Presente Pretérito Imperfeito Futuro

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

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4. Conjugue o verbo estar no Presente, no Pretérito Imperfeito e no Futuro do Subjuntivo.

Verbo estar – Modo Subjuntivo

Pessoa Presente Pretérito Imperfeito Futuro

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

5. Anote os exercícios sobre Modo Subjuntivo indicados pelo professor, retirados do livro didáti-co. Faça-os em seu caderno.

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1. O professor lerá partes de Cíntia, por Sôlfi, que é um conto de Amilcar Neves baseado na obra Noite na taverna. Vocês devem acompanhar a leitura silenciosamente.

Fragmentos de Cíntia, por Sôlfi

– (...) Pois bem, dir-vos-ei uma história. Mas quanto a essa, podeis tremer a gosto, podeis suar a frio da fronte grossas bagas de terror. Não é um conto, é uma lembrança do passado.

– Solfieri! Solfieri! aí vens com teus sonhos!Trecho do original de Álvares de Azevedo, Noite na taverna, escrito em 1878.

E foi então que, subitamente, as luzes todas se apagaram. O primeiro momento foi um instante de estupor geral, de surpresa ante o imprevisto, de leve tremor nos lábios bruscamente emudecidos.

Em nossa mesa narravam-se histórias de assombrações e de fantasmas, casos inexplicá-veis de arrepiantes ruídos noturnos, lendas antigas sobre emparedados e decapitados, acon-tecimentos ocorridos em cemitérios à meia-noite das sextas-feiras. Bruxas, feiticeiros e mor-cegos povoavam nosso espaço naquele momento crucial.

[...] O clima, pois, era propício a sobressaltos e a sustos vários. Estávamos com a sen-sibilidade aguçada ao extremo, olhos e ouvidos excitados e prontos a reconhecerem o mais etéreo vulto que se aproximasse de nós, o mais sutil sussurro que nos alcançasse os tímpa-nos, vindo deste ou do outro mundo.

A primeira fração de segundo que se passou assim que a luz sumiu por completo transformou-se num longo período de tempo trespassado por um silêncio absoluto (quase dizia: um silêncio sepulcral). Não só a nossa, as demais mesas também se calaram abrupta-mente; não se ouvia uma só palavra, um murmúrio, um grito, nada: era como se todo o mundo, todas as pessoas nele existentes, tivessem desaparecido junto com a luz. E, assim, igualmente as coisas e os prédios, os bichos e a natureza.

Leitura e análise de texto

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 6

SISTEMATIZAÇÃO

Para começo de conversa

Noite na taverna é o nome de um livro de contos escrito há mais de cem anos. Ele foi adaptado para crianças e jovens de hoje. No tempo em que o original foi escrito, a palavra taverna indicava um tipo de bar onde amigos podiam se reunir à noite. Na época, as cidades não eram bem iluminadas.

Com base no título do livro e na explicação anterior, discutam em grupo, sob orientação do professor, que tipos de conto vocês acham que o leitor encontrará nele.

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Discussão oral

a) Há diferenças entre o trecho do diálogo inicial, que faz parte do original de Álvares de Azevedo, e o restante do texto que leram? Quais?

b) Que acontecimentos o texto conta?

c) Que sentimentos vocês acham que o autor queria despertar em seus leitores quando escreveu?

d) Pela parte que leram, esse conto parece ser de terror, de aventura ou de fadas? Por quê?

2. Depois que concluírem a “Discussão oral”, respondam, em grupos, às questões a seguir. Ao final do debate, cada um anotará as respostas no caderno:

a) O foco narrativo está em primeira ou terceira pessoa?

b) Quantas personagens há no conto?

c) Quanto tempo a história parece representar?

d) Há marcas de passagem de tempo na história? Quais?

Surpreendentemente (e isso só fomos perceber bem mais tarde), naqueles instantes não passou um automóvel sequer pela avenida lá embaixo. A avenida, sempre tão movi-mentada a noite toda, estava deserta. Nenhum ruído ela nos trazia, nenhum sinal de vida ou de civilização. Um farol de carro, ainda que distante, ou o guincho seco e agoniado de alguma freada brusca certamente teriam quebrado de imediato o encantamento.

NEVES, Amilcar. Cíntia, por Sôlfi. In: AZEVEDO, Álvares de. Noite na taverna. CAMPEDELLI, Samira Y. (Org.). São Paulo:

Atual, 1992. p. 54-57. (Série Outras Palavras).

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e) Como é descrito o ambiente da taverna onde as personagens vivem suas ações?

f ) E o espaço lá de fora?

3. As próximas questões devem ser respondidas individualmente. Se for preciso, peça ajuda ao professor:

a) O clima do conto é de suspense, isto é, o autor escreve para que o leitor fique um pouco aflito ao ler alguns trechos. Um jeito de causar essa sensação é criar um clima assustador. Sublinhe um trecho em que esse clima é descrito e depois transcreva no caderno.

b) Em um conto de terror ou suspense, o espaço é descrito para criar medo. Copie em seu caderno uma descrição do espaço que ajuda a manter esse clima.

c) O foco narrativo escolhido também ajudou a criar a sensação de medo. Como isso acontece nesse trecho de conto que você leu?

d) A parte de Cíntia, por Sôlfi que você leu é o começo, meio ou o fim do conto? Por quê?

Produção escrita

1. Releia o texto O homem que entrou no cano, de Ignácio de Loyola Brandão, apresentado na Situação de Aprendizagem 4. Após a releitura, com a orientação do professor, você deverá reescrever a história em seu caderno, de acordo com uma das opções a seguir:

a) mude o foco narrativo (de terceira para primeira pessoa);

b) mude o enredo, começando pelo trecho “Abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto”;

c) acrescente uma personagem, inserindo a mãe como alguém que, efetivamente, faz algo dentro da história;

d) mude o espaço, iniciando com “Apertou o interruptor e entrou no fio de eletricidade”;

e) mude o tempo, passando prioritariamente do cronológico para o psicológico (o narrador ou as personagens expressam seus pensamentos e sentimentos).

Oralidade

Seu professor indicará três textos do livro didático. Após a leitura, discuta com seus colegas e indique qual deles é uma narrativa. Respondam oralmente às questões a seguir.

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Título do texto escolhido:

Qual é o foco narrativo?

Quais são as personagens?

Há passagens de tempo na história? Indique-as.

Quais são os principais fatos da história?

O que sabemos sobre os espaços em que as personagens vivem suas ações?

LIÇÃO DE CASA

Ainda em seu caderno, escreva mais dois parágrafos de continuação para o texto Cíntia, por Sôlfi, iniciando pela frase “Se naquele momento aparecesse um vulto em nossa frente...”. Não perca essa frase de vista e continue o texto nessa perspectiva, indicando coisas que poderiam acontecer se o vulto aparecesse.

Estudo da língua

1. Para realizar este exercício, você precisa ter em mãos os dois parágrafos que produziu para a continuação do texto Cíntia, por Sôlfi:

a) Você localiza em seu texto usos do Modo Subjuntivo? Circule-os.

b) Depois de circular os verbos, organize-os nas linhas a seguir:

verbos de meu texto que estão no Presente do Subjuntivo;

verbos de meu texto que estão no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo;

verbos de meu texto que estão no Futuro do Subjuntivo.

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c) Há ocorrência de outros verbos em seu texto que estão em um modo diferente do Subjun-tivo? Grife-os.

d) A partir da oração dada para a construção de seu texto “Se naquele momento aparecesse um vulto em nossa frente...”, você foi induzido a usar, prioritariamente, o Modo Subjuntivo ou o Indicativo? Explique.

Atividades complementares

1. Releia os dois parágrafos do miniconto. Parece que se passou muito tempo entre o que é narra-do no primeiro parágrafo e o que é contado no segundo. A personagem parece ter envelhecido. Que palavras do primeiro parágrafo mostram que ela era jovem? Que palavras do segundo pa-rágrafo indicam que ela envelheceu? Responda no caderno.

2. Produza, em seu caderno, um miniconto. Organize-o de forma semelhante ao que acabou de ler, elaborando apenas dois parágrafos. No primeiro, fale de uma fase da vida; no segundo, marque a passagem do tempo e conte o que mudou em relação ao que você havia dito no primeiro parágrafo.a

3. Analise seu texto com base nas questões a seguir:

a) Que foco narrativo você usou?

b) Quais fatos compõem o primeiro parágrafo? E o segundo?

Um certo lucro...

Quando adolescente, com loucura e entre suspiros, colecionava retratos de seu ator preferido formando completíssimo álbum reunindo, além das fotografias, muitos desejos jamais confessados.

Anos mais tarde, vendido o álbum a estudioso do assunto, rendeu-lhe relativo lucro, concluin-do que, algumas vezes, podem-se tirar dos sonhos resultados práticos ligeiramente satisfatórios.

SIMÕES, Maria Lúcia. Contos contidos. Belo Horizonte: RHJ, 1996.

