lições bíblicas cpad - 2º trimestre 1989 - a igreja no apocalipse - eurico bergsten

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Page 1: Lições Bíblicas CPAD - 2º Trimestre 1989 - A Igreja no Apocalipse - Eurico Bergsten

f JOVENS E ADULTOS ^REVISTA DO PROFESSOR

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CMD

Comentário: Eurico Bergstén

de 1989

ÍNDICE L icâ 0 1 , . ~ A Igreja, Um Castiçal L l Ç O e S Lição 2

d O 2 ' T r i m e s t r e Jesus, O Sumo Sacerdote Eterno Lição 3 O Anjo da Igreja na Mão do Senhor Lição 4 A Mensagem de Jesus à Sua Igreja Lição 5 Carta à Igreja em Éfeso Lição 6 Carta à Igreja em Smirna Lição 7 Carta à Igreja em Pérgamo Lição 8 Carta à Igreja em Tiatira Lição 9 Carta à Igreja em Sardo Lição 10 Carta à Igreja em Filadélfia Lição 11 Carta à Igreja em Laodicéia Lição 12 O Segredo da Vitória Lição 13 A Recompensa dos Vencedores

lições Bíblicas - para Jovens e Adultos. Editada pela Casa Publicadora das As-sembléias de Deus, Estrada Vicente de Carvalho, 1083 (CEP 21210) - Caixa Postal 331 (CEP 20001), Rio de Janeiro, RJ. Telefones (021) 391-4336 e 391-4535. Filiais: Niterói, RJ - Rua Aurelino Leal, 47, Tel.: (021) 722-0072, e Rua Saldanha Marinho, 94; Nova Iguaçu, RJ - Av. Gov. Amaral Peixoto, 427, lojas 101 e 103, Tel.: (021) 767-6744; Reci-fe, PE - Av. Dantas Barreto, 899, Tel.: (081) 224-2441; São Paulo, SP, Belenzinho -Rua Conselheiro Cotegipe, 126 e 130, Tel.: (011) 292-1437; Santo Amaro - Rua Senador Flaquer, 133, Tel.: (011) 521-4307; Brasília, DF - Super Center Venâncio 2000, loja 135, Tel.: (061) 223-4180. Presidente do Conselho Administrativo: Isaac Martins Rodri-gues; Diretor Executivo: Horácio da Silva Júnior; Diretor Administrativo: Josué Go-mes de Souza; Divisão de Educação Crínti: Raimundo de Oliveira (Chefe), Alfredo G. da Silva, Joel D. do Nascimento.

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A IGREJA NO APOCALIPSE

Durante este trimestre, estaremos estudando o palpitante tema "A IGREJA NO APOCALIPSE", comentário feito pelo ilustre e querido missionário Eurico Bergstén. São 13 lições de inestimável valor á vida de todos aqueles que pronta e decidida-mente se dispuseram a seguir os passos do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo, mas que está vivo e vive eterna-mente.

Dentro do grande elenco de verdades abordadas neste con-junto de lições, destacam-se as seguintes: • O castiçal, como símbolo da Igreja, salienta o dever de todos os

seus membros brilharem conjuntamente. • Jesus, o nosso Sumo Sacerdote eterno, intercede por sua Igreja

e lhe garante vitória completa. • Ao designar os pastores como "anjo da igreja", Jesus mostra a

sua confiança neles, bem como a responsabilidade que pesa sobre seus ombros.

• O Espírito Santo comunica, vivifica e aplica a mensagem divi-na, o que O torna indispensável à vida e progresso da Igreja.

• A perda do primeiro amor se constitui um prejuízo enorme, pondo em perigo até a eterna felicidade do crente.

• Deus permite que venham sofrimentos sobre o crente, mas Ele também tem a autoridade de determinar que eles cessem.

• O crente que se deixa prender ao mundo, perde a comunhão com Deus e o poder para testemunhar de Jesus.

• Qualquer tipo de manifestação espiritual que entre em contra-dição com a Palavra de Deus, deve ser rejeitado como falso.

• Aquele que, dizendo-se crente, vive em desacordo com a Pala-vra de Deus, é como o homem que edificou a sua casa na areia.

• Quando sentirmos que temos pouca força em nós mesmos, de-vemos nos prover do poder de Deus.

• Viver em contínua renovação é o segredo de manter-se a salvo da mornidão espiritual.

• A vitória de Jesus Cristo se constitui a garantia da nossa vitó-ria final.

• Jesus tanto está pronto a ajudar-nos a vencer, como também a recompensar os vencedores.

Não prive os seus entes queridos e amigos do direito de serem abençoados por Deus. Lave-os em sua companhia e matricule-os na Escola Dominical.

Divisão de Educação Cristã

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IMPORTANTE: \

0 prefixo çsp- -») seguido de números a partir de 1, encontrado dentro desta revista, designa inserções ofere-cidas como subsídios ao professor no Suplemento do Professor.

Ele será de interesse e uso exclusivos do professor, no momento de lidar com a revista do aluno e o programa que lhe são oferecidos no Suplemento do Professor.

COMENTADOR

EURICO BERGSTÉN, missionário finlandês, en-viado pela missão sueca, servindo às Assembléias de Deus no Brasil desde 1948

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Lição 1 2 de abril de 1989

A IGREJA, UM CASTIÇAL

TEXTO ÁUREO "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que ve-

jam as vossas boas obras eglorifiquem a vosso Pai, que está nos céus" (Mt 5.16).

VERDADE PRÁTICA 0 castiçal, como símbolo da Igreja, salienta o dever de todos os

seus membros brilharem em conjunto.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Êx 25.31-36 Quinta - Mt 5.13-16 Terça - Ap 1.13-18 Sexta - 1 Pe 2.3-10 Quarta - Ap 21.18-23 Sábado - Zc 4.1-14

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Ap 1.12,13,20; Zc 4.1-4

Ap 1.12 - E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro;

13 - E no meio dos sete casti-çais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de um vestido comprido, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.

20 - O mistério das sete estre-las, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igre-jas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas.

Zc 4.1 - E tornou o anjo que fa-

lava comigo, e me despertou, como a um homem que é desperta-do do seu sono.

2 - E me disse: Que vês? E eu disse: Olho, e eis um castiçal todo de ouro, e um vaso de azeite no. ci-mo, com as suas sete lâmpadas*, e cada lâmpada posta no cimo tinha sete canudos.

3 - E, por cima, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda.

4 - E falei, e disse ao anjo que falava comigo, dizendo: Senhor meu, que é isto?

COMENTÁRIO INTRODUÇÃO

Iniciaremos neste domingo o es-tudo sobre a visão do apóstolo João, meditando a respeito do castiçal, autêntica figura da Igreja (Ap 1.13,20).

I. O CASTIÇAL NO TABERNÁ-CULO O tabernáculo, lugar reservado

para os israelitas cultuarem a Deus

e onde Ele se manifestava (Ex 25.8,9,22), era uma alegoria das coi-sas presentes (Hb 8.5,6; 9.9). Por sua vez, o castiçal que havia no ta-bernáculo se constituía num símbo-lo da Igreja (Ap 1.20).

1. O castiçal. O castiçal era uma coluna com pedestal e uma lâmpada em cima. Dele saíam ca-nas de ambos os lados, com uma lâmpada cada, decoradas por copos, maçãs e flores. D ouro foi o mate-

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rial usado na construção de toda a peça (Êx 25.31-36).

2. O castiçal e sua finalidade. O castiçal tinha por única finalida-de alumiar o tabernáculo. Como no tabernáculo não havia janelas, sem o castiçal seria impossível ministrar no Lugar Santo. Suas sete lâmpa-das acesas produziam uma luz efi-ciente e agradável (Êx 25.37).

3. O azeite do castiçal. Para que pudesse alumiar, o castiçal pre-cisava de azeite. Deus ordenou que se produzisse azeite para fazer as lâmpadas arderem continuamente (Êx 27.20,21). (5EI3

Í L A IGREJA - CASTIÇAL DE} DEUS NESTE MUNDO

. A coluna do castiçal. A colu\ na, com pedestal e lâmpada, simbo-liza Jesus, mj.e_disseJ-,"Eu sou a luz do mundo"£( J_o_8 12) A As canas que saíam de ambos õsTado», sem pe-destal próprio, representam os cren-tes ligados a Jesus, semelhantes às varas na videira (Jo 15.1-5), tendo-o como seu fundamento (1 Co 3.11).

2. Cada braço tinha uma lâm^ /pada. Isto evidencia que, através ae

/ nossa união com Jesus, tornamo-_ m, "a luz do mundo"

CMti_ 5i14J_.> A Igreja brilha neste mundo "através de seus membros, nos quais Cristo vive e se manifesta , (G1 2.20). Para isto, porém, torna-se indispensável que cada crente man-tenha seu contato com Jesus "em dia", porque assim a influência da Igreja será como lâmpada resplan-decente a dissipar as trevas que há neste mundo corrupto e perverso (Fp 2.15). Certamente, se faltar esta comunhão, ela ficará com sua luz apagada A.Pv. 2C2Q)j.je o crente se tornará "Como fonte turva e ma-nancial corrupto..." (Pv 25.26).

l~7- -e— !

III . O CASTIÇAL ERA DE OURO PURO

1. O ouro. Conforme a simbolo-gia bíblica, o ouro representa Deus e as coisas celestiais. Eliú disse: "O esplendor de ouro vem do norte; pois em Deus há uma tremenda ma-

jestade" (Jó 37.22), Tudo, no céu, é de ouro e de cristal (Ap 21.18,21). O ouro é, também, o símbolo da Pala-vra de Deus (SI 19.10; 119.72,127), e da féJJ. l'e 1.7).

2. O ouro na prática da vida Cristã. Q uso do ouro na construção do castiçal salienta que somente aquilo que o próprio Deus opera em nossa vida espiritual, através de nossa fé nEle e na Sua Palavra, tem valor e peso diante de Sua presença. Deus reconhece como autêntico tudo o que a natureza divina, da qual somos participantes pela sal-vação (2 Pe 1.4), opera em nós. Os que estão na carne não podem agra-dá-lo (Rm 8.8), pois são crentes sem brilho. "Crentes de ouro" brilham com intensidade, não perdem seu valor e nem enferrujam! Que Deus nos ajude a possuir estas caracterís-ticas. _____

IV. A FINALIDADE DO CASTI-ÇAL^

/ 1. Alumiar. O castiçal não esta-va no tabernáculo simplesmente como adorno, mas com a finalidade exclusiva de alumiar. Isto nos fala do que Deus espera da Sua Igreja, o castiçal do Novo Testamento. Seu desejo é que ela brilhe, e demons-trando este propósito^flisseL. sois a luz do mundo"HMtJ5!l4)Je!. ainda: "Brilhe a vossãTuz"~~(Ml 5.16; Fp 2.15).

2. Despertar no crente a cons-ciência do dever de brilhar. De que maneira podemos brilhar para Jesus? Deixando que a nova nature-za (2 Pe 1.4))nos domine de tal mo-

CM?

o, que outros possam ver através da nossa vida-â&jjhrâs de Cristo (2 Co 4.10,ll;(Mt 5JJ6pEstêvão bri-lhou intensamente quando, na hora de sua morte, orou pelos seus algo-zes (At 7.55-60). O crente resplan-dece também por intermédio de seu testemunho de vida, como cumpri-dor que é da Palavra de Deus (SI 119.105; Pv 6.23), igualando-se à luz que alumia em "lugar escuro" (2 Pe 1.19). Um testemunho fervoroso ser-ve como "sinal aberto", a fim de que o pecador entre no caminho que conduz ao céu.

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V. CADA BRAÇO DO CASTI-ÇAL TINHA UMA LÂMPA-

Havia seis braços no castiçal, três de cada lado, todos acompa-nhados de suas respectivas lâmpa- j das (Êx 25.32). Este detalhe impor- [ tante destaca três grandes verdades sobre a Igreja.

jT i. As sete lâmpadas do castiçal) : |Nm 8.2,3). Assim como as sete

lâmpadas estavam ligadas ao casti-, çal, também cajia- crente deve per-> tencer à IgrejaÇl Pe 2.4,5)./A Bíblia

diz que a luz naõÜeve ser colocada debaixo da mesa, mas no velador

) (castiçal) dond.e__pí^sa iluminar i' toda a sa 1 a\(Mt. Fi 1 fjJjT) crente que 2 imagina poder viver desligado da l Igreja, descongregado, labora em > erro e pode sofrer terríveis prejuízos 1 espirituais,-,

f 2. A missão de cada crente como luz. Cada crente tem uma missão a cumprir na Igreja. Assim como todos os braços, independen-temente de serem mais curtos ou mais compridos, tinham uma lâm-pada, Deus também considera cada crente, na Igreja, uma luz, sem olhar para a sua posição social, ida-de, cultura, cor ou raça. Todos são sacerdotes (1 Pe 2.5; Ap 1.6) e têm uma missão para cumprir (Mc j 13.34). Deus deu talentos a "cada um segundo sua capacidade" (Mt 25.15). Ninguém, portanto, retroce.—1

,da porque "se recuar, a minha alma não tem prazer nele" (Hb 10.38), ; assim diz o Senhor.

VI. AS SETE LÂMPADAS PRE-C I S A V A M DE A Z E I T E PARA ALUMIAR

Deus providenciou azeite (Êx, 27.20,21) e somente este era legíti-mo. Azeite estranho produziria "fo-

tranho" (Lv 10.1). 1. O azeite simboliza o Espírito

Santo. O Espírito Santo é que faz a lâmpada do crente arder. O profeta Zacarias foi despertado e viu, numa revelação, o povo de Deus como um castiçal (Zc 4.1-3). Deus então lhe disse: "Não por força nem por vio-lência, mas pelo meu Espírito" (Zc^ 4.6), e mostrou a maneira como pro-/ videnciar azeite para o castiçal (Zc; 4.11-14).

"27 í)eus providenciou azeite para a Sua Igreja. A provisão divi-na de azeite para a Igreja, efetiva-se pela operação do Espírito Santo. A[

Enchei-vos do Espíri-j IEf~"

empo dos apóstolos, quando1; o Espírito Santo operava em toda al sua plenitude, a luz brilhava com tanta intensidade, como em nenhu-ma outra época. Em poucas déca-das o Evangelho se espalhou, alcan-çando todo o mundo de então.

Busquemos, pois, o azeite da un-ção do Espírito de Deus, que é ofere-cido a todos (At 2.39)

QUESTIONÁRIO

1. Para que servia o Tabernáculo? 2. Descreva o castiçal. 3. O que representava a coluna do

castiçal, ligada ao pedestal e en-cimada pela lâmpada, ocupando o centro?

4. O que os braços laterais, com suas lâmpadas, ligadas à coluna do castiçal, simbolizam?

5. Qual a finalidade do castiçal e o que simboliza?

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' Lição 2 9 de abril de 1989 ^

JESUS, 0 SUMO SACERDOTE ETERNO TEXTO ÁUREO

"Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compade-cer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" (Hb 4.15).

VERDADE PRÁTICA 0 nosso Sumo Sacerdote eterno, Jesus, intercede por Sua Igreja e

lhe garante vitória completa.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ap 1.13-18 Quinta - Is 53.7-12 Terça - Êx 29.1-9 Sexta - SI 139.10,23,24. Quarta - Hb 7.24-28; 8.1,2 Sábado - Êx 27.20,21; 30.7,8

V TEXTO BÍBLICO BÁSICO Ap 1.13-18; Hb 4.14-16; 8.1,2

Ap 1.13 - E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de um vestido comprido, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.

14 - E a saa cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo;

15 - E os seus pés, semelhantes a latão reluzente como se tives-sem sido refinados numa forna-lha, e a sua voz como a voz de muitas águas.

16 - É ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.

17 - E eu, quando o vi, caí, a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último;

18 - E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo

o sempre. Amém. E tenho as cha-ves da morte e do inferno.

Hb 4.14 - Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Fi-lho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.

15 - Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraque-zas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.

16 - Cheguemos pois com con-fiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericór-dia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.

8.1 - Ora a suma do que temos dito é que temos um sumo sacer-dote tal, que está assentado nos céus á destra do trono da majesta-de,

2 - Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.

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COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO Nesta lição estudaremos sobre

Jesus Cristo como o nosso Sumo Sa-cerdote Eterno.

I. JOÃO VIU A JESUS GLORI-FICADO NO CÉU

1. Jesus, o Filho do homem, no céu! (Ap 1.13). O mesmo Jesus que morreu, ressuscitou e subiu ao céu, foi agora, em cumprimento de sua própria palavra (Mt 26.64), visto por João, como o Filho do homem. ^ 2 T O corpojglorifleado de Jè--j sus. Jesus apareceu com um corpo glorificado. Essa era a manifestação daquela glória que Ele possuía com seu Pai, antes que o mundo existisse (Jo 17.5), mas que resolvera dela se afastar para vir a este mundo, pre-ferindo a humilhação (Fp 2.6-8). Deus, porém, o exaltou soberana-mente (Fp 2.9,10) e, então, seu rosto brilhava como o sol (Ap 1.16); seus olhos, como chama de fogo (Ap I.14) podiam ver todas as coisas (SI 139.7; Ap 2.23); seus pés reluziam como metal polido (Ap 1.15), sim-bolizando a plenitude de seu poder (Is 43.13; Lc 1.37), e da sua boca saía uma aguda espada (Ap 1.16), que é a Palavra de Deus (Ap 19.13).

O detalhe mais importante des-ta visão é que Jesus aparece como Sumo Sacerdote, visto de veste^ compridas (Ap 1.13).

II. O SUMO SACERDOTE NO ANTIGO TESTAMENTO 1. Sacerdote sobre sacerdote.

O sumo sacerdote, personagem principal da vida religiosa de Israel, era o superintendente dos demais sacerdotes, sobre eles exercendo au-toridade e liderança. Chamado também de príncipe (At 23.5); suas vestes destacavam-no dos demais companheiros (Êx 28).

2. A competência do sumo sa-cerdote. A ele cabia ministrar a consagração dos reis (1 Rs 1.32,33), presidir julgamentos (Dt 17.8; Mt 2.6,7) e entrar no Santíssimo uma

I Cri

vez por ano, no dia da grande expia-ção, com o sangue do sacrifício, oca-sião em que trajava uma túnica de linho fino (Lv 16.1-15), semelhante à que Jesus vestia, quando João O viu.

III. JESUS, O NOSSO SUMO SACERDOTE

1. Ungido de Deus. Na noite em que Jesus nasceu, um anjo procla-mou aos pastores a seguinte mensa-gem: "Nasceu hoje, Cristo, o Se-nhor" (Lc 2.9-14). Cristo é um nome grego com o mesmo sentido de MESSIAS, em hebraico. Ambos significam o UNGIDO.

No início do seu ministério terre-no, Jesus foi ungido pelo poder do Espírito Santo (Lc 3.22). Ele mes-mo disse: "O Espírito do Senhor é sobre mim, pois me ungiu..." (Lc 4.18).

2. O tríplice ministério dej Cristo. Cristo, o Ungido de Deus (SI 2.2; 45.7; Is 61.1) foi investido por Deus de três ministérios: profeta (Mt 13.57); sacerdote (Hb 3.1-4; 7.27; 8.1,2); e rei (Jo 18.37). Ele ini-ciou seu ministério sacerdotal quan-do subiu ao Gólgota, e continua a exercê-lo à destra de Deus (Hb 8.1,2), até que seja declarado Rei/

l^jterno. ÇÊZLE) 4 —

IV. JESUS CUMPRE OS OFÍ-CIOS DO SUMO SACERDO-TE 1. O ofício sacerdotal. Cabia ao

sacerdote levar a vítima do sacrifico ao altar (Lv 4.24). Jesus assim agiu quando de uma vez por todas (Rm 6.10) subiu ao Gólgota e sacrificou a si mesmo (Ef 5.2), como Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29; Is 53.10). Deste modo, "tu-do está consumado" (Jo 19.30).

2. O sangue e o propiciatório. Após o sacrifício, o sumo sacerdote espargia o sangue sobre o propicia-tório. Era deste modo que o sumo sacerdote levava a efeito o cerimo-nial da expiação (Êx 25.22; 'Nm 7.89). Jesus fez o mesmo, pois com seu próprio sangue entrou no san-tuário do céu (Hb 9.12). Ele é o

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nosso Propiciatório (Rm 3.24) e a nossa propiciação (1 Jo 2.1,2). Suas feridas falam, no céu, em nosso fa-vor (Ap 5.6).

3. A bênção depois da expia-ção. Depois da expiação o sacerdote saía para abençoar o povo/TLv ÍLi&J 22). Assim fez Jesus também. Do céu enviou o Espírito Santo, para habitar junto aos que aceitam a re-denção proporcionada pelo seu san-gue (Jo 7.38,39; At 2.1-4; 32.33). As-sentado à destra de Deus (Hb 8.1,2). Ele intercede por nós (Hb 7.25; Rm 8.34), convidando a todos para se chegarem a Ele a fim de se-rem ajudados em tempo oportuno, porque se compadece de nossas fra-quezas (Hb 4.14-16). Maravilhoso Jesus! ürsp-g - )

.JESUS SUPERVISIONA IGREJAS 1. Jesus conhece a Igreja. Je-

sus andava entre os sete castiçais, /isto é, no meio das igrejas (Ap

1.13,20), das quais é a cabeça (Ef 1:22,23), o grande Pastor (Hb 13.20)

; e Edificador (Mt 16.18). Ele as co-nhece nos mínimos detalhes, che-gando mesmo a afirmar: "EU SEI as tuas obras" (Ap 2.2,9,13).

O Senhor conhece o modo como | seus ministros exercem o ministério

(Hb 13.17), e comoçada memljro, anda em sua casacíl Tm 3.15; Ec; 5.1). Ele vê tanto o progresso espíri- * tual dos crentes (Ap 2.14), como os perigos que os ameaçam.

2. Jesus está no meio da Igre-ja. Jesus, o Onipotente, sempre está em contato com Sua Igreja (Mt 28.20). Como inspecionou as igrejas da Ásia Menor, observa com grande atenção as de hoje. Peçamos, por-

tanto, de coração: "Sonda-me

QUESTIONÁRIO

Deus, e conhece o meu coração; pro-va-me, e conhece os meus pensa-mentos. E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo cami-nho eterno" (SI 139.23,24).

VI. O SUMO SACERDOTE CUI-DA DOS CASTIÇAIS 1. No passado. No Antigo Tes-

tameiíto o cuidado do castiçal esta-va sob a responsabilidade do sacer-dote, que, a cada manhã e tarde, na hora de queimar o incenso, também punha em ordem as lâmpadas (Êx 30.7,8), ocasião em que renovava o azeite (Êx 27.20,21). Com espevita-dores e apagadores (Êx 25.38), ele também as mantinha acesas, sem fazer fumaça e sem exalar mau dieiro. s.

2. Na atualidade. Ê exatamen-te isto que Jesus, o nosso Sumo Sa-cerdote, está fazendo. Quando os crentes "queimam o incenso", isto é, buscam o Senhor em oração (SI 141.2), Ele, então, renova-lhes o azeite que suas lâmpadas consumi-ram e batiza com o Espírito Santo (At 2.1-4; 4.31; 2 Co 4.16). É por meio destes encontros contínuos que nossas lâmpadas se conservarão^ acesas (Rm 12.11,12). — ~

Jesus deseja também que nossas lâmpadas possam arder, sem que haja fumaça ou mau cheiro. Os es-pevitadores e apagadores do Antigo Testamento simbolizam a aplicação da doutrina para uso correto dos \ dons do Espírito Santo. Aquele, pois, cujo pavio está fumegando de meninice ou exageros, deve apren-der a brilhar através da sã doutrina, de modo a glorificar a Jesus, benefi-ciar os pecadores (Fp 2.15) e trazer plena edificação à Igreja (1 Co 14.12).

1. Qual a diferença entre o Jesus visto por João, no céu, e aquele Jesus da crucificação?

2. Qual o papel do sumo sacerdote? 3. O que representa Jesus, visto por

João, vestido de túnica de linho finíssimo?

4. Lendo Mt 13.57; Hb 7.26,27; Jo 18.36,37, de que forma podemos desdobrar o ministério de Cristo?

5. Que simbologia encontramos no azeite e no incenso do castiçal?

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Lição 3 16 de abril de 1989

O ANJO DA IGREJA NA MÃO DO SENHOR

TEXTO ÁUREO "Com ele a minha mão ficará firme, e o meu braço o fortalecerá"

(SI 89.21).

VERDADE PRÁTICA Ao designar os pastores como "anjo da igreja", Jesus mostra a Sua

confiança neles, bem como a responsabilidade que pesa sobre seus ombros.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Mt 2.5-7 Quinta - At 6.8-10; 7.55-60 Terça - Êx 17.8-15 Sexta - At 11.19-21; 4.29,30 Quarta - Is 40.25-28 Sábado - Ap 1.16-20

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Ap 1.16,20; 2.1; At 11.21; SI

89.20,21

Ap 1.16 - E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma agucla espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.

20 - O mistério das sete es-trelas, que viste na minha destra, e dos Sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as igrejas.

2.1 - Escreve ao anjo da igreja

que está em Êfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete es-trelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro.

At 11.21 - E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu a Cristo.

SI 89.20 - Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o un-gi-

21 - Com ele a minha mão fica-rá firme, e o meu braço o fortale-cerá.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO O estudo desta lição realça o en-

sino de que os pastores das igrejas são "anjos" aos olhos do Senhor e ^ambém "estrelas" em suas mãos.

I. OS PASTORES DAS IGRE-JAS SÃO CHAMADOS AN-JOS

1. Os anjos são seres criados. Eles foram criados por Deus antes mesmo da fundação do mundo (Ne

9.6; Cl 1.16; Jó 38.7). Os anjos são classificados como arcanjos, queru-bins, serafins e anjos. O número de-les é incalculável (Ap 5.11; Hb 12.22). Eles são espíritos ministra-dores, subordinados ao Filho de Deus (Ef 1.22,23; Cl 1.16) para atender a todas as suas ordens (SI 103.19-21; Hb 1.7) em favor dos que hão de herdar a salvação (Hb 1.14). Gabriel disse: "Assisto diante de Deus" (Lc 1.19). A atividade dos pastores, portanto, assemelha-se à dos anjos.

9

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2. O serviço dos pastores. Deus considera o serviço dos pastores in-timamente ligado ao céu. Por isso Ele os chama de "anjos". Os sacer-dotes também eram assim chama-dos (Ml 2.7) e, igualmente Jeão Ba-tista (Ml 3.1; Mt 11.10,11). Assim como os anjos, os pastores são feitos por Deus para serem ministros e servirem a favor dos que hão de her-dar a salvação. Que grandeza! Qualquer homem poderá livremen-te escolher a profissão que desejar, se para isto tiver condições. Porém, para ser ministro é necessário ter a chamada de Deus (Hb 5.4). Os pas-tores também não são absolutos, mas inteiramente submissos à obra de Deus. Eles devem estar sempre à disposição de Deus para cumprir Sua vontade, como os anjos.(sp-i~)

II. RESPONSABILIDADES ANJO DA IGREJA

DO

Jk 1. A igreja tem um responsá-vel. Jesus considera o anjo da igreja como responsável por ela. Embora houvesse vários anciãos (At 20.18), Jesus se dirigia, quando tinha um assunto de alta responsabilidade, ao anjo da igreja, porque a ele o Espíri-to Santo havia constituído como responsável pelo rebanho (At 13.1-4; 20.28).(jEEEE)

Jesus chama a atenção do anjo da igreja. "Tenho contra ti" (Ap 2.5,20). "Porque tens lá" (Ap 2.14). Vemos aqui a grande respon-sabilidade que pesa sobre os ombros do pastor. Ele não está somente en-carregado da edificação da igreja (Ef 4.12) ou de levá-la a pastos ver-dejantes (SI 23.2,3). Todavia deve também vigiar para que o lobo não venha arrebatar as ovelhas (At 20.28-30); e zelar para que o mundo não tome de assalto a igreja (Ap 2.14,15). É seu dever cuidar, outros-sim, para que o fogo do altar espiii,-tual não venha a se apagarf(Lv 6.13;) . J11.12ITP "Sê pois zel(W*\Ap

J}?19),. é que o Senhor recomenda acte' .pastores a serviço da Sua Igreja.-^

(sp-

apóstolo Paulo pedia sempre ora-> ções pelo seu trabalho (Rm 15.30; 2 " Co 1.11; Ef 6.18; Fp 1.19; Cl 4.3; 1 Ts 5.25, etc). A carga sobre ele era { pesada. Sejamos como Arão e Hur, que seguravam os braços de Moisés até a vitória final (Êx 17.8-15). Deus recompensará os que assim fizerem , (Hb 6.10).

III. JOÃO VIU O ANJO DE CADA IGREJA COMO ES-TRELA

1. As estrelas são astros da imensidão do Universo. Deus as criou (SI 8.3; 148.3,5) e conhece tan-to o seu número como os nomes de . todas elas^BTÍ47^4; Is 40.26). Ele f Q , xou leis para governá-las. Cáda uma tem órbita própria determina-da (Jz 5.20). Quando Deus chama seus servos de estrelas, deseja com isto, destacar a grandeza que con-siste em prestar-Lhe serviço. -f-——i

2. A trajetória das estrelas. As estrelas têm sua trajetória determi-nada pelo Criador. Assim também o servo do Senhor deve ter a sua "ro- í ta" por Ele definida, já que, de an-temão, preparou as boas obras, a fim de andarmos nelas (Ef 2.10). Um obreiro fiel à direção de Deus pode ser um exemplo a ajudar ou-tros a acharem o rumo certo. Se, po-rém, se afastar da "rota" tornar-se-

1 á uma "estrela errante' 1 .Que Deus nos guarde!

(Jd 13).

'A r—3. Oração pelos pastores. A \ igreja deve orar por seus pastores. O ,10

IV. AS ESTRELAS TÊM BRI-LHO PERMANENTE 1. As estrelas são luzentes (SI

148.3). A Bíblia mesma fala do ful-gor das estrelas (Dn 12.3). Elas dife-rem, em glória, uma das outras, po-rém todas manifestam a glória do Criador (SI 8.3,9; Is 20.26), e foram colocadas para alumiar a noite (SI 136.9; Gn 1.14,16; Jr 31.35). Feliz é a igreja cujo pastor, qual estrela cin-tilante, é capaz de dirigi-la sem tro-peços em meio às densas trevas des-te século.

2. Os servos de Deus devem resplandecer. Deus quer que os seus servos resplandeçam como as-tros no mundo (Fp 2.15). Lemos na

Page 13: Lições Bíblicas CPAD - 2º Trimestre 1989 - A Igreja no Apocalipse - Eurico Bergsten

/Bíblia queJpão^Batista l ( J o 5.35);-. Moisés iXÊx 34.29)'; Estêvão (At,. ...6.15) etantos outros servos de Deus!

brilharam e se tornaram uma bên-' ção. Resplandeça, portanto, a luz do Evangelho, em nós e através de nós idJJQ 4.4ji "Levanta-te e res-plandece...'ms6Õ.lj, é o que nos re-comenda o SenEõrT '' "

clusivamente ao Senhor (At 14.26,27).

\V. JOÃO VIU AS ESTRELAS NA MÃO DO SENHOR ,

^ ^ ^ ^ — ^ — — — y \ ^

/ Vejamos as ricas bênçãos que acompanham aos que estão na mão

(do Senhor. ' TT São bem

instrumentos para o O Senhor os usa como instru-

mentos. Jesus disse que Paulo era um "instrumento escolhido" por Ele (At 9.15). A mão do Senhor ope-ra milagres (At 4.30). Quando o ser-vo de Deus está seguro em Sua mão, Deus então faz "por suas mãos" (dos seus servos) sinais e prodígios > (At 14.3). A mão do Senhor deu vi- J tória aos crentes em Jerusalém (At 11.21).

Si

Ll

2. A mão do Senhor tem poder 1 (Is 66.2; Êx 15.6). Nela somos bene-ficiados, pois fortalece (Ez 3.14); conforta (Dn 10.18); sustenta (SI 63.8) e abre caminhos diante de nós quando nossos recursos se esgotam (Ne 2.8; Ed 8.31). O Senhor diz: "Nãn.temas, que eu te ajudo" (Is á n © __ — - — ,

— 3. A mão do Senhor guia (SI 73.23). Assim como o pai ou a mãe segura pela mão o filhinho quando este começa andar, a fim de que não tropece e caia, da mesma forma Deus segura a mão dos que minis-tram para que eles não tropecem e caiam, fazendo-os caminhar pelos caminhos que Ele próprio traçou (Ef 2.10). - (

— A mão do Senhor guarda (Jo / 10.28,29). Aqueles que estão na mão [ do Senhor, estão a salvo do perigo1

(SI 27.5). 5. A mão do Senhor leva à vitó-

ria. Os que estão na mão do Senhor, reconhecem que por ela venceram. Estes dizem: "Saibam, que NISTO está a TUA MÃO, e que tu, SE-NHOR, o fizeste" (SI 109.27; Is 26.16). Toda a glória pertence ex-

VI. COMO AS ESTRELAS CHE-GAM NA MÃO DO SENHOR 1. Jesus quer o homem espon-

tâneo. Jesus não força o homem, mas o abençoa, à medida que sua própria vontade permita. Quando ele ABRE a porta, Jesus entra em sua casa (o coração) (Ap 3.20). E quem mais QUISER, Jesus lhe dará da água da vida (Ap 22.17). Só quando o homem clama, contrito, Deus se inclina para ele e o tira do lago horrível dos temores (SI 40.1-

Assim também Jesus não usa a força para ter-nos em suas mãos. Embora Ele nos tenha comprado (1 Co 6.20) e possua direito sobre nós, mesmo assim ele ainda pede: "Dá-me, filho meu, o teu coração" ^(Pv)

^23^26). Paulo recomenda: "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos cor-pos em sacrifício vivo" (Rm 12.1). Devemos, pois, voluntariamente, fazer como os crentes da Macedô-nia, que "a si mesmos se deram pri-meiramente ao Senhor" (2 Co 8.5).

2. Jesus quer todo o nosso ser. A maior necessidade presente é que todos os servos do Senhor entre-guem a sua vida INTEIRAMENTE A JESUS. Ele quer ser o SENHOR sobre nossas vidas (Rm 14.9). Aque-les que entram no caminho da plena obediência experimentam a pleni-tude de Seu poder (At 5.32).

Deus quer isto! E você, caro alu-no, deseja também?

QUESTIONÁRIO 1. Quem é o anjo da igreja? 2. Que outras personagens da Bíblia

eram chamadas de "anjo"? 3. Qual o significado de "a mão do

Senhor", tantas vezes encontrado na Bíblia?

4. O que significa para o crente, bri-lhar como astros do mundo?

5. Quanto à entrega de nossa vida ao Senhor, o que Ele espera real-mente de nós?

11

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J

Lição 4 23 de abril de 1989

A MENSAGEM DE JESUS À SUA IGREJA

TEXTO ÃUREO "Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta

profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo" (Ap 1.3).

VERDADE PRÁTICA 0 Espírito Santo comunica, vivifica e aplica a mensagem divina,

o que 0 torna indispensável à vida e progresso da Igreja,

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Is 1.1,2,10,17-19 Quinta - Is 6.1-8 Terça - Ap 1.1-6 Sexta - Dn 2.17-23 Quarta - Ap 1.9-12,19,20 Sábado - 1 Sm 3.1-14

<

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Ap 1.1-6,9-11,19

Ap 1.1 - Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as no-tificou a João, seu servo.

2 - 0 qual testificou da pala-vra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto.

3 - Bem-aventurado aquele que lê e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coi-sas que nela estão escritas; por-que o tempo está próximo.

4 - João, ás sete igrejas que es-tão na Ásia: Graça e paz seja con-vosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono.

5 - E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primo-gênito dos mortos e príncipe dog reis da terra. Àquele que nos

ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados.

6 - E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém.

9 - Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha cha-mada Patmos, por causa da pala-vra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo.

10 - Eu fui arrebatado em espí-rito no dia do Senhor, e ouvi de-trás de mim uma grande voz, como de trombeta.

11 - Que dizia: O que vês, es-creve-o num livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Smirna, e a Pérgamo, e a Tia tira, e a Sardo, e a Filadél-fia, e a Laodicéia.

19 - Escreve as coisas que tens visto, e as que são e as que depois destas hão de acontecer.

COMENTÁRIO INTRODUÇÃO

Nesta lição iremos estudar a mensagem enviada por Jesus atra-12

vés do apóstolo João, às sete igrejas espalhadas por toda a vastidão da Ásia Menor.

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I. JESUS DESEJA FALAR ÀS IGREJAS Jesus havia andado entre os sete

castiçais, ou seja, as sete igrejas (Ap 1.12,13), e queria comunicar-se com elas sobre o que vira em seu meio. Ele deseja, também, ter contato com o Seu povo, nos dias de hoje (Is I.2,10,19).

1. A situação espiritual de cada igreja. Cristo deseja falar sobre a situação espiritual de cada igreja. Ele disse: "EU SEI AS TUAS OBRAS" (Ap 2.2,9,13). Na luz da presença de Cristo tudo se re-vela (Ef 5.13,14; Is 6.1-7). SHH)

2. Vitória ante as dificuldades. Jesus deseja íaestrar o caminho da vitória ante os problemas que sur-gem. Assim ele fez corii as sete igre-jas, mandando-lhes uma "receita", conforme a situação de cada uma. Para a de Smirna escreveu: "Nada temas" (Ap 2.10). As de Éfeso, Pér-gamo, Sardo e Laodicéia receberam esta palavra: "arrepende-te" (Ap

' 2.5,16; 3.3,19); enquanto a de Fila-! délfia recebeu uma palavra de enco-L rajamento (Ap 3.7,8), .

II. JESUS SE MANIFESTA A JOÃO PELO ESPÍRITO SANTO

./ No dia do Senhor, isto é, no do-mingo, quando o apóstolo foi arre-batado em Espírito, Jesus se mani-

\ festou, e João pôde vê-lo e ouvi-lo U A p 1.10). . tf^w

O Espirito Santo revela Je-sus. Esta é a grande missão do

í Espírito Santo na atual dispensação (2 Co 3.8). Jesus disse: "Não vos

/ deixarei órfãos, VOLTAREI PARA ) VÓS" (Jo 14.18). Aqui vemos, en-V tão, que JESUS SE FAZ PRESEN- ' f TE quando o Espírito Santo opera. -} Aleluia! Ele revela a pessoa de Cris-

to. Assim o fez para Pedro (Mt | 16.16,17). Ele revela ainda que Je-r

sus veio em carne (1 Jo 4.2) e que 1ELE É O SENHOR (1 Co 12.3)...

2. Ó Espírito Santõ glorifiea a" 5 Jesus. (Jo 14.16), o Espírito Santo

também testifica de Jesus (Jo 15.26) e nos traz à lembrança tudo

s

^quando Ele tem falado e que está \ escrito na Sua Palavra (Jo 14.26). f Só uma vida cheia do Espírito San- j to é capaz de levar-nos a uma mani- ;

/festação mais plena de Jesus. Ale-/ fluia! —•/—ví-vA-vv--'-^

III. MENSAGEM DE JESUS ÀS SETE IGREJAS

Jesus mandou que João escre-t! { vesse às sete igrejas (Ap 1.11,19), e

ele o fez conforme a determinação , divina: "Assim diz AQUELE que

,. tem..." (Ap 2 . 1 , 8 ) ^ - ? - . - - ——1 1. APàlavra de Deus escrita, r

Por terem sido feitas seguindo a l orientação divina, as cartas escritas P i pelo apóstolo João tornaram-se PA- ; f LAVRA DE DEUS. Semelhante--mente surgiu toda a Bíblia. Algu-',mas vezes Deus disse: "Escreve ínum livro todas as palavras que te < ;tenho dito" (Jr 30.2; 36.2; Hc 2.1,2). ' i'Em outras ocasiões os próprios au-rores escreveram: "Veio a mim á ^palavra de Deus" (Jr 1.4; Is 1.2). A , ^respeito de Moisés é dito que reçe-;beu as palavras de vida para no-ías dar (At 7.38). O rei Davi disse antes

ide morrer: "O Espírito do Senhor (falou por mim e a sua palavra este-Jye na minha-boca" (2 Sm 23.2,3]-

2. A Bíblia como norma de í conduta. Toda a Bíblia se constitui

norma de conduta da Igreja. Embo-f ra os diferentes autores da Bíblia te-\ nham recebido a mensagem de ^

modo distinto, todos foram igual-mente inspirados pelo Espírito San-

^ to (2 Pe 1.21). Por isto a Bíblia é em ; \ si mesma uma revelação completa, 1

que não deve ser ampliada e nem , ' diminuída (Ap 22.18,19). __

IV. ATENÇÃO À MENSAGElVtl. DE JESUS

Jesus quer que estejamos aten-• tos à sua mensagem, e um dos im- -

'; perativos de Cristo à Sua Igreja, é: '7y "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" (Ap 2.7,11).

1. Interesse pela mensagem de ' Jesus. É indispensável mantermos f i o contato com a mensagem de Je-í sus. Ele é a cabeça da Igreja (Ef • 1.22,23), pronto a orientá-la ao lon-

13

Page 16: Lições Bíblicas CPAD - 2º Trimestre 1989 - A Igreja no Apocalipse - Eurico Bergsten

go de toda a sua caminhada de pere-grinação na terra. Sem comunhão;

com Jesus Cristo, a Igreja estará ; abandonada à sua própria sorte. {-

Que a Igreja tenha a consciência de que sozinha, independentemente de

\ Jesus, ela nada é e nada pode fazer; — í

2. A Igreja precisa ouvir a mensagem de Jesus. Jeremias fa-

/ lou, dizendo: "Terra, terra, terra! f V ouve a palavra do Senhor" (Jr ;

* 22.29). Ao falar do Senhor, Samuel respondeu prontamente: "Fala,* porque o teu servo ouve" (1 Smi: 3.10). O salmista afirmou: "Escuta- í rei o que Deus, o Senhor, disser" (SI

t 85.8). Daniel também respondeu: £ ' "Fala, meu Senhor!" (Dn 10.19). '

Devemos evitár ó que nos impe-j de de ouvir a voz do Senhor. Isaíasj precisou experimentar uma purifi-cação profunda, para poder dizer:!, "Depois DISTO ouvi a voz do Se-;-nhor" (Is 6.5-8). Às vezes-é necessá-'-rio PARARMOS um pouco, ficandoí em SILÊNCIO, para deixar DEUS/ falar. E quando Ele falar, OBEDE-/-

1 ÇAMOS E O SIGAMOS (Is 50.4).|

V. PELA ORAÇÃO PODEMOS CAPTAR A MENSAGEM DE JESUS 1. Orientação através da ora»

ção. A oração é um meio eficaz do crente obter a orientação divina. Quando oramos, falamos com Jesus;' e Ele conosco (Êx 19.19). Todos os;, que vivem em íntima comunhão^

f com o Senhor ja O ouviram falar/ L Foi assim que Pedro, Daniel e Moi-, " sés receberam revelações de grandé ( significado (At 10.9-14; Dn 2.17-23; l Êx 33.9; SI 103.7). ' 2. Ouvido sensível pela oração.? S A oração treina o ouvido do crente , para ouvir a voz de Deus. Velando

às portas do Senhor acharemos o Seu favor (Pv 8.34,35). O nosso ou-vido espiritual se afina para ouvir

1 Deus falar e, portanto, conhecer perfeitamente a Sua voz (Jo 10.4).

, O Senhor promete dirigir aqueles : que a Ele se dirigem com súplicas K (Jr 31.9).

14

}

VI. O ESPIRITO SANTO TOR-NA A PALAVRA VIVA 1. O Espírito Santo vivifica a

Palavra. O Espírito Santo conti-nua sempre sua missão de vivificar a Palavra do Senhor (2 Co 3.8; Jo 6.63). Além do mais o Èspírito San-to está pronto a aplicar a Palavra de Deus à vida daqueles que O buscam sinceramente (At 11.15,16; 15.13-22), bem como a guiar o crente a toda a verdade (Jo 16.13).

2. O Espírito Santo renova a experiência cristã. Toda a expe-riência de renovação do Espírito Santo na vida dos crentes, fá-los ap-tos a assimilar "o que o Espírito diz às igrejas". Assim a experiência do batismo com o Espírito Santo faz a voz de Deus ser ouvida no meio do fogo (At 2.3; Dt 5.4; 4.33,36; Êx 19.18,19; 3.1-3), e leva o cristão a entrar numa comunhão mais íntima com Jesus, produzindo uma comu-nicação mais plena com Deus.

Igualmente, as manifestações dos dons do Espírito Santo (1 Co 12.7-11) trazem também ao povo de Deus uma expressão mais completa da parte divina. Existem três dons que transmitem a mensagem de Deus; o de profecia, o de variedade de línguas e o de interpretação de línguas. Há, também, três dons que transmitem a sabedoria de Deus: o da sabedoria, o da ciência e o de dis-cernir espíritos. Os dons são uma realidade e fazem parte de nossa he-rança.

Paguemos, pois, o preço para que sempre haja manifestação da voz de Deus no meio da Igreja até o glorioso dia em que chegarmos à Sua santa e augusta presença.

QUESTIONÁRIO 1. Ao falar às sete igrejas, Jesus usa

uma expressão comum a todas e l a s . Qual é? ( V e j a Ap 2.2,9,13,19; 3.1,8,15).

2. Quais das sete igrejas receberam, imperativamente, a advertência: "arrepende-te"?

3. Jesus prometeu não nos deixar órfãos. Diga através de quem Ele se faz presente entre nós...

Page 17: Lições Bíblicas CPAD - 2º Trimestre 1989 - A Igreja no Apocalipse - Eurico Bergsten

4. Quando lemos na Bíblia expres-sões como "Isto diz Aquele que tem...", "Escreve num livro todas as palavras que te tenho dito", "Veio a mim a palavra de Deus",

"O Espírito do Senhor falou por mim", o que podemos afirmar sobre o divino livro?

5. O que indica a harmonia verifica-da nos livros da Bíblia?

ANOTAÇÕES

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r Lição 5 30 de abril de 1989

CARTA À IGREJA EM ÉFESO

TEXTO ÁUREO "Parmanecei no meu amor" (Jo 15.9).

VERDADE PRÁTICA A perda do primeiro amor é um prejuízo enorme porque põe em

perigo até nossa felicidade eterna.

\

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ap 2.1-7 Terça - 1 Co 13.4-9 Quarta - Rm 8.35-39

Quinta - Lc 22.54-62 Sexta - 1 Co 13.1-3 Sábado - Os 2.14-23

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Ap 2.1-7

Ap 2.1 - Escreve ao anjo da igreja que está em Êfeso: isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro.

2 - Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puses-te à prova os que dizem ser após-tolos e o não são, e tu os achaste mentirosos.

3 - E sofreste, e tens paciência, e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste.

4 - Tenho, porém, contra ti que

deixaste a tua primeira caridade. 5 - Lembra-te pois donde caís-

te, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.

6 - Tens, porém, isto: que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço.

7 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO O Evangelho chegou a Éfeso no

ano 52, quando Paulo, ao fim de sua segunda viagem missionária, pas-sou por aquela cidade e pregou na sinagoga (At 18.19,20). Áquila e Priscila, o haviam acompanhado e ficaram ali, trabalhando em sua profissão e evangelizando. Quando o apóstolo iniciou sua terceira via-gem, voltou a Éfeso e achou ali 12

16

crentes, os quais batizou. Na oca-sião todos foram também batizados com o Espírito Santo (At 19.1-6). Com isto Deus estava abrindo a por-ta para um enorme despertamento espiritual, proporcionando um grandioso crescimento da igreja na-quela cidade (At 19.11). Paulo per-maneceu ali por dois anos, conti-nuando depois a sua viagem. Em seu regresso a Jerusalém, passou por Mileto, cidade portuária, dis-

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tante 66km de Éfeso, onde teve um emocionante encontro com os an-ciãos da igreja (At 20.17-38).

Pafesados 39 anos, veio a carta de Jesus àquela igreja. O assunto prin-cipal de que se ocupou a referida carta, "o primeiro amor", é de tal importância, que justifica dedicar-mos a lição de hoje a este tema.

I. O AMOR É A ESSÊNCIA DA VIDA CRISTA

1. O amor e a vida do crente. O amor é essencial à vida do crente. A vida espiritual se manifesta quando "Cristo vive em mim" (G1 2.20; Cl I.27; 3.4; 1 Jo 5.11,12). Sendo Jesus a caridade (1 Jo 4.8,16), quando Ele vive no crente, este passa a viver em amor.

2. O amor une a Igreja a Cris-to. O amor é essencial à comunhão da Igreja com Jesus. Através do amor a Igreja está vinculada a Jesus como uma noiva ao seu noivo. Pela salvação nasceu em nós "o primeiro amor" (Ap 2.4; 1 Jo 4.19). Então o crente se compromete a amar a Je-sus e ser-lhe Qel (2 Co 11.2,3) até o fim (Ap 2.10), quando, pela morte ou pelo arrebatamento, passar a es-tar sempre com o Senhor (Fp 1.23; 1 Ts 4.17).

3. O amor e a vida de fé. O amor é essencial à demonstração duma vida de fé. A verdadeira vida de fé opera e se manifesta através da caridade (G1 5.6). Portanto, o crente em cuja vida o primeiro amor já se esgotou, tem tudo para ser uma pessoa vazia e estéril em si mesma.

II. O AMOR - UM SEGREDO DA VIDA CRISTÃ O amor é um segredo no funcio-

namento da vida cristã. O verdadei-ro amor se expressa, não através de "palavras nem de línguas, mas por obras e em verdade" (1 Jo 3.18). São estas obras que resplandecem, como luz, diante dos homens (Mt 5.16).

1. O amor e a comunhão com Deus. O amor é o segredo da nossa comunhão com Deus. Nós O ama-mos porque Ele nos amou primeiro

(1 Jo 4.11,19). Este amor nos alegra (1 Pe 1.8) e impulsiona a estarmos a sós com o Senhor em oração (Cl 1.4) e a obedecermos à Sua Palavra (Jo 14.15,21,23).

2. O amor como vínculo de união. O amor é o vínculo que une os crentes. No amor de Cristo somos feitos UM (Cl 3.16; At 4.32; Jo 17.21). O amor é a evidência de que o crente está na luz (1 Jo 2.20) e de que é nascido de novo (1 Jo 5.1).

3. O amor e o trabalho do Se-nhor. O amor impulsiona o crente para o trabalho (2 Co 5.14,15). Os crentes hebreus mostraram seu amor ao Senhor servindo aos santos (Hb 6.10). (EEEE)

4. O amor e a vinda de Jesus. O amor conserva o crente preparado para a vinda de Jesus. Somente os que amam a Sua vinda poderão re-ceber a coroa da justiça (2 Tm 4.8). A Bíblia diz: "Se alguém não ama ao Senhor, seja anátema" (1 Co 16.22).

I I I . V E N C E N D O P E L O AMOR

A Bíblia afirma que nos últimos tempos "o amor de muitos esfriará" (Mt 24.12). Todos os crentes sofrem o ataque contra o primeiro amor, como ocorreu também com a igreja em Éfeso (Ap 2.4). Muitas coisas procuram nos separar do amor de Deus '<1101 8.35,36,38,59), mas, por Jesus, podemos ser mais do que vencedores (Rm 8.37).

1. Como permanecer no amor de Jesus. O crente que vive em co-munhão com Jesus e o obedece, per-manece no seu amor (Jo 15.10; 1 Jo 2.5). Um contato contínuo com Je-sus, que nos ama (Jo 13.1) e se en-tregou por nós (Ef 5.2,25), mantém o nosso amor sempre renovado (1 Jo 4.19) e inapagável (Ct 8.6,7). Agora vivo na fé do Filho de Deus que se entregou por mim (G1 2.20).

2. O amor do Espírito Santo. O Espírito Santo está conosco para nos ajudar (Rm 8.26). Ele nos aju-da, inclusive, a vencer os ataques contra o amor que por Ele mesmo é derramado em nossos corações (Rm 5.5). Quando o crente tem em si o poder de Deus (Ef 3.16,17), pode,

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então, compreender a largura, o comprimento, a altura, a profundi-dade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento (Ef 3.18,19). IV. O ABANDONO DO PRIMEI-

RO AMOR O que leva o crente á trágica si-

tuação de abandonar a sua primeira caridade?

1. Descuido. Quando alguém, por descuido, perde a intimidade com Jesus, seu amor começa a es-friar. No momento em que Pedro começou a ficar "para trás" (Hb 4.1) e a seguir a Jesus de "longe" (Lc 22.54), já estava a um passo da queda. Devemos acompanhar a Je-sus "de perto" (SI 63.8; Gn 32.26; 2 Cr 31.21; Is 26.9), como Enoque (Gn 5.24) e Noé (Gn 6.9), que andaram com Deus (Am 3.3).

2. Amor dividido. Quando al-guém divide o seu amor entre Jesus e outras coisas, indica que está abandonando a "sua primeira cari-dade". A conseqüência do amor ao dinheiro, por exemplo, é o desvio da fé (1 Tm 6.10; G1 5.6). Aquele que ama o mundo e tudo quanto no mundo há (1 Jo 2.15) ou se mantém preso a um "jugo desigual" (2 Co 6.14), está trocando o seu primeiro amor por "inimizades contra Deus", pois a Bíblia diz que "qual-quer que quiser ser amigo do mun-do, constitui-se inimigo de Deus" (Tg 4.4).

3. Indisposição de perdoar. Isto tem prejudicado a muitos crentes a ponto de fazê-los perder a primeira caridade. Em lugar de perdoar os ofensores, permitem que uma raiz de amargura tome conta de seu sen-timento (Hb 12.15). Jesus nos per-doou uma dívida muito maior e, por isto, devemos também, perdoar os nossos devedores (Mt 6.12; 18.23-35). Um coração fechado faz mur-char a oração (Mc 11.24-26) e o amor então esfria. V. A PERDA DO PRIMEIRO

AMOR SIGNIFICA UMA QUEDA Jesus disse: "Lembra-te, pois,

de onde caíste" (Ap 2.5). Por que a

perda do primeiro amor se constitui uma queda?

1. Comunhão só através do amor. A extinção do primeiro amor na vida do crente implica também na perda de comunhão com Jesus. Tudo na vida espiritual se baseia no amor (1 Co 16.14). Se o amor entre os cônjuges se acabar, que restará, então, do matrimônio? Semelhante-mente, se a noiva de Jesus perder seu amor para com o Noivo, não es-tará em perigo a sua felicidade eter-na? Cada um deve examinar a si (1 Co 11.28). <

2. Sem amor não há serviço para Deus. A perda do amor impli-ca na perda do valor do nosso servi-ço para Deus. "Se falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tives-se caridade, seria como o metal que soa ou como o sino que tine" (1 Co 13.1-3). Nem trabalho, nem sacrifí-cio, nem oferta, nem uso dos dons, nem outra coisa qualquer poderá ja-mais substituir o amor. Até a finali-dade da Igreja de ser luz do mundo, estará em perigo se faltar o amor, como está escrito: "quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal" (Ap 2.5).

3. Não há paz sem o amor. A perda do primeiro amor abre a porta às vãs contendas (1 Tm 1.5,6). Dá lugar também à manifestação das obras da carne (G1 5.19-21) dentre as quais se destacam o ódio, a ira e a inveja. Faltando o amor, corremos o risco de destruir alguém pelo qual Cristo morreu (Rm 14.15).

A perda do amor é uma queda ' porque a coroa da justiça será dada somente aos que amarem a vinda de Jesus (2 Tm 4.8). Perdendo a coroa, uma conseqüência da perda do t amor, que daria o homem em resga-te da sua alma?" (Mc 8.36,37). Que Deus nos guarde de perder o amor.

VI. A CARIDADE PERDIDA PODE SER RECUPERADA

Jesus escreveu à igreja em Éfeso, não somente sobre o que lhe faltava, mas também a respeito da receita para sua recuperação espiritual.

1. "Lembra-te pois donde caís-te" (Ap 2.5). A recordação do gozo e

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da felicidade proporcionados pela íntima comunhão com Jesus no pas-sado, constitui um despertamento para a grande necessidade de deixar os atuais caminhos e voltar para Deus (SI 119.59; Lm 3.40; Lc 15.17-20).

2. "Arrepende-te" (Ap 2.5). Esta receita é infalível. Arrependi-mento significa que o faltoso reco-nhece diante de Deus o seu erro e re-solve deixá-lo, confiando no poder do sangue de Jesus para perdoá-lo (1 Jo 1.7; Tg 4.9; 2 Tm 2.26; Pv 28.13). Esta receita, porém, deve ser aplicada "durante o tempo que se chama hoje" (Hb 3.á3). O Senhor espera! Arrepende-te, pois, confian-do nos méritos de Jesus.

3. "Pratica as primerias obras" (Ap 2.5). Depois de ter rece-bido perdão de tudo, o amor e a co-munhão com Jesus voltam de novo a ter as mesmas expressões como

"nos dias antigos" (Ml 3.4). Este sentimento se manifesta então, não só pela boca, mas em todas as suas evidências (Lm 5.21; Os 2.14,15; Jr 2.2,3). "As coisas velhas já passa-ram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17).

QUESTIONÁRIO 1. Em que ano o Evangelho chegou

a Éfeso? 2. Qual a censura feita ao anjo da

igreja em Éfeso? 3. Segundo o comentarista, três coi-

sas fazem a pessoa deixar a pri-meira caridade. Quais são?

4. De acordo com Ap 2.5 qual a ma-neira de proceder para recuperar a primeira caridade?

5. Que efeito pode causar a recorda-ção do gozo e felicidade experi-mentados na comunhão com Je-sus, no passado?

ANOTAÇÕES

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Lição 6 7 de maio de 1989

CARTA À IGREJA EM SMIRNA

TEXTO ÁUREO "Sé fiel até d morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (Ap 2.10).

VERDADE PRÁTICA Deus permite que os sofrimentos venham, mas pode também di-

zer: "Até aqui e não mais adiante".

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ap 2.8-11 Quinta - Lc 10.18-24 Terça - 1 Co 4.9-14 Sexta - Fp 1.12-20 Quarta - Dn 6.13-24 Sábado - 2 Tm 4.5-8

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Ap 2.8-11

Ap 2.8 - E ao anjo da igreja que está em Smirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu.

9 - Eu sei as tuas obras, e tri-butação, e pobreza (mas tu és ri-co), e a blasfêmia dos que se di-zem judeus, e não são, mas são a sinagoga de Satanás.

10 - Nada tema das coisas que

hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até á morte e dar-te-ei a coroa da vida.

11 - Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas. O que vencer não receberá o dano da segunda morte.

INTRODUÇÃO Nos dias em que a igreja de

Smirna recebeu a carta de Jesus, ela vivia em grande aflição por cau-sa das grandes perseguições que en-frentava. Nos dias de hoje não se fala mais, em nosso país, de perse-guições em virtude da fé que profes-samos, como aconteceu antes, não só aqui mas em vários lugares no início desta obra. Atualmente a Igreja é considerada e reconhecida. Muitos que nos perseguiam e escre-veram contra nós, querem agora manter bom relacionamento conos-co, e o nome "pentecostal" é cobiça-do até por aqueles que pouco têm a

ver conosco. Jesus, porém, advertiu que este tempo é mais perigoso do que o tempo das perseguições (Lc 6.26).

Enquanto o Brasil goza de total liberdade religiosa, existem milhões de crentes em várias partes do mun-do que sofrem torturas, prisões e morte por causa de sua fé em Jesus. Nesta lição vamos estudar a mensa-gem de Jesus para a igreja sofredo-ra. (sP- 1 — )

I. A BÍBLIA FALA DE SOFRI-MENTO POR CAUSA DA FÉ 1. Sofrimento na conversão. A

conversão, às vezes, é acompanhada 20

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de perseguições. Quando Jesus sal-va alguém do mundo (Jo 15.19), li-bertando das tradições (1 Pe 1.18), o inimigo e seus seguidores começam a rugir (1 Ts 2.14-16; 2 Co 2.1-11). Muitos crentes têm sofrido, seja no ambiente de seus familiares (Mt 10.35,36), no colégio, no lugar de trabalho, na vizinhança, etc. Diz a Bíblia que "por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus" (At 14.22).

2. Sofrimento por erro doutri-nário. As doutrinas errôneas tra-zem sofrimento. Os crentes em Smirna sofreram por causa de dou-trinas erradas. Em Smirna havia re-ligiosos tão fanáticos que Jesus os chamou de "Sinagoga de Satanás" (Ap 2.9). Foram eles que incitaram a população a perseguir os autênti-cos seguidores de Jesus.

3. Sofrimento como cumpri-mento profético. As perseguições são parte do cumprimento das pro-fecias. A palavra profética avisa que nos últimos tempos haverá perse-guições por causa da fé (Lc 21.12; Mt 24.9,10). Este sinal tem-se cum-prido de modo surpreendente em várias partes do mundo. E como se-rá no futuro?

II. TIPOS DE SOFRIMENTO DO POVO DE DEUS Na Sua carta à igreja em Smir-

na, Jesus usa várias expressões para designar o sofrimento do Seu povo.

1. Tribulação. Fala de adversi-dade, aflição no sentido físico, que os Seus servos haveriam de sofrer por causa da sua fé. O Espírito lhes revelava, ainda, que viriam mais so-frimentos (Ap 2.10). Além da tribu-lação por causa da fé, existiriam também aflições por motivos de fi-nanças, enfermidades, acidentes, catástrofes, morte, etc. Todavia, Je-sus tem uma palavra de consolação para todos (2 Co 1.3-6).

2. Pobreza (Ap 2.9). Jesus fala aqui da pobreza material sofrida pe-los crentes por serem rejeitados no trabalho. Quando o chefe de família é preso ou demitido por causa da

sua fé em Jesus, a família sofre pri-vações. Jesus porém escreveu: "TU ÉS RICO" (Ap 2.9). O sofrimento é recompensado pela riqueza das bên-çãos que o acompanham (1 Ts 1.5;2 Co 6.10).

3. Blasfêmia (Ap 2.9). Jesus menciona aqui os sofrimentos mo-rais, que consistem sempre em ser alvo de críticas, mentiras, etc. Pau-lo disse: "somos blasfemados... até ao presente temos chegado a ser como lixo deste mundo, e como a es-cória de todos" (1 Co 4.13).

I I I . JESUS CONHECE OS PROBLEMAS DA SUA IGREJA

1. "Eu sei as tuas obras, e tri-bulação" (Ap 2.9). Nos momentos de sofrimento, às vezes podemos pensar: Por que Deus não guardou ou não impediu que seus servos so-fressem tanto? Mas Jesus disse: "EU SEI". Ele sofreu mais do que todos os seus seguidores, e afirmou: "CONVINHA que se cumprisse tudo O que de mim estava escrito" (Lc 24.44). O caminho da redenção passou pelo vale do sofrimento. Mas ainda existe um "resto de aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja", para ser cumprido (Cl 1.24).

Lembre-se de que Deus, muitas vezes, mostra o seu poder, e foi o que fez livrando os três moços do forno de fogo ardente (Dn 3.23-29); Daniel, da cova dos leões (Dn 6.21-27); Pedro, da mão de Herodes (At 12.1-11), etc. Porém, Ele mesmo permitiu que Estêvão fosse apedre-jado (At 7.58,59); João Batista, de-golado (Mt 14.10,11); e Tiago, mor-to (At 12.2). Deus pode, portanto, permitir o sofrimento, ou impedi-lo, ou dizer: "Até aqui virás, e não mais adiante" (Jó 38.11; S1'89.9).5?EI3

2. Jesus é o Cristo Redivivo. Jesus mandou que João escrevesse o seguinte: "isto diz o primeiro e o úl-timo, que foi morto, e reviveu" (Ap 2.8). Com isto Ele estava dizendo: "Eu sofri e venci". Assim a vitória de Cristo se constitui no penhor da nossa própria vitória.

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IV. JESUS CONDU? A SUA IGREJA A VITÓRIA 1. Não temas (Ap 2.10). O medo

é o inimigo que prejudica a fé. En-quanto Pedro confiou na palavra de Jesus, caminhou por cima das on-das do mar, porém teve medo e co-meçou a afundar-se (Mt 14.30,31). O medo afasta o crente de sua tran-qüilidade à sombra do Onipotente (SI 91.1,2). Nada temas!!!

2. "Nada vos fará dano al-gum" (Lc 10.19; Hb 13.6). Jesus fa-lou da vitória em meio às tributa-ções da vida (Ap 2.11). O poder do inimigo é limitado (Mt 10.28). Ele não vai além do que Deus permite.

3. A tributação como plano di-vino. A Bíblia mostra claramente que o sofrimento está dentro do pla-no de Deus (Rm 8.28). Será possí-vel? Jesus disse a Pedro,que ele, pela sua morte, glorificaria ao Se-nhor (Jo 21.19). Paulo afirmou dese-jar que Jesus fosse glorificado pelo seu corpo, seja através da vida ou da morte (Fp 1.20). A morte de Estê-vão teve como resultado a salvação de Saulo (At 8.1; 26.14). A história da Igreja mostra que o sangue dos mártires é a semente do Evangelho.

4. Deus nos faz triunfar. E Deus quem nos faz triunfar na ad-versidade. Em conseqüência, Ele, que enviou um anjo a fim de confor-tar a Jesus no Getsêmani (Lc 22.43), mandou também outro anjo para ajudar a Paulo em meio às per-seguições sofridas em Corinto (At 18.6) e às amarguras dum naufrágio (At 27.23), é o mesmo que dá força para suportarmos as tribulações da vida, hoje (1 Co 10.13).

V. FIEL ATÉ A MORTE 1. Fidelidade a Jesus. Elç sem-

pre nos foi fiel (1 Co 1.9; Ap 19.11) e espera fidelidade de nossa parte também (SI 101.6). Quando Poli-carpo, bispo da igreja em Smirna, 60 anos após a carta de Jesus, estan-do em julgamento, foi interrogado se queria renegar a Cristo para evi-tar o martírio, respondeu: "Em 90 anos Jesus sempre me foi fiel. Como poderia eu negá-lo?" Policarpo foi

queimado vivo, mas permaneceu fiel até o fim.

2. Fidelidade diante dos ir-mãos. O exemplo de fidelidade diante de nossos irmãos é coisa im-portante. Paulo escreveu: "Mui-tos... tomando ânimo com as mi-nhas prisões" (Fp 1.14), querendo dizer que os sofrimentos e persegui-ções que afligem um irmão servem de estímulo e encorajamento a ou-tros, sejam eles já maduros na fé ou ainda iniciantes.