Leitura e análise de texto

a Esta atividade foi adaptada de: NERY, Alfredina; NÓBREGA, Maria José. Gêneros de texto: temas, formas, recursos e suportes. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física: livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 113-114.

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c) Quais são as personagens?

d) Quais são as marcas de passagem de tempo nos dois parágrafos?

e) Que espaços aparecem em sua narrativa?

4. Comente, com base na oposição entre loucura, suspiro, desejos (termos presentes no primeiro parágrafo) e relativo lucro, resultados práticos, ligeiramente satisfatórios (expressões presentes no segundo parágrafo), o que mudou na vida do narrador.

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!?

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 7

PRODUZINDO UMA CRÔNICA NARRATIVA

53

Leitura e análise de texto

1. O professor espalhará alguns livros, revistas e jornais em sala. Em duplas, vocês escolherão um livro, uma revista e um jornal para observar. Depois da observa-ção, copiem e preencham o quadro a seguir no caderno.

Nome do livro analisado Nome do jornal analisado Nome da revista analisada

Há algum autor definido? Quem?

Há algum autor definido? Quem?

Há algum autor definido? Quem?

Há uma capa? O que há nela?

Há uma capa ou algo pareci-do? O que há nela?

Há uma capa? O que há nela?

Há um índice? Para que ele parece servir?

Há um índice? Para que ele parece servir?

Há um índice? Para que ele parece servir?

Quantas páginas há ao todo? Quantas páginas há ao todo? Quantas páginas há ao todo?

Em quantas partes o livro se divide?

O jornal divide-se em

partes? Quantas?

A revista divide-se em

quantas partes?

Qual parece ser o critério de divisão das partes?

Qual parece ser o critério de divisão das partes?

Qual parece ser o critério de divisão das partes?

O material em que é pro-duzido o livro parece ser durável? Por que você acha que foi escolhido esse tipo de papel?

O material em que é produzido o jornal parece ser durável? Por que você acha que foi escolhido esse tipo de papel?

O material em que é produzida a revista parece ser durável? Por que você acha que foi escolhido esse tipo de papel?

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2. A partir das observações que fizeram, você e seu colega pensarão em respostas para as questões a seguir. Depois, devem respondê-las no caderno:

a) Aponte duas diferenças na aparência de jornais e revistas.

b) Qual é a principal finalidade de um jornal? Pense nos assuntos mais comuns que aparecem nele e marque a opção correta:

I) informar os leitores.

II) convencer os leitores a fazer compras.

III) divertir os leitores.

c) Há diferenças na aparência de jornais e livros? Quais?

d) Os jornais tratam de assuntos recentes? E os livros?

e) Tendo como base os dados anotados no quadro do Exercício 1, você considera que quem publica um jornal imagina que o leitor guardará esse objeto por pouco ou muito tempo? Explique.

f ) Quando um leitor pretende ler um livro e uma revista, em qual dos dois gastará mais tem-po de leitura? Por quê?

g) Que outras semelhanças e diferenças podem ser apontadas entre livros, revistas e jornais, a partir dos dados obtidos no quadro? Escreva no caderno os resultados da análise, que será feita com o professor.

h) Marquem o(s) gênero(s) de narrativa que encontraram no livro analisado pela dupla:

I) romance.

II) crônica.

III) conto.

IV) fábula.

3. Você estudou algumas características dos textos narrativos; aprendeu que alguns são curtos e outros são longos. Aponte um exemplo de cada um, indicando o título do livro e o nome do autor.

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4. Tendo em vista que as narrativas são textos inventados com o objetivo de despertar a imagina-ção do leitor, você considera que, nos jornais e nas revistas, elas aparecem em grande quantida-de? Explique em seu caderno.

5. Escolha uma revista ou um jornal e selecione uma narrativa. Em seu caderno, indique o nome do jornal ou da revista, o nome do texto e de seu autor.

6. As narrativas publicadas em jornais e revistas em geral são curtas. Responda em seu caderno: Por que você acha que são escolhidos textos breves para serem publicados neles?

7. Vimos que as narrativas são publicadas em maior quantidade nos livros. Retomando os dados sobre os livros apontados no quadro do Exercício 1, por que os livros parecem adequados para conter esse tipo de texto? Responda em seu caderno.

8. Leia o texto a seguir:

Homem no mar

De minha varanda vejo, entre árvores e telhados, o mar. Não há ninguém na praia, que

resplende ao sol. O vento é nordeste, e vai tangendo, aqui e ali, no belo azul das águas, pe-

quenas espumas que marcham alguns segundos e morrem, como bichos alegres e humildes;

perto da terra a onda é verde.

Mas percebo um movimento em um ponto do mar; é um homem nadando. Ele nada a

uma certa distância da praia, em braçadas pausadas e fortes; nada a favor das águas e do ven-

to, e as pequenas espumas que nascem e somem parecem ir mais depressa do que ele. Justo:

espumas são leves, não são feitas de nada, toda sua substância é água e vento e luz, e o ho-

mem tem sua carne, seus ossos, seu coração, todo seu corpo a transportar na água.

Ele usa os músculos com uma calma energia; avança. Certamente não suspeita de que

um desconhecido o vê e o admira porque ele está nadando na praia deserta. Não sei de onde

vem essa admiração, mas encontro nesse homem uma nobreza calma, sinto-me solidário

com ele, acompanho o seu esforço solitário como se ele estivesse cumprindo uma bela mis-

são. Já nadou em minha presença uns trezentos metros; antes, não sei; duas vezes o perdi de

vista, quando ele passou atrás das árvores, mas esperei com toda confiança que reaparecesse

sua cabeça, e o movimento alternado de seus braços. Mais uns cinquenta metros, e o perde-

rei de vista, pois um telhado o esconderá. Que ele nade bem esses cinquenta ou sessenta

metros; isto me parece importante; é preciso que conserve a mesma batida de sua braçada, e

que eu o veja desaparecer assim como o vi aparecer, no mesmo rumo, no mesmo ritmo, for-

te, lento, sereno. Será perfeito: a imagem desse homem me faz bem.

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É apenas a imagem de um homem, e eu não poderia saber sua idade, nem sua cor, nem

os traços de sua cara. Estou solidário com ele, e espero que ele esteja comigo. Que ele atinja

o telhado vermelho, e então eu poderei sair da varanda tranquilo, pensando – “vi um ho-

mem sozinho, nadando no mar; quando o vi ele já estava nadando; acompanhei-o com

atenção durante todo o tempo, e testemunho que ele nadou sempre com firmeza e correção;

esperei que ele atingisse um telhado vermelho, e ele o atingiu”.

Agora não sou mais responsável por ele; cumpri o meu dever, e ele cumpriu o seu.

Admiro-o. Não consigo saber em que reside, para mim, a grandeza de sua tarefa; ele não

estava fazendo nenhum gesto a favor de ninguém, nem construindo algo útil; mas certa-

mente fazia uma coisa bela, e a fazia de um modo puro e viril.

Não desço para ir esperá-lo na praia e lhe apertar a mão; mas dou meu silencioso apoio,

minha atenção e minha estima a esse desconhecido, a esse nobre animal, a esse homem, a

esse correto irmão.

BRAGA, Rubem. Homem no mar. In: ANDRADE, Carlos Drummond de et al. Elenco de cronistas modernos. Rio de Janeiro: José Olympio, 2003. p. 133-134.

a) Esse texto pode ser considerado uma narrativa? Responda no caderno, justificando sua resposta.

b) O professor dará algumas explicações sobre o gênero narrativo “crônica”. Anote no caderno, com suas palavras, as três características da crônica narrativa, gênero do texto que acabamos de ler.

c) Compare suas anotações do exercício anterior com as de dois colegas e observe se todos apontaram as mesmas características. Em seguida, escolha a explicação que pareceu a mais clara das três.

d) Cada grupo apresentará à classe as explicações que escolheu. Depois, deverá selecionar uma ou duas que a maioria considerou mais claras. Elas serão anotadas na lousa para que todos possam copiá-las no caderno, como uma indicação de que o gênero “crônica” pertence ao grupo das narrativas.

9. Leia a seguir o trecho de uma obra da literatura juvenil e assinale as alternativas que considerar corretas nos testes I e II.

O tesouro de Ilhabela

Já tomavam a picada para a Praia da Jaqueira quando a balbúrdia dos pescadores, atra-cando sobre as pedras, chamou-lhes a atenção. Canela lembrou que ainda não havia cumprimentado seu tio Arlindo e resolveram esperar por ele.

À exceção do Espanhola, fundea do ao largo, as duas dezenas de embarcações eram ca-noas de voga, feitas de um único tronco, à maneira indígena. Uma delas chamou a atenção dos garotos por ser maior e a única a motor.

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– É o Audaz, do Franklin Barbosa – mostrou-lhes Belmiro, os olhos azuis contrastando com a pele curtida. – No meu tempo, não se matava peixe pra vender, só pra comer. Quan-do sobrava o pescado, o povo salgava tudo pra alimento do lugar.