3. Fidelidade até à morte. Que é a morte para o crente? Não é a en-trada para a glória? Se testificar-mos que não temos medó da morte, devemos ser fiéis ainda que a morte seja a exigência da demonstração da nossa fidelidade.

VI. RECOMPENSA DO VENCE-DOR FIEL 1. O vencedor será glorificado.

Os que padecem pelo nome de Je-sus, com Ele viverão (2 Tm 2.11), e serão glorificados (Rm 8.17) e re-compensados com "grande galar-dão" (Mt 5.10,11).

2. Coroa da vida para o vence-dor. O vencedor receberá a coroa da vida (Ap 2.10). Depois da batalha final, todos os que lutaram com Cristo serão coroados. A entrega das coroas terá lugar diante do Tribunal de Cristo, logo após o arrebatamen-to (2 Co 5.10; Rm 14.10; Ap 22.12).

QUESTIONÁRIO 1. Pode-se garantir ao recém-

convertido uma vida de plena tranqüilidade e sem mais proble-mas?

2. Qual o prêmio prometido ao anjo da igreja em Smirna por sua fide-lidade?

3. Mesmo passando necessidade, pode o crente considerar-se rico?

4. Há momentos em que Deus dá um "basta" ao sofrimento e às perseguições na vida do crente. Cite os três casos mencionados na lição onde o poder do inferno teve de ceder.

5. Explique o que entende da ex-pressão: "Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida".

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S~— N Lição 7 14 de maio de 1989

CARTA À IGREJA EM PÉRGAMO

TEXTO ÁUREO "O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniqüi-

dade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras" (Tt 2.14).

VERDADE PRÁTICA O crente que se une ao mundo, perde sua comunhão com Deus e o

poder para conduzir os pecadores d salvação.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ap 2.12-17 Quinta - Mt 18.15-20 Terça - Êx 14.5-14 Sexta - 2 Tm 2.14-26 Quarta - 2 Pe 2.12-19 Sábado - 2 Cr 15.14

TEXTO PUBLICO BÁSICO Ap 2.12-17

Ap 2.12 - E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios.

13 - Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita.

14 - Mas umas poucas de coi-sas tenho contra ti: porque tens lá os que seguem a doutrina de Ba-laão, o qual ensinava a Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos

sacrifícios da idolatria, e se pros-tituíssem.

15 - Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço.

16 - Arrepende-te, pois, quan-do não em breve virei a ti, e con-tra eles batalharei com a espada da minha boca.

17 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém co-nhece senão aquele que o recebe.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO Pérgamo, situada junto ao rio

Caico, a 25km do Mar Egeu, era uma importante cidade da Ásia Me-nor. Centro de várias religiões pa-gas, possuía grandes templos, entre os quais havia um para Esculápio, o "deus da cura", cujo distintivo constituía-se de uma serpente. Ha-

via também naquela cidade um suntuoso templo para adoração do

-imperador romano. O Evangelho chegou a Pérgamo

provavelmente no ano 54, quando Paulo, a partir de Éfeso, evangeliza-va a Ásia Menor (At 19.10). Na car-ta que Jesus envia à igreja, em Pér-gamo, ele a adverte sobre um gran-de perigo que a ameaçava. O mesmo

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ocorre ainda hoje, e teremos grande proveito ao estudar este assunto.

I. UMA IGREJA FUNDAMEN-TADA EM JESUS A igreja em Pérgamo tinha como

fundamento a salvação em Jesus Cristo.

1.Uma salvação total. Os cren-tes em Pérgamo experimentaram uma salvação radical. Foi realmen-te um grande milagre, pois confor-me a palavra de Jesus, Satanás tan-to habitava como tinha o seu trono naquela cidade (Ap 2.13). Pelo po-der do Evangelho, os crentes ha-viam sido tirados do mundo (Jo 15.19), das trevas Dara a luz (At 26.18); libertos dos ídolos (1 Ts 1.9), das vaidades (At 14.15) e daquela geração perversa (At 2.40). De modo radical tinham rompido com o pa-ganismo e se declarado seguidores de Cristo.

2. Uma posição definida diante do mundo. A igreja em Pérgamo to-mara uma posição correta em rela-ção ao mundo. As perseguições fo-ram muito duras, e Antipas, um de seus membros, morrera (Ap 2.13). Todavia os crentes conservavam o nome de Jesus e não o negavam. So-mente quando há um rompimento total com os ídolos e o pecado, Deus se manifesta poderosamente no meio dos fiéis (2 Co 6.14-18). Assim aconteceu em Pérgamo. GEHED

II. A PRESSÃO DO PAGANIS-MO CONTRA A IGREJA O aparecimento de uma igreja,

composta de membros anteriormen-te idolatras, fanáticos, mas que ago-ra, convertidos ao Evangelho, pro-curavam conquistar outros para o lado de Jesus, representava uma derrota para o domínio totalitário de Satanás, naquela cidade.

1. Contra-ataque das forças do mal. As forças do mal fizeram um contra-ataque para forçar os crentes a voltar ao paganismo. Assim proce-deu Faraó quando os israelitas saí-ram do Egito. Ele os perseguiu com todo o seu exército a fim de obrigá-los a voltar à escravidão (Êx 14.5-8).

Jesus revelou a estratégia do inimi-go: "Quando o espírito imundo tem saído... diz: voltarei para a minha casa de onde saí..." (Mt 12.43,44).

2. Os métodos de ataque do Maligno. Os métodos usados pelo inimigo contra a igreja em Pérgamo são os mesmos de sempre. Em pri-meiro lugar aplicou a arma da per-seguição. Muitos foram mortos. Os crentes, porém, continuavam fir-mes, inabaláveis e intransigentes contra qualquer forma de influência pagã. Então Satanás empregou um método muito mais rigoroso, intro-duzindo doutrinas falsas através das quais abalou a resistência dos cristãos e diminuiu sua vigilância contra o pecado; as falsas doutrinas eram a de Balaão e a dos nicolaítas (Ap 2.14,15).

III. A DOUTRINA DE BALAÃO E A DOS NICOLAÍTAS

1. A doutrina de Balaão. Era uma doutrina perigosa, pois ensina-va que a comunhão ou o relaciona-mento com os pagãos não fazia mal nenhum, insinuando, inclusive, que a maneira de viver do homem não desfaz o concerto com Deus. Este ensino eliminava a linha divisória entre a Igreja e o paganismo, levan-do os crentes a deixar o "caminho direito" (2 Pe 2.15). O Espírito San-to chamou-a de "doutrina de Ba-laão" porque tais ensinamentos coincidiam com o conselho dado aos israelitas por aquele religioso místi-co, que viveu em cerca de 1450 a.C. Ele seduziu o povo a participar das festas moabitas e, assim, cair em idolatria e prostituição (Nm 24.1-

2. A doutrina dos nicolaítas. O / fundador desta seita foi Nicolau,

um dos sete diáconos de Jerusalém (At 6.5), que se desviou e começou a ensinar que não era necessário obe-decer às proibições formuladas na reunião dos apóstolos em Jerusa-lém, quanto ao uso de coisas sacrifi-cadas aos ídolos, como sangue, car-ne sufocada e fornicação (At 15.6,22-29). Segundo ele, havia tan-ta força na graça de Deus, que os atos dos homens não os afastariam

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dela. As mesmas idéias aparecem hoje, proclamando: "Isto não faz mal" (Ml 1.8), e "Os outros fazem também assim...", etc. <SEZE)

3. Doutrinas que Deus abomi-na. Jesus disse que aborrecia a tais doutrinas (Ap 2.6,16). A Bíblia ad-verte para não recebermos a graça de Deus em vão (2 Co 6.1), nem con-vertê-la em dissolução (Jd v.4) ou dela nos privar (Hb 12.15). A graça de Deus se manifesta para fazer-nos renunciar à impiedade e a viver jus-ta, sóbria e piamente (Tt 2.11,12). Somente os que perseverarem até o fim serão salvos (Mt 24.13).

IV. UMA IGREJA CENSURADA PELO SENHOR

Apesar dalgumas boas qualida-des da igreja em Pérgamo, Jesus lança algumas censuras sobre ela.

1. Os seguidores de doutrinas falsas. Alguns dos membros da igreja em Pérgamo seguiam doutri-nas falsas. Além de seguirem a dou-trina de Balaão e dos nicolaítas, eles defendiam pontos de vista contrá-rios à sã doutrina esposada por Je-sus e seus apóstolos, e vivida pela igreja.

2. Contaminação no ministério da igreja. A situação era clamoro-sa. O próprio ministério da igreja estava afetado. Jesus escreveu ao anjo (o pastor) da igreja: "Tu tens lá os que seguem a doutrina de Ba-laão" (Ap 2.14). Jesus censurou o pastor por sua tolerância, diante do procedimento perigoso de alguns membros daquela igreja. O anjo da igreja fora colocado à frente do re-banho, não só para presidir, mas, também, para admoestar (1 Ts 5.12), e devia ser zeloso pelo cum-primento da sã doutrina e aplicar a disciplina, caso os faltosos não to-massem uma atitude de acordo com a Palavra de Deus (Mt 18.18; 2 Ts 3.14).

3. Tolerância aos impeniten-tes. A tolerância do ministério para com os faltosos impenitentes abriu uma grande brecha, A igreja estava perdendo a sua força espiritual (Os 7.9; Jz 16.19,20), ocasionando um prejuízo incalculável. O mal se esta-

va espalhando, porque um pouco de fermento faz levedar toda a massa (1 Co 5.8). A igreja corria perigo de não poder cumprir sua missão no mundo.

V. O CAMINHO DA VITÓRIA SOBRE O ERRO Jesus não só censurou a igreja

em Pérgamo, mostrando-lhe os seus erros, como indicou-lhe o caminho da vitória.

1. Arrependimento. (Ap 2.16). Arrependimento significa uma nova tomada de posição, ou seja, uma mudança de mente diante dos erros cometidos. Pedir perdão é firmar a decisão de não cometê-los nova-mente. A igreja devia, agora tomar atitude definitiva contra as doutri-nas falsas que se alastravam entre seus membros. Jesus disse: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" (Ap 2.7). O Espírito Santo usa a sã doutrina como um prumo (Am 5.7,8) e descobre o que está torto e confirma o que está cor-reto. Ele diz ainda: "Este é o cami-nho, andai nele" (Is 30.21). A dou-trina aplicada com unção de Deus faz os crentes trilharem no caminho certo (SI 101.6), porque "a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" (Rm 10.17).

2. Ajuda aos que fraquejam. É de suma importância prestar ajuda aos que cambaleiam na fé. A nova tomada de posição da igreja inclui também a decisão de ajudar os que tropeçam na doutrina. Em primeiro lugar devemos, com mansidão e ap-tidão no ensino, ajudá-los para que voltem ao caminho direito (2 Tm 2.25,26; Ez 18.25-29). Porém, os que não querem deixar o seu erro, estão, conforme o ensino de Jesus, passí-veis de disciplina (Mt 18.15-20). A disciplina é um meio de ajudar os faltosos (2 Co 1.6,7) impondo-lhes o temor contra o pecado na igreja (At 5.11), assegurando nesta a presença de Deus (Js 7.12).

A atitude da igreja determina a atitude de Jesus para com ela. A Bíblia diz: "O Senhor está convos-co, enquanto vós estais com ele. Se o buscardes, o achareis; porém, se o

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deixardes, vos deixará" (2 Cr 15 2). Jesus disse: "Eis que estou convosco todos os dias" (Mt 28.20). E diz ago-ra para a igreja em Pérgamo: "Arre-pende-te, pois, quando não em bre-

ve virei a ti e contra eles batalha-rei..." (Ap 2.16). Jesus quer ficar com a igreja e usá-la pará a vitória do Evangelho

QUESTIONÁRIO

1. A cidade de Pérgamo possuía vá-rios templos, e um deles era dedi-cado ao deus da cura. Como se chamava esse deus e qual o seu símbolo?

2. Qual a censura feita ao anjo da igreja em Pérgamo?

3. Apesar de, por um lado, haver sido censurado, o anjo da igreja

em Pérgamo foi elogiado. Qual o elogio?

4. Satanás usou duas formas para contra-atacar a marcha vitoriosa da igreja. Cite-as.

5. Para escapar do juízo ("espada da minha boca"), Pérgamo foi < exortada a tomar uma atitude. Qual foi?

ANOTAÇÕES

i

c

26

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Lição 8 21 de maio de 1989

CARTA À IGREJA EM TIATIRA

TEXTO ÁUREO "Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo" (Mt 24.13).

VERDADE PRÁTICA Qualquer manifestação espiritual que entre em contradição com a

Palavra de Deus, é falsa.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ap 2.18-29 Quinta - 1 Co 14.1-6,21-33 Terça - 1 Ts 5.15-25 Sexta - Jr 18.1-5 Quarta - Jr 23.9-29 Sábado - 1 Co 13.8-13

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Ap 2.18-29

Ap 2.18 - E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhan-tes ao latão reluzente:

19 - Eu conheço as tuas obras, e a tua caridade, e o teu serviço, e à tua fé, e a tua paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras.

20 - Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prosti-tuam e comam dos sacrifícios da idolatria.

21 - E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostitui-ção e não se arrependeu.

22 - Eis que a porei numa ca-ma, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras.

23 - E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão

que eu sou aquele que sonda os rins e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.

24 - Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiati-ra, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei.

25 - Mas o que tendes, retende-o até que eu venha.

26 - E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações.

27 - E com vara de ferro as re-gerá; e serão quebradas como va-sos de oleiro; como também recebi de meu Pai.

28 - E dar-lhe-ei a estrela da manhã.

29 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO Tiatira, era uma cidade localiza-

da na Mísia, região da Ásia Menor,

distante 80km de Smirna e conside-rada "santa" por causa do seu tem-plo dedicado a Tyrinos, "deus do sol". Na carta que Jesus enviou à-

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quela igreja, Ele se referiu princi-palmente ao uso dos dons espiri-tuais.

I. UMA IGREJA ABENÇOADA PELO ESPIRITO SANTO A igreja em Tiatira havia experi-

mentado muitas bênçãos decorren-tes da ação do Espírito Santo.

1. O cumprimento da promes-sa. Ela recebera o batismo com o Espírito Santo. No tempo dos após-tolos era comum os membros, em sua totalidade, serem batizados com o Espírito Santo (At 2.4; 8.15-17; 10.44; 19.5,6), pois a promessa se referia a todos (At 2.39).

2. Os dons espirituais. O v. 19 do texto em estudo atesta que em Tiatira, os dons operavam vigorosa-mente entre os crentes. Na igreja em Corinto, por exemplo, nenhum dom faltava (1 Co 1.7). Estas dádi-vas são oferecidas a todos os batiza-dos com o Espírito Santo (1 Co 12.11), para o que for útil (1 Co 12.7) e para edificação da igreja (1 Co 14.3,12,26).

3. O usa correto dos dons. A! s igreja em Tiatira recebera a doutri-

na sobre o uso correto dos dons. Esse fato é evidenciado em que um bom número de membros reagiu e não agsiigu o,fanatismo que apare-cera .Ap 2.24j . Com este número de crentes fieis e dispostos a manter a pureza da doutrina, Jesus podia*

,f_contar.

II. EXAGEROS NO USO DOS DONS ESPIRITUAIS Jesus mencionou uma mulher,

membro da igreja, que havia recebi-do o dom de profecia, coisa inteira-mente normal. Deus o dá a fim de que seja usado para edificação da igreja.

1. O perigo do orgulho. Aquela mulher, Jezabel, se deixou vencer pelo orgulho. Quando ela, no uso do dom, sentiu que Deus a abençoava, tornou-se orgulhosa. Jesus escreve que "ela se diz profetisa" (Ap 2.20). Ter o dom de profecia, não significa que alguém, por isto, seja "profe-ta",' que é um ministério da pala-

vra, como apóstolo, evangelista, pastor, etc. (Ef 4.11). A Bíblia fala das quatro filhas do evangelista Fi-lipe, as quais "profetizavam". Logo em seguida é mencionado que "che-gou da Judéia um profeta, por nome Agabo" (At 21.8-10). Observam-se aqui duas expressões distintas. As moças "profetizavam" e Ágabo era "profeta". Em Tiatira, aquela mu-lher a si mesma chamava de "profe-ta"

2. Profecias da própria cabeça. Jezabel começou a inventar "profe-cias". Ela "profetizava" dizendo que não era necessário obedecer às orientações dadas pelos apóstolos sobre a necessidade de os crentes se absterem de carne sufocada, san-gue, prostituição e idolatria (At 15.20,28,29; Ap 2.20). A Bíblia orde-na que tudo deve ser examinado (1 Ts 5.21; 1 Co 14.29). Qualquer ma-nifestação discordante da Bíblia é inteiramente falsa, (sp-< - )

III. ANARQUIA NO USO DOS DONS ESPIRITUAIS

As "profecias" levianas começa-ram a seduzir os crentes para a ido-latria e prostituição. Jesus disse que Jezabel tinha já "filhos" (Ap 2.23), isto é, seguidores, que estavam for-mando um grupo à sua volta. O Espírito Santo chamou aquela mu-lher "Jezabel" (Ap 2.20), certamen-te por causa da maneira como a es-posa de Acabe, rei de Israel, seduzia o povo à idolatria e prostituição (1 Rs 16.30,31). Assim também aquela mulher estava causando estrago na igreja pelas suas "profecias".

1. Jezabel e seu grupo. Jezabel formou um grupo em torno de si. Rodeada por um certo número de crentes fanáticos, Jezabel criticava a tantos quantos não "lessem por sua cartilha", resultado que sempre acompanha o uso indevido dos dons (Mq 3.5).

2. Conseqüências do fanatis-mo. O fanatismo de Jezabel abriu a porta para manifestações demonía-cas. Jesus mencionou que os segui-dores de Jezabel até falavam "das profundezas de Satanás" (Ap 2.24). A Bíblia adverte sobre o perigo dos

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falsos profetas, que procuram enga-nar até os escolhidos (Mt 24.24). O erro de Jezabel abriu a porta para a operação de um espírito de impure-za (Zc 13.2) pelo qual ela seduzia os membros da igreja para com ela se prostituírem. A Bíblia revela que existem, também, os espíritos de falsidade (Mq 2.1), de mentira (1 Rs 2.22), de adivinhações mentirosas (Ez 13.3-7). Os falsos profetas po-dem ser até portadores de contami-nação de espiritismo e feitiçaria, embora "se encostem ao Senhor, di-zendo: Não está o Senhor no meio de nós?" (Mq 3.11). Eles usavam indevidamente o "nome do Senhor" (Jr 29.23). (EEEE)

IV. O SENHOR CENSUROU O ANJO DA IGREJA 1. Convém examinar as profe-

cias. Deus havia ordenado que se examinassem as profecias. Já no Antigo Testamento Deus costuma-va chamar a atenção contra os pro-fetas que falavam para seduzir o povo e afastá-lo do Senhor (Dt 18.22). A Bíblia diz que estas coisas acontecem porque Deus quer provar o Seu povo e saber se este o ama de todo coração (Dt 13.3). No Novo Testamento Deus ordenou: "Exa-minai tudo. Retende o bem" (1 Ts 5.21). "Falem dois ou três profetas e os outros julguem" (1 Co 14.29). Tudo quanto é contrário à Palavra de Deus está debaixo da maldição (G1 1.8,9).

Era realmente uma falta muito grave ter o anjo da igreja deixado de examinar em tempo as profecias que apareciam e se espalhavam na igreja. Deus ordenou o exame das profecias para evitar que alguém, com autoridade de uma suposta manifestação do Espírito Santo, procurasse dominar o povo. "Nin-guém vos domine a seu bel-prazer... estando debalde inchado na sua carnal compreensão" (Cl 2.18).

2 . 0 perigo da omissão. A omis-são do anjo da igreja em Tiatira foi causa de desordem. O fraquejar do pastor da igreja no tocante à manu-tenção da boa ordem, deu a Jezabel a oportunidade de fazer-se líder.

Em primeiro lugar devemos obser-var que ninguém, seja homem ou mulher, jamais se torna líder por ser portador de dons espirituais. A lide-rança na igreja é dada por Deus através dos ministérios, enquanto que a finalidade dos dons é a edifi-cação da igreja (1 Co 14.3) e um meio para ajudar na obra (Ed 5.1,2). É, portanto, um sinal de fra-casso quando um servo do Senhor deixa uma pessoa, que se diz profe-ta, dominá-lo pelas "suas revela-ções" (Jr 5.31).

Com todo o respeito devido às nossas irmãs portadoras de dons e dedicadas cooperadoras na obra, às quais Deus tem dado uma missão muito elevada e, também, usado de modo extraordinário, observamos que Deus não lhes deu a posição de líderes na igreja, coisa que Ele reser-vou aos homens por Ele chamados (1 Co 14.34; 1 Tm 2.12).

3. Responsabilizado o anjo da igreja. Jesus responsabilizou o anjo da igreja pelo estado em que a igreja se achava. Reinava um clima de tri-bulação (Ap 2.20). Muitos já se ha-viam desviado, outros estavam fa-natizados e os crentes sinceros so-friam. O anjo da igreja abandona-ra as ovelhas diante do ataque do lobo (Jo 10.12,13). Que Deus nos guarde de semelhante falta...

V. OPORTUNIDADE PARA AR-REPENDIMENTO Jesus deu aos crentes desobe-

dientes a oportunidade para se arre-penderem. O arrependimento é uma nova tomada de posição resul-tante do reconhecimento do erro co-metido, com pedido de perdão e uma sincera disposição de não rriais errar.

1. Jezabel convidada a arre-pender-se. Jesus chamou Jezabel a arrepender-se (Ap 2.21), mas ela en-dureceu o coração. Embora ela hou-vesse prejudicado tanto aos crentes, Jesus^ contudo, estava pronto a per-doá-la, dando-lhe uma nova oportu-nidade. Aqui nos lembramos da li-ção da casa do oleiro, no livro do profeta Jeremias. Quando o vaso se quebrou, o oleiro não jogou fora,

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mas fez do mesmo barro outro vaso (Jr 18.1-4).

2. Oportunidade ao grupo de Jezabel. Os seguidores de Jezabel foram também chamados ao arre-pendimento. Embora enganados até ao ponto de cometerem graves pecados, Jesus no seu amor lhes queria perdoar e restaurar. Impor-tava somente reconhecerem seu erro e pedirem perdão. Assim, poderiam experimentar que "tudo se fez no-vo" (2 Co 5.17).

3. O arrependimento do anjo da igreja. O anjo da igreja sentiu, com certeza, grande arrependimen-to. Ele sabia que Jesus o considera-va responsável por toda aquela tra-gédia. Ele, certamente buscou a Deus, entregando-se de novo para daí em diante, com mais cuidado, amor, V^sabedoriíy e firmeza, zelar pelo cumprimento da doutrina que lhe era confiada.

VI. SAUDAÇÃO AOS CRENTES FIÉIS

' Jesus enviou uma saudação es-pecial para os crentes que não ha-viam seguido a Jezabel. Eles per-maneceram fiéis à doutrina que ha-viam recebido. Com isto se poupa-ram de tribulações e deram um bom exemplo aos demais. Graças a Deus pelos crentes que agem como colu-.

nas na casa do Senhor (Ap 3.12), os quais, na hora da pressão não são le-vados em roda por todo o vento de doutrina (Ef 4.14). r 1. " O que tendes, retende-o"

(Ap 2.24,25). Fiquemos firmes! Ain-da que alguns errem, os dons de Deus continuam sendo reais. Rete-nhamos, pois, a comunhão com a nossa igreja. Coisa nenhuma deverá nos afastar dela (Hb 10.25).

2. "Até que eu venha" (Ap 2.25). Jesus virá breve. Então tudo "o que o é em parte" (1 Co 13.10) se-rá aniquilado. Por isto fiquemos sempre firmes e constantes, sempre abundantes. O nosso trabalho não é vão no Senhor (1 Co 15.58).

QUESTIONÁRIO 1. Qual a censura feita ao anjo da

igreja em Tiatira? 2. Segundo o v.19, qual o ponto alto

do elogio de Jesus ao anjo da igre-ja em Tiatira?

3. Pode uma profecia que contradiz a Bíblia ser aceita?

4. Por que o nome Jezabel a essa mulher em Tiatira?

5. Em se tratando de profeta exem-plar, espiritual, zeloso e dedicado à obra do Senhor, suas mensa-gens proféticas devem ser recebi-das sem o mínimo julgamento ou censura?

ANOTAÇÕES

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Lição 9 28 de maio de 1989

CARTA À IGREJA EM SARDO TEXTO ÁUREO

"E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho" (1 Jo 5.11).

VERDADE PRÁTICA Aquele que se diz crente sem, contudo, viver de acordo com este

nome, é como o homem que edificou a sua casa na areia.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ap 3.1-b Quinta - Mc 13.32-37 Terça - Mt 22.1-14 Sexta - Ef 6.10-17 Quarta - 1 Jo 3.1-3 Sábado - SI 15.1-5

V

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Ap 3.1-6

Ap 3.1 - E ao anjo da igreja que está em Sardo escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto.

2 - Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para mor-rer; porque nâo achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.

3 - Lembra-te pois do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e

não saberás a que hora sobre ti vi-rei.

4 - Mas também tens em Sardo algumas pessoas que não conta-minaram seus vestidos, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso.

5 - O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.

6 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO A carta que Jesus enviou à igreja

em Sardo era portadora duma ad-vertência séria, igual a um sonido certo de trombeta de Deus (1 Co 14.8). A vida espiritual de grande parte dos seus membros estava sen-do ameaçada pelo pecado, e o perigo maior era que eles não davam im-portância a isso. Oremos, pois, a

Deus no sentido de que Ele nos fale através do estudo desta lição.

I. A REPREENSÃO DO SE-NHOR 1. Obras imperfeitas. Na sua

carta Jesus mostrou aquilo que ha-via visto na igreja em Sardo: "Não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus" (Ap 3.2). Esta palavra re-

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velou que uma parte dos membros daquela igreja não mais vivia em íntima comunhão com Deus.

.2. O crente é conhecido por suas obras. Todos quantos recebe-ram a Jesus como Salvador pessoal, e assim nasceram de novo (Jo I.12,13), têm por Ele a vida (1 Jo 5.12), porque Jesus é vida (1 Jo 14.6). Como as varas ligadas à vi-deira produzem frutos (Jo 15.1-5), assim também esta nova vida, em íntima comunhão com Jesus, pro-duz obras que agradam a Deus (Rm 14.17,18; 1 Tm 2.3, etc). Estas obras representam o fruto do arrependi-mento (Mt 3.8), de santifícação (Rm 6.22), e de justiça (Tg 3.18). Jesus disse: "Por seus frutos os co-nhecereis" (Mt 7.16). Assim a vida transformada é conhecida pelas boas obras (Mt 5.16), pelo viver ho-nesto e pelo bom porte (1 Pe 2.12,16). gf=r=)

II. O SENHOR LOUVA A FIDE-LIDADE DOS CRENTES 1. "Não contaminaram seus

vestidos" (Ap 3.4). As palavras: "Tens em" Sardo algumas pessoas que não contaminaram seus vesti-dos", dão a entender que aquela igreja tinha uns poucos membros que, apesar dos desvios de tantos, mantiveram-se em íntima comu-nhão com Jesus, honrando-o com suas obras de justiça. As suas vesti-mentas, ou seja, o seu proceder, re-fletiam a pureza de Jesus Cristo.

Tudo aquilo que em nossa vida não agrada a Deus, serve somente para separar-nos dEle, e se constitui uma mancha para os nossos vesti-dos. (<*•-* - )

2. Revestidos de Cristo. Cada um que recebe Jesus como Salva-dor, é vestido diante dEle com ves-tes de salvação (Is 62.10,11), ou "re-vestido de Cristo" (G1 3.27). "Foi-lhe dado que se vestisse de linho fi-no, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos san-tos" (Ap 19.8). Estas vestes repre-sentam a condição para podermos andar com Deus (Ap 3.4). São tam-bém uma armadura na luta contra o

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mal (Rm 13.12), podendo a tudo re-sistir até chegarmos à prova final quando o Rei entrar na sala do ban-quete para ver os convidados (Mt 22.11-14). Porém, em Sardo, muitos haviam manchado os seus vestidos. III. ADVERTÊNCIAS DO SE-

NHOR

Ç 1. "Tens nome de que vives" (Ap 3.1). Aqueles membros, cujas

1 vestes estavam manchadas, não . correspondiam ao nome que pos-

suíam: "Tens nome de que vives, e <. estás morto" (Ap 3.1). Leia ainda: Tt 1.16; Rm 2.18-20; 2 Tm 3.5-8).

2. "Sê vigilante..." (Ap 3.2). Jesus disse aos crentes em SardoTv

> "Sê vigilante". A mesma coisa Ele ;> já havia falado muitas vezes antes. Disse também: "Vigiai..." (Mt 24.42; 25.13; Mc 13.33-37). Tam-

- bém os apóstolos falavam disto (At 20.28; 1 Pe 4.7; 5.8). A vigilância é7 indispensável à vida dos que dese-jam ser vencedores. A vida espiri-

- tual não é autônoma, isto é, não se mantém por si mesma, isolada. Ela precisa ser conservada através da contínua vigilância e oração.

Foi por falta de vigilância que vários membros da igreja em Sardo se afastaram da comunhão com Je-sus, passando a viver sob ameaça constante de morte espiritual.-./u--

— v 3 . "Lembra-te pois do que tens recebido e ouvido" (Ap 3.3). Os que tinham nome de que viviam, mas estavam mortos, foram exorta-dos a lembrar-se de tudo quanto ti-nham ouvido e recebido e a arrepen-der-se. Arrependimento, conforme já dito, é o reconhecimento e o abandono de uma situação errada, tendo como recompensa o recebi-mento do perdão. As vestes de quem se arrepende, são lavadas no sangue de Jesus (Ap 7.14; 22.14), e a vida espiritual é conseqüentemente re-novada (Tt 3.5,6), e os crentes pode-rão, desta maneira, fazer de novo obras que agradem a Deus (Ap 2.5).

Aos que estavam para morrer, Jesus aconselhou que fossem confir-mados ou "fortalecidos" (trad. in-glesa). É exatamente isto que lhes faltava, uma vez que não havia vi-

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giado. O Espírito Santo dá virtude aos crentes (At 1.8), e o Senhor os fortalece pela força do seu poder (Ef 6.10). Deus quer também usar os crentes que estão nas suas mãos, fortalecidos na graça, para que aju-dem os fracos na fé (Hb 12.12; Rm 15.1,2; 1 Co 16.13).

IV. UMA PROMESSA DO SE-NHOR 1. Os puros andarão com o Se-

nhor. Às pessoas que não mancha-ram as suas vestes, promete o Se-nhor: "...comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso" (Ap 3.4). Mas, de que maneira eles se haviam tornado dignos? Será por que eram membros da igreja, ou ha-viam trabalhado na obra do Se-nhor? Não! Todos devem saber que homem nenhum tem em "si mesmo algo que o faça aceitável a Deus (Is 64.4). A Bíblia diz: "Não pelas obras" (Tt 3.5; Rm 3.21-24; 5.5; G1 2.16; etc).

2. Os puros têm as suas vestes brancas. Eles se tornaram dignos de andar com Jesus, porque os seus vestidos eram brancos. A multidão no céu estava vestida de vestes brancas, branqueadas pelo sangue do Cordeiro (Ap 7.9,14). A Bíblia afirma: "POR ISSO estão diante do

trono de Deus" (Ap 7.15). Os que la-vam os seus vestidos no sangue do Cordeiro, TÊM DIREITO à árvore da vida e PODEM ENTRAR na ci-dade pelas portas (Ap 22.14). Jesus é o primeiro a ter este direito (Ap 5.9). Ele ganhou na cruz uma per-feita salvação, e os que nele crêem são justificados pela Sua graça e fé no seu nome (Rm 3.24; 5.1). Deus então olha para o homem, e, vendo-o coberto com o sangue de Jesus, considera-o digno, pelos méritos de Jesus. Aleluia! 0 precioso sangue! Vivamos, pois, em íntima comu-nhão com Jesus, cobertos pelo seu sangue, até que cheguemos lá.

(ap—4 -J)

QUESTIONÁRIO 1. Ao dirigir-se ao anjo da igreja em

Sardo, qual a censura que Jesus lhe fez?

2. O que distingue o cristão verda-deiro neste mundo tão vil?

3. As obras imperfeitas, da igreja em Sardo, atingiam a totalidade de seus membros? Qual a referên-cia que Jesus fez sobre isto?

4. Por que a expressão "tens nome de que vives, e estás morto"?

5. Apesar da censura ao anjo da igreja em Sardo, no v.3 Jesus dá-lhe um conselho. Qual é?

ANOTAÇÕES

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Liçfio 10 4 de junho de 1989

CARTA À IGREJA EM FILADÉLFIA TEXTO ÁUREO

"Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa" (Ap 3.11).

VERDADE PRÁTICA Quando sentimos que temos pouca força em nós mesmos, ficamos

em condições de experimentar o poder de Deus.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ap 3.7-13 Quinta - Mt 5.1-9 Terça - 1 Ts 1.2-10 Sexta - Jo 14.15-23 Quarta - Ez 45.10-16 Sábado - Mt 24.36-46

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Ap 3.7-13

Ap 3.7 - E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é ver-dadeiro, o que tem a chave de Da-vi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre:

8 - Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome.

9 - Eis que eu farei aos da sina-goga de Satanás, aos que se dizem judeus e não são, mas mentem: Eis que farei que venham, e ado-rem prostrados a teus pés, e sai-bam que eu te amo.

10 - Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.

11 - Eis que venho sem demo-ra; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.

12 - A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome

13 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espirito diz às igrejas.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO Filadélfia, palavra grega que sig-

nifica "amor fraternal", era uma ci-dade da província de Lídia, a 45km de Sardo. Atualmente pertence à Turquia sob o nome de Alocheir. A carta enviada por Jesus à igreja em Filadélfia contém muitos ensinos 34

maravilhosos. E fato digno de ser observado, que nela não há nenhu-ma crítica, como ocorre nas demais.

Nesta carta, Jesus fala a respei-to da sua vinda ("Eis que venho sem demora") e, também, da gran-de tribulação ("a hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo"). Isto nos faz compreender que tuda

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quanto Ele menciona à igreja em Fi-ladélfia constitui uma mensagem especial para a igreja de nossos dias, pois a vinda de Cristo é iminente. Vejamos, portanto, as grandes bên-çãos garantidas ao povo de Deus e as necessárias condições para alcan-çá-las.

I. TRÊS GRANDES BÊNÇÃOS OFERECIDAS À IGREJA 1. "Eis que diante de ti pus

uma porta aberta" (Ap 3.8). A ex-pressão "porta aberta" é usada co-mumente e significa um meio para o homem agir, vencer e alcançar pro-gresso.

a. Porta aberta para a salvação. Jesus revela à Igreja que ele, por sua morte no Gólgota, abrira a porta da salvação para todo mundo (Hb 10.19,20; Tt 2.11; Rm 10.21; 11.32). Quando Cristo exclamou, do alto da cruz: "Está consumado", o véu do templo se rasgou de alto a baixo (Mt 27.51), como um sinal visível de que o caminho para Deus estava aberto para todos quantos nele cres-sem (At 14.27).

b. Porta aberta ao Espírito San-to. Jesus também revela que a porta para a manifestação plena do Espí-rito Santo estava aberta. O Espírito Santo foi derramado como resulta-do da morte e ressurreição de Jesus (Jo 7.38,39; 16.7; Lc 12.49,50; G1 3.13,14). A finalidade principal des-se derramamento é fornecer a virtu-de para a obra de evangelização (At 1.8; Lc 4.18). É, também, pela ope-ração do Espírito Santo que a porta da Palavra se abre, e recebemos a mensagem de Deus para o povo (Mt 10.19; 1 Co 2.13; 1 Pe 1.12). Jesus quer, ainda hoje, abrir o livro para nós (Lc 4.17; 24.45). O poder do Espírito Santo também convence o homem do seu pecado (Jo 16.8,9), abrindo-lhe o coração para aceitar a Jesus como Salvador (At 11.21; 16.14; Is 50.4; Jo 6.44,45; 1 Co 3.6,7; 16.9). QEZLE) ,

2. "Eu farei que... saibam que te amo" (Ap 3.9). Havia religiosos fanáticos em Filadélfia, e Jesus os chamou de "sinagoga de Satanás",

porém, apesar de toda força maléfi-ca, a influência espiritual da igreja se impunha de tal maneira que aqueles prostravam-se a seus pés, reconhecendo que Deus, verdadei-ramente, estava com a igreja e a amava.

Vivemos agora em tempos de apostasia, quando doutrinas de de-mônios proliferam cada vez mais (1 Tm 4.1-3). Deus, porém, quer aben-çoar a Sua querida Igreja, de tal maneira que ela sempre possa man-ter-se "por cabeça e não por cauda"

C(Dt 28.JjJj. Assim como Deus pôs Jesus acima das potestades e domí-nios (Ef 1.21,22), também a Igreja está acima das forças do mal. Ela se ergue como uma rocha contra a qual "as portas do inferno não prevalece-rão" (Mt 16.18). Portanto, em todo o lugar o cheiro do conhecimento de Cristo se manifesta através da Igre-ja, tanto para os que se perdem como para os que se salvam" (2 Co 2.14,15).

3. " A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus" (Ap 3.12). Apesar de todas as perse-guições contra a igreja, os crentes em Filadélfia viviam uma vida de vitória. Por isto Jesus prometeu fa-zê-los colunas (Ap 3.12), por meio do crescimento e enriquecimento espirituais. É assim que ele mesmo toma forma na vida do cristão (G1 4.19). Do mesmo modo como Jesus sustenta tudo pela palavra do seu poder (Hb 1.33), estes crentes por Ele preparados também se tornam sustentáculos da Igreja (1 Ts 5.14; Lc 22.32; GI 6.1,2; Hb 12.12; Jr 1.18;/ Is 6.13).

Esta é a estabilidade desejada por Deus para Sua Igreja, nestes úl-timos dias. Cada crente deve, por-tanto, viver inteiramente ligado a Jesus e receber seu poder, tornando-se uma coluna firme, em pé diante do Senhor (Lc 21.36). Assim sendo, não moverá pela mão do ímpio (SI 36.11) e as circunstâncias con-trárias não o separarão do amor de Deus (Rm 8.35-39). Ainda que ou-tros se extraviem, ele, contudo, se manterá fiel ao Senhor.

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Graças a Deus pelas colunas que as igrejas, hoje, possuem. São cren-tes firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor.

II. CONDIÇÕES NECESSÁ-RIAS PARA ALCANÇAR AS BÊNÇÃOS Jesus mencionou na sua carta

aquilo que tornara a Igreja apta para receber as bênçãos por ele pro-metidas.

1. "Tendo pouca força" (Ap 3.8). Jesus observara que os crentes

• em Filadélfia sentiam-se fracos em si mesmos. Por isto escreveu: "Ten-do pouca força..." Parece que esta expressão apresenta uma falta da-queles cristãos, mas é exatamente o oposto. O próprio Jesus falou, no início do sermão da montanha: "Bem-aventurados os pobres de espírito, os que choram, os que têm fome e sede de justiça...'\ (Mt _5,3-6). Por quê? Porque este e.stãcTo leva o homem a buscar ao Senhor que, então, o abençoará.

O poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza. A igreja em Filadélfia tinha "pouca força". Por isto o po-der de Deus se manifestava. A Bíblia diz: "Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito"

vÇZc^jft^O Senhor disse a Paulo: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2 jCq 12.9)./Todos os homens usados •^or Deus sempre sentem sua pró-pria fraqueza e pequenez. Vejamos: Gideão (Jz 6.15}; Davi ü Sm 24.14) Salomã<r(TRs 3.7); PauET(l Co\

\ 1 5 ^ . E f _ 3 J ^ l Tm 1.15). E você, / caro aluno, como está?

Deus enriqueceu a igreja em Fi-ladélfia, porque ela tinha pouca for-ça".

2. "Guardaste a minha pala-vra".i(Ap 3.8). (Esta atitude, toma-da pelàTgrèja em Filadélfia, agra-dou muito ao Senhor. Por quê?

a. As bases estão na Palavra. O próprio Deus é o autor da Palavra (Mt 4.4; Jo 7.16; 8.26), que expressa sua vontade e se constitui em dire-trizes para o mundo (SI 119.105; 2 .

(Tm_2.5j, Ela é, tambemTõ"funda"-" mento da sua obra /^f_2.2Q-22) . A, 36

Palavra de Deus deve, portanto, ser obedecida ǧj -1JL9.4) e servir como regra de fé em nossas vidas'(<5!_6.16; ;

«fiSLÍLilD b. Ã força consiste na obediên-

cia. Nós mostramos o nosso amor a Deus pela obediência à sua Palavra

T(Jxi_M. 1.5,21)7 Quando guardamos seus estatutos, somos portadores da verdadeira sabedoria ^(Dt 4.6-8). A:, Palavra de Deus é a forçado crente na luta contra o malXL_J.o_2.14; Ef ,

^6.17). É também o alimento (Mt o verdadeiro tutano que faz

sua alma fartar-se (SI 63,51) A fé na < Palavra proporciona maior manifes-tação do Espírito Santo (Jo,\

ÜL39L' A obediência à Palavra traz confirmação do Espírito sobre nós (Êx 40.34). porque Deus sempre vela sobre ela para cumpri-la XJr

Jesus prometeu: "Como guar-^ daste a minha palavra, eu te guar-darei na hora da tentação..." (Ap

X3.10). A igreja em Filadélfia éra abençoada, porque guardava a Pa-lavra do Senhor! E você, caro alu-no?

III . R E C O M E N D A Ç Õ E S FI-NAIS DO SENHOR

1. "Eis que venho sem demo-ra" (Ap 3.11). Esta promessa de Je-sus cumprir-se-á mui breve. Os si-nais afirmam que sua volta é imi-nente. Continua, porém, de pé a pa-lavra: "Mas daquele dia e hora nin-guém sabe''\(M^13.32JjJ3JSilho do homem virá aTiòra em que não pen-seis num dia em que < não esperais <Mt-24.50),.iEstejamos, pois, preparados para recebê-lo a qualquer momento. O - 3 - )

2. "Guarda o que tens" (Ap r 3,11). A palavra profética afirma que, nos últimos tempos, o inimigo procurará, com força, roubar dos crentes as bênçãos recebidas (Mt

.•24431» Ele é mesmo ladrão GIq ,H0.10). Se, porém, o pai de família*

vigiar, não o deixará minar a sua ca-sa. Vigiemos e sejamos sóbrios (1 Ts

^5.4-6). Bem-aventurado aquele ser-~ vo que o Senhor, quando vier, achar

vigiando )XLc 12.39).,') 3. "Que ninguém tome a tua

coroa" Xâp âJJJ- Coroa é distintivo

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de rei. Deus é reiftSl 84.3), Jes^s é rei (Jo 18.37) e ele tem coroa (Ap 14."3). O crente salvo nasceu de novo e se tornou filho de Deus (Jo

4.._1243),\Sendo assim, ele é, tam-bém, rei (Apl.6; 1 PeJL9), por isso

tem direito à coroa. Devemos, pois, reinar em vida por Jesus Cristo (Rm

LsjlZfr Sejamos, portanto, fiéis a Je-sus para que, quando ele vier, rece-bamos a coroa da vida \(Ap J.,.10).;>

QUESTIONÁRIO

1. Qual o significado da palavra gre-ga Filadélfia, e onde se localizava a cidade com esse nome?

2. Dê o significado de "porta aber-• ta". 3. Duas qualidades importantes Je-

sus encontrou no anjo da igreja

em Filadélfia. Quais foram? 4. Jesus abriu a porta para dois

acontecimentos importantes, en-tre outros. Quais foram?

5. O que acha da expressão "tendo pouca força"?

ANOTAÇÕES

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R \ Lição 11 11 de junho de 1989

CARTA À IGREJA EM LAODICÉIA

TEXTO ÁUREO "Sede fervorosos no Espírito, servindo ao Senhor" (Rm 12.11).

VERDADE PRÁTICA Viver em contínua renovação é guardar-se do grande perigo da

mornidão.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ap 3.13-23 Quinta - Zc 3.1-7 Terça - Lv 6.8-13 Sexta - Mt 10.37-39 Quarta - Jz 16.15-21 Sábado - 1 Co 5.6-8

V J

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Ap 3.14-22

Ap 3.14 - E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus:

15 - Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente: oxalá fo-ras frio ou quente!

16 - Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.

17 - Como dizes: Rico sou, e es-tou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um des-graçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu.

18 - Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos

brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colí-rio, para que vejas.

19 - Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sé pois zeloso e arrepende-te.

20 - Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.

21 - Ao que vencer lhe conce-derei que se apiente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.

22 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO Andando no meio dos castiçais

(Ap 1.13), Jesus observou que o es-tado espiritual da igreja em Laodi-céia, não era satisfatório.

Uma das primeiras atitudes do médico ao examinar um paciente, é

medir a temperatura do seu corpo. Jesus constatou que a temperatura espiritual dos crentes ali estava muito baixa. Estudaremos nesta li-ção a respeito das conseqüências deste estado e a receita que Jesus prescreveu para combater esta si-tuação. (»>-<-)

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I. UMA IGREJA NASCIDA SOB O FOGO DO ESPIRITO 1. Corações ardentes. Quando

os crentes em Laodicéia encontra-ram-se com Deus, o fogo se acendeu em seus corações (2 Sm 22.13). Toda a Trindade se manifesta em fogo, isto é, Deus Pai (Hb 12.29), Deus Filho (Ap 1.14,15) e Deus Espírito Santo (At 2.3,4). E todo aquele que aceita o convite divino, experimenta a salvação ardendo na sua alma como tocha acesa (Is 62.1), queimando o pecado e fazen-do o crente brilhar da glória de Deus (Mt 5.14-16). Quando Jesus batiz . no Espírito Santo, esta bênção tão gloriosa faz com que o fogo divino se manifeste ainda com mais poder na vida cristã (2 Co 3.17,18).

2. Deus ordena: "Sede fervo-rosos" (Rm 12.11). Enquanto o fogo de Deus estiver aceso na vida do crente, são resolvidos os princi-pais problemas que surgem na sua vida espiritual. A operação do Espí-rito Santo é a causa principal de toda a obra de Deus aqui na terra; por isto a ordem divina: "ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO (Ef 5.18), con-tinua com sua atualidade sempre inalterada.

II. POR FALTA DE CUIDADO, O FOGO SE APAGA Foi isto que aconteceu na igreja

em Laodicéia. Faltou-lhe zelo. Por isto Jesus disse: "Sê pois zeloso" (Ap 3.19). A Bíblia diz: "Não sejais vagarosos no cuidado: sede fervoro-sos..." (Rm 12.11). Todo cuidado é pouco!

1. Quando o fogo se apaga. Quando o fogo se apaga, aparece a mornidão, assim como a fumaça aparece quando o fogo se extingue. A Bíblia diz que a fumaça é uma ca-racterística do preguiçoso (Pv 10.26). É muito triste quando um crente, criado em meio a labaredas de fogo, começa a se conformar com a fumaça. "O preguiçoso não assará a sua caça" (Pv 12.27). Por quê? Porque lhe falta fogo. "Sem lenna o fogo. se apagará" (Pv 26.20; Lv 6.12). Quando uma igreja começa a

ficar morna, não tem mais interesse pelo resultado do seu trabalho.

2. Nem quente, nem frio. Quando o quente se mistura com o frio, aparece a mornidão, é por isto mesmo que um crente espiritual não quer misturar-se com o mundo. Ele não deseja "servir a dois senho-res" (Mt 6.24) e "ter o coração divi-dido" (Os 10.2), nem "coxear entre dois pensamentos" (1 Rs 18.21), pois são atitudes que expressam a existência de mornidão. Igreja ne-nhuma poderá jamais, pela sua pró-pria força, manter o mundo do lado de fora, A única solução é a opera-ção do fogo do Espírito Santo na igreja, porque o fogo combate a car-ne (G1 5.16,17) e queima o pecado. Aleluia! QExEjE) III . OS RESULTADOS DA

MORNIDÃO NA VIDA DO CRENTE

1. Perda de qualidade no tra-balho para Deus. Depois que o fogo do Espírito se apaga na vida do crente, torna-se-lhe impossível rea-lizar o mesmo trabalho que fazia quando o fogo estava aceso. Isto é uma coisa clara. Por exemplo: um cozinheiro não terá condições de preparar comida se não houver fogo no fogão. É, portanto, realmente um prejuízo incalculável, em todos os sentidos, quando um crente per-de o fogo espiritual. Pense, por exemplo: há diferença entre o "crente espiritual" que ora no Espí-rito (Jd v.20; Ef 6.18) e a oração do "crente morno". Da mesma fôrma existe uma grande diferença entre o serviço no Espírito (Fp 3.3) e aquele realizado por um crente que vive em mornidão.

2. Perda da capacidade de ava-liar a si mesmo. A Bíblia diz: "E-xamine-se o homem a si mesmo" (1 Co 11.28; 2 Co 13.5). Um crente fer-voroso é sensível e o Espírito Santo testifica no seu coração (Rm 8.16; 9.1). Quando, porém, a igreja em Laodicéia "desceu" para o estado de mornidão, perdeu as condições de se examinar a si mesma. Os cren-tes diziam: "Rico sou, e estou en-riquecido" (Ap 3.17). Eles viviam se

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animando com as vitórias do passa-do e com o fato de terem pertencido a uma igreja abençoada. Diziam também: "De nada tenho falta" (Ap 3.17). Não viam mais necessi-dade de renovação e de um encontro com Jesus. A mornidão é como anestesia, tira a sensibilidade do crente. Que Deus nos guarde!

IV. COMO JESUS VIA A IGRE-JA EM LAODICÉIA

A opinião de Jesus sobre a igreja em Laodicéia era completamente diferente de tudo quanto ela havia pensado de si mesma. Como impor-ta o ouvir a voz de Jesus para que não aconteça de alguém enganar-se a si mesmo! (1 Jo 1.8; Tg 1.26). De que maneira Jesus via a igreja em Laodicéia? Ele disse:

1. "Tu és pobre" (Ap 3.17). A igreja havia perdido as riquezas da glória (Ef 1.18) e da graça (Ef 2.7), recebidos pela salvação (Rm 10.12), ocasião em que foram enriquecidos espiritualmente (1 Co 1.5; 2 Co 9.11). A mornidão transforma o crente num pobre, miserável.

2. Tu és nu (Ap 3.17). A morni-dão afasta o homem da comunhão com Jesus. Fica, assim, dependendo da sua própria justiça, que jamais dá condições de se apresentar a Deus (Is 64.6; Zc 3.3,4).

3. "Tu és cego" (Ap 3.17). A mornidão faz aparecer "catarata" ou escamas nos olhos do crente, que, assim, perde sua visão espiri-tual. Por isto a igreja em Laodicéia não conseguia ver a sua própria si-tuação caótica. - )

4. "Vomitar-te-ei da minha boca" (Ap 3.17). A palavra parece muito dura, pórém tem o mesmo sentido da que foi proferida em ou-tra ocasião, conforme 2 Crônicas 15.2: "O Senhor está convosco, en-quanto vós estais com ele, e, se o buscardes, o achareis; porém, se o deixardes, vos deixará". Mornidão é realmente um grande prejuízo espi-ritual para a igreja.

V. A PROVISÃO RESTAURA-DORA DO SENHOR O Senhor estendeu a sua mão de

ajuda à igreja em Laodicéia, quan-do lhe disse:

1. "Aconselno-te que de mim compres..." (Ap 3.18). Esta expres-são parece contradizer a palavra que diz: "Tome de graça" (Ap 22.17; Is 55.1). Já que a Bíblia diz que Deus nos dá tudo gratuitamen-te (1 Co 2.12), o que, então, deve-mos pagar? Este "pagamento" se refere à renúncia de nós mesmos < (Mt 16.24), e de tudo, inclusive qualquer forma de impiedade (Tt 2.11) que nos impede de receber de graça aquilo que Deus nos oferece (Lc 14.33).

Que é que devemos "comprar" de Jesus, isto é, receber de graça, através da renúncia das coisas que não agradam a Deus?

a. Ouro refinado no fogo. Aqui fala das coisas divinas (Jó 22.25; 38.22) que a igreja durante o seu es-tado de mornidão, havia perdido.

b. Vestes brancas. Trata-se de uma nova purificação das vestes que foram manchadas (Zc 3.1-4; Ap 22.14).

c. Colírio. Jesus oferece aqui um excelente remédio para ungir os olhos a fim de que a cegueira causa-da pela mornidão fosse curada, vol-tando a visão espiritual. Aleluia!

2. "Eis que estou à porta, e ba-to" (Ap 3.20). Esta é uma das mais lindas expressões da Bíblia. Jesus revela que, embora a mornidão o houvesse obrigado a se afastar da igreja em Laodicéia, Ele, contudo, ainda estava batendo (Ap 3.20), querendo que tudo voltasse a ser x como antes. Jesus acrescenta: "Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo" (Ap 3.20).

Jesus é amor! (1 Jo 4.7,16). Ele é misericordioso (Hb 2.17; Tg 5.11).

QUESTIONÁRIO 1. Há duas expressões comuns a to-

das as igrejas da Ásia, encontra-das em todas as cartas, e dirigi-das ao anjo da igreja correspon-

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dente a cada uma delas. Consulte os vv.15,21 e diga quais essas ex-pressões.

2. Conforme ainda o v.15 do texto da lição, qual o estado espiritual do anjo da igreja em Laodicéia?

3. As expressões "servir a dois se-nhores", "ter o coração dividido" e "coxear entre dois pensamen-tos" a que tipo de cristão corres-

pondem? 4. Cite, de acordo com o texto estu-

dado, algumas conseqüências da mornidão espiritual.

5. Qual o conselho de Jesus ao anjo da igreja em Laodicéia, o qual vangloriava-se de ser rico e de nada lhe faltar?

ANOTAÇÕES

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Lição 12 18 de junho de 1989

O SEGREDO DA VITÓRIA

TEXTO ÁUREO "Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus

Cristo" (1 Co 15.57).

VERDADE PRÁTICA A vitória de Jesus Cristo é a bandeira da nossa vitória sobre o mal.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Ap 1.4-8,17,18 Quinta - Gl 5.16-26 Terça - Lc 22.31,32,54-66 Sexta - Jo 4.1-14 Quarta - 1 Jo 5.1-8 Sábado - At 15.13-25

^ F

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Ap 1.8,17,18; 1 Jo 4.4

Ap 1.8 - Eu sou o Alfa e o Ome-ga, o princípio e o fim, diz o Se-nhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso.

17 - E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último;

18 - E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as cha-ves da morte e do inferno.

1 Jo 4.4 - Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; por-que maior é o que está em vós do que o que está no mundo.

COMENTÁRIO INTRODUÇÃO

Nas últimas lições temos medi-tado sobre as cartas dirigidas às sete igrejas. Cada uma é diferente da ou-tra, pois trata da situação específica de cada igreja. Há, porém, uma coi-sa igual em todas elas: Jesus escre-ve: "A QUEM VENCER..." Com isto ele deixa bem claro que, seja qual for a situação, Deus sempre é poderoso para nos dar a vitória. Es-tudemos, pois, nesta li< "o sobre o segredo da vitória. I. A SIGNIFICAÇÃO DA PALA

VRA "VITÓRIA" Importa que entendamos a sig-

nificação das palavras que freqüen-

temente usamos no vocabulário es-piritual. Quando alguém prevalece contra seu inimigo, diz-se que ele VENCEU (1 Jo 2.13,14; Jr 1.19). Quando, porém, o inimigo prevalece e esse alguém não consegue dominá-lo, então se diz que PERDEU, isto é,.foi vencido (2 Co 2.10; 2 Pe 2.19).

( Vemos assim que é indispensável a) sviátória do crente sobre o inimigo.\ GJuãndo Davi lutou contra Golias, »

tião havia outra alternativa senão/ (vencê-lo. Se ele não tivesse vencido^ tèffa perecido e sido jogado para o campo, como comida às aves dos céus (1 Sm 17.44). Mas ele venceu (1 Sm 17.45-51), e nós também ven-ceremos por Jesus Cristo (Rm 8.37).

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II. NOSSA FORÇA VEM DE DEUS Não podemos vencer o mal por

nós mesmos. A Bíblia diz que ne-nhum homem prevalece pela sua própria força (1 Sm 2.9). Assim está escrito: "...nem o homem valente se livra pela muita força" (SI 33.16). "Não é dos ligeiros a carreira, nem dos valentes a peleja" (Ec 9.11), "mas do Senhor vem a vitória" (Pv 21.31). A Bíblia diz ainda: "Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito" (Zc 4.6).

Na batalha contra o mal, a auto-confiança é um perigo. Quando Pe-dro confiou em si mesmo, dispen-sando a ajuda de Jesus (Lc 22.31,32), não resistiu e caiu (Lc

' 22.54-60). Quando Pedro, depois, se ^reconciliou j:om Jesus (Jo 21.14,15)"" •

e foi batizado com o Espírito Santo (At 2.1-4) foi revestido do poder de Deus, de tal maneira que, com cora-gem, podia dizer àqueles que que-riam subjugá-lo: "Mais importa obedecer a Deus do que aos ho-mens" (At 5.29).

A Bíblia diz: "Maldito o homem que confia ntf homem, e faz da carne o seu b raço... Bendito o varão que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor" (Jr 17.5,7).

III. O SEGREDO DA VITÓRIA / 1. Vencendo pela morte de Je-

sus. Nós podemos vencer pelo poder j Tdã morte de Jesus, Na revelàçaõl

que João recebeu em Pàtmos, Jesus lhe mostrou a fonte da vitória sobre todo o mal. Ele disse: "e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre" (Ap 1.18). Jesus, com istó, o animava. Na sua morte Jesus so-freu pelos pecados e preparou, as-sim, a libertação para todos, segun-do está escrito: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29). Com isto Jesus eliminou, na vida dos que O aceitam como Salvador, a plataforma de ação de Satanás. A Bíblia diz que Cristo triunfou sobre o inimigo (Cl 2.14,15), esmagou sua cabeça (Gn 3.15) e aniquilou o seu poder (Hb 2.14).

Todo aquele que vem a Jesus, confessando os seus pecados (1 Jo 1.7,9), recebe perdão e fica, então, espargido com sangue do Senhor (1 Pe 1.2). Se ele se mantiver unido a Jesus pela fé, continuará vencendo o mundo (1 Jo 5.4,5), porque Deus lhe dá a vitória por nosso Senhor Je-sus Cristo (Rm 8.37; 1 Co 15.57). A Bíblia descobre o segredo da vitória sobre o Diabo! "Eles o venceram pelo sangue do Cordeiro" (Ap 12.11). "A vitória é nossa pelo san-gue de Jesus...". Aleluia! (5HE3

2. Vencendo pelo Espirito San-to. Nós podemos vencer pelo poder do Espírito Santo. Quando Jesus apareceu diante de João, este caiu aos seus pés como morto. Jesus pôs, então, sua mão sobre ele e disse: "Não temas" (Ap 1.17). A imposi-ção de mãos simboliza transmissão de poder. Quando Daniel teve um encontro com Deus, ficou assombra-do e caiu com seu rosto em terra. O arcanjo Gabriel, então, lhe tocou com a mão, e o fez ficar em pé (Dn 8.16-18; 10.8-10,18,19). Foi pelo to-que da mão divina que ele ficou for-talecido. Quando o profeta Ezequiel teve sua experiência do poder do Espírito Santo, disse: "A mão do Senhor era forte sobre mim" (Ez 1.3; 3.14; 8.1; 37.1). _

Os primeiros crentes pediram que o Senhor estendesse sobre eles a

^sua mão. O resultado foi maravilho-' rso. Todos foram cheios do Espírito / Santo e ganharam, com isto, uma"!

grande vitória. Foram cheios de co-ragem e de ousadia. Embora os ini--a

migos os ameaçassem, eles, contu-do, proclamavam a palavra de Deus com muita ousadia (At 4.31; 5.29,32,41,42). O Espírito Santo ex-tingue o medo e dá ao crente cora-gem e ousadia (2 Co 3.12; 7.4) e o a j u d a a v e n c e r o mal (G1 5.16,17,25,26).

3. "Já os tendes vencido; por-que maior é o que está em vós" (1 Jo 4.4). A salvação significa uma vida em contínua comunhão com Jesus (1 Jo 1.3). Jesus, que antes es-tava à nossa porta batendo, agora entrou! (Ap 3.20). Ele está em nós (1 Jo 4.4), porque somos o templo do

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Senhor (1 Co 3.16). Ele disse: "Ne-les habitarei" (2 Co 6.1*6). E esta permanência de Jesus em nós, faz aumentar a cada dia a nossa espe-rança da glória (Cl 1.27). E este Je-sus que está em nós é O MAIOR!!! Dentro de nós ele continua sendo o nosso Senhor Poderoso. Aquele que sempre foi. Jesus disse: "Eu sou o Alfa e o Omega [a primeira e a últi-ma letra do alfabeto grego], o princípio e o fim" (Ap 1.8). Isto também quer dizer: 0 que Jesus foi no princípio continuará sendo até o fim. Ele é imutável. SEMPRE O MESMO (Hb 13.8). Isto enche o nosso coração de certeza da vitória. Aleluia!

Jesus é MAIOR do que qualquer coisa que nos possa atingir (1 Jo 4.4). O profeta Eliseu disse ao seu moço, quando este estava com medo do exército do rei da Síria que havia cercado a cidade: "Mais são os que estão conosco do que os que estão com eles". Quando então o Senhor abriu os olhos do moço, ele também viu um exército de cavalos e carros de fogo (2 Rs 6.15-17). Ale-luia!!! Jesus é O MAIOR!!! (5EH)

4. "Eis aqui o Leão da tribo de Judá..." (Ap 5.5). Quando Jesus morreu na cruz do Calvário, con-quistou a chave que lhe atribui todo o poder para abrir e fechar todas as coisas (Ap 5.5). Ele disse: "É-me dado todo o poder no céu e na terra" (Mt 28.18). Ele tirou de Satanás a chave da morte e do inferno (Ap 1.18), e "Subindo ao alto, levou ca-tivo o cativeiro" (Ef 4.8). Com a chave, abriu a porta da salvação e

do perdão para todos, tanto os peca-dos dantes cometidos, sob a paciên-cia de Deus, como aqueles cometi-dos neste tempo presente (Rm 3.25,26).

Jesus tem a chave também para o despertamento espiritual. Por isto escreveu para a igreja em Filadélfia: "Isto diz o que é santo, o que é ver-dadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fe-cha, e ninguém abre" (Ap 3.7). O despertamento para a evangehza-ção veio à Igreja porque Jesus abriu a porta (Ap 3.8).

Jesus tem, também, a chave para a solução de todos os proble-mas. Ele tem a chave da ciência (Lc 11.52). Por meio desta chave Jesus solucionou o difícil problema que ameaçava a união da igreja em Je-rusalém, e assim ela continuou uni-da (At 15.13-20,22-25). Jesus usava também esta chave quando perse-guições e dificuldades surgiam para impedir a boa marcha das igrejas. Ele mandou várias vezes abrir as portas das prisões, onde seus servos estavam presos (At 5.18,19; 12.6-11; 16.24-28). Glória a Jesus! "Posso to-das as coisas naquele que me forta-lece" (Fp 4.13).

QUESTIONÁRIO 1. Qual a importância da vitória na

vida do crente? 2. Como se explica a frase: "Eu sou

o Alfa e o Omega? 3. Qual o significado de "tenho as

chaves da morte e do inferno"? 4. O que Jesus quis dizer com a ex-

pressão "o que vivo e fui morto"?

ANOTAÇÕES

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Page 47: Lições Bíblicas CPAD - 2º Trimestre 1989 - A Igreja no Apocalipse - Eurico Bergsten

— • \

Lição 13 25 de junho de 1989

A RECOMPENSA DOS VENCEDORES

TEXTO ÁUREO "Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele

será meu filho" (Ap 21.7).

VERDADE PRÁTICA Jesus não somente ajuda a todos a vencer, mas também recom-

pensa os vencedores.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Hb 11.1-5 Terça - Èx 16.14-24 Quarta - SI 144.9-15

Quinta - 1 Pe 1.3-9 Sexta - Ap 15.1-8 Sábado - Dn 12.1-3

TEXTO BÍBLICO BÁSICO Ap 2.7,11,17,26-28; 3.5,12,21

Ap 2.7 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igre-jas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.

11 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.

17 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: ao que vencer darei eu a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém co-nhece senão aquele que o recebe.

26 - E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações,

27 - E com vara de ferro as re-gerá; e serão branqueadas como vasos de oleiro; como também re-cebi de meu Pai.

28 - E dar-lhe-ei á estreia da manhã.

3.5 - O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai Adiante de seus anjos.

12 - A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus e também o meu novo nome.

21 - Ao que vencer lhe conce-derei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO Na lição anterior estudamos

sobre o segredo da vitória. Nesta, observaremos como Jesus, em cada

uma das suas cartas, deu uma pro-messa aos vencedores. Estas pro-messas continuam em pleno vigor, porque jamais sofreram alteração.

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I. PROMESSAS DE BÊNÇÃOS PARA ESTA VIDA

1. "Ao que vencer dar-lhe-ei uma pedra branca" (Ap 2.17). Esta expressão tem sua origem nos tribunais da Grécia antiga. Habi-tualmente o juiz declarava a sen-tença do réu por meio de um sinal. Quando este era inocente e digno de ser absolvido, o juiz lhe estendia uma pedra branca. Quando, porém, o réu era culpado, estendia-lne uma pedra preta. Jesus prometeu dar aos vencedores "uma pedra branca". É veredicto de que os vencedores são considerados justificados e em con-dições de entrar nos céus! É Deus quem justifica o crente (Rm 8.33).

Esta expressão "pedra branca" eqüivale à expressão "nada consta", que, ao ser dada por autoridade competente, libera qualquer docu-mento de responsabilidade que de-penda daquele pronunciamento.

Como é importante ter este tes-temunho de Jesus! Enoque alcan-çou testemunho de haver agradado a Deus, antes da sua trasladação (Hb 11.5). O testemunho de Deus é MAIOR (1 Jo 5.9). É por meio do Espírito Santo que ele testifica em nós, que somos filhos de Deus (Rm 8.16; 1 Jo 3.24; 4.13).