Até poucos meses faziam isso, contou-lhes Belmiro, mas, desde que Franklin Barbosa voltara de Santos para o Saco da Caveira, as coisas começaram a mudar. Com seu motor de seis cavalos, o Audaz ia, dia sim, dia não, até a vila em Ilhabela fazer entrega na peixaria. Franklin trouxera também a geladeira de isopor. Com o gelo que ele trazia, os pescadores guardavam os peixes e os vendiam a Franklin, depois de separar a parte da família.

Tio Arlindo subia a picada. Canela foi abraçá-lo e aos primos. O tio os apresentou aos companheiros Zé Onório, Olegário, Luís, Miltão, Nequinho, Dico e Pindá. Os meninos se juntaram ao grupo para ouvir a música que os homens dedilhavam na viola, com letras que falavam da vida no mar, pescarias, tempestades e naufrágios.

VIEIRA, Isabel. O tesouro de Ilhabela. São Paulo: Salesiana, 2007. p. 82-83.

I. Esse texto é uma narrativa, mas não é uma crônica. Podemos afirmar isso, pois:

a) há poucas personagens, o que demonstra um uso econômico dos elementos da narrativa, característica de crônicas desse tipo.

b) Zé Onório, Olegário, Luís, Miltão, Nequinho, Dico e Pindá podem ser consideradas per-sonagens secundárias, pois agem na trama.

c) há muitas personagens na história, principais e secundárias, o que implica um desenvolvi-mento mais longo da narrativa.

d) as marcas de passagem do tempo indicam que a história já está terminada.

II. Justifique ou comente as alternativas verdadeiras. Se observarmos o texto do ponto de vista do enredo, também chegamos à conclusão de que não se trata de uma crônica, pois:

a) o trecho selecionado é parte de uma longa história.

b) algumas ações do enredo pressupõem outras informações, que serão dadas em outros trechos.

c) algumas ações do enredo pressupõem outras informações, que já devem ter sido dadas em trechos anteriores.

d) é uma longa história inventada, já concluída, pois sabemos tudo o que aconteceu antes com as personagens.

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Oralidade

1. O professor ou alguém da sala lerá o texto a seguir. Escute-o atentamente e, em seguida, discuta com os colegas se ele pode ou não ser classificado como crônica narrativa. Dê pelo menos duas explicações que justifiquem sua análise. Anote no caderno, em forma de itens, seus comentários e os de seus colegas.

Texto A

Tomo I

Capítulo II – Primeiros infortúnios

Passemos por alto sobre os anos que decorreram desde o nascimento e batizado do nosso memorando, e vamos encontrá-lo já na idade de 7 anos. Digamos unicamente que durante todo este tempo o menino não desmentiu aquilo que anunciara desde que nasceu: atormen-tava a vizinhança com um choro sempre em oitava alta; era colérico; tinha ojeriza particular à madrinha, a quem não podia encarar, e era estranhão até não poder mais.

Logo que pôde andar e falar tornou-se um flagelo; quebrava e rasgava tudo que lhe vi-nha à mão. Tinha uma paixão decidida pelo chapéu armado do Leonardo; se este o deixava por esquecimento em algum lugar ao seu alcance, tomava-o imediatamente, espanava com ele todos os móveis, punha-lhe dentro tudo que encontrava, esfregava-o em uma parede, e acabava por varrer com ele a casa; até que a Maria, exasperada pelo que aquilo lhe havia custar aos ouvidos, e talvez às costas, arrancava-lhe das mãos a vítima infeliz. Era, além de traquinas, guloso; quando não traquinava, comia. A Maria não lhe perdoava; trazia-lhe bem maltratada uma região do corpo; porém ele não se emendava, que era também teimoso, e as travessuras recomeçavam mal acabava a dor das palmadas.

Assim chegou aos 7 anos.

Afinal de contas a Maria sempre era saloia, e o Leonardo começava a arrepender-se se-riamente de tudo que tinha feito por ela e com ela. E tinha razão, porque, digamos depressa e sem mais cerimônias, havia ele desde certo tempo concebido fundadas suspeitas de que era atraiçoado. Havia alguns meses atrás tinha notado que um certo sargento passava-lhe muitas vezes pela porta, e enfiava olhares curiosos através das rótulas: uma ocasião, recolhendo-se, parecera-lhe que o vira encostado à janela. Isto porém passou sem mais novidade.

Depois começou a estranhar que um certo colega seu o procurasse em casa, para tratar de negócios do ofício, sempre em horas desencontradas: porém isto também passou em bre-ve. Finalmente aconteceu-lhe por três ou quatro vezes esbarrar-se junto de casa com o capi-tão do navio em que tinha vindo de Lisboa, e isto causou-lhe sérios cuidados. Um dia de manhã entrou sem ser esperado pela porta adentro; alguém que estava na sala abriu precipi-tadamente a janela, saltou por ela para a rua, e desapareceu.

[...]

ALMEIDA, Manuel A. de. Memórias de um sargento de milícias. Disponível em: <http://www.dominio

publico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=1969>. Acesso em: 17 maio 2013.

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2. O professor ou alguém da sala lerá o texto a seguir. Escute-o atentamente e, em seguida, discuta com os colegas se ele pode ou não ser classificado como uma crônica narrativa. Dê pelo menos duas explicações que justifiquem a análise feita. Anote em seu caderno, em forma de itens, seus comentários e os de seus colegas.

Texto B

Avestruz

O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cis-mou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me man-dou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.

Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio.

E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.

Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço que não tem abso-lutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.

Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor!

Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que, logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abomi-nável e disse: Struthio Camelus Australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.

Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não têm, por-tanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!

Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.

Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.

Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. Máquina digital de fotografia, times

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3. O professor ou alguém da sala lerá o texto a seguir. Escute-o atentamente e, em seguida, discuta com seus colegas se ele pode ou não ser classificado como crônica narrativa. Dê pelo menos duas explicações que justifiquem a análise feita. Anote no caderno, em forma de itens, seus comen-tários e os de seus colegas.

inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.

Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gai-votas e um urubu.

Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.

Fonte: PRATA, Mário. Avestruz. Disponível em: <http://www.marioprataonline.com.br>. Acesso em: 8 out. 2012.

Produção escrita

Você deverá reescrever, no seu caderno, a crônica Avestruz ou outra indicada por seu professor. Para tanto, você mudará o foco narrativo do texto. Assim, se reescrever Avestruz, quem contará a histó-ria será outra personagem; se a opção for outro texto, o mesmo procedimento será adotado. Vamos organizar alguns passos para esse processo, pois não é tão simples reescrever uma história.

Passo 1 – Organize o seguinte esquema:

a) Que personagem contará a história?

Texto C

A cigarra e a formiga

A cigarra, tendo cantado por todo o verão, encontrou-se muito desprovida quando o vento frio chegou: não tinha nenhum pedacinho de mosca ou verme.

Ela foi chorar de fome na casa de sua vizinha, a formiga, suplicando que lhe emprestasse algum grão para sobreviver até a próxima estação.

– Eu lhe pagarei, disse a cigarra, antes de agosto, palavra de animal, tudinho e com juros.

A formiga não costuma emprestar, eis o seu menor defeito.

– O que você fazia no verão? – disse ela à cigarra.

– Eu cantava; por favor, não fique irritada.

– Você cantava? Então já sei: agora dance!

LA FONTAINE. Fábula traduzida do original francês e adaptada especialmente para o São Paulo faz escola. Disponível em: <http://www.memodata.com/2004/fr/fables_de_la_fontaine>. Acesso em: 17 maio 2013.

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Passo 2 – O professor introduzirá o conceito de parágrafo. Anote-o no caderno e, ao produzir sua reescrita, procure levá-lo em conta.

Passo 3 – Produza, em seu caderno, a primeira versão de sua reescrita. Não se esqueça de seguir seu esquema e observar a organização de seus parágrafos.

Passo 4 – Estudo do parágrafo.

1. Para o estudo do parágrafo, leia o texto a seguir e responda às questões no caderno:

Naquela manhã, resolvi acordar mais cedo, pois estava ansioso pelo passeio.

Era o melhor passeio daquele ano, acho que talvez até o melhor daqueles últimos anos. Eu não queria perder nada. A minha mãe, no começo, dizia que eu não devia ir, porque ia ficar muito caro, mas eu tinha de ir de qualquer maneira.

Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola.

Qual a situação inicial dapersonagem nessa história?

Qual o conflito dessapersonagem? Por que ela se move?

Que acontecimentos ocorremcomo consequência do que a

personagem faz no início do texto?

Qual o momento mais dramático da história para essa personagem?

Como é o desfecho da história, na visão dela?

b) Escolhida a personagem, faça uma síntese dos fatos principais ocorridos, da perspectiva dela. Siga o quadro a seguir.

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a) Qual o fato apresentado no primeiro parágrafo?

b) Por que ele não está satisfatoriamente desenvolvido?

c) Há algo no segundo parágrafo que deveria estar no primeiro? Grife.

d) A classe construirá uma nova versão para esse primeiro parágrafo. Anote-a.

e) Quantos assuntos há no segundo parágrafo?

f ) Qual o assunto novo?

g) O segundo assunto não está satisfatoriamente desenvolvido. Anote a versão que a classe construirá para ele.