2. "Escreverei sobre ele o nome do meu Deus" (Ap 3.12). A Bíblia diz que o nome de Deus esta-va escrito na testa dos vencedores (Ap 22.4). Esta promessa significa uma identificação com Jesus, de tal modo, que Sua vida fica como que gravada na vida dos crentes vence-dores (2 Co 4.10,11). O Senhor, por meio deles, é glorificado (2 Ts 1.12). Quando os inimigos da obra de Deus olhavam para os apóstolos, podiam se lembrar de que "eles ha-viam estado com Jesus" (At 4.13). Que testemunho maravilhoso!

3. "Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido" (Ap 2.17). Esta promessa contém a bên-ção de uma porta aberta na com-preensão da Palavra de Deus. Aque-les que vivem a entristecer o Espíri-to Santo (Ef 4.30), sofrem prejuízo. A Bíblia se torna para eles um livro fechado (Is 29.10-14). Quando, po-46

rém, o crente vive uma vida de vitó-ria, pelo poder do sangue de Jesus, Deus lhe fará aparecer, dia após dia, como o fez antigamente no de-serto (Êx 16.14-16) o maná, que para nós simboliza a Palavra de Deus, vivificada pelo Espírito Santo (2 Pe 1.21; 2 Co 3.6). E o Espírito Santo que "ensina todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito" (Jo 14.26). Assim os santos do Senhor poderão "conhe-cer quais são as riquezas da glória deste mistério... que é Cristo em vós, esperança da glória" (Cl 1.27). A Bíblia diz: "A exposição das tuas palavras dá luz; dá entendimento" (SI 119.130). Aleluia! dEZE}

4. "Ao que vencer... eu lhe da-rei poder sobre as nações" (Ap 2.26). Esta promessa terá seu cum-primento completo quando a Igreja, após as bodas do Cordeiro (Ap 19.7,8), acompanhar Jesus por oca-sião de sua volta a este mundo no sentido de por fim à grande tribula-ção e estabelecer o milênio (Ap 17.14; 19.11-15). Dita promessa também inclui a poderosa influên-cia espiritual que os vencedores, os verdadeiros crentes, estão exercen-do sobre o povo em cujo meio vi-vem. Os que obedecem a Deus se tornam realmente"cabeça e não cauda"j^jpQt 28.13)?' Assim como Abraão foi considerado príncipe

UGq_2,6)2 eles também gozam de grande conceito (2 Rs 4.9; Ec 7.1; Pv 22.1). Aqueles, porém, cuja maneira de viver não condiz com o seu teste-munho, ficam sem esta influência (Gn 19.9-14; Dt 28.43,44).

5. " A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus" ( Ap 3.12). Esta promessa fala da ès-tabilidade e segurança espirituais que os vencedores alcançam, com o que eles se tornam verdadeiros sus-tentáculos da obra de Deus aqui na terra. Não são somente os servos de Deus de grande responsabilidade que são considerados colunas (G1 2.9), mas Deus usa como colunas no seu "palácio" todos os crentes que conseguem vencer. A Bíblia fala no Salmo 144.12 da juventude como coluna. Graças a Deus!

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6. " O que vencer será vestido de vestes brancas" (Ap 3.5). Esta promessa fala da possibilidade de viver uma vida de vitória até o fim da existência. São os vencedores que alcançarão esta bênção. Jesus disse: "Eu te guardarei da hora da tentação que há de vir" (Ap 3.10). A Bíblia fala daquele "que é poderoso para vos guardar de tropeçar" (Jd v. 24; SI 121.3,4). Jesus mesmo afir-ma: "ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai" (Jo 10.28,29). Esta palavra não pode ser interpre-tada como base para se pensar que "uma vez salvo, salvo para sem-pre". A segurança da nossa salvação está condicionada à obrigatoriedade do crente de PERMANECER EM JESUS (Hb 3.6,14; 10.39; Cl I.22,23). Enquanto o crente perma-necer na mão do Senhor estará se-guro para sempre, porém, se ele sair dela, estará sujeito a perder-se. Foi por isto que Jesus perguntou: "Que-reis vós também retirar-vos?" (Jo 6.67).

7. " E dar-lhe-ei a estrela da manhã" (Ap 2.28). Esta promessa, dada aos vencedores, fala da eterna esperança que se conserva viva e abundante na vida dos que perma-necem em comunhão com Jesus (1 Pe 1.3-5; Rm 15.13). Quando Jesus, ao falar da sua vinda, usou a expres-são "estrela da manhã", ele o fez para mostrar que, assim como a "estrela da manhã" anuncia a che-gada de um novo dia, da mesma for-ma a vinda de Jesus anuncia para nós o começo do grande dia da gló-ria eterna. Veja a expressão: "o dia é chegado" (Rm 13.12). E os vence-dores, que estão olhando para cima (Lc 21.28), podem de coração dizer: "Amém. Ora vem, Senhor Jesus" (Ap 22.20).

II. PROMESSAS DE BÊNÇÃOS NOS CÉUS 1. "Confessarei o seu nome

diante de meu Pai e diante de seus anjos" (Ap 3.5). Quando a Igreja, depois do arrebatamento (1 Ts 4.16,17), e do julgamento diante do tribunal de Cristo (2 Co 5.10), en-trar com Jesus nos céus, será por ele

apresentada ao Pai (Ef 5.27; Cl 1.22,23). Os vencedores serão então alvo de uma referência especial diante do Pai. (sp-2 - )

2. "Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida" (Ap 2.7). Esta palavra fala que nunca mais teremos fome ou sede. É o Cor-deiro que nos guiará para as fontes das águas vivas (Ap 7.17), enquanto hinos de louvor soarão pelos céus (Ap 14.3; 15.3).

3. "Ao que vencer lhe concede-rei que se assente comigo no meu trono" (Ap 3.21). É bem verdade que Jesus disse: "Se alguém me ser-vir, o meu Pai o honrará" (Jo 12.26). Porém ninguém seria capaz de ima-ginar tamanha honra e glória como estas que Jesus prometeu aos vence-dores.

4. "Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida" (Ap 2.10). Nesta promessa Jesus se refere à re-compensa eterna que será dara aos vencedores e aos que servirem ao Senhor (1 Pe 5.4; 2 Tm 4.8; Dn 12.3; 1 Ts 2.19, etc). Deus não é injusto para se esquecer dos que o serviram com fidelidade (Hb 6.10). Sejamos todos fiéis.

Em Apocalipse 4.10,11, lemos a respeito dos 24 anciãos, que adora-vam a Deus diante do Seu trono. Então lançaram as suas coroas diante do trono, dizendo: "Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder". Nos céus, todos hão de com-preender que nenhum de nós conse-guiu chegar até lá pelo seu próprio poder, mas somente pela graça de Jesus. Por isso ELE É O ÚNICO DIGNO DE HONRA E GLÓRIA...

QUESTIONÁRIO 1. Qual o significado de "pedra

branca" de que fala Ap 2.17? 2. O que vem a ser "maná escondi-

do"? 3. O que significa "lhe darei poder

sobre as nações"? 4. Como entender a expressão "es-

creverei sobre ele o nome do meu Deus"?

5. Receber uma pedra branca, ter o nome de Deus escrito, comer do

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C B d "Bíblicas MATURIDADE CRISTA

Page 51: Lições Bíblicas CPAD - 2º Trimestre 1989 - A Igreja no Apocalipse - Eurico Bergsten

ATENÇAO PROFESSOR No caso de dúv ida quan to ao manuse io d o SUPLEMENTO DO

PROFESSOR, t ome u m a das revistas (do professor) , de qua lquer u m dos do is ú l t imos t r imestres. Ali você encon t ra rá a o r ien tação ind ispensável ao manuse io des te Sup lemento , p repa rado c o m o ob je t ivo de lhe o fe recer subsíd ios que lhe a judarão a p reparar e min is t rar a sua l ição domin ica l d e f o rma mais ef icaz.

J

Page 52: Lições Bíblicas CPAD - 2º Trimestre 1989 - A Igreja no Apocalipse - Eurico Bergsten

PLANO DE AULA 1 Lição 1 2 de abr i i de 1989

TEMA A igreja, u m Cast iça l

TEXTO BÍBLICO BÁSICO A p 1.12,13,20; Zc 4 .1 -4

INTRODUÇÃO

A Igreja br i lha neste m u n d o at ravés de seus m e m b r o s , nos qua is Cr is to v ive e se mani festa .

A - ORIENTAÇÕES BÁSICAS I. NECESSIDADES DO ALUNO

1. Saber que, c o m o par te in tegrante d a Igreja, ele t e m a responsab i l i dade d e br i lhar e m seu me io amb ien te , para g lor i f icar a Deus c o m as suas obras.

2. Consc ien t i za r -se d a g rande responsab i l i dade q u e pesa sobre seus o m b r o s de atuar c o m o u m a luz q u e br i lha e m meio às t revas d o mundo .

II. OBJETIVOS INFORMATIVOS 1. Dar c o n h e c i m e n t o à c lasse d e que os ob je tos usados no

tabernácu lo , para cu l tuar a Deus, e ram mais do q u e s im-p les peças de ado rno ou de serv iço t ransi tór io. Na ve rda -de, ta is ob je tos e ram s ímbo los das rea l idades fu tu ras re-lac ionadas a Cr is to e à sua ob ra salvadora, e t a m b é m à sua Igreja.

2. Apresen ta r a Igreja, c o n f o r m e o i tem anter ior , c o m o u m cast iça l usado por Deus, para i luminar o mundo .

III. MOT IVAÇÃO Peça a um a luno para fazer u m a lista, no quad ro -de -g i z , de ou t ros s ímbo los b íb l i cos re fe ren tes à Igreja.

B - ESBOÇO DA LIÇÃO

In t rodução I. O CASTIÇAL NO TABERNÁCULO

1 . 0 cast iça l 2. O cast iça l e sua f ina l idade 3. O azei te d o cast iça l

II. A IGREJA CASTIÇAL DE DEUS NESTE M U N D O

1. A co luna d o cast iça l 2. Cada b raço t inha u m a l â m p a d a

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III. O CASTIÇAL ERA DE OURO PURO 1. O ou ro 2. O ouro na p rá t i ca d a v ida cr is tã

IV. A FINALIDADE DO CASTIÇAL

1. A lumia r 2. Desper ta r no c ren te a consc iênc ia do dever de br i lhar

V. CADA BRAÇO DO CASTIÇAL TINHA U M A LÂMPADA 1. As sete l âmpadas d o cast iça l 2. A missão d e cada c ren te c o m o luz

VI. AS SETE LÂMPADAS PRECISAVAM DE AZEITE PARA ALU-MIAR

1. O azei te s imbo l i za o Espír i to Santo 2. Deus p rov idenc iou azei te para a Sua Igreja

C - S U B S Í D I O S PARA O PROFESSOR (SP)

O - 1 - ) O cast iça l era fe i to in te i ramente de ouro bat ido e pesa-va c e r c a de 30 qui los. F icava s i tuado no lado e s q u e r d o d e q u e m ent rasse no Santuár io e tal c o m o os dema is ob jetos, a lém d e cumpr i r a sua função de i luminar o Santuár io, serv ia t a m b é m c o m o símbolo, p r i m e i r a m e n -te de Israel, q u e dever ia a tuar c o m o luz para os dema is povos que v iv iam nas t revas d a idolatr ia, d o p e c a d o e d o engano. Porém, den t ro d a t ipo log ia bíbl ica, o cast i -ça l apon tava para u m a rea l idade fu tu ra — a Igreja de Cristo, q u e deve, tal c o m o Israel dever ia ter fe i to re f le-t i ndo a luz da ve rdade divina, ref let i r a luz d e Cr isto e i luminar o m u n d o que jaz nas t revas do pecado .

(sp-a - ) Diz a t rad ição rabín ica que os israel i tas ao r e c e b e r e m a o r d e m de Deus, para q u e t r o u x e s s e m o azei te para a c e n d e r o cast içal , cu ja luz dever ia br i lhar con t i nua -mente ; pe rgun ta ram ao Senhor : — Senhor tu és o d o n o d o m u n d o e fazes br i lhar a luz

sobre t oda a terra! por q u e nos o rdenas i luminar teu Santuár io? C o m o p o d e r e m o s i luminar a q u e m cr iou a luz?

— Não é para mim, r e s p o n d e u Deus, que acende re i s o cast içal , mas, sim, para os povos que a inda p e r m a -n e c e m na escur idão, a f im de q u e se jam i luminados e c o n h e ç a m o Cr iador . Q u a n d o a luz d o cast iça l br i -lhar na m inha morada, os povos es t ranharão e pe r -guntarão:

— Em honra de q u e m Israel I lumina o Santuár io? Então vocês responderão :

— Em honra daque le q u e i lumina tudo! De fato, " D e u s é luz, e não há nele t revas n e n h u m a " (1 Jo 1.5), por isso, Ele não p rec isa de que se acen -

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Page 54: Lições Bíblicas CPAD - 2º Trimestre 1989 - A Igreja no Apocalipse - Eurico Bergsten

d a m velas para adorá- lo . Ele é a Luz d o M u n d o (Jo 8.12; 12.45,46). Por sua vez, o c rente , c o m o b o m t e s t e m u n h o d a Palavra d e Deus (SI 119.105), to rna-se luz pa ra os q u e a inda es tão e m t revas espir i tuais e d e s c o n h e c e m a luz d a ve rdade e m Cristo.

D - PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA I. MATERIAL DIDÁTICO

1. Revista d a Escola Domin ica l . 2. A Bíblia. 3. Cade rno e lápis, para apon tamentos .

II. ATIVIDADES PREVISTA PARA O ALUNO

1. Responder o ques t ionár io d a l ição. 2. Part ic ipar d e t odo o desenro la r d a aula e ao f im d a mes -

m a apresentar u m r e s u m o d a l ição.

ill. VERIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1. Co r reção das respos tas dadas ao ques t ionár io da l ição. 2. Pedir à c lasse que c i te ou t ros e x e m p l o s d e s ímbo los

bíb l icos d a Igreja.

E - RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO

1. Para os israel i tas cu l tua rem a Deus na c a m i n h a d a pe lo deser to . O tabe rnácu lo era a hab i tação de Deus no me io d o Seu povo.

2. Era u m a co luna apo iada sob re u m pedes ta l t endo e m c i m a u m a lâmpada; d e c a d a u m dos do is lados saíam t rês braços, t a m b é m c o m lâmpada, pe r fazendo u m total d e sete lâmpadas. Havia nesses b raços d e c o r a ç õ e s nos fo r -ma tos de copo , m a ç ã e f lor. T o d o o cast iça l era d e ouro.

3. Jesus, q u e disse: "Eu sou a luz d o m u n d o " . (Ele é a ún ica l âmpada que está l igada d i re tamen te ao pedesta l ) .

4. Os c ren tes (a Igreja); t a m b é m cons ide rados " a luz d o m u n d o " (M t 5.14).

5. O cast iça l serv ia para i luminar, e s imbo l iza a Igreja cu jo pape l é i luminar o m u n d o c o m a luz que recebe d e Cristo.

F-PENSAMENTO PARA REFLEXÃO Se fa l tar o azei te do Espír i to Santo e m nossas v idas, não po -d e r e m o s ref let ir d ian te d o m u n d o o esp lendo r d a luz d e Cristo.

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Page 55: Lições Bíblicas CPAD - 2º Trimestre 1989 - A Igreja no Apocalipse - Eurico Bergsten

PLANO DE AULA 2 Lição 2 9 de abri l de 1989

TEMA Jesus, o S u m o Sacerdo te Eterno

TEXTO BÍBLICO BÁSICO A p 1.13-18; Hb 4.14-16; 8.1,2

INTRODUÇÃO O S u m o Sacerdo te eterno, nosso Senhor Jesus Cristo, co -

nhece a cada u m de nós e sabe de todas as nossas necess ida -des. Ele c o n h e c e as nossas f raquezas, po rém, in te rcede por nós con t i nuamen te d iante do pai (Hb 4.14-16) . Conf iemos, pois, in te i ramente e m sua g r a ç a e e m seu poder . A m é m !

A-ORIENTAÇÕES BÁSICAS I. NECESSIDADES DO ALUNO

1. Saber que o t rono da g raça de Deus está con t i nuamen te à d i spos ição do crente, med ian te a obra exp ia tór ia de Je-sus, na Cruz, e de Sua ob ra intercessór ia, por nós, d iante d o Pai.

2. Conf iar in te i ramente no poder do sangue de Jesus, para a lcançar a miser icórd ia de Deus e m t e m p o opor tuno.

II. OBJETIVOS INFORMATIVOS 1. Apresen ta r o Senhor Jesus Cr isto c o m o o Sumo Sacer-

do te eterno. 2. Provar, c o m as Escr i turas, a rea l idade do tr íp l ice min is té-

rio d o Senhor Jesus Cristo, c o m o profeta, sacerdo te e rei.

III. OBJETIVOS FORMATIVOS *

1. Levar o a luno a conf ia r in te i ramente no sacr i f íc io ún ico e per fe i to real izado por Cr isto Jesus, c o m o me io de obter acesso à g raça de Deus e m t e m p o opor tuno.

IV. MOTIVAÇÃO

Conv ide t rês a lunos para comenta r , de m o d o sucinto, o t r íp l ice min is tér io de Jesus. Deixe que cada um esco lha sobre qual de les falará.

B - ESBOÇO DA LIÇÃO

In t rodução I. JOÃO VIU A JESUS GLORIFICADO NO CÉU

1. Jesus, o Fi lho do homem, no céu 2. O c o r p o g lo r i f i cado de Jesus

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II. O SUMO SACERDOTE NO ANTIGO TESTAMENTO 1. Sacerdo te sobre sace rdo tes 2. A c o m p e t ê n c i a d o s u m o sace rdo te

III. JESUS, O NOSSO SUlViu SACERDOTE

1. Ung ido de Deus 2. O t r íp l ice min is tér io d e Cr is to

IV. JESUS CUMPRE OS OFÍCIOS DO S U M O SACERDOTE 1. O of íc io sacerdo ta l 2. O sangue e o p rop ic ia tó r io 3. A b ê n ç ã o d e p o i s da exp iação

V.JESUS SUPERVISIONA AS IGREJAS 1. Jesus c o n h e c e a Igreja 2. Jesus es tá no me io d a Igreja

VI. O S U M O SACERDOTE CUIDA DOS CASTIÇAIS 1. No passado 2. Na a tua l idade

C - SUBSÍDIOS PARA 0 PROFESSOR (SP)

(sp_. —) o sace rdóc io levít ico era imper fe i to e t ransi tór io, po is sofr ia in te r rupção c o m a mor te dos seus min is t radores , porém, o de Jesus não, po is Ele v ive e te rnamen te e seu sace rdóc io é per fe i to , pe rpé tuo , inal terável e invio lá-vel. C o m o o s u m o sace rdo te e te rno " p o r seu p rópr io sangue, en t rou u m a vez no santuár io, havendo e fe tua-d o u m a e te rna r e d e n ç ã o " (Hb 9.12). Por es ta razão, p o d e salvar pe r fe i t amen te os que por Ele se c h e g a m a Deus. A Bíbl ia ap resen ta a sa lvação não apenas e m te rmos d e u m a exper iênc ia , atual e t ransi tór ia, mas, sim, de u m a rea l idade eterna, per fe i ta e m seus a s p e c -tos passado, presente e futuro; isto é, fomos salvos, estamos sendo salvos e seremos salvos, t r ans fo rmados na s e m e -lhança de Cristo, d e q u e m r e c e b e r e m o s a nossa he-rança eterna. Graças a Deus, t e m o s u m s u m o sace rdo -te q u e se c o m p a d e c e das nossas f raquezas e in te rce-d e c o n t i n u a m e n t e por nós, " p a r a que p o s s a m o s a lcan-çar m ise r i có rd ia e achar graça, a f im d e s e r m o s a juda-dos e m t e m p o o p o r t u n o " (Hb 4.16).

- ) A nossa sa lvação é tão marav i lhosa, po rque Cr is to é Maravilhoso. C o m o s u m o sacerdo te , Ele nos convém, isto é, ele é a respos ta pa ra as nossas necess idades . Ele é Santo. Esta pa lavra (santo) ge ra lmen te s ign i f i ca separado, para a d o r a ç ã o e serv iço a Deus, mas e m re-lação a Jesus re fe re -se a u m at r ibu to que lhe é ineren-te. Cr is to é inocente, ou seja, l ivre to ta lmen te d e malícia.

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Ê imaculado, isto é, isento d e impureza. É separado dos pecadores, por sua exa l tação ao t rono de Deus. Todav ia Ele está sempre p ron to para socor re r os seus servos " v i vendo s e m p r e para in te rceder por e les" (Hb 7.25), MARAVILHOSO JESUS! Aleluia!

(5EIE) Jesus, c o m o o sumo pastor, v ig ia cons tan temen te a sua Igreja e de la e x p u r g a todo o t ipo de impurezas, l i m p a n d o - a e san t i f i cando-a para apresen tá - ia a S! mesmo, c o m o uma noiva imacu lada (Ef 5.26,27). O após to lo João dá t e s t e m u n h o dessa real idade, pois, e m visão, o v iu g lo r i f i cado e pôde notar a lguns de ta -lhes impor tan tes tais c o m o , os seus cabe los b rancos c o m o a neve, os seus o lhos c o m o c h a m a de fogo e os seus pés seme lhan tes a latão re luzente, e etc. T u d o isto mos t ra q u e a p resença de Jesus ent re os cast iça is (as igrejas), na qua l idade d e juiz infalível, justo e v ig i -lante, a ten to a t udo o q u e acon tece , é mot ivo de sup re -ma a legr ia para os crentes, po is estes, podem, assim, sen t i r -se seguros. Pois " A q u e l e que nos ama e em seu sangue nos lavou dos nossos p e c a d o s " (Ap 1.5), é po-de roso para nos livrar d e t odo o mal e garan t i r -nos a co roa da vida. A m é m !

D - PLANO DE AÇÃO DSDÂTICA

I. MATERIAL DIDÁTICO

1. Revista da Esco la Domin ica l . 2. Quad ro -de -g i z , giz e apagador . 3. Cade rno e lápis, para apon tamen tos .

II. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O ALUNO

1. Responde r o ques t ionár io da l ição. 2. Tomar par te at iva nos deba tes da aula.

III. VERIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1. Co r reção das respos tas dadas ao quest ionár io . 2. Dividir a c lasse e m do is g rupos e pedi r que um g r u p o

faça pe rgun tas ao outro, demons t rando , dessa forma, o g rau d e ap rend i zagem a lcançado . i

E - RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO

1. Jesus es tá ago ra no c é u c o m toda a g lór ia que possuía antes de vir a este mundo , po is aqui, ao to rnar -se ser hu-mano, teve a Sua g lór ia d iminuída.

2. A e le c o m p e t i a l iderar os dema is sacerdo tes , min is t rar a consag ração dos reis, pres id i r j u lgamentos , e entrar uma vez por ano no lugar sant íss imo para o fe rece r sacr i f íc io por ele m e s m o e pe lo povo, t ra jando na ocas ião tún ica de l inho f iníss imo.

3. O nosso s u m o sacerdo te .

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4. Jesus se ap resen ta c o m o profeta, sace rdo te e rei. É um min is tér io tr ípl ice.

5. O azei te é a f igura d o Espír i to Santo p resen te e a tuando na igreja, e o incenso rep resen ta as o rações dos cr istãos.

F - PENSAMENTO PARA REFLEXÃO É con fo r tan te saber que t e m o s u m s u m o sacerdo te , Jesus Cristo, que está s e m p r e a in te rceder por nós d iante d o Pai, po is Eie c o n h e c e as nossas f raquezas e se c o m p a d e c e de nós.

PLANO DE AULA 3 Lição 3 16 d e abr i l d e 1989

TEMA O An jo da Igreja na M ã o do Senhor

TEXTO BÍBLICO BÁSICO A p 1.16,20; 2.1; A t 11.21; SI 89.20,21

INTRODUÇÃO O anjo, ou pastor d a igreja, é esco lh ido e pos to sob re o reba-

nho d e Deus c o m o seu gu ia espir i tual . Ass im sendo, a igre ja t e m o dever d e honrá - lo c o m o mensage i ro d e Deus, p r o v e n d o o d ig -no sus ten to mater ia l , para q u e nada venha a fa l tar - lhe. Por sua vez, o pastor deve zelar pe lo rebanho que lhe foi en t regue por Deus, sabendo q u e te rá d e dar con ta da igre ja resga tada pe io sangue d e Jesus (At 20.28; 1 Pe 5.1-4).

A -ORIENTAÇÕES BÁSICAS I. NECESSIDADES DO ALUNO

1. Consc ien t i za r -se de q u e os pas to res são esco lh idos por Deus c o m o min is t ros d a Sua Palavra e supe r i n tenden tes da Sua Igreja, d o Seu rebanho.

2. Su je i tar -se aos pas to res e m obed iênc i a à Palavra d e Deus (Hb 13.7,17).

II. OBJETIVOS INFORMATIVOS 1. Dar c iênc ia à c lasse d e q u e os pastores, tal c o m o os an-

jos, são min is t ros de Deus que laboram e m favor dos q u e hão de herdar a sa lvação.

2. Consc ien t izar o a luno d o dever d e coope ra r c o m os pas-to res e orar por eles, para q u e possam cumpr i r c o m ale-gr ia os seus encargos .

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Ili. OBJETIVOS FORMATIVOS 1. Desper ta r e m c a d a c ren te o in teresse pe lo sus ten to es-

pir i tual e mater ia l dos pastores, 2. Levar o c ren te a imitar a fé dos seus pastores, " a t en tando

para a sua mane i ra d e v ive r " (Hb 13.7).

IV. M O T I V A Ç Ã O Conv ide o pas tor d a igreja, ou u m dos seus assessores, para falar à c lasse sobre a impor tânc ia , o pr iv i légio, e as responsab i l i dades d o min is tér io pastoral .

B - ESBOÇO DA LIÇÃO

In t rodução I. OS PASTORES DAS IGREJAS SÃO C H A M A D O S ANJOS

1. Os an jos são seres c r iados 2. O serv iço dos pas to res

II. RESPONSABILIDADES DO ANJO DA IGREJA 1. A igre ja t e m u m responsáve l 2. Jesus c h a m a a a tenção d o anjo da igreja 3. Oração pe los pas to res

III. JOÃO VIU O ANJO DE CADA IGREJA C O M O ESTRELA 1. As est re las são ast ros na imens idão do Universo 2. A t ra je tór ia das estre las

IV. AS ESTRELAS TÊM BRILHO PERMANENTE 1. As est re las são luzentes 2. Os servos de Deus d e v e m resp landecer

V . J O Ã O VIU AS ESTRELAS NA M Ã O DO SENHOR 1. São ins t rumentos para o b e m 2. A mão d o Senhor t e m poder 3. A mão d o Senhor guia 4. A mão do Senhor gua rda 5. A mão do Senhor leva à v i tór ia

VI. C O M O AS ESTRELAS CHEGAM NA M Ã O DO SENHOR 1. Jesus quer o h o m e m espon tâneo 2. Jesus quer todo o nosso ser

C - S U B S Í D I O S PARA O PROFESSOR (SP)

QEIE) Paulo c h a m o u a T imó teo de " . . .homem de Deus..." (1 Tm 6.11). O que está envo lv ido nesse tí tulo? No te -se que não foi T imó teo que usou esse tí tulo c o m re lação a Paulo. Se ass im fosse, poder íamos en tender mais

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p r o n t a m e n t e a questão, já q u e Paulo m e r e c i a rea lmen -te essa qua l i f i cação. Não e ra Paulo o após to lo dos gent ios? Não fo i o f u n d a d o r d e mu l tas igrejas? Não fo i ele o autor d o maior n ú m e r o de epísto las d o Novo Tes -tamen to? T o d a s essas co isas o to rna r iam m e r e c e d o r d o t í tulo — " h o m e m d e Deus" . Po rém fo i T imóteo , seu f i lho na fé, d a s e g u n d a ge ração d e p r e g a d o r e s d o Evangelho, q u e m e r e c e u a des ignação . Desse modo , e n t e n d e m o s q u e não é p resunção d e nossa par te acei tar esse título, m a s q u e isto é j us tamen te a von tade d o Senhor . S u b e n t e n d e - s e q u e s o m o s min is t ros d e Deus, che ios de le e por Ele env iados. Que so lene en -cargo! Quan to isso nos d e v e incu lcar d i gn idade e p ro -f u n d a consc iênc ia desse fato, ao faze rmos o nosso t ra-balho. Nada há nisto que s i rva para t o rna r -nos a l t ivos e orgu lhosos; an tes d e v e m o s estar h u m i l d e m e n t e im-p ress ionados c o m a t r e m e n d a responsab i l i dade que nos foi impos ta pe lo Senhor . Deus t e m cer tas qua l ida -des q u e os p e c a d o r e s s e n t e m ins t in t i vamente — Sua bondade , amor , miser icórd ia , just iça, e imparc ia l idade. Sua c o n d e s c e n d ê n c i a e humi ldade , Sua san t idade e v i r tude. Na qua l idade d e h o m e n s d e Deus, esses atr i -bu tos d iv inos d e v e m ser v is tos e m nós. Oxa lá o m u n d o pudesse r e c o n h e c e r - n o s c o m o " h o m e n s d e Deus" , e m e r e c e d o r e s d o al to t í tulo q u e o Senhor nos confer iu .

(»•-» - ) " P o r q u e os láb ios dos sace rdo tes d e v e m guarda r o c o -nhec imen to , e d a sua b o c a d e v e m os h o m e n s p rocura r a inst rução, p o r q u e ele é mensage i r o d o Senhor dos Exérc i tos " (M l 2.7). Mensage i ro ! Qual é a p rer rogat iva de u m mensage i ro? Será pr iv i lég io de to rce r a m e n s a -g e m q u e lhe foi d a d a en t regar? Que sucede r i a ao ca r -te i ro q u e abr isse as car tas ou t e l eg ramas e a l te rasse a m e n s a g e m q u e con t i vessem? É inconcebíve l ! A de tu r -pação das c o m u n i c a ç õ e s d e h o m e m para h o m e m . M a s q u e d izer do min is t ro d e Deus q u e cr ia sua p rópr ia m e n s a g e m ? " A s s i m diz o Senhor Deus: A i dos p ro fe tas loucos, q u e s e g u e m o seu p rópr io espír i to e co isas que não v i ram" . (Ez 13.3). Não cabe aos mensage i ros dos reis esperar apenas por a lguns m inu tos para que lhes se ja d a d a a m e n s a g e m e, se es ta demora r , i r em-se e m b o r a s e m nada h a v e r e m receb ido d a par te do rei. Os h o m e n s es tão c a n s a d o s d e ouvi r uns aos outros. O que e les p rec i sam é ouvir a voz de Deus. Nosso Senhor não fa lava c o m o os escr ibas, e s im c o m toda a autor i -dade (M t 7.29). Hoje e m d ia há necess idade d e u m po -si t ivo " A s s i m diz o Senho r " e não das f i losof ias, teor ias e especu lações ter renas. Quão s imples, e m ú l t ima anál ise, é o dever d o mensage i ro d o Evange lho — ape -nas o d e ser t e s t e m u n h a das co isas q u e v iu e ouv iu (At 22.15).

o - 3 -> Em Ezequie l 3.17, o Senhor dec la ra q u e es tabe lece ra o p ro fe ta c o m o ata la ia sob re Israel. Cab ia - l he adver t i r o

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ímpio ace rca d o er ro d o seu caminho , e era m e s m o re-pu tado c o m o responsáve l caso neg l igenc iasse e m dar o a larma. Igua lmente Deus es tabe leceu os pas to res c o m o atalaias ou v ig ias sobre o rebanho, para que co r -r i jam as a lmas er rantes ao seu redor. Não s ign i f ica isso que o pastor deva ser intruso, i n t r ome tendo -se onde não deve a f im d e profer i r j u lgamento . Quer dizer, isto sim, que deve servir à igre ja de m o d o respe i toso e sé -rio, c o m o au tên t i co v ig ia do rebanho e adver t i r o povo quan to às a rmad i lhas de Satanás, e d o juízo de Deus sobre o mundo .

t--« - ) O servo d e s e m p e n h a as tare fas norma is n u m a casa de famí l ia e está s e m p r e à d i spos ição d e seus membros . < Per tence a u m a c lasse socia l infer ior, e só faz o q u e lhe é o rdenado . A Bíbl ia carac ter iza c l a ramen te o " h o m e m de Deus" c o m o u m servo (2 Co 4.5). C o m p e t e - n o s ser su f i c i en temen te humi ldes para min is t rar con t i nua -men te àque les a q u e m õ Senhor nos enviar. Este t í tulo é o con t rapeso ap rop r i ado à des ignação d e "gu ia " , que já foi vent i lado. Não cont rad iz , pe lo contrár io , o comp lemen ta . É mu i to fác i l p e n d e r m o s para u m des -ses ex t remos . M a s é d a von tade d e Deus que man te -n h a m o s a m b a s as pos ições , de servo e d e guia, s imu l -taneamente .

D - PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA

I. MATERIAL DIDÁTICO

1. Revis ta d a Esco la Domin ica l . 2. A Bíbl ia. 3. C a d e r n o e lápis, para apon tamen tos .

II. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O ALUNO 1. Responde r o ques t ionár io d a l ição. 2. Par t ic ipar de t o d o o desenro la r d a au la e ao té rm ino d a

m e s m a fazer u m r e s u m o d a l ição.

III. VERIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1. Co r reção das respos tas dadas ao ques t ionár io da l ição. 2. Peça aos a lunos que, po r escr i to , f a ç a m cons ide rações

sob re o d e s e m p e n h o min is ter ia l d o seu pastor.

E - RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 1 . 0 pastor . 2. O sace rdo te e João Batista. 3. Em resumo s igni f ica: O p o d e r de Deus, a fo rça do Senhor ,

a p resença d o Senhor , a p ro teção d o Senhor , etc. 4. Deus dese ja q u e o f e r e ç a m o s a nossa v ida to ta lmente ,

s e m reservas, para Ele.

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F - PENSAMENTO PARA REFLEXÃO "E, a qua lquer q u e mu i to for dado, mu i to se lhe pedi rá, e ao que mu i to se lhe con f iou mu i to ma is se lhe ped i rá " (Lc 12.48).

PLANO DE AULA 4 Lição 4 23 d e abr i l de 1989

TEMA A M e n s a g e m d e Jesus à Sua Igreja

TEXTO BÍBLICO BÁSICO A p 1 .1-6 ,9-11,19

INTRODUÇÃO Nos d ias d o após to lo João, o Senhor Jesus t inha, para cada

uma das sete igre jas d a Ás ia Menor , u m a m e n s a g e m espec í f i ca de a c o r d o c o m o es tado espi r i tua l de cada u m a delas. Hoje, t ambém, o Senhor t e m a sua m e n s a g e m para t ransmi t i r às ig re-jas espa lhadas na f ace d a Terra. Este jamos, pois, a ten tos ao q u e o Espí r i to es tá f a l a n d o às i g re jas (Ap 2 .7 ,11 ,17 ,29 ; 3.6,13,22).

A-ORIENTAÇÕES BÁSICAS I. NECESSIDADES DO A L U N O

1. Estar p ron to a ouv i r e a o b e d e c e r à m e n s a g e m d o Senhor à igreja, en t regue pe lo Seu mensage i r o — o pastor .

2. En tender q u e as m e n s a g e n s t ê m s e m p r e o ob je t i vo de edi f icar , exor ta r e conso la r a igreja, para q u e ela não se desv ie d a n d o ouv idos a dou t r inas de d e m ô n i o s e a p re -ce i tos d e homens .

II. OBJETIVOS INFORMATIVOS 1. Mos t ra r a impor tânc ia das m e n s a g e n s d i r ig idas, pe lo Se-

nhor, às sete igre jas d a Ás ia Meno r . 2. Traçar u m para le lo en t re a s i tuação espi r i tual das sete

igre jas d a Ás ia Meno r , e das igre jas e m nossos dias, e m t o d o o mundo .

III. OBJETIVOS FORMATIVOS 1. Levar o a luno a examina r a Palavra d e Deus, con f ron tan -

d o - a c o m os ens inos min is t rados por aque les que se d i -z e m pro fe tas d o Senhor , mas que c o m as suas ações ne-g a m tal cond ição .

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2. Consc ien t izar o a luno d o per igo a q u e se e x p õ e o c ren te que, e s q u e c e n d o - s e de examinar as Escr i turas, segue a qua lquer " d o u t r i n a " d e supos tos mes t res e profetas.

IV. MOTIVAÇÃO

O pro fessor deve rá mostrar , no m a p a bíb l ico apropr iado, a loca l ização das sete igre jas para as qua is o Senhor m a n d o u q u e o após to lo João esc revesse a Sua mensagem. Deverá fazer, t a m b é m , u m resumo h is tór ico daque las igrejas e das c i dades o n d e elas es tavam local izadas, usando, para isso, u m b o m c o m p ê n d i o de Geogra f ia Bíbl ica.

B - ESBOÇO DA LIÇÃO <

In t rodução

I. JESUS DESEJA FALAR ÀS IGREJAS 1. A s i tuação esp i r i tua l de cada igre ja 2. V i tór ia ante as d i f i cu ldades

II. JESUS SE MANIFESTA A JOÃO PELO ESPIRITO SANTO 1. O Espíri to Santo revela Jesus 2. O Espír i to Santo g lor i f i ca a Jesus

III. MENSAGEM DE JESUS ÀS SETE IGREJAS 1. A Palavra d e Deus escr i ta 2. A Bíbl ia c o m o n o r m a d e c o n d u t a

IV. ATENÇÃO À MENSAGEM DE JESUS

1. In teresse pe la m e n s a g e m d e Jesus 2. A Igreja p rec isa ouvi r a m e n s a g e m de Jesus

V. PELA ORAÇÃO PODEMOS CAPTAR A MENSAGEM DE JE-SUS 1. Or ien tação a t ravés da o ração < 2. Ouv ido sensível pe la o ração

VI. O ESPIRITO SANTO TORNA A PALAVRA VIVA 1. O Espíri to Santo v iv i f ica a Palavra 2. O Espír i to Santo renova a expe r i ênc ia cr is tã

C - S U B S Í D I O S PARA O PROFESSOR

<>-•-) O Cr is to g lo r i f i cado ap resen ta -se às sete igrejas s im-bo l i camente , c o n f o r m e a necess idade espir i tual de cada u m a delas. Ve jamos: • À igre ja e m Éfeso Ele ident i f i ca-se c o m o aque le que

tem as igre jas em Suas mãos, ou seja, que lhes sus-tenta as obras.

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• À igre ja e m Smirna, f ie l e a t r ibu lada, so f rendo já as a m e a ç a s d o mart ír io, Ele se ap resen ta c o m o aque le que, c o m o n inguém, so f reu a p e r s e g u i ç ã o e p a d e c e u a mor te . Todav ia , p r o c l a m o u a v i tór ia sob re a mor te e o hades, ressusc i tando d o s mor tos , para dar a co roa da v ida aos que f o r e m f ié is a té a mor te .

• À igre ja e m Pérgamo, a c u m p l i c i a d a c o m o m u n d a n i s -m o e as p rá t i cas imora is d o pagan ismo, Jesus reve la -se c o m o aque le q u e mane ja a b i g ú m e a e s p a d a c o n -t ra os segu ido res d e Balaão e os nicoiaí tas.

Con tudo , c o n c e d e r á aos q u e se a r repende rem, o p e r d ã o p leno, u m novo n o m e e o a l imento espi r i tua l sadio, não de te r i o rado pe las dou t r inas de h o m e n s e d e demôn ios .

• À igre ja e m Tiat i ra, Jesus mos t ra -se c o m o s e n d o o Juiz q u e a t u d o vê c o m Seus olhos, c o m o c h a m a d e fogo, p ron to a exe r ce r o juízo con t ra a c o r r u p t a Jeza-bel e seus adep tos . Porém, o jus to Juiz ju lga rá a c a d a m e m b r o d a igre ja c o n f o r m e às suas obras, e da rá ao v e n c e d o r o pode r pa ra reger as nações c o m vara de fe r ro e t a m b é m a es t re la d a manhã, q u e p renunc ia a c h e g a d a d e u m novo d ia e m q u e br i lhará o Sol d a Jus t i ça sob re t oda a Terra.

• Para a igre ja e m Sardo, p ra t i camen te mor ta , Jesus a f i rma ser aque le q u e t e m os se te Espír i tos d e Deus, isto é, p len i tude div ina, e q u e t e m o p o d e r d e ressus-c i tar os mo r tos e vest i r os v e n c e d o r e s c o m ves tes b rancas (de just iça) . P romete , a inda, q u e de m o d o al-g u m r iscará d o livro da vida, o n o m e dos q u e v e n c e -rem.

• À igreja, f ie l miss ionár ia , e m Fi ladél f ia que, e m b o r a so f rendo a opos i ção d o s d a s i nagoga d e Satanás, não n e g o u o n o m e d o Senhor e g u a r d o u a Sua Pala-vra, Jesus ap resen ta - se c o m o aque le q u e t e m a c h a -ve d e Davi, c o m o o q u e ab re e n i n g u é m f e c h a e q u e f e c h a e n i n g u é m abre. Por isso, t e m pos to d ian te d a sua igre ja f iel u m a por ta aber ta , pa ra a p r e g a ç ã o d o Evangelho, q u e n i n g u é m p o d e fechar .

• F ina lmente à igre ja morna , pobre , c e g a e nua e que se cons ide ra rica, não necess i tando d e nada, Jesus ap resen ta -se c o m o o ve rdade i ro Senhor d e t oda a r i-queza esp i r i tua l q u e a igre ja necess i ta , e que t e m col í r io p róp r io con t ra a c e g u e i r a espir i tual , b e m c o m o as ves tes b rancas d a just iça, q u e p o d e m cobr i r a nu -dez d a igre ja morna , q u e O t e m re je i tado. Todav ia Ele es tá à por ta, Ele en t ra rá e cea rá c o m o que O acei tar .

(EEE3 A m e n s a g e m d e Jesus à Igreja hod ie rna es tá se to r -nando cada vez mais rara, v is to que a p r imaz ia nos cu l -tos, e m g r a n d e n ú m e r o d e igrejas, t e m s ido dada a cantores , con jun tos mus ica is , v is i tantes " i m p o r t a n t e s " e m de t r imen to d a p r e g a ç ã o d a Palavra de Deus. Por is-so, mu i tas igre jas es tão sa indo d o p lano de Deus po r -

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que aos p r e g a d o r e s não é d a d o o dev ido t e m p o para a en t rega da m e n s a g e m q u e o Espír i to t e m para as igre-jas. Isto é per igoso. É hora de p o r m o s e m prá t ica o c o n -se lho d o p ro fe ta Je rem ias q u e diz: " E s q u a d r i n h e m o s os nossos caminhos , e x p e r i m e n t e m o - l o s e vo l t emos para o Senho r " (Lm 3.40). E nou t ra p a s s a g e m se diz: " N ã o removas os l imi tes (ou marcos) an t i gos " (Pv 22.28).

D - PLANO DE AÇÃO DIDÁTiCA I. MATERIAL DIDÁTICO

1. Revis ta d a Esco la Domin ica l e Bíblia. 2. M a p a s b íb l icos d o Novo Tes tamen to . 3. Quad ro -de -g i z , giz e apagador .

II. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O ALUNO 1. Responde r o ques t ionár io d a l ição. 2. Fazer u m b reve resumo d o assunto es tudado.

III. VERIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1. Fazer a co r reção das respos tas dadas ao quest ionár io . 2. Pedir nom ina lmen te aos a lunos q u e c i t em vers ícu los re-

fe ren tes à l ição e m pauta. E - RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO

1. "Eu sei as tuas ob ras " . 2. A s igre jas d e Éfeso, Pérgamo, Sardo e Laodicéia. 3. Da pessoa d o Espír i to Santo. 4. Que o m e s m o é a Palavra d e Deus. 5. Ind ica q u e t o d a a Bíbl ia teve u m ún ico inspi rador , isto é, o

Espír i to Santo. F - PENSAMENTO PARA REFLEXÃO

" T e m cu idado d e ti m e s m o e d a doutr ina: Persevera nestas coisas; po rque , f azendo isto, te salvarás, tanto a ti m e s m o c o m o aos q u e te o u v e m " (1 T m 4.16).

PLANO DE AULA 5 Lição 5 30 de abr i l de 1989

TEMA Car ta à Igreja e m Éfeso TEXTO BÍBLICO BÁSICO

A p 2.1-7 '

INTRODUÇÃO A igre ja e m Éfeso gozava d e sat is fatór ia c o n d i ç ã o espir i tual .

Seu pas tor era h o m e m íntegro, f ie l à sã dout r ina, t raba lhador in-

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caqsáve l na ob ra d o Senhor e q u e não to le rava os fa lsos após -tolos, n e m t a m p o u c o os n lcolaí tas q u e ali p r o c u r a v a m c o r r o m -per os c ren tes f iéis. Todav ia , o Senhor Jesus o censurou , não po rque ele fosse con iven te c o m qua lque r t ipo d e p e c a d o ou erro doutr inár io , mas, sim, pe lo fa to d e e le haver de i xado o pri-meiro amor â causa d e Deus, b e m c o m o a p rá t i ca das p r ime i ras obras d e fé. C o m a censura , fez t a m b é m o Senhor u m a adve r -tênc ia ao seu servo, para q u e lembrasse o n d e caíra e se a r re -pendesse , a f im de q u e não lhe fosse t i rado o pas to rado d a q u e -la igreja. Tal adve r tênc ia ap l i ca -se a nós t a m b é m , por isso, d e -v e m o s estar a ler ta para não ca i rmos no m e s m o erro.

A — ORIENTAÇÕES BÁSICAS

I. NECESSIDADES DO ALUNO 1. R e c o n h e c e r q u e o amor é essenc ia l à v ida cr istã. 2. Consc ien t i za r -se d e q u e o d e s c u i d o na per fe i ta c o m u -

nhão d o c ren te c o m Jesus acar re ta o es f r iamento esp i r i -tual c o m o c o n s e q ü e n t e a b a n d o n o d o p r ime i ro amor pe la ob ra d e Deus.

II. OBJETIVOS INFORMATIVOS

1. Consc ien t izar o a luno d a necess idade d e man te r acesa a c h a m a d o p r ime i ro a m o r à ob ra d e Deus.

2. Dar c o n h e c i m e n t o ao a luno d e q u e a opo r tun idade d e ar -r e p e n d i m e n t o está s e m p r e aber ta , pa ra aque ies que a b a n d o n a r a m o primeiro amor e d e i x a r a m a p rá t i ca das p r ime i ras ob ras (Ap 2.4,5).

III. OBJETIVOS FORMATIVOS 1. Levar o a luno a u m a v ida d e cons tan te c o m u n h ã o c o m

Deus. 2. Conduz i r ao a r r e p e n d i m e n t o aque les que ca í rem de i -

x a n d o a p rá t i ca das p r ime i ras obras, f ru to d o a m o r cr is-tão.

IV. MOTIVAÇÃO Conv ide a u m a luno pa ra fazer u m r e s u m o dos impor tan tes fatos, nar rados nas Escr i turas, q u e a c o n t e c e r a m na c i dade de Éfeso.

B - ESBOÇO DA LIÇÃO In t rodução

I.O A M O R É A ESSÊNCIA DA VIDA CRISTÃ 1. O amor e a v ida d o c ren te 2. O amor une a igre ja a Cr is to 3. O amor e a v ida d e fé

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II. O A M O R — U M SEGREDO DA VIDA CRISTÃ 1. O amor e a c o m u n h ã o c o m Deus 2. O amor c o m o v íncu lo d e un ião 3. O amor e o t raba lho d o Senhor 4. O amor e a v inda d e Jesus

III. VENCENDO PELO A M O R 1. C o m o p e r m a n e c e r no amor d e Jesus 2. O amor do Espír i to Santo

IV. O A B A N D O N O DO PRIMEIRO A M O R

1. Descu ido 2. A m o r d iv id ido 3. Ind ispos ição d e pe rdoa r

V. A PERDA DO PRIMEIRO A M O R SIGNIFICA U M A QUEDA 1. C o m u n h ã o só a t ravés d o amor 2. Sem a m o r não há serv iço para Deus 3. Não há paz s e m a m o r

VI. A CARIDADE PERDIDA PODE SER RECUPERADA 1. Lembra - t e po is d o n d e caíste 2. A r r e p e n d e - t e 3. Prat ica as p r ime i ras ob ras

C - SUBSÍDIOS PARA O PROFESSOR (SP) o - - ' - ) O c ren te mov ido pe lo a m o r de Deus é levado á prá t ica

do a m o r ao p róx imo , s o c o r r e n d o - o e m suas necess i -dades espi r i tua is e mater ia is s e m visar qua lquer re-compensa . C o m isto e le c u m p r e a lei de Deus, po is Je-sus m e s m o af i rmou: " T u d o quanto , pois, quere is que os h o m e n s vos façam, ass im faze i -o t a m b é m a eles; por q u e es ta é a lei, e os p ro fe tas" (M t 7.12). Esta, pois, deve s e m p r e ser a reg ra áurea de t odo o crente.

- ) De nada ad ianta ao c ren te falar e m línguas, profet izar, conhece r os mis tér ios p ro fundos de Deus e ter u m a g rande fé, se não t iver amor no serv iço de Deus ou não amar o p róx imo. Jesus, c o m seu e x e m p l o de vida, mos t rou -nos â rea l idade d o amor, do ve rdade i ro amor, que é al truíst ico, é sacr i f ic ia l . É o amor q u e Deus ex ige de cada crente, e não o a t iv ismo ex ib ic ion is ta, que tem c o m o ob je t ivo p rec ípuo a autog lor i f i cação, daque les que gos tam de estar e m ev idênc ia . Este amor não c o n -siste apenas e m palavras, mas exp ressa -se e m obras e e m ve rdade (1 Jo 3.18). Cada c ren te deve, por tanto, est imular seus i rmãos à ca r idade e à prá t ica das obras de fé, e most rar " igua l cu i dado uns dos ou t ros " levan-do as suas ca rgas mutuamente , c u m p r i n d o ass im a lei de Cr isto (Gl 6.2). Ass im, o amor f ra ternal sempre pe r -manece rá (Hb 13.1). A m é m !

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O - PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA

I. MATERIAL DIDÁTICO 1. Revis ta d a Esco la Domin ica l . 2. A Bíblia. 3. Cade rno e lápis, para apon tamen to .

II. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O ALUNO 1. Responde r o ques t ionár io da l ição. 2. Fazer u m resumo da l ição.

III. VERIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1. Co r reção das respos tas dadas ao ques t ionár io d a l ição. 2. O a luno deve rá ser capaz de t ransmi t i r o c o n h e c i m e n t o

adqu i r ido .

E - RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 1. No ano 52. 2. O a b a n d o n o d o p r ime i ro amor . 3. Descu ido, amor d iv id ido, ind ispos ição de perdoar . 4. A r r e p e n d e r - s e e prat icar as p r ime i ras obras. 5. O d e s p e r t a m e n t o para de ixar os atuais cam inhos e vol tar

para Deus.

F - PENSAMENTO PARA REFLEXÃO

" A i n d a q u e eu fa le as l ínguas dos h o m e n s e dos anjos, se não t iver amor , sere i c o m o o b ronze que soa, ou c o m o c ímba io q u e re t ine" (1 Co 13.1).

PLANO DE AULA 6 Lição 6 7 d e ma io de 1989

TEMA Car ta à Igreja e m Smi rna TEXTO BÍBLICO BÁSICO

A p 2.8-11

INTRODUÇÃO A igre ja e m Smirna, por causa da sua f ide l idade, so f reu inú-

meras pe rsegu i ções d a par te dos j udeus pagan izados, que se hav iam s u b m e t i d o à ado ração dos deuses pagãos e ao cu l to do imperador , b e m c o m o da par te do p rópr io Impér io Romano, que v ia nos cr is tãos u m a a m e a ç a cons tan te à sua es tab i l idade. Des-

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tarte, os imperadores , de m o d o geral, m o v e r a m t r e m e n d a s pe r -segu ições con t ra a Igreja, s e n d o que das sete igrejas d a Ásia Menor , Smi rna foi a que maior n ú m e r o de már t i res o fe receu c o m o e x e m p l o às igre jas e m todo o t e m p o e e m todo m u n d o até então.

A-ORIENTAÇÕES BÁSICAS I. NECESSIDADES DO ALUNO

1. Estar c ien te d e q u e o c ren te es tá su je i to a sof rer pe rse -gu ições por a m o r a Cristo.

2. Perseverar na fé, sabendo que as pe rsegu i ções são par -te do c u m p r i m e n t o das profec ias.

II. OBJETIVOS INFORMATIVOS 1. Dar p r o s s e g u i m e n t o à sér ie de es tudos q u e en focam as

car tas às sete igre jas da Ásia Menor . 2. Mos t ra r ao a luno o con t ras te ent re a igre ja " r i ca " de Lao-

d icé ia e a igre ja " p o b r e " de Smirna.

III. OBJETIVOS FORMATIVOS

1. Levar o a luno à conv i cção de que, por maior que seja a sua t r ipu lação, o Senhor Jesus es tá s e m p r e p ron to a con -solar os q u e lhe são f iéis.

2. Tornar o a luno u m a t e s t e m u n h a d e s t e m i d a ante os a ta-ques d e Satanás, consc ien t i zando -o de que " a q u e l e que nos ama, e e m seu sangue nos lavou" e que es tá v ivo para sempre , nos da rá a co roa d a v ida se fo rmos f ié is até a mor te (Ap 1.5,18; 2.10).

IV. MOTIVAÇÃO

Conv ide a u m d o s a lunos para falar sob re o t raba lho á rduo dos nossos obre i ros , nos p r imórd ios das Assemb lé ias de Deus, e d e c o m o Deus os gua rdava nas pe rsegu i ções m o -v idas pe los in im igos d o Evangelho.

B - ESBOÇO DA LIÇÃO

In t rodução I. A BÍBLIA FALA DE SOFRIMENTO POR CAUSA DA FÉ

1. So f r imento na conve rsão 2. So f r imento por e r ro dout r inár io 3. So f r imento c o m o c u m p r i m e n t o p ro fé t i co

II. TIPOS DE SOFRIMENTO DO POVO DE DEUS

1. T r ibu lação 2. Pobreza 3. B las fêmia

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III. JESUS CONHECE OS PROBLEMAS DA SUA IGREJA 1. "Eu sei as tuas obras, e t r i bu lação" 2. Jesus é o Cr is to red iv ivo

IV. JESUS M E S M O CONDUZ A SUA IGREJA À VITÓRIA 1. Não t e m a s 2. " N a d a vos fará dano a l g u m " 3. A t r ibu lação c o m o p lano d iv ino 4. Deus nos faz t r iunfar

V. FIEL ATÉ À M O R T E 1. F ide l idade a Jesus 2. F ide l idade d ian te d o s i rmãos 3. F ide l idade a té à mor te

VI. RECOMPENSA DO VENCEDOR FIEL 1. O v e n c e d o r será g lo r i f i cado 2. C o r o a d a v ida para o v e n c e d o r

C - S U B S Í D I O S PARA O PROFESSOR (SP)

("•-<-) As pe rsegu i ções so f r idas pe la Igreja, que c o r r e s p o n -d e m ao per íodo d e Smirna, f o r a m crué is e sangrentas . Os impe rado res r o m a n o s levantaram todas as suas fo rças para ex te rm inar o cr is t ian ismo, usando de t oda ma l ign idade d e q u e é capaz o homem. Porém, Deus havia d e usar a t r ibu lação e o g r a n d e so f r imento , c o m o provas d e b ê n ç ã o s para a Igreja q u e es tava no seu se-g u n d o per íodo de v ida e desenvo l v imen to (Comp. c /Luc . 22.31 e Zac. 13.9). O anúnc io d o so f r imen to é p re fac iado c o m u m a pala-vra de enco ra jamen to por par te d o Senhor : " N Ã O TE-M A S DAS COISAS QUE HÁS DE PADECER". Os ho -m e n s só pode rão o fende r o c o r p o e a té m e s m o des -truí- lo, p o r é m n e n h u m pode r mais te rão sob re os remi -dos do Senhor (M t 10.28). O Senhor diz: " N ã o temas ! " Isto s ign i f i cando dizer: so f re c o m pac iênc ia , res igna-ção e fé c o m o Eu t a m b é m sofr i (Jo 15.18-21; M t 10.24-26; Lc 6.40); so f re a té à morte, e Eu te r ecompensa re i c o m a V i d a ( J o 3.15,16; 6.40,47,54). N o t e m quan tas ve -zes Jesus diz: " N ã o temas" : M t 14.27; Lc 12.32; Jo 14.1; A p 1.17.

(»•-' - ) Em me io à af l ição o Senhor p e d e f ide l idade. Pedro, se-gu indo o e x e m p l o d o seu Senhor , esc reve nessa m e s -m a época: "Honra i a todos . A m a i a f ra te rn idade. Teme i a Deus, honra i o re i " (1 Pe 2.11-17) . São vár ios os e x e m p l o s d e mart í r ios que a Histór ia re-g is t ra daque la é p o c a de persegu ição ; tais c o m o o mart í r io nas foguei ras , o n d e e ram q u e i m a d o s v ivos os cr is tãos, q u e m e s m o a t ing idos pe lo f o g o can tavam

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a legres e g lo r i f i cavam o n o m e d o Senhor e m al ta voz. A mor te horr ível nas arenas, o n d e os cr is tãos e ram est ra-ça lhados pe las feras, se rv indo d e d iversão às fe ras hu-manas — O imperado r e seus súdi tos. Enfim, vár ios ep isód ios d e terr íveis so f r imen tos são narrados. T o d a -via, os már t i res ob t i ve ram para o Evangelho a vitór ia, po is quan to mais o D iabo insp i rava os ímpios pagãos para ex te rm inar os cr is tãos, tan to mais aumen tava o número de f ié is e o n o m e de Jesus era g lor i f icado.

Ass im, a p r e n d e m o s na Bíbl ia que d e v e m o s ser f ié is e m tudo. Ve jamos a lguns exemplos : • Para c o m Deus: .Nm 12.7; Jó 31.6; Dn 3.10-30. • Para c o m a Igreja: At 2 . 4 2 - ^ ; Hb ÍÜT23-25. • C o m o Min is t ros de Deus: Lc 12.42-47; 1 Co 4.1,2; 1 4

T m 3.2-10; 2 T m 2.1,2. • Exe rcendo qua lquer f unção c o m o crente : Dn 6.1-4;

Rm 13.1-7; 1 T m 4.6-12. • No c u m p r i m e n t o d a doutr ina: Gl 1.8,9; 1 T m 4.16; Tt

1.7-9; 2.1,7; Hb 13.9. • No t e s t e m u n h o pessoal : Jó 1.1,6-8; Dn 1.8; 5 .10-17;

6 .21-23; 2 Ts 1.10. • A té à mor te : M t 10.39; 24.9-13; A p 2.10.

D - PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA I. MATERIAL DIDÁTICO

1. Revista d a Esco la Domin ica l . 2. Cade rno e lápis, para apon tamen tos . 3. M a p a bíb l ico apropr iado.

II. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O ALUNO

1. Responde r o ques t ionár io da l ição. 2. Apresen ta r u m resumo d a l ição.

III. VERIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1. Co r reção das respostas dadas ao quest ionár io . 2. Ver i f icar o ap rove i tamen to da classe, ap l i cando o mé to -

do de pe rgun tas e respostas. i E - RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO

1. Não. Na maior ia das vezes o sof r imento , as pe rsegu i ções e os p rob lemas até aumen tam, c o n f o r m e es tudamos nesta l ição.

2. A co roa d a vida. 3. Sim. A fé (Jesus) é a nossa maior r iqueza. 4. Os t rês moços do fo rno de f ogo ardente; Daniel na cova

dos leões, Pedro, ao ser pe rsegu ido por Herodes. 5. Um t ro féu não é d a d o àque le que f oge do in imigo, mas ao

que o encara, sem medo , m e s m o que tenha que morrer . F-PENSAMENTO PARA REFLEXÃO

" T o d o s os que p iamen te q u e r e m viver e m Cr is to Jesus pa-dece rão p e r s e g u i ç õ e s " (2 T m 3.12).

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PLANO DE AULA 7 Lição 7 14 de ma io d e 1989

TEMA Car ta à igre ja e m P é r g a m o

TEXTO BÍBLICO BÁSICO A p 2 .12-17

INTRODUÇÃO M u i t o e m b o r a a igre ja e m P é r g a m o fosse pro f ícua na ob ra de

Deus, so f rendo os cons tan tes a taques de Satanás e m a n t e n d o -se f iel à fé e m Jesus, t i nha en t re os seus m e m b r o s aque les q u e segu iam a dou t r ina d e Balaão e os q u e s e g u i a m a dos n ico laí -tas. Por isso, não fo i c o n s i d e r a d a u m m o d e l o de igreja, t endo sof r ido da par te d o Senhor severas adver tênc ias .

A-ORIENTAÇÕES BÁSICAS

I. NECESSIDADES DO ALUNO 1. C o n h e c e r d e m o d o p leno as dou t r inas das Escr i turas, a

f im d e não se de ixar enganar pe los fa lsos dou t r inadores . 2. Vig iar i ncessan temente , con f ron tando c o m as Escr i turas

qua lquer dou t r i na ou c o s t u m e s q u e es te jam s e n d o ens i -nados o u p ra t i cados den t ro d a igreja.

II. OBJETIVOS INFORMATIVOS

1. Enfocar os desv ios dou t r inár ios que es tavam preva le -c e n d o na igre ja d e Pérgamo, l evando -a á p rá t i ca d a ido-latr ia e d a imora l i dade pagã.

2. Mos t ra r q u e o Senhor Jesus p r i m a pe la sã dou t r i na na Sua Igreja, e m qua lque r t e m p o e lugar, e Ele m e s m o pe -leja con t ra aque les q u e p r o c u r a m co r rompê- l a . Foi ass im e m Pérgamo, naque les dias, e con t inua rá s e n d o ass im e m todo o m u n d o até à Sua Vinda.

III. OBJETIVOS FORMATIVOS 1. Levar o a luno a c o n h e c e r e a pra t icar os ens inos das Es-

cr i turas. 2. Fazer d o a luno, u m atala ia d e Deus con t ra t oda espéc ie

d e ens ino con t rá r io às Escr i turas.

IV. M O T I V A Ç Ã O

Conv ide u m dos a lunos pa ra apresen ta r â c lasse u m resu-m o h is tór ico d a c i dade d e P é r g a m o e d a igre ja ali sed iada.

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B - E S B O Ç O DA LIÇÃO In t rodução

I. U M A IGREJA FUNDAMENTADA EM JESUS 1. Uma sa lvação total 2. U m a pos ição de f in ida d ian te d o m u n d o

II. A PRESSÃO DO PAGANISMO CONTRA A IGREJA 1. Con t ra -a taque das fo rças d o mal 2. Os m é t o d o s d e a taque d o Ma l i gno

III. A DOUTRINA DE BALAÃO E A DOS NICOLAlTAS 1. A dou t r ina d e Balaão 2. A dou t r ina d o s nicolaí tas 3. Dout r inas q u e Deus a b o m i n a

IV. U M A IGREJA CENSURADA PELO SENHOR

1. Os segu ido res d e dou t r inas fa lsas 2. C o n t a m i n a ç ã o no min is tér io da igre ja 3. To le rânc ia aos impen i ten tes

V. O C A M I N H O DA VITÓRIA SOBRE O ERRO 1. A r r e p e n d i m e n t o 2. A j u d a aos q u e f r aque jam

C - SUBSÍDIOS PARA O PROFESSOR (SP)

( " * - ' - ) Pérgamo, an t iga cap i ta l d e Atalo, a c i d a d e - e s t a d o d o a -da ao Impér io Romano e m 133 a.C., o c u p a v a impor tan -te pos i ção geográ f i ca , p r ó x i m a do e x t r e m o mar í t imo do largo va le d o rio Ca ico o que lhe con fe r ia impor tân -c ia comerc ia i e polí t ica, a lém d e sua impor tânc ia rel i -giosa. Havia e m P é r g a m o u m a ant iga f o r m a de ado ra -ção ao Diabo. A l é m disso, ali e ra a sede d e u m ant igo cu l to d e mág i cas babi lôn icas, o cu l to dos m a g o s e t a m b é m impor tan t íss imo cen t ro de p ropagação d o cul-to ao imperador, é, a inda, a sede d e quat ro d o s ma io res cu l tos aos deuses pagãos dos gregos, Zeus, Atena, Dionísio e Asclépio. Não é de es t ranhar que o Senhor Je -sus t e n h a d i to q u e Satanás t inha ali o seu t rono, e ali habi tava. A igre ja es tava c e r c a d a d e t revas, e, infel iz-mente , a lguns c ren tes se desv ia ram d a fé e segu i ram a dou t r i na de Balaão e a dos nicolaítas, poss i ve lmen te ca l cadas nos ens inos d a p rá t i ca d e imora l idades, ido-latr ias e fe i t içar ias, p róp r ios d e a lguns l íderes d o g n o s -t ic ismo. Apesa r disso, havia os f ié is que não n e g a r a m o n o m e d « Jesus, a, por causa d isso, so f re ram o martír io, en t re os qua is Jesus m e n c i o n a Ant ipas.

(»-»-) Para os n icolaí tas o adul tér io , a fo rn i cação e t odo o t ipo

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d e prá t icas imora is não e ram cons ide rados pecado , pe lo cont rár io , e ram até encora jados , po is e les ac red i -t avam e ens inavam q u e a des t ru i ção d o corpo , a t ravés dos prazeres sexua is perver t idos , l iber tava a a lma de toda a condenação . Ass im sendo, e les a f i rmavam que ag indo ass im es tavam con t r i bu indo para a judar ao s is-t e m a mund ia l na sua tenta t iva d e dest ru i r a matér ia, isto é, o co rpo , c o m o se isso e m nada p re jud icasse a alma. Isto posto, v e m o s que e les ens inavam q u e "pa ra Deus não impor ta o que o crente faça c o m o corpo, pois Ele só se p r e o c u p a c o m a sa lvação da a lma" . Tal d o u -t r ina d e m o n í a c a é f r on ta lmen te con t rad i tada pe lo o que ens ina a Palavra d e Deus e m 1 Cor ínt ios 3.16,17; 6 .15-20; 10.14-21; Gl 5 .16-21; Ef 4 .17-23,30; 5 .1-12; 1 Ts 4.1-7; Hb 12.14, e etc. In fe l izmente, a inda hoje, nas igre jas ex i s t em os q u e s e g u e m e ens inam a dou t r i na dos nicolaí tas. Para os ta is nada é pecado , o c ren te p o d e fazer de t u d o o q u e quiser , po is não faz mal. É o " e v a n g e l h o " des t i tu ído d o imperativo moral, é o " e v a n -g e l h o " da crença fácil q u e não t rans fo rma " o ve lho ho-m e m p e c a d o r " n u m a nova criatura (2 C o 5.17).