2. Agora, você vai observar o texto de um colega. Releia cada parágrafo e, ao lado, com caneta de

outra cor, indique o tópico frasal (fato central) de cada um.

3. Há mais de um tópico em algum dos parágrafos do texto? Faça um x nos parágrafos em que isso

ocorre.

4. Nos parágrafos em que há apenas um fato central, esse fato foi desenvolvido de maneira satisfató-

ria, sem deixar dúvidas para o leitor e dando os detalhes necessários à compreensão da narrativa?

Se necessário, escreva um comentário para seu colega explicando o que você acha que ele deve reformular.

Passo 5 – Produza a versão final da reescrita da crônica, com a correção de todos os itens indicados pelo professor.

Estudo da língua

1. Releia a crônica Homem no mar, de Rubem Braga, apresentada anteriormente. Grife três frases ou

expressões que, de alguma forma, fazem o leitor refletir para que possa atribuir um sentido ao que

foi dito. Por exemplo: “Agora não sou mais responsável por ele”. Nesse trecho, o narrador afirma

que deixou de ser responsável pelo nadador. Mas sabemos que um não tem responsabilidade pelo

outro, pois nem se conhecem. Assim, é possível que o narrador esteja sugerindo que, enquanto

observou o nadador, foi, de certa forma, alguém que “cuidou dele”, prestando atenção ao que fazia.

2. A classe discutirá os trechos grifados. Em conjunto, conversarão sobre os possíveis sentidos que

eles podem ter no texto. Anote no caderno as conclusões a que o grupo chegou com o professor.

3. Em nossa comunicação, existem muitas frases como: “No Brasil, tudo acaba em pizza”. No

caderno, explique, com outras palavras, o que essa frase quer dizer.

4. Indique mais duas frases como essa e dê o significado de cada uma.

5. Após as explicações do professor, anote no caderno o que compreendeu sobre usos conotativos da linguagem.

6. Após as explicações do professor, anote no caderno o que compreendeu sobre usos denotativos da linguagem.

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7. Serão passadas na lousa as duas definições (de conotação ou denotação), ou serão mostradas em alguma outra fonte. Compare com o que você escreveu e faça correções, se necessário. Se tiver dúvidas, peça auxílio ao professor.

Nome da crônica e do autor

Quais acontecimentos banais do cotidiano estão

organizados nessa crônica?

Escolha dois elementos da narrativa, diferentes do

enredo, e anote-os

Retire palavras e frases do texto que despertem a imaginação do leitor

LIÇÃO DE CASA

1. O professor indicou uma crônica narrativa do livro didático para realização da tarefa. Analise-a, preenchendo o quadro a seguir.

2. O professor escolherá dois textos do livro didático para leitura. Indique qual dos dois é uma crônica narrativa e, a partir dele, preencha o quadro a seguir.

Texto selecionado

O texto desenvolve uma história inventada? Responda

sim ou não e explique

O tema do texto é cotidiano? Responda sim ou não e

explique

Você considera que o texto apresenta um tom leve, ou seja, um tom de conversa?

Justifique

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3. Explique, no caderno, por que o texto A – Primeiros infortúnios, apresentado anteriormente, não pode ser considerado uma crônica narrativa. Retome as anotações feitas em sala e escreva um pequeno texto, justificando sua análise.

4. Explique, no caderno, por que o texto B – Avestruz, apresentado anteriormente, pode ser consi-derado uma crônica narrativa. Retome as anotações feitas em sala e escreva um pequeno texto, justificando sua análise.

5. Responda no caderno: A que gênero textual pertence o texto C? Justifique sua resposta.

6. Anote os exercícios sobre denotação e conotação do livro didático, ou de outra fonte, indica-dos pelo professor. Faça-os no caderno.

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Leitura e análise de texto

Texto A

The big sleepy

Dormir sempre tinha sido meu consolo. Dormi dias inteiros, semanas até, quando perdi a vergonha ridícula de dormir dessa forma. A deliciosa sensação dos olhos ardendo quando se acorda, ainda esmagado contra o travesseiro, e simplesmente se resolve continuar no mesmo lugar. Sem movimentos. Longas tardes passadas em negro pelas pálpebras.

Cheguei a interromper meu sono com despertadores, apenas pelo gosto de voltar a dormir. Mas nos últimos tempos você deu pra me entrar nessas horas... e eu perdi o último prazer que tinha.

BONASSI, Fernando. The big sleepy. In: ______. 100 coisas. São Paulo: Angra, 2000. p. 31.

!?

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 8

CONTANDO UMA HISTÓRIA DE UM JEITO DIFERENTE

1. Leia o texto a seguir.

2. Responda às questões:

a) Esse texto é uma narrativa? Por quê?

b) Localize os elementos da narrativa no texto, de acordo com o quadro a seguir.

O foco narrativo está na pri-meira ou terceira pessoa?

Quais são os acontecimentos básicos do enredo?

Em que espaço(s) a história ocorre?

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c) Tendo em vista que o narrador perde “o último prazer que tinha” quando o “você” aparece em seus sonhos, dê uma explicação possível para o narrador tentar dormir tanto.

3. Ouça a canção Vital e sua moto, de Herbert Vianna, e escreva a letra da música no caderno. Em seguida, responda às questões:

a) Há traços narrativos na letra da canção. Quais? Comente seu uso.

b) Há uma sequência de acontecimentos nessa letra. Qual é?

c) Há trechos em que a conotação predomina. Grife-os e explique o que podem querer dizer.

4. O professor indicará um texto para análise. O texto em questão apresenta traços narrativos em sua organização, mas não é uma narrativa, como um conto, uma crônica ou uma fábula. Tendo-o como base, responda em seu caderno:

a) Qual é o título do texto analisado e o nome de seu autor?

b) Há a presença de personagens? Quais são elas?

c) Há um ou mais espaços indicados no texto? Quais são eles?

d) Há passagem de tempo no texto? Grife todos os marcadores temporais e reflita: Em quanto tempo a história parece se desenvolver?

e) Há uma espécie de enredo no texto? Quais os fatos sequenciados?

f ) Você identifica momentos em que há usos conotativos da linguagem? Localize-os e dê a eles uma explicação que aparece no texto.

Grife as marcas de passagem do tempo. Quanto a história

parece durar?

Podemos considerar “você”, a quem o narrador se dirige,

uma personagem?

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5. Como vimos, há vários textos, como letras de música, tiras, poemas de cordel etc., que podem apresentar características semelhantes às das narrativas em sua forma de organização. O pro-fessor vai sistematizar as três características estudadas de narrativas em textos musicais, visuais, au diovisuais etc. Anote o que compreendeu de cada uma das características no quadro a seguir.

CaracterísticaCaracterísticas de narrativas em textos musicais, visuais,

audiovisuais etc.

1a

2a

3a

6. Como vimos, há textos de diferentes gêneros, como letras de música, que não são propriamente narrativos, mas que podem apresentar, às vezes, traços desse tipo de texto. Assinale o nome que parece apropriado a esse processo:

a) narratividade;

b) argumentação;

c) dramatização.

Oralidade

O professor exibirá um trecho de filme. Após a exibição, discuta com seus colegas as questões a seguir. As conclusões serão discutidas por toda a classe:

a) Podemos afirmar que se trata de uma história de ficção? Explique.

b) Há presença de personagens? Quais são elas?

c) Há marcas de passagem de tempo? Quais?

d) Quais são os fatos sequenciados no enredo?

e) Há estímulo à imaginação do espectador? De que forma?

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Produção escrita

1. Ouça a canção Marvin, de Sérgio Britto e Nando Reis, e escreva a letra no caderno.

2. Depois de escutar essa canção, você produzirá um texto, seguindo os passos indicados.

Passo 1 – Analise a letra da canção identificando qual parece ser seu assunto principal.

Passo 2 – Retome o quadro das três características, apresentado anteriormente. Observe se, na letra de Marvin, os traços narrativos indicados no quadro estão presentes na canção. Escreva a análise no caderno.

Passo 3 – Você comentará sua resposta do exercício anterior com um ou mais colegas. Quando tive-rem lido suas respostas e comparado semelhanças e diferenças, preencha o quadro a seguir.

Qual a sequência de acontecimentos do texto?

Indique marcas de passagem de tempo, de

espaço e conflitos (elementos ligados ao

enredo) no texto

O texto, por ter caráter ficcional, apresenta usos

conotativos da linguagem. Quais?

Passo 4 – Em seu caderno, você deverá transformar essa letra de música em uma narrativa. Para tanto,

deverá escolher contar sua história:

do ponto de vista de um narrador em terceira pessoa;

do ponto de vista da mãe de Marvin.

Para escrever uma história, você precisa definir:

a) uma perspectiva (Qual será o foco narrativo?);

b) uma sequência de acontecimentos (Quais serão os fatos narrados?);

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Durante uma pescaria, Chico Bento acaba adormecendo, mas acorda contrariado com o puxão de um peixe. Tem então uma ideia! Pendura, no anzol, um aviso com o seguinte texto:

“Procure outro anzor, to drumindo”.