0 - PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA

I. MATERIAL DIDÁTICO 1. Revista d a Escola Domin ica l . 2. A Bíblia. 3. Caderno e lápis, para apon tamen tos .

II. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O ALUNO 1. Responder ao ques t ionár io d a l ição. 2. Fazer pesqu isas sob re o assunto e n f o c a d o na lição.

III. VERIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1. Co r reção das respos tas dadas ao quest ionár io . 2. Conv idar a u m dos a lunos para fazer, d ian te da c lasse,

u m r e s u m o da l ição.

E - RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 1. Esculápio, e t i nha c o m o s ímbo lo u m a serpente . 2. Jesus o censu rava de man te r na igreja os que segu iam a

dou t r i na d e Ba laão e a dos nicolaí tas. 3. " . . . reténs o m e u nome, e não negas te a m inha fé..." 4. P r ime i ramente lançou a a r m a d a persegu ição , levando

os c ren tes a p r i sões e mu i tos á mor te ; e m s e g u n d o lugar p rocu rou in t roduzi r dou t r inas fa lsas para fo rçá - los a u m a conv i vênc ia c o m a idolatr ia.

5. A r repende r - se .

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F - PENSAMENTO PARA REFLEXÃO " N ã o vos de ixe is levar e m redor por dou t r inas vár ias e es-t ranhas, porque.. . há c a m i n h o que ao h o m e m pa rece d i re i -to, mas o f im de le são os cam inhos d a mo r te " (Hb 13.9; Pv 14.12).

PLANO DE AULA 8 Lição 8 21 de maio de 1989

TEMA Car ta à igre ja e m Tiat i ra TEXTO BÍBLICO BÁSICO

A p 2 .18-29

INTRODUÇÃO Não obs tan te ser u m a igre ja espir i tual , che ia da g raça de

Deus, pe lo q u e e n t e n d e m o s pe las palavras d o Senhor, d i r ig idas ao pastor , a igre ja e m Tiat i ra estava sendo c o r r o m p i d a pe los en -s inos espúr ios de u m a mulher , c h a m a d a Jezabei , que se dizia profet isa. A l ição e m te la serve d e adver tênc ia a t odos nós, e m geral, e aos pastores, e m part icular , con t ra o per igo de se usar de to le rânc ia para c o m aque les que, se d i zendo pastores, mes -tres, miss ionár ios ou profetas, v i vem d i sseminando dout r inas de d e m ô n i o s nas igrejas.

A - ORIENTAÇÕES BÁSICAS

I. NECESSIDADES DO ALUNO 1. C o n h e c e r b e m as dout r inas bíbl icas. 2. Não se de ixar seduzi r pe los fa lsos obre i ros, que são, na

verdade , mercená r ios a serv iço de Satanás.

II. OBJETIVOS INFORMATIVOS 1. Consc ient izar a c lasse d o per igo d o fanat ismo, deco r ren -

te da anarqu ia no uso dos dons espir i tuais. 2. Cons iderar os ma les causados á igre ja e m Tiatira, por

u m a mulher , Jezabel , q u e se diz ia profet isa.

III. OBJETIVOS FORMATIVOS

1. Levar o a luno a examina r t odos os ens inos e profec ias, para ver se estão de aco rdo c o m a Palavra de Deus (1 Ts 5.20-22).

2. Esc larecer a c lasse quan to ao cor re to uso dos dons esp i -ri tuais.

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3. Consc ien t izar a t odos que Deus s e m p r e d á ao que erra, a opo r tun idade para o a r repend imen to .

IV. MOTIVAÇÃO Escreva no q u a d r o - d e - g i z as v i r tudes p ra t i cadas pe la ig re-ja e m Tiat ira, as qua is f o r a m exa l tadas pe lo Senhor , b e m c o m o os p e c a d o s que Ele censurou . Escreva t a m b é m as pun i ções p romet idas , pe lo Senhor , aos que não se ar re -pendessem, berri c o m o as r e c o m p e n s a s p rome t i das aos f iéis.

B - ESBOÇO DA LIÇÃO In t rodução

I. U M A IGREJA A B E N Ç O A D A PELO ESPÍRITO SANTO 1. O c u m p r i m e n t o d a p r o m e s s a 2. Os dons esp i r i tua is 3. O uso co r re to dos dons

II. EXAGEROS NO USO DOS DONS ESPIRITUAIS 1. O per igo do o rgu lho 2. Pro fec ias d a p róp r i a c a b e ç a

III. ANARQUIA NO USO DOS DONS ESPIRITUAIS 1. Jezabe l e seu g r u p o 2. C o n s e q ü ê n c i a s d o fana t i smo

IV. O SENHOR CENSUROU O ANJO DA IGREJA 1. C o n v é m examina r as p ro fec ias 2. O per igo da omissão 3. Responzab i l i zando o anjo da igre ja

V. OPORTUNIDADE PARA ARREPENDIMENTO 1. Jezabe l conv idada a a r r e p e n d e r - s e 2. Opo r t un i dade ao g r u p o de Jezabe l 3. O a r r e p e n d i m e n t o d o an jo d a igreja

VI. SAUDAÇÃO AOS CRENTES FIÉIS

1. " O que tendes , r e t e n d e - o " 2. "A té q u e eu v e n h a "

C - SUBSÍDIOS PARA O PROFESSOR (SP) o - ' - ) In t i tu lando-se profetisa, Jezabe l iden t i f i cava-se c o m o

"po r ta - voz d e Deus" , tal c o m o os san tos profetas, e, des te modo , c o n s e g u i a enganar a mu i tos c ren tes e m Tiatira, pe rve r tendo a sã dou t r ina da Palavra d e Deus. Na verdade , e la era u m ins t rumen to d e Satanás, ens i -nando à igre ja a prat icar t odo o t ipo de imora l idade se-

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xual, c o m o o adul tér io , a fo rn icaçâo, e etc. Ensinava, a inda, q u e não era p e c a d o o c ren te par t ic ipar d e fes tas pagãs (tal c o m o o carnaval) , o n d e e ram serv idos al i-men tos c o n s a g r a d o s aos d e u s e s pagãos, ou seja, " co i sas sacr i f i cadas aos ído los" e m me io a terr íveis o r -g ias sexuais . Tais ens inos não e ram con tes tados pe lo l íder d a igre ja que, poss ive lmente , d e i x o u - s e c o n v e n -cer pe lo ex t raord inár io p o d e r d e persuasão d a ímp ia "p ro fe t i sa " Jezabel , a ju lgar pe la du ra censu ra fe i ta pe lo Senhor , a saber: " M a s t e n h o con t ra ti q u e toleras a mu lher Jezabe l " . Tolerar Jezabel , fo i o p e c a d o daque le l íder d a igre ja e m Tiat i ra.

A Palavra d e Deus não ens ina a to lerânc ia , a c o m -p lacênc ia , a con ivênc ia , enf im, c o m o pecado , se ja e le p ra t i cado por q u e m que r q u e seja. Deus não to le ra o p e c a d o de n inguém, e m b o r a use d e m iser i có rd ia para c o m o pecador , d a n d o - l h e a opo r tun idade de a r repen -der -se . Foi o q u e Ele fez. Deu a Jezabe l " t e m p o para que se a r rependesse d a sua pros t i tu ição" ; p o r é m ela re je i tou a opo r t un i dade para a r repend imen to . Prefer iu o p e c a d o e teve que acei tar o juízo div ino.

A igre ja e m Tiat i ra serve d e e x e m p l o a todas às igrejas, no sen t ido d e que não d e v e m jama is de ixar que as p rá t i cas e os c o s t u m e s d o m u n d o e n c o n t r e m guar ida e m seu meio.

(EEIH) O fana t i smo t e m s ido u m a p o d e r o s a a r m a q u e Satanás t e m usado na tenta t iva d e desmora l i zar o Evange lho e levar ao desc réd i t o os dons espi r i tua is c o n c e d i d o s à Igreja, pe lo Espír i to Santo.

No afã d e que re r " a p a r e c e r " , d e que re r "se r a l -g u é m " den t ro d a igreja, mu i tos t e m se de i xado levar pe la ten tação de fa ls i f icar os dons espi r i tua is p ro fe t i -zando ment i ras, p ra t i cando e x o r c i s m o s por me io de fe i t içar ias, u t i l i zando-se de ob je tos ta is como: pu lse i -ras c o m inscr ições e m "m is té r i o " , c o p o s d ' á g u a " a -b e n ç o a d a " , ba las " u n g i d a s " , ó leos " u n g i d o s " , ga lhos de arruda, f lo res e a té vers ícu los b íb l icos c o m o se f os -s e m "b reves " , q u e são v e n d i d o s ou d a d o s e m t roca de o fer tas "vo lun tá r ias " aos que, a t o rmen tados por espír i -tos ma l ignos o u por en fe rm idades , b u s c a m o soco r ro "esp i r i t ua l " desses enganadores , desses "m i l ag re i -ros" . Para le lamente, s u r g e m os fa lsos p ro fe tas tais c o m o J im Jones, q u e levou ao suicídio, d e u m a só vez, c e r c a d e n o v e c e n t o s adep tos d a sua faná t i ca seita, t ida c o m o evangé l i ca -pen tecos ta l . Ou t ros l íderes, g a -nanc iosos c o m o Balaão, têm, ao invés de p regar o evange lho usando os me ios d e c o m u n i c a ç ã o ao a lcan-c e d o povo, c o m e t i d o terr íveis p e c a d o s d e imora l ida-des, pecu la tos e ou t ros escânda los ; levando, c o m isso, à apos tas ia mu i tos segu ido res seus. Tais "pas to res " , "m iss ioná r ios " e " p r o f e t a s " são os con t i nuado res das dou t r inas d e Balaão, d o s n icolaí tas e d e Jezabel . Po-

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rém, tal c o m o a c o n t e c e u a esses pe rsonagens , o juízo d iv ino t e m caído e con t inua rá a cair sob re os que c o -m e t e m tais in iqü idades.

D - PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA I. MATERIAL DIDÁTICO

1. Revista da Esco la Domin ica l . 2. A Bíbl ia 3. Cade rno e lápis, para apon tamen tos . 4. Quad ro -de -g i z , giz e apagador .

II. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O ALUNO 1. Responder o ques t ionár io d a l ição. 2. Fazer u m a expos i ção resumida da l ição es tudada.

ill. VERIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1. Co r reção das respos tas dadas ao quest ionár io . 2. O a luno deverá ser capaz de t ransmi t i r o c o n h e c i m e n t o

adqu i r ido na p resen te l ição.

E - RESPOSTAS AO QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO

1. O fato de to lerar a Jezabel , pe rm i t i ndo que ela ens inasse e enganasse os servos de Deus, l evando -os à idolatr ia e à prost i tu ição.

2. "...as tuas ú l t imas obras são mais d o q u e as p r ime i ras" . 3. Não. O Espír i to Santo não aprova aqui lo q u e se o p õ e ao

que Ele m e s m o insp i rou — a Bíblia. 4. Poss ive lmente p o r q u e p roced ia igual a j e z a b e l , mu lhe r

d e Acabe , rei d e Israel, a qua l de fend ia a idolatr ia e a pros t i tu ição pa ra o povo.

5. Não. Tais m e n s a g e n s d e v e m ser j u lgadas cu idadosa -mente . (Cf. Dt 18.21,22; 1 Co 14.29; Gl 1.8,9; Cl 2.18; 1 Ts 5.21).

F-PENSAMENTO PARA REFLEXÃO " M a s , a inda que nós m e s m o s ou u m anjo d o c é u vos anun -c ie ou t ro evangelho. . . se ja aná tema" (Gl 1.8).

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PLANO DE AULA 9 Lição 9 28 de ma io de 1989

TEMA Car ta á Igreja e m Sardo TEXTO BÍBLICO BÁSICO

Ap 3.1-6

INTRODUÇÃO O es tado espi r i tual e m que se encon t rava a igre ja em Sardes

era lamentável , pois, supos tamente , t ra tava-se de uma igreja an imada, che ia do poder de Deus. Todavia, es tava espi r i tua l -men te morta, tal c o m o mui tas igrejas e m nossos dias, que go -zam de boa f ama por possu í rem e m seu rol de m e m b r o s pes-soas " impo r tan tes " , de al ta ca tegor ia social, de boas cond i ções f inanceiras; porém, quase sempre , sem n e n h u m a expe r iênc ia real c o m Deus. Tais c ren tes são uma espéc ie de " zumb is " , isto ê, de mor tos vivos, q u e não têm e m si a p len i tude do Espir i to de Deus.

Contudo, havia ali a lguns c ren tes esp i r i tua lmente enfermos, mas não mortos, que m e r e c e r a m os cu idados do Senhor. Por causa disso, o Senhor admoes tou o anjo daque la igreja para que desper tasse da le targ ia espir i tual e m que se encont rava, e con f i rmasse na fé aque le p e q u e n o n ú m e r o de fiéis.

A - ORIENTAÇÕES BÁSICAS

I. NECESSIDADES DO ALUNO 1. Estar c ien te de que o Senhor c o n h e c e a cada c ren te pe-

las obras que este prat ica. 2. Não se de ixar con tamina r pelas in f luênc ias mundanas ,

v ig iando s e m p r e con t ra os ens inos e c o s t u m e s estra-nhos à Palavra de Deus, que sor ra te i ramente p rocu ram co r romper as igrejas.

II. OBJETIVOS INFORMATIVOS 1. Consc ient izar o c ren te do dever de preservar a sua v ida

de sant idade e conseqüen te f ide l idade ao Senhor. 2. Rememora r a d e c a d e n t e s i tuação mora l e espir i tual da

igreja e m Sardes, v isando evitar os m e s m o s erros c o m e -t idos por aque les crentes.

III. OBJETIVOS FORMATIVOS 1 Conduz i r o a luno à busca incessante da sant i f icação. 2. Transmit i r ao a luno a conv i cção de que o Senhor Jesus,

que c o n h e c e as nossas obras, dará a justa r e c o m p e n s a aos que p e r m a n e c e r e m f iéis aos Seus mandamen tos .

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IV. MOTIVAÇÃO Fazer u m r e s u m o h i s tó r i co -geográ f i co d a c i dade de Sar-des.

B - ESBOÇO DA LIÇÃO

In t rodução I. A REPREENSÃO DO SENHOR

1. Ob ras imper fe i tas 2. O c ren te é c o n h e c i d o por suas ob ras

II. O SENHOR LOUVA A FIDELIDADE DOS CRENTES 1. " N ã o c o n t a m i n a r a m o s seus ves t i dos " 2. Reves t idos d e Cr is to

III. ADVERTÊNCIAS DO SENHOR 1. " T e n s n o m e d e q u e v i ves " 2. "Sê vigi lante. . . " 3. L e m b r a - t e po is d o q u e tens r e c e b i d o e o u v i d o "

IV. U M A PROMESSA DO SENHOR 1. Os pu ros andarão c o m o Senhor 2. Os pu ros t ê m as suas ves tes b rancas

C - SUBSÍDIOS PARA O PROFESSOR (SP)

c»•-'-) " T e n s n o m e d e q u e vives, e es tás m o r t o " (Ap 3.1). A igre ja e m Sardes ganha ra r e n o m e c o m o igre ja f lo res -cen te e q u e p regava a sã dout r ina. As Escr i turas não fazem m e n ç ã o de qua lque r d iv isão ou c o n t e n d a na igreja. M a s t i nha subs t i tu ído o andar pe lo Espír i to e o v iver no Espír i to pe las o r d e n a n ç a s ex ter io res . Há ig re-jas q u e se es fo r çam pa ra ter f a m a no mundo ; ed i f i cam temp los sun tuosos , o r g u l h a m - s e de seus co ros e de seu p regador , vang lo r íam-se d e ter a ma io r Esco la Do-min ica l d a c i d a d e e p r o m o v e m g randes fes tas nos d ias apropr iados . M a s apesar de t e r e m n o m e d e q u e v ivem, rea lmen te es tão mor tas. T ê m u m a f o r m a d e p iedade , mas n e g a m o pode r de la (2 T m 3.5). T ê m g r a n d e o rga -nização, mu i to " m e c a n i s m o " , po is s o m e n t e ass im p o -d e m func ionar s e m vida. Se não es tão mor tas e m tudo, es tão mor tas no espír i to; não há v ida nos cul tos, na p regação , nas o rações , n e m nas qua l i dades mora is na v ida co t id iana d o s membros . Cer to é q u e a lguns vivos, esp i r i tua lmente são mor tos (1 T m 5.6).

Cristo, nas m e n s a g e n s às sete igrejas, ap resen ta -se a todas c o n f o r m e c a d a u m a carece . Perante a igre ja mor ta e m Sardes, Ele é o q u e t e m os sete espír i tos de Deus. O q u e fa i ta a qua lque r igre ja m o r t a é o Espír i to Santo. É ele q u e d á v ida às igrejas.

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(»•-» - ) " N ã o ache i as tuas ob ras per fe i tas d ian te d e Deus" (Ap 3.2). A ve rdade i ra p rova para as igre jas são as obras e nunca as p re tensões Cr is to d isse ao anjo da igreja e m Sardes: "Eu sei as tuas ob ras " .

As ob ras da igre ja e de seu pastor não e ram per fe i -tas d ian te d e Deus. Eram c o m o casca a que fa l ta o m io -lo, c o m o o c o r p o s e m a alma, c o m o a s o m b r a s e m a substânc ia . Suas ob ras e ram ocas e vazias; as o rações s e m ane los santos, os atos de ca r idade s e m o ve rda -de i ro amor, o d ia d o Senhor não era rea lmente d e d i c a -d o ao Senhor .

Con tudo , Ele não a b a n d o n o u a igre ja e m Sardes, apesar de estar morta. Os h o m e n s não a b a n d o n a m u m navio apenas p o r q u e a máqu ina de i xou d e func ionar ou par t iu -se o leme, n e m m e s m o no caso de sof rer cons ideráve l avar ia no casco. Se caso ele nauf ragar , seus mar inhe i ros p rocu ra rão salvar t u d o o que for possível. M u i t o mais, a inda, Cr is to está p ron to a p re -servar Sua Igreja d o nauf rág io espir i tual .

0p-3 - ) " M a s t a m b é m tens e m Sardes a lgumas pessoas que não contaminaram. . . (Ap 3.4). Apesa r d e Sardes ter s ido cons ide rada " u m a p lanta m u r c h a " , " u m cadáver espi r i tua l " , havia a lguns c ren tes ali q u e não se de i xa -ram con tamina r pe lo g e r m e d o pecado , d a mor te esp i -ritual. Os pas to res c o n h e c e m tais pessoas c o m u n s a todas as igrejas. São as q u e ouvem, c o n s e r v a m - s e se-paradas d o mundo , oram, e s f o r ç a m - s e na ob ra e a m a m a Palavra. São " o s rabiscos, c o m o no sacud i r da ol iveira; duas ou t rês aze i tonas na mais alta pon ta dos ramos, e qua t ro ou c i nco nos ramos mais ex te r io res de u m a árvore f ru t í fera" (Is 17.6).

(EEZ3 É d i f ic í l imo serv i r a Deus e m u m amb ien te d e mor tos espir i tuais, c o m o era e m Sardes. M a s s e m p r e há p ro -messas para os que vencem. V e j a m o s a t r íp l ice p ro -messa d e Jesus aos vencedores :

" O que vence r se rá ves t ido d e ves tes b rancas " (Ap 3.5): A s ves tes não serão, talvez, de b ranco s e m br i lho, mas d e b ranco resp landescen te (Lc 24.4), b ran -co c o m o a luz (Mt 17.2).

" D e mane i ra n e n h u m a r iscare i o seu n o m e do l ivro d a v i da " (Ap 3.5). No te - se q u e é possível um salvo ter o n o m e a p a g a d o no l ivro d a v ida, caso ele a b a n d o n e a fé.

"Con fessa re i o seu n o m e d iante d e m e u Pai" (Ap 3.5): isso, p o r q u e e les t i nham con fessado o Seu n o m e d iante dos h o m e n s e não se enve rgonharam, n e m dE-le, n e m d e Suas pa lavras no me io d e uma ge ração adú l te ra e perversa. Não se enve rgonha ram de ser c ren tes f ié is ao Senhor . Não ace i ta ram ter apenas o n o m e no rol de m e m b r o s d a igre ja s e m t e r e m a conv i c -ção d a sa lvação eterna. Leia M c 8.38.

A s s i m d isse ce r to crente, e c o m razão: " N ã o m e en -v e r g o n h o d e con fessar a Cr is to c o m o m e u Senhor e

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Salvador, mas a d m i r o - m e de q u e Ele este ja p ron to a c o n f e s s a r - m e d ian te d o Pai" .

D - PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA

I. MATERIAL DIDÁTICO

1. Revis ta d a Esco la Domin ica l . 2. A Bíblia. 3. Cade rno e lápis, para apon tamen tos . 4. M a p a Bíb l ico apropr iado .

II. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O A L U N O 1. Responde r o ques t ionár io d a l ição. 2. Dar opo r t un i dade para q u e os a lunos f a ç a m pe rgun tas

a t inentes à l ição e m foco .

III. VERIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM

1. Co r reção das respos tas dadas ao quest ionár io . 2. Ver i f icar o ap rove i t amen to dos a lunos, ped indo q u e os

m e s m o s c i t e m vers ícu los ap rop r iados à l ição.

E - RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO

1. " N ã o ache i as tuas obras per fe i tas d ian te d e Deus" . 2. As boas obras, u m a v ida nova. 3. U m a boa par te d a igre ja era fiel, c o n f o r m e as pa lavras d e

Jesus: " T e n s e m Sardes a lgumas pessoas q u e não c o n -tam ina ram seus ves t idos" .

4. Mu i tas igrejas, mu i tos min is t ros, mu i tos m e m b r o s de igre jas v i vem d a aparênc ia , f azendo crer que es tão no gozo d e p lena c o m u n h ã o c o m Deus, mas, na verdade , es tão mor tos in te i ramente .

5. Lembra r - se d o q u e t inha receb ido e ouv ido, g u a r d a n d o t udo e a r r e p e n d e n d o - s e dos e r ros comet idos .

F-PENSAMENTO PARA REFLEXÃO "E qua lquer q u e nele t e m esta espe rança pur i f i ca -se a si mesmo, c o m o t a m b é m ele é p u r o " (1 Jo 3.3).

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PLANO DE AULA 10 Lição 10 4 de junho de 1989

TEMA Car ta à igre ja e m Fi ladél f ia

TEXTO BÍBLICO BÁSICO A p 3 .7-13

INTRODUÇÃO A igreja e m Fi ladélf ia, apesar d e p o u c a fo rça que possuía,

não negou o n o m e d o Senhor Jesus Cr is to face as pe rsegu i ções por par te d o s q u e se d iz iam Judeus, m a s q u e na rea l idade pe r -t enc iam à s inagoga d e Satanás. Pelo cont rár io , d e m o n s t r a n d o f ide l idade ao Senhor , g u a r d o u c o m pac iênc ia a Sua palavra. Por essa razão, recebeu do Senhor a p r o m e s s a de l i v ramento da hora da tentação que vir ia sobre t odo o mundo, bem c o m o a p romessa de ser feita co luna d o templo de Deus. S igamos. pois. o e x e m p l o da igre ja e m Fi ladélf ia, para q u e possamos par t ic ipar das p romessas fe i tas a ela, pe io Senhor .

A -ORIENTAÇÕES BÁSICAS I. NECESSIDADES DO ALUNO

1. Guardar a Palavra de Deus e m todo o tempo . 2. Vigiar, para q u e não venha a negar o nome do Senhor Je-

sus.

II. OBJETIVOS INFORMATIVOS 1. Sal ientar as v i r tudes d a igreja e m Filadélf ia. 2. Enfatizar as p romessas de Jesus, fe i tas aos c ren tes f ié is

da igreja e m Fi ladélf ia, ex tens ivas a t odos os c ren tes em qua lquer época.

III. OBJETIVOS FORMATIVOS 1. Levar o a luno a conf iar nas infalíveis p romessas do Se-

nhor. 2. Desper tar o c ren te para a rea l idade da iminente voi ta de

Jesus, para ar rebatar a Igreja.

IV. MOTIVAÇÃO

O pro fessor pode rá usar recor tes de jorna is e revistas que c o n t e n h a m notíc ias de eventos que possam ter a lguma re-lação c o m os sinais p red i tos por Jesus, e m Seu se rmão profét ico. Conf i ra as in fo rmações da imprensa c o m o refe-r ido se rmão e m M t 24; M c 13; Lc 21.

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B - ESBOÇO DA LIÇÃO

In t rodução I. TRÊS GRANDES BÊNÇÃOS OFERECIDAS À IGREJA

1. "Eis q u e d ian te de ti pus u m a por ta abe r ta " 2. "Eu fare i que... sa ibam q u e te a m o " 3. "A q u e m vencer , eu o fare i co luna no t e m p l o de m e u

Deus"

II. CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA ALCANÇAR AS BÊN-ÇÃOS

1. " T e n d o p o u c a f o r ça " 2. "Gua rdas te a m i n h a Palavra"

III. RECOMENDAÇÕES FINAIS DO SENHOR 1. "E is que v e n h o s e m d e m o r a " 2. " G u a r d a o q u e t ens " 3. " Q u e n i n g u é m t o m e a tua c o r o a "

C - SUBSÍDIOS PARA 0 PROFESSOR (SP)

o - 1 - ) A e x e m p l o dos av i vamen tos sucess ivos ver i f i cados no f im d o Sécu lo XVIII e Sécu lo XIX ( leia t o a o o l ivro o " T e s t e m u n h o dos Sécu los " , d e Emíl io Conde) , é p o c a que c o r r e s p o n d e ao per íodo d e Fi ladélf ia, o Espír i to Santo, c o m toda a Sua f o r ç a e l i be rdade d e ação, t e m o p e r a d o na Igre ja de u m m o d o marav i lhoso. T e m s ido até ho je u m a " p o r t a aber ta " , q u e se ev idenc ia pe las conve rsões das massas, pe los s inais d e m i lag res e ope rações d e maravi lhas, resu l tantes d o Espír i to Santo que está d e r r a m a d o (At 2.17,18,33; Pv 1.23; Is 44.3; Joel 2.28,29) sob re a Igreja. O Pen tecos te não t e m s ido pr iv i lég io de u m a denominação . O Espír i to Santo, tal c o m o nos d ias da Igreja pr imi t iva (At 2.47; 5.14; 8.14,15; 19.2-7; 10 .44-48) con t inua a bat izar os f iéis, a curar os e n f e r m o s e a dar dons aos c ren tes e m Jesus.

S o m o s t e s t e m u n h a s d e c o m o o Espír i to Santo t e m o p e r a d o p o d e r o s a m e n t e na Igreja: as mu l t i dões são salvas a c a d a d ia (At 2.47); c ren tes r e c e b e m o selo da p romessa a c o m p a n h a d o d o sinal d e falar e m l ínguas es t ranhas (At 2.4; 19.6; 10.44-47; 1 Co 14.2-5), q u e é o sinal carac ter ís t i co d o BATISMO C O M O ESPÍRITO SANTO. Marav i lhas são fe i tas e m nosso meio, ope ran -do o Senhor e m t o d o s os aspectos : os c e g o s vêem, os para l í t icos andam, os leprosos são pur i f i cados, as d o e n ç a s ma l ignas e incuráve is são rep reend idas e até os mor tos são ressusc i tados, g raças a Deus. T a m b é m os d e m ô n i o s são expu lsos , e m c u m p r i m e n t o d a Pala-vra d e Deus e m nossos d ias ( M c 16.17-20) . Deus seja louvado!

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cs?-» Forte é o Senhor . " E m Deus f a remos p roezas" (SI 60.12; 108.13). Rea lmen te não há fo r ça nem poder io h u m a n o para conservar de pé esta obra. Diz o Senhor " N ã o por f o r ça n e m por v io lênc ia, mas pe lo meu Espíri-to, diz o Senhor dos Exérc i tos" . (Zc 4.6). A f ide l idade dos salvos t e m mov ido o b raço de Deus, cu ja p r o m e s -sa repousa sobre os f ié is (Is 54.2,3). O Espíri to Santo t e m a judado a Igreja na sua conse rvação c o m o co luna e f i rmeza da ve rdade (1 T m 3.1 5), a qual t e m p rocu rado guardar a Palavra d e Deus para a sua p rese rvação (SI 119.11) e para g lo r i f i cação do Filho de Deus (Rm 8.31 -39).

O - 3 - ) O b s e r v e m o s a adver tênc ia da par te d o Senhor sobre a Sua Vinda. C o m p a r e m o s c o m A p 22.12: " V e n h o sem d e m o r a " ou " C e d o venho" , é uma m e s m a p romessa q u e es t imu la o p repa ro de c a d a c ren te para a Sua V in -d a imediata. Foi nes ta esperança, c o m o se o Senhor v iesse a qua lquer m o m e n t o , q u e v iveu a Igreja Pr imi t i -va. Leia 1 Ts 5.1 -11 . Pergun ta a l g u é m nos nossos dias: " P o r q u e o Senhor p r o m e t e u q u e ' vem s e m demora ' , que ' cedo vem' , e já são passados quase do is mi lênios, e a inda não ve io?" Respondemos : esta pe rgun ta é mais u m sinal da Sua V inda (2 Pe 3.4). Sim, " d a q u e l e d ia e hora n i nguém sabe, mas un i camen te o Pai" (Mt 24.36) Deus é sábio, e, para o nosso p rópr io bem, nada reve lou sobre a v inda do Seu Filho, p o r q u e se o Pai houvesse reve lado o d ia da V inda d e Jesus, o g rande d ia d o a r reba tamen to d a Igreja, ser ia para os h o m e n s mui to pre jud ic ia l pois, ce r tamente , mu i tos d e i x a n d o a dec i são " p a r a a m a n h ã " pe rde r i am a salvação. Nós p regamos , que a Palavra de Deus a f i rma que Jesus v e m breve, o p rópr io Senhor pe lo Espír i to Santo s e m -pre es tá adver t indo , d e todas as mane i ras aos crentes, que a Sua V inda es tá p róx ima; e m e s m o ass im são p o u c o s os que p e r m a n e c e m e es tão p ron tos para esse g rande evento. Quan to mais se est ivesse m a r c a d a a data, ta lvez para a lguns sécu los d is tantes. Então p o d e -r iam mui tos dizer: a inda está mu i to longe a V inda de Jesus, vou br incar mais u m pouco , vou des f ru tar os d e -lei tes d o m u n d o q u e é b o m e fo lgado, e en tão q u a n d o eu est iver b e m velho, quase para morrer , vou acei tar Jesus c o m o meu Salvador para esperar a mor te . Per -gun tamos : qual é a i dade q u e o h o m e m morre? A mor -te sò v e m ao ind iv íduo d e u m a manei ra?

Ass im, s o m o s adver t i dos e d e v e m o s estar p repa ra -dos para qua lquer m o m e n t o , e conse rvando o que já t e m o s receb ido d o Senhor . (2 T m 1.14), a f im de não p e r d e r m o s a bênção. Para o Senhor , Ele pode rá passar o t e m p o que dese jar " s e m p r e é c e d o " . Diz o salmista: Porque mil anos são aos teus o lhos c o m o o d ia de on -tem que passou, e c o m o a vigí l ia da no i te " (SI 90.4). O após to lo Pedro, af i rma: " M a s , amados , não ignore is

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uma coisa: que u m d ia para o Senhor é c o m o mil anos, e mil anos c o m o um d i a ' \ ( 2 P e 3 . 8 ) .

D - PLANO DE AÇÃO DIDÃTICA

I. MATERIAL DIDÁTICO 1. Revis ta d a Esco la Domin ica l . 2. A Bíblia. 3. Cade rno e lápis, para apon tamen tos .

II. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O ALUNO 1. Responde r ao ques t ionár io d a l ição. 2. Fazer u m r e s u m o d a l ição.

III. VERIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1. Co r reção das respos tas dadas ao quest ionár io . 2. A o té rm ino d a l ição o a luno deve rá estar ap to a p reparar

u m resumo d o assun to es tudado.

E - RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 1. S ign i f ica a m o r f raternal , e e ra u m a c i d a d e q u e f i cava na

provínc ia d a Lídia, a 4 5 K m de Sardo. 2. U m me io pe lo qua l o h o m e m age, v e n c e e a l cança p ro -

gresso. 3. " . . .guardaste a m inha palavra, e não negas te o m e u no-

me. 4. A sa lvação d o h o m e m e a man i fes tação p lena d o Espír i to

Santo c o m o resu l tado d a mor te e ressur re ição d o Se-nhor.