Como se fala de um jeito, mas se escreve de outro, Chico cometeu alguns erros ortográ-ficos. Assinale a versão correta do aviso:

c) quais personagens aparecerão em sua história;

d) como serão registradas as passagens de tempo;

e) quais espaços aparecerão no texto.

Se quiser, você pode acrescentar informações à letra da música (colocar uma descrição espacial ou de uma personagem, aumentar a quantidade de acontecimentos, entre outras possibilida-des). Mas é importante que seus acréscimos sejam coerentes com a história.

Passo 5 – Após a reescrita da primeira versão, orientada pelo professor, será produzida uma versão final. Reúna-se com seus colegas para escolher a história considerada mais interessante. A partir dela, o grupo transformará novamente o texto; dessa vez, a história será recontada em forma de imagem. Para tanto, será preciso selecionar os fatos principais do texto e representá-los em forma de história em quadrinhos, isto é, com desenhos e balões com as falas das personagens.

Estudo da língua

1. No trecho a seguir, há cinco palavras com ortografia incorreta. Encontre-as e discuta se esses usos comprometeram o sentido do texto ou não. Justifique.

Eu estava na maior espectrativa... Não sabia o que fazer: agardar o telefonema ou ligar eu mesmo? Era preciso tomar uma deçisão. A seção do filme estava marcada para 16:00h. Será que pegaria mau ligar?

2. Leia o texto do quadro a seguir e faça a atividade proposta.

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3. Vamos discutir a divisão silábica na escrita. Com seus colegas, converse sobre os critérios apren-didos para a divisão de sílabas e anote-os no caderno.

4. O professor vai discutir, coletivamente, os critérios apontados e é possível que apresente outros. Anote no caderno todos os casos indicados.

5. O professor passará na lousa alguns textos que precisam ser corrigidos do ponto de vista da divisão silábica. Copie-os, já fazendo as alterações necessárias, de acordo com os critérios esta-belecidos no exercício anterior.

LIÇÃO DE CASA

1. O professor indicará um texto do livro didático para análise. Ele combina palavras com imagens e apresenta algumas características de narrativas em sua organização. Tendo-o como base, tanto na parte escrita como na visual, responda no caderno:

a) Qual o título do texto analisado e o nome de seu autor?

b) Há a presença de personagens? Quais são elas?

c) Há um ou mais espaços indicados no texto? Quais são eles?

d) Há passagem de tempo no texto? Grife todos os marcadores temporais e reflita em quanto tempo a história parece se desenvolver.

e) Há uma espécie de enredo no texto? Quais os fatos sequenciados?

f ) Você identifica momentos em que há usos conotativos da linguagem? Localize-os e dê a eles

uma explicação que apareça no texto.

2. Anote os exercícios sobre ortografia do livro didático, ou de outra fonte, indicados pelo profes-

sor. Faça-os no caderno.

3. Anote os exercícios sobre divisão silábica do livro didático, ou de outra fonte, indicados pelo

professor. Faça-os no caderno.

a) Procure outro anzol, estou dormindo.

b) Procure outro anzou, estou dormindo.

c) Procure outro anzol, tou dormindo.

d) Procure outro anzól, tou dormindo.

NÓBREGA, Maria José. Os tons e mil tons do português no Brasil. In: MURRIE, Zuleika de Felice (Coord.). Língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física: livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/Inep, 2002. p. 151.

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!?

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 9

VEJA ESSA CANÇÃO

1. Ouça as canções Fico assim sem você, de Cacá Moraes e Abdullah, e Senhor do tempo, de Chorão e Heitor. Escreva as letras das músicas no caderno.

2. O que você acha que existe em comum entre essas letras de música?

3. Compare sua resposta do Exercício 2 desta seção com a de um colega. Discuta com ele e, caso

seja necessário, reescreva sua resposta, complementando-a.

4. Identifique as características apontadas no exercício anterior desta seção na letra da música Fico assim sem você. Anote as conclusões no caderno.

5. Identifique as características apontadas no exercício anterior desta seção na letra da música

Senhor do tempo. Anote as conclusões no caderno.

6. Observe as palavras finais de cada linha da letra Fico assim sem você. Grife quais delas têm finais

iguais ou parecidos.

7. Escreva o que compreendeu sobre o conceito de rima, explicado pelo professor.

8. Em seu caderno, troque as palavras grifadas por outras, de som parecido, com sentido incoeren-te com o contexto da letra (por exemplo, rimar “por que é que tem de ser assim, se eu não gosto de pudim”?).

9. Que efeito você acha que essas mudanças provocaram? Por quê?

10. Troque as mesmas palavras por outras com som diferente, mas com sentido coerente com o con-texto da letra (por exemplo, “por que é que tem que ser assim, se o meu desejo não acaba?”).

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11. Que efeito você acredita que essas mudanças provocaram? Por quê?

12. Destaque na letra da música Senhor do tempo usos conotativos da linguagem.

13. A partir dos exercícios e das explicações do professor sobre o gênero “letra de música”, transcre-va o quadro a seguir para seu caderno e complete:

Música Características do gênero “letra de música”

1a

2a

3a

4a

5a

1. Indique três estilos musicais que você conhece.

2. Procure, em dicionário, enciclopédia ou na internet, a definição de cada um deles. Anote em seu caderno e indique a fonte de onde extraiu as informações.

PESQUISA INDIVIDUAL

Produção escrita

Produza, no caderno, uma nova versão para a canção Fico assim sem você, mas agora partindo do título Fico assim com você. Não se esqueça dos elementos da narrativa, das rimas, do ritmo e de ajustar a letra à melodia.

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Estudo da língua

1. Acompanhe a música No fundo do coração, de Paulo Sérgio Valle, Daniel Jones e Darren Stanley Hayes. Anote a letra no caderno:

a) reescreva, com suas palavras, o que são os verbos em uma língua;

b) após os comentários do professor, reescreva, no caderno, sua definição de verbos, se neces-sário;

c) escreva, com suas palavras, o que compreendeu da explicação sobre locução verbal dada pelo professor;

d) após os novos comentários do professor, baseado nas respostas dadas no item anterior, re-escreva, no caderno, sua definição de locução verbal, se necessário;

e) grife as locuções verbais presentes na letra da música No fundo do coração.

2. Leia o texto a seguir:

73

Situação 1 – Modo Indicativo

Duas jovens estão falando sobre diversos assuntos. Elas estão contando novidades, dando opiniões, enfim, falando sobre diversos assuntos.

– Sabe, Fê, ontem eu discuti com a Paty.

– Não!

– Juro! Ela foi tão chata comigo, ficou pegando no meu pé...

– Mas vocês são tão amigas...

– Ah, mas ela estava chata, não sei, acho que não quero mais ser amiga dela...

– Ah, preciso te contar uma coisa: hoje vou assistir àquele filme que eu queria tanto ver!

– É mesmo?

– É, minha mãe não vai trabalhar hoje à tarde e a gente pode ir.

– Que legal! Posso ir também?

Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola.

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a) Tendo como base a situação de comunicação entre as duas jovens, pode-se afirmar que o principal objetivo da conversa é:

I. estabelecer um diálogo sobre ações do dia a dia das jovens.

II. uma querer dar ordens para a outra.

b) A partir do exercício anterior e das explicações do professor, o que você compreendeu sobre o Modo Verbal Indicativo?

3. Leia o texto a seguir:

Situação 2 – Modo Subjuntivo

Uma garota está pensando em uma viagem que fará, projetando todas as aventuras que po-derão acontecer.

Ai, se eu puder fazer tudo o que desejo nessa viagem... Primeiro, espero que eu encontre um monte de coisas que quero comprar; depois, se meus pais deixarem, espero ir àquele parque tão legal que dizem ter lá.

E pensar que, se eu tivesse sido aprovada direto no ano passado, eu já teria ido... Tudo bem. O importante é que agora, mesmo que aconteça um imprevisto na escola, eu vou, pois já compraram a passagem.

Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola.

a) Tendo como base a situação de comunicação dada, pode-se afirmar que os pensamentos da garota, no primeiro parágrafo e no início do segundo, expressam:

I. o que ela está fazendo enquanto pensa.

II. o que deseja fazer na viagem, mas ainda não está fazendo de fato.

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b) A partir do exercício anterior e das explicações do professor, o que compreendeu sobre o Modo Verbal Subjuntivo?

4. Leia o texto a seguir:

Situação 3 – Modo Imperativo

Uma mãe está conversando com seu filho, indicando o que ele deve fazer na sequência.

– Querido, vá agora trocar de roupa. Depois, pegue seu material para você fazer a lição de casa.

– Mas, mãe...

– Não, não, agora você vai fazer o que eu disse. Troque de roupa e faça a lição. Brincar, só depois!

– Tá...

Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola.

a) Tendo como base a situação de comunicação entre mãe e filho, pode-se afirmar que o prin-cipal objetivo da conversa é:

I. do ponto de vista da mãe, orientar as ações do filho.

II. do ponto de vista do filho, dizer do que quer brincar.

b) Com base no exercício anterior e nas explicações do professor, o que compreendeu sobre o Modo Verbal Imperativo?