5. A fo rça man l fes ta -se na f raqueza. Q u a n d o r e c o n h e c e -m o s que s o m o s f racos, Jesus nos diz: "...o m e u pode r se ape r fe i çoa na f raqueza" (2 C o 12.9).

F - PENSAMENTO PARA REFLEXÃO

" B e m - a v e n t u r a d o s aque les q u e lavam as suas ves t iduras no sangue d o Corde i ro , para q u e t e n h a m di ref to à árvore da vida, e p o s s a m ent rar na c i dade pe las por tas" (Ap 22.14).

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PLANO DE AULA 11 Lição 11 11 d e junho de 1989

TEMA Car ta à igre ja e m Laod icé ia

TEXTO BfBLICO BÁSICO A p 3 . 14 -22

INTRODUÇÃO A censu ra so f r ida pe la igre ja e m Laodicéia, serve de adver -

tênc ia a todas as igre jas e m nossos dias, po is o es tado d e mor -n idão espir i tual daque la igreja, causado pela sobe rba e pela c o n f o r m a ç ã o c o m a inérc ia na ob ra do Senhor , não era mui to d i -fe ren te do que ocorre , hoje, c o m mui tas igrejas, que no passado v i ve ram dias de in tenso fervor e ded i cação à causa do Mest re ; porém, tendo c resc ido e en r iquec ido mater ia lmente , de i xa ram-se levar pe lo ind i fe ren t ismo e pe lo sen t imen to de au to-su f ic iênc ia mater ia l e espir i tual .

A-ORIENTAÇÕES BÁSICAS

I. NECESSIDADES DO ALUNO 1. Não se con fo rmar c o m o mundo , mas viver em cons tan te

renovação do espír i to, c o n f o r m e à Palavra de Deus. 2. Viver che io do Espír i to Santo (Ef 5.18).

II. OBJETIVOS INFORMATIVOS

1. Consc ient izar a c lasse do per igo da morn idão espir i tual . 2. Cons iderar o pe r igo da au to -su f i c iênc ia da igreja em

Laodicéia.

III. OBJETIVOS FORMATIVOS 1. Levar o aíuno a v iver u m a v ida de constante renovação

espir i tual . 2. Consc ient izar o a luno dos prejuízos causados pelo des-

cu ido da c o m u n h ã o c o m Deus.

IV. MOTIVAÇÃO

Promova um deba te or ientado, cons ide rando os con t ras tes ex is tentes ent re as igrejas em Laodicé ia e Filadélf ia. Para tanto, d iv ida a c lasse e m dois ou mais grupos.

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B - ESBOÇO DA LIÇÃO In t rodução

I. U M A IGREJA NASCIDA SOB O FOGO DO ESPÍRITO

1. Co rações a rden tes 2. Deus ordena; " S e d e fe rvo rosos "

II. POR FALTA DE CUIDADO, O FOGO SE APAGA

1. Q u a n d o o f o g o se a p a g a 2. N e m quente , n e m fr io

III. OS RESULTADOS DA M O R N I D Ã O NA VIDA DO CRENTE 1. Pe rda de qua l i dade no t raba lho para Deus 2. Perda d e c a p a c i d a d e d e aval iar a si m e s m o

IV. C O M O JESUS VIA A IGREJA EM LAODICÉIA 1. " T u és p o b r e " 2. " T u és nu " 3. " T u és c e g o " 4. " V o m i t a r - t e - e i d a m inha b o c a "

V. A PROVISÃO RESTAURADORA DO SENHOR 1. " A c o n s e l h o q u e d e m i m compres. . . " 2. "E is que es tou à porta, e ba to" .

C - SUBSÍDIOS PARA O PROFESSOR (SP)

QEIE) Laod icé ia era u m a c i d a d e sobre o rio Lico, f a m o s a p e -los amp los m u r o s e, c o m o Roma, ed i f i cada sobre sete montes . Parece que o após to lo Paulo se es fo rçou para in t roduzi r o Evange lho e m Laodicé ia, d e onde e s c r e -veu u m a epístola, ace rca d a qua l se re fere e m Cl 4.16. A c i dade fo i des t ru ída por u m te r remo to e m 62 a .d . e recons t ru ída por seu p rópr io povo, o qual se o rgu lhava de o fazer sem ped i r auxí l io d o Estado. A s r iquezas d a c idade, p roven ien tes d a exce lênc i a d e suas lãs, p ro -duz iam u m amb ien te que se ref let ia na apat ia espi r i tua l da igreja.

A m e n s a g e m à igre ja e m Laod icé ia é a ú l t ima às sete igre jas da Ásia. Das sete epístolas, é a mais tr iste, sendo o cont rá r io da ca r ta a Fi ladélf ia, pois, e n q u a n t o esta não t e m co isa a l g u m a de censura, aque la não t e m qua lquer co isa d e aprovação.

GEEEE) "Eu sei as tuas obras, q u e n e m és fr io n e m q u e n t e " (v.15). Se a m e n s a g e m à Laod icé ia f i ndasse c o m estas palavras, ju lgar íamos q u e e ram d e louvor e não d e censura . S e m dúv ida essa igre ja ag radava a t odos os homens , não d a n d o qua lque r opo r t un i dade de " e s c â n -da lo" , n e m para os que q u i s e s s e m dormi r esp i r i tua l -

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mente n e m para os desc ren tes que ass is t i ssem aos cul tos. C o n v é m - n o s evi tar a f r ieza de Sardes, a igreja morta; é jus to d e s v i a r m o - n o s de t odos os excessos , de todo o fanat ismo, mas d e v e m o s fugir , t ambém, do espír i to m o r n o e insípido, que ass iduamen te p rocura en t rada e m todos os corações . Laod icé ia era to ta l -men te desagradáve l ao Senhor , e isso não por causa de seus g r a n d e s p e c a d o s (tais c o m o os rep reend idos e m P é r g a m o e Tiat i ra) mas por causa de sua apatia, seu ind i fe rent ismo. Deus que r que Seus f i lhos se jam " fe rvo rosos no espí r i to" (Rm 12.11). Ai da igre ja que can ta h inos e m louvor a Deus, e ora, mas de uma ma-neira formal , oca, vazia, s e m o g lor ioso poder de Deus! Ai d a igre ja cu jos m e m b r o s d e f e n d e m a sã doutr ina, mas que não c o n h e c e m as expe r iênc ias sub l imes dos que t ê m con ta to c o m Deus! É ace i táve l tomar u m a co i -sa quen te e m u m d ia gél ido; u m c o p o de água fr ia re-f resca e m t e m p o d e calor. M a s a água morna, e m qua l -quer t empo , é repugnan te , se rv indo mais c o m o vomi -tór io. Ai d a igre ja que se vang lo r ia das suas r iquezas e inf luência, mas à qua l Deus dec la ra q u e vomi ta rá da Sua boca! Infeliz é o c ren te que se acha sat is fe i to e segu ro sem nada lhe faltar. É - n o s impossíve l receber o ve rdade i ro espír i to de oração, s e m p r ime i ro sent i r p r o f u n d a m e n t e o que ca recemos . B e m - a v e n t u r a d o s os que t ê m fome e sede daqu i lo que lhes falta; os q u e anelam, não so-men te a vida, mas v ida e m abundânc ia ; os que an-se iam de Deus " u m a b ê n ç ã o até que não haja mais lu-gar para a reco lhe rdes " . Estes são " o s fe rvo rosos e m espír i to" ; aqueles, os mo rnos q u e Deus tem de vomi tar da boca. C o n s i d e r e m o s os segu in tes fatos: Não sabes que és... pob re (v.17): Isso é u m a desc r i ção exa ta da igreja moderna , que se vang lor ia d o n ú m e r o de seus membros , o rgu lha -se dos recursos f inance i ros e da in-f l uênc ia dos seus m e m b r o s ent re o povo. Os c ren tes e m Laod icé ia não sab iam q u e e ram pobres ; não pe rce -be ram que suas a lmas es tavam e m a g r e c e n d o apesar de c e r c a d o s d e abundânc ia . E s q u e c e r a m - s e de que es tavam end iv idados c o m Deus e não possu íam Coisa a l guma para lhe pagar .

" N ã o sabes q u e és... c e g o " (v.17): Os m e m b r o s da igreja e m Laod icé ia não c o m p r e e n d e r a m q u e Deus ia vomi tá - los da Sua boca. Não p e r c e b e r a m a Cr is to c ru -c i f icado. Não v i ram a e te rn idade, apesar d e es ta rem cons tan temen te peran te a ent rada. A igre ja é ve rda -de i ramen te c e g a q u a n d o f i ta pedras , tor res, órgãos, bancadas cômodas , etc., s e m enxe rga r a g lór ia d o céu, n e m o supl íc io d o inferno.

" N ã o sabes q u e és.. .nu" (v.17): Estavam nus, não t ra jando ves tes de jus t i f icação, n e m de sant i f icação. Todo o apara to e luxo de vest i r o c o r p o não vale co isa

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a lguma. S o m e n t e o incor rupt íve l t ra je d o espír i to (1 Pe 3.4) e s c o n d e a nudez d a a lma.

GEEEE) "Eis q u e es tou à porta, e ba to " (v.20): Obse rve que es-sas pa lavras não são u m ape lo aos pe rd idos d e s c r e n -tes, mas, são d i r ig idas à igreja. Note, t a m b é m , c o m o Cr is to es tava re je i tado por aque la igreja.

Q u a n d o Sir Noe l Paton p in tou o f a m o s o quad ro re -p resen tando o Rei co roado d e esp inhos ba tendo à porta, fo i censu rado p o r q u e se e s q u e c e r a d e incluir a m a ç a n e t a na porta. M a s o cé leb re p in tor d e p ropós i to omi t i ra a m a ç a n e t a d a por ta. A f e c h a d u r a d a por ta está no lado d e dent ro ; s o m e n t e o d o n o d a casa p o d e abrir a por ta para o M e s t r e entrar, foi a exp l i cação q u e ele deu.

A ún ica cu ra para a igre ja morna , c o m o era Laod i -céia, é a d e abr i r a po r ta e de ixa r Jesus Cr is to entrar . Os cu l tos s e m Cr is to são s e m p r e s e m graça, são m o r -nos c o m o e ram e m Laodicé ia.

• - PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA

I. MATERIAL DIDÁTICO 1. Revis ta d a Esco la Domin ica l . 2. A Bíbl ia. 3. Cade rno e lápis, pa ra apon tamen tos .

II. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O A L U N O

1. Responde r o ques t ionár io d a l ição. 2. Par t ic ipar d e t o d o desenro la r d a aula, d a n d o mos t ras d e

c o n h e c i m e n t o sob re o assunto.

III. VERIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1. Co r reção das respos tas dadas ao ques t ionár io da l ição. 2. A o té rm ino d a aula, o a luno deve rá estar ap to a fazer u m

resumo d a l ição e m teia.

E - RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO PA LIÇÃO 1. "Eu sei as tuas obras". . . " A o que v e n c e r " . 2. Ele não e ra n e m fr io n e m quen te . 3. A o cr is tão q u e não é f r io n e m quen te . 4. Perda d e qua l i dade no t rabalho; p e r d a de c a p a c i d a d e d e

aval iar a si mesmo ; p e r d a d a necess idade d a renovação espir i tual , passando a v iver d a l embrança de u m passado abençoado .

5. O an jo d a igre ja dever ia en r i quece r - se de ou ro p rovado no fogo, ves t i r -se d e ves t idos b rancos ; e ungi r os o lhos c o m colír io.

F - PENSAMENTO PARA REFLEXÃO

"E não vos con fo rme i s c o m este mundo , mas t rans formai -vos pe la renovação d o vosso en tend imento . . . " (Rm 12.2).

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PLANO DE AULA 12 Lição 12 18 de junho de 1989

TEMA O Segredo da Vi tór ia

TEXTO BÍBLICO BÁSICO A p 1.8,17,18; 1 Jo 4.4

INTRODUÇÃO Na reve lação que João r e c e b e u e m Patmos, Jesus lhe mos -

t rou a fon te d a v i tór ia sobre todo o mal, d izendo: "Fui mor to , mais eis aqu i es tou v ivo para t odo o sempre . A m é m . E tenho as chaves da mor te e d o in ferno" . O seg redo da v i tór ia d o c ren te é a fé no poder d o sangue d e Jesus. Aleluia!

A-ORIENTAÇÕES BÁSICAS I. NECESSIDADES DO ALUNO

1. Crer q u e t udo é possível àque le que con f ia in te i ramente e m Jesus.

2. Estar c ien te d e que Deus nos garan te a vitória, med ian te os mér i tos da mor te v icár ia de Cristo.

II. OBJETIVOS INFORMATIVOS 1. Dar c iênc ia à c lasse d e que e m tudo s o m o s mais q u e

v e n c e d o r e s por Cr is to Jesus, q u e nos a m a (Rm 8.37). 2. Provar c o m i r re futáveis a rgumen tos bíb l icos que ne-

nhum h o m e m preva lece por sua p rópr ia força, " m a s d o Senhor v e m a v i tór ia" (Pv 21.31).

III. OBJETIVOS FORMATIVOS 1. For ta lecer a fé daque les que estão comba l i dos espi r i -

tua lmente , consc ien t i zando -os de que Deus não d e s a m -para aos que nEle conf iam.

2. Levar o a luno a perseverar na fé, c o m b a t e n d o o b o m combate , s a b e n d o que maior é o que luta e v e n c e por nós, isto é, Jesus Cristo, o Leão d a t r ibo de Judá.

IV. MOTIVAÇÃO Escrever no quad ro -de -g i z , u m a re lação cons tando as inú-meras lutas t ravadas pelo povo de Deus, nas quais o Se-nhor m e s m o pe le jou pe lo Seu povo, l evando-o à v i tór ia con t ra os seus in imigos. Ve ja c o m o e x e m p l o 2 Cr 20.

B - ESBOÇO DA LIÇÃO

In t rodução I. A SIGNIFICAÇÃO DA PALAVRA VITÓRIA

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II. NOSSA FORÇA V E M DE DEUS

III. O SEGREDO DA VITÓRIA

1. V e n c e n d o pela mor te de Jesus 2. V e n c e n d o pe lo Espír i to Santo 3. ' 'Já os tendes venc ido; po rque maior é o que está e m

vós" 4. "Eis aqui o Leão da t r ibo de Judá..."

C - SUBSÍDIOS PARA O PROFESSOR (SP)

<w- '.-) No co ração de cada servo de Deus deve estar a ce r te -za de que suas vi tór ias são uma conseqüênc ia d i re ta do poder, da graça, da soberan ia e da inf ini ta s a b e d o -ria de Deus.

O sa lmis ta Davi, um dos reis de Israel, r econhec ia este fato. E no Sa lmo 62, ele exo r ta -nos a conf iar e m Deus, po is a Ele pe r t ence o pode r e a g raça (SI 62.11,12).

Nunca se ouv iu contar , nem a histór ia e, t a m p o u c o as Escr i turas Sagradas reg is t ram qua lquer der ro ta so -f r ida por Deus. Ele é o Senhor das vitór ias, o Senhor dos Exérc i tos, o Deus s e m p r e vencedor .

Diante d e Golias, exper ien te guer re i ro dos f i l isteus, o j ovem e inexper ien te Davi, s imp les pastor d e ove -lhas, não t e m e u perder a gue r ra con t ra os in imigos, pois sabia que Deus pele jar ia por ele, e a v i tór ia era, já, cer ta (1 Sm 17.47).

Mu i tos anos depois , ao recebe r as o fer tas para a cons t rução do t e m p l o d o Senhor , ele pôde c o m p lena conv icção, orar ao T o d o - p o d e r o s o a g r a d e c e n d o - l h e e ena l tecendo o Seu N o m e pelas v i tór ias receb idas d e Suas mãos (1 Cr 29.11).

Louvemos, nós, t a m b é m , ao Senhor pe las mui tas v i -tór ias que Ele nos t e m conced ido , e rep i tamos as pa la -vras do autor d e Provérb ios: " O cava lo p repa ra -se para o d ia da batalha, mas a v i tór ia v e m d o Senho r " (Pv 21.31).

- ) O Senhor Jesus Cr is to é a causa p r ime i ra d a nossa v i -tória. Depo is d e haver conqu i s tado a v i tór ia p lena c o n -tra o Diabo e a mor te , a t ravés d a ob ra reden to ra d o Calvár io, Ele e s t e n d e u - n o s o d i re i to de usuf ru i r da Sua vitória. E, d i a -a -d i a capac i t a -nos a u m a v ida d e v i tór ias at ravés d o Seu Santo Espír i to (Rm 8.2).

A g r a n d e ob ra d o Espír i to Santo é in fundi r no co ra -ção do c ren te a conv i cção da v i tór ia con t ra t odo o mal. Satanás a taca fur iosa e con t i nuamen te a men te d o cr is tão p rocu rando fazê- lo duv idar d a v i tór ia que o Se-nhor Jesus Cr is to conqu i s tou para ele. O Espíri to Santo faz -nos en tender c la ramen te o s ign i f i cado e o valor d a / i tór ia conqu i s tada na cruz, d e m o d o q u e p o d e m o s

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af i rmar c o m o o após to lo Paulo: " T u d o posso naque le que me fo r ta lece" (Fp 4.13). O c ren te deve s e m p r e ter na m e n t e a v isão do Cr is to v i tor ioso (Ap 1.17,18).

QEHE> O h o m e m não terá v i tór ia até que se ja p l enamen te e m a n c i p a d o d a esc rav idão d e Satanás e do pecado , e ass im viva e m nov idade de vida. N e n h u m crente , por si mesmo, p o d e lograr v i tór ia sobre Satanás e suas hos-tes. Po rém isto se to rna possível med ian te o pode r do sangue de Jesus (Ap 12.7). Satanás é o autor d o peca -do; e, c o m astúcias, levou o h o m e m a pecar con t ra o Cr iador , r e c e b e n d o c o m o conseqüênc ia , a mor te esp i -r i tual e f ís ica (Gn 2.17; 3.1-10), b e m c o m o a pe rda da pos ição pr iv i leg iada que t inha sob re toda a cr iação. Ele fa ls i f ica f r e q ü e n t e m e n t e a o b r a de Deus (Zc 3.1; 1 Ts 2.18). É homic ida crue l e age enganosamen te , po is é ment i roso e pai da ment i ra (Jo 8.44).

Nossa v i tór ia sob re Satanás é un i camen te baseada na v i tór ia d e Cristo, p red i ta e m Gn 3.15 e SI 68.18, e conqu i s tada no Calvár io ( M t 27.45-50; Jo 19.28-30) . O Senhor Jesus Cristo, logo após seu ba t ismo, fo i pe lo Espír i to levado ao deser to , o n d e foi t en tado por Sata-nás. O Senhor não c o n t e m p o r i z o u c o m ele, de r ro tou -o e fê - lo recuar (M t 4.10,11). Jesus mos t rou ao ma l igno que Ele ve io ao m u n d o c o m o o Grande Vencedo r . Ele é o Pr ínc ipe da Paz e Deus For te (Is 9.6), ve io a es te m u n -d o para des fazer as ob ras d o D iabo (1 Jo 3.8), e c o n c e -d e r - n o s a v i tór ia tota l sob re o pr ínc ipe d a ma ldade .

D - PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA I. MATERIAL DIDÁTICO

1. Revista d a Esco la Domin ica l . 2. A Bíblia. 3. Cade rno e iápis, pa ra apon tamen tos . 4. Quad ro -de -g i z , giz e apagador .

II. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O ALUNO 1. Responde r o ques t ionár io da l ição. 2. Dar opo r tun idade para que os a lunos f a ç a m pe rgun tas

a t inentes à l ição.

III. VERIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1. Fazer a co r reção das respos tas dadas ao quest ionár io . 2. Pedir que os a lunos c i t e m vers ícu los bíb l icos re lac iona-

dos à l ição e m apreço .

E - RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO

1. A v i tór ia na v ida d o c ren te rep resen ta tudo. Q u a n d o ele sai vencedo r , ind ica q u e o D iabo saiu der ro tado; q u a n d o o c ren te sai venc ido , é sinal d e t r iun fo para o Diabo. J e -

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sus ganhou a v i tór ia para t odos nós. De r ro temos o D iabo at ravés d o pode r d e Jesus!

2. A l fa é a p r ime i ra let ra d o a l fabeto grego; ô m e g a é a úl t i -ma letra do m e s m o al fabeto. Jesus é o pr inc íp io e t a m -b é m o f im; Ele p reva lece d e u m e x t r e m o a ou t ro de tudo. V e m o s aí a on ip rèsença , on isc iênc ia e on ipo tênc ia d e Deus.

3. A mor te e o in ferno o b e d e c e m ao Fi lho de Deus. Jesus t e m as chaves para ar rancar d e suas gar ras aque les q u e dese ja salvar.

4. Agora , ressur re to e no c é u — não mor to e no t úmu lo — Jesus es tá invest ido de t odo o poder . A v i tór ia es tá ga -rant ida aos f iéis.

F - PENSAMENTO PARA REFLEXÃO " P o r q u e todo o q u e é nasc ido d e Deus v e n c e o mundo ; e esta é a v i tór ia que v e n c e o mundo , a nossa f é " (1 Jo 5.4).

PLANO DE AULA 13 Lição 13 25 de j unho d e 1989

TEMA A R e c o m p e n s a d o s V e n c e d o r e s

TEXTO BÍBLICO BÁSICO A p 2.7,11,17,26-28; 3.5,12,21

INTRODUÇÃO A p resen te l ição ence r ra o t r imes t re e n f o c a n d o as mu i tas e

g lor iosas p romessas fe i tas pe lo Senhor aos q u e t r i un fa rem sobre todos os obs tácu los na car re i ra cr istã. Somen te os v e n c e -do res recebe rão a r e c o m p e n s a pe la fé q u e d e m o n s t r a r a m c o m b a t e n d o o b o m comba te ; s e n d o f ié is a té à mor te .

A-ORIENTAÇÕES BÁSICAS

I. NECESSIDADES DO ALUNO 1. Não desvanece r na fé, mas perseverar f iel a té à mor te ,

sabendo que os v e n c e d o r e s recebe rão d o Senhor a re -compensa .

2. Vigiar, para que o adversár io não lhe roube a opo r tun ida -de de receber , das mãos d o Senhor , o ga la rdão d a vitór ia.

II. OBJETIVOS INFORMATIVOS 1. Enfocar as vár ias passagens bíb l icas que fa lam da re -

c o m p e n s a que te rão os v e n c e d o r e s na fé. 2. Enfat izar a dou t r ina dos ga la rdões .

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III. OBJETIVOS FORMATIVOS 1. Desper tar no a luno o dese jo de perseverar na fé, c o m b a -

tendo " o b o m c o m b a t e " até acaba r a car re i ra (2 T m 4.7). 2. For ta lecer os f racos e encora ja r os desan imados , para

q u e se não d e s v i e m in te i ramente dos cam inhos d a fé e da san t i f i cação e m Cr is to (Hb 12.12-14) .

IV. M O T I V A Ç Ã O Conv idar a lguns a lunos para con ta r suas expe r iênc ias re la-c ionadas às lutas na car re i ra cr is tã e as c o n s e q ü e n t e s v i tó-rias.

B - ESBOÇO DA LIÇÃO

In t rodução I. PROMESSAS DE BÊNÇÃOS PARA ESTA VIDA

1. " A o q u e vence r da r - l he -e i u m a p e d r a b r a n c a " 2. "Escrevere i sob re e le o n o m e do m e u Deus" 3. " A o q u e vence r dare i eu a c o m e r d o m a n á e s c o n d i d o " 4. " A o q u e vencer. . . eu lhe dare i pode r sobre as n a ç õ e s " 5. "A q u e m vencer , eu o fare i co luna no t e m p l o d e m e u

Deus" 6. " O que vence r se rá ves t ido d e ves tes b rancas " 7. "E da r - l he -e i a es t re la d a m a n h ã "

II. PROMESSAS DE BÊNÇÃOS NOS CÉUS 1. "Con fessa re i o seu n o m e d ian te de m e u Pai e d ian te d e

seus an jos " 2. " A o que vencer , da r - l he -e i a c o m e r d a árvore d a v ida " 3. " A o q u e vence r lhe c o n c e d e r e i que se assente c o m i g o

no m e u t r o n o " 4. "Sê f ie l a té à mor te , e da r - t e -e i a c o r o a d a v ida" .

C - SUBSÍDIOS PARA O PROFESSOR (SP)

O - ' - ) O Espír i to Santo a l imen ta o c ren te c o m u m a l imento espi r i tual d e s c o n h e c i d o pa ra o mundo . É mu i to ma is apetec íve l o m a n á q u e Cr is to t e m para dar, e a inda t e m reservado para os Seus, d o q u e o m a n á d a d o por M o i -sés no deser to (Êx 16.4,14-31). C o m o reco rdação pe r -m a n e n t e d a Graça d e Deus para c o m Israel, Mo i sés d e u o r d e m para ser c o l o c a d o u m vaso che io de m a n á pe ran te o Senhor (Êx 16.33). O autor aos Heb reus nos in fo rma que esse vaso e ra d e ou ro (Hb 9.4). Durante quase qu inhen tos anos esse fo i vaso escond ido . O m a -ná q u e o Senhor d e u a Israel, c o m o pão q u e choveu dos céus (Êx 16.4), p e r m a n e c e u duran te t oda a v i a g e m dos qua ren ta anos a t ravés d o deser to , não obs tan te as c o n t e n d a s e m u r m u r a ç õ e s de Israel (Nm 11.4-9; 21.5). Con tudo , o m a n á q u e e les tão ing ra tamen te receb iam

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não de i xou de cair d o c é u (Êx 16.35; Dt 8.3,16; Ne 9.20; SI 78.24) e s o m e n t e pa rou no d ia e m que a t ravessaram o Jo rdão e se a c a m p a r a m e m Gilgal, q u a n d o c o m e ç a -ram a se a l imentar dos f ru tos d e Canaã (Js 5.10-12). Mas, o q u e era o maná? V e j a m o s a desc r i ção seguinte:

"Há vár ias p lan tas q u e p r o d u z e m u m a subs tânc ia seme lhan te ao maná, e m a n a ç ã o e s p o n t â n e a da p lan -ta, ou resu l tado d e u m a o p e r a ç ã o rea l izada por u m in-seto. Uma de las é r e c o n h e c i d a t e c n i c a m e n t e por Ta-marix mannifera, va r i edade d e Tamarix Gallica, que se en -con t ra na penínsu la d o Sinai, e emi te u m a subs tânc ia amare la q u e passa a ser branca, q u a n d o cai sob re as pedras, e q u e se der re te ao ca lor d o sol. A sua p r o d u -ção du ra d e se is a dez semanas duran te a m e t a d e d o ano, s e n d o o m ê s d e j unho o d e maior co lhei ta . Alhagi maurorum e A. Desertorum são duas espéc ies d e esp i -nhos d e c a m e l o q u e t a m b é m f o r n e c e m u m a subs tân -c ia pa rec ida c o m o maná, e, ass im, d iversas ou t ras plantas. Os á rabes usam os p rodu tos das p lantas c o -nhec idas c o m o m a n á e m lugar d e man te iga e de mel. A tua lmen te a co lhe i ta anua l e m t o d a a penínsu la é m e -nos de me ia tone lada nos me lho res anos. N u n c a usam esse m a n á e m lugar de pão, pois, t o m a d o e m dose e le -vada t e m efe i to purgat ivo. M e s m o q u e fosse a b u n d a n -te, ser ia difíci l ident i f i cá- lo c o m o o m a n á das Escr i tu-ras" (Dic ionár io d e Davis).

Davi desc reve a rebe l ião d e Israel e c i ta o m a n á c o m o t r igo do c é u e pão dos pode rosos (SI 78.23-25) , mas Cr is to se ap resen ta c o m o o verdadeiro pão do céu (Jo 6 .31-35,48-51,57,58) .

GEElE) Eis a p r o m e s s a t r íp l ice d e Jesus aos vencedores , cu ja repe t i ção n u n c a é demas iada . • "Será ves t ido d e ves tes b rancas" . B ranco resp lande -

cen te (Lc 24.4), b ranco c o m o luz (Mt 17.2), q u e é a jus t iça dos Santos.

• "De mane i ra n e n h u m a r iscarei o seu n o m e d o l ivro d a v ida" . O n o m e d e n e n h u m após ta ta p e r m a n e c e r á es -cr i to no l ivro dos l ivros. O Senhor d isse a Moisés : " A -que le que pecar con t ra mim, a es te r iscare i Eu d o m e u l ivro" (Êx 32.33; SI 69.28; A p 21.27; 20.15).

• "Con fessare i o seu n o m e d iante d e M e u Pai e d ian te de Seus an jos" . Pois não se e n v e r g o n h a r a m de ser c ren tes f iéis, e m me io às lutas e ten tações . Nas crí t i -cas e zombar ias dos c i rcuns tan tes , não se enve rgo -nha ram de con fessar o n o m e d e Jesus (M t 10.32; Lc 12.8: Rm 10.9). O cont rá r io acon tece rá àque les q u e não o b e d e c e r a m e nem g u a r d a r a m a Sua Palavra: Ele se enve rgonha rá de les d ian te d o Pai e de Seus an jos (Mt 10.33; M c 8.38; Lc 9.26; 12.9).

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D - PLANO DE AÇÃO DIDÁTICA

I. MATERIAL DIDÁTICO

1. Revis ta d a Esco la Domin ica l . 2. A Bíblia. 3. Papel e lápis, para apon tamen tos . 4. Quad ro -de -g i z , giz e apagador .

II. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O ALUNO 1. Responde r o ques t ionár io d a l ição. 2. Fazer u m r e s u m o d a l ição.

III. VERIFICAÇÃO E APLICAÇÃO DA APRENDIZAGEM < 1. Co r reção das respos tas dadas ao quest ionár io . 2. Dividir a c lasse e m do is g r u p o s e or ientar os deba tes en -

t re eles, e n f o c a n d o os pon tos p r inc ipa is d a l ição e m tela.

E - RESPOSTAS DO QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 1. Era c o m u m , nos t r ibuna is d a Gréc ia ant iga, o ju iz dec la ra r

a s e n t e n ç a d o réu po r me io d e u m sinal, ou seja, e rguen -d o u m a p e d r a b ranca o u p re ta (a b r a n c a rep resen tando inocênc ia o u abso lv ição, e a preta, c u l p a ou c o n d e n a -ção).

2. U m a por ta aber ta na c o m p r e e n s ã o d a Palavra d e Deus, c o m a a juda d o Espír i to Santo. O d e s c o b r i m e n t o dos te -souros d a Palavra d e Deus é u m pr iv i lég io d o s f iéis, to r -n a n d o - s e qua l m a n á escond ido , mas l iberado aos v e n -cedores .

3. A p ó s as b o d a s d o Corde i ro , a Igreja desce rá c o m Cr is to e m Sua vo l ta para es tabe lece r o Mi lên io , ocas ião e m que o Mess ias de lega rá poder aos seus servos sob re as na-ções.

4. O c ren te t e m a m a r c a de Deus. Seu p r o c e d e r ident i f i ca-se c o m Cristo. Q u a n d o o c ren te p e r d e o n o m e de Deus e m sua v ida, não p o d e cons ide ra r - se mais u m vencedor .

5. " A o q u e vence r " .

F - PENSAMENTO PARA REFLEXÃO

"E, eis q u e c e d o venho , e o m e u ga la rdão está com igo , para dar a c a d a u m s e g u n d o a sua ob ra " (Ap 22.12).

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Page 98: Lições Bíblicas CPAD - 2º Trimestre 1989 - A Igreja no Apocalipse - Eurico Bergsten

A IGREJA DE CRISTO

0 que torna uma igreja importante não são as poltronas ma-cias ou os castiçais ofuscantes, mas sua situação sábia e intrépi-da; não são os harmônicos e melodiosos acordes do órgão eletrô-nico, senão a qualidade das vidas dos crentes que, de uma ou ou-tra maneira, reflitam a face gloriosa de Jesus!

O que faz uma igreja notável não são as altas torres com o re-picar dos modernos carrilhões, mas uma profunda visão do dever e do testemunho dos seus membros; não em decorrência do seu opulento orçamento ou dos projetos arrojados de novas edifica-ções, mas de corações ternos, que amam e servem; não pelo vulto do dinheiro arrecadado, porém pela quantidade e qualidade dos serviços prestados pelos seus devotados membros, em nome de Cristo; não por uma numerosa membresia, senão pela presença, direção e poder de Deus; não pelo que a igreja haja realizado no passado, mas pelo que faz no presente e planeja executar no fu-turo!

O pastor de uma catedral, que tinha um elevado número de membros, visitou certa vez uma pequena igreja. Ocupando uma rústica cadeira no tablado do púlpito, ao lado do pastor da igreja local, e enquanto o organista tocava o prelúdio, perguntou-lhe;

- Quantos membros o irmão tem arrolados nesta congrega-ção?

- Cerca de uma centena - foi a resposta obtida. - Não' concebo como pode cumprir a sua tarefa com esse nú-

mero irrisório de crentes - acrescentou friamente o pastor visi-tante...

O pastor da humilde comunidade retrucou então: - Meu caro, é que em nossa igreja não calculamos o número

de membros existentes, mas os pesamos! Burris Jenkins