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LIÇÃO DE CASA

1. Grife as rimas da letra da música Senhor do tempo, que você anotou no caderno, nesta Situação

de Aprendizagem.

2. Troque todas as palavras grifadas por outras, de som parecido, cujo sentido não seja coerente com

o contexto da letra (da mesma forma que foi feito com a letra da canção Fico assim sem você).

3. Responda no caderno: Que efeito você acredita que essas mudanças provocaram? Por quê?

4. Troque as mesmas palavras por outras com som diferente, mas com sentido coerente com o

contexto da letra (da mesma forma que foi feito com a letra da canção Fico assim sem você).

5. Responda no caderno: Que efeito você acha que essas mudanças provocaram? Por quê?

6. Responda no caderno: Qual das duas alterações permite manter o mesmo ritmo? E qual permite

a organização de um texto mais coerente? Por quê?

7. Na letra da música Fico assim sem você, destaque expressões ou frases que apresentam usos co-notativos da linguagem. No caderno, dê uma explicação, com outras palavras, para o que pode significar o trecho na letra.

8. Anote os exercícios sobre locução verbal do livro didático, ou de outra fonte, indicados pelo professor. Faça-os no caderno.

9. Anote os exercícios sobre modos verbais do livro didático, ou de outra fonte, indicados pelo professor. Faça-os no caderno.

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!?

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 10

ESCOLHENDO A TRILHA SONORA

1. Leia o texto a seguir:

Ele olhava para ela e não sabia o que dizer... Era um momento importante, delicado, era preciso escolher bem as palavras. Suas mãos estavam trêmulas, seu coração batia um pouco mais rápido, e, vez por outra, ele mordia o lábio inferior.

Ela, por sua vez, parecia alheia ao que se passava. Olhava para as outras mesas levemen-te interessada no que diziam aqui e ali. De repente, desviava a atenção para a paisagem, procurando fixar o olhar em um ponto.

Ficaram nesse estado de coisas ainda por alguns minutos. Foi então que ele começou a dizer:

– Olha, Celeste, preciso te dizer uma coisa... – Ela, quase como quem sai de um sonho, olha para ele e não responde no mesmo instante. Ele insiste, olha nos olhos dela, com um olhar que ela não conseguia definir. Diz, então:

– Agora, amor? Não pode ser depois?

Agora ele vacila. Diz? Não diz? Quem sabe em outro momento? Não, outro momento não, chega de adiar, a hora era esta:

– Se deixar para mais tarde, vou explodir de tanto nervoso...

– Então diga. Sou toda ouvidos...

Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola.

Leitura e análise de texto

a) Qual o foco narrativo?

b) Quem são as personagens envolvidas na história?

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c) O que elas parecem estar fazendo?

d) De que assunto elas falam?

e) Que emoção o rapaz parece sentir? Quais são os indícios de seu estado de espírito no

texto?

f ) E a moça, como parece estar se sentindo? Por quê?

g) Não se sabe o que o moço vai dizer no final. Indique duas hipóteses possíveis sobre o que

ele dirá.

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2. O professor lerá o texto mais duas vezes; mas agora, em cada uma delas, uma música diferente será usada como trilha sonora.

a) Após a audição da primeira leitura, como você imagina que será o final do texto? Por quê?

b) Após a audição da segunda leitura, como você imagina que será o final do texto? Por quê?

c) Tendo em vista que o texto lido foi o mesmo, qual o papel da trilha sonora na compreensão do texto?

Oralidade

1. O professor escolherá uma canção para ser ouvida em sala e apresentará sua letra. Ele fará alguns comentários sobre o texto e, na sequência, você se reunirá em grupo com alguns colegas para dramatizar o texto. Na dramatização, vocês não poderão usar nenhuma palavra. Assim, enquan-to a música é ouvida ao fundo, vocês dramatizam o que a letra expressa.

2. Em casa, você escolherá uma música e então apresentará aos colegas. Depois, por votação, cada grupo escolherá a música de que mais gostou para fazer outra dramatização, sem recorrer às palavras. Para organizar o trabalho, tendo a música escolhida como base, responda, após discussão com os colegas:

a) Quem serão as personagens?

b) O que elas farão na história?

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c) Qual será a sequência de ações mostrada?

d) Quais serão os elementos do cenário?

e) Quais serão os figurinos?

Estudo da língua

1. Ouça a canção Pela internet, de Gilberto Gil, e escreva a letra no caderno:

a) Grife, no texto, as palavras que, por alguma razão, lhe parecem estranhas.

b) Quais dessas palavras podem ser compreendidas pelo contexto, isto é, com a ajuda de ou-tras palavras que também aparecem no texto?

c) Quais podem ser compreendidas porque você já possui informações sobre o assunto?

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d) Quais podem ser encontradas no dicionário?

e) Termos como infomar e infomaré parecem com outros que conhecemos? Quais?

2. Após a realização do exercício anterior, o professor discutirá com a classe alguns procedimentos que podemos utilizar para a compreensão de palavras de um texto. Anote as conclusões no qua-dro a seguir.

Procedimentos para compreensão de palavras de um texto

1o

2o

3o

4o

5o

LIÇÃO DE CASA

1. Na internet ou no livro didático, escolha uma música de que goste. Pesquise quem é o com-positor, que intérprete a consagrou, em que ano foi lançada e em que país. Pesquise ainda alguma curiosidade sobre a música, seu compositor ou intérprete. No final, anote de onde retirou as informações.

2. Anote os procedimentos de busca que utilizar em sua pesquisa.

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Leitura e análise de texto

1. O professor indicará duas narrativas do livro didático para leitura; uma delas será, obrigatoriamente, uma crônica. Após lê-las e resolver dúvidas de vocabulário ou compreensão, selecione o texto que você considera ser a crônica e preencha o quadro a seguir.

Título da crônica selecionada

Tendo em vista que uma crônica é um texto curto, escolha um elemento da narrativa e comente sua

presença no texto

Qual o tema banal do cotidiano que a crônica escolhida desenvolve?

Selecione e transcreva duas passagens do texto que

demonstram seu tom leve, ou seja, de conversa com o leitor

!?

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 11

SISTEMATIZAÇÃO

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2. Agora observe a outra narrativa e complete o quadro a seguir.

Qual o título do texto e em que gênero ele foi escrito?

O narrador está em primeira ou terceira pessoa?

Há marcas de passagem de tempo? Quais?

Há marcas de mudança de espaço? Quais?

Quais são as personagens?

Quais acontecimentos princi-pais a história desenvolveu?

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LIÇÃO DE CASA

1. O professor vai selecionar uma letra de música, escrita em uma língua estrangeira. Você vai ouvi-la e observar a letra. Baseando-se no ritmo, produza uma nova letra, no caderno, mu-dando o sentido do texto, mas mantendo o ritmo e a melodia originais.

2. Anote os exercícios de revisão do livro didático, ou de outra fonte, indicados pelo professor. Faça-os no caderno.

VOCÊ APRENDEU?

Leia o texto a seguir e responda às questões.

3. Como foi visto anteriormente, nas outras Situações de Aprendizagem, há textos não narrativos que apresentam características de narrativas ou histórias. Retome as três características desses textos apresentadas neste Caderno, identifique-as no texto do livro didático que será apresentado pelo professor e transcreva-as no ca-derno.

Um dia no aeroporto

Quando era criança, tinha loucura para visitar um aeroporto. A televisão ainda era uma novidade e os aviões que tinha visto pela primeira vez foram nas telas da TV. Nessa época, ficava pensando assim: Será que essas imagens são de verdade? Será que não é mentira, in-vencionice de alguém, um truque, sei lá...

Um dia, sem mais nem menos, minha família resolveu fazer uma visita a um aeroporto. Foi uma alegria só, mal podia esperar pra chegar e ver se tudo aquilo era verdade. Naquele tempo, a gente podia chegar perto da pista, pois havia uma espécie de “posto de observação” que ficava a uma distância segura, mas próxima, como o pessoal que vai ver corrida de Fórmula 1.

Adorei e me senti no céu. Cada um que subia, a cabeça ia junto, não sei pra que destino, mas isso não importava.

Quer saber? Foi bom descobrir que os aviões da tela da TV eram verdadeiros...

Elaborado por Débora de Angelo e Eliane Aguiar especialmente para o São Paulo faz escola.

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1. O texto Um dia no aeroporto é uma crônica narrativa, pois:

a) apresenta informações sobre um fato ocorrido no Brasil, em 1970.

b) argumenta com o leitor sobre a importância da aviação.

c) aborda um tema cotidiano para os habitantes de uma grande cidade nos dias atuais.

d) demonstra a opinião de seu autor sobre o tema a crise aérea brasileira.

e) descreve a situação atual dos aeroportos brasileiros.

2. No trecho “Adorei e me senti no céu. Cada um que subia, a cabeça ia junto, não sei pra que destino”, temos um uso conotativo da linguagem, pois:

a) “adorei”, nesse contexto, é entendido como sinônimo de gostar.

b) “céu”, nesse contexto, é entendido como sinônimo de paraíso.

c) “destino”, nesse contexto, é entendido como sinônimo de futuro.

d) “subia”, nesse contexto, é entendido como sinônimo de “subir à cabeça”.

e) “cabeça”, nesse contexto, é entendida como sinônimo de imaginação.

3. A partir da análise de um traço característico do gênero, justifique por que esse texto pode ser classificado como crônica narrativa.

Ouça a música Festa, de Anderson Cotrim Cunha, e escreva a letra em seu caderno. Ela servirá de base para as questões 4 e 5.

4. Trata-se de uma letra de música, pois:

a) prescreve uma forma para dançar (“A tribo se balançar”).

b) indica que os convidados da festa foram chamados (“Avisou! Avisou! Avisou! Avisou!...”).

c) apresenta organização de rimas (fé/candomblé, balançar/chamar), que correspondem ao ritmo da canção.

d) informa sobre uma festa (“festa no gueto”).

e) discute questões religiosas (fé/candomblé).

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Filmes

Fantasia (Fantasia)

Direção: James Algar e outros. EUA, 1940. 120 min. Livre.

Esse filme dos Estúdios Disney reúne algumas músicas representadas em forma de narrati-va, mas sem uso de palavras. Pode ser um ótimo texto para observar como a música ajuda a formar o sentido.

Letra e música (Music & Lyrics)

Direção: Marc Lawrence. EUA, 2007. 96 min. 10 anos.

Para compreender melhor as relações entre a letra de uma música e sua melodia, você pode assistir a essa comédia romântica, que mostra as dificuldades vividas por um astro que caiu no anonimato e, repentinamente, tem a oportunidade de voltar ao sucesso. Para isso, pre-cisa achar a letra certa para uma determinada música.

PARA SABER MAIS

5. Há algum trecho nessa letra que desperta seu imaginário, pois trabalha a linguagem de maneira conotativa? Qual? Por quê?

Exercício complementar

O professor proporá a audição de uma música. Ouça e, a partir de um tema desenvolvido na letra, produza uma crônica narrativa.

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CONCEPÇÃO E COORDENAÇÃO GERALNOVA EDIÇÃO 2014-2017

COORDENADORIA DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CGEB

Coordenadora Maria Elizabete da Costa

Diretor do Departamento de Desenvolvimento Curricular de Gestão da Educação Básica João Freitas da Silva

Diretora do Centro de Ensino Fundamental dos Anos Finais, Ensino Médio e Educação Profissional – CEFAF Valéria Tarantello de Georgel

Coordenadora Geral do Programa São Paulo faz escolaValéria Tarantello de Georgel

Coordenação Técnica Roberto Canossa Roberto Liberato Suely Cristina de Albuquerque Bom m

EQUIPES CURRICULARES

Área de Linguagens Arte: Ana Cristina dos Santos Siqueira, Carlos Eduardo Povinha, Kátia Lucila Bueno e Roseli Ventrela.

Educação Física: Marcelo Ortega Amorim, Maria Elisa Kobs Zacarias, Mirna Leia Violin Brandt, Rosângela Aparecida de Paiva e Sergio Roberto Silveira.

Língua Estrangeira Moderna (Inglês e Espanhol): Ana Paula de Oliveira Lopes, Jucimeire de Souza Bispo, Marina Tsunokawa Shimabukuro, Neide Ferreira Gaspar e Sílvia Cristina Gomes Nogueira.

Língua Portuguesa e Literatura: Angela Maria Baltieri Souza, Claricia Akemi Eguti, Idê Moraes dos Santos, João Mário Santana, Kátia Regina Pessoa, Mara Lúcia David, Marcos Rodrigues Ferreira, Roseli Cordeiro Cardoso e Rozeli Frasca Bueno Alves.

Área de Matemática Matemática: Carlos Tadeu da Graça Barros, Ivan Castilho, João dos Santos, Otavio Yoshio Yamanaka, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro, Sandra Maira Zen Zacarias e Vanderley Aparecido Cornatione.

Área de Ciências da Natureza Biologia: Aparecida Kida Sanches, Elizabeth Reymi Rodrigues, Juliana Pavani de Paula Bueno e Rodrigo Ponce.

Ciências: Eleuza Vania Maria Lagos Guazzelli, Gisele Nanini Mathias, Herbert Gomes da Silva e Maria da Graça de Jesus Mendes.

Física: Carolina dos Santos Batista, Fábio Bresighello Beig, Renata Cristina de Andrade

Oliveira e Tatiana Souza da Luz Stroeymeyte.

Química: Ana Joaquina Simões S. de Matos Carvalho, Jeronimo da Silva Barbosa Filho, João Batista Santos Junior e Natalina de Fátima Mateus.

Área de Ciências Humanas Filosofia: Emerson Costa, Tânia Gonçalves e Teônia de Abreu Ferreira.

Geografia: Andréia Cristina Barroso Cardoso, Débora Regina Aversan e Sérgio Luiz Damiati.

História: Cynthia Moreira Marcucci, Maria Margarete dos Santos e Walter Nicolas Otheguy Fernandez.

Sociologia: Alan Vitor Corrêa, Carlos Fernando de Almeida e Tony Shigueki Nakatani.

PROFESSORES COORDENADORES DO NÚCLEO PEDAGÓGICO

Área de Linguagens Educação Física: Ana Lucia Steidle, Eliana Cristine Budisk de Lima, Fabiana Oliveira da Silva, Isabel Cristina Albergoni, Karina Xavier, Katia Mendes e Silva, Liliane Renata Tank Gullo, Marcia Magali Rodrigues dos Santos, Mônica Antonia Cucatto da Silva, Patrícia Pinto Santiago, Regina Maria Lopes, Sandra Pereira Mendes, Sebastiana Gonçalves Ferreira Viscardi, Silvana Alves Muniz.

Língua Estrangeira Moderna (Inglês): Célia Regina Teixeira da Costa, Cleide Antunes Silva, Ednéa Boso, Edney Couto de Souza, Elana Simone Schiavo Caramano, Eliane Graciela dos Santos Santana, Elisabeth Pacheco Lomba Kozokoski, Fabiola Maciel Saldão, Isabel Cristina dos Santos Dias, Juliana Munhoz dos Santos, Kátia Vitorian Gellers, Lídia Maria Batista Bom m, Lindomar Alves de Oliveira, Lúcia Aparecida Arantes, Mauro Celso de Souza, Neusa A. Abrunhosa Tápias, Patrícia Helena Passos, Renata Motta Chicoli Belchior, Renato José de Souza, Sandra Regina Teixeira Batista de Campos e Silmara Santade Masiero.

Língua Portuguesa: Andrea Righeto, Edilene Bachega R. Viveiros, Eliane Cristina Gonçalves Ramos, Graciana B. Ignacio Cunha, Letícia M. de Barros L. Viviani, Luciana de Paula Diniz, Márcia Regina Xavier Gardenal, Maria Cristina Cunha Riondet Costa, Maria José de Miranda Nascimento, Maria Márcia Zamprônio Pedroso, Patrícia Fernanda Morande Roveri, Ronaldo Cesar Alexandre Formici, Selma Rodrigues e Sílvia Regina Peres.

Área de Matemática Matemática: Carlos Alexandre Emídio, Clóvis Antonio de Lima, Delizabeth Evanir Malavazzi, Edinei Pereira de Sousa, Eduardo Granado Garcia, Evaristo Glória, Everaldo José Machado de Lima, Fabio Augusto Trevisan, Inês Chiarelli Dias, Ivan Castilho, José Maria Sales Júnior, Luciana Moraes Funada, Luciana Vanessa de Almeida Buranello, Mário José Pagotto, Paula Pereira Guanais, Regina Helena de Oliveira Rodrigues, Robson Rossi, Rodrigo Soares de Sá, Rosana Jorge Monteiro,

Rosângela Teodoro Gonçalves, Roseli Soares Jacomini, Silvia Ignês Peruquetti Bortolatto e Zilda Meira de Aguiar Gomes.

Área de Ciências da Natureza Biologia: Aureli Martins Sartori de Toledo, Evandro Rodrigues Vargas Silvério, Fernanda Rezende Pedroza, Regiani Braguim Chioderoli e Rosimara Santana da Silva Alves.

Ciências: Davi Andrade Pacheco, Franklin Julio de Melo, Liamara P. Rocha da Silva, Marceline de Lima, Paulo Garcez Fernandes, Paulo Roberto Orlandi Valdastri, Rosimeire da Cunha e Wilson Luís Prati.

Física: Ana Claudia Cossini Martins, Ana Paula Vieira Costa, André Henrique Ghel Ru no, Cristiane Gislene Bezerra, Fabiana Hernandes M. Garcia, Leandro dos Reis Marques, Marcio Bortoletto Fessel, Marta Ferreira Mafra, Rafael Plana Simões e Rui Buosi.

Química: Armenak Bolean, Cátia Lunardi, Cirila Tacconi, Daniel B. Nascimento, Elizandra C. S. Lopes, Gerson N. Silva, Idma A. C. Ferreira, Laura C. A. Xavier, Marcos Antônio Gimenes, Massuko S. Warigoda, Roza K. Morikawa, Sílvia H. M. Fernandes, Valdir P. Berti e Willian G. Jesus.

Área de Ciências Humanas Filosofia: Álex Roberto Genelhu Soares, Anderson Gomes de Paiva, Anderson Luiz Pereira, Claudio Nitsch Medeiros e José Aparecido Vidal.

Geografia: Ana Helena Veneziani Vitor, Célio Batista da Silva, Edison Luiz Barbosa de Souza, Edivaldo Bezerra Viana, Elizete Buranello Perez, Márcio Luiz Verni, Milton Paulo dos Santos, Mônica Estevan, Regina Célia Batista, Rita de Cássia Araujo, Rosinei Aparecida Ribeiro Libório, Sandra Raquel Scassola Dias, Selma Marli Trivellato e Sonia Maria M. Romano.

História: Aparecida de Fátima dos Santos Pereira, Carla Flaitt Valentini, Claudia Elisabete Silva, Cristiane Gonçalves de Campos, Cristina de Lima Cardoso Leme, Ellen Claudia Cardoso Doretto, Ester Galesi Gryga, Karin Sant’Ana Kossling, Marcia Aparecida Ferrari Salgado de Barros, Mercia Albertina de Lima Camargo, Priscila Lourenço, Rogerio Sicchieri, Sandra Maria Fodra e Walter Garcia de Carvalho Vilas Boas.

Sociologia: Anselmo Luis Fernandes Gonçalves, Celso Francisco do Ó, Lucila Conceição Pereira e Tânia Fetchir.

Apoio:Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE

CTP, Impressão e acabamentoEscala Empresa de Comunicação Integrada Ltda.

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A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo autoriza a reprodução do conteúdo do material de sua titularidade pelas demais secretarias de educação do país, desde que mantida a integri-dade da obra e dos créditos, ressaltando que direitos autorais protegidos*deverão ser diretamente negociados com seus próprios titulares, sob pena de infração aos artigos da Lei no 9.610/98.

* Constituem “direitos autorais protegidos” todas e quaisquer obras de terceiros reproduzidas no material da SEE-SP que não estejam em domínio público nos termos do artigo 41 da Lei de Direitos Autorais.

* Nos Cadernos do Programa São Paulo faz escola são indicados sites para o aprofundamento de conhecimentos, como fonte de consulta dos conteúdos apresentados e como referências bibliográficas. Todos esses endereços eletrônicos foram checados. No entanto, como a internet é um meio dinâmico e sujeito a mudanças, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não garante que os sites indicados permaneçam acessíveis ou inalterados.* Os mapas reproduzidos no material são de autoria de terceiros e mantêm as características dos originais, no que diz respeito à grafia adotada e à inclusão e composição dos elementos cartográficos (escala, legenda e rosa dos ventos).

Ciências Humanas Coordenador de área: Paulo Miceli. Filosofia: Paulo Miceli, Luiza Christov, Adilton Luís Martins e Renê José Trentin Silveira.

Geografia: Angela Corrêa da Silva, Jaime Tadeu Oliva, Raul Borges Guimarães, Regina Araujo e Sérgio Adas.

História: Paulo Miceli, Diego López Silva, Glaydson José da Silva, Mônica Lungov Bugelli e Raquel dos Santos Funari.

Sociologia: Heloisa Helena Teixeira de Souza Martins, Marcelo Santos Masset Lacombe, Melissa de Mattos Pimenta e Stella Christina Schrijnemaekers.

Ciências da Natureza Coordenador de área: Luis Carlos de Menezes. Biologia: Ghisleine Trigo Silveira, Fabíola Bovo Mendonça, Felipe Bandoni de Oliveira, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Olga Aguilar Santana, Paulo Roberto da Cunha, Rodrigo Venturoso Mendes da Silveira e Solange Soares de Camargo.

Ciências: Ghisleine Trigo Silveira, Cristina Leite, João Carlos Miguel Tomaz Micheletti Neto, Julio Cézar Foschini Lisbôa, Lucilene Aparecida Esperante Limp, Maíra Batistoni e Silva, Maria Augusta Querubim Rodrigues Pereira, Paulo Rogério Miranda Correia, Renata Alves Ribeiro, Ricardo Rechi Aguiar, Rosana dos Santos Jordão, Simone Jaconetti Ydi e Yassuko Hosoume.

Física: Luis Carlos de Menezes, Estevam Rouxinol, Guilherme Brockington, Ivã Gurgel, Luís Paulo de Carvalho Piassi, Marcelo de Carvalho Bonetti, Maurício Pietrocola Pinto de Oliveira, Maxwell Roger da Puri cação Siqueira, Sonia Salem e Yassuko Hosoume.

Química: Maria Eunice Ribeiro Marcondes, Denilse Morais Zambom, Fabio Luiz de Souza, Hebe Ribeiro da Cruz Peixoto, Isis Valença de Sousa Santos, Luciane Hiromi Akahoshi, Maria Fernanda Penteado Lamas e Yvone Mussa Esperidião.

Caderno do Gestor Lino de Macedo, Maria Eliza Fini e Zuleika de Felice Murrie.

GESTÃO DO PROCESSO DE PRODUÇÃO EDITORIAL 2014-2017

FUNDAÇÃO CARLOS ALBERTO VANZOLINI

Presidente da Diretoria Executiva Antonio Rafael Namur Muscat

Vice-presidente da Diretoria Executiva Alberto Wunderler Ramos

GESTÃO DE TECNOLOGIAS APLICADAS À EDUCAÇÃO

Direção da Área Guilherme Ary Plonski

Coordenação Executiva do Projeto Angela Sprenger e Beatriz Scavazza

Gestão Editorial Denise Blanes

Equipe de Produção

Editorial: Amarilis L. Maciel, Angélica dos Santos Angelo, Bóris Fatigati da Silva, Bruno Reis, Carina Carvalho, Carla Fernanda Nascimento, Carolina H. Mestriner, Carolina Pedro Soares, Cíntia Leitão, Eloiza Lopes, Érika Domingues do Nascimento, Flávia Medeiros, Gisele Manoel, Jean Xavier, Karinna Alessandra Carvalho Taddeo, Leandro Calbente Câmara, Leslie Sandes, Mainã Greeb Vicente, Marina Murphy, Michelangelo Russo, Natália S. Moreira, Olivia Frade Zambone, Paula Felix Palma, Priscila Risso, Regiane Monteiro Pimentel Barboza, Rodolfo Marinho, Stella Assumpção Mendes Mesquita, Tatiana F. Souza e Tiago Jonas de Almeida.

Direitos autorais e iconografia: Beatriz Fonseca Micsik, Érica Marques, José Carlos Augusto, Juliana Prado da Silva, Marcus Ecclissi, Maria Aparecida Acunzo Forli, Maria Magalhães de Alencastro e Vanessa Leite Rios.

Edição e Produção editorial: Jairo Souza Design Grá co e Occy Design projeto grá co .

CONCEPÇÃO DO PROGRAMA E ELABORAÇÃO DOS CONTEÚDOS ORIGINAIS

COORDENAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DOS CADERNOS DOS PROFESSORES E DOS CADERNOS DOS ALUNOS Ghisleine Trigo Silveira

CONCEPÇÃO Guiomar Namo de Mello, Lino de Macedo, Luis Carlos de Menezes, Maria Inês Fini coordenadora e Ruy Berger em memória .

AUTORES

Linguagens Coordenador de área: Alice Vieira. Arte: Gisa Picosque, Mirian Celeste Martins, Geraldo de Oliveira Suzigan, Jéssica Mami Makino e Sayonara Pereira.

Educação Física: Adalberto dos Santos Souza, Carla de Meira Leite, Jocimar Daolio, Luciana Venâncio, Luiz Sanches Neto, Mauro Betti, Renata Elsa Stark e Sérgio Roberto Silveira.

LEM – Inglês: Adriana Ranelli Weigel Borges, Alzira da Silva Shimoura, Lívia de Araújo Donnini Rodrigues, Priscila Mayumi Hayama e Sueli Salles Fidalgo.

LEM – Espanhol: Ana Maria López Ramírez, Isabel Gretel María Eres Fernández, Ivan Rodrigues Martin, Margareth dos Santos e Neide T. Maia González.

Língua Portuguesa: Alice Vieira, Débora Mallet Pezarim de Angelo, Eliane Aparecida de Aguiar, José Luís Marques López Landeira e João Henrique Nogueira Mateos.

Matemática Coordenador de área: Nílson José Machado. Matemática: Nílson José Machado, Carlos Eduardo de Souza Campos Granja, José Luiz Pastore Mello, Roberto Perides Moisés, Rogério Ferreira da Fonseca, Ruy César Pietropaolo e Walter Spinelli.

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ade: 2014 – 2017